TEXTO ÁUREO “E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregri...
TEXTO ÁUREO
“E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.” (Rt 1.1)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Texto Áureo: Rute 1:1
“E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.”
1. Contexto Histórico e Cultural
Período dos Juízes: O livro de Rute se passa "nos dias em que os juízes julgavam", um período caracterizado pela instabilidade política e espiritual em Israel, antes da monarquia estabelecida com Saul. Esse tempo foi marcado por ciclos repetitivos de pecado, opressão, arrependimento e libertação, conforme registrado no Livro dos Juízes.
Fome na Terra: A fome mencionada no versículo reflete crises periódicas que afligiam a região devido a fatores climáticos, sociais e políticos. A escassez de alimentos frequentemente forçava famílias a buscar sustento fora de suas terras natais, como fez Elimeleque e sua família.
Moabe: Moabe, situada a leste do Mar Morto, era uma terra com uma história de conflito e hostilidade com Israel (cf. Números 22-24; Juízes 3:12-30). A decisão de Elimeleque de migrar para Moabe reflete a gravidade da situação em Belém e a busca desesperada por sobrevivência.
2. Análise das Palavras Hebraicas
“Belém” (בֵּית לֶחֶם, Beit-Lechem): Belém significa "Casa do Pão". A ironia aqui é evidente: uma cidade cujo nome sugere abundância de pão é atingida pela fome, levando seus habitantes a buscar sustento em terras estrangeiras.
“Peregrinar” (לָגוּר, lagur): A palavra usada para "peregrinar" sugere um movimento temporário e incerto. Elimeleque não pretendia estabelecer-se permanentemente em Moabe, mas sim encontrar alívio temporário da fome.
3. Comentário Teológico
Providência de Deus: O livro de Rute é uma poderosa narrativa sobre a providência divina. Apesar da fome e das circunstâncias adversas, Deus está silenciosamente orquestrando eventos que levarão à redenção e ao cumprimento de Suas promessas. A ida de Elimeleque para Moabe e o subsequente casamento de Rute com Boaz estão inseridos no grande plano de Deus para a história da salvação, culminando na linhagem de Davi e, eventualmente, de Jesus Cristo (Mateus 1:5-6).
Fé e Lealdade: A história de Rute destaca a fé e a lealdade, principalmente na figura de Rute, que, apesar de ser moabita, demonstra uma fé notável em Deus e lealdade à sua sogra, Noemi. Sua declaração em Rute 1:16-17 é um dos momentos mais tocantes e significativos do texto, revelando seu compromisso com Deus e com o povo de Israel.
Inclusão dos Gentios: A inclusão de Rute, uma gentia, na linhagem messiânica prefigura a abertura do evangelho a todas as nações. Isso aponta para a visão universalista de Deus, que acolhe todos os que se voltam para Ele, independentemente de sua origem étnica ou nacional.
4. Conclusão
O versículo de Rute 1:1 é um início poderoso e carregado de significado para o livro de Rute. Ele estabelece o cenário de crise que leva à migração de uma família israelita para Moabe e inicia uma narrativa que revela a fidelidade de Deus em meio às dificuldades humanas. A análise das palavras hebraicas e do contexto histórico e cultural nos ajuda a entender mais profundamente as camadas de significado no texto, destacando temas de providência, fé, lealdade e inclusão divina.
Texto Áureo: Rute 1:1
“E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.”
1. Contexto Histórico e Cultural
Período dos Juízes: O livro de Rute se passa "nos dias em que os juízes julgavam", um período caracterizado pela instabilidade política e espiritual em Israel, antes da monarquia estabelecida com Saul. Esse tempo foi marcado por ciclos repetitivos de pecado, opressão, arrependimento e libertação, conforme registrado no Livro dos Juízes.
Fome na Terra: A fome mencionada no versículo reflete crises periódicas que afligiam a região devido a fatores climáticos, sociais e políticos. A escassez de alimentos frequentemente forçava famílias a buscar sustento fora de suas terras natais, como fez Elimeleque e sua família.
Moabe: Moabe, situada a leste do Mar Morto, era uma terra com uma história de conflito e hostilidade com Israel (cf. Números 22-24; Juízes 3:12-30). A decisão de Elimeleque de migrar para Moabe reflete a gravidade da situação em Belém e a busca desesperada por sobrevivência.
2. Análise das Palavras Hebraicas
“Belém” (בֵּית לֶחֶם, Beit-Lechem): Belém significa "Casa do Pão". A ironia aqui é evidente: uma cidade cujo nome sugere abundância de pão é atingida pela fome, levando seus habitantes a buscar sustento em terras estrangeiras.
“Peregrinar” (לָגוּר, lagur): A palavra usada para "peregrinar" sugere um movimento temporário e incerto. Elimeleque não pretendia estabelecer-se permanentemente em Moabe, mas sim encontrar alívio temporário da fome.
3. Comentário Teológico
Providência de Deus: O livro de Rute é uma poderosa narrativa sobre a providência divina. Apesar da fome e das circunstâncias adversas, Deus está silenciosamente orquestrando eventos que levarão à redenção e ao cumprimento de Suas promessas. A ida de Elimeleque para Moabe e o subsequente casamento de Rute com Boaz estão inseridos no grande plano de Deus para a história da salvação, culminando na linhagem de Davi e, eventualmente, de Jesus Cristo (Mateus 1:5-6).
Fé e Lealdade: A história de Rute destaca a fé e a lealdade, principalmente na figura de Rute, que, apesar de ser moabita, demonstra uma fé notável em Deus e lealdade à sua sogra, Noemi. Sua declaração em Rute 1:16-17 é um dos momentos mais tocantes e significativos do texto, revelando seu compromisso com Deus e com o povo de Israel.
Inclusão dos Gentios: A inclusão de Rute, uma gentia, na linhagem messiânica prefigura a abertura do evangelho a todas as nações. Isso aponta para a visão universalista de Deus, que acolhe todos os que se voltam para Ele, independentemente de sua origem étnica ou nacional.
4. Conclusão
O versículo de Rute 1:1 é um início poderoso e carregado de significado para o livro de Rute. Ele estabelece o cenário de crise que leva à migração de uma família israelita para Moabe e inicia uma narrativa que revela a fidelidade de Deus em meio às dificuldades humanas. A análise das palavras hebraicas e do contexto histórico e cultural nos ajuda a entender mais profundamente as camadas de significado no texto, destacando temas de providência, fé, lealdade e inclusão divina.
VERDADE PRÁTICA
Servir a Deus não nos isenta de crises. Em qualquer circunstância, o segredo é permanecer fiel, confiando na providência divina.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A "Verdade Prática" apresentada aqui reflete um princípio central da narrativa de Rute: a fidelidade a Deus, mesmo em meio a crises e adversidades, com a confiança na Sua providência divina. Vamos explorar essa verdade à luz do livro de Rute e do contexto bíblico mais amplo.
Reflexão sobre a Verdade Prática
Servir a Deus em meio a crises: A vida de Elimeleque, Noemi, e Rute ilustra que a devoção a Deus não garante uma vida sem dificuldades. Elimeleque, um homem de Belém, e sua família enfrentaram uma severa crise de fome que os levou a migrar para Moabe. Noemi, ao perder o marido e os filhos, experienciou uma grande dor e desolação. Contudo, esses eventos se tornaram o cenário para a manifestação da graça e providência divina.
Fidelidade em meio à adversidade: Rute, embora moabita, escolheu seguir Noemi e, por extensão, o Deus de Israel, demonstrando uma fé e lealdade inabaláveis. Sua famosa declaração: “O teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus” (Rute 1:16), exemplifica a verdadeira devoção que transcende as circunstâncias adversas. A fidelidade de Rute e sua disposição em servir a Deus, mesmo sem garantias de segurança ou prosperidade, são modelos de fé prática.
Providência Divina: O conceito de providência divina é fundamental no livro de Rute. Deus, embora aparentemente ausente no texto, está trabalhando silenciosamente nos bastidores para cumprir Seus propósitos. A chegada de Rute a Belém durante a época da colheita de cevada, seu encontro com Boaz, e seu eventual casamento são eventos que revelam a mão de Deus guiando e provendo para Seus servos fiéis.
Exemplos Bíblicos Adicionais:
- José: A vida de José, registrada em Gênesis, é outro exemplo claro de como a fidelidade a Deus em meio a crises resulta na manifestação da providência divina. Vendido como escravo por seus irmãos, injustamente acusado e preso no Egito, José permaneceu fiel a Deus. No final, ele reconheceu que Deus havia usado todas as adversidades para um propósito maior (Gênesis 50:20).
- Jó: Jó, um homem justo e íntegro, enfrentou perdas devastadoras e sofrimentos intensos. Sua história revela que a fé e a fidelidade a Deus não são uma garantia contra o sofrimento, mas que Deus está presente e soberano, mesmo nas situações mais difíceis (Jó 1-2).
- Paulo: O apóstolo Paulo enfrentou inúmeras dificuldades e perseguições em seu ministério. Em suas cartas, ele frequentemente encoraja os crentes a permanecerem fiéis, confiando na providência e força de Deus, independentemente das circunstâncias (2 Coríntios 4:8-9; Filipenses 4:12-13).
Conclusão
A Verdade Prática extraída do livro de Rute sublinha que servir a Deus não nos isenta das crises, mas nos chama a uma fidelidade inabalável e uma confiança na providência divina. A história de Rute e outros exemplos bíblicos nos ensinam que, em qualquer circunstância, devemos permanecer fiéis, sabendo que Deus está trabalhando em todas as coisas para o bem daqueles que O amam e são chamados segundo o Seu propósito (Romanos 8:28). Assim, a fidelidade e a confiança em Deus são o segredo para navegar pelas tempestades da vida, esperando na Sua provisão e soberania.
A "Verdade Prática" apresentada aqui reflete um princípio central da narrativa de Rute: a fidelidade a Deus, mesmo em meio a crises e adversidades, com a confiança na Sua providência divina. Vamos explorar essa verdade à luz do livro de Rute e do contexto bíblico mais amplo.
Reflexão sobre a Verdade Prática
Servir a Deus em meio a crises: A vida de Elimeleque, Noemi, e Rute ilustra que a devoção a Deus não garante uma vida sem dificuldades. Elimeleque, um homem de Belém, e sua família enfrentaram uma severa crise de fome que os levou a migrar para Moabe. Noemi, ao perder o marido e os filhos, experienciou uma grande dor e desolação. Contudo, esses eventos se tornaram o cenário para a manifestação da graça e providência divina.
Fidelidade em meio à adversidade: Rute, embora moabita, escolheu seguir Noemi e, por extensão, o Deus de Israel, demonstrando uma fé e lealdade inabaláveis. Sua famosa declaração: “O teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus” (Rute 1:16), exemplifica a verdadeira devoção que transcende as circunstâncias adversas. A fidelidade de Rute e sua disposição em servir a Deus, mesmo sem garantias de segurança ou prosperidade, são modelos de fé prática.
Providência Divina: O conceito de providência divina é fundamental no livro de Rute. Deus, embora aparentemente ausente no texto, está trabalhando silenciosamente nos bastidores para cumprir Seus propósitos. A chegada de Rute a Belém durante a época da colheita de cevada, seu encontro com Boaz, e seu eventual casamento são eventos que revelam a mão de Deus guiando e provendo para Seus servos fiéis.
Exemplos Bíblicos Adicionais:
- José: A vida de José, registrada em Gênesis, é outro exemplo claro de como a fidelidade a Deus em meio a crises resulta na manifestação da providência divina. Vendido como escravo por seus irmãos, injustamente acusado e preso no Egito, José permaneceu fiel a Deus. No final, ele reconheceu que Deus havia usado todas as adversidades para um propósito maior (Gênesis 50:20).
- Jó: Jó, um homem justo e íntegro, enfrentou perdas devastadoras e sofrimentos intensos. Sua história revela que a fé e a fidelidade a Deus não são uma garantia contra o sofrimento, mas que Deus está presente e soberano, mesmo nas situações mais difíceis (Jó 1-2).
- Paulo: O apóstolo Paulo enfrentou inúmeras dificuldades e perseguições em seu ministério. Em suas cartas, ele frequentemente encoraja os crentes a permanecerem fiéis, confiando na providência e força de Deus, independentemente das circunstâncias (2 Coríntios 4:8-9; Filipenses 4:12-13).
Conclusão
A Verdade Prática extraída do livro de Rute sublinha que servir a Deus não nos isenta das crises, mas nos chama a uma fidelidade inabalável e uma confiança na providência divina. A história de Rute e outros exemplos bíblicos nos ensinam que, em qualquer circunstância, devemos permanecer fiéis, sabendo que Deus está trabalhando em todas as coisas para o bem daqueles que O amam e são chamados segundo o Seu propósito (Romanos 8:28). Assim, a fidelidade e a confiança em Deus são o segredo para navegar pelas tempestades da vida, esperando na Sua provisão e soberania.
LEITURA DIÁRIA
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Para um estudo abrangente da leitura diária sugerida, vamos analisar cada passagem em seu contexto e conectar os temas aos ensinamentos do livro de Rute.
Segunda-feira – Rute 1:1; 4:21-22: O Contexto do Livro de Rute
Rute 1:1: "E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos."
Rute 4:21-22: "e Salmom gerou Boaz; e Boaz gerou Obede; e Obede gerou Jessé; e Jessé gerou Davi."
Comentário: O livro de Rute começa com uma crise de fome durante o período dos juízes, um tempo de anarquia e infidelidade em Israel. A história de Rute conclui com a genealogia que liga Boaz a Davi, destacando a providência divina em meio às crises. Este contexto enfatiza a fidelidade e a bondade de Deus, mesmo em tempos difíceis, e prepara o caminho para a linhagem real de Davi, culminando em Jesus Cristo.
Terça-feira – Juízes 1:7-19: Um Contexto de Anarquia e Infidelidade do Povo Hebreu
Juízes 1:7-19: Esses versículos descrevem a conquista incompleta de Canaã pelos israelitas, suas falhas em expulsar completamente os habitantes pagãos e as consequências disso.
Comentário: Este trecho do livro de Juízes ilustra a desobediência de Israel e a anarquia que resultou. A infidelidade do povo, que não seguiu plenamente as instruções de Deus para expulsar os cananeus, levou a constantes conflitos e à introdução da idolatria. Isso contextualiza o cenário caótico em que o livro de Rute começa, destacando a fidelidade de Rute e Boaz como um contraste à infidelidade geral da época.
Quarta-feira – Juízes 2:7-13; 3:5-7: Israel Atraído à Idolatria dos Cananeus
Juízes 2:7-13: Estes versículos falam sobre a morte de Josué e a subsequente geração que não conhecia ao Senhor nem as obras que Ele fizera por Israel, resultando na idolatria.
Juízes 3:5-7: Descreve como os israelitas habitaram entre os cananeus e adotaram seus deuses, provocando a ira do Senhor.
Comentário: Estas passagens enfatizam o ciclo de apostasia em Israel durante o período dos juízes. A idolatria e infidelidade do povo levaram a várias punições e opressões. A fidelidade de Rute, uma moabita, ao Deus de Israel, destaca-se ainda mais neste contexto de infidelidade generalizada, mostrando que a verdadeira devoção pode vir de onde menos se espera.
Quinta-feira – Salmo 103:8; Joel 2:13; Romanos 2:4: Longanimidade e Misericórdia de Deus
Salmo 103:8: "O Senhor é misericordioso e compassivo, paciente e transbordante de amor."
Joel 2:13: "Rasguem o coração e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se e não envia a desgraça."
Romanos 2:4: "Ou você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?"
Comentário: Esses versículos sublinham a longanimidade e a misericórdia de Deus. Apesar da infidelidade e pecado de Israel, Deus sempre ofereceu oportunidades para arrependimento e restauração. A história de Rute é um exemplo dessa misericórdia divina, onde Deus abençoa Rute e Noemi com provisão e um futuro, refletindo Sua natureza compassiva.
Sexta-feira – Gênesis 49:10: O Cetro não se Afastará da Tribo de Judá
Gênesis 49:10: "O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando dentre seus pés, até que venha aquele a quem ele pertence, e a ele as nações obedecerão."
Comentário: Esta profecia de Jacó sobre Judá prefigura a linhagem real que viria de sua tribo, culminando em Davi e, eventualmente, em Jesus Cristo. Rute, ao se casar com Boaz, um homem da tribo de Judá, torna-se parte desta linhagem divina, cumprindo a promessa de Deus e mostrando como Ele usa todas as circunstâncias para cumprir Seu plano soberano.
Sábado – Efésios 2:11-16: Boaz e Rute: O Prenúncio da Derrubada da Parede de Separação
Efésios 2:11-16: "Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas; e que naquele tempo vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a lei dos mandamentos expressos em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade."
Comentário: Boaz e Rute simbolizam a derrubada das barreiras entre judeus e gentios. Rute, uma moabita, é acolhida na comunidade israelita e se torna parte da linhagem de Cristo, prefigurando a reconciliação final entre todas as nações através de Jesus. Efésios 2:11-16 reforça que, em Cristo, todos são reunidos como um só povo, abolindo a divisão e trazendo paz.
Conclusão
A leitura diária proposta oferece um panorama abrangente do contexto e dos temas do livro de Rute. Ela destaca a fidelidade e providência divina em meio à infidelidade e crises, sublinhando a misericórdia de Deus e a inclusão dos gentios em Seu plano redentor. A história de Rute, então, não é apenas um relato de fidelidade e redenção pessoal, mas um prenúncio do grande plano de Deus para a humanidade, culminando em Cristo.
Para um estudo abrangente da leitura diária sugerida, vamos analisar cada passagem em seu contexto e conectar os temas aos ensinamentos do livro de Rute.
Segunda-feira – Rute 1:1; 4:21-22: O Contexto do Livro de Rute
Rute 1:1: "E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos."
Rute 4:21-22: "e Salmom gerou Boaz; e Boaz gerou Obede; e Obede gerou Jessé; e Jessé gerou Davi."
Comentário: O livro de Rute começa com uma crise de fome durante o período dos juízes, um tempo de anarquia e infidelidade em Israel. A história de Rute conclui com a genealogia que liga Boaz a Davi, destacando a providência divina em meio às crises. Este contexto enfatiza a fidelidade e a bondade de Deus, mesmo em tempos difíceis, e prepara o caminho para a linhagem real de Davi, culminando em Jesus Cristo.
Terça-feira – Juízes 1:7-19: Um Contexto de Anarquia e Infidelidade do Povo Hebreu
Juízes 1:7-19: Esses versículos descrevem a conquista incompleta de Canaã pelos israelitas, suas falhas em expulsar completamente os habitantes pagãos e as consequências disso.
Comentário: Este trecho do livro de Juízes ilustra a desobediência de Israel e a anarquia que resultou. A infidelidade do povo, que não seguiu plenamente as instruções de Deus para expulsar os cananeus, levou a constantes conflitos e à introdução da idolatria. Isso contextualiza o cenário caótico em que o livro de Rute começa, destacando a fidelidade de Rute e Boaz como um contraste à infidelidade geral da época.
Quarta-feira – Juízes 2:7-13; 3:5-7: Israel Atraído à Idolatria dos Cananeus
Juízes 2:7-13: Estes versículos falam sobre a morte de Josué e a subsequente geração que não conhecia ao Senhor nem as obras que Ele fizera por Israel, resultando na idolatria.
Juízes 3:5-7: Descreve como os israelitas habitaram entre os cananeus e adotaram seus deuses, provocando a ira do Senhor.
Comentário: Estas passagens enfatizam o ciclo de apostasia em Israel durante o período dos juízes. A idolatria e infidelidade do povo levaram a várias punições e opressões. A fidelidade de Rute, uma moabita, ao Deus de Israel, destaca-se ainda mais neste contexto de infidelidade generalizada, mostrando que a verdadeira devoção pode vir de onde menos se espera.
Quinta-feira – Salmo 103:8; Joel 2:13; Romanos 2:4: Longanimidade e Misericórdia de Deus
Salmo 103:8: "O Senhor é misericordioso e compassivo, paciente e transbordante de amor."
Joel 2:13: "Rasguem o coração e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se e não envia a desgraça."
Romanos 2:4: "Ou você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?"
Comentário: Esses versículos sublinham a longanimidade e a misericórdia de Deus. Apesar da infidelidade e pecado de Israel, Deus sempre ofereceu oportunidades para arrependimento e restauração. A história de Rute é um exemplo dessa misericórdia divina, onde Deus abençoa Rute e Noemi com provisão e um futuro, refletindo Sua natureza compassiva.
Sexta-feira – Gênesis 49:10: O Cetro não se Afastará da Tribo de Judá
Gênesis 49:10: "O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando dentre seus pés, até que venha aquele a quem ele pertence, e a ele as nações obedecerão."
Comentário: Esta profecia de Jacó sobre Judá prefigura a linhagem real que viria de sua tribo, culminando em Davi e, eventualmente, em Jesus Cristo. Rute, ao se casar com Boaz, um homem da tribo de Judá, torna-se parte desta linhagem divina, cumprindo a promessa de Deus e mostrando como Ele usa todas as circunstâncias para cumprir Seu plano soberano.
Sábado – Efésios 2:11-16: Boaz e Rute: O Prenúncio da Derrubada da Parede de Separação
Efésios 2:11-16: "Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas; e que naquele tempo vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a lei dos mandamentos expressos em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade."
Comentário: Boaz e Rute simbolizam a derrubada das barreiras entre judeus e gentios. Rute, uma moabita, é acolhida na comunidade israelita e se torna parte da linhagem de Cristo, prefigurando a reconciliação final entre todas as nações através de Jesus. Efésios 2:11-16 reforça que, em Cristo, todos são reunidos como um só povo, abolindo a divisão e trazendo paz.
Conclusão
A leitura diária proposta oferece um panorama abrangente do contexto e dos temas do livro de Rute. Ela destaca a fidelidade e providência divina em meio à infidelidade e crises, sublinhando a misericórdia de Deus e a inclusão dos gentios em Seu plano redentor. A história de Rute, então, não é apenas um relato de fidelidade e redenção pessoal, mas um prenúncio do grande plano de Deus para a humanidade, culminando em Cristo.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "Fidelidade e Providência"
Objetivo:
Demonstrar a importância da fidelidade e da confiança na providência divina, mesmo em tempos de crise.
Materiais:
- Pequenos pedaços de papel e canetas.
- Uma caixa ou cesta.
- Versículos chave impressos (Rute 1:16, Rute 4:13-17, Salmo 103:8, Efésios 2:13-14).
- Um cartaz ou quadro branco com a frase "Deus é fiel e providente".
Passos:
- Introdução:
- Comece explicando brevemente o contexto do Livro de Rute e a importância de confiar em Deus durante crises.
- Fale sobre como a fidelidade de Rute e a providência de Deus transformaram uma situação de desespero em uma história de redenção.
- Instruções:
- Distribua um pedaço de papel e uma caneta para cada participante.
- Peça para que escrevam uma situação difícil ou de crise que enfrentaram ou estão enfrentando (sem colocar nomes, para garantir a privacidade).
- Recolha os papéis na caixa ou cesta.
- Leitura dos Versículos:
- Leia os versículos chave em voz alta:
- Rute 1:16: "Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu, e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus."
- Rute 4:13-17: (Resuma a história do casamento de Rute com Boaz e o nascimento de Obede, mostrando a providência de Deus).
- Salmo 103:8: "Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade."
- Efésios 2:13-14: "Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio."
- Discussão:
- Abra um espaço para que os participantes compartilhem, se desejarem, como viram a providência de Deus em suas vidas, mesmo em tempos de dificuldade.
- Reforce a importância de manter a fé e a fidelidade a Deus, utilizando a história de Rute como exemplo.
- Atividade de Confiança:
- Pegue os papéis da caixa/cesta, leia alguns (de forma anônima) e discuta como Deus pode usar essas situações para mostrar Sua providência.
- Depois de cada leitura, coloque os papéis em frente ao cartaz com a frase "Deus é fiel e providente", simbolizando a entrega das dificuldades nas mãos de Deus.
- Conclusão:
- Termine a dinâmica com uma oração, pedindo a Deus para fortalecer a fé e a confiança dos participantes em Sua providência e fidelidade.
- Encoraje os participantes a continuar refletindo sobre a história de Rute e como ela pode inspirá-los a confiar em Deus em todas as circunstâncias.
Reflexão Final:
Lembre aos participantes que, assim como Rute e Noemi, todos enfrentamos crises, mas a fidelidade a Deus e a confiança em Sua providência nos guiarão à redenção e bênçãos que Ele tem planejadas para nós.
Dinâmica: "Fidelidade e Providência"
Objetivo:
Demonstrar a importância da fidelidade e da confiança na providência divina, mesmo em tempos de crise.
Materiais:
- Pequenos pedaços de papel e canetas.
- Uma caixa ou cesta.
- Versículos chave impressos (Rute 1:16, Rute 4:13-17, Salmo 103:8, Efésios 2:13-14).
- Um cartaz ou quadro branco com a frase "Deus é fiel e providente".
Passos:
- Introdução:
- Comece explicando brevemente o contexto do Livro de Rute e a importância de confiar em Deus durante crises.
- Fale sobre como a fidelidade de Rute e a providência de Deus transformaram uma situação de desespero em uma história de redenção.
- Instruções:
- Distribua um pedaço de papel e uma caneta para cada participante.
- Peça para que escrevam uma situação difícil ou de crise que enfrentaram ou estão enfrentando (sem colocar nomes, para garantir a privacidade).
- Recolha os papéis na caixa ou cesta.
- Leitura dos Versículos:
- Leia os versículos chave em voz alta:
- Rute 1:16: "Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu, e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus."
- Rute 4:13-17: (Resuma a história do casamento de Rute com Boaz e o nascimento de Obede, mostrando a providência de Deus).
- Salmo 103:8: "Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade."
- Efésios 2:13-14: "Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio."
- Discussão:
- Abra um espaço para que os participantes compartilhem, se desejarem, como viram a providência de Deus em suas vidas, mesmo em tempos de dificuldade.
- Reforce a importância de manter a fé e a fidelidade a Deus, utilizando a história de Rute como exemplo.
- Atividade de Confiança:
- Pegue os papéis da caixa/cesta, leia alguns (de forma anônima) e discuta como Deus pode usar essas situações para mostrar Sua providência.
- Depois de cada leitura, coloque os papéis em frente ao cartaz com a frase "Deus é fiel e providente", simbolizando a entrega das dificuldades nas mãos de Deus.
- Conclusão:
- Termine a dinâmica com uma oração, pedindo a Deus para fortalecer a fé e a confiança dos participantes em Sua providência e fidelidade.
- Encoraje os participantes a continuar refletindo sobre a história de Rute e como ela pode inspirá-los a confiar em Deus em todas as circunstâncias.
Reflexão Final:
Lembre aos participantes que, assim como Rute e Noemi, todos enfrentamos crises, mas a fidelidade a Deus e a confiança em Sua providência nos guiarão à redenção e bênçãos que Ele tem planejadas para nós.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Vamos analisar esses versículos, destacando aspectos importantes da narrativa e o contexto em que se desenrola.
Versículo 1:
"E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos."
Comentário:
- Período dos Juízes: Uma era de anarquia e infidelidade em Israel, conforme mencionado anteriormente. Esta época é marcada por ciclos de pecado, opressão, arrependimento e libertação.
- Fome na Terra: A fome era um problema recorrente e muitas vezes vista como um julgamento divino por causa da infidelidade do povo.
- Migração para Moabe: A decisão de Elimeleque de levar sua família para Moabe reflete o desespero causado pela fome, uma escolha difícil dado o histórico de conflito entre Israel e Moabe.
Versículo 2:
"E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali."
Comentário:
- Elimeleque: Seu nome significa "Meu Deus é Rei", o que é significativo, pois mesmo em tempos de crise, ele leva o nome de Deus como uma declaração de fé.
- Noemi: Seu nome significa "Agradável" ou "Doçura", contrastando com as amarguras que ela enfrenta mais tarde.
- Malom e Quiliom: Os nomes deles possivelmente significam "doente" e "definhante", respectivamente, o que pode refletir a tragédia que a família enfrenta.
- Efrateus de Belém de Judá: Isso destaca a origem e o status da família dentro da tribo de Judá.
Versículo 3:
"E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos."
Comentário:
- A morte de Elimeleque é uma tragédia significativa, deixando Noemi desamparada numa terra estrangeira.
Versículo 4:
"os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos."
Comentário:
- Mulheres moabitas: A lei de Israel desencorajava o casamento com mulheres de outras nações pagãs para evitar a idolatria, mas a necessidade e a situação em Moabe levaram os filhos de Noemi a se casarem com Orfa e Rute.
- Dez anos: Este período prolongado indica uma tentativa de estabelecer raízes e reconstruir vidas em Moabe.
Versículo 5:
"E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido."
Comentário:
- A morte dos dois filhos de Noemi agrava sua tragédia pessoal, deixando-a sem marido e sem filhos, o que na cultura antiga significava extrema vulnerabilidade e desamparo.
Reflexão e Aplicação:
Providência em Meio à Crise: A narrativa de Rute começa com uma série de tragédias que parecem impossibilitar qualquer esperança. Noemi perde tudo: sua terra natal, seu marido e seus filhos. Este início sombrio prepara o cenário para a revelação da providência divina através da fidelidade de Rute.
Fidelidade e Lealdade: Rute, uma mulher moabita, mostra uma fidelidade e lealdade extraordinárias, que serão evidenciadas mais tarde na história. A decisão dela de permanecer com Noemi é um ato de fé e devoção notável, contrastando com a infidelidade geral da época.
Contexto Cultural: Entender o contexto cultural e histórico é crucial para apreciar a profundidade das dificuldades enfrentadas por Noemi e sua família. A posição de uma viúva naquela época era extremamente precária, e a situação de Noemi e Rute é uma poderosa demonstração de como Deus cuida dos marginalizados.
Dinâmica Relacionada:
Título: "De Belém a Moabe"
Objetivo: Demonstrar a importância de confiar na providência divina em tempos de crise e reforçar a ideia de que, mesmo nas piores circunstâncias, Deus está trabalhando em nosso favor.
Materiais:
- Mapas simples de Israel e Moabe.
- Fichas ou papéis para escrever nomes e situações.
- Cesta ou caixa.
Passos:
- Introdução:
- Explique brevemente o contexto do Livro de Rute e leia os versículos 1:1-5.
- Destaque as dificuldades enfrentadas por Noemi e sua família.
- Atividade:
- Distribua fichas ou papéis e peça para os participantes escreverem um breve resumo de uma crise ou dificuldade pessoal que enfrentaram ou estão enfrentando.
- Recolha as fichas/papéis numa cesta ou caixa.
- Discussão:
- Divida os participantes em grupos pequenos e peça para discutirem como a história de Rute e Noemi pode inspirar confiança na providência divina durante crises pessoais.
- Incentive os participantes a compartilhar histórias pessoais de superação e a fidelidade de Deus.
- Conclusão:
- Pegue a cesta/caixa e, ao final da discussão, coloque-a em frente ao grupo.
- Explique que, assim como Noemi e Rute confiaram em Deus durante suas dificuldades, nós também podemos entregar nossas crises e confiar em Sua providência.
- Faça uma oração, entregando simbolicamente as crises e dificuldades a Deus, pedindo força e fé para todos os participantes.
Esta dinâmica reforça a mensagem central da lição: a fidelidade a Deus em meio a crises e a confiança em Sua providência.
Vamos analisar esses versículos, destacando aspectos importantes da narrativa e o contexto em que se desenrola.
Versículo 1:
"E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos."
Comentário:
- Período dos Juízes: Uma era de anarquia e infidelidade em Israel, conforme mencionado anteriormente. Esta época é marcada por ciclos de pecado, opressão, arrependimento e libertação.
- Fome na Terra: A fome era um problema recorrente e muitas vezes vista como um julgamento divino por causa da infidelidade do povo.
- Migração para Moabe: A decisão de Elimeleque de levar sua família para Moabe reflete o desespero causado pela fome, uma escolha difícil dado o histórico de conflito entre Israel e Moabe.
Versículo 2:
"E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali."
Comentário:
- Elimeleque: Seu nome significa "Meu Deus é Rei", o que é significativo, pois mesmo em tempos de crise, ele leva o nome de Deus como uma declaração de fé.
- Noemi: Seu nome significa "Agradável" ou "Doçura", contrastando com as amarguras que ela enfrenta mais tarde.
- Malom e Quiliom: Os nomes deles possivelmente significam "doente" e "definhante", respectivamente, o que pode refletir a tragédia que a família enfrenta.
- Efrateus de Belém de Judá: Isso destaca a origem e o status da família dentro da tribo de Judá.
Versículo 3:
"E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos."
Comentário:
- A morte de Elimeleque é uma tragédia significativa, deixando Noemi desamparada numa terra estrangeira.
Versículo 4:
"os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos."
Comentário:
- Mulheres moabitas: A lei de Israel desencorajava o casamento com mulheres de outras nações pagãs para evitar a idolatria, mas a necessidade e a situação em Moabe levaram os filhos de Noemi a se casarem com Orfa e Rute.
- Dez anos: Este período prolongado indica uma tentativa de estabelecer raízes e reconstruir vidas em Moabe.
Versículo 5:
"E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido."
Comentário:
- A morte dos dois filhos de Noemi agrava sua tragédia pessoal, deixando-a sem marido e sem filhos, o que na cultura antiga significava extrema vulnerabilidade e desamparo.
Reflexão e Aplicação:
Providência em Meio à Crise: A narrativa de Rute começa com uma série de tragédias que parecem impossibilitar qualquer esperança. Noemi perde tudo: sua terra natal, seu marido e seus filhos. Este início sombrio prepara o cenário para a revelação da providência divina através da fidelidade de Rute.
Fidelidade e Lealdade: Rute, uma mulher moabita, mostra uma fidelidade e lealdade extraordinárias, que serão evidenciadas mais tarde na história. A decisão dela de permanecer com Noemi é um ato de fé e devoção notável, contrastando com a infidelidade geral da época.
Contexto Cultural: Entender o contexto cultural e histórico é crucial para apreciar a profundidade das dificuldades enfrentadas por Noemi e sua família. A posição de uma viúva naquela época era extremamente precária, e a situação de Noemi e Rute é uma poderosa demonstração de como Deus cuida dos marginalizados.
Dinâmica Relacionada:
Título: "De Belém a Moabe"
Objetivo: Demonstrar a importância de confiar na providência divina em tempos de crise e reforçar a ideia de que, mesmo nas piores circunstâncias, Deus está trabalhando em nosso favor.
Materiais:
- Mapas simples de Israel e Moabe.
- Fichas ou papéis para escrever nomes e situações.
- Cesta ou caixa.
Passos:
- Introdução:
- Explique brevemente o contexto do Livro de Rute e leia os versículos 1:1-5.
- Destaque as dificuldades enfrentadas por Noemi e sua família.
- Atividade:
- Distribua fichas ou papéis e peça para os participantes escreverem um breve resumo de uma crise ou dificuldade pessoal que enfrentaram ou estão enfrentando.
- Recolha as fichas/papéis numa cesta ou caixa.
- Discussão:
- Divida os participantes em grupos pequenos e peça para discutirem como a história de Rute e Noemi pode inspirar confiança na providência divina durante crises pessoais.
- Incentive os participantes a compartilhar histórias pessoais de superação e a fidelidade de Deus.
- Conclusão:
- Pegue a cesta/caixa e, ao final da discussão, coloque-a em frente ao grupo.
- Explique que, assim como Noemi e Rute confiaram em Deus durante suas dificuldades, nós também podemos entregar nossas crises e confiar em Sua providência.
- Faça uma oração, entregando simbolicamente as crises e dificuldades a Deus, pedindo força e fé para todos os participantes.
Esta dinâmica reforça a mensagem central da lição: a fidelidade a Deus em meio a crises e a confiança em Sua providência.
PLANO DE AULA
O acesso vip EBD 3ºTRIM 2024, dá direito a slides, subsídios, suporte EBD, vídeos chamadas,..., Entre em contato, clique no botão abaixo.
Abrir Whatsapp .................................................. Abrir Telegram - Abrir E-Mail ....................................................... Mandar um SMS
O acesso vip EBD 3ºTRIM 2024, dá direito a slides, subsídios, suporte EBD, vídeos chamadas,..., Entre em contato, clique no botão abaixo.
Abrir Whatsapp .................................................. Abrir Telegram- Abrir E-Mail ....................................................... Mandar um SMS
👆ADQUIRA O ACESSO VIP | TEMOS 3 TIPOS: ACESSO VIP TOTAL, EDITORIAL, CLASSE| Saiba sobre, pelo zap ou e-mail: hubnerbraz@pecadorconfesso.com
INTRODUÇÃO
O livro de Rute se destaca não apenas por sua beleza literária mas, principalmente, pela profundidade espiritual de sua mensagem. Fonte de inspiração para judeus e cristãos ao longo dos séculos, o livro narra uma história de amizade, amor e redenção. Uma extraordinária demonstração de como o Todo-poderoso trabalha em meio às crises para cumprir seus desígnios eternos. Ele transforma tristeza em alegria, perdas em ganhos, derrotas em vitórias. Rute nos apresenta Jeová-Jireh, o Deus que provê (Gn 22.14).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O livro de Rute, composto por quatro capítulos, é um dos textos mais apreciados na literatura bíblica por sua beleza narrativa e profundidade espiritual. Situado no período dos juízes, uma época marcada por anarquia e infidelidade, Rute se destaca como uma narrativa de fidelidade, amor e redenção, ilustrando a providência divina em meio às crises humanas.
Contexto Histórico e Literário
Período dos Juízes
O cenário histórico do livro de Rute é o período dos juízes, caracterizado por ciclos de apostasia, opressão, arrependimento e libertação (Juízes 2:11-19). Este contexto de instabilidade e desordem contrasta fortemente com a fidelidade e a ordem presentes na história de Rute. A presença de fome em Israel (Rute 1:1) e a migração da família de Elimeleque para Moabe ressaltam a crise econômica e espiritual da época.
Estrutura Literária
O livro de Rute possui uma estrutura narrativa clara, com um início (Rute 1:1-5), desenvolvimento (Rute 1:6 - 3:18) e um desfecho redentor (Rute 4:1-22). A narrativa é rica em diálogos e ações simbólicas, como a decisão de Rute de acompanhar Noemi (Rute 1:16-17) e o resgate por Boaz (Rute 4:9-10), que apontam para temas maiores de fidelidade e providência divina.
Análise Teológica
Fidelidade e Lealdade
A fidelidade é um tema central no livro de Rute, exemplificada pela devoção de Rute a Noemi e ao Deus de Israel. Sua famosa declaração de lealdade (Rute 1:16-17) não apenas reflete um compromisso pessoal, mas também um testemunho de conversão e fé no Deus de Israel, contrastando com a infidelidade prevalente durante o período dos juízes.
Providência Divina
O conceito de providência divina é fundamental na narrativa. Apesar das tragédias iniciais – a morte de Elimeleque, Malom e Quiliom – Deus opera silenciosamente para redimir e restaurar. A chegada de Rute a Belém na época da colheita (Rute 1:22) e seu encontro com Boaz são evidências da mão guiadora de Deus, culminando no casamento redentor e na genealogia que liga Rute a Davi e, eventualmente, a Jesus Cristo (Mateus 1:5).
Redenção e Inclusão
Boaz atua como o "goel" (redentor), uma figura central na teologia da redenção, cumprindo a lei do levirato e resgatando a herança de Elimeleque. Este ato de redenção é um prenúncio do trabalho redentor de Cristo. Além disso, a inclusão de Rute, uma moabita, na linhagem de Davi e de Jesus, aponta para a abrangência do plano redentor de Deus, que inclui gentios e estende a salvação a todas as nações (Efésios 2:11-13).
Análise Acadêmica
Autoria e Datação
A autoria do livro de Rute é tradicionalmente atribuída a Samuel, embora essa atribuição seja debatida. A datação do texto é igualmente incerta, com sugestões variando desde o período dos juízes até a era pós-exílica. O uso de expressões e a menção de costumes antigos indicam uma composição que procura preservar e transmitir tradições históricas e culturais significativas.
Influência e Relevância
O livro de Rute tem sido uma fonte contínua de inspiração e estudo tanto para judeus quanto para cristãos. Ele é lido durante a Festa das Semanas (Shavuot) no judaísmo, celebrando a dádiva da Torá e a colheita. Na teologia cristã, Rute é vista como uma prefiguração da igreja gentia e da redenção através de Cristo, tornando-se um texto central para a compreensão da inclusão e do plano redentor de Deus.
Conclusão
O livro de Rute é uma joia literária e teológica, oferecendo uma narrativa que ilustra a fidelidade humana e a providência divina em meio às adversidades. Ele destaca a capacidade de Deus de transformar situações de desespero em ocasiões de redenção e alegria, apontando para a inclusão de todos no Seu plano redentor. Ao nos apresentar Jeová-Jireh, o Deus que provê, Rute reafirma a soberania de Deus e a esperança de redenção para toda a humanidade.
O livro de Rute, composto por quatro capítulos, é um dos textos mais apreciados na literatura bíblica por sua beleza narrativa e profundidade espiritual. Situado no período dos juízes, uma época marcada por anarquia e infidelidade, Rute se destaca como uma narrativa de fidelidade, amor e redenção, ilustrando a providência divina em meio às crises humanas.
Contexto Histórico e Literário
Período dos Juízes
O cenário histórico do livro de Rute é o período dos juízes, caracterizado por ciclos de apostasia, opressão, arrependimento e libertação (Juízes 2:11-19). Este contexto de instabilidade e desordem contrasta fortemente com a fidelidade e a ordem presentes na história de Rute. A presença de fome em Israel (Rute 1:1) e a migração da família de Elimeleque para Moabe ressaltam a crise econômica e espiritual da época.
Estrutura Literária
O livro de Rute possui uma estrutura narrativa clara, com um início (Rute 1:1-5), desenvolvimento (Rute 1:6 - 3:18) e um desfecho redentor (Rute 4:1-22). A narrativa é rica em diálogos e ações simbólicas, como a decisão de Rute de acompanhar Noemi (Rute 1:16-17) e o resgate por Boaz (Rute 4:9-10), que apontam para temas maiores de fidelidade e providência divina.
Análise Teológica
Fidelidade e Lealdade
A fidelidade é um tema central no livro de Rute, exemplificada pela devoção de Rute a Noemi e ao Deus de Israel. Sua famosa declaração de lealdade (Rute 1:16-17) não apenas reflete um compromisso pessoal, mas também um testemunho de conversão e fé no Deus de Israel, contrastando com a infidelidade prevalente durante o período dos juízes.
Providência Divina
O conceito de providência divina é fundamental na narrativa. Apesar das tragédias iniciais – a morte de Elimeleque, Malom e Quiliom – Deus opera silenciosamente para redimir e restaurar. A chegada de Rute a Belém na época da colheita (Rute 1:22) e seu encontro com Boaz são evidências da mão guiadora de Deus, culminando no casamento redentor e na genealogia que liga Rute a Davi e, eventualmente, a Jesus Cristo (Mateus 1:5).
Redenção e Inclusão
Boaz atua como o "goel" (redentor), uma figura central na teologia da redenção, cumprindo a lei do levirato e resgatando a herança de Elimeleque. Este ato de redenção é um prenúncio do trabalho redentor de Cristo. Além disso, a inclusão de Rute, uma moabita, na linhagem de Davi e de Jesus, aponta para a abrangência do plano redentor de Deus, que inclui gentios e estende a salvação a todas as nações (Efésios 2:11-13).
Análise Acadêmica
Autoria e Datação
A autoria do livro de Rute é tradicionalmente atribuída a Samuel, embora essa atribuição seja debatida. A datação do texto é igualmente incerta, com sugestões variando desde o período dos juízes até a era pós-exílica. O uso de expressões e a menção de costumes antigos indicam uma composição que procura preservar e transmitir tradições históricas e culturais significativas.
Influência e Relevância
O livro de Rute tem sido uma fonte contínua de inspiração e estudo tanto para judeus quanto para cristãos. Ele é lido durante a Festa das Semanas (Shavuot) no judaísmo, celebrando a dádiva da Torá e a colheita. Na teologia cristã, Rute é vista como uma prefiguração da igreja gentia e da redenção através de Cristo, tornando-se um texto central para a compreensão da inclusão e do plano redentor de Deus.
Conclusão
O livro de Rute é uma joia literária e teológica, oferecendo uma narrativa que ilustra a fidelidade humana e a providência divina em meio às adversidades. Ele destaca a capacidade de Deus de transformar situações de desespero em ocasiões de redenção e alegria, apontando para a inclusão de todos no Seu plano redentor. Ao nos apresentar Jeová-Jireh, o Deus que provê, Rute reafirma a soberania de Deus e a esperança de redenção para toda a humanidade.
Palavra-Chave: Providência
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A palavra "providência" vem do latim providentia, que significa "previsão", "precaução" ou "cuidado". O termo é composto pelo prefixo pro- (à frente) e videre (ver), indicando a capacidade de ver antecipadamente e, portanto, de planejar e cuidar do futuro. Na teologia cristã, a providência de Deus se refere à Sua contínua e cuidadosa direção e manutenção de toda a criação.
No Antigo Testamento, a ideia de providência é frequentemente expressa pelos termos hebraicos ראֹה (ra’ah - ver) e ידע (yada’ - saber), que indicam o conhecimento e a supervisão de Deus sobre todos os aspectos da vida humana. No Novo Testamento, a providência é muitas vezes implícita nas ações de Deus e de Jesus, mostrando Seu cuidado e provisão contínuos.
Exemplos Bíblicos da Providência de Deus
- José no Egito (Gênesis 37-50)
- A história de José é um exemplo clássico da providência divina. Vendido como escravo pelos próprios irmãos, José passa por muitas adversidades, mas Deus o eleva à posição de governador do Egito. Ao final, José reconhece a mão providencial de Deus ao dizer: “Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gênesis 50:20).
- História de Rute (Rute 1-4)
- O livro de Rute destaca a providência divina na vida de Noemi e Rute. A migração para Moabe, as mortes na família, e o retorno a Belém são todas etapas onde a mão de Deus é visível. A provisão de Boaz como redentor é um claro exemplo de como Deus cuida dos que confiam Nele. Rute se torna parte da linhagem de Davi e, eventualmente, de Jesus, mostrando a extensão do plano providencial de Deus.
- Abraão e Isaque (Gênesis 22)
- Quando Deus pede a Abraão que sacrifique seu filho Isaque, a providência divina é revelada quando um carneiro é providenciado como substituto no último momento. Abraão chama aquele lugar de “Jeová-Jiré” (o Senhor proverá), indicando a confiança na provisão de Deus.
- Elias e a Viúva de Sarepta (1 Reis 17:8-16)
- Durante uma severa fome, Deus instrui Elias a buscar refúgio com uma viúva em Sarepta. Através de um milagre, a provisão de farinha e azeite não se esgota, demonstrando o cuidado contínuo de Deus em tempos de necessidade.
- Jesus Alimentando os Cinco Mil (Mateus 14:13-21)
- No Novo Testamento, a providência de Deus é manifestada por Jesus ao alimentar cinco mil homens (além de mulheres e crianças) com apenas cinco pães e dois peixes. Este milagre ilustra a abundância da provisão divina e o cuidado de Jesus pelas necessidades das pessoas.
Reflexão Teológica
A doutrina da providência divina é essencial para a fé cristã, pois afirma que Deus está ativamente envolvido em Sua criação. Ele não é um espectador distante, mas um Pai amoroso que cuida de Suas criaturas. A providência de Deus nos encoraja a confiar Nele, sabendo que Ele está no controle de todas as circunstâncias, tanto boas quanto adversas.
Além disso, a providência de Deus aponta para a Sua sabedoria e soberania. Ele vê o futuro e orquestra os eventos de acordo com Seu plano perfeito. Nossa compreensão limitada pode nos fazer questionar as adversidades, mas a fé na providência divina nos ajuda a ver além do imediato e a confiar no propósito maior de Deus.
Aplicação Prática
- Confiança em Tempos de Crise:
- Assim como José, Rute e Noemi confiaram na providência de Deus em meio a suas crises, nós também somos chamados a confiar em Deus em nossos desafios diários. A certeza de que Deus está no controle nos dá paz e esperança.
- Reconhecimento da Provisão de Deus:
- A história de Abraão e o carneiro provido no lugar de Isaque nos ensina a reconhecer e agradecer a Deus por Suas provisões diárias. Devemos estar atentos às maneiras pelas quais Deus supri nossas necessidades.
- Cuidado com o Próximo:
- A providência de Deus frequentemente opera através de pessoas. Assim como Boaz agiu como redentor para Rute, somos chamados a ser instrumentos de provisão e cuidado para os outros.
Em resumo, a providência de Deus é uma fonte de conforto e segurança para os crentes. Ela nos assegura que, independentemente das circunstâncias, Deus está ativamente cuidando de nós e trabalhando para o nosso bem.
A palavra "providência" vem do latim providentia, que significa "previsão", "precaução" ou "cuidado". O termo é composto pelo prefixo pro- (à frente) e videre (ver), indicando a capacidade de ver antecipadamente e, portanto, de planejar e cuidar do futuro. Na teologia cristã, a providência de Deus se refere à Sua contínua e cuidadosa direção e manutenção de toda a criação.
No Antigo Testamento, a ideia de providência é frequentemente expressa pelos termos hebraicos ראֹה (ra’ah - ver) e ידע (yada’ - saber), que indicam o conhecimento e a supervisão de Deus sobre todos os aspectos da vida humana. No Novo Testamento, a providência é muitas vezes implícita nas ações de Deus e de Jesus, mostrando Seu cuidado e provisão contínuos.
Exemplos Bíblicos da Providência de Deus
- José no Egito (Gênesis 37-50)
- A história de José é um exemplo clássico da providência divina. Vendido como escravo pelos próprios irmãos, José passa por muitas adversidades, mas Deus o eleva à posição de governador do Egito. Ao final, José reconhece a mão providencial de Deus ao dizer: “Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gênesis 50:20).
- História de Rute (Rute 1-4)
- O livro de Rute destaca a providência divina na vida de Noemi e Rute. A migração para Moabe, as mortes na família, e o retorno a Belém são todas etapas onde a mão de Deus é visível. A provisão de Boaz como redentor é um claro exemplo de como Deus cuida dos que confiam Nele. Rute se torna parte da linhagem de Davi e, eventualmente, de Jesus, mostrando a extensão do plano providencial de Deus.
- Abraão e Isaque (Gênesis 22)
- Quando Deus pede a Abraão que sacrifique seu filho Isaque, a providência divina é revelada quando um carneiro é providenciado como substituto no último momento. Abraão chama aquele lugar de “Jeová-Jiré” (o Senhor proverá), indicando a confiança na provisão de Deus.
- Elias e a Viúva de Sarepta (1 Reis 17:8-16)
- Durante uma severa fome, Deus instrui Elias a buscar refúgio com uma viúva em Sarepta. Através de um milagre, a provisão de farinha e azeite não se esgota, demonstrando o cuidado contínuo de Deus em tempos de necessidade.
- Jesus Alimentando os Cinco Mil (Mateus 14:13-21)
- No Novo Testamento, a providência de Deus é manifestada por Jesus ao alimentar cinco mil homens (além de mulheres e crianças) com apenas cinco pães e dois peixes. Este milagre ilustra a abundância da provisão divina e o cuidado de Jesus pelas necessidades das pessoas.
Reflexão Teológica
A doutrina da providência divina é essencial para a fé cristã, pois afirma que Deus está ativamente envolvido em Sua criação. Ele não é um espectador distante, mas um Pai amoroso que cuida de Suas criaturas. A providência de Deus nos encoraja a confiar Nele, sabendo que Ele está no controle de todas as circunstâncias, tanto boas quanto adversas.
Além disso, a providência de Deus aponta para a Sua sabedoria e soberania. Ele vê o futuro e orquestra os eventos de acordo com Seu plano perfeito. Nossa compreensão limitada pode nos fazer questionar as adversidades, mas a fé na providência divina nos ajuda a ver além do imediato e a confiar no propósito maior de Deus.
Aplicação Prática
- Confiança em Tempos de Crise:
- Assim como José, Rute e Noemi confiaram na providência de Deus em meio a suas crises, nós também somos chamados a confiar em Deus em nossos desafios diários. A certeza de que Deus está no controle nos dá paz e esperança.
- Reconhecimento da Provisão de Deus:
- A história de Abraão e o carneiro provido no lugar de Isaque nos ensina a reconhecer e agradecer a Deus por Suas provisões diárias. Devemos estar atentos às maneiras pelas quais Deus supri nossas necessidades.
- Cuidado com o Próximo:
- A providência de Deus frequentemente opera através de pessoas. Assim como Boaz agiu como redentor para Rute, somos chamados a ser instrumentos de provisão e cuidado para os outros.
Em resumo, a providência de Deus é uma fonte de conforto e segurança para os crentes. Ela nos assegura que, independentemente das circunstâncias, Deus está ativamente cuidando de nós e trabalhando para o nosso bem.
I- A ORGANIZAÇÃO DO LIVRO
1- Na Bíblia Hebraica. O Livro de Rute pertence à terceira divisão ou seção da Tanakh, a Bíblia Hebraica, que é composta apenas dos livros do Antigo Testamento da Bíblia Cristã. Essa terceira seção é chamada Ketuvim ou Hagiógrafos (Escritos). A primeira seção é a Torá (Pentateuco) e a segunda é a Neviim (Profetas) (Lc 24.44) Dentre os Escritos, que são onze livros, estão os Megillot (cinco rolos), livros curtos lidos publicamente nas festas judaicas anuais: Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester. Em função de narrar fatos ocorridos durante a colheita, a leitura litúrgica de Rute era tradicionalmente feita durante o Shovuot (Pentecoste), a festa da colheita.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Livro de Rute faz parte da terceira divisão ou seção da Tanakh, a Bíblia Hebraica, que corresponde aos livros do Antigo Testamento na Bíblia Cristã. A Tanakh é organizada em três partes principais:
- Torá (Lei ou Pentateuco):
- Composta pelos cinco primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
- Neviim (Profetas):
- Dividida em Profetas Anteriores (Josué, Juízes, Samuel, Reis) e Profetas Posteriores (Isaías, Jeremias, Ezequiel, e os Doze Profetas Menores).
- Ketuvim (Escritos):
- Esta seção inclui livros de diversos gêneros literários: poesia, sabedoria, e narrativas históricas.
Ketuvim ou Hagiógrafos (Escritos)
Os Ketuvim contêm onze livros e são conhecidos por sua diversidade literária. Dentro dessa terceira divisão, encontramos:
- Livros Poéticos: Salmos, Provérbios e Jó.
- Cinco Megillot (Cinco Rolos): Pequenos livros lidos publicamente em diferentes festas judaicas. Estes são:
- Cântico dos Cânticos (Shir Hashirim): Lido na Páscoa.
- Rute: Lido durante Shavuot (Pentecostes).
- Lamentações (Eicha): Lido no Tisha B'Av.
- Eclesiastes (Kohelet): Lido durante o Sucot.
- Ester: Lido no Purim.
- Outros Livros: Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas.
Leitura Litúrgica de Rute
O Livro de Rute é especialmente associado ao Shavuot (Pentecostes), uma das três festas de peregrinação judaica, também conhecida como a Festa das Semanas. Esta festa celebra a colheita do trigo e a entrega da Torá no Monte Sinai. A associação de Rute com Shavuot se deve aos eventos narrados no livro, que ocorrem durante a época da colheita.
Rute 1:22: "Assim Noemi voltou da terra de Moabe com Rute, sua nora, a moabita. Elas chegaram a Belém no começo da colheita da cevada."
Esta ligação com a colheita faz de Rute uma leitura apropriada durante Shavuot, destacando temas de renovação, fidelidade e providência divina, todos relevantes para a festa. A história de Rute também celebra a aceitação de uma estrangeira na comunidade de Israel, um tema apropriado para uma festa que comemora a entrega da Lei, que é universal e acolhedora.
Reflexão Teológica
A inclusão de Rute na seção dos Escritos reflete sua importância não apenas como uma narrativa histórica, mas também como um texto teológico rico. Ele demonstra como Deus trabalha através de eventos cotidianos e relações humanas para realizar Seus propósitos divinos. A fidelidade de Rute a Noemi e a aceitação de Boaz de suas responsabilidades como parente-redentor ilustram princípios de lealdade, bondade e provisão divina que são centrais na fé judaico-cristã.
Aplicação
Entender a organização e o contexto litúrgico do Livro de Rute nos ajuda a apreciar a profundidade de sua mensagem e sua relevância tanto para judeus quanto para cristãos. Ele nos lembra que, independentemente das circunstâncias, a providência divina está em ação, guiando e cuidando do Seu povo. Durante a leitura de Rute em Shavuot, somos convidados a refletir sobre nossa própria fidelidade e a reconhecer as maneiras pelas quais Deus provê para nós em nossas vidas diárias.
O Livro de Rute faz parte da terceira divisão ou seção da Tanakh, a Bíblia Hebraica, que corresponde aos livros do Antigo Testamento na Bíblia Cristã. A Tanakh é organizada em três partes principais:
- Torá (Lei ou Pentateuco):
- Composta pelos cinco primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
- Neviim (Profetas):
- Dividida em Profetas Anteriores (Josué, Juízes, Samuel, Reis) e Profetas Posteriores (Isaías, Jeremias, Ezequiel, e os Doze Profetas Menores).
- Ketuvim (Escritos):
- Esta seção inclui livros de diversos gêneros literários: poesia, sabedoria, e narrativas históricas.
Ketuvim ou Hagiógrafos (Escritos)
Os Ketuvim contêm onze livros e são conhecidos por sua diversidade literária. Dentro dessa terceira divisão, encontramos:
- Livros Poéticos: Salmos, Provérbios e Jó.
- Cinco Megillot (Cinco Rolos): Pequenos livros lidos publicamente em diferentes festas judaicas. Estes são:
- Cântico dos Cânticos (Shir Hashirim): Lido na Páscoa.
- Rute: Lido durante Shavuot (Pentecostes).
- Lamentações (Eicha): Lido no Tisha B'Av.
- Eclesiastes (Kohelet): Lido durante o Sucot.
- Ester: Lido no Purim.
- Outros Livros: Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas.
Leitura Litúrgica de Rute
O Livro de Rute é especialmente associado ao Shavuot (Pentecostes), uma das três festas de peregrinação judaica, também conhecida como a Festa das Semanas. Esta festa celebra a colheita do trigo e a entrega da Torá no Monte Sinai. A associação de Rute com Shavuot se deve aos eventos narrados no livro, que ocorrem durante a época da colheita.
Rute 1:22: "Assim Noemi voltou da terra de Moabe com Rute, sua nora, a moabita. Elas chegaram a Belém no começo da colheita da cevada."
Esta ligação com a colheita faz de Rute uma leitura apropriada durante Shavuot, destacando temas de renovação, fidelidade e providência divina, todos relevantes para a festa. A história de Rute também celebra a aceitação de uma estrangeira na comunidade de Israel, um tema apropriado para uma festa que comemora a entrega da Lei, que é universal e acolhedora.
Reflexão Teológica
A inclusão de Rute na seção dos Escritos reflete sua importância não apenas como uma narrativa histórica, mas também como um texto teológico rico. Ele demonstra como Deus trabalha através de eventos cotidianos e relações humanas para realizar Seus propósitos divinos. A fidelidade de Rute a Noemi e a aceitação de Boaz de suas responsabilidades como parente-redentor ilustram princípios de lealdade, bondade e provisão divina que são centrais na fé judaico-cristã.
Aplicação
Entender a organização e o contexto litúrgico do Livro de Rute nos ajuda a apreciar a profundidade de sua mensagem e sua relevância tanto para judeus quanto para cristãos. Ele nos lembra que, independentemente das circunstâncias, a providência divina está em ação, guiando e cuidando do Seu povo. Durante a leitura de Rute em Shavuot, somos convidados a refletir sobre nossa própria fidelidade e a reconhecer as maneiras pelas quais Deus provê para nós em nossas vidas diárias.
2- Na Bíblia Cristã. Enquanto a Bíblia Hebraica está dividida em três seções (Pentateuco, Profetas e Escritos), o Antigo Testamento da Bíblia Cristã é composto de quatro: Pentateuco, Poéticos, Históricos e Proféticos. Rute está categorizado como um livro histórico, por seu evidente gênero narrativo. Mas é identificado também por sua extraordinária beleza poética. Empregando estilo e linguagem próprios do hebraico clássico, o autor expõe aspectos subjetivos da vida dos personagens (Rt 1.12-21; 2.13,20; 3.1; 4.16). A obra está organizada em quatro capítulos, somando 85 versículos.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Enquanto a Bíblia Hebraica é dividida em três seções principais (Pentateuco, Profetas e Escritos), o Antigo Testamento na Bíblia Cristã está organizado em quatro categorias:
- Pentateuco:
- Inclui os cinco primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
- Históricos:
- Relata a história do povo de Israel desde a conquista de Canaã até o período pós-exílico. Inclui: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
- Poéticos:
- Contém literatura de sabedoria e poesia: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos.
- Proféticos:
- Inclui os livros dos Profetas Maiores e Menores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, e os doze Profetas Menores (Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias).
O Livro de Rute na Bíblia Cristã
Na Bíblia Cristã, o livro de Rute é categorizado como um livro histórico devido ao seu gênero narrativo. No entanto, é amplamente reconhecido por sua beleza poética e estilo literário refinado. A obra está organizada em quatro capítulos, totalizando 85 versículos, e emprega uma linguagem clássica do hebraico, que expõe os aspectos subjetivos e emocionais da vida dos personagens.
Exemplos de Aspectos Subjetivos no Livro de Rute:
- Rt 1:12-21: Noemi expressa sua amargura e desespero após a perda de seu marido e filhos, mostrando profunda vulnerabilidade.
- Rt 2:13, 20: Rute demonstra gratidão e surpresa ao ser tratada com bondade por Boaz, destacando sua humildade e apreço.
- Rt 3:1: Noemi aconselha Rute sobre como buscar segurança e futuro com Boaz, revelando sua sabedoria e cuidado materno.
- Rt 4:16: Noemi, ao segurar o neto Obede, experimenta uma renovação de esperança e alegria, um momento de redenção pessoal e familiar.
Reflexão Literária e Teológica
Beleza Poética
A narrativa de Rute é rica em detalhes poéticos e estilísticos. O uso de paralelismos, metáforas e uma estrutura narrativa elegante eleva o texto a um nível literário que atrai tanto estudiosos quanto leitores devocionais. A linguagem clássica hebraica utilizada pelo autor não só conta a história, mas também envolve o leitor emocionalmente, destacando a profundidade dos sentimentos e relações entre os personagens.
Temas Principais
- Fidelidade e Lealdade:
- A devoção de Rute a Noemi, expressa em sua declaração: "Para onde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu" (Rt 1:16), é um tema central que ressalta a importância da lealdade e do amor sacrificial.
- Providência Divina:
- A história destaca como Deus cuida dos Seus de maneiras aparentemente comuns. A chegada de Rute aos campos de Boaz "por acaso" (Rt 2:3) é um exemplo claro da mão providencial de Deus.
- Redenção e Inclusão:
- Boaz atua como o "goel" (redentor), e a inclusão de Rute, uma moabita, na linhagem de Davi (Rt 4:17) demonstra a abrangência do plano redentor de Deus que culmina em Jesus Cristo.
Conclusão
O livro de Rute, embora breve, é uma narrativa profundamente rica em teologia e literatura. Situado entre os livros históricos da Bíblia Cristã, ele não só narra eventos históricos, mas também explora temas universais de fidelidade, providência divina e redenção. A beleza poética do texto e a profundidade emocional dos personagens tornam Rute uma obra-prima que continua a inspirar e ensinar tanto a judeus quanto a cristãos através dos séculos.
Enquanto a Bíblia Hebraica é dividida em três seções principais (Pentateuco, Profetas e Escritos), o Antigo Testamento na Bíblia Cristã está organizado em quatro categorias:
- Pentateuco:
- Inclui os cinco primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
- Históricos:
- Relata a história do povo de Israel desde a conquista de Canaã até o período pós-exílico. Inclui: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
- Poéticos:
- Contém literatura de sabedoria e poesia: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos.
- Proféticos:
- Inclui os livros dos Profetas Maiores e Menores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, e os doze Profetas Menores (Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias).
O Livro de Rute na Bíblia Cristã
Na Bíblia Cristã, o livro de Rute é categorizado como um livro histórico devido ao seu gênero narrativo. No entanto, é amplamente reconhecido por sua beleza poética e estilo literário refinado. A obra está organizada em quatro capítulos, totalizando 85 versículos, e emprega uma linguagem clássica do hebraico, que expõe os aspectos subjetivos e emocionais da vida dos personagens.
Exemplos de Aspectos Subjetivos no Livro de Rute:
- Rt 1:12-21: Noemi expressa sua amargura e desespero após a perda de seu marido e filhos, mostrando profunda vulnerabilidade.
- Rt 2:13, 20: Rute demonstra gratidão e surpresa ao ser tratada com bondade por Boaz, destacando sua humildade e apreço.
- Rt 3:1: Noemi aconselha Rute sobre como buscar segurança e futuro com Boaz, revelando sua sabedoria e cuidado materno.
- Rt 4:16: Noemi, ao segurar o neto Obede, experimenta uma renovação de esperança e alegria, um momento de redenção pessoal e familiar.
Reflexão Literária e Teológica
Beleza Poética
A narrativa de Rute é rica em detalhes poéticos e estilísticos. O uso de paralelismos, metáforas e uma estrutura narrativa elegante eleva o texto a um nível literário que atrai tanto estudiosos quanto leitores devocionais. A linguagem clássica hebraica utilizada pelo autor não só conta a história, mas também envolve o leitor emocionalmente, destacando a profundidade dos sentimentos e relações entre os personagens.
Temas Principais
- Fidelidade e Lealdade:
- A devoção de Rute a Noemi, expressa em sua declaração: "Para onde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu" (Rt 1:16), é um tema central que ressalta a importância da lealdade e do amor sacrificial.
- Providência Divina:
- A história destaca como Deus cuida dos Seus de maneiras aparentemente comuns. A chegada de Rute aos campos de Boaz "por acaso" (Rt 2:3) é um exemplo claro da mão providencial de Deus.
- Redenção e Inclusão:
- Boaz atua como o "goel" (redentor), e a inclusão de Rute, uma moabita, na linhagem de Davi (Rt 4:17) demonstra a abrangência do plano redentor de Deus que culmina em Jesus Cristo.
Conclusão
O livro de Rute, embora breve, é uma narrativa profundamente rica em teologia e literatura. Situado entre os livros históricos da Bíblia Cristã, ele não só narra eventos históricos, mas também explora temas universais de fidelidade, providência divina e redenção. A beleza poética do texto e a profundidade emocional dos personagens tornam Rute uma obra-prima que continua a inspirar e ensinar tanto a judeus quanto a cristãos através dos séculos.
3- Autoria e data. Há uma diversidade de opiniões entre os eruditos acerca da autoria e data do Livro de Rute. Samuel é o autor mais provável. O Talmude, obra milenar de regulamentos e tradições judaicas, atribui a ele a autoria. A forma como o autor se refere a Jessé e Davi, parece indicar contemporaneidade e familiaridade com os personagens, o que também aponta para Samuel (Rt 4.17). Além disso, as características gerais da obra indicam uma atmosfera própria do início do período da monarquia de Israel. Sendo assim, o livro teria sido escrito no século X a.C.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Há uma diversidade de opiniões entre os eruditos sobre a autoria do Livro de Rute. Entre os vários nomes sugeridos, Samuel é frequentemente considerado o autor mais provável. Esta atribuição se baseia principalmente em tradições judaicas antigas, como as encontradas no Talmude, uma obra milenar de regulamentos e tradições judaicas, que atribui a autoria do livro a Samuel.
Evidências que Apontam para Samuel como Autor:
- Referências a Jessé e Davi:
- No final do livro, a menção de Jessé e Davi sugere que o autor tinha conhecimento direto ou próximo desses personagens. Em Rute 4:17, lemos: "E as vizinhas deram-lhe um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho; e chamaram-lhe Obede; este é o pai de Jessé, pai de Davi". Esta familiaridade com Davi e sua genealogia sugere um contexto de contemporaneidade.
- Familiaridade com a Monarquia:
- O estilo e o conteúdo do livro indicam uma atmosfera própria do início do período da monarquia de Israel. Isso é evidenciado pelo fato de que o livro parece refletir uma época em que a monarquia estava se estabelecendo, o que coincide com a época de Samuel, o último juiz e o profeta que ungiu Saul e Davi como reis.
Data
Considerando a possibilidade de Samuel como o autor, o livro de Rute teria sido escrito no século X a.C., durante os primeiros anos da monarquia israelita. As características literárias e históricas do livro apoiam essa datação.
Características que Apoiam a Datação no Século X a.C.:
- Estilo Literário e Linguagem:
- O hebraico utilizado no livro de Rute é consistente com outros textos desse período, exibindo uma forma clássica e refinada da língua. A narrativa é elaborada com cuidado e atenção aos detalhes, o que é típico de escritos desse tempo.
- Contexto Histórico:
- A menção dos juízes e a situação sociopolítica descrita no início do livro ("nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra" - Rute 1:1) correspondem ao período de transição entre a anarquia dos juízes e a estabilidade inicial da monarquia.
- Temas e Motivações:
- O livro de Rute aborda temas como a lealdade, a redenção e a providência divina, que são universais, mas também relevantes para uma sociedade em transição para uma monarquia. Esses temas podem ter sido especialmente significativos durante a época de Samuel, quando a nação estava em busca de identidade e coesão sob um governo centralizado.
Conclusão
Embora a autoria exata do livro de Rute não possa ser determinada com certeza absoluta, a tradição judaica e várias evidências internas sugerem que Samuel é um candidato provável. A datação no século X a.C., no início do período monárquico de Israel, é apoiada por características literárias, históricas e temáticas do livro. Assim, o livro de Rute pode ser visto como uma obra profundamente enraizada em sua época, refletindo tanto os desafios quanto as esperanças de uma nação em transformação.
Há uma diversidade de opiniões entre os eruditos sobre a autoria do Livro de Rute. Entre os vários nomes sugeridos, Samuel é frequentemente considerado o autor mais provável. Esta atribuição se baseia principalmente em tradições judaicas antigas, como as encontradas no Talmude, uma obra milenar de regulamentos e tradições judaicas, que atribui a autoria do livro a Samuel.
Evidências que Apontam para Samuel como Autor:
- Referências a Jessé e Davi:
- No final do livro, a menção de Jessé e Davi sugere que o autor tinha conhecimento direto ou próximo desses personagens. Em Rute 4:17, lemos: "E as vizinhas deram-lhe um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho; e chamaram-lhe Obede; este é o pai de Jessé, pai de Davi". Esta familiaridade com Davi e sua genealogia sugere um contexto de contemporaneidade.
- Familiaridade com a Monarquia:
- O estilo e o conteúdo do livro indicam uma atmosfera própria do início do período da monarquia de Israel. Isso é evidenciado pelo fato de que o livro parece refletir uma época em que a monarquia estava se estabelecendo, o que coincide com a época de Samuel, o último juiz e o profeta que ungiu Saul e Davi como reis.
Data
Considerando a possibilidade de Samuel como o autor, o livro de Rute teria sido escrito no século X a.C., durante os primeiros anos da monarquia israelita. As características literárias e históricas do livro apoiam essa datação.
Características que Apoiam a Datação no Século X a.C.:
- Estilo Literário e Linguagem:
- O hebraico utilizado no livro de Rute é consistente com outros textos desse período, exibindo uma forma clássica e refinada da língua. A narrativa é elaborada com cuidado e atenção aos detalhes, o que é típico de escritos desse tempo.
- Contexto Histórico:
- A menção dos juízes e a situação sociopolítica descrita no início do livro ("nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra" - Rute 1:1) correspondem ao período de transição entre a anarquia dos juízes e a estabilidade inicial da monarquia.
- Temas e Motivações:
- O livro de Rute aborda temas como a lealdade, a redenção e a providência divina, que são universais, mas também relevantes para uma sociedade em transição para uma monarquia. Esses temas podem ter sido especialmente significativos durante a época de Samuel, quando a nação estava em busca de identidade e coesão sob um governo centralizado.
Conclusão
Embora a autoria exata do livro de Rute não possa ser determinada com certeza absoluta, a tradição judaica e várias evidências internas sugerem que Samuel é um candidato provável. A datação no século X a.C., no início do período monárquico de Israel, é apoiada por características literárias, históricas e temáticas do livro. Assim, o livro de Rute pode ser visto como uma obra profundamente enraizada em sua época, refletindo tanto os desafios quanto as esperanças de uma nação em transformação.
SINOPSE I
Rute está categorizado como um livro histórico por causa do seu evidente gênero narrativo.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“RUTE – O livro de Rute traz o nome de uma das principais personagens do livro. Rute era viúva de Malom, nora de Noemi e, por fim, esposa de Boaz. A etimologia de seu nome não é clara, embora alguns tentem ligar o nome a t(amizade” (heb. re’ut) ou a “associando-se com ou vendo” (heb. ra’ah). Apesar de Rute ser mencionada (com frequência especificamente como “a moabita”) várias vezes nas páginas desse livro e mais uma vez na genealogia do Messias (Mt 1.5), é surpreendente que esse livro notável traga seu nome no título. Rute não era israelita; como moabita, era de uma nação que odiava Israel. Alguns não consideram Rute a personagem principal do livro; contudo, os eventos do livro ficam definitivamente na redenção ilustrada primeiro em sua rejeição dos deuses pagãos de Moabe a fim de se comprometer com Iavé, o Deus de Israel. A história continua através da união com Boaz, o parente remidor, pondo-a na genealogia do rei Davi – o maior rei de Israel. Ela, por intermédio de Davi, passou a fazer parte da linhagem de Jesus Cristo, o futuro “Filho de Daü” guê, por fim, redimiria seu povo. A graciosa redenção de Deus foi desvelada, e sua fiel providência e libertação foram reveladas na história de Rute. O livro traz seu nome ao longo das gerações, e sua história resolve sem sombra de dúvida a preocupação amorosa de Deus com as mulheres e seu compromisso absoluto de santificar o casamento e a proeminência da família” (Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher – Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2o22, p.469).
II- O CONTEXTO HISTÓRICO
1- No tempo dos juízes. Não há uma data precisa para os fatos narrados em Rute. O que sabemos é que ocorreram três gerações antes de Davi, nos dias dos juízes (Rt 1.1; 4.21,22). Esse período (dos juízes) durou mais três séculos. Começou depois da morte de Josué (por volta de 1375 a.C.) e se estendeu até o início da monarquia de Israel, com a ascensão de Saul ao trono (1050 a.C.). Foi marcado por uma grande anarquia e uma profunda apostasia e infidelidade do povo hebreu (Jz 1.7-19). Uma frase que identifica bem aquela época sombria é: “cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos” (Jz 17.6). Sem uma sábia direção, o povo perece (Pv 11.14).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Livro de Rute está ambientado no período dos juízes, um tempo caracterizado por anarquia e infidelidade do povo hebreu. Embora não possamos determinar uma data precisa para os eventos narrados em Rute, sabemos que ocorreram três gerações antes do reinado de Davi. O próprio texto bíblico fornece pistas importantes sobre esse contexto:
- Rute 1:1: "Nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra."
- Rute 4:21-22: "E Salmom gerou Boaz, e Boaz gerou Obede; e Obede gerou Jessé, e Jessé gerou Davi."
Duração do Período dos Juízes
O período dos juízes se estendeu por mais de três séculos, aproximadamente entre 1375 a.C., após a morte de Josué, até cerca de 1050 a.C., com a ascensão de Saul ao trono, marcando o início da monarquia de Israel. Este era um tempo de ciclos recorrentes de apostasia, opressão, clamor a Deus e libertação através de juízes que Deus levantava.
Características do Período dos Juízes
- Anarquia e Infidelidade:
- O livro de Juízes descreve um tempo de grande instabilidade e desordem moral. O povo frequentemente se desviava da adoração a Yahweh, adotando práticas idólatras dos povos vizinhos, o que levava a ciclos de opressão e libertação.
- Juízes 1:7-19: Este trecho destaca a infidelidade do povo e a consequente opressão por inimigos, seguida pela intervenção dos juízes levantados por Deus.
- Falta de Liderança Centralizada:
- Uma frase que captura bem a essência daquele tempo é: “cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos” (Juízes 17:6). Esta falta de liderança e direção resultou em caos e declínio espiritual.
- Provérbios 11:14: "Sem uma sábia direção, o povo perece." Este versículo ilustra a necessidade de liderança que era desesperadamente ausente durante o período dos juízes.
Relevância do Livro de Rute
O livro de Rute, situado nesse contexto de desordem e apostasia, destaca-se como um contraste notável. Enquanto Juízes relata a infidelidade e o caos, Rute apresenta uma narrativa de lealdade, fidelidade e providência divina.
- Lealdade Pessoal:
- A história de Rute e Noemi é uma narrativa de compromisso e devoção pessoal, em contraste com a infidelidade nacional.
- Providência Divina:
- O livro mostra como Deus cuida de Seus fiéis mesmo em tempos de crise. A história de Boaz como redentor e a inclusão de Rute na linhagem de Davi destacam a soberania e provisão de Deus.
- Redenção e Esperança:
- Em meio ao caos e desordem do período dos juízes, a história de Rute oferece uma visão de esperança e redenção, prefigurando a vinda do Messias através da linhagem de Davi.
Conclusão
O contexto histórico do livro de Rute, situado no turbulento período dos juízes, sublinha a relevância e a profundidade de sua mensagem. Em tempos de desordem e infidelidade, a narrativa de Rute oferece um poderoso testemunho de lealdade, providência divina e esperança de redenção. Essa história nos lembra que, independentemente das circunstâncias, Deus está ativamente envolvido na vida daqueles que são fiéis a Ele, trabalhando para cumprir Seus propósitos eternos.
O Livro de Rute está ambientado no período dos juízes, um tempo caracterizado por anarquia e infidelidade do povo hebreu. Embora não possamos determinar uma data precisa para os eventos narrados em Rute, sabemos que ocorreram três gerações antes do reinado de Davi. O próprio texto bíblico fornece pistas importantes sobre esse contexto:
- Rute 1:1: "Nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra."
- Rute 4:21-22: "E Salmom gerou Boaz, e Boaz gerou Obede; e Obede gerou Jessé, e Jessé gerou Davi."
Duração do Período dos Juízes
O período dos juízes se estendeu por mais de três séculos, aproximadamente entre 1375 a.C., após a morte de Josué, até cerca de 1050 a.C., com a ascensão de Saul ao trono, marcando o início da monarquia de Israel. Este era um tempo de ciclos recorrentes de apostasia, opressão, clamor a Deus e libertação através de juízes que Deus levantava.
Características do Período dos Juízes
- Anarquia e Infidelidade:
- O livro de Juízes descreve um tempo de grande instabilidade e desordem moral. O povo frequentemente se desviava da adoração a Yahweh, adotando práticas idólatras dos povos vizinhos, o que levava a ciclos de opressão e libertação.
- Juízes 1:7-19: Este trecho destaca a infidelidade do povo e a consequente opressão por inimigos, seguida pela intervenção dos juízes levantados por Deus.
- Falta de Liderança Centralizada:
- Uma frase que captura bem a essência daquele tempo é: “cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos” (Juízes 17:6). Esta falta de liderança e direção resultou em caos e declínio espiritual.
- Provérbios 11:14: "Sem uma sábia direção, o povo perece." Este versículo ilustra a necessidade de liderança que era desesperadamente ausente durante o período dos juízes.
Relevância do Livro de Rute
O livro de Rute, situado nesse contexto de desordem e apostasia, destaca-se como um contraste notável. Enquanto Juízes relata a infidelidade e o caos, Rute apresenta uma narrativa de lealdade, fidelidade e providência divina.
- Lealdade Pessoal:
- A história de Rute e Noemi é uma narrativa de compromisso e devoção pessoal, em contraste com a infidelidade nacional.
- Providência Divina:
- O livro mostra como Deus cuida de Seus fiéis mesmo em tempos de crise. A história de Boaz como redentor e a inclusão de Rute na linhagem de Davi destacam a soberania e provisão de Deus.
- Redenção e Esperança:
- Em meio ao caos e desordem do período dos juízes, a história de Rute oferece uma visão de esperança e redenção, prefigurando a vinda do Messias através da linhagem de Davi.
Conclusão
O contexto histórico do livro de Rute, situado no turbulento período dos juízes, sublinha a relevância e a profundidade de sua mensagem. Em tempos de desordem e infidelidade, a narrativa de Rute oferece um poderoso testemunho de lealdade, providência divina e esperança de redenção. Essa história nos lembra que, independentemente das circunstâncias, Deus está ativamente envolvido na vida daqueles que são fiéis a Ele, trabalhando para cumprir Seus propósitos eternos.
2- Secularismo, hedonismo e idolatria. Depois da morte de Josué e dos demais líderes de seu tempo, levantou-se uma geração que não tinha uma profunda comunhão com Deus e não conhecia o que Ele havia feito ao povo hebreu. Israel cedeu ao estilo de vida pecaminoso dos cananeus e foi atraído à adoração dos seus deuses (Jz 2.7-13; 3.5-7). Secularismo e hedonismo sempre levam a grandes tragédias morais e espirituais. O pervertido culto a Baal (o deus da chuva) e a Astarote (a deusa do sexo e da guerra) passou a set praticado pela nação hebreia, em um degradante nível de imoralidade e idolatria. A falta de uma liderança espiritualmente madura e temente a Deus causa prejuízos incalculáveis ao povo. No Reino de Deus, não basta ter carisma para liderar; é preciso ter caráter aprovado (1 Tm 3.2-13; 2 Tm 2.15; Tt 2.7,8).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Contexto Após a Morte de Josué
Após a morte de Josué e dos líderes de sua geração, uma nova geração de israelitas surgiu, caracterizada por uma falta de comunhão profunda com Deus e ignorância sobre as grandes obras que Ele havia realizado por seu povo. Este período é detalhado nos livros de Juízes e Rute, onde vemos a degradação espiritual e moral do povo hebreu.
Juízes 2:7-13: "E serviu o povo ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que prolongaram os seus dias depois de Josué, e viram toda aquela grande obra do Senhor, a qual ele fizera a Israel. E foi também congregado a seus pais, e morreu Josué, filho de Num, servo do Senhor, da idade de cento e dez anos... E serviram os filhos de Israel a Baal e a Astarote."
Juízes 3:5-7: "Assim os filhos de Israel habitaram no meio dos cananeus... e tomaram de suas filhas para si por mulheres, e deram as suas filhas aos seus filhos, e serviram a seus deuses. E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor seu Deus, e serviram aos baalins e às aserotes."
Influência do Secularismo e Hedonismo
Secularismo e hedonismo se infiltraram na vida do povo hebreu, levando a grandes tragédias morais e espirituais. Secularismo, caracterizado pela exclusão de Deus da vida pública e pessoal, e hedonismo, a busca desenfreada pelo prazer, contribuíram para a decadência espiritual da nação.
Secularismo: A perda de uma identidade centrada em Deus e a adoção de valores e práticas cananeias levaram à assimilação cultural e religiosa. Os israelitas começaram a ver os deuses dos cananeus como iguais ou superiores a Yahweh, o que resultou na adoração a Baal e Astarote.
Hedonismo: A busca por prazer e satisfação pessoal levou os israelitas a praticar os rituais imorais dos cananeus, que incluíam prostituição cultual e sacrifícios humanos. A moralidade decaiu drasticamente à medida que o povo se afastava dos mandamentos de Deus.
Idolatria e Culto a Baal e Astarote
Baal era o deus cananeu da chuva e da fertilidade, enquanto Astarote (ou Asera) era a deusa do sexo e da guerra. O culto a essas divindades envolvia práticas de extrema imoralidade e perversão.
Culto a Baal:
- Baal era adorado como o deus que controlava a chuva e a fertilidade da terra, essencial para uma sociedade agrária.
- Rituais incluíam sacrifícios e práticas imorais para garantir colheitas abundantes.
Culto a Astarote:
- Astarote era adorada como a deusa do amor, da fertilidade e da guerra.
- Rituais envolviam práticas sexuais degradantes e, muitas vezes, violentas.
Falta de Liderança Espiritualmente Madura
A ausência de liderança espiritual madura e temente a Deus causou prejuízos incalculáveis ao povo de Israel. A narrativa dos juízes demonstra que, quando os líderes não possuíam caráter íntegro, o povo sofria gravemente. Sem uma liderança que guiava o povo nos caminhos de Deus, Israel frequentemente se desviava para práticas idólatras e imorais.
Importância do Caráter na Liderança Cristã:
- No Reino de Deus, a liderança eficaz requer mais do que carisma; exige caráter aprovado.
- 1 Timóteo 3:2-13: Paulo delineia as qualificações para bispos e diáconos, enfatizando a importância de um caráter irrepreensível.
- 2 Timóteo 2:15: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade."
- Tito 2:7-8: "Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade, linguagem sã e irrepreensível."
Conclusão
O período dos juízes foi marcado por secularismo, hedonismo e idolatria, resultando em grandes tragédias morais e espirituais para o povo hebreu. A falta de liderança espiritualmente madura agravou esses problemas, mostrando a necessidade crucial de líderes com caráter aprovado no Reino de Deus. O livro de Rute, inserido nesse contexto, oferece uma mensagem de esperança e redenção, destacando a providência divina em meio à crise.
Contexto Após a Morte de Josué
Após a morte de Josué e dos líderes de sua geração, uma nova geração de israelitas surgiu, caracterizada por uma falta de comunhão profunda com Deus e ignorância sobre as grandes obras que Ele havia realizado por seu povo. Este período é detalhado nos livros de Juízes e Rute, onde vemos a degradação espiritual e moral do povo hebreu.
Juízes 2:7-13: "E serviu o povo ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que prolongaram os seus dias depois de Josué, e viram toda aquela grande obra do Senhor, a qual ele fizera a Israel. E foi também congregado a seus pais, e morreu Josué, filho de Num, servo do Senhor, da idade de cento e dez anos... E serviram os filhos de Israel a Baal e a Astarote."
Juízes 3:5-7: "Assim os filhos de Israel habitaram no meio dos cananeus... e tomaram de suas filhas para si por mulheres, e deram as suas filhas aos seus filhos, e serviram a seus deuses. E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor seu Deus, e serviram aos baalins e às aserotes."
Influência do Secularismo e Hedonismo
Secularismo e hedonismo se infiltraram na vida do povo hebreu, levando a grandes tragédias morais e espirituais. Secularismo, caracterizado pela exclusão de Deus da vida pública e pessoal, e hedonismo, a busca desenfreada pelo prazer, contribuíram para a decadência espiritual da nação.
Secularismo: A perda de uma identidade centrada em Deus e a adoção de valores e práticas cananeias levaram à assimilação cultural e religiosa. Os israelitas começaram a ver os deuses dos cananeus como iguais ou superiores a Yahweh, o que resultou na adoração a Baal e Astarote.
Hedonismo: A busca por prazer e satisfação pessoal levou os israelitas a praticar os rituais imorais dos cananeus, que incluíam prostituição cultual e sacrifícios humanos. A moralidade decaiu drasticamente à medida que o povo se afastava dos mandamentos de Deus.
Idolatria e Culto a Baal e Astarote
Baal era o deus cananeu da chuva e da fertilidade, enquanto Astarote (ou Asera) era a deusa do sexo e da guerra. O culto a essas divindades envolvia práticas de extrema imoralidade e perversão.
Culto a Baal:
- Baal era adorado como o deus que controlava a chuva e a fertilidade da terra, essencial para uma sociedade agrária.
- Rituais incluíam sacrifícios e práticas imorais para garantir colheitas abundantes.
Culto a Astarote:
- Astarote era adorada como a deusa do amor, da fertilidade e da guerra.
- Rituais envolviam práticas sexuais degradantes e, muitas vezes, violentas.
Falta de Liderança Espiritualmente Madura
A ausência de liderança espiritual madura e temente a Deus causou prejuízos incalculáveis ao povo de Israel. A narrativa dos juízes demonstra que, quando os líderes não possuíam caráter íntegro, o povo sofria gravemente. Sem uma liderança que guiava o povo nos caminhos de Deus, Israel frequentemente se desviava para práticas idólatras e imorais.
Importância do Caráter na Liderança Cristã:
- No Reino de Deus, a liderança eficaz requer mais do que carisma; exige caráter aprovado.
- 1 Timóteo 3:2-13: Paulo delineia as qualificações para bispos e diáconos, enfatizando a importância de um caráter irrepreensível.
- 2 Timóteo 2:15: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade."
- Tito 2:7-8: "Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade, linguagem sã e irrepreensível."
Conclusão
O período dos juízes foi marcado por secularismo, hedonismo e idolatria, resultando em grandes tragédias morais e espirituais para o povo hebreu. A falta de liderança espiritualmente madura agravou esses problemas, mostrando a necessidade crucial de líderes com caráter aprovado no Reino de Deus. O livro de Rute, inserido nesse contexto, oferece uma mensagem de esperança e redenção, destacando a providência divina em meio à crise.
3- Opressão, clamor e livramento. A apostasia tornou Israel presa fácil de seus inimigos, que atacavam e saqueavam suas cidades e terras, e mantinham o povo sob domínio opressor por longos períodos (Jz 3.7-9;12-14; 4.1-3; 6.1-6). Afligida, a nação clamava a Deus, e o Senhor levantava juízes para libertar o seu povo. Esses juízes (heb. shophetim) não eram magistrados civis, como os que conhecemos hoje, que julgam em fóruns e tribunais. Eram libertadores geralmente líderes militares, como Otniel, Baraque e Gideão (Jz 3.9-11; 4.1o-15; 7.16-25) – , poderosamente usados por Deus para “julgar” a causa de Israel, livrando-o de seus opressores. Apesar dos repetidos ciclos de infidelidade da nação, Deus ouvia o gemido do seu povo em seus momentos de dor e aflição (Jz 2.18). O Senhor é longânimo e cheio de misericórdia (Sl 1o3.8; Jl 2.13; Rm 2.4; Lm 3.22). Ele ouve os que a Ele clamam (Jr 29.12,13; Is 55.6).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Apostasia e Consequências
A apostasia de Israel, marcada pelo abandono de Deus e a adoração a ídolos, tornou a nação vulnerável aos seus inimigos. Esse padrão de infidelidade levou a ciclos repetidos de opressão, clamor e livramento.
Juízes 3:7-9: "E fizeram os filhos de Israel o que era mau aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor seu Deus, e serviram aos baalins e às aserotes. Então a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os vendeu na mão de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia; e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim oito anos. E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou um libertador para os filhos de Israel, que os livrou: Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe."
Juízes 4:1-3: "E os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor, depois de falecer Eúde. E o Senhor os vendeu na mão de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor; e o capitão do seu exército era Sísera, o qual habitava em Harosete-Hagoim. Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro, e por vinte anos oprimia violentamente os filhos de Israel."
Clamor a Deus
Em sua aflição, Israel clamava a Deus por livramento. Este clamor era um reconhecimento de seu pecado e uma busca desesperada pela ajuda divina. Deus, em Sua misericórdia, ouvia o clamor do Seu povo e respondia levantando juízes.
Juízes 2:18: "E quando o Senhor lhes levantava juízes, o Senhor estava com o juiz, e os livrava da mão de seus inimigos todos os dias daquele juiz; porque o Senhor se arrependia pelo seu gemido, por causa dos que os apertavam e oprimiam."
Juízes como Libertadores
Os juízes (hebraico: shophetim) eram líderes levantados por Deus para libertar Israel dos seus opressores. Não eram apenas magistrados civis, mas principalmente líderes militares e espirituais.
- Otniel: Foi o primeiro juiz, levantado por Deus para libertar Israel dos mesopotâmicos. (Juízes 3:9-11)
- Baraque: Junto com Débora, liderou Israel contra os cananeus. (Juízes 4:10-15)
- Gideão: Libertou Israel dos midianitas com uma estratégia divina. (Juízes 7:16-25)
Esses juízes foram poderosamente usados por Deus para "julgar" a causa de Israel, ou seja, para defender e libertar o povo das mãos dos seus inimigos.
Misericórdia e Longanimidade de Deus
Apesar dos repetidos ciclos de infidelidade e apostasia, Deus demonstrava Sua misericórdia e longanimidade ao ouvir o clamor de Israel e enviar libertadores.
- Salmos 103:8: "Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade."
- Joel 2:13: "E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal."
- Romanos 2:4: "Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?"
- Lamentações 3:22: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim."
Deus Ouve o Clamor
A promessa de Deus é que Ele ouve aqueles que a Ele clamam com sinceridade e arrependimento.
- Jeremias 29:12-13: "Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis quando me buscardes com todo o vosso coração."
- Isaías 55:6: "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto."
Conclusão
O ciclo de opressão, clamor e livramento no período dos juízes revela a misericórdia e a paciência de Deus com Seu povo. Mesmo em meio à apostasia e infidelidade, Deus ouvia o clamor de Israel e levantava juízes para libertá-los. Este padrão enfatiza a importância de uma liderança temente a Deus e a necessidade constante de arrependimento e busca pela direção divina. A história de Rute, situada nesse contexto, destaca-se como um testemunho da providência e fidelidade de Deus, mesmo em tempos de crise.
Apostasia e Consequências
A apostasia de Israel, marcada pelo abandono de Deus e a adoração a ídolos, tornou a nação vulnerável aos seus inimigos. Esse padrão de infidelidade levou a ciclos repetidos de opressão, clamor e livramento.
Juízes 3:7-9: "E fizeram os filhos de Israel o que era mau aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor seu Deus, e serviram aos baalins e às aserotes. Então a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os vendeu na mão de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia; e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim oito anos. E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou um libertador para os filhos de Israel, que os livrou: Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe."
Juízes 4:1-3: "E os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor, depois de falecer Eúde. E o Senhor os vendeu na mão de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor; e o capitão do seu exército era Sísera, o qual habitava em Harosete-Hagoim. Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro, e por vinte anos oprimia violentamente os filhos de Israel."
Clamor a Deus
Em sua aflição, Israel clamava a Deus por livramento. Este clamor era um reconhecimento de seu pecado e uma busca desesperada pela ajuda divina. Deus, em Sua misericórdia, ouvia o clamor do Seu povo e respondia levantando juízes.
Juízes 2:18: "E quando o Senhor lhes levantava juízes, o Senhor estava com o juiz, e os livrava da mão de seus inimigos todos os dias daquele juiz; porque o Senhor se arrependia pelo seu gemido, por causa dos que os apertavam e oprimiam."
Juízes como Libertadores
Os juízes (hebraico: shophetim) eram líderes levantados por Deus para libertar Israel dos seus opressores. Não eram apenas magistrados civis, mas principalmente líderes militares e espirituais.
- Otniel: Foi o primeiro juiz, levantado por Deus para libertar Israel dos mesopotâmicos. (Juízes 3:9-11)
- Baraque: Junto com Débora, liderou Israel contra os cananeus. (Juízes 4:10-15)
- Gideão: Libertou Israel dos midianitas com uma estratégia divina. (Juízes 7:16-25)
Esses juízes foram poderosamente usados por Deus para "julgar" a causa de Israel, ou seja, para defender e libertar o povo das mãos dos seus inimigos.
Misericórdia e Longanimidade de Deus
Apesar dos repetidos ciclos de infidelidade e apostasia, Deus demonstrava Sua misericórdia e longanimidade ao ouvir o clamor de Israel e enviar libertadores.
- Salmos 103:8: "Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade."
- Joel 2:13: "E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal."
- Romanos 2:4: "Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?"
- Lamentações 3:22: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim."
Deus Ouve o Clamor
A promessa de Deus é que Ele ouve aqueles que a Ele clamam com sinceridade e arrependimento.
- Jeremias 29:12-13: "Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis quando me buscardes com todo o vosso coração."
- Isaías 55:6: "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto."
Conclusão
O ciclo de opressão, clamor e livramento no período dos juízes revela a misericórdia e a paciência de Deus com Seu povo. Mesmo em meio à apostasia e infidelidade, Deus ouvia o clamor de Israel e levantava juízes para libertá-los. Este padrão enfatiza a importância de uma liderança temente a Deus e a necessidade constante de arrependimento e busca pela direção divina. A história de Rute, situada nesse contexto, destaca-se como um testemunho da providência e fidelidade de Deus, mesmo em tempos de crise.
SINOPSE II
Os fatos narrados em Rute têm como contexto maior os dias dos juízes, caracterizados pela frase: “cada um fazia o que bem queria”.
III- PROPÓSITO E MENSAGEM
1- O cetro de Judá. Vários propósitos são atribuídos ao Livro de Rute. O principal e mais evidente deles é apresentar Davi como descendente de Judá, a tribo real da qual viria o Messias, “o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi” (Ap 5.5; cf . Rt 4.18 -22). Gênesis 49.10 diz: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos”. Embora Rúben fosse o primogênito de Jacó, seu ato de desonra ao leito do pai, deitando-se com sua concubina , fez com que perdesse a primogenitura – a posição de liderança (Gn 35.22; 49.4). A promessa feita a Abraão seguia, agora, pela descendência de Iudá. Sendo Samuel o autor do livro de Rute, o propósito de registrar a genealogia de Davi ganha ainda mais sentido, já que naquele tempo o rei de Israel era Saul, uffi benjamita (1Sm 9.1,2; 25.1).A ancestralidade de Davi o legitimava para o trono.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Livro de Rute tem vários propósitos atribuídos a ele, mas o mais evidente é apresentar Davi como descendente de Judá, a tribo real da qual viria o Messias, "o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi" (Apocalipse 5:5; cf. Rute 4:18-22).
Gênesis 49:10: "O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos." Esta profecia de Jacó sobre seus filhos indica que a liderança e o governo permaneceriam na tribo de Judá até a vinda de Siló, um título messiânico.
A Descendência de Judá
Embora Rúben fosse o primogênito de Jacó, ele perdeu sua posição de liderança devido ao seu ato desonroso de deitar-se com a concubina de seu pai (Gênesis 35:22; 49:4). Como resultado, a promessa de liderança e realeza foi transferida a Judá.
Contexto de Gênesis 49:10:
- Rúben: Perdeu a primogenitura devido ao seu pecado.
- Judá: Recebeu a promessa de liderança, que se manifestaria na linhagem real de Israel.
A genealogia de Davi, apresentada no Livro de Rute, conecta-o diretamente a Judá, legitimando sua reivindicação ao trono de Israel. Esta linhagem é essencial para a promessa messiânica, pois o Messias viria da tribo de Judá.
O Contexto de Samuel
Se aceitarmos que Samuel é o autor do Livro de Rute, a ênfase na genealogia de Davi ganha ainda mais significado, considerando que Samuel escreveu durante o reinado de Saul, um benjamita (1 Samuel 9:1-2; 25:1). Saul foi o primeiro rei de Israel, mas sua linhagem não foi destinada a durar.
1 Samuel 9:1-2: "E havia um homem de Benjamim, cujo nome era Quis, filho de Abiel... E ele tinha um filho, cujo nome era Saul, jovem e formoso, entre os filhos de Israel, não havia outro mais formoso do que ele..."
A inclusão da genealogia de Davi no Livro de Rute não só destaca a ascendência de Davi, mas também legitima sua reivindicação ao trono em contraste com Saul, reforçando a ideia de que a liderança e o governo deveriam vir da tribo de Judá.
Legitimidade para o Trono
A genealogia registrada em Rute 4:18-22 estabelece Davi como o legítimo herdeiro do trono, alinhando-se com a profecia de Gênesis 49:10. A linhagem de Judá é traçada de Perez até Davi, sublinhando a continuidade da promessa divina.
Rute 4:18-22: "Estas são as gerações de Perez: Perez gerou Hezrom; Hezrom gerou Rão, e Rão gerou Aminadabe; e Aminadabe gerou Naassom, e Naassom gerou Salmon; e Salmon gerou Boaz, e Boaz gerou Obede; e Obede gerou Jessé, e Jessé gerou Davi."
Conclusão
O propósito do Livro de Rute, além de contar uma bela história de lealdade e providência divina, é também teológico e messiânico. Ele estabelece a legitimidade de Davi como o rei de Israel e a continuidade da promessa divina feita a Judá. Ao registrar a genealogia de Davi, o livro reforça a profecia de que o Messias viria da linhagem de Judá, garantindo que a liderança de Israel estivesse alinhada com os planos eternos de Deus.
O Livro de Rute tem vários propósitos atribuídos a ele, mas o mais evidente é apresentar Davi como descendente de Judá, a tribo real da qual viria o Messias, "o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi" (Apocalipse 5:5; cf. Rute 4:18-22).
Gênesis 49:10: "O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos." Esta profecia de Jacó sobre seus filhos indica que a liderança e o governo permaneceriam na tribo de Judá até a vinda de Siló, um título messiânico.
A Descendência de Judá
Embora Rúben fosse o primogênito de Jacó, ele perdeu sua posição de liderança devido ao seu ato desonroso de deitar-se com a concubina de seu pai (Gênesis 35:22; 49:4). Como resultado, a promessa de liderança e realeza foi transferida a Judá.
Contexto de Gênesis 49:10:
- Rúben: Perdeu a primogenitura devido ao seu pecado.
- Judá: Recebeu a promessa de liderança, que se manifestaria na linhagem real de Israel.
A genealogia de Davi, apresentada no Livro de Rute, conecta-o diretamente a Judá, legitimando sua reivindicação ao trono de Israel. Esta linhagem é essencial para a promessa messiânica, pois o Messias viria da tribo de Judá.
O Contexto de Samuel
Se aceitarmos que Samuel é o autor do Livro de Rute, a ênfase na genealogia de Davi ganha ainda mais significado, considerando que Samuel escreveu durante o reinado de Saul, um benjamita (1 Samuel 9:1-2; 25:1). Saul foi o primeiro rei de Israel, mas sua linhagem não foi destinada a durar.
1 Samuel 9:1-2: "E havia um homem de Benjamim, cujo nome era Quis, filho de Abiel... E ele tinha um filho, cujo nome era Saul, jovem e formoso, entre os filhos de Israel, não havia outro mais formoso do que ele..."
A inclusão da genealogia de Davi no Livro de Rute não só destaca a ascendência de Davi, mas também legitima sua reivindicação ao trono em contraste com Saul, reforçando a ideia de que a liderança e o governo deveriam vir da tribo de Judá.
Legitimidade para o Trono
A genealogia registrada em Rute 4:18-22 estabelece Davi como o legítimo herdeiro do trono, alinhando-se com a profecia de Gênesis 49:10. A linhagem de Judá é traçada de Perez até Davi, sublinhando a continuidade da promessa divina.
Rute 4:18-22: "Estas são as gerações de Perez: Perez gerou Hezrom; Hezrom gerou Rão, e Rão gerou Aminadabe; e Aminadabe gerou Naassom, e Naassom gerou Salmon; e Salmon gerou Boaz, e Boaz gerou Obede; e Obede gerou Jessé, e Jessé gerou Davi."
Conclusão
O propósito do Livro de Rute, além de contar uma bela história de lealdade e providência divina, é também teológico e messiânico. Ele estabelece a legitimidade de Davi como o rei de Israel e a continuidade da promessa divina feita a Judá. Ao registrar a genealogia de Davi, o livro reforça a profecia de que o Messias viria da linhagem de Judá, garantindo que a liderança de Israel estivesse alinhada com os planos eternos de Deus.
2- Amor e redenção. A mensagem principal de Rute é o amor de Deus e seu plano de redenção da humanidade. Como representantes de judeus e gentios, respectivamente, Boaz e Rute prenunciam a derrubada da parede de separação (Ef 2.11-16). A redenção é vista, o livro, nos sentidos literal e tipológico. Boaz é o parente remidor que preservou a descendência de EIimeleque, mas é, também, um tipo de Cristo, nosso Redentor (Is 59.20; Lc 1.68; Ef 1.7; Tt 2.14).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Mensagem Principal: Amor de Deus e Redenção da Humanidade
O Livro de Rute não é apenas uma história de fidelidade e bondade entre indivíduos, mas também um profundo reflexo do amor de Deus e Seu plano de redenção para toda a humanidade. A história de Rute e Boaz é uma bela ilustração da graça divina que transcende barreiras culturais e étnicas, prefigurando a inclusão dos gentios na salvação provida por Deus.
Efésios 2:11-16: Este trecho bíblico fala sobre a união de judeus e gentios em Cristo, derrubando a parede de separação que os dividia.
Rute e Boaz: Tipos de Cristo e a Igreja
Boaz:
- Boaz, como o parente remidor, exerce a função de redentor ao casar-se com Rute e garantir a continuidade da linha familiar de Elimeleque. Este ato de redenção é um exemplo literal de como os costumes judaicos permitiam a restauração e a preservação da família.
- Tipologicamente, Boaz é um tipo de Cristo. Assim como Boaz redime Rute, Cristo redime a humanidade. Ele é descrito como o "parente mais próximo" que tinha o direito e o dever de redimir, um papel que Cristo cumpre ao se tornar humano para redimir a humanidade.
Isaías 59:20: "E virá um Redentor a Sião, e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor." Este versículo prenuncia a vinda de Cristo como Redentor.
Lucas 1:68: "Bendito o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo." Este versículo fala da obra redentora de Cristo.
Efésios 1:7: "Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça."
Tito 2:14: "O qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras."
Rute: Representante dos Gentios
Rute, uma moabita, representa os gentios que são trazidos para a comunidade de fé através da redenção. Sua inclusão na linhagem de Davi e, eventualmente, de Cristo, demonstra a intenção divina de incluir todas as nações em Seu plano de salvação.
Efésios 2:11-13: "Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto."
Redenção: Literal e Tipológica
Redenção Literal:
- No contexto do Livro de Rute, redenção é entendida no sentido literal através da figura de Boaz. Ele redime a propriedade e a descendência de Elimeleque, cumprindo seu papel como parente redentor segundo a lei judaica (Levítico 25:25; Deuteronômio 25:5-10).
Redenção Tipológica:
- Boaz é um tipo de Cristo, e seu ato de redimir Rute aponta para a redenção espiritual que Cristo oferece. Assim como Boaz pagou o preço para redimir Rute, Jesus pagou o preço supremo com Seu sangue para redimir a humanidade do pecado.
Conclusão
O Livro de Rute destaca a providência divina, amor e redenção. Através da história de Rute e Boaz, vemos uma antecipação do plano redentor de Deus para a humanidade, incluindo tanto judeus quanto gentios. A mensagem central do livro reflete o amor de Deus que transcende barreiras, trazendo salvação e redenção a todos que creem.
Mensagem Principal: Amor de Deus e Redenção da Humanidade
O Livro de Rute não é apenas uma história de fidelidade e bondade entre indivíduos, mas também um profundo reflexo do amor de Deus e Seu plano de redenção para toda a humanidade. A história de Rute e Boaz é uma bela ilustração da graça divina que transcende barreiras culturais e étnicas, prefigurando a inclusão dos gentios na salvação provida por Deus.
Efésios 2:11-16: Este trecho bíblico fala sobre a união de judeus e gentios em Cristo, derrubando a parede de separação que os dividia.
Rute e Boaz: Tipos de Cristo e a Igreja
Boaz:
- Boaz, como o parente remidor, exerce a função de redentor ao casar-se com Rute e garantir a continuidade da linha familiar de Elimeleque. Este ato de redenção é um exemplo literal de como os costumes judaicos permitiam a restauração e a preservação da família.
- Tipologicamente, Boaz é um tipo de Cristo. Assim como Boaz redime Rute, Cristo redime a humanidade. Ele é descrito como o "parente mais próximo" que tinha o direito e o dever de redimir, um papel que Cristo cumpre ao se tornar humano para redimir a humanidade.
Isaías 59:20: "E virá um Redentor a Sião, e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor." Este versículo prenuncia a vinda de Cristo como Redentor.
Lucas 1:68: "Bendito o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo." Este versículo fala da obra redentora de Cristo.
Efésios 1:7: "Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça."
Tito 2:14: "O qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras."
Rute: Representante dos Gentios
Rute, uma moabita, representa os gentios que são trazidos para a comunidade de fé através da redenção. Sua inclusão na linhagem de Davi e, eventualmente, de Cristo, demonstra a intenção divina de incluir todas as nações em Seu plano de salvação.
Efésios 2:11-13: "Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto."
Redenção: Literal e Tipológica
Redenção Literal:
- No contexto do Livro de Rute, redenção é entendida no sentido literal através da figura de Boaz. Ele redime a propriedade e a descendência de Elimeleque, cumprindo seu papel como parente redentor segundo a lei judaica (Levítico 25:25; Deuteronômio 25:5-10).
Redenção Tipológica:
- Boaz é um tipo de Cristo, e seu ato de redimir Rute aponta para a redenção espiritual que Cristo oferece. Assim como Boaz pagou o preço para redimir Rute, Jesus pagou o preço supremo com Seu sangue para redimir a humanidade do pecado.
Conclusão
O Livro de Rute destaca a providência divina, amor e redenção. Através da história de Rute e Boaz, vemos uma antecipação do plano redentor de Deus para a humanidade, incluindo tanto judeus quanto gentios. A mensagem central do livro reflete o amor de Deus que transcende barreiras, trazendo salvação e redenção a todos que creem.
3- Fidelidade e altruísmo. O livro de Rute abre uma janela que nos permite ver que nem tudo eram trevas nos dias dos juízes. Havia um remanescente fiel, que temia a Deus e foi usado por Ele para cumprir seus propósitos (Jó 42.2). Em um mundo de crescente iniquidade, o justo vive pela fé (Hc 2.4; cf. Mt 24.12,13). Outra eloquente mensagem do livro é o valor do altruísmo em que predominava o egoísmo. Nos dias dos juízes, a maioria vivia segundo os seus próprios padrões e interesses (Jz 21.25). Noemi e Rute destoaram dessa máxima individualista. Sogra e nora não pensavam em si mesmas. O amor não é egoísta (1Co 13.5).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Contexto de Fidelidade nos Dias dos Juízes
O Livro de Rute oferece um contraste notável com a escuridão espiritual e moral dos dias dos juízes ao mostrar um remanescente fiel que temia a Deus e foi usado por Ele para cumprir Seus propósitos (Jó 42:2). Enquanto a apostasia e a iniquidade predominavam em Israel durante aquele tempo, Rute e Noemi destacam-se como exemplos de fidelidade e altruísmo.
Jó 42:2: "Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido."
Habacuque 2:4: "Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá."
Mateus 24:12-13: "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo."
Altruísmo em Contraste com o Egoísmo
Nos dias dos juízes, a maioria vivia segundo seus próprios padrões e interesses egoístas (Juízes 21:25). No entanto, Noemi e Rute demonstraram uma dedicação incomum uma à outra, desafiando o individualismo prevalente. Noemi, apesar de sua própria dor e perda, incentivou Rute a buscar uma nova vida em Israel. Rute, por sua vez, escolheu permanecer com Noemi e apoiá-la, abandonando sua terra e cultura para fazê-lo.
Juízes 21:25: "Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos."
1 Coríntios 13:5: "O amor não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal."
Valor do Altruísmo
O Livro de Rute ressalta o valor do altruísmo em um contexto onde o egoísmo era predominante. Noemi e Rute exemplificam que o amor verdadeiro não é egoísta, mas sacrificial e orientado para o bem do outro. O compromisso mútuo entre sogra e nora não foi motivado pelo ganho pessoal, mas pela lealdade e pelo cuidado genuíno um pelo outro.
Conclusão
O Livro de Rute, além de sua riqueza literária e teológica, oferece um poderoso testemunho de fidelidade a Deus e altruísmo em meio a um período de apostasia e egoísmo em Israel. Rute e Noemi representam um remanescente fiel que vive pela fé e pelo amor sacrificial, contrastando com a tendência generalizada de autosserviço e desobediência. Suas vidas e escolhas destacam a importância de permanecer fiel a Deus e de viver em amor e dedicação uns aos outros, independentemente das circunstâncias adversas ao redor.
Contexto de Fidelidade nos Dias dos Juízes
O Livro de Rute oferece um contraste notável com a escuridão espiritual e moral dos dias dos juízes ao mostrar um remanescente fiel que temia a Deus e foi usado por Ele para cumprir Seus propósitos (Jó 42:2). Enquanto a apostasia e a iniquidade predominavam em Israel durante aquele tempo, Rute e Noemi destacam-se como exemplos de fidelidade e altruísmo.
Jó 42:2: "Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido."
Habacuque 2:4: "Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá."
Mateus 24:12-13: "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo."
Altruísmo em Contraste com o Egoísmo
Nos dias dos juízes, a maioria vivia segundo seus próprios padrões e interesses egoístas (Juízes 21:25). No entanto, Noemi e Rute demonstraram uma dedicação incomum uma à outra, desafiando o individualismo prevalente. Noemi, apesar de sua própria dor e perda, incentivou Rute a buscar uma nova vida em Israel. Rute, por sua vez, escolheu permanecer com Noemi e apoiá-la, abandonando sua terra e cultura para fazê-lo.
Juízes 21:25: "Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos."
1 Coríntios 13:5: "O amor não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal."
Valor do Altruísmo
O Livro de Rute ressalta o valor do altruísmo em um contexto onde o egoísmo era predominante. Noemi e Rute exemplificam que o amor verdadeiro não é egoísta, mas sacrificial e orientado para o bem do outro. O compromisso mútuo entre sogra e nora não foi motivado pelo ganho pessoal, mas pela lealdade e pelo cuidado genuíno um pelo outro.
Conclusão
O Livro de Rute, além de sua riqueza literária e teológica, oferece um poderoso testemunho de fidelidade a Deus e altruísmo em meio a um período de apostasia e egoísmo em Israel. Rute e Noemi representam um remanescente fiel que vive pela fé e pelo amor sacrificial, contrastando com a tendência generalizada de autosserviço e desobediência. Suas vidas e escolhas destacam a importância de permanecer fiel a Deus e de viver em amor e dedicação uns aos outros, independentemente das circunstâncias adversas ao redor.
SINOPSE III
O Cetro de Judá, o Amor, a redenção, a fidelidade e o altruísmo são temas que se destacam ao longo do livro.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
CONCLUSÃO
O livro de Rute nos ensina que, a despeito da incredulidade e dos pecados do homem, Deus sempre trabalha para cumprir os seus desígnios. Sem violar o princípio do livre-arbítrio humano, o Todo-poderoso conduz a história e executa seu plano eterno de redenção. O livro também nos mostra como a fidelidade de Deus se aplica às circunstâncias comuns da vida. Em tudo Ele é fiel (Is 64.4).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Livro de Rute é um tesouro literário e teológico que revela diversas camadas de significado através de suas personagens e narrativa. Abordarei alguns aspectos importantes destacados no auxílio bibliológico fornecido.
Comentário Bíblico e Teológico Profundo
1. Compromisso com a Aliança
O conceito de "chesed" (benevolência, misericórdia, graça, lealdade) permeia o Livro de Rute, demonstrando como tanto Deus quanto os personagens humanos agem em fidelidade à aliança. Desde o compromisso inicial de Rute com o Deus de Noemi (Rute 1:16) até a demonstração de lealdade por Boaz como parente remidor, vemos o cumprimento dos princípios da aliança estabelecidos por Deus.
- Chesed: Esta palavra hebraica é fundamental para entender a dinâmica entre Deus e Seu povo no contexto do Livro de Rute. Reflete a natureza amorosa e fiel de Deus ao cumprir Suas promessas e ao agir em favor de Seu povo, mesmo em tempos de dificuldade e desafio.
2. Fidelidade de Deus e Redenção
O Livro de Rute destaca a fidelidade inabalável de Deus em cumprir Seus desígnios e promessas, mesmo em meio às decisões humanas e à liberdade de escolha. A história de Rute e Boaz ilustra a redenção tanto no sentido literal, preservando a linhagem de Elimeleque, quanto no sentido tipológico, prefigurando a redenção espiritual por meio de Cristo.
- Redenção Literal e Tipológica: Boaz atua como um tipo de Cristo, o Redentor, que resgata Rute e Noemi da desolação e restaura sua esperança e futuro. Essa narrativa antecipa o papel redentor de Jesus Cristo, que vem para redimir toda a humanidade do pecado e da morte.
3. Fidelidade e Obediência
A vida de Rute exemplifica não apenas a fidelidade humana, mas também a obediência ao plano e aos caminhos de Deus. Sua decisão de permanecer com Noemi e adotar o Deus de Israel como seu próprio Deus reflete um compromisso profundo e uma fé genuína, que são recompensados pela providência divina e pela bênção.
- Isaías 64:4: "Porque desde os tempos antigos não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalhe para aquele que nele espera."
Conclusão
O Livro de Rute não é apenas uma história de amor e redenção entre seus personagens, mas também uma revelação da fidelidade inabalável de Deus em cumprir Seus propósitos através das escolhas humanas. Ele nos ensina sobre a importância do compromisso com a aliança, a confiança na providência divina e a aplicação contínua da fidelidade de Deus às circunstâncias comuns da vida. Em Rute, vemos que Deus trabalha de maneiras surpreendentes para cumprir Seu plano eterno de redenção, demonstrando Sua constante presença e cuidado para com Seu povo.
O Livro de Rute é um tesouro literário e teológico que revela diversas camadas de significado através de suas personagens e narrativa. Abordarei alguns aspectos importantes destacados no auxílio bibliológico fornecido.
Comentário Bíblico e Teológico Profundo
1. Compromisso com a Aliança
O conceito de "chesed" (benevolência, misericórdia, graça, lealdade) permeia o Livro de Rute, demonstrando como tanto Deus quanto os personagens humanos agem em fidelidade à aliança. Desde o compromisso inicial de Rute com o Deus de Noemi (Rute 1:16) até a demonstração de lealdade por Boaz como parente remidor, vemos o cumprimento dos princípios da aliança estabelecidos por Deus.
- Chesed: Esta palavra hebraica é fundamental para entender a dinâmica entre Deus e Seu povo no contexto do Livro de Rute. Reflete a natureza amorosa e fiel de Deus ao cumprir Suas promessas e ao agir em favor de Seu povo, mesmo em tempos de dificuldade e desafio.
2. Fidelidade de Deus e Redenção
O Livro de Rute destaca a fidelidade inabalável de Deus em cumprir Seus desígnios e promessas, mesmo em meio às decisões humanas e à liberdade de escolha. A história de Rute e Boaz ilustra a redenção tanto no sentido literal, preservando a linhagem de Elimeleque, quanto no sentido tipológico, prefigurando a redenção espiritual por meio de Cristo.
- Redenção Literal e Tipológica: Boaz atua como um tipo de Cristo, o Redentor, que resgata Rute e Noemi da desolação e restaura sua esperança e futuro. Essa narrativa antecipa o papel redentor de Jesus Cristo, que vem para redimir toda a humanidade do pecado e da morte.
3. Fidelidade e Obediência
A vida de Rute exemplifica não apenas a fidelidade humana, mas também a obediência ao plano e aos caminhos de Deus. Sua decisão de permanecer com Noemi e adotar o Deus de Israel como seu próprio Deus reflete um compromisso profundo e uma fé genuína, que são recompensados pela providência divina e pela bênção.
- Isaías 64:4: "Porque desde os tempos antigos não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalhe para aquele que nele espera."
Conclusão
O Livro de Rute não é apenas uma história de amor e redenção entre seus personagens, mas também uma revelação da fidelidade inabalável de Deus em cumprir Seus propósitos através das escolhas humanas. Ele nos ensina sobre a importância do compromisso com a aliança, a confiança na providência divina e a aplicação contínua da fidelidade de Deus às circunstâncias comuns da vida. Em Rute, vemos que Deus trabalha de maneiras surpreendentes para cumprir Seu plano eterno de redenção, demonstrando Sua constante presença e cuidado para com Seu povo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Como o livro de Rute é classificado na Bíblia Hebraica?
O Livro de Rute pertence à terceira divisão ou seção da Tanakh, a Bíblia Hebraica: Ketuvim ou Hagiógrafos (Escritos).
2- Como e por que o livro é categorizado na Bíblia Cristã?
Rute está categorizado como um livro histórico, por seu evidente gênero narrativo.
3- Que evidências apontam para a autoria de Samuel?
O Talmude, obra milenar de regulamentos e tradições judaicas, atribui a ele a autoria. A forma como o autor se refere a Jessé e Davi parece indicar contemporaneidade e familiaridade com os personagens, o que também aponta para Samuel (Rt 4.17).
4- Qual o contexto histórico de Rute?
O tempo dos Juízes.
5- Qual a principal mensagem do livro?
Vários propósitos são atribuídos ao Livro de Rute. O principal e mais evidente deles é apresentar Davi como descendente de Judá, a tribo real da qual viria o Messias, “o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi” (Ap 5.5; cf. Rt 4.18 -22).
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
EBD 3° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos – | Escola Biblica Dominical |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
EBD 3° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos – | Escola Biblica Dominical |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
📩 Receba rápido o acesso Vip | Saiba mais pelo Zap.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias - entre outros. Adquira! Entre em contato.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias - entre outros. Adquira! Entre em contato.
ADQUIRA O ACESSO VIP 👆👆👆👆👆👆 Entre em contato.
Os conteúdos tem lhe abençoado? Nos abençoe também com Uma Oferta Voluntária de qualquer valor pelo PIX: E-MAIL pecadorconfesso@hotmail.com – ou, PIX:TEL (15)99798-4063 Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Lucas 6:38
- ////////----------/////////--------------///////////
- ////////----------/////////--------------///////////
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS
---------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------
- ////////----------/////////--------------///////////
Olá bom dia!!! Gostaria de parabenizar o professor pelo estudo sobre Rute, um dos melhores que já pesquisei!!! 🙏
ResponderExcluir