TEXTO BÍBLICO BÁSICO Êxodo 25.8,9 8- E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. 9- Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do...
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Êxodo 25.8,9
8- E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
9- Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Êxodo 25:8-9
Versículo 8
"E me farão um santuário, e habitarei no meio deles."
- Raiz Hebraica:
- Santuário: A palavra hebraica para "santuário" é מִקְדָּשׁ (miqdash), derivada da raiz קדש (qadash), que significa "santo" ou "separado". Isso indica que o espaço seria consagrado exclusivamente para a presença de Deus.
- Habitarei: O termo hebraico usado aqui é וְשָׁכַנְתִּי (v'shachanti), derivado de שָׁכַן (shakan), que significa "habitar" ou "residir". Essa palavra é a raiz de Shekinah, frequentemente usada para descrever a presença visível de Deus entre Seu povo.
- Comentário:
Deus ordena a construção de um santuário como um local sagrado onde Ele manifestaria Sua presença no meio do povo de Israel. Este versículo reflete a intenção divina de habitar entre os homens, destacando o relacionamento íntimo que Deus deseja com Seu povo. O verbo "habitarei" enfatiza a presença contínua de Deus, não apenas como um conceito abstrato, mas de forma tangível no meio da congregação. - Exemplo Tipológico:
O santuário aponta para Cristo, que, em Sua encarnação, se tornou o "tabernáculo" de Deus entre os homens. João 1:14 declara: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós". A palavra "habitou" é traduzida do grego ἐσκήνωσεν (eskenosen), que literalmente significa "tabernaculou". Assim, o tabernáculo no deserto prefigura Jesus como a manifestação visível da glória de Deus na terra.
Versículo 9
"Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis."
- Raiz Hebraica:
- Modelo: A palavra hebraica aqui é תַּבְנִית (tabnit), que significa "modelo", "padrão" ou "forma". Esta palavra enfatiza que o tabernáculo deveria seguir exatamente o plano que Deus revelou a Moisés.
- Tabernáculo: מִשְׁכָּן (mishkan), que também vem da raiz שָׁכַן (shakan), novamente ligando o conceito do tabernáculo à habitação de Deus.
- Comentário:
Deus instrui Moisés a seguir detalhadamente o modelo celestial que Ele revelou. Isso indica que o tabernáculo terrestre era uma representação do tabernáculo celestial, como mencionado em Hebreus 8:5: "...servem num santuário que é cópia e sombra do que está nos céus...". O rigor nos detalhes reflete a santidade e perfeição da morada de Deus. - Exemplo Tipológico:
O tabernáculo terrestre é uma sombra das realidades celestiais. Cada elemento do tabernáculo e seus móveis (como a arca da aliança, o altar e o candelabro) apontam para aspectos da obra redentora de Cristo. Por exemplo: - A Arca da Aliança representa a presença de Deus e Seu pacto com o homem.
- O altar simboliza o sacrifício de Cristo.
- O candelabro aponta para Jesus como a luz do mundo (João 8:12).
Aplicação Espiritual
Esses versículos nos ensinam que Deus deseja habitar no meio de Seu povo e que Sua presença exige santidade e obediência. Assim como o tabernáculo foi construído de acordo com o modelo celestial, nossas vidas devem ser moldadas segundo os princípios divinos revelados na Palavra de Deus. Por meio de Cristo, que cumpriu perfeitamente todos os tipos e sombras do Antigo Testamento, somos hoje o "santuário do Espírito Santo" (1 Coríntios 6:19).
Êxodo 25:8-9
Versículo 8
"E me farão um santuário, e habitarei no meio deles."
- Raiz Hebraica:
- Santuário: A palavra hebraica para "santuário" é מִקְדָּשׁ (miqdash), derivada da raiz קדש (qadash), que significa "santo" ou "separado". Isso indica que o espaço seria consagrado exclusivamente para a presença de Deus.
- Habitarei: O termo hebraico usado aqui é וְשָׁכַנְתִּי (v'shachanti), derivado de שָׁכַן (shakan), que significa "habitar" ou "residir". Essa palavra é a raiz de Shekinah, frequentemente usada para descrever a presença visível de Deus entre Seu povo.
- Comentário:
Deus ordena a construção de um santuário como um local sagrado onde Ele manifestaria Sua presença no meio do povo de Israel. Este versículo reflete a intenção divina de habitar entre os homens, destacando o relacionamento íntimo que Deus deseja com Seu povo. O verbo "habitarei" enfatiza a presença contínua de Deus, não apenas como um conceito abstrato, mas de forma tangível no meio da congregação. - Exemplo Tipológico:
O santuário aponta para Cristo, que, em Sua encarnação, se tornou o "tabernáculo" de Deus entre os homens. João 1:14 declara: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós". A palavra "habitou" é traduzida do grego ἐσκήνωσεν (eskenosen), que literalmente significa "tabernaculou". Assim, o tabernáculo no deserto prefigura Jesus como a manifestação visível da glória de Deus na terra.
Versículo 9
"Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis."
- Raiz Hebraica:
- Modelo: A palavra hebraica aqui é תַּבְנִית (tabnit), que significa "modelo", "padrão" ou "forma". Esta palavra enfatiza que o tabernáculo deveria seguir exatamente o plano que Deus revelou a Moisés.
- Tabernáculo: מִשְׁכָּן (mishkan), que também vem da raiz שָׁכַן (shakan), novamente ligando o conceito do tabernáculo à habitação de Deus.
- Comentário:
Deus instrui Moisés a seguir detalhadamente o modelo celestial que Ele revelou. Isso indica que o tabernáculo terrestre era uma representação do tabernáculo celestial, como mencionado em Hebreus 8:5: "...servem num santuário que é cópia e sombra do que está nos céus...". O rigor nos detalhes reflete a santidade e perfeição da morada de Deus. - Exemplo Tipológico:
O tabernáculo terrestre é uma sombra das realidades celestiais. Cada elemento do tabernáculo e seus móveis (como a arca da aliança, o altar e o candelabro) apontam para aspectos da obra redentora de Cristo. Por exemplo: - A Arca da Aliança representa a presença de Deus e Seu pacto com o homem.
- O altar simboliza o sacrifício de Cristo.
- O candelabro aponta para Jesus como a luz do mundo (João 8:12).
Aplicação Espiritual
Esses versículos nos ensinam que Deus deseja habitar no meio de Seu povo e que Sua presença exige santidade e obediência. Assim como o tabernáculo foi construído de acordo com o modelo celestial, nossas vidas devem ser moldadas segundo os princípios divinos revelados na Palavra de Deus. Por meio de Cristo, que cumpriu perfeitamente todos os tipos e sombras do Antigo Testamento, somos hoje o "santuário do Espírito Santo" (1 Coríntios 6:19).
Êxodo 26.1,7,14,15,29
1. E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada.
7- Farás também cortinas de pelos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás.
14- Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo em cima.
15- Farás também as tábuas para o tabernáculo de madeira de cetim, que estarão levantadas.
29- E cobrirás de ouro as tábuas e farás de ouro as suas argolas, para meter por elas as barras; também as barras cobrirás de ouro.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Êxodo 26:1, 7, 14, 15 e 29
Esses versículos descrevem os materiais e a construção do tabernáculo, cada elemento carregando significados espirituais profundos e exemplos tipológicos que apontam para Cristo e Sua obra redentora.
Versículo 1
"E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada."
- Raiz Hebraica:
- Linho fino torcido: Em hebraico, שֵׁשׁ מָשְׁזָר (shesh mashzar), simboliza pureza e justiça (Apocalipse 19:8).
- Azul, púrpura e carmesim:
- תְּכֵלֶת (techelet) representa o céu e a divindade.
- אַרְגָּמָן (argaman) simboliza realeza.
- שָׁנִי (shani) refere-se ao carmesim, que simboliza o sangue e o sacrifício.
- Querubins: כְּרוּבִים (keruvim), anjos que simbolizam a santidade e a guarda da presença de Deus.
- Tipologia:
O linho e as cores simbolizam a perfeição de Cristo. O azul representa Sua origem divina, a púrpura Sua realeza, e o carmesim Sua obra redentora pelo sangue derramado. Os querubins bordados indicam a presença protetora e gloriosa de Deus.
Versículo 7
"Farás também cortinas de pelos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás."
- Raiz Hebraica:
- Cabelos de cabra: עִזִּים (izim) eram usados para criar uma camada resistente e prática. Este material representa expiação e sacrifício (Levítico 16:10).
- Tipologia:
A cortina de pelos de cabra aponta para o pecado sendo coberto pela expiação. Jesus, o Cordeiro de Deus, cumpriu essa tipologia ao cobrir os pecados de Seu povo com Seu sangue.
Versículo 14
"Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo em cima."
- Raiz Hebraica:
- Peles de carneiro tintas de vermelho: עֹרֹת אֵילִם מְאָדָּמִים (orot elim me’odamim). O vermelho simboliza o sangue e o sacrifício.
- Peles de texugo: עֹרֹת תַּחַשׁ (orot tachash), de difícil tradução, possivelmente indicando um material resistente e impermeável.
- Tipologia:
- A cobertura vermelha aponta para o sacrifício de Cristo.
- A cobertura de peles de texugo simboliza a proteção divina e a aparência externa de Cristo, que, como descrito em Isaías 53:2, "não tinha formosura".
Versículo 15
"Farás também as tábuas para o tabernáculo de madeira de cetim, que estarão levantadas."
- Raiz Hebraica:
- Madeira de cetim: עֲצֵי שִׁטִּים (atzei shittim), uma madeira resistente e incorruptível.
- Tipologia:
A madeira simboliza a humanidade de Cristo, enquanto Sua incorruptibilidade reflete Sua natureza sem pecado. As tábuas “levantadas” apontam para a ressurreição de Cristo e Sua posição como mediador entre Deus e os homens.
Versículo 29
"E cobrirás de ouro as tábuas e farás de ouro as suas argolas, para meter por elas as barras; também as barras cobrirás de ouro."
- Raiz Hebraica:
- Ouro: זָהָב (zahav), frequentemente usado para representar divindade e pureza.
- Tipologia:
O ouro que cobre a madeira simboliza a união da divindade com a humanidade de Cristo. As argolas e barras unindo as tábuas apontam para a unidade do corpo de Cristo, a Igreja, mantida pelo poder do Espírito Santo.
Aplicação Espiritual
O tabernáculo como um todo reflete a perfeição e a obra de Cristo. Cada elemento revela aspectos de Seu caráter divino e humano, Sua obra redentora e Seu papel como mediador entre Deus e os homens. Assim como o tabernáculo era central para o culto de Israel, Cristo deve ser o centro da vida e adoração de todo cristão.
Êxodo 26:1, 7, 14, 15 e 29
Esses versículos descrevem os materiais e a construção do tabernáculo, cada elemento carregando significados espirituais profundos e exemplos tipológicos que apontam para Cristo e Sua obra redentora.
Versículo 1
"E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada."
- Raiz Hebraica:
- Linho fino torcido: Em hebraico, שֵׁשׁ מָשְׁזָר (shesh mashzar), simboliza pureza e justiça (Apocalipse 19:8).
- Azul, púrpura e carmesim:
- תְּכֵלֶת (techelet) representa o céu e a divindade.
- אַרְגָּמָן (argaman) simboliza realeza.
- שָׁנִי (shani) refere-se ao carmesim, que simboliza o sangue e o sacrifício.
- Querubins: כְּרוּבִים (keruvim), anjos que simbolizam a santidade e a guarda da presença de Deus.
- Tipologia:
O linho e as cores simbolizam a perfeição de Cristo. O azul representa Sua origem divina, a púrpura Sua realeza, e o carmesim Sua obra redentora pelo sangue derramado. Os querubins bordados indicam a presença protetora e gloriosa de Deus.
Versículo 7
"Farás também cortinas de pelos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás."
- Raiz Hebraica:
- Cabelos de cabra: עִזִּים (izim) eram usados para criar uma camada resistente e prática. Este material representa expiação e sacrifício (Levítico 16:10).
- Tipologia:
A cortina de pelos de cabra aponta para o pecado sendo coberto pela expiação. Jesus, o Cordeiro de Deus, cumpriu essa tipologia ao cobrir os pecados de Seu povo com Seu sangue.
Versículo 14
"Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo em cima."
- Raiz Hebraica:
- Peles de carneiro tintas de vermelho: עֹרֹת אֵילִם מְאָדָּמִים (orot elim me’odamim). O vermelho simboliza o sangue e o sacrifício.
- Peles de texugo: עֹרֹת תַּחַשׁ (orot tachash), de difícil tradução, possivelmente indicando um material resistente e impermeável.
- Tipologia:
- A cobertura vermelha aponta para o sacrifício de Cristo.
- A cobertura de peles de texugo simboliza a proteção divina e a aparência externa de Cristo, que, como descrito em Isaías 53:2, "não tinha formosura".
Versículo 15
"Farás também as tábuas para o tabernáculo de madeira de cetim, que estarão levantadas."
- Raiz Hebraica:
- Madeira de cetim: עֲצֵי שִׁטִּים (atzei shittim), uma madeira resistente e incorruptível.
- Tipologia:
A madeira simboliza a humanidade de Cristo, enquanto Sua incorruptibilidade reflete Sua natureza sem pecado. As tábuas “levantadas” apontam para a ressurreição de Cristo e Sua posição como mediador entre Deus e os homens.
Versículo 29
"E cobrirás de ouro as tábuas e farás de ouro as suas argolas, para meter por elas as barras; também as barras cobrirás de ouro."
- Raiz Hebraica:
- Ouro: זָהָב (zahav), frequentemente usado para representar divindade e pureza.
- Tipologia:
O ouro que cobre a madeira simboliza a união da divindade com a humanidade de Cristo. As argolas e barras unindo as tábuas apontam para a unidade do corpo de Cristo, a Igreja, mantida pelo poder do Espírito Santo.
Aplicação Espiritual
O tabernáculo como um todo reflete a perfeição e a obra de Cristo. Cada elemento revela aspectos de Seu caráter divino e humano, Sua obra redentora e Seu papel como mediador entre Deus e os homens. Assim como o tabernáculo era central para o culto de Israel, Cristo deve ser o centro da vida e adoração de todo cristão.
TEXTO ÁUREO
E saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, que os tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu, o Senhor, seu Deus. Êxodo 29.46
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Êxodo 29:46
Texto:
"E saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, que os tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu, o Senhor, seu Deus."
Análise do Contexto
Este versículo encerra o capítulo 29 de Êxodo, que trata da consagração dos sacerdotes e das ofertas diárias no tabernáculo. Ele enfatiza o propósito redentor de Deus ao libertar Israel do Egito: estabelecer um relacionamento próximo e habitar no meio do Seu povo. Essa passagem é um resumo poderoso do tema central do Êxodo, destacando a presença divina como o maior privilégio concedido a Israel.
Raiz Hebraica e Significado das Palavras-Chave
- "Saberão" (יָדַע - yada‘)
- A palavra yada‘ não significa apenas "saber intelectualmente", mas também experimentar ou reconhecer de forma íntima. Refere-se ao conhecimento relacional que Israel teria de Deus, baseado em Suas ações redentoras.
- "Eu sou o Senhor" (אֲנִי יְהוָה - Ani YHWH)
- YHWH é o nome sagrado de Deus, revelado a Moisés no Êxodo 3:14 como "Eu sou o que sou". Este nome destaca Sua autoexistência, imutabilidade e fidelidade às Suas promessas.
- "Habitar" (שָׁכַן - shakan)
- Shakan é a raiz de onde vem a palavra Shekináh, referindo-se à presença visível de Deus no meio do Seu povo. Essa presença foi manifestada no tabernáculo como a glória de Deus, que simbolizava Seu relacionamento com Israel.
- "No meio deles" (בְּתוֹכָם - betocham)
- O termo betocham denota proximidade e comunhão. Deus não apenas libertou Israel, mas escolheu estar presente no centro de sua vida e adoração.
Aplicação Tipológica
- Libertação do Egito
- Tipologicamente, o Egito representa o mundo e o pecado. Assim como Deus libertou Israel da escravidão egípcia, Cristo nos liberta da escravidão do pecado (Romanos 6:18).
- Habitação Divina
- No Antigo Testamento, Deus habitou no tabernáculo e, posteriormente, no templo. No Novo Testamento, Jesus é descrito como o "tabernáculo de Deus" entre os homens (João 1:14). Hoje, o Espírito Santo habita no coração dos crentes (1 Coríntios 3:16), cumprindo plenamente o desejo de Deus de estar no meio do Seu povo.
- Presença de Deus como Segurança
- A presença de Deus no tabernáculo garantia proteção, provisão e direção ao povo de Israel. Da mesma forma, a presença de Deus na vida do crente garante paz, segurança e o cumprimento das promessas divinas.
Aplicação Espiritual
- Conhecimento Relacional de Deus: Este versículo nos lembra que Deus não é apenas um libertador, mas um Deus que deseja um relacionamento íntimo e contínuo conosco.
- Presença Transformadora: Assim como a glória de Deus habitava no tabernáculo, Sua presença em nossa vida deve transformar cada aspecto de nossa existência.
- Gratidão pela Redenção: Assim como Israel foi chamado a reconhecer a redenção do Egito, somos chamados a viver em gratidão pela obra redentora de Cristo.
Reflexão Final
Deus libertou Seu povo para um propósito maior: Sua presença no meio deles. Essa promessa aponta para o cumprimento em Cristo, que habitou entre nós e nos reconciliou com Deus, garantindo a presença do Espírito Santo em nossas vidas. Essa é a essência do evangelho: um Deus que não apenas salva, mas também habita com Seu povo.
Êxodo 29:46
Texto:
"E saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, que os tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu, o Senhor, seu Deus."
Análise do Contexto
Este versículo encerra o capítulo 29 de Êxodo, que trata da consagração dos sacerdotes e das ofertas diárias no tabernáculo. Ele enfatiza o propósito redentor de Deus ao libertar Israel do Egito: estabelecer um relacionamento próximo e habitar no meio do Seu povo. Essa passagem é um resumo poderoso do tema central do Êxodo, destacando a presença divina como o maior privilégio concedido a Israel.
Raiz Hebraica e Significado das Palavras-Chave
- "Saberão" (יָדַע - yada‘)
- A palavra yada‘ não significa apenas "saber intelectualmente", mas também experimentar ou reconhecer de forma íntima. Refere-se ao conhecimento relacional que Israel teria de Deus, baseado em Suas ações redentoras.
- "Eu sou o Senhor" (אֲנִי יְהוָה - Ani YHWH)
- YHWH é o nome sagrado de Deus, revelado a Moisés no Êxodo 3:14 como "Eu sou o que sou". Este nome destaca Sua autoexistência, imutabilidade e fidelidade às Suas promessas.
- "Habitar" (שָׁכַן - shakan)
- Shakan é a raiz de onde vem a palavra Shekináh, referindo-se à presença visível de Deus no meio do Seu povo. Essa presença foi manifestada no tabernáculo como a glória de Deus, que simbolizava Seu relacionamento com Israel.
- "No meio deles" (בְּתוֹכָם - betocham)
- O termo betocham denota proximidade e comunhão. Deus não apenas libertou Israel, mas escolheu estar presente no centro de sua vida e adoração.
Aplicação Tipológica
- Libertação do Egito
- Tipologicamente, o Egito representa o mundo e o pecado. Assim como Deus libertou Israel da escravidão egípcia, Cristo nos liberta da escravidão do pecado (Romanos 6:18).
- Habitação Divina
- No Antigo Testamento, Deus habitou no tabernáculo e, posteriormente, no templo. No Novo Testamento, Jesus é descrito como o "tabernáculo de Deus" entre os homens (João 1:14). Hoje, o Espírito Santo habita no coração dos crentes (1 Coríntios 3:16), cumprindo plenamente o desejo de Deus de estar no meio do Seu povo.
- Presença de Deus como Segurança
- A presença de Deus no tabernáculo garantia proteção, provisão e direção ao povo de Israel. Da mesma forma, a presença de Deus na vida do crente garante paz, segurança e o cumprimento das promessas divinas.
Aplicação Espiritual
- Conhecimento Relacional de Deus: Este versículo nos lembra que Deus não é apenas um libertador, mas um Deus que deseja um relacionamento íntimo e contínuo conosco.
- Presença Transformadora: Assim como a glória de Deus habitava no tabernáculo, Sua presença em nossa vida deve transformar cada aspecto de nossa existência.
- Gratidão pela Redenção: Assim como Israel foi chamado a reconhecer a redenção do Egito, somos chamados a viver em gratidão pela obra redentora de Cristo.
Reflexão Final
Deus libertou Seu povo para um propósito maior: Sua presença no meio deles. Essa promessa aponta para o cumprimento em Cristo, que habitou entre nós e nos reconciliou com Deus, garantindo a presença do Espírito Santo em nossas vidas. Essa é a essência do evangelho: um Deus que não apenas salva, mas também habita com Seu povo.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira 1 Pedro 1.13-22 - Fostes resgatados com o precioso sangue de Cristo
3ª feira 2 Coríntios 6.14-18 - Vós sois o templo do Deus
4ª feira - Efésios 4.7-16 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu
5ª feira-2 Coríntios 3.1-8 - Vós sois a carta de Cristo
6ª feira Isaías 53.1-4 - Ele tomou as nossas dores e levou-as sobre si
Sábado - João 17.1-5 - A vida eterna é esta: que conheçam a ti
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Subsídios para o Estudo Diário
2ª feira – 1 Pedro 1:13-22 – "Fostes resgatados com o precioso sangue de Cristo"
Resumo:
Pedro encoraja os crentes a viverem de maneira santa, com a mente preparada e foco na graça revelada em Cristo. Ele destaca que a redenção não foi feita com bens perecíveis, mas com o sangue de Cristo, o Cordeiro perfeito e imaculado.
Pontos de Reflexão:
- Preparação e vigilância: "Cingindo os lombos do vosso entendimento" (v.13). Assim como o povo no Êxodo se preparou para partir, os cristãos devem estar prontos para a volta de Cristo.
- Sangue precioso: O sacrifício de Cristo é incomparável e suficiente para nossa redenção.
- Santidade: Deus é santo, e somos chamados a refletir Seu caráter em nossa vida.
Aplicação:
Como crentes, devemos viver com reverência e gratidão, conscientes do alto preço pago pela nossa salvação.
3ª feira – 2 Coríntios 6:14-18 – "Vós sois o templo do Deus"
Resumo:
Paulo exorta os crentes a não se associarem com incredulidade, enfatizando que somos templo do Deus vivo e que Ele habita em nós.
Pontos de Reflexão:
- Separação espiritual: Não podemos ter comunhão com as trevas enquanto somos luz no Senhor (v.14).
- Habitação divina: Deus habita em Seu povo, chamando-nos para um relacionamento íntimo com Ele.
- Santidade relacional: Nossa vida deve refletir nossa separação do pecado e comunhão com Deus.
Aplicação:
Devemos priorizar nosso relacionamento com Deus, buscando Sua santidade e evitando práticas que comprometem nosso testemunho.
4ª feira – Efésios 4:7-16 – "Aquele que desceu é também o mesmo que subiu"
Resumo:
Paulo descreve os dons dados por Cristo à Igreja para o aperfeiçoamento dos santos, a unidade da fé e o crescimento espiritual.
Pontos de Reflexão:
- Descida e subida de Cristo: Refere-se à Sua encarnação, morte, ressurreição e ascensão.
- Dons ministeriais: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres são dados para edificar o corpo de Cristo.
- Crescimento espiritual: Devemos alcançar a maturidade espiritual, refletindo Cristo em nossas vidas.
Aplicação:
Usar os dons que recebemos para edificar a Igreja, buscando a unidade e o amadurecimento espiritual.
5ª feira – 2 Coríntios 3:1-8 – "Vós sois a carta de Cristo"
Resumo:
Paulo afirma que os crentes são a evidência viva de seu ministério, escritos pelo Espírito de Deus, não em tábuas de pedra, mas em corações humanos.
Pontos de Reflexão:
- Carta viva: Os crentes refletem Cristo para o mundo através de suas vidas.
- Ministério do Espírito: Superior ao ministério da Lei, traz vida e liberdade.
- Transformação interior: O Espírito escreve a nova aliança nos corações.
Aplicação:
Devemos ser testemunhas vivas de Cristo, permitindo que o Espírito Santo transforme nosso caráter e atitudes.
6ª feira – Isaías 53:1-4 – "Ele tomou as nossas dores e levou-as sobre si"
Resumo:
Isaías profetiza sobre o servo sofredor, Jesus Cristo, que carregou nossos pecados, dores e enfermidades em Sua morte vicária.
Pontos de Reflexão:
- Rejeição do Messias: Ele não foi reconhecido por muitos (v.3).
- Sofrimento vicário: Cristo tomou sobre Si o castigo que era nosso.
- Obra redentora: Sua morte trouxe a esperança de cura espiritual e restauração.
Aplicação:
Reflita sobre o sacrifício de Cristo e viva em gratidão por Sua obra redentora.
Sábado – João 17:1-5 – "A vida eterna é esta: que conheçam a ti"
Resumo:
Na oração sacerdotal, Jesus ora ao Pai, glorificando-O e revelando que a vida eterna é conhecer a Deus e Seu Filho.
Pontos de Reflexão:
- Glorificação de Cristo: Sua missão culmina na cruz, trazendo glória ao Pai.
- Vida eterna: Não é apenas duração, mas qualidade de vida em comunhão com Deus.
- Relação entre o Pai e o Filho: A unidade perfeita entre eles nos é revelada.
Aplicação:
Busque conhecer a Deus profundamente, desenvolvendo um relacionamento íntimo com Ele.
Reflexão Geral:
Cada dia desta leitura destaca a obra redentora de Cristo, o chamado à santidade e a comunhão com Deus. Essas verdades devem motivar-nos a viver em gratidão, submissão e compromisso com o Senhor.
Subsídios para o Estudo Diário
2ª feira – 1 Pedro 1:13-22 – "Fostes resgatados com o precioso sangue de Cristo"
Resumo:
Pedro encoraja os crentes a viverem de maneira santa, com a mente preparada e foco na graça revelada em Cristo. Ele destaca que a redenção não foi feita com bens perecíveis, mas com o sangue de Cristo, o Cordeiro perfeito e imaculado.
Pontos de Reflexão:
- Preparação e vigilância: "Cingindo os lombos do vosso entendimento" (v.13). Assim como o povo no Êxodo se preparou para partir, os cristãos devem estar prontos para a volta de Cristo.
- Sangue precioso: O sacrifício de Cristo é incomparável e suficiente para nossa redenção.
- Santidade: Deus é santo, e somos chamados a refletir Seu caráter em nossa vida.
Aplicação:
Como crentes, devemos viver com reverência e gratidão, conscientes do alto preço pago pela nossa salvação.
3ª feira – 2 Coríntios 6:14-18 – "Vós sois o templo do Deus"
Resumo:
Paulo exorta os crentes a não se associarem com incredulidade, enfatizando que somos templo do Deus vivo e que Ele habita em nós.
Pontos de Reflexão:
- Separação espiritual: Não podemos ter comunhão com as trevas enquanto somos luz no Senhor (v.14).
- Habitação divina: Deus habita em Seu povo, chamando-nos para um relacionamento íntimo com Ele.
- Santidade relacional: Nossa vida deve refletir nossa separação do pecado e comunhão com Deus.
Aplicação:
Devemos priorizar nosso relacionamento com Deus, buscando Sua santidade e evitando práticas que comprometem nosso testemunho.
4ª feira – Efésios 4:7-16 – "Aquele que desceu é também o mesmo que subiu"
Resumo:
Paulo descreve os dons dados por Cristo à Igreja para o aperfeiçoamento dos santos, a unidade da fé e o crescimento espiritual.
Pontos de Reflexão:
- Descida e subida de Cristo: Refere-se à Sua encarnação, morte, ressurreição e ascensão.
- Dons ministeriais: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres são dados para edificar o corpo de Cristo.
- Crescimento espiritual: Devemos alcançar a maturidade espiritual, refletindo Cristo em nossas vidas.
Aplicação:
Usar os dons que recebemos para edificar a Igreja, buscando a unidade e o amadurecimento espiritual.
5ª feira – 2 Coríntios 3:1-8 – "Vós sois a carta de Cristo"
Resumo:
Paulo afirma que os crentes são a evidência viva de seu ministério, escritos pelo Espírito de Deus, não em tábuas de pedra, mas em corações humanos.
Pontos de Reflexão:
- Carta viva: Os crentes refletem Cristo para o mundo através de suas vidas.
- Ministério do Espírito: Superior ao ministério da Lei, traz vida e liberdade.
- Transformação interior: O Espírito escreve a nova aliança nos corações.
Aplicação:
Devemos ser testemunhas vivas de Cristo, permitindo que o Espírito Santo transforme nosso caráter e atitudes.
6ª feira – Isaías 53:1-4 – "Ele tomou as nossas dores e levou-as sobre si"
Resumo:
Isaías profetiza sobre o servo sofredor, Jesus Cristo, que carregou nossos pecados, dores e enfermidades em Sua morte vicária.
Pontos de Reflexão:
- Rejeição do Messias: Ele não foi reconhecido por muitos (v.3).
- Sofrimento vicário: Cristo tomou sobre Si o castigo que era nosso.
- Obra redentora: Sua morte trouxe a esperança de cura espiritual e restauração.
Aplicação:
Reflita sobre o sacrifício de Cristo e viva em gratidão por Sua obra redentora.
Sábado – João 17:1-5 – "A vida eterna é esta: que conheçam a ti"
Resumo:
Na oração sacerdotal, Jesus ora ao Pai, glorificando-O e revelando que a vida eterna é conhecer a Deus e Seu Filho.
Pontos de Reflexão:
- Glorificação de Cristo: Sua missão culmina na cruz, trazendo glória ao Pai.
- Vida eterna: Não é apenas duração, mas qualidade de vida em comunhão com Deus.
- Relação entre o Pai e o Filho: A unidade perfeita entre eles nos é revelada.
Aplicação:
Busque conhecer a Deus profundamente, desenvolvendo um relacionamento íntimo com Ele.
Reflexão Geral:
Cada dia desta leitura destaca a obra redentora de Cristo, o chamado à santidade e a comunhão com Deus. Essas verdades devem motivar-nos a viver em gratidão, submissão e compromisso com o Senhor.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• descrever de forma clara e detalhada a construção do santuário do Tabernáculo:
• reconhecer que cada detalhe da construção foi determinado por Deus:
• compreender que todos os elementos do Tabernáculo foram criados com um propósito específico, apontando simbolicamente para a vinda de Jesus.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, enfatize a importância com que Deus estabeleceu cada detalhe na construção do Tabernáculo e em todos os aspectos relacionados a ele. Da mesma maneira, Ele nos chama a manter a disciplina e a decência em tudo o que diz respeito à Igreja.
A organização deve prevalecer em todos os aspectos: na administração dos departamentos, na arrumação das dependências, no decorrer dos cultos e em todo trabalho realiza do para o Senhor. Assim como Ele valorizou cada minúcia no Tabernáculo, devemos também cuidar rizou zelo de tudo que em Sua obra.
Excelente aula!
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "Caminho para Cristo através do Tabernáculo"
Objetivo:
Compreender os elementos do tabernáculo como símbolos do caminho para Cristo, conectando-os à nossa experiência espiritual de salvação e comunhão com Deus.
Material Necessário:
- Um espaço demarcado que simbolize o tabernáculo.
- Cartazes ou objetos que representem os elementos do tabernáculo:
- Altar do holocausto
- Pia de bronze
- Mesa dos pães da proposição
- Candelabro
- Altar de incenso
- Véu
- Arca da aliança
- Versículos-chave associados a cada elemento.
- Perguntas reflexivas para cada etapa do "caminho".
Preparação:
- Monte um trajeto pelo espaço da sala, marcando as áreas que correspondem às diferentes partes do tabernáculo (Átrio, Lugar Santo e Santo dos Santos).
- Coloque os objetos ou cartazes em suas respectivas áreas, com uma breve descrição e referência bíblica.
Execução:
- Introdução (5 minutos):
- Explique que o tabernáculo era o local onde Deus habitava entre Seu povo e que cada elemento aponta para Cristo e nosso relacionamento com Ele.
- Destaque Êxodo 25:8: "E me farão um santuário, e habitarei no meio deles."
- Percurso pelo Tabernáculo (20-25 minutos):
- Conduza os participantes por cada estação, começando pelo Átrio até o Santo dos Santos.
- Em cada estação, peça a um voluntário para ler o versículo relacionado e discuta seu significado espiritual:
- Altar do Holocausto: Representa o sacrifício de Cristo por nossos pecados.
- Versículo: Hebreus 9:26.
- Reflexão: "Como você experimenta o perdão de Deus em sua vida?"
- Pia de Bronze: Simboliza a purificação e santificação.
- Versículo: Efésios 5:26.
- Reflexão: "Quais áreas da sua vida precisam ser purificadas?"
- Mesa dos Pães da Proposição: Aponta para Cristo como o Pão da Vida.
- Versículo: João 6:35.
- Reflexão: "Como você tem se alimentado da Palavra de Deus diariamente?"
- Candelabro: Representa Cristo como a Luz do Mundo e o Espírito Santo.
- Versículo: João 8:12.
- Reflexão: "Você está permitindo que Cristo ilumine suas escolhas e caminhos?"
- Altar de Incenso: Simboliza a oração e a intercessão de Cristo.
- Versículo: Apocalipse 8:3-4.
- Reflexão: "Como está sua vida de oração?"
- Véu: Representa a separação entre Deus e o homem, rasgado com a morte de Cristo.
- Versículo: Mateus 27:51.
- Reflexão: "Como a obra de Cristo abriu o caminho para você se aproximar de Deus?"
- Arca da Aliança: Simboliza a presença de Deus e a nova aliança em Cristo.
- Versículo: Hebreus 9:11-12.
- Reflexão: "Você tem experimentado a presença de Deus em sua vida?"
- Conclusão (10 minutos):
- Reúna todos e peça para compartilharem o que mais os impactou durante o percurso.
- Finalize explicando que Cristo é o cumprimento de todos os elementos do tabernáculo e que, através d’Ele, temos acesso à presença de Deus.
- Oração Final:
- Ore com a classe, agradecendo a Deus por Sua presença em nossas vidas e pedindo que Ele nos ajude a viver de acordo com os princípios aprendidos.
Resultados Esperados:
- Maior entendimento do simbolismo do tabernáculo como um caminho para Cristo.
- Reflexão prática sobre como cada elemento se aplica à vida cristã.
- Motivação para buscar comunhão mais profunda com Deus.
Dinâmica: "Caminho para Cristo através do Tabernáculo"
Objetivo:
Compreender os elementos do tabernáculo como símbolos do caminho para Cristo, conectando-os à nossa experiência espiritual de salvação e comunhão com Deus.
Material Necessário:
- Um espaço demarcado que simbolize o tabernáculo.
- Cartazes ou objetos que representem os elementos do tabernáculo:
- Altar do holocausto
- Pia de bronze
- Mesa dos pães da proposição
- Candelabro
- Altar de incenso
- Véu
- Arca da aliança
- Versículos-chave associados a cada elemento.
- Perguntas reflexivas para cada etapa do "caminho".
Preparação:
- Monte um trajeto pelo espaço da sala, marcando as áreas que correspondem às diferentes partes do tabernáculo (Átrio, Lugar Santo e Santo dos Santos).
- Coloque os objetos ou cartazes em suas respectivas áreas, com uma breve descrição e referência bíblica.
Execução:
- Introdução (5 minutos):
- Explique que o tabernáculo era o local onde Deus habitava entre Seu povo e que cada elemento aponta para Cristo e nosso relacionamento com Ele.
- Destaque Êxodo 25:8: "E me farão um santuário, e habitarei no meio deles."
- Percurso pelo Tabernáculo (20-25 minutos):
- Conduza os participantes por cada estação, começando pelo Átrio até o Santo dos Santos.
- Em cada estação, peça a um voluntário para ler o versículo relacionado e discuta seu significado espiritual:
- Altar do Holocausto: Representa o sacrifício de Cristo por nossos pecados.
- Versículo: Hebreus 9:26.
- Reflexão: "Como você experimenta o perdão de Deus em sua vida?"
- Pia de Bronze: Simboliza a purificação e santificação.
- Versículo: Efésios 5:26.
- Reflexão: "Quais áreas da sua vida precisam ser purificadas?"
- Mesa dos Pães da Proposição: Aponta para Cristo como o Pão da Vida.
- Versículo: João 6:35.
- Reflexão: "Como você tem se alimentado da Palavra de Deus diariamente?"
- Candelabro: Representa Cristo como a Luz do Mundo e o Espírito Santo.
- Versículo: João 8:12.
- Reflexão: "Você está permitindo que Cristo ilumine suas escolhas e caminhos?"
- Altar de Incenso: Simboliza a oração e a intercessão de Cristo.
- Versículo: Apocalipse 8:3-4.
- Reflexão: "Como está sua vida de oração?"
- Véu: Representa a separação entre Deus e o homem, rasgado com a morte de Cristo.
- Versículo: Mateus 27:51.
- Reflexão: "Como a obra de Cristo abriu o caminho para você se aproximar de Deus?"
- Arca da Aliança: Simboliza a presença de Deus e a nova aliança em Cristo.
- Versículo: Hebreus 9:11-12.
- Reflexão: "Você tem experimentado a presença de Deus em sua vida?"
- Conclusão (10 minutos):
- Reúna todos e peça para compartilharem o que mais os impactou durante o percurso.
- Finalize explicando que Cristo é o cumprimento de todos os elementos do tabernáculo e que, através d’Ele, temos acesso à presença de Deus.
- Oração Final:
- Ore com a classe, agradecendo a Deus por Sua presença em nossas vidas e pedindo que Ele nos ajude a viver de acordo com os princípios aprendidos.
Resultados Esperados:
- Maior entendimento do simbolismo do tabernáculo como um caminho para Cristo.
- Reflexão prática sobre como cada elemento se aplica à vida cristã.
- Motivação para buscar comunhão mais profunda com Deus.
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
O santuário do Tabernáculo, isto é, o espaço em que o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo, foi erguido na parte posterior do átrio (ou pátio). Sua estrutura era composta por 48 tábuas de madeira revestidas de ouro, cada uma com 4,5 metros (10 côvados) de altura e 75 centímetros (1,5 côvados) de largura, distribuídas da seguinte maneira: 20 tábuas para o lado sul, 20 tábuas para o lado norte, seis tábuas para o lado oeste, com duas tábuas adicionais para os cantos. No total, o Sacrário media aproximadamente 14 metros (30 côvados) de comprimento e 4,5 metros (10 côvados) de largura (Ex 26.18-25 NVI).
Nesta lição, serão abordados os seguintes elementos do templo portátil: as bases de prata (Ex 30.11-16; 30.25-28; 1 Pe 1.18,19); as tábuas e barras (Ex 26.15-19; 36.20-34); e as cortinas e cobertas (Ex 26.1-14; 36.8-19). Esses componentes são essenciais para entendermos a simbologia profunda do Tabernáculo e como cada um deles aponta para aspectos da obra redentora de Cristo.
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O santuário do Tabernáculo, que abrigava o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo, media aproximadamente 14m de comprimento, 4,5m de largura e 4,5m de altura. Já o átrio externo, que cercava o templo portátil, tinha 45m de comprimento, 22,5m de largura e 2,25m de altura.
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COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O santuário do Tabernáculo, conforme descrito em Êxodo 26, desempenha um papel central na narrativa do Antigo Testamento, pois representa a manifestação da presença de Deus no meio do Seu povo. Cada detalhe de sua construção é carregado de significados espirituais que apontam para a obra redentora de Cristo, como afirma o apóstolo Paulo em Hebreus 8:5, ao descrever o Tabernáculo como "uma sombra das coisas celestiais".
Estrutura e Simbologia
As Bases de Prata (Êxodo 26:19; 30:11-16; 1 Pedro 1:18-19)
As bases de prata, que sustentavam as tábuas, foram feitas a partir do meio siclo arrecadado no resgate dos israelitas (Êx 30:13-16). Isso simboliza que a redenção é o fundamento da habitação de Deus entre os homens. A prata, frequentemente associada à redenção (Nm 18:16), prefigura o sacrifício de Cristo, cujo sangue precioso nos resgatou da nossa vã maneira de viver (1 Pe 1:18-19).
Teólogos como Andrew Jukes observam que as bases de prata não apenas apontam para a redenção individual, mas também para o fato de que a igreja, como corpo coletivo, é fundamentada no sacrifício redentor de Cristo. Sem esse fundamento, não haveria base para a habitação divina.
As Tábuas e Barras (Êxodo 26:15-29; 36:20-34)
As tábuas de madeira de acácia, revestidas de ouro, representam a natureza dupla de Cristo: a madeira aponta para Sua humanidade e o ouro, para Sua divindade. Elas estavam conectadas por encaixes e barras, simbolizando a unidade da igreja, sustentada pela obra do Espírito Santo (Ef 4:4-6).
Charles Spurgeon destacou que a madeira de acácia, uma das poucas árvores resistentes ao deserto, tipifica a incorruptibilidade de Cristo, enquanto o ouro reflete Sua glória divina. A união das tábuas reflete a unidade dos crentes, edificados juntos como "casa espiritual" (1 Pe 2:5).
As Cortinas e Cobertas (Êxodo 26:1-14; 36:8-19)
As quatro camadas de coberturas — linho fino bordado com querubins, pelos de cabra, peles de carneiro tingidas de vermelho e peles de texugo — possuem profundo simbolismo:
- Linho fino bordado com querubins: Representa a santidade e a glória celestial de Cristo (Hb 7:26).
- Pelos de cabra: Associados ao sacrifício pelo pecado no Dia da Expiação (Lv 16:5-10), apontam para Cristo como nossa oferta pelo pecado (2 Co 5:21).
- Peles de carneiro tingidas de vermelho: Tipificam o sangue de Cristo, que nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:7).
- Peles de texugo: Representam a humanidade de Cristo, sem beleza exterior que atraísse os homens (Is 53:2).
Dimensões do Tabernáculo e Átrio
As dimensões do santuário — 14 metros de comprimento, 4,5 metros de largura e altura — e do átrio — 45 metros de comprimento, 22,5 metros de largura — enfatizam a ordem e a perfeição de Deus. A proporção e o detalhe na construção refletem a santidade e a separação exigida para a adoração verdadeira (Êx 25:9).
Na visão teológica de G. Campbell Morgan, o Tabernáculo como um todo demonstra a progressão do homem desde a condição de pecador (Átrio) até o estado de plena comunhão com Deus (Santo dos Santos).
Aspectos Cristológicos e Teológicos
- O Tabernáculo como figura de Cristo:
O apóstolo João declara que "o Verbo se fez carne e habitou (σκηνόω, 'tabernaculou') entre nós" (Jo 1:14). Assim, o Tabernáculo prefigura a encarnação de Cristo, que trouxe a presença de Deus ao mundo. - O Caminho da Salvação:
A disposição do Tabernáculo reflete a progressão espiritual do crente, desde o reconhecimento do sacrifício (Altar de Holocausto), passando pela purificação (Pia de Bronze) até a adoração em espírito e em verdade no Santo dos Santos (Jo 4:24). - O Papel da Igreja:
Como corpo de Cristo, a igreja é o Tabernáculo espiritual de Deus na Terra (1 Co 3:16; Ef 2:21-22). Cada componente do Tabernáculo ensina que, como crentes, devemos estar fundamentados na redenção de Cristo, unidos como um só corpo e santificados para manifestar Sua glória.
Conclusão
O Tabernáculo nos revela o plano eterno de Deus de habitar com Seu povo, culminando na obra redentora de Cristo. Como o escritor de Hebreus declara: "Temos tal Sumo Sacerdote, que se assentou nos céus, à destra do trono da Majestade" (Hb 8:1). A riqueza de detalhes no Tabernáculo não apenas aponta para Cristo, mas também nos exorta a viver em santidade e comunhão com Deus, refletindo Sua glória ao mundo.
Referências acadêmicas:
- JUKES, Andrew. The Law of the Offerings.
- SPURGEON, Charles. Christ in the Tabernacle.
- KELLER, Timothy. The Prodigal God.
- MORGAN, G. Campbell. The Crises of the Christ.
O santuário do Tabernáculo, conforme descrito em Êxodo 26, desempenha um papel central na narrativa do Antigo Testamento, pois representa a manifestação da presença de Deus no meio do Seu povo. Cada detalhe de sua construção é carregado de significados espirituais que apontam para a obra redentora de Cristo, como afirma o apóstolo Paulo em Hebreus 8:5, ao descrever o Tabernáculo como "uma sombra das coisas celestiais".
Estrutura e Simbologia
As Bases de Prata (Êxodo 26:19; 30:11-16; 1 Pedro 1:18-19)
As bases de prata, que sustentavam as tábuas, foram feitas a partir do meio siclo arrecadado no resgate dos israelitas (Êx 30:13-16). Isso simboliza que a redenção é o fundamento da habitação de Deus entre os homens. A prata, frequentemente associada à redenção (Nm 18:16), prefigura o sacrifício de Cristo, cujo sangue precioso nos resgatou da nossa vã maneira de viver (1 Pe 1:18-19).
Teólogos como Andrew Jukes observam que as bases de prata não apenas apontam para a redenção individual, mas também para o fato de que a igreja, como corpo coletivo, é fundamentada no sacrifício redentor de Cristo. Sem esse fundamento, não haveria base para a habitação divina.
As Tábuas e Barras (Êxodo 26:15-29; 36:20-34)
As tábuas de madeira de acácia, revestidas de ouro, representam a natureza dupla de Cristo: a madeira aponta para Sua humanidade e o ouro, para Sua divindade. Elas estavam conectadas por encaixes e barras, simbolizando a unidade da igreja, sustentada pela obra do Espírito Santo (Ef 4:4-6).
Charles Spurgeon destacou que a madeira de acácia, uma das poucas árvores resistentes ao deserto, tipifica a incorruptibilidade de Cristo, enquanto o ouro reflete Sua glória divina. A união das tábuas reflete a unidade dos crentes, edificados juntos como "casa espiritual" (1 Pe 2:5).
As Cortinas e Cobertas (Êxodo 26:1-14; 36:8-19)
As quatro camadas de coberturas — linho fino bordado com querubins, pelos de cabra, peles de carneiro tingidas de vermelho e peles de texugo — possuem profundo simbolismo:
- Linho fino bordado com querubins: Representa a santidade e a glória celestial de Cristo (Hb 7:26).
- Pelos de cabra: Associados ao sacrifício pelo pecado no Dia da Expiação (Lv 16:5-10), apontam para Cristo como nossa oferta pelo pecado (2 Co 5:21).
- Peles de carneiro tingidas de vermelho: Tipificam o sangue de Cristo, que nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:7).
- Peles de texugo: Representam a humanidade de Cristo, sem beleza exterior que atraísse os homens (Is 53:2).
Dimensões do Tabernáculo e Átrio
As dimensões do santuário — 14 metros de comprimento, 4,5 metros de largura e altura — e do átrio — 45 metros de comprimento, 22,5 metros de largura — enfatizam a ordem e a perfeição de Deus. A proporção e o detalhe na construção refletem a santidade e a separação exigida para a adoração verdadeira (Êx 25:9).
Na visão teológica de G. Campbell Morgan, o Tabernáculo como um todo demonstra a progressão do homem desde a condição de pecador (Átrio) até o estado de plena comunhão com Deus (Santo dos Santos).
Aspectos Cristológicos e Teológicos
- O Tabernáculo como figura de Cristo:
O apóstolo João declara que "o Verbo se fez carne e habitou (σκηνόω, 'tabernaculou') entre nós" (Jo 1:14). Assim, o Tabernáculo prefigura a encarnação de Cristo, que trouxe a presença de Deus ao mundo. - O Caminho da Salvação:
A disposição do Tabernáculo reflete a progressão espiritual do crente, desde o reconhecimento do sacrifício (Altar de Holocausto), passando pela purificação (Pia de Bronze) até a adoração em espírito e em verdade no Santo dos Santos (Jo 4:24). - O Papel da Igreja:
Como corpo de Cristo, a igreja é o Tabernáculo espiritual de Deus na Terra (1 Co 3:16; Ef 2:21-22). Cada componente do Tabernáculo ensina que, como crentes, devemos estar fundamentados na redenção de Cristo, unidos como um só corpo e santificados para manifestar Sua glória.
Conclusão
O Tabernáculo nos revela o plano eterno de Deus de habitar com Seu povo, culminando na obra redentora de Cristo. Como o escritor de Hebreus declara: "Temos tal Sumo Sacerdote, que se assentou nos céus, à destra do trono da Majestade" (Hb 8:1). A riqueza de detalhes no Tabernáculo não apenas aponta para Cristo, mas também nos exorta a viver em santidade e comunhão com Deus, refletindo Sua glória ao mundo.
Referências acadêmicas:
- JUKES, Andrew. The Law of the Offerings.
- SPURGEON, Charles. Christ in the Tabernacle.
- KELLER, Timothy. The Prodigal God.
- MORGAN, G. Campbell. The Crises of the Christ.
1. AS BASES DE PRATA: O FUNDAMENTO DA PRESENÇA DE DEUS NO DESERTO
As bases de prata, pesando algumas toneladas, foram fundamentais para a estabilidade do santuário do Tabernáculo, pois Israel estava no deserto, e seria imprudente construir qualquer estrutura sobre a areia, que é instável.
Para garantir uma base sólida, o santuário do Tabernáculo foi erguido sobre 96 bases de prata fundida, sendo duas bases para sustentar cada tábua, que possuía dois pinos na parte inferior. Para manter as tábuas firmemente unidas, utilizavam-se cinco barras de madeira revestidas de ouro, que traspassavam anéis de ouro e travavam a estrutura, garantindo sua segurança e estabilidade (Ex 26.19-25).
1.1. Aspectos tipológicos
1.1.1. Prata: o preço da vida; uma sombra da redenção em Cristo
A prata utilizada na construção do Tabernáculo, ao contrário dos outros materiais, não foi doada, mas adquirida por meio de um pagamento obrigatório. Deus determinou que, quando os homens de 20 anos ou mais fossem alistados para o exército, deveriam pagar uma quantia em prata como resgate de suas almas (...) para que não [houvesse] entre eles praga alguma (...) (Ex 30.12a).
Esse ato simbolizava o resgate da vida, assim como José foi vendido por prata (Gn 37.28) e Jesus foi traído por 30 peças de prata (Mt 26.15). Esse pagamento, chamado de dinheiro das expiações (Ex 30.16, expiações = "cobrir", com o sentido de "guardar", "proteger"), aponta para a obra redentora de Cristo, que se completou no Calvário, libertando a humanidade do poder do pecado (Rm 8.3).
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Assim como os homens no deserto não podiam negociar o preço da prata, não podemos barganhar os termos da salvação, pois é Deus quem os estabelece. Da mesma forma que a prata representava o resgate, a fé em Cristo é o único caminho para a redenção, independentemente de nossa condição ou realizações pessoais.
______________________________
1.1.2. A fé: o preço invariável do resgate eterno
Na primeira contagem, 603.550 homens (Nm 1.3,46), todos com mais de 20 anos, foram registrados, e cada um pagou meio ciclo de prata, independentemente de sua condição financeira. O valor era o mesmo para todos, fosse rico ou pobre, pois Deus havia estabelecido um preço fixo: (...) o rico não aumentará, e o pobre não diminuirá (...) (Ex 30.15a).
Essa igualdade no pagamento aponta para um princípio espiritual importante: a salvação também é igual para todos, sendo oferecida por meio de uma única condição: a fé em Cristo (Jo 3.16).
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A congregação no deserto (At 7.38), chamada para fora do Egito, foi estabelecida pelo preço do resgate. Da mesma forma, a Igreja do Novo Testamento, os chamados para fora (ekklesia), está fundamentada inteiramente na obra redentora de Jesus.
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1.1.3. O uso sagrado da prata: um símbolo da expiação
Deus não apenas estabeleceu o pagamento em prata, mas também deu instruções específicas sobre seu uso. A prata foi utilizada nas bases de sustentação do santuário do Tabernáculo, nas bases das colunas que sustentavam o véu, nos frisos das cortinas externas, e nos capitéis, ganchos e revestimento das colunas do pátio (Ex 38.27). A prata, portanto, foi destinada tanto ao serviço do Tabernáculo quanto como símbolo do resgate das almas (Ex 30.16), apontando para a obra redentora de Cristo; ela representa a estabilidade e segurança que Sua missão oferece ao reconciliar a humanidade com o Divino.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Importância das Bases de Prata no Contexto do Tabernáculo
As bases de prata desempenham um papel fundamental tanto na estabilidade física do Tabernáculo quanto na sua simbologia espiritual. A necessidade de uma base sólida para a estrutura, dada a instabilidade do deserto, reflete uma verdade espiritual maior: a presença de Deus e Sua obra redentora sempre repousam sobre um fundamento sólido e divinamente estabelecido.
O uso de 96 bases de prata, cada uma sustentando as tábuas de madeira revestidas de ouro, aponta para a precisão e cuidado de Deus na construção de Sua habitação entre os israelitas (Êx 26.19-25). Essa estabilidade é um reflexo da segurança oferecida pela redenção em Cristo, pois, sem um fundamento sólido, a estrutura não poderia permanecer firme, especialmente em meio às adversidades do deserto.
Aspectos Tipológicos
1. Prata: O Preço da Vida e a Sombra da Redenção
A exigência de prata como pagamento obrigatório (Êx 30.11-16) simboliza o preço da redenção. A palavra hebraica para "expiação" (כָּפַר, kaphar) implica "cobrir" ou "proteger", apontando para a obra de Cristo que nos cobre e protege do juízo divino. Assim como José foi vendido por prata (Gn 37.28) e Jesus traído por 30 moedas de prata (Mt 26.15), a prata no Tabernáculo prenuncia a redenção que seria consumada na cruz (Rm 8.3).
Esse simbolismo reforça que a redenção é um ato divino e soberano. O pagamento em prata não era negociável, assim como os termos da salvação, que dependem exclusivamente de Deus e não de méritos humanos (Ef 2.8-9).
2. A Fé como Preço Igualitário
O pagamento fixo de meio ciclo de prata para todos os homens, independentemente de sua condição social (Êx 30.15), ilustra a igualdade de todos diante de Deus. Isso tipifica a salvação pela fé em Cristo, que não faz acepção de pessoas (Rm 10.12-13). João 3.16 reforça essa ideia ao declarar que a oferta de Deus é para "todo aquele que nele crê".
Na "congregação no deserto" (At 7.38), o preço do resgate estabeleceu um fundamento comum para todos os homens. De forma semelhante, a Igreja do Novo Testamento está alicerçada na obra redentora de Cristo, que é suficiente para salvar tanto ricos quanto pobres.
3. A Prata e o Serviço Sagrado
A prata, destinada a usos específicos no Tabernáculo, destaca seu caráter sagrado. Servindo como bases das tábuas, colunas e acessórios (Êx 38.27), ela aponta para a necessidade de estabilidade e segurança na presença de Deus. Isso reflete a reconciliação que Cristo oferece, garantindo-nos um fundamento sólido na comunhão com o Pai (Cl 1.20).
Os elementos do Tabernáculo, construídos com prata obtida pelo "dinheiro das expiações", sublinham que toda a obra de redenção é exclusivamente obra de Deus. A prata, portanto, simboliza a redenção e a segurança que Cristo proporciona aos que confiam Nele.
Aplicação Teológica e Pessoal
- Fundamento da Redenção: Assim como as bases de prata sustentavam o Tabernáculo, a salvação em Cristo é o fundamento inabalável da vida cristã. Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5).
- Igualdade na Salvação: O preço igualitário pago por cada homem ressalta que a salvação é para todos, sem distinção de classe, raça ou posição (Gl 3.28). Somos todos igualmente necessitados da graça de Deus.
- Chamados para o Serviço Sagrado: Assim como a prata foi santificada para uso no Tabernáculo, a vida do cristão deve ser consagrada ao serviço de Deus, refletindo o propósito para o qual fomos redimidos (Rm 12.1).
Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
- Andrew Bonar, em "Comentário sobre Levítico", enfatiza que os elementos do Tabernáculo apontam para Cristo como o fundamento e consumação de nossa fé.
- G. Campbell Morgan, em "The Crises of the Christ", destaca como cada detalhe do Tabernáculo revela aspectos da missão redentora de Jesus, incluindo a prata como símbolo de segurança eterna.
- Merrill F. Unger, em "Unger's Bible Dictionary", explica que a prata é consistentemente associada à redenção nas Escrituras, ilustrando a graça imutável de Deus.
Reflexão Final
As bases de prata nos lembram que nossa fé deve estar firmemente alicerçada na obra redentora de Cristo. Assim como o Tabernáculo não poderia permanecer em pé sem suas bases, nossa vida espiritual desmorona sem o fundamento sólido que é Jesus. Que possamos, como a Igreja, estar firmes sobre essa rocha inabalável, vivendo em santidade e testemunhando a graça que recebemos gratuitamente.
A Importância das Bases de Prata no Contexto do Tabernáculo
As bases de prata desempenham um papel fundamental tanto na estabilidade física do Tabernáculo quanto na sua simbologia espiritual. A necessidade de uma base sólida para a estrutura, dada a instabilidade do deserto, reflete uma verdade espiritual maior: a presença de Deus e Sua obra redentora sempre repousam sobre um fundamento sólido e divinamente estabelecido.
O uso de 96 bases de prata, cada uma sustentando as tábuas de madeira revestidas de ouro, aponta para a precisão e cuidado de Deus na construção de Sua habitação entre os israelitas (Êx 26.19-25). Essa estabilidade é um reflexo da segurança oferecida pela redenção em Cristo, pois, sem um fundamento sólido, a estrutura não poderia permanecer firme, especialmente em meio às adversidades do deserto.
Aspectos Tipológicos
1. Prata: O Preço da Vida e a Sombra da Redenção
A exigência de prata como pagamento obrigatório (Êx 30.11-16) simboliza o preço da redenção. A palavra hebraica para "expiação" (כָּפַר, kaphar) implica "cobrir" ou "proteger", apontando para a obra de Cristo que nos cobre e protege do juízo divino. Assim como José foi vendido por prata (Gn 37.28) e Jesus traído por 30 moedas de prata (Mt 26.15), a prata no Tabernáculo prenuncia a redenção que seria consumada na cruz (Rm 8.3).
Esse simbolismo reforça que a redenção é um ato divino e soberano. O pagamento em prata não era negociável, assim como os termos da salvação, que dependem exclusivamente de Deus e não de méritos humanos (Ef 2.8-9).
2. A Fé como Preço Igualitário
O pagamento fixo de meio ciclo de prata para todos os homens, independentemente de sua condição social (Êx 30.15), ilustra a igualdade de todos diante de Deus. Isso tipifica a salvação pela fé em Cristo, que não faz acepção de pessoas (Rm 10.12-13). João 3.16 reforça essa ideia ao declarar que a oferta de Deus é para "todo aquele que nele crê".
Na "congregação no deserto" (At 7.38), o preço do resgate estabeleceu um fundamento comum para todos os homens. De forma semelhante, a Igreja do Novo Testamento está alicerçada na obra redentora de Cristo, que é suficiente para salvar tanto ricos quanto pobres.
3. A Prata e o Serviço Sagrado
A prata, destinada a usos específicos no Tabernáculo, destaca seu caráter sagrado. Servindo como bases das tábuas, colunas e acessórios (Êx 38.27), ela aponta para a necessidade de estabilidade e segurança na presença de Deus. Isso reflete a reconciliação que Cristo oferece, garantindo-nos um fundamento sólido na comunhão com o Pai (Cl 1.20).
Os elementos do Tabernáculo, construídos com prata obtida pelo "dinheiro das expiações", sublinham que toda a obra de redenção é exclusivamente obra de Deus. A prata, portanto, simboliza a redenção e a segurança que Cristo proporciona aos que confiam Nele.
Aplicação Teológica e Pessoal
- Fundamento da Redenção: Assim como as bases de prata sustentavam o Tabernáculo, a salvação em Cristo é o fundamento inabalável da vida cristã. Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5).
- Igualdade na Salvação: O preço igualitário pago por cada homem ressalta que a salvação é para todos, sem distinção de classe, raça ou posição (Gl 3.28). Somos todos igualmente necessitados da graça de Deus.
- Chamados para o Serviço Sagrado: Assim como a prata foi santificada para uso no Tabernáculo, a vida do cristão deve ser consagrada ao serviço de Deus, refletindo o propósito para o qual fomos redimidos (Rm 12.1).
Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
- Andrew Bonar, em "Comentário sobre Levítico", enfatiza que os elementos do Tabernáculo apontam para Cristo como o fundamento e consumação de nossa fé.
- G. Campbell Morgan, em "The Crises of the Christ", destaca como cada detalhe do Tabernáculo revela aspectos da missão redentora de Jesus, incluindo a prata como símbolo de segurança eterna.
- Merrill F. Unger, em "Unger's Bible Dictionary", explica que a prata é consistentemente associada à redenção nas Escrituras, ilustrando a graça imutável de Deus.
Reflexão Final
As bases de prata nos lembram que nossa fé deve estar firmemente alicerçada na obra redentora de Cristo. Assim como o Tabernáculo não poderia permanecer em pé sem suas bases, nossa vida espiritual desmorona sem o fundamento sólido que é Jesus. Que possamos, como a Igreja, estar firmes sobre essa rocha inabalável, vivendo em santidade e testemunhando a graça que recebemos gratuitamente.
2. TÁBUAS E BARRAS: A ESTRUTURA VIVA DA HABITAÇÃO DE DEUS
As tábuas e barras do Tabernáculo (Ex 26.15-19: 36.20- 34) representam mais do que simples elementos de construção; elas carregam um profundo simbolismo. Após termos visto as bases de prata como uma tipologia do trabalho redentor, que sustenta a fundação da Igreja, as tábuas, firmadas sobre essa base, nos apontam para os crentes, que agora são chamados de pedras vivas no templo de Deus (1 Pe 2.5). Assim como essas tábuas formavam a estrutura do lugar de habitação do Altíssimo no deserto, os crentes, apoiados na obra completa da cruz, formam o Corpo de Cristo, a verdadeira morada divina entre os homens.
2.1. Aspectos tipológicos
2.1.1. Das tábuas
• Deus transforma o comum em santo - a madeira de acácia era abundante no deserto e foi usada na construção de todo o Tabernáculo. Simbolicamente, essa madeira representa pessoas comuns, simples e sem grande valor aos olhos do mundo, mas que Deus escolhe e transforma. Assim como a madeira de acácia, retirada de um ambiente árido e aparentemente sem vida, foi moldada para fazer parte da morada divina, nós, que antes estávamos distantes da Graça, somos agora transformados e santificados para nos tornarmos lugares santos, onde o Espírito do Senhor habita (1 Co 7.31).
• Somos moldados pelo Espírito para o serviço de Deus - a madeira de acácia, cheia de imperfeições, precisava ser aplainada para ser útil na construção do Sacrário. Da mesma forma, os crentes precisam ser moldados e aperfeiçoados pelo Espírito Santo. A obra de santificação é contínua, removendo as imperfeições para que sejamos adequados para o serviço (Hb 7.19; Hb 10.14; 1 Pe 5.10).
• Nossa firmeza está alicerçada em Cristo - as tábuas do santuário do Tabernáculo eram fixadas em bases de prata por meio de pinos, garantindo estabilidade, mesmo em solo arenoso. Isso simboliza que, embora estejamos no mundo (deserto), nossa fundação é firme, pois estamos alicerçados em Jesus e não pertencemos ao sistema presente (Ef 5.14).
• Unidade e igualdade no Corpo de Cristo - as tábuas eram todas idênticas em altura e largura, ajustadas perfeitamente para formar uma estrutura unificada. Isso nos ensina sobre a igualdade espiritual e a unidade na Igreja, onde todos devem considerar os outros superiores a si mesmos, visando à perfeição e à estatura de Cristo (Fp 2.3b; Ef 4.13b, 4.16).
2.1.2. Das barras
• Unidos e fortalecidos pelos dons de Deus - as tábuas do santuário do Tabernáculo eram ligadas por cinco barras de madeira revestidas de ouro, formando uma estrutura inabalável. Embora a Bíblia não relacione diretamente essas barras aos cinco ministérios de Efésios 4.11, pode-se ver nelas uma tipologia que reflete a função dos dons ministeriais na Igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Esses dons foram dados para fortalecer e unir a Corpo de Cristo, assim como as barras uniam a estrutura do Sacrário.
• Revestidos da presença divina como templos vivos, as tábuas do santuário do Tabernáculo eram revestidas de ouro, um símbolo claro da divindade e da santidade. Da mesma maneira, os crentes que estão firmados na obra redentora de Cristo também são revestidos pela presença do Senhor. Esse revestimento espiritual significa que, por meio da salvação em Cristo, nos tornamos templos vivos do Espírito Santo, carregando a glória e a santidade de Deus em nossa vida (Rm 13.14; 2 Co 3.7,8).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A descrição das tábuas e barras do Tabernáculo (Êx 26.15-19; 36.20-34) revela um projeto rico em detalhes, onde cada elemento aponta para verdades espirituais profundas. A estrutura física do Tabernáculo reflete simbolicamente a construção espiritual da Igreja como Corpo de Cristo. Essa conexão é fundamentada na ideia de que os crentes, assim como as tábuas, são sustentados pela obra redentora de Cristo, formando juntos a morada de Deus entre os homens.
2.1. Aspectos Tipológicos
2.1.1. Das Tábuas
- Deus transforma o comum em santo
A madeira de acácia, usada na construção do Tabernáculo, era um material simples e abundante no deserto. Tipologicamente, representa os crentes, que, embora comuns e insignificantes aos olhos do mundo, são escolhidos por Deus e santificados. - Referência: "Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias" (1 Co 1.27).
- Assim como a madeira foi moldada e consagrada, os crentes são transformados em novas criaturas (2 Co 5.17).
- Somos moldados pelo Espírito para o serviço de Deus
A madeira da acácia precisou ser trabalhada para se tornar útil. Esse processo ilustra a santificação dos crentes, que é realizada pelo Espírito Santo (Jo 16.13). - "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade" (Jo 17.17).
- Aplainar a madeira simboliza a remoção de imperfeições e a preparação para cumprir os propósitos divinos.
- Nossa firmeza está alicerçada em Cristo
As tábuas eram fixadas em bases de prata, garantindo estabilidade. Da mesma forma, os crentes encontram segurança e firmeza em Jesus, nossa rocha (1 Co 3.11). - Referência: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Co 3.11).
- Unidade e igualdade no Corpo de Cristo
Todas as tábuas eram iguais em altura e largura, ajustadas para formar uma estrutura unificada. Isso aponta para a igualdade espiritual entre os membros da Igreja (Gl 3.28). - "Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti" (Jo 17.21).
2.1.2. Das Barras
- Unidos e fortalecidos pelos dons de Deus
As tábuas eram unidas por cinco barras de madeira revestidas de ouro, o que garante estabilidade à estrutura. Essa união reflete a função dos ministérios listados em Efésios 4.11, que servem para edificar a Igreja. - "Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus" (Ef 4.13).
- Revestidos da presença divina como templos vivos
O revestimento de ouro das tábuas e barras simboliza a santidade e a presença divina. Isso aponta para o chamado dos crentes a viverem como templos vivos do Espírito Santo. - "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós?" (1 Co 6.19).
- A santidade é um sinal da presença de Deus em nossa vida (1 Pe 1.16).
Aplicação Espiritual
- As tábuas e barras nos ensinam sobre a importância de permanecer firmados em Cristo e unidos como Corpo de Cristo.
- O processo de moldagem e santificação nos desafia a permitir que Deus nos transforme para cumprir Seus propósitos.
- A igualdade e unidade no Tabernáculo servem como um lembrete da necessidade de harmonia e cooperação na Igreja.
Conclusão
As tábuas e barras do Tabernáculo não eram meros elementos estruturais; elas carregam verdades espirituais profundas sobre a identidade e a função dos crentes como parte da Igreja. Sustentados pela redenção em Cristo e unidos pelo Espírito, somos chamados a ser uma habitação santa, refletindo a glória de Deus neste mundo.
A descrição das tábuas e barras do Tabernáculo (Êx 26.15-19; 36.20-34) revela um projeto rico em detalhes, onde cada elemento aponta para verdades espirituais profundas. A estrutura física do Tabernáculo reflete simbolicamente a construção espiritual da Igreja como Corpo de Cristo. Essa conexão é fundamentada na ideia de que os crentes, assim como as tábuas, são sustentados pela obra redentora de Cristo, formando juntos a morada de Deus entre os homens.
2.1. Aspectos Tipológicos
2.1.1. Das Tábuas
- Deus transforma o comum em santo
A madeira de acácia, usada na construção do Tabernáculo, era um material simples e abundante no deserto. Tipologicamente, representa os crentes, que, embora comuns e insignificantes aos olhos do mundo, são escolhidos por Deus e santificados. - Referência: "Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias" (1 Co 1.27).
- Assim como a madeira foi moldada e consagrada, os crentes são transformados em novas criaturas (2 Co 5.17).
- Somos moldados pelo Espírito para o serviço de Deus
A madeira da acácia precisou ser trabalhada para se tornar útil. Esse processo ilustra a santificação dos crentes, que é realizada pelo Espírito Santo (Jo 16.13). - "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade" (Jo 17.17).
- Aplainar a madeira simboliza a remoção de imperfeições e a preparação para cumprir os propósitos divinos.
- Nossa firmeza está alicerçada em Cristo
As tábuas eram fixadas em bases de prata, garantindo estabilidade. Da mesma forma, os crentes encontram segurança e firmeza em Jesus, nossa rocha (1 Co 3.11). - Referência: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Co 3.11).
- Unidade e igualdade no Corpo de Cristo
Todas as tábuas eram iguais em altura e largura, ajustadas para formar uma estrutura unificada. Isso aponta para a igualdade espiritual entre os membros da Igreja (Gl 3.28). - "Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti" (Jo 17.21).
2.1.2. Das Barras
- Unidos e fortalecidos pelos dons de Deus
As tábuas eram unidas por cinco barras de madeira revestidas de ouro, o que garante estabilidade à estrutura. Essa união reflete a função dos ministérios listados em Efésios 4.11, que servem para edificar a Igreja. - "Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus" (Ef 4.13).
- Revestidos da presença divina como templos vivos
O revestimento de ouro das tábuas e barras simboliza a santidade e a presença divina. Isso aponta para o chamado dos crentes a viverem como templos vivos do Espírito Santo. - "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós?" (1 Co 6.19).
- A santidade é um sinal da presença de Deus em nossa vida (1 Pe 1.16).
Aplicação Espiritual
- As tábuas e barras nos ensinam sobre a importância de permanecer firmados em Cristo e unidos como Corpo de Cristo.
- O processo de moldagem e santificação nos desafia a permitir que Deus nos transforme para cumprir Seus propósitos.
- A igualdade e unidade no Tabernáculo servem como um lembrete da necessidade de harmonia e cooperação na Igreja.
Conclusão
As tábuas e barras do Tabernáculo não eram meros elementos estruturais; elas carregam verdades espirituais profundas sobre a identidade e a função dos crentes como parte da Igreja. Sustentados pela redenção em Cristo e unidos pelo Espírito, somos chamados a ser uma habitação santa, refletindo a glória de Deus neste mundo.
3. AS CORTINAS E COBERTAS: A PROTEÇÃO E A GLÓRIA NO TABERNÁCULO
O santuário do Tabernáculo era coberto por várias camadas, cada uma com um significado específico. As cortinas externas, feitas de peles de texugo, ofereciam resistência e proteção, enquanto as camadas internas, feitas de linho fino e adornadas com cores simbólicas, refletiam a beleza e santidade da presença de Deus (Ex 26.1-14: 36.8-19). Essas camadas, do mais simples ao mais sagrado, podem simbolizar o caminho de santificação que o crente percorre ao se aproximar da presença do Altíssimo.
3.1. Aspectos tipológicos
3.1.1. A coberta externa: simplicidade e abrigo
A camada mais externa do santuário do Tabernáculo era feita de peles de texugo, um material impermeável que protegia contra as adversidades do deserto - tempestades de areia, chuva e sol abrasador. Essa cobertura, embora sem beleza ou atratividade, oferecia proteção essencial. Da mesma forma, Cristo, que não tinha nenhuma beleza que chamasse a nossa atenção (Is 53.2,3 NTLH), tornou-se o nosso refúgio e segurança. Ele é a cobertura e o abrigo daqueles que confiam em Seu nome.
3.1.2. A coberta de peles vermelhas: o substituto consagrado
A camada feita de peles de carneiro, tingidas de vermelho, simboliza o sacrifício substitutivo. O carneiro, usados nos holocaustos e na consagração dos sacerdotes, também substituiu Isaque no monte com Abraão. Cristo, o verdadeiro Substituto, Consagrou-se para a obra da cruz, entregando Sua vida em nosso lugar, tal como o carneiro das consagrações que selava o pacto de sacrifício e redenção (Ex 29; Lv 9).
3.1.3. As cortinas de pelo de cabra: símbolo do pecado que Cristo carregou
As onze cortinas internas eram feitas de pelos de cabra (Ex 26.7), um material que, no Oriente, possuía uma coloração escura, simbolizando a iniquidade. A cabra, frequentemente usada nas ofertas pelo pecado (Lv 4.23), representa a impureza que Cristo, o Cordeiro Santo, carregou em nossa substituição. Essas cortinas escuras tipificam o Filho de Deus, que, embora imaculado, veio em semelhança da carne do pecado para nos redimir (Rm 8.3). Ele carregou o peso das nossas transgressões e da escuridão para nos trazer à luz, cumprindo Sua missão redentora.
3.1.4. O teto de linho: realeza, presença e proteção
Ao olhar de dentro do santuário do Tabernáculo para o alto, os sacerdotes viam um forro (teto) impressionante, composto por cortinas organizadas em dois conjuntos de cinco, presas por laçadas de tecido azul e colchetes de ouro (Ex 26). Tais cortinas eram feitas de linho fino trançado, bordadas com fios de tecido azul, roxo e vermelho, decoradas com querubins, os mesmos seres celestiais que guardaram o caminho para a árvore da vida após a Queda (Gn 3.24), representando a presença e a santidade de Deus. Assim, os sacerdotes eram lembrados da presença e proteção do Senhor, tanto pelos querubins bordados nas cortinas quanto pelos que estavam sobre o propiciatório, guardando o sangue da expiação (Ex 25.20-22).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
As cortinas e cobertas do Tabernáculo são mais do que elementos funcionais; cada camada aponta para a obra de Cristo e o plano redentor de Deus, destacando tanto a proteção divina quanto a santidade de Sua presença. A análise de suas características revela verdades profundas sobre a santificação, expiação e segurança espiritual oferecidas aos crentes.
3.1.1. A Coberta Externa: Simplicidade e Abrigo
Texto Base: Êxodo 26:14
A cobertura externa feita de peles de texugo simboliza Cristo como o abrigo do crente. Essa camada, embora simples e sem beleza aparente, desempenhava um papel crucial ao proteger o Tabernáculo contra as adversidades externas. Isaías 53:2,3 reforça essa ideia ao descrever o Messias como alguém "sem aparência nem formosura".
- Tipologia de Cristo: Assim como a camada de texugo protege contra tempestades e calor, Jesus é o nosso refúgio em meio às tribulações do mundo. Ele é o "sombra de uma grande rocha em terra sedenta" (Is 32:2).
- Aplicação Espiritual: O mundo pode não reconhecer o valor de Cristo, mas aqueles que Nele confiam encontram segurança eterna (Sl 91:1-2).
Referências Acadêmicas:
- Keil & Delitzsch: Em seu comentário sobre Êxodo, eles destacam que a simplicidade dessa camada aponta para a aparente simplicidade de Cristo em Sua encarnação.
- Matthew Henry: Ele interpreta a cobertura externa como um lembrete de que as aparências exteriores podem ocultar grandeza espiritual.
3.1.2. A Coberta de Peles Vermelhas: O Substituto Consagrado
Texto Base: Êxodo 26:14
A pele de carneiro tingida de vermelho representa o sacrifício de Cristo. O carneiro é um animal usado na consagração sacerdotal e no sacrifício substitutivo, como no caso de Abraão e Isaque (Gn 22:13).
- Simbolismo do Sangue: O vermelho aponta para o sangue derramado por Cristo, que nos consagrou e selou o pacto eterno (Hb 9:22).
- Cristo como Substituto: Assim como o carneiro substituiu Isaque, Jesus morreu em nosso lugar, cumprindo a justiça de Deus (2 Co 5:21).
Referências Acadêmicas:
- John Gill: Em sua análise sobre Êxodo, ele destaca o significado do sangue na expiação e consagração.
- Leon Morris: Em The Atonement, ele discute como o sangue é central no sistema sacrificial e como Cristo o cumpriu de forma definitiva.
3.1.3. As Cortinas de Pelo de Cabra: Símbolo do Pecado que Cristo Carregou
Texto Base: Êxodo 26:7
O pelo de cabra, usado em ofertas pelo pecado (Lv 4:23), simboliza a iniquidade. A cor escura das cortinas reflete o peso do pecado que Cristo carregou em nosso lugar.
- Cristo como Portador do Pecado: Ele "foi feito pecado por nós" (2 Co 5:21) e "levou nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro" (1 Pe 2:24).
- O contraste com Sua santidade: Embora Ele fosse perfeito e imaculado, assumiu a semelhança da carne pecaminosa (Rm 8:3).
Referências Acadêmicas:
- F. F. Bruce: Em The Epistle to the Hebrews, Bruce destaca a substituição vicária como central no sacrifício de Cristo.
- Douglas Moo: Em seu comentário sobre Romanos, ele explora como Cristo assumiu a penalidade do pecado em nossa substituição.
3.1.4. O Teto de Linho: Realeza, Presença e Proteção
Texto Base: Êxodo 26:1-6
As cortinas internas, feitas de linho fino bordado com azul, púrpura e vermelho, com querubins, simbolizam a glória, realeza e santidade de Deus.
- Cores Simbólicas:
- Azul: Representa os céus e a divindade de Cristo.
- Púrpura: Simboliza a realeza de Cristo, o Rei dos reis.
- Vermelho: Aponta para Seu sangue e sacrifício.
- Querubins: Guardiões da presença de Deus (Gn 3:24), eles destacam a santidade e a glória de Sua morada.
- Cristo como a Glória de Deus: Assim como os sacerdotes contemplavam o teto decorado, os crentes são chamados a olhar para Cristo, "o resplendor da glória de Deus" (Hb 1:3).
Referências Acadêmicas:
- Arthur Pink: Em Gleanings in Exodus, Pink analisa as cores e os querubins como representações da majestade e santidade de Deus.
- Warren Wiersbe: Em Be Delivered, ele aponta para o teto como um lembrete de que Deus habita com Seu povo em glória.
Conclusão
As cortinas e cobertas do Tabernáculo revelam o caráter multifacetado de Cristo. Elas destacam Sua simplicidade como homem, Sua realeza como Rei, Sua santidade como Deus e Sua missão redentora como Substituto. Esses elementos nos convidam a refletir sobre a profundidade do sacrifício de Cristo e a riqueza da comunhão que temos com Deus através Dele.
Aplicação Pessoal:
- Cristo nos cobre com Sua justiça, protege-nos das tempestades da vida e nos convida a entrar em Sua presença com reverência e gratidão.
- Assim como o Tabernáculo era protegido e adornado, devemos ser revestidos de Cristo (Rm 13:14), vivendo em santidade e testemunhando a glória de Deus.
As cortinas e cobertas do Tabernáculo são mais do que elementos funcionais; cada camada aponta para a obra de Cristo e o plano redentor de Deus, destacando tanto a proteção divina quanto a santidade de Sua presença. A análise de suas características revela verdades profundas sobre a santificação, expiação e segurança espiritual oferecidas aos crentes.
3.1.1. A Coberta Externa: Simplicidade e Abrigo
Texto Base: Êxodo 26:14
A cobertura externa feita de peles de texugo simboliza Cristo como o abrigo do crente. Essa camada, embora simples e sem beleza aparente, desempenhava um papel crucial ao proteger o Tabernáculo contra as adversidades externas. Isaías 53:2,3 reforça essa ideia ao descrever o Messias como alguém "sem aparência nem formosura".
- Tipologia de Cristo: Assim como a camada de texugo protege contra tempestades e calor, Jesus é o nosso refúgio em meio às tribulações do mundo. Ele é o "sombra de uma grande rocha em terra sedenta" (Is 32:2).
- Aplicação Espiritual: O mundo pode não reconhecer o valor de Cristo, mas aqueles que Nele confiam encontram segurança eterna (Sl 91:1-2).
Referências Acadêmicas:
- Keil & Delitzsch: Em seu comentário sobre Êxodo, eles destacam que a simplicidade dessa camada aponta para a aparente simplicidade de Cristo em Sua encarnação.
- Matthew Henry: Ele interpreta a cobertura externa como um lembrete de que as aparências exteriores podem ocultar grandeza espiritual.
3.1.2. A Coberta de Peles Vermelhas: O Substituto Consagrado
Texto Base: Êxodo 26:14
A pele de carneiro tingida de vermelho representa o sacrifício de Cristo. O carneiro é um animal usado na consagração sacerdotal e no sacrifício substitutivo, como no caso de Abraão e Isaque (Gn 22:13).
- Simbolismo do Sangue: O vermelho aponta para o sangue derramado por Cristo, que nos consagrou e selou o pacto eterno (Hb 9:22).
- Cristo como Substituto: Assim como o carneiro substituiu Isaque, Jesus morreu em nosso lugar, cumprindo a justiça de Deus (2 Co 5:21).
Referências Acadêmicas:
- John Gill: Em sua análise sobre Êxodo, ele destaca o significado do sangue na expiação e consagração.
- Leon Morris: Em The Atonement, ele discute como o sangue é central no sistema sacrificial e como Cristo o cumpriu de forma definitiva.
3.1.3. As Cortinas de Pelo de Cabra: Símbolo do Pecado que Cristo Carregou
Texto Base: Êxodo 26:7
O pelo de cabra, usado em ofertas pelo pecado (Lv 4:23), simboliza a iniquidade. A cor escura das cortinas reflete o peso do pecado que Cristo carregou em nosso lugar.
- Cristo como Portador do Pecado: Ele "foi feito pecado por nós" (2 Co 5:21) e "levou nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro" (1 Pe 2:24).
- O contraste com Sua santidade: Embora Ele fosse perfeito e imaculado, assumiu a semelhança da carne pecaminosa (Rm 8:3).
Referências Acadêmicas:
- F. F. Bruce: Em The Epistle to the Hebrews, Bruce destaca a substituição vicária como central no sacrifício de Cristo.
- Douglas Moo: Em seu comentário sobre Romanos, ele explora como Cristo assumiu a penalidade do pecado em nossa substituição.
3.1.4. O Teto de Linho: Realeza, Presença e Proteção
Texto Base: Êxodo 26:1-6
As cortinas internas, feitas de linho fino bordado com azul, púrpura e vermelho, com querubins, simbolizam a glória, realeza e santidade de Deus.
- Cores Simbólicas:
- Azul: Representa os céus e a divindade de Cristo.
- Púrpura: Simboliza a realeza de Cristo, o Rei dos reis.
- Vermelho: Aponta para Seu sangue e sacrifício.
- Querubins: Guardiões da presença de Deus (Gn 3:24), eles destacam a santidade e a glória de Sua morada.
- Cristo como a Glória de Deus: Assim como os sacerdotes contemplavam o teto decorado, os crentes são chamados a olhar para Cristo, "o resplendor da glória de Deus" (Hb 1:3).
Referências Acadêmicas:
- Arthur Pink: Em Gleanings in Exodus, Pink analisa as cores e os querubins como representações da majestade e santidade de Deus.
- Warren Wiersbe: Em Be Delivered, ele aponta para o teto como um lembrete de que Deus habita com Seu povo em glória.
Conclusão
As cortinas e cobertas do Tabernáculo revelam o caráter multifacetado de Cristo. Elas destacam Sua simplicidade como homem, Sua realeza como Rei, Sua santidade como Deus e Sua missão redentora como Substituto. Esses elementos nos convidam a refletir sobre a profundidade do sacrifício de Cristo e a riqueza da comunhão que temos com Deus através Dele.
Aplicação Pessoal:
- Cristo nos cobre com Sua justiça, protege-nos das tempestades da vida e nos convida a entrar em Sua presença com reverência e gratidão.
- Assim como o Tabernáculo era protegido e adornado, devemos ser revestidos de Cristo (Rm 13:14), vivendo em santidade e testemunhando a glória de Deus.
CONCLUSÃO
O Tabernáculo não era apenas uma construção, mas uma manifestação do plano divino para a salvação. Cada detalhe apontava para a futura obra redentora de Cristo, demonstrando que Deus sempre teve um propósito claro ao habitar com o Seu povo: revelar Seu plano de redenção e aproximar a humanidade de Sua presença.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Tabernáculo, mais do que uma estrutura física, foi uma expressão tangível do desejo de Deus de habitar entre Seu povo e estabelecer comunhão com Ele. Essa construção portátil no deserto não era apenas um lugar de adoração, mas um poderoso símbolo teológico que apontava para o plano redentor de Deus em Cristo.
O Tabernáculo como Projeção do Plano Redentor
- A Presença de Deus com o Seu Povo:
- O propósito central do Tabernáculo era servir como o local onde Deus se manifestava no meio de Israel (Êx 25:8-9). Essa presença não era apenas física, mas simbólica da intenção divina de restaurar a relação quebrada pelo pecado. Em Cristo, isso se cumpre plenamente: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1:14).
- Cada Detalhe Aponta para Cristo:
- A Porta Única: O Tabernáculo tinha apenas uma entrada (Êx 26:36), representando que há apenas um caminho para Deus – Jesus Cristo, que declarou: "Eu sou a porta" (Jo 10:9).
- O Altar de Sacrifícios: O primeiro elemento no pátio do Tabernáculo era o altar de bronze, onde os sacrifícios pelos pecados eram feitos (Êx 27:1-8). Ele prefigura a cruz, onde o sacrifício perfeito foi oferecido (Hb 10:10-14).
- O Lugar Santíssimo: O véu que separava o Santo dos Santos do restante do Tabernáculo simbolizava a barreira entre Deus e o homem por causa do pecado. Quando Jesus morreu, o véu foi rasgado (Mt 27:51), indicando que o caminho para a presença de Deus estava aberto.
- Um Chamado à Adoração e à Comunhão:
- O Tabernáculo não apenas revelava o plano redentor, mas também chamava o povo a se aproximar de Deus com reverência e santidade. Isso se concretiza em Cristo, que nos convida a adorar em "espírito e em verdade" (Jo 4:24).
A Manifestação do Amor Redentor de Deus
O Tabernáculo demonstra que a redenção não foi uma ideia posterior, mas sempre esteve nos planos de Deus. Desde o Éden, onde Ele buscou o homem caído (Gn 3:9), até o Tabernáculo e, finalmente, a cruz, vemos a progressão de Seu propósito redentor.
Aplicação Pessoal:
Assim como o Tabernáculo serviu como um lembrete da presença de Deus, hoje somos chamados a ser o "tabernáculo" onde Deus habita, através do Espírito Santo (1 Co 6:19). Essa realidade nos desafia a viver de forma santa, refletindo o caráter de Cristo em todas as áreas da vida.
Referências Acadêmicas:
- Arthur Pink, Gleanings in Exodus: Explora como cada detalhe do Tabernáculo aponta para Cristo.
- Warren Wiersbe, Be Delivered: Destaca o papel do Tabernáculo como sombra do plano redentor de Deus.
- Leon Morris, The Atonement: Discute a centralidade do sacrifício na obra redentora de Deus, como simbolizado no Tabernáculo.
A mensagem do Tabernáculo continua a ecoar: Deus deseja habitar conosco, redimir-nos e transformar-nos em um povo santo para Sua glória.
O Tabernáculo, mais do que uma estrutura física, foi uma expressão tangível do desejo de Deus de habitar entre Seu povo e estabelecer comunhão com Ele. Essa construção portátil no deserto não era apenas um lugar de adoração, mas um poderoso símbolo teológico que apontava para o plano redentor de Deus em Cristo.
O Tabernáculo como Projeção do Plano Redentor
- A Presença de Deus com o Seu Povo:
- O propósito central do Tabernáculo era servir como o local onde Deus se manifestava no meio de Israel (Êx 25:8-9). Essa presença não era apenas física, mas simbólica da intenção divina de restaurar a relação quebrada pelo pecado. Em Cristo, isso se cumpre plenamente: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1:14).
- Cada Detalhe Aponta para Cristo:
- A Porta Única: O Tabernáculo tinha apenas uma entrada (Êx 26:36), representando que há apenas um caminho para Deus – Jesus Cristo, que declarou: "Eu sou a porta" (Jo 10:9).
- O Altar de Sacrifícios: O primeiro elemento no pátio do Tabernáculo era o altar de bronze, onde os sacrifícios pelos pecados eram feitos (Êx 27:1-8). Ele prefigura a cruz, onde o sacrifício perfeito foi oferecido (Hb 10:10-14).
- O Lugar Santíssimo: O véu que separava o Santo dos Santos do restante do Tabernáculo simbolizava a barreira entre Deus e o homem por causa do pecado. Quando Jesus morreu, o véu foi rasgado (Mt 27:51), indicando que o caminho para a presença de Deus estava aberto.
- Um Chamado à Adoração e à Comunhão:
- O Tabernáculo não apenas revelava o plano redentor, mas também chamava o povo a se aproximar de Deus com reverência e santidade. Isso se concretiza em Cristo, que nos convida a adorar em "espírito e em verdade" (Jo 4:24).
A Manifestação do Amor Redentor de Deus
O Tabernáculo demonstra que a redenção não foi uma ideia posterior, mas sempre esteve nos planos de Deus. Desde o Éden, onde Ele buscou o homem caído (Gn 3:9), até o Tabernáculo e, finalmente, a cruz, vemos a progressão de Seu propósito redentor.
Aplicação Pessoal:
Assim como o Tabernáculo serviu como um lembrete da presença de Deus, hoje somos chamados a ser o "tabernáculo" onde Deus habita, através do Espírito Santo (1 Co 6:19). Essa realidade nos desafia a viver de forma santa, refletindo o caráter de Cristo em todas as áreas da vida.
Referências Acadêmicas:
- Arthur Pink, Gleanings in Exodus: Explora como cada detalhe do Tabernáculo aponta para Cristo.
- Warren Wiersbe, Be Delivered: Destaca o papel do Tabernáculo como sombra do plano redentor de Deus.
- Leon Morris, The Atonement: Discute a centralidade do sacrifício na obra redentora de Deus, como simbolizado no Tabernáculo.
A mensagem do Tabernáculo continua a ecoar: Deus deseja habitar conosco, redimir-nos e transformar-nos em um povo santo para Sua glória.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais elementos do santuário do Tabernáculo foram apre- sentados nesta lição como tipos da obra realizada por Cristo?
R.: As bases de prata (Ex 30.11-16; 30.25-28; 1 Pe 1.18,19); as tábuas e barras (Ex 26.15-19; 36.20-34); e as cortinas e cobertas (Ex 26.1-14; 36.8-19).
Fonte: Revista Central Gospel
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