TEXTO ÁUREO “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1.1) COMENTÁRIO EXTRA Comentário de Hubner Bra...
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1.1)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Contexto Histórico e Teológico
O evangelho de João foi escrito em um contexto no qual o cristianismo estava se expandindo para além do judaísmo, alcançando uma audiência helenística. João apresenta uma introdução profundamente teológica, que remete aos conceitos judaicos de criação e sabedoria (Gn 1.1; Pv 8.22-31), dialogando também com ideias filosóficas gregas sobre o λόγος (logos), que era entendido como o princípio racional que governa o cosmos.
João se apropria dessa linguagem universal para declarar a singularidade de Cristo: o Logos não é apenas uma força abstrata, mas uma pessoa divina que esteve com Deus desde o princípio e que é o próprio Deus.
Análise do Texto no Grego
a) "No princípio" (Ἐν ἀρχῇ, En archēi)
A expressão "no princípio" ecoa diretamente Gênesis 1:1 (בראשית, bereshit), indicando um ponto inicial na eternidade passada. Diferente de Gênesis, que trata do início da criação, João refere-se ao estado eterno do Logos antes da criação.
b) "Era o Verbo" (ἦν ὁ Λόγος, ēn ho Logos)
O verbo grego ἦν (ēn) está no imperfeito, denotando continuidade e existência eterna. O termo λόγος (logos) era familiar tanto aos judeus quanto aos gregos:
- No pensamento hebraico, o Logos seria associado à palavra criadora de Deus (Salmos 33:6) e à sabedoria personificada (Provérbios 8:30).
- No pensamento grego, o Logos representava a ordem racional e o princípio subjacente ao universo. João redefine esse conceito: o Logos não é uma abstração, mas uma pessoa viva.
c) "Estava com Deus" (καὶ ὁ Λόγος ἦν πρὸς τὸν Θεόν, kai ho Logos ēn pros ton Theon)
O termo πρὸς (pros, "com") sugere intimidade e relacionamento ativo. Indica uma comunhão eterna entre o Logos e Deus Pai.
d) "E o Verbo era Deus" (καὶ Θεὸς ἦν ὁ Λόγος, kai Theos ēn ho Logos)
A construção gramatical é significativa. Θεὸς (Theos, "Deus") aparece sem o artigo definido, enfatizando a qualidade divina do Logos, enquanto ὁ Λόγος mantém o artigo definido, destacando a identidade pessoal. Essa frase reafirma a plena divindade do Logos, enquanto preserva a distinção de pessoa em relação a Deus Pai.
Aplicações Teológicas
- Cristo como o Revelador Supremo: Jesus é apresentado como a revelação plena de Deus (Hb 1.1-3). Ele não apenas traz a mensagem de Deus; Ele é a própria mensagem.
- A Eternidade de Cristo: O fato de o Logos existir "no princípio" enfatiza que Cristo não foi criado, mas é coeterno com o Pai, refutando heresias como o arianismo.
- Cristo na Criação: João estabelece que o Logos foi o agente da criação (Jo 1.3), reafirmando que tudo foi feito por meio d'Ele e para Ele (Cl 1.16).
Reflexão Prática
- Relacionamento com o Pai: Assim como o Logos estava em perfeita comunhão com Deus, somos chamados a viver em comunhão com Ele por meio de Cristo (Jo 17.21).
- Cristo como centro da vida: O reconhecimento de Jesus como o Logos eterno deve transformar nossa adoração e propósito, colocando-O no centro de nossa existência.
João 1:1 é um dos textos mais profundos das Escrituras, estabelecendo a eternidade, divindade e unicidade de Jesus Cristo como o Logos. Ele é a ponte entre o Deus transcendente e a humanidade, revelando plenamente a glória do Pai. Esse versículo não apenas nos conduz a uma visão teológica rica, mas também nos desafia a viver à luz dessa revelação divina.
Contexto Histórico e Teológico
O evangelho de João foi escrito em um contexto no qual o cristianismo estava se expandindo para além do judaísmo, alcançando uma audiência helenística. João apresenta uma introdução profundamente teológica, que remete aos conceitos judaicos de criação e sabedoria (Gn 1.1; Pv 8.22-31), dialogando também com ideias filosóficas gregas sobre o λόγος (logos), que era entendido como o princípio racional que governa o cosmos.
João se apropria dessa linguagem universal para declarar a singularidade de Cristo: o Logos não é apenas uma força abstrata, mas uma pessoa divina que esteve com Deus desde o princípio e que é o próprio Deus.
Análise do Texto no Grego
a) "No princípio" (Ἐν ἀρχῇ, En archēi)
A expressão "no princípio" ecoa diretamente Gênesis 1:1 (בראשית, bereshit), indicando um ponto inicial na eternidade passada. Diferente de Gênesis, que trata do início da criação, João refere-se ao estado eterno do Logos antes da criação.
b) "Era o Verbo" (ἦν ὁ Λόγος, ēn ho Logos)
O verbo grego ἦν (ēn) está no imperfeito, denotando continuidade e existência eterna. O termo λόγος (logos) era familiar tanto aos judeus quanto aos gregos:
- No pensamento hebraico, o Logos seria associado à palavra criadora de Deus (Salmos 33:6) e à sabedoria personificada (Provérbios 8:30).
- No pensamento grego, o Logos representava a ordem racional e o princípio subjacente ao universo. João redefine esse conceito: o Logos não é uma abstração, mas uma pessoa viva.
c) "Estava com Deus" (καὶ ὁ Λόγος ἦν πρὸς τὸν Θεόν, kai ho Logos ēn pros ton Theon)
O termo πρὸς (pros, "com") sugere intimidade e relacionamento ativo. Indica uma comunhão eterna entre o Logos e Deus Pai.
d) "E o Verbo era Deus" (καὶ Θεὸς ἦν ὁ Λόγος, kai Theos ēn ho Logos)
A construção gramatical é significativa. Θεὸς (Theos, "Deus") aparece sem o artigo definido, enfatizando a qualidade divina do Logos, enquanto ὁ Λόγος mantém o artigo definido, destacando a identidade pessoal. Essa frase reafirma a plena divindade do Logos, enquanto preserva a distinção de pessoa em relação a Deus Pai.
Aplicações Teológicas
- Cristo como o Revelador Supremo: Jesus é apresentado como a revelação plena de Deus (Hb 1.1-3). Ele não apenas traz a mensagem de Deus; Ele é a própria mensagem.
- A Eternidade de Cristo: O fato de o Logos existir "no princípio" enfatiza que Cristo não foi criado, mas é coeterno com o Pai, refutando heresias como o arianismo.
- Cristo na Criação: João estabelece que o Logos foi o agente da criação (Jo 1.3), reafirmando que tudo foi feito por meio d'Ele e para Ele (Cl 1.16).
Reflexão Prática
- Relacionamento com o Pai: Assim como o Logos estava em perfeita comunhão com Deus, somos chamados a viver em comunhão com Ele por meio de Cristo (Jo 17.21).
- Cristo como centro da vida: O reconhecimento de Jesus como o Logos eterno deve transformar nossa adoração e propósito, colocando-O no centro de nossa existência.
João 1:1 é um dos textos mais profundos das Escrituras, estabelecendo a eternidade, divindade e unicidade de Jesus Cristo como o Logos. Ele é a ponte entre o Deus transcendente e a humanidade, revelando plenamente a glória do Pai. Esse versículo não apenas nos conduz a uma visão teológica rica, mas também nos desafia a viver à luz dessa revelação divina.
VERDADE PRÁTICA
A divindade de Jesus está muito clara e direta na Bíblia, além de ser revelada no seu ministério terreno, na manifestação dos seus atributos e obras divinas.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
"A divindade de Jesus está muito clara e direta na Bíblia, além de ser revelada no seu ministério terreno, na manifestação dos seus atributos e obras divinas."
1. Fundamentos Bíblicos da Divindade de Jesus
A Bíblia apresenta de forma inequívoca a divindade de Cristo, tanto em declarações explícitas quanto em manifestações de Seus atributos e obras. A compreensão da divindade de Jesus é essencial para a fé cristã, sendo um pilar da Trindade e da salvação.
a) Declarações Explícitas sobre a Divindade de Jesus
- João 1:1 - "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."Este versículo apresenta Jesus como o Logos, identificando-O como Deus eterno, em perfeita comunhão com o Pai.
- João 8:58 - "Antes que Abraão existisse, Eu Sou."Jesus aplica a Si mesmo o título divino "Eu Sou" (Ἐγώ εἰμί, Egō eimi), que remete a Êxodo 3:14, onde Deus se revela a Moisés como YHWH.
- Colossenses 2:9 - "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade."Paulo declara que a totalidade da natureza divina reside em Cristo.
- Hebreus 1:8 - "Mas, acerca do Filho, diz: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre."Deus Pai chama o Filho de "Deus", reafirmando Sua plena divindade.
b) Manifestação de Atributos Divinos
Os atributos divinos revelados por Jesus em Seu ministério terreno confirmam Sua identidade como Deus:
- Onisciência: Ele conhecia os pensamentos dos homens (Jo 2:25; Lc 5:22).
- Onipotência: Demonstrada no controle sobre a natureza (Mc 4:39), na cura de doenças (Mt 8:3), e na ressurreição dos mortos (Jo 11:43-44).
- Onipresença: Promessa de estar presente com os discípulos em todo lugar (Mt 28:20).
- Imutabilidade: Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13:8).
c) Obras Divinas de Jesus
As obras de Jesus evidenciam Sua divindade:
- Criação: Ele é apresentado como o agente da criação (Jo 1:3; Cl 1:16-17).
- Perdão de pecados: Jesus perdoava pecados, algo que apenas Deus pode fazer (Mc 2:5-7).
- Juízo final: Ele é o Juiz designado por Deus (Jo 5:22, 27).
2. O Ministério Terreno de Jesus e Sua Divindade
Durante Seu ministério, Jesus revelou Sua divindade não apenas por meio de milagres, mas também por Suas palavras e atitudes. Alguns eventos destacados incluem:
- Transfiguração (Mt 17:1-9): Um vislumbre da glória divina de Cristo foi revelado a Pedro, Tiago e João.
- Ressurreição (Mt 28:6): A ressurreição de Cristo é a prova definitiva de Sua divindade (Rm 1:4).
- Eu sou a Ressurreição e a Vida (Jo 11:25): Com essa afirmação, Jesus não apenas aponta para Deus como a fonte da vida, mas declara que Ele próprio é a Vida.
3. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
- Bruce destaca que a linguagem utilizada em João 1 é propositalmente clara e enfática para refutar qualquer ideia de que Jesus fosse meramente um profeta ou ser criado.
- Grudem afirma que a divindade de Cristo é essencial para a doutrina da salvação, pois somente um Deus perfeito poderia oferecer uma expiação perfeita pelos pecados.
- Erickson argumenta que as ações e palavras de Jesus, quando vistas à luz da cultura judaica, seriam consideradas blasfêmia se Ele não fosse verdadeiramente Deus.
4. Aplicação Teológica
- Adoração: A plena divindade de Jesus deve inspirar uma adoração genuína e reverente, pois Ele é digno de louvor como Deus.
- Segurança na Salvação: A divindade de Cristo garante que Seu sacrifício foi perfeito e suficiente para redimir a humanidade.
- Confiança em Suas Palavras: Como Deus encarnado, Suas palavras têm autoridade suprema e merecem obediência completa.
5. Conclusão
A divindade de Jesus é um tema central e indiscutível nas Escrituras. Desde Suas declarações explícitas até Suas obras e atributos, Ele demonstra ser o Deus eterno, o Salvador do mundo. A compreensão e aceitação dessa verdade transformam a maneira como vivemos e nos relacionamos com Deus.
"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e estamos no Verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." (1 Jo 5:20).
"A divindade de Jesus está muito clara e direta na Bíblia, além de ser revelada no seu ministério terreno, na manifestação dos seus atributos e obras divinas."
1. Fundamentos Bíblicos da Divindade de Jesus
A Bíblia apresenta de forma inequívoca a divindade de Cristo, tanto em declarações explícitas quanto em manifestações de Seus atributos e obras. A compreensão da divindade de Jesus é essencial para a fé cristã, sendo um pilar da Trindade e da salvação.
a) Declarações Explícitas sobre a Divindade de Jesus
- João 1:1 - "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."Este versículo apresenta Jesus como o Logos, identificando-O como Deus eterno, em perfeita comunhão com o Pai.
- João 8:58 - "Antes que Abraão existisse, Eu Sou."Jesus aplica a Si mesmo o título divino "Eu Sou" (Ἐγώ εἰμί, Egō eimi), que remete a Êxodo 3:14, onde Deus se revela a Moisés como YHWH.
- Colossenses 2:9 - "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade."Paulo declara que a totalidade da natureza divina reside em Cristo.
- Hebreus 1:8 - "Mas, acerca do Filho, diz: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre."Deus Pai chama o Filho de "Deus", reafirmando Sua plena divindade.
b) Manifestação de Atributos Divinos
Os atributos divinos revelados por Jesus em Seu ministério terreno confirmam Sua identidade como Deus:
- Onisciência: Ele conhecia os pensamentos dos homens (Jo 2:25; Lc 5:22).
- Onipotência: Demonstrada no controle sobre a natureza (Mc 4:39), na cura de doenças (Mt 8:3), e na ressurreição dos mortos (Jo 11:43-44).
- Onipresença: Promessa de estar presente com os discípulos em todo lugar (Mt 28:20).
- Imutabilidade: Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13:8).
c) Obras Divinas de Jesus
As obras de Jesus evidenciam Sua divindade:
- Criação: Ele é apresentado como o agente da criação (Jo 1:3; Cl 1:16-17).
- Perdão de pecados: Jesus perdoava pecados, algo que apenas Deus pode fazer (Mc 2:5-7).
- Juízo final: Ele é o Juiz designado por Deus (Jo 5:22, 27).
2. O Ministério Terreno de Jesus e Sua Divindade
Durante Seu ministério, Jesus revelou Sua divindade não apenas por meio de milagres, mas também por Suas palavras e atitudes. Alguns eventos destacados incluem:
- Transfiguração (Mt 17:1-9): Um vislumbre da glória divina de Cristo foi revelado a Pedro, Tiago e João.
- Ressurreição (Mt 28:6): A ressurreição de Cristo é a prova definitiva de Sua divindade (Rm 1:4).
- Eu sou a Ressurreição e a Vida (Jo 11:25): Com essa afirmação, Jesus não apenas aponta para Deus como a fonte da vida, mas declara que Ele próprio é a Vida.
3. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
- Bruce destaca que a linguagem utilizada em João 1 é propositalmente clara e enfática para refutar qualquer ideia de que Jesus fosse meramente um profeta ou ser criado.
- Grudem afirma que a divindade de Cristo é essencial para a doutrina da salvação, pois somente um Deus perfeito poderia oferecer uma expiação perfeita pelos pecados.
- Erickson argumenta que as ações e palavras de Jesus, quando vistas à luz da cultura judaica, seriam consideradas blasfêmia se Ele não fosse verdadeiramente Deus.
4. Aplicação Teológica
- Adoração: A plena divindade de Jesus deve inspirar uma adoração genuína e reverente, pois Ele é digno de louvor como Deus.
- Segurança na Salvação: A divindade de Cristo garante que Seu sacrifício foi perfeito e suficiente para redimir a humanidade.
- Confiança em Suas Palavras: Como Deus encarnado, Suas palavras têm autoridade suprema e merecem obediência completa.
5. Conclusão
A divindade de Jesus é um tema central e indiscutível nas Escrituras. Desde Suas declarações explícitas até Suas obras e atributos, Ele demonstra ser o Deus eterno, o Salvador do mundo. A compreensão e aceitação dessa verdade transformam a maneira como vivemos e nos relacionamos com Deus.
"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e estamos no Verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." (1 Jo 5:20).
LEITURA DIÁRIA
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentário sobre a Leitura Diária
Segunda – Salmos 45:6,7
"O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de equidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que os teus companheiros."
O Salmo 45 é um cântico messiânico que exalta o Rei eterno. O versículo 6, citado em Hebreus 1:8, é aplicado diretamente a Cristo, reafirmando Sua divindade e realeza eterna. O salmista reconhece que o trono do Messias não é apenas terreno, mas celestial, com características de justiça e equidade. Isso demonstra que Jesus é Deus, o Ungido, cuja soberania é incontestável.
Terça – Isaías 9:6
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e se chamará o seu nome: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."
Isaías profetiza a chegada do Messias, atribuindo-Lhe títulos que indicam Sua deidade. "Deus Forte" (אֵל גִּבּוֹר, El Gibbor) identifica Jesus como o próprio Deus, poderoso para salvar. A expressão "Pai da Eternidade" mostra que Ele é o autor e sustentador do tempo, eternamente soberano.
Quarta – João 8:58
"Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou."
Jesus reivindica diretamente o nome divino "Eu Sou" (YHWH), revelado a Moisés em Êxodo 3:14. Essa afirmação não só declara Sua preexistência, mas também Sua identidade como o Deus do pacto. Essa declaração provocou reações intensas entre os ouvintes judeus, pois entendiam que Ele estava Se equiparando a Deus.
Quinta – Tito 2:13
"Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo."
Paulo une os títulos de "Deus" e "Salvador" para descrever Jesus, reafirmando Sua plena divindade. Este versículo aponta para o caráter redentor de Cristo e a esperança da Sua segunda vinda, mostrando que a salvação e a glória pertencem ao Deus encarnado.
Sexta – 2 Pedro 1:1
"Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo."
Pedro também combina os títulos "Deus" e "Salvador" para se referir a Cristo. O texto reforça a singularidade de Jesus como o Deus verdadeiro, que opera justiça e concede salvação. Essa passagem é mais uma evidência do reconhecimento dos apóstolos à divindade de Jesus.
Sábado – 1 João 5:20
"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e estamos no Verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna."
João encerra sua epístola declarando que Jesus é o "verdadeiro Deus" e a "vida eterna". Ele enfatiza que, por meio de Jesus, temos acesso ao Pai e somos inseridos em um relacionamento com o Deus verdadeiro. A identificação de Cristo como o Verdadeiro Deus é um dos pilares da fé cristã.
Reflexão Geral
A Leitura Diária percorre textos fundamentais que revelam a divindade de Cristo segundo diferentes autores e contextos bíblicos. Cada passagem confirma que Jesus não é apenas um profeta ou mestre, mas o Deus eterno, digno de adoração e confiança. Essa compreensão é essencial para viver uma vida cristã fundamentada na verdade da Palavra e na glorificação do Salvador.
Comentário sobre a Leitura Diária
Segunda – Salmos 45:6,7
"O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de equidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que os teus companheiros."
O Salmo 45 é um cântico messiânico que exalta o Rei eterno. O versículo 6, citado em Hebreus 1:8, é aplicado diretamente a Cristo, reafirmando Sua divindade e realeza eterna. O salmista reconhece que o trono do Messias não é apenas terreno, mas celestial, com características de justiça e equidade. Isso demonstra que Jesus é Deus, o Ungido, cuja soberania é incontestável.
Terça – Isaías 9:6
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e se chamará o seu nome: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."
Isaías profetiza a chegada do Messias, atribuindo-Lhe títulos que indicam Sua deidade. "Deus Forte" (אֵל גִּבּוֹר, El Gibbor) identifica Jesus como o próprio Deus, poderoso para salvar. A expressão "Pai da Eternidade" mostra que Ele é o autor e sustentador do tempo, eternamente soberano.
Quarta – João 8:58
"Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou."
Jesus reivindica diretamente o nome divino "Eu Sou" (YHWH), revelado a Moisés em Êxodo 3:14. Essa afirmação não só declara Sua preexistência, mas também Sua identidade como o Deus do pacto. Essa declaração provocou reações intensas entre os ouvintes judeus, pois entendiam que Ele estava Se equiparando a Deus.
Quinta – Tito 2:13
"Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo."
Paulo une os títulos de "Deus" e "Salvador" para descrever Jesus, reafirmando Sua plena divindade. Este versículo aponta para o caráter redentor de Cristo e a esperança da Sua segunda vinda, mostrando que a salvação e a glória pertencem ao Deus encarnado.
Sexta – 2 Pedro 1:1
"Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo."
Pedro também combina os títulos "Deus" e "Salvador" para se referir a Cristo. O texto reforça a singularidade de Jesus como o Deus verdadeiro, que opera justiça e concede salvação. Essa passagem é mais uma evidência do reconhecimento dos apóstolos à divindade de Jesus.
Sábado – 1 João 5:20
"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e estamos no Verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna."
João encerra sua epístola declarando que Jesus é o "verdadeiro Deus" e a "vida eterna". Ele enfatiza que, por meio de Jesus, temos acesso ao Pai e somos inseridos em um relacionamento com o Deus verdadeiro. A identificação de Cristo como o Verdadeiro Deus é um dos pilares da fé cristã.
Reflexão Geral
A Leitura Diária percorre textos fundamentais que revelam a divindade de Cristo segundo diferentes autores e contextos bíblicos. Cada passagem confirma que Jesus não é apenas um profeta ou mestre, mas o Deus eterno, digno de adoração e confiança. Essa compreensão é essencial para viver uma vida cristã fundamentada na verdade da Palavra e na glorificação do Salvador.
João 1.1-4,9-14
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz - versículo por versículo de João 1:1-14
João 1:1
"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."
- Raiz Grega: O termo "Verbo" traduz o grego λόγος (Logos), que significa "palavra", mas também carrega o sentido filosófico de razão, lógica ou princípio criador. Para os judeus, o Logos remetia à Palavra criativa de Deus (cf. Gn 1:3). Para os gregos, era o princípio racional que organizava o universo. João une ambos os conceitos para apresentar Cristo como o Logos eterno, a expressão máxima de Deus.
- Teologia: Jesus não foi criado; Ele é eterno e coexistente com Deus Pai. Sua divindade é afirmada com a frase "o Verbo era Deus" (θεὸς ἦν ὁ λόγος, Theos ēn ho Logos).
João 1:2
"Ele estava no princípio com Deus."
- Raiz Grega: A palavra "princípio" (ἀρχῇ, archē) aponta para a eternidade, antes do tempo e do espaço.
- Teologia: O versículo reafirma a pré-existência de Cristo e sua relação com o Pai. Ele não apenas existia, mas estava em íntima comunhão com Deus.
João 1:3
"Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez."
- Raiz Grega: O verbo "feitas" (ἐγένετο, egeneto) denota a ideia de "tornar-se" ou "ser criado". Isso distingue o Criador do que foi criado.
- Teologia: Cristo é o agente da criação (cf. Cl 1:16). Tudo que existe foi criado por Ele, demonstrando Seu poder absoluto. Isso refuta qualquer ideia de que Jesus fosse um ser criado.
João 1:4
"Nele, estava a vida, e a vida era a luz dos homens."
- Raiz Grega: A palavra "vida" (ζωὴ, zōē) refere-se à vida espiritual e eterna, não apenas biológica (bios).
- Teologia: Jesus não apenas dá vida; Ele é a fonte da vida (cf. Jo 14:6). A "luz" (φῶς, phōs) simboliza a revelação divina, que ilumina a escuridão do pecado e da ignorância humana.
João 1:9
"Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo."
- Raiz Grega: O termo "verdadeira" (ἀληθινόν, alēthinon) significa genuína, autêntica.
- Teologia: Jesus é a verdadeira revelação de Deus, iluminando todos os homens com a verdade divina, seja para salvação ou juízo.
João 1:10
"Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu."
- Raiz Grega: O verbo "não o conheceu" (οὐκ ἔγνω, ouk egnō) indica rejeição, apesar da evidência clara de Sua obra criadora.
- Teologia: A rejeição de Cristo pelo mundo reflete o estado de depravação espiritual da humanidade (cf. Rm 1:20-21).
João 1:11
"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam."
- Raiz Grega: A frase "os seus" (οἱ ἴδιοι, hoi idioi) refere-se ao povo de Israel, que deveria reconhecer o Messias.
- Teologia: A rejeição de Jesus pelos judeus demonstra a incredulidade humana, mesmo diante do cumprimento das promessas messiânicas (cf. Is 53:3).
João 1:12
"Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome."
- Raiz Grega: O termo "poder" (ἐξουσίαν, exousian) significa autoridade ou direito legítimo.
- Teologia: Tornar-se filho de Deus não é resultado de mérito humano, mas da fé em Cristo. O "crer" implica uma entrega total a Ele como Salvador.
João 1:13
"Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus."
- Raiz Grega: A expressão "de Deus" (ἐκ θεοῦ, ek theou) enfatiza a regeneração espiritual operada pelo Espírito Santo.
- Teologia: O novo nascimento é um ato soberano de Deus, independente de linhagem ou esforço humano (cf. Jo 3:5-6).
João 1:14
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."
- Raiz Grega: O verbo "habitava" (ἐσκήνωσεν, eskēnōsen) significa "armar tenda", aludindo ao tabernáculo no Antigo Testamento, onde a presença de Deus habitava entre Seu povo.
- Teologia: A encarnação é o ponto central da revelação divina. O Logos eterno assumiu a natureza humana, revelando a glória de Deus de forma visível. A expressão "graça e verdade" ecoa Êxodo 34:6, demonstrando o caráter redentor e fiel de Deus em Cristo.
Conclusão
João 1:1-14 é um dos textos mais profundos das Escrituras, revelando a identidade divina de Jesus, Sua obra criadora, Sua encarnação e Sua missão redentora. Cada versículo reforça a centralidade de Cristo como Deus eterno, Salvador e luz para a humanidade. Esse trecho não apenas aponta para quem Jesus é, mas desafia todos a reconhecê-Lo e a recebê-Lo como Senhor e Salvador.
João 1:1
"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."
- Raiz Grega: O termo "Verbo" traduz o grego λόγος (Logos), que significa "palavra", mas também carrega o sentido filosófico de razão, lógica ou princípio criador. Para os judeus, o Logos remetia à Palavra criativa de Deus (cf. Gn 1:3). Para os gregos, era o princípio racional que organizava o universo. João une ambos os conceitos para apresentar Cristo como o Logos eterno, a expressão máxima de Deus.
- Teologia: Jesus não foi criado; Ele é eterno e coexistente com Deus Pai. Sua divindade é afirmada com a frase "o Verbo era Deus" (θεὸς ἦν ὁ λόγος, Theos ēn ho Logos).
João 1:2
"Ele estava no princípio com Deus."
- Raiz Grega: A palavra "princípio" (ἀρχῇ, archē) aponta para a eternidade, antes do tempo e do espaço.
- Teologia: O versículo reafirma a pré-existência de Cristo e sua relação com o Pai. Ele não apenas existia, mas estava em íntima comunhão com Deus.
João 1:3
"Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez."
- Raiz Grega: O verbo "feitas" (ἐγένετο, egeneto) denota a ideia de "tornar-se" ou "ser criado". Isso distingue o Criador do que foi criado.
- Teologia: Cristo é o agente da criação (cf. Cl 1:16). Tudo que existe foi criado por Ele, demonstrando Seu poder absoluto. Isso refuta qualquer ideia de que Jesus fosse um ser criado.
João 1:4
"Nele, estava a vida, e a vida era a luz dos homens."
- Raiz Grega: A palavra "vida" (ζωὴ, zōē) refere-se à vida espiritual e eterna, não apenas biológica (bios).
- Teologia: Jesus não apenas dá vida; Ele é a fonte da vida (cf. Jo 14:6). A "luz" (φῶς, phōs) simboliza a revelação divina, que ilumina a escuridão do pecado e da ignorância humana.
João 1:9
"Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo."
- Raiz Grega: O termo "verdadeira" (ἀληθινόν, alēthinon) significa genuína, autêntica.
- Teologia: Jesus é a verdadeira revelação de Deus, iluminando todos os homens com a verdade divina, seja para salvação ou juízo.
João 1:10
"Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu."
- Raiz Grega: O verbo "não o conheceu" (οὐκ ἔγνω, ouk egnō) indica rejeição, apesar da evidência clara de Sua obra criadora.
- Teologia: A rejeição de Cristo pelo mundo reflete o estado de depravação espiritual da humanidade (cf. Rm 1:20-21).
João 1:11
"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam."
- Raiz Grega: A frase "os seus" (οἱ ἴδιοι, hoi idioi) refere-se ao povo de Israel, que deveria reconhecer o Messias.
- Teologia: A rejeição de Jesus pelos judeus demonstra a incredulidade humana, mesmo diante do cumprimento das promessas messiânicas (cf. Is 53:3).
João 1:12
"Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome."
- Raiz Grega: O termo "poder" (ἐξουσίαν, exousian) significa autoridade ou direito legítimo.
- Teologia: Tornar-se filho de Deus não é resultado de mérito humano, mas da fé em Cristo. O "crer" implica uma entrega total a Ele como Salvador.
João 1:13
"Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus."
- Raiz Grega: A expressão "de Deus" (ἐκ θεοῦ, ek theou) enfatiza a regeneração espiritual operada pelo Espírito Santo.
- Teologia: O novo nascimento é um ato soberano de Deus, independente de linhagem ou esforço humano (cf. Jo 3:5-6).
João 1:14
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."
- Raiz Grega: O verbo "habitava" (ἐσκήνωσεν, eskēnōsen) significa "armar tenda", aludindo ao tabernáculo no Antigo Testamento, onde a presença de Deus habitava entre Seu povo.
- Teologia: A encarnação é o ponto central da revelação divina. O Logos eterno assumiu a natureza humana, revelando a glória de Deus de forma visível. A expressão "graça e verdade" ecoa Êxodo 34:6, demonstrando o caráter redentor e fiel de Deus em Cristo.
Conclusão
João 1:1-14 é um dos textos mais profundos das Escrituras, revelando a identidade divina de Jesus, Sua obra criadora, Sua encarnação e Sua missão redentora. Cada versículo reforça a centralidade de Cristo como Deus eterno, Salvador e luz para a humanidade. Esse trecho não apenas aponta para quem Jesus é, mas desafia todos a reconhecê-Lo e a recebê-Lo como Senhor e Salvador.
PLANO DE AULA
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica para Classe de Adultos: Lição 05 – Jesus é Deus
Objetivo: Refletir sobre a divindade de Jesus Cristo, compreender o impacto dessa verdade na vida cristã e fortalecer a fé na doutrina da Trindade.
1. Preparação:
- Material necessário:
- Bíblias para todos os participantes.
- Cartolinas ou folhas em branco.
- Canetas coloridas ou marcadores.
- Uma vela ou lâmpada (opcional).
2. Abertura - O Significado de "Jesus é Deus" (5 minutos):
Inicie com uma breve introdução explicativa sobre a divindade de Jesus Cristo, abordando versículos chave, como João 1:1, Colossenses 2:9 e João 10:30. Enfatize a importância dessa doutrina para a fé cristã, pois é a base de nossa salvação e da nossa relação com Deus.
3. Dinâmica: "Construindo a Declaração de Fé" (25 minutos)
Objetivo da dinâmica: Ajudar os participantes a refletirem e expressarem sua compreensão sobre a divindade de Jesus de forma coletiva, utilizando versículos bíblicos e reflexões pessoais.
Passo a Passo:
- Divisão em grupos: Divida a classe em pequenos grupos de 3 a 5 pessoas.
- Distribuição dos materiais: Entregue a cada grupo uma folha em branco ou cartolina e canetas coloridas. Explique que cada grupo deverá trabalhar junto para criar uma declaração de fé sobre "Jesus é Deus". Eles deverão usar versículos bíblicos que comprovem a divindade de Jesus, além de refletirem sobre o impacto que essa verdade tem em sua vida prática.
- Orientação para os grupos:
- Tempo de estudo bíblico: Cada grupo deve buscar passagens bíblicas sobre a divindade de Jesus, como as mencionadas anteriormente (João 1:1-14; João 10:30; Colossenses 2:9; Filipenses 2:6-11; Apocalipse 1:8, entre outras).
- Reflexão e elaboração: Após encontrarem os versículos, cada grupo deve escrever uma declaração sobre quem Jesus é, afirmando sua divindade e explicando, de maneira simples e prática, como essa verdade transforma a vida do cristão.
- Exemplo de Declaração de Fé:
- Exemplo de um grupo: "Jesus é Deus, o Criador do universo. Ele não é apenas um mestre ou profeta, mas é o próprio Deus encarnado que veio ao mundo para nos salvar. Sua divindade nos traz a certeza de que podemos confiar plenamente nele para nossa salvação."
- Compartilhamento das declarações: Após 15 minutos de trabalho em grupo, cada grupo terá a oportunidade de compartilhar sua declaração com a classe. Encoraje os participantes a falarem com sinceridade sobre o impacto dessa verdade em suas vidas.
- Reflexão final: Após todos os grupos apresentarem suas declarações, resuma as respostas e enfatize os pontos principais sobre a divindade de Jesus. Faça perguntas como:
- O que significa para você pessoalmente saber que Jesus é Deus?
- Como essa verdade afeta sua caminhada cristã e seu relacionamento com Deus?
4. Momento de Oração (5 minutos):
Para concluir a dinâmica, conduza um momento de oração em que todos agradeçam a Deus pela revelação de Sua divindade em Cristo. A oração pode ser algo como:
"Senhor Deus, te agradecemos por enviar Jesus, Seu Filho, que é verdadeiramente Deus e verdadeiro homem. Agradecemos por Sua vida, morte e ressurreição, que nos garantem a salvação. Que possamos viver em fé, confiança e gratidão por Sua divindade e autoridade. Amém."
5. Aplicação Pessoal (5 minutos):
Encerre com uma aplicação prática, convidando os participantes a refletirem sobre como podem viver de acordo com a verdade de que Jesus é Deus. Pergunte:
- Como você pode afirmar em sua vida diária que Jesus é Deus?
- De que maneira essa verdade deve influenciar suas escolhas e ações como cristão?
Conclusão:
A dinâmica “Construindo a Declaração de Fé” proporciona um momento de reflexão profunda sobre a divindade de Jesus, permitindo que os participantes compreendam e internalizem a importância dessa doutrina. Além disso, os grupos podem vivenciar um senso de comunidade enquanto trabalham juntos para elaborar suas declarações de fé. A dinâmica também reforça o ensino de que a divindade de Jesus é essencial para a salvação e para a vida cristã autêntica.
Dinâmica para Classe de Adultos: Lição 05 – Jesus é Deus
Objetivo: Refletir sobre a divindade de Jesus Cristo, compreender o impacto dessa verdade na vida cristã e fortalecer a fé na doutrina da Trindade.
1. Preparação:
- Material necessário:
- Bíblias para todos os participantes.
- Cartolinas ou folhas em branco.
- Canetas coloridas ou marcadores.
- Uma vela ou lâmpada (opcional).
2. Abertura - O Significado de "Jesus é Deus" (5 minutos):
Inicie com uma breve introdução explicativa sobre a divindade de Jesus Cristo, abordando versículos chave, como João 1:1, Colossenses 2:9 e João 10:30. Enfatize a importância dessa doutrina para a fé cristã, pois é a base de nossa salvação e da nossa relação com Deus.
3. Dinâmica: "Construindo a Declaração de Fé" (25 minutos)
Objetivo da dinâmica: Ajudar os participantes a refletirem e expressarem sua compreensão sobre a divindade de Jesus de forma coletiva, utilizando versículos bíblicos e reflexões pessoais.
Passo a Passo:
- Divisão em grupos: Divida a classe em pequenos grupos de 3 a 5 pessoas.
- Distribuição dos materiais: Entregue a cada grupo uma folha em branco ou cartolina e canetas coloridas. Explique que cada grupo deverá trabalhar junto para criar uma declaração de fé sobre "Jesus é Deus". Eles deverão usar versículos bíblicos que comprovem a divindade de Jesus, além de refletirem sobre o impacto que essa verdade tem em sua vida prática.
- Orientação para os grupos:
- Tempo de estudo bíblico: Cada grupo deve buscar passagens bíblicas sobre a divindade de Jesus, como as mencionadas anteriormente (João 1:1-14; João 10:30; Colossenses 2:9; Filipenses 2:6-11; Apocalipse 1:8, entre outras).
- Reflexão e elaboração: Após encontrarem os versículos, cada grupo deve escrever uma declaração sobre quem Jesus é, afirmando sua divindade e explicando, de maneira simples e prática, como essa verdade transforma a vida do cristão.
- Exemplo de Declaração de Fé:
- Exemplo de um grupo: "Jesus é Deus, o Criador do universo. Ele não é apenas um mestre ou profeta, mas é o próprio Deus encarnado que veio ao mundo para nos salvar. Sua divindade nos traz a certeza de que podemos confiar plenamente nele para nossa salvação."
- Compartilhamento das declarações: Após 15 minutos de trabalho em grupo, cada grupo terá a oportunidade de compartilhar sua declaração com a classe. Encoraje os participantes a falarem com sinceridade sobre o impacto dessa verdade em suas vidas.
- Reflexão final: Após todos os grupos apresentarem suas declarações, resuma as respostas e enfatize os pontos principais sobre a divindade de Jesus. Faça perguntas como:
- O que significa para você pessoalmente saber que Jesus é Deus?
- Como essa verdade afeta sua caminhada cristã e seu relacionamento com Deus?
4. Momento de Oração (5 minutos):
Para concluir a dinâmica, conduza um momento de oração em que todos agradeçam a Deus pela revelação de Sua divindade em Cristo. A oração pode ser algo como:
"Senhor Deus, te agradecemos por enviar Jesus, Seu Filho, que é verdadeiramente Deus e verdadeiro homem. Agradecemos por Sua vida, morte e ressurreição, que nos garantem a salvação. Que possamos viver em fé, confiança e gratidão por Sua divindade e autoridade. Amém."
5. Aplicação Pessoal (5 minutos):
Encerre com uma aplicação prática, convidando os participantes a refletirem sobre como podem viver de acordo com a verdade de que Jesus é Deus. Pergunte:
- Como você pode afirmar em sua vida diária que Jesus é Deus?
- De que maneira essa verdade deve influenciar suas escolhas e ações como cristão?
Conclusão:
A dinâmica “Construindo a Declaração de Fé” proporciona um momento de reflexão profunda sobre a divindade de Jesus, permitindo que os participantes compreendam e internalizem a importância dessa doutrina. Além disso, os grupos podem vivenciar um senso de comunidade enquanto trabalham juntos para elaborar suas declarações de fé. A dinâmica também reforça o ensino de que a divindade de Jesus é essencial para a salvação e para a vida cristã autêntica.
INTRODUÇÃO
O apóstolo João, como judeu monoteísta instruído na sinagoga, não está apresentando um novo Deus, mas colocando o Verbo dentro da divindade dos seus antepassados. O apóstolo não admitia, em hipótese alguma, outra divindade, senão só, e somente só, o Deus Javé de Israel (Mc 12.28-30). Por isso, no prólogo do seu Evangelho ele descreve o Verbo com os atributos da deidade, aqueles que mais se destacam no seu relato do começo ao fim.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
INTRODUÇÃO - A Divindade do Verbo no Prólogo de João
1. João, um Monoteísta Convicto
O Evangelho de João não apresenta um novo conceito de divindade, mas um aprofundamento da revelação do Deus único de Israel. Como judeu monoteísta, João está fundamentado em Deuteronômio 6:4-5 (Shema), a declaração central da fé judaica:
"Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor."
- Referência Teológica: Jesus, como o Logos, não é uma entidade separada de Deus, mas a própria Palavra de Deus, eternamente existente e atuante. Isso reflete a continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento.
- Paralelo Bíblico: Marcos 12:28-30, citado na introdução, reforça que Jesus também ensinou a unidade de Deus, mesmo enquanto revelava a Trindade em Sua pessoa (cf. Jo 10:30).
2. O Prólogo de João: Uma Teologia da Encarnação
O prólogo de João (Jo 1:1-18) é uma das passagens mais teologicamente ricas da Bíblia, apresentando o Verbo como:
- Eterno: O Verbo "era" no princípio (Jo 1:1). O verbo grego usado aqui, ἦν (ēn), indica uma existência contínua e atemporal, em contraste com a criação (egeneto, "tornou-se").
- Divino: O Verbo "era Deus" (θεὸς ἦν ὁ λόγος). Essa afirmação não deixa espaço para interpretações subordinacionistas ou que neguem a plena divindade de Cristo.
- Criador: "Todas as coisas foram feitas por Ele" (Jo 1:3). Isso ecoa Gênesis 1:3, onde a Palavra criadora de Deus trouxe o universo à existência.
- Referência Acadêmica: Leon Morris, em The Gospel According to John, destaca que João apresenta Jesus como "Deus em ação", não apenas como o mensageiro, mas como o próprio Criador e Redentor.
3. O Verbo e os Atributos Divinos
João utiliza o prólogo para atribuir a Cristo características que só pertencem a Deus:
- Vida: "Nele estava a vida" (Jo 1:4). Jesus é a fonte da vida espiritual e física (cf. Jo 11:25).
- Luz: "A luz verdadeira" (Jo 1:9). Cristo é a revelação da verdade divina, contrastando com as trevas do pecado (cf. Jo 8:12).
- Glória: "Vimos a sua glória" (Jo 1:14). Essa glória é a manifestação visível da presença divina, semelhante à Shekinah no Antigo Testamento (cf. Êx 40:34).
- Referência Teológica: N.T. Wright, em How God Became King, aponta que João conecta o ministério de Jesus com a revelação da glória de Deus ao longo da história de Israel, culminando na encarnação.
4. João 1:14 e o Cumprimento das Promessas
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós."
- Raiz Grega: O verbo "habitava" (ἐσκήνωσεν, eskēnōsen) remete à ideia de "tabernacular". Assim como o Tabernáculo era o local da presença divina entre os israelitas (Êx 25:8), agora Jesus é o novo Tabernáculo, a presença de Deus em meio ao Seu povo.
- Paralelo Bíblico: Isso cumpre Isaías 7:14 ("Emanuel, Deus conosco") e indica que Jesus é a realização da promessa de que Deus habitaria com Seu povo.
- Referência Acadêmica: D.A. Carson, em The Gospel According to John, ressalta que o verbo "habitava" transmite a ideia de uma presença temporária, mas gloriosa, indicando que a encarnação era parte do plano eterno de Deus.
5. João e a Continuidade com o Antigo Testamento
João não apenas confirma a divindade de Jesus, mas o faz utilizando categorias teológicas profundamente enraizadas no Antigo Testamento:
- Palavra Criadora: A mesma Palavra que criou o mundo (Gn 1:3) é agora a Palavra encarnada.
- Sabedoria Divina: A ideia do Logos ressoa com Provérbios 8, onde a Sabedoria é descrita como uma pessoa que está com Deus desde o princípio.
- O Servo Sofredor: Ao longo do Evangelho, João mostra como Jesus cumpre as profecias messiânicas de Isaías, especialmente no que diz respeito ao Servo Sofredor (cf. Is 53).
6. Aplicação Prática e Doutrinária
- Adoração: O prólogo de João nos convida a reconhecer Jesus como Deus e a adorá-Lo como tal (cf. Jo 20:28).
- Missão: Assim como o Verbo "habitava" entre nós, somos chamados a ser Sua presença no mundo (cf. Mt 28:19-20).
- Confiança: A eternidade e divindade de Cristo nos dão segurança de que Ele é soberano sobre todas as coisas (cf. Hb 1:3).
Conclusão
O apóstolo João, com profundo conhecimento teológico e fidelidade ao monoteísmo judaico, apresenta o Verbo como Deus eterno e encarnado, o cumprimento das promessas divinas e a revelação suprema da glória de Deus. Este prólogo é um fundamento inabalável para a fé cristã e um convite à adoração do Deus que se fez carne para nos salvar.
INTRODUÇÃO - A Divindade do Verbo no Prólogo de João
1. João, um Monoteísta Convicto
O Evangelho de João não apresenta um novo conceito de divindade, mas um aprofundamento da revelação do Deus único de Israel. Como judeu monoteísta, João está fundamentado em Deuteronômio 6:4-5 (Shema), a declaração central da fé judaica:
"Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor."
- Referência Teológica: Jesus, como o Logos, não é uma entidade separada de Deus, mas a própria Palavra de Deus, eternamente existente e atuante. Isso reflete a continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento.
- Paralelo Bíblico: Marcos 12:28-30, citado na introdução, reforça que Jesus também ensinou a unidade de Deus, mesmo enquanto revelava a Trindade em Sua pessoa (cf. Jo 10:30).
2. O Prólogo de João: Uma Teologia da Encarnação
O prólogo de João (Jo 1:1-18) é uma das passagens mais teologicamente ricas da Bíblia, apresentando o Verbo como:
- Eterno: O Verbo "era" no princípio (Jo 1:1). O verbo grego usado aqui, ἦν (ēn), indica uma existência contínua e atemporal, em contraste com a criação (egeneto, "tornou-se").
- Divino: O Verbo "era Deus" (θεὸς ἦν ὁ λόγος). Essa afirmação não deixa espaço para interpretações subordinacionistas ou que neguem a plena divindade de Cristo.
- Criador: "Todas as coisas foram feitas por Ele" (Jo 1:3). Isso ecoa Gênesis 1:3, onde a Palavra criadora de Deus trouxe o universo à existência.
- Referência Acadêmica: Leon Morris, em The Gospel According to John, destaca que João apresenta Jesus como "Deus em ação", não apenas como o mensageiro, mas como o próprio Criador e Redentor.
3. O Verbo e os Atributos Divinos
João utiliza o prólogo para atribuir a Cristo características que só pertencem a Deus:
- Vida: "Nele estava a vida" (Jo 1:4). Jesus é a fonte da vida espiritual e física (cf. Jo 11:25).
- Luz: "A luz verdadeira" (Jo 1:9). Cristo é a revelação da verdade divina, contrastando com as trevas do pecado (cf. Jo 8:12).
- Glória: "Vimos a sua glória" (Jo 1:14). Essa glória é a manifestação visível da presença divina, semelhante à Shekinah no Antigo Testamento (cf. Êx 40:34).
- Referência Teológica: N.T. Wright, em How God Became King, aponta que João conecta o ministério de Jesus com a revelação da glória de Deus ao longo da história de Israel, culminando na encarnação.
4. João 1:14 e o Cumprimento das Promessas
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós."
- Raiz Grega: O verbo "habitava" (ἐσκήνωσεν, eskēnōsen) remete à ideia de "tabernacular". Assim como o Tabernáculo era o local da presença divina entre os israelitas (Êx 25:8), agora Jesus é o novo Tabernáculo, a presença de Deus em meio ao Seu povo.
- Paralelo Bíblico: Isso cumpre Isaías 7:14 ("Emanuel, Deus conosco") e indica que Jesus é a realização da promessa de que Deus habitaria com Seu povo.
- Referência Acadêmica: D.A. Carson, em The Gospel According to John, ressalta que o verbo "habitava" transmite a ideia de uma presença temporária, mas gloriosa, indicando que a encarnação era parte do plano eterno de Deus.
5. João e a Continuidade com o Antigo Testamento
João não apenas confirma a divindade de Jesus, mas o faz utilizando categorias teológicas profundamente enraizadas no Antigo Testamento:
- Palavra Criadora: A mesma Palavra que criou o mundo (Gn 1:3) é agora a Palavra encarnada.
- Sabedoria Divina: A ideia do Logos ressoa com Provérbios 8, onde a Sabedoria é descrita como uma pessoa que está com Deus desde o princípio.
- O Servo Sofredor: Ao longo do Evangelho, João mostra como Jesus cumpre as profecias messiânicas de Isaías, especialmente no que diz respeito ao Servo Sofredor (cf. Is 53).
6. Aplicação Prática e Doutrinária
- Adoração: O prólogo de João nos convida a reconhecer Jesus como Deus e a adorá-Lo como tal (cf. Jo 20:28).
- Missão: Assim como o Verbo "habitava" entre nós, somos chamados a ser Sua presença no mundo (cf. Mt 28:19-20).
- Confiança: A eternidade e divindade de Cristo nos dão segurança de que Ele é soberano sobre todas as coisas (cf. Hb 1:3).
Conclusão
O apóstolo João, com profundo conhecimento teológico e fidelidade ao monoteísmo judaico, apresenta o Verbo como Deus eterno e encarnado, o cumprimento das promessas divinas e a revelação suprema da glória de Deus. Este prólogo é um fundamento inabalável para a fé cristã e um convite à adoração do Deus que se fez carne para nos salvar.
Palavra-Chave: Emanuel
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Introdução à Palavra Emanuel
A palavra Emanuel é mencionada na Bíblia como uma revelação profética única, diretamente associada ao nascimento de Jesus Cristo. Seu significado e aplicação teológica têm implicações profundas na cristologia e na doutrina da encarnação.
Referência Bíblica:
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus conosco.” (Mateus 1:23, citando Isaías 7:14)
A palavra aparece duas vezes nas Escrituras:
- No Antigo Testamento: Isaías 7:14; 8:8.
- No Novo Testamento: Mateus 1:23.
2. A Raiz Hebraica de Emanuel
A palavra Emanuel (עִמָּנוּאֵל, ‘Immanu’el) em hebraico é composta por três elementos:
- עִמָּנוּ (‘Immanu): “conosco”.
- Deriva da raiz hebraica עִם (‘im), que significa “com” ou “junto a”.
- אֵל (El): “Deus”.
- Refere-se ao Deus Todo-Poderoso. Este é um dos nomes de Deus usado no Antigo Testamento para destacar Sua majestade e divindade.
O significado literal é “Deus conosco”.
No Novo Testamento, a palavra é transliterada para o grego como Ἐμμανουήλ (Emmanouēl), mantendo o mesmo significado: “Deus conosco”. O uso dessa palavra em Mateus 1:23 reflete a realização de uma profecia messiânica, ligando diretamente Jesus Cristo à presença de Deus entre os homens.
3. Contexto Histórico e Teológico
Isaías 7:14 e o Contexto Original
No contexto do Antigo Testamento, Isaías dá essa profecia ao rei Acaz em um momento de crise. A promessa de um “Emanuel” (Deus conosco) era um sinal de esperança e salvação para Judá, ameaçada por inimigos.
Embora houvesse um cumprimento imediato no nascimento de uma criança em tempos de Isaías (provavelmente o filho de Isaías ou uma criança real), o Novo Testamento mostra que essa profecia alcança seu verdadeiro cumprimento em Jesus Cristo, como o Emanuel final e perfeito.
Mateus 1:23 e a Cristologia
Mateus conecta a profecia de Isaías diretamente ao nascimento de Jesus, enfatizando a realidade da encarnação. Em Jesus, Deus literalmente habitou entre nós (João 1:14). A identificação de Cristo como Emanuel reforça duas doutrinas fundamentais:
- A Encarnação: Deus assumiu forma humana em Jesus (Filipenses 2:6-8).
- A Presença de Deus: Em Cristo, a presença de Deus é tangível e acessível (Colossenses 2:9: "Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade").
4. Significado Teológico de Emanuel
4.1. A Presença de Deus entre os Homens
O nome Emanuel destaca que Deus não é distante, mas está presente com Seu povo. No Antigo Testamento, essa presença era manifesta de forma simbólica, como no Tabernáculo e no Templo. Em Jesus, Deus está conosco de forma plena, pessoal e direta.
4.2. Jesus como Deus Conosco
- João 14:9: Jesus disse: “Quem me vê a mim vê o Pai.” Isso reafirma que Jesus é a encarnação visível de Deus, o Emanuel.
- Apocalipse 21:3: A promessa final da Bíblia é que Deus estará permanentemente com Seu povo na eternidade, cumprindo a ideia de Emanuel: "Eis o tabernáculo de Deus com os homens."
4.3. O Emanuel como Messias Redentor
O título Emanuel revela a missão de Cristo: salvar e redimir a humanidade. A presença de Deus entre nós culmina na cruz e na ressurreição, que proporcionam reconciliação entre Deus e os homens (2 Coríntios 5:19).
5. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
Millard Erickson, em Teologia Sistemática
Erickson destaca que o título Emanuel é um dos fundamentos da doutrina da encarnação. Ele escreve:
"A encarnação é a presença pessoal de Deus no mundo em Cristo, algo único que redefine a relação de Deus com o homem."
Wayne Grudem, em Teologia Sistemática
Grudem explica que o nome Emanuel é mais do que um título; é uma descrição teológica da natureza de Cristo:
"Emanuel não apenas revela quem Jesus é, mas também expressa Sua missão: trazer Deus para o meio do Seu povo de forma redentora."
Wright enfatiza que Emanuel é central para entender o Reino de Deus:
"Quando Jesus veio como Emanuel, Ele anunciou que o Reino de Deus estava presente, pois Deus estava literalmente entre o Seu povo."
6. Aplicação Pessoal
- Reconheça Deus em Sua Vida: O nome Emanuel nos lembra que Deus não é distante. Ele está presente em cada momento, especialmente nas tribulações. Quando nos sentimos sozinhos, podemos confiar que Jesus é o Emanuel, Deus conosco.
- Viva na Consciência da Presença de Deus: Como cristãos, somos chamados a viver de maneira que reflita a presença de Deus em nossas vidas (1 Coríntios 6:19). A certeza de que Deus está conosco deve nos levar a uma vida de santidade e comunhão.
- Proclame Emanuel ao Mundo: Em um mundo onde muitas pessoas se sentem abandonadas ou distantes de Deus, temos a missão de anunciar que Deus veio ao mundo em Jesus Cristo, oferecendo reconciliação e esperança.
7. Conclusão
A palavra Emanuel não é apenas um nome; é uma revelação da identidade e missão de Jesus Cristo. Ele é Deus conosco, o único capaz de nos reconciliar com o Pai. Ao reconhecer Jesus como Emanuel, somos convidados a viver em comunhão com Ele, proclamando Sua presença e salvação ao mundo. Que possamos aplicar essa verdade em nossa adoração, confiança e testemunho diário.
1. Introdução à Palavra Emanuel
A palavra Emanuel é mencionada na Bíblia como uma revelação profética única, diretamente associada ao nascimento de Jesus Cristo. Seu significado e aplicação teológica têm implicações profundas na cristologia e na doutrina da encarnação.
Referência Bíblica:
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus conosco.” (Mateus 1:23, citando Isaías 7:14)
A palavra aparece duas vezes nas Escrituras:
- No Antigo Testamento: Isaías 7:14; 8:8.
- No Novo Testamento: Mateus 1:23.
2. A Raiz Hebraica de Emanuel
A palavra Emanuel (עִמָּנוּאֵל, ‘Immanu’el) em hebraico é composta por três elementos:
- עִמָּנוּ (‘Immanu): “conosco”.
- Deriva da raiz hebraica עִם (‘im), que significa “com” ou “junto a”.
- אֵל (El): “Deus”.
- Refere-se ao Deus Todo-Poderoso. Este é um dos nomes de Deus usado no Antigo Testamento para destacar Sua majestade e divindade.
O significado literal é “Deus conosco”.
No Novo Testamento, a palavra é transliterada para o grego como Ἐμμανουήλ (Emmanouēl), mantendo o mesmo significado: “Deus conosco”. O uso dessa palavra em Mateus 1:23 reflete a realização de uma profecia messiânica, ligando diretamente Jesus Cristo à presença de Deus entre os homens.
3. Contexto Histórico e Teológico
Isaías 7:14 e o Contexto Original
No contexto do Antigo Testamento, Isaías dá essa profecia ao rei Acaz em um momento de crise. A promessa de um “Emanuel” (Deus conosco) era um sinal de esperança e salvação para Judá, ameaçada por inimigos.
Embora houvesse um cumprimento imediato no nascimento de uma criança em tempos de Isaías (provavelmente o filho de Isaías ou uma criança real), o Novo Testamento mostra que essa profecia alcança seu verdadeiro cumprimento em Jesus Cristo, como o Emanuel final e perfeito.
Mateus 1:23 e a Cristologia
Mateus conecta a profecia de Isaías diretamente ao nascimento de Jesus, enfatizando a realidade da encarnação. Em Jesus, Deus literalmente habitou entre nós (João 1:14). A identificação de Cristo como Emanuel reforça duas doutrinas fundamentais:
- A Encarnação: Deus assumiu forma humana em Jesus (Filipenses 2:6-8).
- A Presença de Deus: Em Cristo, a presença de Deus é tangível e acessível (Colossenses 2:9: "Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade").
4. Significado Teológico de Emanuel
4.1. A Presença de Deus entre os Homens
O nome Emanuel destaca que Deus não é distante, mas está presente com Seu povo. No Antigo Testamento, essa presença era manifesta de forma simbólica, como no Tabernáculo e no Templo. Em Jesus, Deus está conosco de forma plena, pessoal e direta.
4.2. Jesus como Deus Conosco
- João 14:9: Jesus disse: “Quem me vê a mim vê o Pai.” Isso reafirma que Jesus é a encarnação visível de Deus, o Emanuel.
- Apocalipse 21:3: A promessa final da Bíblia é que Deus estará permanentemente com Seu povo na eternidade, cumprindo a ideia de Emanuel: "Eis o tabernáculo de Deus com os homens."
4.3. O Emanuel como Messias Redentor
O título Emanuel revela a missão de Cristo: salvar e redimir a humanidade. A presença de Deus entre nós culmina na cruz e na ressurreição, que proporcionam reconciliação entre Deus e os homens (2 Coríntios 5:19).
5. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
Millard Erickson, em Teologia Sistemática
Erickson destaca que o título Emanuel é um dos fundamentos da doutrina da encarnação. Ele escreve:
"A encarnação é a presença pessoal de Deus no mundo em Cristo, algo único que redefine a relação de Deus com o homem."
Wayne Grudem, em Teologia Sistemática
Grudem explica que o nome Emanuel é mais do que um título; é uma descrição teológica da natureza de Cristo:
"Emanuel não apenas revela quem Jesus é, mas também expressa Sua missão: trazer Deus para o meio do Seu povo de forma redentora."
Wright enfatiza que Emanuel é central para entender o Reino de Deus:
"Quando Jesus veio como Emanuel, Ele anunciou que o Reino de Deus estava presente, pois Deus estava literalmente entre o Seu povo."
6. Aplicação Pessoal
- Reconheça Deus em Sua Vida: O nome Emanuel nos lembra que Deus não é distante. Ele está presente em cada momento, especialmente nas tribulações. Quando nos sentimos sozinhos, podemos confiar que Jesus é o Emanuel, Deus conosco.
- Viva na Consciência da Presença de Deus: Como cristãos, somos chamados a viver de maneira que reflita a presença de Deus em nossas vidas (1 Coríntios 6:19). A certeza de que Deus está conosco deve nos levar a uma vida de santidade e comunhão.
- Proclame Emanuel ao Mundo: Em um mundo onde muitas pessoas se sentem abandonadas ou distantes de Deus, temos a missão de anunciar que Deus veio ao mundo em Jesus Cristo, oferecendo reconciliação e esperança.
7. Conclusão
A palavra Emanuel não é apenas um nome; é uma revelação da identidade e missão de Jesus Cristo. Ele é Deus conosco, o único capaz de nos reconciliar com o Pai. Ao reconhecer Jesus como Emanuel, somos convidados a viver em comunhão com Ele, proclamando Sua presença e salvação ao mundo. Que possamos aplicar essa verdade em nossa adoração, confiança e testemunho diário.
I- A DOUTRINA BÍBLICA DA DIVINDADE DE JESUS
1- Jesus é Deus. O Novo Testamento é direto quanto à natureza divina de Jesus: “E o Verbo era Deus” (Jo 1.1); “Ao que Tomé lhe respondeu: – Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28); “mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo” (Fp 2.6, NAA); “para conhecimento do mistério de Deus, que é Cristo” (Cl 2.2, NAA); “e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13, NAA); “aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1.1, NAA); “E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20, NAA).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A doutrina bíblica da divindade de Jesus é central para o cristianismo. O Novo Testamento apresenta, de maneira clara e direta, o entendimento de que Jesus não é apenas um grande mestre ou profeta, mas Deus encarnado. Essa verdade é reafirmada em várias passagens que expressam a unidade de Jesus com o Pai, Sua igualdade divina e Seu papel como Salvador. Vamos analisar os textos mencionados, considerando a raiz das palavras, os aspectos teológicos e sua aplicação prática.
1. "E o Verbo era Deus" (João 1.1)
O prólogo do Evangelho de João é uma das afirmações mais profundas sobre a divindade de Cristo. A expressão "E o Verbo era Deus" (kai Theos ēn ho Logos) enfatiza que Jesus, o Verbo (Logos), compartilha a mesma essência divina que o Pai.
- Raiz da palavra "Verbo" (Logos): No grego, Logos significa "palavra", "razão" ou "princípio divino". No contexto de João, remonta à ideia judaica de que a "Palavra de Deus" é ativa e criadora (cf. Gn 1.1-3; Sl 33.6). No pensamento helenístico, Logos era visto como a razão divina que sustenta o universo. João combina essas ideias para revelar que Jesus é o agente da criação e a revelação suprema de Deus.
- Aspecto teológico: O texto declara a coexistência eterna de Jesus com o Pai (Jo 1.1b: "O Verbo estava com Deus") e sua plena divindade (Jo 1.1c: "O Verbo era Deus"). Ele não é uma criação de Deus, mas é coeterno e consubstancial com Ele. Essa passagem refuta visões heréticas como o arianismo, que negam a divindade plena de Cristo.
- Aplicação pessoal: Reconhecer que Jesus é o Logos divino transforma nossa relação com Ele. Não adoramos apenas um líder ou mestre moral, mas Deus encarnado, que nos revela o Pai e sustenta nossas vidas.
2. "Senhor meu e Deus meu!" (João 20.28)
A exclamação de Tomé após a ressurreição de Jesus é uma confissão direta da divindade de Cristo. Ao ver Jesus vivo, ele proclama: "Senhor meu e Deus meu!" (Ho Kyrios mou kai ho Theos mou).
- Raiz das palavras:
- Kyrios (Senhor): Usado frequentemente no Novo Testamento como título de Jesus, também é usado na Septuaginta como tradução de YHWH, o nome divino.
- Theos (Deus): Refere-se ao único Deus verdadeiro. Ao aplicar isso a Jesus, Tomé reconhece que Ele não é apenas humano, mas divino.
- Aspecto teológico: Esta declaração é significativa porque ocorre após a ressurreição, confirmando que Jesus é Deus em poder e glória. O evento demonstra que Sua divindade é inseparável de Sua humanidade glorificada.
- Aplicação pessoal: Assim como Tomé, somos chamados a uma fé que reconhece plenamente a divindade de Jesus, mesmo em momentos de dúvida. Essa confissão molda nossa adoração e dependência d'Ele.
3. "Mesmo existindo na forma de Deus" (Filipenses 2.6)
Este texto faz parte do Hino Cristológico (Fp 2.5-11), um dos maiores testemunhos da divindade e humildade de Jesus.
- Raiz da palavra "forma" (morphē): No grego, morphē refere-se à essência ou natureza imutável de algo. Ao dizer que Jesus existia na morphē Theou ("forma de Deus"), Paulo afirma que Ele possui a essência divina.
- Aspecto teológico: Embora Jesus tenha toda a essência divina, Ele não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo, mas esvaziou-se (ekenōsen, v. 7), assumindo a forma de servo e tornando-se humano. Isso não significa que Ele deixou de ser Deus, mas que escolheu não exercer todos os Seus direitos divinos para cumprir o plano da salvação.
- Aplicação pessoal: Este texto nos ensina sobre a humildade e o serviço. Jesus, sendo Deus, humilhou-se para nos redimir. Somos chamados a imitá-Lo, vivendo com humildade e servindo ao próximo.
4. "Nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (Tito 2.13)
Aqui, Paulo afirma a divindade de Jesus ao chamá-Lo de "nosso grande Deus e Salvador".
- Raiz das palavras:
- Theos (Deus): Refere-se diretamente a Jesus, enfatizando Sua plena divindade.
- Sōtēr (Salvador): Jesus é apresentado como o único que pode redimir e salvar a humanidade.
- Aspecto teológico: Essa passagem é uma das mais claras declarações da divindade de Jesus no Novo Testamento. A estrutura gramatical no grego confirma que os títulos Deus e Salvador se aplicam à mesma pessoa, Jesus Cristo. Este texto refuta qualquer ideia de que Jesus é apenas um intermediário entre Deus e os homens.
- Aplicação pessoal: Reconhecer Jesus como Deus e Salvador nos leva a viver em esperança e expectativa de Sua vinda gloriosa. Isso também fortalece nossa fé na suficiência de Sua obra redentora.
5. "Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 João 5.20)
João conclui sua epístola com uma declaração direta: Jesus Cristo é o "verdadeiro Deus e a vida eterna".
- Raiz das palavras:
- Alēthinos Theos (Verdadeiro Deus): Enfatiza que Jesus é genuinamente Deus, em contraste com qualquer ídolo ou conceito humano de divindade.
- Zōē aiōnios (Vida eterna): Refere-se não apenas à duração da vida, mas à qualidade de vida em comunhão com Deus.
- Aspecto teológico: Aqui, João reafirma a unidade de Jesus com o Pai e o apresenta como a fonte de vida eterna. Isso está em harmonia com João 14.6, onde Jesus declara ser "o caminho, a verdade e a vida".
- Aplicação pessoal: Como cristãos, vivemos em comunhão com o verdadeiro Deus. Isso nos dá segurança e propósito, sabendo que Jesus é a nossa fonte de vida eterna.
Conclusão: A Divindade de Jesus na Vida Cristã
A divindade de Jesus é a pedra angular da fé cristã. Reconhecê-Lo como Deus encarnado não é apenas uma questão doutrinária, mas transforma toda a nossa vida:
- Adoração verdadeira: Sabemos que Jesus não é apenas um mediador, mas Deus digno de toda honra e louvor.
- Confiança plena: Ele, sendo Deus, tem poder para salvar completamente e sustentar-nos em nossas fraquezas.
- Imitação de Seu caráter: Sua humildade e serviço nos inspiram a viver com amor e obediência.
Como afirmou C. S. Lewis em Cristianismo Puro e Simples: "Ou este homem era e é o Filho de Deus, ou então um louco ou algo pior." Reconhecer Jesus como Deus é a base de nossa salvação e a motivação para vivermos para a glória de Deus.
A doutrina bíblica da divindade de Jesus é central para o cristianismo. O Novo Testamento apresenta, de maneira clara e direta, o entendimento de que Jesus não é apenas um grande mestre ou profeta, mas Deus encarnado. Essa verdade é reafirmada em várias passagens que expressam a unidade de Jesus com o Pai, Sua igualdade divina e Seu papel como Salvador. Vamos analisar os textos mencionados, considerando a raiz das palavras, os aspectos teológicos e sua aplicação prática.
1. "E o Verbo era Deus" (João 1.1)
O prólogo do Evangelho de João é uma das afirmações mais profundas sobre a divindade de Cristo. A expressão "E o Verbo era Deus" (kai Theos ēn ho Logos) enfatiza que Jesus, o Verbo (Logos), compartilha a mesma essência divina que o Pai.
- Raiz da palavra "Verbo" (Logos): No grego, Logos significa "palavra", "razão" ou "princípio divino". No contexto de João, remonta à ideia judaica de que a "Palavra de Deus" é ativa e criadora (cf. Gn 1.1-3; Sl 33.6). No pensamento helenístico, Logos era visto como a razão divina que sustenta o universo. João combina essas ideias para revelar que Jesus é o agente da criação e a revelação suprema de Deus.
- Aspecto teológico: O texto declara a coexistência eterna de Jesus com o Pai (Jo 1.1b: "O Verbo estava com Deus") e sua plena divindade (Jo 1.1c: "O Verbo era Deus"). Ele não é uma criação de Deus, mas é coeterno e consubstancial com Ele. Essa passagem refuta visões heréticas como o arianismo, que negam a divindade plena de Cristo.
- Aplicação pessoal: Reconhecer que Jesus é o Logos divino transforma nossa relação com Ele. Não adoramos apenas um líder ou mestre moral, mas Deus encarnado, que nos revela o Pai e sustenta nossas vidas.
2. "Senhor meu e Deus meu!" (João 20.28)
A exclamação de Tomé após a ressurreição de Jesus é uma confissão direta da divindade de Cristo. Ao ver Jesus vivo, ele proclama: "Senhor meu e Deus meu!" (Ho Kyrios mou kai ho Theos mou).
- Raiz das palavras:
- Kyrios (Senhor): Usado frequentemente no Novo Testamento como título de Jesus, também é usado na Septuaginta como tradução de YHWH, o nome divino.
- Theos (Deus): Refere-se ao único Deus verdadeiro. Ao aplicar isso a Jesus, Tomé reconhece que Ele não é apenas humano, mas divino.
- Aspecto teológico: Esta declaração é significativa porque ocorre após a ressurreição, confirmando que Jesus é Deus em poder e glória. O evento demonstra que Sua divindade é inseparável de Sua humanidade glorificada.
- Aplicação pessoal: Assim como Tomé, somos chamados a uma fé que reconhece plenamente a divindade de Jesus, mesmo em momentos de dúvida. Essa confissão molda nossa adoração e dependência d'Ele.
3. "Mesmo existindo na forma de Deus" (Filipenses 2.6)
Este texto faz parte do Hino Cristológico (Fp 2.5-11), um dos maiores testemunhos da divindade e humildade de Jesus.
- Raiz da palavra "forma" (morphē): No grego, morphē refere-se à essência ou natureza imutável de algo. Ao dizer que Jesus existia na morphē Theou ("forma de Deus"), Paulo afirma que Ele possui a essência divina.
- Aspecto teológico: Embora Jesus tenha toda a essência divina, Ele não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo, mas esvaziou-se (ekenōsen, v. 7), assumindo a forma de servo e tornando-se humano. Isso não significa que Ele deixou de ser Deus, mas que escolheu não exercer todos os Seus direitos divinos para cumprir o plano da salvação.
- Aplicação pessoal: Este texto nos ensina sobre a humildade e o serviço. Jesus, sendo Deus, humilhou-se para nos redimir. Somos chamados a imitá-Lo, vivendo com humildade e servindo ao próximo.
4. "Nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (Tito 2.13)
Aqui, Paulo afirma a divindade de Jesus ao chamá-Lo de "nosso grande Deus e Salvador".
- Raiz das palavras:
- Theos (Deus): Refere-se diretamente a Jesus, enfatizando Sua plena divindade.
- Sōtēr (Salvador): Jesus é apresentado como o único que pode redimir e salvar a humanidade.
- Aspecto teológico: Essa passagem é uma das mais claras declarações da divindade de Jesus no Novo Testamento. A estrutura gramatical no grego confirma que os títulos Deus e Salvador se aplicam à mesma pessoa, Jesus Cristo. Este texto refuta qualquer ideia de que Jesus é apenas um intermediário entre Deus e os homens.
- Aplicação pessoal: Reconhecer Jesus como Deus e Salvador nos leva a viver em esperança e expectativa de Sua vinda gloriosa. Isso também fortalece nossa fé na suficiência de Sua obra redentora.
5. "Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 João 5.20)
João conclui sua epístola com uma declaração direta: Jesus Cristo é o "verdadeiro Deus e a vida eterna".
- Raiz das palavras:
- Alēthinos Theos (Verdadeiro Deus): Enfatiza que Jesus é genuinamente Deus, em contraste com qualquer ídolo ou conceito humano de divindade.
- Zōē aiōnios (Vida eterna): Refere-se não apenas à duração da vida, mas à qualidade de vida em comunhão com Deus.
- Aspecto teológico: Aqui, João reafirma a unidade de Jesus com o Pai e o apresenta como a fonte de vida eterna. Isso está em harmonia com João 14.6, onde Jesus declara ser "o caminho, a verdade e a vida".
- Aplicação pessoal: Como cristãos, vivemos em comunhão com o verdadeiro Deus. Isso nos dá segurança e propósito, sabendo que Jesus é a nossa fonte de vida eterna.
Conclusão: A Divindade de Jesus na Vida Cristã
A divindade de Jesus é a pedra angular da fé cristã. Reconhecê-Lo como Deus encarnado não é apenas uma questão doutrinária, mas transforma toda a nossa vida:
- Adoração verdadeira: Sabemos que Jesus não é apenas um mediador, mas Deus digno de toda honra e louvor.
- Confiança plena: Ele, sendo Deus, tem poder para salvar completamente e sustentar-nos em nossas fraquezas.
- Imitação de Seu caráter: Sua humildade e serviço nos inspiram a viver com amor e obediência.
Como afirmou C. S. Lewis em Cristianismo Puro e Simples: "Ou este homem era e é o Filho de Deus, ou então um louco ou algo pior." Reconhecer Jesus como Deus é a base de nossa salvação e a motivação para vivermos para a glória de Deus.
2- Seus atributos absolutos. Os atributos são perfeições próprias da essência de Deus. Os atributos absolutos ou incomunicáveis são exclusivos da divindade como onipotência, eternidade, onisciência e onipresença. A onipotência significa “ter todo poder, ser todo-poderoso”, Jesus é onipotente (Mt 28.18; Ef 1,21; Ap 1.8). Ele é eterno (Is 9.6; Mq 5.2; Hb 13.8). “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1) indica que Ele já existia antes mesmo da criação com o Pai (Gn 1.1). A onipresença é o poder de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, Jesus é onipresente (Mt 18.20; 28.20). Α onisciência é o conhecimento perfeito e absoluto que Deus possui de todas as coisas, de todos os eventos e de todas as circunstâncias por toda a eternidade passada e futura. Jesus possui esse atributo (Mt 17.27; Jo 1.47, 48; 2.24, 25; 4.17, 18; 16.30; 21.17).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Atributos absolutos de Jesus Cristo
Os atributos absolutos de Cristo confirmam Sua divindade e natureza como Deus. Esses atributos são exclusivos da essência divina e incluem onipotência, eternidade, onisciência e onipresença. Cada um reflete o relacionamento perfeito de Jesus com a criação, o tempo, o espaço e o conhecimento.
2. Onipotência de Jesus
A onipotência de Jesus é evidente em várias passagens do Novo Testamento. Ele declara: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). A palavra grega usada aqui para “autoridade” é ἐξουσία (exousía), que implica poder absoluto e soberania.
- Comentários teológicos:
Augustus Strong define a onipotência como "a habilidade divina de realizar todas as coisas que estão de acordo com Sua vontade perfeita". Em Jesus, essa característica é demonstrada em Suas obras miraculosas (Jo 11.43-44; Mc 4.39) e em Sua vitória final sobre o pecado e a morte (Ap 1.8). Ele não apenas possui poder sobre a criação, mas também sobre o domínio espiritual e eterno (Ef 1.21). - Aplicação pessoal:
A onipotência de Cristo traz confiança ao crente de que Jesus tem poder para cumprir Suas promessas. Quando enfrentamos tribulações, podemos descansar na certeza de que Cristo é soberano sobre tudo.
3. Eternidade de Jesus
A eternidade de Jesus é claramente afirmada nas Escrituras: “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1) e “Deus Forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6). O termo hebraico para "eternidade" em Isaías 9.6 é עַד (ʿad), que denota perpetuidade e existência sem fim.
- Comentários teológicos:
Millard Erickson, em sua obra Teologia Cristã, argumenta que a eternidade de Cristo é essencial para Sua função como mediador da nova aliança, pois somente um ser eterno pode oferecer redenção eterna.
O profeta Miqueias também testemunha sobre a eternidade de Cristo: “cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2). Isso demonstra que Jesus não foi criado, mas existe desde a eternidade como o Filho de Deus. - Aplicação pessoal:
Saber que Jesus é eterno nos assegura que Ele sempre esteve e sempre estará presente, oferecendo conforto e direção para nossa vida. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 13.8).
4. Onipresença de Jesus
A onipresença de Cristo é evidenciada por Suas promessas de estar presente com os crentes: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20) e “eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28.20).
- Raiz da palavra: A palavra "estar" em Mateus 28.20 é εἰμί (eimí), que implica existência contínua e permanente. Isso ressalta que Cristo não está limitado pelo espaço ou tempo.
- Comentários teológicos:
Wayne Grudem ressalta que a onipresença de Cristo é manifesta de maneira especial por meio do Espírito Santo, o qual habita em todos os crentes. Embora Sua presença física tenha sido temporária durante Sua encarnação, Ele continua presente espiritualmente em todos os lugares. - Aplicação pessoal:
A onipresença de Jesus nos encoraja a viver com a consciência de que Ele está conosco em todos os momentos, seja em tempos de celebração ou provação.
5. Onisciência de Jesus
A onisciência de Cristo é demonstrada em episódios como a revelação dos pensamentos de Natanael: “Antes de Filipe chamá-lo, eu o vi debaixo da figueira” (Jo 1.48), e na conversa com a mulher samaritana: “Você já teve cinco maridos, e o homem com quem agora vive não é seu marido” (Jo 4.18).
- Raiz das palavras: Em João 21.17, Pedro reconhece que Jesus sabe de todas as coisas, usando o termo grego οἶδα (oída), que significa um conhecimento pleno, absoluto e intuitivo.
- Comentários teológicos:
Charles Hodge afirma que o conhecimento de Jesus abrange não apenas o presente, mas também o futuro e o íntimo do coração humano (Mt 17.27). Isso é possível porque Ele compartilha a mesma natureza divina do Pai. - Aplicação pessoal:
Saber que Jesus conhece todas as coisas nos encoraja a viver em transparência diante d’Ele. Não há nada que possamos esconder de Seu olhar. Sua onisciência também nos lembra que Ele sabe de nossas lutas e intercede por nós.
Conclusão
Os atributos absolutos de Cristo – onipotência, eternidade, onipresença e onisciência – não apenas confirmam Sua divindade, mas também são profundamente aplicáveis à nossa vida cristã. Saber que Jesus é poderoso, eterno, presente e plenamente conhecedor de tudo traz consolo e segurança aos Seus seguidores. Como filhos de Deus, podemos confiar n’Ele em todas as circunstâncias, certos de que Ele governa soberanamente sobre toda a criação.
Referências adicionais:
- Erickson, Millard. Teologia Cristã.
- Grudem, Wayne. Teologia Sistemática.
- Strong, Augustus H. Systematic Theology.
- Hodge, Charles. Systematic Theology.
1. Atributos absolutos de Jesus Cristo
Os atributos absolutos de Cristo confirmam Sua divindade e natureza como Deus. Esses atributos são exclusivos da essência divina e incluem onipotência, eternidade, onisciência e onipresença. Cada um reflete o relacionamento perfeito de Jesus com a criação, o tempo, o espaço e o conhecimento.
2. Onipotência de Jesus
A onipotência de Jesus é evidente em várias passagens do Novo Testamento. Ele declara: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). A palavra grega usada aqui para “autoridade” é ἐξουσία (exousía), que implica poder absoluto e soberania.
- Comentários teológicos:
Augustus Strong define a onipotência como "a habilidade divina de realizar todas as coisas que estão de acordo com Sua vontade perfeita". Em Jesus, essa característica é demonstrada em Suas obras miraculosas (Jo 11.43-44; Mc 4.39) e em Sua vitória final sobre o pecado e a morte (Ap 1.8). Ele não apenas possui poder sobre a criação, mas também sobre o domínio espiritual e eterno (Ef 1.21). - Aplicação pessoal:
A onipotência de Cristo traz confiança ao crente de que Jesus tem poder para cumprir Suas promessas. Quando enfrentamos tribulações, podemos descansar na certeza de que Cristo é soberano sobre tudo.
3. Eternidade de Jesus
A eternidade de Jesus é claramente afirmada nas Escrituras: “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1) e “Deus Forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6). O termo hebraico para "eternidade" em Isaías 9.6 é עַד (ʿad), que denota perpetuidade e existência sem fim.
- Comentários teológicos:
Millard Erickson, em sua obra Teologia Cristã, argumenta que a eternidade de Cristo é essencial para Sua função como mediador da nova aliança, pois somente um ser eterno pode oferecer redenção eterna.
O profeta Miqueias também testemunha sobre a eternidade de Cristo: “cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2). Isso demonstra que Jesus não foi criado, mas existe desde a eternidade como o Filho de Deus. - Aplicação pessoal:
Saber que Jesus é eterno nos assegura que Ele sempre esteve e sempre estará presente, oferecendo conforto e direção para nossa vida. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 13.8).
4. Onipresença de Jesus
A onipresença de Cristo é evidenciada por Suas promessas de estar presente com os crentes: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20) e “eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28.20).
- Raiz da palavra: A palavra "estar" em Mateus 28.20 é εἰμί (eimí), que implica existência contínua e permanente. Isso ressalta que Cristo não está limitado pelo espaço ou tempo.
- Comentários teológicos:
Wayne Grudem ressalta que a onipresença de Cristo é manifesta de maneira especial por meio do Espírito Santo, o qual habita em todos os crentes. Embora Sua presença física tenha sido temporária durante Sua encarnação, Ele continua presente espiritualmente em todos os lugares. - Aplicação pessoal:
A onipresença de Jesus nos encoraja a viver com a consciência de que Ele está conosco em todos os momentos, seja em tempos de celebração ou provação.
5. Onisciência de Jesus
A onisciência de Cristo é demonstrada em episódios como a revelação dos pensamentos de Natanael: “Antes de Filipe chamá-lo, eu o vi debaixo da figueira” (Jo 1.48), e na conversa com a mulher samaritana: “Você já teve cinco maridos, e o homem com quem agora vive não é seu marido” (Jo 4.18).
- Raiz das palavras: Em João 21.17, Pedro reconhece que Jesus sabe de todas as coisas, usando o termo grego οἶδα (oída), que significa um conhecimento pleno, absoluto e intuitivo.
- Comentários teológicos:
Charles Hodge afirma que o conhecimento de Jesus abrange não apenas o presente, mas também o futuro e o íntimo do coração humano (Mt 17.27). Isso é possível porque Ele compartilha a mesma natureza divina do Pai. - Aplicação pessoal:
Saber que Jesus conhece todas as coisas nos encoraja a viver em transparência diante d’Ele. Não há nada que possamos esconder de Seu olhar. Sua onisciência também nos lembra que Ele sabe de nossas lutas e intercede por nós.
Conclusão
Os atributos absolutos de Cristo – onipotência, eternidade, onipresença e onisciência – não apenas confirmam Sua divindade, mas também são profundamente aplicáveis à nossa vida cristã. Saber que Jesus é poderoso, eterno, presente e plenamente conhecedor de tudo traz consolo e segurança aos Seus seguidores. Como filhos de Deus, podemos confiar n’Ele em todas as circunstâncias, certos de que Ele governa soberanamente sobre toda a criação.
Referências adicionais:
- Erickson, Millard. Teologia Cristã.
- Grudem, Wayne. Teologia Sistemática.
- Strong, Augustus H. Systematic Theology.
- Hodge, Charles. Systematic Theology.
SINOPSE I
A Bíblia demonstra claramente a natureza divina de Jesus Cristo, bem como seus atributos.
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
II – A HERESIA QUE NEGA A DIVINDADE DE JESUS
1- Arianismo. Os primeiros a negarem a divindade de Jesus foram os ebionitas, seguidos pelos monarquianistas dinâmicos, mas a heresia principal que abalou os fundamentos da igreja foi o Arianismo. O termo “arianismo” vem de Ário, o expoente dessa doutrina em Alexandria a partir do ano 318. Ele negava a divindade de Cristo e o considerava como um deus de segunda categoria. Ário rejeitava a eternidade do Verbo; embora defendesse sua existência antes da encarnação, recusava que fosse Ele eterno com o Pai, insistindo na tese de que o Verbo foi criado como primeira criatura de Deus. A palavra de ordem arianista era: “houve tempo que o Verbo não existia”.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. O Arianismo e seu contexto histórico
O Arianismo surgiu no século IV com Ário, um presbítero de Alexandria, cuja doutrina desafiou os fundamentos da fé cristã ao negar a divindade plena de Cristo. Ário afirmava que Jesus era uma criação de Deus e, portanto, subordinado ao Pai. Sua teologia gerou um grande cisma na Igreja e resultou no Concílio de Niceia (325 d.C.), onde a Igreja condenou essa heresia e reafirmou a coeternidade de Cristo com o Pai.
A frase central de Ário, “houve tempo que o Verbo não existia”, contradiz a doutrina bíblica da eternidade de Cristo e ignora textos claros sobre Sua divindade, como João 1.1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
2. Raiz teológica e filosófica do Arianismo
Ário foi influenciado por correntes filosóficas neoplatônicas que distinguiam a divindade como algo supremo e inacessível. Ele via Cristo como um intermediário, inferior ao Pai. A palavra grega μονογενής (monogenḗs), usada em João 1.14 e traduzida como “unigênito” ou “único de sua espécie,” foi reinterpretada pelos arianos para significar que Cristo foi “gerado” em um momento específico, em vez de reconhecer Sua eternidade.
- Refutação bíblica: A Bíblia é clara em apresentar Cristo como eterno e igual ao Pai:
- João 8.58: “Antes que Abraão existisse, EU SOU” (ἐγώ εἰμι, egṓ eimi), uma referência direta ao nome divino usado por Deus em Êxodo 3.14.
- Colossenses 1.16-17: “Pois nele foram criadas todas as coisas... Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” A palavra πᾶς (pás), traduzida como “todas,” indica que nada foi criado fora de Cristo, excluindo a possibilidade de Ele ser uma criatura.
3. Impacto e condenação do Arianismo
O Arianismo foi condenado no Concílio de Niceia em 325 d.C., onde os bispos reunidos formularam o Credo Niceno, afirmando que Jesus é “Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai”.
- Comentários teológicos:
J.N.D. Kelly, em Early Christian Doctrines, explica que o Arianismo rejeitou o pleno significado de textos que afirmam a coigualdade entre o Pai e o Filho. Kelly destaca que a Igreja primitiva insistiu na expressão ὁμοούσιος (homoousios), que significa “da mesma substância” para descrever a relação entre o Pai e o Filho.
Millard Erickson, em Teologia Cristã, observa que a principal falha do Arianismo foi desconsiderar a obra redentora de Cristo, pois somente um Deus verdadeiro poderia realizar uma redenção completa e eterna.
4. Raiz das palavras e análise etimológica
- Logos (λόγος): Ário reduzia o significado de Logos em João 1.1, entendendo-o apenas como um agente criado por Deus. Porém, o termo implica razão divina eterna e ativa, usada para se referir à Segunda Pessoa da Trindade.
- Monogenḗs (μονογενής): Em João 3.16, Ário interpretava “unigênito” como criado, mas o termo, no contexto bíblico, significa único, singular em relação à sua essência divina.
5. Aplicação pessoal
O Arianismo serve como um alerta para o crente sobre a importância de defender a sã doutrina (1 Tm 6.3). A Bíblia nos adverte contra falsos ensinamentos que tentam diminuir a glória de Cristo: “E todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não procede de Deus” (1 Jo 4.3).
Reconhecer Jesus como Deus é essencial para a nossa salvação. Somente o Deus verdadeiro pode nos redimir plenamente. Quando enfrentamos doutrinas falsas em nosso tempo, como as Testemunhas de Jeová, que têm raízes no Arianismo, devemos estar preparados para responder com base na Palavra de Deus.
Pergunta para reflexão pessoal:
Você reconhece Jesus como Senhor e Deus em todas as áreas de sua vida? Este reconhecimento é mais do que intelectual; ele envolve submissão ao senhorio de Cristo em todas as nossas decisões e ações.
Referências adicionais:
1. O Arianismo e seu contexto histórico
O Arianismo surgiu no século IV com Ário, um presbítero de Alexandria, cuja doutrina desafiou os fundamentos da fé cristã ao negar a divindade plena de Cristo. Ário afirmava que Jesus era uma criação de Deus e, portanto, subordinado ao Pai. Sua teologia gerou um grande cisma na Igreja e resultou no Concílio de Niceia (325 d.C.), onde a Igreja condenou essa heresia e reafirmou a coeternidade de Cristo com o Pai.
A frase central de Ário, “houve tempo que o Verbo não existia”, contradiz a doutrina bíblica da eternidade de Cristo e ignora textos claros sobre Sua divindade, como João 1.1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
2. Raiz teológica e filosófica do Arianismo
Ário foi influenciado por correntes filosóficas neoplatônicas que distinguiam a divindade como algo supremo e inacessível. Ele via Cristo como um intermediário, inferior ao Pai. A palavra grega μονογενής (monogenḗs), usada em João 1.14 e traduzida como “unigênito” ou “único de sua espécie,” foi reinterpretada pelos arianos para significar que Cristo foi “gerado” em um momento específico, em vez de reconhecer Sua eternidade.
- Refutação bíblica: A Bíblia é clara em apresentar Cristo como eterno e igual ao Pai:
- João 8.58: “Antes que Abraão existisse, EU SOU” (ἐγώ εἰμι, egṓ eimi), uma referência direta ao nome divino usado por Deus em Êxodo 3.14.
- Colossenses 1.16-17: “Pois nele foram criadas todas as coisas... Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” A palavra πᾶς (pás), traduzida como “todas,” indica que nada foi criado fora de Cristo, excluindo a possibilidade de Ele ser uma criatura.
3. Impacto e condenação do Arianismo
O Arianismo foi condenado no Concílio de Niceia em 325 d.C., onde os bispos reunidos formularam o Credo Niceno, afirmando que Jesus é “Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai”.
- Comentários teológicos:
J.N.D. Kelly, em Early Christian Doctrines, explica que o Arianismo rejeitou o pleno significado de textos que afirmam a coigualdade entre o Pai e o Filho. Kelly destaca que a Igreja primitiva insistiu na expressão ὁμοούσιος (homoousios), que significa “da mesma substância” para descrever a relação entre o Pai e o Filho.
Millard Erickson, em Teologia Cristã, observa que a principal falha do Arianismo foi desconsiderar a obra redentora de Cristo, pois somente um Deus verdadeiro poderia realizar uma redenção completa e eterna.
4. Raiz das palavras e análise etimológica
- Logos (λόγος): Ário reduzia o significado de Logos em João 1.1, entendendo-o apenas como um agente criado por Deus. Porém, o termo implica razão divina eterna e ativa, usada para se referir à Segunda Pessoa da Trindade.
- Monogenḗs (μονογενής): Em João 3.16, Ário interpretava “unigênito” como criado, mas o termo, no contexto bíblico, significa único, singular em relação à sua essência divina.
5. Aplicação pessoal
O Arianismo serve como um alerta para o crente sobre a importância de defender a sã doutrina (1 Tm 6.3). A Bíblia nos adverte contra falsos ensinamentos que tentam diminuir a glória de Cristo: “E todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não procede de Deus” (1 Jo 4.3).
Reconhecer Jesus como Deus é essencial para a nossa salvação. Somente o Deus verdadeiro pode nos redimir plenamente. Quando enfrentamos doutrinas falsas em nosso tempo, como as Testemunhas de Jeová, que têm raízes no Arianismo, devemos estar preparados para responder com base na Palavra de Deus.
Pergunta para reflexão pessoal:
Você reconhece Jesus como Senhor e Deus em todas as áreas de sua vida? Este reconhecimento é mais do que intelectual; ele envolve submissão ao senhorio de Cristo em todas as nossas decisões e ações.
Referências adicionais:
2- Suas explicações. Ário e seus seguidores pinçavam as Escrituras aqui e acolá em busca de algumas passagens bíblicas para dar sustentação às suas crenças. Seguem algumas delas, as mais emblemáticas: “O Senhor me criou no princípio dos seus caminhos” (Pv 8.22 – LXX); “o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15); “houve tempo em que o Filho não existia”. Outra passagem favorita era: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). Com isso ignoravam todo o pensamento bíblico que defende a eternidade e a deidade de Cristo (Jo 1.1-3).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. A prática de Ário: Uso isolado e descontextualizado das Escrituras
Ário e seus seguidores interpretavam versículos de forma isolada e fora de seu contexto teológico, ignorando o testemunho completo das Escrituras sobre a divindade e eternidade de Cristo. Essa prática contradiz o princípio hermenêutico bíblico, que exige a interpretação das passagens dentro de seu contexto imediato, literário e teológico.
O apóstolo Paulo já advertia sobre tais distorções em 2 Pedro 3.16, onde lemos que os “indoutos e inconstantes torcem” as Escrituras. Isso reforça a importância de abordar a Palavra com cuidado, reverência e uma visão ampla da revelação divina.
2. Passagens usadas por Ário e sua refutação bíblica
a) Provérbios 8.22
"O Senhor me criou no princípio dos seus caminhos" (LXX, Septuaginta).
Ário usava esse texto para argumentar que a Sabedoria, aqui identificada como Cristo, foi criada. Contudo, o termo hebraico para "me criou" é קָנָה (qanah), que na maioria dos contextos bíblicos significa "possuir" ou "adquirir". Assim, a ideia não é de criação, mas de posse ou origem da sabedoria em Deus.
- Refutação bíblica:
- O contexto de Provérbios 8 descreve a Sabedoria personificada como atributo eterno de Deus, não como uma criação.
- Em contraste, João 1.1-3 afirma que o Logos (Cristo) é eterno, pois estava com Deus e é Deus. Além disso, “todas as coisas foram feitas por intermédio dele”, o que exclui a possibilidade de Cristo ser uma criatura.
b) Colossenses 1.15
"O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação."
Ário interpretava "primogênito" (πρωτότοκος, prōtotokos) como “o primeiro a ser criado”. Entretanto, no grego, prōtotokos não significa "primeira criatura", mas sim "preeminente" ou "supremo sobre". Esse termo é usado para indicar posição de autoridade, não criação.
- Raiz da palavra:
- πρωτότοκος (prōtotokos) vem de πρῶτος (prōtos), "primeiro", e τίκτω (tiktō), "dar à luz". No contexto judaico, refere-se ao direito de primogenitura, ou seja, supremacia e herança.
- Refutação bíblica:
- Colossenses 1.16-17 esclarece que Cristo é o Criador de tudo: “Pois nele foram criadas todas as coisas... Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” O termo “antes” (πρὸ πάντων, pro pantōn) reafirma a eternidade de Cristo.
c) João 17.3
"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste."
Ário usava este versículo para argumentar que somente o Pai era Deus, enquanto Jesus seria inferior. Porém, essa interpretação desconsidera o contexto do Evangelho de João, que claramente afirma a divindade de Cristo em diversos momentos, como João 1.1 e João 20.28 (“Senhor meu e Deus meu”).
- Refutação bíblica:
- A expressão "único Deus verdadeiro" não exclui a divindade de Cristo, mas enfatiza que Jesus compartilha da natureza divina do Pai (Jo 10.30: “Eu e o Pai somos um”).
- A missão de Jesus como enviado do Pai reflete a economia da Trindade, onde cada Pessoa desempenha papéis distintos na obra redentora.
d) "Houve tempo em que o Filho não existia"
Essa frase não tem base bíblica e contradiz textos que afirmam a eternidade de Cristo:
- João 8.58: “Antes que Abraão existisse, EU SOU.” A expressão ἐγώ εἰμι (egō eimi) é uma declaração da eternidade divina, vinculada ao nome de Deus em Êxodo 3.14.
- Hebreus 13.8: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre.”
3. A ignorância do pensamento completo da Bíblia
Ário ignorava a plenitude das Escrituras que comprovam a eternidade e divindade de Cristo. Exemplos:
- João 1.1-3: Cristo é eterno, o próprio Deus, Criador de todas as coisas.
- Filipenses 2.6-7: Cristo, subsistindo em forma de Deus (μορφή, morphē), esvaziou-se, assumindo a forma de servo. O esvaziamento não significa que deixou de ser Deus, mas que assumiu a natureza humana para cumprir o plano redentor.
- Hebreus 1.3: Cristo é “o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser.”
4. Aplicação pessoal
O erro de Ário nos ensina a importância de interpretar a Bíblia com reverência e de forma completa. Textos isolados podem levar a graves heresias, como o Arianismo. Hoje, grupos como as Testemunhas de Jeová perpetuam erros similares, negando a divindade de Cristo e reduzindo-o a uma criatura exaltada.
É essencial que o crente:
- Estude as Escrituras no contexto completo: Evitar interpretações isoladas que possam distorcer a verdade divina.
- Aprofunde-se no conhecimento da Trindade: Compreender o mistério do Deus triúno fortalece a fé e nos protege contra falsas doutrinas.
- Reconheça Jesus como Deus e Salvador: Somente Cristo, sendo Deus, pode oferecer redenção perfeita. Como disse Tomé em João 20.28: “Senhor meu, e Deus meu.”
Reflexão pessoal: Será que você tem um conhecimento sólido de quem Jesus é? Reconhecer Jesus como Deus não é apenas questão teológica, mas uma base para nossa confiança na salvação. Afinal, “quem crê no Filho tem a vida eterna” (Jo 3.36).
5. Referências acadêmicas
1. A prática de Ário: Uso isolado e descontextualizado das Escrituras
Ário e seus seguidores interpretavam versículos de forma isolada e fora de seu contexto teológico, ignorando o testemunho completo das Escrituras sobre a divindade e eternidade de Cristo. Essa prática contradiz o princípio hermenêutico bíblico, que exige a interpretação das passagens dentro de seu contexto imediato, literário e teológico.
O apóstolo Paulo já advertia sobre tais distorções em 2 Pedro 3.16, onde lemos que os “indoutos e inconstantes torcem” as Escrituras. Isso reforça a importância de abordar a Palavra com cuidado, reverência e uma visão ampla da revelação divina.
2. Passagens usadas por Ário e sua refutação bíblica
a) Provérbios 8.22
"O Senhor me criou no princípio dos seus caminhos" (LXX, Septuaginta).
Ário usava esse texto para argumentar que a Sabedoria, aqui identificada como Cristo, foi criada. Contudo, o termo hebraico para "me criou" é קָנָה (qanah), que na maioria dos contextos bíblicos significa "possuir" ou "adquirir". Assim, a ideia não é de criação, mas de posse ou origem da sabedoria em Deus.
- Refutação bíblica:
- O contexto de Provérbios 8 descreve a Sabedoria personificada como atributo eterno de Deus, não como uma criação.
- Em contraste, João 1.1-3 afirma que o Logos (Cristo) é eterno, pois estava com Deus e é Deus. Além disso, “todas as coisas foram feitas por intermédio dele”, o que exclui a possibilidade de Cristo ser uma criatura.
b) Colossenses 1.15
"O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação."
Ário interpretava "primogênito" (πρωτότοκος, prōtotokos) como “o primeiro a ser criado”. Entretanto, no grego, prōtotokos não significa "primeira criatura", mas sim "preeminente" ou "supremo sobre". Esse termo é usado para indicar posição de autoridade, não criação.
- Raiz da palavra:
- πρωτότοκος (prōtotokos) vem de πρῶτος (prōtos), "primeiro", e τίκτω (tiktō), "dar à luz". No contexto judaico, refere-se ao direito de primogenitura, ou seja, supremacia e herança.
- Refutação bíblica:
- Colossenses 1.16-17 esclarece que Cristo é o Criador de tudo: “Pois nele foram criadas todas as coisas... Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” O termo “antes” (πρὸ πάντων, pro pantōn) reafirma a eternidade de Cristo.
c) João 17.3
"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste."
Ário usava este versículo para argumentar que somente o Pai era Deus, enquanto Jesus seria inferior. Porém, essa interpretação desconsidera o contexto do Evangelho de João, que claramente afirma a divindade de Cristo em diversos momentos, como João 1.1 e João 20.28 (“Senhor meu e Deus meu”).
- Refutação bíblica:
- A expressão "único Deus verdadeiro" não exclui a divindade de Cristo, mas enfatiza que Jesus compartilha da natureza divina do Pai (Jo 10.30: “Eu e o Pai somos um”).
- A missão de Jesus como enviado do Pai reflete a economia da Trindade, onde cada Pessoa desempenha papéis distintos na obra redentora.
d) "Houve tempo em que o Filho não existia"
Essa frase não tem base bíblica e contradiz textos que afirmam a eternidade de Cristo:
- João 8.58: “Antes que Abraão existisse, EU SOU.” A expressão ἐγώ εἰμι (egō eimi) é uma declaração da eternidade divina, vinculada ao nome de Deus em Êxodo 3.14.
- Hebreus 13.8: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre.”
3. A ignorância do pensamento completo da Bíblia
Ário ignorava a plenitude das Escrituras que comprovam a eternidade e divindade de Cristo. Exemplos:
- João 1.1-3: Cristo é eterno, o próprio Deus, Criador de todas as coisas.
- Filipenses 2.6-7: Cristo, subsistindo em forma de Deus (μορφή, morphē), esvaziou-se, assumindo a forma de servo. O esvaziamento não significa que deixou de ser Deus, mas que assumiu a natureza humana para cumprir o plano redentor.
- Hebreus 1.3: Cristo é “o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser.”
4. Aplicação pessoal
O erro de Ário nos ensina a importância de interpretar a Bíblia com reverência e de forma completa. Textos isolados podem levar a graves heresias, como o Arianismo. Hoje, grupos como as Testemunhas de Jeová perpetuam erros similares, negando a divindade de Cristo e reduzindo-o a uma criatura exaltada.
É essencial que o crente:
- Estude as Escrituras no contexto completo: Evitar interpretações isoladas que possam distorcer a verdade divina.
- Aprofunde-se no conhecimento da Trindade: Compreender o mistério do Deus triúno fortalece a fé e nos protege contra falsas doutrinas.
- Reconheça Jesus como Deus e Salvador: Somente Cristo, sendo Deus, pode oferecer redenção perfeita. Como disse Tomé em João 20.28: “Senhor meu, e Deus meu.”
Reflexão pessoal: Será que você tem um conhecimento sólido de quem Jesus é? Reconhecer Jesus como Deus não é apenas questão teológica, mas uma base para nossa confiança na salvação. Afinal, “quem crê no Filho tem a vida eterna” (Jo 3.36).
5. Referências acadêmicas
3- Como solucionar a controvérsia? A tradução “criou” de Provérbios 8.22 da Septuaginta é opcional, pois o verbo hebraico nessa passagem é qānâ, “obter, adquirir, criar”, mas o sentido de “criar” para “trazer à existência algo do nada” é o verbo bārā’, como em Gênesis 1.1. O texto de Colossenses 1.15 diz que Jesus é o primogênito de toda a criação, e não o primogênito de Deus. A palavra prototokos, “primogênito, primeiro, chefe”, foi usada pelos escritores sagrados com o sentido de importância, prioridade, posição, primazia, preeminência (Cl 1.15-18). Ou seja, Jesus encarnado tem a primazia na criação, é a imagem do Deus invisível porque é Deus. Conhecer a Deus (Jo 17.3) é o mesmo que conhecer a Cristo, em virtude da unidade de natureza do Pai e do Filho (Jo 10.30).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Provérbios 8:22 e o verbo "qānâ"
"O Senhor me criou no princípio dos seus caminhos, antes das suas obras mais antigas" (Pv 8.22, LXX).
a) Raiz do verbo hebraico qānâ
O verbo קָנָה (qānâ) pode ter os significados de “adquirir”, “possuir” ou “criar”, dependendo do contexto. Em textos como Gênesis 4.1 ("Adquiri um varão com o auxílio do Senhor") e Gênesis 14.19 ("Criador [possuidor] dos céus e da terra"), o termo denota posse ou obtenção, em vez de criação ex nihilo (do nada).
No entanto, o hebraico usa בָּרָא (bārā') para "criar" no sentido de trazer algo à existência a partir do nada, como em Gênesis 1.1. Assim, em Provérbios 8.22, o uso de qānâ não implica que a sabedoria (e, por extensão, Cristo) foi "criada", mas que Ele é eternamente inerente à natureza de Deus.
b) Interpretação teológica
Provérbios 8 apresenta a Sabedoria personificada como atributo eterno de Deus. Os primeiros cristãos identificaram essa Sabedoria como Cristo, à luz de textos como João 1.1-3 e 1 Coríntios 1.24, que mostram Cristo como a personificação da sabedoria divina. Isso não implica que Ele foi criado, mas que Ele é coeterno com o Pai.
- Erickson observa: “Cristo é a expressão máxima da sabedoria de Deus. Ele é eternamente gerado e não criado. A personificação da sabedoria em Provérbios 8 reflete Sua natureza divina e Sua atividade no ato criativo de Deus.” (Teologia Cristã).
2. Colossenses 1:15 e o título "primogênito de toda a criação"
"O qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação" (Cl 1.15).
a) Raiz da palavra grega prototokos
O termo πρωτότοκος (prōtotokos) combina πρῶτος (prōtos), "primeiro", com τίκτω (tiktō), "dar à luz". No grego do Novo Testamento, o termo não significa necessariamente “o primeiro a ser criado”, mas frequentemente indica preeminência ou posição de autoridade.
Por exemplo, em Salmos 89.27 (LXX), lemos: “Fá-lo-ei o meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra.” Aqui, "primogênito" denota supremacia, não criação. Da mesma forma, em Colossenses 1.15, a ideia é que Cristo tem a supremacia sobre toda a criação.
b) Interpretação teológica
Paulo descreve Cristo como "a imagem do Deus invisível" (εἰκών, eikōn), enfatizando que Ele é a revelação perfeita e visível de Deus. Como "primogênito de toda a criação", Cristo é o agente da criação, conforme Colossenses 1.16: “Pois nele foram criadas todas as coisas...”
- Grudem escreve: "Paulo não está chamando Cristo de parte da criação, mas destacando Sua autoridade sobre toda a criação. Ele é antes de todas as coisas e o Criador de tudo." (Teologia Sistemática).
3. João 17:3 e a unidade de natureza entre o Pai e o Filho
"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17.3).
a) Raiz das palavras no texto
- Único Deus verdadeiro: "Único" traduz μόνος (monos), significando exclusivo, e "verdadeiro" é ἀληθινός (alēthinos), que significa genuíno, em contraste com falsos deuses.
- Conhecer: γινώσκω (ginōskō) refere-se a um conhecimento relacional, mais do que apenas cognitivo.
b) Unidade entre o Pai e o Filho
Jesus, no contexto de João 17, deixa claro que Sua missão é revelar o Pai e trazer vida eterna ao mundo. Em João 10.30, Ele afirma: “Eu e o Pai somos um”. Isso não significa apenas unidade de propósito, mas unidade essencial de natureza. Portanto, conhecer o Pai é conhecer o Filho, pois ambos compartilham a mesma essência divina.
- A.W. Tozer comenta: “Jesus é Deus encarnado. Conhecer Jesus é encontrar Deus em Sua plenitude e santidade.” (The Knowledge of the Holy).
4. Como resolver a controvérsia?
- Análise linguística precisa:
- Provérbios 8.22 deve ser interpretado considerando o uso de qānâ como “possuir” ou “adquirir”, não "criar".
- Colossenses 1.15 usa prōtotokos para descrever a supremacia de Cristo sobre a criação, e não Sua inclusão nela.
- João 17.3 ressalta a unidade entre Pai e Filho, rejeitando qualquer interpretação que diminua a divindade de Cristo.
- Testemunho das Escrituras como um todo:
- A Bíblia consistentemente afirma a divindade e eternidade de Cristo:
- João 1.1-3: Cristo é o Logos eterno e Criador.
- Hebreus 1.3: Cristo é “a expressão exata do ser de Deus.”
- Apocalipse 22.13: Cristo é o “Alfa e Ômega.”
- Fidelidade à Tradição Cristã:
- Desde o Concílio de Nicéia (325 d.C.), a Igreja rejeitou a heresia de Ário e confessou que Cristo é “Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não criado, consubstancial com o Pai.”
5. Aplicação pessoal
A controvérsia ariana nos ensina a importância de conhecer profundamente a Bíblia e de interpretar as Escrituras em seu contexto completo. Também nos desafia a crescer no conhecimento de Cristo como Deus e Salvador. Isso não é apenas uma questão teológica, mas uma base vital para nossa vida espiritual.
- Pergunta para reflexão: Será que conhecemos Jesus como Ele realmente é? Ele é mais que um mestre ou exemplo; Ele é Deus encarnado, digno de nossa adoração e confiança.
- Exortação: Medite em João 1.1-3 e Hebreus 1.3, permitindo que a verdade da divindade de Cristo transforme sua fé e vida.
6. Referências acadêmicas
1. Provérbios 8:22 e o verbo "qānâ"
"O Senhor me criou no princípio dos seus caminhos, antes das suas obras mais antigas" (Pv 8.22, LXX).
a) Raiz do verbo hebraico qānâ
O verbo קָנָה (qānâ) pode ter os significados de “adquirir”, “possuir” ou “criar”, dependendo do contexto. Em textos como Gênesis 4.1 ("Adquiri um varão com o auxílio do Senhor") e Gênesis 14.19 ("Criador [possuidor] dos céus e da terra"), o termo denota posse ou obtenção, em vez de criação ex nihilo (do nada).
No entanto, o hebraico usa בָּרָא (bārā') para "criar" no sentido de trazer algo à existência a partir do nada, como em Gênesis 1.1. Assim, em Provérbios 8.22, o uso de qānâ não implica que a sabedoria (e, por extensão, Cristo) foi "criada", mas que Ele é eternamente inerente à natureza de Deus.
b) Interpretação teológica
Provérbios 8 apresenta a Sabedoria personificada como atributo eterno de Deus. Os primeiros cristãos identificaram essa Sabedoria como Cristo, à luz de textos como João 1.1-3 e 1 Coríntios 1.24, que mostram Cristo como a personificação da sabedoria divina. Isso não implica que Ele foi criado, mas que Ele é coeterno com o Pai.
- Erickson observa: “Cristo é a expressão máxima da sabedoria de Deus. Ele é eternamente gerado e não criado. A personificação da sabedoria em Provérbios 8 reflete Sua natureza divina e Sua atividade no ato criativo de Deus.” (Teologia Cristã).
2. Colossenses 1:15 e o título "primogênito de toda a criação"
"O qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação" (Cl 1.15).
a) Raiz da palavra grega prototokos
O termo πρωτότοκος (prōtotokos) combina πρῶτος (prōtos), "primeiro", com τίκτω (tiktō), "dar à luz". No grego do Novo Testamento, o termo não significa necessariamente “o primeiro a ser criado”, mas frequentemente indica preeminência ou posição de autoridade.
Por exemplo, em Salmos 89.27 (LXX), lemos: “Fá-lo-ei o meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra.” Aqui, "primogênito" denota supremacia, não criação. Da mesma forma, em Colossenses 1.15, a ideia é que Cristo tem a supremacia sobre toda a criação.
b) Interpretação teológica
Paulo descreve Cristo como "a imagem do Deus invisível" (εἰκών, eikōn), enfatizando que Ele é a revelação perfeita e visível de Deus. Como "primogênito de toda a criação", Cristo é o agente da criação, conforme Colossenses 1.16: “Pois nele foram criadas todas as coisas...”
- Grudem escreve: "Paulo não está chamando Cristo de parte da criação, mas destacando Sua autoridade sobre toda a criação. Ele é antes de todas as coisas e o Criador de tudo." (Teologia Sistemática).
3. João 17:3 e a unidade de natureza entre o Pai e o Filho
"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17.3).
a) Raiz das palavras no texto
- Único Deus verdadeiro: "Único" traduz μόνος (monos), significando exclusivo, e "verdadeiro" é ἀληθινός (alēthinos), que significa genuíno, em contraste com falsos deuses.
- Conhecer: γινώσκω (ginōskō) refere-se a um conhecimento relacional, mais do que apenas cognitivo.
b) Unidade entre o Pai e o Filho
Jesus, no contexto de João 17, deixa claro que Sua missão é revelar o Pai e trazer vida eterna ao mundo. Em João 10.30, Ele afirma: “Eu e o Pai somos um”. Isso não significa apenas unidade de propósito, mas unidade essencial de natureza. Portanto, conhecer o Pai é conhecer o Filho, pois ambos compartilham a mesma essência divina.
- A.W. Tozer comenta: “Jesus é Deus encarnado. Conhecer Jesus é encontrar Deus em Sua plenitude e santidade.” (The Knowledge of the Holy).
4. Como resolver a controvérsia?
- Análise linguística precisa:
- Provérbios 8.22 deve ser interpretado considerando o uso de qānâ como “possuir” ou “adquirir”, não "criar".
- Colossenses 1.15 usa prōtotokos para descrever a supremacia de Cristo sobre a criação, e não Sua inclusão nela.
- João 17.3 ressalta a unidade entre Pai e Filho, rejeitando qualquer interpretação que diminua a divindade de Cristo.
- Testemunho das Escrituras como um todo:
- A Bíblia consistentemente afirma a divindade e eternidade de Cristo:
- João 1.1-3: Cristo é o Logos eterno e Criador.
- Hebreus 1.3: Cristo é “a expressão exata do ser de Deus.”
- Apocalipse 22.13: Cristo é o “Alfa e Ômega.”
- Fidelidade à Tradição Cristã:
- Desde o Concílio de Nicéia (325 d.C.), a Igreja rejeitou a heresia de Ário e confessou que Cristo é “Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não criado, consubstancial com o Pai.”
5. Aplicação pessoal
A controvérsia ariana nos ensina a importância de conhecer profundamente a Bíblia e de interpretar as Escrituras em seu contexto completo. Também nos desafia a crescer no conhecimento de Cristo como Deus e Salvador. Isso não é apenas uma questão teológica, mas uma base vital para nossa vida espiritual.
- Pergunta para reflexão: Será que conhecemos Jesus como Ele realmente é? Ele é mais que um mestre ou exemplo; Ele é Deus encarnado, digno de nossa adoração e confiança.
- Exortação: Medite em João 1.1-3 e Hebreus 1.3, permitindo que a verdade da divindade de Cristo transforme sua fé e vida.
6. Referências acadêmicas
SINOPSE II
Ário negava a divindade de Cristo e o considerava como um deus de segunda categoria.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
III – IMPLICAÇÕES DO ARIANISMO NA ATUALIDADE
1- A Tradução do Novo Mundo. A exemplo do Arianismo, há um movimento religioso que usa a Bíblia fora do contexto por meio de uma versão exclusiva das Escrituras, denominada de Tradução do Novo Mundo. Trata-se de uma versão tendenciosa. Veja alguns exemplos de suas falsificações: “e a Palavra era um deus” (Jo 1.1), “deus” com “d” minúsculo, visto que o texto correto é: “e a Palavra era Deus” ou “e o Verbo era Deus”. O texto sagrado declara: “grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13); “nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1.1); essas passagens falam textualmente que Jesus é Deus. Entretanto, a Tradução do Novo Mundo diz: “do grande Deus e do nosso Salvador, Jesus Cristo”; “do nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo”. Mudaram o texto sagrado acrescentando um “do”, onde não existe no texto grego para desvincular a divindade de Jesus.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Tradução do Novo Mundo (TNM), produzida pelas Testemunhas de Jeová, reflete uma interpretação tendenciosa das Escrituras, que se alinha a crenças arianas, negando a divindade de Cristo. Esse desvio é evidente em passagens fundamentais, como João 1.1, Tito 2.13 e 2 Pedro 1.1, cujas traduções foram adulteradas para sustentar a crença de que Jesus não é Deus. Vamos analisar essas passagens com profundidade.
1. João 1.1 – “A Palavra era Deus”
Análise do Texto:
O texto grego de João 1.1 diz:
Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.
Literalmente: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e Deus era o Verbo."
- Gramaticalmente, o termo θεὸς (Theos) no final da frase não possui o artigo definido (ὁ), mas isso não significa que “Deus” aqui seja indefinido ou diminuto. A ausência do artigo enfatiza a qualidade ou natureza divina do λόγος (Logos), ou seja, Jesus Cristo compartilha da mesma essência de Deus Pai.
- A TNM traduz essa passagem como “a Palavra era um deus”, utilizando um “d” minúsculo para reduzir o significado de divindade. Essa tradução desconsidera regras gramaticais do grego koinê e o contexto geral das Escrituras.
Implicação Teológica:
João 1.1 ensina claramente a divindade de Cristo. Ele não é "um deus menor", mas é plenamente Deus, como reafirmado em outros textos (Jo 20.28; Cl 2.9; Hb 1.8). Ao adulterar esse texto, a TNM promove uma visão subalterna de Jesus, alinhada à heresia ariana, que foi refutada no Concílio de Niceia (325 d.C.).
Aplicação Pessoal:
Compreender a plena divindade de Cristo nos dá confiança em Sua obra salvadora. Apenas um Deus perfeito pode reconciliar a humanidade com o Pai (2 Co 5.19). Reconhecer Jesus como Deus nos leva à verdadeira adoração (Fp 2.10-11).
2. Tito 2.13 – “Nosso grande Deus e Salvador”
Análise do Texto:
O texto grego de Tito 2.13 afirma:
προσδεχόμενοι τὴν μακαρίαν ἐλπίδα καὶ ἐπιφάνειαν τῆς δόξης τοῦ μεγάλου θεοῦ καὶ σωτῆρος ἡμῶν Ἰησοῦ Χριστοῦ.
Literalmente: "Aguardando a bem-aventurada esperança e a manifestação da glória de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo."
- A construção gramatical segue a Regra de Granville Sharp, que declara que, quando dois substantivos singulares conectados por καί (e) compartilham o mesmo artigo definido (τοῦ), ambos se referem à mesma pessoa. Aqui, "grande Deus" e "Salvador" apontam diretamente para Jesus Cristo.
- A TNM traduz como “do grande Deus e do nosso Salvador, Jesus Cristo”, introduzindo um "do" que não existe no texto grego, separando "Deus" de "Salvador" para negar a divindade de Cristo.
Implicação Teológica:
Este texto proclama claramente Jesus como Deus e Salvador, um testemunho direto à Sua divindade e ao Seu papel central na redenção (Jo 14.9; Cl 1.19-20). Alterar esse significado é negar o coração do Evangelho, que depende da divindade de Cristo para a salvação.
Aplicação Pessoal:
Saber que Jesus é tanto nosso Deus quanto Salvador nos enche de esperança e segurança. Ele não é apenas um mediador criado, mas o próprio Deus, que assumiu carne para nos redimir (Jo 1.14; Hb 2.14-15).
3. 2 Pedro 1.1 – “Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”
Análise do Texto:
O texto grego de 2 Pedro 1.1 diz:
Σίμων Πέτρος δοῦλος καὶ ἀπόστολος Ἰησοῦ Χριστοῦ τοῖς ἰσότιμον ἡμῖν λαχοῦσιν πίστιν ἐν δικαιοσύνῃ τοῦ θεοῦ ἡμῶν καὶ σωτῆρος Ἰησοῦ Χριστοῦ.
Literalmente: "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa na justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo."
- Assim como em Tito 2.13, a Regra de Granville Sharp aplica-se aqui. Tanto "Deus" quanto "Salvador" se referem à mesma pessoa: Jesus Cristo.
- A TNM novamente insere um "do" inexistente no texto grego para desassociar "Deus" de "Salvador", criando uma interpretação antitética à mensagem do Novo Testamento.
Implicação Teológica:
A confissão de Pedro declara Jesus como Deus e Salvador, reafirmando Sua plena divindade e Sua obra redentora (Jo 14.6-7; Cl 2.9). A tentativa de separar esses títulos subverte a mensagem do Evangelho e enfraquece a fé cristã.
Aplicação Pessoal:
Nossa fé é preciosa porque está fundamentada em Jesus como Deus e Salvador. Reconhecer Sua divindade nos leva a viver em obediência e esperança, sabendo que Aquele que nos salva é o próprio Criador (Hb 1.3).
Reflexões Finais
A Tradução do Novo Mundo, ao manipular textos-chave, compromete a mensagem central do Evangelho e alinha-se às antigas heresias arianas. Livros acadêmicos como The Forgotten Trinity (James White) e Putting Jesus in His Place (Robert M. Bowman Jr. e J. Ed Komoszewski) expõem os erros teológicos dessa abordagem, destacando a clareza bíblica da divindade de Cristo.
Raízes das Palavras
- θεὸς (Theos): Deus. Refere-se à divindade completa.
- λόγος (Logos): Palavra ou Verbo. No contexto de João 1, é o título de Cristo como a expressão divina.
- σωτήρ (Soter): Salvador. Um título frequentemente atribuído a Jesus em conexão com Sua missão redentora.
Aplicação Pessoal
É essencial que os cristãos estejam firmados na verdade bíblica, estudando as Escrituras no contexto original e rejeitando traduções tendenciosas. Isso nos capacita a defender a fé (1 Pe 3.15) e a viver em confiança na plena divindade de Cristo, nosso Deus e Salvador.
A Tradução do Novo Mundo (TNM), produzida pelas Testemunhas de Jeová, reflete uma interpretação tendenciosa das Escrituras, que se alinha a crenças arianas, negando a divindade de Cristo. Esse desvio é evidente em passagens fundamentais, como João 1.1, Tito 2.13 e 2 Pedro 1.1, cujas traduções foram adulteradas para sustentar a crença de que Jesus não é Deus. Vamos analisar essas passagens com profundidade.
1. João 1.1 – “A Palavra era Deus”
Análise do Texto:
O texto grego de João 1.1 diz:
Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.
Literalmente: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e Deus era o Verbo."
- Gramaticalmente, o termo θεὸς (Theos) no final da frase não possui o artigo definido (ὁ), mas isso não significa que “Deus” aqui seja indefinido ou diminuto. A ausência do artigo enfatiza a qualidade ou natureza divina do λόγος (Logos), ou seja, Jesus Cristo compartilha da mesma essência de Deus Pai.
- A TNM traduz essa passagem como “a Palavra era um deus”, utilizando um “d” minúsculo para reduzir o significado de divindade. Essa tradução desconsidera regras gramaticais do grego koinê e o contexto geral das Escrituras.
Implicação Teológica:
João 1.1 ensina claramente a divindade de Cristo. Ele não é "um deus menor", mas é plenamente Deus, como reafirmado em outros textos (Jo 20.28; Cl 2.9; Hb 1.8). Ao adulterar esse texto, a TNM promove uma visão subalterna de Jesus, alinhada à heresia ariana, que foi refutada no Concílio de Niceia (325 d.C.).
Aplicação Pessoal:
Compreender a plena divindade de Cristo nos dá confiança em Sua obra salvadora. Apenas um Deus perfeito pode reconciliar a humanidade com o Pai (2 Co 5.19). Reconhecer Jesus como Deus nos leva à verdadeira adoração (Fp 2.10-11).
2. Tito 2.13 – “Nosso grande Deus e Salvador”
Análise do Texto:
O texto grego de Tito 2.13 afirma:
προσδεχόμενοι τὴν μακαρίαν ἐλπίδα καὶ ἐπιφάνειαν τῆς δόξης τοῦ μεγάλου θεοῦ καὶ σωτῆρος ἡμῶν Ἰησοῦ Χριστοῦ.
Literalmente: "Aguardando a bem-aventurada esperança e a manifestação da glória de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo."
- A construção gramatical segue a Regra de Granville Sharp, que declara que, quando dois substantivos singulares conectados por καί (e) compartilham o mesmo artigo definido (τοῦ), ambos se referem à mesma pessoa. Aqui, "grande Deus" e "Salvador" apontam diretamente para Jesus Cristo.
- A TNM traduz como “do grande Deus e do nosso Salvador, Jesus Cristo”, introduzindo um "do" que não existe no texto grego, separando "Deus" de "Salvador" para negar a divindade de Cristo.
Implicação Teológica:
Este texto proclama claramente Jesus como Deus e Salvador, um testemunho direto à Sua divindade e ao Seu papel central na redenção (Jo 14.9; Cl 1.19-20). Alterar esse significado é negar o coração do Evangelho, que depende da divindade de Cristo para a salvação.
Aplicação Pessoal:
Saber que Jesus é tanto nosso Deus quanto Salvador nos enche de esperança e segurança. Ele não é apenas um mediador criado, mas o próprio Deus, que assumiu carne para nos redimir (Jo 1.14; Hb 2.14-15).
3. 2 Pedro 1.1 – “Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”
Análise do Texto:
O texto grego de 2 Pedro 1.1 diz:
Σίμων Πέτρος δοῦλος καὶ ἀπόστολος Ἰησοῦ Χριστοῦ τοῖς ἰσότιμον ἡμῖν λαχοῦσιν πίστιν ἐν δικαιοσύνῃ τοῦ θεοῦ ἡμῶν καὶ σωτῆρος Ἰησοῦ Χριστοῦ.
Literalmente: "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa na justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo."
- Assim como em Tito 2.13, a Regra de Granville Sharp aplica-se aqui. Tanto "Deus" quanto "Salvador" se referem à mesma pessoa: Jesus Cristo.
- A TNM novamente insere um "do" inexistente no texto grego para desassociar "Deus" de "Salvador", criando uma interpretação antitética à mensagem do Novo Testamento.
Implicação Teológica:
A confissão de Pedro declara Jesus como Deus e Salvador, reafirmando Sua plena divindade e Sua obra redentora (Jo 14.6-7; Cl 2.9). A tentativa de separar esses títulos subverte a mensagem do Evangelho e enfraquece a fé cristã.
Aplicação Pessoal:
Nossa fé é preciosa porque está fundamentada em Jesus como Deus e Salvador. Reconhecer Sua divindade nos leva a viver em obediência e esperança, sabendo que Aquele que nos salva é o próprio Criador (Hb 1.3).
Reflexões Finais
A Tradução do Novo Mundo, ao manipular textos-chave, compromete a mensagem central do Evangelho e alinha-se às antigas heresias arianas. Livros acadêmicos como The Forgotten Trinity (James White) e Putting Jesus in His Place (Robert M. Bowman Jr. e J. Ed Komoszewski) expõem os erros teológicos dessa abordagem, destacando a clareza bíblica da divindade de Cristo.
Raízes das Palavras
- θεὸς (Theos): Deus. Refere-se à divindade completa.
- λόγος (Logos): Palavra ou Verbo. No contexto de João 1, é o título de Cristo como a expressão divina.
- σωτήρ (Soter): Salvador. Um título frequentemente atribuído a Jesus em conexão com Sua missão redentora.
Aplicação Pessoal
É essencial que os cristãos estejam firmados na verdade bíblica, estudando as Escrituras no contexto original e rejeitando traduções tendenciosas. Isso nos capacita a defender a fé (1 Pe 3.15) e a viver em confiança na plena divindade de Cristo, nosso Deus e Salvador.
2- Os movimentos orientais. Nenhum deles reconhece a divindade de Jesus e para os panteístas monistas não existe Trindade e nem Jesus. O movimento Hare Krishna, por exemplo, nega a divindade de Jesus e nem acredita que Ele seja o Salvador, pois vê o Senhor Jesus como um mero guia espiritual e uma das inúmeras encarnações de Krishna.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os movimentos religiosos orientais, como o panteísmo monista e o movimento Hare Krishna, apresentam uma visão completamente diferente da cristandade sobre a pessoa de Jesus. Eles negam a Sua divindade, rejeitam a doutrina da Trindade e, em muitos casos, reduzem Jesus a um mero guia espiritual ou a uma das “encarnações” de uma divindade maior, como Krishna. Essa abordagem contrasta com o testemunho bíblico, que declara enfaticamente a divindade, unicidade e exclusividade de Jesus Cristo como Salvador.
1. Negação da Divindade de Jesus pelos Movimentos Orientais
O panteísmo monista, que ensina que tudo é um só (Deus e o universo são uma única realidade), rejeita a noção de um Deus pessoal e da Trindade, doutrinas centrais do cristianismo. Para os Hare Krishna, Jesus é considerado apenas uma das “manifestações” de Krishna, o que contradiz o ensino bíblico de que Jesus é único em Sua essência divina e em Sua obra redentora.
No entanto, as Escrituras proclamam claramente que Jesus é Deus (Jo 1.1; Jo 10.30; Cl 2.9) e que Ele é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). A negação dessas verdades compromete a mensagem central do Evangelho.
2. Resposta Bíblica à Divindade de Cristo
A Exclusividade de Cristo como Salvador
A Bíblia ensina que Jesus não é uma entre várias manifestações divinas, mas o único caminho para a salvação. Em João 14.6, Jesus afirma:
Ἐγώ εἰμι ἡ ὁδὸς καὶ ἡ ἀλήθεια καὶ ἡ ζωή· οὐδεὶς ἔρχεται πρὸς τὸν πατέρα εἰ μὴ δι’ ἐμοῦ.
Literalmente: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, a não ser por mim."
- Ἐγώ εἰμι (Egó eimi): "Eu sou" é uma expressão que remete diretamente a Êxodo 3.14, quando Deus se revelou a Moisés como “Eu Sou” (אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה – Ehyeh Asher Ehyeh). Jesus reivindica aqui a mesma natureza divina de Deus Pai.
- Essa declaração exclui qualquer possibilidade de salvação por meio de outra divindade ou manifestação espiritual, como Krishna.
A Unicidade de Jesus como Deus
Em Colossenses 2.9, Paulo escreve:
ὅτι ἐν αὐτῷ κατοικεῖ πᾶν τὸ πλήρωμα τῆς θεότητος σωματικῶς.
Literalmente: "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade."
- θεότης (Theotēs): "Divindade" refere-se à essência completa de Deus. Essa palavra enfatiza que Jesus não é apenas uma manifestação parcial de Deus, mas que Ele possui toda a plenitude divina.
A Exclusividade do Sacrifício de Jesus
O panteísmo e o movimento Hare Krishna negam que Jesus seja o único Salvador. No entanto, a Bíblia declara em Atos 4.12:
Καὶ οὐκ ἔστιν ἐν ἄλλῳ οὐδενὶ ἡ σωτηρία· οὐδὲ γὰρ ὄνομα ἕτερον ἐστιν ὑπὸ τὸν οὐρανὸν τὸ δεδομένον ἐν ἀνθρώποις ἐν ᾧ δεῖ σωθῆναι ἡμᾶς.
Literalmente: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos."
- O termo σωτηρία (sōtēria), "salvação", enfatiza a obra de redenção exclusiva realizada por Cristo na cruz (Jo 19.30). Qualquer tentativa de colocar Jesus como um guia espiritual ou uma manifestação entre outras anula o significado do sacrifício de Cristo e Sua ressurreição.
3. Problemas Teológicos nos Movimentos Orientais
Rejeição da Trindade
O panteísmo monista e movimentos como Hare Krishna não reconhecem a doutrina da Trindade. No entanto, a Bíblia apresenta Deus como Trino – Pai, Filho e Espírito Santo – três pessoas distintas em uma única essência divina. Em Mateus 28.19, Jesus ordena:
βαπτίζοντες αὐτοὺς εἰς τὸ ὄνομα τοῦ Πατρὸς καὶ τοῦ Υἱοῦ καὶ τοῦ Ἁγίου Πνεύματος.
Literalmente: "Batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."
- O uso de ὄνομα (ónoma) no singular indica que o Pai, o Filho e o Espírito Santo compartilham a mesma essência divina.
Visão Distante da Salvação
Para o panteísmo, a salvação não é um ato objetivo de redenção, mas um processo de autodescoberta ou reabsorção na essência divina universal. Já o cristianismo ensina que a salvação é alcançada pela graça, por meio da fé em Cristo (Ef 2.8-9), e é baseada em um evento histórico: a morte e ressurreição de Jesus (1 Co 15.3-4).
4. Aplicação Pessoal
A negação da divindade de Cristo pelos movimentos orientais é um desafio contemporâneo que exige uma resposta apologética sólida. Como cristãos, somos chamados a:
- Defender a Fé: É essencial conhecer as Escrituras profundamente para refutar doutrinas que negam a divindade de Cristo (1 Pe 3.15).
- Evangelizar com Amor: Devemos proclamar Jesus como o único Salvador com mansidão e respeito, alcançando aqueles que seguem filosofias orientais (At 17.22-31).
- Viver com Convicção: Reconhecer Jesus como Deus impacta nossa adoração, conduta e esperança. Ele não é apenas um guia espiritual, mas o Senhor soberano que nos ama e nos salva.
Conclusão
Os movimentos orientais, ao negar a divindade de Cristo, promovem um sincretismo incompatível com o cristianismo bíblico. Jesus não é apenas um mestre espiritual ou uma das muitas manifestações divinas; Ele é Deus encarnado, o Salvador do mundo. Livros como The Case for Christ (Lee Strobel) e Jesus Among Other Gods (Ravi Zacharias) destacam a singularidade de Jesus em comparação com outras filosofias religiosas. Como discípulos de Cristo, devemos permanecer firmes na verdade bíblica e proclamar que somente em Jesus há vida eterna (Jo 3.16).
Os movimentos religiosos orientais, como o panteísmo monista e o movimento Hare Krishna, apresentam uma visão completamente diferente da cristandade sobre a pessoa de Jesus. Eles negam a Sua divindade, rejeitam a doutrina da Trindade e, em muitos casos, reduzem Jesus a um mero guia espiritual ou a uma das “encarnações” de uma divindade maior, como Krishna. Essa abordagem contrasta com o testemunho bíblico, que declara enfaticamente a divindade, unicidade e exclusividade de Jesus Cristo como Salvador.
1. Negação da Divindade de Jesus pelos Movimentos Orientais
O panteísmo monista, que ensina que tudo é um só (Deus e o universo são uma única realidade), rejeita a noção de um Deus pessoal e da Trindade, doutrinas centrais do cristianismo. Para os Hare Krishna, Jesus é considerado apenas uma das “manifestações” de Krishna, o que contradiz o ensino bíblico de que Jesus é único em Sua essência divina e em Sua obra redentora.
No entanto, as Escrituras proclamam claramente que Jesus é Deus (Jo 1.1; Jo 10.30; Cl 2.9) e que Ele é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). A negação dessas verdades compromete a mensagem central do Evangelho.
2. Resposta Bíblica à Divindade de Cristo
A Exclusividade de Cristo como Salvador
A Bíblia ensina que Jesus não é uma entre várias manifestações divinas, mas o único caminho para a salvação. Em João 14.6, Jesus afirma:
Ἐγώ εἰμι ἡ ὁδὸς καὶ ἡ ἀλήθεια καὶ ἡ ζωή· οὐδεὶς ἔρχεται πρὸς τὸν πατέρα εἰ μὴ δι’ ἐμοῦ.
Literalmente: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, a não ser por mim."
- Ἐγώ εἰμι (Egó eimi): "Eu sou" é uma expressão que remete diretamente a Êxodo 3.14, quando Deus se revelou a Moisés como “Eu Sou” (אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה – Ehyeh Asher Ehyeh). Jesus reivindica aqui a mesma natureza divina de Deus Pai.
- Essa declaração exclui qualquer possibilidade de salvação por meio de outra divindade ou manifestação espiritual, como Krishna.
A Unicidade de Jesus como Deus
Em Colossenses 2.9, Paulo escreve:
ὅτι ἐν αὐτῷ κατοικεῖ πᾶν τὸ πλήρωμα τῆς θεότητος σωματικῶς.
Literalmente: "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade."
- θεότης (Theotēs): "Divindade" refere-se à essência completa de Deus. Essa palavra enfatiza que Jesus não é apenas uma manifestação parcial de Deus, mas que Ele possui toda a plenitude divina.
A Exclusividade do Sacrifício de Jesus
O panteísmo e o movimento Hare Krishna negam que Jesus seja o único Salvador. No entanto, a Bíblia declara em Atos 4.12:
Καὶ οὐκ ἔστιν ἐν ἄλλῳ οὐδενὶ ἡ σωτηρία· οὐδὲ γὰρ ὄνομα ἕτερον ἐστιν ὑπὸ τὸν οὐρανὸν τὸ δεδομένον ἐν ἀνθρώποις ἐν ᾧ δεῖ σωθῆναι ἡμᾶς.
Literalmente: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos."
- O termo σωτηρία (sōtēria), "salvação", enfatiza a obra de redenção exclusiva realizada por Cristo na cruz (Jo 19.30). Qualquer tentativa de colocar Jesus como um guia espiritual ou uma manifestação entre outras anula o significado do sacrifício de Cristo e Sua ressurreição.
3. Problemas Teológicos nos Movimentos Orientais
Rejeição da Trindade
O panteísmo monista e movimentos como Hare Krishna não reconhecem a doutrina da Trindade. No entanto, a Bíblia apresenta Deus como Trino – Pai, Filho e Espírito Santo – três pessoas distintas em uma única essência divina. Em Mateus 28.19, Jesus ordena:
βαπτίζοντες αὐτοὺς εἰς τὸ ὄνομα τοῦ Πατρὸς καὶ τοῦ Υἱοῦ καὶ τοῦ Ἁγίου Πνεύματος.
Literalmente: "Batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."
- O uso de ὄνομα (ónoma) no singular indica que o Pai, o Filho e o Espírito Santo compartilham a mesma essência divina.
Visão Distante da Salvação
Para o panteísmo, a salvação não é um ato objetivo de redenção, mas um processo de autodescoberta ou reabsorção na essência divina universal. Já o cristianismo ensina que a salvação é alcançada pela graça, por meio da fé em Cristo (Ef 2.8-9), e é baseada em um evento histórico: a morte e ressurreição de Jesus (1 Co 15.3-4).
4. Aplicação Pessoal
A negação da divindade de Cristo pelos movimentos orientais é um desafio contemporâneo que exige uma resposta apologética sólida. Como cristãos, somos chamados a:
- Defender a Fé: É essencial conhecer as Escrituras profundamente para refutar doutrinas que negam a divindade de Cristo (1 Pe 3.15).
- Evangelizar com Amor: Devemos proclamar Jesus como o único Salvador com mansidão e respeito, alcançando aqueles que seguem filosofias orientais (At 17.22-31).
- Viver com Convicção: Reconhecer Jesus como Deus impacta nossa adoração, conduta e esperança. Ele não é apenas um guia espiritual, mas o Senhor soberano que nos ama e nos salva.
Conclusão
Os movimentos orientais, ao negar a divindade de Cristo, promovem um sincretismo incompatível com o cristianismo bíblico. Jesus não é apenas um mestre espiritual ou uma das muitas manifestações divinas; Ele é Deus encarnado, o Salvador do mundo. Livros como The Case for Christ (Lee Strobel) e Jesus Among Other Gods (Ravi Zacharias) destacam a singularidade de Jesus em comparação com outras filosofias religiosas. Como discípulos de Cristo, devemos permanecer firmes na verdade bíblica e proclamar que somente em Jesus há vida eterna (Jo 3.16).
3- Outros grupos. O Jesus do Alcorão é um mero mensageiro, não é reconhecido como Deus, nem como o Filho de Deus, nem como Salvador, nem morreu e nem ressuscitou. As religiões reencanacionistas recusam a deidade absoluta de Jesus, a sua ressurreição dentre os mortos e não reconhecem a sua singularidade. O Jesus deles não passa de mais um médium ou um dos grandes mestres e filósofos. No entanto, a Bíblia nos mostra que Jesus é muito mais (Ef 1.21; Hb 7.26), é o Deus em forma humana (Rm 9.5).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os grupos religiosos mencionados, como o Islã e as religiões reencarnacionistas, possuem visões que rejeitam a divindade, singularidade e obra redentora de Jesus Cristo. Contudo, a Bíblia nos apresenta Jesus não apenas como um mestre ou mensageiro, mas como o Deus encarnado, o Salvador único e universal, aquele que morreu pelos pecados da humanidade e ressuscitou, garantindo vida eterna aos que n’Ele creem. Essa diferença crucial demonstra a singularidade de Cristo em relação a todas as crenças religiosas.
1. O Jesus do Alcorão
No Islã, Jesus (chamado de Isa) é reconhecido como um profeta e mensageiro, mas não como Deus, Filho de Deus ou Salvador. O Alcorão afirma que Jesus realizou milagres (Sura 3:49), mas rejeita Sua morte e ressurreição, negando o coração do Evangelho. Essa visão contradiz diretamente as Escrituras, que apresentam Jesus como o Filho eterno de Deus, o Criador e Salvador.
A Divindade de Jesus
Romanos 9:5 declara:
ὧν οἱ πατέρες, καὶ ἐξ ὧν ὁ Χριστὸς τὸ κατὰ σάρκα· ὁ ὢν ἐπὶ πάντων Θεὸς εὐλογητὸς εἰς τοὺς αἰῶνας· ἀμήν.
Literalmente: “Deles [os israelitas] são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é Deus sobre todos, bendito para sempre.”
- O termo ὁ ὢν ἐπὶ πάντων Θεὸς (ho ōn epi pantōn Theos) enfatiza que Jesus não é meramente humano, mas o próprio Deus soberano, acima de todas as coisas.
Além disso, a Bíblia enfatiza que Jesus morreu e ressuscitou para cumprir o plano redentor de Deus. Em 1 Coríntios 15:3-4, Paulo declara:
“Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.”
A rejeição da morte e ressurreição de Jesus no Islã nega a essência do Evangelho, uma vez que sem a cruz não há salvação (Ef 1:7).
2. O Jesus das Religiões Reencarnacionistas
Religiões reencarnacionistas, como o espiritismo e filosofias orientais, apresentam Jesus como um médium ou um grande mestre espiritual, mas negam Sua divindade, ressurreição e exclusividade como Salvador. Essa visão limita Jesus à condição de um ser humano iluminado, ignorando as declarações bíblicas sobre Sua natureza divina e obra redentora.
A Singularidade de Cristo
Efésios 1:21 afirma:
“Acima de todo principado, e poder, e força, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.”
- ὑπεράνω (hyperanō): “acima de” indica a supremacia absoluta de Cristo sobre todas as coisas. Ele não é simplesmente um “mestre” entre outros, mas o Senhor de toda a criação.
- As Escrituras não permitem equiparar Jesus a outros líderes espirituais ou mestres filosóficos. Ele é único em Sua essência divina e em Sua obra.
A Ressurreição de Jesus
A negação da ressurreição por parte das religiões reencarnacionistas é incompatível com o testemunho bíblico. Em Hebreus 7:26, lemos:
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus.”
- ἁγνός (hagnos): “santo” refere-se à pureza moral absoluta de Cristo, tornando-O o único qualificado para oferecer o sacrifício pelos pecados.
- Sua ressurreição é a prova de Sua vitória sobre a morte e de Sua natureza divina (Rm 1:4). Nenhum outro líder espiritual reivindicou ou demonstrou tal poder.
3. A Bíblia Revela Quem Jesus É
A singularidade de Jesus é central na mensagem cristã. Ele não é um profeta, médium ou mero mestre; Ele é Deus encarnado. João 1:14 declara:
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade.”
- σὰρξ (sarx): “carne” refere-se à encarnação de Jesus, o eterno Filho de Deus tornando-se humano sem perder Sua divindade.
- O uso de λόγος (logos) no início do capítulo indica que Jesus é a Palavra eterna e divina, por meio de quem todas as coisas foram criadas (Jo 1:3).
Jesus é o Salvador Único
1 Timóteo 2:5 afirma:
“Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.”
A singularidade de Cristo como o único mediador exclui qualquer possibilidade de múltiplos salvadores ou guias espirituais. Ele é o único que morreu pelos pecados e ressuscitou para justificar os que n’Ele creem (Rm 4:25).
4. Aplicação Pessoal
- Defender a Verdade: Como cristãos, precisamos conhecer profundamente as Escrituras para responder às falsas ideias sobre Jesus, apresentando-O como o Salvador único e verdadeiro (1 Pe 3:15).
- Evangelizar com Amor: É essencial abordar os seguidores de outras religiões com respeito, mostrando-lhes a singularidade e a suficiência de Cristo para a salvação.
- Viver a Realidade de Cristo: Saber que Jesus é Deus encarnado deve impactar nossa vida diária, levando-nos a adorá-Lo, obedecê-Lo e compartilhar Seu Evangelho.
Conclusão
A visão do Jesus apresentado no Alcorão e nas religiões reencarnacionistas é limitada e contrária ao testemunho bíblico. Jesus não é apenas um mensageiro, médium ou filósofo; Ele é o Filho de Deus, o Salvador do mundo e o Senhor ressurreto. Livros como “O Jesus Que Nunca Existiu” (Craig A. Evans) e “Cristianismo Puro e Simples” (C.S. Lewis) destacam a singularidade de Cristo em contraste com as visões religiosas humanas. Devemos proclamar com convicção que Jesus é o único caminho para Deus (Jo 14:6) e viver de maneira que glorifique Sua singularidade como Senhor e Salvador.
Os grupos religiosos mencionados, como o Islã e as religiões reencarnacionistas, possuem visões que rejeitam a divindade, singularidade e obra redentora de Jesus Cristo. Contudo, a Bíblia nos apresenta Jesus não apenas como um mestre ou mensageiro, mas como o Deus encarnado, o Salvador único e universal, aquele que morreu pelos pecados da humanidade e ressuscitou, garantindo vida eterna aos que n’Ele creem. Essa diferença crucial demonstra a singularidade de Cristo em relação a todas as crenças religiosas.
1. O Jesus do Alcorão
No Islã, Jesus (chamado de Isa) é reconhecido como um profeta e mensageiro, mas não como Deus, Filho de Deus ou Salvador. O Alcorão afirma que Jesus realizou milagres (Sura 3:49), mas rejeita Sua morte e ressurreição, negando o coração do Evangelho. Essa visão contradiz diretamente as Escrituras, que apresentam Jesus como o Filho eterno de Deus, o Criador e Salvador.
A Divindade de Jesus
Romanos 9:5 declara:
ὧν οἱ πατέρες, καὶ ἐξ ὧν ὁ Χριστὸς τὸ κατὰ σάρκα· ὁ ὢν ἐπὶ πάντων Θεὸς εὐλογητὸς εἰς τοὺς αἰῶνας· ἀμήν.
Literalmente: “Deles [os israelitas] são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é Deus sobre todos, bendito para sempre.”
- O termo ὁ ὢν ἐπὶ πάντων Θεὸς (ho ōn epi pantōn Theos) enfatiza que Jesus não é meramente humano, mas o próprio Deus soberano, acima de todas as coisas.
Além disso, a Bíblia enfatiza que Jesus morreu e ressuscitou para cumprir o plano redentor de Deus. Em 1 Coríntios 15:3-4, Paulo declara:
“Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.”
A rejeição da morte e ressurreição de Jesus no Islã nega a essência do Evangelho, uma vez que sem a cruz não há salvação (Ef 1:7).
2. O Jesus das Religiões Reencarnacionistas
Religiões reencarnacionistas, como o espiritismo e filosofias orientais, apresentam Jesus como um médium ou um grande mestre espiritual, mas negam Sua divindade, ressurreição e exclusividade como Salvador. Essa visão limita Jesus à condição de um ser humano iluminado, ignorando as declarações bíblicas sobre Sua natureza divina e obra redentora.
A Singularidade de Cristo
Efésios 1:21 afirma:
“Acima de todo principado, e poder, e força, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.”
- ὑπεράνω (hyperanō): “acima de” indica a supremacia absoluta de Cristo sobre todas as coisas. Ele não é simplesmente um “mestre” entre outros, mas o Senhor de toda a criação.
- As Escrituras não permitem equiparar Jesus a outros líderes espirituais ou mestres filosóficos. Ele é único em Sua essência divina e em Sua obra.
A Ressurreição de Jesus
A negação da ressurreição por parte das religiões reencarnacionistas é incompatível com o testemunho bíblico. Em Hebreus 7:26, lemos:
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus.”
- ἁγνός (hagnos): “santo” refere-se à pureza moral absoluta de Cristo, tornando-O o único qualificado para oferecer o sacrifício pelos pecados.
- Sua ressurreição é a prova de Sua vitória sobre a morte e de Sua natureza divina (Rm 1:4). Nenhum outro líder espiritual reivindicou ou demonstrou tal poder.
3. A Bíblia Revela Quem Jesus É
A singularidade de Jesus é central na mensagem cristã. Ele não é um profeta, médium ou mero mestre; Ele é Deus encarnado. João 1:14 declara:
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade.”
- σὰρξ (sarx): “carne” refere-se à encarnação de Jesus, o eterno Filho de Deus tornando-se humano sem perder Sua divindade.
- O uso de λόγος (logos) no início do capítulo indica que Jesus é a Palavra eterna e divina, por meio de quem todas as coisas foram criadas (Jo 1:3).
Jesus é o Salvador Único
1 Timóteo 2:5 afirma:
“Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.”
A singularidade de Cristo como o único mediador exclui qualquer possibilidade de múltiplos salvadores ou guias espirituais. Ele é o único que morreu pelos pecados e ressuscitou para justificar os que n’Ele creem (Rm 4:25).
4. Aplicação Pessoal
- Defender a Verdade: Como cristãos, precisamos conhecer profundamente as Escrituras para responder às falsas ideias sobre Jesus, apresentando-O como o Salvador único e verdadeiro (1 Pe 3:15).
- Evangelizar com Amor: É essencial abordar os seguidores de outras religiões com respeito, mostrando-lhes a singularidade e a suficiência de Cristo para a salvação.
- Viver a Realidade de Cristo: Saber que Jesus é Deus encarnado deve impactar nossa vida diária, levando-nos a adorá-Lo, obedecê-Lo e compartilhar Seu Evangelho.
Conclusão
A visão do Jesus apresentado no Alcorão e nas religiões reencarnacionistas é limitada e contrária ao testemunho bíblico. Jesus não é apenas um mensageiro, médium ou filósofo; Ele é o Filho de Deus, o Salvador do mundo e o Senhor ressurreto. Livros como “O Jesus Que Nunca Existiu” (Craig A. Evans) e “Cristianismo Puro e Simples” (C.S. Lewis) destacam a singularidade de Cristo em contraste com as visões religiosas humanas. Devemos proclamar com convicção que Jesus é o único caminho para Deus (Jo 14:6) e viver de maneira que glorifique Sua singularidade como Senhor e Salvador.
SINOPSE III
Grupos religiosos negam a divindade de Cristo alterando o texto sagrado.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, a conclusão bíblica é que somente Deus pode salvar, somente Ele é o Salvador (Is 45.21). Se o Senhor Jesus não é Deus, logo não pode ser salvador, então negar a divindade de Jesus é negar a salvação.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A conclusão bíblica sobre a divindade de Jesus Cristo e sua relação com a salvação é clara e inegociável: somente Deus pode salvar, conforme Isaías 45:21-22:
“Porventura não sou eu, o Senhor? E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador, não há fora de mim. Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.”
A declaração enfática de Isaías revela que Deus é único em Sua essência, e que Ele mesmo é o único Salvador da humanidade. Negar a divindade de Jesus é negar a própria salvação, pois as Escrituras atestam que Ele é o Deus encarnado e o único mediador entre Deus e os homens.
1. Jesus como Deus e Salvador
A Bíblia ensina que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem, sendo assim, Ele é qualificado para ser o Salvador. Em Mateus 1:21, o anjo declara sobre Jesus:
“Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.”
- Jesus (Ἰησοῦς, Iēsous): deriva do hebraico יְהוֹשֻׁעַ (Yehoshua), que significa "O Senhor é salvação" ou "O Senhor salva". O nome revela a missão divina de Cristo como Salvador e conecta diretamente Sua identidade com a obra redentora.
O Testemunho de Sua Divindade
- João 1:1-14: "O Verbo era Deus... e o Verbo se fez carne." Este texto afirma que Jesus, o Verbo eterno, é Deus que assumiu forma humana.
- Colossenses 1:16-17: Jesus é descrito como Criador e Sustentador de todas as coisas. Isso só pode ser atribuído ao próprio Deus.
- Hebreus 1:3: Jesus é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata de Sua essência.
Se Jesus não fosse Deus, Ele não poderia carregar os pecados da humanidade, pois somente um ser divino e perfeito poderia ser o sacrifício suficiente para expiar o pecado (1 Pe 1:18-19).
2. Salvação em Isaías 45:21-22
No texto de Isaías, a palavra usada para “salvador” em hebraico é מוֹשִׁיעַ (moshia‘), derivada da raiz יָשַׁע (yasha‘), que significa "livrar", "resgatar" ou "salvar". Essa palavra é aplicada exclusivamente a Deus no Antigo Testamento, demonstrando que Ele é o único que pode realizar a salvação.
Quando Jesus afirma em João 14:6, "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim", Ele se identifica como a única via de salvação, reivindicando o papel exclusivo que no Antigo Testamento era atribuído a Yahweh.
A Unidade entre Pai e Filho na Salvação
Em João 10:30, Jesus declara: "Eu e o Pai somos um."
- A palavra grega ἕν (hen), traduzida como "um", refere-se à unidade de essência e natureza entre o Pai e o Filho. Isso reforça que Jesus não é um ser criado, mas consubstancial com Deus Pai.
3. Negar a Divindade de Jesus é Negar a Salvação
Negar a divindade de Jesus é negar a suficiência de Sua obra na cruz e o plano de redenção de Deus. O apóstolo Pedro, em Atos 4:12, afirma:
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
- O termo grego para "salvação" aqui é σωτηρία (sōtēria), que significa libertação, preservação ou redenção. Esta palavra é usada no Novo Testamento exclusivamente para a obra de Deus por meio de Cristo.
- Ao longo do Novo Testamento, a salvação é vinculada diretamente a Jesus como Deus e Salvador (Tito 2:13).
Os grupos ou religiões que negam a divindade de Jesus estão, na prática, rejeitando o único caminho estabelecido por Deus para a salvação.
4. Perspectiva Teológica: A Divindade de Cristo no Debate Cristão
A Trindade e a Unidade Divina
O conceito de Jesus como Deus está centralizado na doutrina da Trindade, que afirma que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus em três pessoas distintas. Negar a divindade de Jesus é negar a unidade do ser divino e o plano de redenção estabelecido desde a fundação do mundo.
Teólogos como Millard Erickson, em Teologia Sistemática, destacam que a divindade de Cristo é essencial para a fé cristã. Ele escreve:
"Se Cristo não é Deus, então Ele não poderia oferecer um sacrifício infinito pelos pecados e não poderia ser o mediador entre Deus e os homens."
Outro livro de destaque, The Deity of Christ (Christopher Morgan e Robert Peterson), afirma:
"A divindade de Cristo é a pedra angular sobre a qual repousa o cristianismo. Negar isso destrói o Evangelho."
5. Aplicação Pessoal
- Reconheça Jesus como Deus e Salvador: A verdadeira fé cristã exige a aceitação de Jesus como Deus encarnado, o único Salvador. Isso deve levar à adoração, submissão e confiança n’Ele.
- Proclame a Verdade: Vivemos em um mundo onde Jesus é muitas vezes reduzido a um profeta ou mestre moral. Como cristãos, devemos proclamar a singularidade de Cristo e a exclusividade da salvação por meio d’Ele.
- Fortaleça sua fé: Estude as Escrituras e busque um entendimento profundo da divindade de Cristo para que você esteja preparado para responder aos que questionam sua fé (1 Pe 3:15).
Conclusão
A Bíblia é clara: somente Deus é Salvador, e Jesus é Deus em forma humana. Negar a divindade de Cristo é negar a própria essência do Evangelho e o plano de salvação. Isaías 45:21-22, Atos 4:12 e João 14:6 deixam evidente que Jesus não é apenas o caminho para Deus; Ele é o próprio Deus que veio nos salvar. Que essa verdade nos leve a adorá-Lo como Senhor e Salvador, proclamando Seu nome a todas as nações.
A conclusão bíblica sobre a divindade de Jesus Cristo e sua relação com a salvação é clara e inegociável: somente Deus pode salvar, conforme Isaías 45:21-22:
“Porventura não sou eu, o Senhor? E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador, não há fora de mim. Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.”
A declaração enfática de Isaías revela que Deus é único em Sua essência, e que Ele mesmo é o único Salvador da humanidade. Negar a divindade de Jesus é negar a própria salvação, pois as Escrituras atestam que Ele é o Deus encarnado e o único mediador entre Deus e os homens.
1. Jesus como Deus e Salvador
A Bíblia ensina que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem, sendo assim, Ele é qualificado para ser o Salvador. Em Mateus 1:21, o anjo declara sobre Jesus:
“Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.”
- Jesus (Ἰησοῦς, Iēsous): deriva do hebraico יְהוֹשֻׁעַ (Yehoshua), que significa "O Senhor é salvação" ou "O Senhor salva". O nome revela a missão divina de Cristo como Salvador e conecta diretamente Sua identidade com a obra redentora.
O Testemunho de Sua Divindade
- João 1:1-14: "O Verbo era Deus... e o Verbo se fez carne." Este texto afirma que Jesus, o Verbo eterno, é Deus que assumiu forma humana.
- Colossenses 1:16-17: Jesus é descrito como Criador e Sustentador de todas as coisas. Isso só pode ser atribuído ao próprio Deus.
- Hebreus 1:3: Jesus é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata de Sua essência.
Se Jesus não fosse Deus, Ele não poderia carregar os pecados da humanidade, pois somente um ser divino e perfeito poderia ser o sacrifício suficiente para expiar o pecado (1 Pe 1:18-19).
2. Salvação em Isaías 45:21-22
No texto de Isaías, a palavra usada para “salvador” em hebraico é מוֹשִׁיעַ (moshia‘), derivada da raiz יָשַׁע (yasha‘), que significa "livrar", "resgatar" ou "salvar". Essa palavra é aplicada exclusivamente a Deus no Antigo Testamento, demonstrando que Ele é o único que pode realizar a salvação.
Quando Jesus afirma em João 14:6, "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim", Ele se identifica como a única via de salvação, reivindicando o papel exclusivo que no Antigo Testamento era atribuído a Yahweh.
A Unidade entre Pai e Filho na Salvação
Em João 10:30, Jesus declara: "Eu e o Pai somos um."
- A palavra grega ἕν (hen), traduzida como "um", refere-se à unidade de essência e natureza entre o Pai e o Filho. Isso reforça que Jesus não é um ser criado, mas consubstancial com Deus Pai.
3. Negar a Divindade de Jesus é Negar a Salvação
Negar a divindade de Jesus é negar a suficiência de Sua obra na cruz e o plano de redenção de Deus. O apóstolo Pedro, em Atos 4:12, afirma:
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
- O termo grego para "salvação" aqui é σωτηρία (sōtēria), que significa libertação, preservação ou redenção. Esta palavra é usada no Novo Testamento exclusivamente para a obra de Deus por meio de Cristo.
- Ao longo do Novo Testamento, a salvação é vinculada diretamente a Jesus como Deus e Salvador (Tito 2:13).
Os grupos ou religiões que negam a divindade de Jesus estão, na prática, rejeitando o único caminho estabelecido por Deus para a salvação.
4. Perspectiva Teológica: A Divindade de Cristo no Debate Cristão
A Trindade e a Unidade Divina
O conceito de Jesus como Deus está centralizado na doutrina da Trindade, que afirma que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus em três pessoas distintas. Negar a divindade de Jesus é negar a unidade do ser divino e o plano de redenção estabelecido desde a fundação do mundo.
Teólogos como Millard Erickson, em Teologia Sistemática, destacam que a divindade de Cristo é essencial para a fé cristã. Ele escreve:
"Se Cristo não é Deus, então Ele não poderia oferecer um sacrifício infinito pelos pecados e não poderia ser o mediador entre Deus e os homens."
Outro livro de destaque, The Deity of Christ (Christopher Morgan e Robert Peterson), afirma:
"A divindade de Cristo é a pedra angular sobre a qual repousa o cristianismo. Negar isso destrói o Evangelho."
5. Aplicação Pessoal
- Reconheça Jesus como Deus e Salvador: A verdadeira fé cristã exige a aceitação de Jesus como Deus encarnado, o único Salvador. Isso deve levar à adoração, submissão e confiança n’Ele.
- Proclame a Verdade: Vivemos em um mundo onde Jesus é muitas vezes reduzido a um profeta ou mestre moral. Como cristãos, devemos proclamar a singularidade de Cristo e a exclusividade da salvação por meio d’Ele.
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