Texto de Referência: Obadias 1-21 VERSÍCULO DO DIA "Porque o dia do Senhor está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim...
Texto de Referência: Obadias 1-21
VERSÍCULO DO DIA
"Porque o dia do Senhor está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça", Ob 1-15.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O livro de Obadias é um dos menores livros do Antigo Testamento, contendo apenas um capítulo com 21 versículos. Ele se concentra na profecia contra Edom e na restauração futura de Israel. Vamos seguir a estrutura que você pediu:
Contexto Geral do Livro de Obadias
Autor e Data
O autor do livro é Obadias, cujo nome significa "Servo do Senhor" (עֹבַדְיָה, Ovadyah). Embora não haja consenso sobre a data exata, existem duas possibilidades principais:
- Durante a invasão babilônica de Jerusalém em 586 a.C., quando os edomitas se alegraram com a queda de Judá (Sl 137.7).
- Durante uma invasão anterior, possivelmente pelos filisteus e árabes no século IX a.C. (2Cr 21.16-17).
Tema Principal
A profecia de Obadias trata do julgamento de Edom devido à sua atitude contra Israel e do futuro triunfo do povo de Deus. O livro divide-se em duas partes:
- Juízo sobre Edom (versículos 1-16) – Deus anuncia a destruição de Edom devido à sua arrogância e crueldade contra Judá.
- A restauração de Israel (versículos 17-21) – Deus promete restauração e domínio final do Seu povo.
Contexto Histórico
Os edomitas eram descendentes de Esaú (Gn 36.1) e mantinham uma relação de hostilidade com os israelitas, descendentes de Jacó. Desde a rivalidade entre os irmãos, os conflitos entre Edom e Israel foram constantes ao longo da história (Nm 20.14-21; Sl 137.7). Edom colaborou com a destruição de Jerusalém, o que gerou a profecia de Obadias sobre sua condenação.
Comentários Teológicos e Raízes Hebraicas
Obadias 1:1
"Visão de Obadias. Assim diz o Senhor Deus a respeito de Edom: Ouvimos uma mensagem do Senhor, e um mensageiro foi enviado às nações: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a batalha."
- "Visão" (חָזוֹן, chazón): Refere-se a uma revelação profética, indicando que a mensagem vem diretamente de Deus.
- Deus levanta as nações para julgar Edom, mostrando que o juízo divino se manifesta através de eventos históricos.
Obadias 1:2
"Eis que te fiz pequeno entre as nações; tu és muito desprezado."
- "Pequeno" (קָטֹן, qaton): Indica insignificância e humilhação, uma reversão da arrogância de Edom.
- Edom, que se via como uma nação forte, será reduzido ao desprezo.
Obadias 1:3
"A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, cuja habitação é elevada, que dizes no teu coração: Quem me derrubará em terra?"
- "Soberba" (זָדוֹן, zadón): Refere-se ao orgulho arrogante que cega a realidade espiritual.
- "Fendas das rochas": Edom habitava em fortalezas naturais, como Petra, mas sua confiança em sua posição física não poderia salvá-lo do juízo divino.
Obadias 1:4
"Ainda que te eleves como a águia e ponhas o teu ninho entre as estrelas, de lá te derrubarei, diz o Senhor."
- "Águia" (נֶשֶׁר, nesher): Símbolo de grandeza e velocidade, mas Deus a derruba.
- O orgulho de Edom não impedirá sua queda diante da soberania de Deus.
Obadias 1:5-6
- Deus descreve a completa destruição de Edom, que será pior do que um roubo comum.
Obadias 1:7-9
- Os aliados de Edom o trairão, mostrando que sua confiança nas nações era ilusória.
Obadias 1:10-14
- A razão do juízo: a violência contra Judá. Os edomitas aproveitaram a destruição de Jerusalém e não ajudaram seus irmãos israelitas.
Obadias 1:15-16
- O "Dia do Senhor" trará juízo para Edom e para todas as nações que se levantam contra Deus.
Obadias 1:17
"Mas no monte Sião haverá livramento; ele será santo, e a casa de Jacó possuirá as suas herdades."
- "Monte Sião" (הַר צִיּוֹן, har Tziyon): Representa a cidade de Deus, símbolo da restauração e do reino messiânico.
- A restauração de Israel contrasta com a destruição de Edom.
Obadias 1:18-21
- Israel será restaurado e triunfará sobre seus inimigos.
- "O reino será do Senhor": Aponta para o governo final de Deus sobre todas as nações.
Conclusão
Obadias ensina que o orgulho e a injustiça levam à ruína, enquanto Deus é fiel para restaurar Seu povo. O livro aponta para o juízo divino sobre as nações e a futura soberania de Deus.
Se precisar de mais detalhes, posso aprofundar cada versículo!
O livro de Obadias é um dos menores livros do Antigo Testamento, contendo apenas um capítulo com 21 versículos. Ele se concentra na profecia contra Edom e na restauração futura de Israel. Vamos seguir a estrutura que você pediu:
Contexto Geral do Livro de Obadias
Autor e Data
O autor do livro é Obadias, cujo nome significa "Servo do Senhor" (עֹבַדְיָה, Ovadyah). Embora não haja consenso sobre a data exata, existem duas possibilidades principais:
- Durante a invasão babilônica de Jerusalém em 586 a.C., quando os edomitas se alegraram com a queda de Judá (Sl 137.7).
- Durante uma invasão anterior, possivelmente pelos filisteus e árabes no século IX a.C. (2Cr 21.16-17).
Tema Principal
A profecia de Obadias trata do julgamento de Edom devido à sua atitude contra Israel e do futuro triunfo do povo de Deus. O livro divide-se em duas partes:
- Juízo sobre Edom (versículos 1-16) – Deus anuncia a destruição de Edom devido à sua arrogância e crueldade contra Judá.
- A restauração de Israel (versículos 17-21) – Deus promete restauração e domínio final do Seu povo.
Contexto Histórico
Os edomitas eram descendentes de Esaú (Gn 36.1) e mantinham uma relação de hostilidade com os israelitas, descendentes de Jacó. Desde a rivalidade entre os irmãos, os conflitos entre Edom e Israel foram constantes ao longo da história (Nm 20.14-21; Sl 137.7). Edom colaborou com a destruição de Jerusalém, o que gerou a profecia de Obadias sobre sua condenação.
Comentários Teológicos e Raízes Hebraicas
Obadias 1:1
"Visão de Obadias. Assim diz o Senhor Deus a respeito de Edom: Ouvimos uma mensagem do Senhor, e um mensageiro foi enviado às nações: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a batalha."
- "Visão" (חָזוֹן, chazón): Refere-se a uma revelação profética, indicando que a mensagem vem diretamente de Deus.
- Deus levanta as nações para julgar Edom, mostrando que o juízo divino se manifesta através de eventos históricos.
Obadias 1:2
"Eis que te fiz pequeno entre as nações; tu és muito desprezado."
- "Pequeno" (קָטֹן, qaton): Indica insignificância e humilhação, uma reversão da arrogância de Edom.
- Edom, que se via como uma nação forte, será reduzido ao desprezo.
Obadias 1:3
"A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, cuja habitação é elevada, que dizes no teu coração: Quem me derrubará em terra?"
- "Soberba" (זָדוֹן, zadón): Refere-se ao orgulho arrogante que cega a realidade espiritual.
- "Fendas das rochas": Edom habitava em fortalezas naturais, como Petra, mas sua confiança em sua posição física não poderia salvá-lo do juízo divino.
Obadias 1:4
"Ainda que te eleves como a águia e ponhas o teu ninho entre as estrelas, de lá te derrubarei, diz o Senhor."
- "Águia" (נֶשֶׁר, nesher): Símbolo de grandeza e velocidade, mas Deus a derruba.
- O orgulho de Edom não impedirá sua queda diante da soberania de Deus.
Obadias 1:5-6
- Deus descreve a completa destruição de Edom, que será pior do que um roubo comum.
Obadias 1:7-9
- Os aliados de Edom o trairão, mostrando que sua confiança nas nações era ilusória.
Obadias 1:10-14
- A razão do juízo: a violência contra Judá. Os edomitas aproveitaram a destruição de Jerusalém e não ajudaram seus irmãos israelitas.
Obadias 1:15-16
- O "Dia do Senhor" trará juízo para Edom e para todas as nações que se levantam contra Deus.
Obadias 1:17
"Mas no monte Sião haverá livramento; ele será santo, e a casa de Jacó possuirá as suas herdades."
- "Monte Sião" (הַר צִיּוֹן, har Tziyon): Representa a cidade de Deus, símbolo da restauração e do reino messiânico.
- A restauração de Israel contrasta com a destruição de Edom.
Obadias 1:18-21
- Israel será restaurado e triunfará sobre seus inimigos.
- "O reino será do Senhor": Aponta para o governo final de Deus sobre todas as nações.
Conclusão
Obadias ensina que o orgulho e a injustiça levam à ruína, enquanto Deus é fiel para restaurar Seu povo. O livro aponta para o juízo divino sobre as nações e a futura soberania de Deus.
Se precisar de mais detalhes, posso aprofundar cada versículo!
VERDADE APLICADA
Entre todas as grandezas presentes no livro do profeta Obadias, chama a atenção a nobreza da justiça divina.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Mostrar a origem dos edomitas;
✔ Destacar a nobreza de Obadias;
✔ Lembrar que Deus abate o soberbo.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que possamos andar em Espírito, para não sermos dominados pela soberba.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "A Soberba Precede a Queda"
Tema: O juízo de Deus sobre a soberba e a justiça divina (Obadias 1:3-4, 10-15).
Objetivo:
Levar os jovens a refletirem sobre os perigos da soberba e da injustiça, destacando que Deus sempre executa Sua justiça no tempo certo.
Material:
- Balões (um para cada participante).
- Canetões permanentes.
- Fita adesiva.
- Papel com versículos bíblicos sobre humildade e justiça (Pv 16:18; Tg 4:6; 1Pe 5:5-6).
- Uma caixa vazia.
Desenvolvimento:
1️⃣ Introdução:O líder inicia perguntando:- O que significa ser soberbo?
- Você já viu pessoas que, por orgulho, caíram em vergonha?
Explique que o livro de Obadias mostra como Edom, por sua arrogância e injustiça contra Judá, foi julgado por Deus. A soberba de Edom o levou à destruição.
2️⃣ Atividade Principal:
- Distribua um balão para cada jovem e peça que encham ao máximo, sem estourar.
- Com um canetão, peça que escrevam no balão palavras relacionadas à soberba e injustiça (ex: orgulho, arrogância, violência, traição, inveja).
- Depois que todos terminarem, peça que fixem os balões na parede com fita adesiva.
3️⃣ Reflexão e Aplicação:
- Leia Obadias 1:3-4 e explique que Edom se achava inabalável, mas Deus declarou sua ruína.
- Pegue um alfinete e, um por um, vá estourando os balões, enfatizando que a soberba e a injustiça sempre levam à destruição.
- Depois, entregue papéis com versículos sobre humildade e justiça e peça que os participantes compartilhem o que aprenderam.
4️⃣ Conclusão:
- Mostre a caixa vazia e diga: “Quando confiamos apenas em nós mesmos, no final, ficamos vazios como essa caixa.”
- Encoraje os jovens a buscarem a humildade e a justiça de Deus, lembrando que Ele sempre age no tempo certo.
Lição Aprendida:
A soberba pode parecer vantajosa por um tempo, mas Deus sempre julga os que agem com orgulho e injustiça. Assim como Edom caiu, toda arrogância será abatida.
Essa dinâmica tornará a lição mais impactante e participativa!
Dinâmica: "A Soberba Precede a Queda"
Tema: O juízo de Deus sobre a soberba e a justiça divina (Obadias 1:3-4, 10-15).
Objetivo:
Levar os jovens a refletirem sobre os perigos da soberba e da injustiça, destacando que Deus sempre executa Sua justiça no tempo certo.
Material:
- Balões (um para cada participante).
- Canetões permanentes.
- Fita adesiva.
- Papel com versículos bíblicos sobre humildade e justiça (Pv 16:18; Tg 4:6; 1Pe 5:5-6).
- Uma caixa vazia.
Desenvolvimento:
- O que significa ser soberbo?
- Você já viu pessoas que, por orgulho, caíram em vergonha?
Explique que o livro de Obadias mostra como Edom, por sua arrogância e injustiça contra Judá, foi julgado por Deus. A soberba de Edom o levou à destruição.
2️⃣ Atividade Principal:
- Distribua um balão para cada jovem e peça que encham ao máximo, sem estourar.
- Com um canetão, peça que escrevam no balão palavras relacionadas à soberba e injustiça (ex: orgulho, arrogância, violência, traição, inveja).
- Depois que todos terminarem, peça que fixem os balões na parede com fita adesiva.
3️⃣ Reflexão e Aplicação:
- Leia Obadias 1:3-4 e explique que Edom se achava inabalável, mas Deus declarou sua ruína.
- Pegue um alfinete e, um por um, vá estourando os balões, enfatizando que a soberba e a injustiça sempre levam à destruição.
- Depois, entregue papéis com versículos sobre humildade e justiça e peça que os participantes compartilhem o que aprenderam.
4️⃣ Conclusão:
- Mostre a caixa vazia e diga: “Quando confiamos apenas em nós mesmos, no final, ficamos vazios como essa caixa.”
- Encoraje os jovens a buscarem a humildade e a justiça de Deus, lembrando que Ele sempre age no tempo certo.
Lição Aprendida:
A soberba pode parecer vantajosa por um tempo, mas Deus sempre julga os que agem com orgulho e injustiça. Assim como Edom caiu, toda arrogância será abatida.
Essa dinâmica tornará a lição mais impactante e participativa!
LEITURA SEMANAL
Seg Ob 1-3 O risco da soberba.
Ter Ob 1-15 O Dia do Senhor está perto.
Qua Ob 1.17 No Monte Sinal, haverá livramento.
Qui Ob 1-18 A ira de Deus contra Edom.
Sex Ob 1-19 Deus restaura a nação eleita.
Sáb Ob 1-21 O Reino será do Senhor
Ponto-Chave
"As profecias de Obadias são as que mais encontram dificuldades para ser datada, embora possamos identificar que estão ligadas ao ataque edomita a Jerusalém (Ob 1-14)".
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O livro de Obadias, apesar de ser o menor do Antigo Testamento, carrega um peso teológico e profético significativo. Seu tema central gira em torno do juízo divino sobre Edom e da restauração de Israel, refletindo a justiça e a soberania de Deus sobre as nações.
Dificuldade na Datação e Contexto Histórico
A questão da datação do livro de Obadias tem sido debatida entre os estudiosos, uma vez que o texto não fornece um indicativo direto do período em que foi escrito. As principais propostas acadêmicas giram em torno de dois períodos históricos:
- Período da Invasão Babilônica (586 a.C.)
- Esta é a visão mais aceita entre os estudiosos, baseada na menção da violência de Edom contra Judá durante uma grande calamidade (Ob 10-14).
- O Salmo 137:7 menciona a participação dos edomitas na destruição de Jerusalém, alinhando-se com essa perspectiva.
- Autores como Gleason Archer (A Survey of Old Testament Introduction) e Raymond Dillard & Tremper Longman (An Introduction to the Old Testament) defendem essa datação, argumentando que o comportamento de Edom reflete o que foi registrado em outras passagens do AT (Lm 4:21-22; Ez 25:12-14).
- Período da Invasão dos Filisteus e Árabes (c. 845 a.C.)
- Alguns estudiosos, como Eugene Merrill (Kingdom of Priests: A History of Old Testament Israel), sustentam que Obadias poderia ter sido escrito após o ataque dos filisteus e árabes durante o reinado de Jeorão (2Cr 21:16-17).
- Essa teoria se baseia na ausência de menção aos babilônios e na similaridade com Joel 3:3-6.
Independentemente da data, o cerne da mensagem de Obadias permanece: o juízo divino contra Edom e a promessa de restauração de Israel.
Teologia de Obadias
1. O Julgamento de Edom e a Justiça de Deus
Obadias destaca a justiça divina ao pronunciar juízo contra Edom por sua arrogância e traição contra Judá. O orgulho dos edomitas é abordado de maneira contundente (Ob 1:3), demonstrando que nenhuma nação pode escapar da soberania de Deus.
- John Oswalt, em The Book of the Twelve: Hosea-Jonah, ressalta que Obadias ensina que o orgulho humano, quando não controlado, leva inevitavelmente à ruína.
- Walter Kaiser, em The Messiah in the Old Testament, aponta que Obadias revela o caráter de Deus como juiz das nações e protetor de Seu povo.
2. O Dia do Senhor e o Juízo sobre as Nações
O conceito do "Dia do Senhor" (Ob 1:15) é fundamental na profecia de Obadias. Ele não se restringe apenas a Edom, mas envolve todas as nações que se levantam contra o propósito divino.
- Bruce Waltke, em An Old Testament Theology, sugere que a menção ao "Dia do Senhor" liga Obadias ao contexto escatológico dos profetas menores, apontando para o juízo final.
3. A Restauração de Israel e o Reino de Deus
Obadias encerra sua profecia com a promessa da restauração de Israel (Ob 1:17-21), enfatizando que Deus trará justiça e reestabelecerá Seu povo.
- Tremper Longman, em The Minor Prophets: An Exegetical and Theological Exposition of Holy Scripture, interpreta essa seção como uma antecipação da restauração messiânica, na qual o Reino de Deus se manifestará plenamente.
Conclusão
O livro de Obadias, apesar de pequeno, oferece uma mensagem poderosa sobre a soberania de Deus, o juízo divino e a restauração de Israel. Seja no contexto da invasão babilônica ou em um período anterior, a lição central permanece: Deus governa as nações com justiça e trará Seu Reino em plenitude.
O livro de Obadias, apesar de ser o menor do Antigo Testamento, carrega um peso teológico e profético significativo. Seu tema central gira em torno do juízo divino sobre Edom e da restauração de Israel, refletindo a justiça e a soberania de Deus sobre as nações.
Dificuldade na Datação e Contexto Histórico
A questão da datação do livro de Obadias tem sido debatida entre os estudiosos, uma vez que o texto não fornece um indicativo direto do período em que foi escrito. As principais propostas acadêmicas giram em torno de dois períodos históricos:
- Período da Invasão Babilônica (586 a.C.)
- Esta é a visão mais aceita entre os estudiosos, baseada na menção da violência de Edom contra Judá durante uma grande calamidade (Ob 10-14).
- O Salmo 137:7 menciona a participação dos edomitas na destruição de Jerusalém, alinhando-se com essa perspectiva.
- Autores como Gleason Archer (A Survey of Old Testament Introduction) e Raymond Dillard & Tremper Longman (An Introduction to the Old Testament) defendem essa datação, argumentando que o comportamento de Edom reflete o que foi registrado em outras passagens do AT (Lm 4:21-22; Ez 25:12-14).
- Período da Invasão dos Filisteus e Árabes (c. 845 a.C.)
- Alguns estudiosos, como Eugene Merrill (Kingdom of Priests: A History of Old Testament Israel), sustentam que Obadias poderia ter sido escrito após o ataque dos filisteus e árabes durante o reinado de Jeorão (2Cr 21:16-17).
- Essa teoria se baseia na ausência de menção aos babilônios e na similaridade com Joel 3:3-6.
Independentemente da data, o cerne da mensagem de Obadias permanece: o juízo divino contra Edom e a promessa de restauração de Israel.
Teologia de Obadias
1. O Julgamento de Edom e a Justiça de Deus
Obadias destaca a justiça divina ao pronunciar juízo contra Edom por sua arrogância e traição contra Judá. O orgulho dos edomitas é abordado de maneira contundente (Ob 1:3), demonstrando que nenhuma nação pode escapar da soberania de Deus.
- John Oswalt, em The Book of the Twelve: Hosea-Jonah, ressalta que Obadias ensina que o orgulho humano, quando não controlado, leva inevitavelmente à ruína.
- Walter Kaiser, em The Messiah in the Old Testament, aponta que Obadias revela o caráter de Deus como juiz das nações e protetor de Seu povo.
2. O Dia do Senhor e o Juízo sobre as Nações
O conceito do "Dia do Senhor" (Ob 1:15) é fundamental na profecia de Obadias. Ele não se restringe apenas a Edom, mas envolve todas as nações que se levantam contra o propósito divino.
- Bruce Waltke, em An Old Testament Theology, sugere que a menção ao "Dia do Senhor" liga Obadias ao contexto escatológico dos profetas menores, apontando para o juízo final.
3. A Restauração de Israel e o Reino de Deus
Obadias encerra sua profecia com a promessa da restauração de Israel (Ob 1:17-21), enfatizando que Deus trará justiça e reestabelecerá Seu povo.
- Tremper Longman, em The Minor Prophets: An Exegetical and Theological Exposition of Holy Scripture, interpreta essa seção como uma antecipação da restauração messiânica, na qual o Reino de Deus se manifestará plenamente.
Conclusão
O livro de Obadias, apesar de pequeno, oferece uma mensagem poderosa sobre a soberania de Deus, o juízo divino e a restauração de Israel. Seja no contexto da invasão babilônica ou em um período anterior, a lição central permanece: Deus governa as nações com justiça e trará Seu Reino em plenitude.
1. A BIOGRAFIA DO PROFETA
O nome Obadias significa "servo do Senhor". Não há informações precisas acerca do autor. No livro não é descrito sua família, nem outra particularidade a seu respeito.
1.1. A origem dos edomitas
A Bíblia revela que os edomitas eram os descendentes de Esaú, irmão de Jacó e filho do patriarca Isaque. No ventre materno, Esaú e Jacó pelejaram juntos, e Deus disse a sua mãe, Rebeca, que eles seriam duas nações, com o mais velho servindo ao mais novo (Gn 25.23). O livro do profeta Obadias, apresenta um julgamento contra a nação de Edom (v. 1), vizinha de Judá, localizado do outro lado do mar Morto, conhecida hoje como Petra. O nome "Edom", que significa "vermelho", vem de uma palavra pertencente aos povos semitas. O Dicionário Bíblico Tyndale (2015, p.524), nos apresenta que o termo Bíblico Edom, que significa "vermelho", denota, ou o nome da terra, ou o nome de Esaú, em lembrança da sopa vermelha ou cozido pelo qual trocou seu direito de primogenitura (Gn 25.30; 36.1,8,19). O país de Edom também era conhecido como Seir (Gn 32.3; 36.30; Nm 24.18).
1.2. O comportamento edomita e suas implicações
Quando os israelitas solicitaram permissão para usar a rota que passava por Edom, em seu êxodo do Egito, foi-lhes negado tal requerimento (Nm 20.17,18). A ideia dos israelitas era atravessar a região pertencente aos edomitas sem lhes causar prejuízos. Entretanto, o rei de Edom ameaçou usar a força caso eles tentassem passar em seu caminho (Nm 20.20). Assim, os edomitas não deixaram que os israelitas cruzassem o seu destino passando por suas terras.
Essa atitude dos descendentes de Esaú fez com que os israelitas fossem por outro caminho (Nm 20.21). Mais tarde observamos que, por serem parentes próximos, os israelitas foram proibidos por Deus de aborrecerem os edomitas (Dt 23.7).
Refletindo
A história nos mostra que Deus cumpriu a profecia, e Edom foi apagada da Terra, enquanto Israel foi restaurado".
Bispo Abner Ferreira
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O estudo sobre o profeta Obadias e a nação de Edom nos oferece uma compreensão mais profunda da justiça divina e do cumprimento das profecias bíblicas. Vamos explorar alguns pontos teológicos e históricos relevantes a partir do que foi apresentado.
1. A BIOGRAFIA DO PROFETA OBADIAS
O nome Obadias (עֹבַדְיָה, ʿOḇaḏyāh) significa "Servo de Yahweh" ou "Adorador do Senhor". Este nome aparece diversas vezes no Antigo Testamento (1Rs 18.3-16; 1Cr 3.21; 7.3; 8.38; 9.44; 12.9), mas não há provas de que qualquer desses personagens seja o autor do livro. Sua ausência de genealogia no livro sugere que sua mensagem era mais importante do que sua identidade pessoal, indicando que ele falava unicamente em nome de Deus.
Opiniões acadêmicas:
- Tremper Longman III (The Minor Prophets: An Exegetical and Theological Exposition of Holy Scripture) aponta que a identidade do profeta não é relevante para a mensagem do livro, que foca exclusivamente no julgamento divino sobre Edom e na restauração de Israel.
- John Goldingay, em Hosea to Micah, sugere que Obadias pode ter sido um profeta levítico, uma vez que seu nome aparece com frequência entre os sacerdotes do período do Antigo Testamento.
1.1. A ORIGEM DOS EDOMITAS
Os edomitas (אֱדוֹם, ʾĔḏôm) são descendentes de Esaú e formaram um reino ao sul de Judá, na região montanhosa de Seir. O nome "Edom" está ligado à narrativa de Gênesis 25.30, onde Esaú vende seu direito de primogenitura por um prato de guisado vermelho (אֲדֹם, ’āḏōm), associando sua linhagem a esse termo.
A rivalidade entre Israel e Edom começou ainda no ventre de Rebeca (Gn 25.22-23), quando Deus previu que "o maior serviria ao menor". Isso se cumpriu parcialmente na história, mas Edom constantemente se rebelava contra a soberania de Israel, sendo um inimigo frequente do povo de Deus.
Evidências arqueológicas e acadêmicas:
- O Dicionário Bíblico Ilustrado Holman (2018) explica que os edomitas habitavam a região montanhosa de Petra, um território estratégico por suas rotas comerciais.
- Eugene Merrill (Kingdom of Priests: A History of Old Testament Israel) destaca que os edomitas se tornaram vassalos de Israel no tempo de Davi (2Sm 8.13-14), mas mais tarde se revoltaram e resistiram ao domínio israelita (2Rs 8.20-22).
1.2. O COMPORTAMENTO EDOMITA E SUAS IMPLICAÇÕES
A recusa dos edomitas em permitir a passagem dos israelitas (Nm 20.17-21) demonstra a hostilidade contínua entre os dois povos. Embora Israel tenha sido proibido por Deus de aborrecer Edom (Dt 23.7), essa animosidade persistiu ao longo dos séculos.
Nos tempos de Obadias, Edom aproveitou a destruição de Jerusalém para saquear e oprimir o povo judeu (Ob 1.10-14), o que provocou a sentença profética contra eles.
Cumprimento da Profecia:
- Obadias 1:18 declara que "não haverá sobrevivente da casa de Esaú", o que se cumpriu quando Edom foi destruído pelos babilônios e, posteriormente, absorvido pelos nabateus.
- João MacArthur, em The MacArthur Bible Commentary, afirma que a aniquilação de Edom prova a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas e executar juízo contra as nações que se opõem a Seu plano.
Reflexão Teológica
A história de Edom serve como um lembrete do princípio bíblico: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7). O orgulho edomita e sua traição a Judá resultaram em sua destruição completa, enquanto Israel, mesmo passando por juízo, foi restaurado conforme as promessas divinas.
O livro de Obadias nos ensina que:
- Deus é soberano sobre as nações e retribui a cada uma conforme suas obras.
- O orgulho humano leva à queda (Ob 1.3).
- A justiça de Deus é infalível, e Sua fidelidade para com Seu povo é eterna.
O estudo sobre o profeta Obadias e a nação de Edom nos oferece uma compreensão mais profunda da justiça divina e do cumprimento das profecias bíblicas. Vamos explorar alguns pontos teológicos e históricos relevantes a partir do que foi apresentado.
1. A BIOGRAFIA DO PROFETA OBADIAS
O nome Obadias (עֹבַדְיָה, ʿOḇaḏyāh) significa "Servo de Yahweh" ou "Adorador do Senhor". Este nome aparece diversas vezes no Antigo Testamento (1Rs 18.3-16; 1Cr 3.21; 7.3; 8.38; 9.44; 12.9), mas não há provas de que qualquer desses personagens seja o autor do livro. Sua ausência de genealogia no livro sugere que sua mensagem era mais importante do que sua identidade pessoal, indicando que ele falava unicamente em nome de Deus.
Opiniões acadêmicas:
- Tremper Longman III (The Minor Prophets: An Exegetical and Theological Exposition of Holy Scripture) aponta que a identidade do profeta não é relevante para a mensagem do livro, que foca exclusivamente no julgamento divino sobre Edom e na restauração de Israel.
- John Goldingay, em Hosea to Micah, sugere que Obadias pode ter sido um profeta levítico, uma vez que seu nome aparece com frequência entre os sacerdotes do período do Antigo Testamento.
1.1. A ORIGEM DOS EDOMITAS
Os edomitas (אֱדוֹם, ʾĔḏôm) são descendentes de Esaú e formaram um reino ao sul de Judá, na região montanhosa de Seir. O nome "Edom" está ligado à narrativa de Gênesis 25.30, onde Esaú vende seu direito de primogenitura por um prato de guisado vermelho (אֲדֹם, ’āḏōm), associando sua linhagem a esse termo.
A rivalidade entre Israel e Edom começou ainda no ventre de Rebeca (Gn 25.22-23), quando Deus previu que "o maior serviria ao menor". Isso se cumpriu parcialmente na história, mas Edom constantemente se rebelava contra a soberania de Israel, sendo um inimigo frequente do povo de Deus.
Evidências arqueológicas e acadêmicas:
- O Dicionário Bíblico Ilustrado Holman (2018) explica que os edomitas habitavam a região montanhosa de Petra, um território estratégico por suas rotas comerciais.
- Eugene Merrill (Kingdom of Priests: A History of Old Testament Israel) destaca que os edomitas se tornaram vassalos de Israel no tempo de Davi (2Sm 8.13-14), mas mais tarde se revoltaram e resistiram ao domínio israelita (2Rs 8.20-22).
1.2. O COMPORTAMENTO EDOMITA E SUAS IMPLICAÇÕES
A recusa dos edomitas em permitir a passagem dos israelitas (Nm 20.17-21) demonstra a hostilidade contínua entre os dois povos. Embora Israel tenha sido proibido por Deus de aborrecer Edom (Dt 23.7), essa animosidade persistiu ao longo dos séculos.
Nos tempos de Obadias, Edom aproveitou a destruição de Jerusalém para saquear e oprimir o povo judeu (Ob 1.10-14), o que provocou a sentença profética contra eles.
Cumprimento da Profecia:
- Obadias 1:18 declara que "não haverá sobrevivente da casa de Esaú", o que se cumpriu quando Edom foi destruído pelos babilônios e, posteriormente, absorvido pelos nabateus.
- João MacArthur, em The MacArthur Bible Commentary, afirma que a aniquilação de Edom prova a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas e executar juízo contra as nações que se opõem a Seu plano.
Reflexão Teológica
A história de Edom serve como um lembrete do princípio bíblico: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7). O orgulho edomita e sua traição a Judá resultaram em sua destruição completa, enquanto Israel, mesmo passando por juízo, foi restaurado conforme as promessas divinas.
O livro de Obadias nos ensina que:
- Deus é soberano sobre as nações e retribui a cada uma conforme suas obras.
- O orgulho humano leva à queda (Ob 1.3).
- A justiça de Deus é infalível, e Sua fidelidade para com Seu povo é eterna.
2. UM PROFETA NOTÁVEL
O livro de Obadias trata-se do escrito mais curto do AT. Em suas profecias, Obadias chama atenção para o fato da lei da semeadura. Esta é uma lei estabelecida por Deus. Obteremos o que plantamos nesta vida. Este ensinamento da retribuição é divina e bíblica (Êx 21.23-25).
2.1. A nobreza de Obadias
Três aspectos da vida do profeta Obadias nos chamam atenção. Podemos destacar sua humildade, sua vida sem rancor dos inimigos e sua confiança em Deus. Sobre a humanidade de Obadias, vemos que ele desempenhou seu ministério sem procurar ser reconhecido, e sem buscar aplausos ou fama. Obadias também não demonstrou rancor dos agressores do seu povo. Outra característica de Obadias é que ele confiava veementemente em Deus. O profeta demonstrou ter a certeza de que o Senhor usaria de misericórdia no tempo adequado, e traria de volta os cativos e governaria sobre eles (vv. 20,21).
2.2. A odiosidade e a soberba não devem ter espaço em nosso coração
Sobre a maldade dos edomitas, Obadias destaca três: l) um povo arrogante - Sua arrogância é vista em relação aos outros povos vizinhos, assim como sua pretensiosa independência de Deus. Diziam eles: "[...] como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em terra?" (v. 3); 2) Um povo perverso - Obadias registra que os edomitas foram agentes de destruição no dia de grande calamidade em Jerusalém (vv 12-14); 3) Um povo violento - A principal razão para a ira divina derramada sobre Edom era a violência praticada contra o "irmão Jacó, (v.10).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2. UM PROFETA NOTÁVEL
O livro de Obadias, sendo o mais curto do Antigo Testamento, possui um impacto teológico significativo ao abordar a soberania de Deus, a justiça divina e o cumprimento das profecias. O tema central do livro é a retribuição divina sobre Edom e a restauração de Israel.
A mensagem de Obadias reflete a lei da semeadura e colheita, um princípio espiritual evidente em toda a Escritura (Gl 6.7-8). A ideia de que "o que o homem semear, isso também ceifará" já estava presente na lei mosaica (Êx 21.23-25), onde a punição deveria ser proporcional à ofensa. Esse princípio se aplica tanto a indivíduos quanto a nações.
2.1. A NOBREZA DE OBADIAS
O profeta Obadias apresenta três características que o tornam um modelo de servo fiel de Deus:
- Humildade – Ele não buscou reconhecimento pessoal ou aplausos, mas apenas transmitiu a mensagem divina. A ausência de informações biográficas no livro sugere que sua missão era maior do que sua identidade.
- Ausência de rancor – Diferente de outros profetas que expressam lamentos ou sentimentos de dor pessoal, Obadias não demonstra ódio pelos edomitas. Ele apenas proclama a justiça de Deus, sem desejo pessoal de vingança. Isso se alinha com princípios neotestamentários de confiar a vingança a Deus (Rm 12.19).
- Confiança em Deus – Obadias acreditava plenamente no cumprimento das promessas divinas. Os versículos 20 e 21 enfatizam a restauração de Israel, mostrando que Deus não apenas julga, mas também redime e reconstrói Seu povo.
Comentário teológico:
- Matthew Henry, em seu comentário, destaca que Obadias "não se prendeu ao desespero diante da opressão edomita, mas manteve sua fé na justiça e no tempo de Deus".
- Tremper Longman III (The Minor Prophets) aponta que "o ministério de Obadias é um testemunho de que a justiça de Deus pode parecer tardia aos olhos humanos, mas nunca falha".
2.2. A ODIOUSIDADE E A SOBERBA NÃO DEVEM TER ESPAÇO EM NOSSO CORAÇÃO
A destruição de Edom foi consequência direta de sua arrogância, perversidade e violência contra Judá. O livro de Obadias destaca três aspectos fundamentais do pecado edomita:
- Um povo arrogante – A soberba dos edomitas é evidenciada no versículo 3:"A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, na tua alta morada, que dizes no teu coração: Quem me derribará em terra?"
Os edomitas confiavam excessivamente em sua localização geográfica e fortalezas naturais (Petra, uma cidade incrustada nas rochas), achando-se inatingíveis. Entretanto, Deus prometeu derrubá-los, mostrando que nenhuma segurança terrena pode proteger contra o juízo divino. - Um povo perverso – Nos versículos 12-14, Obadias condena a atitude de Edom ao se alegrar com a destruição de Jerusalém e ao participar do saque da cidade. Eles não apenas foram indiferentes ao sofrimento de seus "irmãos", mas também aproveitaram a calamidade para benefício próprio.
- Um povo violento – O versículo 10 resume a principal acusação contra Edom:"Por causa da violência contra teu irmão Jacó, cobrir-te-á a vergonha, e serás exterminado para sempre".
A violência de Edom contra Israel foi um reflexo de seu caráter hostil e ganancioso. Como consequência, Deus declarou que a nação seria completamente destruída – um juízo que se cumpriu historicamente quando Edom foi devastado pelos babilônios e, posteriormente, assimilado pelos nabateus.
Aplicação teológica:
- A destruição de Edom nos ensina que o orgulho precede a queda (Pv 16.18).
- Devemos evitar a indiferença diante do sofrimento dos outros, pois Deus condena aqueles que se alegram com a desgraça alheia (Pv 24.17-18).
- A violência contra nossos "irmãos" traz consequências espirituais e materiais severas.
Reflexão:Assim como Deus julgou Edom por sua arrogância e crueldade, Ele também exige de nós um coração humilde, justo e misericordioso.
2. UM PROFETA NOTÁVEL
O livro de Obadias, sendo o mais curto do Antigo Testamento, possui um impacto teológico significativo ao abordar a soberania de Deus, a justiça divina e o cumprimento das profecias. O tema central do livro é a retribuição divina sobre Edom e a restauração de Israel.
A mensagem de Obadias reflete a lei da semeadura e colheita, um princípio espiritual evidente em toda a Escritura (Gl 6.7-8). A ideia de que "o que o homem semear, isso também ceifará" já estava presente na lei mosaica (Êx 21.23-25), onde a punição deveria ser proporcional à ofensa. Esse princípio se aplica tanto a indivíduos quanto a nações.
2.1. A NOBREZA DE OBADIAS
O profeta Obadias apresenta três características que o tornam um modelo de servo fiel de Deus:
- Humildade – Ele não buscou reconhecimento pessoal ou aplausos, mas apenas transmitiu a mensagem divina. A ausência de informações biográficas no livro sugere que sua missão era maior do que sua identidade.
- Ausência de rancor – Diferente de outros profetas que expressam lamentos ou sentimentos de dor pessoal, Obadias não demonstra ódio pelos edomitas. Ele apenas proclama a justiça de Deus, sem desejo pessoal de vingança. Isso se alinha com princípios neotestamentários de confiar a vingança a Deus (Rm 12.19).
- Confiança em Deus – Obadias acreditava plenamente no cumprimento das promessas divinas. Os versículos 20 e 21 enfatizam a restauração de Israel, mostrando que Deus não apenas julga, mas também redime e reconstrói Seu povo.
Comentário teológico:
- Matthew Henry, em seu comentário, destaca que Obadias "não se prendeu ao desespero diante da opressão edomita, mas manteve sua fé na justiça e no tempo de Deus".
- Tremper Longman III (The Minor Prophets) aponta que "o ministério de Obadias é um testemunho de que a justiça de Deus pode parecer tardia aos olhos humanos, mas nunca falha".
2.2. A ODIOUSIDADE E A SOBERBA NÃO DEVEM TER ESPAÇO EM NOSSO CORAÇÃO
A destruição de Edom foi consequência direta de sua arrogância, perversidade e violência contra Judá. O livro de Obadias destaca três aspectos fundamentais do pecado edomita:
- Um povo arrogante – A soberba dos edomitas é evidenciada no versículo 3:"A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, na tua alta morada, que dizes no teu coração: Quem me derribará em terra?"Os edomitas confiavam excessivamente em sua localização geográfica e fortalezas naturais (Petra, uma cidade incrustada nas rochas), achando-se inatingíveis. Entretanto, Deus prometeu derrubá-los, mostrando que nenhuma segurança terrena pode proteger contra o juízo divino.
- Um povo perverso – Nos versículos 12-14, Obadias condena a atitude de Edom ao se alegrar com a destruição de Jerusalém e ao participar do saque da cidade. Eles não apenas foram indiferentes ao sofrimento de seus "irmãos", mas também aproveitaram a calamidade para benefício próprio.
- Um povo violento – O versículo 10 resume a principal acusação contra Edom:"Por causa da violência contra teu irmão Jacó, cobrir-te-á a vergonha, e serás exterminado para sempre".A violência de Edom contra Israel foi um reflexo de seu caráter hostil e ganancioso. Como consequência, Deus declarou que a nação seria completamente destruída – um juízo que se cumpriu historicamente quando Edom foi devastado pelos babilônios e, posteriormente, assimilado pelos nabateus.
Aplicação teológica:
- A destruição de Edom nos ensina que o orgulho precede a queda (Pv 16.18).
- Devemos evitar a indiferença diante do sofrimento dos outros, pois Deus condena aqueles que se alegram com a desgraça alheia (Pv 24.17-18).
- A violência contra nossos "irmãos" traz consequências espirituais e materiais severas.
3. EDOM SERVE DE REPRESENTANTE DE TODAS AS NAÇÕES QUE SE OPÕEM A DEUS
O que Obadias nos descreve sobre Edom se alarga a todas as nações, que, no decorrer dos tempos, se opuseram à liderança de Deus. Obadias mostra que o Deus de Israel não teme ao agravo dos governantes de qualquer nação.
3.1. O fim de Edom
Por sua soberba, Obadias predisse a destruição de Edom e o julgamento de Deus derramado sobre eles. Obadias advertiu a casa de Esaú que o julgamento cairia sobre eles, e eles nunca mais se alegrariam contra a casa de Judá (Ob 1-14). Sobre o fim de Edom, o Dicionário Bíblico Wicliffe (2019, p.596), diz que os edomitas foram desalojados pelos nabateus que ocuparam o seu país posteriormente a profecia do profeta Obadias. Vale lembrar que, enquanto os israelitas se espalharam por diversas nações e posteriormente nasceram como uma nação, os edomitas esvaneceram-se da história para sempre.
3.2. Um Deus que faz Justiça
A profecia vista no livro de Obadias a respeito do "Dia do Senhor" marca um período especial da história em que Deus se erguerá para fazer valer a Sua justiça. Embora Obadias não desenvolva claramente assuntos concernentes ao Messias com a mesma dinâmica de outros profetas como Isaías e Daniel, ele, porém, apresenta em sua mensagem a seriedade do "Dia do Senhor" (v.15) que ocasionaria retidão contra os inimigos de Deus e serenidade para os seus servos fiéis. Mediante as profecias de Obadias, aprendemos a manter a fé na justiça divina. Porque ainda que n~ inimigos se levantem contra nós, o Senhor intervirá para fazer prevalecer a Sua justiça e derramar o Seu consolo sobre nós.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3. EDOM SERVE DE REPRESENTANTE DE TODAS AS NAÇÕES QUE SE OPÕEM A DEUS
O julgamento profético contra Edom vai além de uma simples condenação histórica. Obadias apresenta Edom como um símbolo das nações que se levantam contra Deus e Seu povo. Esse princípio é recorrente na Bíblia, onde nações arrogantes e opressoras são punidas pela soberania divina (Sl 2.1-6; Is 13.11).
Obadias destaca que nenhum poder humano pode desafiar a autoridade divina impunemente. Assim como Edom enfrentou a justiça de Deus, toda nação ou império que se exalta contra Ele será abatido.
3.1. O FIM DE EDOM
A destruição de Edom foi um cumprimento literal da profecia de Obadias. O orgulho edomita os levou a crer que eram inabaláveis, mas Deus decretou seu fim.
Edom na História
O Dicionário Bíblico Wycliffe (2019, p. 596) confirma que os edomitas foram expulsos pelos nabateus, que tomaram suas terras. Mais tarde, os edomitas (ou idumeus) foram dominados pelos macabeus no século II a.C. e, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., desapareceram completamente da história.
Contraste com Israel
Ao contrário de Edom, Israel, mesmo disperso, manteve sua identidade e voltou a ser uma nação. Esse fato reforça a soberania de Deus e o cumprimento de Sua promessa para Seu povo (Dt 30.3-5).
Aplicação Teológica
- O orgulho e a arrogância de Edom levaram à sua destruição total. O mesmo destino aguarda aqueles que resistem a Deus (Pv 16.18).
- A preservação de Israel demonstra que Deus cumpre Suas promessas e restaura Seu povo, independentemente das dificuldades.
- A história confirma que nenhuma nação pode desafiar Deus e permanecer de pé por muito tempo.
3.2. UM DEUS QUE FAZ JUSTIÇA
O conceito do "Dia do Senhor" (Ob 15) é central na profecia de Obadias. Esse termo refere-se a momentos de juízo divino contra as nações e, em um sentido escatológico, aponta para o julgamento final de Deus (Jl 2.1-2; Sf 1.14-18).
Justiça Divina e Restauração
- Deus não ignora a injustiça. O Dia do Senhor garante que Ele intervirá em favor de Seu povo e trará juízo contra os ímpios.
- A profecia de Obadias fortalece a fé na justiça de Deus, mesmo quando os inimigos parecem triunfar momentaneamente.
Comparação com Outros Profetas
- Isaías e Daniel apresentam a vinda do Messias de forma detalhada.
- Obadias, por outro lado, destaca o aspecto escatológico da justiça divina, sem focar diretamente no Messias.
Aplicação Prática
- Devemos confiar que Deus julgará aqueles que se levantam contra Seu povo.
- Assim como Deus fez justiça contra Edom, Ele não permitirá que a maldade triunfe para sempre.
- Em tempos de provação, devemos lembrar que Deus sempre intervém no tempo certo.
3. EDOM SERVE DE REPRESENTANTE DE TODAS AS NAÇÕES QUE SE OPÕEM A DEUS
O julgamento profético contra Edom vai além de uma simples condenação histórica. Obadias apresenta Edom como um símbolo das nações que se levantam contra Deus e Seu povo. Esse princípio é recorrente na Bíblia, onde nações arrogantes e opressoras são punidas pela soberania divina (Sl 2.1-6; Is 13.11).
Obadias destaca que nenhum poder humano pode desafiar a autoridade divina impunemente. Assim como Edom enfrentou a justiça de Deus, toda nação ou império que se exalta contra Ele será abatido.
3.1. O FIM DE EDOM
A destruição de Edom foi um cumprimento literal da profecia de Obadias. O orgulho edomita os levou a crer que eram inabaláveis, mas Deus decretou seu fim.
Edom na História
O Dicionário Bíblico Wycliffe (2019, p. 596) confirma que os edomitas foram expulsos pelos nabateus, que tomaram suas terras. Mais tarde, os edomitas (ou idumeus) foram dominados pelos macabeus no século II a.C. e, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., desapareceram completamente da história.
Contraste com Israel
Ao contrário de Edom, Israel, mesmo disperso, manteve sua identidade e voltou a ser uma nação. Esse fato reforça a soberania de Deus e o cumprimento de Sua promessa para Seu povo (Dt 30.3-5).
Aplicação Teológica
- O orgulho e a arrogância de Edom levaram à sua destruição total. O mesmo destino aguarda aqueles que resistem a Deus (Pv 16.18).
- A preservação de Israel demonstra que Deus cumpre Suas promessas e restaura Seu povo, independentemente das dificuldades.
- A história confirma que nenhuma nação pode desafiar Deus e permanecer de pé por muito tempo.
3.2. UM DEUS QUE FAZ JUSTIÇA
O conceito do "Dia do Senhor" (Ob 15) é central na profecia de Obadias. Esse termo refere-se a momentos de juízo divino contra as nações e, em um sentido escatológico, aponta para o julgamento final de Deus (Jl 2.1-2; Sf 1.14-18).
Justiça Divina e Restauração
- Deus não ignora a injustiça. O Dia do Senhor garante que Ele intervirá em favor de Seu povo e trará juízo contra os ímpios.
- A profecia de Obadias fortalece a fé na justiça de Deus, mesmo quando os inimigos parecem triunfar momentaneamente.
Comparação com Outros Profetas
- Isaías e Daniel apresentam a vinda do Messias de forma detalhada.
- Obadias, por outro lado, destaca o aspecto escatológico da justiça divina, sem focar diretamente no Messias.
Aplicação Prática
- Devemos confiar que Deus julgará aqueles que se levantam contra Seu povo.
- Assim como Deus fez justiça contra Edom, Ele não permitirá que a maldade triunfe para sempre.
- Em tempos de provação, devemos lembrar que Deus sempre intervém no tempo certo.
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
De todos os conflitos humanos, os mais dolorosos e difíceis de resolver são aqueles entre os parentes. No entanto, se os conflitos familiares são tristes, os conflitos nacionais são ainda piores. Quase todos os países já passaram por uma guerra civil, em que irmãos mataram irmãos a fim de perpetuar uma longa desavença que ninguém entende completamente nem deseja resolver. A história mostra que as raízes dessas discórdias são amargas, longas e profundas, e que toda tentativa de arrancá-las e de destruí-las costuma fracassar. Esaú e Jacó eram irmãos gêmeos que competiam entre si desde antes de nascer (Gn 25.19-26). [...] Esaú fundou a nação de Edom (Gn 25.30; 35.1,8: 36.1) e seus descendentes levaram adiante o conflito familiar que Esaú havia começado muitos anos antes. Fonte: (WARREM. W. Wiersbe, Proféticos. vi 4, 2020. p.461).
CONCLUSÃO
Vimos que a conduta insana da nação de Edom produziu a ira de Deus e, através do profeta Obadias, o Senhor apregoou o fim daquele povo (v.8).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A análise do livro de Obadias nos leva a refletir sobre a soberania de Deus na história e Sua justiça diante da arrogância humana. A destruição de Edom serve como um alerta para todas as nações e indivíduos que resistem à vontade divina. Além disso, a narrativa bíblica nos ensina que conflitos familiares e nacionais, quando não resolvidos, podem se tornar feridas profundas ao longo das gerações.
A trajetória de Esaú e Jacó nos lembra que a rivalidade pode perpetuar amargura e destruição, mas Deus sempre executa Seu juízo com retidão. O exemplo de Edom reforça a importância da humildade e da confiança na justiça divina, pois o Senhor sempre age em favor dos Seus servos fiéis.
A análise do livro de Obadias nos leva a refletir sobre a soberania de Deus na história e Sua justiça diante da arrogância humana. A destruição de Edom serve como um alerta para todas as nações e indivíduos que resistem à vontade divina. Além disso, a narrativa bíblica nos ensina que conflitos familiares e nacionais, quando não resolvidos, podem se tornar feridas profundas ao longo das gerações.
A trajetória de Esaú e Jacó nos lembra que a rivalidade pode perpetuar amargura e destruição, mas Deus sempre executa Seu juízo com retidão. O exemplo de Edom reforça a importância da humildade e da confiança na justiça divina, pois o Senhor sempre age em favor dos Seus servos fiéis.
Complementando
A Bíblia, em sua narrativa, preserva e mostra que Edom se alegrou com a derrota de Judá e, por isso, o Senhor trouxe um juízo sobre o povo edomita que, verdadeiramente, esvaneceu-se enquanto povo, mesmo que, nos dias de Jesus, um edomita por nome Herodes governasse sobre o povo judeu.
Eu ensinei que:
O ministério profético de Obadias foi direcionado à nação de Edom, para revelar a ira e o juízo de Deus contra esse povo, que se alegrou com o sofrimento de Judá.
Fonte: Revista Betel Conectar
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