Lição 09 - A Triunidade Divina – O Pai e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna | 3° Trimestre de 2025 | BETEL

  TEXTO ÁUREO “E quem me vê a mim vê aquele que me enviou”, João 12.45 COMENTARIO EXTRA Comentário de Hubner Braz João 12 encerra o chamado ...


 TEXTO ÁUREO

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

João 12 encerra o chamado “Livro dos Sinais” (Jo 1–12). Depois de narrar sinais e discursos que revelam Jesus, o evangelista registra a persistência da incredulidade (12.37–43) e, então, um sumário-pregação de Jesus (12.44–50). Dentro desse bloco, a frase “quem me vê, vê o que me enviou” condensa a cristologia revelacional joanina:

  • Revelação do Pai no Filho: Jesus é a auto-explicação de Deus (cf. 1.18: “o Filho unigênito… o deu a conhecer”).
  • Unidade e distinção: o Filho é distinto do Pai (“aquele que me enviou”) e, ao mesmo tempo, a presença visível do Pai (“quem me vê, vê o Pai”, cf. 14.9).
  • Missão: ver Jesus corretamente é acolher o Enviador; rejeitá-lo é rejeitar Deus (12.48-50; 5.23).

O versículo, portanto, não afirma confusão de pessoas, mas representação perfeita: na pessoa e obra de Jesus, o Pai é conhecido com fidelidade irrepetível.

Análise lexical (grego) e pano de fundo hebraico

  • καὶ ὁ θεωρῶν ἐμὲ θεωρεῖ τὸν πέμψαντά με
    • θεωρῶν / θεωρεῖ (theōreō): “observar, contemplar, perceber”. Em João, vai além de “ver com os olhos”; é percepção penetrante que reconhece quem Jesus é (cf. 6.40; 12.45; 20.29).
    • τὸν πέμψαντά με (pempō): “enviar”. João alterna pempō e apostellō para a comissão divina do Filho (5.23–24; 20.21).
  • Pano de fundo judaico: shaliaḥ (שליח), “agente/enviado”. No direito rabínico, o enviado representa o enviador (“o enviado de alguém é como a própria pessoa”). João eleva essa categoria: Jesus não é meramente um representante; Ele é o Filho que revela perfeitamente o Pai (10.30; 14.9), de modo único e ontológico.

Linhas teológicas principais

  1. Revelação plena e pessoal: ver Jesus é conhecer o Pai — não só ideias sobre Deus, mas o caráter, vontade e glória do Pai (12.28; 14.9).
  2. Cristologia alta: somente alguém que compartilha a identidade divina pode dizer isso sem blasfêmia (cf. 1.1; 8.58; 10.30).
  3. Soteriologia e juízo: a visibilidade de Deus em Cristo torna a resposta humana decisiva (12.46–48).
  4. Eclesiologia derivada: a Igreja é enviada (20.21) para “mostrar” Cristo ao mundo; seu testemunho deve ser cristomórfico (13.34–35).

Conexões joaninas úteis

  • Jo 1.18 — o Filho “exegesou” (ἐξηγήσατο) o Pai.
  • Jo 5.19–23 — o Filho faz o que vê o Pai fazer.
  • Jo 10.30 — unidade Pai-Filho.
  • Jo 14.9–10 — ver o Filho é ver o Pai.
  • Jo 20.21 — envio da Igreja conforme o envio do Filho.

Aplicações pessoais e comunitárias

  1. Devoção centrada em Cristo: conhecer a Deus passa por contemplar Jesus nos Evangelhos; práticas devocionais devem ser cristocêntricas.
  2. Ética da visibilidade: se o mundo “vê” o Pai no Filho, ele vê o Filho na Igreja (Jo 20.21; 13.35). Postura, palavra e serviço devem encarnar o caráter de Cristo.
  3. Discernimento: toda visão de Deus que não se conforma a Jesus (seu amor, santidade e cruz) é projeção/idolatria.
  4. Missão: evangelizar é apresentar Cristo com fidelidade bíblica, não apenas valores genéricos.
  5. Consolo e correção: Deus não é inacessível; Ele se deu a ver em Jesus. Reajuste sua imagem de Deus olhando para Cristo (Mt 11.28–29).

Referências acadêmicas (seleção)

Tabela expositiva (resumo para ensino)

Elemento

Texto/Termo

Nuance

Implicação teológica

Uso prático

Ver (θεωρεῖν)

“quem me vê”

Ver que discerne/acolhe

Revelação pessoal do Pai no Filho

Ler os Evangelhos para “ver” Cristo; fé que percebe

Envio (πέμπω)

“aquele que me enviou”

Comissão divina do Filho

Missão trinitária; autoridade do Filho

Missão da Igreja deriva do envio de Jesus

Representação

shaliaḥ (eco)

Agente carrega a autoridade

Jesus supera a categoria: é o Filho

Evitar reduzir Jesus a profeta “apenas”

Unicidade

Jo 14.9; 1.18

Unidade Pai-Filho

Cristologia alta: ver Jesus = ver Deus

Cristo como critério de teologia e ética

Decisão

Jo 12.46–48

Luz/julgamento

Resposta a Jesus é decisiva

Chamado ao arrependimento e fé

Conclusão

João 12.45 declara que Deus se fez visível em Jesus. Quem deseja conhecer o Pai olha para o Filho — sua vida, palavras, cruz e ressurreição. A Igreja, enviada pelo Enviado, existe para tornar Cristo visível com fidelidade, amor e verdade.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Após curar no sábado (5.1–18), Jesus é acusado de violar a Lei e “fazer-se igual a Deus”. A resposta de 5.19–47 é um discurso de defesa (apologia) que revela a relação Pai-Filho, a origem da autoridade de Jesus e as “maiores obras”: vivificar e julgar.


Exegese concentrada (termos-chave do grego)

v.19 — Dependência filial e perfeita imitação

“O Filho por si mesmo não pode (οὐ δύναται) fazer nada de si mesmo, se não vir (βλέπῃ/ὁρᾶν) o Pai fazer; pois tudo o que Ele faz, o Filho faz do mesmo modo (ὁμοίως).”

  • οὐ δύναται… ἀφ’ ἑαυτοῦ: não fraqueza, mas inpossibilidade moral/ontológica de agir independente do Pai; expressa unidade de vontade.
  • θεωρεῖν/ὁρᾶν: “ver/observar” no sentido de percepção íntima; o Filho “contempla” a ação do Pai.
  • ὁμοίως: “igualmente”; as obras do Filho são coextensivas às do Pai.
    Teologia: A obediência do Filho não nega sua divindade; antes, define a filiação como perfeita consonância com o Pai (cf. 5.30).

v.20 — Amor intratrinitário e revelação progressiva

“O Pai ama (φιλεῖ/ἀγαπᾷ) o Filho e mostra-lhe (δείκνυσιν) tudo o que faz; e lhe mostrará maiores obras…”

  • φιλέω/ἀγαπάω: amor do Pai como fonte da revelação.
  • δείκνυμι: “mostrar” como comunicar/partilhar a obra.
  • μείζονα ἔργα: “maiores obras” = vivificação e juízo (vv.21–30).
    Teologia: O ministério do Filho nasce do amor eterno do Pai e conduz o mundo ao assombro (θαυμάζετε).

v.22–23 — O juízo confiado ao Filho e a honra devida

“O Pai a ninguém julga, mas deu (ἔδωκεν) ao Filho todo o juízo (κρίσις), para que todos honrem (τιμῶσιν) o Filho como honram o Pai…”

  • ἔδωκεν (didōmi): concessão de autoridade do Pai (não usurpada).
  • κρίσις: avaliação decisiva de Deus na história e no fim.
  • τιμάω: “honrar, atribuir valor”.
    Teologia: Honrar o Filho como (καθώς) o Pai implica igualdade de honra. Negar honra ao Filho é desonrar o Pai (cf. 1Jo 2.23).

v.26 — Vida em si mesmo

“Como o Pai tem a vida em si mesmo (ζωὴν ἐν ἑαυτῷ), assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.”

  • ζωὴ ἐν ἑαυτῷ: autovitalidade; Deus como fonte de vida.
  • καθὼς… οὕτως: paralelismo que indica paridade (o Filho participa, por doação eterna do Pai, da mesma capacidade de vivificar).
    Teologia: Cristo não apenas recebe vida; Ele a possui e a comunica (cf. 1.4; 11.25).

v.27 — O Filho do Homem e o juízo

“E deu-lhe autoridade para executar o juízo (ποιεῖν κρίσιν), porque é o Filho do Homem (ὁ υἱὸς τοῦ ἀνθρώπου).”

  • ἐξουσία (subentendida): autoridade delegada.
  • Filho do Homem: eco de Daniel 7.13-14 (aram. bar enash) — figura humana-celeste a quem é dado domínio, glória e reino.
    Teologia: O Juiz é verdadeiramente humano e exaltado por Deus; une compaixão e justiça.

Síntese teológica (João 5)

  1. Cristologia alta e relacional: Jesus age não independentemente, mas inseparavelmente do Pai; sua obediência revela sua divindade filial, não a nega.
  2. Missão como amor revelado: o Pai ama o Filho e por amor lhe mostra as obras — a missão do Filho é transparência do coração do Pai.
  3. Dois atos “maiores”: vivificar e julgar (vv.21–30): já agora (ouvir e viver, v.24) e no futuro (ressurreição e juízo, vv.28–29).
  4. Honra trinitária: a igualdade de honra (v.23) exige confissão e culto cristocêntricos.
  5. “Vida em si mesmo” e nova criação: a autovitalidade do Filho fundamenta regeneração, ressurreição e eucaristia da vida (cf. 6.53–58).
  6. Juízo pelo Filho do Homem: esperança para os que creem; responsabilidade para todos. O Juiz é Aquele que assumiu nossa humanidade.

Pano de fundo hebraico

  • Daniel 7.13–14: bar enash — autoridade universal concedida ao “Filho do Homem”.
  • Honra (כָּבוֹד, kavod): glória/valor devido a Deus. João apresenta Jesus compartilhando essa honra.
  • Vida (חַיִּים, ḥayyîm) como dom divino: em João, o Filho é a vida e a comunica.

Aplicação pessoal e comunitária

  1. Adoração cristocêntrica: honrar o Filho como honramos o Pai (v.23) — culto, oração e vida centrados em Jesus.
  2. Discipulado de dependência: como o Filho faz só o que vê o Pai fazer (v.19), aprendemos obediência discernida: discernir a obra do Pai e imitá-la.
  3. Esperança viva: Aquele que tem “vida em si mesmo” segura nossa ressurreição e renovação diária (v.26).
  4. Responsabilidade moral: seremos julgados pelo Filho do Homem; portanto, fé que ouve e pratica (v.24) — justiça, misericórdia, verdade.
  5. Missão que maravilha: “maiores obras” (v.20) hoje: vidas vivificadas pelo Evangelho; busque ministérios que comuniquem vida e façam justiça.

Referências acadêmicas úteis

Tabela expositiva (para ensino)

Verso

Afirmação

Termo-chave (grego)

Enfoque teológico

Aplicação

5.19

Filho age só como o Pai age

οὐ δύναται… ἀφ’ ἑαυτοῦ; ὁμοίως

Unidade de vontade/obra Pai-Filho

Discernir e imitar a obra do Pai

5.20

Amor do Pai mostra “maiores obras”

φιλεῖ/ἀγαπᾷ; δείκνυμι; μείζονα ἔργα

Missão nasce do amor intratrinitário

Servir movido por amor, não prestígio

5.22–23

Todo juízo ao Filho; igual honra

κρίσις; ἔδωκεν; τιμάω

Igualdade de honra; cristologia alta

Culto cristocêntrico; confissão pública

5.26

Vida “em si mesmo” ao Filho

ζωὴ ἐν ἑαυτῷ; καθὼς… οὕτως

Autovitalidade; doador de vida

Esperança de ressurreição; vida nova

5.27

Autoridade de julgar: Filho do Homem

ποιεῖν κρίσιν; υἱὸς τοῦ ἀνθρώπου

Juiz humano-celeste (Dn 7)

Santidade e consolo: o Juiz é Salvador

Conclusão

João 5 revela quem é Jesus: o Filho amado que, em perfeita unidade com o Pai, vivifica e julga, digno da mesma honra de Deus. Ver e honrar o Filho é entrar agora na vida que Ele dá e viver responsavelmente sob o seu senhorio.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Os seis textos traçam uma linha cristológica coerente: o Filho eterno revela o Pai (Jo), recebe testemunho e aprovação (Mt), afirma sua união/equalidade com Deus (Jo), confessa sua identidade diante do Sinédrio (Lc), e a Igreja é chamada a crer no testemunho de Deus acerca do Filho (1Jo), vivendo em missão obediente como o próprio Cristo (Jo).


SEGUNDA — João 1.18 | Jesus Cristo, o Eterno

“Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.”

  • Análise lexical (grego):
    • μονογενής (monogenēs): “único/único do seu gênero”; variante forte: μονογενὴς θεός (“Deus unigênito”).
    • ἐξηγήσατο (exēgēsato): “explicar, tornar conhecido” → o Filho “exegeta” o Pai.
    • εἰς τὸν κόλπον: “ao seio/colo” — intimidade eterna.
  • Teologia: Cristo é a autorevelação do Pai (cf. Jo 14.9). Não há conhecimento verdadeiro de Deus à margem de Jesus.
  • Plano hebraico: a invisibilidade de YHWH (Ex 33.20) encontra visibilidade no Filho.
  • Aplicação: a teologia, a devoção e a ética cristãs são cristocêntricas: olhamos para Jesus para corrigir imagens distorcidas de Deus.

TERÇA — Mateus 3.17 | Jesus é o Filho de Deus

“Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”

  • Análise (grego/hebraico):
    • ὁ υἱός μου ὁ ἀγαπητός: “meu Filho amado/dileto”.
    • εὐδόκησα (eudokēsa): “agradar-se, deleitar-se”.
    • Ecos de Sl 2.7 (בְּנִי אַתָּה, “Tu és meu Filho”) e Is 42.1 (עַבְדִּי, “meu Servo”) → Filho-Rei e Servo Sofredor.
  • Teologia: Teofania trinitária (Pai fala, Espírito desce, Filho é batizado). A identidade filial antecede a missão.
  • Aplicação: ministério flui de identidade recebida, não de desempenho. Servimos a partir do “prazer” do Pai.

QUARTA — João 5.18 | O Filho e o Pai são iguais

…“chamava Deus de seu próprio Pai, fazendo-se igual (ἴσον) a Deus.”

  • Análise: ἴσος (isos) = igualdade de status/autoridade; ἴδιος πατήρ = “seu Pai próprio” (relação singular).
  • Contexto: cura no sábado → discurso de 5.19–30: o Filho faz o que o Pai faz (vivificar e julgar).
  • Teologia: igualdade funcional e ontológica; por isso, honrar o Filho é honrar o Pai (5.23).
  • Aplicação: culto, fé e vida cristocêntricos; rejeitar o Filho é contrariar o próprio Deus.

QUINTA — Lucas 22.70 | Confissão: Filho de Deus

“És tu, pois, o Filho de Deus? Ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou.”

  • Análise (grego): Σὺ οὖν εἶ…; ὑμεῖς λέγετε ὅτι ἐγώ εἰμι. Fórmula afirmativa sob forma judicial (“como dizeis, sou”).
  • Contexto imediato (22.69): “o Filho do Homem assentado à direita do Poder” (eco de Dn 7.13–14; Sl 110.1).
  • Teologia: Jesus confessa ser Filho e Filho do Homem entronizado. A confissão conduz à cruz sem negar sua identidade.
  • Aplicação: fidelidade sob pressão: confessar Cristo publicamente, com mansidão e coragem.

SEXTA — 1 João 5.10 | Negar o Filho é negar o Pai

“Quem crê no Filho de Deus tem em si o testemunho… quem não crê faz de Deus mentiroso…”

  • Análise (grego):
    • μαρτυρία (martyria): “testemunho, evidência” (cf. 5.6–9: Espírito, água e sangue).
    • πεπίστευκεν (perfeito): crer contínuo com efeito presente.
  • Teologia: a fé recebe o testemunho de Deus sobre o Filho; negá-lo é chamar Deus de ψεύστης (mentiroso). Pai e Filho são inseparáveis.
  • Aplicação: doutrina de Cristo não é opcional; garante segurança e comunhão (2.23).

SÁBADO — João 5.30 | O Pai enviou o Filho

“Eu não posso (οὐ δύναμαι) fazer nada de mim mesmo… porque não busco a minha vontade, mas a daquele que me enviou (πέμψαντός με).”

  • Análise: οὐ δύναμαι… ἀφ’ ἐμαυτοῦ = impossibilidade de agir à parte do Pai; πέμπω / ἀποστέλλω = envio com autoridade.
  • Teologia: modelo de obediência filial e critério do juízo: “como ouço, julgo… e o meu juízo é justo”.
  • Aplicação: discernir a vontade do Pai por escuta (Palavra/Espírito) e viver em missão obediente.

Referências acadêmicas (seleção)

Tabela expositiva (resumo para ensino)

Dia

Texto

Termos-chave (grego/hebraico)

Ênfase teológica

Aplicação prática

Seg

Jo 1.18

monogenēs theos; exēgēsato; kolpos

O Filho revela o Pai

Conhecer Deus olhando para Jesus

Ter

Mt 3.17

huios agapētos; eudokēsa (Sl 2; Is 42)

Filho amado e Servo; teofania trinitária

Servir a partir da identidade

Qua

Jo 5.18

isos; idios patēr

Igualdade Pai-Filho; honra ao Filho

Culto e vida cristocêntricos

Qui

Lc 22.70

egō eimi; hyios tou theou (Dn 7; Sl 110)

Confissão messiânica sob julgamento

Coragem para confessar Cristo

Sex

1Jo 5.10

martyria; pseustēs

Crer no testemunho de Deus

Doutrina de Cristo sustenta a

Sáb

Jo 5.30

ou dynamai; krinō; pempō

Missão obediente do Enviado

Discernir e fazer a vontade do Pai

Conclusão

A Escritura apresenta Jesus como o Filho eterno, plenamente um com o Pai, confessado, aprovado e enviado. Crer nesse testemunho molda nosso culto, nossa coragem e nossa missão: ver o Filho é ver o Pai; seguir o Filho é fazer a vontade do Pai.

DINAMICA EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Dinâmica: “Unidade em Ação”

Objetivo:
Demonstrar de forma prática a perfeita unidade e harmonia entre o Pai e o Filho e refletir sobre como essa unidade deve se refletir em nossas vidas e relacionamentos.

Material Necessário:

  • Cartões ou papéis coloridos
  • Canetas ou marcadores
  • Quadro ou flipchart

Passo a Passo:

  1. Abertura (5 minutos):
    • Leia João 10:30 e João 5:19-20.
    • Explique brevemente que o Pai e o Filho possuem a mesma essência, glória e poder, mas são Pessoas distintas com funções distintas.
  2. Atividade em Grupo (10 minutos):
    • Divida os participantes em grupos de 3 a 5 pessoas.
    • Entregue cartões ou papéis para cada grupo.
    • Peça que escrevam exemplos práticos de situações em que a unidade e a harmonia são importantes em um grupo ou família.
    • Cada grupo deve mostrar como a harmonia gera resultados positivos, assim como a unidade do Pai e do Filho produz salvação e vida eterna.
  3. Reflexão Individual (5 minutos):
    • Cada participante escreve em um cartão: “Como posso refletir a unidade e harmonia de Deus em minha vida hoje?”
    • Incentive que pensem em relações pessoais, familiares ou comunitárias.
  4. Compartilhamento (10 minutos):
    • Peça que voluntários compartilhem seus pensamentos e insights.
    • Registre as ideias no quadro, destacando palavras-chave como amor, cooperação, obediência e serviço.
  5. Encerramento (5 minutos):
    • Leia novamente João 12:45: “E quem me vê a mim vê aquele que me enviou.”
    • Explique que assim como Jesus revela o Pai em perfeita unidade, devemos também refletir essa harmonia em nossas ações e atitudes.
    • Ore pedindo que Deus nos ajude a viver em unidade com Ele e a refletir essa harmonia em nosso convívio diário.

Aplicação Prática:

  • Unidade entre Pai e Filho nos ensina a obedecer a Deus em tudo e a refletir essa harmonia nos relacionamentos.
  • Podemos praticar a cooperação, empatia e serviço no dia a dia como expressão da unidade divina.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

O Amor do Pai é visto no Filho / O Filho Unigênito


1. O amor do Pai visível no Filho (Jo 3.16; 1 Jo 3.1; Gl 4.4–5)

Leitura teológica sintética

João 3.16 resume o evangelho: o amor do Pai se manifesta dando o Filho; a oferta da vida (ζωή / zōē) passa por Cristo. Em sentido paulino (Gl 4.4–5) essa dádiva implica adoção e restabelecimento de filiação: a missão do Filho torna possível que os homens deixem a tutela e se tornem filhos-herdeiros. 1 João 3.1 ecoa esse tema: a surpreendente graça do Pai que nos chama “filhos de Deus”.

A mensagem central: conhecer Deus (=o Pai) passa por ver e receber o Filho; o amor divino é antes de tudo «visível» e eficaz em Cristo.

Palavras-chave (grego)

  • ἀγάπη (agápē) — amor divino ativo; em João e 1Jo, é o termo que descreve a iniciativa de Deus.
  • δόω / ἔδωκεν (dō/edōken) — “dar”: verbo sacrificial em Jo 3.16 (Deus deu o seu Filho).
  • ζωή (zōē) — “vida” (vida divina plena, não apenas existência biológica).
  • υἱοθεσία (huiothesía) — “adoção”; em Paulo, mudança de estatuto que implica direitos e comunhão.

2. “Unigênito” — μονογενής (John) e πρωτότοκος (Colossenses)

A palavra grega e o seu alcance

  • μονογενής (monogenēs) — transl. “unigênito, único-gerado, único de seu gênero”. Uso joânico (Jo 1.14; 1.18; 3.16; 1 Jo 4.9). Numa linguagem tradicional aparece traduzido como “unigênito” («o Filho unigênito»), mas a pesquisa lexical recente destaca o matiz “único/insubstituível” — «one-of-a-kind» — mais que um argumento cronológico de geração temporal. BDAG e estudos lexicográficos reforçam esse sentido de singularidade absoluta.
    • Observação textual: Jo 1.18 apresenta variante manuscrita entre ὁ μονογενὴς θεός (“o Deus unigênito”) e ὁ μονογενὴς υἱός (“o unigênito Filho”); Raymond Brown e outros comentadores discutem as implicações textuais. Em qualquer leitura a ênfase é na exclusividade da relação com o Pai.
  • πρωτότοκος (prōtotokos) — “primogênito” (Col 1.15). Em Paulo, o termo aponta tanto para preeminência quanto para prioridade de posse/status, não obrigatoriamente para “criação” no sentido vulgar. Paulinas e patrísticas tratam prōtotokos como expressão da primacia cósmica do Cristo (cf. Col 1 e Rm 8).

Relação entre os termos

  • monogenēs (João) refere-se à singularidade filial e à relação intradivina; prōtotokos (Paulo/Cl) refere-se à preeminência cósmica do Senhor sobre a criação. Juntos, eles afirmam: Cristo é único em relação ao Pai e soberano sobre a criação — não contradizem, complementam.

3. Textos conexos e implicações históricas-dogmáticas

  1. Cristologia encarnacional (Jo 1.14; Gl 4.4): a afirmação “nascido de mulher, nascido sob a Lei” não diminui a divindade do Filho; ao contrário, demonstra sua identificação plena com o homem para operar redenção.
  2. “Filho unigênito” e eternidade: chamar Jesus de monogenēs não exige uma teoria de «geração no tempo»; a tradição ortodoxa e a exegese moderna entendem-no como expressão da unicidade e exclusividade da relação Pai-Filho — fundamento para a adoração.
  3. Controvérsias patristicas: termos como prōtotokos foram alvo de controvérsias (arianismo etc.) — tarefa da teologia é mostrar que a linguagem biblica visa afirmar unicidade, autoridade e comunhão, não hierarquias ontológicas diminutivas.

Referências clássicas sobre esses desdobramentos: Raymond E. Brown (John), D. A. Carson (John), N. T. Wright (Cristologia paulina), Andreas Köstenberger (João), além de estudos técnicos em BDAG/TDNT.


4. Análise lexical comparativa — grego hebraico

  • μονογενής ↔ heb. יָחִיד / בֶּן יָחִיד (yāḥîd / ben yāḥîd) — “único; filho único” (Ex 22:2; Gen 22:2 “o teu filho único” — sentido de singularidade). No pensamento hebraico a expressão carrega exclusividade e precioso valor.
  • πρωτότοκος ↔ heb. בְּכוֹר (bĕkôr) — “primogênito” — associado a direito, liderança e herança (Ex 4:22; Num 3:13). Paulo usa o termo para marcar o primado do Messias sobre a criação.
  • אֲבִי־עַד / אֵב לָעַד (Isa 9:6) — “Pai da eternidade / Pai para sempre” (expressão hebraica que, aplicada cristologicamente, aponta para a dimensão eterna do incumbido por Deus).

5. Leituras acadêmicas recomendadas (seu uso em preparo)

(Earle & Mayfield também fazem essa distinção funcional entre μονογενής e πρωτότοκος.)


6. Aplicação pessoal e comunitária (prática)

  1. Cristocentrar a devoção — olhar para Cristo é olhar para o Pai; a leitura devocional deve priorizar os evangelhos joaninos e a contemplação cristológica (oração: “Abba” + meditação no Logos encarnado).
  2. Confiança na adoção — se o Pai deu o Filho por amor, nossa filiação é segura; isso muda autoconceito, chamado e missão.
  3. Cuidado pastoral com palavras — explicar monogenēs como singularidade e dignidade, não como “geração temporal”; ensinar a cristologia histórica (ortodoxia) para evitar confusões.
  4. Missão e ética — o Filho revela o Pai que ama e dá; nossa missão é testemunhar com gestos que encarnem esse amor (diaconia, justiça, anúncio).
  5. Adoração informada — igrejas devem articular liturgias e catequeses que mostrem que Cristo é digno de honra igual ao Pai (Jo 5:23; Jo 1.18).

Exemplos práticos: catequese sobre adoção em grupos pequenos; pregações sobre João 3.16 integradas com Col 1.15–20; cursos sobre vocabulário cristológico (monogenēs / prōtotokos) para líderes.


7. Tabela expositiva (resumo pedagógico)

Tema

Texto(s) chave

Termo (grego/hebraico)

Núcleo semântico

Implicação teológica / aplicação

Amor do Pai visível no Filho

Jo 3.16; 1 Jo 3.1; Gl 4.4–5

ἀγάπη; διδόναι; υἱοθεσία

Pai doa o Filho → adoção / vida (ζωή)

Segurança salvadora; missão que anuncia amor

Filho «Unigênito»

Jo 1.14,18; 3.16; 1 Jo 4.9

μονογενής (monogenēs) / יָחִיד (yāḥîd)

Singularidade / exclusividade filial

Cristo = único mediador; fundamento de adoração

Primogenitura cósmica

Cl 1.15

πρωτότοκος (prōtotokos) / בְּכוֹר

Preeminência sobre a criação

Cristo senhor cósmico; garantia da redenção universal

Encarnação e identificação

Gl 4.4; Jo 1.14

γενόμενος ἐκ γυναικός; ὁ λόγος

Plena humanidade do Filho

Redenção incarnacional: solidariedade humana

Termos de sustento lex.

Jo 1.18 textual var.

μονογενής θεός / μονογενής υἱός

textualidade e nuance

Importância exegética: afirmar a deidade e a filiação

Hebraísmo correlato

Isa 9.6

אֲבִי־עַד / אֵל־עוֹלָם

«Pai da eternidade» (título messiânico)

Cristo como figura de autoridade e permanência

8. Conclusão curta

Dizer que «o Filho é unigênito» e que «o Pai o deu por amor» não é abstrato: são declarações cristológicas decisivas. Elas afirmam que Deus se revelou plenamente no Filho (João), que a obra de Cristo é histórica e universal (Paulo), e que a nossa resposta deve ser adoração filial, confiança, e compromisso prático com a missão de levar esse amor ao mundo.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

A VONTADE DO FILHO É A MESMA DO PAI

Comentário bíblico-teológico aprofundado (João 5.19; 5.30)


1. Leitura central e ponto do texto

Em João 5 Jesus responde às acusações dos judeus explicando a relação íntima entre Pai e Filho: “ὁ υἱὸς οὐ δύναται ἀφʼ ἑαυτοῦ ποιεῖν οὐδέν, εἰ μὴ ἂν ἴδῃ τὸν πατέρα ποιoῦντα… καὶ ὃ ποιεῖ ὁ υἱὸς ὁμοίως ποιεῖ” (Jo 5.19). E em 5.30: “οὐ δύναμαι ἀφʼ ἐμαυτοῦ ποιεῖν οὐδέν… οὐ γὰρ τὴν ἐμὴν θέλησιν ζητῶ, ἀλλὰ τὸν θέλημα τοῦ πέμψαντός με.” A tese é clara: aquilo que o Filho faz é coincidente com a vontade do Pai — não por coerção externa, mas por perfeita comunhão de vontade e ação.

Isso não significa perda da pessoa distinta do Filho. Pelo contrário: João expressa união pessoal e funcional (economic/missional) sem dissolver as pessoas da Trindade (nem cair em modalismo). A obra do Filho é a obra do Pai manifestada em Cristo.


2. Análise lexical e sintática (grego) — palavras-chaves

  • οὐ δύναται (ou dýnatai) — “não pode / é incapaz” (implica impossibilidade prática/ontológica de agir separado do Pai).
  • ἀφʼ ἑαυτοῦ / ἀφʼ ἐμαυτοῦ — “por si mesmo / de mim mesmo” (ênfase em ação autônoma).
  • ἴδῃ / θεωρεῖ / βλέπει (ídē / theōrei / blepei) — “ver / contemplar / perceber”: ver aqui é íntimo conhecimento, não apenas visão sensorial.
  • ὁμοίως (homoíōs) — “igualmente / do mesmo modo”: o Filho age do mesmo modo que o Pai.
  • θέλημα (thélēma) — “vontade”: termo recorrente para a vontade divina. Jesus “não busca” (οὐ ζητῶ) a sua vontade, mas a do Pai.
  • πέμψας / πέμψαντός με (pempsas / pempsantos me) — “aquele que me enviou”: o envio legitima a missão; a obediência é resposta ao envio.

(Léxicos recomendados: BDAG, Louw–Nida — para nuances de δύναμαι / θεωρέω / θέλημα.)


3. O que o texto afirma teologicamente

a) Unidade econômica e distinção pessoal

João afirma unidade de ação (o Filho faz o que vê o Pai fazer) e distinção de pessoas (o Pai envia; o Filho é enviado). Esta é a estrutura clássica da economia trinitária: o Pai envia, o Filho obedece na missão, o Espírito comunica “o que é do Filho” ao crente (Jo 14–16).

b) Obediência e liberdade

A declaração “οὐ δύναται… ποιεῖν ἐὰν μὴ ἴδῃ τὸν Πατέρα” não revela impotência incapacitante, mas livre submissão: o Filho tem plena volition e escolhe obediência por amor — coerente com o “οὐ ζητῶ τὴν ἐμήν θέλησιν”. É submissão voluntária, não desigualdade ontológica.

c) Cristologia alta (divina e humana)

Ao dizer que faz “o mesmo” que o Pai, Jesus reivindica autoridade e prerrogativas divinas (Jesus vivifica, julga — Jo 5.21,22). Ainda assim, o discurso mostra como a encarnação envolve identificação redentora: o Filho age como humano obediente e como Deus que dá vida.

d) Justiça, revelação e juízo

A consonância de vontades explica por que o Filho pode ser o Juiz legítimo (Jo 5.22,27): o juízo não é usurpação, mas exercício de autoridade concedida pelo Pai — fruto da comunhão trinitária.


4. Fundamentos bíblicos e patrísticos contextualizando a afirmação

  • Antigo Testamento e conceito de enviado (šāliaḥ / שָׁלַח): no pensamento judaico, o enviado representa o enviador. João aprofunda isso: o Enviado (ὁ πέμψας) é revelado no Enviado que o representa perfeitamente.
  • Daniel 7.13–14 (ὁ υἱὸς τοῦ ἀνθρώπου): autoridade humana-celeste delegada ao Filho do Homem — em Jo 5 a reivindicação de juízo e de dar vida implica cumprimento desta figura messiânica.
  • Patrística: os concílios (Niceia/Calcedônia) afirmaram que o Filho não é subordinado ontologicamente ao Pai; as declarações joaninas informaram estas formulações: unidade de essência e distinção de pessoas.

Referências historiográficas: Raymond E. Brown, D. A. Carson, Leon Morris e Andreas Köstenberger tratam essa tensão entre submissão econômica e igualdade ontológica em seus comentários sobre João; Richard Bauckham analisa a representação divina em Jesus.


5. Conversas contemporâneas (breve nota crítica)

Na teologia moderna ocorrem duas leituras equivocadas:

  • Subordinação ontológica (perigoso) — ver a afirmação como prova de que o Filho é ontologicamente inferior ao Pai; governo trinitário não autoriza concluir diferenciação de essência.
  • Modalismo (negando distinção) — ver a unidade como fusão de pessoas. João mantém distinção: “o Pai enviou” / “o Filho faz” — pessoas distintas, ação unida.

A leitura clássica e equilibrada (Nicena/Calcedoniana) preserva igualdade de essência + distinção pessoal + economia da missão.


6. Aplicação pastoral e pessoal

  1. Imitar Cristo na obediência livre: a vontade do Filho como padrão — agir não por auto-exaltação, mas buscando a vontade do Pai (prática de oração: “Senhor, não a minha vontade…”).
  2. Unidade missionária: igrejas devem buscar ação conjunta (oração + missão) com clareza de papéis, não rivalidades; unidade em diversidade como imagem trinitária.
  3. Discernir a vontade de Deus: contemplar Cristo (os Evangelhos) é o método bíblico para conhecer a vontade do Pai — o Filho “mostra” o Pai.
  4. Consolo e confiança no juízo justo: o juízo em Cristo é legítimo e justo; a esperança cristã confia que o Juiz é também Aquele que dá vida (Jo 5.21,26).

Prática: modelos de decisão congregacional que imitam a submissão aproximativa ao discernimento coletivo e ao Espírito (oração, Escritura, conselho sábio).


7. Leituras acadêmicas recomendadas

(Para leitura conservadora como a do MacArthur que você citou, ver John MacArthur, Gospel According to Jesus / comentário sobre João — útil para homilética.)


8. Tabela expositiva (resumo para ensino)

Item

Texto (João)

Termo grego

Significado / Nuance

Implicação prática

Impossibilidade de agir isoladamente

Jo 5.19 — οὐ δύναται ἀφʼ ἑαυτοῦ

οὐ δύναται

Não capacidade de agir “autonomamente” — expressão de perfeita comunhão

Seguir o padrão da obediência amorosa

Contemplação do Pai

Jo 5.19 — ἴδῃ τὸν πατέρα ποιoῦντα

ἴδῃ / θεωρεῖν

“Ver” = conhecimento íntimo que precede a ação

Buscar conhecer a vontade do Pai em Cristo

Igual ação

Jo 5.19 — ὁμοίως ποιεῖ

ὁμοίως

“Do mesmo modo” — identidade funcional nas obras

Unidade missionária entre obras e doutrina

Não buscar a própria vontade

Jo 5.30 — οὐ ζητῶ τὴν ἐμὴν θέλησιν

θέλημα

Vontade: Jesus não procura seu interesse próprio

Exercer liderança servil; submissão livre

Envio e legitimação

Jo 5.30 — τοῦ πέμψαντός με

πέμπω

Encarrega e autoriza; missão legítima do Filho

Missão da igreja: continuar obra do Enviado

Juízo e vida

Jo 5.21,22,26–27

κρίσις; ζωὴ ἐν ἑαυτῷ

Filho dá vida e exerce juízo — autoridade plena

Esperança e responsabilidade ética

9. Breve conclusão

João 5.19–30 oferece uma visão condensada da consonância de vontade entre Pai e Filho: Jesus age como o Pai age porque conhece o Pai intimamente e voluntariamente submete sua vontade à vontade do Pai que o enviou. Isso funda a autoridade de sua missão (dar vida, julgar) e preserva a doutrina da Trindade: união econômica na missão + distinção pessoal na relação. Para a vida cristã, é chamado a imitar essa obediência livre, a buscar em Cristo o padrão da vontade divina e a viver em unidade missionária que manifeste o Pai ao mundo.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Jo 9.4; Jo 5.30; Flp 2.5–7 “O Filho foi enviado para fazer as obras do Pai — trabalhar enquanto é dia”


1. Leitura do texto e ponto central

João 9.4: «Εἶπεν ὁ Ἰησοῦς· Ἐμοὶ δεῖ ἔργα τοῦ πέμψαντός με ποιεῖν ἕως ἡμέρας· ἔρχεται νὺξ ὅταν οὐδεὶς δύναται ἐργάζεσθαι.» — “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar.”

O que João comunica é triplo: (a) missio — Jesus foi enviado pelo Pai; (b) identidade-obra — as obras que Jesus realiza são as obras do Pai (não ação autônoma); (c) urgência temporal — há um “tempo” (ἡμέρα) para a ação humana do Filho que deve ser aproveitado antes que venha a “noite” (νὺξ). Em conjunto com Jo 5.30 e Flp 2.5–7, o versículo funda uma ética do serviço: obra missionária nascida da obediência kenótica do Filho que revela o Pai.


2. Análise lexical e sintética (grego)

  • Ἐμοὶ δεῖ (Emoi dei) — “Convém/é necessário a mim”
    • δεῖ (dei) = necessidade objetiva/ministerial; em João indica imposição da missão recebida do Pai (BDAG: “it is necessary, it is fitting”). Não é mero fatalismo, mas obrigação ministerial resultante do envio.
  • ἔργα (erga)“obras/ações”
    • Em João, ἔργα remete tanto a sinais (σημεῖα) quanto a ações salvificas que revelam o Pai (cf. Jo 5.36; 10.25). Não são “atividades neutras” mas expressão reveladora da vontade paterna.
  • τοῦ πέμψαντός με (tou pempsantos me) — “do que me enviou”
    • O envio (πέμπω) é fundamental na economia joânica: o Pai envia o Filho; o Filho age em correspondência ao enviado; legitima a obra de Jesus.
  • ἕως ἡμέρας / ἔρχεται νὺξ“enquanto é dia / vem a noite”
    • ἡμέρα (hēmera) e νὺξ (nyx) são termos tanto cronológicos quanto simbólicos. João frequentemente associa dia/luz a tempo de revelação e noite/treva a cegueira/juízo (Jo 8:12; 9:5). Aqui há urgência missionária: o tempo favorável vai terminar.
  • οὐδεὶς δύναται ἐργάζεσθαι“ninguém pode trabalhar”
    • A impossibilidade no tempo escuro sublinha que o trabalho humano tem janela de oportunidade, ação cooperativa com a graça; sinalética para diligência missionária.
  • Flp 2.5–7 — ἐκένωσεν (ekenōsen)“esvaziou-se/kenosis”
    • O contexto de Filipenses fornece a base cristológica: a obediência e o “esvaziamento” voluntário do Filho tornam possível que Ele realize as obras do Pai em solidariedade humana.

3. Leitura teológica e implicações

a) Missão economicamente trinitária

A obra do Filho é obra do Pai porque a missão é inter-pessoal dentro da Trindade: o Pai envia; o Filho executa; o Espírito certifica/efetiva. João 9.4 apresenta a missão do Filho como cumprimento da vontade do Pai — unidade de intenção sem dissolução das pessoas.

b) Kenosis e responsabilidade humana

Philippians 2 explica o movente: o Filho, por amor, “esvaziou-se”, tomou a forma de servo e assim tornou possível que a vontade do Pai fosse realizada em termos humanos. O “convém que eu faça” nasce da identidade servil do Filho (não de auto-exaltação). Isso fornece o paradigma para o discípulo: missionar em humildade.

c) Urgência escatológica e ética missionária

A imagem “enquanto é dia… vem a noite” tem sentido escatológico (o tempo favorável → a obra redentora inaugura um período de revelação; a “noite” aponta a crise: crucificação, oposição, o limite da presença pública de Jesus). Para a comunidade, traduz-se em urgência evangelística e de serviço: a oportunidade de trabalhar pela vinha do Senhor é finita e exige prontidão.

d) Obras como revelação do Pai

Em João, ἔργα não é mero serviço social: são sinais que hospedam revelação (o Pai se mostra nas obras do Filho). Assim, ação prática e proclamação estão unidas — diaconia que não proclama Jesus como Filho perde dimensão reveladora; proclamação sem obras perde autenticidade (Jo 6:29; Mt 25).


4. Questões exegéticas e pastorais importantes

  • A “noite” significa que Deus deixa de agir? Não. João usa “noite” sobretudo como metáfora do fim do tempo da presença pública de Jesus; não dá a entender que Deus fique inativo — mas que a ocasião específica de trabalho humano do Filho (e dos discípulos) terminaria. Pastoralmente: não confundir a limitação humana (janela de oportunidade) com incapacidade divina.
  • É determinismo? O uso de δεῖ pode soar determinista; no entanto, no contexto Johannino trata-se de necessidade moral-missionária derivada do envio — uma obrigação fiel, não fatalismo teológico.

5. Referências acadêmicas recomendadas

6. Aplicação pessoal e comunitária

  • Urgência missionária: aproveite as “oportunidades do dia” para anunciar e praticar o Evangelho (evangelismo, serviço social, discipulado). Não postergar ações de amor e justiça.
  • Imitação de Cristo na humildade: trabalhar as obras do Pai não é busca de glória própria; é serviço kenótico, motivado por amor. Cultive atitudes de serviço humilde (diaconia, sacrificialidade).
  • Obras que revelam: integre anúncio e ação — ministérios sociais devem ser catequéticos: explicar e apontar para Cristo, não apenas executar tarefas técnicas.
  • Discernimento de “noites”: reconheça limites humanos (fadiga, perseguição, janelas históricas). Trabalhe com sabedoria e estratégia: plantar, regar, colher conforme sazonalidade.
  • Vida em missão com ritmo: “trabalhar enquanto é dia” também implica não negligenciar descanso e sustentabilidade missionária (para não perder o doador de vida).

7. Tabela expositiva (resumo para ensino)

Texto

Termo grego

Sentido literal

Significado teológico

Aplicação prática

Jo 9.4

Ἐμοὶ δεῖ (Emoi dei)

“Convém/é necessário a mim”

Obrigação ministerial resultante do envio

Reconhecer a urgência da missão pessoal e da igreja

Jo 9.4

ἔργα (erga)

“obras”

Obras = sinais e ações que revelam o Pai

Integrar ação social e proclamação cristológica

Jo 9.4

τοῦ πέμψαντός με

“do que me enviou”

Missio trinitária: o Pai envia, o Filho executa

Pastoral: agir em consonância com a vontade do Pai

Jo 9.4

ἕως ἡμέρας / ἔρχεται νὺξ

“enquanto é dia / vem a noite”

Urgência escatológica/histórica; janela de oportunidade

Evangelizar e servir com diligência, mas com sustentabilidade

Jo 5.30

οὐ ζητῶ τὴν ἐμήν θέλησιν

“não busco a minha vontade”

Submissão livre do Filho à vontade do Pai

Liderança servil; decisão orientada pelo discernimento trinitário

Flp 2.5–7

ἐκένωσεν (ekenōsen)

“esvaziou-se” (kenosis)

Kenosis: obediência humilde que capacita serviço redentor

Modelo de humildade no ministério prático

8. Conclusão

João 9.4 apresenta a missão de Jesus como obrigação amorosa (δεῖ) nascida do envio do Pai: as obras do Filho são as obras do Pai e devem ser feitas com urgência enquanto “é dia”. Ligado à kenosis de Filipenses 2 e à negação da vontade própria em João 5.30, o texto convoca discípulos a uma missão humilde, eficiente e integrada — ação que revela o Pai, atende aos necessitados e anuncia o sinal definitivo do Reino. Trabalhar “enquanto é dia” é tanto dever quanto honra: é cooperar com a obra que o Pai confiou ao Filho.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

“O Filho de Deus na Criação / O Verbo que habitou entre nós”

(Textos-chave: Jo 1.1-3,14; Hb 1.2; Cl 1.15; Gn 1.26; Jo 1.15)


1. Centro do argumento

O prólogo joanino (Jo 1.1-3,14) e a teologia paulina e hebraica (Colossenses 1; Hebreus 1) apresentam Jesus não apenas como agente histórico da salvação, mas como agente criador e realidade preexistente: o Logos (ὁ λόγος) “estava com Deus, era Deus” e “tudo foi feito por meio dele” (πάντα δι᾽ αὐτοῦ ἐγένετο). Assim, ao afirmar que o Filho participou da criação, a Bíblia indica que a pessoa do Filho é ontologicamente divina e que a revelação do Pai tem rosto humano em Jesus. A encarnação (ὁ λόγος σὰρξ ἐγένετο) é o ponto em que o Criador assume criatura para a reconciliação do universo.


2. Análise lexical e textual (grego e hebraico)

João (grego)

  • ὁ λόγος (ho lógos) — “o Verbo/Palavra/Ratio”: termo carregado de significados (filosófico, judaico-sapiencial, teológico). Em João designa o Agente eterno da auto-revelação divina.
  • ἦν (ēn) — “estava/era”: verbo de existência passada contínua — aponta para preexistência (não “começou a existir”). Jo 1.1: Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος… ecoa “No princípio” de Gênesis e afirma que o Logos existia já no princípio.
  • πάντα δι᾽ αὐτοῦ ἐγένετο (pánta di’ autoû egeneto) — “todas as coisas por meio dele vieram a ser”: o vocábulo γίγνομαι / γίγνεσθαι (gignomai/genomen) indica “tornar-se / vir a ser”; aqui sublinha agente causal do criador. BDAG registra esse uso como indicativo de agente eficiente.
  • σὰρξ ἐγένετο (sarx egeneto) / ἐσκήνωσεν (eskēnōsen) — “tornou-se carne / armou sua tenda”: linguagem teológica forte para a encarnação e a presença habitante (σκηνή = tenda/tabernáculo).

Hebraico (Gênesis)

  • נַעֲשֶׂה (na‘ăśeh, “façamos”) — plural deliberativo em Gn 1.26: “Façamos o homem à nossa imagem…” A forma plural tem sido interpretada à luz da pluralidade intradivina (a Trindade) ou do “conselho divino” (anjo­logia). A teologia cristã clássica lê este plural com referência à comunhão trinitária e, portanto, casa bem com a afirmação joanina de um Verbo que participa da ação criadora.
  • בָּרָא (bārāʼ) — “criar”: verbo divino que frequentemente indica ação exclusiva de Deus (criacao ex nihilo). O NT atribui a “por meio do Filho” o ato de criação, sem reduzir o Pai à mera figura.

Colossenses / Hebreus (grego paulino/sermão)

  • πρωτότοκος πάσης κτίσεως (prōtotokos pásēs ktíseōs) — Col 1.15: “primogênito de toda a criação”. O termo πρωτότοκος fala de prioridade e preeminência; teologia cuidadosa evita entender isto como “creado primeiro” e prefere: Cristo é préeminente sobre a criação.
  • διʼ οὗ ἐποίησεν (di’ hou epoiēsen) — Heb 1:2: “por meio de quem fez o universo” — formula clara que atribui a autoria criadora ao Filho.

3. Explorações teológicas principais

a) Preexistência e eternidade do Filho

João 1:1–3 usa tempo e ação verbal para afirmar que o Logos não é produto da criação, mas antes de tudo participou da criação. “Estava” (ἦν) e “foi” (ἐγένετο) colocam o Logos fora da categoria do criado. Essa preexistência funda a confiança cristã na autoridade e poder de Cristo.

b) Cristo como agente criador — unidade de criação e redenção

Se o Filho é o agente da criação (“tudo foi feito por ele”), então o mesmo agente reconstrói e redime tudo na sua obra (Col 1:19-20: reconciliação cósmica). A interação criação–redenção é uma unidade teológica: a encarnação do Criador inaugura a restauração do mundo.

c) Logos e sabedoria judaica

A linguagem de João convoca tradições judaicas de sabedoria (Prov 8), em que a Sabedoria (חָכְמָה) é agente presente na criação. João, porém, personifica a Sabedoria em Jesus, elevando-a à realidade trinitária do Logos.

d) Implicações christológicas contra duas tentações

  • Contra o docetismo/gnosticismo: João insiste que o Logos se fez carne (σὰρξ ἐγένετο) — Jesus é verdadeiro homem.
  • Contra o modanismo ou subordinação ontológica: o texto afirma tanto a distinção (o Logos está “com” Deus) quanto a identidade (ὁ λόγος Θεὸς ἦν — “o Logos era Deus”) — mantendo unidade de essência sem confusão de pessoas.

4. Evidências bíblicas adicionais e conexões

  • João Batista (Jo 1:15): testemunho da preexistência: “ele existia antes de mim” (ὅτι πρότεροί μoν ἦν).
  • Colossenses 1:16–17: “todas as coisas foram criadas por ele e para ele; ele é anterior a todas as coisas e tudo subsiste em him.” (θεολογicamente: Cristo como cabeça e fim da criação).
  • Hebreus 1:2–3: o Filho é o “retrato da sua glória” (χαρακτήρ τῆς δόξης) e sustenta o universo pela sua palavra poderosa.
  • Provérbios 8 (Sabedoria): personificação próxima ao Logos; importantes paralelos literários.

5. Bibliografia acadêmica (seleção por temas)

(essas obras são referência padrão entre estudiosos cristãos e úteis para aprofundamento.)


6. Aplicação pessoal e comunitária

  1. Adoração e Cristologia: saber que o Criador se fez carne muda radicalmente a adoração: adora-se ao Senhor que criou o universo e que veio habitar conosco. Cultos e pregações devem manter a centralidade do Cristo criador-redentor.
  2. Missão cósmica: a salvação em Cristo é cósmica, não apenas individual; nossa missão inclui cuidado com a criação (ecologia teológica) e engajamento com estruturas sociais porque Cristo redime a totalidade da realidade.
  3. Confiança em tribulações: o Senhor que sustenta o universo (Hb 1) sustenta também nossas vidas — razão para confiança e coragem.
  4. Evangelho encarnacional: a fé cristã não é só proposição, é proclamação encarnada: serviço, compaixão e presença concreta — porque o Criador escolheu tornar-se vulnerável.
  5. Formação teológica para o povo: catequese que explique termos como Logos, preexistência e primogenitura evita reducionismos (ex.: tratar Jesus apenas como “profeta humano”) e fortalece resistência a heresias.

Práticas concretas: integrar séries de ensino sobre João e Colossenses em classes; promover ministérios de cuidado ambiental; moldar liturgias que cantem o Criador encarnado; usar textos do prólogo em batismos e Celebrações da Criação.


7. Tabela expositiva (uso em aula)

Texto bíblico

Termo (grego / hebraico)

Núcleo semântico

Implicação teológica

Aplicação prática

Jo 1.1–3; 1.14

ὁ λόγος (lógos); σὰρξ ἐγένετο

O Verbo preexistente que se fez carne

O Criador é o Redentor; identidade divina do Filho

Adoração cristocêntrica; proclamação encarnada

Gn 1.26

נַעֲשֶׂה (na‘ăśeh) “façamos”

Plural deliberativo/consílio divino

Indício bíblico da comunhão intra-divina

Ler criação à luz da Trindade (catequese)

Cl 1.15–17

πρωτότοκος (prōtotokos)

Preeminência sobre a criada

Cristo é cabeça e fim da criação

Missão cósmica; restauração de tudo

Hb 1.2–3

χαρακτήρ τῆς δόξης; διακόπτει τὰ πάντα

Filho que sustenta o cosmos

Revelação plena e autoridade do Filho

Confiança pastoral; teologia trinitária prática

Jo 1.15

ἦν πρότερος μου

“existia antes de mim” (testemunho)

Testemunho da preexistência do Filho

Pregação histórica e cristocêntrica

8. Conclusão

A afirmação cristã de que “todas as coisas foram feitas por meio do Filho” (Jo 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2) articula duas verdades inseparáveis: a eternidade e divindade do Filho e a graça encarnacional pela qual o Criador entra na história humana para restaurá-la. Isso exige de nós culto reverente, missão ampla (que inclui cuidado com a criação e a sociedade), e uma vida cristã marcada pela presença prática do Deus que veio habitar entre nós.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

O Filho é divino e eterno

As declarações bíblicas que afirmam que o Verbo se fez carne (Jo 1.14) convergem com a tradição apostólica: o Filho não é apenas um agente humano ou um ser inferior, mas participa plenamente da divindade do Pai e existe eternamente. Essa dupla afirmação — divindade e eternidade do Filho — tem consequências doutrinárias, litúrgicas e éticas: ela garante que a adoração do Filho é legítima, que sua obra redentora é eficaz e que nossa confiança nele é colocada sobre o próprio Deus.


1. Fundamentos bíblicos principais (síntese)

  • João 1.1–3,14 — o Logos “estava com Deus” e “era Deus”; tudo foi feito por meio dele; o Logos se tornou carne.
  • Hebreus 1.1–3 — o Filho é o χαρακτήρ τῆς δόξης (retrato/exacta expressão da glória divina) e sustenta o universo; é quem revela plenamente Deus.
  • Colossenses 1.15–17 — Cristo é o πρωτότοκος πάσης κτίσεως (preeminente sobre a criação); por ele todas as coisas foram criadas.
  • Filipenses 2.5–7 — a kenosis: o Filho, na condição divina, assumiu forma humana para redimir; evidência da divindade que se humilha para salvar.
  • João 8; 9; 17 — o uso de ἐγώ εἰμι e a linguagem de comunhão pré-mundana (Jo 17) ligam o Filho ao Deus revelado no AT (YHWH).

2. Análise lexical e cultural (grego / hebraico)

Termos-chave no grego

  • ὁ λόγος (ho Logos) — “o Verbo/Palavra/Princípio racional”. Em João, o Logos é o agente eterno da revelação e criação.
  • μονογενής (monogenēs) — “unigênito/único-do-seu-tipo”: realça a singularidade filial do Filho (Jo 1.14,18; 3.16; 1Jo 4.9). Não significa “criado” — indica exclusividade da relação com o Pai.
  • πρωτότοκος (prōtotokos) — “primogênito”: em Colossenses indica preeminência e direito de primazia, não necessariamente “primeiro ser criado”.
  • θεός (theós) / ὁ λόγος θεός ἦν — afirmação direta da divindade do Logos (Jo 1.1c).
  • ἐγώ εἰμι (egō eimi) — “Eu sou”: expressão joanina que ecoa o Ἐγώ εἰμι do AT (Septuaginta: Ex 3.14) e que aponta para uma autorreferência divina.
  • αἰώνιος (aiōnios) / ἀρχή (archē) — “eterno / princípio”: João começa με “Ἐν ἀρχῇ” (no princípio), ligando Logos ao “princípio” de Gn 1.1.

Correlatos hebraicos

  • יָחִיד (yāḥîd) — “único” (sentido de precioso/único), paralelo plausível a μονογενής.
  • בְּכוֹר (bekôr) — “primogênito” (direitos, preeminência).
  • יהוה (YHWH) e o ἐγώ εἰμι: conexão literária e teológica entre as auto-designações divinas no AT e a linguagem de Jesus no Evangelho de João.

3. Leitura teológica (síntese interpretativa)

  1. Ontologia do Filho — os textos afirmam que o Filho participa da mesma divindade do Pai (Jo 1.1; Hb 1). Isso não é mero título poético; é declaração ontológica que fundamenta a adoração cristã.
  2. Economia da redenção — o fato de o Filho ser divino não o retira da humanidade assumida: a encarnação (σὰρξ ἐγένετο) expressa que o Criador se solidariza com a criatura para restaurá-la.
  3. Eternidade — afirmar que o Filho “estava em princípio” (Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος) é afirmar sua preexistência eterna; João e Hebreus reforçam que a obra salvífica do Filho brota da eternidade, não de um ser criado em momento histórico.
  4. Distinção-união trinitária — as Escrituras mantêm simultaneamente: (a) distinção de Pessoas (o Pai envia, o Filho é enviado) e (b) unidade de essência e honra (o Filho é honrado como o Pai — Jo 5.23). A tradição teológica (Nicéia/Calcedônia) sistematizou essa tensão sem dissolvê-la.

4. Objeções históricas e respostas bíblico-teológicas

  • Arianismo (Filho criado): os textos de João, Colossenses e Hebreus negam um “filho criado” ao atribuírem ao Filho a obra criadora e a existência “no princípio”.
  • Docetismo (Jesus não humano): João contra-ataca declarando: ὁ λόγος σὰρξ ἐγένετο — verdadeira humanidade assumida.
  • Modalismo (uma só pessoa com modos): as narrativas de envio, intercessão (Jo 17) e distinção de papéis preservam a distinção pessoal contra qualquer confusão modalista.

5. Referências acadêmicas (selecção essencial)

6. Aplicação pessoal e comunitária

  1. Adoração informada: se o Filho é verdadeiramente Deus, nossa adoração cristã deve reconhecer sua divindade — não apenas Jesus “como exemplo” mas Jesus digno de louvor e obediência.
  2. Confiança na obra de Cristo: a eficácia da redenção depende do fato de que quem redime é o próprio Deus que sustenta o cosmos; por isso a salvação em Cristo é segura e cósmica.
  3. Catequese e resiliência doutrinária: ensinar claramente a dupla verdade (divindade + humanidade) fortalece a comunidade contra confusões (docetismo, ebionismo, arianismos modernos).
  4. Missão e encarnação: o Criador-encarnado nos chama a uma missão encarnacional — presença concreta, serviço e testemunho em contextos culturais (porque o Deus que age fez-se vulnerável).
  5. Vida espiritual equilibrada: entender a preexistência e divindade do Filho nutre reverência e confiança; entender a kenosis (Filipenses 2) inspira humildade e serviço.

Práticas: séries de ensino sobre João e Colossenses; liturgias que expressem a louvação trinitária; materiais de formação para líderes sobre cristologia básica; pregações que unam adoração e ética encarnada.


7. Tabela expositiva (síntese para ensino)

Afirmação

Texto(s) chave

Termo (grego/hebraico)

O que afirma

Aplicação prática

O Filho é divino

Jo 1.1; Hb 1.3

ὁ λόγος Θεός ἦν; χαρακτήρ τῆς δόξης

O Logos/Filho participa plenamente da divindade

Adoração cristocêntrica; confiança redentora

O Filho é eterno / preexistente

Jo 1.1; Jo 17.5; Col 1.17

Ἐν ἀρχῇ; πρότερον

O Filho existe “no princípio”, anterior à criação

Segurança escatológica; fundamenta missão cósmica

Unicidade filial

μονογενής

μονογενής; יָחִיד

Singularity/exclusivity of filial relation

Enfatizar singularidade salvadora de Cristo

Preeminência sobre a criação

Col 1.15–17

πρωτότοκος πάσης κτίσεως

Cristo é cabeça/preeminente sobre a criação

Missão cósmica: restauração de todas as coisas

Encarnação

Jo 1.14

σὰρξ ἐγένετο

O Verbo tornou-se carne — plena humanidade

Vida cristã encarnacional: serviço, presença, compaixão

Kenosis / humildade

Flp 2.5–8

ἐκένωσεν

Submissão voluntária do Filho

Modelo de liderança servil e ética cristã

8. Conclusão breve

A cristologia bíblica une firmemente duas verdades: o Filho é verdadeiramente Deus e verdadeiramente humano; ele preexistiu e foi enviado; ele reina sobre a criação e, por amor, assumiu a condição humana para reconciliá-la. Essas verdades não são teologia abstrata: moldam nossa adoração, sustentam nossa esperança e orientam nossa missão. Conhecer bem quem é o Filho (João, Colossenses, Hebreus) é condição para conhecer o Pai e viver como Igreja fiel.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

PAI E FILHO SÃO IGUAIS (Jo 10.30; Jo 5.18; Ap 1.18 etc.).


1. Leitura e questão central

Quando Jesus diz «Eu e o Pai somos um» (Ἐγὼ καὶ ὁ πατήρ ἕν ἐσμέν — Jo 10.30), ele afirma uma unidade tão íntima entre Pai e Filho que seus ouvintes entendem-na como reivindicação de divindade — por isso a reação violenta em Jo 10.31–33. A tradição joanina já havia preparado terreno para essa afirmação: veja Jo 5.18 (“por isso procuravam matá-lo; porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Πατήρ, fazendo-se ἴσος τῷ θεῷ” — equiparado a Deus), e Jo 5.23 (honrar o Filho como se honra o Pai). A afirmação central é teológica: Pai e Filho partilham a mesma dignidade divina e atributos — vida, juízo, autoridade — ainda que permaneçam pessoais e distintamente relacionados.


2. Análise lexical e teológica (grego)

2.1 “Eu e o Pai somos um” — ἕν (hén)

  • ἕν (hén) = “um, unidade”. No contexto joanino, a palavra expressa unidade de essência/propósito mais do que fusão numérica. João já usa paralelos que mostram identidade de ação: o Filho faz o que vê o Pai fazer (Jo 5.19); o Filho dá vida (ζωὴ) como o Pai (Jo 5.21, 26).
  • Teologicamente: a unidade é múltipla — pessoal (duas Pessoas), essencial (uma divindade), e econômica (uma missão). A Igreja patrística resumiu isso em termos como homoousios (mesma substância), para evitar tanto subordinação quanto modalismo.

2.2 “Fazendo-se igual a Deus” — ἴσος (ísos)

  • ἴσος = “igual, equivalente”. João 5.18 acusa Jesus de se fazer ἴσος τῷ θεῷ. Isso não descreve “igualdade de função apenas”, mas indica que Jesus reivindicava título que, em contexto judaico, pertencia somente a YHWH — razão para serem interpretadas como declarações de divindade.

2.3 Atributos compartilhados — termos relevantes

  • ζωή (zōē) — “vida”: João atribui ao Filho a vida em si (ζωὴ ἐν ἑαυτῷ — Jo 5.26) — atributo divino (autoexistência).
  • κρίσις / κρίνειν (krisis / krinein) — “juízo/julgar”: o Pai entregou ao Filho o juízo (Jo 5.22,27) — autoridade escatológica.
  • κλεῖς (kleis) — “chaves” (Ap 1.18): símbolo de autoridade sobre morte e Hades.
  • δύναμαι / ἔχω ἐξουσίαν (dýnamai / échō exousían) — “poder / possuir autoridade”: João e Apocalipse mostram o Filho exercendo autoridade plena (cura, perdão, vida e juízo).

3. O Filho é onipotente? — como entender

A Bíblia atribui ao Filho poder e autoridade plenos (o Pai “deu todas as coisas” ao Filho; o Filho tem as chaves, dá vida, julga). Chamá-lo de onipotente é coerente na perspectiva trinitária: o que pertence à divindade pertence ao Filho. Mas João configura esse poder sobretudo na missão do Filho — vida, juízo, autoridade salvadora — e mostra que Jesus o exerce em obediência/união com o Pai (economia trinitária), não como autonomia competitiva.

Ex.: Ap 1.18 — “eu sou o que vive; fui morto, e eis que vivo para sempre, e tenho as chaves da morte e do Hades” → afirma autoridade soberana sobre vida/morte. Em João, curas, perdões e libertações (Jo 4; 5; 8; 9) são manifestações dessa autoridade do Filho, que reflete a igualdade com o Pai.


4. Passagens que sustentam a igualdade funcional/ontológica

  • Jo 5.18; 5.22–27 — Filho exerce juízo e se identifica com o Pai.
  • Jo 10.30 — unidade afirmada diretamente; reação judaica confirma que a audiência compreendeu como afirmação divina.
  • Jo 14–17 — testemunho do envio e da unidade; oração sacerdotal (Jo 17) expressa comunhão eterna.
  • Ap 1.17–18 — autoridade escatológica do Ressuscitado.
  • Col 1; Heb 1 — preeminência do Filho sobre criação, sustento do universo e exibição da glória do Pai.

5. Problemas e tensões teológicas (breve)

  • Subordinação ontológica: algumas leituras modernas tratam as palavras do Filho como sinal de inferioridade ontológica; a leitura bílica/judicada pela tradição conciliar diferencia subordinação funcional/econômica (na missão) de qualquer subordinação essencial.
  • Modalismo: confundir a unidade com identidade pessoal (Pai e Filho serem a mesma pessoa) é negar as distinções pessoais claras no Evangelho (o Pai envia, o Filho ora ao Pai, o Espírito procede). João preserva distinção sem hierarquizar a essência.

6. Referências acadêmicas (para aprofundamento)

7. Aplicação pessoal e comunitária

  1. Adoração cristã: reconhecer que Jesus é digno de honra igual ao Pai orienta liturgia, oração e cristologia pastoral — não reduzir Jesus a mero mestre moral.
  2. Confiança no Senhor crucificado e ressuscitado: a autoridade sobre morte e Hades (Ap 1.18) dá esperança diante da finitude e aponta para poder transformador sobre o pecado.
  3. Missão e autoridade: como o Filho exerce poder para libertar e perdoar, a igreja participa dessa obra por testemunho e compaixão; a ação da comunidade deve refletir o poder do Filho — cura integral (espiritual, física e social).
  4. Ética da submissão filial: a unidade Pai-Filho mostra que poder divino se manifesta em amor obedientíssimo (Jo 5.30; Flp 2) — líderes cristãos praticam autoridade como serviço e humildade.
  5. Proteção contra heresias: ensinar cristologia clássica evita oscilações entre negar a divindade do Filho (subordinação) e confundir as pessoas divinas (modalismo).

Práticas: pregação que una cristologia e piedade; grupos de ensino sobre os "Eu sou" de João; ministérios que combinem anúncio com cura/diaconia.


8. Tabela expositiva (resumo prático)

Afirmação

Texto(s) chave

Termo grego

Significado teológico

Aplicação prática

“Eu e o Pai somos um”

Jo 10.30

ἕν (hén)

Unidade de essência/propósito entre Pai e Filho

Adoração cristocêntrica; reconhecer autoridade de Cristo

“Fazendo-se igual a Deus”

Jo 5.18

ἴσος

Reivindicação de igualdade com Deus (razão do ódio)

Confissão pública da divindade de Cristo

Filho dá vida

Jo 5.21,26

ζωὴ (zōē)

Filho possui/dispensa vida em si → atributo divino

Esperança e oração por vida transformadora

Filho julga

Jo 5.22,27

κρίσις (krisis)

Autoridade escatológica delegada ao Filho

Responsabilidade moral; justiça escatológica

Chaves da morte/Hades

Ap 1.18

κλεῖς (kleis)

Soberania sobre morte/sepultura

Consolo diante da morte; missão liberadora

Autoridade para curar/perdoar

Jo 4;5;8;9

δύναμαι / ἐξουσία

Poder salvador do Filho (cura, perdão)

Igreja praticando compaixão e cura integral

Unidade econômica

Jo 5.30

θέλημα (thélēma)

Filho busca a vontade do Pai (obediência)

Liderança servil; missionalidade obediente

9. Conclusão 

A confissão joanina de que Pai e Filho são «um» é uma das declarações mais densas da revelação cristã: expressa igualdade de honra e de ação dentro da Trindade, dita em termos que a audiência judaica entendeu como reivindicação de divindade (por isso a reação). O Filho exerce atributos que pertencem ao único Deus — vida, juízo, autoridade sobre morte — e os exerce plenamente e de forma coerente com seu envio e missão. Para a igreja isso significa adorar o Filho como Deus, confiar em sua autoridade salvadora e imitar sua obediência humilde no serviço.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1) O que a Bíblia diz sobre a presença do Filho (e palavras gregas relevantes)

Idea central: a Escritura atribui ao Filho, como Filho divino, a presença ativa e soberana sobre o mundo; simultaneamente mostra que, na encarnação, o Filho assumiu limites humanos. Dizer que “o Filho é onipresente” é dizer: por sua condição divina ele participa da presença total de Deus; na encarnação ele se fez localmente presente, e por meios mediadores (promessa, Espírito, igreja) permanece presente com os seus.


Passagens-chave (e termos gregos):

  • Mateus 18:20“Porque onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles.” (ἐν μέσῳ αὐτῶν — “no meio deles”) → presença real e mediada do Senhor entre assembleias.
  • Mateus 28:20“E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação do século.” (κἀγώ μεθ’ ὑμῶν εἰμι πάσας τὰς ἡμέρας) → promessa de presença contínua até o fim.
  • João 20:19–21 — Jesus “vem e se põe no meio” (παράγεται καὶ ἑστηκεν ἐν μέσῳ) — presença do Ressuscitado entre os discípulos.
  • João 4:48–53 (oficial real) — Jesus opera cura à distância; sua autoridade e eficácia não ficam reduzidas à sua localização física. Isso ilustra que o poder e ação do Filho ultrapassam limites espaciais.
  • Colossenses 1:16–17 / Hebreus 1:3 — o Filho é agente da criação e “sustenta todas as coisas” (πάντα ἐν αὐτῷ ἔστιν· ἐν αὐτῷ συνέχεται τὰ πάντα / φέρει τὰ πάντα τῷ λόγῳ τῆς δυνάμεως αὐτοῦ) → imagens que apontam para uma presença sustentadora e abrangente.
  • Apocalipse 1:17–18 — o Ressuscitado declara: “tenho as chaves da morte e do Hades” → soberania sobre limites existenciais.
  • Salmos (LXX) 139 / Sl 139 (MT) — a ideia clássica: “Para onde fugirei da tua presença?” (LXX: πῶς ἐξέλθω ἀπὸ τοῦ πνεύματός σου; ἀπὸ προσώπου σου ποῦ ἐκφύγω;) — texto usado por intérpretes cristãos para falar da presença divina universal.

Léxico / termos úteis:

  • ἐν μέσῳ (en mésō) — “no meio”; presença real entre pessoas.
  • πάσας τὰς ἡμέρας / πάντοτε — “sempre, todos os dias” (persistência da presença).
  • συνέχεται / φέρει / ἐν αὐτῷ — termos que expressam sustentação e imanência cósmica.
  • LXX Hebraico: מְנֹֽעַ (no equivalente) para “fugir da presença” — o sentido do alcance divino.

2) Como resolver a tensão teológica (tradicionalmente)

Há tensão aparente: se o Filho é realmente onipresente (atributo divino), como encaixar o fato de que, enquanto encarnado, Jesus esteve localizado em Nazaré, Cafarnaum, no Getsêmani, etc. — isto é, como conciliar onipresença e limitação histórica?

A tradição teológica clássica resolve em duas etapas:

A) Distinção de naturezas — a fórmula de Calcedônia

  • Princípio: Cristo é uma Pessoa (o Verbo) em duas naturezas verdadeiras: divina e humana (ἀσώματον/ασώματος? não — μία προσωπία, δύο φύσεις).
  • Consequência: atributos da natureza divina (simplicidade, eternidade, onipresença) pertencem à natureza divina; atributos da natureza humana (localidade, crescimento, fome, limite) pertencem à natureza humana. Como pessoa única, Jesus pode ser referido com predicados de ambas as naturezas (communicatio idiomatum): diz-se que “Cristo está no céu (pela natureza divina) e na Terra (pela natureza humana)”.
  • Fontes clássicas: Concílio de Calcedônia (451); patrística — Atanásio, Gregório Nazianzeno; obras sistemáticas modernas tratam disso (Kelly, Pelikan).

B) Kenosis / autolimitação voluntária

  • Filipenses 2:5–8 descreve que o Filho “esvaziou-se” (ἐκένωσεν). Muitos intérpretes (conservadores) entendem que o Filho não desistiu de sua divindade, mas assumiu soberana autolimitação dos prerrogativas divinas enquanto no estado encarnado — voluntária obediência que incluiu restrições na manifestação de certos atributos.
  • Implicação: a onipresença ontológica do Verbo permanece (por ser atributo da natureza divina), mas o modo de presença do Verbo encarnado foi, voluntariamente, compatibilizado com os limites humanos. Assim, como Homem, Jesus tinha um corpo localizado; como Verbo-divino, a pessoa do Filho continua a participar do ser divino pleno.

C) Presença mediada pelo Espírito e pela igreja

  • Depois da ressurreição e ascensão, a presença do Filho é mediada pelo Espírito (Jo 14–16) e pela comunhão sacramental (Mateus 28:20; 1 Cor 10:16–17). A promessa “estarei convosco todos os dias” é cumprida pela união trinitária e pelo Espírito, que torna a presença de Cristo efetiva na Igreja, mesmo sem presença corporal.

Resumo teológico curto: o Filho, enquanto Deus, é onipresente; enquanto homem no primeiro século, o Filho assumiu limites locais. A pessoa do Filho pode corretamente ser descrita como “onipresente” em virtude da sua natureza divina, e como “localizada” por causa de sua natureza humana — sem contradição por causa da união hipostática.


3) Aplicações práticas e pastorais

  1. Consolo e segurança: a onipresença do Filho dá fundamento bíblico para a confiança de que Cristo está presente onde seu povo se reúne, sofre, ora ou age (Mt 18:20; Mt 28:20).
  2. Missão e coragem: a presença soberana do Filho sustenta a missão: ele acompanha, sustenta e “está” com quem envia. Isso liberta para evangelizar mesmo em contexto hostil.
  3. Culto e disciplina comunitária: saber que Cristo “está no meio” dos reunidos muda a seriedade do culto — não é performance humana, é encontro com o Senhor presente.
  4. Teologia sacramental e pneumatológica: a presença mediada do Filho (pelo Espírito e pelos sacramentos) justifica práticas como a Eucaristia, a oração comunitária e o discipulado — lugares concretos onde Cristo se faz presente.
  5. Humildade cognitiva: a verdade cristã inclui mistério — a presença simultaneamente universal do Filho e sua presença localizada histórica não se esgota em lógica humana, mas é recebida em fé e discernida teologicamente.

4) Tabela expositiva (resumo rápido)

Tema

Texto-chave

Termo/idéia (grego/hebraico)

O que afirma

Aplicação prática

Presença mediada na reunião

Mt 18:20

ἐν μέσῳ αὐτῶν

Cristo “está no meio” da igreja reunida

Reverência no culto; valor da comunidade

Promessa contínua

Mt 28:20

μεθ’ ὑμῶν εἰμι πάσας τὰς ἡμέρας

Presença contínua até o fim dos tempos

Coragem missionária; consolo pastoral

Sustentação cósmica

Col 1:16–17 / Hb 1:3

συνέχω / φέρει τὰ πάντα

O Filho sustenta todas as coisas

Confiança na soberania e cuidado divino

Autoridade sobre morte

Ap 1:17–18

κλεῖς (chaves)

Soberania sobre morte e Hades

Esperança na ressurreição; vitória final

Limitação histórica

Jo 1.14; Flp 2

σὰρξ ἐγένετο; ἐκένωσεν

Encarnação e kenosis → presença localizada

Modelos de liderança servil; encarnação pastoral

Presença por Espírito

Jo 14–16

παράκλητος / πνεῦμα

Cristo presente mediado pelo Espírito

Vida sacramental e oração comunitária

Tradução patrística

Calcedônia

ἕν πρόσωπον, δύο φύσεις

Unidade pessoal + duas naturezas → permite predicação correta

Linguagem teológica para pregar e catequisar

5) Leituras recomendadas (para aprofundar — clássicos e modernos)

Conclusão 

Dizer que “o Filho é onipresente” é (1) correto quando nos referimos ao Filho na sua natureza divina — ele participa da presença abrangente que é atributo de Deus — e (2) qualificado quando consideramos o estado encarnacional: durante o ministério terreno o Filho operou numa presença localizada, por sua vontade hodierna; depois da ressurreição e ascensão a sua presença é efetiva por meios trinitários (Espírito, Palavra, sacramentos) — o que não diminui a realidade de sua presença “onde dois ou três” e sua soberania cósmica que sustenta todas as coisas.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1. Onisciente

A) O Filho de Deus é Onisciente

A onisciência é um atributo divino que significa conhecimento pleno e completo de todas as coisas, sejam elas passadas, presentes ou futuras. Aplicado ao Filho de Deus, demonstra que Jesus, enquanto Deus encarnado, possui plenitude de conhecimento, não limitado por tempo, espaço ou circunstâncias humanas.

Passagens-chave:

  1. João 1:48 — Jesus revela a Natanael: “Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi.”
    • Palavra-chave: εἶδον (eídon) → “vi” / “tenho conhecimento pleno de”; indica conhecimento sobrenatural e direto de eventos e pensamentos humanos.
  2. João 4:16-18 — Jesus revela à mulher samaritana detalhes íntimos de sua vida conjugal, mostrando percepção de informações não evidentes externamente.
  3. João 21:6 — Jesus conhece a quantidade de peixes que Pedro e os discípulos haviam pescado; conhecimento detalhado do mundo físico e das circunstâncias humanas.
  4. Colossenses 2:3“Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.” (τὰ πάντα τὰ θησαυρικά τῆς σοφίας καὶ τῆς γνώσεως) → o conhecimento de Deus é pleno, abrangente e perfeito, e Cristo o possui.

B) Significado teológico

  1. Onisciência divina: Jesus, como Verbo eterno (Jo 1:1), possui conhecimento absoluto; todos os eventos e pensamentos humanos são conhecidos por Ele antes mesmo de acontecerem.
  2. Onisciência encarnada: Durante a encarnação, Jesus voluntariamente limita sua expressão do conhecimento em função da humanidade (kenosis — Flp 2:5-8), mas nunca deixa de possuir conhecimento pleno em sua natureza divina.
  3. Cristologia prática: Esse atributo sustenta a confiança dos cristãos na liderança de Cristo. Ele sabe cada situação, cada necessidade e cada coração humano, podendo agir com precisão divina.

Comentários acadêmicos:

  • John MacArthur (2019, p.1312): Destaca que os exemplos de Natanael e da mulher samaritana demonstram conhecimento sobrenatural de Jesus, ou seja, sua onisciência não é apenas teórica, mas prática e reveladora, servindo à sua missão redentora.
  • F.F. Bruce (1990, p.95): Enfatiza que a onisciência do Filho evidencia a plenitude de sua divindade, mesmo durante a encarnação, e a capacidade de guiar o discípulo e o crente em cada circunstância.

C) Aplicação prática

  1. Confiança em Jesus: Saber que Cristo conhece todas as situações e nossos corações nos dá segurança para nos entregar a Ele sem reservas.
  2. Oração consciente: Podemos orar com convicção, pois Ele sabe nossas necessidades antes mesmo de as expressarmos (Mt 6:8).
  3. Discernimento espiritual: A onisciência do Filho nos convida a buscar Sua direção em decisões complexas, confiando que Ele vê além do que nós enxergamos.
  4. Evangelização e discipulado: Jesus conhece cada pessoa individualmente; sua presença e palavra podem transformar vidas com precisão divina.

2. Análise lexical

Termo / expressão

Texto

Língua

Significado

Observação teológica

εἶδον (eídon)

Jo 1:48

Grego

“vi”, “conheci plenamente”

Demonstra conhecimento pessoal e sobrenatural de Natanael

γνῶσις (gnōsis)

Cl 2:3

Grego

“conhecimento”, “sabedoria”

Relaciona-se ao conhecimento total de Deus; não limitado à experiência humana

ἔγνωκα (egnōka)

Jo 4:16

Grego

“eu sei”

Indica percepção completa de detalhes íntimos da vida da mulher samaritana

θησαυρικός (thēsaurikos)

Cl 2:3

Grego

“tesouro”

Sugere que o conhecimento divino é valioso, profundo e inesgotável

3. Tabela expositiva resumida

Tema

Texto-chave

Palavra-chave

Conteúdo teológico

Aplicação prática

Onisciência de Cristo

Jo 1:48

εἶδον

Conhecimento pleno dos corações e ações humanas

Confiar na orientação de Cristo

Conhecimento da vida íntima

Jo 4:16-18

ἔγνωκα

Percepção das condições ocultas do ser humano

Oração e discernimento conscientes

Conhecimento cósmico e espiritual

Cl 2:3

γνῶσις / θησαυρικός

Tesouros da sabedoria e ciência em Cristo

Buscar sabedoria e entendimento nEle

Providência prática

Jo 21:6

εἶδον

Conhecimento detalhado do mundo físico

Confiança na providência e direção de Cristo

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Conclusão: 1. Unidade e igualdade do Pai e do Filho

A declaração de Jesus: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30) expressa a igualdade em essência, poder e glória entre as Pessoas da Trindade. A palavra grega ἕν (hén) indica unidade absoluta, não apenas de propósito, mas de natureza. Jesus não apenas reflete a vontade do Pai, mas É da mesma natureza divina (Jo 1.1; Cl 2.9).

  • Referência acadêmica: F.F. Bruce (1990, p.96):  observa que essa unidade é central para a cristologia joanina: Jesus não age de forma independente, mas sempre em perfeita harmonia com o Pai, revelando Deus de forma plena.

2. Missão do Filho

O Filho veio do Pai e retornou a Ele (Jo 16.28), cumprindo a obra da salvação. O verbo grego ἀπέρχομαι (aperchomai) indica um movimento de saída e retorno, demonstrando tanto a encarnação quanto a ascensão de Cristo. Sua missão envolveu:

  1. Revelação do Pai: Tornar visível o invisível (Jo 1.18; Jo 14.9).
  2. Manifestação do amor e justiça: Por meio de milagres, ensino e cumprimento da Lei (Jo 3.16; Mt 5.17).
  3. Cumprimento do Plano de Salvação: A reconciliação da humanidade com Deus (2 Co 5.19; Hb 2.10).
  • Referência acadêmica: John MacArthur (2019, p.1332): destaca que a obra de Cristo demonstra que a Trindade atua de forma cooperativa, sem confusão de Pessoas, mas com plena unidade de propósito.

3. Distinção de Pessoas na Trindade

Embora Pai e Filho sejam da mesma essência, eles são Pessoas distintas (πρόσωπα, prosōpa) na Trindade. A distinção é funcional:

  • O Pai envia (Jo 5.36; Jo 6.29).
  • O Filho cumpre a obra e revela o Pai (Jo 14.10; Jo 17.4).
  • O Espírito Santo aplica a salvação aos crentes (Jo 14.26; Jo 16.7).

Essa distinção de funções é complementar à unidade da essência divina.

4. Aplicação prática

  1. Reconhecimento de Cristo como revelador do Pai: Confiar no Filho é confiar no próprio Deus (Jo 12.45).
  2. Vida em unidade com Deus: Como Cristo fez a vontade do Pai em tudo (Jo 5.19,30), devemos buscar a harmonia entre nossa vontade e a vontade divina.
  3. Confiança na obra da salvação: Entender que Jesus cumpriu perfeitamente o plano divino nos encoraja a depender totalmente de Sua graça.

Análise Lexical

Termo / expressão

Texto

Língua

Significado

Observação teológica

ἕν (hén)

Jo 10.30

Grego

“um”, “unidade”

Unidade de essência entre Pai e Filho

ἀπέρχομαι (aperchomai)

Jo 16.28

Grego

“vir de / ir para”

Indica encarnação e ascensão de Cristo

πρόσωπα (prosōpa)

Conceito trinitário

Grego

“pessoas”, “identidades distintas”

Distinção funcional dentro da Trindade

δόξα (dóxa)

Jo 17.5

Grego

“glória”

Refere-se à manifestação da natureza divina plena

Tabela Expositiva

Tema

Texto-chave

Palavra / conceito

Conteúdo teológico

Aplicação prática

Unidade do Pai e do Filho

Jo 10.30

ἕν (hén)

Igualdade em essência, poder e glória

Confiar na revelação perfeita de Deus em Cristo

Missão do Filho

Jo 16.28

ἀπέρχομαι

Envio, encarnação e retorno à glória

Reconhecer a autoridade e obra salvadora de Cristo

Distinção de Pessoas

Conceito trinitário

πρόσωπα

Pai, Filho e Espírito têm funções distintas

Respeitar a obra do Filho em nos revelar o Pai

Glória e poder divino

Jo 17.5

δόξα

Manifestação plena da natureza divina

Viver com reverência e submissão à vontade de Deus

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#desafio42dias,6,1° Trimestre de 2020,11,10 Coisas,14,10 Sites,3,1º Trimestre,226,1º Trimestre 2018,1,2023,1,2024,22,2025,1,2º Trimestr,1,2º Trimestre,219,36 Dias De Pureza Sexual,37,3º Trimestre,237,4° TRIMESTRE 2018,1,4º TRIMESTRE,291,A igreja local e missões,50,A Intervenção de Cercília,1,A Mensagem,1,A multiforme sabedoria de Deus,3,A Raça Humana,12,A volta do homem sem rosto,1,Abençoa,6,Abençoadas,6,Abominações,1,Abraão,6,Absalão. EBD,8,Abuso Sexual,5,Acabe,1,Ação de Graça,17,Acazias,1,Acepção,1,Achados,2,AD em BH,2,Adão,16,Adolescente,112,Adolescentes,54,adolescer+,13,Adoração,23,Adulto,260,Aflição,2,Ageu,4,Agonia,1,Agostinho,2,Air,1,Ajuda,2,Ajuda do Alto,3,Ajudando Vítimas das Chuvas,1,ajudar,1,Alcoólica,1,alegria,2,Ali,1,Aline Barros,1,Alisson,1,Alma,11,Alto,2,Amar,14,Amasiado,2,Amém,1,Amigo,7,Amizade,14,Amnon e Tamar,2,Amor,62,Amor de irmãos,4,Amor Perdido,8,Amor Proibido,10,Amós,2,amostra grátis,5,Ana,4,Ananias,2,Andreza Urach,1,Anfetamina,1,Angelologia,2,Angular,1,Aniquilacionismo,1,Anjo de Luz,2,Anjos,4,Anonimo,1,Anrão,1,AntiCristo,4,Antiga,1,Antigo Testamento,8,Ao Vivo,2,Apaixonado,1,Aparece,1,Aplicativo,1,Apocalipse,33,Apologia,22,Apostasia,2,Apostolo,27,Apóstolo dos pés sangrentos,1,apóstolo Paulo,66,Apóstolos,3,App,2,Apple Store,1,apreço imenso,1,Aprendendo,6,aprender,1,APRENDER+,4,Aprendizagem,1,Aprovação,1,aprovado,1,aquecimento,1,Arca da Aliança,5,Arqueologia,3,Arrebatamento,14,Arrebatar,2,Arrependimento,12,Artesão,1,Artista,1,As 95 Teses,12,As Bases do Casamento Cristão,15,As Bodas do Cordeiro,2,Asera,1,Aserá,1,Aspectos,1,Assalto,1,Assassinato,2,Assedio,1,Assembleia de Deus,5,Assista,1,Assista ao trailer oficial do projeto divulgado pela Hillsong.,1,ASSISTIR,1,Assustar,1,Astecas,1,Atacante,1,Atalaia,2,Ataque,3,Ataques,3,Ateísmo,3,Atenção,1,Atender,1,Atentado,1,Ateu,3,Atitude,1,Atitudes,1,Atitute,1,Atividade,1,Atos,18,Atributos,17,atriz,1,Audio Book,19,Aula para crianças,10,Auto Escola,1,autoajuda,2,Autoridade,1,Avareza do Amor,1,Avenida Brasil,1,Aviso da Anatel foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta. Mudança começa no dia 29 de julho; haverá um período de adaptação. App's para iphone.,1,Avivado,8,Avivamento,13,Avó,1,Baal,1,Babel,16,bailarina,1,Baixar,56,Balaão,9,Balada Gospel,1,Balzac,1,Banalização,1,Bangu,1,banner,1,Barack Obama,2,Barato,1,Barnabé,2,Base Bíblica,67,Batalha Espirítual,39,Batismo,20,Batismo nas Águas,6,Batista,2,Batom Vermelho,1,Baxterismo,1,BBB,1,Beber,1,Bebês,1,Beijo na Bíblia,1,Beijo Perfeito,3,Bençãos,6,Benhour Lopes,1,Berçário,10,Bernhard Johnson Jr,1,best-seller,5,Bestas,1,Betânia,1,BETEL,269,Betel Adulto,174,Betel Jovem,70,Bíblia,105,Bíblia Diz,27,Bíblias,9,Bíblica,28,biblicas,5,Bíblico,6,Bíblicos,4,Bibliologia,4,Bienal do Livro,10,Bigamia,1,Bilhete,1,Biografia,6,Bispa,1,bissexual,1,BléiaCamp,1,Blíblica,1,BLOG,7,BlogNovela,20,Boaz,11,Bob Marley,1,Boletim,2,Bolsonaro,1,Bom,19,bom-humor,6,Bombom,1,Bondade,2,Bons Sonhos,4,Borboleta,1,Brasil,2,Brasília,1,Brenda Danese,1,Brennan Manning,2,Briga,1,Brincadeira,1,Brother Bíblia,10,Budismo,1,Bullying,1,Busca,9,C. S. 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A. Carson,1,Dalila,1,Dança,1,Daniel,25,Daniel Berg,1,Daniela Mercury,1,Danilo Gentili,1,Dave Hunt,1,Davi,36,Davi e Bate-Seba,9,Davi e Jônatas,18,Davi e Mical,7,de apenas três anos pode ser transferida para SP,1,debate,1,Débora,2,Decisão,1,declaração,6,dedicação,1,deep learning,1,Degeneração,1,Deidade,1,Delírios,1,demissão,2,demônio,12,Demônios,14,Denominação,1,Dentro,1,Denúncias,5,Depressão,2,Deputado Federal,1,derrotando,1,Derrubar,1,Desabamento,1,Desafiando,10,Desafio,10,Desafio Insano,7,Desafio4x4,3,Desapaixonar,3,Descobertas,2,Desculpas,1,Desejo,2,Desenho Bíblico,8,Deserto,17,Desigrejados,17,Despedida,1,Despertamento,1,Destinatários,1,Desunião,1,Deus,123,Deus é Amor,28,Deus está Morto,4,Deus Negro,1,Deus quer te usar,1,deuses falsos,26,Deuteronômio,1,Devaneios,4,Devocional,226,Dez Mandamentos,14,Dez passos,6,Dia,1,Dia da Independência do Brasil,1,Dia de Missões,29,Dia do Evangelista,2,Dia dos Namorados,18,Dia dos Pais,9,Diabetes,1,Diabo,3,Diáconos,12,Diante do Trono,5,Diante do Trono; Lagoinha Solidária,1,Diário,3,Dias,2,Dicas,13,Dicionário,3,Diferente,1,Diferentes,1,Dilma,1,Dilma fala Contra o Aborto,1,Dinâmica,14,Dinheiro,8,Discernimento,2,Discipulado,40,Discipulos,40,Discípulos,34,discussão,1,Distância,1,Diva do Senhor,1,Divina,12,Divino,5,divórcio,3,Dízimos,12,Doação,4,Doação de Bebê,2,Dobrada,1,Doença,4,doença física,7,Dom,9,Domingo Espetacular,1,Dominical,29,Dons de Curas,17,Dons de Maravilhas,23,Dores,1,Doutrina,35,Doutrinas Fundamentais,49,Download,160,Download Livros e E-books,224,Doze,1,Drink de Baygon,1,Drogas,2,Drogas Alucinógenas,2,Drogas Estimulantes,1,DST,1,Duas,1,Duelo,1,e usa nos Smartphones,1,E-Book,79,EBD,1110,EBF,2,Eclesiastes,15,ecológico,1,Ecumenismo,1,Éden,8,Edificados,1,Edir Macedo,2,Editar Foto,1,editora crista evangelica,4,Educação,1,Efatá,1,Efésios,3,Egito,7,Elcana,3,Ele,1,Eleição,6,Eleita,1,Eli,2,Elias,12,Eliasibe,1,Eliseu,4,Elizabeth Gilbert,1,Elizeu,4,Ellan 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artificial,1,Intercessão,1,Internação,1,Internacional,1,Interpletação,2,interpretação,1,intertestamentários,1,Intimidade,4,Introdução,1,iPad,1,iPhone,1,Ira,1,Irmã Zuleide,1,Isaias,15,Isaque,8,Islâmico,1,Islâmismo,1,Israel,22,IURD,2,Jair Bolsonaro,1,Jair Messias Bolsonaro,1,Jardim de Infância,27,Javé,1,Jeito,1,Jejuando,1,Jejum,12,Jeroboão,1,Jerusalém,8,Jesua,1,Jesuíta,1,Jesus,78,Jesus Cristo,110,Jesus de Nazaré,21,Jezabel,1,Jó,18,João,40,João Batista. 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Assista ao vídeo,1,Levítico,1,Liberdade,16,Libertação,1,Libertador,5,Libertinagem,1,Libertos,2,Lição,25,Lição 5,1,Lições,1,Lições Bíblicas,28,Lições Bíblicas da BETEL,495,Lições Bíblicas da CPAD,664,Lições de Vida,28,Líder,8,Líder Adolescente,29,Líder Jovem,30,Liderança,16,Líderes,3,Lídia,1,LinkedIn,1,Lino,1,Lista,2,Litoral,1,Liverpool,1,livre,5,Livre Arbítrio,7,Livres,2,Livro,77,Livro do Trono,5,Livro em Audio,7,Livro Selado,2,Livros - Comentarios,100,Livros Evangelicos,50,livros poéticos,13,Localização,1,Logos,1,Loide,3,Loira,1,Longanimidade,1,Lopes,1,Louco,1,Louvor,10,LSD,1,Lua Nova,1,Lucas,15,Lucifer,1,Lutando,1,Lutas Marciais Mistas,1,Luto,7,Luz,1,Luz do mundo,2,Lya Luft,1,MacBook Air,1,machine learning,1,Maçonaria,1,Maconha,1,Madame de Stael,1,Mãe de Moises,9,‪Magia,1,Magogue,2,Maias,1,Mal,4,Malala,1,Malaquias,4,Manancial,1,Mandamento,8,Manifestação,4,Manifestação em Cristo,2,Manual de missões,23,Mãos,2,Maquiagem,2,Marcador de Páginas,1,Marcas,3,Marcha Para Jesus,2,Marco Pereira,1,Marcos Pereira,2,Mardoqueu,7,Maria Madalena,2,Mário Quintana,2,Martinho Lutero,14,Mártir,2,Mártires Cristãos,4,Massacre,1,Masturbação,7,Materialismo,1,maternal,23,Mateus,2,Matityáhu,1,Matrimonio,7,maturidade cristã,8,Max Lucado,2,Meditação,1,Mega Sena da Virada com Fé,1,Melhor Bíblia de Estudo,11,Melhores Blogs,3,Melhores Sites,4,Meninos de Rua,1,Menor,1,Mensagem,5,MENSAGENS,2,Mensagens para SMS,12,Mensagens SMS,2,Mensal,2,Messias,3,Mestre,4,Mesulão,1,metaverso,1,Meteoro,1,Metusalém,1,Michelle Bolsonaro,1,Mídias Sociais,2,Milagres,17,Milênio,3,Milionário,1,Millôr Fernandes,1,Milton,1,Minas,1,Ministério,25,Ministério Público Federal,2,Miqueias,3,Miriã,2,Misericórdia,6,Missão,45,Missiologia,31,Missionário,29,Missões,25,Mistério,1,Mitologia,1,Mitos,1,MMA,1,Mobilização,2,Moda Bíblica,2,Moda Cristã,2,Moda Evangélica,2,Modelo,3,Modelos,1,Moisés,24,Monarquia,3,Monte,4,Monte Tabor,1,Moralismo,1,Mordomia,9,Mordomo,1,Morrer,2,morte,14,Mortos,3,Motim,6,Motivos,1,Movimento,1,Muda,1,Mulçumano,1,Mulher,19,Mulher de Potifar,13,Mulheres,20,multiplicação,1,Mundo,9,Muro,1,Muros,1,Musica,8,Naama,1,Nacional,3,Namorado,18,Namorar,34,Namoro,115,Não,1,Não Prometeu,2,Nascença,2,Nascimento,4,Natureza,13,Naum,2,Necessidade,2,Neemias,4,Negar,2,Neimar de Barros,5,nem Cristo a Derrotaria,1,Neopentecostal,4,NetFlix,1,Nicodemus,10,Nigéria,1,Nínive,1,Ninrode,1,No Fundo Do Poço,1,Noadia,1,Noé,1,Nome,2,Nome de Bebê,1,Nomes,2,Nora,2,Normalização,3,Norte,1,Noruega,1,Nota,2,Notícia gospel,105,Notícias Gospel,249,Nova,17,Novas Lições,2,Novela,2,Novo,5,Novo Testamento,6,Novos Céus e Nova Terra,12,Novos Convertidos,15,Novos Valores,2,nutricionista,1,Nuvem,1,NX Zero,1,O adeus,1,O beijo de Vancouver,1,O Bom Samaritano,3,O Bom Travesti,1,O casamento negro,2,O Exército de Cleycianne,1,O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA,6,O MINISTÉRIO DE PASTOR,18,O Quarto da Porta Vermelha,1,O que é visível e apenas o avesso da Realidade,1,Obadias,2,Obede-Edom,2,Obediência,24,Obesidade,1,Obra,4,Obras,14,obreiro,2,Obstáculos,1,Odio,1,Ofertada,9,Ofertas,10,Oficial,1,Olhando para direção errada,1,Olhar,3,Onde Estiver,1,ônibus,1,Onipotente,1,Onipresente,7,Onisciente,1,Online,1,Onri,1,ONU,1,Opinião,1,Opinião dos Outros,2,Oposição,1,Opressão,1,Oração,30,Orando,1,Orar,4,Orfanato,1,Organização,2,Origem,6,Os Melhores Livros,31,Os Valores do Reino de Deus,3,Oséias,6,Oséias e Gomer,6,Osiel Gomes,5,Outra Chance,3,Ovelha,9,Padrões,1,Paganismo,1,Pagãos,1,Pai,6,Paixão,3,Paixão e Cura,1,Palavra,6,Palavra de Deus,8,Palavras,1,Pandemia,5,Pânico,1,pão,2,Papa,1,Papa Francisco I,1,Papai,6,Papo,1,Paquera,2,Paquistanesa,1,Paquistão,1,Para Sempre,1,Parábolas,33,Paradoxo,2,Paródia Gospel,2,Paródia Gospel da música Kuduro com Jonathan Nemer #RiLitros,1,Participe,1,Partido Trabalhista PT,1,Páscoa,5,Pastor,28,Pastor Paul Mackenzie Nthenge,1,Pastor Presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular,1,Pastor que cheirou a Bíblia como droga diz que essa foi a menor loucura que já fez por ela: “Eu já comi a minha Bíblia”. 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Alexandre Marinho,1,Pr. Caio Fábio,2,Pr. Carvalho Junior,1,Pr. Ciro Sanches Zibordi,3,Pr. Claudionor de Andrade,1,Pr. Jaime Rosa,1,Pr. Jeremias Albuquerque Rocha,1,Pr. Marcelo Cintra,5,Pr. Marco Feliciano,8,Pr. Mário de Oliveira,1,Pr. Silas Malafaia,12,Pr. 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Pecador Confesso: Lição 09 - A Triunidade Divina – O Pai e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna | 3° Trimestre de 2025 | BETEL
Lição 09 - A Triunidade Divina – O Pai e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna | 3° Trimestre de 2025 | BETEL
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