Lição 09 - Lázaro – Amigo de Jesus, testemunha da vida | 4° Trimestre de 2025 | EBD BETEL

  TEXTO ÁUREO “Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono”. João 11.11. VERDADE APLICADA C...


 TEXTO ÁUREO

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

TEXTO ÁUREO

“Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.” — João 11.11


1. Contexto imediato e ponto teológico

Jesus anuncia, com naturalidade paradoxal, a morte de Lázaro chamando-a de “sono”. No Evangelho de João a palavra-imagem sono (sleep) é empregada para indicar o estado de morte físico, porém sem a nota final de derrota absoluta — Jesus trata a morte como algo sobre o qual Ele tem autoridade (cf. Jo 11.25–26). Ao mesmo tempo, ao chamá-lo φίλος (philos, “amigo”), Jesus revela a dimensão relacional e afetiva de sua missão: Ele não é um agente distante ou meramente funcional; é amigo, profundamente ligado a Lázaro e à família (cf. Jo 11.3,5).

Do ponto de vista teológico: aqui se cruzam compaixão (ὄχθη/ἐσπλαγχνίσθη in John 11:33,35), ** autoridade sobre a morte** (ressurreição) e a qualidade relacional de Jesus — Ele escolhe amigos, confia neles e os envolve em seu propósito redentor.


2. Análise lexical (grego — e alguns correspondentes hebraicos)

2.1 “Amigo” — φίλος (phílos)

  • Lexema/forma: φίλος (substantivo).
  • Significado lexical: afeto, estima, companheiro; implica proximidade afetiva e lealdade.
  • Comparação hebraica: רע (reʻa / reâ), “amigo, companheiro”. (Ex.: Davi e Jônatas — relação de amizade que envolve compromisso).
  • Significado teológico: Jesus não é apenas Senhor; Ele é phílos — alguém que ama, sofre e se doa. Em João essa palavra reforça a ideia de comunhão íntima (cf. Jo 15.13–15: “não há maior amor... já não vos chamo servos, mas amigos”).

2.2 “Dorme / sono” — καθεύδει / ὕπνος (katheúdei / hýpnos)

  • Lexema/forma: ὕπνος = sono (substantivo); καθεύδει = “dorme” (verbo).
  • Significado lexical: repouso fisiológico; quando usado como eufemismo (NT) significa morte temporária (Jo 11.11, 12.8; 1 Ts 4.13–15 usa sono para falar dos mortos em Cristo).
  • Comparação hebraica: יָשֵׁן (yāšēn) = dormir. A Bíblia hebraica por vezes usa sono como eufemismo para a morte (Sl 13.3 em alguns contextos).
  • Significado teológico: A morte é tratada como sono porque sua última palavra não é definitiva para quem está em Cristo — existe a promessa da ressurreição. Jesus declara que irá “acordar” Lázaro, mostrando que Ele é o Senhor da vida e do tempo.

2.3 “Vou despertá-lo / acordar” — ἐγείρω (egeirō) / ξυπνάω (xypnaō)

  • Lexema/forma: ἐγειράω/ἐγείρω = erguer, ressuscitar; ξυπνάω = despertar.
  • Significado lexical: tanto “levantar” quanto “trazer de volta à vida” (no evangelho de João egeirō aparece com a força de “ressuscitar” — Jo 5.21,25; 6.39–40).
  • Significado teológico: Jesus usa linguagem de despertar para ligar o gesto concreto (tirar Lázaro da tumba) à sua obra redentora maior (ressurreição definitiva). O verbo lembra o poder criador (“levantar” a vida) e o escopo escatológico de Cristo.

2.4 “Eu vou” — ὑπάγω (hupágō) / πορεύομαι (poreúomai)

  • Lexema/forma: em João Jesus diz ὑπάγω (“vou”), ou πορεύομαι (“iro”), ambos com sentido de deslocamento para cumprir missão.
  • Significado teológico: a ida de Jesus para “acordar” Lázaro não é apenas geografia; é a ida que culmina na cruz e na vitória sobre a morte — o caminho do Filho que enfrenta a morte por amor aos seus (Jo 11:16; 12:32–33).

3. Interpretação teológica e implicações

  1. A morte não é invencível. Jesus trata a morte como sono, demonstrando que a derradeira palavra sobre a vida está em suas mãos. A ressurreição de Lázaro é um sinal (σημεῖον) que antecipa a vitória final de Cristo sobre a morte.
  2. A amizade com Jesus implica vocação. Ser amigo de Jesus (φίλος) não é apenas calor afetivo: é ser chamado para participar do projeto divino. Em João, o amigo entra na esfera íntima de Jesus e é incluído em sua missão — “cada discípulo é escolhido por Jesus para fazer a sua vontade e ser seu amigo”.
  3. Compaixão e poder se unem. Jesus chora (Jo 11:35) e, ao mesmo tempo, comanda a história (ordena que a pedra seja removida, comanda Lázaro a sair). A sua amizade é tanto ternura quanto autoridade — um amigo que age e salva.
  4. A dialética “já / ainda não” do Reino: o sono (morte) ainda existe; Jesus o confronta agora — antecipação escatológica da ressurreição plena. O que se vê em Lázaro é a antecipação do que será consumado em Cristo — a ressurreição final.

4. Aplicação pessoal (prática e pastoral)

  1. Amizade com Jesus transforma vocações comuns em missão. Se você é amigo de Jesus, suas tarefas diárias (trabalho, família, ministério) tornam-se campo de serviço — “fazer a vontade de Jesus” é viver em amizade com Ele.
  2. O cristão não teme a morte como última palavra. A morte física é real e dolorosa, mas para quem está em Cristo ela é “sono” — temporária e sujeita ao poder do Ressuscitador. Isso dá esperança diante do luto.
  3. Compromisso amoroso com a dor alheia. Como Jesus, amigos de Jesus choram com os que choram e agem com poder. A compaixão prática (visitas, oração, intervenção) acompanha nossa vocação.
  4. Ser amigo de Jesus implica responsabilidade ética. Jesus chamou discípulos para intimidade e ação (Jo 15). A amizade cristã envolve obediência à vontade do Senhor e disponibilidade para servir.

5. Tabela expositiva — João 11.11

Expressão (PT)

Grego

Lexema / Nota

Sentido Teológico

Aplicação Prática

“Lázaro, o nosso amigo”

Λάζαρος ὁ φίλος ἡμῶν

φίλος (phílos) = companheiro, amigo íntimo

Jesus estabelece relação pessoal; amizade implica afeto e compromisso

Cultivar comunhão diária com Jesus; ver ministério como fruto dessa amizade

“dorme” / “sono”

καθεύδει / ὕπνος

καθεύδει / ὕπνος = sono (eufemismo para morte)

Morte tratada como estado temporário diante do poder de Cristo

Enfrentar o luto com esperança escatológica

“vou despertá-lo”

ἵνα ἐγείρω αὐτόν / ξυπνήσω

ἐγείρω = erguer, ressuscitar; ξυπνάω = despertar

Jesus é Senhor da vida; ressurreição antecipada em Lázaro

Orar confiantes; testemunhar a vitória de Cristo sobre a morte

“Eu vou” / “vou até ele”

ὑπάγω / πορεύομαι

movimento com propósito (missional)

A ida de Jesus é parte do seu caminho redentor (cruz/ressurreição)

Seguir Jesus implica ir onde Ele envia, mesmo em risco ou dor

6. Palavras finais para uso em EBD / pregação

  • Frase para meditação: “Jesus nos chama de amigos; amizade com Ele nos insere em seu projeto de vida e ressurreição.”
  • Ilustração pastoral: quando Jesus diz que Lázaro dorme, Ele suaviza o golpe da perda, mas não minimiza a dor. Ele nos convida a chorar com quem chora e, ao mesmo tempo, a crer no seu poder para transformar o sono em vida.
  • Aplicação prática para grupo: incentive membros a identificarem pessoas “adormecidas” (relacionalmente, espiritualmente) e a agir — com oração, visita e testemunho — porque a amizade com Jesus empurra para a ação solidária.

Identificar a amizade entre Lázaro e Jesus.
Reconhecer a necessidade de crer para ver a Glória de Deus
Ressaltar que Jesus ressuscitou Lázaro

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JOÃO 11
1- Estava então enfermo certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
2- E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão, Lázaro, estava enfermo.
3- Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.
4- E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.
5- Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Leitura (João 11:1–5) — comentário detalhado

1. Contexto imediato

O episódio de Lázaro abre uma das mais densas narrativas joaninas: a glória de Jesus é revelada na cruz e na ressurreição. Os versos 1–5 situam a cena — família de Betânia (Marta, Maria e Lázaro), o laço afetivo com Jesus e a informação inicial da doença — e anunciam o motivo teológico da narrativa: aquilo que parece morte será usado para manifestar a δόξα (doxa) de Deus e a identi­dade do Filho.


2. Exegese versículo a versículo (síntese)

v.1 — “Estava então enfermo certo Lázaro, de Betânia…”
João abre com simples factualidade: Ἦν δέ τις ἀσθενῶν, Λάζαρος, ἐκ Βηθανίας… (ēn de tis asthenōn, Lazaros, ek Bēthanias). A palavra ἀσθενέω indica fragilidade/adoecimento — não apenas um sintoma clínico, mas condição que expõe dependência humana.

v.2 — “E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor…”
João identifica Maria como aquela que deu sinal público de adoração e preparação para o sepultamento (cf. Jo 12). Isso liga intimidade (adoração) com o contexto da morte e da glória vindoura.

v.3 — “Mandaram-lhe suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.”
A frase em grego usa φιλέω (phileō): ὁ ὃν σὺ φιλεῖς — “aquele a quem tu amas/oles.” Phileō traduz afeição íntima (amor de amigos/família), não contraste com ἀγαπάω em João que às vezes distingue núcleos teológicos. O ponto é a relação pessoal: Jesus não é um observador indiferente.

v.4 — “Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus…”
A sentença define o propósito teológico: o evento humano (enfermidade) será ocasião de revelação divina — οὐκ εἰς θάνατον ἀλλ’ εἰς δόξαν τοῦ Θεοῦ (ou similar). Jo 11:4 sublinha a lógica joanina: sofrimento que culmina na morte humana pode ser instrumento para a manifestatio gloriae Christi (revelação da glória do Filho e do Pai).

v.5 — “Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.”
João explica o porquê do envolvimento de Jesus: laço afetivo profundo (ἠγάπα — aoristo of ἀγαπάω? João costuma usar ἀγαπάω para amor divino; aqui a LXX/NT apresentam interdependência entre phileō/agapāō). O evangelista prepara o leitor para as reações humanas e divinas — tristeza humana e poder divino em tensão.


3. Análise lexical (grego) — palavras estratégicas

  • ἦν (ēn) — “estava”: simples fato narrativo que dá realismo à história.
  • τις (tis) — “certo/um tal”: João às vezes usa indeterminação que depois será nomeada (Lázaro).
  • ἀσθενέω (asthenéō) — “estar enfermo, fraco”: termo que remete à condição humana de fragilidade; pode carregar sentido existencial (vulnerabilidade diante da morte).
  • Βηθανία (Bēthania) — nome do lugar; Lar íntimo próximo a Jerusalém (ὡς 15 στάδια distante).
  • ἠγαπά (ēgapā) / φιλεῖς (phileis) — dois verbos de amor aparecem em João em variados matizes: phileō aqui indica afeição pessoal (“o que tu amas”), enquanto João também usa agapaō/ēgapā para o amor pleno. A combinação sublinha que Jesus não é indiferente — Ele tem afeição e compaixão.
  • δόξα (doxa) — “glória”: termo central em João; denota manifestação da presença e ação divinas. Aqui a enfermidade é interpretada teleologicamente — como meio de trazer à luz a glória de Deus.
  • υἱὸς τοῦ θεοῦ / υἱὸς τοῦ θεοῦ não aparece explicitamente nesses versículos, mas a referência “para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” (v.4) articula a identidade cristológica: a glória do Pai se manifesta por meio do Filho.


4. Teologia do trecho — pontos centrais

  1. Providência redentora: João não vê azar; a enfermidade humana pode ser colocada por Deus dentro do propósito salvífico: “não para morte, mas para δόξα.” Sofrimento é enquadrado na teleologia da revelação do Filho.
  2. Amor que precede o milagre: Jesus age a partir de uma relação afetiva; primeiro há amor e compaixão, depois a ação transformadora. Isso protege contra leituras utilitárias (Deus só age por interesse pragmático).
  3. Tensão entre tempo humano e kairos divino: o relato inteiro (em v.6–16) mostrará que Jesus demora intencionalmente, para que o propósito maior (ressurreição e revelação) seja alcançado. O “tempo” humano do adoecimento contrasta com o “tempo” providencial de Deus.
  4. Glória manifestada na cruz e na ressurreição: neste Evangelho a glória se cumpre em controvérsia, cruz e ressuscitação. O milagre de Lázaro é um sinal que aponta para a vitória definitiva sobre a morte.
  5. Humanidade plena de Cristo: João enfatiza a compaixão humana do Senhor (ele chora mais adiante) e a simultânea autoridade sobre a morte — mistério cristológico: verdadeiro homem que sofre e verdadeiro Filho que ressuscita.


5. Aplicações pastorais e pessoais

  1. Sofrimento não é sem sentido. Isso não banaliza a dor, mas convida a buscar em Deus a perspectiva que transforma provações em ocasião de graça e testemunho.
  2. Cristo participa da dor humana. Jesus não é remoto; ama os seus. Em momentos de enfermidade, aproximemo-nos de Jesus — Ele sente compaixão e age em amor.
  3. O tempo de Deus nem sempre coincide com o nosso. A aparente demora de Deus pode ter propósito redentor. Aprender paciência e fé durante a espera é parte da formação cristã.
  4. A glória de Deus como critério interpretativo. Nas crises, pergunte: “como posso confiar que Deus usará isto para magnificar a Cristo e abençoar outros?” — não para autojustificação, mas para esperança e testemunho.
  5. Cuidado pastoral: presença antes de soluções. Marta e Maria nos mostram que, primeiro, precisam de presença empática; depois, do poder de Deus. Igrejas devem exercitar presença compassiva e oração confiante pela cura.


6. Tabela expositiva resumida

Verso

Texto-chave (grego)

Matiz teológico

Observação prática

v.1

ἀσθενέω (asthenéō) — “estar enfermo”

Introduz fragilidade humana; ponto de partida narrativo

Identificar a condição humana sem reduzir ao determinismo

v.1

Βηθανία (Bēthania)

Lugar de intimidade (Marta, Maria, Lázaro)

Comunidade e lar como espaço de fé e cuidado

v.2

μύρον / ἐνέλειψεν (myron / eneleipsen) — contexto unção em Jo 12

Ação de adoração ligada à preparação para a morte

A adoração precede e interpreta o sofrimento

v.3

φιλέω (phileō) — “aquele a quem tu amas”

Relação afetiva entre Jesus e a família

Deus age a partir do amor; pastoral baseada em presença

v.4

οὐ διὰ θάνατον ἀλλὰ εἰς δόξαν (ou dia thanaton alla eis doxan)

Sofrimento como ocasião de δόξα (glória)

Reenquadrar sofrimentos à luz do propósito redentor

v.5

ἠγάπα (ēgapā) / ἀγάπη (agapē)

Amor de Jesus — compaixão e proximidade humana

Conforto pastoral: “Jesus te ama” é resposta teológica e prática

7. Conclusão sintetizada

João 11:1–5 abre a cena mais explícita do Evangelho sobre a vitória de Cristo sobre a morte: uma enfermidade pessoal inscrita no palco maior da revelação da glória do Filho e do Pai. O precioso equilíbrio entre amor humano (Jesus que se afeta) e poder divino (Jesus que ressuscita) dá ao crente consolação e esperança: a nossa fragilidade não anula a soberania de Deus; ao contrário, pode tornar-se o caminho pelo qual a glória de Deus se manifesta e a vitória sobre a morte se torna testemunho vivo.

SEGUNDA | Mt 6.25-34 Não andeis ansiosos por coisa alguma.
TERÇA | Lc 10.38-42 Escolhendo a melhor parte.
QUARTA | Jo 11.45-57 A trama para matar Jesus
QUINTA | Jo 12.5-8 A ganância pode levar à desonestidade.
SEXTA | Jo 12.9-11 O para matar também a Lázaro.
SÁBADO Jo 12.12-15 A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1) Mateus 6:25–34 — “Não andeis ansiosos por coisa alguma”

Leitura sintética: Jesus exorta os discípulos a não viverem dominados pela ansiedade com provisões (comida, roupa, vida), lembrando que o Pai cuida das aves e dos lírios; em vez disso, buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça, confiando que o Pai proverá.

Análise léxica (grego):

  • μεριμνάω (merimnaó) — “ansiar, inquietar-se, preocupar-se” (Mt 6:25,31). Palavra que transmite divisão interior, dispersão de atenção — o contrário de confiança.
  • ζητέω πρῶτον τὴν βασιλείαν (zētéō prōton tēn basileían) — “buscar em primeiro lugar o reino” — ζητέω implica busca ativa e prioritária; πρῶτον marca ordem.
  • ὁ οὐράνιος πατήρ (ho ouranios patēr) — “o Pai celeste” — imagem paternal da providência.
  • μέριμνα (merimna) na cultura judaica evoca ocupações que roubam a confiança em Deus.

Teologia: A passagem opõe dois reinos de lealdade: o do cuidado autônomo (ansiedade) e o do Pai que provê. A fé cristã confessa um Deus providente; a vida de fé transforma prioridades, libertando do ativismo ansioso.

Aplicação prática:

  • Exame diário das preocupações: identificar o que dispersa sua atenção de Deus.
  • Prática: orar pelas “preocupações” nomeadas e, em resposta, escolher uma ação de confiança (adoção de disciplina espiritual, jejum, administração financeira).
  • Formação: ensinar a congregação a “buscar o reino” com escolhas concretas (tempo, finanças, serviço).


2) Lucas 10:38–42 — “Escolhendo a melhor parte” (Marta e Maria)

Leitura sintética: Jesus visita a casa de Marta e Maria. Marta se ocupa em servir com ansiedade; Maria senta-se aos pés de Jesus para ouvir. Jesus afirma que Maria escolheu a “melhor parte”, que não lhe será tirada.

Análise léxica (grego):

  • μεριμνᾶσα (merimnasa) — particípio de merimnaó, “preocupada/atrapalhada” (v.41). A mesma raiz de Mt 6 — preocupação que divide.
  • παράκειμαι (parakeimai) — καθήμενη παρὰ τοῖς πόσιν αὐτοῦ — Maria “estava assentada” (modo de discípulado rabínico: sentar-se aos pés do mestre para aprender).
  • μίαν χρείαν ἔχει (mían chreían echei) — “só uma necessidade há/uma coisa é necessária” (v.42) — Jesus qualifica prioridade espiritual.

Teologia: O episódio não condena o serviço (Marta estava a servir), mas aponta que o serviço sem atenção a Cristo perde sua orientação. A “melhor parte” é a escuta formativa (discípulo) — o fundamento para o serviço autêntico.

Aplicação prática:

  • Integrar contemplação e ação: agendas de ministério devem reservar tempo de escuta bíblica.
  • Confronto pastoral: quando membros se ocupam e se ressentem, levar ao exame espiritual: a ocupação vem da piedade ou da ansiedade?
  • Para líderes: modelar descanso e aprendizado ao lado de Cristo; não confundir atividade com espiritualidade.


3) João 11:45–57 — “A trama para matar Jesus” (consequência da ressurreição de Lázaro)

Leitura sintética: Depois que Lázaro é ressuscitado, muitos crêem, mas líderes judeus concluem que Jesus deve morrer para preservar a ordem e a autoridade (temem a reação romana). O Sinédrio (juntamente com Caifás) planeja sua morte; surge a tragédia religiosa: a glorificação de Deus via ressurreição provoca oposição.

Análise léxica (grego):

  • ἐπίστευσαν (episteusan) — “creram” (v.45) — reação que mostra o poder do sinal.
  • συνεβούλευσαν (sunebouleusan) — “aconselharam juntos”, “deliberaram” (v.47) — termo de conspiração coletiva.
  • ἀποσφάξαι (aposphaxai) / ἀποκτεῖναι (apokteinai) — “matar” (v.53) — decisão de eliminar.
  • συναγωγή/συνέδριον (synedrion) — o conselho (Sinédrio) — poder religioso com implicações políticas.

Teologia: A narrativa mostra o paradoxo pascal: o agir glorioso de Cristo (vida por vida) provoca resistência humana que culminará na crucificação — o caminho paradoxal de salvação. Também revela a lógica do mundo que prefere ordem humana à vida oferecida por Deus.

Aplicação prática:

  • Esperar oposição quando Cristo é glorificado: líderes e igrejas devem perceber que sinais e poder nem sempre trarão aceitação, às vezes reação.
  • Cuidado pastoral com decisões motivadas por medo institucional (preservação de status ou de paz social que marginaliza o Evangelho).
  • Consolação: a obra de Deus pode ser incompreendida pelo mundo; confiar na providência mesmo quando a repercussão é hostil.


4) João 12:5–8 — “A ganância pode levar à desonestidade” (Judas e o perfume)

Leitura sintética: Maria unge Jesus com perfume caro; Judas reclama que o óleo poderia ter sido vendido e o dinheiro dado aos pobres — mas João esclarece que Judas falou isso não por genuine preocupação, mas porque era ladrão (κρατῶν τὸν κλῆρον — “guardava o que se dava”, v.6).

Análise léxica (grego):

  • παράπονον (paraponon) — “reclamação/queixa” (v.5).
  • προδότης / κλέπτης (kléptēs) — João chama o caráter: Judas é ladrão (v.6 uses κρατῶν τὸν κλῆρον — “apoderava-se do cofre”).
  • πολύτιμον (polytimon) — “precioso/valioso” — o perfume era de alto valor (indicação sacrificial).

Teologia: O episódio confronta duas atitudes: adoração sacrificial (Maria) e racionalização utilitarista (Judas). A prova moral aqui é dupla: o reconhecimento de Jesus como digno de honra e a tentação de trocar devoção por cálculo interesseiro.

Aplicação prática:

  • Discernir motivações: programas de ação social devem coexistir com adoração; não transformar serviço em instrumento de autopromoção.
  • Cuidados institucionais: transparência financeira e cultura de prestação de contas para prevenir a avareza e a corrupção.
  • Exame do coração: onde eu valoro mais — economia ou cristo? A devoção espontânea não é descartável.


5) João 12:9–11 — “O plano para matar também a Lázaro”

Leitura sintética: A notícia da ressurreição de Lázaro atrai multidões, mas também estimula os líderes a conspirar não só contra Jesus, mas contra Lázaro, temendo que o sinal aumente o poder de Jesus.

Análise léxica (grego):

  • ἐπείσθησαν (peisthēsan) — “foram persuadidos/creram” (v.9) — o impacto do sinal.
  • ἤθελεν ἀποκτεῖναι (ēthelen apokteinai) — “queriam matar” (v.10–11) — volição homicida não só contra o líder, mas contra o testemunho vivo do milagre.
  • φόβος Ῥωμαίων (phobos Rhōmaiōn) — “medo dos romanos” — pragmatismo político que justifica violência religiosa.

Teologia: O texto sugere que a cruz de Jesus se desenha também pela reação aos sinais: o mundo (e os poderes religiosos/políticos) preferem estabilidade ao reino que Cristo inaugura. A perseguição ao mensageiro vivo é prova de incoerência humana diante da glória de Deus.

Aplicação prática:

  • Proteção de evangelistas: quando sinais começam a se multiplicar, pode surgir ódio; planejamento pastoral envolve cuidado por evangelistas e conversos vulneráveis.
  • Sensibilidade ao contexto político: o anúncio do Evangelho pode provocar riscos; conscientização e sabedoria prática são necessárias.


6) João 12:12–15 — “A entrada triunfal em Jerusalém” (Hosana)

Leitura sintética: Jesus entra em Jerusalém montado num jumentinho; a multidão o aclama “Hosana! Βασιλεὺς τοῦ Ἰσραήλ!” (v.13). João vê nisso o cumprimento de Zacarias 9:9 — o rei justo e humilde.

Análise léxica (grego/aramaico):

  • ὡσαννά (hōsanna / hosanna) — transliteração do hebraico/aramaico הוֹשִׁיעָנָה (“salva, por favor!”) — aclamação messiânica combinada com súplica redentora.
  • πῶλος ὄνου (pōlos onou) — “pold/jumentinho”, gesto de humildade (não cavalo de guerra).
  • βασιλεὺς (basileus) — “rei”; o título messiânico reconhecido, mas Jesus enquadra a realeza como serviço humilde.

Teologia: A entrada proclama dois temas centrais: (a) o reconhecimento messiânico popular (que será distorcido e politizado), (b) a natureza paradoxal do reino: rei humilde, servo sofredor — cumprimento profético (Zac 9:9). A hosana associa súplica redentora e aclamação.

Aplicação prática:

  • A realeza de Cristo é exercida em humildade; liderança cristã é serviço.
  • Evitar politização messiânica: acolher o Rei que salva não para fins políticos imediatos, mas para redenção que muda corações.
  • Preparar a comunidade para a semana da paixão: a aclamação pode tornar-se feroz rejeição — fidelidade requer coragem.


TABELA EXPOSITIVA — Leituras Complementares

Leitura

Termo(s)-chave (gr.)

Ensinamento central

Aplicação prática

Mt 6.25–34

μεριμνάω (ansiedade); ζητέω πρῶτον (buscar primeiro)

Confiar na providência; priorizar o Reino

Exame de preocupações; priorizar oração e serviço

Lc 10.38–42

μεριμνᾶσα (preocupada); μίαν χρείαν ἔχει (uma coisa necessária)

Equilibrar serviço e escuta; priorizar formação espiritual

Reservar tempo para escuta bíblica; reavaliar ocupações

Jo 11.45–57

συνεβούλευσαν (conspiraram); ἐπίστευσαν (creram)

Glória de Deus provoca fé e oposição; caminho pascal

Esperar oposição; perseverar definindo prioridades éticas

Jo 12.5–8

παράπονον (reclamação); κρατῶν τὸν κλῆρον (apoderava-se)

Distinção entre devoção sincera e avareza

Transparência financeira; exame de motivações

Jo 12.9–11

ἤθελεν ἀποκτεῖναι (queriam matar)

Sinais de Deus atraem risco e ódio

Planejamento pastoral; proteção de testemunhas

Jo 12.12–15

ὡσαννά (hosanna); πῶλος ὄνου (jumentinho)

Reino paradoxal: rei humilde; cumprimento profético

Liderança servidora; evitar politização do evangelho

Observações finais (integração)

  • Fio condutor destas leituras: conflito entre dois reinos — o Reino de Deus (confiança, escuta, adoração sacrificial, humildade) e o reino do mundo (ansiedade, ativismo desordenado, avareza, preservação de poder).
  • Implicação pastoral: formar comunidades que ouvem (Maria), servem sem ansiedade (Marta renovada), adoram com devoção sincera (Maria que unge), e esperam com coragem (Tessalônica / os discípulos após Lázaro).
  • Desafio pessoal: identificar onde você vive sob a lógica do mundo (ansiedade, idolatria do resultado, busca de honra) e praticar disciplinas que reorientem para o Reino (oração, escuta bíblica, jejum, prestação de contas).

HINOS SUGERIDOS: 8, 198, 200

Introdução
1- Lázaro, o amigo de Jesus
2- Quem crer verá a Glória de Deus
3- Jesus traz Lázaro de volta à vida
Conclusão

DINAMICA EXTRA

Comentário de Hubner Braz

DINÂMICA: “TIREM A PEDRA!”

Texto-chave: João 11

Objetivo: Ensinar que Jesus tem poder para transformar situações impossíveis, mas muitas vezes nos chama a remover a pedra — aquilo que impede o milagre.


🎯 IDEIAS PRINCIPAIS DA LIÇÃO

  • Lázaro era amigo íntimo de Jesus.
  • Mesmo os que Jesus ama enfrentam lutas, perdas e momentos de morte emocional/espiritual.
  • Jesus chega na hora certa, mesmo quando parece tarde demais.
  • O milagre começa quando obedecemos: “Tirai a pedra”.
  • Todo milagre de Deus tem propósito: testemunhar a vida.

🧩 MATERIAIS

  • Uma caixa grande (representando um túmulo)
  • Uma “pedra” feita de papel pardo, TNT ou cartolina cinza
  • Papéis pequenos
  • Caneta
  • Versículo impresso: João 11.40

👣 PASSO A PASSO DA DINÂMICA


1️⃣ APRESENTAÇÃO: O TÚMULO

Coloque a caixa no centro da sala e cubra a entrada com a “pedra”.

Diga:

“Esta caixa representa o túmulo de Lázaro e também as áreas da nossa vida onde parece que nada mais pode mudar.”


2️⃣ IDENTIFICANDO AS ‘PEDRAS’

Distribua papéis para todos e peça que escrevam uma “pedra” que impede o agir de Deus, como:

  • medo
  • incredulidade
  • fracasso
  • vícios
  • frieza espiritual
  • desânimo
  • pecado secreto
  • traumas
  • ansiedade
  • orgulho

Ninguém precisa colocar nome.

Todos depositam suas pedras dobradas na frente do ‘túmulo’.


3️⃣ A ORDEM DE JESUS

Leia João 11.39:

“Tirai a pedra.”

Explique:

“Jesus podia mover a pedra, mas decidiu envolver pessoas.
Assim é conosco: Deus pode tudo, mas espera nossa obediência.”

Peça 2 ou 3 voluntários para remover a pedra da caixa.


4️⃣ O CHAMADO QUE TRAZ VIDA

Leia João 11.43:

“Lázaro, vem para fora!”

Nesse momento, abra a caixa e tire de dentro um papel grande com a frase:

“VIDA NOVA EM JESUS”

Mostre ao grupo:

“Atrás da pedra removida, sempre há vida esperando para ressurgir.”


5️⃣ A LIÇÃO FINAL

Explique aos alunos:

  • Lázaro era amigo de Jesus, mas também enfrentou a morte → até os fiéis sofrem.
  • Jesus não chegou atrasado → Ele nunca chega fora do tempo.
  • A ordem foi clara → Obedeçam e verão a glória de Deus.
  • Lázaro saiu ainda amarrado → o processo nem sempre é imediato; a igreja ajuda a “desatar”.

6️⃣ APLICAÇÃO PRÁTICA – ORAÇÃO

Coloque os papéis (as “pedras”) numa sacola e diga:

“Hoje, pela fé, deixamos aqui as pedras que impediam nosso milagre.”

Ore com o grupo.


📘 REFORÇO COM O VERSÍCULO

Mostre João 11.40 e leia em uníssono:

“Se creres, verás a glória de Deus.”

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

João 11 (introdução e tema “Crer para ver”)

1. Contexto e enredo breve

Betânia, casa de Marta, Maria e Lázaro, torna-se o cenário de um dos sinais mais decisivos do Evangelho joanino. Lázaro adoecera; as irmãs enviam notícia a Jesus; Ele demora; Lázaro morre; depois de quatro dias Jesus chega, chora, e chama Lázaro para fora do sepulcro. Muitos veem e crêem; outros conspiram para matar Jesus. O milagre expõe ao mesmo tempo a compaixão do Senhor, sua autoridade sobre morte e a polarização definitiva que sua obra provoca.

2. Intenção teológica do relato

João não narra o episódio apenas como um “milagre poderoso”. Ele o apresenta como sinal (σημεῖον) que revela quem Jesus é: “ἡ ἀνάστασις καὶ ἡ ζωή” (Jo 11:25) — o mediador da vida definitiva. O milagre mostra que a ressurreição final e o domínio sobre a morte já têm um centro histórico: Jesus. Por isso João liga o episódio à glória do Filho e ao juízo humano (crença vs. trama homicida).

3. A espera de Jesus: tempo e propósito

A longa demora de Jesus é teologicamente significativa. Em Jo 11:4 Ele afirma: “Esta enfermidade não é para morte, mas para a δόξα τοῦ θεοῦ” — a doença é ocasião para que a glória de Deus se manifeste no Filho. A aparente “atraso” não é descaso; é a manifestação do propósito redentor divino: a demonstração de que a vida e a ressurreição vêm por Cristo no tempo oportuno.

4. Compaixão e humanidade de Jesus

O evangelista sublinha o amor humano de Jesus: ἠγάπα (ēgapā) — “Jesus amava Marta, Maria e Lázaro.” Quando Ele chora (ἔκλαιεν, Jo 11:35), não apenas manifesta tristeza por Lázaro, mas também participa do luto humano. A compaixão não anula o poder, mas a contextualiza: Jesus se solidariza com a dor humana antes de exercer a autoridade.

5. Autoridade sobre morte e manifestação da glória

Ao ordenar “Lázaro, sai para fora” (ἐγείρου καὶ ἔξελθε — ἐγείρω / ἔξελθε), Jesus emprega verbos carregados: ἐγείρω (ergéiro, “levantar, ressuscitar”) e ἔξελθε (exeλthe, “sair” — ênfase na saída do sepulcro, da condição mortal). A ordem é o revelador do poder do Filho: não uma exortação retórica, mas exercício soberano do dom da vida.

6. Crer para ver — relação fé-percepção

Em João há padrão inverso ao “ver para crer”: muitas passagens mostram que a fé é pré-condição para compreender a revelação de Deus. Em João 11:40 Jesus diz (resumo): “Se creres, verás δόξαν τοῦ Θεοῦ.” A fé aqui é confiança ativa em Jesus como porta da vida; o “ver” é percepção plena da glória de Deus manifestada na ressurreição. Assim, crer gera visão — a fé sintoniza o coração para reconhecer a ação divina, não apenas para obter prova empírica.

7. Paralelo escatológico

O sinal antecipa a ressurreição final (ἀνάστασις) e a vitória definitiva sobre a morte. Ao chamar Lázaro, Jesus encena o que fará em plenitude na sua ressurreição e no juízo final: vida sobre morte. Para o crente, a lição é dupla: esperança diante do luto; responsabilidade de testemunhar o Senhor que vence a morte.


ANÁLISE LÉXICA (grego) — termos-chave

(Transliteração — forma canônica — sentido teológico resumido)

  • ἀσθενής (asthenēs) — “doente, fraco” (Jo 11:1). Marca a vulnerabilidade humana; Lázaro está na condição comum da humanidade dependente.
  • ἀγαπάω (agapaō / ἠγάπα) — “amar” (Jo 11:5). Indica o laço afetivo de Jesus — amor real, não mero ideal.
  • θάνατος (thanatos) — “morte”. A realidade fronteiriça que Jesus vence.
  • δόξα (doxa) — “glória” (Jo 11:4). Não apenas brilho; revela caráter e presença de Deus — a ação redentora que manifesta o Pai por meio do Filho.
  • ἐγείρω (egeirō) — “levantar, ressuscitar” (uso técnico em contexto de vida). Jesus emprega poder criador sobre a morte.
  • ἔξελθε (exelthe) — imperativo “sai” (referido ao sepulcro; associação com liberdade e saída do domínio da morte).
  • σπήλαιον / λίθος (spelaion / lithos) — “caverna / pedra” (Jo 11:38–39). Imagens que sublinham concretude da morte (sepulcro cavado, pedra selada).
  • πιστεύειν (pisteuein) / ὄψῃθε (opsēsthe) — “crer / vereis” (Jo 11:40). Relação causal: crer → ver.
  • ζωή (zōē) — “vida” (Jo 11:25: ἡ ἀνάστασις καὶ ἡ ζωή). Vida definitiva, qualidade de ser que provém de Cristo.

IMPLICAÇÕES TEOLÓGICAS PRINCIPAIS

  1. Cristologia reveladora — o sinal aponta para a identidade do Filho: mediador da vida, revelador da glória do Pai.
  2. Soteriologia esperançosa — a ressurreição singular de Lázaro antecipa a ressurreição universal; oferece consolo e certeza.
  3. Pneumatologia e fé — crer é dom e resposta; o Espírito e a Palavra conduzem à percepção da glória.
  4. Teologia do sofrimento — a enfermidade e a morte não são sempre simples catástrofes: podem ser o campo para a manifestação da glória divina (não uma justificativa para o mal, mas um quadro em que o propósito de Deus atua).
  5. Ética do luto e do cuidado — Jesus chorou; o cuidado pastoral e a presença são parte da resposta cristã ao sofrimento.

APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL (Prática “Crer para ver”)

  1. Confiança na demora de Deus. Quando Deus “demora”, não é sinal de abandono: Ele atua em seu tempo para revelar algo maior (salvação, glória, testemunho). Aprenda a orar e a esperar.
  2. Fé que percebe a glória. A fé cristã é disposição para confiar e, assim, enxergar como Deus age; cultivar a fé é treinar os olhos internos.
  3. Compromisso solidário. Que a igreja tenha olhos cheios de compaixão: a presença em luto e o choro comunitário são ministério.
  4. Esperança diante da morte. Para quem crê em Cristo, a morte não é o fim — há promessa e realidade da ressurreição. Consolar os enlutados com essa esperança.
  5. Testemunho eficaz. O sinal produziu crença em muitos e ódio em outros; esteja preparado: o evangelho gera adesão e oposição. Não recuemos do anúncio por medo da reação.
  6. Adorar o Senhor da vida. Reconhecer que Jesus é “a ressurreição e a vida” transforma a liturgia, a pastoral e a ética: vida humana é sagrada e esperançosa.

TABELA EXPOSITIVA — João 11 (síntese para ensino / EBD / pregador)

Ponto

Texto / Palavra (Gr.)

Observação exegética

Significado teológico

Aplicação prática

Enfermidade de Lázaro

ἀσθενής (asthenēs)

Vulnerabilidade humana

O homem é dependente; lugar de necessidade

Pastoreio, oração intercessória

Demora de Jesus

χρόνος / σκοπός (kairós, σκοπός)

Atraso intencional

Deus usa o tempo para glorificar o Filho

Aprender a esperar e orar

Propósito: Glória

δόξα (doxa)

“Para glória de Deus”

Sinais revelam caráter divino

Buscar ver a glória em provações

Amor de Jesus

ἠγάπα (ēgapā) / ἐσπλαγχνίσθη (splagchnizomai)

Cristo sente e participa do luto

Humanidade compassiva do Senhor

Empatia pastoral; presença real

Comando sobre a morte

ἐγείρω / ἔξελθε

Verbo de ressurreição e saída

Autoridade sobre a morte

Senhor da vida → esperança escatológica

Reação humana

πίστεις / ὀργή (pisteis / orgē)

Muitos crêem; outros conspiram

Sinal produz fé e oposição

Preparar igreja para perseguição e missão

Mensagem teológica

ἡ ἀνάστασις καὶ ἡ ζωή

Cristo = fonte de vida definitiva

Ressurreição inminente já anunciada

Consolar e proclamar esperança

“Crer para ver”

πιστεύσετε → ὄψεσθε

Fé precede visão da glória

Fé é ativadora da percepção espiritual

Cultivar fé que espera e reconhece Deus


Palavra final 

O episódio de Lázaro nos lembra que crer não é mera adesão intelectual, mas confiança prática que abre os olhos do coração para ver a glória de Deus em Cristo — mesmo (e especialmente) nas horas de dor e morte. “Crer para ver” é a disciplina cristã da espera confiante: enquanto esperamos que a glória se revele, somos chamados a chorar com os que choram, orar sem cessar e proclamar que Aquele que chama os mortos à vida é o Senhor vivo.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1) Panorama e contexto — João 11.1–5 (síntese)

Lázaro é apresentado como morador de Betânia (aldeia próxima a Jerusalém), irmão de Marta e Maria — família que acolhia Jesus (Jo 12.1; Lc 10.38–42). Quando Lázaro adoece, suas irmãs enviam mensageiros a Jesus: “Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas” (Jo 11.3). João sublinha a intimidade afetiva entre Jesus e Lázaro: “Jesus amava Marta, e sua irmã, e Lázaro” (v.5). Esse traço relacional prepara o terreno para o milagre da ressurreição que revelará a autoridade de Cristo sobre a morte e servirá como sinal que aponta para a sua própria vitória (Jo 11.25; 12.9–11).


2) Análise lexical e linguística (grego / hebraico)

2.1 O nome: Lázaro — Λάζαρος (Lázaros)

  • Origem: forma grega do hebraico אֶלְעָזָר (Elʻāzār / Eleazar) — “Deus ajudou” / “Deus é ajuda”.
  • Significado teológico: o nome já carrega uma nota providencial: o homem a quem Deus ajuda torna-se palco do poder de Deus para vida. João costuma escolher nomes com sentido teológico (p.ex. “Jesus”, “Abraão” em contexto); o fato de Eleazar/Lázaro receber vida realça a ação salvadora divina.

2.2 “Amigo” / “aquele a quem tu amas”

  • Em João 11:3 a mensagem diz: ὁ ἀνὴρ ὃν ἠγαπᾷς (ho anēr hon ēgapais) — “o homem que tu amas” (literally “whom you love”).
  • Em v.11 Jesus fala de Lázaro como ὁ φίλος ἡμῶν Λάζαρος (ho philos hēmōn Lázaros) — “nosso amigo Lázaro” (ou “nosso amado Lázaro”): φίλος (phílos) = amigo, pessoa por quem se nutre afeição; carrega sentido de proximidade afetiva e confiança recíproca.
  • Em v.5 João diz explicitamente: ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς (ēgapa ho Iēsous) — “Jesus amava” (verbo ἀγαπάω / agapaō), termo de amor volitivo e relacional. Notar: João usa tanto φίλος quanto ἀγαπάω — combinação que indica amizade com afeto comprometido (não apenas utilitário).

2.3 “Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus...” (v.4)

  • οὐκ ἔστιν εἰς θάνατον, ἀλλὰ εἰς δόξαν τοῦ θεοῦ (ouk estin eis thanaton, alla eis dóxan tou Theou)
    • εἰς θάνατον / eis thanaton: “para morte” — Jesus interpreta a enfermidade teleologicamente: não fim absoluto, mas oportunidade teológica.
    • εἰς δόξαν (eis dóxan): “para glória” — δόξα aqui indica a manifestação da glória de Deus (semelhante a João 2.11; 9.3): o milagre serve para revelar a natureza de Jesus e a glória do Pai.
  • A frase mostra que Jesus lê além dos sintomas: vê propósito redentivo por trás da crise.

2.4 “Amava” — ἠγάπα (ēgapa)

  • verbo ἀγαπάω (agapaō) em João combina amor afetivo e ação voluntária — amor relacional que envolve cuidado e comprometimento. Em Jo 11, a palavra sublinha que o milagre não é cálculo, mas resposta de um coração que ama.


3) Observações teológicas centrais

3.1 Amizade com Jesus: realidade cristológica e pastoral

  • A palavra φίλος reforça que o seguimento cristão não é só obediência formal, mas relação pessoal. Jesus, o Filho encarnado, não é distante; ele tem amigos. Isso confirma a humanidade do Filho e o valor da comunidade afetiva no discipulado (a amizade como lugar de cuidado, hospitalidade e oração).

3.2 Não mérito, mas graça relacional

  • João deixa claro: não há mérito humano especial; Lázaro é “amigo” por causa da comunhão com Jesus, não por obras públicas. A graça pode escolher o obscuro (João frequentemente exalta os humildes e marginalizados como recipientes da graça de Deus).

3.3 O sofrimento interpretado à luz da glória

  • Jesus declara que a enfermidade visa manifestar a glória de Deus. Isso não elimina a dor, mas oferece um enquadramento teológico: a história individual se insere no drama redentor maior. Em João, sinais miraculosos sempre têm função revelatória (Jo 2.11; 20.30–31).

3.4 Amizade e intercessão comunitária

  • As irmãs “mandam dizer” a Jesus (v.3) — ação comunitária de intercessão. A amizade inclui clamar a Jesus em dependência, e a resposta de Jesus mostra que Ele se envolve pessoalmente por compaixão.

3.5 Preparação para a ressurreição do Senhor

  • O episódio de Lázaro préfigura e aponta para a ressurreição definitiva em Cristo. Ao ressuscitar Lázaro, Jesus manifesta que é a ressurreição e a vida (Jo 11.25–26) — o sinal prepara a fé da multidão e intensifica a trama que levará à sua paixão (Jo 11.45–53).


4) Aplicações pessoais e eclesiais

  1. Valorize a amizade com Cristo.
    Ser amigo de Jesus implica intimidade — falar com Ele, confiar na sua presença, levar as alegrias e as dores. Amizade com Jesus transforma a linguagem da fé de “dever” para “relação”.
  2. Interceda em comunidade.
    Marta e Maria mandam mensageiros; o corpo da igreja participa dos sofrimentos e intercede. Não subestime a força da intercessão comunitária.
  3. Espere e confie apesar da demora.
    Jesus demorou (Jo 11.6) — às vezes Deus permite silêncio antes da intervenção. Aprender a crer durante a espera é parte do discipulado.
  4. Leia o sofrimento à luz da glória.
    Nem todo sofrimento é explicado, mas pode ser transformado em ocasião de revelação da glória divina quando Jesus é glorificado por meio dele.
  5. Espere sinais que confirmem a mensagem.
    Em missão, proclamação e serviço, o poder de Deus (como em Tessalônica, em João) autentica a palavra. Porém, não transforme sinais em fim em si mesmos; eles apontam para Cristo.
  6. Pratique hospitalidade e cuidado.
    A casa de Betânia era lugar de acolhida: igreja deve ser casa onde amigos são conhecidos, amados e servidos.


5) Tabela expositiva — “Lázaro, o amigo de Jesus (João 11.1–5)”

Item

Texto / Termo

Análise lexical

Significado teológico

Aplicação prática

Nome

Lázaro / Eleazar (Λάζαρος ← אֶלְעָזָר)

“Deus ajudou” (Heb.)

Providência: Deus age para ajudar; nome aponta para a ação divina

Confiança na ajuda de Deus; nomes bíblicos com sentido pastoral

Relação

φίλος (phílos) – “amigo”

Proximidade, afeição, confiança

Jesus é acessível; amizade é característica do discipulado

Cultivar amizade com Cristo (oração íntima)

Amor

ἠγάπα (ēgapa)

Verbo agapē: amor comprometido

Amor ativo de Jesus; não meramente utilitário

Viver sob o cuidado e compaixão de Jesus; amar como Ele ama

Interposição

“mandaram dizer” (v.3)

Comunidade que interpela

Igreja como mediadora de pedidos e suporte

Praticar intercessão e hospitalidade

Interpretação do sofrimento

“não é para morte, mas para glória” (v.4)

εἰς δόξαν (eis dóxan)

Sofrimento entendido teleologicamente: ocasião de revelação da glória de Deus

Procurar ver propósito redentor em crises (sem banalizar dor)

Contexto

Betânia; casa de Marta e Maria

Lugar de acolhida e intimidade

Igreja/hospitalidade como ambiente de encontro com Jesus

Fazer da comunidade um lugar de cuidado e consolo

Sinal e prefiguração

Ressurreição de Lázaro

Sinal que aponta para Jesus como “resurreição e vida” (Jo 11.25)

Milagre que revela a identidade messiânica de Jesus

Missão que une palavra e poder; proclamar Cristo com confiança

Observação final

João nos convida a reconhecer que o cristianismo é uma relação pessoal: Jesus tem amigos, chora com eles (Jo 11.35), se compadece e age. Lázaro não é famoso por virtudes notáveis, mas por ter sido objeto do amor e do poder do Senhor — um lembrete encorajador de que Deus escolhe e transforma vidas comuns para manifestar a sua glória.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1 — LÁZARO, O AMIGO DE JESUS — Comentário bíblico-teológico aprofundado

1. Panorama rápido

João 11 apresenta Lázaro como personagem-chave: irmão de Marta e Maria, morador de Betânia e alvo do maior milagre de Jesus antes da Paixão — a ressurreição após quatro dias. O episódio mostra simultaneamente: a intimidade de Jesus com uma família, o modo de agir de Cristo (espera, compaixão, autoridade sobre a morte) e a finalidade teológica do milagre (manifestação da glória do Filho de Deus; Jo 11.4,14–15,40).

2. “Amigo” de Jesus — vocábulo e matizes

A Bíblia chama Lázaro de amigo no sentido relacional; o grego que descreve amizade em contextos joânicos é φίλος (phílos) — afeto, estima, proximidade. Jesus trata Lázaro com carinho (Jo 11.5 “ἐφίλει ὁ Ἰησοῦς τὴν Μάρθαν... καὶ τὸν Λάζαρον”), o que não quer dizer mérito humano excepcional, mas graça relacional: Deus se compadece, chama pessoas comuns ao convívio do Reino. O nome do homem, forma abreviada de Eleazar (עֶלְעָזָר), significa “Deus ajudou” — ironia providencial: o homem chamado “Deus ajudou” será objeto da ajuda divina poderosa.

3. O cronograma de Jesus e o “timing” divino

Jesus retarda intencionalmente sua ida (Jo 11.6), o que provoca a morte humana. O atraso não é insensibilidade: é liberdade messiânica para mostrar que a glória de Deus se revela segundo propósito redentor, não apenas para evitar sofrimento. O “atraso” expõe a dependência humana e revela que o poder de Deus não é refém da cronologia humana.

4. A compaixão que se identifica com o sofrimento (Jo 11.33–35)

Ao chegar, Jesus se comove: verbos importantes — σπλαγχνίζομαι (compadecer-se, ter as entranhas comovidas) e ἐδάκρυσεν / ἐκλάυσεν (chorou). A compaixão de Cristo é real e encarnada: Ele se identifica com a dor humana, embora não seja vencido por ela. Isso nos revela um Deus que sofre conosco e age em solidariedade.

5. A autoridade sobre a morte e a escatologia

Jesus ordena: “Λάζαρε, δεῦρο ἔξω” (Lázaro, vem fora). O verbo exortativo + a invocação em voz alta (φωνῇ μεγάλῃ, Jo 11.43) sublinham autoridade criadora: Aquele que chama a existência do nada também chama os mortos à vida. Teologicamente, o episódio é antecipação da ressurreição escatológica — promessa de vida definitiva em Cristo.


2 — Análise lexical (grego / hebraico)

  • Λάζαρος (Lázaros): forma grega do hebraico Eleazar (עֶלְעָזָר) — “Deus ajudou”. Nome com sentido providencial.
  • φίλος (phílos) — amigo, afeto; usado para expressar relação escolhida e íntima (Jo 11.3,5). Indica amizade de Jesus não condicionada a sucesso humano.
  • ἔκκλησις? (contextual) — a presença da comunidade (irmãs, judeus) realça o testemunho público.
  • τετράδι(ν) (te(tr)ádi(n)) / τέτταρες ἡμέραι (téttares hēmerai) — “quatro dias” — ὁ τετράδιος enfatiza que a sepultura já havia operado (decomposição começada), tornando o milagre mais patente. No pensamento judaico, depois de três dias o cadáver é definitivamente considerado “morto”; quatro dias sublinha ausência de esperança humana.
  • ἐγείρω (egeírō) / ἐξέρχομαι (exérchomai) — “levantar, erguer; sair” — Jesus manda e o morto ἐξῆλθεν (saiu), mostrando poder do Verbo que gera vida.
  • σπλαγχνίζομαι (splagchnízomai) — compadecer-se (do íntimo).
  • φωνῇ μεγάλῃ (phōnē megalē) — com grande voz — o clamor vocálico mostra autoridade pública e litúrgica.
  • κατακρίνω / κρίμα — subtexto escatológico: o domínio sobre a morte aponta para juízo e vida final (ver Jo 5).


3 — Pontos teológicos centrais

  1. Cristologia e Glória: O milagre confirma a filiação e a glória do Filho (Jo 11.4,40): a ressurreição de Lázaro é sinal do poder que será pleno na ressurreição de Cristo e na ressurreição final dos santos.
  2. Deus que sofre: Jesus não é um observador distante; sua compaixão humana revela o Deus encarnado que entra na dor humana para redimi-la.
  3. A escatologia já e ainda não: o milagre é “já” (poder presente de vida) e aponta ao “ainda não” (ressurreição definitiva). Betânia é, assim, um vislumbre do fim.
  4. Convite à fé e ao crer: “Crer para ver” — João sempre liga crer e ver: o sinal é dado para que o testemunho leve à fé (Jo 11.45; 20.31).
  5. Testemunho público e conflito: o milagre intensificou tanto a fé (muitos creram) quanto a conspiração (Jo 11.45–57), revelando que sinais autênticos não agradam a todos; transformam igrejas e despertam oposição.


4 — Aplicação pessoal (prática e pastoral)

  1. Jesus valoriza amizades reais: a comunidade cristã é espaço de amizade com Cristo; essa intimidade é fonte de consolo e coragem. Cultive amizade com Jesus na oração, no silêncio e na comunhão.
  2. Confie no timing divino: atrasos de Deus não significam abandono; muitas vezes o propósito maior (manifestação da glória divina, crescimento da fé alheia) requer que sejamos levados até o limite da nossa impotência.
  3. Equilíbrio entre serviço e presença: como em Lc 10, Marta e Maria lembram que a agenda do serviço precisa estar subordinada à federação do ouvir Jesus. O testemunho cristão combina ação e contemplação.
  4. O poder do Senhor sobre a morte traz esperança: para o enlutado, o Senhor oferece consolação com promessas reais; para o crente que teme morrer, há confiança — a morte não é o último verbo.
  5. Sinais despertam fé e conflito: não estranhe que testemunhos poderosos provoquem reações. O evangelho transforma e, ao transformar, separa.


5 — Tabela expositiva (resumo para aula / EBD)

Item

Texto / Palavra

Significado / Matiz

Implicação teológica

Aplicação prática

Nome

Λάζαρος ← עֶלְעָזָר

“Deus ajudou”

Providência divina presente no milagre

Confiar que Deus age em nosso nome

Amizade

φίλος (phílos)

Intimidade de Jesus com Lázaro

Cristo se relaciona pessoalmente

Cultivar amizade com Jesus (oração)

Atraso

ὕστερον / ὑπέμεινεν ὁ Ἰησοῦς

“Jesus demorou”

Propósito redentor, não mera cronologia

Confiar na soberania divina no tempo

Comp aixão

σπλαγχνίζομαι / κλαίω

Compaixão encarnada

Deus se solidariza com o sofrimento

Permitir que Deus console e forme empatia

Quatro dias

τέτταρες ἡμέραι

Indica morte completa

Milagre torna-se mais evidente; subtexto escatológico

Esperança na ressurreição final

Comando

φωνῇ μεγάλῃ· “Λάζαρε, δεῦρο ἔξω”

Autoridade criadora

Cristo é Senhor da vida/ morte

Submissão ao comando do Mestre (fé ativa)

Resultado público

πολλοὶ ἐπίστευσαν / Φόβος, ἐχάραζαν

Fé e oposição

Sinais geram crentes e inimigos

Testemunho pode promover evangelismo e conflito

Lição prática

“Crer para ver”

fé ligada a sinal e revelação

O sinal aponta à cristologia (Cristo revelado)

Use milagres/vidas transformadas para apontar a Cristo

6 — Peça de encerramento para a lição

Conclua com um desafio pastoral curto: “Em que situação de ‘quatro dias’ você precisa entregar o seu Lázaro a Jesus — onde não resta esperança humana? Confesse essa dependência agora, peça que Ele manifeste sua glória e aprenda a esperar no seu tempo. E, como Marta e Maria, escolha a melhor parte: permanecer aos pés de Jesus enquanto serve.”

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

“Se creres, verás a glória de Deus” (Jo 11:40)

(Texto-base dentro do episódio da ressurreição de Lázaro, Jo 11.1–44)

1. Panorama narrativo (João 11)

A narrativa de João é tecida com intenções teológicas claras: Jesus demonstra autoridade sobre a morte, revela a íntima relação Pai–Filho e prepara o caminho para sua glorificação que culminará na cruz e ressurreição. O milagre de Lázaro funciona como sinal (σημεῖον) que aponta para a vida em Jesus (cf. João 20.30-31). João enfatiza tempo (quatro dias), demora de Jesus, tristeza/choros, oração de Jesus e a ordem: “Lázaro, sai para fora!”. Entre esses pontos centrais está a advertência de Jesus a Marta: “Se creres, verás a glória de Deus” — uma máxima que subverte a ordem esperada (ver e então crer) para estabelecer a prioridade da fé.


2. Exegese de João 11:40 (grego) — análise lexical e sintática

Versão grega aproximada do verso:
εἶπεν αὐτῇ Ἰησοῦς· οὐκ εἴρηκα σοι ὅτι ἐὰν πιστεύσῃς βλέψεις τὴν δόξαν τοῦ θεοῦ;

Termos-chave:

  • πιστεύσῃς (pisteusēs) — forma de πιστεύω (pisteuō): “crer”, “confiar”, “depositar fé”. Em João, pisteuō é mais do que assentar uma proposição: é confiança ativa e obediente no mediador Jesus (cf. João 3.16; 20.29).
  • βλέψεις (blepseis) — de βλέπω (blepō): “ver”, “contemplar”, “perceber”. João frequentemente usa blepō / horaō com sentido teológico: ver = experimentar revelação (ex.: João 1.14 “vemos τὴν δόξαν αὐτοῦ”).
  • δόξαν (doxan) — de δόξα (doxa): “glória”. No NT doxa indica a manifestação do ser e honra de Deus/ do Filho, frequentemente relacionada à sua essência e aos efeitos redentores (cruz, ressurreião, manifestação futura). A “glória de Deus” é tanto presença manifestada quanto poder salvífico que transforma.
  • τοῦ θεοῦ (tou theou) — “de Deus” — liga a manifestação (a glória) à iniciativa divina.

Sinteticamente: Jesus declara que a condição para contemplar a manifestação eficaz de Deus (isto é, aquele poder redentor que revela a identidade divina em Jesus) é crer — confiar nele. A ordem é teológica: fé antecede revelação pública (na experiência humana), embora a revelação pertença ao agir objetivo de Deus.


3. “Crer para ver” — teologia da fé e da revelação

  1. Prioridade da fé: João sublinha repetidamente que a revelação divina — incluindo sinais — frequentemente é concedida para os que creem. Não se trata de uma “fé cega” sem evidências: é fé que confia na promessa divina e, por isso, se dispõe a obedecer (remoção da pedra). A fé motiva a ação: Marta e os presentes são chamados a participar (tirar a pedra), e Jesus mesmo age (ora ao Pai e chama Lázaro).
  2. Fé não é apenas assenso intelectual: pisteuō implica rendição. Marta tem crença confusa (Jo 11.21–27: “Eu sei que ele ressuscitará no último dia” vs “Se creres verás a glória de Deus”). Jesus corrige: a fé de que ele fala é fé em sua pessoa presente — o ho on (aquele que é) — e no poder do Pai que opera através do Filho.
  3. A glória de Deus: ao dizer “verás τὴν δόξαν τοῦ θεοῦ”, Jesus liga a ressurreição de Lázaro à manifestação do caráter redentor de Deus por meio de Cristo. A glória aqui é revelação salvífica (cf. Jo 2.11 “manifestou a sua glória” nos sinais). A glória de Deus é simultaneamente resplendor (honra) e a demonstração do amor e justiça divina — culminando na cruz-ressurreição.
  4. Sinal e fé recíprocos: João vê sinais como meios que confirmam a identidade de Jesus e edificam fé. Mas o evangelista também mostra que a fé é exigida para que alguém participe plenamente do que o sinal revela. A dinâmica é circular, não meramente causal: o sinal gera fé; a fé abre para nova visão do sinal.


4. A pedra: símbolo teológico e pastoral

  • λίθος (lithos) — “pedra/túmulo”. Jesus manda que removam a pedra do túmulo. A pedra simboliza barreiras: morte, descrença, tradição que sepulta esperança. Remover a pedra exige coragem e fé (a multidão hesita porque, com quatro dias, o cadáver cheiraria — Jo 11.39). A obediência do povo (tirar a pedra) é um ato de cooperação humana com o milagre divino.
  • A pedra como “sepultura” de nossa descrença: muitas “pedras” na vida (medo, rituais, intelecto orgulhoso, temporalismo) devem ser removidas pela obediência confiada, para que a vida de Deus se manifeste.


5. O papel da oração e da relação Pai–Filho (Jo 11.41–42)

Antes de chamar Lázaro, Jesus agradece: εὐχαριστήσας (eucharistēsas) — “ter dado graças”. Em seguida ele ora: “Pai, eu te dou graças por me teres ouvido” (v.41–42). A oração pública de Jesus revela:

  1. que a obra do Filho é sempre em sintonia com o Pai (unidade);
  2. que a glória manifesta é parte de economia salvífica (o Pai glorifica o Filho e o Filho manifesta o Pai);
  3. que o milagre não é mero espetáculo, mas adoração e cumprimento da vontade divina — a ressurreição de Lázaro anuncia a ressurreição final em Cristo.

A oração também modela para os crentes: fé acompanhada de comunhão com o Pai é instrumento para ver a glória.


6. Presença do Senhor e a “demora” de Jesus (Jo 11.15,21,32)

Jesus diz: “para que creiais” (v.15): a demora não é mero descuido; faz parte do propósito divino. Às vezes, a ausência aparente de Deus testa e forja fé. A narrativa sugere que Deus permite provas para que a glória seja mais patente e a fé mais madura (não justificando indiferença, mas indicando sabedoria providencial).


7. Implicações teológicas maiores

  • Cristologia: o sinal mostra que o Filho é a fonte da vida (cf. João 14:6). A ressurreição de Lázaro préfigura a ressurreição de Cristo e a vida que Ele confere.
  • Soteriologia escatológica: a vitória sobre a morte antecip a esperança final e firma a promessa de libertação da “ira” e do juízo para os que creem (ligando-se aos temas tessalonicenses que você trabalha).
  • Eclesiologia e missão: a fé que vê a glória é testemunho público; muitos creram ali (Jo 11.45) e, inversamente, tensão e oposição também aumentaram, levando ao plano de morte contra Jesus (Jo 11.46-53) — sinal de que o sinal divide (cf. Jo 3.19).


8. Aplicação pessoal e pastoral

  1. Crer para ver — não o contrário: treine sua comunidade a agir pela fé mesmo quando as evidências sensoriais estão contra você (remover a pedra é agir). Fé não é irracionalidade, é confiança responsável.
  2. Tempo de Deus e demora: quando parece que o Senhor “tardeia”, sua demora pode ter propósito redentor para que a futura manifestação da glória seja mais clara. Não abandone a confiança.
  3. Retirar pedras concretas: identifique “pedras” (medos, rituais, ceticismo, orgulho intelectual) que impedem que o poder de Deus se manifeste e obedeça à voz de Jesus para removê-las — às vezes com ações práticas de perdão, reconciliação, confissão.
  4. Oração que prepara o milagre: siga o exemplo de Jesus — comunhão e ação de graças ao Pai antecedem a manifestação de sua glória. Cultive oração confiante, não mágica.
  5. Sinais geram testemunho, mas também oposição: quando Deus age, a reputação do evangelho cresce e o antagonismo também. Prepare a comunidade para testemunhar com coragem e humildade.
  6. Viver no presente do poder de Deus: não exilar a obra de Deus para o “passado” (eventos da reforma/ressurreição) nem só para o futuro (parousia): espere e busque que Deus atue hoje.


9. Tabela expositiva — João 11: foco em Jo 11.40 e cena correlata

Elemento narrativo

Termo grego

Sentido/ matiz

Teologia prática

“Se creres”

πιστεύσῃς (pisteusēs)

fé confiante e ativa

Fé precede e dispõe para ver a glória

“verás”

βλέψεις (blepseis)

contemplar/reconhecer manifestação

Ver = experimentar revelação divina

“a glória de Deus”

δόξαν τοῦ θεοῦ (doxan tou theou)

presença, honra, poder redentor

Milagre = manifestação da glória / missão do Filho

“tirar a pedra”

λίθος ἀφαλέσθητι (lithos aphalesthēti)

remover barreira (ação humana)

Cooperação obediente com o poder divino

“orar e agradecer”

εὐχαριστήσας (eucharistēsas)

ação litúrgica do Filho

Ação milagrosa em relação fixa com o Pai

“quatro dias”

τέτταρες ἡμέραι (tettares hēmerai)

símbolo de morte efetiva

Ressurreição demonstra poder sobre morte consumada

“reação pública”

ἐπίστευσαν πολλοὶ (episteusan polloi) / ἐπείραν (οἱ Ἰουδαῖοι)

crença e aumento de oposição

Sinal gera fé e polarização; missão consequente

10. Conclusão sintética

João 11:40 encapsula a pedagogia de Jesus: fé precede visão salvadora. A glória de Deus se manifesta frequentemente quando os crentes, sob prova, confiam, obedecem e participam removendo as pedras que impedem a manifestação da vida divina. O episódio de Lázaro nos lembra que o poder de Deus opera na tensão entre a demora do Senhor e a obediência humana — e que essa operação visa, acima de tudo, glorificar o Filho e conduzir o povo à fé viva.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

João 11:33–40 (Jesus chorou; remover a pedra; “Se creres verás a glória de Deus”)

Este episódio é uma das passagens cristológicas e teológicas mais densas do Evangelho de João. Num curto compasso narrativo vemos três movimentos que iluminam a pessoa de Jesus e a dinâmica da fé: (1) a compaixão emotiva de Cristo — “Jesus chorou”; (2) o choque entre a fragilidade humana e o poder divino — remover a pedra e a garantia da ressurreição apesar do estado de decomposição; (3) o convite à fé cara a cara com o milagre — “Se creres, verás a δόξα/ glória”. Vou comentar cada movimento, analisar termos originais gregos essenciais, oferecer aplicações práticas e terminar com uma tabela expositiva.


1) Jesus chorou — compaixão verdadeira (ἔκλαυσεν / δάκρυα)

No versículo 35 João registra, laconicamente, «ἐδάκρυσεν ὁ Ἰησοῦς» / “Jesus chorou” (forma de δακρύω). A palavra grega δακρύω (dakryō) significa “derramar lágrimas, chorar” — aqui João (o evangelista que veste a divindade de Cristo) não descreve apenas uma lágrima piedosa, mas o tremor emotivo de Deus encarnado diante do sofrimento humano. O choro de Jesus revela:

  • sua solidariedade profunda com o humano (Deus que se identifica com a dor);
  • a sensibilidade divina à condição caída — Ele sente a angústia provocada pelo pecado, pela morte e pela perda;
  • também um juízo implícito contra a dureza de coração que não reconhece a presença salvífica de Deus (a pedra da incredulidade).

João contrapõe a divindade e a humanidade de Cristo: o mesmo Senhor que controla a vida e a morte permite-se chorar — isto dá consolo pastoral: o Deus da história participa do nosso luto.


2) Remover a pedra — fé que enfrenta o impedimento (λίθος; μνημεῖον; ὄσμη)

Quando Jesus ordena: “ἄρατε τὸν λίθον” — “tirai a pedra” — Ele pede ação humana diante do milagre divino. Palavra-chave: λίθος (líthos) = pedra; e o verbo ἄρω (arō) = elevar, remover. Marta objetou, lembrando o estado de decomposição (Jo 11:39: οἶνον? actually: “οὐκ ἔστιν ἔτι ὄσμη” — há mau cheiro). João usa aqui imagens sensoriais: cheiro (ὀσμή) da morte, putrefação, realismo do túmulo. A ordem para remover a pedra é pedagógica:

  • Exige que a comunidade mova o obstáculo físico que simboliza corações endurecidos.
  • Mostra que a fé não é passiva: frequentemente Deus opera mediante uma cooperação que é, no mínimo, obediência ao chamado divino.
  • Confronta a mentalidade pragmática: “se estivesses aqui…” (Jo 11:21,32) — voz da incredulidade que mede Deus por efeitos imediatos.

Teologicamente, o texto afirma que o estado corpóreo (mesmo a morte e a decomposição) não pode conter a potência da vida que Cristo traz; a pedra é menos problema físico e mais símbolo da dureza de espírito que impede a manifestação plena da glória de Deus.


3) “Se creres verás a glória de Deus” — fé antes da visão (πιστεύσεις … ἴδεις τὴν δόξαν)

A condição e promessa de Jesus se articulam no verbo πιστεύσεις (pisteuseis) — “se creres” (futuro condicional), e no substantivo δόξα (doxa) — “glória”. Em João, δόξα engloba a revelação plena da identidade de Jesus (a glória pascal: vida, ressurreição, exaltação) e o efeito transformador dessa presença.

Observações teológicas:

  • João sublinha que a verdadeira epifania divina é dirigida aos crentes: a fé é a janela pela qual a glória de Deus se torna perceptível.
  • Cristo não promete apenas um sinal espetacular; promete a revelação de sua glória redentora (a mesma que será plenamente manifesta na cruz e ressurreição).
  • A ordem lógica é teológica: crer → ver. Isto corrige nossa tendência natural de “ver para crer”. A fé não é irracional: é confiança informada que já está ancorada na obra e nas promessas de Cristo.


4) Tensões narrativas e implicações cristológicas

João combina emoção, ação e palavra para projetar a cruz e a ressurreição. O choro de Jesus mostra humanidade que sofre; a ordem para remover a pedra e a invocação à fé mostram autoridade e propósito: Jesus é Senhor da vida. O milagre é antecipação do triunfo definitivo sobre a morte (1 Cor 15; João 5:21).


Aplicações pessoais

  1. Luto com Cristo: em sofrimentos e perdas, não estamos sozinhos. Cristo chora conosco — é convite ao consolo e à vulnerabilidade cristã (não disfarçar a dor).
  2. Remova as pedras da incredulidade: identifique e obedeça às ações que Deus pede — às vezes a fé exige um gesto concreto (perdão, testemunho, obediência).
  3. Crer antes de ver: cultive uma fé que espera e confia nas promessas de Deus — isto forma perseverança na prova.
  4. Esperança escatológica prática: o mesmo Senhor que venceu Lázaro vencerá a morte final; viver com esta esperança orienta coragem e missão.
  5. Evitar pragmatismo: não julgue Deus apenas pelas aparências; reconheça que os atrasos divinos têm propósito para a manifestação da glória de Deus.


Tabela expositiva — João 11:33–40

Unidade narrativa

Termo grego

Sentido lexical

Ênfase teológica

Aplicação prática

Jesus chorou

δακρύω (dakryō)

Derramar lágrimas, prantear

Misericórdia divina; identificação com o sofrimento humano

Consolar enlutados; permitir sentimentos diante de Deus

Objeção de Marta

“cheiro” / ὀσμή

Olfato; putrefação

Realismo da morte; limites humanos

Honestidade diante do problema; reconhecer o óbvio

Remover a pedra

λίθος (líthos); ἄρω (árō)

Pedra; erguer/remover

Símbolo de impedimento/incredulidade; cooperação humana

Executar o gesto de fé que Deus pede

Condicional da fé

πιστεύσεις (pisteuseis)

Crer (futuro condicional)

Fé como condição para perceber a glória

Cultivar confiança ativa antes da certeza sensorial

Ver a glória

δόξα (doxa)

Glória, revelação da glória divina

Epifania redentora de Jesus (vida/ressurreição)

Viver com esperança escatológica e testemunhar a ressurreição

Síntese final

João 11 nos ensina que Deus se compadece profundamente do nosso sofrimento, chama-nos a remover pedras de incredulidade e nos pede uma fé que antecipa a revelação. Cristo é o Senhor da vida: crer nele é abrir-se para ver a sua glória, mesmo quando o túmulo já cheira à morte.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1. Leitura exegética e comentário narrativo (síntese)

  1. Contexto narrativo. Jesus está em região leste do Jordão (Jo 10:40). Lázaro, irmão de Marta e Maria em Betânia, adoece; as irmãs enviam notícia a Jesus, que demora a ir. Ao chegar, encontra Lázaro já morto há quatro dias — o que acentua o caráter definitivo da morte humana e realça o milagre.
  2. Propósito do atraso. O texto afirma que Jesus retardou sua ida “para que” (ὅπως) a glória de Deus se manifestasse (Jo 11:4,14–15). Ou seja: a cronologia não é erro nem descuido, mas parte do propósito salvífico — mostrar que o Filho tem autoridade sobre a morte e despertar fé duradoura.
  3. Diálogo com Marta. Quando Jesus chega, Marta demonstra fé cristã, mas com perspectiva limitada (Jo 11:21–27): crê na ressurreição futura (“no último dia”), Jesus eleva a confiança: não apenas ressurreição futura, mas Ele mesmo é a fonte da vida: “ἐγώ εἰμι ἡ ἀνάστασις καὶ ἡ ζωή” — ligação pessoal entre Cristo e a esperança da vida. A promessa é pessoal: “ὁ πιστεύων ἐν ἐμοί, κἀν ἀπέθνησκεν, ζήσεται” (quem crê em mim, ainda que morra, viverá).
  4. Emoção de Jesus. Ao ver o pranto de Marta, Maria e dos presentes, Jesus chora (Jo 11:35). A lacrima de Cristo revela sua compaixão humana e sua identificação com o sofrimento humano — sem contradizer sua divindade, porque logo Ele executará a ação de poder.
  5. A ordem sobre a pedra e a objeção. Jesus manda remover a pedra; Marta objetou por causa do odor (Jo 11:39), porém Jesus insiste: “Não te disse que, se creres, verás a δόξαν τοῦ Θεοῦ?” (verás a glória de Deus). A “pedra” funciona também como símbolo: pedra da incredulidade, do medo, do ceticismo e do luto que impede a manifestação plena da glória.
  6. A invocação e o milagre. Jesus ora (Jo 11:41–42) e, em alta voz, chama: Λάζαρε, δεῦρο ἔξω — “Lázaro, sai para fora!” — e o morto sai, ainda envolto em faixas (σπάργανα). O sinal provoca diversas reações: alguns crêem, outros planejam matar Jesus (Jo 11:45–53) — o triunfo do poder de Cristo provoca oposição e precipita a estrada para a cruz.


2. Análise lexical (grego) — termos chaves e seus matizes

(uso do grego koinê do Evangelho de João)

  • ἐγώ εἰμι (ego eimi) — “Eu sou”. No Evangelho de João, esta fórmula carrega carga teológica: além da declaração existencial, remete à auto-revelação divina (eco do “Eu Sou” do Antigo Testamento). Quando combinada com títulos (ὁ ἄρτος τῆς ζωῆς, ἡ ἀνάστασις καὶ ἡ ζωή), enfatiza que a fonte e a garantia da realidade proclamada está em Cristo mesmo.
  • ἡ ἀνάστασις (hē anastasis) — “a ressurreição, erguimento”. Uso técnico para designar a ressurreição dos mortos (cf. ἀνάστασις τῶν νεκρῶν). Aqui tomada como categoria existencial que Cristo encarna — não apenas evento futuro, mas realidade encarnada em sua pessoa.
  • ἡ ζωή (hē zōē) — “a vida” com ênfase em vida plena, vida eterna (vida de qualidade divina), diferente de βίος (bios) ou ζωή βιοτική. Jesus identifica-se com a vida que vence a morte.
  • πιστεύω (pisteuō) / ὁ πιστεύων (ho pisteuōn) — “crer / o que crê”. O crer em João é sempre confiar e render-se à pessoa e obra do Verbo; não é só assentimento intelectual, mas confiar que resulta em relação vital com Cristo.
  • ἀποθνῄσκω / ἀποθάνῃ (apothnēskō / apothānē) — morrer / morras. João hábil na antítese: “κἀν ἀπέθνησκεν, ζήσεται” — mesmo na morte biológica, aquele que crê participa de uma vida que prevalece.
  • σπλάγχνα / ἐδάκρυσεν (dakruō — lacrimejar) — emoção de Jesus: verbo dakruō (derramar lágrimas); reforça a humanidade compassiva.
  • σπάργανα (spargana) — faixas funerárias; o fato do ressuscitado sair ainda atado enfatiza historicidade e realismo do milagre (não aparição).
  • δόξα (doxa) — glória; Jesus vincula a manifestação do poder salvador à glorificação do Pai e do Filho — a ressurreição de Lázaro revela a doxológica finalidade de seus sinais.
  • δεῦρο (deuro) — “vem / sai para cá” usado no chamado a Lázaro; imperativo vocativo combinado com o nome = comando de autoridade sobre morte.


3. Implicações teológicas principais

  1. Cristologia: A frase “Eu sou a ressurreição e a vida” é um dos maiores pronunciamentos cristológicos de João. Jesus não apenas realiza ressurreição; Ele é ontologicamente o princípio vivificador. Isso identifica o Verbo encarnado como detentor da vida que pertence ao Pai.
  2. Soteriologia / escatologia: O milagre prefigura a ressurreição definitiva dos crentes. João apresenta sinais que apontam para a vitória final sobre a morte. Para o crente, a morte física não é o último ato.
  3. Sinais e fé: O sinal de Lázaro tem função pedagógica: cria tensão — muitos creram, mas a maioria dos líderes o rejeitou. Os sinais não forçam fé; eles revelam e fazem crescer a fé em quem crê, ao mesmo tempo que escandalizam os que rejeitam a verdade.
  4. Humanidade e compaixão de Cristo: O choro de Jesus mostra que a encarnação envolve identificação com o sofrimento humano. Deus não é indiferente às dores; o Filho chora com o prantear humano e, ao mesmo tempo, age com autoridade.
  5. A glória de Deus e a cruz: Paradoxalmente, a manifestação da glória de Jesus (ex.: Lázaro vivo) intensifica a oposição que culminará na cruz — o caminho da glória passa pelo Calvário. João revela que milagres glorificam o Filho, mas provocam rejeição que conduz ao preço da salvação.
  6. Testemunho histórico: A narrativa enfatiza elementos realistas (quatro dias, faixas, cheiro), reforçando que não se trata de símbolo apenas, mas de fato histórico que aponta para Cristo.


4. Aplicação pessoal e pastoral

  1. Crer para ver — mas crer antes de ver. Jesus insistiu: “Se creres, verás τη δόξαν τοῦ Θεοῦ” — crer não é mero “ver para crer” experimentalista, mas postura de confiança que abre o coração para a manifestação de Deus. Em nossas dificuldades: cremos antes do milagre e isso nos prepara para ver a glória.
  2. Esperança na morte: A promessa de Jesus acalma o medo do fim. Para o crente, a morte não é derrota final; Cristo, sendo a ressurreição e a vida, garante esperança e sentido para a perda.
  3. Consolo em tempos de luto: O choro de Cristo nos autoriza a chorar — a compaixão divina relativiza a frieza de soluções imediatistas. Ao mesmo tempo, a ressurreição nos dá consolo final.
  4. Pedras que precisam ser removidas: Identifique as “pedras” (incredulidade, medo, resignação, murmuração) que impedem a manifestação de Deus em sua vida; Jesus manda removê-las — mas isso exige fé e ação comunitária (ajuda mútua).
  5. Sinais e missão: Milagres não substituem pregação; servem à evangelização. O milagre gera crentes e opositores — somos chamados a testemunhar com fidelidade e humildade diante dos sinais de Deus.
  6. Igreja e consequência pública: A ressurreição de Lázaro atraiu muitos à fé, mas igualmente motivou a decisão dos líderes de eliminar Jesus — isto lembra que a proclamação do evangelho produzirá impacto social e perseguição; a coragem missionária é exigida.


5. Tabela expositiva (uso em aula/folheto)

Ponto bíblico

Texto relevante

Termo grego

Sentido teológico

Aplicação prática

Jesus = “Ressurreição e Vida”

Jo 11:25

ἐγώ εἰμι ἡ ἀνάστασις καὶ ἡ ζωή

Cristo é a fonte ontológica da vida; ressurreição assegurada em sua pessoa

Confiança face à morte; esperança ativa

Crer antes de ver

Jo 11:40

πιστεύεις (pisteueis) / βλέψεις (blepseis)

Fé como condição para ver a glória de Deus

Cultivar fé em oração antes do sinal

A compaixão de Cristo

Jo 11:35

ἐδάκρυσεν (edakrusen) / δακρύω (dakruō)

Deus participa do nosso pranto; Cristo humano e compassivo

Conforto no luto; lacrimejar autorizado

Autoridade sobre a morte

Jo 11:43–44

δεῦρο (deuro) + ἔξω (exō) / ἐξῆλθεν (exēlthen)

Comando eficaz que vence a morte

O poder de Cristo transforma o impossível

Realismo do sinal

Jo 11:39,44

σπάργανα (spargana) / τετράδι (tetradí = quatro dias)

Historicidade e credibilidade do milagre

Base para confiança apologética; não mito

Pedra simbólica

Jo 11:39–40

λίθος (líthos)

Incredulidade / barreiras ao agir de Deus

Identificar e remover obstáculos de fé

Glória de Deus manifestada

Jo 11:4,40

δόξα (doxa)

Sinais revelam a glória redentora do Pai e do Filho

Buscar glória que aponta para Cristo, não a si mesmo

Reação humana

Jo 11:45–53

πίστις / ἀντίδρασις

Sinais geram fé e ódio; milagre tem custo escatológico

Testemunho pode provocar conflito; perseverar


6. Encerramento devocional 

O episódio de Lázaro mostra ao mesmo tempo a compaixão e a soberania do Senhor. Somos convidados a uma fé que precede a manifestação — não um crer místico sem razão, mas uma confiança fundada na pessoa de Jesus: Ele é a fonte da vida. Onde a morte parece ter o último toque, Cristo diz: “Lázaro, sai!” — e assim nos chama hoje a sair do túmulo da morte, do medo e da resignação para a vida que só Ele pode dar.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1. Exegese teológica (síntese)

Quando Jesus manda: “Λάζαρε, δεῦρο ἔξω” / “Lázaro, vem para fora”, Ele exerce autoridade sobre a morte: não é apenas cura, é domínio criador e eschatológico: o que estava preso à sepultura e ao pó volta à vida pela palavra do Filho. O fato de Lázaro sair ainda atado em faixas (σινδόνες / σπαργάνων) sublinha duas dimensões:

  • realismo histórico: corpo em decomposição, sinais de morte já manifestos (quatro dias no túmulo);
  • teologia da provisória: a ressurreição que Jesus concede é prelúdio da ressurreição final — há aqui um “sinal” que revela a sua identidade (ο ἰδών = muitos creram) e provoca reação dos poderes religiosos (trama para matar; Jo 11.45–53).

O milagre realiza-se pela palavra do Senhor (ὁ Ἰησοῦς εἶπεν) e não por nenhum ritual humano — evidência da autoridade creadora que fala e produz vida, ecoando Gn 1 (“εἶπεν ὁ Θεός… ἐγένετο”). Assim, o episódio une criação, redenção e escatologia: Jesus, como Aquele que tem a chave da morte, é o princípio e o fim da vida.


2. Análise lexical (grego) — palavras-chave e matizes

  • Λάζαρος (Lázaros) — forma grega do hebraico Eleazar (אֶלְעָזָר, “Deus ajuda / a quem Deus ajuda”). Nome significativo: o que é chamado recebe ajuda divina.
  • Λάζαρε, δεῦρο ἔξω / Lázare, deuro exō — “Lázaro, vem aqui fora / vem para fora”: δεῦρο = “vem aqui, para este lugar” (imperativo vocativo + παρουσία autoritativa).
  • ὁ τεθνηκός (ho tethnēkos) — “o que havia morrido / o defunto” (perfecto-estado: morreu e estava morto).
  • δέδεμένος (dedemosmenos) — “atado, amarrado” (particípio perfeito passivo). Indica condições práticas do túmulo: lençóis funéreo-sepulcrais.
  • ὀθόνια / σπαργάνω (othonia / spárganon) — “faixas, panos de linho / roupas de embalsamamento”; conota o costume judaico e o peso visual do sepultamento.
  • λύσατε (lysate) — “desatai / soltai” (imperativo a quem está ao redor): ordem prática que segue ao milagre — simboliza também a libertação definitiva do laço da morte.
  • ἀφίετε (aphiēte) — “deixai-o ir / deixai-o livre” (permissão para a vida plena): libertação final que a comunidade deve realizar.

Notas hebraicas/semíticas: o número quatro dias tem tradição judaica (pensava-se que até o terceiro dia a respiração/espírito poderia ainda pairar; no quarto dia a morte era considerada definitiva — logo, o sinal de Jesus é mais categórico). O nome Eleazar cria uma ponte semântica: “Deus ajudou” no gesto salvador.


3. Significados e implicações teológicas

  1. Cristologia — Jesus revela ser Senhor sobre a morte: a sua palavra vivificadora aponta para o “Eu sou” que dá vida (cf. Jo 11:25 “Eu sou a ressurreição e a vida”).
  2. Sinal escatológico — o retorno de Lázaro antecipa a vitória final sobre morte e mostra o padrão do corpo ressuscitado (cf. Jo 5.28–29; 1 Ts 4.13–17).
  3. Comunhão e missão — muitos creem (testemunho público), a fé espalha-se; mas o sinal também radicaliza a oposição religiosa e precipita o caminho da cruz (o milagre provoca o complô para matar Jesus e Lázaro). Sinal tem dupla função: confirmar e provocar decisão — aceitação ou condenação.
  4. Pastoral da ressurreição — Jesus chama pelo nome (personalização), chama à saída do sepulcro (do isolamento, do luto congelado), e delega à comunidade a tarefa prática de “desatar” — a comunidade participa na libertação do irmão.


4. Aplicação pessoal (prática, pastoral e espiritual)

  • Crer para ver — e agir depois de crer. O milagre não é mera maravilha para entretenimento; chama à fé confiada e à ação (remover pedras, soltar faixas). Onde está a pedra da incredulidade, peça a Jesus: Ele manda remover.
  • Nome próprio, chamada pessoal. Jesus chama pelo nome — você não é estatística; Deus conhece e chama você por seu nome. Responda ao chamado.
  • Libertação comunitária. Após a graça divina, a comunidade tem papel: “luta” para desatar as amarras do passado (vícios, medos, hábitos). Permita que irmãos o ajudem a “desatar”.
  • Esperança escatológica. O episódio alimenta a certeza da ressurreição futura — viva à luz dessa esperança: a morte não é última palavra.
  • Custo do testemunho. Milagres verdadeiros despertam reações: alguns crerão, outros conspirarão. Esteja pronto para perseguição se a vida de Cristo se manifestar autenticamente.
  • Desata agora: simbolicamente, quais “faixas” você ainda carrega (culpa, hábitos, rituais que prendem)? Peça a Jesus para “vir para fora” e dê permissão à comunidade para desatar-lo.


5. Tabela expositiva — resumo do episódio e pontos teológicos

Elemento narrativo

Texto / Termo (grego)

Sentido teológico

Aplicação prática

Chamado pelo nome

Λάζαρε (Eleazar)

Chamada pessoal e divina; Deus conhece pelo nome

Ouvir e responder ao chamado de Deus

Ordem de sair

Λάζαρε, δεῦρο ἔξω / ἔξελθε

Palavra criadora de vida: autoridade sobre a morte

Crer na palavra vivificadora de Cristo

Condição do cadáver

τέσσαρες ἡμέραι (4 dias) / ὁ τεθνηκώς

Realismo da morte; sinal mais categórico

A esperança vence o “irremediável” humano

Vestes funerárias

δέδεμένος, ὀθόνια, σπαργάνων

Aprisionamento ainda após o milagre — necessidade de desatar

Comunidade liberta e acompanha o resgatado

Ordem prática

λύσατε — ἀφίετε

Comunidade ativa no cuidado da libertação

Permitir que irmãos nos ajudem a desatar laços

Reação popular

πολλοὶ ἐπίστευσαν

Milagre como semente de fé e propagação do Evangelho

Testemunho público gera crer e missão

Reação das autoridades

πρὸς ἀπόκρισιν (plano de morte)

Milagre precipita oposição: o Evangelho tem custo

Prepare-se para conflito quando Cristo se manifesta

Tipologia

Jesus = Ἰησοῦς, “ressurreição e vida” (11:25)

Cristo como fonte da ressurreição; antecipação da vitória final

Vivamos com esperança escatológica e coragem missionária

6. Breve conclusão pastoral

O chamado “Lázaro, vem para fora” resume o Evangelho: a palavra de Jesus traz vida; o crente responde, a comunidade acompanha; o mundo reage — alguns creem, outros conspiram. O milagre nos lembra que a ressurreição é tanto presente (vida nova hoje) quanto futura (corpo glorificado). Seja amigo de Jesus obediente: atenda ao seu nome, permita que Ele o liberte — e permita que a igreja o desate.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

CONCLUSÃO — Comentário bíblico-teológico aprofundado

A narrativa de Lázaro (Jo 11) revela duas dimensões inseparáveis do ministério de Jesus: sua plena humanidade (compaixão, amizade, identificação com a dor humana) e sua plena divindade (autoridade sobre a morte, fonte da vida). O episódio aponta para a pessoa de Cristo como Aquele que sofre conosco e vence por nós, oferecendo consolo aos enlutados e garantia escatológica aos que creem.


1. Observações teológicas centrais

  1. Humanidade compassiva de Cristo. Jesus chorou (Jo 11.35) — verbo grego ἐδάκρυσεν (edákrusen / dakryō) — expressão breve e poderosa da empatia divina. Não é mera reação humana; é a compaixão do Verbo encarnado que participa do sofrimento humano. Isso confirma que Deus não é indiferente às nossas dores.
  2. Amizade redentora. Lázaro é chamado “amigo” (ὁ φίλος, phílos) por Jesus e por outros (Jo 11.11, 36): amizade plena, baseada em afeição e serviço. Jesus define amizade em termos de obediência e doação (Jo 15.13–15) — a amizade divina tem conteúdo ético e sacrificial.
  3. Cristo, a Ressurreição e a Vida. A declaração ἐγώ εἰμι ἡ ἄνάστασις καὶ ἡ ζωή (egō eimi hē anástasis kai hē zōē) (Jo 11.25) traduz a identidade cristológica: Jesus não apenas ressuscita; Ele é a própria fonte da vida (ζωή — zōē — vida qualitativa, divina). Por isso a ressurreição de Lázaro foi um sinal (σημεῖον — sēmeion) que antecipou a vitória última sobre a morte (Jo 11.4, 14–15).
  4. Sinal e julgamento. O milagre produz fé em muitos (Jo 11.45) mas também intensifica a oposição religiosa e leva ao complô para matar Jesus (Jo 11.53). O sinal divide: libertação para alguns; condenação para os que endurecem o coração.
  5. Tipologia escatológica. Lázaro vindo para fora, ainda atado em faixas (ὀθόνια — othonia), tipifica a ressurreição final: separação entre morte e vida temporária, e a necessidade de “desatar” — libertação que acompanha glorificação futura (Jo 5.28–29; 1 Ts 4.16–17; Fp 3.20–21).


2. Análise lexical e semanticidade (grego / hebraico curto e relevante)

  • Lázaro / Eleazar — do hebraico אֶלְעָזָר (Elʿāzār): “Deus ajudou / a quem Deus ajudou”. Nome que reflete assistência divina, adequado ao milagre.
  • ἐγώ εἰμι (egō eimi) — “Eu sou”: fórmula eu-constitutiva de Jesus que remete ao ser divino (eco de Êx 3:14) e sustenta autoridade para dar vida.
  • ἀνάστασις (anástasis) — ressurreição, levantar-se; termo que aqui aponta tanto a ressurreição corpórea temporária (Lázaro) quanto a escatológica.
  • ζωή (zōē) — vida em sua dimensão plena e divina (não só bios). Jesus é fonte da vida eterna.
  • ὁ φίλος (ho phílos) — amigo; amizade que comporta proximidade pessoal e responsabilidade mútua (Jesus chama discípulos de “amigos”, Jo 15).
  • ἐδάκρυσεν / ἐδάκρυσαν (edákrusen / edákrysan) — Jesus chorou (dakryō): lágrima seguida de pranto; encapsula compaixão divina.
  • λύετε / λύσατε (lusate) — “desatai-o / soltai as faixas”: verbo que sugere liberação prática após a ressurreição — missão da comunidade em soltar e cuidar do ressuscitado.
  • ὀθόνια (othonia) — faixas funerárias; símbolo do estado precedente; o milagre não elimina imediatamente todas as consequências (Lázaro veio ainda atado).
  • λίθος (líthos) — pedra: pedra do túmulo, imagem também do coração endurecido (cf. Ez 36:26 — pedra por coração de carne).


3. Implicações teológicas e pastorais (aplicação pessoal)

  1. Deus conosco no luto. Jesus chora com os enlutados — é modelagem para o ministério cristão: compaixão, presença silenciosa e empática são formas legítimas de cuidado pastoral. Em situações de perda, não substituir presença por palavras vazias; chorar é às vezes o melhor ministério.
  2. Crer para ver / ver para crer? Jesus subverte a lógica humana: “Se creres verás a glória de Deus” (Jo 11.40). A fé precede a percepção do agir divino: confiança ativa abre espaço para o milagre. Nossa postura deve ser crente antes da confirmação sensorial.
  3. Chamado à amizade obediente. Ser “amigo de Jesus” implica obediência amorosa, disponível para o serviço e para o risco (Jo 15). Cultive amizade com Cristo por intimidade bíblica, não por mera atividade religiosa.
  4. Sinais têm duplo efeito. Milagres revelam o caráter de Cristo, mas também expõem a dureza humana — o mesmo sinal que salva pode acirrar oposição. Não nos iludamos com popularidade: o evangelho genuíno produzirá tanto adesão quanto resistência.
  5. Cuidado com o “desatar” prático. A ordem “desatai-o e deixai-o ir” pede ação comunitária: libertar, restaurar e reintegrar o que foi levantado. A igreja deve ajudar o “ressuscitado” a despojar-se das ataduras do passado (ajuda prática, discipulado, cuidado).
  6. Esperança escatológica concreta. O sinal de Lázaro aponta para a promessa final: vitória definitiva sobre a morte. Isso dá coragem diante do medo da morte e motivo de evangelismo: anunciar Aquele que vence o último inimigo.


4. Tabela expositiva (resumo prático)

Item

Texto / Palavra

Sentido teológico

Aplicação prática

Nome

Lázaro / Elʿāzār

“A quem Deus ajuda” — providência divina

Reconhecer Deus como Ajudador na fraqueza

Jesus chorou

Jo 11.35 — δακρύω (dakryō)

Compaixão encarnada; Deus que participa do sofrimento

Presença empática no luto; legitimidade do choro

Eu sou a Ressurreição e a Vida

Jo 11.25 — ἐγώ εἰμι ἡ ἀνάστασις καὶ ἡ ζωή

Cristologia: Jesus é fonte de vida e domínio sobre morte

Esperança para morte; pregação da ressurreição

Mandado ir para fora

Jo 11.43 — Ἔγειρε (Egeire) / ἔξελθε (exelthe)

Autoridade para levantar mortos; vocação pessoal chamada pelo nome

Convite à vida: responder à voz de Cristo

Desatar as faixas

λύσατε (lusate)

Trabalho da comunidade em libertar e restaurar

Discipulado prático; ajuda na reintegração

Pedra / dureza

λίθος (líthos)

Símbolo de incredulidade e coração endurecido

Remover “pedras” que impedem fé (oração, arrependimento)

Reação humana

Fé e incredulidade

Sinais provocam adesão e oposição

Testemunho autêntico exige coragem; esperar resistência

Tipologia escatológica

Faixas / ressurreição corporal

Antítipo da ressurreição final em Cristo

Viver em esperança; consolo na morte cristã

5. Encerramento devocional curto

O quadro de Betânia nos convida a duas decisões práticas: primeiro, aproximar-nos de Jesus com fé (crer para ver a glória); segundo, servir aos que foram “levantados” pelo Senhor, ajudando-os a “desatar” as faixas do passado. Ao mesmo tempo, conforta saber que o Deus que chora conosco é exatamente o Deus que chama e dá vida — a nossa esperança definitiva.


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Ev. Hubner BrazÉ escritor, professor, blogueiro, baxteriano. Vivendo para o Reino de Deus. Trabalhando incansavelmente para deixar o blog sempre atualizado abençoando e evangelizando as vidas que acessam este espaço de aprendizado cristão. Criador do projeto Pecador Confesso e tem se destacado em palestras e cursos para jovens, casais, obreiros e missões urbanas | (Tecnologia WordPress).

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Ossada,3,Joás,1,JOEL,2,John Piper,1,John Stott,1,Jonas,4,Joquebede,3,Jornada,9,Jornal da Record,1,José,11,José Wellington,1,Josh McDowell,1,Josias,2,Josue,8,Josué,9,Jotta A,1,Jotta A lança 1º CD em culto evangélico,1,Jovem,257,Jovens,282,Judá,2,Judá e Tamar,1,Judas,1,Juízes,13,Juízo,1,Juízo Final,7,Julgamento,5,Julgamento Final,2,julgar,1,Julio de Sorocaba,1,Julio Severo,1,Juniores,50,Juramento,1,Justiça,4,Justo,1,Juvenis,38,Karkom,1,Karl Marx,1,Karma,1,Katy Perry,1,Kelly Medeiros,1,Kenneth E. Hagin,1,kids,12,Kopimism,1,Lançamento,3,Lanna Holder,2,Layssa Kelly,1,Lázaro,7,Lei,5,Léia e Jacó,7,Leilão,3,Leis,2,Leitor,1,Leitora,1,Leitura,9,LEITURA BÍBLICA,3,Lembrancinhas,1,LeNovo,1,Lepra,1,Ler a Bíblia em 42 dias,3,Lésbica,1,leva Mr Catra e Sarah Sheeva para falar sobre infidelidade: “Para Deus pode tudo”. Assista ao vídeo,1,Levítico,1,Liberdade,16,Libertação,1,Libertador,5,Libertinagem,1,Libertos,2,Lição,25,Lição 5,1,Lições,1,Lições Bíblicas,36,Lições Bíblicas da BETEL,503,Lições Bíblicas da CPAD,672,Lições de Vida,28,Líder,8,Líder Adolescente,29,Líder Jovem,30,Liderança,16,Líderes,3,Lídia,1,LinkedIn,1,Lino,1,Lista,2,Litoral,1,Liverpool,1,livre,5,Livre Arbítrio,7,Livres,2,Livro,79,Livro do Trono,5,Livro em Audio,7,Livro Selado,2,Livros - Comentarios,100,Livros Evangelicos,50,livros poéticos,13,Localização,1,Logos,1,Loide,3,Loira,1,Longanimidade,1,Lopes,1,Louco,1,Louvor,10,LSD,1,Lua Nova,1,Lucas,16,Lucifer,1,Lutando,1,Lutas Marciais Mistas,1,Luto,7,Luz,1,Luz do mundo,2,Lya Luft,1,MacBook Air,1,machine learning,1,Maçonaria,1,Maconha,1,Madame de Stael,1,Mãe de Moises,9,‪Magia,1,Magogue,2,Maias,1,Mal,4,Malala,1,Malaquias,4,Manancial,1,Mandamento,8,Manifestação,4,Manifestação em Cristo,2,Manual de missões,23,Mãos,2,Maquiagem,2,Marcador de Páginas,1,Marcas,3,Marcha Para Jesus,2,Marco Pereira,1,Marcos Pereira,2,Mardoqueu,7,Maria Madalena,2,Mário Quintana,2,Martinho Lutero,14,Mártir,2,Mártires Cristãos,4,Massacre,1,Masturbação,7,Materialismo,1,maternal,23,Mateus,2,Matityáhu,1,Matrimonio,7,maturidade cristã,8,Max Lucado,2,Meditação,1,Mega Sena da Virada com Fé,1,Melhor Bíblia de Estudo,11,Melhores Blogs,3,Melhores Sites,4,Meninos de Rua,1,Menor,1,Mensagem,5,MENSAGENS,2,Mensagens para SMS,12,Mensagens SMS,2,Mensal,2,Messias,3,Mestre,4,Mesulão,1,metaverso,1,Meteoro,1,Metusalém,1,Michelle Bolsonaro,1,Mídias Sociais,2,Milagres,17,Milênio,3,Milionário,1,Millôr Fernandes,1,Milton,1,Minas,1,Ministério,25,Ministério Público Federal,2,Miqueias,3,Miriã,2,Misericórdia,6,Missão,45,Missiologia,31,Missionário,29,Missões,25,Mistério,1,Mitologia,1,Mitos,1,MMA,1,Mobilização,2,Moda Bíblica,2,Moda Cristã,2,Moda Evangélica,2,Modelo,3,Modelos,1,Moisés,32,Monarquia,3,Monte,4,Monte Tabor,1,Moralismo,1,Mordomia,9,Mordomo,1,Morrer,2,morte,14,Mortos,3,Motim,6,Motivos,1,Movimento,1,Muda,1,Mulçumano,1,Mulher,19,Mulher de Potifar,13,Mulheres,20,multiplicação,1,Mundo,9,Muro,1,Muros,1,Musica,8,Naama,1,Nacional,3,Namorado,18,Namorar,34,Namoro,115,Não,1,Não Prometeu,2,Nascença,2,Nascimento,4,Natureza,13,Naum,2,Necessidade,2,Neemias,4,Negar,2,Neimar de Barros,5,nem Cristo a Derrotaria,1,Neopentecostal,4,NetFlix,1,Nicodemus,10,Nigéria,1,Nínive,1,Ninrode,1,No Fundo Do Poço,1,Noadia,1,Noé,1,Nome,2,Nome de Bebê,1,Nomes,2,Nora,2,Normalização,3,Norte,1,Noruega,1,Nota,2,Notícia gospel,106,Notícias Gospel,250,Nova,17,Novas Lições,2,Novela,2,Novo,5,Novo Testamento,6,Novos Céus e Nova Terra,12,Novos Convertidos,15,Novos Valores,2,nutricionista,1,Nuvem,1,NX Zero,1,O adeus,1,O beijo de Vancouver,1,O Bom Samaritano,3,O Bom Travesti,1,O casamento negro,2,O Exército de Cleycianne,1,O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA,6,O MINISTÉRIO DE PASTOR,18,O Quarto da Porta Vermelha,1,O que é visível e apenas o avesso da Realidade,1,Obadias,2,Obede-Edom,2,Obediência,24,Obesidade,1,Obra,4,Obras,14,obreiro,2,Obstáculos,1,Odio,1,Ofertada,9,Ofertas,10,Oficial,1,Olhando para direção errada,1,Olhar,3,Onde Estiver,1,ônibus,1,Onipotente,1,Onipresente,7,Onisciente,1,Online,1,Onri,1,ONU,1,Opinião,1,Opinião dos Outros,2,Oposição,1,Opressão,1,Oração,30,Orando,1,Orar,4,Orfanato,1,Organização,2,Origem,6,Os Melhores Livros,31,Os Valores do Reino de Deus,3,Oséias,6,Oséias e Gomer,6,Osiel Gomes,5,Outra Chance,3,Ovelha,10,Padrões,1,Paganismo,1,Pagãos,1,Pai,6,Paixão,3,Paixão e Cura,1,Palavra,6,Palavra de Deus,8,Palavras,1,Pandemia,5,Pânico,1,pão,2,Papa,1,Papa Francisco I,1,Papai,6,Papo,1,Paquera,2,Paquistanesa,1,Paquistão,1,Para Sempre,1,Parábolas,34,Paradoxo,2,Paródia Gospel,2,Paródia Gospel da música Kuduro com Jonathan Nemer #RiLitros,1,Participe,1,Partido Trabalhista PT,1,Páscoa,7,Pastor,28,Pastor Paul Mackenzie Nthenge,1,Pastor Presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular,1,Pastor que cheirou a Bíblia como droga diz que essa foi a menor loucura que já fez por ela: “Eu já comi a minha Bíblia”. Assista ao vídeo,1,Pastora,2,Pastores,4,Paternidade,2,Patrick Greene,1,patristicas,2,Paulo,32,Pb. Renan Pierini,1,PDF,132,Pecado,48,Pecador Confesso,16,PECC,146,Pedindo,1,Pedofilia,2,Pedofilo,1,Pedra,1,Pedras,1,Pedro,19,peixe,2,Pelos,1,Pensamento,3,Pentateuco,6,Pentecostal,29,Pentecostes,31,Perda,3,Perdão,14,Perdidos,7,Perfeito,2,Perigo,9,Perigos,7,Perlla,1,Permanecer,1,Permitir,1,Perseguição Religiosa,12,Perseguidor,10,Personalizadas,1,Personalizar Foto,1,Perspectiva,1,Pesquisa,2,Pessoa,2,pessoas,5,Peter Moosleitner,1,Philip Yancey,8,Piada,1,Piercing,2,Pinguins,1,pintar unhas,1,Pira,1,Pirataria,1,Pirralha,1,Pison,1,Planeta Terra,2,Plano de Aula,8,PLANO DE LEITURA BÍBLICA,15,Planos,6,Plantador de Igrejas,2,Play Back,1,playboy,1,Plenitude,13,Poder,4,Poema,3,Poesia,4,Polêmica,4,Poligamia,2,Politica,1,Política,1,Pop Gospel,1,Porção,1,pornô,1,Porque caímos sempre nos mesmos pecados?,12,Portões,1,Posse,1,Possível,1,Posto,1,Povos,15,Pr Gilmar Santos,1,Pr Napoleão Falcão,3,Pr. 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Yossef Akiva,1,Pragas,4,Praia,1,Prática,2,Praticar,3,Pré-Adolescentes,24,Preço,1,Predestinação,4,PrefiroBeijarABíblia,1,Pregação,24,Pregadores,6,Premier,1,Premium,1,Preocupar,1,Preparado,8,Preparativos,1,Presbíteros,1,presidente,4,Presídio,1,Prevenção,2,previdência,1,Primário,40,Primeira,2,primeiro,4,Primeiro Amor,18,Primeiro Beijo,5,Primícias,2,Primogênitos,1,Princípios,1,Prioridades,2,Prisão,4,Prisioneiro da Paixão,4,privada,1,Problemas,9,Profecia,22,Professor,22,Profeta,66,Profeta Jeremias,27,Profetas,26,Profetas Menores,36,Profética,4,Profético,9,Programa de Educação Cristã Continuada,1,Programa Na Moral,1,Programa Superpop,1,Progressista,1,Projeto,2,Projeto Cura Gay,2,Promessa,30,Prometida,3,Promoção,5,Promoção Blogosfera Apaixonada,2,Propósito,4,Prosperidade,1,Prostituta,2,Proteção,13,Protesto,1,Provai,1,Provê,1,Proverbios,28,PSDB,1,Pura,1,Purifica,12,Puro,1,Pv 4.23,1,Qualidades,1,Quando Deus diz não,9,Queda,10,Quem segue a Cristo,3,Quem Sou?,1,Querer,2,Querite,1,Raça,1,Racismo,1,Rainha de Sabá,4,Rainha Ester,17,Raptare,1,Raquel,2,Realidade,8,Rebeldia,3,Rebelião,1,Receber,2,Reconciliação,2,Reconstrução,1,Recuperação,1,Rede Globo,2,Rede Insana,2,Redenção,3,Redentora,1,redes neurais,1,reflexão,21,reformado,14,regime,1,Regininha,1,Registro Módico,1,regras,1,Rei,3,Rei Xerxes,1,Reinado,16,Reino,20,Reino de Deus,22,Reino dividido,8,Reino do Messias,7,Reis,3,Rejeição,1,Relacionamento,74,Relativismo,3,Relatos,5,Relógio da Oração,5,Remida,1,Renato Aragão esclarece polêmica sobre seu próximo filme sobre o “segundo filho de Deus” que gerou polêmica nas redes sociais.,1,Renuncia,1,Renúncia,1,Reportagem,2,Resenha,78,Reservado,2,Resguardar,1,Resistir,1,Resplandecer,1,Responde,1,Responsabilidade,2,Resposta,1,resposta bíblica,1,Ressurreição,13,Restauração,7,Restauracionismo,1,Resumo,9,Retorno de Cristo,3,Retribua,1,Reuel Bernardino,1,Rev. Augustus Nicodemus,3,Revelação,5,Revelado,1,Revista,260,revolução industrial,1,Rezar e Amar,1,Richard Baxter,1,Rico,5,Rio Tigre,1,Riqueza,3,Riscos,1,Roboão,1,Rock Gospel,1,Rodolfo Abrantes,1,Romanos,10,Roupas,3,Rubem Alves,1,Ruins,1,Russel Shedd,1,Rute,24,Sá de Barros,3,Sábado,1,Sabatina,4,Sabedoria,31,SABER+,4,Sacerdócio,14,Sacerdotal,13,Sacrifício,4,Sadhu Sundar Singh,1,Safira,2,Safra,1,Sal da Terra,1,Salmos,46,Salomão,12,Salvação,42,Salvador,23,Sambalate,1,Samuel,18,Samuel Mariano,1,Sangue,3,Sangue no Nariz,1,Sansão,3,Santa Ceia,6,Santidade,17,Santificação,27,Santo,5,sapienciais,1,sapiências,1,Sara,2,Sarah Sheva,1,Satanás,7,Saudações,2,Saudades,5,Saul,19,Saulo,2,Savífica,1,Secrets by OneRepublic,1,Segredo,1,Seguidor,1,Seguir,1,Segunda,3,Segundo,1,Segundos,1,Segurança,1,Seita,2,Seja um empreendedor Polishop e ganhe dinheiro sem sair de casa,1,Selada,1,Seleção Brasileira,1,Sem,1,Sem Garantia,1,Semeador,11,Semente,4,Sementes,2,Seminário,1,Senhor,4,Senhorio. Jesus,1,Sensibilidade,1,Sentido da Vida,6,Sentimento,2,Sentimentos,4,Separação,2,Separar,2,Ser,3,será que é pago?,2,Serenata de Amor,1,Série Chá Com Professores,4,Série Dicas de Como Liderar,24,Série Mensagem Subliminar,1,Série Versículos Mal Interpretados,5,Sermão,4,Sermão do Monte,4,Sex,2,Sexo,6,Sexual,4,Sexualidade,11,Sidney Sinai,1,SIFRÁ e PUÁ,1,Significados,4,Silas Malafaia,5,Silêncio no Céu,10,Silk,1,Silk Digital,1,Símbolos,1,Simples,1,Sinal,1,Sincero,1,Sistema,2,Sites,3,Slide PC,2,Slider,462,slides,11,Smartphone começa a ser vendido por operadoras nesta quarta-feira (6). Galaxy S3 é o principal rival do iPhone 4S. Compare os dois modelos,1,SMS Gratuito com WhatsApp para seu Smartphone,1,Soberania,1,SOCEP,4,Sofonias,7,Sofrimento,4,Sogra,3,Soldados,5,Solidão,2,Solidariedade,1,Solução,1,Sonhos,5,Sonhos de Valsa,1,Sono,1,Sono da Alma,10,Sorrir,3,Sorteio,2,Sou,1,Subjugação,1,Sublimação,1,Sublimidade,1,Submissão,5,Subsídio,140,Sucessor,1,Sueca,1,Sujeição,1,Sul,1,Sulamita,5,suprema,2,Surface Pro 2,1,Suspenção,1,Sutiã,1,Sutileza,11,Sutilezas,1,tabela,1,Tabernáculo,4,Tabita,1,Tablet,1,Talentos Cristãos,4,Tarado,1,Tarso,1,Tatuagem,3,TCC,1,Teatro,1,Tecido,1,Tecnologia,2,Tela Cinza,1,Telegram,1,Temas,2,Temática,2,Temor,9,Temperamento,1,Tempestade,2,Templo,3,Tempo,5,Tempo de Viver Coisas Novas,3,Tempos,8,tensorflow,1,Tentação,10,Teologia,32,Teologia da Libertação,3,Termino de Namoro,7,Término do Namoro,2,Termos,1,Terra,4,Terra Prometida,8,Terremoto,1,Testamento,1,Testemunho,25,Thalles Roberto,3,Thalles Roberto comenta da repercussão de música cantada por Ivete Sangalo,1,The Best,1,The Noite,1,Theotônio Freire,1,Tiago,19,Tigres,1,Tim Keller,1,timidez,2,Timna,1,Timóteo,13,Timothy Keller,1,Tipos,14,Tiras,1,Tirinha,4,Tirinhas Gospel,13,Tiro,1,tisbita,1,Títulos,1,Tomas de Aquino,1,Top,2,Top Blogs,4,TOP Canais,1,Top Sites Fotos,3,Top5,2,Torá,1,Tozer,1,TPM,1,Trabalho,4,Tragedias no Rio de Janeiro,1,Traição,2,Transcendência,2,Transfer,1,Transforma,2,Tratando de uma leucemia,1,treinamento,1,Trevas,1,Tribunal de Cristo,2,Tribunal de Justiça,1,Tricotomia,11,Trimestre,2,Trindade,19,Trino,2,Triunfal,1,Trono Branco,5,Tudo vê,1,Túnica,1,Tutelar,1,TV,1,TV Band,2,TV Record,3,Twitter,5,UFC,1,Ultimos Dias,1,Últimos Dias,1,um trono e um segredo,3,Uma crente,1,Uma História de Ficção,79,Unção,3,Ungido,2,Unidade,12,Universo,2,Uno,1,Urias,1,Utensilios,1,Uzá,1,Vagabundo Confesso,29,Valdemiro Santiago,4,Valores,1,Vanilda Bordieri,1,Velhice,3,Velho Testamento,1,Velório,1,Vem,2,Vencendo,2,Vencer,2,Vendedor de Droga,1,Vento,5,Ver Deus,1,Veracidade,13,Verdade,15,Verdadeira,8,Verdadeira História,1,Verdadeiro,4,verdades,1,Versículos,4,Viagem,5,Vício,1,Vida,34,VIDA CRISTÃ,6,Vida depois da morte,14,Vida Pessoal,3,Vidas,1,Vídeo,24,Vigilância,2,vinda,5,Vindouro,3,Vinho,1,Violência,2,Virá,2,Virgem,3,Virgindade,3,Virtude,1,Visão,2,Vitor Hugo,1,Vitória em Cristo,1,Vivendo,1,Viver,8,Voca,1,vocacionados,1,Volta,2,Volta de Cristo,5,Votação,1,Wanda Freire da Costa,1,webdevelops,2,Yehoshua,1,Yeshua,1,YOSHÍA,1,You Tube,2,youtuber,2,Zacarias,4,Zaqueu,1,Zelo,5,
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Pecador Confesso: Lição 09 - Lázaro – Amigo de Jesus, testemunha da vida | 4° Trimestre de 2025 | EBD BETEL
Lição 09 - Lázaro – Amigo de Jesus, testemunha da vida | 4° Trimestre de 2025 | EBD BETEL
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