VERSÍCULO DO DIA “Sendo justificados gratuitamente pela sua Graça, pela Redenção que há em Cristo Jesus”, Rm 3.24 Texto de Referência: Rm 8...
“Sendo justificados gratuitamente pela sua Graça, pela Redenção que há em Cristo Jesus”, Rm 3.24
Texto de Referência: Rm 8.23
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
TEXTO DE REFERÊNCIA
Romanos 8.23 — (referência ao “desfecho” escatológico da redenção: a redenção do nosso corpo e a filiação plena).
1. LEITURA GERAL E CONTEXTO
Em Romanos 3 Paulo coronou sua argumentação sobre a condição universal do pecado e a incapacidade humana de ser justificada por obras da lei. No clímax ele afirma que os seres humanos são δικαιούμενοι — “justificados” — δωρεὰν (gratuitamente), διὰ τῆς χάριτος αὐτοῦ (pela sua graça), διὰ τῆς ἀπολυτρώσεως τῆς ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ (pela redenção que está em Cristo Jesus). Isto situa a justificação como ato divino, gratuito e cristocêntrico.
2. ANÁLISE LÉXICA (grego, palavras-chave)
- δικαιούμενοι (dikaioúmenoi) — particípio passivo de dikaioō: “ser declarado justo / justificar (forense)”. Em Paulo tem forte carga legal/forense: Deus declara o pecador justo por conta da obra de Cristo (não por mérito humano). O foco é a posição do crente perante Deus.
- δωρεὰν (dōrean) — “gratuitamente, de graça” (advérbio): enfatiza que o ato não é fruto de paga ou débito humano, mas dom sem contrapartida. Corresponde à ideia de gratis — não pago por obras.
- χάρις (charis) / διὰ τῆς χάριτος αὐτοῦ — “graça, favor imerecido”. Charis não só indica ausência de exigência meritória, mas a dinâmica ativa do amor gratuito de Deus que concede o que não é merecido.
- ἀπολύτρωσις (apolutrōsis) — “redenção, resgate, libertação mediante preço”. Termo juridicamente carregado: redimir implica pagar um preço para libertar ou recomprar alguém/alguma coisa. Em Paulo remete tanto à ideia de resgate do pecado quanto à restauração plena do ser (incluindo dimensão corpórea; cf. Rm 8.23).
- ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ (en Christō Iēsou) — “em Cristo Jesus”: localiza a redenção em Cristo; tudo o que justifica/redenha vem por sua pessoa e obra.
3. TEOLOGIA SISTEMÁTICA E EXEGÉTICA (pontos-chave)
- Justificação como ato forense gratuito
- Paulo fala de justificação no sentido jurídico: Deus, o juiz justo, declara justos aqueles que nele creem. Essa declaração é externa à pessoa (não fruto de mérito interno), mas real e eficaz.
- Importante distinguir: justificação (posição legal diante de Deus) ≠ santificação (processo de formação moral), embora intimamente conectadas.
- A graça como causa instrumental e eficiente
- A preposição διὰ τῆς χάριτος sugere que a graça é o meio e a razão pela qual a justificação é concedida. Não é apenas um "estilo" de dar, mas a energia divina que opera a salvação.
- Redenção (ἀπολύτρωσις) — mais que perdão
- Redenção é calculada sobre uma troca/venda — alguém paga por outro para libertá-lo. Em Paulo isso aponta para o custo do sacrifício de Cristo (remissão, expiação) e para a libertação do domínio do pecado e da lei.
- A redenção possui dimensão presente (perdão, libertação espiritual) e escatológica (libertação final do corpo e da criação — cf. Rm 8.23).
- Cristo como locus único da justificação e redenção
- “Em Cristo Jesus” concentra toda a obra salvífica nele — a justificação e a redenção não estão dissociadas da encarnação, cruz e ressurreição.
- Conexão com Romanos 8.23 (redenção do corpo / filiação plena)
- Rm 8.23 fala da “οἰκονομία τῆς ἀπολυτρώσεως ἡμῶν” e da “υἱοθεσίαν” — isto é, além da justificação presente, há uma dimensão final: a redenção do corpo (glorificação) e a consumação da filiação. Assim, a redenção em Rm 3.24 abre para um arco que culmina na restauração integral na nova criação (corpo ressuscitado, restauração cósmica).
- Implicações doutrinárias
- A salvação é só pela graça (Sola Gratia).
- A justificação é declarativa e única em Cristo (Sola Christus).
- A obra salva tanto juridicamente (perdão, posição) quanto existencialmente (libertação do poder do pecado, e finalmente a restauração do corpo).
4. APLICAÇÃO PESSOAL E ECLESIAL
- Assurance / Segurança
- Se somos justificados “gratuitamente” pela graça, nossa confiança não repousa em flutuações morais, mas na obra consumada de Cristo. Isso gera segurança evangelicamente saudável (não presunçosa).
- Humildade e gratidão
- A gratuidade da salvação elimina qualquer base de orgulho espiritual. Resposta apropriada: adoração e gratidão contínua.
- Vida de testemunho e missão
- Quem foi redimido tem vocação a anunciar a redenção: proclamar que há resgate em Cristo, tanto para a alma (perdão) quanto para o mundo (esperança escatológica).
- Santidade motivada, não por medo, mas por graça
- A justificação não exonera da obediência; pelo contrário, uma justa compreensão da graça impulsiona a santificação: viver em conformidade com Aquele que nos redimiu.
- Esperança escatológica
- Rm 8.23 lembra que a redenção inclui o corpo: o sofrimento presente não é o fim. Esta esperança transforma como suportamos o sofrimento e cuidamos do corpo (não descartamos ou desprezamos a dimensão corporal da existência).
5. TABELA EXPOSITIVA
Texto / Frase
Termo grego
Sentido lexical
Implicação teológica
Aplicação prática
“Sendo justificados” (Rm 3.24)
δικαιούμενοι (dikaioúmenoi)
Ser declarado justo (ato forense)
Justificação = declaração divina, não mérito humano
Segurança na posição em Cristo; encorajamento à obediência por gratidão
“gratuitamente”
δωρεὰν (dōrean)
Gratuitamente, sem pagamento humano
Salvação não é salário; é dom imerecido
Humildade; culto e gratidão como respostas centrais
“pela sua graça”
διὰ τῆς χάριτος αὐτοῦ (dia tēs charitos autou)
Por meio/através da graça de Deus
Graça = causa e meio; ação soberana e amorosa de Deus
Viver dependente da graça; evitar obras para merecer
“pela redenção”
διὰ τῆς ἀπολυτρώσεως (dia tēs apolutrōseōs)
Resgate, pagamento para libertação
Redenção = custo pago por Cristo; libertação do pecado e domínio
Proclamar redenção; viver como livres (não escravos do pecado)
“em Cristo Jesus”
ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ
Localização teológica: só em Cristo
Salvação é cristocêntrica: obra de Cristo é o meio e o fim
Centralidade de Cristo na pregação, vida e esperança
(Rm 8.23) “redenção do nosso corpo”
ἀπολύτρωσις τοῦ σώματος ἡμῶν
Libertação/transformação final do corpo
Escatologia: glorificação, restauração cósmica
Esperança em sofrimentos; cuidado com a criação e o corpo
6. Perguntas para reflexão / discussão
- O que muda na sua prática cristã quando você entende a justificação como ato totalmente gratuito?
- Como a esperança da redenção do corpo (Rm 8.23) influencia a forma como você lida com dor e perda agora?
- De que modo a doutrina da redenção orienta a missão da igreja neste mundo quebrado?
Oração sugerida
“Senhor Jesus, graças Te damos porque, pela tua graça e pela tua redenção, fomos declarados justos. Ensina-nos a viver como pessoas redimidas: livres do pecado, humildes na gratidão e firmes na esperança da glória futura. Em teu nome, amém.”
TEXTO DE REFERÊNCIA
Romanos 8.23 — (referência ao “desfecho” escatológico da redenção: a redenção do nosso corpo e a filiação plena).
1. LEITURA GERAL E CONTEXTO
Em Romanos 3 Paulo coronou sua argumentação sobre a condição universal do pecado e a incapacidade humana de ser justificada por obras da lei. No clímax ele afirma que os seres humanos são δικαιούμενοι — “justificados” — δωρεὰν (gratuitamente), διὰ τῆς χάριτος αὐτοῦ (pela sua graça), διὰ τῆς ἀπολυτρώσεως τῆς ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ (pela redenção que está em Cristo Jesus). Isto situa a justificação como ato divino, gratuito e cristocêntrico.
2. ANÁLISE LÉXICA (grego, palavras-chave)
- δικαιούμενοι (dikaioúmenoi) — particípio passivo de dikaioō: “ser declarado justo / justificar (forense)”. Em Paulo tem forte carga legal/forense: Deus declara o pecador justo por conta da obra de Cristo (não por mérito humano). O foco é a posição do crente perante Deus.
- δωρεὰν (dōrean) — “gratuitamente, de graça” (advérbio): enfatiza que o ato não é fruto de paga ou débito humano, mas dom sem contrapartida. Corresponde à ideia de gratis — não pago por obras.
- χάρις (charis) / διὰ τῆς χάριτος αὐτοῦ — “graça, favor imerecido”. Charis não só indica ausência de exigência meritória, mas a dinâmica ativa do amor gratuito de Deus que concede o que não é merecido.
- ἀπολύτρωσις (apolutrōsis) — “redenção, resgate, libertação mediante preço”. Termo juridicamente carregado: redimir implica pagar um preço para libertar ou recomprar alguém/alguma coisa. Em Paulo remete tanto à ideia de resgate do pecado quanto à restauração plena do ser (incluindo dimensão corpórea; cf. Rm 8.23).
- ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ (en Christō Iēsou) — “em Cristo Jesus”: localiza a redenção em Cristo; tudo o que justifica/redenha vem por sua pessoa e obra.
3. TEOLOGIA SISTEMÁTICA E EXEGÉTICA (pontos-chave)
- Justificação como ato forense gratuito
- Paulo fala de justificação no sentido jurídico: Deus, o juiz justo, declara justos aqueles que nele creem. Essa declaração é externa à pessoa (não fruto de mérito interno), mas real e eficaz.
- Importante distinguir: justificação (posição legal diante de Deus) ≠ santificação (processo de formação moral), embora intimamente conectadas.
- A graça como causa instrumental e eficiente
- A preposição διὰ τῆς χάριτος sugere que a graça é o meio e a razão pela qual a justificação é concedida. Não é apenas um "estilo" de dar, mas a energia divina que opera a salvação.
- Redenção (ἀπολύτρωσις) — mais que perdão
- Redenção é calculada sobre uma troca/venda — alguém paga por outro para libertá-lo. Em Paulo isso aponta para o custo do sacrifício de Cristo (remissão, expiação) e para a libertação do domínio do pecado e da lei.
- A redenção possui dimensão presente (perdão, libertação espiritual) e escatológica (libertação final do corpo e da criação — cf. Rm 8.23).
- Cristo como locus único da justificação e redenção
- “Em Cristo Jesus” concentra toda a obra salvífica nele — a justificação e a redenção não estão dissociadas da encarnação, cruz e ressurreição.
- Conexão com Romanos 8.23 (redenção do corpo / filiação plena)
- Rm 8.23 fala da “οἰκονομία τῆς ἀπολυτρώσεως ἡμῶν” e da “υἱοθεσίαν” — isto é, além da justificação presente, há uma dimensão final: a redenção do corpo (glorificação) e a consumação da filiação. Assim, a redenção em Rm 3.24 abre para um arco que culmina na restauração integral na nova criação (corpo ressuscitado, restauração cósmica).
- Implicações doutrinárias
- A salvação é só pela graça (Sola Gratia).
- A justificação é declarativa e única em Cristo (Sola Christus).
- A obra salva tanto juridicamente (perdão, posição) quanto existencialmente (libertação do poder do pecado, e finalmente a restauração do corpo).
4. APLICAÇÃO PESSOAL E ECLESIAL
- Assurance / Segurança
- Se somos justificados “gratuitamente” pela graça, nossa confiança não repousa em flutuações morais, mas na obra consumada de Cristo. Isso gera segurança evangelicamente saudável (não presunçosa).
- Humildade e gratidão
- A gratuidade da salvação elimina qualquer base de orgulho espiritual. Resposta apropriada: adoração e gratidão contínua.
- Vida de testemunho e missão
- Quem foi redimido tem vocação a anunciar a redenção: proclamar que há resgate em Cristo, tanto para a alma (perdão) quanto para o mundo (esperança escatológica).
- Santidade motivada, não por medo, mas por graça
- A justificação não exonera da obediência; pelo contrário, uma justa compreensão da graça impulsiona a santificação: viver em conformidade com Aquele que nos redimiu.
- Esperança escatológica
- Rm 8.23 lembra que a redenção inclui o corpo: o sofrimento presente não é o fim. Esta esperança transforma como suportamos o sofrimento e cuidamos do corpo (não descartamos ou desprezamos a dimensão corporal da existência).
5. TABELA EXPOSITIVA
Texto / Frase | Termo grego | Sentido lexical | Implicação teológica | Aplicação prática |
“Sendo justificados” (Rm 3.24) | δικαιούμενοι (dikaioúmenoi) | Ser declarado justo (ato forense) | Justificação = declaração divina, não mérito humano | Segurança na posição em Cristo; encorajamento à obediência por gratidão |
“gratuitamente” | δωρεὰν (dōrean) | Gratuitamente, sem pagamento humano | Salvação não é salário; é dom imerecido | Humildade; culto e gratidão como respostas centrais |
“pela sua graça” | διὰ τῆς χάριτος αὐτοῦ (dia tēs charitos autou) | Por meio/através da graça de Deus | Graça = causa e meio; ação soberana e amorosa de Deus | Viver dependente da graça; evitar obras para merecer |
“pela redenção” | διὰ τῆς ἀπολυτρώσεως (dia tēs apolutrōseōs) | Resgate, pagamento para libertação | Redenção = custo pago por Cristo; libertação do pecado e domínio | Proclamar redenção; viver como livres (não escravos do pecado) |
“em Cristo Jesus” | ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ | Localização teológica: só em Cristo | Salvação é cristocêntrica: obra de Cristo é o meio e o fim | Centralidade de Cristo na pregação, vida e esperança |
(Rm 8.23) “redenção do nosso corpo” | ἀπολύτρωσις τοῦ σώματος ἡμῶν | Libertação/transformação final do corpo | Escatologia: glorificação, restauração cósmica | Esperança em sofrimentos; cuidado com a criação e o corpo |
6. Perguntas para reflexão / discussão
- O que muda na sua prática cristã quando você entende a justificação como ato totalmente gratuito?
- Como a esperança da redenção do corpo (Rm 8.23) influencia a forma como você lida com dor e perda agora?
- De que modo a doutrina da redenção orienta a missão da igreja neste mundo quebrado?
Oração sugerida
“Senhor Jesus, graças Te damos porque, pela tua graça e pela tua redenção, fomos declarados justos. Ensina-nos a viver como pessoas redimidas: livres do pecado, humildes na gratidão e firmes na esperança da glória futura. Em teu nome, amém.”
OBJETIVOS DA LIÇÃO
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VERDADE APLICADA
Por nosso resgate, Cristo pagou um alto preço: Sua morte por nossa vida.
MOMENTO DE ORAÇÃO – Ore para que mais pessoas reconheçam a Cristo como seu Redentor.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🔴 DINÂMICA: “O SANGUE QUE APAGA”
Tema: A Redenção pelo Sangue de Cristo
Público: Jovens
Duração: 10–15 minutos
Objetivo:
- Demonstrar que apenas o sangue de Jesus pode apagar completamente a culpa e o pecado.
- Mostrar que obras humanas, religiosidade ou esforço pessoal não podem limpar o pecador.
- Ilustrar o poder real da redenção em Cristo.
📌 MATERIAIS
- Cartolina branca.
- Papel vermelho (recortes em forma de gota) escrito: PECADO.
- Caneta preta grossa.
- Paninho ou papel-toalha.
- Uma esponja ou pincel molhado em água misturada com um pouco de tinta vermelha (ou suco vermelho grosso como uva).
- Papel escrito: SANGUE DE JESUS.
- Tesoura ou fita dupla-face.
(A tinta vermelha/água simbolizará o sangue de Cristo e terá efeito visual de “apagar” a palavra escrita.)
🪜 PASSO A PASSO
1. INÍCIO – A MANCHA DO PECADO (2 min)
No centro da sala, coloque a cartolina branca.
Escreva nela, com a caneta preta:
- MENTIRA
- ÓDIO
- IRA
- PECADOS SECRETOS
- VELHOS HÁBITOS
- IMORALIDADE
- PECADOS EMOCIONAIS
Mostre aos jovens:
“Esse é o estado de todo ser humano sem Cristo — marcado, sujo e separado de Deus (Rm 3.23).”
2. TENTATIVAS HUMANAS DE SE SALVAR (3 min)
Convide voluntários para tentar “apagar” os pecados usando métodos humanos:
- Esforço pessoal (paninho seco)
- Religião (papel escrito “boas obras”)
- Moralidade (papel escrito “caráter”)
- Filosofia/autoajuda (papel escrito “inteligência emocional”)
Faça-os tentar limpar — não vai sair.
Explique:
“O pecado não sai com boas obras (Ef 2.8-9),
nem com força humana (Rm 7.18),
nem com filosofia (Cl 2.8).
A mancha continua.”
3. O PODER DO SANGUE (3 min)
Agora, mostre o papel escrito:
“SANGUE DE JESUS”
E diga:
“Só existe um meio para apagar a culpa:
o sangue de Jesus, derramado na cruz (Hb 9.22; 1 Jo 1.7).”
Mergulhe a esponja/pincel no líquido vermelho e comece a passar sobre as palavras escritas.
A tinta vermelha vai cobrir, dissolver ou apagar parcialmente, mostrando que algo está sendo transformado.
Diga:
“Assim como o sangue cobriu os umbrais no Êxodo,
assim como os sacrifícios cobriam o pecado,
Cristo não apenas cobriu: Ele removeu completamente (Hb 9.12; Jo 1.29).”
4. A CARTOLINA É VIRADA (2 min)
Depois que os pecados forem cobertos pela tinta vermelha:
Vire a cartolina para o outro lado (já preparada antes da aula) onde deve estar escrito:
“PERDÃO – NOVA VIDA – REDENÇÃO – LIVRE EM CRISTO”
Explique:
“Na cruz, Cristo não apenas apagou a culpa do pecado.
Ele nos deu uma nova identidade.
Não somos definidos pelo nosso passado,
mas pelo sangue que nos comprou.”
🙌 5. APLICAÇÃO FINAL (3 min)
Faça perguntas reflexivas aos jovens:
- Qual pecado tenta “colar” na sua alma?
- Você já tentou se salvar sozinho?
- O sangue de Jesus já foi aplicado sobre a sua vida?
- Que culpa você ainda carrega, mesmo já perdoado?
- Quer entregar a Cristo aquilo que você não consegue apagar?
Finalize com:
“O sangue de Jesus não melhora o pecador —
ele transforma o pecador em nova criatura.”
(2 Co 5.17)
📊 TABELA DE CONCLUSÃO
Aspecto
Sem Cristo
Com o Sangue de Cristo
Condição espiritual
Morto
Vivo
Situação legal
Condenado
Justificado
Estado da alma
Culpado
Limpo
Acesso a Deus
Bloqueado
Livre (Hb 10.19)
Futuro
Ira
Redenção
🔴 DINÂMICA: “O SANGUE QUE APAGA”
Tema: A Redenção pelo Sangue de Cristo
Público: Jovens
Duração: 10–15 minutos
Objetivo:
- Demonstrar que apenas o sangue de Jesus pode apagar completamente a culpa e o pecado.
- Mostrar que obras humanas, religiosidade ou esforço pessoal não podem limpar o pecador.
- Ilustrar o poder real da redenção em Cristo.
📌 MATERIAIS
- Cartolina branca.
- Papel vermelho (recortes em forma de gota) escrito: PECADO.
- Caneta preta grossa.
- Paninho ou papel-toalha.
- Uma esponja ou pincel molhado em água misturada com um pouco de tinta vermelha (ou suco vermelho grosso como uva).
- Papel escrito: SANGUE DE JESUS.
- Tesoura ou fita dupla-face.
(A tinta vermelha/água simbolizará o sangue de Cristo e terá efeito visual de “apagar” a palavra escrita.)
🪜 PASSO A PASSO
1. INÍCIO – A MANCHA DO PECADO (2 min)
No centro da sala, coloque a cartolina branca.
Escreva nela, com a caneta preta:
- MENTIRA
- ÓDIO
- IRA
- PECADOS SECRETOS
- VELHOS HÁBITOS
- IMORALIDADE
- PECADOS EMOCIONAIS
Mostre aos jovens:
“Esse é o estado de todo ser humano sem Cristo — marcado, sujo e separado de Deus (Rm 3.23).”
2. TENTATIVAS HUMANAS DE SE SALVAR (3 min)
Convide voluntários para tentar “apagar” os pecados usando métodos humanos:
- Esforço pessoal (paninho seco)
- Religião (papel escrito “boas obras”)
- Moralidade (papel escrito “caráter”)
- Filosofia/autoajuda (papel escrito “inteligência emocional”)
Faça-os tentar limpar — não vai sair.
Explique:
“O pecado não sai com boas obras (Ef 2.8-9),
nem com força humana (Rm 7.18),
nem com filosofia (Cl 2.8).
A mancha continua.”
3. O PODER DO SANGUE (3 min)
Agora, mostre o papel escrito:
“SANGUE DE JESUS”
E diga:
“Só existe um meio para apagar a culpa:
o sangue de Jesus, derramado na cruz (Hb 9.22; 1 Jo 1.7).”
Mergulhe a esponja/pincel no líquido vermelho e comece a passar sobre as palavras escritas.
A tinta vermelha vai cobrir, dissolver ou apagar parcialmente, mostrando que algo está sendo transformado.
Diga:
“Assim como o sangue cobriu os umbrais no Êxodo,
assim como os sacrifícios cobriam o pecado,
Cristo não apenas cobriu: Ele removeu completamente (Hb 9.12; Jo 1.29).”
4. A CARTOLINA É VIRADA (2 min)
Depois que os pecados forem cobertos pela tinta vermelha:
Vire a cartolina para o outro lado (já preparada antes da aula) onde deve estar escrito:
“PERDÃO – NOVA VIDA – REDENÇÃO – LIVRE EM CRISTO”
Explique:
“Na cruz, Cristo não apenas apagou a culpa do pecado.
Ele nos deu uma nova identidade.
Não somos definidos pelo nosso passado,
mas pelo sangue que nos comprou.”
🙌 5. APLICAÇÃO FINAL (3 min)
Faça perguntas reflexivas aos jovens:
- Qual pecado tenta “colar” na sua alma?
- Você já tentou se salvar sozinho?
- O sangue de Jesus já foi aplicado sobre a sua vida?
- Que culpa você ainda carrega, mesmo já perdoado?
- Quer entregar a Cristo aquilo que você não consegue apagar?
Finalize com:
“O sangue de Jesus não melhora o pecador —
ele transforma o pecador em nova criatura.”
(2 Co 5.17)
📊 TABELA DE CONCLUSÃO
Aspecto | Sem Cristo | Com o Sangue de Cristo |
Condição espiritual | Morto | Vivo |
Situação legal | Condenado | Justificado |
Estado da alma | Culpado | Limpo |
Acesso a Deus | Bloqueado | Livre (Hb 10.19) |
Futuro | Ira | Redenção |
LEITURA SEMANAL
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
INTRODUÇÃO TEMÁTICA — Redenção: uma perspectiva bíblica
A Bíblia trata a redenção como um ato divino de resgate que envolve custo (preço), promessa (esperança), poder (libertação) e efeitos presentes e futuros (perdão, santificação e glorificação). Nas seis leituras da semana vemos esse arco: Hebreus destaca a mediação e o alcance eterno; Romanos, a gratuidade; Colossenses, a realidade e o perdão por Cristo; Salmos 49 e 111 ressaltam o valor e a iniciativa divina; Gênesis 3:15 aponta a promessa primordial. Agora, verso a verso.
Segunda — Hb 9.15 — “A redenção eterna”
Texto / ponto-chave: Cristo é o mediador de uma nova aliança para que, pelo seu morte, haja ἀπολύτρωσις (redenção) das transgressões da primeira aliança e os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Análise lexical (grego):
- μεσίτης (mesitēs) — “mediador”: função de intermediação que conecta a nova aliança à consumação da salvação.
- διαθήκη καινή (diathēkē kainē) — “nova aliança”: o enquadramento jurídico-covenantal da redenção.
- ἀπολύτρωσις (apolutrōsis / lytrōsis) — “redenção, resgate”: termo que carrega a ideia de resgate alvo de pagamento/libertação (muito usado por Paulo e em Hebreus).
Teologia / comentário:
Hebreus apresenta a redenção como mediada por Cristo e como efeito do seu “morrer” (sacrificial). Não é apenas uma mudança de status jurídico, mas a inauguração de um novo acordo — a nova aliança — cujo resultado é uma herança eterna para os que são chamados. A ênfase é escatológica e sacrificial: a redenção alcança o eterno, porque Cristo pagou o preço sob a antiga aliança para validamente inaugurar a nova.
Aplicação pessoal:
- Confie na suficiência da mediação de Cristo; não troque a segurança da nova aliança por meras experiências religiosas.
- Viver com perspectiva escatológica: a redenção tem alcance eterno, moldando esperança, ética e perseverança.
Terça — Rm 3.24 — “A redenção graciosa”
Texto / ponto-chave: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” (já tratado antes; aqui enfatizamos διὰ τῆς χάριτος e δωρεὰν).
Análise lexical (grego):
- δικαιούμενοι (dikaioúmenoi) — “sendo justificados” (ato forense: Deus declara justo).
- δωρεὰν (dōrean) — “gratuitamente”: advérbio que sublinha o caráter não merecido do dom.
- χάρις (charis) — “graça”: causa/energia do ato salvo.
- ἀπολύτρωσις (apolutrōsis) — “redenção”: aqui vinculada diretamente a Cristo como fonte/veículo.
Teologia / comentário:
Romanos sublinha que a justificação e a redenção não são “pagas” por nós; são dons gratuitos da graça divina, recebidos em Cristo. A redenção aparece como o meio (ou o efeito articulado da graça) pelo qual o pecador é legalmente lavado e posicionado diante de Deus. A ênfase é soteriológica e centrada na gratuitidade da dádiva.
Aplicação pessoal:
- Reaja à salvação com gratidão e não com orgulho; a graça corrige qualquer tendência meritocrática.
- A liberdade do evangelho motiva a obediência não por medo de perder status, mas por amor e gratidão.
Quarta — Cl (CI) 1.14 — “A redenção é real”
(Interpretei “CI 1.14” como Colossenses 1:14 — “em quem temos a redenção, a remissão dos pecados”).
Análise lexical (grego):
- ἐν ᾧ ἔχομεν τὴν ἀπολύτρωσιν — “em quem temos a redenção”: ἔχομεν (posse presente) indica realidade presente da redenção em Cristo.
- ἄφεσιν (aphesis) — “perdão/libertação”: ligada à remissão dos pecados.
Teologia / comentário:
Colossenses enfatiza que a redenção não é apenas futura ou posicional: é alguma coisa já possuída (“temos”). Em Cristo há perdão efetivo e libertação do poder do pecado; a redação liga redenção e remissão como realidades que marcam a vida presente do crente.
Aplicação pessoal:
- Viver convictamente do perdão recebido: a prática da confissão e do perdão mútuo decorre do fato de que já fomos redimidos.
- Testemunhe a realidade presente da redenção através de transformação moral e relacional.
Quinta — Sl 49.8 — “O preço da redenção é incalculável”
Texto / ponto-chave: O salmo recorda que a redenção da alma tem valor precioso — ninguém pode realmente comprar sua alma com riqueza — e o “resgate” (piddyon / פִּדְיוֹן) da alma é de grande valor.
Análise lexical (hebraico):
- פִּדְיוֹן (piddyōn) — “resgate, redenção, preço de resgate” (usado em contextos de liberar alguém por pagamento).
- O salmo realça que o preço humano é inadequado para recomprar a alma — a redenção tem valor que excede riqueza.
Teologia / comentário:
A perspectiva veterotestamentária lembra que a humanidade não se salva por riquezas; a redenção que importa é de ordem existencial e relacional. O valor “precioso” do resgate sublinha por que Deus teve de agir: somente Ele pode efetuar a libertação verdadeira.
Aplicação pessoal:
- Não confie em meios materiais para segurança última; invista no que tem valor eterno.
- A gratidão pela redenção deve ser maior do que qualquer apego a bens terrenos.
Sexta — Gn 3.15 — “A redenção é fruto da promessa divina” (proto-evangelho)
Texto / ponto-chave: Logo após a queda, Deus pronuncia inimizade entre a Serpente e a Mulher, entre a sua descendência e a descendência dela; a “semente” (זֶרַע, zera‘) da mulher ferirá a cabeça da serpente. É o anúncio primeiro da vitória redentora.
Análise lexical (hebraico):
- זֶרַע (zera‘) — “semente, descendência”: termo com amplitude coletiva e também, teologicamente, antecipando o Messias.
- Verbos como “שׁוּף” / “שָׁפוּ” (bruise/strike) e a imagem da contragolpe apontam vitória que, embora sofrida (calcanhar ferido), culmina na derrota do inimigo (cabeça esmagada).
Teologia / comentário:
Gênesis 3:15 é lido historicamente como a “primeira promessa” — o proto-evangelho — que instala o propósito redentor de Deus desde o começo. A redenção é, portanto, iniciativa divina, tecida no plano da salvação desde a queda.
Aplicação pessoal:
- A expectativa messiânica dá esperança: mesmo no pecado, Deus já tinha um plano de vitória.
- Encorajamento para perseverar: a obra redentora de Deus está em movimento desde o início.
Sábado — Sl 111.9 — “A redenção como plano de Deus”
Texto / ponto-chave: “Redenção enviou ao seu povo; estabeleceu para sempre a sua aliança.” (Sl 111:9) — a redenção é ato direto de Deus e vinculada à aliança eterna.
Análise lexical (hebraico):
- פָּדָה / פדות (pādâ / piddāh) — “redimir, enviar redenção”: raiz frequente para “resgatar, remir”.
- O salmista vincula redenção e aliança: a obra de resgate é parte do plano perene do Senhor.
Teologia / comentário:
Aqui a redenção é mostrada como ato soberano e promissional de Deus: Ele envia redenção ao seu povo e confirma a aliança para sempre. Não é um capricho temporário, mas a expressão de fidelidade divina no tempo e para sempre.
Aplicação pessoal:
- Cultivar segurança na fidelidade de Deus — a redenção não é condicionalmente volátil; ela se ancora na aliança.
- Responder com adoração e obediência a quem confiou sua fidelidade para sempre.
SÍNTESE TEOLÓGICA (como os textos se complementam)
- Origem e promessa: Gênesis 3:15 abre o arco redentor como promessa (proto-evangelho).
- Custo e preço: Salmos 49 e 111 lembram valor e iniciativa divina na remissão — a redenção não se compra com riquezas humanas; é ato de Deus.
- Meio e agente: Hebreus 9 enfatiza a mediação e o alcance eterno da obra de Cristo (nova aliança, morte como redenção).
- Natureza e graça: Romanos 3 descreve a gratuitidade e a graça por meio da qual somos justificados.
- Realidade presente e futuro: Colossenses sinaliza que já “temos” a redenção; Romanos 8:23 (referência que você citou antes) amplia para a redenção do corpo — a consumação.
TABELA EXPOSITIVA — Leituras Semanais sobre Redenção
Dia
Texto
Palavra-chave (hebr./gr.)
Núcleo teológico
Aplicação prática
Seg
Hb 9:15
ἀπολύτρωσις (apolutrōsis)
Redenção mediada por Cristo; nova aliança; alcance eterno.
Confie na suficiência da mediação de Cristo; viver com perspectiva escatológica.
Ter
Rm 3:24
δωρεὰν / χάρις (dōrean / charis)
Justificação gratuita pela graça; redenção em Cristo.
Gratidão, humildade; obediência motivada pela graça.
Qua
Cl 1:14
ἀπολύτρωσιν, ἄφεσιν
Redenção presente: temos redenção e perdão em Cristo.
Vivência do perdão; transformação ética concreta.
Qui
Sl 49:8
פִּדְיוֹן (piddyōn)
Redenção tem preço; valor da alma supera riquezas.
Reavaliar prioridades: investir em tesouros eternos.
Sex
Gn 3:15
זֶרַע (zera‘)
Promessa primeira do Redentor (proto-evangelho).
Esperança messiânica; ver plano divino desde a queda.
Sáb
Sl 111:9
פָּדָה / פדות (padâ/piddâh)
Redenção enviada por Deus; aliança ordenada para sempre.
Segurança na fidelidade de Deus; adoração e fidelidade.
Perguntas para reflexão em grupo / EBD
- Como as distintas palavras para “redenção” (π. ex. ἀπολύτρωσις / פִּדְיוֹן / פָּדָה) amplificam nossa compreensão do que Deus fez?
- De que maneira a gratuidade em Romanos 3 transforma nossa ética (trabalho, caridade, controvérsias internas)?
- Como ensinar a congregação a viver a redenção já possuída (Colossenses) enquanto espera pela redenção ainda por vir (Romanos 8:23)?
Oração de fechamento sugerida
“Senhor Deus, obrigado porque desde a queda já traçaste o caminho da redenção; obrigado porque em Cristo recebemos redenção gratuita, real e eterna. Consolida nossa esperança, liberta-nos do apego às riquezas e faz-nos viver hoje como povo redimido. Em nome de Jesus, amém.”
INTRODUÇÃO TEMÁTICA — Redenção: uma perspectiva bíblica
A Bíblia trata a redenção como um ato divino de resgate que envolve custo (preço), promessa (esperança), poder (libertação) e efeitos presentes e futuros (perdão, santificação e glorificação). Nas seis leituras da semana vemos esse arco: Hebreus destaca a mediação e o alcance eterno; Romanos, a gratuidade; Colossenses, a realidade e o perdão por Cristo; Salmos 49 e 111 ressaltam o valor e a iniciativa divina; Gênesis 3:15 aponta a promessa primordial. Agora, verso a verso.
Segunda — Hb 9.15 — “A redenção eterna”
Texto / ponto-chave: Cristo é o mediador de uma nova aliança para que, pelo seu morte, haja ἀπολύτρωσις (redenção) das transgressões da primeira aliança e os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Análise lexical (grego):
- μεσίτης (mesitēs) — “mediador”: função de intermediação que conecta a nova aliança à consumação da salvação.
- διαθήκη καινή (diathēkē kainē) — “nova aliança”: o enquadramento jurídico-covenantal da redenção.
- ἀπολύτρωσις (apolutrōsis / lytrōsis) — “redenção, resgate”: termo que carrega a ideia de resgate alvo de pagamento/libertação (muito usado por Paulo e em Hebreus).
Teologia / comentário:
Hebreus apresenta a redenção como mediada por Cristo e como efeito do seu “morrer” (sacrificial). Não é apenas uma mudança de status jurídico, mas a inauguração de um novo acordo — a nova aliança — cujo resultado é uma herança eterna para os que são chamados. A ênfase é escatológica e sacrificial: a redenção alcança o eterno, porque Cristo pagou o preço sob a antiga aliança para validamente inaugurar a nova.
Aplicação pessoal:
- Confie na suficiência da mediação de Cristo; não troque a segurança da nova aliança por meras experiências religiosas.
- Viver com perspectiva escatológica: a redenção tem alcance eterno, moldando esperança, ética e perseverança.
Terça — Rm 3.24 — “A redenção graciosa”
Texto / ponto-chave: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” (já tratado antes; aqui enfatizamos διὰ τῆς χάριτος e δωρεὰν).
Análise lexical (grego):
- δικαιούμενοι (dikaioúmenoi) — “sendo justificados” (ato forense: Deus declara justo).
- δωρεὰν (dōrean) — “gratuitamente”: advérbio que sublinha o caráter não merecido do dom.
- χάρις (charis) — “graça”: causa/energia do ato salvo.
- ἀπολύτρωσις (apolutrōsis) — “redenção”: aqui vinculada diretamente a Cristo como fonte/veículo.
Teologia / comentário:
Romanos sublinha que a justificação e a redenção não são “pagas” por nós; são dons gratuitos da graça divina, recebidos em Cristo. A redenção aparece como o meio (ou o efeito articulado da graça) pelo qual o pecador é legalmente lavado e posicionado diante de Deus. A ênfase é soteriológica e centrada na gratuitidade da dádiva.
Aplicação pessoal:
- Reaja à salvação com gratidão e não com orgulho; a graça corrige qualquer tendência meritocrática.
- A liberdade do evangelho motiva a obediência não por medo de perder status, mas por amor e gratidão.
Quarta — Cl (CI) 1.14 — “A redenção é real”
(Interpretei “CI 1.14” como Colossenses 1:14 — “em quem temos a redenção, a remissão dos pecados”).
Análise lexical (grego):
- ἐν ᾧ ἔχομεν τὴν ἀπολύτρωσιν — “em quem temos a redenção”: ἔχομεν (posse presente) indica realidade presente da redenção em Cristo.
- ἄφεσιν (aphesis) — “perdão/libertação”: ligada à remissão dos pecados.
Teologia / comentário:
Colossenses enfatiza que a redenção não é apenas futura ou posicional: é alguma coisa já possuída (“temos”). Em Cristo há perdão efetivo e libertação do poder do pecado; a redação liga redenção e remissão como realidades que marcam a vida presente do crente.
Aplicação pessoal:
- Viver convictamente do perdão recebido: a prática da confissão e do perdão mútuo decorre do fato de que já fomos redimidos.
- Testemunhe a realidade presente da redenção através de transformação moral e relacional.
Quinta — Sl 49.8 — “O preço da redenção é incalculável”
Texto / ponto-chave: O salmo recorda que a redenção da alma tem valor precioso — ninguém pode realmente comprar sua alma com riqueza — e o “resgate” (piddyon / פִּדְיוֹן) da alma é de grande valor.
Análise lexical (hebraico):
- פִּדְיוֹן (piddyōn) — “resgate, redenção, preço de resgate” (usado em contextos de liberar alguém por pagamento).
- O salmo realça que o preço humano é inadequado para recomprar a alma — a redenção tem valor que excede riqueza.
Teologia / comentário:
A perspectiva veterotestamentária lembra que a humanidade não se salva por riquezas; a redenção que importa é de ordem existencial e relacional. O valor “precioso” do resgate sublinha por que Deus teve de agir: somente Ele pode efetuar a libertação verdadeira.
Aplicação pessoal:
- Não confie em meios materiais para segurança última; invista no que tem valor eterno.
- A gratidão pela redenção deve ser maior do que qualquer apego a bens terrenos.
Sexta — Gn 3.15 — “A redenção é fruto da promessa divina” (proto-evangelho)
Texto / ponto-chave: Logo após a queda, Deus pronuncia inimizade entre a Serpente e a Mulher, entre a sua descendência e a descendência dela; a “semente” (זֶרַע, zera‘) da mulher ferirá a cabeça da serpente. É o anúncio primeiro da vitória redentora.
Análise lexical (hebraico):
- זֶרַע (zera‘) — “semente, descendência”: termo com amplitude coletiva e também, teologicamente, antecipando o Messias.
- Verbos como “שׁוּף” / “שָׁפוּ” (bruise/strike) e a imagem da contragolpe apontam vitória que, embora sofrida (calcanhar ferido), culmina na derrota do inimigo (cabeça esmagada).
Teologia / comentário:
Gênesis 3:15 é lido historicamente como a “primeira promessa” — o proto-evangelho — que instala o propósito redentor de Deus desde o começo. A redenção é, portanto, iniciativa divina, tecida no plano da salvação desde a queda.
Aplicação pessoal:
- A expectativa messiânica dá esperança: mesmo no pecado, Deus já tinha um plano de vitória.
- Encorajamento para perseverar: a obra redentora de Deus está em movimento desde o início.
Sábado — Sl 111.9 — “A redenção como plano de Deus”
Texto / ponto-chave: “Redenção enviou ao seu povo; estabeleceu para sempre a sua aliança.” (Sl 111:9) — a redenção é ato direto de Deus e vinculada à aliança eterna.
Análise lexical (hebraico):
- פָּדָה / פדות (pādâ / piddāh) — “redimir, enviar redenção”: raiz frequente para “resgatar, remir”.
- O salmista vincula redenção e aliança: a obra de resgate é parte do plano perene do Senhor.
Teologia / comentário:
Aqui a redenção é mostrada como ato soberano e promissional de Deus: Ele envia redenção ao seu povo e confirma a aliança para sempre. Não é um capricho temporário, mas a expressão de fidelidade divina no tempo e para sempre.
Aplicação pessoal:
- Cultivar segurança na fidelidade de Deus — a redenção não é condicionalmente volátil; ela se ancora na aliança.
- Responder com adoração e obediência a quem confiou sua fidelidade para sempre.
SÍNTESE TEOLÓGICA (como os textos se complementam)
- Origem e promessa: Gênesis 3:15 abre o arco redentor como promessa (proto-evangelho).
- Custo e preço: Salmos 49 e 111 lembram valor e iniciativa divina na remissão — a redenção não se compra com riquezas humanas; é ato de Deus.
- Meio e agente: Hebreus 9 enfatiza a mediação e o alcance eterno da obra de Cristo (nova aliança, morte como redenção).
- Natureza e graça: Romanos 3 descreve a gratuitidade e a graça por meio da qual somos justificados.
- Realidade presente e futuro: Colossenses sinaliza que já “temos” a redenção; Romanos 8:23 (referência que você citou antes) amplia para a redenção do corpo — a consumação.
TABELA EXPOSITIVA — Leituras Semanais sobre Redenção
Dia | Texto | Palavra-chave (hebr./gr.) | Núcleo teológico | Aplicação prática |
Seg | Hb 9:15 | ἀπολύτρωσις (apolutrōsis) | Redenção mediada por Cristo; nova aliança; alcance eterno. | Confie na suficiência da mediação de Cristo; viver com perspectiva escatológica. |
Ter | Rm 3:24 | δωρεὰν / χάρις (dōrean / charis) | Justificação gratuita pela graça; redenção em Cristo. | Gratidão, humildade; obediência motivada pela graça. |
Qua | Cl 1:14 | ἀπολύτρωσιν, ἄφεσιν | Redenção presente: temos redenção e perdão em Cristo. | Vivência do perdão; transformação ética concreta. |
Qui | Sl 49:8 | פִּדְיוֹן (piddyōn) | Redenção tem preço; valor da alma supera riquezas. | Reavaliar prioridades: investir em tesouros eternos. |
Sex | Gn 3:15 | זֶרַע (zera‘) | Promessa primeira do Redentor (proto-evangelho). | Esperança messiânica; ver plano divino desde a queda. |
Sáb | Sl 111:9 | פָּדָה / פדות (padâ/piddâh) | Redenção enviada por Deus; aliança ordenada para sempre. | Segurança na fidelidade de Deus; adoração e fidelidade. |
Perguntas para reflexão em grupo / EBD
- Como as distintas palavras para “redenção” (π. ex. ἀπολύτρωσις / פִּדְיוֹן / פָּדָה) amplificam nossa compreensão do que Deus fez?
- De que maneira a gratuidade em Romanos 3 transforma nossa ética (trabalho, caridade, controvérsias internas)?
- Como ensinar a congregação a viver a redenção já possuída (Colossenses) enquanto espera pela redenção ainda por vir (Romanos 8:23)?
Oração de fechamento sugerida
“Senhor Deus, obrigado porque desde a queda já traçaste o caminho da redenção; obrigado porque em Cristo recebemos redenção gratuita, real e eterna. Consolida nossa esperança, liberta-nos do apego às riquezas e faz-nos viver hoje como povo redimido. Em nome de Jesus, amém.”
INTRODUÇÃO
Na Carta aos Romanos, o Apóstolo Paulo diz que todos pecaram e, por isso, foram destituídos da Glória de Deus (Rm 3.23). Isso significa que o ser humano estava separado de Deus pelo pecado, evidenciando a necessidade de Redenção. Não havia nenhuma chance de sermos salvos, porque éramos pecadores fadados à morte eterna: “a alma que pecar, essa morrerá, Ez 18.20.
Ponto-Chave
“A justificação só foi possível por causa do sacrifício de Jesus na cruz (Jo 15.13). Ele pagou o preço pelos nossos pecados e, assim, pela infinita Graça de Deus, nos deu a Redenção e nos livrou da condenação eterna.”
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. A condição humana segundo Romanos: universalidade do pecado
Paulo declara com precisão:
“Todos pecaram” — πᾶς ἥμαρτον (pās hēmarton) — Rm 3.23.
O verbo ἁμαρτάνω (hamartanō) significa errar o alvo, falhar moralmente, transgredir o padrão divino. Não é apenas cometer erros; é uma condição espiritual herdada e manifestada em atos concretos.
A frase “foram destituídos da glória de Deus” — ὑστεροῦνται τῆς δόξης τοῦ θεοῦ (hysterountai) indica:
- privação contínua (presente contínuo no grego);
- impossibilidade humana de alcançar a presença e o padrão santo de Deus;
- ruptura radical da comunhão.
Essa realidade é reforçada pelo ensino veterotestamentário:
“A alma que pecar, essa morrerá” — נֶפֶשׁ הַחֹטֵאת הִיא תָּמוּת (nefesh hakhotet hi tamut) — Ez 18.20.
A estrutura hebraica revela uma sentença jurídica e inapelável: a alma que vive no estado de pecado está sob veredito de morte.
Conclusão teológica:
O ser humano está totalmente impossibilitado de salvar a si mesmo; a redenção não nasce do esforço humano, mas da iniciativa divina.
2. A necessidade de Redenção: o dilema humano e a solução divina
A palavra bíblica para “redenção” aparece com força no NT:
ἀπολύτρωσις (apolýtrōsis) — “redenção, resgate mediante pagamento”
- Aparece em Rm 3.24; Ef 1.7; Cl 1.14.
- Envolve a imagem de alguém preso, escravizado, libertado mediante um preço.
- O preço não é dinheiro, mas sangue (1Pe 1.18–19).
No AT, encontramos os termos hebraicos:
גָּאַל (ga’al) — “redimir como parente-resgatador”
- Envolve obrigação familiar de resgatar alguém em perigo, dívida ou escravidão.
- Deus se apresenta como Go’el (Redentor), especialmente em Isaías.
פָּדָה (padah) — “resgatar mediante pagamento”
- Aplicado ao resgate do primogênito, libertação do Egito, salvação do cativeiro.
Síntese bíblica:
- A humanidade estava sob escravidão espiritual.
- Deus assumiu o papel de Resgatador.
- Cristo pagou o preço que nenhum homem poderia pagar (Sl 49.8).
3. O sacrifício de Cristo como fundamento da justificação
O ponto-chave afirma corretamente:
“A justificação só foi possível por causa do sacrifício de Jesus.”
A palavra δικαίωσις (dikaiōsis) — “justificação” — é termo judicial que significa:
- declarar justo;
- absolver da culpa;
- conceder status legal de inocência.
A base dessa justificação não é mérito humano, mas o sacrifício de Cristo.
João 15.13 — “Ninguém tem maior amor do que este: dar alguém a sua vida pelos seus amigos.”
Aqui temos o verbo τίθημι (tithēmi) — “colocar, entregar, depositar”.
Jesus entrega voluntariamente sua vida como pagamento substitutivo.
Paulo reforça em Rm 3.24–26:
- somos justificados gratuitamente (dorean = sem custo para nós);
- pela graça (charis);
- mediante a redenção (apolytrosis) em Cristo;
- Deus é justo e justificador.
Ou seja:
- Deus mantém Sua justiça ao punir o pecado.
- Deus manifesta Sua graça ao justificar o pecador.
- A cruz é o ponto onde justiça e misericórdia se encontram.
4. A profundidade da Redenção: três dimensões
a) Redenção passada — libertação da culpa do pecado
“Somos justificados” (Rm 5.1).
O preço já foi pago; não há condenação (Rm 8.1).
b) Redenção presente — libertação do poder do pecado
Somos chamados a viver em novidade de vida (Rm 6.4).
A graça não apenas perdoa; transforma.
c) Redenção futura — libertação da presença do pecado
Romanos 8.23 descreve a redenção do corpo – a glorificação.
Cristo voltará para consumar a obra iniciada.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Viva como alguém realmente perdoado.
Pecado confessado e perdoado não deve ser remexido pelo cristão. Não carregue culpa que Cristo já levou. - Rejeite qualquer forma de meritocracia espiritual.
Não foi sua bondade; foi a graça. Isso gera humildade, gratidão e serviço. - Deixe que a redenção transforme sua prática diária.
A salvação que não produz mudança de vida não foi compreendida. - Olhe para o futuro com esperança.
A redenção só será plena quando Cristo voltar. Essa esperança sustenta em tempos de dor.
TABELA EXPOSITIVA RESUMIDA
Tema
Palavras-chave (hebr./grego)
Significado
Implicações teológicas
Aplicação prática
Condição humana
ἁμαρτάνω (pecar) / “destituídos”
Errar o alvo e perder a glória divina
Toda humanidade está separada de Deus
Reconhecer a necessidade de salvação
Redenção
גָּאַל (go’el), פדה (padah), ἀπολύτρωσις
Resgate mediante pagamento
Deus age como Redentor; Cristo paga o preço
Gratidão permanente; confiança na obra da cruz
Justificação
δικαίωσις (dikaiōsis)
Declaração judicial de inocência
Justos pelo sangue de Cristo, não por obras
Viver livre da culpa e no poder do Espírito
Sacrifício de Cristo
“Dar a vida” — τίθημι
Entregar voluntariamente
Amor sacrificial de Cristo; base da redenção
Amar sacrificialmente os outros
Graça
χάρις (charis) / δωρεάν (gratuitamente)
Dom imerecido
Salvação exclusivamente pela graça
Humildade, louvor e obediência
Redenção futura
“redenção do corpo”
Glorificação final
Salvação tem passado, presente e futuro
Perseverança e esperança escatológica
CONCLUSÃO
A Redenção é o centro da mensagem bíblica.
A cruz é a ponte entre a condenação do pecado e a vida eterna.
A justificação é gratuita para nós, mas custou o sangue de Cristo.
Somos chamados não apenas a crer, mas a viver de maneira digna Daquele que pagou o preço por nós.
1. A condição humana segundo Romanos: universalidade do pecado
Paulo declara com precisão:
“Todos pecaram” — πᾶς ἥμαρτον (pās hēmarton) — Rm 3.23.
O verbo ἁμαρτάνω (hamartanō) significa errar o alvo, falhar moralmente, transgredir o padrão divino. Não é apenas cometer erros; é uma condição espiritual herdada e manifestada em atos concretos.
A frase “foram destituídos da glória de Deus” — ὑστεροῦνται τῆς δόξης τοῦ θεοῦ (hysterountai) indica:
- privação contínua (presente contínuo no grego);
- impossibilidade humana de alcançar a presença e o padrão santo de Deus;
- ruptura radical da comunhão.
Essa realidade é reforçada pelo ensino veterotestamentário:
“A alma que pecar, essa morrerá” — נֶפֶשׁ הַחֹטֵאת הִיא תָּמוּת (nefesh hakhotet hi tamut) — Ez 18.20.
A estrutura hebraica revela uma sentença jurídica e inapelável: a alma que vive no estado de pecado está sob veredito de morte.
Conclusão teológica:
O ser humano está totalmente impossibilitado de salvar a si mesmo; a redenção não nasce do esforço humano, mas da iniciativa divina.
2. A necessidade de Redenção: o dilema humano e a solução divina
A palavra bíblica para “redenção” aparece com força no NT:
ἀπολύτρωσις (apolýtrōsis) — “redenção, resgate mediante pagamento”
- Aparece em Rm 3.24; Ef 1.7; Cl 1.14.
- Envolve a imagem de alguém preso, escravizado, libertado mediante um preço.
- O preço não é dinheiro, mas sangue (1Pe 1.18–19).
No AT, encontramos os termos hebraicos:
גָּאַל (ga’al) — “redimir como parente-resgatador”
- Envolve obrigação familiar de resgatar alguém em perigo, dívida ou escravidão.
- Deus se apresenta como Go’el (Redentor), especialmente em Isaías.
פָּדָה (padah) — “resgatar mediante pagamento”
- Aplicado ao resgate do primogênito, libertação do Egito, salvação do cativeiro.
Síntese bíblica:
- A humanidade estava sob escravidão espiritual.
- Deus assumiu o papel de Resgatador.
- Cristo pagou o preço que nenhum homem poderia pagar (Sl 49.8).
3. O sacrifício de Cristo como fundamento da justificação
O ponto-chave afirma corretamente:
“A justificação só foi possível por causa do sacrifício de Jesus.”
A palavra δικαίωσις (dikaiōsis) — “justificação” — é termo judicial que significa:
- declarar justo;
- absolver da culpa;
- conceder status legal de inocência.
A base dessa justificação não é mérito humano, mas o sacrifício de Cristo.
João 15.13 — “Ninguém tem maior amor do que este: dar alguém a sua vida pelos seus amigos.”
Aqui temos o verbo τίθημι (tithēmi) — “colocar, entregar, depositar”.
Jesus entrega voluntariamente sua vida como pagamento substitutivo.
Paulo reforça em Rm 3.24–26:
- somos justificados gratuitamente (dorean = sem custo para nós);
- pela graça (charis);
- mediante a redenção (apolytrosis) em Cristo;
- Deus é justo e justificador.
Ou seja:
- Deus mantém Sua justiça ao punir o pecado.
- Deus manifesta Sua graça ao justificar o pecador.
- A cruz é o ponto onde justiça e misericórdia se encontram.
4. A profundidade da Redenção: três dimensões
a) Redenção passada — libertação da culpa do pecado
“Somos justificados” (Rm 5.1).
O preço já foi pago; não há condenação (Rm 8.1).
b) Redenção presente — libertação do poder do pecado
Somos chamados a viver em novidade de vida (Rm 6.4).
A graça não apenas perdoa; transforma.
c) Redenção futura — libertação da presença do pecado
Romanos 8.23 descreve a redenção do corpo – a glorificação.
Cristo voltará para consumar a obra iniciada.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Viva como alguém realmente perdoado.
Pecado confessado e perdoado não deve ser remexido pelo cristão. Não carregue culpa que Cristo já levou. - Rejeite qualquer forma de meritocracia espiritual.
Não foi sua bondade; foi a graça. Isso gera humildade, gratidão e serviço. - Deixe que a redenção transforme sua prática diária.
A salvação que não produz mudança de vida não foi compreendida. - Olhe para o futuro com esperança.
A redenção só será plena quando Cristo voltar. Essa esperança sustenta em tempos de dor.
TABELA EXPOSITIVA RESUMIDA
Tema | Palavras-chave (hebr./grego) | Significado | Implicações teológicas | Aplicação prática |
Condição humana | ἁμαρτάνω (pecar) / “destituídos” | Errar o alvo e perder a glória divina | Toda humanidade está separada de Deus | Reconhecer a necessidade de salvação |
Redenção | גָּאַל (go’el), פדה (padah), ἀπολύτρωσις | Resgate mediante pagamento | Deus age como Redentor; Cristo paga o preço | Gratidão permanente; confiança na obra da cruz |
Justificação | δικαίωσις (dikaiōsis) | Declaração judicial de inocência | Justos pelo sangue de Cristo, não por obras | Viver livre da culpa e no poder do Espírito |
Sacrifício de Cristo | “Dar a vida” — τίθημι | Entregar voluntariamente | Amor sacrificial de Cristo; base da redenção | Amar sacrificialmente os outros |
Graça | χάρις (charis) / δωρεάν (gratuitamente) | Dom imerecido | Salvação exclusivamente pela graça | Humildade, louvor e obediência |
Redenção futura | “redenção do corpo” | Glorificação final | Salvação tem passado, presente e futuro | Perseverança e esperança escatológica |
CONCLUSÃO
A Redenção é o centro da mensagem bíblica.
A cruz é a ponte entre a condenação do pecado e a vida eterna.
A justificação é gratuita para nós, mas custou o sangue de Cristo.
Somos chamados não apenas a crer, mas a viver de maneira digna Daquele que pagou o preço por nós.
1- O QUE É REDENÇÃO?
A Redenção, segundo o Dicionário da Bíblia Almeida (2023, p.135), pode ser assim explicada: “Deus, por pagamento de um preço, isto é, pela morte de Cristo na cruz, compra para uma vida de nova liberdade a pessoa que era escrava do pecado e da lei. A Redenção nos libertou da culpa do pecado (Rm 3.23). Ela é como uma carta de liberdade de Deus à humanidade escrava do pecado, a fim de que ficasse livre da condenação eterna.
1.1. A necessidade de Redenção. A Queda levou a humanidade a um patamar de condenação eterna, pois sua condição natural era a culpa (Rm 3.23,24). Como um abismo entre o homem e Deus, não havia nada que pudesse nos religar a Ele. Na qualidade de escravos do pecado, não havia nada que pudéssemos fazer para que a condição de condenação fosse revertida. Precisávamos de um Santo Remidor.
1.2. Resgatados pelo Sangue. Quando o homem pecou, transgredindo a Lei de Deus (1Jo 3.4), a humanidade herdou a natureza pecaminosa (Rm 5.12). Para a Redenção, era necessário um Remidor que pagasse por nós. E foi isso que Jesus fez quando entregou Sua vida na cruz por todos nós (1Tm 2.6). Ele pagou o nosso resgate com Seu Sangue (Ef 1.7), riscou a cédula da dívida e a cravou na cruz (Cl 2.14).
Refletindo
“A humanidade teve sua Redenção como forma de resgate pago por Cristo para livramento do homem das mãos de Satanás.” Pr. Israel Mala
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O QUE É REDENÇÃO?
1. O significado bíblico de Redenção
A palavra “redenção” no Novo Testamento está ligada principalmente ao termo grego ἀπολύτρωσις (apolytrōsis) — libertação mediante pagamento de preço, especialmente usada no contexto da libertação de escravos.
Outras palavras associadas são:
- λύτρον (lytron) – preço de resgate (Mc 10.45; Mt 20.28).
- λυτρόω (lytroō) – resgatar, libertar pagando preço (1Pe 1.18).
- ἀγοράζω (agorazō) – comprar no mercado, usada espiritualmente para Cristo nos “comprar” (1Co 6.20; Ap 5.9).
O conceito veterotestamentário surge do hebraico:
- גָּאַל (ga’al) – resgatar, remir, o termo do goel (o parente remidor).
- פָּדָה (padáh) – livrar, soltar mediante pagamento ou intervenção divina.
➡ A Redenção bíblica sempre envolve preço, substituição e libertação.
1.1. A necessidade de Redenção
A necessidade humana de redenção surge da condição universal do pecado:
“Todos pecaram” — πάντες ἥμαρτον (pantes hēmarton).
Rm 3.23
Esse verbo ἁμαρτάνω (hamartanō) sugere errar o alvo, desviar-se do propósito divino, viver fora do padrão de Deus. A queda (Gn 3) introduziu:
- culpa
- corrupção moral
- separação espiritual
- condenação eterna
A humanidade “foi destituída da glória de Deus” — ὑστεροῦνται (hysterountai) — um verbo no presente indicando condição contínua de falta, carência, impossibilidade.
📌 Nada havia em nós capaz de nos religar a Deus.
A escravidão espiritual é descrita por Paulo:
- “escravos do pecado” (Rm 6.17)
- “vendido ao pecado” (Rm 7.14)
Assim como Israel não podia redimir-se sozinho do Egito, também o homem não pode libertar-se do poder do pecado. Precisávamos de um Remidor Santo — um Goel perfeito.
1.2. Resgatados pelo Sangue
O NT apresenta a obra redentora explicitamente ligada ao Sangue de Cristo.
“Em quem temos a redenção pelo seu sangue — ἀπολύτρωσιν διὰ τοῦ αἵματος αὐτοῦ” (Ef 1.7)
O Sangue não é símbolo apenas — é o preço real da libertação.
Os termos indicam:
a) “Ele se deu a si mesmo em resgate” — ἀντίλυτρον (antilýtron)
(1Tm 2.6)
Um preço substitutivo, alguém morrendo por outro.
b) “Riscou a cédula da dívida” — χειρόγραφον (cheirographon)
(Cl 2.14)
Era um termo jurídico: um documento de dívida que podia ser cancelado apenas pelo credor.
Cristo não apenas pagou; Ele destruiu o documento que nos condenava.
c) A natureza vicária do sacrifício
Ele não morreu apenas como exemplo, mas em nosso lugar.
Teologia da Redenção
- Redenção é libertação da escravidão do pecado (Jo 8.34–36).
- Redenção é reconciliação com Deus (Rm 5.10).
- Redenção é remissão da culpa e absolvição judicial (Rm 3.24–26).
- Redenção é adoção como filhos (Gl 4.4–7).
- Redenção inclui libertação futura — a redenção do corpo (Rm 8.23).
Assim, a obra redentora é:
- passada: fomos redimidos (Ef 1.7)
- presente: estamos sendo transformados (2Co 3.18)
- futura: aguardamos a redenção final (Rm 8.23)
Aplicação Pessoal
- A Redenção revela o valor que Deus nos dá.
Se Cristo pagou com o próprio sangue, não somos obra descartável. - A Redenção remove a culpa e o peso do passado.
O cristão não vive mais sob condenação (Rm 8.1). - A Redenção exige resposta:
- abandonar a velha vida
- andar como quem foi comprado (1Co 6.20)
- servir Àquele que nos libertou
- A Redenção não é conquistada: é recebida pela graça.
Nada temos para oferecer; tudo depende do que Cristo fez.
TABELA EXPOSITIVA — O QUE É REDENÇÃO (Rm 3.23–24)
Tópico
Termo Original
Significado
Texto Base
Aplicação
Natureza da Redenção
ἀπολύτρωσις (apolytrōsis)
Libertação mediante pagamento
Rm 3.24
Sou livre porque Cristo pagou meu preço.
Estado Humano
ἁμαρτία (hamartía)
Pecado; errar o alvo
Rm 3.23
Reconheço que não posso salvar a mim mesmo.
Condição do Pecador
ὑστεροῦνται (hysterountai)
Carecer, não alcançar
Rm 3.23
Minha insuficiência revela necessidade de Cristo.
Preço da Redenção
αἷμα (haima)
Sangue sacrificial
Ef 1.7
O sangue de Cristo me purifica e me justifica.
Ação Redentora
ἀντίλυτρον (antilytron)
Preço substitutivo
1Tm 2.6
Cristo tomou meu lugar.
Remoção da Culpa
χειρόγραφον (cheirographon)
Cédula de dívida cancelada
Cl 2.14
Vivo sem condenação.
Resultado
Δικαίωσις (dikaiōsis)
Justificação, declaração de inocência
Rm 3.24
Sou declarado justo perante Deus.
Aspecto Futuro
ἀπολύτρωσις τοῦ σώματος
Redenção do corpo
Rm 8.23
Aguardo a plenitude da salvação.
O QUE É REDENÇÃO?
1. O significado bíblico de Redenção
A palavra “redenção” no Novo Testamento está ligada principalmente ao termo grego ἀπολύτρωσις (apolytrōsis) — libertação mediante pagamento de preço, especialmente usada no contexto da libertação de escravos.
Outras palavras associadas são:
- λύτρον (lytron) – preço de resgate (Mc 10.45; Mt 20.28).
- λυτρόω (lytroō) – resgatar, libertar pagando preço (1Pe 1.18).
- ἀγοράζω (agorazō) – comprar no mercado, usada espiritualmente para Cristo nos “comprar” (1Co 6.20; Ap 5.9).
O conceito veterotestamentário surge do hebraico:
- גָּאַל (ga’al) – resgatar, remir, o termo do goel (o parente remidor).
- פָּדָה (padáh) – livrar, soltar mediante pagamento ou intervenção divina.
➡ A Redenção bíblica sempre envolve preço, substituição e libertação.
1.1. A necessidade de Redenção
A necessidade humana de redenção surge da condição universal do pecado:
“Todos pecaram” — πάντες ἥμαρτον (pantes hēmarton).
Rm 3.23
Esse verbo ἁμαρτάνω (hamartanō) sugere errar o alvo, desviar-se do propósito divino, viver fora do padrão de Deus. A queda (Gn 3) introduziu:
- culpa
- corrupção moral
- separação espiritual
- condenação eterna
A humanidade “foi destituída da glória de Deus” — ὑστεροῦνται (hysterountai) — um verbo no presente indicando condição contínua de falta, carência, impossibilidade.
📌 Nada havia em nós capaz de nos religar a Deus.
A escravidão espiritual é descrita por Paulo:
- “escravos do pecado” (Rm 6.17)
- “vendido ao pecado” (Rm 7.14)
Assim como Israel não podia redimir-se sozinho do Egito, também o homem não pode libertar-se do poder do pecado. Precisávamos de um Remidor Santo — um Goel perfeito.
1.2. Resgatados pelo Sangue
O NT apresenta a obra redentora explicitamente ligada ao Sangue de Cristo.
“Em quem temos a redenção pelo seu sangue — ἀπολύτρωσιν διὰ τοῦ αἵματος αὐτοῦ” (Ef 1.7)
O Sangue não é símbolo apenas — é o preço real da libertação.
Os termos indicam:
a) “Ele se deu a si mesmo em resgate” — ἀντίλυτρον (antilýtron)
(1Tm 2.6)
Um preço substitutivo, alguém morrendo por outro.
b) “Riscou a cédula da dívida” — χειρόγραφον (cheirographon)
(Cl 2.14)
Era um termo jurídico: um documento de dívida que podia ser cancelado apenas pelo credor.
Cristo não apenas pagou; Ele destruiu o documento que nos condenava.
c) A natureza vicária do sacrifício
Ele não morreu apenas como exemplo, mas em nosso lugar.
Teologia da Redenção
- Redenção é libertação da escravidão do pecado (Jo 8.34–36).
- Redenção é reconciliação com Deus (Rm 5.10).
- Redenção é remissão da culpa e absolvição judicial (Rm 3.24–26).
- Redenção é adoção como filhos (Gl 4.4–7).
- Redenção inclui libertação futura — a redenção do corpo (Rm 8.23).
Assim, a obra redentora é:
- passada: fomos redimidos (Ef 1.7)
- presente: estamos sendo transformados (2Co 3.18)
- futura: aguardamos a redenção final (Rm 8.23)
Aplicação Pessoal
- A Redenção revela o valor que Deus nos dá.
Se Cristo pagou com o próprio sangue, não somos obra descartável. - A Redenção remove a culpa e o peso do passado.
O cristão não vive mais sob condenação (Rm 8.1). - A Redenção exige resposta:
- abandonar a velha vida
- andar como quem foi comprado (1Co 6.20)
- servir Àquele que nos libertou
- A Redenção não é conquistada: é recebida pela graça.
Nada temos para oferecer; tudo depende do que Cristo fez.
TABELA EXPOSITIVA — O QUE É REDENÇÃO (Rm 3.23–24)
Tópico | Termo Original | Significado | Texto Base | Aplicação |
Natureza da Redenção | ἀπολύτρωσις (apolytrōsis) | Libertação mediante pagamento | Rm 3.24 | Sou livre porque Cristo pagou meu preço. |
Estado Humano | ἁμαρτία (hamartía) | Pecado; errar o alvo | Rm 3.23 | Reconheço que não posso salvar a mim mesmo. |
Condição do Pecador | ὑστεροῦνται (hysterountai) | Carecer, não alcançar | Rm 3.23 | Minha insuficiência revela necessidade de Cristo. |
Preço da Redenção | αἷμα (haima) | Sangue sacrificial | Ef 1.7 | O sangue de Cristo me purifica e me justifica. |
Ação Redentora | ἀντίλυτρον (antilytron) | Preço substitutivo | 1Tm 2.6 | Cristo tomou meu lugar. |
Remoção da Culpa | χειρόγραφον (cheirographon) | Cédula de dívida cancelada | Cl 2.14 | Vivo sem condenação. |
Resultado | Δικαίωσις (dikaiōsis) | Justificação, declaração de inocência | Rm 3.24 | Sou declarado justo perante Deus. |
Aspecto Futuro | ἀπολύτρωσις τοῦ σώματος | Redenção do corpo | Rm 8.23 | Aguardo a plenitude da salvação. |
2- A OBRA REDENTORA
Na Carta aos Romanos, o Apóstolo Paulo nos ensina sobre o grande Amor de Deus e a Obra Redentora de Cristo: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores, Rm 5.8. Isso significa que, pela Graça de Deus, somos redimidos pelo sacrifício de Jesus na cruz, uma vez que Ele cumpriu a vontade do Pai: “Porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou”, Jo 5.30.
2.1. O Plano de Redenção. O Plano de Redenção é como Deus se reconcilia com a humanidade após a Queda. Desde quando promete que a “semente da mulher” esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15) até a vinda de Jesus Cristo (Jo 3.16), o Plano de Redenção se desdobra nas Escrituras, revelando o Amor, a Justiça e a Misericórdia de Deus em perfeita harmonia: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm 5.8.
2.2. Cristo, o nosso Redentor. Jesus derramou Seu próprio sangue, a fim de nos libertar de nossos pecados e nos dar a Salvação Eterna (Hb 9.12). O Filho de Deus se submeteu ao Plano de Redenção projetado pelo Pai (Fp 2.5-8), sendo obediente e fiel em tudo. E foi essa obediência que nos garantiu a oportunidade de nos reconciliar com Deus, recebendo a abundância da Graça e o Dom da justiça para reinar com Cristo (Rm 5.17).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2 – A OBRA REDENTORA
A Obra Redentora é o ápice da revelação divina: o Deus santo que não tolera o pecado e o Deus amoroso que busca o pecador se encontram na cruz. É ali que o Amor, a Justiça e a Santidade de Deus operam em perfeita harmonia.
“Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” — Rm 5.8
Esse texto revela a essência da salvação: iniciativa divina, sacrifício substitutivo e graça imerecida.
2.1. O PLANO DE REDENÇÃO
O Plano de Redenção é a história unificada da Bíblia. Não é reação tardia de Deus ao pecado; é propósito eterno (Ef 1.4). O Senhor inicia e conduz esse plano progressivamente.
Análise Bíblico-Teológica
1. Primeira menção — Protoevangelho (Gn 3.15)
“Semente da mulher” esmagará a cabeça da serpente.
- זֶרַע (zera‘) — “descendência, semente”, indicando um descendente humano, mas também singular.
- O texto já aponta para um vencedor que viria da linhagem humana, mas com poder divino.
2. A revelação progressiva na história
- Sacrifício em Éden (Gn 3.21) — morte substitutiva.
- Sistema sacrificial levítico — כִּפֶּר (kipper): expiar, fazer propiciação.
Mostrava a necessidade de sangue inocente para cobrir pecado. - As promessas patriarcais — um descendente que abençoaria as nações (Gn 12.3).
- Profecias messiânicas — servo sofredor (עֶבֶד יְהוָה — ‘eved YHWH) em Is 53.
3. Culminação em Cristo (Jo 3.16)
No NT, o plano chega ao seu clímax:
“Porque Deus amou… que deu o seu Filho unigênito.”
- μονογενής (monogenēs) — único, exclusivo, singular.
Aponta não para criação, mas para unicidade e eternidade do Filho.
4. Amor e Justiça unidos (Rm 5.8)
- “Prova” — συνίστησιν (synistēsin): demonstra, apresenta como evidência.
Cristo não é apenas prova do amor de Deus, é o argumento definitivo.
2.2. CRISTO, O NOSSO REDENTOR
A redenção não é apenas um ato amoroso; é também jurídico e sacerdotal. Cristo atua como Substituto, Cordeiro, Sumo Sacerdote e Redentor.
Análise Lexical e Teológica
1. Redentor e Redenção
“Obteve eterna redenção” — Hb 9.12
- λύτρωσις (lytrōsis) — libertação mediante pagamento.
- αἷμα (haima) — sangue; representa vida entregue, não mero símbolo.
Cristo não levou sangue de animais, mas Seu próprio sangue, revelando Sua obra única.
2. Obediência de Cristo (Fp 2.5-8)
“Obediente até a morte.”
- μορφὴ θεοῦ (morphē theou) — forma de Deus: essência plena, natureza divina.
- κενόω (kenoō) — esvaziar; não significa deixar de ser Deus, mas abrir mão de prerrogativas.
- ὑπήκοος (hypēkoos) — obediente; aquele que se submete voluntariamente.
A obediência de Cristo é vicária: Ele obedece em nosso lugar assim como morreu em nosso lugar.
3. Reinar com Cristo (Rm 5.17)
- “Dom da justiça” — δωρεᾶς τῆς δικαιοσύνης (dōreas tēs dikaiosynēs).
Uma dádiva, não conquista. - “Reinar” — βασιλεύσουσιν (basileusousin) — reinar como participantes do Reino.
A redenção não apenas tira o homem do pecado, mas entroniza-o em Cristo.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Somos amados antes de sermos transformados.
Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores — isso cura culpas e rejeições profundas. - A salvação é um plano, não um improviso.
Isso dá segurança: Deus não abandona projetos que Ele mesmo iniciou. - Cristo é Redentor porque obedeceu.
A obediência de Jesus nos desafia a obedecer também, não por medo, mas por gratidão. - Reinamos em vida
A redenção não é apenas promessa futura, mas realidade presente.
Podemos viver livres da escravidão: dos vícios, da culpa e do domínio do pecado. - A obra é completa: passado, presente e futuro
- Passado: perdão
- Presente: libertação
- Futuro: glória
TABELA EXPOSITIVA — A OBRA REDENTORA
Tema
Termo Original
Significado
Referência
Ensinamento
Amor de Deus
συνίστησιν (synistēsin)
Demonstrar, comprovar
Rm 5.8
A cruz é a prova eterna do amor divino.
Plano de Redenção
זֶרַע (zera‘)
Semente, descendente
Gn 3.15
Deus planejou a salvação desde o Éden.
Cristo enviado
μονογενής (monogenēs)
Único, exclusivo
Jo 3.16
O Filho é singular e suficiente para salvar.
Redenção efetuada
λύτρωσις / αἷμα
Libertação pelo sangue
Hb 9.12
Cristo pagou o preço definitivo.
Obediência de Jesus
ὑπήκοος (hypēkoos)
Obediente, submisso
Fp 2.8
Sua obediência abriu-nos o caminho da vida.
Submissão voluntária
κενόω (kenoō)
Esvaziar-se, renunciar
Fp 2.7
Cristo serviu por amor.
Dom da justiça
δωρεά (dōrea)
Dádiva gratuita
Rm 5.17
A justiça é recebida, não conquistada.
Reinar com Cristo
βασιλεύσουσιν (basileusousin)
Reinar, governar
Rm 5.17
A redenção nos coloca em posição de vitória.
2 – A OBRA REDENTORA
A Obra Redentora é o ápice da revelação divina: o Deus santo que não tolera o pecado e o Deus amoroso que busca o pecador se encontram na cruz. É ali que o Amor, a Justiça e a Santidade de Deus operam em perfeita harmonia.
“Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” — Rm 5.8
Esse texto revela a essência da salvação: iniciativa divina, sacrifício substitutivo e graça imerecida.
2.1. O PLANO DE REDENÇÃO
O Plano de Redenção é a história unificada da Bíblia. Não é reação tardia de Deus ao pecado; é propósito eterno (Ef 1.4). O Senhor inicia e conduz esse plano progressivamente.
Análise Bíblico-Teológica
1. Primeira menção — Protoevangelho (Gn 3.15)
“Semente da mulher” esmagará a cabeça da serpente.
- זֶרַע (zera‘) — “descendência, semente”, indicando um descendente humano, mas também singular.
- O texto já aponta para um vencedor que viria da linhagem humana, mas com poder divino.
2. A revelação progressiva na história
- Sacrifício em Éden (Gn 3.21) — morte substitutiva.
- Sistema sacrificial levítico — כִּפֶּר (kipper): expiar, fazer propiciação.
Mostrava a necessidade de sangue inocente para cobrir pecado. - As promessas patriarcais — um descendente que abençoaria as nações (Gn 12.3).
- Profecias messiânicas — servo sofredor (עֶבֶד יְהוָה — ‘eved YHWH) em Is 53.
3. Culminação em Cristo (Jo 3.16)
No NT, o plano chega ao seu clímax:
“Porque Deus amou… que deu o seu Filho unigênito.”
- μονογενής (monogenēs) — único, exclusivo, singular.
Aponta não para criação, mas para unicidade e eternidade do Filho.
4. Amor e Justiça unidos (Rm 5.8)
- “Prova” — συνίστησιν (synistēsin): demonstra, apresenta como evidência.
Cristo não é apenas prova do amor de Deus, é o argumento definitivo.
2.2. CRISTO, O NOSSO REDENTOR
A redenção não é apenas um ato amoroso; é também jurídico e sacerdotal. Cristo atua como Substituto, Cordeiro, Sumo Sacerdote e Redentor.
Análise Lexical e Teológica
1. Redentor e Redenção
“Obteve eterna redenção” — Hb 9.12
- λύτρωσις (lytrōsis) — libertação mediante pagamento.
- αἷμα (haima) — sangue; representa vida entregue, não mero símbolo.
Cristo não levou sangue de animais, mas Seu próprio sangue, revelando Sua obra única.
2. Obediência de Cristo (Fp 2.5-8)
“Obediente até a morte.”
- μορφὴ θεοῦ (morphē theou) — forma de Deus: essência plena, natureza divina.
- κενόω (kenoō) — esvaziar; não significa deixar de ser Deus, mas abrir mão de prerrogativas.
- ὑπήκοος (hypēkoos) — obediente; aquele que se submete voluntariamente.
A obediência de Cristo é vicária: Ele obedece em nosso lugar assim como morreu em nosso lugar.
3. Reinar com Cristo (Rm 5.17)
- “Dom da justiça” — δωρεᾶς τῆς δικαιοσύνης (dōreas tēs dikaiosynēs).
Uma dádiva, não conquista. - “Reinar” — βασιλεύσουσιν (basileusousin) — reinar como participantes do Reino.
A redenção não apenas tira o homem do pecado, mas entroniza-o em Cristo.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Somos amados antes de sermos transformados.
Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores — isso cura culpas e rejeições profundas. - A salvação é um plano, não um improviso.
Isso dá segurança: Deus não abandona projetos que Ele mesmo iniciou. - Cristo é Redentor porque obedeceu.
A obediência de Jesus nos desafia a obedecer também, não por medo, mas por gratidão. - Reinamos em vida
A redenção não é apenas promessa futura, mas realidade presente.
Podemos viver livres da escravidão: dos vícios, da culpa e do domínio do pecado. - A obra é completa: passado, presente e futuro
- Passado: perdão
- Presente: libertação
- Futuro: glória
TABELA EXPOSITIVA — A OBRA REDENTORA
Tema | Termo Original | Significado | Referência | Ensinamento |
Amor de Deus | συνίστησιν (synistēsin) | Demonstrar, comprovar | Rm 5.8 | A cruz é a prova eterna do amor divino. |
Plano de Redenção | זֶרַע (zera‘) | Semente, descendente | Gn 3.15 | Deus planejou a salvação desde o Éden. |
Cristo enviado | μονογενής (monogenēs) | Único, exclusivo | Jo 3.16 | O Filho é singular e suficiente para salvar. |
Redenção efetuada | λύτρωσις / αἷμα | Libertação pelo sangue | Hb 9.12 | Cristo pagou o preço definitivo. |
Obediência de Jesus | ὑπήκοος (hypēkoos) | Obediente, submisso | Fp 2.8 | Sua obediência abriu-nos o caminho da vida. |
Submissão voluntária | κενόω (kenoō) | Esvaziar-se, renunciar | Fp 2.7 | Cristo serviu por amor. |
Dom da justiça | δωρεά (dōrea) | Dádiva gratuita | Rm 5.17 | A justiça é recebida, não conquistada. |
Reinar com Cristo | βασιλεύσουσιν (basileusousin) | Reinar, governar | Rm 5.17 | A redenção nos coloca em posição de vitória. |
3- RECONCILIADOS COM DEUS
A Redenção pelo sacrificio de Cristo na cruz nos liberta da escravidão do pecado e da morte. A Obra Redentora nos reconcilia com Deus e nos garante a Vida Eterna e a condição de filhos por adoção. Essa verdade nos chama a viver em gratidão, confiando plenamente na Obra de Cristo e buscando uma vida que reflita essa nova relação com o Criador.
3.1. Redimidos da sujeição à Lei. Redenção significa a provisão de Deus em Cristo para nos salvar da escravidão do pecado e da morte. A Redenção nos faz livres da Lei, porque já morremos para aquilo que nos mantinha prisioneiros. Agora, somos livres para servir e obedecer ao Pai e ao Seu Santo Espírito (Rm 7.6). Saímos de uma posição de servidão e passamos a ser livres do jugo da Lei, uma vez que não existe nenhuma condenação para quem está unido a Cristo Jesus (Rm 8.1).
3.2. O alto preço da Redenção. O preço da Redenção não foi pago com coisas corruptíveis, como a prata ou o ouro, mas com o precioso Sangue de Cristo (1Pe 1.18,19). Seu Sangue redentor nos salvou, nos arrebatou das garras do diabo e nos livrou da condenação eterna, porque todos éramos culpados diante de Deus devido ao pecado (Rm 3.23). Mas o Filho de Deus se entregou pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação (Rm 4.25), proporcionando a remissão de nossas ofensas segundo as riquezas da Sua Graça (Ef 1.7).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3 – RECONCILIADOS COM DEUS
A Redenção não apenas nos liberta da culpa e do poder do pecado, mas nos reconcilia com Deus, restaurando aquilo que foi rompido na Queda. Mais do que perdoados, somos aceitos, adotados e integrados à família divina (Ef 1.5). A reconciliação é a resposta de Deus ao conflito produzido pelo pecado; ela transforma rebeldes em filhos e inimigos em amigos.
3.1 — REDIMIDOS DA SUJEIÇÃO À LEI
Paulo afirma que a Redenção nos liberta do domínio da Lei, não por ela ser má, mas porque o pecado usava a Lei para nos condenar (Rm 7.12-14). O problema nunca foi a Lei, mas nossa incapacidade de cumpri-la perfeitamente.
Análise Lexical e Doutrinária
1. “Libertados da Lei” — Rm 7.6
“Agora, porém, libertados da lei… servimos em novidade de espírito.”
- κατηργήθημεν (katērgēthēmen) — “fomos libertados, tornados inoperantes para a Lei”.
Literalmente: “ficar sem efeito”, “ser desligado”.
A ideia é jurídica: estamos legalmente mortos para aquilo que nos condenava. - παλαιότητι γράμματος (palaiotēti grammatos) — “velhice da letra”:
a antiga condição de servidão, condenação e incapacidade. - καινότητι πνεύματος (kainotēti pneumatos) — “novidade do Espírito”:
nova forma de viver, capacitada pelo Espírito Santo.
☑ Em Cristo, não servimos para evitar condenação, mas porque fomos libertos dela.
2. “Nenhuma condenação” — Rm 8.1
- κατάκριμα (katakrima) — sentença penal, condenação irrevogável.
Paulo declara que NÃO existe mais processo judicial contra o crente.
A Redenção nos coloca em uma nova jurisdição: não mais sob a Lei do pecado e da morte, mas sob a Lei do Espírito da vida (Rm 8.2).
3. Morte para a Lei
A metáfora paulina do casamento (Rm 7.1-3) ensina que a morte rompe obrigações.
Pela morte de Cristo (e nossa morte nEle), estamos legalmente livres da Lei como sistema de condenação.
3.2 — O ALTO PREÇO DA REDENÇÃO
A libertação do pecado não foi barata, nem simbólica. Ela foi paga com o mais valioso “bem” que existe: o Sangue de Cristo.
Análise Lexical
1. “Resgatados… pelo precioso Sangue” — 1Pe 1.18–19
- ἐλυτρώθητε (elytrōthēte) — “fostes resgatados”.
Vinculado ao pagamento do preço para libertar um escravo. - τιμίῳ αἵματι (timiō haimati) — “sangue precioso”.
τιμίος = valioso, honrado, de valor incalculável.
2. O preço não foi ouro ou prata
O AT já ensinava que:
- prata e ouro não resgatam vida humana (Sl 49.8–9),
- o pecado exige vida por vida (Lv 17.11).
Cristo pagou vida por vida — a Sua por nós.
3. “Entregou-se por nossos pecados” — Rm 4.25
- παρεδόθη (paredothē) — foi entregue, entregue voluntariamente.
A entrega de Cristo é ativa, amorosa e obediente. - “Justificação” — δικαίωσιν (dikaiōsin): declaração judicial de justiça.
A ressurreição é a confirmação de que o pagamento foi aceito.
4. “Redenção segundo as riquezas da graça” — Ef 1.7
- ἀπολύτρωσις (apolytrōsis) — libertação completa mediante preço pago.
- “Riquezas” — πλοῦτος (ploutos): abundância ilimitada.
A graça de Deus não é mínima, mas abundante, transbordante, superabundante.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Relacionamento restaurado
A reconciliação nos chama a viver como filhos, não como escravos do medo. - Liberdade real
A libertação da Lei significa que não vivemos mais pela culpa, mas pelo Espírito.
Vida cristã não é peso, é transformação. - Valor pessoal
O preço pago por Cristo revela nosso valor: nenhuma alma é barata para Deus. - Gratidão como estilo de vida
A Redenção produz gratidão permanente, expressão natural de quem foi amado até o fim. - Responsabilidade
Libertos da Lei, não vivemos na libertinagem, mas no amor — a verdadeira liberdade.
TABELA EXPOSITIVA — RECONCILIADOS COM DEUS
Tema
Termo Original
Significado
Referência
Ensinamento
Libertação da Lei
κατηργήθημεν (katērgēthēmen)
Tornar sem efeito, libertar juridicamente
Rm 7.6
Estamos mortos para a Lei como sistema de condenação.
Vida no Espírito
καινότητι πνεύματος
Nova vida no Espírito
Rm 7.6
A vida cristã é capacitada pelo Espírito, não pela força humana.
Nenhuma condenação
κατάκριμα (katakrima)
Sentença penal
Rm 8.1
Em Cristo não há processo judicial pendente contra nós.
Resgate
ἐλυτρώθητε (elytrōthēte)
Ser comprado para liberdade
1Pe 1.18
A Redenção é libertação de escravidão espiritual.
Precioso Sangue
τιμίῳ αἵματι (timiō haimati)
Sangue valioso, de preço inestimável
1Pe 1.19
O preço da nossa liberdade foi a vida do Filho de Deus.
Entregue por nós
παρεδόθη (paredothē)
Entregar voluntariamente
Rm 4.25
Cristo se entregou por amor e obediência.
Redenção plena
ἀπολύτρωσις (apolytrōsis)
Libertação completa
Ef 1.7
A Redenção é abundante, eficaz e eterna.
Justificação
δικαίωσιν (dikaiōsin)
Declarar justo
Rm 4.25
A ressurreição certifica que estamos justificados.
3 – RECONCILIADOS COM DEUS
A Redenção não apenas nos liberta da culpa e do poder do pecado, mas nos reconcilia com Deus, restaurando aquilo que foi rompido na Queda. Mais do que perdoados, somos aceitos, adotados e integrados à família divina (Ef 1.5). A reconciliação é a resposta de Deus ao conflito produzido pelo pecado; ela transforma rebeldes em filhos e inimigos em amigos.
3.1 — REDIMIDOS DA SUJEIÇÃO À LEI
Paulo afirma que a Redenção nos liberta do domínio da Lei, não por ela ser má, mas porque o pecado usava a Lei para nos condenar (Rm 7.12-14). O problema nunca foi a Lei, mas nossa incapacidade de cumpri-la perfeitamente.
Análise Lexical e Doutrinária
1. “Libertados da Lei” — Rm 7.6
“Agora, porém, libertados da lei… servimos em novidade de espírito.”
- κατηργήθημεν (katērgēthēmen) — “fomos libertados, tornados inoperantes para a Lei”.
Literalmente: “ficar sem efeito”, “ser desligado”.
A ideia é jurídica: estamos legalmente mortos para aquilo que nos condenava. - παλαιότητι γράμματος (palaiotēti grammatos) — “velhice da letra”:
a antiga condição de servidão, condenação e incapacidade. - καινότητι πνεύματος (kainotēti pneumatos) — “novidade do Espírito”:
nova forma de viver, capacitada pelo Espírito Santo.
☑ Em Cristo, não servimos para evitar condenação, mas porque fomos libertos dela.
2. “Nenhuma condenação” — Rm 8.1
- κατάκριμα (katakrima) — sentença penal, condenação irrevogável.
Paulo declara que NÃO existe mais processo judicial contra o crente.
A Redenção nos coloca em uma nova jurisdição: não mais sob a Lei do pecado e da morte, mas sob a Lei do Espírito da vida (Rm 8.2).
3. Morte para a Lei
A metáfora paulina do casamento (Rm 7.1-3) ensina que a morte rompe obrigações.
Pela morte de Cristo (e nossa morte nEle), estamos legalmente livres da Lei como sistema de condenação.
3.2 — O ALTO PREÇO DA REDENÇÃO
A libertação do pecado não foi barata, nem simbólica. Ela foi paga com o mais valioso “bem” que existe: o Sangue de Cristo.
Análise Lexical
1. “Resgatados… pelo precioso Sangue” — 1Pe 1.18–19
- ἐλυτρώθητε (elytrōthēte) — “fostes resgatados”.
Vinculado ao pagamento do preço para libertar um escravo. - τιμίῳ αἵματι (timiō haimati) — “sangue precioso”.
τιμίος = valioso, honrado, de valor incalculável.
2. O preço não foi ouro ou prata
O AT já ensinava que:
- prata e ouro não resgatam vida humana (Sl 49.8–9),
- o pecado exige vida por vida (Lv 17.11).
Cristo pagou vida por vida — a Sua por nós.
3. “Entregou-se por nossos pecados” — Rm 4.25
- παρεδόθη (paredothē) — foi entregue, entregue voluntariamente.
A entrega de Cristo é ativa, amorosa e obediente. - “Justificação” — δικαίωσιν (dikaiōsin): declaração judicial de justiça.
A ressurreição é a confirmação de que o pagamento foi aceito.
4. “Redenção segundo as riquezas da graça” — Ef 1.7
- ἀπολύτρωσις (apolytrōsis) — libertação completa mediante preço pago.
- “Riquezas” — πλοῦτος (ploutos): abundância ilimitada.
A graça de Deus não é mínima, mas abundante, transbordante, superabundante.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Relacionamento restaurado
A reconciliação nos chama a viver como filhos, não como escravos do medo. - Liberdade real
A libertação da Lei significa que não vivemos mais pela culpa, mas pelo Espírito.
Vida cristã não é peso, é transformação. - Valor pessoal
O preço pago por Cristo revela nosso valor: nenhuma alma é barata para Deus. - Gratidão como estilo de vida
A Redenção produz gratidão permanente, expressão natural de quem foi amado até o fim. - Responsabilidade
Libertos da Lei, não vivemos na libertinagem, mas no amor — a verdadeira liberdade.
TABELA EXPOSITIVA — RECONCILIADOS COM DEUS
Tema | Termo Original | Significado | Referência | Ensinamento |
Libertação da Lei | κατηργήθημεν (katērgēthēmen) | Tornar sem efeito, libertar juridicamente | Rm 7.6 | Estamos mortos para a Lei como sistema de condenação. |
Vida no Espírito | καινότητι πνεύματος | Nova vida no Espírito | Rm 7.6 | A vida cristã é capacitada pelo Espírito, não pela força humana. |
Nenhuma condenação | κατάκριμα (katakrima) | Sentença penal | Rm 8.1 | Em Cristo não há processo judicial pendente contra nós. |
Resgate | ἐλυτρώθητε (elytrōthēte) | Ser comprado para liberdade | 1Pe 1.18 | A Redenção é libertação de escravidão espiritual. |
Precioso Sangue | τιμίῳ αἵματι (timiō haimati) | Sangue valioso, de preço inestimável | 1Pe 1.19 | O preço da nossa liberdade foi a vida do Filho de Deus. |
Entregue por nós | παρεδόθη (paredothē) | Entregar voluntariamente | Rm 4.25 | Cristo se entregou por amor e obediência. |
Redenção plena | ἀπολύτρωσις (apolytrōsis) | Libertação completa | Ef 1.7 | A Redenção é abundante, eficaz e eterna. |
Justificação | δικαίωσιν (dikaiōsin) | Declarar justo | Rm 4.25 | A ressurreição certifica que estamos justificados. |
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
A Redenção em Cristo Jesus não foi apenas um ato para libertar o homem do pecado e das concupiscências da carne. Havia nela também o desejo divino de proporcionar ao homem uma nova condição, adquirindo, assim, o direito à Vida Eterna. Quando lemos o que talvez seja o mais conhecido de todos os versículos bíblicos, vemos a disposição do Pai em entregar Seu Filho como forma do mais puro amor para com a humanidade. Em João 3.16, temos o motivo principal pelo qual se deu a Redenção. Ficamos cientes então, que há um prêmio para aquele que for redimido, mas para tanto é necessário que este creia, pois só assim lhe será garantido receber o prêmio. A Pessoa de Cristo tem para o homem um significado todo especial, através dEle alcançamos o perdão para os pecados por nós cometidos quando estávamos fora da Sua presença. O fato de termos sido redimidos pelo Sangue de Jesus nos faz também filhos de Deus e coerdeiros de Cristo nas mansões celestiais (Rm 8.17). (Pr. Israel Mala Síntese de Teologia Sistemática. Ri: Editora Betel 2015, p.573
CONCLUSÃO
O caminho da Redenção é um só: Jesus Cristo (Rm 3.23,24). A Obra Redentora do Filho nos permitiu ser justificados e reconciliados com o Pai. A Redenção já havia sido estabelecida por Deus, tendo sido consumada por Jesus na cruz por amor à humanidade (1Pe 1.19,20).
Complementando
O Plano de Redenção foi a iniciativa amorosa de Deus para resgatar a humanidade do pecado e restaurar nossa comunhão com Ele. Iniciado após a Queda, quando o pecado separou o homem de Deus, esse plano culminou em Jesus Cristo, que ofereceu Salvação a todos por meio de Sua morte e ressurreição. É um ato da Graça de Deus baseado no sacrifício perfeito de Jesus, que reconciliou o homem com o Criador, além de prometer Vida Eterna aos que creem.
Eu ensinei que:
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Redenção é o centro do plano salvífico de Deus e a revelação suprema do Seu amor. Não se trata de um improviso após a Queda, mas de um propósito eterno que encontrou sua plena expressão na morte e ressurreição de Cristo (1Pe 1.19–20). O apóstolo Paulo, ao afirmar que “todos pecaram” (Rm 3.23), estabelece o problema universal; ao dizer que somos “justificados gratuitamente pela graça” (Rm 3.24), apresenta a solução divina. A ponte entre ambas afirmações é a Redenção — ἀπολύτρωσις (apolytrōsis) — libertação mediante pagamento de preço.
Ao enfatizar que o preço não foi pago com elementos corruptíveis, mas com o “precioso Sangue de Cristo” (1Pe 1.18–19), Pedro coloca o sacrifício de Jesus acima de qualquer forma terrena de valor. No AT, nenhum valor material poderia resgatar uma vida da condenação (Sl 49.7–8). Somente sangue inocente poderia expiar culpa — e nenhum sangue humano era suficiente. Por isso, Cristo, o Cordeiro perfeito, assume o papel de λυτρωτής (lytrōtēs) — o Redentor — oferecendo-Se como substituto e pagamento final.
O Plano Redentor revela, simultaneamente, a santidade e a misericórdia de Deus. Santidade, pois a dívida não foi perdoada sem pagamento; misericórdia, pois Deus mesmo providenciou o pagamento. Aqui se evidencia a harmonia dos atributos divinos: Deus não anula a justiça para demonstrar amor, nem sacrifica o amor para manter a justiça. Em Cristo, a justiça é satisfeita e o amor é manifestado (Rm 5.8–10).
ANÁLISE LEXICAL (GREGOS E HEBRAICOS)
1. Redenção — ἀπολύτρωσις (apolytrōsis)
- De apo = fora de, separado,
- e lytron = preço de resgate.
Significa: libertação completa mediante preço pago.
Enfatiza ação substitutiva e libertadora.
2. Redentor — גֹּאֵל (go’el) — Hebraico
O go’el era o “resgatador” do clã que recuperava propriedades, libertava parentes da escravidão e fazia justiça (Lv 25; Rt 3.12).
Cristo é o Go’el perfeito, resgatando-nos não de problemas econômicos, mas do pecado e da morte.
3. Preço — λύτρον (lytron)
Usado por Jesus em Mc 10.45:
“dar a sua vida em resgate por muitos”.
Indica pagamento vicário — substituição penal.
4. Sangue — αἷμα (haima)
No contexto sacrificial, não é apenas fluido biológico, mas vida entregue.
O “preciosíssimo sangue” (τιμίῳ αἵματι) — valor incalculável, único, sem possibilidade de substituição.
5. Justificação — δικαίωσις (dikaiōsis)
Ato jurídico declarando o pecador “justo”.
Não é processo, é sentença divina pela fé.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Valorização da salvação
Se o preço foi o Sangue do Filho de Deus, então a salvação não é trivial.
Todo crente deve viver com reverência e gratidão. - Identidade transformada
Não somos mais escravos, mas filhos adotados; não inimigos, mas reconciliados.
Isso molda nossa maneira de viver, trabalhar e se relacionar. - Segurança espiritual
A Redenção é uma obra consumada.
Você não precisa pagar pelo que Cristo já pagou — apenas viver como quem foi redimido. - Santidade consciente
Fomos comprados por alto preço (1Co 6.20).
Logo, nossa vida deve refletir o valor da obra de Cristo. - Compromisso com o Evangelho
Se Deus deu Seu Filho, nós também devemos nos dar inteiramente a Ele (Rm 12.1).
TABELA EXPOSITIVA — O PREÇO E A OBRA DA REDENÇÃO
Tema
Termo Original
Significado
Verso
Ensinamento Central
Redenção
ἀπολύτρωσις (apolytrōsis)
Libertação mediante preço
Rm 3.24
Fomos comprados e libertos pelo sacrifício de Cristo.
Redentor
גֹּאֵל (go’el)
Resgatador familiar
Rt 3; Lv 25
Jesus cumpre plenamente o papel do Resgatador.
Preço
λύτρον (lytron)
Preço do resgate
Mc 10.45
Cristo entregou Sua vida no lugar do pecador.
Sangue precioso
τιμίῳ αἵματι (timiō haimati)
Valor incalculável
1Pe 1.18–19
Nada material poderia nos salvar; apenas o sangue de Cristo.
Justiça satisfeita
δικαίωσις (dikaiōsis)
Declaração de justiça
Rm 4.25
A morte paga a dívida; a ressurreição confirma a aceitação do sacrifício.
Amor revelado
ἀγάπη (agapē)
Amor sacrificial
Rm 5.8
Deus entregou Cristo por nós enquanto ainda éramos inimigos.
Reconciliação
καταλλαγή (katallagē)
Tornar amigo novamente
Rm 5.10
Deus nos restaurou como filhos e herdeiros.
Eternidade restaurada
ζωή αἰώνιος (zōē aiōnios)
Vida eterna
Jo 3.16
A Redenção não termina com perdão, mas com vida eterna.
CONCLUSÃO AMPLIADA
A Redenção é o eixo da mensagem bíblica, o fio que une Gênesis a Apocalipse. Seu preço — o precioso Sangue de Cristo — revela que Deus não apenas nos amou, mas nos amou ao máximo. Somos redimidos, justificados, reconciliados e adotados. Nossa resposta deve ser fé, gratidão, santidade e missão. O Plano Redentor é a maior prova de que Deus nunca desistiu da humanidade; ao contrário, Ele se aproximou, entrou na história, tomou nossa culpa e nos devolveu a vida que havíamos perdido.
A Redenção é o centro do plano salvífico de Deus e a revelação suprema do Seu amor. Não se trata de um improviso após a Queda, mas de um propósito eterno que encontrou sua plena expressão na morte e ressurreição de Cristo (1Pe 1.19–20). O apóstolo Paulo, ao afirmar que “todos pecaram” (Rm 3.23), estabelece o problema universal; ao dizer que somos “justificados gratuitamente pela graça” (Rm 3.24), apresenta a solução divina. A ponte entre ambas afirmações é a Redenção — ἀπολύτρωσις (apolytrōsis) — libertação mediante pagamento de preço.
Ao enfatizar que o preço não foi pago com elementos corruptíveis, mas com o “precioso Sangue de Cristo” (1Pe 1.18–19), Pedro coloca o sacrifício de Jesus acima de qualquer forma terrena de valor. No AT, nenhum valor material poderia resgatar uma vida da condenação (Sl 49.7–8). Somente sangue inocente poderia expiar culpa — e nenhum sangue humano era suficiente. Por isso, Cristo, o Cordeiro perfeito, assume o papel de λυτρωτής (lytrōtēs) — o Redentor — oferecendo-Se como substituto e pagamento final.
O Plano Redentor revela, simultaneamente, a santidade e a misericórdia de Deus. Santidade, pois a dívida não foi perdoada sem pagamento; misericórdia, pois Deus mesmo providenciou o pagamento. Aqui se evidencia a harmonia dos atributos divinos: Deus não anula a justiça para demonstrar amor, nem sacrifica o amor para manter a justiça. Em Cristo, a justiça é satisfeita e o amor é manifestado (Rm 5.8–10).
ANÁLISE LEXICAL (GREGOS E HEBRAICOS)
1. Redenção — ἀπολύτρωσις (apolytrōsis)
- De apo = fora de, separado,
- e lytron = preço de resgate.
Significa: libertação completa mediante preço pago.
Enfatiza ação substitutiva e libertadora.
2. Redentor — גֹּאֵל (go’el) — Hebraico
O go’el era o “resgatador” do clã que recuperava propriedades, libertava parentes da escravidão e fazia justiça (Lv 25; Rt 3.12).
Cristo é o Go’el perfeito, resgatando-nos não de problemas econômicos, mas do pecado e da morte.
3. Preço — λύτρον (lytron)
Usado por Jesus em Mc 10.45:
“dar a sua vida em resgate por muitos”.
Indica pagamento vicário — substituição penal.
4. Sangue — αἷμα (haima)
No contexto sacrificial, não é apenas fluido biológico, mas vida entregue.
O “preciosíssimo sangue” (τιμίῳ αἵματι) — valor incalculável, único, sem possibilidade de substituição.
5. Justificação — δικαίωσις (dikaiōsis)
Ato jurídico declarando o pecador “justo”.
Não é processo, é sentença divina pela fé.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Valorização da salvação
Se o preço foi o Sangue do Filho de Deus, então a salvação não é trivial.
Todo crente deve viver com reverência e gratidão. - Identidade transformada
Não somos mais escravos, mas filhos adotados; não inimigos, mas reconciliados.
Isso molda nossa maneira de viver, trabalhar e se relacionar. - Segurança espiritual
A Redenção é uma obra consumada.
Você não precisa pagar pelo que Cristo já pagou — apenas viver como quem foi redimido. - Santidade consciente
Fomos comprados por alto preço (1Co 6.20).
Logo, nossa vida deve refletir o valor da obra de Cristo. - Compromisso com o Evangelho
Se Deus deu Seu Filho, nós também devemos nos dar inteiramente a Ele (Rm 12.1).
TABELA EXPOSITIVA — O PREÇO E A OBRA DA REDENÇÃO
Tema | Termo Original | Significado | Verso | Ensinamento Central |
Redenção | ἀπολύτρωσις (apolytrōsis) | Libertação mediante preço | Rm 3.24 | Fomos comprados e libertos pelo sacrifício de Cristo. |
Redentor | גֹּאֵל (go’el) | Resgatador familiar | Rt 3; Lv 25 | Jesus cumpre plenamente o papel do Resgatador. |
Preço | λύτρον (lytron) | Preço do resgate | Mc 10.45 | Cristo entregou Sua vida no lugar do pecador. |
Sangue precioso | τιμίῳ αἵματι (timiō haimati) | Valor incalculável | 1Pe 1.18–19 | Nada material poderia nos salvar; apenas o sangue de Cristo. |
Justiça satisfeita | δικαίωσις (dikaiōsis) | Declaração de justiça | Rm 4.25 | A morte paga a dívida; a ressurreição confirma a aceitação do sacrifício. |
Amor revelado | ἀγάπη (agapē) | Amor sacrificial | Rm 5.8 | Deus entregou Cristo por nós enquanto ainda éramos inimigos. |
Reconciliação | καταλλαγή (katallagē) | Tornar amigo novamente | Rm 5.10 | Deus nos restaurou como filhos e herdeiros. |
Eternidade restaurada | ζωή αἰώνιος (zōē aiōnios) | Vida eterna | Jo 3.16 | A Redenção não termina com perdão, mas com vida eterna. |
CONCLUSÃO AMPLIADA
A Redenção é o eixo da mensagem bíblica, o fio que une Gênesis a Apocalipse. Seu preço — o precioso Sangue de Cristo — revela que Deus não apenas nos amou, mas nos amou ao máximo. Somos redimidos, justificados, reconciliados e adotados. Nossa resposta deve ser fé, gratidão, santidade e missão. O Plano Redentor é a maior prova de que Deus nunca desistiu da humanidade; ao contrário, Ele se aproximou, entrou na história, tomou nossa culpa e nos devolveu a vida que havíamos perdido.
VERDADE APLICADA
Ao sermos libertos do domínio do pecado por meio de Cristo, devemos viver como servos de Deus, em santificação, para alcançar a Vida Eterna
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