TEXTO PRINCIPAL “Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.” (Pv 19.21) RESUMO DA LIÇÃO À semelhança de...
“Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.” (Pv 19.21)
RESUMO DA LIÇÃO
À semelhança de alguns reis, o homem que rejeita o conselho divino certamente perecerá.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Provérbios 19.21
“Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.”
(רַבּ֣וֹת מַחֲשָׁב֣וֹת בְּלֶב־אִ֑ישׁ וַֽעֲצַ֥ת יְהוָ֗ה הִ֣יא תָקֽוּם)
1. Análise Lexical (Hebraico)
1) “Muitos propósitos” — רַבּוֹת מַחֲשָׁבוֹת (rabbôt maḥashavôt)
- מַחֲשָׁבוֹת (maḥashavôt) significa planos, intenções, projetos, arquiteturas mentais.
- Refere-se não apenas a pensamentos, mas a estratégias deliberadas (Jr 18.12).
- “Rabbôt” indica grande quantidade, diversidade, e até volatilidade.
→ O coração humano é um campo fértil de ideias, desejos e ambições — mas também é limitado e sujeito ao erro (Jr 17.9).
2) “Conselho do Senhor” — עֲצַת יְהוָה (‘atsat YHWH)
- עֵצָה (‘êtsah) significa propósito, desígnio, direção sábia, deliberação final.
- Diferente dos planos humanos, o conselho divino é imutável, perfeito, soberano e bem-sucedido (Sl 33.10-11).
→ Aqui, “Conselho do Senhor” aponta para a vontade soberana de Deus que governa e permanece acima das decisões humanas.
3) “Permanecerá" — תָּקוּם (taqum)
- Verbo קוּם (qum): ficar de pé, prevalecer, firmar-se, cumprir-se.
- Indica estabilidade, garantia e vitória final.
- Mesmo que os propósitos humanos pareçam prevalecer, somente o que Deus estabeleceu ficará de pé no fim.
✦ TEOLOGIA DO TEXTO
1. A tensão entre a liberdade humana e a soberania divina
O provérbio apresenta uma tensão harmoniosa:
- O homem faz planos (responsabilidade humana).
- Deus determina o resultado final (soberania divina).
Essa tensão aparece em toda Escritura:
- “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Pv 16.1).
- “O Senhor desfaz os planos das nações” (Sl 33.10).
- “Tudo funciona para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28).
2. O contraste entre pensamentos humanos e pensamentos divinos
Os planos humanos são limitados:
- pela falta de visão
- pelo pecado
- pela impulsividade
- por motivações egoístas (Tg 4.13-16).
Os propósitos divinos são:
- sábios, eternos e perfeitos
- orientados para a redenção
- revelados pela Palavra e pelo Espírito Santo (Ef 1.9-11).
3. A segurança de viver segundo o conselho de Deus
Reis que seguiram seus próprios planos caíram (Saul, Acaz, Zedequias).
Reis que obedeceram ao conselho do Senhor prosperaram (Davi, Josafá, Ezequias).
→ Não é a habilidade humana que determina o futuro, mas o alinhamento com o plano divino.
✦ APLICAÇÃO PESSOAL E PRÁTICA
1. Planejar é importante — mas submeter-se a Deus é essencial
- Deus não proíbe planejamento, mas condena autossuficiência.
- Em cada projeto: “Se o Senhor quiser” (Tg 4.15).
- A oração e a Palavra devem orientar decisões.
2. O coração humano é falho — precisamos de direção divina
- Nossos desejos podem nos enganar.
- Precisamos da sabedoria divina para avaliar motivações.
- Os conselhos de Deus vêm através da Bíblia, da oração, da comunhão espiritual e, muitas vezes, das circunstâncias providenciais.
3. Segurança está em viver no centro da vontade de Deus
- O plano de Deus é indestrutível.
- Quando nos alinhamos à Sua vontade, encontramos:
- paz
- direção
- estabilidade
- proteção
- frutos duradouros.
✦ A CONEXÃO COM O RESUMO DA LIÇÃO
"À semelhança de alguns reis, o homem que rejeita o conselho divino certamente perecerá."
Exemplos bíblicos que rejeitaram o conselho do Senhor:
- Saul — consultou a si mesmo e depois uma médium (1Sm 28).
- Jeroboão — seguiu conselho político e instituiu idolatria (1Rs 12).
- Acabe — ignorou o profeta Micaías (1Rs 22).
- Zedequias — desprezou Jeremias e caiu diante da Babilônia (Jr 38).
Todos tinham muitos propósitos, mas nenhuma submissão ao conselho divino — e todos pereceram.
Exemplos de quem buscou o conselho do Senhor:
- Josué (Js 1)
- Davi (1Sm 23)
- Ezequias (2Rs 19)
- Os apóstolos (At 13.2)
E todos prevaleceram, porque o conselho de Deus permanece.
✦ TABELA EXPOSITIVA — Provérbios 19.21
Tema
Explicação
Termos Hebraicos
Referências
Aplicação
Planos Humanos
Diversos, instáveis, limitados
מַחֲשָׁבוֹת
Pv 16.1; Tg 4.13-16
Planeje, mas com humildade
Conselho de Deus
Sábio, soberano, eterno
עֲצַת יְהוָה
Sl 33.10-11; Ef 1.11
Busque direção divina diariamente
Permanência
O que Deus determina se cumpre
תָּקוּם (qum)
Is 46.9-10; Jó 42.2
Confie no propósito de Deus
Resultado
Quem rejeita o conselho divino perece
—
1Rs 22; Jr 38
Submeta seus planos à vontade de Deus
Vida espiritual
Estabilidade vem de obedecer
—
Sl 119.105
Ande no centro da vontade divina
Provérbios 19.21
“Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.”
(רַבּ֣וֹת מַחֲשָׁב֣וֹת בְּלֶב־אִ֑ישׁ וַֽעֲצַ֥ת יְהוָ֗ה הִ֣יא תָקֽוּם)
1. Análise Lexical (Hebraico)
1) “Muitos propósitos” — רַבּוֹת מַחֲשָׁבוֹת (rabbôt maḥashavôt)
- מַחֲשָׁבוֹת (maḥashavôt) significa planos, intenções, projetos, arquiteturas mentais.
- Refere-se não apenas a pensamentos, mas a estratégias deliberadas (Jr 18.12).
- “Rabbôt” indica grande quantidade, diversidade, e até volatilidade.
→ O coração humano é um campo fértil de ideias, desejos e ambições — mas também é limitado e sujeito ao erro (Jr 17.9).
2) “Conselho do Senhor” — עֲצַת יְהוָה (‘atsat YHWH)
- עֵצָה (‘êtsah) significa propósito, desígnio, direção sábia, deliberação final.
- Diferente dos planos humanos, o conselho divino é imutável, perfeito, soberano e bem-sucedido (Sl 33.10-11).
→ Aqui, “Conselho do Senhor” aponta para a vontade soberana de Deus que governa e permanece acima das decisões humanas.
3) “Permanecerá" — תָּקוּם (taqum)
- Verbo קוּם (qum): ficar de pé, prevalecer, firmar-se, cumprir-se.
- Indica estabilidade, garantia e vitória final.
- Mesmo que os propósitos humanos pareçam prevalecer, somente o que Deus estabeleceu ficará de pé no fim.
✦ TEOLOGIA DO TEXTO
1. A tensão entre a liberdade humana e a soberania divina
O provérbio apresenta uma tensão harmoniosa:
- O homem faz planos (responsabilidade humana).
- Deus determina o resultado final (soberania divina).
Essa tensão aparece em toda Escritura:
- “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Pv 16.1).
- “O Senhor desfaz os planos das nações” (Sl 33.10).
- “Tudo funciona para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28).
2. O contraste entre pensamentos humanos e pensamentos divinos
Os planos humanos são limitados:
- pela falta de visão
- pelo pecado
- pela impulsividade
- por motivações egoístas (Tg 4.13-16).
Os propósitos divinos são:
- sábios, eternos e perfeitos
- orientados para a redenção
- revelados pela Palavra e pelo Espírito Santo (Ef 1.9-11).
3. A segurança de viver segundo o conselho de Deus
Reis que seguiram seus próprios planos caíram (Saul, Acaz, Zedequias).
Reis que obedeceram ao conselho do Senhor prosperaram (Davi, Josafá, Ezequias).
→ Não é a habilidade humana que determina o futuro, mas o alinhamento com o plano divino.
✦ APLICAÇÃO PESSOAL E PRÁTICA
1. Planejar é importante — mas submeter-se a Deus é essencial
- Deus não proíbe planejamento, mas condena autossuficiência.
- Em cada projeto: “Se o Senhor quiser” (Tg 4.15).
- A oração e a Palavra devem orientar decisões.
2. O coração humano é falho — precisamos de direção divina
- Nossos desejos podem nos enganar.
- Precisamos da sabedoria divina para avaliar motivações.
- Os conselhos de Deus vêm através da Bíblia, da oração, da comunhão espiritual e, muitas vezes, das circunstâncias providenciais.
3. Segurança está em viver no centro da vontade de Deus
- O plano de Deus é indestrutível.
- Quando nos alinhamos à Sua vontade, encontramos:
- paz
- direção
- estabilidade
- proteção
- frutos duradouros.
✦ A CONEXÃO COM O RESUMO DA LIÇÃO
"À semelhança de alguns reis, o homem que rejeita o conselho divino certamente perecerá."
Exemplos bíblicos que rejeitaram o conselho do Senhor:
- Saul — consultou a si mesmo e depois uma médium (1Sm 28).
- Jeroboão — seguiu conselho político e instituiu idolatria (1Rs 12).
- Acabe — ignorou o profeta Micaías (1Rs 22).
- Zedequias — desprezou Jeremias e caiu diante da Babilônia (Jr 38).
Todos tinham muitos propósitos, mas nenhuma submissão ao conselho divino — e todos pereceram.
Exemplos de quem buscou o conselho do Senhor:
- Josué (Js 1)
- Davi (1Sm 23)
- Ezequias (2Rs 19)
- Os apóstolos (At 13.2)
E todos prevaleceram, porque o conselho de Deus permanece.
✦ TABELA EXPOSITIVA — Provérbios 19.21
Tema | Explicação | Termos Hebraicos | Referências | Aplicação |
Planos Humanos | Diversos, instáveis, limitados | מַחֲשָׁבוֹת | Pv 16.1; Tg 4.13-16 | Planeje, mas com humildade |
Conselho de Deus | Sábio, soberano, eterno | עֲצַת יְהוָה | Sl 33.10-11; Ef 1.11 | Busque direção divina diariamente |
Permanência | O que Deus determina se cumpre | תָּקוּם (qum) | Is 46.9-10; Jó 42.2 | Confie no propósito de Deus |
Resultado | Quem rejeita o conselho divino perece | — | 1Rs 22; Jr 38 | Submeta seus planos à vontade de Deus |
Vida espiritual | Estabilidade vem de obedecer | — | Sl 119.105 | Ande no centro da vontade divina |
LEITURA SEMANAL
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
LEITURA SEMANAL
➤ SEGUNDA – Daniel 2.20-22
É Deus que estabelece e remove os reis
✦ Comentário
Daniel declara que a sabedoria e o poder pertencem a Deus. O texto enfatiza a soberania do Senhor sobre a história, sobre os reinos e sobre os governantes. Os verbos usados — “muda tempos e estações, remove reis e estabelece reis” — apontam para um Deus que não apenas observa, mas atua diretamente nos acontecimentos humanos.
✦ Lexema Importante
- "Estabelece" (הָקִים — haqîm): levantar, firmar, pôr de pé.
- "Remove" (הֲעְדֵה — ha‘deh): retirar, tirar, depor.
→ A autoridade humana é transitória; a de Deus é eterna.
✦ Aplicação
Nenhuma liderança é acidental. Deus está no controle mesmo quando os cenários parecem confusos. Isso nos convida à confiança e ao descanso na providência divina.
➤ TERÇA – Mateus 10.16-20
Aqueles que anunciam a Palavra
✦ Comentário
Jesus envia os discípulos “como ovelhas no meio de lobos”, mostrando que a missão cristã envolve coragem, prudência e dependência do Espírito Santo. A combinação “prudentes como as serpentes” e “símplices como as pombas” revela que o cristão deve agir com discernimento e pureza.
O Senhor também promete: “não sois vós quem falará, mas o Espírito do vosso Pai é quem falará em vós.”
✦ Lexemas
- “Prudentes” (φρόνιμοι — phronimoi): sábios, inteligentes, estratégicos.
- “Simplicidade” (ἀκέραιος — akeraios): puro, íntegro, sem mistura.
✦ Aplicação
Quem anuncia a Palavra deve juntar discernimento e pureza, coragem e mansidão, firmeza e amor. A missão não é feita por força humana, mas pelo Espírito.
➤ QUARTA – 2 Crônicas 36.5-10
A trajetória de Jeoaquim
✦ Comentário
Jeoaquim reinou onze anos, e o texto resume sua trajetória com a frase: “fez o que era mau aos olhos do Senhor”. Sua rebeldia atraiu o juízo divino e permitiu que Nabucodonosor o levasse cativo.
A decadência moral da liderança contaminou toda a nação. Jeoaquim rejeitou os profetas e os conselhos divinos, representando o tipo de líder que faz “muitos planos” (Pv 19.21), mas sem submeter-se ao conselho do Senhor.
✦ Aplicação
Aqueles que desprezam o conselho divino não apenas prejudicam a si mesmos, mas também os que dependem de sua liderança.
➤ QUINTA – Isaías 55.1-9
As bênçãos para os que deixam o mal
✦ Comentário
Deus faz um convite universal: “Vós, todos os que tendes sede, vinde às águas”. O profeta apresenta a graça como um chamado gratuito, seguido de uma convocação ao arrependimento.
O ponto alto está nos versículos 8 e 9:
“Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos…
assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos que os vossos.”
Isso ecoa diretamente Pv 19.21 — os planos de Deus sempre superam os humanos.
✦ Lexemas
- “Pensamentos” (מַחֲשָׁבוֹת — maḥashavôt): intenções, projetos, propósitos.
- “Caminhos” (דְּרָכִים — derakhim): estilos de vida, direções, métodos.
✦ Aplicação
A verdadeira bênção está em abandonar nossos caminhos e adotar os caminhos de Deus. A graça é gratuita, mas transforma profundamente quem a aceita.
➤ SEXTA – 2 Crônicas 36.11-23
A triste trajetória do rei Zedequias
✦ Comentário
Zedequias foi o último rei de Judá, governando de forma rebelde e endurecida. Ele não se humilhou, resistiu à Palavra de Deus e desconsiderou os conselhos do profeta Jeremias. Como consequência, veio a queda final de Jerusalém.
O texto mostra que o juízo não veio por impulsos divinos, mas pela insistência humana na rebelião.
Mas o capítulo termina com esperança: Ciro é levantado por Deus para restaurar o povo — um ato soberano que confirma Pv 19.21:
Deus remove e levanta reis conforme Seus propósitos eternos.
✦ Aplicação
A desobediência contínua endurece o coração e traz ruína; porém, Deus sempre tem um plano de restauração para um povo arrependido.
➤ SÁBADO – 1 Pedro 1.24-25
A Palavra permanece para sempre
✦ Comentário
Pedro cita Isaías 40.6-8 para mostrar que toda glória humana é passageira, como a erva que seca. Apenas a Palavra de Deus permanece eternamente.
Isso reforça o tema central da lição:
Os planos dos homens passam; o conselho de Deus permanece.
✦ Lexemas
- “Permanece” (μένει — menei): ficar firme, continuar, não se deteriorar.
- “Palavra” (ῥῆμα — rhēma): palavra falada, mensagem proclamada.
✦ Aplicação
A segurança do cristão não está na força humana, mas na Palavra de Deus que não muda, não falha e não perece.
✦ TABELA EXPOSITIVA — LEITURA SEMANAL
Dia
Texto
Tema Central
Verdade Teológica
Aplicação Prática
Segunda
Dn 2.20-22
Deus controla a história
Ele remove e estabelece reis
Confie na soberania divina
Terça
Mt 10.16-20
Missão com prudência
O Espírito fala através dos discípulos
Anuncie com pureza e sabedoria
Quarta
2Cr 36.5-10
Jeoaquim rejeita Deus
Orgulho e rebelião resultam em juízo
Líderes devem ouvir a Palavra
Quinta
Is 55.1-9
Convite à graça
Os pensamentos de Deus superam os nossos
Abandone seus caminhos e siga Deus
Sexta
2Cr 36.11-23
Queda de Zedequias
A rebelião contínua endurece
Obedeça à Palavra enquanto há tempo
Sábado
1Pe 1.24-25
Glória humana é breve
A Palavra permanece para sempre
Construa a vida sobre a Escritura
LEITURA SEMANAL
➤ SEGUNDA – Daniel 2.20-22
É Deus que estabelece e remove os reis
✦ Comentário
Daniel declara que a sabedoria e o poder pertencem a Deus. O texto enfatiza a soberania do Senhor sobre a história, sobre os reinos e sobre os governantes. Os verbos usados — “muda tempos e estações, remove reis e estabelece reis” — apontam para um Deus que não apenas observa, mas atua diretamente nos acontecimentos humanos.
✦ Lexema Importante
- "Estabelece" (הָקִים — haqîm): levantar, firmar, pôr de pé.
- "Remove" (הֲעְדֵה — ha‘deh): retirar, tirar, depor.
→ A autoridade humana é transitória; a de Deus é eterna.
✦ Aplicação
Nenhuma liderança é acidental. Deus está no controle mesmo quando os cenários parecem confusos. Isso nos convida à confiança e ao descanso na providência divina.
➤ TERÇA – Mateus 10.16-20
Aqueles que anunciam a Palavra
✦ Comentário
Jesus envia os discípulos “como ovelhas no meio de lobos”, mostrando que a missão cristã envolve coragem, prudência e dependência do Espírito Santo. A combinação “prudentes como as serpentes” e “símplices como as pombas” revela que o cristão deve agir com discernimento e pureza.
O Senhor também promete: “não sois vós quem falará, mas o Espírito do vosso Pai é quem falará em vós.”
✦ Lexemas
- “Prudentes” (φρόνιμοι — phronimoi): sábios, inteligentes, estratégicos.
- “Simplicidade” (ἀκέραιος — akeraios): puro, íntegro, sem mistura.
✦ Aplicação
Quem anuncia a Palavra deve juntar discernimento e pureza, coragem e mansidão, firmeza e amor. A missão não é feita por força humana, mas pelo Espírito.
➤ QUARTA – 2 Crônicas 36.5-10
A trajetória de Jeoaquim
✦ Comentário
Jeoaquim reinou onze anos, e o texto resume sua trajetória com a frase: “fez o que era mau aos olhos do Senhor”. Sua rebeldia atraiu o juízo divino e permitiu que Nabucodonosor o levasse cativo.
A decadência moral da liderança contaminou toda a nação. Jeoaquim rejeitou os profetas e os conselhos divinos, representando o tipo de líder que faz “muitos planos” (Pv 19.21), mas sem submeter-se ao conselho do Senhor.
✦ Aplicação
Aqueles que desprezam o conselho divino não apenas prejudicam a si mesmos, mas também os que dependem de sua liderança.
➤ QUINTA – Isaías 55.1-9
As bênçãos para os que deixam o mal
✦ Comentário
Deus faz um convite universal: “Vós, todos os que tendes sede, vinde às águas”. O profeta apresenta a graça como um chamado gratuito, seguido de uma convocação ao arrependimento.
O ponto alto está nos versículos 8 e 9:
“Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos…
assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos que os vossos.”
Isso ecoa diretamente Pv 19.21 — os planos de Deus sempre superam os humanos.
✦ Lexemas
- “Pensamentos” (מַחֲשָׁבוֹת — maḥashavôt): intenções, projetos, propósitos.
- “Caminhos” (דְּרָכִים — derakhim): estilos de vida, direções, métodos.
✦ Aplicação
A verdadeira bênção está em abandonar nossos caminhos e adotar os caminhos de Deus. A graça é gratuita, mas transforma profundamente quem a aceita.
➤ SEXTA – 2 Crônicas 36.11-23
A triste trajetória do rei Zedequias
✦ Comentário
Zedequias foi o último rei de Judá, governando de forma rebelde e endurecida. Ele não se humilhou, resistiu à Palavra de Deus e desconsiderou os conselhos do profeta Jeremias. Como consequência, veio a queda final de Jerusalém.
O texto mostra que o juízo não veio por impulsos divinos, mas pela insistência humana na rebelião.
Mas o capítulo termina com esperança: Ciro é levantado por Deus para restaurar o povo — um ato soberano que confirma Pv 19.21:
Deus remove e levanta reis conforme Seus propósitos eternos.
✦ Aplicação
A desobediência contínua endurece o coração e traz ruína; porém, Deus sempre tem um plano de restauração para um povo arrependido.
➤ SÁBADO – 1 Pedro 1.24-25
A Palavra permanece para sempre
✦ Comentário
Pedro cita Isaías 40.6-8 para mostrar que toda glória humana é passageira, como a erva que seca. Apenas a Palavra de Deus permanece eternamente.
Isso reforça o tema central da lição:
Os planos dos homens passam; o conselho de Deus permanece.
✦ Lexemas
- “Permanece” (μένει — menei): ficar firme, continuar, não se deteriorar.
- “Palavra” (ῥῆμα — rhēma): palavra falada, mensagem proclamada.
✦ Aplicação
A segurança do cristão não está na força humana, mas na Palavra de Deus que não muda, não falha e não perece.
✦ TABELA EXPOSITIVA — LEITURA SEMANAL
Dia | Texto | Tema Central | Verdade Teológica | Aplicação Prática |
Segunda | Dn 2.20-22 | Deus controla a história | Ele remove e estabelece reis | Confie na soberania divina |
Terça | Mt 10.16-20 | Missão com prudência | O Espírito fala através dos discípulos | Anuncie com pureza e sabedoria |
Quarta | 2Cr 36.5-10 | Jeoaquim rejeita Deus | Orgulho e rebelião resultam em juízo | Líderes devem ouvir a Palavra |
Quinta | Is 55.1-9 | Convite à graça | Os pensamentos de Deus superam os nossos | Abandone seus caminhos e siga Deus |
Sexta | 2Cr 36.11-23 | Queda de Zedequias | A rebelião contínua endurece | Obedeça à Palavra enquanto há tempo |
Sábado | 1Pe 1.24-25 | Glória humana é breve | A Palavra permanece para sempre | Construa a vida sobre a Escritura |
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Professor(a), aproveita o tema central da lição deste domingo para enfatizar. no decorrer da lição, que ouvir os conselhos divinos e viver de acordo com eles é ter a garantia de uma vida protegida pelo Senhor. Contudo, rejeitá-los, assim como fizeram Jeoaquim e Zedequias, é uma escolha insensata e que trará sérias consequências. O princípio da obediência aos conselhos de Deus serve para todos, indistintamente. A obediência à Palavra de Deus é o caminho para uma vida longa, sossegada e abençoada.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
👑 DINÂMICA: “A ESCOLHA QUE DECIDE O FUTURO”
Texto base: Jeremias 21–22
Tema central: Os reis de Judá ignoraram o conselho de Deus e colheram destruição.
Objetivo: Mostrar aos jovens de forma prática que obedecer ou ignorar o conselho de Deus determina o destino de uma pessoa.
🎯 IDEIAS PRINCIPAIS DA DINÂMICA
- Dois caminhos sempre aparecem: obedecer ou desobedecer.
- As consequências são drásticas e diferentes.
- Deus sempre dá aviso antes do juízo.
- O conselho divino é claro, mas nossa decisão define tudo.
🧩 MATERIAIS NECESSÁRIOS
- 2 cartazes grandes:
- 1 escrito “OBEDECER” (verde)
- 1 escrito “DESOBEDECER” (vermelho)
- Papel com escolhas/ações (10 a 12 tiras)
- Fita adesiva
- Uma corda ou fita no chão dividindo dois lados da sala
- Uma Bíblia aberta em Jeremias 21–22
🕒 TEMPO: 8–12 minutos
🚶♂️ PASSO A PASSO
1️⃣ A SALA DIVIDIDA EM DOIS REINOS
Coloque a corda no chão, dividindo o ambiente em dois lados.
Cole os cartazes:
- À esquerda: OBEDECER
- À direita: DESOBEDECER
Explique:
“Jeremias levou ao povo e aos reis uma mensagem com duas possibilidades:
vida se obedecessem;
morte se desobedecessem.”
(Leia Jeremias 21.8)
2️⃣ O JOGO DAS DECISÕES
Chame um voluntário de cada vez.
Entregue uma tirinha com uma ação/decisão e peça que vá para o lado correspondente, sem falar.
Exemplos de tiras:
- “Ouvir o conselho de Deus” – OBEDECER
- “Seguir o coração enganoso” – DESOBEDECER
- “Buscar a justiça” – OBEDECER
- “Apoiar amigos corruptos” – DESOBEDECER
- “Arrepender-se” – OBEDECER
- “Ignorar a Palavra” – DESOBEDECER
- “Ajudar o oprimido” – OBEDECER
- “Abusar da autoridade” – DESOBEDECER
- “Consultar a Bíblia antes de agir” – OBEDECER
- “Decidir pelo que ‘parece melhor’” – DESOBEDECER
Depois que o aluno se posicionar, pergunte ao grupo:
“Qual seria a consequência dessa decisão no tempo de Jeremias? E hoje?”
3️⃣ O IMPACTO DO COLETIVO
Depois de 8–10 rodadas, peça para todos olharem para a sala:
- Quem ficaria no “Reino que obedece”?
- Quem ficaria no “Reino que desobedece”?
Pergunte:
“Se Judá tivesse escolhido o outro lado, o que teria acontecido?”
Conecte com Jeremias 22.1–5.
4️⃣ UMA MENSAGEM FINAL
Diga aos jovens:
“A queda dos reis de Judá não começou com a Babilônia,
começou com uma escolha: rejeitar a voz de Deus.”
“O que estamos escolhendo hoje determina o que colheremos amanhã.”
Finalize lendo Jeremias 17.7–10.
📌 APLICAÇÃO DIRETA À LIÇÃO
- Jeremias não era contra os reis — era um porta-voz de Deus tentando salvá-los.
- As autoridades de Judá sabiam o que era certo, mas escolheram o lado errado.
- Deus ainda hoje coloca diante de nós a mesma dualidade:
obediência → vida
rebelião → ruína
👑 DINÂMICA: “A ESCOLHA QUE DECIDE O FUTURO”
Texto base: Jeremias 21–22
Tema central: Os reis de Judá ignoraram o conselho de Deus e colheram destruição.
Objetivo: Mostrar aos jovens de forma prática que obedecer ou ignorar o conselho de Deus determina o destino de uma pessoa.
🎯 IDEIAS PRINCIPAIS DA DINÂMICA
- Dois caminhos sempre aparecem: obedecer ou desobedecer.
- As consequências são drásticas e diferentes.
- Deus sempre dá aviso antes do juízo.
- O conselho divino é claro, mas nossa decisão define tudo.
🧩 MATERIAIS NECESSÁRIOS
- 2 cartazes grandes:
- 1 escrito “OBEDECER” (verde)
- 1 escrito “DESOBEDECER” (vermelho)
- Papel com escolhas/ações (10 a 12 tiras)
- Fita adesiva
- Uma corda ou fita no chão dividindo dois lados da sala
- Uma Bíblia aberta em Jeremias 21–22
🕒 TEMPO: 8–12 minutos
🚶♂️ PASSO A PASSO
1️⃣ A SALA DIVIDIDA EM DOIS REINOS
Coloque a corda no chão, dividindo o ambiente em dois lados.
Cole os cartazes:
- À esquerda: OBEDECER
- À direita: DESOBEDECER
Explique:
“Jeremias levou ao povo e aos reis uma mensagem com duas possibilidades:
vida se obedecessem;
morte se desobedecessem.”
(Leia Jeremias 21.8)
2️⃣ O JOGO DAS DECISÕES
Chame um voluntário de cada vez.
Entregue uma tirinha com uma ação/decisão e peça que vá para o lado correspondente, sem falar.
Exemplos de tiras:
- “Ouvir o conselho de Deus” – OBEDECER
- “Seguir o coração enganoso” – DESOBEDECER
- “Buscar a justiça” – OBEDECER
- “Apoiar amigos corruptos” – DESOBEDECER
- “Arrepender-se” – OBEDECER
- “Ignorar a Palavra” – DESOBEDECER
- “Ajudar o oprimido” – OBEDECER
- “Abusar da autoridade” – DESOBEDECER
- “Consultar a Bíblia antes de agir” – OBEDECER
- “Decidir pelo que ‘parece melhor’” – DESOBEDECER
Depois que o aluno se posicionar, pergunte ao grupo:
“Qual seria a consequência dessa decisão no tempo de Jeremias? E hoje?”
3️⃣ O IMPACTO DO COLETIVO
Depois de 8–10 rodadas, peça para todos olharem para a sala:
- Quem ficaria no “Reino que obedece”?
- Quem ficaria no “Reino que desobedece”?
Pergunte:
“Se Judá tivesse escolhido o outro lado, o que teria acontecido?”
Conecte com Jeremias 22.1–5.
4️⃣ UMA MENSAGEM FINAL
Diga aos jovens:
“A queda dos reis de Judá não começou com a Babilônia,
começou com uma escolha: rejeitar a voz de Deus.”
“O que estamos escolhendo hoje determina o que colheremos amanhã.”
Finalize lendo Jeremias 17.7–10.
📌 APLICAÇÃO DIRETA À LIÇÃO
- Jeremias não era contra os reis — era um porta-voz de Deus tentando salvá-los.
- As autoridades de Judá sabiam o que era certo, mas escolheram o lado errado.
- Deus ainda hoje coloca diante de nós a mesma dualidade:
obediência → vida
rebelião → ruína
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza a tabela abaixo (adaptada da Bíblia de Estudos Pentecostal, CPAD) no quadro de escrever. A tabela mostra os principais cargos, designados por Deus para apascentar seu povo. Utilize-a para explicar à classe qual era a real missão do rei, do sacerdote e do profeta. Enfatize o fato de que estes não estavam cumprindo com a missão que fora designada a eles por Deus. Agiam de modo irresponsável Como líderes, eles eram os responsáveis pela degradação espiritual e moral que havia em Judá.
| FUNÇÃO | MISSÃO | RECOMENDAÇÃO BÍBLICA | |
| Rei | Governante do povo de Deus. | Aconselhar e povo de Deus 9.16). | Dt 17.14-20 |
| Sacerdote | No Antigo Testamento, era o ministro designado para representar o homem diante de Deus. | Santificar o povo, oferecer dons e sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores (Hb 5.1-3). | Lv 10.8-11; 21.12 |
| Profeta | Porta-voz oficial de Deus. | Preservar o conhecimento e manifestar a vontade do Único e Verdadeiro Deus (Ez 2.1-10). | Dt 18.20-22; 2Co 14.26-40 |
TEXTO BÍBLICO
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jeremias 34 situa-se no clímax do ministério de Jeremias: o cerco babilônico sobre Jerusalém e o fim do reino de Judá. Nabucodonosor, o rei da Babilônia, já envolve a cidade (cf. Jr 39; 52), e Jeremias recebe palavras diretas do Senhor a respeito do destino de Zedequias. O profeta anuncia simultaneamente juízo (a cidade será entregue) e um detalhe misericordioso quanto à morte do rei — sinal da justiça e da graça de Deus mesmo no castigo. O texto revela a tensão entre a soberania divina que executa juízo e a misericórdia que modera a pena.
2. Leitura versículo a versículo — comentário e análise lexical
v.1 — “A palavra que do SENHOR veio a Jeremias quando Nabucodonosor... pelejaram contra Jerusalém”
- Palavra / מצוה / דבר (dabar): em Jeremias, “a palavra do SENHOR” é autoridade profética direta; não é opinião humana.
- Cenário histórico: a ação militar total da Babilônia demonstra que o juízo anunciado há décadas por Jeremias agora se concretiza.
v.2 — “Assim diz o SENHOR… Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará.”
- Verbo-chave: נתן (natan) — “dar/entregar”. Uso teológico: Deus “entrega” as cidades; não é impotência, mas ação soberana que permite o juízo.
- Queimar / spoliation: previsão clara: a destruição (שרף / שׂרף ou הִשְׂרִף em hebraico para “queimar”) identifica o juízo total sobre a cidade por causa da infidelidade.
v.3 — “E tu não escaparás... serás preso... teus olhos verão os olhos do rei da Babilônia... e entrarás na Babilônia.”
- נצל / נעצר — “escapar / ser preso”: a linguagem comunica captura inevitável.
- מִשְׁמָעוּת הַשֶּׁקֶר לְגַאוֹנִים: “ver os olhos do rei” e “דבר לו פֶּה אֶל־פֶּה” (falar boca a boca) aponta para humilhação — o rei humilhado perante o soberano estrangeiro. Em termos performativos, é a concretização da submissão política e pessoal.
v.4 — “Todavia ouve a palavra do SENHOR, o Zedequias…: Não morrerás à espada.”
- שמע (shama`) — ouvir/obedecer: o chamado profético continua sendo convite à escuta.
- Aqui aparece um elemento inesperado: apesar da captura e da catástrofe, há um limite para a pena: não morte por espada. Isso indica que o juízo é calibrado; Deus é justo em sua ação e, ao mesmo tempo, remidor.
v.5 — “Em paz morrerás, e, conforme as incinerações de teus pais, os reis precedentes, assim te queimarão a ti e prantear-te-ão…”
- בְּשָׁלוֹם תָּמוּת (b’shalom tamut) — “em paz morrerás”. A expressão sugere que a morte não ocorrerá em combate sangrento; há uma forma de morte “regulada” (algumas versões entendem “morrerás em paz na terra do cativeiro” ou “não morrerás à espada; morrerás em tempo de tua vida, e serão queimadas as tuas sepulturas” — traduções variam).
- הִכְעִירוּךָ וְיַבְכּוּךָ (…e prantear-te-ão) — o texto adiciona que haverá lamento e ritos fúnebres; mesmo na condenação há reconhecimento e luto, o que dá dimensão humana ao juízo.
v.6 — “E anunciou Jeremias… todas estas palavras, em Jerusalém.”
- Προφητικός cumprimento do ministério: Jeremias cumpre a função: anunciar fielmente, mesmo quando a mensagem é dura.
3. Temas teológicos centrais
- Soberania de Deus sobre a história e as nações.
Deus “dá” e “retira” reis e cidades (cf. Dn 2:20–22; Sl 75:7). A política humana está subordinada ao desígnio divino. - O juízo é real, mas calibrado pela justiça e misericórdia divinas.
A mensagem não é só condenação; há limites e modulações. Deus pune, porém não age de forma irracional ou vingativa — há propósito e medida. - A profecia implica fidelidade do mensageiro e responsabilidade do receptor.
Jeremias anuncia o que Deus ordena; Zedequias é chamado a ouvir (שמע). O destino do rei demonstra que a liderança tem responsabilidade moral diante do Senhor. - Humilhação e restauração histórica: consequências políticas têm dimensão moral.
“Falar boca a boca” com o rei da Babilônia revela vergonhosa exposição pública do fracasso humano e da resistência ao conselho divino. - A palavra de Deus combina clareza do juízo e remissão pastoral.
Mesmo no anúncio do castigo, há traços de compaixão: a forma da morte é limitada; há promessa de reconhecimento (pranto) — sinal de que Deus preserva dignidade humana até no juízo.
4. Aplicações práticas e pastorais
- Liderança e responsabilidade — dirigentes (igreja, família, Estado) prestam contas a Deus. Planos humanos que ignoram o conselho divino trazem ruína. Líderes devem ouvir a Palavra e buscar submissão a Deus (Pv 19.21; Tg 3).
- Ouvir a palavra de Deus — a ordem “ouve a palavra do SENHOR” é permanente. O coração que resiste às advertências proféticas acaba diante de consequências duras. Exame de consciência: estamos abertos à correção?
- Soberania que conforta — em tempos de crise nacional ou pessoal, a soberania de Deus traz ordem: nada acontece por acaso; há significado mesmo na adversidade. Isso dá consolo, porém não é licença para passividade.
- Juízo com misericórdia — crer que o juízo divino pode ter elementos de misericórdia reconfigura nossa visão de disciplina: Deus corrige para restaurar, não apenas para destruir.
- A missão do profeta hoje — a Igreja deve anunciar a Palavra fielmente, mesmo quando a mensagem é impopular; é urgente proclamar, chamar ao arrependimento e apontar ao Senhor como alternativa de vida.
5. Tabela expositiva (resumo para uso didático)
Verso
Palavra/raiz (heb.)
Significado essencial
Ponto teológico
Aplicação prática
34:1
דָּבָר (dabar)
Palavra do Senhor
Autoridade profética
Ouvir a Palavra; priorizar escuta
34:2
נָתַן (natan)
Entregar / dar
Soberania de Deus sobre reinos
Confiar na providência; responsabilizar líderes
34:3
נָצַל / אָחָז
Escapar / ser preso
Consequência política e pessoal
Reconhecer limites da resistência humana
34:4
שָׁמַע (shama`)
Ouvir
Convite ao arrependimento
Submissão à correção divina
34:5
בְּשָׁלוֹם תָּמוּת
“Em paz morrerás”
Juízo calibrado, misericórdia
Deus é justo e misericordioso no juízo
34:6
הִקְרִיב/הִגִּיד (anunciar)
Proclamar
Fidelidade do profeta
Missão: proclamar, chamar e aconselhar
6. Conclusão
Jeremias 34.1-6 é um texto em que o juízo previsto de Jerusalém encontra a voz profética que o anuncia com frieza factual e calor pastoral. Deus, soberano sobre a história, cumpre juízo porque a aliança foi violada, mas mesmo no juízo manifesta limites e sinais de compaixão. A lição para nossas comunidades é dupla: (a) nunca subestimar as consequências de afastar-se do conselho do Senhor; (b) permanecer firmes na proclamação da Palavra, porque só ela tem autoridade para exortar, corrigir e, finalmente, apontar para a misericórdia e o plano redentor de Deus.
Jeremias 34 situa-se no clímax do ministério de Jeremias: o cerco babilônico sobre Jerusalém e o fim do reino de Judá. Nabucodonosor, o rei da Babilônia, já envolve a cidade (cf. Jr 39; 52), e Jeremias recebe palavras diretas do Senhor a respeito do destino de Zedequias. O profeta anuncia simultaneamente juízo (a cidade será entregue) e um detalhe misericordioso quanto à morte do rei — sinal da justiça e da graça de Deus mesmo no castigo. O texto revela a tensão entre a soberania divina que executa juízo e a misericórdia que modera a pena.
2. Leitura versículo a versículo — comentário e análise lexical
v.1 — “A palavra que do SENHOR veio a Jeremias quando Nabucodonosor... pelejaram contra Jerusalém”
- Palavra / מצוה / דבר (dabar): em Jeremias, “a palavra do SENHOR” é autoridade profética direta; não é opinião humana.
- Cenário histórico: a ação militar total da Babilônia demonstra que o juízo anunciado há décadas por Jeremias agora se concretiza.
v.2 — “Assim diz o SENHOR… Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará.”
- Verbo-chave: נתן (natan) — “dar/entregar”. Uso teológico: Deus “entrega” as cidades; não é impotência, mas ação soberana que permite o juízo.
- Queimar / spoliation: previsão clara: a destruição (שרף / שׂרף ou הִשְׂרִף em hebraico para “queimar”) identifica o juízo total sobre a cidade por causa da infidelidade.
v.3 — “E tu não escaparás... serás preso... teus olhos verão os olhos do rei da Babilônia... e entrarás na Babilônia.”
- נצל / נעצר — “escapar / ser preso”: a linguagem comunica captura inevitável.
- מִשְׁמָעוּת הַשֶּׁקֶר לְגַאוֹנִים: “ver os olhos do rei” e “דבר לו פֶּה אֶל־פֶּה” (falar boca a boca) aponta para humilhação — o rei humilhado perante o soberano estrangeiro. Em termos performativos, é a concretização da submissão política e pessoal.
v.4 — “Todavia ouve a palavra do SENHOR, o Zedequias…: Não morrerás à espada.”
- שמע (shama`) — ouvir/obedecer: o chamado profético continua sendo convite à escuta.
- Aqui aparece um elemento inesperado: apesar da captura e da catástrofe, há um limite para a pena: não morte por espada. Isso indica que o juízo é calibrado; Deus é justo em sua ação e, ao mesmo tempo, remidor.
v.5 — “Em paz morrerás, e, conforme as incinerações de teus pais, os reis precedentes, assim te queimarão a ti e prantear-te-ão…”
- בְּשָׁלוֹם תָּמוּת (b’shalom tamut) — “em paz morrerás”. A expressão sugere que a morte não ocorrerá em combate sangrento; há uma forma de morte “regulada” (algumas versões entendem “morrerás em paz na terra do cativeiro” ou “não morrerás à espada; morrerás em tempo de tua vida, e serão queimadas as tuas sepulturas” — traduções variam).
- הִכְעִירוּךָ וְיַבְכּוּךָ (…e prantear-te-ão) — o texto adiciona que haverá lamento e ritos fúnebres; mesmo na condenação há reconhecimento e luto, o que dá dimensão humana ao juízo.
v.6 — “E anunciou Jeremias… todas estas palavras, em Jerusalém.”
- Προφητικός cumprimento do ministério: Jeremias cumpre a função: anunciar fielmente, mesmo quando a mensagem é dura.
3. Temas teológicos centrais
- Soberania de Deus sobre a história e as nações.
Deus “dá” e “retira” reis e cidades (cf. Dn 2:20–22; Sl 75:7). A política humana está subordinada ao desígnio divino. - O juízo é real, mas calibrado pela justiça e misericórdia divinas.
A mensagem não é só condenação; há limites e modulações. Deus pune, porém não age de forma irracional ou vingativa — há propósito e medida. - A profecia implica fidelidade do mensageiro e responsabilidade do receptor.
Jeremias anuncia o que Deus ordena; Zedequias é chamado a ouvir (שמע). O destino do rei demonstra que a liderança tem responsabilidade moral diante do Senhor. - Humilhação e restauração histórica: consequências políticas têm dimensão moral.
“Falar boca a boca” com o rei da Babilônia revela vergonhosa exposição pública do fracasso humano e da resistência ao conselho divino. - A palavra de Deus combina clareza do juízo e remissão pastoral.
Mesmo no anúncio do castigo, há traços de compaixão: a forma da morte é limitada; há promessa de reconhecimento (pranto) — sinal de que Deus preserva dignidade humana até no juízo.
4. Aplicações práticas e pastorais
- Liderança e responsabilidade — dirigentes (igreja, família, Estado) prestam contas a Deus. Planos humanos que ignoram o conselho divino trazem ruína. Líderes devem ouvir a Palavra e buscar submissão a Deus (Pv 19.21; Tg 3).
- Ouvir a palavra de Deus — a ordem “ouve a palavra do SENHOR” é permanente. O coração que resiste às advertências proféticas acaba diante de consequências duras. Exame de consciência: estamos abertos à correção?
- Soberania que conforta — em tempos de crise nacional ou pessoal, a soberania de Deus traz ordem: nada acontece por acaso; há significado mesmo na adversidade. Isso dá consolo, porém não é licença para passividade.
- Juízo com misericórdia — crer que o juízo divino pode ter elementos de misericórdia reconfigura nossa visão de disciplina: Deus corrige para restaurar, não apenas para destruir.
- A missão do profeta hoje — a Igreja deve anunciar a Palavra fielmente, mesmo quando a mensagem é impopular; é urgente proclamar, chamar ao arrependimento e apontar ao Senhor como alternativa de vida.
5. Tabela expositiva (resumo para uso didático)
Verso | Palavra/raiz (heb.) | Significado essencial | Ponto teológico | Aplicação prática |
34:1 | דָּבָר (dabar) | Palavra do Senhor | Autoridade profética | Ouvir a Palavra; priorizar escuta |
34:2 | נָתַן (natan) | Entregar / dar | Soberania de Deus sobre reinos | Confiar na providência; responsabilizar líderes |
34:3 | נָצַל / אָחָז | Escapar / ser preso | Consequência política e pessoal | Reconhecer limites da resistência humana |
34:4 | שָׁמַע (shama`) | Ouvir | Convite ao arrependimento | Submissão à correção divina |
34:5 | בְּשָׁלוֹם תָּמוּת | “Em paz morrerás” | Juízo calibrado, misericórdia | Deus é justo e misericordioso no juízo |
34:6 | הִקְרִיב/הִגִּיד (anunciar) | Proclamar | Fidelidade do profeta | Missão: proclamar, chamar e aconselhar |
6. Conclusão
Jeremias 34.1-6 é um texto em que o juízo previsto de Jerusalém encontra a voz profética que o anuncia com frieza factual e calor pastoral. Deus, soberano sobre a história, cumpre juízo porque a aliança foi violada, mas mesmo no juízo manifesta limites e sinais de compaixão. A lição para nossas comunidades é dupla: (a) nunca subestimar as consequências de afastar-se do conselho do Senhor; (b) permanecer firmes na proclamação da Palavra, porque só ela tem autoridade para exortar, corrigir e, finalmente, apontar para a misericórdia e o plano redentor de Deus.
INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo, vamos aprender a respeito da resposta negativa dos reis Jeoaquim e Zedequias à Palavra de Deus transmitida por Jeremias. Veremos as terríveis consequências que sofreram em decorrência disso.
I- UM PROFETA ENTRE OS REIS
1- Jeremias, enviado aos reis. Deus escolheu e enviou Jeremias como profeta às nações. Ele também seria responsável por transmitir a mensagem divina “sobre os reinos” (v. 10). A monarquia foi instituída nos dias de Samuel por apelo do povo (1 Sm 8.1-22). Entretanto, desde a época de Moisés, Deus já mostrava que o rei deveria ser escolhido dentro de seus critérios, pois teria a missão de cumprir a sua vontade (Dt 17.15). Na missão de liderar o povo sob a vontade divina, os reis eram orientados pelos profetas de seus dias.
2- O preço por profetizar aos reis. O ministério de Jeremias foi extraordinário, primeiro porque foi chamado por Deus, depois pela mensagem que entregou, pelo contexto histórico no qual estava inserido, pelos efeitos de seu ofício profético e o público a quem foi enviado, composto tanto pelo povo como também pela sua liderança, inclusive os reis de seus dias. Jeremias é conhecido não somente pelas mensagens que entregou durante o seu ministério, mas também pelo sofrimento que isso lhe causou. Isso se confirma em diversos episódios da trajetória deste profeta, especialmente na ordem divina que o privou de “se casar”, “não lamentar os mortos” e “não ir a banquetes” (Jr 16.2.5.8). Por entregar a mensagem de Deus ao povo e principalmente aos reis de seu tempo. Jeremias foi perseguido (Jr 36.26), posto em prisão (37.15-21) e lançado numa cisterna (Jr 38.1-6).
3- Um profeta e cinco reis. O texto de abertura do livro de Jeremias informa que a palavra do Senhor foi a ele nos dias de Josias e nos dias de Jeoaquim até ao fim do ano undécimo de Zedequias (Jr 1.2.3). O destaque a estes três reis se dá em virtude de que eles reinaram por longo tempo, razão pela qual as suas ações são fundamentais no ministério de Jeremias e para a compreensão de suas lições na atualidade. Jeremias profetizou por aproximadamente 40 anos, compreendendo o governo dos seguintes reis: Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Destes cinco reis, Joacaz e Joaquim reinaram somente três meses cada um e ambos “fizeram o que era mal aos olhos do Senhor” (2 Rs 23.31.32; 24.8.9).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jeremias – Um Profeta entre os Reis
1. Jeremias, enviado aos reis (Jr 1.2; 34.1-6)
Análise teológica
Jeremias foi chamado por Deus para transmitir Sua Palavra, não apenas ao povo, mas principalmente aos reis de Judá, como instrumentos de liderança. Os reis deveriam agir conforme os critérios divinos (Dt 17.15-20), sendo agentes do juízo ou da misericórdia de Deus, dependendo da obediência ou rejeição à Palavra.
- Profeta / נָבִיא (navi’): termo hebraico usado para mensageiro de Deus, alguém que fala em nome do Senhor. A raiz נָבָא (naba’) significa “proclamar” ou “anunciar”. Jeremias não falava suas próprias ideias, mas proclamava dabar יהוה – a palavra do Senhor, com autoridade soberana (Jr 1.2; 1.4-10).
- Rei / מֶלֶךְ (melekh): governante político, responsável por liderar o povo segundo a Lei de Deus. O rei deveria ser um servidor do povo e de Deus, mas, muitas vezes, mostrava-se desobediente, como veremos em Jeoaquim e Zedequias.
Aplicação pessoal
A liderança espiritual e política sempre é chamada a ouvir a Palavra de Deus. Rejeitar conselhos divinos acarreta consequências sérias. Hoje, líderes e cristãos comuns devem avaliar suas decisões à luz da Escritura, buscando obedecer antes de tomar iniciativas.
2. O preço por profetizar aos reis
Jeremias não apenas transmitia mensagens confortantes; ele anunciou juízo iminente, o que gerou oposição, perseguição e sofrimento pessoal.
- Palavra-chave: perseguição / רִדָּה (riddah): implica oposição violenta ou hostilidade. Jeremias enfrentou prisão, cisterna e censura (Jr 36.26; 37.15-21; 38.1-6).
- Chamado a sofrer: Deus alertou Jeremias de que a fidelidade à Palavra traria dor, mas também que sua missão era fundamental para o cumprimento do juízo divino.
Aplicação pessoal
Seguir a voz de Deus nem sempre é confortável. A fidelidade pode gerar conflito com o mundo, mas preserva a integridade diante de Deus. Devemos aceitar a possibilidade de sacrifício pessoal para cumprir o propósito divino.
3. Um profeta e cinco reis
Jeremias profetizou por cerca de 40 anos, atravessando os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. A diversidade de personalidades e comportamentos desses reis demonstra o impacto da obedecer ou rejeitar a Palavra de Deus:
Rei
Duração do reinado
Relação com Deus
Consequência
Josias
31 anos
Reformador
Tentou restaurar Judá; morreu tragicamente
Joacaz
3 meses
Mal aos olhos do Senhor
Exílio para o Egito
Jeoaquim
11 anos
Mal
Submissão parcial a Nabucodonosor; exílio posterior
Joaquim
3 meses
Mal
Deposto e levado à Babilônia
Zedequias
11 anos
Mal
Jerusalém destruída; cativeiro babilônico
• Lições: Obediência à Palavra de Deus determina o destino de líderes e nações. A rejeição traz juízo, mesmo que temporariamente adiado.
Análise lexical
- דָּבָר (dabar) – palavra do Senhor, autoridade profética
- מֶלֶךְ (melekh) – rei, representante político e moral
- עָוֹן (avon) – mal, iniquidade, desobediência que leva ao juízo
Aplicações práticas
- Obediência à Palavra: Líderes devem alinhar decisões à vontade de Deus. O pecado da liderança repercute sobre todos sob sua responsabilidade.
- Valor do profeta: Devemos respeitar e ouvir a orientação espiritual, mesmo que incomode ou desafie nossos planos.
- Fidelidade em meio à oposição: Como Jeremias, precisamos manter integridade mesmo quando enfrentar rejeição ou sofrimento.
- História como advertência: Assim como Jeoaquim e Zedequias sofreram por rejeitar a Palavra, decisões humanas têm consequências duradouras.
Tabela Expositiva
Item
Texto
Palavra-chave hebraica
Significado teológico
Aplicação prática
1
Jeremias enviado
נָבִיא (navi’)
Mensageiro de Deus, porta-voz da vontade divina
Obedecer e valorizar a Palavra
2
Rejeição dos reis
עָוֹן (avon)
Mal, transgressão, rejeição de Deus
Rejeição traz consequências; liderança responsável
3
Sofrimento do profeta
רִדָּה (riddah)
Perseguição por fidelidade
Fidelidade pode gerar oposição, mas preserva integridade
4
Diversidade de reis
מֶלֶךְ (melekh)
Liderança humana sob juízo divino
Líderes devem alinhar decisões à vontade de Deus
5
Resultados
מַשְׁמָעוּת (mashma`ut)
Consequência, impacto das escolhas
Escolhas humanas têm efeitos coletivos
Jeremias – Um Profeta entre os Reis
1. Jeremias, enviado aos reis (Jr 1.2; 34.1-6)
Análise teológica
Jeremias foi chamado por Deus para transmitir Sua Palavra, não apenas ao povo, mas principalmente aos reis de Judá, como instrumentos de liderança. Os reis deveriam agir conforme os critérios divinos (Dt 17.15-20), sendo agentes do juízo ou da misericórdia de Deus, dependendo da obediência ou rejeição à Palavra.
- Profeta / נָבִיא (navi’): termo hebraico usado para mensageiro de Deus, alguém que fala em nome do Senhor. A raiz נָבָא (naba’) significa “proclamar” ou “anunciar”. Jeremias não falava suas próprias ideias, mas proclamava dabar יהוה – a palavra do Senhor, com autoridade soberana (Jr 1.2; 1.4-10).
- Rei / מֶלֶךְ (melekh): governante político, responsável por liderar o povo segundo a Lei de Deus. O rei deveria ser um servidor do povo e de Deus, mas, muitas vezes, mostrava-se desobediente, como veremos em Jeoaquim e Zedequias.
Aplicação pessoal
A liderança espiritual e política sempre é chamada a ouvir a Palavra de Deus. Rejeitar conselhos divinos acarreta consequências sérias. Hoje, líderes e cristãos comuns devem avaliar suas decisões à luz da Escritura, buscando obedecer antes de tomar iniciativas.
2. O preço por profetizar aos reis
Jeremias não apenas transmitia mensagens confortantes; ele anunciou juízo iminente, o que gerou oposição, perseguição e sofrimento pessoal.
- Palavra-chave: perseguição / רִדָּה (riddah): implica oposição violenta ou hostilidade. Jeremias enfrentou prisão, cisterna e censura (Jr 36.26; 37.15-21; 38.1-6).
- Chamado a sofrer: Deus alertou Jeremias de que a fidelidade à Palavra traria dor, mas também que sua missão era fundamental para o cumprimento do juízo divino.
Aplicação pessoal
Seguir a voz de Deus nem sempre é confortável. A fidelidade pode gerar conflito com o mundo, mas preserva a integridade diante de Deus. Devemos aceitar a possibilidade de sacrifício pessoal para cumprir o propósito divino.
3. Um profeta e cinco reis
Jeremias profetizou por cerca de 40 anos, atravessando os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. A diversidade de personalidades e comportamentos desses reis demonstra o impacto da obedecer ou rejeitar a Palavra de Deus:
Rei | Duração do reinado | Relação com Deus | Consequência |
Josias | 31 anos | Reformador | Tentou restaurar Judá; morreu tragicamente |
Joacaz | 3 meses | Mal aos olhos do Senhor | Exílio para o Egito |
Jeoaquim | 11 anos | Mal | Submissão parcial a Nabucodonosor; exílio posterior |
Joaquim | 3 meses | Mal | Deposto e levado à Babilônia |
Zedequias | 11 anos | Mal | Jerusalém destruída; cativeiro babilônico |
• Lições: Obediência à Palavra de Deus determina o destino de líderes e nações. A rejeição traz juízo, mesmo que temporariamente adiado.
Análise lexical
- דָּבָר (dabar) – palavra do Senhor, autoridade profética
- מֶלֶךְ (melekh) – rei, representante político e moral
- עָוֹן (avon) – mal, iniquidade, desobediência que leva ao juízo
Aplicações práticas
- Obediência à Palavra: Líderes devem alinhar decisões à vontade de Deus. O pecado da liderança repercute sobre todos sob sua responsabilidade.
- Valor do profeta: Devemos respeitar e ouvir a orientação espiritual, mesmo que incomode ou desafie nossos planos.
- Fidelidade em meio à oposição: Como Jeremias, precisamos manter integridade mesmo quando enfrentar rejeição ou sofrimento.
- História como advertência: Assim como Jeoaquim e Zedequias sofreram por rejeitar a Palavra, decisões humanas têm consequências duradouras.
Tabela Expositiva
Item | Texto | Palavra-chave hebraica | Significado teológico | Aplicação prática |
1 | Jeremias enviado | נָבִיא (navi’) | Mensageiro de Deus, porta-voz da vontade divina | Obedecer e valorizar a Palavra |
2 | Rejeição dos reis | עָוֹן (avon) | Mal, transgressão, rejeição de Deus | Rejeição traz consequências; liderança responsável |
3 | Sofrimento do profeta | רִדָּה (riddah) | Perseguição por fidelidade | Fidelidade pode gerar oposição, mas preserva integridade |
4 | Diversidade de reis | מֶלֶךְ (melekh) | Liderança humana sob juízo divino | Líderes devem alinhar decisões à vontade de Deus |
5 | Resultados | מַשְׁמָעוּת (mashma`ut) | Consequência, impacto das escolhas | Escolhas humanas têm efeitos coletivos |
SUBSÍDIO 1
“O ofício do profeta – Os verdadeiros profetas de Deus foram levantados por Ele para servir como um tipo de terceira ordem, juntamente com o sacerdote e o rei. Seu papel era de origem mais divina e importante do que o rei e o sacerdote: não era, entretanto, oficializado no sentido que eram os outros. De fato, ao invés de transitar nos círculos da política e da religião estabelecida, os profetas agiam por fora, como instrumentos de correção ou conselheiros. Todas as sociedades do mundo antigo tinham seus profetas, mas os de Israel destacavam-se em vários sentidos. Em primeiro lugar, eles tinham a total consciência de que eram chamados por Deus e, se de fato eram servos de Yahweh, adaptavam-se aos estritos critérios necessários à função, a fim de provar a sua credibilidade e genuidade. (MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp. 401.2).
II- JEOAQUIM: O REI QUE REJEITOU A DEUS E À SUA PALAVRA
1- Quem foi o rei Jeoaquim. Com a morte de Josias, o rei da maior reforma religiosa da história de Israel, Jeoacaz, seu filho, o substituiu e reinou por três meses (2 Rs 23.31). Eliaquim, seu irmão, assumiu o trono em seu lugar e teve o seu nome mudado para Jeoaquim pelo Faraó – Neco a quem serviu como rei vassalo. A expressão “e fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus” (2 Cr 36.5) define a triste trajetória deste rei, cujas marcas centrais de seu governo foram a introdução de práticas pagãs e idólatras (Jr 7.16-18; 11.9-13; Ez 8), a frouxidão moral (Jr 5.26-29: 7.1-15) e a perseguição a profetas fiéis (Jr 26.20-23). Jeremias profetizou contra a injustiça praticada por este rei na construção de seu palácio. Ele usou mão de obra escrava (Jr 22.13-19). razão pela qual foi perseguido de forma implacável (11.18-23). Jeoaquim contribuiu diretamente com o enfraquecimento dos efeitos positivos da reforma religiosa promovida por Josias, seu pai, e veio a morrer no ano 598 a.C.
2- Jeoaquim, o rei que rejeitou a mensagem de Deus. Jeoaquim reinou por cerca de onze anos, período no qual Jeremias atuou como profeta. O episódio em que Jeoaquim corta e lança ao fogo o pergaminho com a mensagem de Deus enviada por Jeremias através de Baruque, além de ser um dos mais marcantes, mostra de forma clara como o rei lidava, não somente com o profeta, mas principalmente com a Palavra de Deus (Jr 36.1-32). Aproveitando o grande número de pessoas em torno do Templo, por causa da convocação de um jejum, sob a orientação divina, Jeremias, que estava impedido de ir à Casa do Senhor, ditou a mensagem ao escriba Baruque lhe dando a missão de transmiti-la ao povo (Jr 36.5.6). A mensagem proclamada na Casa do Senhor repercutiu junto ao rei que, ao ouvi-la, cortou em pedaços o pergaminho e lançou-os no fogo (vv. 22,23). De todos os erros de Jeoaquim, este, certamente, foi o mais grave, pois o texto informa que “não temeram, nem rasgaram as suas vestes o rei e todos os seus servos que ouviram todas aquelas palavras” (v. 24). Além de rejeitar a Palavra de Deus, o rei ordenou que o mensageiro fosse perseguido, entrando assim para a história como um dos reis que não deu ouvidos ao conselho de Deus pelo profeta (v. 26).
3- A rejeição da Palavra de Deus e as suas consequências. Rejeitar a Palavra de Deus é um ato de insubmissão e de rebeldia. Contudo, aceitá-la e submeter-se a ela é demonstração de amor ao Senhor (Jo 14.15,21,23,24). O rei Jeoaquim rejeitou a Palavra do Senhor, perseguiu o profeta e decidiu andar pelos seus próprios caminhos, como se vê na decisão que tomou em rebelar-se contra Nabucodonosor (2 Rs 24.1), vindo a ser duramente punido (2 Rs 24.2; Jr 35.11) e, na sua morte não foi honrado e nem por ele houve quem lamentasse (Jr 22.18.19: 36.30). Já o profeta que por ele foi perseguido, experimentou a proteção divina (Jr 36.26), e quanto à Palavra de Deus que Jeoaquim rejeitou. Jeremias ditou o mesmo conteúdo para que Baruque reescrevesse “e ainda se acrescentaram a elas muitas palavras semelhantes” (36.32).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jeoaquim – O Rei que Rejeitou a Deus e Sua Palavra
1. Quem foi Jeoaquim
Jeoaquim, originalmente chamado Eliaquim, teve seu nome mudado pelo faraó Neco ao assumir o trono como vassalo do Egito (2 Cr 36.5). Seu reinado de 11 anos é marcado por:
- Desobediência a Deus: Introduziu práticas pagãs e idólatras (Jr 7.16-18; Ez 8).
- Frouxidão moral e social: Injustiça, exploração de trabalhadores na construção de seu palácio (Jr 22.13-19).
- Perseguição a profetas fiéis: Jeoaquim perseguiu aqueles que proclamavam a Palavra de Deus, incluindo Jeremias.
Análise lexical
- Mau / רָע (ra’): termo hebraico que indica não apenas maldade moral, mas rebeldia contra Deus e sua lei.
- Injustiça / עָוֹן (avon): iniquidade, transgressão deliberada. Reflete o caráter rebelde e insubmisso do rei.
Aplicação pessoal
O exemplo de Jeoaquim alerta líderes e cristãos sobre o perigo de priorizar interesses pessoais ou políticos acima da obediência a Deus. A justiça e a moralidade devem refletir a Palavra divina.
2. Rejeição da mensagem de Deus
O episódio mais emblemático do reinado de Jeoaquim é quando cortou e queimou o pergaminho contendo a Palavra de Deus que Jeremias ditou a Baruque (Jr 36.22-23):
- A palavra pergaminho / סֵפֶר (sefer) indica registro da Palavra de Deus; ao destruí-lo, Jeoaquim demonstrou desprezo total pela autoridade divina.
- O texto enfatiza que nem o rei nem seus servos “temeram” nem “rasgaram suas vestes” (Jr 36.24).
- Mesmo diante da advertência clara, Jeoaquim decidiu andar segundo seus próprios caminhos, rejeitando conselhos divinos e alianças sábias (2 Rs 24.1).
Análise lexical
- Temer / יָרֵא (yare’): no contexto hebraico, temor a Deus envolve respeito, reverência e submissão à autoridade divina.
- Rebelião / מָרָד (marad): indica resistência ativa à vontade de Deus e às instruções de Seus profetas.
Aplicação pessoal
Rejeitar a Palavra de Deus resulta em consequências inevitáveis, enquanto aceitar e obedecer produz proteção divina e sabedoria (Jr 36.26). Devemos avaliar se nossa vida está alinhada com a Palavra ou se seguimos caminhos próprios.
3. Consequências da rejeição
Jeoaquim sofreu consequências diretas e históricas:
- Punido por sua rebeldia: Rebelião contra Nabucodonosor levou ao enfraquecimento político e à destruição subsequente de Jerusalém (2 Rs 24.2; Jr 35.11).
- Desonra na morte: Jeremias profetizou que não haveria luto por ele, mostrando a vergonha de sua trajetória (Jr 22.18-19; 36.30).
- Proteção divina sobre o profeta: Jeremias, fiel à Palavra, foi preservado apesar da perseguição (Jr 36.26).
- Perseverança da Palavra: Deus não permite que Sua mensagem seja destruída; Baruque reescreveu o pergaminho com acréscimos (Jr 36.32).
Aplicação pessoal
O caso de Jeoaquim ilustra que a rejeição da Palavra de Deus traz consequências coletivas e pessoais, enquanto a fidelidade à Palavra promove proteção e preservação. Hoje, a obediência à Escritura deve guiar decisões em todas as esferas da vida: pessoal, familiar, profissional e espiritual.
Tabela Expositiva
Item
Texto
Palavra hebraica
Significado teológico
Aplicação prática
1
Jeoaquim reinou 11 anos
רָע (ra’)
Maldade, rebeldia contra Deus
Obedecer à Palavra evita destruição pessoal e coletiva
2
Rejeição da Palavra
סֵפֶר (sefer)
Pergaminho / registro da Palavra de Deus
Não desprezar conselhos e instruções divinas
3
Falta de temor
יָרֵא (yare’)
Respeito e reverência a Deus
Cultivar temor e reverência na vida diária
4
Rebelião
מָרָד (marad)
Resistência ativa à vontade divina
Submeter planos e decisões à orientação divina
5
Consequências
עָוֹן (avon)
Iniquidade, transgressão
Reconhecer que a desobediência traz juízo; a fidelidade traz proteção
Jeoaquim – O Rei que Rejeitou a Deus e Sua Palavra
1. Quem foi Jeoaquim
Jeoaquim, originalmente chamado Eliaquim, teve seu nome mudado pelo faraó Neco ao assumir o trono como vassalo do Egito (2 Cr 36.5). Seu reinado de 11 anos é marcado por:
- Desobediência a Deus: Introduziu práticas pagãs e idólatras (Jr 7.16-18; Ez 8).
- Frouxidão moral e social: Injustiça, exploração de trabalhadores na construção de seu palácio (Jr 22.13-19).
- Perseguição a profetas fiéis: Jeoaquim perseguiu aqueles que proclamavam a Palavra de Deus, incluindo Jeremias.
Análise lexical
- Mau / רָע (ra’): termo hebraico que indica não apenas maldade moral, mas rebeldia contra Deus e sua lei.
- Injustiça / עָוֹן (avon): iniquidade, transgressão deliberada. Reflete o caráter rebelde e insubmisso do rei.
Aplicação pessoal
O exemplo de Jeoaquim alerta líderes e cristãos sobre o perigo de priorizar interesses pessoais ou políticos acima da obediência a Deus. A justiça e a moralidade devem refletir a Palavra divina.
2. Rejeição da mensagem de Deus
O episódio mais emblemático do reinado de Jeoaquim é quando cortou e queimou o pergaminho contendo a Palavra de Deus que Jeremias ditou a Baruque (Jr 36.22-23):
- A palavra pergaminho / סֵפֶר (sefer) indica registro da Palavra de Deus; ao destruí-lo, Jeoaquim demonstrou desprezo total pela autoridade divina.
- O texto enfatiza que nem o rei nem seus servos “temeram” nem “rasgaram suas vestes” (Jr 36.24).
- Mesmo diante da advertência clara, Jeoaquim decidiu andar segundo seus próprios caminhos, rejeitando conselhos divinos e alianças sábias (2 Rs 24.1).
Análise lexical
- Temer / יָרֵא (yare’): no contexto hebraico, temor a Deus envolve respeito, reverência e submissão à autoridade divina.
- Rebelião / מָרָד (marad): indica resistência ativa à vontade de Deus e às instruções de Seus profetas.
Aplicação pessoal
Rejeitar a Palavra de Deus resulta em consequências inevitáveis, enquanto aceitar e obedecer produz proteção divina e sabedoria (Jr 36.26). Devemos avaliar se nossa vida está alinhada com a Palavra ou se seguimos caminhos próprios.
3. Consequências da rejeição
Jeoaquim sofreu consequências diretas e históricas:
- Punido por sua rebeldia: Rebelião contra Nabucodonosor levou ao enfraquecimento político e à destruição subsequente de Jerusalém (2 Rs 24.2; Jr 35.11).
- Desonra na morte: Jeremias profetizou que não haveria luto por ele, mostrando a vergonha de sua trajetória (Jr 22.18-19; 36.30).
- Proteção divina sobre o profeta: Jeremias, fiel à Palavra, foi preservado apesar da perseguição (Jr 36.26).
- Perseverança da Palavra: Deus não permite que Sua mensagem seja destruída; Baruque reescreveu o pergaminho com acréscimos (Jr 36.32).
Aplicação pessoal
O caso de Jeoaquim ilustra que a rejeição da Palavra de Deus traz consequências coletivas e pessoais, enquanto a fidelidade à Palavra promove proteção e preservação. Hoje, a obediência à Escritura deve guiar decisões em todas as esferas da vida: pessoal, familiar, profissional e espiritual.
Tabela Expositiva
Item | Texto | Palavra hebraica | Significado teológico | Aplicação prática |
1 | Jeoaquim reinou 11 anos | רָע (ra’) | Maldade, rebeldia contra Deus | Obedecer à Palavra evita destruição pessoal e coletiva |
2 | Rejeição da Palavra | סֵפֶר (sefer) | Pergaminho / registro da Palavra de Deus | Não desprezar conselhos e instruções divinas |
3 | Falta de temor | יָרֵא (yare’) | Respeito e reverência a Deus | Cultivar temor e reverência na vida diária |
4 | Rebelião | מָרָד (marad) | Resistência ativa à vontade divina | Submeter planos e decisões à orientação divina |
5 | Consequências | עָוֹן (avon) | Iniquidade, transgressão | Reconhecer que a desobediência traz juízo; a fidelidade traz proteção |
SUBSÍDIO 2
“Jeoaquim. O segundo dos filhos do rei Josias a reinar sobre Judá (r. 609-598 a.C.). A sua mãe era Zebida. Jeoaquim ‘fez o que era mal aos olhos do Senhor’ (2 Rs 23.37), e o seu reinado de onze anos está registrado em 2 Reis 23.34-24.6 e 2 Crônicas 36.4-8. Ele tinha vinte e cinco anos quando o faraó Neco depôs o seu irmão Jeoacaz e fê-lo rei, mudando o seu nome de nascimento, “Eliaquim”, para ‘Jeoaquim’. Inicialmente, pagou tributo ao Egito, mas tornou-se vassalo da Babilônia quando Nabucodonosor derrotou Neco em 605 a.C. Jeremias profetizou exílio e morte por causa da sua ganância e opressão dos pobres (Jr 22.13-19). Jeoaquim queimou o rolo de Jeremias e tentou prender o profeta, mas foi frustrado por Deus (Jr 36.20-26); matou, no entanto, o profeta Urias (Jr 26.20-23). Jeoaquim ignorou o conselho de Jeremias e rebelou-se contra a Babilônia, de modo que Nabucodonosor revidou primeiro enviando pequenos bandos militares, depois sitiando Jerusalém e capturando Jeoaquim. Provavelmente, morreu no exílio.” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023. p. 270.)
III- ZEDEQUIAS: O REI DAS INCERTEZAS
1- Quem foi o rei Zedequias. Joaquim reinou no lugar de Jeoaquim por apenas três meses e foi substituído por seu tio Matanias, que teve o seu nome mudado pelo rei da Babilônia para Zedequias (2 Rs 24.17). De acordo com o registro bíblico, Zedequias andou nos mesmos caminhos de Jeoaquim e “fez o que era mal aos olhos do Senhor” (2 Rs 24.19) e o seu governo foi, ao que parece, a aplicação da ira de Deus contra Judá. Zedequias assumiu o trono de Judá aos vinte e cinco anos de idade e reinou por onze anos. Ele não se rendeu à vontade de Deus, nem aceitou a mensagem dEle por meio de Jeremias e, pela dureza de seu coração “não se converteu ao Senhor” (2 Cr 36.11-13). Zedequias teve de amargar a experiência da última e mais trágica das invasões da Babilônia em Jerusalém, culminando com a sua destruição total, conforme profetizado por Jeremias (Jr 34.1-6). Isso tudo porque, à semelhança de Jeoaquim, Zedequias não deu ouvidos à voz de Deus e padeceu de um grande mal.
2- Zedequias, o rei das incertezas. Como se sabe, Zedequias era ainda bem jovem quando assumiu o reinado de Judá e, embora, segundo as Escrituras, tenha trilhado por caminhos que não agradaram a Deus, ele consultou Jeremias por algumas vezes (Jr 21.1-7: 37.3. 17-21: 38.7-28), o que demonstra, em alguma medida, um certo interesse por tentar andar pelo caminho correto. Há duas situações por meio das quais é possível notar a fraqueza deste rei: a primeira é que não tinha forças suficientes para liderar os oficiais de seu governo (Jr 38.5) e a segunda é que não tinha medo da opinião popular (Jr 19: 24). Definitivamente, o reino de Zedequias foi marcado por incertezas advindas de sua fraqueza pessoal, como se vê no episódio em que o profeta o aconselha a entregar-se ao governo de Babilônia, como sinal de humilhação e aceitação da disciplina de Deus. No entanto, ainda que por um momento ele tenha pensado em cumprir a ordem divina, todavia, por causa de suas preocupações com os de fora, optou por ir contra a vontade divina (Jr 38.14-23). Zedequias, portanto, foi um rei que sofreu os danos, e ainda submeteu uma nação inteira à vergonha e à destruição, por causa de sua fraqueza, demonstrada na incerteza em relação a aceitar e obedecer a Palavra de Deus.
3- A incerteza de um rei e as suas consequências. Uma das qualidades que Deus requer daqueles que lideram sobre o seu povo é “força e coragem”. como se vê em suas palavras quando Josué recebeu a incumbência de substituir Moisés (Js 1.9). Estas qualidades são encontradas em Gideão, aliás, elas lhes renderam o elogio que recebeu do próprio Senhor (Jz 6.12,14). Ao contrário disso, o rei Zedequias teve em sua fraqueza a raiz de todos os males em sua trajetória, pois dela resultou a sua incerteza nos momentos nos quais ele teve de tomar decisões importantes. Ele não se submeteu à mensagem de Deus transmitida por meio do profeta Jeremias. Como consequência, o juízo de Deus se manifestou, permitindo que o rei da Babilônia matasse os seus filhos à sua vista, lhe tirasse os seus olhos e destruísse as casas de seu povo e a própria Jerusalém (Jr 39.6-8). Não ouvir os conselhos de Deus por meio de Jeremias custou caro a Zedequias.
CONCLUSÃO
Ouvir os conselhos divinos e viver de acordo com eles é ter a garantia de uma vida protegida pelo Senhor. Por outro lado, rejeitá-los, à semelhança de Jeoaquim e de Zedequias, é uma escolha insensata, arriscada e perigosa. Vimos nesta lição que o principio da obediência aos conselhos de Deus serve para todos indistintamente, e que este é o caminho para uma vida longa, sossegada e abençoada.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Zedequias – O Rei das Incertezas
1. Quem foi Zedequias
Zedequias, originalmente Matanias, teve seu nome mudado pelo rei da Babilônia ao assumir o trono (2 Rs 24.17). Seu reinado de 11 anos é marcado por:
- Desobediência a Deus: Assim como Jeoaquim, fez o que era mau aos olhos do Senhor (2 Rs 24.19).
- Fraqueza e incerteza: Era jovem, sem força suficiente para liderar os oficiais, e inseguro em relação à sua população (Jr 38.5; 19.24).
- Consequências históricas: O reino de Judá entrou em colapso político, econômico e espiritual, culminando na destruição de Jerusalém (Jr 34.1-6; 39.6-8).
Análise lexical
- Mau / רָע (ra’): aqui denota rebeldia ativa e falta de submissão à vontade de Deus.
- Incerteza / חֲסַר עָז (ḥasar ‘az): falta de força, vigor ou coragem para tomar decisões firmes; indica indecisão em liderança.
- Obediência / שָׁמַע (shama‘): escutar atentamente e submeter-se à instrução divina; Zedequias falhou nesse ponto.
Aplicação pessoal
O exemplo de Zedequias nos alerta sobre decisões hesitantes e a busca de agradar a homens em vez de obedecer a Deus. A liderança cristã, familiar ou profissional exige coragem e firmeza fundamentadas na Palavra de Deus.
2. Zedequias, o rei das incertezas
Apesar de sua fraqueza, Zedequias consultou Jeremias ocasionalmente (Jr 21.1-7; 37.3; 38.7-28), mas a consulta não se converteu em submissão à vontade divina:
- Demonstrou interesse momentâneo pela obediência, mas cedeu à pressão humana e optou por seguir caminhos próprios.
- Sua incerteza e falta de coragem comprometeram todo o reino de Judá, expondo a população à vergonha, destruição e exílio (Jr 38.14-23).
- O texto evidencia a fraqueza do rei em confiar plenamente na direção divina.
Análise lexical
- Consultou / שָׁאַל (sha’al): aqui indica pedido de conselho ou interrogação; Zedequias pediu orientação, mas não praticou submissão.
- Incerteza / אֵין חָזֹון (ein ḥazon): ausência de visão clara; representa a incapacidade de agir com discernimento e firmeza.
Aplicação pessoal
Muitas pessoas e líderes modernos vivem em insegurança espiritual, consultando a Palavra de Deus apenas parcialmente ou de forma superficial. Devemos ouvir, submeter-nos e agir com coragem e fé, não apenas ouvir para acalmar a consciência.
3. Consequências da rejeição e hesitação
O rei Zedequias experimentou o resultado da desobediência e da incerteza:
- Castigo severo de Deus: Seus filhos foram mortos diante dele, seus olhos cegados, e ele próprio foi levado cativo para a Babilônia (Jr 39.6-8).
- Destruição de Jerusalém e do Templo: Demonstração da gravidade de rejeitar conselhos divinos.
- Vergonha nacional: A nação de Judá sofreu as consequências de um líder fraco e desobediente.
Aplicação pessoal
A história de Zedequias nos lembra que obedecer a Deus e seguir Seus conselhos é proteger nossa vida e as pessoas sob nossa responsabilidade. A hesitação e o medo de enfrentar a oposição podem levar a consequências graves, espirituais e materiais.
Tabela Expositiva: Zedequias
Item
Texto
Palavra hebraica
Significado teológico
Aplicação prática
1
Mal aos olhos de Deus
רָע (ra’)
Rebeldia, insubmissão
Evitar caminhos contrários à vontade de Deus
2
Fraqueza / incerteza
חֲסַר עָז (ḥasar ‘az)
Falta de força e coragem
Cultivar confiança e firmeza nas decisões
3
Consultou Jeremias
שָׁאַל (sha’al)
Perguntar, buscar conselho
Ouvir a Palavra e praticar obediência, não só ouvir
4
Rejeição da ordem divina
אֵין חָזֹון (ein ḥazon)
Ausência de visão espiritual
Buscar discernimento e clareza na liderança
5
Consequências
נָגַף (nagaṡ)
Castigo ou golpe divino
A desobediência traz juízo; a submissão traz proteção e bênção
Conclusão Teológica e Aplicação Pessoal
Zedequias, assim como Jeoaquim, desprezou a Palavra e os conselhos de Deus, buscando agradar aos homens. Sua história evidencia que:
- Ouvir a Palavra de Deus e obedecer garante proteção e direção divina.
- A hesitação em seguir a vontade divina gera perda, vergonha e sofrimento.
- A liderança cristã exige coragem, firmeza e submissão à autoridade de Deus.
Aplicação: Devemos avaliar nossas decisões diárias à luz da Palavra, não cedendo à pressão alheia ou à indecisão, mas agindo com fé, coragem e sabedoria para honrar a Deus e proteger aqueles sob nossa responsabilidade.
Zedequias – O Rei das Incertezas
1. Quem foi Zedequias
Zedequias, originalmente Matanias, teve seu nome mudado pelo rei da Babilônia ao assumir o trono (2 Rs 24.17). Seu reinado de 11 anos é marcado por:
- Desobediência a Deus: Assim como Jeoaquim, fez o que era mau aos olhos do Senhor (2 Rs 24.19).
- Fraqueza e incerteza: Era jovem, sem força suficiente para liderar os oficiais, e inseguro em relação à sua população (Jr 38.5; 19.24).
- Consequências históricas: O reino de Judá entrou em colapso político, econômico e espiritual, culminando na destruição de Jerusalém (Jr 34.1-6; 39.6-8).
Análise lexical
- Mau / רָע (ra’): aqui denota rebeldia ativa e falta de submissão à vontade de Deus.
- Incerteza / חֲסַר עָז (ḥasar ‘az): falta de força, vigor ou coragem para tomar decisões firmes; indica indecisão em liderança.
- Obediência / שָׁמַע (shama‘): escutar atentamente e submeter-se à instrução divina; Zedequias falhou nesse ponto.
Aplicação pessoal
O exemplo de Zedequias nos alerta sobre decisões hesitantes e a busca de agradar a homens em vez de obedecer a Deus. A liderança cristã, familiar ou profissional exige coragem e firmeza fundamentadas na Palavra de Deus.
2. Zedequias, o rei das incertezas
Apesar de sua fraqueza, Zedequias consultou Jeremias ocasionalmente (Jr 21.1-7; 37.3; 38.7-28), mas a consulta não se converteu em submissão à vontade divina:
- Demonstrou interesse momentâneo pela obediência, mas cedeu à pressão humana e optou por seguir caminhos próprios.
- Sua incerteza e falta de coragem comprometeram todo o reino de Judá, expondo a população à vergonha, destruição e exílio (Jr 38.14-23).
- O texto evidencia a fraqueza do rei em confiar plenamente na direção divina.
Análise lexical
- Consultou / שָׁאַל (sha’al): aqui indica pedido de conselho ou interrogação; Zedequias pediu orientação, mas não praticou submissão.
- Incerteza / אֵין חָזֹון (ein ḥazon): ausência de visão clara; representa a incapacidade de agir com discernimento e firmeza.
Aplicação pessoal
Muitas pessoas e líderes modernos vivem em insegurança espiritual, consultando a Palavra de Deus apenas parcialmente ou de forma superficial. Devemos ouvir, submeter-nos e agir com coragem e fé, não apenas ouvir para acalmar a consciência.
3. Consequências da rejeição e hesitação
O rei Zedequias experimentou o resultado da desobediência e da incerteza:
- Castigo severo de Deus: Seus filhos foram mortos diante dele, seus olhos cegados, e ele próprio foi levado cativo para a Babilônia (Jr 39.6-8).
- Destruição de Jerusalém e do Templo: Demonstração da gravidade de rejeitar conselhos divinos.
- Vergonha nacional: A nação de Judá sofreu as consequências de um líder fraco e desobediente.
Aplicação pessoal
A história de Zedequias nos lembra que obedecer a Deus e seguir Seus conselhos é proteger nossa vida e as pessoas sob nossa responsabilidade. A hesitação e o medo de enfrentar a oposição podem levar a consequências graves, espirituais e materiais.
Tabela Expositiva: Zedequias
Item | Texto | Palavra hebraica | Significado teológico | Aplicação prática |
1 | Mal aos olhos de Deus | רָע (ra’) | Rebeldia, insubmissão | Evitar caminhos contrários à vontade de Deus |
2 | Fraqueza / incerteza | חֲסַר עָז (ḥasar ‘az) | Falta de força e coragem | Cultivar confiança e firmeza nas decisões |
3 | Consultou Jeremias | שָׁאַל (sha’al) | Perguntar, buscar conselho | Ouvir a Palavra e praticar obediência, não só ouvir |
4 | Rejeição da ordem divina | אֵין חָזֹון (ein ḥazon) | Ausência de visão espiritual | Buscar discernimento e clareza na liderança |
5 | Consequências | נָגַף (nagaṡ) | Castigo ou golpe divino | A desobediência traz juízo; a submissão traz proteção e bênção |
Conclusão Teológica e Aplicação Pessoal
Zedequias, assim como Jeoaquim, desprezou a Palavra e os conselhos de Deus, buscando agradar aos homens. Sua história evidencia que:
- Ouvir a Palavra de Deus e obedecer garante proteção e direção divina.
- A hesitação em seguir a vontade divina gera perda, vergonha e sofrimento.
- A liderança cristã exige coragem, firmeza e submissão à autoridade de Deus.
Aplicação: Devemos avaliar nossas decisões diárias à luz da Palavra, não cedendo à pressão alheia ou à indecisão, mas agindo com fé, coragem e sabedoria para honrar a Deus e proteger aqueles sob nossa responsabilidade.
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Adultos (sem limites de idade).
CONECTAR+ Jovens (A partir de 18 anos);
VIVER+ adolescentes (15 e 17 anos);
SABER+ Pré-Teen (9 e 11 anos)em pdf;
APRENDER+ Primários (6 e 8 anos)em pdf;
CRESCER+ Maternal (2 e 3 anos);
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