VERSÍCULO DO DIA “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor. mas recebestes o espírito de adoção de f...
VERSÍCULO DO DIA
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor. mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espirita testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus·. Rm 8.15.16
VERDADE APLICADA
A adoção pela Obra do Filho permite que os redimidos desfrutem da comunhão eterna com Deus Pai.
Textos de Referência: Rm 8.15-23; Gl 4.5
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
TEXTO-CHAVE
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor; mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” — Romanos 8:15–16 (paráfrase baseada no texto português clássico).
1. O que o texto afirma — leitura sintética
Paulo contrapõe duas condições espirituais: a condição de escravidão (medo, sujeição) e a condição de adoção (υἱοθεσία / huiothesia) como filhos de Deus. Essa adoção é operada pelo Espírito Santo: recebemos não um espírito que escraviza (εἰς φόβον) mas um Espírito de filiação (πνεῦμα υἱοθεσίας) que nos capacita a clamar Abba, Pai — expressão íntima e filial — e que, por fim, testemunha com o nosso espírito (συμμαρτυρεῖ τῷ ἰδίῳ πνεύματι) a nova filiação. Em Rm 8:19–23 Paulo amplia: toda a criação geme e aguarda a plena revelação dos filhos de Deus; nós mesmos gememos, aguardando a redenção do corpo. Em Gl 4:5 ele resume a obra: Cristo veio para resgatar e conceder a adoção.
2. Análise lexical (grego) — palavras-chaves e sua carga teológica
- πνεῦμα (pneuma) — “espírito/ Espírito”: aqui denota tanto o Espírito Santo (o agente divino) quanto, em outros contextos, o espírito humano. Paulo joga com essa polissemia: o Espírito (ὁ Ἅγιος) e o πνεῦμα ἡμῶν (nosso espírito) interagem.
- πνεῦμα δουλείας (pneuma douleias) — “espírito de escravidão”
- δουλεία (douleia) = escravidão, servidão. Esse “espírito” descreve a condição anterior: medo, sujeição à lei/circunstâncias, insegurança. É o espírito que produz temor religioso (ἐις φόβον) — uma religiosidade que escraviza.
- πνεῦμα υἱοθεσίας (pneuma huiothesias) — “espírito de adoção (como filhos)”
- υἱοθεσία (huiothesia) = adoção de filhos (de υἱός = filho + τιθημι? historically formed). É o termo técnico para a nova posição relacional que Deus concede: não apenas perdão, mas ser constituído filho com todos os direitos e dignidade inerentes.
- κράζομεν Ἀββά ὁ πατήρ (krazomen Abba ho patēr) — “clamamos: Abba, Pai”
- Ἀββά é aramaico transliterado (Abba), palavra íntima — “papai”, expressão filial que indica profunda confiança e familiaridade com Deus. Paulo mostra que a experiência do Espírito gera oração íntima e confiança filial.
- συμμαρτυρεῖ (summartyrei) — “testifica juntamente, dá testemunho com”
- O Espírito Santo testemunha com (not: contra us) o nosso espírito que somos τέκνα θεοῦ (tekna theou — filhos/filhas de Deus). Essa co-testemunha é garantia interior da nossa adoção e fonte de segurança.
- τέκνα / υἱοί (tekna / huioi) — “filhos/menores” e “filhos (masculino)”: Paulo usa ambas para expressar a realidade plena da filiação — tanto em dignidade quanto em funcion. Em Rom 8:23 aparece também a expectativa da ἀπολύτρωσις τῆς σαρκὸς ἡμῶν (apolutrōsis tēs sarkos hēmōn) — redenção dos corpos.
- Gal 4.5 — ἵνα τὴν υἱοθεσίαν λάβωμεν (hina tēn huiothesian labōmen) — “para que recebêssemos a adoção”
- Em Gálatas Paulo liga a obra redentora de Cristo com a finalidade da adoção: a cruz e a ressurreição libertam-nos da servidão (lei/mundo) para que possamos assumir a condição de filhos.
3. Implicações teológicas — o que Paulo quer nos ensinar
- A filiação é relacional, não meramente jurídica.
A salvação não se reduz a justificativa judicial (perdão); inclui relação: Deus nos torna filhos. Isso transforma identidade, adoração, oração e teologia prática. - O Espírito é o selo e a garantia da filiação.
A presença do Espírito é prova interna (Romans 8:16) e garantia escatológica (8:23). Não dependemos só de sinais exteriores; o Espírito testifica no íntimo que pertencemos a Deus. - Liberdade versus escravidão espiritual.
Antes: “espírito de escravidão… para outra vez estardes em temor” — medo que paralisa a vida cristã. Agora: liberdade filial que possibilita adoração espontânea, confiança e serviço alegre. - Adoção tem consequência ética.
Filho (τέκνον) implica herdeiro com responsabilidades: viver como quem recebeu um nome e uma herança (Rom 8:17 — sócio·κληρονόμοι). Filiação gera conformidade com o Pai e participação na missão. - Eschatologia corporativa e corporal.
Em Rom 8:19–23 a filiação está ligada à revelação futura: “a criação geme”, e nós aguardamos a redenção de nossos corpos — adoção plena inclui corpo e cosmos redimidos. - Cristologia funcional.
Em Gl 4:4–5 e Rom 8, a obra de Cristo (encarnação, redenção) é o meio necessário para que a adoção seja possível. A humanidade de Cristo é ponte para nossa filiação.
4. Aplicação prática — como isto muda a vida do cristão
- Identidade segura:
Saia do padrão de viver “para provar” e entre na liberdade de quem já é filho. Quando o Espírito testifica, sua identidade não depende da performance, mas da graça. - Oração íntima:
Cultive a oração “Abba” — não apenas fórmulas, mas relacionamento infantil: confiança, honestidade, dependência. - Liberdade do medo:
Identifique medos espirituais que lembram “espírito de escravidão” (medo de julgamento, de desaprovação, de falhar). Substitua-os por confiança filial. - Vida ética e missionária:
Como filhos-herdeiros, assumimos responsabilidade: cuidado pelos outros, justiça, serviço no mundo (herança que se compartilha). - Esperança escatológica:
Sofrimentos presentes são compatíveis com a certeza futura: aguardamos a plena adoção — redenção do corpo e restauração da criação. Isso transforma sofrimento em esperança ativa.
5. Tabela expositiva — elementos-chave para slide/folheto
Item
Texto
Termo Grego
Significado
Implicação prática
Espírito de escravidão
Rm 8:15
πνεῦμα δουλείας
Condição de medo, servidão religiosa
Identificar e renunciar a medos que escravizam
Espírito de adoção
Rm 8:15
πνεῦμα υἱοθεσίας
Espírito que nos faz filhos de Deus
Viver em liberdade e confiança filial
Clamor filial
Rm 8:15
κράζομεν Ἀββᾶ
“Abba, Pai” — expressão íntima
Desenvolver oração confiante e pessoal
Testemunho interior
Rm 8:16
συμμαρτυρεῖ τῷ ἰδίῳ πνεύματι
O Espírito confirma interiormente nossa filiação
Segurança na experiência espiritual; não only external signs
Adoção recebida por Cristo
Gl 4:5
ἵνα τὴν υἱοθεσίαν λάβωμεν
Finalidade da obra de Cristo
Gratidão, fé na obra redentora de Cristo
Herdeiros com Cristo
Rm 8:17
συγκληρονόμοι (sugklēronomoi)
Participação na herança de Cristo
Vida de missão, sofrimento com esperança
Escatologia da criação
Rm 8:19–23
ἀπολύτρωσις τῆς σαρκὸς
Redenção dos corpos e restauração da criação
Esperança na ressurreição corporal e renovação cósmica
6. Pequeno roteiro devocional (2–3 passos) para pôr em prática hoje
- Silêncio e reconhecimento (2–3 min): peça ao Espírito que revele medos que o têm escravizado. Confesse-os.
- Clame “Abba” (1–2 min): faça uma oração espontânea utilizando essa palavra — entregue-lhe uma área específica (medo, identidade, família).
- Compromisso prático: escolha uma atitude concreta de liberdade (perdoar alguém, testemunhar, servir) e faça um primeiro passo nesta semana.
7. Conclusão
Romanos 8:15–16 (com o pano de fundo de Rom 8.19–23 e Gl 4.5) revela a grande verdade cristã: não somos mais escravos; somos filhos adotivos de Deus, e o Espírito é a garantia dessa filiação. Essa filiação transforma identidade, oração, ética e esperança: somos herdeiros com Cristo, vivemos não pelo medo, mas pela confiança filial, e aguardamos a plena revelação da nossa adoção — a redenção dos corpos e da criação.
TEXTO-CHAVE
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor; mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” — Romanos 8:15–16 (paráfrase baseada no texto português clássico).
1. O que o texto afirma — leitura sintética
Paulo contrapõe duas condições espirituais: a condição de escravidão (medo, sujeição) e a condição de adoção (υἱοθεσία / huiothesia) como filhos de Deus. Essa adoção é operada pelo Espírito Santo: recebemos não um espírito que escraviza (εἰς φόβον) mas um Espírito de filiação (πνεῦμα υἱοθεσίας) que nos capacita a clamar Abba, Pai — expressão íntima e filial — e que, por fim, testemunha com o nosso espírito (συμμαρτυρεῖ τῷ ἰδίῳ πνεύματι) a nova filiação. Em Rm 8:19–23 Paulo amplia: toda a criação geme e aguarda a plena revelação dos filhos de Deus; nós mesmos gememos, aguardando a redenção do corpo. Em Gl 4:5 ele resume a obra: Cristo veio para resgatar e conceder a adoção.
2. Análise lexical (grego) — palavras-chaves e sua carga teológica
- πνεῦμα (pneuma) — “espírito/ Espírito”: aqui denota tanto o Espírito Santo (o agente divino) quanto, em outros contextos, o espírito humano. Paulo joga com essa polissemia: o Espírito (ὁ Ἅγιος) e o πνεῦμα ἡμῶν (nosso espírito) interagem.
- πνεῦμα δουλείας (pneuma douleias) — “espírito de escravidão”
- δουλεία (douleia) = escravidão, servidão. Esse “espírito” descreve a condição anterior: medo, sujeição à lei/circunstâncias, insegurança. É o espírito que produz temor religioso (ἐις φόβον) — uma religiosidade que escraviza.
- πνεῦμα υἱοθεσίας (pneuma huiothesias) — “espírito de adoção (como filhos)”
- υἱοθεσία (huiothesia) = adoção de filhos (de υἱός = filho + τιθημι? historically formed). É o termo técnico para a nova posição relacional que Deus concede: não apenas perdão, mas ser constituído filho com todos os direitos e dignidade inerentes.
- κράζομεν Ἀββά ὁ πατήρ (krazomen Abba ho patēr) — “clamamos: Abba, Pai”
- Ἀββά é aramaico transliterado (Abba), palavra íntima — “papai”, expressão filial que indica profunda confiança e familiaridade com Deus. Paulo mostra que a experiência do Espírito gera oração íntima e confiança filial.
- συμμαρτυρεῖ (summartyrei) — “testifica juntamente, dá testemunho com”
- O Espírito Santo testemunha com (not: contra us) o nosso espírito que somos τέκνα θεοῦ (tekna theou — filhos/filhas de Deus). Essa co-testemunha é garantia interior da nossa adoção e fonte de segurança.
- τέκνα / υἱοί (tekna / huioi) — “filhos/menores” e “filhos (masculino)”: Paulo usa ambas para expressar a realidade plena da filiação — tanto em dignidade quanto em funcion. Em Rom 8:23 aparece também a expectativa da ἀπολύτρωσις τῆς σαρκὸς ἡμῶν (apolutrōsis tēs sarkos hēmōn) — redenção dos corpos.
- Gal 4.5 — ἵνα τὴν υἱοθεσίαν λάβωμεν (hina tēn huiothesian labōmen) — “para que recebêssemos a adoção”
- Em Gálatas Paulo liga a obra redentora de Cristo com a finalidade da adoção: a cruz e a ressurreição libertam-nos da servidão (lei/mundo) para que possamos assumir a condição de filhos.
3. Implicações teológicas — o que Paulo quer nos ensinar
- A filiação é relacional, não meramente jurídica.
A salvação não se reduz a justificativa judicial (perdão); inclui relação: Deus nos torna filhos. Isso transforma identidade, adoração, oração e teologia prática. - O Espírito é o selo e a garantia da filiação.
A presença do Espírito é prova interna (Romans 8:16) e garantia escatológica (8:23). Não dependemos só de sinais exteriores; o Espírito testifica no íntimo que pertencemos a Deus. - Liberdade versus escravidão espiritual.
Antes: “espírito de escravidão… para outra vez estardes em temor” — medo que paralisa a vida cristã. Agora: liberdade filial que possibilita adoração espontânea, confiança e serviço alegre. - Adoção tem consequência ética.
Filho (τέκνον) implica herdeiro com responsabilidades: viver como quem recebeu um nome e uma herança (Rom 8:17 — sócio·κληρονόμοι). Filiação gera conformidade com o Pai e participação na missão. - Eschatologia corporativa e corporal.
Em Rom 8:19–23 a filiação está ligada à revelação futura: “a criação geme”, e nós aguardamos a redenção de nossos corpos — adoção plena inclui corpo e cosmos redimidos. - Cristologia funcional.
Em Gl 4:4–5 e Rom 8, a obra de Cristo (encarnação, redenção) é o meio necessário para que a adoção seja possível. A humanidade de Cristo é ponte para nossa filiação.
4. Aplicação prática — como isto muda a vida do cristão
- Identidade segura:
Saia do padrão de viver “para provar” e entre na liberdade de quem já é filho. Quando o Espírito testifica, sua identidade não depende da performance, mas da graça. - Oração íntima:
Cultive a oração “Abba” — não apenas fórmulas, mas relacionamento infantil: confiança, honestidade, dependência. - Liberdade do medo:
Identifique medos espirituais que lembram “espírito de escravidão” (medo de julgamento, de desaprovação, de falhar). Substitua-os por confiança filial. - Vida ética e missionária:
Como filhos-herdeiros, assumimos responsabilidade: cuidado pelos outros, justiça, serviço no mundo (herança que se compartilha). - Esperança escatológica:
Sofrimentos presentes são compatíveis com a certeza futura: aguardamos a plena adoção — redenção do corpo e restauração da criação. Isso transforma sofrimento em esperança ativa.
5. Tabela expositiva — elementos-chave para slide/folheto
Item | Texto | Termo Grego | Significado | Implicação prática |
Espírito de escravidão | Rm 8:15 | πνεῦμα δουλείας | Condição de medo, servidão religiosa | Identificar e renunciar a medos que escravizam |
Espírito de adoção | Rm 8:15 | πνεῦμα υἱοθεσίας | Espírito que nos faz filhos de Deus | Viver em liberdade e confiança filial |
Clamor filial | Rm 8:15 | κράζομεν Ἀββᾶ | “Abba, Pai” — expressão íntima | Desenvolver oração confiante e pessoal |
Testemunho interior | Rm 8:16 | συμμαρτυρεῖ τῷ ἰδίῳ πνεύματι | O Espírito confirma interiormente nossa filiação | Segurança na experiência espiritual; não only external signs |
Adoção recebida por Cristo | Gl 4:5 | ἵνα τὴν υἱοθεσίαν λάβωμεν | Finalidade da obra de Cristo | Gratidão, fé na obra redentora de Cristo |
Herdeiros com Cristo | Rm 8:17 | συγκληρονόμοι (sugklēronomoi) | Participação na herança de Cristo | Vida de missão, sofrimento com esperança |
Escatologia da criação | Rm 8:19–23 | ἀπολύτρωσις τῆς σαρκὸς | Redenção dos corpos e restauração da criação | Esperança na ressurreição corporal e renovação cósmica |
6. Pequeno roteiro devocional (2–3 passos) para pôr em prática hoje
- Silêncio e reconhecimento (2–3 min): peça ao Espírito que revele medos que o têm escravizado. Confesse-os.
- Clame “Abba” (1–2 min): faça uma oração espontânea utilizando essa palavra — entregue-lhe uma área específica (medo, identidade, família).
- Compromisso prático: escolha uma atitude concreta de liberdade (perdoar alguém, testemunhar, servir) e faça um primeiro passo nesta semana.
7. Conclusão
Romanos 8:15–16 (com o pano de fundo de Rom 8.19–23 e Gl 4.5) revela a grande verdade cristã: não somos mais escravos; somos filhos adotivos de Deus, e o Espírito é a garantia dessa filiação. Essa filiação transforma identidade, oração, ética e esperança: somos herdeiros com Cristo, vivemos não pelo medo, mas pela confiança filial, e aguardamos a plena revelação da nossa adoção — a redenção dos corpos e da criação.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
MOMENTO DE ORAÇÃO – Ore para que mais pessoas sejam feitas filhas de Deus pela fé em Cristo.
Este blog foi feito com muito carinho 💝 para você. Ajude-nos 🙏 Envie uma oferta pelo Pix/e-mail: pecadorconfesso@hotmail.com de qualquer valor e você estará colaborando para que esse blog continue trazendo conteúdo exclusivo e de edificação para a sua vida.
CLIQUE NA IMAGEM E CONFIRA AS REVISTAS EM PDF PARA O 4º TRIMESTRE
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🎯 DINÂMICA: “ADOTADO PELO AMOR DO PAI”
🕐 Tempo estimado:
10 a 15 minutos
📖 Texto-base:
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.”
(João 1:12)
🎯 Objetivo da dinâmica:
Levar os jovens a compreenderem a profundidade da adoção espiritual, reconhecendo o amor do Pai que nos recebeu como filhos, e despertá-los para viver como membros da família de Deus.
🧩 Materiais necessários:
- Envelopes (um para cada aluno)
- Papéis com duas palavras diferentes:
- “Criatura” (em alguns envelopes)
- “Filho” (em outros envelopes)
- Um coração recortado de papel vermelho grande (representando o amor de Deus)
- Um papel com a palavra “CRUZ” escrita em destaque
- Fita adesiva ou barbante para prender o coração no quadro ou parede
🪄 Como fazer:
- Distribuição dos envelopes:
- Entregue um envelope a cada aluno.
- Peça para que não abram ainda.
- Explicação inicial:
- Diga: “Todos nós nascemos criaturas de Deus, mas nem todos somos filhos. A adoção espiritual acontece quando aceitamos Jesus Cristo como nosso Salvador.”
- Mostre o coração e diga: “Este coração representa o amor de Deus, que decidiu nos adotar por meio de Cristo.”
- A revelação:
- Peça que os alunos abram os envelopes.
- Os que encontrarem a palavra ‘Criatura’ devem ficar de um lado; os que tiverem ‘Filho’, do outro.
- A ponte da cruz:
- Mostre o papel com a palavra “CRUZ” e coloque-o entre os dois grupos.
- Explique:
“A cruz é o caminho pelo qual deixamos de ser apenas criaturas e nos tornamos filhos de Deus. Através da morte e ressurreição de Cristo, fomos adotados espiritualmente e recebemos uma nova identidade.”
- Momento simbólico:
- Peça que os que têm a palavra “Criatura” atravessem a “ponte da cruz” (um espaço entre as duas fileiras) e recebam do professor o coração com a palavra “FILHO” escrita nele.
- Ao atravessarem, diga:
“Bem-vindo à família de Deus!”
💬 Reflexão / Debate:
Após a dinâmica, faça perguntas:
- O que muda em nossa vida ao sermos adotados por Deus?
- Como devemos viver agora que somos filhos e herdeiros com Cristo?
- O que significa chamar Deus de “Abba, Pai”?
✝️ Aplicação espiritual:
Explique:
“A adoção espiritual não é um ato simbólico, mas uma transformação real. Fomos resgatados, recebemos um novo nome, uma nova natureza e uma herança eterna.
Em Cristo, temos acesso direto ao Pai, somos guiados pelo Espírito Santo e fazemos parte da Sua família. Nossa adoção revela o amor incondicional de Deus, que não nos escolheu por merecimento, mas por graça.”
📖 Versículo para memorizar:
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”
(Romanos 8:15)
💡 Conclusão da dinâmica:
Finalize dizendo:
“Deus não apenas nos perdoou; Ele nos adotou.
Em Cristo, temos uma nova família, uma nova identidade e uma herança gloriosa.
Nunca mais se veja como órfão espiritual — você é filho amado do Rei dos reis! 👑”
📊 Resumo expositivo da dinâmica:
Elemento
Simboliza
Referência Bíblica
Aplicação Espiritual
Envelopes com “Criatura”
Condição antes da salvação
Ef 2:1-3
Somos criação de Deus, mas ainda distantes do Pai
Envelopes com “Filho”
Nova identidade em Cristo
Jo 1:12
Tornamo-nos filhos por meio da fé em Jesus
Coração vermelho
Amor de Deus
Rm 5:8
O amor do Pai nos alcança e nos adota
Cruz
O meio da adoção
Ef 1:5; Gl 4:5
Pela obra de Cristo fomos reconciliados e adotados
Travessia
Aceitação do evangelho
Rm 10:9-10
Ao crermos, passamos da condenação à filiação divina
🎁 Mensagem final:
“Na adoção divina, não recebemos apenas um novo nome — recebemos um novo coração e um lar eterno. Você não é mais um órfão espiritual, mas um filho amado de Deus, selado pelo Espírito Santo.”
🎯 DINÂMICA: “ADOTADO PELO AMOR DO PAI”
🕐 Tempo estimado:
10 a 15 minutos
📖 Texto-base:
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.”
(João 1:12)
🎯 Objetivo da dinâmica:
Levar os jovens a compreenderem a profundidade da adoção espiritual, reconhecendo o amor do Pai que nos recebeu como filhos, e despertá-los para viver como membros da família de Deus.
🧩 Materiais necessários:
- Envelopes (um para cada aluno)
- Papéis com duas palavras diferentes:
- “Criatura” (em alguns envelopes)
- “Filho” (em outros envelopes)
- Um coração recortado de papel vermelho grande (representando o amor de Deus)
- Um papel com a palavra “CRUZ” escrita em destaque
- Fita adesiva ou barbante para prender o coração no quadro ou parede
🪄 Como fazer:
- Distribuição dos envelopes:
- Entregue um envelope a cada aluno.
- Peça para que não abram ainda.
- Explicação inicial:
- Diga: “Todos nós nascemos criaturas de Deus, mas nem todos somos filhos. A adoção espiritual acontece quando aceitamos Jesus Cristo como nosso Salvador.”
- Mostre o coração e diga: “Este coração representa o amor de Deus, que decidiu nos adotar por meio de Cristo.”
- A revelação:
- Peça que os alunos abram os envelopes.
- Os que encontrarem a palavra ‘Criatura’ devem ficar de um lado; os que tiverem ‘Filho’, do outro.
- A ponte da cruz:
- Mostre o papel com a palavra “CRUZ” e coloque-o entre os dois grupos.
- Explique:
“A cruz é o caminho pelo qual deixamos de ser apenas criaturas e nos tornamos filhos de Deus. Através da morte e ressurreição de Cristo, fomos adotados espiritualmente e recebemos uma nova identidade.” - Momento simbólico:
- Peça que os que têm a palavra “Criatura” atravessem a “ponte da cruz” (um espaço entre as duas fileiras) e recebam do professor o coração com a palavra “FILHO” escrita nele.
- Ao atravessarem, diga:
“Bem-vindo à família de Deus!”
💬 Reflexão / Debate:
Após a dinâmica, faça perguntas:
- O que muda em nossa vida ao sermos adotados por Deus?
- Como devemos viver agora que somos filhos e herdeiros com Cristo?
- O que significa chamar Deus de “Abba, Pai”?
✝️ Aplicação espiritual:
Explique:
“A adoção espiritual não é um ato simbólico, mas uma transformação real. Fomos resgatados, recebemos um novo nome, uma nova natureza e uma herança eterna.
Em Cristo, temos acesso direto ao Pai, somos guiados pelo Espírito Santo e fazemos parte da Sua família. Nossa adoção revela o amor incondicional de Deus, que não nos escolheu por merecimento, mas por graça.”
📖 Versículo para memorizar:
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”
(Romanos 8:15)
💡 Conclusão da dinâmica:
Finalize dizendo:
“Deus não apenas nos perdoou; Ele nos adotou.
Em Cristo, temos uma nova família, uma nova identidade e uma herança gloriosa.
Nunca mais se veja como órfão espiritual — você é filho amado do Rei dos reis! 👑”
📊 Resumo expositivo da dinâmica:
Elemento | Simboliza | Referência Bíblica | Aplicação Espiritual |
Envelopes com “Criatura” | Condição antes da salvação | Ef 2:1-3 | Somos criação de Deus, mas ainda distantes do Pai |
Envelopes com “Filho” | Nova identidade em Cristo | Jo 1:12 | Tornamo-nos filhos por meio da fé em Jesus |
Coração vermelho | Amor de Deus | Rm 5:8 | O amor do Pai nos alcança e nos adota |
Cruz | O meio da adoção | Ef 1:5; Gl 4:5 | Pela obra de Cristo fomos reconciliados e adotados |
Travessia | Aceitação do evangelho | Rm 10:9-10 | Ao crermos, passamos da condenação à filiação divina |
🎁 Mensagem final:
“Na adoção divina, não recebemos apenas um novo nome — recebemos um novo coração e um lar eterno. Você não é mais um órfão espiritual, mas um filho amado de Deus, selado pelo Espírito Santo.”
LEITURA SEMANAL
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 LEITURA SEMANAL COM COMENTÁRIO TEOLÓGICO
Segunda – João 1.12
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.”
🔹 Comentário:
O verbo λαμβάνω (lambanō) — “receber” — indica acolher pessoalmente a Cristo, não apenas acreditar intelectualmente. O termo “poder” (ἐξουσία – exousía) significa autoridade legal, direito legítimo, indicando que a adoção espiritual é um ato jurídico-divino: Deus concede o direito de filiação àqueles que creem em Jesus.
Assim, quem crê, não nasce da carne ou do sangue (v.13), mas de Deus — um novo nascimento que cria uma nova família espiritual.
🔹 Aplicação:
A fé em Jesus não apenas nos salva; nos muda de status — de criaturas para filhos legítimos. Adoção é identidade, não apenas privilégio.
Terça – 1 João 3.2
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser.”
🔹 Comentário:
João emprega νῦν (nun) — “agora” — e οὔπω (oupō) — “ainda não” — para expressar a tensão escatológica da filiação. Já somos filhos (τέκνα θεοῦ – tekna Theou), mas a glória futura ainda será revelada. Quando Cristo se manifestar (φανερωθῇ – phanerōthē), seremos semelhantes a Ele.
A adoção, portanto, já é real, mas sua plenitude será vista na ressurreição.
🔹 Aplicação:
Vivemos como filhos no presente, com os olhos voltados para a glória futura. Nossa identidade deve refletir o caráter de Cristo agora.
Quarta – Romanos 8.15
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”
🔹 Comentário:
Paulo contrasta dois espíritos: πνεῦμα δουλείας (espírito de escravidão) e πνεῦμα υἱοθεσίας (espírito de adoção).
A palavra υἱοθεσία (huiothesia) é termo jurídico romano, indicando a transferência plena de filiação, com direitos de herança e nome. O Espírito Santo é quem confirma internamente essa nova condição — e nos leva a chamar Deus de Aba (aramaico para “pai querido”).
🔹 Aplicação:
O cristão não vive mais pelo medo, mas pela certeza de que Deus é seu Pai amoroso. Isso gera liberdade e intimidade na oração.
Quinta – Gálatas 4.5
“Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.”
🔹 Comentário:
O verbo ἐξαγοράζω (exagorázō) — “redimir” — era usado para comprar um escravo e libertá-lo.
Cristo nos redimiu da servidão da Lei para que recebêssemos (λάβωμεν – labōmen) a υἱοθεσία — adoção.
Paulo mostra que a cruz é o meio, e a adoção é o fim: fomos libertos para pertencer à família de Deus.
🔹 Aplicação:
Fomos libertos para um novo relacionamento, não para independência. A verdadeira liberdade está em sermos filhos obedientes.
Sexta – Efésios 1.5
“E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
🔹 Comentário:
A palavra προορίζω (proorizō) — “predestinar” — significa “definir previamente”.
Paulo ensina que a adoção é plano eterno de Deus. O propósito da eleição é trazer-nos à comunhão filial com Ele.
Tudo é “segundo o beneplácito (εὐδοκία – eudokia) da sua vontade” — a expressão de um amor soberano e gracioso.
🔹 Aplicação:
Nossa filiação não depende de mérito, mas do amor eterno de Deus. Isso deve gerar gratidão, humildade e adoração.
Sábado – Gálatas 3.26
“Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.”
🔹 Comentário:
Paulo declara que a fé é o instrumento da adoção. O termo πίστις (pistis) aqui não é mera crença intelectual, mas confiança relacional em Cristo.
Pela fé, deixamos de estar “sob tutores” (a Lei) e nos tornamos filhos adultos na graça (Gl 3.25–27).
🔹 Aplicação:
Nossa filiação é recebida, não conquistada. Pela fé, vivemos como herdeiros da promessa e participantes do Reino.
📘 SÍNTESE TEOLÓGICA
Tema
Texto
Palavra-chave (grego)
Significado
Aplicação espiritual
Adoção pela fé
João 1.12
ἐξουσία (exousia)
Autoridade concedida para ser filho de Deus
Creia e viva com a segurança de um filho amado
Glória futura da filiação
1 João 3.2
φανερωθῇ (phanerōthē)
Ser manifestado
Aguarde com esperança a revelação da glória
Espírito de adoção
Romanos 8.15
υἱοθεσία (huiothesia)
Ato legal e espiritual de adoção
Viva na liberdade do Espírito, não no medo
Redenção para adoção
Gálatas 4.5
ἐξαγοράζω (exagorazō)
Redimir, libertar com preço
Cristo nos libertou para sermos filhos
Adoção predestinada
Efésios 1.5
προορίζω (proorizō)
Planejar antecipadamente
Adoção é propósito eterno do amor de Deus
Filiação pela fé
Gálatas 3.26
πίστις (pistis)
Fé viva e relacional
A fé é o elo que nos une à filiação divina
🌿 APLICAÇÃO PRÁTICA GERAL
- Reconheça sua identidade: Você não é mais servo, mas filho. Viva com essa consciência espiritual.
- Abandone o medo: O Espírito Santo remove o temor e gera confiança filial.
- Relacione-se com o Pai: Ore e adore como quem pertence à família celestial.
- Espere a redenção completa: Nossa adoção será plenamente revelada na volta de Cristo.
- Viva com gratidão: Adoção é graça, não conquista. Isso deve encher o coração de louvor.
📖 LEITURA SEMANAL COM COMENTÁRIO TEOLÓGICO
Segunda – João 1.12
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.”
🔹 Comentário:
O verbo λαμβάνω (lambanō) — “receber” — indica acolher pessoalmente a Cristo, não apenas acreditar intelectualmente. O termo “poder” (ἐξουσία – exousía) significa autoridade legal, direito legítimo, indicando que a adoção espiritual é um ato jurídico-divino: Deus concede o direito de filiação àqueles que creem em Jesus.
Assim, quem crê, não nasce da carne ou do sangue (v.13), mas de Deus — um novo nascimento que cria uma nova família espiritual.
🔹 Aplicação:
A fé em Jesus não apenas nos salva; nos muda de status — de criaturas para filhos legítimos. Adoção é identidade, não apenas privilégio.
Terça – 1 João 3.2
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser.”
🔹 Comentário:
João emprega νῦν (nun) — “agora” — e οὔπω (oupō) — “ainda não” — para expressar a tensão escatológica da filiação. Já somos filhos (τέκνα θεοῦ – tekna Theou), mas a glória futura ainda será revelada. Quando Cristo se manifestar (φανερωθῇ – phanerōthē), seremos semelhantes a Ele.
A adoção, portanto, já é real, mas sua plenitude será vista na ressurreição.
🔹 Aplicação:
Vivemos como filhos no presente, com os olhos voltados para a glória futura. Nossa identidade deve refletir o caráter de Cristo agora.
Quarta – Romanos 8.15
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”
🔹 Comentário:
Paulo contrasta dois espíritos: πνεῦμα δουλείας (espírito de escravidão) e πνεῦμα υἱοθεσίας (espírito de adoção).
A palavra υἱοθεσία (huiothesia) é termo jurídico romano, indicando a transferência plena de filiação, com direitos de herança e nome. O Espírito Santo é quem confirma internamente essa nova condição — e nos leva a chamar Deus de Aba (aramaico para “pai querido”).
🔹 Aplicação:
O cristão não vive mais pelo medo, mas pela certeza de que Deus é seu Pai amoroso. Isso gera liberdade e intimidade na oração.
Quinta – Gálatas 4.5
“Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.”
🔹 Comentário:
O verbo ἐξαγοράζω (exagorázō) — “redimir” — era usado para comprar um escravo e libertá-lo.
Cristo nos redimiu da servidão da Lei para que recebêssemos (λάβωμεν – labōmen) a υἱοθεσία — adoção.
Paulo mostra que a cruz é o meio, e a adoção é o fim: fomos libertos para pertencer à família de Deus.
🔹 Aplicação:
Fomos libertos para um novo relacionamento, não para independência. A verdadeira liberdade está em sermos filhos obedientes.
Sexta – Efésios 1.5
“E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
🔹 Comentário:
A palavra προορίζω (proorizō) — “predestinar” — significa “definir previamente”.
Paulo ensina que a adoção é plano eterno de Deus. O propósito da eleição é trazer-nos à comunhão filial com Ele.
Tudo é “segundo o beneplácito (εὐδοκία – eudokia) da sua vontade” — a expressão de um amor soberano e gracioso.
🔹 Aplicação:
Nossa filiação não depende de mérito, mas do amor eterno de Deus. Isso deve gerar gratidão, humildade e adoração.
Sábado – Gálatas 3.26
“Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.”
🔹 Comentário:
Paulo declara que a fé é o instrumento da adoção. O termo πίστις (pistis) aqui não é mera crença intelectual, mas confiança relacional em Cristo.
Pela fé, deixamos de estar “sob tutores” (a Lei) e nos tornamos filhos adultos na graça (Gl 3.25–27).
🔹 Aplicação:
Nossa filiação é recebida, não conquistada. Pela fé, vivemos como herdeiros da promessa e participantes do Reino.
📘 SÍNTESE TEOLÓGICA
Tema | Texto | Palavra-chave (grego) | Significado | Aplicação espiritual |
Adoção pela fé | João 1.12 | ἐξουσία (exousia) | Autoridade concedida para ser filho de Deus | Creia e viva com a segurança de um filho amado |
Glória futura da filiação | 1 João 3.2 | φανερωθῇ (phanerōthē) | Ser manifestado | Aguarde com esperança a revelação da glória |
Espírito de adoção | Romanos 8.15 | υἱοθεσία (huiothesia) | Ato legal e espiritual de adoção | Viva na liberdade do Espírito, não no medo |
Redenção para adoção | Gálatas 4.5 | ἐξαγοράζω (exagorazō) | Redimir, libertar com preço | Cristo nos libertou para sermos filhos |
Adoção predestinada | Efésios 1.5 | προορίζω (proorizō) | Planejar antecipadamente | Adoção é propósito eterno do amor de Deus |
Filiação pela fé | Gálatas 3.26 | πίστις (pistis) | Fé viva e relacional | A fé é o elo que nos une à filiação divina |
🌿 APLICAÇÃO PRÁTICA GERAL
- Reconheça sua identidade: Você não é mais servo, mas filho. Viva com essa consciência espiritual.
- Abandone o medo: O Espírito Santo remove o temor e gera confiança filial.
- Relacione-se com o Pai: Ore e adore como quem pertence à família celestial.
- Espere a redenção completa: Nossa adoção será plenamente revelada na volta de Cristo.
- Viva com gratidão: Adoção é graça, não conquista. Isso deve encher o coração de louvor.
INTRODUÇÃO
Ao aceitar Jesus como Salvador, passamos pelo processo de adoção, que nos tira da condição de criaturas e nos faz filhos de Deus. Na Carta aos Romanos, Paulo ressalta que essa condição de filhos nos habilita a receber as bênçãos que o Pai guarda para o Seu povo. Somos, agora, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; com Ele padecemos para, também com Ele, sermos glorificados (Rm 8.17).
Ponto-Chave
“Pela fé em Jesus Cristo, recebemos o privilégio de nos tornar parte da família de Deus.”
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
INTRODUÇÃO
1. A adoção: do status de criatura ao de filho
Quando Paulo fala em adoção, ele utiliza o termo grego υἱοθεσία (huiothesía), que literalmente significa “colocar como filho” (de huios, “filho”, e tithēmi, “colocar”).
Essa palavra é um termo jurídico romano, que descrevia o ato legal pelo qual um homem sem herdeiros adotava alguém, conferindo-lhe o nome, os direitos e a herança da família.
👉 Espiritualmente, isso descreve o que Deus fez conosco em Cristo:
“...para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4.5).
Antes de Cristo, éramos criaturas de Deus (ktisis, κτίσις – criação, Rm 1.20), mas não filhos. A filiação é uma dádiva exclusiva aos que creem em Jesus (Jo 1.12).
2. A obra de Cristo que nos torna filhos
Paulo ensina em Romanos 8.15-17 que a adoção ocorre pela obra do Espírito Santo, que testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
O Espírito é chamado de πνεῦμα υἱοθεσίας (pneuma huiothesias), “o Espírito de adoção”, e Ele nos leva a clamar:
“Aba, Pai!” — uma expressão aramaica de intimidade e amor filial (Mc 14.36).
🔹 Cristo, o Filho unigênito (monogenēs, Jo 3.16), tornou-se o primogênito entre muitos irmãos (Rm 8.29), abrindo o caminho para que muitos fossem incluídos na família de Deus.
3. De herdeiros da perdição a co-herdeiros da glória
O texto de Romanos 8.17 resume a nova realidade espiritual:
“E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo.”
A palavra συγκληρονόμοι (synklēronomoi) — “co-herdeiros” — indica que compartilhamos integralmente da herança do Filho, ou seja, a vida eterna e a glória celestial (Jo 17.22-24).
Mas Paulo acrescenta uma dimensão essencial: sofrimento e glória caminham juntos — “se com Ele padecemos, para que também com Ele sejamos glorificados” (Rm 8.17).
O sofrimento não anula a filiação; antes, prova nossa identidade e aperfeiçoa nosso caráter (Hb 12.6-8).
4. A teologia da filiação e a graça divina
A adoção não é fruto de mérito humano, mas de graça e amor eterno (Ef 1.5):
“E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade.”
Essa filiação é irreversível, pois se baseia na obra consumada de Cristo e na testemunha interna do Espírito Santo.
Deus não apenas nos perdoou; Ele nos acolheu como filhos amados, para participarmos da comunhão eterna com Ele.
🔸 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você tem um novo nome e uma nova família: Deus é o seu Pai, e Cristo é o seu Irmão Maior.
- Sua filiação garante segurança espiritual: Nenhum poder pode romper o vínculo do amor de Deus (Rm 8.38-39).
- Sua herança é celestial: O sofrimento presente não se compara com a glória que há de ser revelada (Rm 8.18).
- A vida cristã é relacional, não ritual: Você foi chamado a viver em comunhão filial, e não em servidão.
📘 TABELA EXPOSITIVA — “ADOÇÃO ESPIRITUAL EM CRISTO”
Tema
Referência
Palavra grega
Significado
Aplicação
Adoção divina
Ef 1.5
υἱοθεσία (huiothesia)
Ato legal e amoroso de tornar alguém filho
Deus nos escolheu e nos acolheu em Sua família
Filhos por fé
Jo 1.12
ἐξουσία (exousia)
Autoridade legal, direito concedido
A fé em Cristo nos dá direito à filiação divina
Espírito de adoção
Rm 8.15
πνεῦμα υἱοθεσίας
Espírito que confirma nossa filiação
O Espírito nos faz clamar “Aba, Pai” com confiança
Co-herdeiros de Cristo
Rm 8.17
συγκληρονόμοι (synklēronomoi)
Compartilhar plenamente da herança
Herdamos com Cristo a glória eterna
Amor e propósito
Ef 1.5
εὐδοκία (eudokia)
Beneplácito, boa vontade divina
Adoção é expressão do amor gracioso de Deus
✨ PONTO-CHAVE TEOLÓGICO
“Pela fé em Jesus Cristo, recebemos o privilégio de nos tornar parte da família de Deus.”
Esse ponto expressa o núcleo da teologia paulina da adoção:
A fé é o meio, o Espírito é o selo, Cristo é o modelo, e Deus é o Pai amoroso que nos conduz à glória eterna.
INTRODUÇÃO
1. A adoção: do status de criatura ao de filho
Quando Paulo fala em adoção, ele utiliza o termo grego υἱοθεσία (huiothesía), que literalmente significa “colocar como filho” (de huios, “filho”, e tithēmi, “colocar”).
Essa palavra é um termo jurídico romano, que descrevia o ato legal pelo qual um homem sem herdeiros adotava alguém, conferindo-lhe o nome, os direitos e a herança da família.
👉 Espiritualmente, isso descreve o que Deus fez conosco em Cristo:
“...para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4.5).
Antes de Cristo, éramos criaturas de Deus (ktisis, κτίσις – criação, Rm 1.20), mas não filhos. A filiação é uma dádiva exclusiva aos que creem em Jesus (Jo 1.12).
2. A obra de Cristo que nos torna filhos
Paulo ensina em Romanos 8.15-17 que a adoção ocorre pela obra do Espírito Santo, que testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
O Espírito é chamado de πνεῦμα υἱοθεσίας (pneuma huiothesias), “o Espírito de adoção”, e Ele nos leva a clamar:
“Aba, Pai!” — uma expressão aramaica de intimidade e amor filial (Mc 14.36).
🔹 Cristo, o Filho unigênito (monogenēs, Jo 3.16), tornou-se o primogênito entre muitos irmãos (Rm 8.29), abrindo o caminho para que muitos fossem incluídos na família de Deus.
3. De herdeiros da perdição a co-herdeiros da glória
O texto de Romanos 8.17 resume a nova realidade espiritual:
“E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo.”
A palavra συγκληρονόμοι (synklēronomoi) — “co-herdeiros” — indica que compartilhamos integralmente da herança do Filho, ou seja, a vida eterna e a glória celestial (Jo 17.22-24).
Mas Paulo acrescenta uma dimensão essencial: sofrimento e glória caminham juntos — “se com Ele padecemos, para que também com Ele sejamos glorificados” (Rm 8.17).
O sofrimento não anula a filiação; antes, prova nossa identidade e aperfeiçoa nosso caráter (Hb 12.6-8).
4. A teologia da filiação e a graça divina
A adoção não é fruto de mérito humano, mas de graça e amor eterno (Ef 1.5):
“E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade.”
Essa filiação é irreversível, pois se baseia na obra consumada de Cristo e na testemunha interna do Espírito Santo.
Deus não apenas nos perdoou; Ele nos acolheu como filhos amados, para participarmos da comunhão eterna com Ele.
🔸 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você tem um novo nome e uma nova família: Deus é o seu Pai, e Cristo é o seu Irmão Maior.
- Sua filiação garante segurança espiritual: Nenhum poder pode romper o vínculo do amor de Deus (Rm 8.38-39).
- Sua herança é celestial: O sofrimento presente não se compara com a glória que há de ser revelada (Rm 8.18).
- A vida cristã é relacional, não ritual: Você foi chamado a viver em comunhão filial, e não em servidão.
📘 TABELA EXPOSITIVA — “ADOÇÃO ESPIRITUAL EM CRISTO”
Tema | Referência | Palavra grega | Significado | Aplicação |
Adoção divina | Ef 1.5 | υἱοθεσία (huiothesia) | Ato legal e amoroso de tornar alguém filho | Deus nos escolheu e nos acolheu em Sua família |
Filhos por fé | Jo 1.12 | ἐξουσία (exousia) | Autoridade legal, direito concedido | A fé em Cristo nos dá direito à filiação divina |
Espírito de adoção | Rm 8.15 | πνεῦμα υἱοθεσίας | Espírito que confirma nossa filiação | O Espírito nos faz clamar “Aba, Pai” com confiança |
Co-herdeiros de Cristo | Rm 8.17 | συγκληρονόμοι (synklēronomoi) | Compartilhar plenamente da herança | Herdamos com Cristo a glória eterna |
Amor e propósito | Ef 1.5 | εὐδοκία (eudokia) | Beneplácito, boa vontade divina | Adoção é expressão do amor gracioso de Deus |
✨ PONTO-CHAVE TEOLÓGICO
“Pela fé em Jesus Cristo, recebemos o privilégio de nos tornar parte da família de Deus.”
Esse ponto expressa o núcleo da teologia paulina da adoção:
A fé é o meio, o Espírito é o selo, Cristo é o modelo, e Deus é o Pai amoroso que nos conduz à glória eterna.
1- UMA NOVA POSIÇÃO ESPIRITUAL
A adoção divina nos possibilita, legitimamente, a participar das bênçãos e da glória futura de Deus. Ao receber o espírito de adoção, paswnos a usufruir da paternidade de Deus, deixando de lado o temor da escravidão (Rm 8.15-17). Essa verdade joga por terra a crença de que todos os seres humanos são filhos de Deus (Rm 6.12-18), pois nos tornamos filhos de Deus somente pela fé em Jesus.
1.1. Co-herdeiros com Cristo nós. Somente pela fé em Cristo podemos receber o espírito de adoção e nos tornar filhos de Deus. O Apóstolo Paulo, na Carta aos Coríntios, ensinou à Igreja que, assim como todos morreram em Adão, também todos são vivificados em Cristo ( 1Co 15.22). Por isto Jesus veio ao mundo para nos tornar filhos de adoção, segundo a vontade de Deus desde o início (Ef 1.5).
1.2. A adoção é uma benção de Deus. Na adoção, os redimidos passam a ter uma união espiritual com o Filho de Deus (1 Co 6.17). Paulo descreve a operação de Deus na vida do crente assim: “[ … ] onde o pecado abundou, superabundou a Graça”. Rm 5.20. Para o Apóstolo, aqueles adotados como filhos de Deus não podem mais viver no pecado, porque estão mortos para o mundo (Rm 6.9-12), sendo agora chamados de filhos da promessa (Rm 9.8).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1 — UMA NOVA POSIÇÃO ESPIRITUAL (comentário)
A adoção cristã não é um mero sentimento religioso nem um rótulo ético: é uma realidade ontológica e jurídica que Deus opera por Cristo e pelo Espírito. Pela fé em Jesus recebemos τὸ πνεῦμα τῆς υἱοθεσίας (Rom 8.15) — o “Espírito de adoção” — que nos incorpora à família divina, concede o filial clamor: Ἀββά, Πατήρ e dá a garantia interior (Rom 8.16). Essa nova posição espiritual altera nossa identidade (de criaturas/servos para τέκνα — filhos) e nosso destino (herdeiros de Deus; Rom 8.17).
Do ponto de vista paulino, a adoção é fruto da obra redentora de Cristo (Gl 4.4–5; Ef 1.4–5): Cristo abre o caminho—por sua encarnação, morte e ressurreição—para que os crentes não apenas sejam perdoados, mas recebam status filial com todos os direitos que tal status acarreta (nome, acesso ao Pai, herança, comunhão). Não é universalismo: Paulo é claro em que a filiação é recebida “pela fé em Cristo” (Jo 1.12; Gl 3.26), não por nascimento natural ou mera pertença étnica.
1.1 Co-herdeiros com Cristo (comentário teológico; termos gregos)
Tese: Somente em Cristo, por fé, nos tornamos συγκληρονόμοι (synklēronomoi) — co-herdeiros — com o Filho (Rom 8.17).
Textos de referência e termos:
- Romans 8:17 — “εἰ δὲ τέκνα, καὶ κληρονόμοι· κληρονόμοι τοῦ Θεοῦ, συγκληρονόμοι δὲ Χριστοῦ” — se somos filhos, então herdeiros; co-herdeiros de Cristo.
- συγκληρονόμοι (synklēronomoi) = “aqueles que compartilham a mesma herança”. Indica participação plena na herança do Filho.
- 1 Coríntios 15:22 — “ὥσπερ ἐν τῷ Ἀδὰμ πάντες ἀποθνήσκουσιν, οὕτως καὶ ἐν τῷ Χριστῷ πάντες ζωοποιηθήσονται.” — paralelo: em Adão muitos morrem; em Cristo muitos são vivificados. A filiação e a herança encontram sua raiz na nova criação em Cristo.
- Efésios 1:5 — “ὡς προεχώρισεν ἡμᾶς εἰς υἱοθεσίαν” — predestinação à adoção; mostra o plano eterno do Pai.
Implicações teológicas:
- Identidade coletiva e pessoal: ser co-herdeiro implica que nossa vida, sofrimento e glória se articulam com a história de Cristo (cf. “se com Ele padecemos…”).
- Direito e responsabilidade: herança não é só privilégio, é chamada: herdeiro participa da obra do herdeiro (missão, testemunho, serviço).
- Nova criação: a filiação é fruto da nova criação em Cristo (1Co 15; 2Co 5.17): já somos em Cristo, e seremos plenamente quando Ele se manifestar.
1.2 A adoção é uma bênção de Deus (comentário teológico; termos e aplicações)
Tese: A adoção é dom gratuito da graça que produz união espiritual com o Filho e transforma a vida moral do crente.
Termos centrais (grego)
- υἱοθεσία (huiothesia) — “adoção como filho”: termo técnico para o ato jurídico de admitir alguém como filho com todos os direitos. Em Paulo, descreve a realidade soteriológica: não só perdão, mas plena filiação. (Rom 8:15; Gal 4:5; Eph 1:5)
- πίστις (pistis) — fé: o instrumento pelo qual recebemos a adoção (Jo 1:12; Gal 3:26).
- κοινωνία (koinōnia) / σύνδεσμος — comunhão/união: 1Co 6:17 (ὁ δὲ κολλώμενος τῷ Κυρίῳ ἕν πνεῦμα ἐστίν) afirma a união íntima do crente com Cristo: “quem se une ao Senhor é um espírito”. Essa união é o fundamento da filiação: unidos ao Filho, participamos da sua filiação.
Relação com pecado e santidade
- Paulo afirma: “ὅπου ἡ ἁμαρτία ἐπεπλήσθη, ἡ χάρις περισσεύσασα” (Rm 5:20) — onde o pecado abundou, a graça superabundou. A adoção não torna permissores ao pecado; antes, transforma o padrão moral: “estando mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Rm 6:2; ver Rm 6.9–12).
- Ser filho da promessa (Rom 9:8 — “οὐ τὸ τῆς σαρκός τὰ τέκνα, ἀλλὰ τὰ τῆς ἐπαγγελίας”) indica que a filiação verdadeira é definida pela promessa de Deus — pela graça — não por ascendência natural.
Implicações práticas
- Ética transformada: a nova posição exige uma nova prática: quem é filho não vive como escravo do pecado (Rom 6).
- Comunhão real com Cristo: a adoção é união vital (1Co 6:17) — oração, obediência, participação nos sacramentos/vida da igreja.
- Segurança e esperança: a adoção é garantia interior (Espírito testifica) e promessa futura (redenção do corpo, Rom 8:23).
Aplicação pessoal — como isto muda nossa vida hoje
- Viva sua identidade antes de merecê-la: a filiação é recebida; não precisa ser conquistada. Deixe a identidade filiar orientar suas decisões.
- Renuncie ao “espírito de escravidão”: identifique temores espirituais (medo de Deus punitivo, busca por aprovação humana) e substitua por confiança filial (ora: “Abba, Pai”).
- Pratique a união com Cristo: cultive leitura da Escritura, oração íntima, participação sacramental e comunhão fraterna — meios pelos quais a filiação se vive.
- Herde com responsabilidade: como co-herdeiros, invista sua vida em missão, serviço e testemunho; seu sofrimento agora tem sentido escatológico (Rom 8:17).
- Santidade como fruto, não como preço: a vida moral não compra a adoção — ela brota dela. Busque a mortificação do pecado e o florescer da justiça.
Tabela expositiva (pronta para slide / folheto)
Aspecto
Referência
Palavra (grego)
Sentido
Aplicação prática
Espírito de adoção
Rm 8:15
πνεῦμα υἱοθεσίας (pneuma huiothesias)
Espírito que nos torna filhos
Ore com intimidade: “Aba, Pai”
Co-herdeiros com Cristo
Rm 8:17
συγκληρονόμοι (synklēronomoi)
Compartilhar a herança do Filho
Viva missão e esperança; suporte o sofrimento com propósito
União com o Senhor
1Co 6:17
ὁ κολλώμενος τῷ Κυρίῳ ἕν πνεῦμα ἐστίν
“Quem se une ao Senhor é um só espírito”
Procure vida comunitária, sacramentos, discipulado
Redenção / fim da servidão
Gl 4:5
ἐξαγοράζω / λαμβάνω τὴν υἱοθεσίαν
Resgatar para receber adoção
Reconheça a cruz como causa da sua filiação
Fé como instrumento
Jo 1:12; Gal 3:26
πίστις (pistis)
Fé que recebe a filiação
Cultive confiança ativa em Cristo
Santidade esperada
Rm 6:9–12; 5:20
νέκρος πρὸς ἁμαρτίαν (mortos para o pecado)
Adoção exige vida nova
Mortifique o pecado; pratique justiça
Conclusão
A adoção é, ao mesmo tempo, posição (somos filhos, co-herdeiros), processo (o Espírito testifica, nos conforma a Cristo), e fim escatológico (seremos plenamente manifestados e redimidos). Ela redefine identidade, ética e esperança: não mais servidão ao medo, mas vida filial em comunhão com o Pai e participação na herança messiânica.
1 — UMA NOVA POSIÇÃO ESPIRITUAL (comentário)
A adoção cristã não é um mero sentimento religioso nem um rótulo ético: é uma realidade ontológica e jurídica que Deus opera por Cristo e pelo Espírito. Pela fé em Jesus recebemos τὸ πνεῦμα τῆς υἱοθεσίας (Rom 8.15) — o “Espírito de adoção” — que nos incorpora à família divina, concede o filial clamor: Ἀββά, Πατήρ e dá a garantia interior (Rom 8.16). Essa nova posição espiritual altera nossa identidade (de criaturas/servos para τέκνα — filhos) e nosso destino (herdeiros de Deus; Rom 8.17).
Do ponto de vista paulino, a adoção é fruto da obra redentora de Cristo (Gl 4.4–5; Ef 1.4–5): Cristo abre o caminho—por sua encarnação, morte e ressurreição—para que os crentes não apenas sejam perdoados, mas recebam status filial com todos os direitos que tal status acarreta (nome, acesso ao Pai, herança, comunhão). Não é universalismo: Paulo é claro em que a filiação é recebida “pela fé em Cristo” (Jo 1.12; Gl 3.26), não por nascimento natural ou mera pertença étnica.
1.1 Co-herdeiros com Cristo (comentário teológico; termos gregos)
Tese: Somente em Cristo, por fé, nos tornamos συγκληρονόμοι (synklēronomoi) — co-herdeiros — com o Filho (Rom 8.17).
Textos de referência e termos:
- Romans 8:17 — “εἰ δὲ τέκνα, καὶ κληρονόμοι· κληρονόμοι τοῦ Θεοῦ, συγκληρονόμοι δὲ Χριστοῦ” — se somos filhos, então herdeiros; co-herdeiros de Cristo.
- συγκληρονόμοι (synklēronomoi) = “aqueles que compartilham a mesma herança”. Indica participação plena na herança do Filho.
- 1 Coríntios 15:22 — “ὥσπερ ἐν τῷ Ἀδὰμ πάντες ἀποθνήσκουσιν, οὕτως καὶ ἐν τῷ Χριστῷ πάντες ζωοποιηθήσονται.” — paralelo: em Adão muitos morrem; em Cristo muitos são vivificados. A filiação e a herança encontram sua raiz na nova criação em Cristo.
- Efésios 1:5 — “ὡς προεχώρισεν ἡμᾶς εἰς υἱοθεσίαν” — predestinação à adoção; mostra o plano eterno do Pai.
Implicações teológicas:
- Identidade coletiva e pessoal: ser co-herdeiro implica que nossa vida, sofrimento e glória se articulam com a história de Cristo (cf. “se com Ele padecemos…”).
- Direito e responsabilidade: herança não é só privilégio, é chamada: herdeiro participa da obra do herdeiro (missão, testemunho, serviço).
- Nova criação: a filiação é fruto da nova criação em Cristo (1Co 15; 2Co 5.17): já somos em Cristo, e seremos plenamente quando Ele se manifestar.
1.2 A adoção é uma bênção de Deus (comentário teológico; termos e aplicações)
Tese: A adoção é dom gratuito da graça que produz união espiritual com o Filho e transforma a vida moral do crente.
Termos centrais (grego)
- υἱοθεσία (huiothesia) — “adoção como filho”: termo técnico para o ato jurídico de admitir alguém como filho com todos os direitos. Em Paulo, descreve a realidade soteriológica: não só perdão, mas plena filiação. (Rom 8:15; Gal 4:5; Eph 1:5)
- πίστις (pistis) — fé: o instrumento pelo qual recebemos a adoção (Jo 1:12; Gal 3:26).
- κοινωνία (koinōnia) / σύνδεσμος — comunhão/união: 1Co 6:17 (ὁ δὲ κολλώμενος τῷ Κυρίῳ ἕν πνεῦμα ἐστίν) afirma a união íntima do crente com Cristo: “quem se une ao Senhor é um espírito”. Essa união é o fundamento da filiação: unidos ao Filho, participamos da sua filiação.
Relação com pecado e santidade
- Paulo afirma: “ὅπου ἡ ἁμαρτία ἐπεπλήσθη, ἡ χάρις περισσεύσασα” (Rm 5:20) — onde o pecado abundou, a graça superabundou. A adoção não torna permissores ao pecado; antes, transforma o padrão moral: “estando mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Rm 6:2; ver Rm 6.9–12).
- Ser filho da promessa (Rom 9:8 — “οὐ τὸ τῆς σαρκός τὰ τέκνα, ἀλλὰ τὰ τῆς ἐπαγγελίας”) indica que a filiação verdadeira é definida pela promessa de Deus — pela graça — não por ascendência natural.
Implicações práticas
- Ética transformada: a nova posição exige uma nova prática: quem é filho não vive como escravo do pecado (Rom 6).
- Comunhão real com Cristo: a adoção é união vital (1Co 6:17) — oração, obediência, participação nos sacramentos/vida da igreja.
- Segurança e esperança: a adoção é garantia interior (Espírito testifica) e promessa futura (redenção do corpo, Rom 8:23).
Aplicação pessoal — como isto muda nossa vida hoje
- Viva sua identidade antes de merecê-la: a filiação é recebida; não precisa ser conquistada. Deixe a identidade filiar orientar suas decisões.
- Renuncie ao “espírito de escravidão”: identifique temores espirituais (medo de Deus punitivo, busca por aprovação humana) e substitua por confiança filial (ora: “Abba, Pai”).
- Pratique a união com Cristo: cultive leitura da Escritura, oração íntima, participação sacramental e comunhão fraterna — meios pelos quais a filiação se vive.
- Herde com responsabilidade: como co-herdeiros, invista sua vida em missão, serviço e testemunho; seu sofrimento agora tem sentido escatológico (Rom 8:17).
- Santidade como fruto, não como preço: a vida moral não compra a adoção — ela brota dela. Busque a mortificação do pecado e o florescer da justiça.
Tabela expositiva (pronta para slide / folheto)
Aspecto | Referência | Palavra (grego) | Sentido | Aplicação prática |
Espírito de adoção | Rm 8:15 | πνεῦμα υἱοθεσίας (pneuma huiothesias) | Espírito que nos torna filhos | Ore com intimidade: “Aba, Pai” |
Co-herdeiros com Cristo | Rm 8:17 | συγκληρονόμοι (synklēronomoi) | Compartilhar a herança do Filho | Viva missão e esperança; suporte o sofrimento com propósito |
União com o Senhor | 1Co 6:17 | ὁ κολλώμενος τῷ Κυρίῳ ἕν πνεῦμα ἐστίν | “Quem se une ao Senhor é um só espírito” | Procure vida comunitária, sacramentos, discipulado |
Redenção / fim da servidão | Gl 4:5 | ἐξαγοράζω / λαμβάνω τὴν υἱοθεσίαν | Resgatar para receber adoção | Reconheça a cruz como causa da sua filiação |
Fé como instrumento | Jo 1:12; Gal 3:26 | πίστις (pistis) | Fé que recebe a filiação | Cultive confiança ativa em Cristo |
Santidade esperada | Rm 6:9–12; 5:20 | νέκρος πρὸς ἁμαρτίαν (mortos para o pecado) | Adoção exige vida nova | Mortifique o pecado; pratique justiça |
Conclusão
A adoção é, ao mesmo tempo, posição (somos filhos, co-herdeiros), processo (o Espírito testifica, nos conforma a Cristo), e fim escatológico (seremos plenamente manifestados e redimidos). Ela redefine identidade, ética e esperança: não mais servidão ao medo, mas vida filial em comunhão com o Pai e participação na herança messiânica.
Refletindo
“A adoção era comum entre gregos e romanos, sendo garantidos ao filho adotado todos os privilégios de um filho legítimo, inclusive o direito à herança.” Bíblia de Estudo Arqueológica NVI
2- A DOUTRINA DA ADOÇÃO
Não seria exagero afirmar que a Doutrina da adoção reflete a profundidade do Amor de Deus, uma vez que o Pai adota como filhos aqueles que mereciam o inferno, fazendo deles Seus herdeiros (Rm 8.17). A adoção pela Obra Redentora de Cristo restaura a relação entre Deus e o ser humano, elevando os crentes à posição de filhos amados e participantes da família de Deus.
2.1. Adoção, um projeto divino. Paulo explicou aos crentes de Roma que recebemos o espírito de adoção e, agora, somos guiados pelo Espírito de Deus (Rm 8.13-17). Desse modo, entender a Doutrina da adoção é essencial para a compreensão da comunhão que os redimidos desfrutam com o Pai Celestial. A Graça salvadora não apenas transforma escravos do pecado em servos de Cristo, mas também os torna membros da família de Deus.
2.2. Adoção, parte essencial do Plano de Deus. É um regozijo saber que nos tornamos filhos amados do Pai Celestial pela fé em Cristo (Rm 5.8). A todos que recebem Jesus, Ele dá o poder de serem feitos filhos: “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus”, Jo 1.12. Mediante Cristo, somos adotados por Deus, assumindo a posição de filhos autênticos e herdeiros do Reino (Gl 4.1-7).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2 — A DOUTRINA DA ADOÇÃO — comentário
A adoção é uma das verdades centrais da soteriologia cristã: não apenas somos perdoados, justificados ou reconciliados; por Cristo somos constituidos filhos do Pai — com todos os direitos, dignidade e herança que isto implica. A profundidade dessa doutrina revela a graça extrema de Deus: Ele eleva para a filiação os que mereceriam condenação (Rm 5.8; 8.17). A adoção é, portanto, ao mesmo tempo jurídica (direito, herança) e relacional (comunhão íntima com o Pai), operada pela obra de Cristo e efetivada pelo Espírito.
2.1 Adoção — um projeto divino (análise e implicações)
Texto-base e desenvolvimento paulino
- Romanos 8:13–17 relaciona: mortificação do pecado → vida no Espírito → recepção τοῦ πνεύματος τῆς υἱοθεσίας (pneuma tēs huiothesias) → clamor Ἀββᾶ Πατήρ → testemunho interior do Espírito → condição de τέκνα e κληρονόμοι (herdeiros).
- Efésios 1:4–5: a adoção é parte do “pró-designo” eterno do Pai (προορίζω — proorizō), fruto do beneplácito (εὐδοκία — eudokía) de sua vontade.
Análise lexical (grego)
- υἱοθεσία (huiothesía) — termo técnico: “adoção” (ato jurídico de tornar alguém filho, com todos os direitos). Em contexto romano significava incorporar alguém à família como filho legítimo. Paulo usa-o para descrever a obra salvífica que nos insere na família divina.
- πνεῦμα (pneuma) — o Espírito Santo como agente que efetiva e certifica a filiação.
- τέκνον / υἱός (teknon / huios) — ambos traduzíveis por “filho”, mas teknon muitas vezes acentua dependência/filialidade; huios às vezes enfatiza posição legal/herdeira. Paulo emprega vocabulário que une os dois sentidos: dependência íntima e status legal.
- συγκληρονόμοι (synklēronomoi) — “co-herdeiros” com Cristo; palavra que sublinha participação plena na herança do Filho.
Teologia prática
- Projeto divino: a adoção não é reação a uma crise, é projeto eterno: em Cristo o Pai planejou dar a seus eleitos a condição de filhos (predestinação como adoção, Ef 1.5).
- Dupla dimensão: juridicamente somos transferidos da escravidão para a filiação (direito/herança); relacionalmente, o Espírito nos possibilita o clamor íntimo e a comunhão filial.
- Implicação ética: filiação implica transformação moral: filiação verdadeira produz fruto (Rm 6; 8), porque filhos não permanecem escravos do pecado.
2.2 Adoção — parte essencial do Plano de Deus (análise e fundamentos bíblicos)
Textos chave
- Gálatas 4:4–7 — Cristo veio ἵνα τὴν υἱοθεσίαν λάβωμεν (hina tēn huiothesian labōmen) — “para que recebêssemos a adoção”. Aqui a cruz e a obra redentora são o meio; a adoção é o fim gracioso.
- João 1:12–13 — “ὅσοι δὲ ἔλαβον αὐτόν, ἔδωκεν αὐτοῖς ἐξουσίαν τέκνα θεοῦ γενέσθαι” — crer em Cristo outorga ἐξουσία (direito/autoridade) para se tornar filho; e 1:13 insiste: nascemos “οὐκ ἐξ αἱμάτων … ἀλλʼ ἐκ θεοῦ” — a filiação é obra de Deus, não de origem humana.
- Romanos 5.8; 8.17 — a graça que redime é a mesma que adota: o amor de Cristo na cruz é a base da nossa filiação.
Análise lexical (grego & hebraico)
- ἐξουσία (exousía) — “poder, autoridade” (Jo 1.12): o crente recebe o direito (status legal) de ser filho.
- ἐξαγορά (exagōrazō / exagorazō) — “resgate, redenção” (Gál 4; cf. Rm 8): Cristo redime para que possamos ser adotados.
- προορίζω (proorízō) / εὐδοκία (eudokía) — predestinação e beneplácito divino (Ef 1:4–5) mostram a iniciativa soberana do Pai.
- Hebraico — בֵּן (ben): palavra simples para “filho”; no AT filiação tem tanto sentido biológico quanto teológico (filho do pacto, herdeiro). Em contextos de aliança, “ben” pode implicar status particular: “filhos de Israel” como povo eleito. O AT prenuncia a filiação, mas no NT a filiação é plena em Cristo.
Teologia prática
- Adoção é o objetivo da redenção: a cruz não só perdoa, mas inclui — nos põe na família.
- Não é universalismo: a filiação é recebida pela fé em Cristo (Jo 1.12; Gl 3.26). Nem todo humano é filho automaticamente; a adoção é dom específico para os redimidos.
- Dimensão escatológica: a adoção tem um “já” (posse do Espírito, testemunho) e um “ainda não” (redenção do corpo, manifestação plena, Rom 8:23).
Aplicações pastorais e pessoais (diretas)
- Segurança identitária: a adoção dá segurança que não depende da performance moral — somos filhos por graça; essa segurança motiva vida santa, não desculpas para pecado.
- Privacidade na oração: chamar Deus de Ἀββᾶ (Abba) revela que a adoção nos permite intimidade — cultive a oração filial, simples e confiante.
- Missionalidade familiar: se somos co-herdeiros, participamos da missão do Filho — anunciar, amar, restaurar; a herança é também responsabilidade.
- Aconselhamento: para cristãos marcados por rejeição, a doutrina da adoção cura — Deus é Pai que nos recebeu quando ninguém mais o fez.
- Santificação prática: a filiação exige mortificação do pecado (Rm 6) e fruto do Espírito (Gl 5) — adotado não para permanecer escravo, mas para viver como filho.
TABELA EXPOSITIVA — Síntese para ensino
Item
Referência
Termo (Greg./Heb.)
Núcleo teológico
Aplicação prática
Doutrina da adoção
Rm 8.15–17; Gl 4.4–7; Ef 1.5
υἱοθεσία (huiothesía) / בֵּן (ben)
Deus nos faz filhos por Cristo e Espírito
Viva como filho: confiança + obediência
Projeto divino
Ef 1.4–5
προορίζω / εὐδοκία
Adoção é plano eterno do Pai
Gratidão e segurança: você foi querido antes do início
Adoção por fé
Jo 1.12; Gal 3.26
ἐξουσία / πίστις
Fé confessional dá direito à filiação
Cultive fé confiante; não identifique fé com sentimentalismo
Redenção → adoção
Gl 4.4–5
ἐξαγοράζω
Cristo redime para nos tornar filhos
Valorize a cruz: redenção tem efeito relacional
Espírito que garante
Rm 8.16
πνεῦμα (συμμαρτυρεῖ)
O Espírito testifica que somos filhos
Busque a presença do Espírito; pratique oração filial
Co-herdeiros com Cristo
Rm 8.17
συγκληρονόμοι
Participamos da herança e do destino de Cristo
Envolva-se na missão e suporte sofrimentos com esperança
Ética filial
Rm 6; Gl 5
---
Adoção exige mortificação do pecado e fruto
Santificação como consequência da filiação
Conclusão
A Doutrina da Adoção resume o caráter profundo do amor de Deus: Ele não apenas perdoa, mas incorpora — Ele acolhe como Pai. A adoção é plano eterno (Ef 1), meio redentor (Cristo), confirmação do Espírito (Rm 8) e instrumento de vida (fé). Para o crente, a consequência é dupla: segurança na identidade e chamado ético-missionário. Somos herdeiros da glória, mas também participantes do caminho (sofrimento → conformação → glorificação).
2 — A DOUTRINA DA ADOÇÃO — comentário
A adoção é uma das verdades centrais da soteriologia cristã: não apenas somos perdoados, justificados ou reconciliados; por Cristo somos constituidos filhos do Pai — com todos os direitos, dignidade e herança que isto implica. A profundidade dessa doutrina revela a graça extrema de Deus: Ele eleva para a filiação os que mereceriam condenação (Rm 5.8; 8.17). A adoção é, portanto, ao mesmo tempo jurídica (direito, herança) e relacional (comunhão íntima com o Pai), operada pela obra de Cristo e efetivada pelo Espírito.
2.1 Adoção — um projeto divino (análise e implicações)
Texto-base e desenvolvimento paulino
- Romanos 8:13–17 relaciona: mortificação do pecado → vida no Espírito → recepção τοῦ πνεύματος τῆς υἱοθεσίας (pneuma tēs huiothesias) → clamor Ἀββᾶ Πατήρ → testemunho interior do Espírito → condição de τέκνα e κληρονόμοι (herdeiros).
- Efésios 1:4–5: a adoção é parte do “pró-designo” eterno do Pai (προορίζω — proorizō), fruto do beneplácito (εὐδοκία — eudokía) de sua vontade.
Análise lexical (grego)
- υἱοθεσία (huiothesía) — termo técnico: “adoção” (ato jurídico de tornar alguém filho, com todos os direitos). Em contexto romano significava incorporar alguém à família como filho legítimo. Paulo usa-o para descrever a obra salvífica que nos insere na família divina.
- πνεῦμα (pneuma) — o Espírito Santo como agente que efetiva e certifica a filiação.
- τέκνον / υἱός (teknon / huios) — ambos traduzíveis por “filho”, mas teknon muitas vezes acentua dependência/filialidade; huios às vezes enfatiza posição legal/herdeira. Paulo emprega vocabulário que une os dois sentidos: dependência íntima e status legal.
- συγκληρονόμοι (synklēronomoi) — “co-herdeiros” com Cristo; palavra que sublinha participação plena na herança do Filho.
Teologia prática
- Projeto divino: a adoção não é reação a uma crise, é projeto eterno: em Cristo o Pai planejou dar a seus eleitos a condição de filhos (predestinação como adoção, Ef 1.5).
- Dupla dimensão: juridicamente somos transferidos da escravidão para a filiação (direito/herança); relacionalmente, o Espírito nos possibilita o clamor íntimo e a comunhão filial.
- Implicação ética: filiação implica transformação moral: filiação verdadeira produz fruto (Rm 6; 8), porque filhos não permanecem escravos do pecado.
2.2 Adoção — parte essencial do Plano de Deus (análise e fundamentos bíblicos)
Textos chave
- Gálatas 4:4–7 — Cristo veio ἵνα τὴν υἱοθεσίαν λάβωμεν (hina tēn huiothesian labōmen) — “para que recebêssemos a adoção”. Aqui a cruz e a obra redentora são o meio; a adoção é o fim gracioso.
- João 1:12–13 — “ὅσοι δὲ ἔλαβον αὐτόν, ἔδωκεν αὐτοῖς ἐξουσίαν τέκνα θεοῦ γενέσθαι” — crer em Cristo outorga ἐξουσία (direito/autoridade) para se tornar filho; e 1:13 insiste: nascemos “οὐκ ἐξ αἱμάτων … ἀλλʼ ἐκ θεοῦ” — a filiação é obra de Deus, não de origem humana.
- Romanos 5.8; 8.17 — a graça que redime é a mesma que adota: o amor de Cristo na cruz é a base da nossa filiação.
Análise lexical (grego & hebraico)
- ἐξουσία (exousía) — “poder, autoridade” (Jo 1.12): o crente recebe o direito (status legal) de ser filho.
- ἐξαγορά (exagōrazō / exagorazō) — “resgate, redenção” (Gál 4; cf. Rm 8): Cristo redime para que possamos ser adotados.
- προορίζω (proorízō) / εὐδοκία (eudokía) — predestinação e beneplácito divino (Ef 1:4–5) mostram a iniciativa soberana do Pai.
- Hebraico — בֵּן (ben): palavra simples para “filho”; no AT filiação tem tanto sentido biológico quanto teológico (filho do pacto, herdeiro). Em contextos de aliança, “ben” pode implicar status particular: “filhos de Israel” como povo eleito. O AT prenuncia a filiação, mas no NT a filiação é plena em Cristo.
Teologia prática
- Adoção é o objetivo da redenção: a cruz não só perdoa, mas inclui — nos põe na família.
- Não é universalismo: a filiação é recebida pela fé em Cristo (Jo 1.12; Gl 3.26). Nem todo humano é filho automaticamente; a adoção é dom específico para os redimidos.
- Dimensão escatológica: a adoção tem um “já” (posse do Espírito, testemunho) e um “ainda não” (redenção do corpo, manifestação plena, Rom 8:23).
Aplicações pastorais e pessoais (diretas)
- Segurança identitária: a adoção dá segurança que não depende da performance moral — somos filhos por graça; essa segurança motiva vida santa, não desculpas para pecado.
- Privacidade na oração: chamar Deus de Ἀββᾶ (Abba) revela que a adoção nos permite intimidade — cultive a oração filial, simples e confiante.
- Missionalidade familiar: se somos co-herdeiros, participamos da missão do Filho — anunciar, amar, restaurar; a herança é também responsabilidade.
- Aconselhamento: para cristãos marcados por rejeição, a doutrina da adoção cura — Deus é Pai que nos recebeu quando ninguém mais o fez.
- Santificação prática: a filiação exige mortificação do pecado (Rm 6) e fruto do Espírito (Gl 5) — adotado não para permanecer escravo, mas para viver como filho.
TABELA EXPOSITIVA — Síntese para ensino
Item | Referência | Termo (Greg./Heb.) | Núcleo teológico | Aplicação prática |
Doutrina da adoção | Rm 8.15–17; Gl 4.4–7; Ef 1.5 | υἱοθεσία (huiothesía) / בֵּן (ben) | Deus nos faz filhos por Cristo e Espírito | Viva como filho: confiança + obediência |
Projeto divino | Ef 1.4–5 | προορίζω / εὐδοκία | Adoção é plano eterno do Pai | Gratidão e segurança: você foi querido antes do início |
Adoção por fé | Jo 1.12; Gal 3.26 | ἐξουσία / πίστις | Fé confessional dá direito à filiação | Cultive fé confiante; não identifique fé com sentimentalismo |
Redenção → adoção | Gl 4.4–5 | ἐξαγοράζω | Cristo redime para nos tornar filhos | Valorize a cruz: redenção tem efeito relacional |
Espírito que garante | Rm 8.16 | πνεῦμα (συμμαρτυρεῖ) | O Espírito testifica que somos filhos | Busque a presença do Espírito; pratique oração filial |
Co-herdeiros com Cristo | Rm 8.17 | συγκληρονόμοι | Participamos da herança e do destino de Cristo | Envolva-se na missão e suporte sofrimentos com esperança |
Ética filial | Rm 6; Gl 5 | --- | Adoção exige mortificação do pecado e fruto | Santificação como consequência da filiação |
Conclusão
A Doutrina da Adoção resume o caráter profundo do amor de Deus: Ele não apenas perdoa, mas incorpora — Ele acolhe como Pai. A adoção é plano eterno (Ef 1), meio redentor (Cristo), confirmação do Espírito (Rm 8) e instrumento de vida (fé). Para o crente, a consequência é dupla: segurança na identidade e chamado ético-missionário. Somos herdeiros da glória, mas também participantes do caminho (sofrimento → conformação → glorificação).
3- A BÊNÇÃO QUE VEM DO CÉU
Antes da criação do mundo, Deus, segundo a Sua vontade, nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo (Ef l.4,5). Essa adoção implica um vínculo pessoal com Deus, o “Abba” (Pai), refletindo proximidade e confiança aos filhos de Deus, que são guiados pelo Seu Espírito. E é o Espírito que testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.14,16).
3.1. Não recebemos espírito de escravidão, mas de adoção. A Obra de Salvação nos possibilitou ser adotados como filhos de Deus; logo, co-herdeiros com Cristo. Quando aceitamos Jesus como Salvador, por Sua imensa misericórdia Deus nos liberta do espírito de escravidão e nos oferece o espírito de adoção de filhos (Rm 8.15). Agora, fazemos parte da família de Deus: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome”, Jo 1.12.
3.2. A Paternidade Divina. Deus nos oferece Sua paternidade por adoção, mas nos ama como a filhos legítimos: “E eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo Poderoso”, 2Co 6.18. Assim, ser parte da família de Deus é uma benção que nos possibilita o convívio com os irmãos para glorificarmos a Cristo em concordância (Rm 15.5-7). A paternidade de Deus se revela no amor incondicional com que Ele oferece aos Seus filhos adotivos Sua herança eterna.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3 — A BÊNÇÃO QUE VEM DO CÉU (comentário)
A doutrina da adoção une quatro verdades cristãs fundamentais: predestinação (o plano eterno do Pai), redenção (a obra de Cristo), habitação/garantia do Espírito (o selo e testemunho interior) e filiação relacional (o nosso clamor “Abba, Pai”). Juntas, essas verdades dizem que a filiação cristã não é resultado de acaso nem de desempenho humano: é dom soberano de Deus, operado em Cristo e assegurado pelo Espírito.
3.1 Não recebemos espírito de escravidão, mas de adoção
Texto-chave e ideia
Paulo diz: “Não recebestes o espírito de escravidão para estardes outra vez em temor, mas recebestes o pneuma tēs huiothesias — o Espírito da adoção — pelo qual clamamos: ‘Abba, Pai’. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8:15–16).
Análise lexical (grego e aramaico/hebraico)
- πνεῦμα (pneuma) — “Espírito”: aqui tanto o Espírito Santo (agente) quanto o espírito humano (sujeito que recebe) são significativos.
- πνεῦμα δουλείας (pneuma douleias) — “espírito de escravidão”: imagem de medo, sujeição e servidão religiosa (medo punitivo).
- πνεῦμα υἱοθεσίας (pneuma huiothesias) — “Espírito de adoção”: huiothesia (υἱοθεσία) é termo jurídico romano que descreve o ato legal de admitir alguém como filho — conferindo nome, status e herança. Paulo o usa para traduzir a realidade espiritual: Deus nos torna filhos.
- Ἀββᾶ (Abba) — palavra aramaica de intimidade: “papai / pai querido”. Paulo registra essa palavra (não grega) para sublinhar confiança profunda e familiaridade com Deus. No hebraico “pai” é אָב (av/bên) — mas Abba carrega tom íntimo e filial que ultrapassa formalidades.
- συμμαρτυρεῖ τῷ ἰδίῳ πνεύματι (summartyrei tō idiō pneumati) — “testifica com o nosso próprio espírito”: o Espírito Santo dá uma garantia interior, uma co-testemunha da filiação.
Teologia e implicações
- Substituição de condição: passagem da escravidão (medo) para a filiação (confiança). A salvação não é apenas liberdade legal; é mudança de família e afecto.
- Garantia interior: a filiação é tanto declarativa (Deus nos proclama filhos) quanto experimental — o Espírito confirma isso dentro de nós. Essa dupla garantia sustenta a segurança cristã (cf. Ef 1:13–14, onde o Espírito é também arrabōn — penhor/garantia).
- Adoção não é automática/universal: Paulo insiste que essa condição é recebida (δέχομαι) por meio da fé em Cristo (Jo 1:12; Gl 3:26).
Aplicação prática
- Identidade: começar o dia confessando: “Sou filho(a) de Deus” — isso muda escolhas, medos e prioridades.
- Oração: exercite a oração filial “Abba” em momentos de medo e decisão.
- Pastoral: acolher os que se sentem órfãos (psicologicamente/espiritualmente) e apontá-los para a experiência do Espírito que confirma a filiação.
3.2 A Paternidade Divina
Texto-chave e ideia
Deus não só nos adota — Ele nos chama para conviver como filhos e filhas: “Eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas” (2Co 6:18). A paternidade divina é amorosa, relacional e eficaz — implica presença, provisão, disciplina e herança.
Análise lexical (grego/hebraico)
- Πατήρ (Patēr) — “Pai”: termo grego adotado para traduzir a paternidade divina, que no AT é frequentemente אָב (av). A novidade no NT é a intimidade adquirida pelo Espírito e a adoção.
- τέκνα / υἱοί (tekna / huioi) — filhos/filhas: vocábulos que expressam tanto a dependência (τέκνα) como a posição legal/herdeira (υἱοί). Paulo usa-os para desenvolver a dimensão ética e escatológica da filiação.
- κληρονομία / συγκληρονόμοι (klēronomia / synklēronomoi) — herança / co-herdeiros: lembrar que ser filho implica herança e também corresponsabilidade na administração e testemunho dessa herança.
Teologia e implicações
- Paternidade como relação, não só juridicidade: a imagem do Pai inclui cuidado, disciplina e comunhão (cf. Hb 12). Não é frieza legal; é presença amorosa que se manifesta no cuidar e no instruir.
- Comunidade filial: a paternidade divina nos insere numa família humana — a Igreja — onde glorificamos a Cristo em unidade (Rm 15:5–7). Somos chamados a viver essa comunhão como expressão do Pai diante do mundo.
- Herança e missão: a herança não é apenas recebimento passivo; ser herdeiro significa participar da missão de Cristo no mundo.
Aplicação pessoal e eclesial
- Viva a paternidade de Deus no âmbito comunitário: reconciliação, hospitalidade, disciplina pastoral carinhosa.
- Para líderes: exercer autoridade sob a forma de paternidade servil — cuidar, admoestar, treinar.
- Na dor: lembrar que o Pai vê, ouve e age; recorrer ao Espírito que confirma a filiação e consola.
TABELA EXPOSITIVA — síntese prática para slide/folheto
Item
Texto(s)
Termo (greg./aram./heb.)
Núcleo teológico
Aplicação prática
Espírito de adoção vs. escravidão
Rm 8:15–16
πνεῦμα δουλείας / πνεῦμα υἱοθεσίας
Passagem do medo para a confiança filial
Substituir hábitos de medo por vida de oração filial
Clamor “Abba”
Rm 8:15
Ἀββᾶ (aramaico)
Intimidade e confiança filial
Use ‘Abba’ em orações pessoais; aproxime-se do Pai
Testemunho do Espírito
Rm 8:16; Ef 1:13–14
συμμαρτυρία / ἀρραβών
Garantia interior e penhor escatológico
Cultivar sensibilidade ao Espírito; viver em segurança
Predestinação à adoção
Ef 1:4–5
προορίζω / εὐδοκία
Plano eterno do Pai: adoção por Cristo
Consolação: sua filiação tem raiz no propósito divino
Paternidade divina
2Co 6:18; Jo 1:12
Πατήρ / אָב (av)
Deus como Pai amoroso que convive com os filhos
Pratique comunhão fraterna; peça e ofereça cuidado pastoral
Co-herdeiros com Cristo
Rm 8:17
συγκληρονόμοι
Participação na herança e na missão
Engaje-se na obra do Reino com esperança e responsabilidade
Implicação ética
Rm 6; Gl 5
νέκρος πρὸς ἁμαρτίαν / καρπὸς πνεύματος
A adoção produz santidade e fruto
Santificação cotidiana: mortificar o pecado e frutificar no amor
Pequenas aplicações devocionais e práticas imediatas
- Manhã: ao começar o dia, diga em voz alta: “Aba, Pai” e entregue-lhe 3 ansiedades concretas.
- Semana: escolha uma relação ferida e aja como filho/filha reconciliador(a) — peça perdão ou ofereça perdão.
- Comunidade: promova uma reunião de cuidado (pequenos grupos) onde a linguagem paterna de Deus seja ensinada e praticada (oração, acompanhamento).
- Em sofrimento: repita a promessa de Rom 8:16 (“o Espírito testifica”) e anote evidências da presença do Pai na sua história (diário de graças).
Conclusão
A bênção que vem do céu é a paternidade de Deus ofertada por meio da adoção: um plano eterno (Ef 1:4–5), cumprido em Cristo e assegurado pelo Espírito (Rm 8:14–16; Ef 1:13–14). Essa paternidade nos transforma: do medo à confiança, da servidão à herança, da solidão à família. A vida cristã é, portanto, morar como filhos na casa do Pai — com intimidade, obediência, missão e esperança.
3 — A BÊNÇÃO QUE VEM DO CÉU (comentário)
A doutrina da adoção une quatro verdades cristãs fundamentais: predestinação (o plano eterno do Pai), redenção (a obra de Cristo), habitação/garantia do Espírito (o selo e testemunho interior) e filiação relacional (o nosso clamor “Abba, Pai”). Juntas, essas verdades dizem que a filiação cristã não é resultado de acaso nem de desempenho humano: é dom soberano de Deus, operado em Cristo e assegurado pelo Espírito.
3.1 Não recebemos espírito de escravidão, mas de adoção
Texto-chave e ideia
Paulo diz: “Não recebestes o espírito de escravidão para estardes outra vez em temor, mas recebestes o pneuma tēs huiothesias — o Espírito da adoção — pelo qual clamamos: ‘Abba, Pai’. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8:15–16).
Análise lexical (grego e aramaico/hebraico)
- πνεῦμα (pneuma) — “Espírito”: aqui tanto o Espírito Santo (agente) quanto o espírito humano (sujeito que recebe) são significativos.
- πνεῦμα δουλείας (pneuma douleias) — “espírito de escravidão”: imagem de medo, sujeição e servidão religiosa (medo punitivo).
- πνεῦμα υἱοθεσίας (pneuma huiothesias) — “Espírito de adoção”: huiothesia (υἱοθεσία) é termo jurídico romano que descreve o ato legal de admitir alguém como filho — conferindo nome, status e herança. Paulo o usa para traduzir a realidade espiritual: Deus nos torna filhos.
- Ἀββᾶ (Abba) — palavra aramaica de intimidade: “papai / pai querido”. Paulo registra essa palavra (não grega) para sublinhar confiança profunda e familiaridade com Deus. No hebraico “pai” é אָב (av/bên) — mas Abba carrega tom íntimo e filial que ultrapassa formalidades.
- συμμαρτυρεῖ τῷ ἰδίῳ πνεύματι (summartyrei tō idiō pneumati) — “testifica com o nosso próprio espírito”: o Espírito Santo dá uma garantia interior, uma co-testemunha da filiação.
Teologia e implicações
- Substituição de condição: passagem da escravidão (medo) para a filiação (confiança). A salvação não é apenas liberdade legal; é mudança de família e afecto.
- Garantia interior: a filiação é tanto declarativa (Deus nos proclama filhos) quanto experimental — o Espírito confirma isso dentro de nós. Essa dupla garantia sustenta a segurança cristã (cf. Ef 1:13–14, onde o Espírito é também arrabōn — penhor/garantia).
- Adoção não é automática/universal: Paulo insiste que essa condição é recebida (δέχομαι) por meio da fé em Cristo (Jo 1:12; Gl 3:26).
Aplicação prática
- Identidade: começar o dia confessando: “Sou filho(a) de Deus” — isso muda escolhas, medos e prioridades.
- Oração: exercite a oração filial “Abba” em momentos de medo e decisão.
- Pastoral: acolher os que se sentem órfãos (psicologicamente/espiritualmente) e apontá-los para a experiência do Espírito que confirma a filiação.
3.2 A Paternidade Divina
Texto-chave e ideia
Deus não só nos adota — Ele nos chama para conviver como filhos e filhas: “Eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas” (2Co 6:18). A paternidade divina é amorosa, relacional e eficaz — implica presença, provisão, disciplina e herança.
Análise lexical (grego/hebraico)
- Πατήρ (Patēr) — “Pai”: termo grego adotado para traduzir a paternidade divina, que no AT é frequentemente אָב (av). A novidade no NT é a intimidade adquirida pelo Espírito e a adoção.
- τέκνα / υἱοί (tekna / huioi) — filhos/filhas: vocábulos que expressam tanto a dependência (τέκνα) como a posição legal/herdeira (υἱοί). Paulo usa-os para desenvolver a dimensão ética e escatológica da filiação.
- κληρονομία / συγκληρονόμοι (klēronomia / synklēronomoi) — herança / co-herdeiros: lembrar que ser filho implica herança e também corresponsabilidade na administração e testemunho dessa herança.
Teologia e implicações
- Paternidade como relação, não só juridicidade: a imagem do Pai inclui cuidado, disciplina e comunhão (cf. Hb 12). Não é frieza legal; é presença amorosa que se manifesta no cuidar e no instruir.
- Comunidade filial: a paternidade divina nos insere numa família humana — a Igreja — onde glorificamos a Cristo em unidade (Rm 15:5–7). Somos chamados a viver essa comunhão como expressão do Pai diante do mundo.
- Herança e missão: a herança não é apenas recebimento passivo; ser herdeiro significa participar da missão de Cristo no mundo.
Aplicação pessoal e eclesial
- Viva a paternidade de Deus no âmbito comunitário: reconciliação, hospitalidade, disciplina pastoral carinhosa.
- Para líderes: exercer autoridade sob a forma de paternidade servil — cuidar, admoestar, treinar.
- Na dor: lembrar que o Pai vê, ouve e age; recorrer ao Espírito que confirma a filiação e consola.
TABELA EXPOSITIVA — síntese prática para slide/folheto
Item | Texto(s) | Termo (greg./aram./heb.) | Núcleo teológico | Aplicação prática |
Espírito de adoção vs. escravidão | Rm 8:15–16 | πνεῦμα δουλείας / πνεῦμα υἱοθεσίας | Passagem do medo para a confiança filial | Substituir hábitos de medo por vida de oração filial |
Clamor “Abba” | Rm 8:15 | Ἀββᾶ (aramaico) | Intimidade e confiança filial | Use ‘Abba’ em orações pessoais; aproxime-se do Pai |
Testemunho do Espírito | Rm 8:16; Ef 1:13–14 | συμμαρτυρία / ἀρραβών | Garantia interior e penhor escatológico | Cultivar sensibilidade ao Espírito; viver em segurança |
Predestinação à adoção | Ef 1:4–5 | προορίζω / εὐδοκία | Plano eterno do Pai: adoção por Cristo | Consolação: sua filiação tem raiz no propósito divino |
Paternidade divina | 2Co 6:18; Jo 1:12 | Πατήρ / אָב (av) | Deus como Pai amoroso que convive com os filhos | Pratique comunhão fraterna; peça e ofereça cuidado pastoral |
Co-herdeiros com Cristo | Rm 8:17 | συγκληρονόμοι | Participação na herança e na missão | Engaje-se na obra do Reino com esperança e responsabilidade |
Implicação ética | Rm 6; Gl 5 | νέκρος πρὸς ἁμαρτίαν / καρπὸς πνεύματος | A adoção produz santidade e fruto | Santificação cotidiana: mortificar o pecado e frutificar no amor |
Pequenas aplicações devocionais e práticas imediatas
- Manhã: ao começar o dia, diga em voz alta: “Aba, Pai” e entregue-lhe 3 ansiedades concretas.
- Semana: escolha uma relação ferida e aja como filho/filha reconciliador(a) — peça perdão ou ofereça perdão.
- Comunidade: promova uma reunião de cuidado (pequenos grupos) onde a linguagem paterna de Deus seja ensinada e praticada (oração, acompanhamento).
- Em sofrimento: repita a promessa de Rom 8:16 (“o Espírito testifica”) e anote evidências da presença do Pai na sua história (diário de graças).
Conclusão
A bênção que vem do céu é a paternidade de Deus ofertada por meio da adoção: um plano eterno (Ef 1:4–5), cumprido em Cristo e assegurado pelo Espírito (Rm 8:14–16; Ef 1:13–14). Essa paternidade nos transforma: do medo à confiança, da servidão à herança, da solidão à família. A vida cristã é, portanto, morar como filhos na casa do Pai — com intimidade, obediência, missão e esperança.
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Adoção: termo pelo qual o Apóstolo Paulo exprime o parentesco que a expressão “filhos de Deus” designa. Em Romanos 8.15-23: 9.4: em Gálatas 4.5: e em Efésios 1.5. há referências ao costume legal entre os romanos, pelo qual a criança adotada tomava o nome de seu novo pai e tornava-se herdeira. O parentesco era em todos os sentidos, o mesmo que existia entre o pai e seu filho natural. O costume da adoção tem sido seguido por todas as nações e em todos os tempos. A adoção civil era permitida é determinada para alívio e conforto daqueles que não tinham filhos; mas, na adoção espiritual, não parece ser essa a razão. O Senhor adota os que creem, e eles se tornam filhos de Deus; não porque haja qualquer excelência neles, mas por Seu amor (Jo 3.16). Quanto aos seres humanos, é necessário crer em Jesus Cristo e aceitá-lo como Senhor e Salvador. […] Nada há no homem algo que o torne merecedor da adoção divina. Além disso, na adoção espiritual, o filho não só recebe um nome novo, mas uma nova natureza: torna-se participante da natureza divina (2Pe 1.4). (SANTOS. João B. R. Dicionário Bíblico – Conhecendo e entendendo a Palavra de Deus. Editora Didática: 2006. p.21).
CONCLUSÃO
A Doutrina da adoção nos revela que, ao aceitar Jesus, somos adotados pelo Pai em Seu grande amor. Na Bíblia, conhecemos a natureza da união que a Obra de Cristo na cruz nos proporcionou, fazendo com que esse processo de adoção seja possível. Agora, nós nos tornamos membros da família de Deus, herdeiros de todas as coisas juntamente com Jesus.
COMPLEMENTANDO
Eu ensinei que:
A Obra de Cristo na cruz tornou possível ao homem a adoção como filho de Deus. Assim, podemos afirmar com segurança que fazemos parte da família de Deus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Conclusão sobre a Doutrina da Adoção
A sua conclusão sintetiza bem o núcleo da doutrina: pela obra de Cristo recebemos, por graça e pela fé, a filiação divina — não só um perdão legal, mas uma nova identidade, relação e herança. Vou comentar isso em três camadas: (A) leitura teológica sintética; (B) análise léxica (grego / hebraico) das palavras-chave; (C) aplicações pastorais e pessoais; e então dou uma tabela expositiva prática para uso em aula/folheto.
1. Leitura teológica sintética
A adoção cristã é simultaneamente:
- jurídica — Deus nos confere direitos de filhos e herdeiros (status, exousía, klēronomía);
- relacional — passamos a viver uma comunhão íntima com o Pai (Abba) por meio do Espírito;
- existencial/ética — a nova posição exige vida santa: “mortos para o pecado” e vivos para Deus (Rm 6; 8);
- escatológica — é “já e ainda não”: já temos o Espírito e o selo; a plena manifestação da filiação virá na redenção dos corpos (Rm 8:23).
Em suma: a cruz de Cristo é a ponte (redenção) e o Espírito é o penhor/garantia; a adoção é o efeito final do plano redentor do Pai (Ef 1:4–5; Gl 4:4–5).
2. Análise das palavras gregas / hebraicas (escolha das mais relevantes)
Grego
- υἱοθεσία (huiothesía) — adoção: termo técnico jurídico, “colocar como filho”; descreve o ato divino de conferir filiação plena. (Rm 8:15; Gl 4:5; Ef 1:5)
- πνεῦμα (pneuma) — Espírito: aqui, sobretudo o Espírito Santo como agente que efetiva, garante e testifica a filiação (Rom 8:16).
- Ἀββᾶ (Abba) — vocábulo aramaico preservado no grego: expressão íntima “Pai” — comunica confiança infantil e calor relational (Rm 8:15).
- ἐξουσία (exousía) — poder/autoridade/direito: João usa para dizer que quem recebe Cristo recebe autoridade para se tornar filho (Jo 1:12).
- συγκληρονόμοι (synklēronomoi) — co-herdeiros: participamos da herança do Filho (Rm 8:17).
- ἐξαγοράζω / ἐξαγορά (exagorazō / exagorá) — redimir/resgatar: a obra de Cristo que compra a libertação para a filiação (Gl 4:5).
- χάρις (charis) — graça: fundamento da adoção (Rm 5:8; Ef 2:8).
- ἀρραβών (arrabōn) — penhor/garantia (Ef 1:13–14): o Espírito como sinal e garantia da herança futura.
Hebraico / Aramaico (AT e vocábulos preservados)
- אָב (av / ab) — pai: no AT, imagem da paternidade divina; no NT a paternidade é plenamente relacional pela adoção.
- בֵּן (ben) — filho: termo básico para filiação; no AT pode indicar descendência natural ou status do pacto; no NT a filiação plena é em Cristo.
- ’Abba (aramaico) — mantido por Jesus e Paulo para enfatizar a intimidade filial, contraste com a formalidade cultual.
3. Aplicação pessoal e pastoral (direta, prática)
- Identidade diária: A primeira pergunta prática é: como eu me vejo? Se eu sou filho, minhas decisões, medos e valores mudam. Vive-se como herdeiro, não como órfão.
- Oração filial: usar “Abba” é deixar que a oração seja filha — espontânea, dependente, confiante. Ensine isso na igreja e em aconselhamento.
- Libertação do medo: pratique exercícios espirituais para substituir motivações de medo (religiosidade escravizante) por confiança filial (Rm 8:15).
- Santidade como fruto: adotar não é licença para pecar; é poder para resistir. Encoraje práticas de mortificação e fruto do Espírito.
- Pastoral de acolhimento: trabalhe com pessoas marcadas por rejeição — a doutrina da adoção cura feridas profundas.
- Missão e vocação: herança implica missão: como co-herdeiros, participamos da restauração da criação e do anúncio do Reino (Rm 8:17–22).
- Esperança escatológica: em sofrimento, lembre-se da garantia do Espírito (arrabōn) e da redenção futura do corpo.
4. Tabela expositiva — síntese para usar em slide/folheto
Ponto principal
Texto(s) chave
Termo (grego/hebraico)
Núcleo teológico
Aplicação prática
Predestinação ao amor
Ef 1:4-5
προορίζω / εὐδοκία
Plano eterno do Pai: ser Pai
Confiança: fui querido antes de existir
Redenção para adoção
Gl 4:4-5; Rm 5:8
ἐξαγοράζω / χάρις
Cristo redime para nos tornar filhos
Valorize a cruz: nossa filiação tem preço pago
Recepção pela fé
Jo 1:12; Gl 3:26
ἐξουσία / πίστις
Fé concede o direito de filho
Viva em confiança, não por obras para provar
Espírito como garantia
Rm 8:15-16; Ef 1:13-14
πνεῦμα / ἀρραβών
O Espírito confirma e sela a filiação
Busque a presença do Espírito; segurança interior
Intimidade filial
Rm 8:15
Ἀββᾶ (Abba)
O crente ora como filho, com confiança
Ensine e pratique oração filial espontânea
Identidade e ética
Rm 6; Gl 5
νέκρος πρὸς ἁμαρτίαν / καρπός
Adoção produz santificação e fruto
Santificação diária: fruto, não pretexto
Herança e missão
Rm 8:17
συγκληρονόμοι / κληρονομία
Co-herdeiros com Cristo; participação na herança
Envolvimento missionário; esperança escatológica
5. Frase-síntese para memorização
“A cruz redime, o Espírito sela e a filiação transforma: adotados por amor, vivemos como herdeiros e filhos em intimidade com o Pai.”
Conclusão sobre a Doutrina da Adoção
A sua conclusão sintetiza bem o núcleo da doutrina: pela obra de Cristo recebemos, por graça e pela fé, a filiação divina — não só um perdão legal, mas uma nova identidade, relação e herança. Vou comentar isso em três camadas: (A) leitura teológica sintética; (B) análise léxica (grego / hebraico) das palavras-chave; (C) aplicações pastorais e pessoais; e então dou uma tabela expositiva prática para uso em aula/folheto.
1. Leitura teológica sintética
A adoção cristã é simultaneamente:
- jurídica — Deus nos confere direitos de filhos e herdeiros (status, exousía, klēronomía);
- relacional — passamos a viver uma comunhão íntima com o Pai (Abba) por meio do Espírito;
- existencial/ética — a nova posição exige vida santa: “mortos para o pecado” e vivos para Deus (Rm 6; 8);
- escatológica — é “já e ainda não”: já temos o Espírito e o selo; a plena manifestação da filiação virá na redenção dos corpos (Rm 8:23).
Em suma: a cruz de Cristo é a ponte (redenção) e o Espírito é o penhor/garantia; a adoção é o efeito final do plano redentor do Pai (Ef 1:4–5; Gl 4:4–5).
2. Análise das palavras gregas / hebraicas (escolha das mais relevantes)
Grego
- υἱοθεσία (huiothesía) — adoção: termo técnico jurídico, “colocar como filho”; descreve o ato divino de conferir filiação plena. (Rm 8:15; Gl 4:5; Ef 1:5)
- πνεῦμα (pneuma) — Espírito: aqui, sobretudo o Espírito Santo como agente que efetiva, garante e testifica a filiação (Rom 8:16).
- Ἀββᾶ (Abba) — vocábulo aramaico preservado no grego: expressão íntima “Pai” — comunica confiança infantil e calor relational (Rm 8:15).
- ἐξουσία (exousía) — poder/autoridade/direito: João usa para dizer que quem recebe Cristo recebe autoridade para se tornar filho (Jo 1:12).
- συγκληρονόμοι (synklēronomoi) — co-herdeiros: participamos da herança do Filho (Rm 8:17).
- ἐξαγοράζω / ἐξαγορά (exagorazō / exagorá) — redimir/resgatar: a obra de Cristo que compra a libertação para a filiação (Gl 4:5).
- χάρις (charis) — graça: fundamento da adoção (Rm 5:8; Ef 2:8).
- ἀρραβών (arrabōn) — penhor/garantia (Ef 1:13–14): o Espírito como sinal e garantia da herança futura.
Hebraico / Aramaico (AT e vocábulos preservados)
- אָב (av / ab) — pai: no AT, imagem da paternidade divina; no NT a paternidade é plenamente relacional pela adoção.
- בֵּן (ben) — filho: termo básico para filiação; no AT pode indicar descendência natural ou status do pacto; no NT a filiação plena é em Cristo.
- ’Abba (aramaico) — mantido por Jesus e Paulo para enfatizar a intimidade filial, contraste com a formalidade cultual.
3. Aplicação pessoal e pastoral (direta, prática)
- Identidade diária: A primeira pergunta prática é: como eu me vejo? Se eu sou filho, minhas decisões, medos e valores mudam. Vive-se como herdeiro, não como órfão.
- Oração filial: usar “Abba” é deixar que a oração seja filha — espontânea, dependente, confiante. Ensine isso na igreja e em aconselhamento.
- Libertação do medo: pratique exercícios espirituais para substituir motivações de medo (religiosidade escravizante) por confiança filial (Rm 8:15).
- Santidade como fruto: adotar não é licença para pecar; é poder para resistir. Encoraje práticas de mortificação e fruto do Espírito.
- Pastoral de acolhimento: trabalhe com pessoas marcadas por rejeição — a doutrina da adoção cura feridas profundas.
- Missão e vocação: herança implica missão: como co-herdeiros, participamos da restauração da criação e do anúncio do Reino (Rm 8:17–22).
- Esperança escatológica: em sofrimento, lembre-se da garantia do Espírito (arrabōn) e da redenção futura do corpo.
4. Tabela expositiva — síntese para usar em slide/folheto
Ponto principal | Texto(s) chave | Termo (grego/hebraico) | Núcleo teológico | Aplicação prática |
Predestinação ao amor | Ef 1:4-5 | προορίζω / εὐδοκία | Plano eterno do Pai: ser Pai | Confiança: fui querido antes de existir |
Redenção para adoção | Gl 4:4-5; Rm 5:8 | ἐξαγοράζω / χάρις | Cristo redime para nos tornar filhos | Valorize a cruz: nossa filiação tem preço pago |
Recepção pela fé | Jo 1:12; Gl 3:26 | ἐξουσία / πίστις | Fé concede o direito de filho | Viva em confiança, não por obras para provar |
Espírito como garantia | Rm 8:15-16; Ef 1:13-14 | πνεῦμα / ἀρραβών | O Espírito confirma e sela a filiação | Busque a presença do Espírito; segurança interior |
Intimidade filial | Rm 8:15 | Ἀββᾶ (Abba) | O crente ora como filho, com confiança | Ensine e pratique oração filial espontânea |
Identidade e ética | Rm 6; Gl 5 | νέκρος πρὸς ἁμαρτίαν / καρπός | Adoção produz santificação e fruto | Santificação diária: fruto, não pretexto |
Herança e missão | Rm 8:17 | συγκληρονόμοι / κληρονομία | Co-herdeiros com Cristo; participação na herança | Envolvimento missionário; esperança escatológica |
5. Frase-síntese para memorização
“A cruz redime, o Espírito sela e a filiação transforma: adotados por amor, vivemos como herdeiros e filhos em intimidade com o Pai.”
Gostou do site? Ajude-nos a manter e melhorar ainda mais este Site.
Nos abençoe com Uma Oferta pelo PIX:TEL: (11)97828-5171 – Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL
EBD Editora Betel | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: ROMANOS | Escola Biblica Dominical | Lição 03 - Deus nos chama à Santidade |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
EBD Editora Betel | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: ROMANOS | Escola Biblica Dominical | Lição 03 - Deus nos chama à Santidade |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
📩 Adquira UM DOS PACOTES do acesso Vip ou arquivo avulso de qualquer ano | Saiba mais pelo Zap.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
ADQUIRA O ACESSO VIP ou os conteúdos em pdf 👆👆👆👆👆👆 Entre em contato.
Os conteúdos tem lhe abençoado? Nos abençoe também com Uma Oferta Voluntária de qualquer valor pelo PIX: E-MAIL pecadorconfesso@hotmail.com – ou, PIX:TEL (15)99798-4063 Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Lucas 6:38
- ////////----------/////////--------------///////////
- ////////----------/////////--------------///////////
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS CPAD
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS BETEL
Adultos (sem limites de idade).
CONECTAR+ Jovens (A partir de 18 anos);
VIVER+ adolescentes (15 e 17 anos);
SABER+ Pré-Teen (9 e 11 anos)em pdf;
APRENDER+ Primários (6 e 8 anos)em pdf;
CRESCER+ Maternal (2 e 3 anos);
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS PECC
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS CENTRAL GOSPEL
---------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------
- ////////----------/////////--------------///////////












COMMENTS