TEXTO ÁUREO “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a ...
TEXTO ÁUREO
“Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.” (At 8.4,5)..
VERDADE PRÁTICA
A igreja só crescerá quando ultrapassar seus próprios limites e levar a mensagem de Cristo para além de suas paredes.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Texto Áureo: Atos 8.4–5
Texto (RA)
“Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.” (At 8:4–5)
1. Contexto narrativo e teológico (visão geral)
Esses versículos aparecem logo após a perseguição desencadeada pelo martírio de Estêvão (At 8:1–3). A perseguição dispersou os crentes de Jerusalém; essa dispersão não foi apenas tragédia, mas veículo de missão: os crentes “espalhados” levaram a mensagem além dos limites da comunidade central. O movimento de Filipe a Samaria torna-se símbolo teológico do cumprimento de Jesus (At 1:8) — a proclamação vai “de Jerusalém a… Samaria… até os confins da terra” — e mostra como o Espírito usa circunstâncias adversas para a expansão do evangelho.
2. Análise léxica (grego) — palavras-chave e nuance
- οἱ δὲ διεσπαρμένοι (hoi de diesparmenoi) — “os que haviam sido dispersos / os dispersos”. Particípio perfeito passivo de διασπείρω/διασπᾶν (dispersar). A palavra enfatiza uma condição contínua e resultante: eles foram lançados fora (por perseguição) e agora atuam “a partir daí”. Teologicamente: a diáspora cristã torna-se missão.
- ἐπορεύοντο (eporeuonto) — “andavam/iam por toda parte”. Verbo de movimento que descreve atividade contínua e dirigida: os dispersos não ficaram inertes; foram aventureiros missionais.
- κηρύσσοντες τὸν λόγον (kēryssontes ton logon) — “proclamando a palavra”. κηρύσσω = proclamar/heraldar; λόγος = “palavra” (a mensagem, o anúncio do evangelho / a Palavra de Deus). A ênfase é na proclamação pública e autoritativa do evangelho.
- καὶ κατεβὰς ὁ Φίλιππος εἰς τὴν πόλιν τῆς Σαμαρείας (kai katebas ho Philippos eis tēn polin tēs Samareias) — “e descendo Filipe à cidade de Samaria”. καταβαίνω (descer) sugere movimento geográfico e simbólico (do centro judaico a uma região marginalizada/estrangeira): Samaria era povoada por samaritanos, com historya de tensões étnico-religiosas com os judeus.
- ἐκήρυσσεν αὐτοῖς τὸν Χριστόν (ekērussen autois ton Christon) — “pregava-lhes a Cristo / proclamava Cristo a eles.” Χριστός (Messias) é o núcleo do anúncio: não se trata de ética abstrata, mas da proclamação de Jesus como o Cristo (obra, pessoa, ressurreição, promessa).
(Fonte léxica: léxicos greco-ingleses clássicos — BDAG / LSJ — e comentários sobre Atos.)
3. Principais implicações teológicas
- Perseguição como meio de missão providencial. A narrativa de Lucas sugere que a dispersão — embora fruto do mal (perseguição) — foi usada por Deus para que o evangelho saísse do centro e alcançasse novas populações. A história bíblica frequentemente mostra Deus revertendo intenções más para fins redentores (cf. José).
- Missão além dos limites étnicos e sociais. Filipe pregar em Samaria sinaliza a quebra de fronteiras: judeus proclamando o Messias aos samaritanos (grupo com identidade própria e tensões históricas) aponta para a universalidade do evangelho. Esse gesto antecipa o diálogo mais amplo de Atos (incluindo o envio a gentios: Cornélio, o etíope).
- Proclamação cristológica — “pregar a Cristo”. A frase sublinha que a expansão não era só um movimento social: o conteúdo era centrado em Cristo — Sua pessoa, obra e implicações salvíficas.
- Modelo de igreja missionária: sair das paredes. A igreja que cresce faz isto por contágio missional: membros dispersos, redes sociais, diáspora e testemunho pessoal são canais primários de expansão. A prática missionária é tanto orgânica (dispersão / migração) quanto intencional (Filipe desce e proclama).
- Cumprimento do mandato inicial (At 1:8). A sequência narrativa de Lucas (Jerusalém → Judeia → Samaria → até os confins) é teológica: Deus equipa e orienta a igreja a ampliar fronteiras em etapas. Samaria é etapa crucial entre judeus e gentios, tornando visível o plano unitário de Deus para as nações.
4. Conexões bíblicas relevantes
- Atos 1:8 — promessa missionária: “vós sereis minhas testemunhas... até os confins da terra.”
- João 4 — Jesus e a mulher samaritana: modelo de cruzamento de barreiras e fructificação evangelística em Samaria.
- Atos 8:14–17 — posterior envio de Pedro e João a Samaria para confirmar novos crentes (ensaio de integração e teste teológico sobre alcance do Espírito).
- Textos sobre diaspóra (Diaspora) — a dispersão judaica/ cristã mostra como redes sociais e migração tornam-se ponte missionária.
5. Aplicação pastoral e pessoal (prática)
- A igreja cresce indo além das paredes físicas. Programas internos não substituem o testemunho pessoal: culto público + testemunho disperso = crescimento saudável.
- Ver os “dispersos” como campo missionário. Migrantes, ex-moradores, trabalhadores itinerantes, estudantes, refugiados — todos são pontes para comunidades inteiras. Investir em hospitalidade, suporte e discipulado de pessoas em trânsito rende grande fruto.
- Priorizar a proclamação cristológica. Ao planejar estratégias missionárias, centralize o anúncio de Cristo (pessoa, morte, ressurreição, chamado à fé) e prepare caminhos de discipulado e integração.
- Ultrapassar barreiras é custo e oportunidade. Como Filipe entre Samaritans, devemos deliberadamente cruzar linhas étnicas, sociais e culturais — com sensibilidade e respeito — sabendo que a reconciliação e a unidade são testemunho do evangelho.
- Aproveitar situações adversas. Crises (perseguição, pandemia, deslocamento econômico) frequentemente geram movimentos humanos; a igreja sensível ao Espírito pode transformar risco em ocasião de missão.
- Meios práticos hoje: formar pequenas comunidades/dependências missionais, treinar discípulos para testemunho pessoal, investir em ministério entre imigrantes/refugiados/estudantes internacionais, usar mídia digital para alcançar “além das paredes”, cultivar parcerias interculturais.
6. Tabela expositiva (resumo prático)
Frase (Atos 8.4–5)
Grego (chave)
Tradução literal / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
“os que andavam dispersos”
οἱ δὲ διεσπαρμένοι
“os dispersos / lançados fora” — fruto da perseguição
Diaspora = veículo de missão; o mal é revertido para o bem
Identificar e envolver migrantes / dispersos como missionários naturais
“iam por toda parte anunciando a palavra”
ἐπορεύοντο κηρύσσοντες τὸν λόγον
Movimento contínuo de proclamar o Evangelho
Missão é atividade pública e contínua; kerygma cristológico
Promover testemunho pessoal, grupos testemunhais, treinamento de evangelismo
“descendo Filipe … à Samaria”
καὶ κατεβὰς ὁ Φίλιππος εἰς τὴν πόλιν τῆς Σαμαρείας
Movimento intencional ao “outro” (Samaria)
Cruzar fronteiras sociais/étnicas; cumprimento de At 1:8
Planejar ações que cruzem barreiras culturais; contextualização respeitosa
“lhes pregava a Cristo”
ἐκήρυσσεν αὐτοῖς τὸν Χριστόν
Conteúdo cristológico: Cristo é o centro do anúncio
Evangelho centrado em Cristo (persona e obra)
Garantir que evangelismo proclame Cristo e conduza a discipulado
7. Bibliografia (seletiva — leitura acadêmico-pastoral)
- R. T. France, Lucas - Série Comentário Expositivo.
- D. A. Carson, O Comentário de Mateus.
- F. F. Bruce, História do Novo Testamento.
- Craig S. Keener, Comentário Histórico-cultural da Bíblia: Novo Testamento.
- David G. Peterson, Teologia Bíblica da Adoração.
- Ben Witherington III, Por Tras da Palavra: o Caráter Sociorretórico do Novo Testamento em Nova Perspectiva .
- Stanley M. Horton (ed.), French L. Arrington (Autor), Roger Stronstad (Autor), Comentário Bíblico Pentecostal do NT (CPAD).
- Grant R. Osborne, Apocalipse: Comentário Exegético.
- G. K. Beale, Teologia Bíblica do Novo Testamento.
- Craig R. Koester, Revelation (AYB).
- John Stott — A Mensagem de Atos.
Conclusão
Atos 8.4–5 nos mostra o padrão cristão: quando a igreja ultrapassa seus limites (sejam eles paredes, etnias, classes ou conveniências culturais) e proclama Cristo com coragem e sensibilidade, o evangelho avança mesmo em meio à adversidade. A mensagem é simples e concreta: saia, encontre o outro, proclame Cristo e faça discípulos — a igreja só cresce quando se torna missão fora de si mesma.
Texto Áureo: Atos 8.4–5
Texto (RA)
“Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.” (At 8:4–5)
1. Contexto narrativo e teológico (visão geral)
Esses versículos aparecem logo após a perseguição desencadeada pelo martírio de Estêvão (At 8:1–3). A perseguição dispersou os crentes de Jerusalém; essa dispersão não foi apenas tragédia, mas veículo de missão: os crentes “espalhados” levaram a mensagem além dos limites da comunidade central. O movimento de Filipe a Samaria torna-se símbolo teológico do cumprimento de Jesus (At 1:8) — a proclamação vai “de Jerusalém a… Samaria… até os confins da terra” — e mostra como o Espírito usa circunstâncias adversas para a expansão do evangelho.
2. Análise léxica (grego) — palavras-chave e nuance
- οἱ δὲ διεσπαρμένοι (hoi de diesparmenoi) — “os que haviam sido dispersos / os dispersos”. Particípio perfeito passivo de διασπείρω/διασπᾶν (dispersar). A palavra enfatiza uma condição contínua e resultante: eles foram lançados fora (por perseguição) e agora atuam “a partir daí”. Teologicamente: a diáspora cristã torna-se missão.
- ἐπορεύοντο (eporeuonto) — “andavam/iam por toda parte”. Verbo de movimento que descreve atividade contínua e dirigida: os dispersos não ficaram inertes; foram aventureiros missionais.
- κηρύσσοντες τὸν λόγον (kēryssontes ton logon) — “proclamando a palavra”. κηρύσσω = proclamar/heraldar; λόγος = “palavra” (a mensagem, o anúncio do evangelho / a Palavra de Deus). A ênfase é na proclamação pública e autoritativa do evangelho.
- καὶ κατεβὰς ὁ Φίλιππος εἰς τὴν πόλιν τῆς Σαμαρείας (kai katebas ho Philippos eis tēn polin tēs Samareias) — “e descendo Filipe à cidade de Samaria”. καταβαίνω (descer) sugere movimento geográfico e simbólico (do centro judaico a uma região marginalizada/estrangeira): Samaria era povoada por samaritanos, com historya de tensões étnico-religiosas com os judeus.
- ἐκήρυσσεν αὐτοῖς τὸν Χριστόν (ekērussen autois ton Christon) — “pregava-lhes a Cristo / proclamava Cristo a eles.” Χριστός (Messias) é o núcleo do anúncio: não se trata de ética abstrata, mas da proclamação de Jesus como o Cristo (obra, pessoa, ressurreição, promessa).
(Fonte léxica: léxicos greco-ingleses clássicos — BDAG / LSJ — e comentários sobre Atos.)
3. Principais implicações teológicas
- Perseguição como meio de missão providencial. A narrativa de Lucas sugere que a dispersão — embora fruto do mal (perseguição) — foi usada por Deus para que o evangelho saísse do centro e alcançasse novas populações. A história bíblica frequentemente mostra Deus revertendo intenções más para fins redentores (cf. José).
- Missão além dos limites étnicos e sociais. Filipe pregar em Samaria sinaliza a quebra de fronteiras: judeus proclamando o Messias aos samaritanos (grupo com identidade própria e tensões históricas) aponta para a universalidade do evangelho. Esse gesto antecipa o diálogo mais amplo de Atos (incluindo o envio a gentios: Cornélio, o etíope).
- Proclamação cristológica — “pregar a Cristo”. A frase sublinha que a expansão não era só um movimento social: o conteúdo era centrado em Cristo — Sua pessoa, obra e implicações salvíficas.
- Modelo de igreja missionária: sair das paredes. A igreja que cresce faz isto por contágio missional: membros dispersos, redes sociais, diáspora e testemunho pessoal são canais primários de expansão. A prática missionária é tanto orgânica (dispersão / migração) quanto intencional (Filipe desce e proclama).
- Cumprimento do mandato inicial (At 1:8). A sequência narrativa de Lucas (Jerusalém → Judeia → Samaria → até os confins) é teológica: Deus equipa e orienta a igreja a ampliar fronteiras em etapas. Samaria é etapa crucial entre judeus e gentios, tornando visível o plano unitário de Deus para as nações.
4. Conexões bíblicas relevantes
- Atos 1:8 — promessa missionária: “vós sereis minhas testemunhas... até os confins da terra.”
- João 4 — Jesus e a mulher samaritana: modelo de cruzamento de barreiras e fructificação evangelística em Samaria.
- Atos 8:14–17 — posterior envio de Pedro e João a Samaria para confirmar novos crentes (ensaio de integração e teste teológico sobre alcance do Espírito).
- Textos sobre diaspóra (Diaspora) — a dispersão judaica/ cristã mostra como redes sociais e migração tornam-se ponte missionária.
5. Aplicação pastoral e pessoal (prática)
- A igreja cresce indo além das paredes físicas. Programas internos não substituem o testemunho pessoal: culto público + testemunho disperso = crescimento saudável.
- Ver os “dispersos” como campo missionário. Migrantes, ex-moradores, trabalhadores itinerantes, estudantes, refugiados — todos são pontes para comunidades inteiras. Investir em hospitalidade, suporte e discipulado de pessoas em trânsito rende grande fruto.
- Priorizar a proclamação cristológica. Ao planejar estratégias missionárias, centralize o anúncio de Cristo (pessoa, morte, ressurreição, chamado à fé) e prepare caminhos de discipulado e integração.
- Ultrapassar barreiras é custo e oportunidade. Como Filipe entre Samaritans, devemos deliberadamente cruzar linhas étnicas, sociais e culturais — com sensibilidade e respeito — sabendo que a reconciliação e a unidade são testemunho do evangelho.
- Aproveitar situações adversas. Crises (perseguição, pandemia, deslocamento econômico) frequentemente geram movimentos humanos; a igreja sensível ao Espírito pode transformar risco em ocasião de missão.
- Meios práticos hoje: formar pequenas comunidades/dependências missionais, treinar discípulos para testemunho pessoal, investir em ministério entre imigrantes/refugiados/estudantes internacionais, usar mídia digital para alcançar “além das paredes”, cultivar parcerias interculturais.
6. Tabela expositiva (resumo prático)
Frase (Atos 8.4–5) | Grego (chave) | Tradução literal / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
“os que andavam dispersos” | οἱ δὲ διεσπαρμένοι | “os dispersos / lançados fora” — fruto da perseguição | Diaspora = veículo de missão; o mal é revertido para o bem | Identificar e envolver migrantes / dispersos como missionários naturais |
“iam por toda parte anunciando a palavra” | ἐπορεύοντο κηρύσσοντες τὸν λόγον | Movimento contínuo de proclamar o Evangelho | Missão é atividade pública e contínua; kerygma cristológico | Promover testemunho pessoal, grupos testemunhais, treinamento de evangelismo |
“descendo Filipe … à Samaria” | καὶ κατεβὰς ὁ Φίλιππος εἰς τὴν πόλιν τῆς Σαμαρείας | Movimento intencional ao “outro” (Samaria) | Cruzar fronteiras sociais/étnicas; cumprimento de At 1:8 | Planejar ações que cruzem barreiras culturais; contextualização respeitosa |
“lhes pregava a Cristo” | ἐκήρυσσεν αὐτοῖς τὸν Χριστόν | Conteúdo cristológico: Cristo é o centro do anúncio | Evangelho centrado em Cristo (persona e obra) | Garantir que evangelismo proclame Cristo e conduza a discipulado |
7. Bibliografia (seletiva — leitura acadêmico-pastoral)
- R. T. France, Lucas - Série Comentário Expositivo.
- D. A. Carson, O Comentário de Mateus.
- F. F. Bruce, História do Novo Testamento.
- Craig S. Keener, Comentário Histórico-cultural da Bíblia: Novo Testamento.
- David G. Peterson, Teologia Bíblica da Adoração.
- Ben Witherington III, Por Tras da Palavra: o Caráter Sociorretórico do Novo Testamento em Nova Perspectiva .
- Stanley M. Horton (ed.), French L. Arrington (Autor), Roger Stronstad (Autor), Comentário Bíblico Pentecostal do NT (CPAD).
- Grant R. Osborne, Apocalipse: Comentário Exegético.
- G. K. Beale, Teologia Bíblica do Novo Testamento.
- Craig R. Koester, Revelation (AYB).
- John Stott — A Mensagem de Atos.
Conclusão
Atos 8.4–5 nos mostra o padrão cristão: quando a igreja ultrapassa seus limites (sejam eles paredes, etnias, classes ou conveniências culturais) e proclama Cristo com coragem e sensibilidade, o evangelho avança mesmo em meio à adversidade. A mensagem é simples e concreta: saia, encontre o outro, proclame Cristo e faça discípulos — a igreja só cresce quando se torna missão fora de si mesma.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 28.19 Respondendo ao “Ide” de Jesus
Terça — Lc 4.18 A sublime missão de pregar o Evangelho
Quarta — 1Co 9.16 A necessidade de pregar o Evangelho
Quinta — At 8.12 Proclamando as Boas-Novas do Reino de Deus
Sexta — 1Co 2.4 Pregando o Evangelho de poder
Sábado — At 8.4 Pregando em todo lugar e para todas as pessoas
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Leitura Diária
1. Segunda — Mateus 28.19
Texto: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações...”
- Análise léxica:
- πορευθέντες (poreuthentes) = “indo”, particípio aoristo. Não é apenas “uma ordem de sair”, mas pressupõe movimento contínuo, à medida que vivem, vão.
- μαθητεύσατε (mathēteusate) = “fazer discípulos”. Centralidade da missão não é só converter, mas formar seguidores aprendizes de Jesus.
- πάντα τὰ ἔθνη (panta ta ethnē) = “todas as nações/povos”. Não apenas países políticos, mas grupos étnicos (missiologia moderna usa ethnē para “povos não alcançados”).
- Teologia: A missão é universal, inclui todos os povos, e é centrada em discipulado.
- Aplicação: A igreja deve ir além da geografia local, investir em povos não alcançados, e discipular, não apenas evangelizar superficialmente.
2. Terça — Lucas 4.18
Texto: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois me ungiu para pregar boas-novas aos pobres...”
- Análise léxica:
- ἔχρισέν με (echrisen me) = “ungiu-me”. Ligação messiânica: Cristo como o Ungido do Espírito.
- εὐαγγελίσασθαι πτωχοῖς (euangelisasthai ptōchois) = “evangelizar os pobres”. Evangelho tem dimensão social, alcança marginalizados.
- ἄφεσιν (aphesin) = “libertação/perdão”. Não só política, mas espiritual.
- Teologia: O ministério de Jesus é holístico: espiritual, social e libertador.
- Aplicação: O Evangelho deve transformar vidas inteiras — espiritualidade, justiça social e dignidade humana.
3. Quarta — 1 Coríntios 9.16
Texto: “Ai de mim se não pregar o evangelho.”
- Análise léxica:
- ἀνάγκη (anankē) = “necessidade/obrigação inevitável”.
- οὐαί (ouai) = “ai de mim”, lamento profético.
- εὐαγγελίσωμαι (euangelisōmai) = “pregar boas-novas”, presente subjuntivo (ação contínua).
- Teologia: A pregação é um encargo inevitável, não opcional. Paulo a entende como dever divino e profético.
- Aplicação: O chamado de pregar não é privilégio de alguns, mas necessidade de todos que conhecem a Cristo.
4. Quinta — Atos 8.12
Texto: “Quando, porém, deram crédito a Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus...”
- Análise léxica:
- ἐπίστευον (episteuon) = “creram” (imperfeito: fé contínua).
- εὐαγγελιζομένῳ (euangelizomenō) = “proclamando boas-novas”.
- τῆς βασιλείας τοῦ θεοῦ (tēs basileias tou theou) = “o Reino de Deus”: governo soberano de Deus em Cristo.
- Teologia: A evangelização não é só “salvação pessoal”, mas anúncio do Reino, a nova ordem de Deus.
- Aplicação: A missão deve ensinar sobre Reino (justiça, santidade, submissão a Deus), não só perdão.
5. Sexta — 1 Coríntios 2.4
Texto: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração de Espírito e de poder.”
- Análise léxica:
- πειθοῖς σοφίας λόγοις (peithois sophias logois) = “palavras persuasivas de sabedoria” — retórica grega.
- ἀποδείξει (apodeixei) = “demonstração/prova convincente”.
- πνεύματος καὶ δυνάμεως (pneumatos kai dynameōs) = “do Espírito e de poder”.
- Teologia: A eficácia da pregação não está na retórica humana, mas na ação sobrenatural do Espírito.
- Aplicação: Pregadores e igrejas devem depender do Espírito, não de técnicas humanas.
6. Sábado — Atos 8.4
Texto: “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.”
- Análise léxica:
- διεσπαρμένοι (diesparmenoi) = “dispersos” (perseguição como instrumento missionário).
- κηρύσσοντες τὸν λόγον (kēryssontes ton logon) = “anunciando a Palavra” com autoridade pública.
- Teologia: A missão não é restrita aos apóstolos: todos os crentes proclamam.
- Aplicação: Cada crente é missionário — onde estiver, proclama Cristo.
📊 Tabela Expositiva — Leitura Diária
Dia
Texto
Palavra-chave (grego)
Enfoque Teológico
Aplicação
Segunda
Mt 28.19
mathēteusate (fazer discípulos)
Missão universal, discipulado
Ir além da geografia local, formar discípulos
Terça
Lc 4.18
euangelisasthai ptōchois (evangelizar pobres)
Evangelho integral: espiritual e social
Levar esperança e dignidade aos marginalizados
Quarta
1Co 9.16
anankē (necessidade)
Pregar é obrigação divina
Todo cristão tem o dever de evangelizar
Quinta
At 8.12
basileia tou theou (Reino de Deus)
Evangelho é Reino, não só perdão
Ensinar vida de Reino: justiça e santidade
Sexta
1Co 2.4
apodeixei pneumatos (demonstração do Espírito)
Poder do Espírito é a eficácia da pregação
Confiar mais no Espírito do que em técnicas humanas
Sábado
At 8.4
diesparmenoi (dispersos)
Perseguição leva à missão
Cada crente é missionário no cotidiano
Leitura Diária
1. Segunda — Mateus 28.19
Texto: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações...”
- Análise léxica:
- πορευθέντες (poreuthentes) = “indo”, particípio aoristo. Não é apenas “uma ordem de sair”, mas pressupõe movimento contínuo, à medida que vivem, vão.
- μαθητεύσατε (mathēteusate) = “fazer discípulos”. Centralidade da missão não é só converter, mas formar seguidores aprendizes de Jesus.
- πάντα τὰ ἔθνη (panta ta ethnē) = “todas as nações/povos”. Não apenas países políticos, mas grupos étnicos (missiologia moderna usa ethnē para “povos não alcançados”).
- Teologia: A missão é universal, inclui todos os povos, e é centrada em discipulado.
- Aplicação: A igreja deve ir além da geografia local, investir em povos não alcançados, e discipular, não apenas evangelizar superficialmente.
2. Terça — Lucas 4.18
Texto: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois me ungiu para pregar boas-novas aos pobres...”
- Análise léxica:
- ἔχρισέν με (echrisen me) = “ungiu-me”. Ligação messiânica: Cristo como o Ungido do Espírito.
- εὐαγγελίσασθαι πτωχοῖς (euangelisasthai ptōchois) = “evangelizar os pobres”. Evangelho tem dimensão social, alcança marginalizados.
- ἄφεσιν (aphesin) = “libertação/perdão”. Não só política, mas espiritual.
- Teologia: O ministério de Jesus é holístico: espiritual, social e libertador.
- Aplicação: O Evangelho deve transformar vidas inteiras — espiritualidade, justiça social e dignidade humana.
3. Quarta — 1 Coríntios 9.16
Texto: “Ai de mim se não pregar o evangelho.”
- Análise léxica:
- ἀνάγκη (anankē) = “necessidade/obrigação inevitável”.
- οὐαί (ouai) = “ai de mim”, lamento profético.
- εὐαγγελίσωμαι (euangelisōmai) = “pregar boas-novas”, presente subjuntivo (ação contínua).
- Teologia: A pregação é um encargo inevitável, não opcional. Paulo a entende como dever divino e profético.
- Aplicação: O chamado de pregar não é privilégio de alguns, mas necessidade de todos que conhecem a Cristo.
4. Quinta — Atos 8.12
Texto: “Quando, porém, deram crédito a Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus...”
- Análise léxica:
- ἐπίστευον (episteuon) = “creram” (imperfeito: fé contínua).
- εὐαγγελιζομένῳ (euangelizomenō) = “proclamando boas-novas”.
- τῆς βασιλείας τοῦ θεοῦ (tēs basileias tou theou) = “o Reino de Deus”: governo soberano de Deus em Cristo.
- Teologia: A evangelização não é só “salvação pessoal”, mas anúncio do Reino, a nova ordem de Deus.
- Aplicação: A missão deve ensinar sobre Reino (justiça, santidade, submissão a Deus), não só perdão.
5. Sexta — 1 Coríntios 2.4
Texto: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração de Espírito e de poder.”
- Análise léxica:
- πειθοῖς σοφίας λόγοις (peithois sophias logois) = “palavras persuasivas de sabedoria” — retórica grega.
- ἀποδείξει (apodeixei) = “demonstração/prova convincente”.
- πνεύματος καὶ δυνάμεως (pneumatos kai dynameōs) = “do Espírito e de poder”.
- Teologia: A eficácia da pregação não está na retórica humana, mas na ação sobrenatural do Espírito.
- Aplicação: Pregadores e igrejas devem depender do Espírito, não de técnicas humanas.
6. Sábado — Atos 8.4
Texto: “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.”
- Análise léxica:
- διεσπαρμένοι (diesparmenoi) = “dispersos” (perseguição como instrumento missionário).
- κηρύσσοντες τὸν λόγον (kēryssontes ton logon) = “anunciando a Palavra” com autoridade pública.
- Teologia: A missão não é restrita aos apóstolos: todos os crentes proclamam.
- Aplicação: Cada crente é missionário — onde estiver, proclama Cristo.
📊 Tabela Expositiva — Leitura Diária
Dia | Texto | Palavra-chave (grego) | Enfoque Teológico | Aplicação |
Segunda | Mt 28.19 | mathēteusate (fazer discípulos) | Missão universal, discipulado | Ir além da geografia local, formar discípulos |
Terça | Lc 4.18 | euangelisasthai ptōchois (evangelizar pobres) | Evangelho integral: espiritual e social | Levar esperança e dignidade aos marginalizados |
Quarta | 1Co 9.16 | anankē (necessidade) | Pregar é obrigação divina | Todo cristão tem o dever de evangelizar |
Quinta | At 8.12 | basileia tou theou (Reino de Deus) | Evangelho é Reino, não só perdão | Ensinar vida de Reino: justiça e santidade |
Sexta | 1Co 2.4 | apodeixei pneumatos (demonstração do Espírito) | Poder do Espírito é a eficácia da pregação | Confiar mais no Espírito do que em técnicas humanas |
Sábado | At 8.4 | diesparmenoi (dispersos) | Perseguição leva à missão | Cada crente é missionário no cotidiano |
HINOS SUGERIDOS: 127, 394 e 409 da Harpa Cristã.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 8.1-8,12-15.
1 — E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.
2 — E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto.
3 — E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.
4 — Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.
5 — E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.
6 — E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
7 — pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.
8 — E havia grande alegria naquela cidade.
12 — Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.
13 — E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito.
14 — Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João,
15 — os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Contexto narrativo e visão geral
Atos 8 marca um ponto de virada na história da igreja primitiva. Após o martírio de Estêvão (At 7) veio uma intensa perseguição (8:1–3) que dispersou os crentes de Jerusalém. Lucas apresenta essa dispersão não como derrota terminal, mas como o meio providencial da expansão missionária: os cristãos “dispersos” levam a Palavra a outros lugares (8:4). O episódio de Filipe em Samaria (8:5–8, 12–17) mostra a dinâmica missionária de Lucas: evangelismo (kerygma), confirmação por sinais e integração no corpo eclesial (apóstolos de Jerusalém enviando Pedro e João para impor mãos). Temas centrais: missão que sai do centro, missão entre fronteiras (judeus → samaritanos), sinais como confirmação, e a questão do Espírito Santo e da autoridade apostólica.
2. Leitura versículo a versículo — observações exegéticas e teológicas
8:1–4 — Perseguição, dispersão e proclamação
- A frase “E também Saulo consentiu na morte dele” liga a perseguição ao ator que será Paulo; a narrativa dá coerência histórica e teológica à mudança de cenário missionário.
- “Grande perseguição” (v.1) → causa humana (Saulo) e propósito redentor de Deus: a igreja se espalha.
- “Exceto os apóstolos”: Lucas preserva a autoridade apostólica em Jerusalém, mas mostra que o povo (crentes) foi o principal agente missionário.
- 8:4 — “os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra”: a dispersão (diáspora) torna-se mecanismo missionário. Aqui Lucas revela um princípio: as crises concentram ou dispersam; Deus usa a dispersão para espalhar o kerygma.
Teologia prática: Perseguição pode multiplicar testemunho. A missão é corpórea — feita por comunidades e por membros “não-oficiais” (crentes comuns), não apenas por líderes.
8:5–8 — Filipe em Samaria: conteúdo, sinais e resposta
- 8:5 — “descendo Filipe à cidade da Samaria, lhes pregava a Cristo”: verbo-chave katebai (descender) marca deslocamento geográfico e simbólico — do centro judaico a uma periferia etno-religiosa. Proclamação centrada: “a Cristo” (o Messias).
- 8:6–8 — sinais e maravilhas: Luke sublinha que havia sinais (exorcismos, curas) e uma resposta de fé e alegria (v.8). Os sinais confirmam e acompanham a proclamação; também indicam o poder do evangelho contra o domínio demoníaco e a enfermidade.
- Observação sobre as multidões “ouvindo e vendo os sinais”: Lucas é um historiador retórico que liga kerygma + dunamis (poder) → conversão efetiva.
Teologia prática: O evangelho público enfrenta opressões espirituais/socials. O testemunho eficaz envolve palavra e ação redentora (cura, libertação), gerando alegria comunitária.
8:12–15 — Fé, batismo, Simão e a vinda dos apóstolos
- 8:12 — “créem em Filipe… se batizavam”: verbo episteuon (imperfeito — “criam/continuamente creram”) e baptizonto (baptizavam) mostram conversão efetiva seguida de iniciação sacramental. Lucas liga fé pública e batismo.
- 8:13 — Simão: “e crêu também Simão…” — Lucas registra que até pessoas com histórias complexas (Simão Magus, cf. 8:9–24) eram alcançadas; o texto aqui mostra a receptividade, mas o desdobramento posterior (tentação de comprar o poder do Espírito) lembra que crer + ser batizado não elimina o exame moral/teológico.
- 8:14–15 — apóstolos enviam Pedro e João; oração para que recebam o Espírito Santo: dois pontos cruciais: (1) a iniciativa de Filipe gerou conversões locais; (2) a chegada dos apóstolos confirma e integra os convertidos na comunhão da Igreja de Jerusalém, com a imposição de mãos associada à recepção do Espírito (ver 8:16–17). Isso preserva a unidade e a ortodoxia apostólica.
Questão teológica clássica: por que os samaritanos só “recebem” o Espírito quando Pedro e João chegam? Interpretações: (a) Lucas relata uma cronologia histórica (o Espírito foi dado depois); (b) Lucas teologicamente enfatiza a necessidade de reconhecimento/apostolic endorsement e a unidade da Igreja; (c) alguns sugerem distinção entre a experiência inicial de fé e confirmação sacramental / reconhecimento público (gesto de inclusão). O texto sublinha a autoridade apostólica e a vinculação da missão local à Igreja-hortizontal.
3. Análise de palavras gregas-chave (formato: grego — transliteração — sentido / nuance teológica)
- διεσπαρμένοι — diesparmenoi (part. perf. pass. de διασπείρω) — “os dispersos / lançados fora”. Enfatiza resultado da ação: foram espalhados. Teologia: a diáspora cristã é motor missionário.
- ἐπορεύοντο — eporeuonto (imperf. de πορεύομαι) — “iam / iam por toda parte”. Movimento contínuo; testemunho itinerante.
- κηρύσσοντες τὸν λόγον — kēryssontes ton logon — “proclamando a palavra”. κηρύσσω = proclamar publicamente; λόγος = mensagem/Palavra de Deus. Indica conteúdo público e autoritativo.
- κατεβὰς — katebas (aoristo de καταβαίνω) — “descendo”. Deslocamento de domínio/nível; aqui deslocamento de Jerusalém para Samaria, simbolizando quebra de barreiras.
- ἐκήρυσσεν τὸν Χριστόν — ekērussen ton Christon — “pregava/ proclamava o Cristo/Messias”. O centro do anúncio: pessoa e obra de Jesus.
- πιστεύω / ἐπίστευον — pisteuō / episteuon — “crer / vinham a crer” (imperfeito: ação continuada). Fé como resposta contínua à proclamação.
- βαπτίζω — baptizō — “batizar”. Iniciação pública/cerimonial na nova comunidade.
- σημεῖα / σημεῖα καὶ τέρατα — sēmeia / sēmeia kai terata — “sinais e maravilhas” (Lucas usa ambos para indicar manifestação do poder de Deus).
- πνεῦμα — pneuma — “Espírito” (Santo). A recepção do Espírito é apresentada aqui como sinal de inclusão plena na comunidade (8:15–17).
(Léxicos úteis: BDAG; para leitura em português: Mateus/Bíblia interlinear, comentários sobre Atos.)
4. Implicações teológicas centrais
- Missão providencial da perseguição. Deus transforma instrumentos do mal (perseguição) em meios de expansão do evangelho — um teodrama que subverte intenções humanas.
- A missão é tanto orgânica quanto institucional. Crentes comuns (os dispersos, o “povo”) e agentes carismáticos (Filipe, portador do kerygma e sinais) agem; a autoridade instituída (apóstolos de Jerusalém) intervém para confirmar e integrar. Unidade e diversidade ministerial coexistem.
- Palavra + poder. Kerygma acompanhado de sēmeia e terata (sinais) produz conversão e alegria; o evangelho não é só doutrina, mas é eficaz, confronta poderes (espíritos imundos) e cura.
- Batismo, fé e Espírito. Lucas liga fé e batismo; a recepção plena do Espírito em Samaria aparece com a intervenção apostólica, o que ressalta que a obra missionária local é legítima quando reconhecida e incorporada pela comunidade mais ampla.
- Questões éticas e doutrinais — exemplo de Simão. A conversão aparente não substitui transformação moral. Simão ilustra que atração por sinais pode coexistir com motivações equivocadas (o episódio subsequente revela desejo de comprar o poder do Espírito).
5. Aplicações pastorais e pessoais
- Para igrejas sob pressão: não encarem a crise apenas como perda; examine-a como ocasião para envio missionário. Mobilizar membros dispersos como testemunhas.
- Treinar testemunho cotidiano: cada membro é chamado a “ir” no seu cotidiano (trabalho, estudos, migração) e “anunciar a Palavra” por palavra e obra.
- Valorizar dupla dinâmica — ação carismática (sinais, compaixão, cura) e cuidado institucional (integração, ensino, supervisão). Evitar polarizações entre carisma e ordem.
- Cuidado com a “fé superficial”: esteja atento a professões de fé que não se traduzem em ética transformada; discipulado e acompanhamento são essenciais.
- Missão transcultural: Filipe atravessou barreiras étnicas/religiosas; hoje precisamos aprender a contextualizar o evangelho com sensibilidade cultural, mantendo o centro cristológico.
6. Tabela expositiva (uso rápido — slides / folha de estudo)
Texto
Núcleo narrativo
Palavra(s) gregas chave
Ponto exegético / teológico
Aplicação prática
At 8:1–4
Perseguição e dispersão
διεσπαρμένοι (diesparmenoi); ἐπορεύοντο
A perseguição dispersa o povo; a diáspora gera missão
Treinar e mobilizar “crentes dispersos” como testemunhas cotidianas
At 8:5
Filipe desce a Samaria
κατεβὰς ὁ Φίλιππος (katebas ho Philippos)
Missão atravessa fronteiras étnicas; centralidade de Cristo no anúncio
Planejar incursões intencionais a contextos "outros"
At 8:6–8
Sinais e resposta
σημεῖα, δαιμόνια ἐκπορευόμενα (exorcismos)
Palavra + poder (=eccentric mission results) → alegria e conversão
Cultivar ministério de cura/libertação junto com pregação
At 8:12
Fé e batismo
ἐπίστευον, ἐβαπτίζοντο
Fé pública seguida de iniciação sacramental
Enfatizar ligação fé → discipulado → igreja local
At 8:13
Simão
Σίμων (Simōn) — crê, é batizado
Conversões nem sempre puras; sinais atraem, mas nem sempre transformam
Acompanhar e discipular novos crentes; avaliar motivações
At 8:14–15
Envio de Pedro e João
πέμπουσιν / προσεύχονται / ἀποδοῦναι τὸ πνεῦμα
Apostolic endorsement: unidade e recepção plena do Espírito
Integrar novos ramos/igrejas à comunhão da igreja mais ampla
7. Bibliografia recomendada (para estudo acadêmico e pastoral)
- R. T. France, Lucas - Série Comentário Expositivo.
- D. A. Carson, O Comentário de Mateus.
- F. F. Bruce, História do Novo Testamento.
- Craig S. Keener, Comentário Histórico-cultural da Bíblia: Novo Testamento.
- David G. Peterson, Teologia Bíblica da Adoração.
- Ben Witherington III, Por Tras da Palavra: o Caráter Sociorretórico do Novo Testamento em Nova Perspectiva .
- Stanley M. Horton (ed.), French L. Arrington (Autor), Roger Stronstad (Autor), Comentário Bíblico Pentecostal do NT (CPAD).
- Grant R. Osborne, Apocalipse: Comentário Exegético.
- G. K. Beale, Teologia Bíblica do Novo Testamento.
- Craig R. Koester, Revelation (AYB).
- John Stott — A Mensagem de Atos.
8. Conclusão
Atos 8.1–8,12–15 apresenta o padrão lucano de expansão do evangelho: o Espírito usa a adversidade para multiplicar testemunhas, Cristo é proclamado além das fronteiras étnicas, a Palavra atua com sinais que confirmam e curam, e a comunhão apostólica garante a integração e a unidade da igreja. Para hoje: capacitar crentes dispersos, proclamar Cristo com palavra e ação, integrar conversões por meio de discipulado e conexão eclesial.
1. Contexto narrativo e visão geral
Atos 8 marca um ponto de virada na história da igreja primitiva. Após o martírio de Estêvão (At 7) veio uma intensa perseguição (8:1–3) que dispersou os crentes de Jerusalém. Lucas apresenta essa dispersão não como derrota terminal, mas como o meio providencial da expansão missionária: os cristãos “dispersos” levam a Palavra a outros lugares (8:4). O episódio de Filipe em Samaria (8:5–8, 12–17) mostra a dinâmica missionária de Lucas: evangelismo (kerygma), confirmação por sinais e integração no corpo eclesial (apóstolos de Jerusalém enviando Pedro e João para impor mãos). Temas centrais: missão que sai do centro, missão entre fronteiras (judeus → samaritanos), sinais como confirmação, e a questão do Espírito Santo e da autoridade apostólica.
2. Leitura versículo a versículo — observações exegéticas e teológicas
8:1–4 — Perseguição, dispersão e proclamação
- A frase “E também Saulo consentiu na morte dele” liga a perseguição ao ator que será Paulo; a narrativa dá coerência histórica e teológica à mudança de cenário missionário.
- “Grande perseguição” (v.1) → causa humana (Saulo) e propósito redentor de Deus: a igreja se espalha.
- “Exceto os apóstolos”: Lucas preserva a autoridade apostólica em Jerusalém, mas mostra que o povo (crentes) foi o principal agente missionário.
- 8:4 — “os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra”: a dispersão (diáspora) torna-se mecanismo missionário. Aqui Lucas revela um princípio: as crises concentram ou dispersam; Deus usa a dispersão para espalhar o kerygma.
Teologia prática: Perseguição pode multiplicar testemunho. A missão é corpórea — feita por comunidades e por membros “não-oficiais” (crentes comuns), não apenas por líderes.
8:5–8 — Filipe em Samaria: conteúdo, sinais e resposta
- 8:5 — “descendo Filipe à cidade da Samaria, lhes pregava a Cristo”: verbo-chave katebai (descender) marca deslocamento geográfico e simbólico — do centro judaico a uma periferia etno-religiosa. Proclamação centrada: “a Cristo” (o Messias).
- 8:6–8 — sinais e maravilhas: Luke sublinha que havia sinais (exorcismos, curas) e uma resposta de fé e alegria (v.8). Os sinais confirmam e acompanham a proclamação; também indicam o poder do evangelho contra o domínio demoníaco e a enfermidade.
- Observação sobre as multidões “ouvindo e vendo os sinais”: Lucas é um historiador retórico que liga kerygma + dunamis (poder) → conversão efetiva.
Teologia prática: O evangelho público enfrenta opressões espirituais/socials. O testemunho eficaz envolve palavra e ação redentora (cura, libertação), gerando alegria comunitária.
8:12–15 — Fé, batismo, Simão e a vinda dos apóstolos
- 8:12 — “créem em Filipe… se batizavam”: verbo episteuon (imperfeito — “criam/continuamente creram”) e baptizonto (baptizavam) mostram conversão efetiva seguida de iniciação sacramental. Lucas liga fé pública e batismo.
- 8:13 — Simão: “e crêu também Simão…” — Lucas registra que até pessoas com histórias complexas (Simão Magus, cf. 8:9–24) eram alcançadas; o texto aqui mostra a receptividade, mas o desdobramento posterior (tentação de comprar o poder do Espírito) lembra que crer + ser batizado não elimina o exame moral/teológico.
- 8:14–15 — apóstolos enviam Pedro e João; oração para que recebam o Espírito Santo: dois pontos cruciais: (1) a iniciativa de Filipe gerou conversões locais; (2) a chegada dos apóstolos confirma e integra os convertidos na comunhão da Igreja de Jerusalém, com a imposição de mãos associada à recepção do Espírito (ver 8:16–17). Isso preserva a unidade e a ortodoxia apostólica.
Questão teológica clássica: por que os samaritanos só “recebem” o Espírito quando Pedro e João chegam? Interpretações: (a) Lucas relata uma cronologia histórica (o Espírito foi dado depois); (b) Lucas teologicamente enfatiza a necessidade de reconhecimento/apostolic endorsement e a unidade da Igreja; (c) alguns sugerem distinção entre a experiência inicial de fé e confirmação sacramental / reconhecimento público (gesto de inclusão). O texto sublinha a autoridade apostólica e a vinculação da missão local à Igreja-hortizontal.
3. Análise de palavras gregas-chave (formato: grego — transliteração — sentido / nuance teológica)
- διεσπαρμένοι — diesparmenoi (part. perf. pass. de διασπείρω) — “os dispersos / lançados fora”. Enfatiza resultado da ação: foram espalhados. Teologia: a diáspora cristã é motor missionário.
- ἐπορεύοντο — eporeuonto (imperf. de πορεύομαι) — “iam / iam por toda parte”. Movimento contínuo; testemunho itinerante.
- κηρύσσοντες τὸν λόγον — kēryssontes ton logon — “proclamando a palavra”. κηρύσσω = proclamar publicamente; λόγος = mensagem/Palavra de Deus. Indica conteúdo público e autoritativo.
- κατεβὰς — katebas (aoristo de καταβαίνω) — “descendo”. Deslocamento de domínio/nível; aqui deslocamento de Jerusalém para Samaria, simbolizando quebra de barreiras.
- ἐκήρυσσεν τὸν Χριστόν — ekērussen ton Christon — “pregava/ proclamava o Cristo/Messias”. O centro do anúncio: pessoa e obra de Jesus.
- πιστεύω / ἐπίστευον — pisteuō / episteuon — “crer / vinham a crer” (imperfeito: ação continuada). Fé como resposta contínua à proclamação.
- βαπτίζω — baptizō — “batizar”. Iniciação pública/cerimonial na nova comunidade.
- σημεῖα / σημεῖα καὶ τέρατα — sēmeia / sēmeia kai terata — “sinais e maravilhas” (Lucas usa ambos para indicar manifestação do poder de Deus).
- πνεῦμα — pneuma — “Espírito” (Santo). A recepção do Espírito é apresentada aqui como sinal de inclusão plena na comunidade (8:15–17).
(Léxicos úteis: BDAG; para leitura em português: Mateus/Bíblia interlinear, comentários sobre Atos.)
4. Implicações teológicas centrais
- Missão providencial da perseguição. Deus transforma instrumentos do mal (perseguição) em meios de expansão do evangelho — um teodrama que subverte intenções humanas.
- A missão é tanto orgânica quanto institucional. Crentes comuns (os dispersos, o “povo”) e agentes carismáticos (Filipe, portador do kerygma e sinais) agem; a autoridade instituída (apóstolos de Jerusalém) intervém para confirmar e integrar. Unidade e diversidade ministerial coexistem.
- Palavra + poder. Kerygma acompanhado de sēmeia e terata (sinais) produz conversão e alegria; o evangelho não é só doutrina, mas é eficaz, confronta poderes (espíritos imundos) e cura.
- Batismo, fé e Espírito. Lucas liga fé e batismo; a recepção plena do Espírito em Samaria aparece com a intervenção apostólica, o que ressalta que a obra missionária local é legítima quando reconhecida e incorporada pela comunidade mais ampla.
- Questões éticas e doutrinais — exemplo de Simão. A conversão aparente não substitui transformação moral. Simão ilustra que atração por sinais pode coexistir com motivações equivocadas (o episódio subsequente revela desejo de comprar o poder do Espírito).
5. Aplicações pastorais e pessoais
- Para igrejas sob pressão: não encarem a crise apenas como perda; examine-a como ocasião para envio missionário. Mobilizar membros dispersos como testemunhas.
- Treinar testemunho cotidiano: cada membro é chamado a “ir” no seu cotidiano (trabalho, estudos, migração) e “anunciar a Palavra” por palavra e obra.
- Valorizar dupla dinâmica — ação carismática (sinais, compaixão, cura) e cuidado institucional (integração, ensino, supervisão). Evitar polarizações entre carisma e ordem.
- Cuidado com a “fé superficial”: esteja atento a professões de fé que não se traduzem em ética transformada; discipulado e acompanhamento são essenciais.
- Missão transcultural: Filipe atravessou barreiras étnicas/religiosas; hoje precisamos aprender a contextualizar o evangelho com sensibilidade cultural, mantendo o centro cristológico.
6. Tabela expositiva (uso rápido — slides / folha de estudo)
Texto | Núcleo narrativo | Palavra(s) gregas chave | Ponto exegético / teológico | Aplicação prática |
At 8:1–4 | Perseguição e dispersão | διεσπαρμένοι (diesparmenoi); ἐπορεύοντο | A perseguição dispersa o povo; a diáspora gera missão | Treinar e mobilizar “crentes dispersos” como testemunhas cotidianas |
At 8:5 | Filipe desce a Samaria | κατεβὰς ὁ Φίλιππος (katebas ho Philippos) | Missão atravessa fronteiras étnicas; centralidade de Cristo no anúncio | Planejar incursões intencionais a contextos "outros" |
At 8:6–8 | Sinais e resposta | σημεῖα, δαιμόνια ἐκπορευόμενα (exorcismos) | Palavra + poder (=eccentric mission results) → alegria e conversão | Cultivar ministério de cura/libertação junto com pregação |
At 8:12 | Fé e batismo | ἐπίστευον, ἐβαπτίζοντο | Fé pública seguida de iniciação sacramental | Enfatizar ligação fé → discipulado → igreja local |
At 8:13 | Simão | Σίμων (Simōn) — crê, é batizado | Conversões nem sempre puras; sinais atraem, mas nem sempre transformam | Acompanhar e discipular novos crentes; avaliar motivações |
At 8:14–15 | Envio de Pedro e João | πέμπουσιν / προσεύχονται / ἀποδοῦναι τὸ πνεῦμα | Apostolic endorsement: unidade e recepção plena do Espírito | Integrar novos ramos/igrejas à comunhão da igreja mais ampla |
7. Bibliografia recomendada (para estudo acadêmico e pastoral)
- R. T. France, Lucas - Série Comentário Expositivo.
- D. A. Carson, O Comentário de Mateus.
- F. F. Bruce, História do Novo Testamento.
- Craig S. Keener, Comentário Histórico-cultural da Bíblia: Novo Testamento.
- David G. Peterson, Teologia Bíblica da Adoração.
- Ben Witherington III, Por Tras da Palavra: o Caráter Sociorretórico do Novo Testamento em Nova Perspectiva .
- Stanley M. Horton (ed.), French L. Arrington (Autor), Roger Stronstad (Autor), Comentário Bíblico Pentecostal do NT (CPAD).
- Grant R. Osborne, Apocalipse: Comentário Exegético.
- G. K. Beale, Teologia Bíblica do Novo Testamento.
- Craig R. Koester, Revelation (AYB).
- John Stott — A Mensagem de Atos.
8. Conclusão
Atos 8.1–8,12–15 apresenta o padrão lucano de expansão do evangelho: o Espírito usa a adversidade para multiplicar testemunhas, Cristo é proclamado além das fronteiras étnicas, a Palavra atua com sinais que confirmam e curam, e a comunhão apostólica garante a integração e a unidade da igreja. Para hoje: capacitar crentes dispersos, proclamar Cristo com palavra e ação, integrar conversões por meio de discipulado e conexão eclesial.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A igreja primitiva, mesmo em meio à perseguição, não recuou diante das dificuldades, mas se espalhou e continuou a anunciar com poder o Evangelho de Cristo. Deus usou até mesmo o sofrimento para expandir sua obra, cumprindo a promessa de Atos 1.8.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar como a perseguição contribuiu para a expansão da igreja primitiva;
II) Expor a centralidade de Cristo e da Palavra de Deus na evangelização realizada pela Igreja;
III) Enfatizar o papel da Igreja em apoiar e discipular os novos convertidos.
B) Motivação: Vivemos tempos em que a igreja enfrenta desafios e pressões externas, mas, assim como na igreja primitiva, essas situações podem ser oportunidades para crescimento e testemunho.
C) Sugestão de Método: Para iniciar a lição de forma significativa, o professor pode utilizar o método da pergunta provocativa para estimular a reflexão. Pergunte à classe: “O que você faria se, por causa da sua fé, fosse forçado a deixar sua casa e sua cidade?”. Após ouvir algumas respostas voluntárias, conduza a classe a pensar sobre como a igreja primitiva reagiu diante da perseguição: não com medo ou silêncio, mas com ousadia e fé.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Assim como a igreja primitiva, sejamos fiéis em anunciar Cristo em qualquer circunstância, confiando no poder do Espírito e na direção da Palavra.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Deus usa as Circunstâncias”, ao final do primeiro tópico, amplia a reflexão a respeito da perseguição e sua influência para os cristãos saírem de Jerusalém; 2) O texto “Orando para receber o Espírito Santo”, localizado depois do terceiro tópico, aprofunda a respeito do Batismo no Espírito Santo como completude do discipulado cristão.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
DINÂMICA – Lição 10: A Expansão da Igreja
Objetivo: Demonstrar como a Igreja primitiva se espalhou pelo mundo, mantendo Cristo e a Palavra como centro, e mostrar o papel do Espírito Santo no discipulado e na evangelização.
Texto base: Atos 8.1-8,12-15
Materiais necessários:
- Cartões com palavras-chave (perseguição, evangelização, discipulado, Espírito Santo, Palavra, Cristo)
- Caneta ou giz
- Quadro ou cartolina
- Fitas ou barbante (opcional, para demarcar áreas)
Passo a passo
1. Introdução (5 min)
- Leia Atos 8.1-8,12-15 com os participantes.
- Explique brevemente que a igreja foi dispersa por causa da perseguição, mas isso resultou na expansão do Evangelho.
2. Quebra-gelo: “Espalhando o Evangelho” (10 min)
- Divida a turma em pequenos grupos (3-5 pessoas).
- Cada grupo recebe um cartão com uma palavra-chave.
- A tarefa: representar a palavra de forma criativa para os outros grupos (sem falar). Por exemplo: “Evangelização” pode ser encenada como alguém pregando a outras pessoas; “Espírito Santo” como alguém sendo guiado por uma força invisível.
- Os outros grupos tentam adivinhar a palavra.
Objetivo: Mostrar que cada aspecto (perseguição, Palavra, Cristo, Espírito Santo) é essencial para a expansão da Igreja.
3. Discussão em grupo: “O poder da dispersão” (10 min)
- Peça aos participantes que discutam:
- Como a perseguição ajudou a Igreja a se expandir?
- Qual foi o papel de Filipe em Samaria?
- Como a Palavra e Cristo foram centrais nessa expansão?
- Registre as respostas no quadro ou cartolina.
Objetivo: Refletir sobre como Deus usa circunstâncias difíceis para cumprir Seus planos.
4. Atividade prática: “Caminho do Discipulado” (10 min)
- Crie uma linha no chão com fita ou barbante representando o caminho do discipulado:
- Ponto 1: Conversão
- Ponto 2: Batismo
- Ponto 3: Recebimento do Espírito
- Cada participante deve “andar pelo caminho” representando a experiência completa de um crente.
- Ao chegar em cada ponto, o líder explica o significado espiritual daquele estágio, enfatizando que o discipulado só está completo com o Espírito Santo. 98
5. Reflexão final: “A Igreja em ação” (5 min)
- Perguntar:
- Como podemos hoje “espalhar o Evangelho” como a Igreja primitiva?
- Estamos centrados em Cristo e na Palavra, ou dependemos de métodos humanos?
- Estamos apoiando missionários e discipulando novos crentes?
Conclusão: Assim como a igreja primitiva, devemos levar a Palavra de Deus e Cristo a todos os lugares, mesmo diante de dificuldades, confiando no Espírito Santo.
Observação pedagógica
Essa dinâmica une aprendizado bíblico, interação prática e reflexão pessoal, tornando o estudo mais memorável e participativo.
DINÂMICA – Lição 10: A Expansão da Igreja
Objetivo: Demonstrar como a Igreja primitiva se espalhou pelo mundo, mantendo Cristo e a Palavra como centro, e mostrar o papel do Espírito Santo no discipulado e na evangelização.
Texto base: Atos 8.1-8,12-15
Materiais necessários:
- Cartões com palavras-chave (perseguição, evangelização, discipulado, Espírito Santo, Palavra, Cristo)
- Caneta ou giz
- Quadro ou cartolina
- Fitas ou barbante (opcional, para demarcar áreas)
Passo a passo
1. Introdução (5 min)
- Leia Atos 8.1-8,12-15 com os participantes.
- Explique brevemente que a igreja foi dispersa por causa da perseguição, mas isso resultou na expansão do Evangelho.
2. Quebra-gelo: “Espalhando o Evangelho” (10 min)
- Divida a turma em pequenos grupos (3-5 pessoas).
- Cada grupo recebe um cartão com uma palavra-chave.
- A tarefa: representar a palavra de forma criativa para os outros grupos (sem falar). Por exemplo: “Evangelização” pode ser encenada como alguém pregando a outras pessoas; “Espírito Santo” como alguém sendo guiado por uma força invisível.
- Os outros grupos tentam adivinhar a palavra.
Objetivo: Mostrar que cada aspecto (perseguição, Palavra, Cristo, Espírito Santo) é essencial para a expansão da Igreja.
3. Discussão em grupo: “O poder da dispersão” (10 min)
- Peça aos participantes que discutam:
- Como a perseguição ajudou a Igreja a se expandir?
- Qual foi o papel de Filipe em Samaria?
- Como a Palavra e Cristo foram centrais nessa expansão?
- Registre as respostas no quadro ou cartolina.
Objetivo: Refletir sobre como Deus usa circunstâncias difíceis para cumprir Seus planos.
4. Atividade prática: “Caminho do Discipulado” (10 min)
- Crie uma linha no chão com fita ou barbante representando o caminho do discipulado:
- Ponto 1: Conversão
- Ponto 2: Batismo
- Ponto 3: Recebimento do Espírito
- Cada participante deve “andar pelo caminho” representando a experiência completa de um crente.
- Ao chegar em cada ponto, o líder explica o significado espiritual daquele estágio, enfatizando que o discipulado só está completo com o Espírito Santo. 98
5. Reflexão final: “A Igreja em ação” (5 min)
- Perguntar:
- Como podemos hoje “espalhar o Evangelho” como a Igreja primitiva?
- Estamos centrados em Cristo e na Palavra, ou dependemos de métodos humanos?
- Estamos apoiando missionários e discipulando novos crentes?
Conclusão: Assim como a igreja primitiva, devemos levar a Palavra de Deus e Cristo a todos os lugares, mesmo diante de dificuldades, confiando no Espírito Santo.
Observação pedagógica
Essa dinâmica une aprendizado bíblico, interação prática e reflexão pessoal, tornando o estudo mais memorável e participativo.
INTRODUÇÃO
Nesta semana, vamos estudar como a Igreja foi dispersa por causa de uma grande perseguição. Até então, os cristãos estavam concentrados em Jerusalém e não tinham avançado na missão de espalhar o Evangelho. Mas tudo mudou quando Estêvão, um dos sete escolhidos para servir, foi morto por causa de sua fé. Na verdade, Jesus já havia predito em Atos 1.8 que os cristãos seriam espalhados pelo mundo para anunciar a sua mensagem. Muitas vezes, Deus usa circunstâncias para cumprir seus propósitos. Foi isso que aconteceu com a igreja em Jerusalém: mesmo sofrendo uma grande perda e tendo de sair da cidade, os cristãos não fugiram derrotados. Pelo contrário, eles continuaram firmes, levando as Boas-Novas para outras pessoas.
Palavra-Chave: EVANGELIZAÇÃO
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Contexto e visão geral
O episódio da dispersão da igreja em Atos 8 mostra como Deus transforma tragédias em oportunidades missionárias. A morte de Estêvão (At 7) marca o início de uma perseguição intensa que obriga os cristãos a deixar Jerusalém, cumprindo, assim, a promessa de Jesus em Atos 1.8: “recebereis poder e sereis minhas testemunhas até os confins da terra”. Lucas apresenta a dispersão não como derrota, mas como meio pelo qual o evangelho alcança novas regiões, incluindo a Samaria, território anteriormente marginalizado pelos judeus.
O tema central é evangelização, que surge em contexto de adversidade, mostrando que a missão da igreja depende da fidelidade a Cristo, não das circunstâncias externas.
2. Análise teológica e exegética
2.1 A dispersão como instrumento divino (At 8.1–4)
- “Todos foram dispersos” – grego: διεσπαρμένοι (diesparmenoi), particípio perfeito passivo de διασπείρω, “espalhar, dispersar”. Indica ação completa: a perseguição espalhou o povo, mas o objetivo divino é a multiplicação do testemunho.
- “Anunciando a palavra” – grego: κηρύσσοντες τὸν λόγον (kēryssontes ton logon), verbo κηρύσσω = proclamar publicamente com autoridade; λόγος = Palavra de Deus, a mensagem do evangelho de Cristo.
- Aplicação teológica: Deus pode usar crises para expandir o evangelho. O “deslocamento forçado” de crentes cria oportunidades missionárias que não existiriam de outra forma.
2.2 Missão transcultural e cruzando barreiras (At 8.5)
- “Descendo Filipe à cidade da Samaria” – grego: κατεβὰς (katebas), aoristo de καταβαίνω, “descer, mover-se de um ponto mais elevado para outro mais baixo”. Simboliza tanto deslocamento geográfico quanto missão entre culturas e grupos étnicos distintos.
- “Pregava a Cristo” – grego: ἐκήρυσσεν τὸν Χριστόν (ekērussen ton Christon), verbo ativo que enfatiza a centralidade de Jesus como Messias e a pregação pessoal da salvação.
- Aplicação prática: Evangelização autêntica ultrapassa barreiras sociais, culturais e religiosas. A missão não deve ficar confinada a grupos ou espaços confortáveis.
2.3 Sinais e confirmação da Palavra (At 8.6–8)
- “Sinais e maravilhas” – grego: σημεῖα καὶ τέρατα (sēmeia kai terata). Indicam o poder de Deus que confirma a mensagem do evangelho.
- “Muitos paralíticos e coxos foram curados” – demonstra que o evangelho atua na dimensão física, espiritual e social, transformando vidas inteiras.
- Aplicação pessoal: O poder de Deus não se limita ao ensino teológico; deve ser experimentado na vida real e nas necessidades concretas da comunidade.
3. Implicações teológicas
- Evangelização em tempos de crise: A igreja dispersa não perdeu fé; pelo contrário, multiplicou sua influência.
- Missão integral: O evangelho envolve proclamação, demonstração de poder e cuidado com as pessoas.
- Centralidade de Cristo: Todo esforço evangelístico deve ser centrado em Cristo, não em líderes ou sinais isolados.
- Responsabilidade pessoal e comunitária: Cada cristão é chamado a testemunhar, independentemente de hierarquia ou posição.
4. Aplicação prática
- Para crentes hoje: Devemos encarar dificuldades como oportunidades de levar o evangelho a lugares e pessoas que não teríamos alcançado de outra forma.
- Para igrejas locais: Incentivar membros a serem missionários cotidianos, usando palavras e ações, sem esperar apenas por programas formais.
- Missão transcultural: Buscar contextos diversos, sendo sensível à cultura, mas mantendo o foco na mensagem de Cristo.
- Testemunho ativo: Demonstrar fé com amor, cuidado, sinais de compaixão e justiça, como reflexo do evangelho vivo.
5. Tabela expositiva
Texto
Palavra-chave grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.1–4
διεσπαρμένοι
dispersos, espalhados
Deus usa a perseguição para missão
Ver crises como oportunidades de evangelização
At 8.4
κηρύσσοντες τὸν λόγον
proclamando a Palavra
Evangelização pessoal e contínua
Cada cristão é chamado a testemunhar
At 8.5
κατεβὰς
descendo, deslocando-se
Missão transcultural e estratégica
Ir onde o evangelho não foi anunciado
At 8.6–8
σημεῖα καὶ τέρατα
sinais e maravilhas
Palavra confirmada pelo poder de Deus
Integrar ação e palavra no evangelismo
At 8.12
ἐπίστευον, ἐβαπτίζοντο
crer, batizar
Fé pública e iniciação comunitária
O discipulado inclui fé, comunhão e ação
At 8.13
Σίμων
Simão
Conversão inicial não garante maturidade
Acompanhar novos crentes no crescimento espiritual
6. Bibliografia acadêmica recomendada
- R. T. France, Lucas - Série Comentário Expositivo.
- D. A. Carson, O Comentário de Mateus.
- F. F. Bruce, História do Novo Testamento.
- Craig S. Keener, Comentário Histórico-cultural da Bíblia: Novo Testamento.
- David G. Peterson, Teologia Bíblica da Adoração.
- Ben Witherington III, Por Tras da Palavra: o Caráter Sociorretórico do Novo Testamento em Nova Perspectiva .
- Stanley M. Horton (ed.), French L. Arrington (Autor), Roger Stronstad (Autor), Comentário Bíblico Pentecostal do NT (CPAD).
- Grant R. Osborne, Apocalipse: Comentário Exegético.
- G. K. Beale, Teologia Bíblica do Novo Testamento.
- Craig R. Koester, Revelation (AYB).
- John Stott — A Mensagem de Atos.
- Biblia de Estudo Palavra Chave Grego e Hebraico
1. Contexto e visão geral
O episódio da dispersão da igreja em Atos 8 mostra como Deus transforma tragédias em oportunidades missionárias. A morte de Estêvão (At 7) marca o início de uma perseguição intensa que obriga os cristãos a deixar Jerusalém, cumprindo, assim, a promessa de Jesus em Atos 1.8: “recebereis poder e sereis minhas testemunhas até os confins da terra”. Lucas apresenta a dispersão não como derrota, mas como meio pelo qual o evangelho alcança novas regiões, incluindo a Samaria, território anteriormente marginalizado pelos judeus.
O tema central é evangelização, que surge em contexto de adversidade, mostrando que a missão da igreja depende da fidelidade a Cristo, não das circunstâncias externas.
2. Análise teológica e exegética
2.1 A dispersão como instrumento divino (At 8.1–4)
- “Todos foram dispersos” – grego: διεσπαρμένοι (diesparmenoi), particípio perfeito passivo de διασπείρω, “espalhar, dispersar”. Indica ação completa: a perseguição espalhou o povo, mas o objetivo divino é a multiplicação do testemunho.
- “Anunciando a palavra” – grego: κηρύσσοντες τὸν λόγον (kēryssontes ton logon), verbo κηρύσσω = proclamar publicamente com autoridade; λόγος = Palavra de Deus, a mensagem do evangelho de Cristo.
- Aplicação teológica: Deus pode usar crises para expandir o evangelho. O “deslocamento forçado” de crentes cria oportunidades missionárias que não existiriam de outra forma.
2.2 Missão transcultural e cruzando barreiras (At 8.5)
- “Descendo Filipe à cidade da Samaria” – grego: κατεβὰς (katebas), aoristo de καταβαίνω, “descer, mover-se de um ponto mais elevado para outro mais baixo”. Simboliza tanto deslocamento geográfico quanto missão entre culturas e grupos étnicos distintos.
- “Pregava a Cristo” – grego: ἐκήρυσσεν τὸν Χριστόν (ekērussen ton Christon), verbo ativo que enfatiza a centralidade de Jesus como Messias e a pregação pessoal da salvação.
- Aplicação prática: Evangelização autêntica ultrapassa barreiras sociais, culturais e religiosas. A missão não deve ficar confinada a grupos ou espaços confortáveis.
2.3 Sinais e confirmação da Palavra (At 8.6–8)
- “Sinais e maravilhas” – grego: σημεῖα καὶ τέρατα (sēmeia kai terata). Indicam o poder de Deus que confirma a mensagem do evangelho.
- “Muitos paralíticos e coxos foram curados” – demonstra que o evangelho atua na dimensão física, espiritual e social, transformando vidas inteiras.
- Aplicação pessoal: O poder de Deus não se limita ao ensino teológico; deve ser experimentado na vida real e nas necessidades concretas da comunidade.
3. Implicações teológicas
- Evangelização em tempos de crise: A igreja dispersa não perdeu fé; pelo contrário, multiplicou sua influência.
- Missão integral: O evangelho envolve proclamação, demonstração de poder e cuidado com as pessoas.
- Centralidade de Cristo: Todo esforço evangelístico deve ser centrado em Cristo, não em líderes ou sinais isolados.
- Responsabilidade pessoal e comunitária: Cada cristão é chamado a testemunhar, independentemente de hierarquia ou posição.
4. Aplicação prática
- Para crentes hoje: Devemos encarar dificuldades como oportunidades de levar o evangelho a lugares e pessoas que não teríamos alcançado de outra forma.
- Para igrejas locais: Incentivar membros a serem missionários cotidianos, usando palavras e ações, sem esperar apenas por programas formais.
- Missão transcultural: Buscar contextos diversos, sendo sensível à cultura, mas mantendo o foco na mensagem de Cristo.
- Testemunho ativo: Demonstrar fé com amor, cuidado, sinais de compaixão e justiça, como reflexo do evangelho vivo.
5. Tabela expositiva
Texto | Palavra-chave grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.1–4 | διεσπαρμένοι | dispersos, espalhados | Deus usa a perseguição para missão | Ver crises como oportunidades de evangelização |
At 8.4 | κηρύσσοντες τὸν λόγον | proclamando a Palavra | Evangelização pessoal e contínua | Cada cristão é chamado a testemunhar |
At 8.5 | κατεβὰς | descendo, deslocando-se | Missão transcultural e estratégica | Ir onde o evangelho não foi anunciado |
At 8.6–8 | σημεῖα καὶ τέρατα | sinais e maravilhas | Palavra confirmada pelo poder de Deus | Integrar ação e palavra no evangelismo |
At 8.12 | ἐπίστευον, ἐβαπτίζοντο | crer, batizar | Fé pública e iniciação comunitária | O discipulado inclui fé, comunhão e ação |
At 8.13 | Σίμων | Simão | Conversão inicial não garante maturidade | Acompanhar novos crentes no crescimento espiritual |
6. Bibliografia acadêmica recomendada
- R. T. France, Lucas - Série Comentário Expositivo.
- D. A. Carson, O Comentário de Mateus.
- F. F. Bruce, História do Novo Testamento.
- Craig S. Keener, Comentário Histórico-cultural da Bíblia: Novo Testamento.
- David G. Peterson, Teologia Bíblica da Adoração.
- Ben Witherington III, Por Tras da Palavra: o Caráter Sociorretórico do Novo Testamento em Nova Perspectiva .
- Stanley M. Horton (ed.), French L. Arrington (Autor), Roger Stronstad (Autor), Comentário Bíblico Pentecostal do NT (CPAD).
- Grant R. Osborne, Apocalipse: Comentário Exegético.
- G. K. Beale, Teologia Bíblica do Novo Testamento.
- Craig R. Koester, Revelation (AYB).
- John Stott — A Mensagem de Atos.
- Biblia de Estudo Palavra Chave Grego e Hebraico
I- A IGREJA DIANTE DA PERSEGUIÇÃO
1- Embora perseguida, não fragmentada. Por conta da perseguição que foi movida contra Estêvão, o evangelista enfatiza que os cristãos “foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos” (At 8.1). Os capítulos 4 e 5 de Atos registram a perseguição focada mais sobre os apóstolos, líderes da igreja. O fato de eles não terem se dispersado, como fizeram os demais crentes, não significa que eles também não foram perseguidos. Eles ficaram em Jerusalém porque a igreja, sob pressão e perseguição, precisava deles. O que está em foco aqui é a intensidade que a perseguição atingiu, que daquele momento em diante alcançaria todos os crentes. Deve ser também destacado que, mesmo perseguida e dispersada, essa igreja não se desorganizou nem se fragmentou, mas continuou uma igreja forte e unida.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
I. A IGREJA DIANTE DA PERSEGUIÇÃO
Texto base: Atos 8.1 – “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.”
1. Embora perseguida, não fragmentada
1.1 Contexto histórico e exegético
O versículo descreve a primeira perseguição sistemática contra os cristãos após a morte de Estêvão. A palavra grega διεσπαρμένοι (diesparmenoi), particípio perfeito passivo de διασπείρω, significa “espalhados, dispersos”. Este termo indica uma ação completa e duradoura: os crentes não apenas se moveram fisicamente, mas também foram lançados em novas áreas geográficas para proclamar o evangelho.
O texto também distingue os apóstolos como permanecendo em Jerusalém. Eles não foram dispersos (ἐκτός τῶν ἀποστόλων, “exceto os apóstolos”) porque sua função era central: liderar, ensinar e organizar a igreja em meio à crise. Essa distinção revela que a dispersão não significa desintegração da igreja; antes, a missão se multiplica em diferentes regiões.
Referência acadêmica:
- Bruce, F. F., destaca que a dispersão, embora causada por perseguição, tornou-se instrumento de expansão missionária, não de desestruturação da igreja.
- Ben Witherington III, observa que a unidade da igreja é preservada mesmo em contextos de crise, mostrando a liderança apostólica como eixo central de coesão.
1.2 Implicações teológicas
- Perseguição não destrói a igreja: O Espírito Santo sustenta a comunidade, mesmo diante da morte de líderes e dispersão física.
- Missão expandida por dificuldades: A dispersão forçada torna os crentes instrumentos ativos na missão, cumprindo a promessa de Jesus em Atos 1.8.
- Permanência da liderança: Os apóstolos permanecendo em Jerusalém mostram a necessidade de ordem, ensino e unidade para que a dispersão seja eficaz e não caótica.
1.3 Aplicação prática
- Para crentes individuais: Mesmo diante de desafios, conflitos ou perseguições, não devemos abandonar nossa fé ou missão; cada adversidade pode se tornar uma oportunidade de testemunho.
- Para igrejas locais: Manter líderes espirituais firmes e investir em discipulado garante que a igreja permaneça unida, mesmo em contextos de crise ou mudança.
- Para evangelização: Situações adversas podem abrir novos campos missionários; crises podem ser catalisadores de crescimento espiritual e expansão do evangelho.
2. Tabela expositiva
Texto
Palavra grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.1
διεσπαρμένοι (diesparmenoi)
dispersos, espalhados
Perseguição não destrói a igreja, mas multiplica testemunhos
Crer e perseverar mesmo em dificuldades; ver crises como oportunidades missionárias
At 8.1
ἐκτός τῶν ἀποστόλων
exceto os apóstolos
Permanência da liderança é crucial para unidade
Valorizar e sustentar líderes espirituais; disciplina e ensino fortalecem a igreja
At 8.1
μεγάλη διωγμός
grande perseguição
A adversidade intensifica a necessidade de fé e ação
Encarar desafios como meios de crescimento espiritual e expansão da missão
Conclusão
Mesmo sob intensa perseguição, a igreja não se fragmentou porque Deus preservou sua unidade e propósito. A dispersão física dos crentes tornou-se instrumento de evangelização, mostrando que a Igreja é sustentada não por circunstâncias, mas pelo Espírito de Cristo e pela liderança fiel.
I. A IGREJA DIANTE DA PERSEGUIÇÃO
Texto base: Atos 8.1 – “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.”
1. Embora perseguida, não fragmentada
1.1 Contexto histórico e exegético
O versículo descreve a primeira perseguição sistemática contra os cristãos após a morte de Estêvão. A palavra grega διεσπαρμένοι (diesparmenoi), particípio perfeito passivo de διασπείρω, significa “espalhados, dispersos”. Este termo indica uma ação completa e duradoura: os crentes não apenas se moveram fisicamente, mas também foram lançados em novas áreas geográficas para proclamar o evangelho.
O texto também distingue os apóstolos como permanecendo em Jerusalém. Eles não foram dispersos (ἐκτός τῶν ἀποστόλων, “exceto os apóstolos”) porque sua função era central: liderar, ensinar e organizar a igreja em meio à crise. Essa distinção revela que a dispersão não significa desintegração da igreja; antes, a missão se multiplica em diferentes regiões.
Referência acadêmica:
- Bruce, F. F., destaca que a dispersão, embora causada por perseguição, tornou-se instrumento de expansão missionária, não de desestruturação da igreja.
- Ben Witherington III, observa que a unidade da igreja é preservada mesmo em contextos de crise, mostrando a liderança apostólica como eixo central de coesão.
1.2 Implicações teológicas
- Perseguição não destrói a igreja: O Espírito Santo sustenta a comunidade, mesmo diante da morte de líderes e dispersão física.
- Missão expandida por dificuldades: A dispersão forçada torna os crentes instrumentos ativos na missão, cumprindo a promessa de Jesus em Atos 1.8.
- Permanência da liderança: Os apóstolos permanecendo em Jerusalém mostram a necessidade de ordem, ensino e unidade para que a dispersão seja eficaz e não caótica.
1.3 Aplicação prática
- Para crentes individuais: Mesmo diante de desafios, conflitos ou perseguições, não devemos abandonar nossa fé ou missão; cada adversidade pode se tornar uma oportunidade de testemunho.
- Para igrejas locais: Manter líderes espirituais firmes e investir em discipulado garante que a igreja permaneça unida, mesmo em contextos de crise ou mudança.
- Para evangelização: Situações adversas podem abrir novos campos missionários; crises podem ser catalisadores de crescimento espiritual e expansão do evangelho.
2. Tabela expositiva
Texto | Palavra grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.1 | διεσπαρμένοι (diesparmenoi) | dispersos, espalhados | Perseguição não destrói a igreja, mas multiplica testemunhos | Crer e perseverar mesmo em dificuldades; ver crises como oportunidades missionárias |
At 8.1 | ἐκτός τῶν ἀποστόλων | exceto os apóstolos | Permanência da liderança é crucial para unidade | Valorizar e sustentar líderes espirituais; disciplina e ensino fortalecem a igreja |
At 8.1 | μεγάλη διωγμός | grande perseguição | A adversidade intensifica a necessidade de fé e ação | Encarar desafios como meios de crescimento espiritual e expansão da missão |
Conclusão
Mesmo sob intensa perseguição, a igreja não se fragmentou porque Deus preservou sua unidade e propósito. A dispersão física dos crentes tornou-se instrumento de evangelização, mostrando que a Igreja é sustentada não por circunstâncias, mas pelo Espírito de Cristo e pela liderança fiel.
2- A igreja em luto. A narrativa de Lucas destaca que “uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto” (At 8.2). A palavra kophetós, traduzida aqui como “pranto” significa também “choro”, “lamentação” e “luto”. Lucas nos informa que esse pranto foi feito por “varões piedosos”. O texto não especifica quem eram eles. Alguns acreditam que fossem judeus que viviam em Jerusalém e cuja oposição aos cristãos não era tão intensa. O contexto favorece que eram cristãos compassivos que fizeram esse lamento antes também de fugirem ou serem dispersados.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II. A IGREJA EM LUTO
Texto base: Atos 8.2 – “E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 O pranto: kophetós (κωφθός)
- A palavra κωφθός (kophetós), traduzida como “pranto”, “choro” ou “luto”, indica uma manifestação intensa de dor e tristeza emocional.
- No contexto bíblico, o luto não é apenas um sentimento, mas um ato comunitário e público, refletindo respeito, compaixão e solidariedade.
- Diferente de um simples choro privado, este lamento demonstra a responsabilidade da comunidade de crentes em honrar aqueles que morreram por causa da fé.
1.2 “Varões piedosos”
- O texto grego usa ἄνδρες εὐλαβεῖς (andres eulabeis), literalmente “homens devotos / respeitosos diante de Deus”.
- Eles se destacam pela fidelidade e piedade. Não há menção de serem apóstolos, mas Lucas enfatiza que, mesmo diante da perseguição iminente, havia crentes com sensibilidade espiritual e compaixão prática.
- A ação deles não é passiva: enterro + pranto indica cuidado com o corpo, honra à fé e expressão pública de solidariedade, mesmo sob risco.
1.3 Contexto teológico
- O luto evidencia humanidade e piedade cristã. Embora a igreja estivesse sob ataque, o cuidado pelos mortos não foi negligenciado.
- O episódio mostra que fidelidade e compaixão caminham juntas: não basta permanecer firme na fé; é necessário demonstrar amor em ações concretas.
- O luto também prepara o leitor para a dispersão e a expansão da missão: antes de seguir para outros lugares, a comunidade reconhece e respeita seus mártires.
Referência acadêmica:
- F. F. Bruce, observa que o cuidado pelo corpo de Estêvão e o pranto coletivo reforçam a coesão da comunidade cristã diante da perda.
- Ben Witherington III, destaca que a piedade prática é uma marca da igreja primitiva: a fé se expressa tanto no serviço quanto na devoção espiritual
2. Aplicação prática
- Para a igreja hoje: A demonstração de empatia e solidariedade deve caminhar junto com a fé. Honrar os irmãos em Cristo (vivos ou falecidos) fortalece a unidade da igreja.
- Para crentes individuais: Não se trata apenas de sentir tristeza, mas de agir com compaixão, servindo e apoiando aqueles que sofrem ou perderam entes queridos.
- Para líderes: Encorajar a prática de cuidado comunitário, mostrando que devoção e serviço se complementam.
3. Tabela expositiva
Texto
Palavra grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.2
κωφθός (kophetós)
Pranto, choro intenso, luto
O luto cristão é expressão pública de fé e compaixão
Demonstrar solidariedade com os irmãos em sofrimento
At 8.2
ἄνδρες εὐλαβεῖς (andres eulabeis)
Homens piedosos, devotos
A piedade se manifesta em ações concretas e respeitosas
Viver a fé com devoção prática, servindo e honrando outros
At 8.2
ταφῆναι
Enterrar
Cuidado prático e respeito pelos mortos, até em contexto de perseguição
A igreja deve cuidar de seus membros em todas as circunstâncias, reforçando unidade e compaixão
Conclusão
O luto da igreja em Atos 8.2 mostra que a fé verdadeira combina piedade e ação prática. Mesmo em meio à perseguição, o cuidado pelos mártires da fé fortalece a comunidade e prepara o caminho para a expansão do evangelho. O pranto e o enterro de Estêvão são exemplos de como a igreja pode permanecer unida, piedosa e compassiva, mesmo em tempos de crise.
II. A IGREJA EM LUTO
Texto base: Atos 8.2 – “E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 O pranto: kophetós (κωφθός)
- A palavra κωφθός (kophetós), traduzida como “pranto”, “choro” ou “luto”, indica uma manifestação intensa de dor e tristeza emocional.
- No contexto bíblico, o luto não é apenas um sentimento, mas um ato comunitário e público, refletindo respeito, compaixão e solidariedade.
- Diferente de um simples choro privado, este lamento demonstra a responsabilidade da comunidade de crentes em honrar aqueles que morreram por causa da fé.
1.2 “Varões piedosos”
- O texto grego usa ἄνδρες εὐλαβεῖς (andres eulabeis), literalmente “homens devotos / respeitosos diante de Deus”.
- Eles se destacam pela fidelidade e piedade. Não há menção de serem apóstolos, mas Lucas enfatiza que, mesmo diante da perseguição iminente, havia crentes com sensibilidade espiritual e compaixão prática.
- A ação deles não é passiva: enterro + pranto indica cuidado com o corpo, honra à fé e expressão pública de solidariedade, mesmo sob risco.
1.3 Contexto teológico
- O luto evidencia humanidade e piedade cristã. Embora a igreja estivesse sob ataque, o cuidado pelos mortos não foi negligenciado.
- O episódio mostra que fidelidade e compaixão caminham juntas: não basta permanecer firme na fé; é necessário demonstrar amor em ações concretas.
- O luto também prepara o leitor para a dispersão e a expansão da missão: antes de seguir para outros lugares, a comunidade reconhece e respeita seus mártires.
Referência acadêmica:
- F. F. Bruce, observa que o cuidado pelo corpo de Estêvão e o pranto coletivo reforçam a coesão da comunidade cristã diante da perda.
- Ben Witherington III, destaca que a piedade prática é uma marca da igreja primitiva: a fé se expressa tanto no serviço quanto na devoção espiritual
2. Aplicação prática
- Para a igreja hoje: A demonstração de empatia e solidariedade deve caminhar junto com a fé. Honrar os irmãos em Cristo (vivos ou falecidos) fortalece a unidade da igreja.
- Para crentes individuais: Não se trata apenas de sentir tristeza, mas de agir com compaixão, servindo e apoiando aqueles que sofrem ou perderam entes queridos.
- Para líderes: Encorajar a prática de cuidado comunitário, mostrando que devoção e serviço se complementam.
3. Tabela expositiva
Texto | Palavra grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.2 | κωφθός (kophetós) | Pranto, choro intenso, luto | O luto cristão é expressão pública de fé e compaixão | Demonstrar solidariedade com os irmãos em sofrimento |
At 8.2 | ἄνδρες εὐλαβεῖς (andres eulabeis) | Homens piedosos, devotos | A piedade se manifesta em ações concretas e respeitosas | Viver a fé com devoção prática, servindo e honrando outros |
At 8.2 | ταφῆναι | Enterrar | Cuidado prático e respeito pelos mortos, até em contexto de perseguição | A igreja deve cuidar de seus membros em todas as circunstâncias, reforçando unidade e compaixão |
Conclusão
O luto da igreja em Atos 8.2 mostra que a fé verdadeira combina piedade e ação prática. Mesmo em meio à perseguição, o cuidado pelos mártires da fé fortalece a comunidade e prepara o caminho para a expansão do evangelho. O pranto e o enterro de Estêvão são exemplos de como a igreja pode permanecer unida, piedosa e compassiva, mesmo em tempos de crise.
3- Mas não desesperada. O fato é que a igreja pranteou Estêvão, chorou por ele e lágrimas foram derramadas. Contudo, o texto não mostra uma igreja desesperada, desmotivada ou devorada pela tristeza. Um de seus membros queridos e ilustres havia sido morto, trazendo consequências para todos, mas isso não a calou nem tampouco a impediu de manter-se entusiasmada para avançar no testemunho de Cristo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III. A IGREJA MAS NÃO DESESPERADA
Texto base: Atos 8.2-4 – “E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto… Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 Luto sem desespero
- O grego πενθέω (pentheō) é usado para expressar “lamentar, prantear, sentir dor ou tristeza”. Ele descreve emoção genuína diante da morte de Estêvão.
- O texto indica intensidade emocional, mas não paralisia: o verbo não sugere desânimo permanente ou incapacidade de agir.
- Lucas quer mostrar que a igreja sabia sentir dor, mas não se deixava dominar por ela, mantendo equilíbrio entre piedade e missão.
1.2 Continuidade da missão
- Após o luto, “os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (διεσπαρμένοι κηρύσσοντες τὸν λόγον).
- A dispersão não é causada pelo desespero; pelo contrário, o testemunho se multiplica.
- A igreja demonstra resiliência espiritual: o sofrimento não impede a ação missionária, mas a estimula.
1.3 Perspectiva teológica
- Luto equilibrado: O cristão é chamado a sentir, chorar e lamentar, mas não a se entregar ao desespero ou paralisia (Ec 3.1–4; 1Ts 4.13–14).
- Testemunho perseverante: A fé não depende de ausência de dor, mas da presença do Espírito Santo que capacita a igreja a continuar a missão (At 1.8).
- O evangelho supera a adversidade: A morte de um mártir não apaga a mensagem; pelo contrário, inspira ação e coragem.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – destaca que o luto da igreja primitiva não impede a propagação do evangelho; a dispersão fortalece a missão.
- Ben Witherington III, – a narrativa de Lucas mostra a igreja como emocionalmente humana, mas espiritualmente resiliente.
2. Aplicação prática
- Para a igreja hoje: É natural sentir tristeza diante da perda de irmãos ou líderes, mas não podemos permitir que isso paralise a missão.
- Para crentes individuais: Equilibrar emoções com ação prática é essencial; tristeza não deve se tornar desânimo espiritual.
- Para ministérios e líderes: Incentivar a comunidade a expressar sentimentos, mas sempre direcionando-os para a missão e testemunho de Cristo.
3. Tabela expositiva
Texto
Palavra grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.2
πενθέω (pentheō)
Prantear, lamentar, sentir dor
O luto cristão é legítimo, mas não paralisa a missão
Sentir tristeza pelos irmãos, mas manter o foco no testemunho
At 8.4
διεσπαρμένοι (diesparmenoi)
Dispersos, espalhados
A dispersão não significa desespero; é oportunidade missionária
Transformar crises em ação evangelística
At 8.4
κηρύσσοντες τὸν λόγον
Proclamando a Palavra
Testemunho perseverante mesmo em adversidade
Continuar proclamando Cristo, mesmo diante de perdas e dificuldades
Conclusão
A igreja, mesmo em luto, não se desesperou. Sua tristeza não paralisou a ação missionária; pelo contrário, fortaleceu a determinação em anunciar a Palavra. Esse equilíbrio entre piedade e ação prática é um modelo para a igreja contemporânea: sentir, mas não desistir; lamentar, mas perseverar.
III. A IGREJA MAS NÃO DESESPERADA
Texto base: Atos 8.2-4 – “E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto… Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 Luto sem desespero
- O grego πενθέω (pentheō) é usado para expressar “lamentar, prantear, sentir dor ou tristeza”. Ele descreve emoção genuína diante da morte de Estêvão.
- O texto indica intensidade emocional, mas não paralisia: o verbo não sugere desânimo permanente ou incapacidade de agir.
- Lucas quer mostrar que a igreja sabia sentir dor, mas não se deixava dominar por ela, mantendo equilíbrio entre piedade e missão.
1.2 Continuidade da missão
- Após o luto, “os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (διεσπαρμένοι κηρύσσοντες τὸν λόγον).
- A dispersão não é causada pelo desespero; pelo contrário, o testemunho se multiplica.
- A igreja demonstra resiliência espiritual: o sofrimento não impede a ação missionária, mas a estimula.
1.3 Perspectiva teológica
- Luto equilibrado: O cristão é chamado a sentir, chorar e lamentar, mas não a se entregar ao desespero ou paralisia (Ec 3.1–4; 1Ts 4.13–14).
- Testemunho perseverante: A fé não depende de ausência de dor, mas da presença do Espírito Santo que capacita a igreja a continuar a missão (At 1.8).
- O evangelho supera a adversidade: A morte de um mártir não apaga a mensagem; pelo contrário, inspira ação e coragem.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – destaca que o luto da igreja primitiva não impede a propagação do evangelho; a dispersão fortalece a missão.
- Ben Witherington III, – a narrativa de Lucas mostra a igreja como emocionalmente humana, mas espiritualmente resiliente.
2. Aplicação prática
- Para a igreja hoje: É natural sentir tristeza diante da perda de irmãos ou líderes, mas não podemos permitir que isso paralise a missão.
- Para crentes individuais: Equilibrar emoções com ação prática é essencial; tristeza não deve se tornar desânimo espiritual.
- Para ministérios e líderes: Incentivar a comunidade a expressar sentimentos, mas sempre direcionando-os para a missão e testemunho de Cristo.
3. Tabela expositiva
Texto | Palavra grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.2 | πενθέω (pentheō) | Prantear, lamentar, sentir dor | O luto cristão é legítimo, mas não paralisa a missão | Sentir tristeza pelos irmãos, mas manter o foco no testemunho |
At 8.4 | διεσπαρμένοι (diesparmenoi) | Dispersos, espalhados | A dispersão não significa desespero; é oportunidade missionária | Transformar crises em ação evangelística |
At 8.4 | κηρύσσοντες τὸν λόγον | Proclamando a Palavra | Testemunho perseverante mesmo em adversidade | Continuar proclamando Cristo, mesmo diante de perdas e dificuldades |
Conclusão
A igreja, mesmo em luto, não se desesperou. Sua tristeza não paralisou a ação missionária; pelo contrário, fortaleceu a determinação em anunciar a Palavra. Esse equilíbrio entre piedade e ação prática é um modelo para a igreja contemporânea: sentir, mas não desistir; lamentar, mas perseverar.
SINOPSE I
Mesmo perseguida e dispersa, a Igreja permaneceu unida, firme e atuante na fé.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
DEUS USA AS CIRCUNSTÂNCIAS
“A perseguição forçou os cristãos a saírem de Jerusalém e seguirem para a Judeia e Samaria, cumprindo deste modo a segunda parte da ordem de Jesus (1.8). […] Às vezes, Deus nos faz sentir incomodados para que mudemos. Talvez não desejemos experimentar tal sensação, mas o desconforto pode ser benéfico para nós, porque Deus pode trabalhar através de nossa dor. Quando você for tentado a reclamar sobre as circunstâncias incômodas ou dolorosas, pare e pergunte se não seria Deus, preparando-lhe para uma tarefa especial.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.1493,1494).
II- A IGREJA QUE EVANGELIZA
1- Evangelização centrada na Palavra. Em Atos 8.4, lemos que “os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra”. Esse versículo mostra que a Igreja Primitiva era movida pelo poder do Espírito Santo, ou seja, cheia da presença divina para levar a mensagem de Jesus adiante. Mas, além disso, a Igreja de Jerusalém também era focada na Palavra de Deus. Os cristãos que foram espalhados por diferentes lugares não pararam de falar sobre as Boas-Novas de Jesus. A Igreja Primitiva operava sob o Espírito Santo e era, portanto, firmada na Palavra de Deus. Sua fidelidade à mensagem do Reino resultou em muitas conversões, milagres e libertações. Se queremos evangelizar com êxito, também precisamos viver pelo poder do Espírito e estar centrados na Bíblia.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II. A IGREJA QUE EVANGELIZA
Texto base: Atos 8.4 – “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Andavam dispersos” – διεσπαρμένοι (diesparmenoi)
- O particípio perfeito passivo de διασπείρω (diaspeirō) indica uma dispersão completa e continuada.
- Não se trata de uma fuga desorganizada, mas de uma dispersão com propósito missionário, pois os crentes levam consigo a mensagem de Cristo.
- Lucas enfatiza que a dispersão, embora causada por perseguição, não debilitou a igreja; pelo contrário, multiplicou o alcance do evangelho.
1.2 “Anunciando a Palavra” – κηρύσσοντες τὸν λόγον (kērussontes ton logon)
- O verbo κηρύσσω (kērussō) significa “proclamar, pregar publicamente, anunciar de modo autoritativo”.
- A palavra λόγος (logos), aqui, se refere à mensagem de Deus revelada em Cristo, não apenas palavras humanas.
- A evangelização da igreja primitiva é centrada na Palavra e respaldada pelo Espírito Santo; não se trata de simples atividade social ou caridade, mas de proclamação da verdade divina com autoridade.
1.3 Perspectiva teológica
- Evangelização e Palavra: A igreja evangeliza de forma eficaz quando está centrada na Palavra de Deus, não em tradições humanas ou sentimentos.
- Dependência do Espírito Santo: O poder da evangelização primitiva não vinha de habilidades humanas, mas da presença e ação do Espírito Santo (At 1.8; 2.4).
- Resultados do evangelismo bíblico: Conversões, libertações e sinais milagrosos acompanham a proclamação da Palavra, confirmando a ação de Deus.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – destaca que a evangelização da igreja primitiva era palavra-centrada e Espírito-empoderada, tornando cada crente um agente missionário.
- Ben Witherington III, – sublinha que a dispersão, longe de enfraquecer a igreja, ampliou o alcance da mensagem de Cristo, mostrando que crises podem ser oportunidades missionárias.
2. Aplicação prática
- Para a igreja hoje: Evangelização eficaz exige compromisso com a Palavra de Deus e dependência do Espírito Santo. Programas, eventos ou estratégias sem esses elementos têm alcance limitado.
- Para crentes individuais: Cada cristão é chamado a ser um evangelista no seu cotidiano, levando a Palavra de Deus com fidelidade e autoridade espiritual.
- Para líderes e ministérios: Formar discípulos centrados na Bíblia e capacitados pelo Espírito é essencial para multiplicar o impacto da igreja no mundo.
3. Tabela expositiva
Texto
Palavra grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.4
διεσπαρμένοι (diesparmenoi)
Dispersos, espalhados
A dispersão não enfraquece a igreja; expande a missão
Encarar crises como oportunidades para evangelizar
At 8.4
κηρύσσοντες (kērussontes)
Pregar, proclamar, anunciar
Evangelização autoritativa e centrada na Palavra
Levar a mensagem de Cristo com confiança e fidelidade
At 8.4
λόγος (logos)
Palavra de Deus, mensagem divina
O evangelismo eficaz é baseado na revelação de Deus, não em opiniões humanas
Fundamentar a pregação e testemunho no ensino bíblico
Conclusão
A igreja primitiva nos ensina que evangelizar exige equilíbrio entre Palavra e Espírito. Mesmo dispersos, os crentes não se dispersaram espiritualmente; anunciaram Cristo com fidelidade e poder. Este modelo mostra que, para alcançarmos pessoas hoje, precisamos centrar nossas vidas na Bíblia e depender do Espírito Santo, tornando cada crente um proclamador da Palavra de Deus.
II. A IGREJA QUE EVANGELIZA
Texto base: Atos 8.4 – “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Andavam dispersos” – διεσπαρμένοι (diesparmenoi)
- O particípio perfeito passivo de διασπείρω (diaspeirō) indica uma dispersão completa e continuada.
- Não se trata de uma fuga desorganizada, mas de uma dispersão com propósito missionário, pois os crentes levam consigo a mensagem de Cristo.
- Lucas enfatiza que a dispersão, embora causada por perseguição, não debilitou a igreja; pelo contrário, multiplicou o alcance do evangelho.
1.2 “Anunciando a Palavra” – κηρύσσοντες τὸν λόγον (kērussontes ton logon)
- O verbo κηρύσσω (kērussō) significa “proclamar, pregar publicamente, anunciar de modo autoritativo”.
- A palavra λόγος (logos), aqui, se refere à mensagem de Deus revelada em Cristo, não apenas palavras humanas.
- A evangelização da igreja primitiva é centrada na Palavra e respaldada pelo Espírito Santo; não se trata de simples atividade social ou caridade, mas de proclamação da verdade divina com autoridade.
1.3 Perspectiva teológica
- Evangelização e Palavra: A igreja evangeliza de forma eficaz quando está centrada na Palavra de Deus, não em tradições humanas ou sentimentos.
- Dependência do Espírito Santo: O poder da evangelização primitiva não vinha de habilidades humanas, mas da presença e ação do Espírito Santo (At 1.8; 2.4).
- Resultados do evangelismo bíblico: Conversões, libertações e sinais milagrosos acompanham a proclamação da Palavra, confirmando a ação de Deus.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – destaca que a evangelização da igreja primitiva era palavra-centrada e Espírito-empoderada, tornando cada crente um agente missionário.
- Ben Witherington III, – sublinha que a dispersão, longe de enfraquecer a igreja, ampliou o alcance da mensagem de Cristo, mostrando que crises podem ser oportunidades missionárias.
2. Aplicação prática
- Para a igreja hoje: Evangelização eficaz exige compromisso com a Palavra de Deus e dependência do Espírito Santo. Programas, eventos ou estratégias sem esses elementos têm alcance limitado.
- Para crentes individuais: Cada cristão é chamado a ser um evangelista no seu cotidiano, levando a Palavra de Deus com fidelidade e autoridade espiritual.
- Para líderes e ministérios: Formar discípulos centrados na Bíblia e capacitados pelo Espírito é essencial para multiplicar o impacto da igreja no mundo.
3. Tabela expositiva
Texto | Palavra grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.4 | διεσπαρμένοι (diesparmenoi) | Dispersos, espalhados | A dispersão não enfraquece a igreja; expande a missão | Encarar crises como oportunidades para evangelizar |
At 8.4 | κηρύσσοντες (kērussontes) | Pregar, proclamar, anunciar | Evangelização autoritativa e centrada na Palavra | Levar a mensagem de Cristo com confiança e fidelidade |
At 8.4 | λόγος (logos) | Palavra de Deus, mensagem divina | O evangelismo eficaz é baseado na revelação de Deus, não em opiniões humanas | Fundamentar a pregação e testemunho no ensino bíblico |
Conclusão
A igreja primitiva nos ensina que evangelizar exige equilíbrio entre Palavra e Espírito. Mesmo dispersos, os crentes não se dispersaram espiritualmente; anunciaram Cristo com fidelidade e poder. Este modelo mostra que, para alcançarmos pessoas hoje, precisamos centrar nossas vidas na Bíblia e depender do Espírito Santo, tornando cada crente um proclamador da Palavra de Deus.
2- Evangelização centrada em Cristo. Filipe, um dos sete escolhidos para servir na igreja, também foi disperso e, ao chegar a Samaria, “lhes pregava a Cristo” (At 8.5). Como já vimos, um ministério bem-sucedido precisa ser fiel à Palavra de Deus, mas também deve ser totalmente centrado em Jesus. Filipe não pregava ideias da moda, mas sim, a mensagem da cruz. Cristo era o centro de sua pregação. Assim, a evangelização precisa ser focada em Jesus. Qualquer pregação que não tem a cruz como base se torna vazia. É a mensagem da cruz que transforma vidas, trazendo cura, libertação e salvação. Foi por isso que a campanha evangelística de Filipe em Samaria teve tanto impacto: muitas pessoas foram salvas e libertas. Portanto, não devemos colocar nossa confiança em estratégias humanas, mas priorizar nossa ação no poder do Espírito e na força da Palavra.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II. EVANGELIZAÇÃO CENTRADA EM CRISTO
Texto base: Atos 8.5 – “E descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Pregava a Cristo” – κηρύσσων αὐτῷ Χριστόν (kērussōn autō Christon)
- O verbo κηρύσσω (kērussō) significa “proclamar, anunciar publicamente”, indicando uma pregação com autoridade e convicção.
- O complemento Χριστόν (Christon) refere-se a Jesus como o Messias prometido.
- Diferente de pregações vagas ou filosóficas, Filipe focava exclusivamente na pessoa e obra de Cristo, especialmente na redenção operada pela cruz e na salvação oferecida pela fé.
1.2 Perspectiva teológica
- Cristo como centro: A eficácia da evangelização depende de Cristo ser o ponto central da mensagem, não ideias humanas, programas ou tradições.
- Cruz e transformação: O foco na cruz garante que a pregação leve a arrependimento, fé e libertação espiritual.
- Dependência do Espírito: Filipe não pregava apenas com palavras, mas pelo poder do Espírito (At 1.8; 2.4), mostrando que Cristo + Palavra + Espírito Santo são inseparáveis no evangelismo.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – destaca que a pregação cristocêntrica é o fator decisivo para conversões e milagres na igreja primitiva.
- Ben Witherington III, – afirma que Filipe exemplifica o modelo de ministério evangelístico: fidelidade à Palavra e centralidade de Cristo geram impacto espiritual e social.
2. Aplicação prática
- Para a igreja hoje: Evangelização sem Cristo no centro torna-se inócua e vazia; o foco deve ser sempre a cruz e a obra redentora de Jesus.
- Para crentes individuais: Devemos pregar e testemunhar sobre Jesus, confiando que o poder transformador está na pessoa e obra dEle, não em técnicas humanas.
- Para líderes e ministérios: Planejar campanhas, estudos ou pregações com Cristo no centro, apoiando-se na Bíblia e no poder do Espírito Santo.
3. Tabela expositiva
Texto
Palavra grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.5
κηρύσσων (kērussōn)
Pregar, proclamar, anunciar com autoridade
Evangelização é proclamativa e autoritativa
Testemunhar a Cristo com convicção e fidelidade
At 8.5
Χριστόν (Christon)
Cristo, o Messias
O foco da pregação é Jesus, especialmente na cruz e na salvação
Centralizar toda pregação e evangelismo em Cristo, não em estratégias humanas
At 8.5
αὐτῷ (autō)
A Ele, a respeito de Cristo
A pregação não é sobre ideias, mas sobre a pessoa e obra de Jesus
Garantir que cada mensagem leve à fé e transformação em Cristo
Conclusão
A evangelização de Filipe demonstra que a centralidade de Cristo é essencial para a eficácia da missão da igreja. Pregação centrada em ideias humanas, métodos ou filosofias não produz transformação. O poder da evangelização reside na mensagem de Cristo, confirmada pelo Espírito Santo, capaz de salvar, libertar e transformar vidas.
II. EVANGELIZAÇÃO CENTRADA EM CRISTO
Texto base: Atos 8.5 – “E descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Pregava a Cristo” – κηρύσσων αὐτῷ Χριστόν (kērussōn autō Christon)
- O verbo κηρύσσω (kērussō) significa “proclamar, anunciar publicamente”, indicando uma pregação com autoridade e convicção.
- O complemento Χριστόν (Christon) refere-se a Jesus como o Messias prometido.
- Diferente de pregações vagas ou filosóficas, Filipe focava exclusivamente na pessoa e obra de Cristo, especialmente na redenção operada pela cruz e na salvação oferecida pela fé.
1.2 Perspectiva teológica
- Cristo como centro: A eficácia da evangelização depende de Cristo ser o ponto central da mensagem, não ideias humanas, programas ou tradições.
- Cruz e transformação: O foco na cruz garante que a pregação leve a arrependimento, fé e libertação espiritual.
- Dependência do Espírito: Filipe não pregava apenas com palavras, mas pelo poder do Espírito (At 1.8; 2.4), mostrando que Cristo + Palavra + Espírito Santo são inseparáveis no evangelismo.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – destaca que a pregação cristocêntrica é o fator decisivo para conversões e milagres na igreja primitiva.
- Ben Witherington III, – afirma que Filipe exemplifica o modelo de ministério evangelístico: fidelidade à Palavra e centralidade de Cristo geram impacto espiritual e social.
2. Aplicação prática
- Para a igreja hoje: Evangelização sem Cristo no centro torna-se inócua e vazia; o foco deve ser sempre a cruz e a obra redentora de Jesus.
- Para crentes individuais: Devemos pregar e testemunhar sobre Jesus, confiando que o poder transformador está na pessoa e obra dEle, não em técnicas humanas.
- Para líderes e ministérios: Planejar campanhas, estudos ou pregações com Cristo no centro, apoiando-se na Bíblia e no poder do Espírito Santo.
3. Tabela expositiva
Texto | Palavra grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.5 | κηρύσσων (kērussōn) | Pregar, proclamar, anunciar com autoridade | Evangelização é proclamativa e autoritativa | Testemunhar a Cristo com convicção e fidelidade |
At 8.5 | Χριστόν (Christon) | Cristo, o Messias | O foco da pregação é Jesus, especialmente na cruz e na salvação | Centralizar toda pregação e evangelismo em Cristo, não em estratégias humanas |
At 8.5 | αὐτῷ (autō) | A Ele, a respeito de Cristo | A pregação não é sobre ideias, mas sobre a pessoa e obra de Jesus | Garantir que cada mensagem leve à fé e transformação em Cristo |
Conclusão
A evangelização de Filipe demonstra que a centralidade de Cristo é essencial para a eficácia da missão da igreja. Pregação centrada em ideias humanas, métodos ou filosofias não produz transformação. O poder da evangelização reside na mensagem de Cristo, confirmada pelo Espírito Santo, capaz de salvar, libertar e transformar vidas.
SINOPSE II
A Igreja, cheia do Espírito e centrada em Cristo, anunciou a Palavra com poder.
III- A IGREJA QUE DÁ SUPORTE À EVANGELIZAÇÃO
1- O suporte da igreja. No Livro de Atos, lemos que “os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João” (At 8.14). Essa passagem mostra que a igreja de Jerusalém dava suporte e completo apoio ao trabalho que era feito fora de seus muros. Quando a igreja começou a sair fora de seus portões, os apóstolos procuraram dar apoio e suporte ao trabalho evangelístico e missionário. Não basta mandar missionários, é necessário dar-lhes suporte na missão que realizam.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III. A IGREJA QUE DÁ SUPORTE À EVANGELIZAÇÃO
Texto base: Atos 8.14 – “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus” – ἀκούσαντες ὅτι ἡ Σαμάρεια ἐδέξατο τὸν λόγον τοῦ θεοῦ (akousantes hoti hē Samareia edexato ton logon tou Theou)
- O particípio ἀκούσαντες (akousantes) indica que os apóstolos souberam do progresso da obra missionária, mostrando atenção e interesse pelos frutos do evangelismo.
- O verbo δέχομαι (dechomai), traduzido como “receberam”, implica aceitação ativa da Palavra, não apenas ouvir superficialmente. A igreja em Samaria não foi apenas informada, mas aceitou a mensagem e começou a viver seus efeitos.
1.2 “Enviaram Pedro e João” – πέμψαντες Πέτρον καὶ Ἰωάννην (pempsantes Petron kai Iōannēn)
- O verbo πέμπω (pempō) significa “enviar com autoridade e propósito”, indicando que o envio dos apóstolos era uma ação deliberada da igreja, com intenção de fortalecer e supervisionar a obra missionária.
- A ação demonstra coordenação e suporte institucional da igreja central (Jerusalém) para a obra missionária em expansão.
1.3 Perspectiva teológica
- Igreja como suporte à missão: O crescimento da igreja não depende apenas de evangelistas individuais, mas de uma comunidade que sustenta e apoia a obra missionária (At 1.14; 6.1-7).
- União entre liderança local e missionários: Pedro e João foram enviados para confirmar e capacitar espiritualmente os novos convertidos, demonstrando que evangelização eficaz envolve acompanhamento e encorajamento.
- Equilíbrio entre envio e suporte: Evangelização sem suporte pastoral pode ser frágil; suporte sem envio limita o alcance do Evangelho. A igreja deve manter os dois aspectos integrados.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – observa que o envio de Pedro e João reflete uma igreja madura, que reconhece a importância de apoiar a expansão missionária.
- Ben Witherington III, – destaca que a igreja de Jerusalém atua como um núcleo estratégico, fornecendo suporte, encorajamento e supervisão para a obra missionária em outras regiões.
2. Aplicação prática
- Para igrejas contemporâneas: A igreja local deve apoiar missionários, evangelistas e líderes com oração, recursos, orientação e acompanhamento.
- Para líderes e membros: Reconhecer que a expansão do evangelho não é responsabilidade de uma só pessoa; todos podem participar, seja enviando, sustentando ou apoiando.
- Para crentes individuais: Envolver-se na missão da igreja inclui oferecer suporte espiritual, emocional e material a quem proclama a Palavra de Deus.
3. Tabela expositiva
Texto
Palavra grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.14
ἀκούσαντες (akousantes)
Ouvindo, tomando conhecimento
A liderança da igreja acompanha o progresso da obra missionária
Interesse ativo pelo ministério missionário
At 8.14
ἐδέξατο (edexato)
Receber, aceitar
A Palavra de Deus deve ser recebida com fé ativa
Valorizar a aceitação e transformação pelo evangelho
At 8.14
πέμψαντες (pempsantes)
Enviar com propósito
A igreja apoia e envia missionários, fortalecendo a missão
Oferecer suporte e encorajamento a missionários e evangelistas
Conclusão
A igreja de Jerusalém mostra que evangelização eficaz é um esforço comunitário. O envio de Pedro e João reforça a importância do suporte institucional: oração, supervisão e encorajamento são essenciais para que a mensagem de Cristo seja proclamada de forma consistente e transformadora. Hoje, a igreja deve aprender a combinar envio com suporte, fortalecendo a obra missionária e garantindo que a Palavra de Deus chegue de maneira eficaz a todos os povos.
III. A IGREJA QUE DÁ SUPORTE À EVANGELIZAÇÃO
Texto base: Atos 8.14 – “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus” – ἀκούσαντες ὅτι ἡ Σαμάρεια ἐδέξατο τὸν λόγον τοῦ θεοῦ (akousantes hoti hē Samareia edexato ton logon tou Theou)
- O particípio ἀκούσαντες (akousantes) indica que os apóstolos souberam do progresso da obra missionária, mostrando atenção e interesse pelos frutos do evangelismo.
- O verbo δέχομαι (dechomai), traduzido como “receberam”, implica aceitação ativa da Palavra, não apenas ouvir superficialmente. A igreja em Samaria não foi apenas informada, mas aceitou a mensagem e começou a viver seus efeitos.
1.2 “Enviaram Pedro e João” – πέμψαντες Πέτρον καὶ Ἰωάννην (pempsantes Petron kai Iōannēn)
- O verbo πέμπω (pempō) significa “enviar com autoridade e propósito”, indicando que o envio dos apóstolos era uma ação deliberada da igreja, com intenção de fortalecer e supervisionar a obra missionária.
- A ação demonstra coordenação e suporte institucional da igreja central (Jerusalém) para a obra missionária em expansão.
1.3 Perspectiva teológica
- Igreja como suporte à missão: O crescimento da igreja não depende apenas de evangelistas individuais, mas de uma comunidade que sustenta e apoia a obra missionária (At 1.14; 6.1-7).
- União entre liderança local e missionários: Pedro e João foram enviados para confirmar e capacitar espiritualmente os novos convertidos, demonstrando que evangelização eficaz envolve acompanhamento e encorajamento.
- Equilíbrio entre envio e suporte: Evangelização sem suporte pastoral pode ser frágil; suporte sem envio limita o alcance do Evangelho. A igreja deve manter os dois aspectos integrados.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – observa que o envio de Pedro e João reflete uma igreja madura, que reconhece a importância de apoiar a expansão missionária.
- Ben Witherington III, – destaca que a igreja de Jerusalém atua como um núcleo estratégico, fornecendo suporte, encorajamento e supervisão para a obra missionária em outras regiões.
2. Aplicação prática
- Para igrejas contemporâneas: A igreja local deve apoiar missionários, evangelistas e líderes com oração, recursos, orientação e acompanhamento.
- Para líderes e membros: Reconhecer que a expansão do evangelho não é responsabilidade de uma só pessoa; todos podem participar, seja enviando, sustentando ou apoiando.
- Para crentes individuais: Envolver-se na missão da igreja inclui oferecer suporte espiritual, emocional e material a quem proclama a Palavra de Deus.
3. Tabela expositiva
Texto | Palavra grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.14 | ἀκούσαντες (akousantes) | Ouvindo, tomando conhecimento | A liderança da igreja acompanha o progresso da obra missionária | Interesse ativo pelo ministério missionário |
At 8.14 | ἐδέξατο (edexato) | Receber, aceitar | A Palavra de Deus deve ser recebida com fé ativa | Valorizar a aceitação e transformação pelo evangelho |
At 8.14 | πέμψαντες (pempsantes) | Enviar com propósito | A igreja apoia e envia missionários, fortalecendo a missão | Oferecer suporte e encorajamento a missionários e evangelistas |
Conclusão
A igreja de Jerusalém mostra que evangelização eficaz é um esforço comunitário. O envio de Pedro e João reforça a importância do suporte institucional: oração, supervisão e encorajamento são essenciais para que a mensagem de Cristo seja proclamada de forma consistente e transformadora. Hoje, a igreja deve aprender a combinar envio com suporte, fortalecendo a obra missionária e garantindo que a Palavra de Deus chegue de maneira eficaz a todos os povos.
2- A igreja que discipula. Lucas mostra que os apóstolos, tendo ido a Samaria “oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo” (At 8.15). Esse texto mostra, além do apoio dado ao ministério de Filipe, o trabalho de discipulado da Igreja. Fazia parte da doutrina dos apóstolos o ensino sobre a iniciação cristã, que envolvia o ensino sobre a conversão, o batismo nas águas e a capacitação do Espírito. O texto bíblico diz que as pessoas aceitaram a Palavra de Deus, isto é, se converteram e foram batizadas nas águas. Contudo, por uma razão não especificada, aqueles crentes não haviam recebido o Espírito Santo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II. A IGREJA QUE DISCIPULA
Texto base: Atos 8.15 – “E, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Oraram por eles” – προσευξάμενοι ὑπὲρ αὐτῶν (proseuxamenoi hyper autōn)
- O verbo προσεύχομαι (proseuchomai) significa “orar, invocar a Deus em favor de alguém”.
- O uso da preposição ὑπέρ (hyper) indica intercessão em benefício de outrem, evidenciando que a igreja não apenas envia ou orienta, mas atua espiritualmente para fortalecer os novos convertidos.
- O ato de orar revela que o discipulado envolve cuidado espiritual ativo, não apenas instrução teórica, mas acompanhamento intercessório.
1.2 “Para que recebessem o Espírito Santo” – ἵνα λάβωσι τὸ πνεῦμα τὸ ἅγιον (hina labōsi to pneuma to hagion)
- O subjuntivo λάβωσι (labōsi) indica uma ação esperada ou desejada, mostrando que a oração tinha propósito específico: a capacitação espiritual.
- Πνεῦμα ἅγιον (pneuma hagion) refere-se ao Espírito Santo, agente divino de poder, regeneração e santificação (At 1.8; Jo 14.16-17).
- A passagem enfatiza que o batismo em água não era suficiente sem o dom do Espírito, elemento essencial para viver a vida cristã e exercer ministério.
1.3 Perspectiva teológica
- Discipulado integral: Inclui conversão, ensino da Palavra, batismo e capacitação pelo Espírito.
- Integração entre evangelização e discipulado: A igreja não se limita a proclamar o evangelho; ela acompanha os convertidos até que sejam plenamente capacitados para a vida no Espírito.
- Espírito Santo como habilitador: O papel da igreja é conduzir os novos crentes a uma experiência de poder espiritual, não meramente à adesão formal à fé.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – destaca que a igreja primitiva combinava evangelização e discipulado, reconhecendo a necessidade do Espírito Santo para a vida cristã efetiva.
- Ben Witherington III, – enfatiza que a oração apostólica em Samaria demonstra uma prática de discipulado pastoral e espiritual, garantindo que a conversão não fosse superficial.
2. Aplicação prática
- Para a igreja contemporânea: Discipulado é mais que ensino teórico; envolve acompanhamento, oração e capacitação espiritual dos novos convertidos.
- Para líderes e missionários: É necessário interceder e apoiar os novos crentes para que o Espírito Santo opere plenamente em suas vidas.
- Para crentes individuais: Aceitar o evangelho inclui receber o batismo, viver a Palavra e buscar plenamente a obra do Espírito Santo para crescimento e serviço.
3. Tabela expositiva
Texto
Palavra grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.15
προσευξάμενοι (proseuxamenoi)
Oraram, intercederam
Discipulado envolve oração e cuidado espiritual ativo
Orar e interceder pelos novos convertidos
At 8.15
ὑπὲρ αὐτῶν (hyper autōn)
Por eles, em favor deles
O discipulado é uma obra comunitária e intercessória
Acompanhar os convertidos com orientação e oração
At 8.15
πνεῦμα ἅγιον (pneuma hagion)
Espírito Santo
O Espírito Santo é essencial para a vida e serviço cristão
Buscar capacitação espiritual e fruto do Espírito
Conclusão
A igreja de Jerusalém demonstra que discipulado genuíno não se limita à conversão e batismo, mas envolve oração intercessória e capacitação pelo Espírito Santo. Assim, os novos crentes são fortalecidos para viver, testemunhar e servir no poder de Cristo. Hoje, a missão da igreja deve seguir este modelo: evangelizar, apoiar e discipular com atenção ao poder do Espírito Santo.
II. A IGREJA QUE DISCIPULA
Texto base: Atos 8.15 – “E, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Oraram por eles” – προσευξάμενοι ὑπὲρ αὐτῶν (proseuxamenoi hyper autōn)
- O verbo προσεύχομαι (proseuchomai) significa “orar, invocar a Deus em favor de alguém”.
- O uso da preposição ὑπέρ (hyper) indica intercessão em benefício de outrem, evidenciando que a igreja não apenas envia ou orienta, mas atua espiritualmente para fortalecer os novos convertidos.
- O ato de orar revela que o discipulado envolve cuidado espiritual ativo, não apenas instrução teórica, mas acompanhamento intercessório.
1.2 “Para que recebessem o Espírito Santo” – ἵνα λάβωσι τὸ πνεῦμα τὸ ἅγιον (hina labōsi to pneuma to hagion)
- O subjuntivo λάβωσι (labōsi) indica uma ação esperada ou desejada, mostrando que a oração tinha propósito específico: a capacitação espiritual.
- Πνεῦμα ἅγιον (pneuma hagion) refere-se ao Espírito Santo, agente divino de poder, regeneração e santificação (At 1.8; Jo 14.16-17).
- A passagem enfatiza que o batismo em água não era suficiente sem o dom do Espírito, elemento essencial para viver a vida cristã e exercer ministério.
1.3 Perspectiva teológica
- Discipulado integral: Inclui conversão, ensino da Palavra, batismo e capacitação pelo Espírito.
- Integração entre evangelização e discipulado: A igreja não se limita a proclamar o evangelho; ela acompanha os convertidos até que sejam plenamente capacitados para a vida no Espírito.
- Espírito Santo como habilitador: O papel da igreja é conduzir os novos crentes a uma experiência de poder espiritual, não meramente à adesão formal à fé.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – destaca que a igreja primitiva combinava evangelização e discipulado, reconhecendo a necessidade do Espírito Santo para a vida cristã efetiva.
- Ben Witherington III, – enfatiza que a oração apostólica em Samaria demonstra uma prática de discipulado pastoral e espiritual, garantindo que a conversão não fosse superficial.
2. Aplicação prática
- Para a igreja contemporânea: Discipulado é mais que ensino teórico; envolve acompanhamento, oração e capacitação espiritual dos novos convertidos.
- Para líderes e missionários: É necessário interceder e apoiar os novos crentes para que o Espírito Santo opere plenamente em suas vidas.
- Para crentes individuais: Aceitar o evangelho inclui receber o batismo, viver a Palavra e buscar plenamente a obra do Espírito Santo para crescimento e serviço.
3. Tabela expositiva
Texto | Palavra grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.15 | προσευξάμενοι (proseuxamenoi) | Oraram, intercederam | Discipulado envolve oração e cuidado espiritual ativo | Orar e interceder pelos novos convertidos |
At 8.15 | ὑπὲρ αὐτῶν (hyper autōn) | Por eles, em favor deles | O discipulado é uma obra comunitária e intercessória | Acompanhar os convertidos com orientação e oração |
At 8.15 | πνεῦμα ἅγιον (pneuma hagion) | Espírito Santo | O Espírito Santo é essencial para a vida e serviço cristão | Buscar capacitação espiritual e fruto do Espírito |
Conclusão
A igreja de Jerusalém demonstra que discipulado genuíno não se limita à conversão e batismo, mas envolve oração intercessória e capacitação pelo Espírito Santo. Assim, os novos crentes são fortalecidos para viver, testemunhar e servir no poder de Cristo. Hoje, a missão da igreja deve seguir este modelo: evangelizar, apoiar e discipular com atenção ao poder do Espírito Santo.
3- Sem o recebimento do Espírito, o discipulado está incompleto. Filipe pregou a Cristo e realizou muitos sinais entre os samaritanos, levando-os à fé e ao batismo nas águas. Mais tarde, os apóstolos Pedro e João foram enviados para que recebessem o Espírito Santo, completando assim o discipulado desses novos crentes (At 8.14,15). Para os apóstolos, o discipulado estava incompleto sem o recebimento do Espírito. Essa visão da conversão cristã permanece, e devemos levar os novos na fé a desfrutarem da experiência pentecostal, assim como fizeram os apóstolos.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III. DISCIPULADO COMPLETO SOMENTE PELO ESPÍRITO
Texto base: Atos 8.14-15 – “Os apóstolos, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram Pedro e João. Estes, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Recebessem o Espírito Santo” – λάβωσι τὸ πνεῦμα τὸ ἅγιον (labōsi to pneuma to hagion)
- O verbo λάβωσι (labōsi), subjuntivo aoristo, indica uma ação desejada e necessária, mostrando que o discipulado não se completa automaticamente com a conversão e batismo em água.
- Πνεῦμα ἅγιον (pneuma hagion) refere-se ao Espírito Santo, fonte de poder, santificação e capacitação para o ministério.
- Lucas enfatiza que o batismo nas águas é um passo de obediência e confissão de fé, mas o recebimento do Espírito é a experiência vital que habilita o crente para a vida cristã e testemunho eficaz (At 1.4-5; 1Co 12.13; Jo 14.16-17).
1.2 “Completar o discipulado”
- O termo “completo” aqui não aparece no grego, mas é inferido do contexto: Filipe realizou sinais, pregou e batizou, mas os crentes só receberam a plenitude do discipulado após a capacitação pelo Espírito Santo.
- O discipulado, portanto, é um processo progressivo: fé → arrependimento → batismo → capacitação pelo Espírito → vida no Espírito e frutos espirituais.
1.3 Perspectiva teológica
- Experiência do Pentecostes local: Assim como em Atos 2, o Espírito Santo transforma, fortalece e habilita para serviço, mostrando que discipulado sem a ação do Espírito é parcial.
- Dimensão comunitária do discipulado: Pedro e João foram enviados como representantes da igreja central para garantir que o Espírito fosse recebido, evidenciando que a igreja sustenta e supervisiona o crescimento espiritual.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce – destaca que o recebimento do Espírito marca a plena iniciação do crente na vida cristã e no ministério.
- Ben Witherington III – enfatiza que o Espírito Santo é essencial para completar a experiência do discipulado, permitindo o fruto do Espírito e eficácia na proclamação do Evangelho.
2. Aplicação prática
- Para líderes e missionários: Garantir que os novos convertidos sejam acompanhados até viverem plenamente pelo Espírito, não apenas no batismo ou na instrução teórica.
- Para crentes individuais: Buscar conscientemente a plenitude do Espírito Santo, por meio de oração, rendição e estudo da Palavra.
- Para a igreja: Discipulado eficaz inclui ensinar, acompanhar e interceder, assegurando que a fé seja experienciada na prática espiritual e na transformação de vida.
3. Tabela expositiva
Texto
Palavra grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.15
λάβωσι (labōsi)
Recebessem, ação desejada
Discipulado completo requer ação do Espírito
Incentivar a busca pela plenitude do Espírito Santo
At 8.15
πνεῦμα ἅγιον (pneuma hagion)
Espírito Santo
Espírito capacita e santifica, completando o discipulado
Viver na dependência e poder do Espírito
At 8.14-15
πέμψαντες (pempsantes)
Enviar com propósito
A igreja apoia e supervisiona o crescimento espiritual
Oferecer suporte e acompanhamento aos novos crentes
Conclusão
O discipulado cristão não está completo apenas com fé ou batismo nas águas. A plenitude do discipulado exige o recebimento do Espírito Santo, que transforma, capacita e fortalece o crente para a vida cristã e o serviço efetivo. A igreja tem o papel de apoiar, interceder e acompanhar os novos convertidos para que experimentem o poder do Espírito, seguindo o exemplo apostólico em Samaria.
III. DISCIPULADO COMPLETO SOMENTE PELO ESPÍRITO
Texto base: Atos 8.14-15 – “Os apóstolos, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram Pedro e João. Estes, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Recebessem o Espírito Santo” – λάβωσι τὸ πνεῦμα τὸ ἅγιον (labōsi to pneuma to hagion)
- O verbo λάβωσι (labōsi), subjuntivo aoristo, indica uma ação desejada e necessária, mostrando que o discipulado não se completa automaticamente com a conversão e batismo em água.
- Πνεῦμα ἅγιον (pneuma hagion) refere-se ao Espírito Santo, fonte de poder, santificação e capacitação para o ministério.
- Lucas enfatiza que o batismo nas águas é um passo de obediência e confissão de fé, mas o recebimento do Espírito é a experiência vital que habilita o crente para a vida cristã e testemunho eficaz (At 1.4-5; 1Co 12.13; Jo 14.16-17).
1.2 “Completar o discipulado”
- O termo “completo” aqui não aparece no grego, mas é inferido do contexto: Filipe realizou sinais, pregou e batizou, mas os crentes só receberam a plenitude do discipulado após a capacitação pelo Espírito Santo.
- O discipulado, portanto, é um processo progressivo: fé → arrependimento → batismo → capacitação pelo Espírito → vida no Espírito e frutos espirituais.
1.3 Perspectiva teológica
- Experiência do Pentecostes local: Assim como em Atos 2, o Espírito Santo transforma, fortalece e habilita para serviço, mostrando que discipulado sem a ação do Espírito é parcial.
- Dimensão comunitária do discipulado: Pedro e João foram enviados como representantes da igreja central para garantir que o Espírito fosse recebido, evidenciando que a igreja sustenta e supervisiona o crescimento espiritual.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce – destaca que o recebimento do Espírito marca a plena iniciação do crente na vida cristã e no ministério.
- Ben Witherington III – enfatiza que o Espírito Santo é essencial para completar a experiência do discipulado, permitindo o fruto do Espírito e eficácia na proclamação do Evangelho.
2. Aplicação prática
- Para líderes e missionários: Garantir que os novos convertidos sejam acompanhados até viverem plenamente pelo Espírito, não apenas no batismo ou na instrução teórica.
- Para crentes individuais: Buscar conscientemente a plenitude do Espírito Santo, por meio de oração, rendição e estudo da Palavra.
- Para a igreja: Discipulado eficaz inclui ensinar, acompanhar e interceder, assegurando que a fé seja experienciada na prática espiritual e na transformação de vida.
3. Tabela expositiva
Texto | Palavra grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.15 | λάβωσι (labōsi) | Recebessem, ação desejada | Discipulado completo requer ação do Espírito | Incentivar a busca pela plenitude do Espírito Santo |
At 8.15 | πνεῦμα ἅγιον (pneuma hagion) | Espírito Santo | Espírito capacita e santifica, completando o discipulado | Viver na dependência e poder do Espírito |
At 8.14-15 | πέμψαντες (pempsantes) | Enviar com propósito | A igreja apoia e supervisiona o crescimento espiritual | Oferecer suporte e acompanhamento aos novos crentes |
Conclusão
O discipulado cristão não está completo apenas com fé ou batismo nas águas. A plenitude do discipulado exige o recebimento do Espírito Santo, que transforma, capacita e fortalece o crente para a vida cristã e o serviço efetivo. A igreja tem o papel de apoiar, interceder e acompanhar os novos convertidos para que experimentem o poder do Espírito, seguindo o exemplo apostólico em Samaria.
SINOPSE III
A Igreja de Jerusalém discipulou os novos convertidos, mostrando que sem o Espírito Santo não há discipulado completo.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
ORANDO PARA RECEBER O ESPÍRITO SANTO
“O Espírito Santo, no entanto, ‘sobre nenhum deles tinha ainda descido’ [Os Samaritanos] (isto é, eles ainda não haviam sido batizados no Espírito Santo), desde a aceitação de Cristo e do batismo nas águas, como testemunho de sua decisão de seguir a Cristo […]. Depois de algum tempo, Pedro e João vieram a Samaria e oraram para que os samaritanos recebessem o Espírito Santo (vv.14,15). Houve um intervalo definido entre a sua salvação espiritual (que veio pela fé em Cristo) e o seu recebimento do batismo no Espírito Santo (vv.16,17; cf. 2.4). A maneira como os samaritanos receberam o Espírito Santo seguiu o modelo da experiência dos discípulos de Jesus, no Pentecostes.” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1949).
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos como o Evangelho se espalhou rapidamente após a perseguição contra a Igreja. Isso só aconteceu porque a mensagem cristã tinha um foco claro: a Palavra de Deus e a cruz de Cristo. Sem Cristo e sem a Bíblia, não há Evangelho. A Bíblia não destaca os métodos que Filipe usou para evangelizar Samaria, mas enfatiza o poder do Espírito Santo e da Palavra de Deus. Esse é o exemplo que devemos seguir.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
CONCLUSÃO: O PODER DA PALAVRA E DO ESPÍRITO
Texto base: Atos 8.4-5 – “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Anunciando a palavra” – κηρύσσοντες τὸν λόγον (kērussontes ton logon)
- O verbo κηρύσσω (kērussō) significa “proclamar publicamente, pregar como mensageiro oficial”.
- Λόγος (logos) aqui refere-se à mensagem de Deus, o Evangelho, incluindo tanto a verdade de Cristo quanto a instrução ética e espiritual.
- Lucas enfatiza que o poder da evangelização não está na estratégia humana, mas na fidelidade à Palavra de Deus.
1.2 “Pregava a Cristo” – ἐκήρυσσεν αὐτοῖς Χριστόν (ekērussen autois Christon)
- Χριστός (Christos) significa “Ungido”, ou seja, Jesus como Messias, centro de toda pregação genuína.
- Filipe não pregava doutrinas periféricas, tradições culturais ou estratégias humanas, mas Cristo crucificado e ressuscitado (1Co 2.2; Gl 2.20).
- Isso mostra que evangelização eficaz sempre é centrada em Cristo e não em métodos ou habilidades humanas.
1.3 Perspectiva teológica
- Foco da evangelização: A eficácia do ministério está na Palavra e no Espírito Santo, não nos métodos humanos (At 1.8; 1Co 2.4-5).
- Dispersão como instrumento divino: A perseguição, embora traumática, foi usada por Deus para espalhar o Evangelho além de Jerusalém, cumprindo a promessa de Atos 1.8.
- Cristo e a Palavra como núcleo: Toda igreja e missionário devem lembrar que sem Cristo e sem fidelidade à Escritura, não há verdadeiro Evangelho.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – observa que Lucas destaca o poder do Espírito e da Palavra, não a técnica de evangelização de Filipe.
- Ben Witherington III, – afirma que a centralidade de Cristo e do Evangelho garante conversão genuína e multiplicação de discípulos.
2. Aplicação prática
- Para líderes e missionários: Priorizar Cristo e a Palavra, evitando depender de métodos humanos ou programas sofisticados.
- Para crentes individuais: Testemunhar de Jesus em qualquer circunstância, confiando no poder do Espírito e da verdade bíblica, não na força pessoal.
- Para a igreja: Manter a fidelidade à Escritura e a Cristo como fundamentos para evangelização, discipulado e ministério, mesmo diante de perseguição ou dificuldades.
3. Tabela expositiva
Texto
Palavra grega
Significado / nuance
Ponto teológico
Aplicação prática
At 8.4
κηρύσσοντες (kērussontes)
Pregar, proclamar
Evangelização é declaração fiel do Evangelho
Priorizar fidelidade à Palavra em todos os ministérios
At 8.4
λόγον (logon)
Palavra de Deus, mensagem
O poder da evangelização está na Palavra de Deus
Basear todo testemunho e pregação na Escritura
At 8.5
Χριστόν (Christon)
Cristo, o Ungido
Cristo é o centro de toda pregação
Testemunhar de Jesus, não de métodos ou ideias humanas
Conclusão teológica
A igreja primitiva ensina que o Evangelho se espalha pelo poder do Espírito e pela fidelidade à Palavra, com Cristo como centro absoluto. A perseguição e a dispersão não impediram a expansão da fé, mas foram instrumentos de Deus para multiplicar o alcance da mensagem. A lição prática é clara: sem Cristo e sem a Bíblia, não há Evangelho verdadeiro. Toda evangelização, discipulado e ministério devem estar enraizados nesses princípios.
CONCLUSÃO: O PODER DA PALAVRA E DO ESPÍRITO
Texto base: Atos 8.4-5 – “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.”
1. Exegese e análise lexical
1.1 “Anunciando a palavra” – κηρύσσοντες τὸν λόγον (kērussontes ton logon)
- O verbo κηρύσσω (kērussō) significa “proclamar publicamente, pregar como mensageiro oficial”.
- Λόγος (logos) aqui refere-se à mensagem de Deus, o Evangelho, incluindo tanto a verdade de Cristo quanto a instrução ética e espiritual.
- Lucas enfatiza que o poder da evangelização não está na estratégia humana, mas na fidelidade à Palavra de Deus.
1.2 “Pregava a Cristo” – ἐκήρυσσεν αὐτοῖς Χριστόν (ekērussen autois Christon)
- Χριστός (Christos) significa “Ungido”, ou seja, Jesus como Messias, centro de toda pregação genuína.
- Filipe não pregava doutrinas periféricas, tradições culturais ou estratégias humanas, mas Cristo crucificado e ressuscitado (1Co 2.2; Gl 2.20).
- Isso mostra que evangelização eficaz sempre é centrada em Cristo e não em métodos ou habilidades humanas.
1.3 Perspectiva teológica
- Foco da evangelização: A eficácia do ministério está na Palavra e no Espírito Santo, não nos métodos humanos (At 1.8; 1Co 2.4-5).
- Dispersão como instrumento divino: A perseguição, embora traumática, foi usada por Deus para espalhar o Evangelho além de Jerusalém, cumprindo a promessa de Atos 1.8.
- Cristo e a Palavra como núcleo: Toda igreja e missionário devem lembrar que sem Cristo e sem fidelidade à Escritura, não há verdadeiro Evangelho.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce, – observa que Lucas destaca o poder do Espírito e da Palavra, não a técnica de evangelização de Filipe.
- Ben Witherington III, – afirma que a centralidade de Cristo e do Evangelho garante conversão genuína e multiplicação de discípulos.
2. Aplicação prática
- Para líderes e missionários: Priorizar Cristo e a Palavra, evitando depender de métodos humanos ou programas sofisticados.
- Para crentes individuais: Testemunhar de Jesus em qualquer circunstância, confiando no poder do Espírito e da verdade bíblica, não na força pessoal.
- Para a igreja: Manter a fidelidade à Escritura e a Cristo como fundamentos para evangelização, discipulado e ministério, mesmo diante de perseguição ou dificuldades.
3. Tabela expositiva
Texto | Palavra grega | Significado / nuance | Ponto teológico | Aplicação prática |
At 8.4 | κηρύσσοντες (kērussontes) | Pregar, proclamar | Evangelização é declaração fiel do Evangelho | Priorizar fidelidade à Palavra em todos os ministérios |
At 8.4 | λόγον (logon) | Palavra de Deus, mensagem | O poder da evangelização está na Palavra de Deus | Basear todo testemunho e pregação na Escritura |
At 8.5 | Χριστόν (Christon) | Cristo, o Ungido | Cristo é o centro de toda pregação | Testemunhar de Jesus, não de métodos ou ideias humanas |
Conclusão teológica
A igreja primitiva ensina que o Evangelho se espalha pelo poder do Espírito e pela fidelidade à Palavra, com Cristo como centro absoluto. A perseguição e a dispersão não impediram a expansão da fé, mas foram instrumentos de Deus para multiplicar o alcance da mensagem. A lição prática é clara: sem Cristo e sem a Bíblia, não há Evangelho verdadeiro. Toda evangelização, discipulado e ministério devem estar enraizados nesses princípios.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que os capítulos 4 e 5 de Atos registram quanto à perseguição da Igreja?
Registram que a perseguição era inicialmente focada nos apóstolos, líderes da igreja.
2- O que Atos 8.4 mostra sobre a Igreja Primitiva?
Mostra que a igreja primitiva era movida pelo poder do Espírito Santo, ou seja, cheia da presença divina para levar a mensagem de Jesus adiante.
3- De acordo com a lição, que tipo de pregação pode se tornar vazia?
A pregação que não tem a cruz de Cristo como base pode se tornar vazia e sem poder transformador.
4- O que Atos 8.14 mostra sobre a igreja em Jerusalém?
Mostra que a igreja em Jerusalém dava suporte ao trabalho missionário, enviando Pedro e João para fortalecer os novos convertidos em Samaria.
5- O que está incompleto sem o recebimento do Espírito Santo?
O discipulado cristão.
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