Lição 11 - A Vitória Sobre a Morte – Jesus Ressuscita Lázaro | 3° Trimestre de 2025 | EBD BETEL

TEXTO ÁUREO “Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dos mortos”. João 20.9. VERDADE APLICADA A ressurreiç...

TEXTO ÁUREO

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

TEXTO ÁUREO — João 20.9

“Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dos mortos.” (Jo 20.9)

Abaixo segue um comentário bíblico-teológico aprofundado, com análise lexical (grego/hebraico), enquadramento bíblico mais amplo, referências acadêmicas recomendadas, aplicações práticas e uma tabela expositiva para uso em aula ou pregação.


1. Contexto imediato e leitura sintética

João 20 descreve a manhã da ressurreição: Pedro e “o outro discípulo” vão ao sepulcro; vêem o túmulo vazio; o discípulo “viu e creu” (v.8). Logo em seguida João explica: οὐ γὰρ ἔτι ᾔδεισαν τὴν γραφήν ὅτι δεῖ αὐτὸν ἐκ νεκρῶν ἐγείρεσθαι — “pois ainda não haviam compreendido as Escrituras, que convinha que ele ressuscitasse dos mortos” (v.9).

Duas observações narrativas importantes: (a) João registra uma tensão — ver/ crer vs. não compreender as Escrituras — que mostra como a fé precede frequentemente a plena compreensão teológica; (b) a afirmação sublinha que a ressurreição não é um acidente estranho, mas algo que se encaixa no desígnio divino e, segundo o evangelista, tem fundamento nas Escrituras (isto é, nas Escrituras do AT).


2. Análise lexical (grego) — termos chave do versículo

Original grego (NT Textus Receptus / Nestle-Aland):
οὐ γὰρ ἔτι ᾔδεισαν τὴν γραφήν ὅτι δεῖ αὐτὸν ἐκ νεκρῶν ἐγείρεσθαι.

  • ᾔδεισαν (ēideisan) — forma ligada a οἶδα (“saber, conhecer, compreender”). Aqui comunica: ainda não haviam apreendido/entendido plenamente. João usa um verbo de conhecimento para indicar que a dimensão escritural ainda não havia sido vista por eles.
  • τὴν γραφήν (tēn graphēn) — “a Escritura” (singular), termo joanino para o cânon do AT; aponta para as Escrituras reconhecidas pela comunidade judaica/cristã.
  • δεῖ (dei) — “é necessário/convém”; nota de necessidade teleológica: indica que a ressurreição é parte do plano salvífico (necessidade divina, não mero fatalismo). BDAG aponta que δεῖ frequentemente descreve aquilo que é “fitting”/“necessary” no âmbito do propósito de Deus.
  • ἐκ νεκρῶν ἐγείρεσθαι (ek nekrōn egeiresthai) — “ser levantado dentre os mortos / ressuscitar.” A preposição ἐκ marca a origem (“de entre os mortos”) e o infinitivo passivo sublinha o evento do qual Jesus é o paciente que, no entanto, participa como agente na vitória final.

Comentário rápido sobre o aspecto verbal: João emprega uma fórmula informativa sucinta — eles não tinham ainda percebido que a Escritura apontava a necessidade da ressurreição — o que implica que, depois (após o dizer/mostrar do Ressuscitado), a leitura das Escrituras se esclareceu (cf. Lc 24:25–27,45).


3. A Escritura a que João alude — quais textos do AT?

João não cita um versículo único; o NT mostra que os primeiros cristãos leram diversas passagens do AT como prenúncios da ressurreição:

  • Salmo 16:8–11 (LXX) — “Não permitirás que a tua santidade veja corrupção” (cit. por Pedro e Paulo em At 2:25–32; At 13:35–37).
  • Isaías 53 — o Servo que sofre e é “exaltado” (vindicado); a vindicação pós-sofrimento é lida como parte do plano divino.
  • Hosea 6:2 — “Depois de dois dias nos dará vida; ao terceiro dia nos ressuscitará” — citado por alguns intérpretes patrísticos; também a referência ao “terceiro dia” encontra eco em 1Co 15:4.
  • Salmo 22 — o salmo da angústia cuja tensão entre desespero e confiança aparece cumprida no ressuscitado.

O ponto teológico de João: os acontecimentos (Paixão e Ressurreição) “fazem sentido” quando interpretados como cumprimento das Escrituras; contudo, essa interpretação exige revelação/ensinamento (cf. Lc 24:27,45).


4. Ligação com todo o testemunho do NT — por que a ressurreição importa?

A ressurreição é central e fundacional para o cristianismo por vários motivos teológicos, amplamente ensinados no NT:

  1. Prova da identidade messiânica e filiação divina de Jesus — Paulo: “...e com poder foi constituído Filho de Deus mediante o Espírito de santidade, pela ressurreição dentre os mortos” (Rm 1:4). A ressurreição atesta a aprovação divina do que Jesus realizou.
  2. Base da justificação e do perdão — em vários textos (Rm 4–8; 1 Co 15) a ressurreição está ligada à nossa nova vida: se Cristo não ressuscitou, nossa fé é vã (1Co 15:14,17).
  3. Primeirafruta/garantia escatológica — Cristo é as “primícias” (1Co 15:20–23); sua ressurreição garante a nossa futura ressurreição (Rm 8; 1Ts 4).
  4. Cumprimento das Escrituras — a ressurreição mostra que a história bíblica converge para a vitória de Deus sobre morte e pecado.
  5. Fundamento missionário — os apóstolos pregaram a ressurreição (Atos 2; 1 Cor 15) como núcleo do kerygma. Sem ela não há evangelho eficaz.

N. T. Wright, em The Resurrection of the Son of God, demonstra com grande volume de evidência histórica e teológica como a ressurreição era entendida pelos primeiros cristãos como ato decisivo de Deus que inaugura a nova criação.


5. João 20.9 — o paradoxo: ver, crer e ainda não entender

João quer que percebamos que a fé inicial dos discípulos (o outro discípulo “viu e creu”) não era o mesmo que a hermenêutica plena das Escrituras. A compreensão de que “era necessário que ele ressuscitasse” exigiu tempo e luz: o Ressuscitado depois abre as Escrituras aos discípulos (Lc 24:27,45) e o Espírito age como intérprete (Jo 16). Assim:

  • A fé é encontro antes de explicação;
  • A exegese bíblica verdadeira se realiza à luz do acontecimento pascal;
  • A comunidade cristã vive interpretando o AT em Jesus (a cristologia molda a leitura do AT).

6. Referências acadêmicas essenciais (seleção para leitura aprofundada)

7. Implicações teológicas práticas / aplicações pessoais

  1. Segurança e esperança pessoal — a ressurreição é a garantia de que a morte não tem a palavra final; quem crê tem promessa viva (1Pe 1:3–4).
  2. Confiança na eficácia da obra substitutiva de Cristo — se Cristo ressuscitou, seu sacrifício foi aceito e eficaz (Rm 4–5; Hb 9–10).
  3. Vida ética transformada — viver como pessoa ressuscitada: a novidade da vida (Rom 6), a prática do perdão e do amor (cf. João 13; Ef 4).
  4. Coragem missionária — pregar e viver o Evangelho: a ressurreição dá autoridade e esperança para a missão (Atos 2; 1 Cor 15).
  5. Consolo no luto e no sofrimento — a ressurreição transforma a morte em “sono” temporário e garante reencontro (1Ts 4; João 11).
  6. Leitura comunitária das Escrituras — buscar que a congregação leia o AT à luz de Cristo, mas com humildade: entender vem pelo encontro com o Ressuscitado e pelo Espírito.

Prática imediata: tornar a proclamação da ressurreição central no culto (sermões, hinos, creeds), nutrir catequese cristológica que mostre como o AT é cumprido em Cristo, e incentivar vidas de missão e de esperança nas comunidades.


8. Tabela expositiva — resumo (para quadro/folheto)

Expressão grega / termo

Tradução/Significado

O que comunica

Implicação teológica / pastoral

ᾔδεισαν (ēideisan)

“ainda não haviam percebido / entendido”

Falta de apreensão escritural inicial

Fé precede plena compreensão; necessidade de revelação

τὴν γραφήν (tēn graphēn)

“a Escritura” (AT)

Texto de autoridade que aponta para Cristo

AT lido como preparação/indicativo da ressurreição

δεῖ (dei)

“é necessário/convém”

Necessidade teleológica – plano divino

Ressurreição integrada ao propósito salvífico de Deus

ἐκ νεκρῶν ἐγείρεσθαι

“ressuscitar dentre os mortos”

Evento central (vitalidade nova)

Fundamenta identidade messiânica, esperança e justificação

Salmos/Isaías/Hosea

(Salmo 16; Salmo 22; Isa 53; Hos 6:2)

Tipologias e promessas lidas em Cristo

O AT é cumprido e reinterpretado à luz da ressurreição

1 Cor 15 / Rm 4:25 / Rm 1:4

Testemunho apostólico sobre a ressurreição

A ressurreição rende o evangelho eficaz

Se Cristo não ressuscitou, nossa fé é vã; por isso é núcleo do kerygma

9. Conclusão 

João 20.9 nos lembra que a ressurreição é tanto acontecimento histórico quanto chave interpretativa das Escrituras. Os discípulos precisaram ver e ouvir o Ressuscitado para que as Escrituras se iluminassem diante deles. Para nós, a ressurreição é a base da nossa fé, a confirmação do projeto salvífico de Deus e a garantia viva da nossa esperança — por isso é mensagem central da pregação, do culto e da vida cristã.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

João 20:1-8


1. Introdução e contexto literário

Este capítulo apresenta o clímax do Evangelho: a revelação definitiva de Jesus ressuscitado. O evangelista descreve pequenos detalhes com precisão de testemunha ocular e intenção teológica. O tema central gira em torno de luz/escuridão, ver/entender e crer, já introduzido no prólogo e ao longo do evangelho. O relato leva o leitor do luto para a fé.


2. Observações textuais e lexicais principais (grego)

  • Jo 20:1 — A expressão τῇ μιᾷ τῶν σαββάτων designa o primeiro dia da semana (domingo). A cena ocorre πρωῒ, σκοτίας ἔτι οὔσης (“de madrugada, estando ainda escuro”), acentuando o contraste entre escuridão espiritual e revelação divina.
  • Jo 20:5-6 — O termo ὀθόνια refere-se aos panos funerários. O detalhe de João em distingui-los prepara a interpretação: não houve roubo, mas uma ação divina.
  • Jo 20:8 — A fórmula εἶδεν καὶ ἐπίστευσεν (“viu e creu”) é tipicamente joanina, ressaltando que a fé surge em resposta aos sinais, mesmo antes da plena compreensão das Escrituras.

3. Comentário teológico por versículo

Jo 20:1

O início na escuridão marca a tensão entre morte e vida. João simboliza o estado espiritual da humanidade que precisa da revelação. A ressurreição inaugura uma nova criação.

Jo 20:2

A reação de Maria com a suposição de roubo reflete a percepção limitada inicial. A presença de uma mulher como primeira testemunha realça a autenticidade histórica e a inversão de valores sociais que o evangelho propõe.

Jo 20:3-4

A corrida dos discípulos sugere diferentes ritmos na busca por Cristo: Pedro representa liderança, mas o discípulo amado representa intimidade e percepção espiritual. A cena mostra que há múltiplos caminhos de encontro com a fé.

Jo 20:5-6

O olhar cuidadoso seguido da entrada impulsiva revela diferentes atitudes diante do mistério. O detalhe dos panos sugere ordem e intencionalidade, servindo como evidência da ressurreição corpórea.

Jo 20:8

O discípulo amado crê ao ver, mesmo sem compreender plenamente as Escrituras. Este momento revela que a fé pode anteceder o entendimento teológico. A experiência de fé é o primeiro passo, seguido da iluminação da Palavra.


4. Questões interpretativas

  1. A fé de João em 20:8 pode ser entendida como um primeiro ato de confiança, mesmo sem interpretação bíblica plena.
  2. O estado ordenado dos lençóis contrasta com a hipótese de roubo, servindo de argumento apologético.
  3. A expressão “primeiro dia da semana” reforça a importância do domingo como dia de culto cristão.

5. Aplicação pastoral e pessoal

  1. A fé pode nascer em meio à escuridão da vida; Deus se revela em momentos de incerteza.
  2. O testemunho feminino ressalta que o evangelho valoriza vozes muitas vezes marginalizadas.
  3. A ressurreição transforma luto em esperança e deve ser a base da vida cristã.

6. Tabela expositiva

Referência

Palavra-chave (grego)

Observação exegética

Aplicação

Jo 20:1

μιᾷ τῶν σαββάτων; σκοτίας

Início na escuridão; tema da nova criação

Deus age na escuridão da vida

Jo 20:2

Μαρία Μαγδαληνή

Primeira testemunha anuncia o túmulo vazio

O evangelho valoriza o improvável

Jo 20:3-4

τρέχειν; ἦλθεν πρῶτος

Corrida dos discípulos mostra diferentes ritmos

Cada crente tem sua forma de buscar Cristo

Jo 20:5

παρακύψας; ὀθόνια

Olhar cuidadoso, mas sem entrar

Sinais exigem compromisso profundo

Jo 20:6

εἰσῆλθεν; ἔβλεπεν

Pedro investiga o túmulo

Liderança envolve coragem para enfrentar o luto

Jo 20:8

εἶδεν καὶ ἐπίστευσεν

Ver e crer antes de entender plenamente

Fé precede entendimento, mas leva a ele

Conclusão

O relato do túmulo vazio não é apenas histórico, mas teológico: mostra que a fé surge diante de sinais e cresce na medida em que a revelação é compreendida. A experiência do discípulo amado é paradigmática: ver e crer é o início da caminhada cristã, que será aprofundada pelo testemunho das Escrituras e pela experiência comunitária.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

SEGUNDA | Lc 24.46 – Jesus não está morto

“E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos.”

  • Palavra-chave: anastēnai (ἀναστῆναι) – ressurgir, levantar-se. No NT é usada para descrever a vitória sobre a morte.
  • Teologia: O sofrimento e a ressurreição de Cristo estavam nos planos eternos de Deus (Is 53; Sl 16.10). Não foi acaso, mas cumprimento.
  • Referência: N.T. Wright (“The Resurrection of the Son of God”) mostra que a ressurreição é o eixo da fé cristã.
  • Aplicação: Assim como Jesus venceu a morte, podemos confiar que nosso sofrimento não é o fim, mas parte do plano de Deus.

TERÇA | At 1.3 – Jesus ressuscitou

“Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas...”

  • Palavra-chave: tekmerion (τεκμήριον) – prova incontestável, evidência sólida. Usada apenas aqui no NT.
  • Teologia: A fé cristã não é baseada em mito, mas em fatos históricos confirmados por testemunhas.
  • Referência: F.F. Bruce  destaca o caráter histórico das aparições de Cristo.
  • Aplicação: Nossa fé descansa em provas objetivas da ressurreição, não em especulação.

QUARTA | Lc 24.1 – O sepulcro é visitado pelas mulheres

“E, no primeiro dia da semana, muito de manhã, foram ao sepulcro, levando as especiarias...”

  • Palavra-chave: mnēmeion (μνημεῖον) – sepulcro, memorial, lugar de memória.
  • Teologia: Deus escolheu mulheres como primeiras testemunhas (contracultural no mundo judaico e greco-romano), revelando Sua graça e justiça.
  • Referência: Craig Keener (“The IVP Bible Background Commentary”) mostra como esse detalhe confirma a autenticidade histórica, pois não seria inventado.
  • Aplicação: Deus usa os improváveis para manifestar Sua glória.

QUINTA | Mc 15.28 – Jesus é colocado entre os malfeitores

“E com os transgressores foi contado.”

  • Palavra-chave: anomos (ἄνομος) – sem lei, criminoso.
  • Teologia: Cumprimento de Isaías 53.12. Jesus, o Justo, é contado entre os injustos para nos justificar.
  • Referência: John Stott (“A Cruz de Cristo”) explica que Cristo assumiu a posição dos pecadores para dar-nos Sua justiça.
  • Aplicação: Cristo tomou nosso lugar. Hoje podemos viver livres da condenação.

SEXTA | Mc 16.2 – Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana

“E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo...”

  • Palavra-chave: prōi (πρωῒ) – cedo, ainda escuro, simbolizando o nascer de uma nova era.
  • Teologia: O primeiro dia da semana (domingo) se torna símbolo do novo começo, a vitória da vida sobre a morte.
  • Referência: Oscar Cullmann (“Cristo e o Tempo”) associa a ressurreição ao marco do novo tempo da salvação.
  • Aplicação: Cada domingo recorda que vivemos no tempo da nova criação.

SÁBADO | Lc 23.4 – Pilatos não viu culpa em Jesus

“E disse Pilatos... Não acho culpa neste homem.”

  • Palavra-chave: aitia (αἰτία) – causa, acusação legal.
  • Teologia: Pilatos reconheceu a inocência de Cristo. Ele morreu não por culpa própria, mas por nossos pecados (2Co 5.21).
  • Referência: Raymond Brown (“The Death of the Messiah”) mostra a ironia: o inocente condenado para salvar os culpados.
  • Aplicação: Cristo levou sobre Si nossa condenação, para que fôssemos livres.

📊 Tabela Expositiva

Dia

Texto

Palavra-chave (grego)

Teologia

Referência

Aplicação

Segunda

Lc 24.46

ἀναστῆναι (anastēnai) – ressurgir

Ressurreição planejada por Deus

N.T. Wright

O sofrimento não é o fim

Terça

At 1.3

τεκμήριον (tekmerion) – prova incontestável

Fé baseada em fatos

F.F. Bruce

Nossa fé é segura

Quarta

Lc 24.1

μνημεῖον (mnēmeion) – sepulcro

Testemunhas improváveis

Craig Keener

Deus usa os improváveis

Quinta

Mc 15.28

ἄνομος (anomos) – criminoso

Cumprimento de Isaías 53

John Stott

Cristo tomou nosso lugar

Sexta

Mc 16.2

πρωῒ (prōi) – cedo

Novo começo em Cristo

Oscar Cullmann

Vivemos na nova criação

Sábado

Lc 23.4

αἰτία (aitia) – acusação

Cristo inocente morre por nós

Raymond Brown

Somos livres da condenação

DINAMICA EXTRA

Comentário de Hubner Braz

📌 Dinâmica: “Tiras de Morte, Voz de Vida”

🎯 Objetivo

Levar os alunos a refletirem que somente Jesus pode libertar-nos das “faixas” da morte espiritual e dar-nos vida abundante.


🛠 Materiais

  • Tiras de papel higiênico ou pedaços de pano (para representar as faixas de Lázaro).
  • Um voluntário (representando Lázaro).
  • Bíblia aberta em João 11.43-44.

📖 Desenvolvimento

  1. Introdução:
    Explique que Lázaro estava morto há quatro dias, envolto em faixas, incapaz de se libertar sozinho. Somente a palavra de Jesus o trouxe de volta à vida.
  2. Atividade:
    • Escolha um voluntário para ser “Lázaro”.
    • Envolva-o com as tiras de papel/pano, deixando-o preso, sem poder se mover.
    • Pergunte à turma: “O que essas faixas representam na nossa vida hoje?”
      → Possíveis respostas: pecado, vícios, medos, dúvidas, falta de fé, feridas emocionais.
  3. Aplicação:
    • Leia João 11.43-44: “Lázaro, vem para fora!”.
    • Explique que a voz de Jesus é mais forte do que a morte, o pecado e qualquer amarra espiritual.
    • Peça que dois alunos ajudem a “desatar” o voluntário, representando a ação da comunidade cristã (a Igreja) que ajuda o novo convertido a permanecer livre.

💡 Reflexão Final

  • Jesus não apenas deu vida a Lázaro, mas também mandou que ele fosse libertado das faixas.
  • Assim, Cristo nos chama à vida nova, mas também usa a Igreja para apoiar, discipular e ajudar uns aos outros na caminhada.

Aplicação Prática

  • Pergunte: “Quais faixas precisam ser retiradas da nossa vida hoje?”
  • Conclua com uma oração, pedindo que Jesus ressuscite áreas “mortas” da vida dos participantes e que a Igreja seja instrumento de libertação.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Introdução (tema: prisão → julgamento → cruz → morte → ressurreição)

1) Síntese teológica do ponto de partida

Ponto de partida: Jesus ressuscitou dos mortos e vive para sempre.
Esta afirmação não é um apêndice teológico; é o centro do evangelho (o kerygma) e a chave hermenêutica para ler a paixão: a prisão, o processo, a cruz e a morte fazem parte da economia salvífica — isto é, do modo como Deus, em Cristo, cumpre a obra de redenção. Para estudiosos como N. T. Wright, a ressurreição é o evento que inaugura a “nova criação” e responde historicamente à questão: o que Deus fez em Cristo para derrotar a morte? Raymond E. Brown destaca igualmente como os evangelhos entendem a ressurreição não apenas como facto isolado, mas como clímax do plano redentor testemunhado nas Escrituras. 


2) Análise léxica (grego e hebraico) — termos centrais

  • Ressurreição — ἀνάστασις (anástasis). Substantivo que, no NT, expressa o “levantar-se” de quem estava morto; etimologicamente ana + histemi (levantar/colocar em pé). Em contextos joânicos e paulinos, refere-se à ressurreição física do crucificado e à esperança final de restauração. Lexicos e léxicos de NT registram esse uso técnico (resurrection). 
  • Acordar/Levantar/Erigir — formas verbais ligadas: ἐγείρω / ἠγέρθη (aoristo/passivo: “foi levantado/erguido” — usado para descrever a ação pascal sobre Cristo). A ênfase verbal costuma sublinhar tanto a ação de Deus que levanta, quanto a condição nova do Ressuscitado.
  • Redenção — ἀπολύτρωσις (apolýtrōsis). Do composto ἀπό + λύτρον (lútron = preço; pagamento). No vocabulário paulino/joanino refere-se ao ato de resgatar, “comprar de volta” — sentido sacrificial/forense de libertação do pecado/morte. Lexicografia patrística e moderna confirma esse sentido técnico. 
  • Goel / Kinsman-Redeemer e verbos hebraicos — no Antigo Testamento, a redenção aparece por várias raízes: גָּאַל (gaʻal, “redimir, atuar como goel”), e verbos como פָּדָה (pādâh, “resgatar, pagar resgate”) que descrevem a ação de libertação por preço. Esses termos carregam a imagem do parente que volta a restaurar direitos e nome, o que molda a analogia da obra redentora de Cristo.

3) Observações exegético-teológicas dinâmicas

  1. A trajetória (prisão → julgamento → cruz → morte) é intencional na narrativa cristã. Esses passos não são acidentes históricos isolados: são o meio pelo qual o Filho de Deus cumpre as promessas/expectativas da Escritura e revela a justiça de Deus que salva mediante sacrifício voluntário (a linguagem sacrificial e forense encontra suporte tanto no NT quanto na teologia paulina) — motivo pelo qual a ressurreição é apresentada como a ratificação divina da eficácia do sacrifício.
  2. A ressurreição como vindicatio divina e inauguração escatológica. A exegese recente sublinha dois papéis da ressurreição: (a) vindicação — Deus “exalta” e confirma o Messias vindicado da morte; (b) inauguração — a ressurreição é início real da nova ordem (a “primeira etapa” da nova criação e das promessas escatológicas). N. T. Wright desenvolve precisamente esse argumento: o acontecimento pascal reconfigura história e esperança, não é apenas sinal ético ou visão interna. 
  3. Redenção: linguagem processual e kinsman-redeemer. A noção hebraica do goel (gaʻal) e os verbos de resgate (pādâh, pidyon) enriquecem a forma como o NT fala de redenção (apolýtrōsis): não é abstrato, mas concretamente “resgate pago” — o Messias atua como o parente que readquire o povo e derrota a escravidão do pecado/morte. Isso conecta a crucifixão ao pagamento do preço e a ressurreição à fruição do efeito — a libertação definitiva. 
  4. Historicidade e credibilidade narrativa. Nos últimos anos, estudos historiográficos têm mostrado que a convicção pascal dos primeiros crentes tem base em experiências e testemunhos que exigem ser levados a sério (ex.: estudos de historiografia contemporâneos e defesas apologéticas). Autores como Michael Licona tratam destas metodologias históricas e mostram que a reconstrução do evento pascal pode ser tratada com rigor académico. (Para leitura apologética e historiográfica ver Michael Licona e obras correlatas.) 

4) Implicações teológicas centrais (síntese)

  • Cristo como o novo “Goel” (Redentor): a cruz é o lugar do pagamento (ransom, lútron) e a ressurreição é a prova de que o resgate foi aceito e eficaz — a liberdade já é real.
  • A ressurreição inaugura a nova criação: a vitória sobre a morte é o sinal de que a história está sendo redimida; a ressurreição não é apenas retorno à antiga vida, mas entrada numa existência transformada e definitiva.
  • Missão da igreja: anunciar e viver segundo a novidade pascal. A fé cristã é uma fé que aponta para o acontecido historicamente e espera eschatologicamente.

5) Aplicação pessoal e pastoral (práticas diretas)

  1. Confiança na presença vencendo o luto: quando a experiência humana se confronta com a morte ou perdas profundas, a fé pascal transforma lamentação em esperança ativa — não nega a dor, mas reorienta a expectativa.
  2. Vida ética como fruto (não substituto) da ressurreição: a moral cristã não é tentativa de conquistar salvação, mas resposta à graça presente na ressurreição — fé que produz vida nova.
  3. Coragem para testemunhar: se a ressurreição é a realidade fundamental, a comunidade tem missão profética de vida e reconciliação (prática sacrificial de compaixão e anúncio).
  4. Pastoral do perdão e reconciliação: entender Cristo como “redentor” impulsiona práticas de reconciliação comunitária e pessoal — o exemplo do goel inspira a restauração de relações.

6) Tabela expositiva (resumo prático)

Tema / etapa

Termo grego / hebraico

Sentido exegético curto

Relevância teológica

Aplicação prática

Prisão / julgamento

— (vocabulário marc. processual)

Culminância do conflito messiânico

O caminho do Servo-Sacrifício que cumpre a justiça divina

Encarar sofrimento como participação no ministério cristão (não glorificação do sofrimento)

Crucifixão

σταύρωσις / λυτρον (lútron — preço)

Ação expiatória e parenética

A cruz é o lugar do “pagamento” que possibilita redenção

Silenciar a lógica de poder; ética do serviço sacrificial

Morte

θάνατος / contrastes OT (מָוֶת)

Realidade da finitude humana que foi derrotada

Morte não é palavra final; é vencida em Cristo

Esperança pastoral em face do luto

Ressurreição

ἀνάστασις (anastasis)

Levantar/ressurgir — inaugura nova ordem

Vitória definitiva; prova divina da obra redentora

Vida de esperança e missão; culto pascal como centro prático

Redenção

ἀπολύτρωσις / גָּאַל (gaʻal) / פָּדָה (padah)

Resgate por preço; ação do goel

Cristo como redentor que restaura e liberta

Vida de gratidão: justiça social, libertação pessoal

7) Referências acadêmicas recomendadas (seleção para estudo aprofundado)

8) Encerramento e proposta prática

A certeza pascal (Jesus ressuscitado e vivo) não é uma afirmação abstrata: molda leitura das Escrituras, esperança cristã, vida comunitária e a missão.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1. Panorama narrativo (síntese)

Os evangelhos apresentam a prisão de Jesus como um acontecimento noturno e abrupto (Getsêmani), realizado por uma escolta enviada pelos chefes judeus e por Judas (Jo 18.1–12; Mt 26.47–56; Mc 14.43–50; Lc 22.47–53). Em seguida, Jesus passa por uma sequência de audiências: primeiro diante de Anás (Jo 18.12–14, 19–23), depois do sumo sacerdote Caifás e do Sinédrio (noite/madrugada — Mc/Mt/Lc), e finalmente diante de Pilatos (autoridade romana para pena capital). Em Lucas/Marcos houve também audiência perante Herodes (Lc 23.6–12). O processo é marcado por irregularidades legais, motivações políticas e religiosas conflituosas, e culmina com a entrega de Jesus para crucificar (Jo 19.16; Mt 27.26; Mc 15.15).


2. Análise lexical e observações textuais (grego e aramaico/hebraico)

Termos centrais (grego)

  • συλλαμβάνω / συλλαβόντες (sullambanō / sullabontes) — “prender, deter” (Jo 18.12). Denota a ação física de levar Jesus às autoridades. (BDAG: to seize, arrest.)
  • παραδίδωμι / παρεδόθη (paradidōmi / paredothē) — “entregar, traidoramente entregar / ser entregue” (uso amplo: Judas entrega; autoridades “entregam” Jesus a Pilatos; e o sentido teológico: Jesus “é entregue” conforme o propósito divino). O verbo carrega ambivalência — ação humana e cumprimento do plano salvífico.
  • ἐγώ εἰμι (egō eimi) — “Eu sou” (Jo 18.5–6). A resposta de Jesus diante da pergunta “Quem buscais?” provoca recuo da escolta; evoca a auto-designação divina do Êxodo (LXX 3:14) e reafirma a identidade messiânica/teológica de Jesus.
  • ἀνακρίνω / ἀνακρίσεις (anakrinō) — “interrogar, examinar” (os interrogatórios de Anás, Pilatos e Herodes).
  • αἴτιον / αἰτία (aition/aitia) — “acusação, motivo” — Pilatos declara não encontrar aitia (Lc 23.4; Jo 18.38).

Termos/nomes aramaico-hebraicos relevantes

  • Γεθσημανή (Gethsemane) — do aramaico Gat-Shemanim “prensa de azeite” (lugar de oração e angústia).
  • Ἰσκαριώτης (Iscariotes) — possivelmente “homem de Kerioth” (Heb. Ish Kerioth), indicando origem; também distingue Judas como agente humano da entrega.
  • Βαρραβᾶς (Barabbas) — “filho do pai” (bar-abba) — ironicamente contrastado com Jesus, o verdadeiro Filho do Pai.


3. Irregularidades processuais e contexto jurídico

Do ponto de vista judaico-rabínico (Mishná/Sanhedrin) e da lei romana, vários procedimentos no caso de Jesus são problemáticos:

  • Julgamento noturno: segundo normas judaicas (Mishnah Sanhedrin 4:1), julgamentos capitais não deveriam ocorrer à noite; os evangelhos enfatizam que o Sinédrio se reuniu de madrugada — irregular.
  • Falta de testemunhos consistentes: os relatos sinópticos mostram testemunhas contraditórias ou forjadas (cf. Mt 26:59–61; Mc 14:55–59).
  • Ausência de um processo civil romano apropriado: pontualidade e procedimentos eram instrumentalizados — a acusação relevante perante Pilatos precisava ser política (sedução, insurreição) para justificar pena de morte. Assim os líderes judeus rearticularam as acusações (de blasfêmia religiosa para subversão política: “é rei” / “perturba a paz”).
  • Pilatos cede à pressão política: ele declara repetidamente não achar culpa (Jo 18:38; Lc 23:4; Mt 27:24) mas, temendo tumulto e perda de prestígio, entrega Jesus ao suplício (cf. “que seu sangue caia sobre nós…” em Mt 27:25 — passagem historicamente sensível).

Essas irregularidades sublinham a injustiça patente do processo e mostram que o veredito foi motivado por interesses humanos (poder, inveja, medo), não por verdade judicial.


4. Leitura teológica: inocência, entrega voluntária e cumprimento das Escrituras

Inocência e submissão voluntária

Os evangelhos apresentam Jesus como inocente (Pilatos: “non invenio causam” — não encontro culpa). Ao mesmo tempo, Jesus não evita a prisão; ele se entrega como parte da missão (Jo 10:17–18; Jo 18.8–9 — “eu lhes disse que eu sou; por isso saístes, como te disse que eu sou” — e no Getsêmani aceita o processo). Aqui se conjuga inocência factual (é sem culpa criminal) com voluntariedade missionária (ele se submete ao caminho da cruz).

Cumprimento das Escrituras

Os evangelhos evocam Isaías 53, Salmo 22 e outros textos que descrevem o Justo que sofre, é rejeitado e é contado entre transgressores. Lucas e João explicitam que o sofrimento e a morte de Jesus “devem” acontecer para a salvação (Lc 24:26,46; Jo 12.27–33). Assim, a injustiça humana está integrada ao propósito redentor de Deus: o Filho é entregue para que cumpra a obra de redenção (paradoxo da soberania divina e responsabilidade humana).

Nota pastoral importante: essa explicação teológica NÃO transfere culpa coletiva a grupos inteiros nem autoriza antissemitismo. Os textos retratam líderes e multidões específicas daquele momento; a tradição cristã deve sempre condenar qualquer leitura que promova ódio contra judeus.


5. Interpretação sacrificial e soteriológica

A injustiça do julgamento enfatiza a substituição: o Inocente sofre pelos culpados. A linguagem sacrificial aparece em termos como “passio/πάθημα” e no conceito de propiciação (hilastērion) desenvolvido no NT: a entrega do Justo é meio pelo qual Deus declara justos os repentinos e oferece reconciliação (Rm 3; 2 Cor 5:21; Hb 2:9; Isa 53). O julgamento perverso torna ainda mais evidente o amor que dá o inocente em favor do culpado.


6. Aplicação pastoral e pessoal

  1. Consolo para os que sofrem injustiça — a cruz mostra que Deus vê e redime quem sofre por causa de falsas acusações. A igreja pode ser lugar de refúgio e justiça restauradora.
  2. Chamado à integridade — Jesus não se esquivou da verdade nem usou poder injustamente; somos chamados à coragem da honestidade e à fé humilde diante da opressão.
  3. Perdão e reconciliação — Jesus perdoa enquanto é maltratado; a comunidade cristã é chamada a responder ao mal com perdão transformador (Lc 23:34).
  4. Resistir ao uso religioso do poder — a história da prisão e do julgamento nos avisa contra a instrumentalização da religião para fins de poder, status ou interesse pessoal.
  5. Missão em meio ao conflito — a submissão voluntária de Jesus nos lembra que o seguimento pode exigir sofrer, mas também que esse sofrimento tem sentido redentor em mãos de Deus.


7. Referências acadêmicas e sugestões de leitura


8. Tabela expositiva (sequência, termos, irregularidade, significado teológico)

Etapa / Local

Texto (exemplo)

Termo (grego / aramaico)

Irregularidade jurídica / Observação

Significado teológico

Getsêmani: prisão

Jo 18.1–12; Mt 26.47–56

συλλαβόντες (sullabontes) – prender

Prisão noturna; traição de Judas (παραδίδωσις)

Início do caminho de obediência voluntária; cumprimento do plano

Anás (interrogatório)

Jo 18.12–14,19–23

ἀνακρίνω (anakrinō) – interrogar

Audiência privada, sem processo formal

Jesus revela sua identidade; inocência mantida

Caiaphas / Sinédrio

Mt 26; Mk 14; Lk 22

δικάζω (dikazō) – julgar

Julgamento noturno; testemunhas contraditórias; procedimentos ilegais

Rejeição do Messias; cumprimento do Servo Sofredor (Is 53)

Pilatos (governo romano)

Jo 18:28ff; Lk 23

οὐχ εὑρίσκω αἰτίαν (ouh heuriskō aitian) – “não encontro causa”

Pilatos tem poder p/ pena de morte; relutância; cede à pressão

Revela inocência; política instrumentaliza justiça; Pilatos entrega para manter ordem

Herodes (Lc 23:6–12)

Lc 23

ἐθαύμασεν (ethaumasen) – admirar

Audiência política/cerimonial; devolve Jesus a Pilatos

Demonstra inutilidade da manipulação política

Multidão / Barrabás

Mt 27; Mk 15

Βαρραβᾶς (Barabbas) – “filho do pai”

Escolha popular de um criminoso; pressão para crucificar

Ironia teológica: preferem “filho do pai” a Jesus, o Filho do Pai; participação humana na entrega

Entrega para crucifixão

Jo 19.16; Mt 27.26

παρέδωκεν αὐτόν (paredōken auton)

Execução romana

Culminância do ‘ser entregue’: meio da expiação redentora

9. Conclusão homilética (sugestão para pregar / meditação)

A prisão e os julgamentos de Jesus expõem a face mais brutal da iniquidade humana: mentira, inveja, medo, corrupção do poder. Mas confrontados com essa perversidade vemos, paradoxalmente, a luz da redenção: o Inocente escolhe sofrer, é entregue não por fracasso mas para cumprir o plano que liberta. Há aqui uma teologia do sofrimento — não um divino fatalismo que justifica a injustiça humana — mas a certeza de que Deus pode, na injustiça humana, realizar o bem definitivo.

Convite pastoral: diante das injustiças da vida, não respondamos com ódio; respondamos com a coragem e o amor do Crucificado — confiando que Deus é soberano, agindo por justiça e chamando-nos a ser agentes de reconciliação e defesa dos injustiçados.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1.2. A crucificação do Filho de Deus

A crucificação era considerada a forma mais cruel de execução no mundo romano, reservada a criminosos e escravos. O termo grego σταυρόω (stauróō) significa “crucificar” e está ligado a σταυρός (staurós), literalmente “estaca” ou “madeiro”. Isaías 53.5 já antecipava que o Servo Sofredor seria “traspassado por causa das nossas transgressões”.

Teologicamente, a cruz tornou-se o centro da fé cristã, não apenas como instrumento de sofrimento, mas como local da expiação substitutiva. Paulo afirma: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós” (2Co 5.21). Isso reflete a doutrina da imputação: nossos pecados foram colocados sobre Cristo, enquanto Sua justiça é imputada ao crente.

O testemunho de João ao narrar Jesus crucificado entre dois ladrões (Jo 19.18) reforça o cumprimento do que estava escrito em Isaías 53.12: “foi contado com os transgressores”. Assim, o justo se fez solidário com os injustos, revelando a profundidade da graça.

Autores como Leon Morris (The Cross in the New Testament) destacam que a cruz é ao mesmo tempo “o lugar de maior maldade humana e da mais profunda revelação do amor divino”.

Aplicação

  • A cruz lembra que não foi a injustiça humana que manteve Cristo ali, mas o amor voluntário por nós.
  • Somos chamados a viver diariamente em gratidão, carregando também a nossa cruz (Lc 9.23).
  • O cristão não pode reduzir a cruz a mero símbolo cultural: ela é o sinal da reconciliação e da vitória sobre o pecado.

1.3. A morte do Filho de Deus

O vocábulo grego para “morte”, θάνατος (thánatos), aqui não se refere apenas ao cessar da vida biológica, mas à entrega voluntária de Jesus. Em João 19.30, o verbo usado é τετέλεσται (tetélestai) — “está consumado” — no perfeito, indicando uma ação plena e definitiva, cujos efeitos permanecem. Assim, a morte de Cristo não foi derrota, mas consumação do plano eterno de redenção (1Co 15.3-4).

A teologia joanina apresenta a morte de Jesus como cumprimento das Escrituras (Jo 19.36-37; cf. Sl 34.20; Zc 12.10), revelando que nada foi acidental. Sua morte é vicária (em nosso lugar), sacrificial (como oferta), e substitutiva (levando sobre Si as nossas iniquidades).

O testemunho do ladrão arrependido (Lc 23.42-43) confirma a autoridade de Cristo, mesmo em agonia, para garantir a salvação. Como observa John Stott em A Cruz de Cristo, “no momento de maior fraqueza, Jesus exerceu a mais extraordinária autoridade — a de conceder a vida eterna”.

Aplicação

  • A morte de Cristo nos chama a viver em obediência, sabendo que fomos comprados por preço (1Co 6.20).
  • O evangelho não é uma filosofia de vida, mas a proclamação de que o Filho de Deus morreu e ressuscitou para nos reconciliar com o Pai.
  • A certeza do “está consumado” nos livra da ansiedade de tentar conquistar a salvação por méritos humanos.

Tabela Expositiva

Seção

Referência

Palavra-chave (grego/hebraico)

Enfoque Teológico

Aplicação

Crucificação

Jo 19.18; 1Pe 2.24

σταυρόω (stauróō) – crucificar

Expiação substitutiva, cumprimento de Isaías 53.

A cruz é símbolo de amor e reconciliação.

Entre ladrões

Jo 19.18; Is 53.12

παράνομος – transgressor

Cristo se identificou com pecadores.

Jesus se fez solidário com os marginalizados.

Perdão e milagres

Jo 4; 8; 9; 11

ἄφεσις (aphesis) – perdão; σημεῖον (sēmeion) – sinal

Jesus já revelava autoridade sobre pecado e morte.

O Cristo que morreu é o mesmo que perdoa e cura.

Morte

Jo 19.30; Is 53.4-5

τετέλεσται (tetélestai) – está consumado

Morte vicária, sacrificial e substitutiva.

O crente descansa na obra completa de Cristo.

Autoridade na cruz

Lc 23.42-43

βασιλεία (basileia) – reino

Cristo concede vida eterna mesmo em agonia.

A salvação é dom gratuito em qualquer circunstância.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1. O sepulcro vazio como sinal da ressurreição

O relato de João 20.1–2 destaca que Maria Madalena chega ao sepulcro ainda escuro (πρωῒ σκοτίας ἔτι οὔσης, prōi skotias eti ousēs), e encontra a pedra removida (ἠρμένον, hērmenon do verbo airō, “levantar, remover”).

O sepulcro vazio não é prova absoluta da ressurreição, mas é sinal decisivo que prepara os discípulos para a revelação plena (Jo 20.8–9). O texto enfatiza que Maria ainda não compreendia as Escrituras (οὐδέπω ᾔδεισαν τὴν γραφήν, oudepō ēdeisan tēn graphēn), mostrando que a fé pascal nasce não apenas da experiência sensorial, mas do encontro com Cristo ressuscitado e da iluminação da Palavra.


2. Maria Madalena e a transformação pelo encontro com Cristo

Lucas 8.2 descreve Maria como aquela de quem Jesus expulsara “sete demônios” (ἑπτὰ δαιμόνια, hepta daimonia), número que sugere plenitude da opressão espiritual. A transformação de Maria em seguidora fiel exemplifica o poder libertador de Cristo.

Sua presença no túmulo vazio revela:

  • A fidelidade das mulheres como primeiras testemunhas (contracultural no contexto do séc. I, onde o testemunho feminino tinha pouco valor jurídico);
  • A graça de Deus que escolhe aqueles antes desprezados para serem os primeiros a anunciar a vitória sobre a morte.

3. Teologia paulina da ressurreição

Paulo é categórico:

  • Sem ressurreição, a fé é vã (ματαία, mataia = vazia, inútil; 1Co 15.17).
  • O cristianismo não seria apenas um engano piedoso, mas a maior farsa.
  • Com a ressurreição, temos vida abundante (Jo 10.10) e a certeza de que “aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos vivificará também os vossos corpos mortais” (Rm 8.11).

A ressurreição é, portanto, o fundamento da esperança cristã (ἐλπίς, elpis = esperança firme, confiante).


4. Significado teológico do sepulcro vazio

  1. Vitória sobre a morte — O túmulo vazio confirma a derrota do último inimigo (1Co 15.26).
  2. Autenticidade de Jesus como Filho de Deus — A ressurreição é a vindicação divina (Rm 1.4).
  3. Segurança da fé cristã — O cristianismo não se baseia em ideias abstratas, mas em um evento histórico-escatológico.
  4. Esperança futura — O sepulcro vazio antecipa a ressurreição dos crentes (1Ts 4.14).

5. Aplicação pessoal

  • O sepulcro vazio nos lembra que nossas dores não são finais — Cristo venceu o maior inimigo.
  • A transformação de Maria Madalena nos mostra que ninguém está fora do alcance da graça: quem foi dominado pelo mal pode se tornar testemunha da vitória.
  • A ressurreição nos convida a viver com esperança ativa, não apenas olhando para a vida eterna, mas experimentando já aqui a vida abundante.
  • Assim como Maria correu para anunciar, nós também devemos ser mensageiros da ressurreição em um mundo marcado pelo desespero.

Referências Acadêmicas


Tabela Expositiva – O Sepulcro Vazio

Aspecto

Texto

Palavra-chave (grego/hebraico)

Observação Teológica

Aplicação

O túmulo

Jo 20.1

πρωῒ σκοτίας (prōi skotias) = madrugada, ainda escuro

O vazio do túmulo prepara a revelação da vitória

Deus age mesmo quando ainda está “escuro” em nossa vida

A pedra removida

Jo 20.1

ἠρμένον (hērmenon) = removida, retirada

O impedimento foi removido pelo poder de Deus

Nada pode barrar a ação do Senhor em nos dar vida nova

Maria Madalena

Jo 20.1–2; Lc 8.2

δαιμόνια (daimonia) = espíritos malignos

A transformada torna-se a primeira testemunha

A graça transforma nossa história e nos torna testemunhas

Incredulidade inicial

Jo 20.9

γραφή (graphē) = Escritura

A fé pascal se ancora na Palavra cumprida

Nossa fé precisa se firmar na Escritura, não só em sinais

Fundamento da fé

1Co 15.14–17

μάταιος (mataios) = vazio, inútil

Sem ressurreição, não há cristianismo

A fé cristã é sólida porque Cristo vive

Esperança viva

Rm 8.11; 2Tm 2.8

ἐλπίς (elpis) = esperança

A ressurreição garante a vida abundante e futura

Vivemos hoje com esperança ativa e missionária

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

2.2 João e Pedro no túmulo vazio — exegese e significado

Leitura do relato (João 20.2–9) — o narrador e os detalhes

Maria Madalena corre para informar Pedro e “o outro discípulo, a quem Jesus amava” (o discípulo amado) que “tiraram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram” (Jo 20.2). Pedro e o discípulo amado correm ao túmulo. O outro discípulo chega primeiro, inclina-se e vê os panos funerários; Pedro entra, vê os panos; o outro entra, vê e crê (εἶδεν καὶ ἐπίστευσεν, Jo 20.8). João faz notar o detalhe peculiar: o soudarion/σουδάριον (o lenço da cabeça) não estava com os lençóis, mas «enrolado num lugar à parte» — indício de que não houve desordem típica de furto, mas de saída ordenada.

Análise lexical (grego) — termos que importam

  • ἔδραμε / ἔτρεξαν (dramein/trechein) — correr; João descreve a pressa, o movimento impulsivo provocado pela notícia.
  • εἶδεν (eiden) — “viu” (do verbo ὁράω/οἶδα), verbo de percepção imediata.
  • εἰσῆλθεν / εἰσῆλθον (eisēlthen) — “entrou”; Pedro entra no sepulcro — ação decisiva.
  • ὀθόνια (othonia) — “lençóis, panos funerários” (plural): evidencia material do sepulcro.
  • σουδάριον (soudarion) — “lenço, sudário” (sobre a cabeça) — distinto dos ὀθόνια; a posição enrolada indica ordem e propósito.
  • ἐπίστευσεν (episteusen) — “ele creu” (aqui João sintetiza a conclusão de fé do discípulo amado ao ver os sinais).
  • οὐκέτι ᾔδεισαν τὴν γραφήν (ouketi ēdeisan tēn graphēn) — já visto: “ainda não haviam compreendido as Escrituras” (Jo 20.9), mostrando que ver e entender são etapas distintas.

Por que os detalhes importam?

  • A descrição dos lençóis e do lenço enrolado é uma evidência narrativa que indica que o corpo não foi simplesmente removido por ladrões (a bagunça do furto não aparece). João sugere uma saída controlada: a pessoa que saiu deixou os panos no lugar, e o lenço arrumado à parte como quem terminara um trabalho.
  • A cena dramatiza dois tipos de reação: Pedro (o impetuoso) entra e investiga; o discípulo amado observa, entra e crê. João mostra que a fé surge quando os olhos encontram sinais que o Espírito interpreta — não é sentimento vago, mas convicção diante de fatos que apontam para um evento transformador.

O relato de João 20:2-9 é marcado por testemunho ocular. O discípulo amado sublinha os detalhes: quem chegou primeiro, quem entrou, o que viram e como reagiram. A ênfase não está apenas no vazio do sepulcro, mas na ordem dos sinais deixados: os othónia (ὀθόνια – panos de linho funerário) e o soudárion (σουδάριον – lenço usado para a cabeça) arrumado à parte (Jo 20.7).


Esse detalhe exclui a hipótese de roubo ou violação, pois ladrões não perderiam tempo em enrolar o sudário de forma organizada. Como diz Ralph Earle & Joseph Mayfield, João registra um fato concreto e sutil que aponta para a vitória de Cristo sobre a morte de forma consciente e gloriosa.


A reação também é importante: João vê (eiden) e crê (episteusen). O verbo “crer” (πιστεύω, pisteuō) aqui denota confiança e entrega. Ele não apenas constatou o vazio, mas creu que a morte havia sido vencida. Pedro, mais impulsivo, entra primeiro, mas João é quem chega à fé — mostrando que ver não basta, é preciso interpretar os sinais à luz da promessa.

👉 Aplicação: Muitas vezes somos como Pedro e João — diante de evidências do agir de Deus, alguns demoram mais a crer, outros confiam de imediato. A fé cristã não se baseia em especulação, mas em sinais concretos que apontam para a ação de Deus. O sepulcro vazio continua sendo o maior sinal de que a morte foi derrotada.


2.3 A Ressurreição de Jesus: centro da mensagem cristã

A ressurreição não é apenas um evento isolado, mas o fundamento da fé cristã. Sem ela, Paulo afirma que a pregação e a fé seriam “vãs” (kenē, κενή – vazia, sem efeito, 1Co 15.14).

Nos discursos apostólicos de Atos (At 2.24-36; 3.15; 4.10,33), a ressurreição é proclamada como cumprimento das Escrituras e como centro do Evangelho. Ela não só garante perdão e justificação (Rm 4.25), mas inaugura uma nova vida: somos regenerados “para uma viva esperança pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1Pe 1.3).

F.F. Bruce destaca que João poderia ter encerrado sua narrativa com “Está consumado” (Jo 19.30), mas o evangelista enfatiza que a obra de Cristo só é plenamente revelada na ressurreição. A morte foi o clímax do sacrifício, mas a ressurreição é a confirmação divina de que o sacrifício foi aceito.

👉 Aplicação: Nossa fé não está em um Cristo morto, mas em um Salvador vivo. Isso transforma nossa esperança, nossa ética e nossa missão. O cristão não teme o futuro porque já sabe que a morte foi vencida. Isso também nos move a testemunhar, como os apóstolos, que Jesus está vivo e continua transformando vidas.


Referências acadêmicas


Tabela Expositiva

Ponto

Texto

Palavra-chave (grego)

Teologia

Aplicação

João vê e crê

Jo 20.2-8

πιστεύω (pisteuō) – crer

Fé nasce do encontro com os sinais da ressurreição

Ver não basta: é preciso crer no agir de Deus

Lençóis e sudário

Jo 20.7

ὀθόνια (othonia) / σουδάριον (soudárion)

Ordem indica que não houve roubo, mas ressurreição gloriosa

Cristo não foi vencido, mas venceu a morte

Ressurreição anunciada

At 2.24-36

ἀνάστασις (anástasis) – ressurreição

Centro da pregação apostólica, cumprimento das Escrituras

Nossa fé repousa em um fato histórico: Jesus ressuscitou

Fé sem ressurreição é vã

1Co 15.14

κενή (kenē) – vazia, inútil

Sem ressurreição, não há Evangelho

A fé cristã tem fundamento sólido e vivo

Esperança viva

1Pe 1.3

ζῶσαν ἐλπίδα (zōsan elpida) – viva esperança

Ressurreição gera vida nova e esperança futura

O cristão vive hoje com os olhos na eternidade

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

3. As testemunhas da Ressurreição

As aparições do Cristo ressurreto não são apenas fatos históricos, mas sinais teológicos que fundamentam a fé cristã (1Co 15.3-8). O termo grego usado por Paulo para “aparecer” é ὤφθη (ōphthē), aoristo passivo de ὁράω (“ver”), que carrega a ideia de uma revelação objetiva, não de mera experiência subjetiva.

Autores como N.T. Wright (The Resurrection of the Son of God) e Gary Habermas ressaltam que o consenso acadêmico, inclusive entre críticos, reconhece que os discípulos tiveram experiências reais que eles interpretaram como aparições do Cristo ressurreto.

As aparições a diferentes pessoas e grupos, em locais e circunstâncias distintas, confirmam a natureza corpórea e histórica da ressurreição, não como alucinação, mas como cumprimento das Escrituras.


3.1. Jesus aparece a Maria Madalena (Jo 20.11-18)

Maria é a primeira testemunha da ressurreição, algo notável em um contexto em que o testemunho feminino era socialmente desvalorizado. Isso mostra a autenticidade do relato e a inversão dos padrões humanos pelo evangelho.

  • O verbo usado em Jo 20.14, θεωρεῖ (theōreî), significa “observar atentamente”, indicando que Maria olhava mas não compreendia.
  • Quando Jesus a chama pelo nome (Jo 20.16), o verbo φωνεῖ (phōneî) ressalta a intimidade do chamado. O reconhecimento se dá não pela visão, mas pela relação pessoal.
  • A resposta de Maria, ῥαββουνί (rabbouní), é aramaico e significa “meu mestre”. O pronome possessivo embutido expressa afeição e devoção.

Teologicamente, essa cena ecoa o ensino de João 10.3: “as ovelhas ouvem a sua voz... e ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora”. O reconhecimento do Ressuscitado vem pela voz que chama.

Segundo Rudolf Schnackenburg (The Gospel According to St. John), Maria Madalena é a “apóstola dos apóstolos”, pois recebe de Cristo a missão de anunciar a ressurreição aos discípulos.


Aplicação pessoal

  1. Cristo nos encontra em nossa dor – Mesmo em lágrimas, Maria foi surpreendida pelo Ressuscitado.
  2. O chamado é pessoal – Jesus conhece e chama cada discípulo pelo nome.
  3. A fé transforma pranto em proclamação – Maria passa de luto à missionária do primeiro anúncio da ressurreição.
  4. Devoção antes de compreensão – Muitas vezes não entendemos plenamente a obra de Cristo, mas somos convidados a crer e anunciar.


Tabela Expositiva

Referência

Palavra-chave (grego/hebraico)

Observação exegética

Aplicação prática

Jo 20.11

θεωρέω (theōréō) – observar atentamente

Maria vê, mas não compreende a realidade espiritual

Muitas vezes olhamos sem discernir; precisamos da revelação de Cristo

Jo 20.14

θεωρεῖ / βλέπει

Ela vê Jesus, mas não o reconhece

A dor pode cegar a visão espiritual

Jo 20.16

ῥαββουνί (rabbouní) – meu mestre

Reconhecimento pela voz, não pela visão

Ovelhas reconhecem a voz do Bom Pastor

Jo 20.17

ἀναβαίνω (anabaínō) – subir

Jesus anuncia sua ascensão ao Pai

A ressurreição aponta para a exaltação de Cristo

Jo 20.18

ἑώρακα τὸν κύριον (heōraka ton kyrion) – “vi o Senhor”

Maria torna-se a primeira mensageira da ressurreição

O encontro com Cristo gera missão e testemunho

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

3.2 — Jesus aparece a dez dos onze discípulos

Exegese e análise lexical (grego)

  • εἰσῆλθεν / ἦν ἐν τῷ μέσω αὐτῶν — João enfatiza que Jesus “entrou” num espaço com portas fechadas e “pôs-se no meio” (μέσος). O verbo indica uma ação de ir-ao-encontro; “pôr-se no meio” sublinha a sua presença comunitária e reconciliadora.
  • Εἰρήνη ὑμῖν — saudação pascal. Palavra de paz (eirēnē) remete à restauração integral: não apenas ausência de guerra, mas bem-estar relacional e reconciliamento com Deus.
  • δεικνύει τὰς χεῖρας καὶ τὸ πλευρόν — mostrar as mãos e o lado (χείρ, πλευρά) é mostrar as marcas corporais do sofrimento e da vitória. João usa esses sinais como índices de identidade — o Ressuscitado continua o mesmo indivíduo que sofreu.
  • O verbo ἐχάρησαν (alegraram-se) registra a reação imediata: do medo à alegria. A sequência medo → presença → paz → confirmação sensorial → júbilo é programada narrativamente para ensinar algo sobre a vida da comunidade pós-Pascal.

Observações teológicas

  1. Natureza do corpo ressuscitado — João deliberadamente mostra tanto continuidade (marcas, comer em Lucas) quanto transfiguração (capacidade de entrar portas fechadas): o corpo ressuscitado é corporal e histórico, mas transformado. Esse padrão corresponde ao ensino paulino sobre corpo “psíquico” → “espiritual” (1Co 15).
  2. Reconstituição da comunidade — Jesus aparece “no meio” de um grupo ferido e dissociado; a aparição é gesto de restauração: reconciliação entre os discípulos, remoção do medo, reorientação missionária.
  3. Autoridade e missão — a saudação de paz vem acompanhada em João por atos que delegam missão (ex.: João 20:22–23; “soprar” o Espírito e autoridade de anunciar perdão). A aparição não é espetáculo pessoal, mas constituição de uma comunidade enviada.

Implicações práticas

  • A presença de Cristo cura o medo e legitima a missão mesmo quando a comunidade está frágil.
  • A fé cristã é fundada em um encontro real com um pessoa corpórea; testemunho apostólico baseia-se nisso.
  • A saudação “Paz” precede a missão: reconciliação é pré-condição para proclamar.


3.3 — Jesus aparece aos onze (Tomé presente)

Exegese e análise lexical (grego)

  • Ὀκτὼ ἡμέραι μετὰ — João marca o tempo: oito dias depois. O detalhe cronológico serve para mostrar repetição e confirmação da aparição; não é um evento isolado.
  • πάλιν ἦλθεν ὁ Ἰησοῦς, καὶ τὰς θύρας κεκλεισμένας εἰσῆλθεν — novamente entra com portas fechadas. A repetição sublinha a intenção: disponibilidade para aqueles que o recebem.
  • A fala a Tomé: βάλε τὸν δάκτυλόν σου... (pôr o dedo; ἴδε τὰς χεῖράς μου; βάλε τὴν χεῖρα) — gesto pedagógico: Jesus convida Tomé a verificar as marcas. O convite mostra que a fé pode dialogar com a evidência sensorial; Jesus não pune a dúvida com desprezo, mas a encara pastoralmente.
  • μή γίνου ἄπιστος ἀλλὰ πιστός — contraste entre incredulidade e fé: Jesus chama Tomé a mover-se do ceticismo para a confiança arrependida.
  • Ὁ Κύριός μου καὶ ὁ Θεός μου — declaração teológica de Tomé (κύριος/θεός): confissão explícita da divindade e senhorio do Ressuscitado; em João, essa confissão é alta cristologia.

Observações teológicas

  1. Dignidade da dúvida tratada pastoralmente — Tomé não é execrado; é confrontado com as evidências e conduz à confissão. Isso demonstra que a comunidade cristã pode e deve tratar a dúvida com paciência e provas, não com escárnio.
  2. Confissão cristológica — a exclamação de Tomé é uma das mais claras confissões do Novo Testamento sobre a divindade do Ressuscitado. João a coloca como culminação: reconhecer o Senhor como “meu” e “Deus meu” tem consequências soteriológicas e trinitárias.
  3. Fé para além da visão — Jesus conclui com uma bênção sobre os que crerem sem ver (Jo 20:29): afirmação de uma modalidade válida de fé (confiar sem ver) que caracteriza a comunidade cristã futura.

Implicações práticas

  • É legítimo levar dúvidas a Cristo; Ele confronta, convida e converte a dúvida em confissão.
  • A fé madura inclui reconhecimento da pessoa de Cristo como Senhor e Deus, não apenas aceitação moral.
  • A bênção de Jesus aos que creem sem ver legitima a confiança dos crentes presentes e futuros — a tradição apostólica cujo fundamento é testemunho ocular.


Tabela expositiva (resumo: 3.2 e 3.3)

Cena

Texto-chave/elemento

Palavra(s) grega(s)

Observação exegética

Relevância teológica

Aplicação prática

3.2 — Aparição aos dez

Jesus entra a portas fechadas; “Paz”; mostra mãos e lado

εἰσῆλθεν; εἰρήνη ὑμῖν; χεῖρες, πλευρά

Continuidade corporal (marcas) + novidade (entra portas fechadas)

Corpo ressuscitado: real e transformado; restauração comunitária

Cristo cura medo — missão nasce da paz recebida

3.2 — Reação dos discípulos

Alegria após ver o Senhor

ἐχάρησαν

Alegria como resposta teologal ao encontro pascal

Testemunho apostólico nasce do encontro

Cultivar alegria e coragem missionária

3.3 — Aparição a Tomé

Convite a tocar; repreensão pastoral; confissão: “Senhor e Deus”

βάλε τὸν δάκτυλόν σου; μή γίνου ἄπιστος ἀλλὰ πιστός; Κύριος, Θεός

Jesus trata a dúvida com evidência; Tomé confessa divindade

Fé cristã envolve reconhecimento pessoal e adoracional

Levar dúvidas a Cristo; discipulado que esclarece e aponta à confissão

3.3 — Bênção aos que creem sem ver

Palavra de Jesus sobre os futuros crentes

μακάριοι οἱ μὴ ἰδόντες καὶ πιστεύσαντες

A comunidade do testemunho é legitimada mesmo sem visão ocular

Valida-se a fé apostólica transmitida por testemunho

Confiar no testemunho apostólico; viver como igreja de missão

Referências acadêmicas recomendadas (para aprofundamento)

Aplicações pessoais e pastorais diretas

  1. Comunidade em crise — quando a igreja tem portas “fechadas” pelo medo, a presença de Cristo (a paz) precede e habilita a missão. Pastores: proclamar a paz e reconstituir a esperança.
  2. Lidar com dúvidas — não humilhar o que duvida; oferecer diálogo, evidência, convite ao encontro. A pastoral de Tomé é modelo de como transformar ceticismo em confissão.
  3. Confissão pública e intimidade — Tomé demonstra que a fé verdadeira é tanto confessional (“Senhor e Deus”) quanto relacional (“meu Senhor”). O discipulado visa crescer nas duas direções.
  4. Missão baseada em testemunho — a bênção sobre os que crerem sem ver legitima a proclamação apostólica: o corpo de crentes vive e se multiplica por meio do testemunho que anuncia o evento pascal.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Conclusão

A consumação da obra redentora em Cristo encontra sua culminação na ressurreição. A palavra grega usada no Novo Testamento é anástasis (ἀνάστασις), que significa literalmente “levantar-se de novo” (cf. 1Co 15.21). Ela não se refere apenas ao retorno físico da morte, mas ao início de uma nova realidade escatológica em que a vitória sobre o pecado e a morte se torna definitiva (Rm 6.9).

A crucificação (σταυρός, staurós) e a ressurreição estão inseparavelmente ligadas no plano divino. Enquanto a cruz manifesta a profundidade do amor sacrificial de Cristo (Jo 3.16), a ressurreição demonstra a aceitação do sacrifício pelo Pai (Rm 4.25). Como bem observa N. T. Wright (The Resurrection of the Son of God, 2003), a ressurreição não foi apenas um “sinal de continuidade da vida de Jesus”, mas o ato central de Deus inaugurando a nova criação e validando a identidade messiânica do Filho.

Além disso, Paulo declara que, se Cristo não tivesse ressuscitado, “vã seria a nossa fé” (1Co 15.17). Essa afirmação enfatiza que a ressurreição é o fundamento epistemológico e teológico do cristianismo. O termo grego kenós (κενός), traduzido por “vão”, denota algo sem conteúdo ou propósito. Assim, sem a ressurreição, a fé cristã seria esvaziada de sentido.

Do ponto de vista pastoral, a ressurreição oferece ao crente esperança escatológica. A vitória de Cristo sobre a morte é também a garantia de nossa futura ressurreição (1Ts 4.14). Como observa Wiersbe (Comentário Bíblico Expositivo, 2016, p. 695), “o túmulo vazio é a maior prova de que o crente não luta por uma vitória, mas a partir da vitória já conquistada em Cristo”.

Aplicação Pessoal

  • O cristão é chamado a viver diariamente sob a realidade da vitória de Cristo, não mais dominado pelo medo da morte.
  • A ressurreição convida o crente a testemunhar com ousadia, pois anuncia que Jesus está vivo e ativo na história.
  • Assim como os discípulos foram comissionados após verem o Cristo ressurreto, também hoje somos enviados ao mundo como proclamadores da vida eterna.

Tabela Expositiva – Conclusão

Tema Central

Palavra-Chave

Referência

Ensinamento Teológico

Aplicação Pessoal

A ressurreição como clímax do plano divino

ἀνάστασις (anástasis) – levantar-se de novo

1Co 15.21

Marca o início da nova criação e valida a obra de Cristo

Viver com esperança na vida eterna

A cruz e a ressurreição como unidade redentora

σταυρός (staurós) – cruz

Jo 3.16; Rm 4.25

A cruz revela o amor, a ressurreição confirma a aceitação divina

Testemunhar a obra completa de Cristo

A fé fundamentada na ressurreição

κενός (kenós) – vão, sem valor

1Co 15.17

Sem a ressurreição, a fé cristã não teria fundamento

Permanecer firmes na fé em Cristo ressuscitado

Esperança escatológica

ζωὴ αἰώνιος (zoē aiōnios) – vida eterna

1Ts 4.14

A vitória de Cristo é garantia da nossa vitória futura

Enfrentar a morte com confiança e coragem

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Ev. Hubner BrazÉ escritor, professor, blogueiro, baxteriano. Vivendo para o Reino de Deus. Trabalhando incansavelmente para deixar o blog sempre atualizado abençoando e evangelizando as vidas que acessam este espaço de aprendizado cristão. Criador do projeto Pecador Confesso e tem se destacado em palestras e cursos para jovens, casais, obreiros e missões urbanas | (Tecnologia WordPress).

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Ossada,3,Joás,1,JOEL,2,John Piper,1,John Stott,1,Jonas,4,Joquebede,3,Jornada,9,Jornal da Record,1,José,11,José Wellington,1,Josh McDowell,1,Josias,2,Josue,8,Josué,9,Jotta A,1,Jotta A lança 1º CD em culto evangélico,1,Jovem,257,Jovens,276,Judá,2,Judá e Tamar,1,Judas,1,Juízes,13,Juízo,1,Juízo Final,7,Julgamento,5,Julgamento Final,2,julgar,1,Julio de Sorocaba,1,Julio Severo,1,Juniores,50,Juramento,1,Justiça,4,Justo,1,Juvenis,36,Karkom,1,Karl Marx,1,Karma,1,Katy Perry,1,Kelly Medeiros,1,Kenneth E. Hagin,1,kids,12,Kopimism,1,Lançamento,3,Lanna Holder,2,Layssa Kelly,1,Lázaro,7,Lei,5,Léia e Jacó,7,Leilão,3,Leis,2,Leitor,1,Leitora,1,Leitura,9,LEITURA BÍBLICA,3,Lembrancinhas,1,LeNovo,1,Lepra,1,Ler a Bíblia em 42 dias,3,Lésbica,1,leva Mr Catra e Sarah Sheeva para falar sobre infidelidade: “Para Deus pode tudo”. Assista ao vídeo,1,Levítico,1,Liberdade,16,Libertação,1,Libertador,5,Libertinagem,1,Libertos,2,Lição,25,Lição 5,1,Lições,1,Lições Bíblicas,30,Lições Bíblicas da BETEL,497,Lições Bíblicas da CPAD,666,Lições de Vida,28,Líder,8,Líder Adolescente,29,Líder Jovem,30,Liderança,16,Líderes,3,Lídia,1,LinkedIn,1,Lino,1,Lista,2,Litoral,1,Liverpool,1,livre,5,Livre Arbítrio,7,Livres,2,Livro,77,Livro do Trono,5,Livro em Audio,7,Livro Selado,2,Livros - Comentarios,100,Livros Evangelicos,50,livros poéticos,13,Localização,1,Logos,1,Loide,3,Loira,1,Longanimidade,1,Lopes,1,Louco,1,Louvor,10,LSD,1,Lua Nova,1,Lucas,15,Lucifer,1,Lutando,1,Lutas Marciais Mistas,1,Luto,7,Luz,1,Luz do mundo,2,Lya Luft,1,MacBook Air,1,machine learning,1,Maçonaria,1,Maconha,1,Madame de Stael,1,Mãe de Moises,9,‪Magia,1,Magogue,2,Maias,1,Mal,4,Malala,1,Malaquias,4,Manancial,1,Mandamento,8,Manifestação,4,Manifestação em Cristo,2,Manual de missões,23,Mãos,2,Maquiagem,2,Marcador de Páginas,1,Marcas,3,Marcha Para Jesus,2,Marco Pereira,1,Marcos Pereira,2,Mardoqueu,7,Maria Madalena,2,Mário Quintana,2,Martinho Lutero,14,Mártir,2,Mártires Cristãos,4,Massacre,1,Masturbação,7,Materialismo,1,maternal,23,Mateus,2,Matityáhu,1,Matrimonio,7,maturidade cristã,8,Max Lucado,2,Meditação,1,Mega Sena da Virada com Fé,1,Melhor Bíblia de Estudo,11,Melhores Blogs,3,Melhores Sites,4,Meninos de Rua,1,Menor,1,Mensagem,5,MENSAGENS,2,Mensagens para SMS,12,Mensagens SMS,2,Mensal,2,Messias,3,Mestre,4,Mesulão,1,metaverso,1,Meteoro,1,Metusalém,1,Michelle Bolsonaro,1,Mídias Sociais,2,Milagres,17,Milênio,3,Milionário,1,Millôr Fernandes,1,Milton,1,Minas,1,Ministério,25,Ministério Público Federal,2,Miqueias,3,Miriã,2,Misericórdia,6,Missão,45,Missiologia,31,Missionário,29,Missões,25,Mistério,1,Mitologia,1,Mitos,1,MMA,1,Mobilização,2,Moda Bíblica,2,Moda Cristã,2,Moda Evangélica,2,Modelo,3,Modelos,1,Moisés,26,Monarquia,3,Monte,4,Monte Tabor,1,Moralismo,1,Mordomia,9,Mordomo,1,Morrer,2,morte,14,Mortos,3,Motim,6,Motivos,1,Movimento,1,Muda,1,Mulçumano,1,Mulher,19,Mulher de Potifar,13,Mulheres,20,multiplicação,1,Mundo,9,Muro,1,Muros,1,Musica,8,Naama,1,Nacional,3,Namorado,18,Namorar,34,Namoro,115,Não,1,Não Prometeu,2,Nascença,2,Nascimento,4,Natureza,13,Naum,2,Necessidade,2,Neemias,4,Negar,2,Neimar de Barros,5,nem Cristo a Derrotaria,1,Neopentecostal,4,NetFlix,1,Nicodemus,10,Nigéria,1,Nínive,1,Ninrode,1,No Fundo Do Poço,1,Noadia,1,Noé,1,Nome,2,Nome de Bebê,1,Nomes,2,Nora,2,Normalização,3,Norte,1,Noruega,1,Nota,2,Notícia gospel,106,Notícias Gospel,250,Nova,17,Novas Lições,2,Novela,2,Novo,5,Novo Testamento,6,Novos Céus e Nova Terra,12,Novos Convertidos,15,Novos Valores,2,nutricionista,1,Nuvem,1,NX Zero,1,O adeus,1,O beijo de Vancouver,1,O Bom Samaritano,3,O Bom Travesti,1,O casamento negro,2,O Exército de Cleycianne,1,O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA,6,O MINISTÉRIO DE PASTOR,18,O Quarto da Porta Vermelha,1,O que é visível e apenas o avesso da Realidade,1,Obadias,2,Obede-Edom,2,Obediência,24,Obesidade,1,Obra,4,Obras,14,obreiro,2,Obstáculos,1,Odio,1,Ofertada,9,Ofertas,10,Oficial,1,Olhando para direção errada,1,Olhar,3,Onde Estiver,1,ônibus,1,Onipotente,1,Onipresente,7,Onisciente,1,Online,1,Onri,1,ONU,1,Opinião,1,Opinião dos Outros,2,Oposição,1,Opressão,1,Oração,30,Orando,1,Orar,4,Orfanato,1,Organização,2,Origem,6,Os Melhores Livros,31,Os Valores do Reino de Deus,3,Oséias,6,Oséias e Gomer,6,Osiel Gomes,5,Outra Chance,3,Ovelha,10,Padrões,1,Paganismo,1,Pagãos,1,Pai,6,Paixão,3,Paixão e Cura,1,Palavra,6,Palavra de Deus,8,Palavras,1,Pandemia,5,Pânico,1,pão,2,Papa,1,Papa Francisco I,1,Papai,6,Papo,1,Paquera,2,Paquistanesa,1,Paquistão,1,Para Sempre,1,Parábolas,34,Paradoxo,2,Paródia Gospel,2,Paródia Gospel da música Kuduro com Jonathan Nemer #RiLitros,1,Participe,1,Partido Trabalhista PT,1,Páscoa,7,Pastor,28,Pastor Paul Mackenzie Nthenge,1,Pastor Presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular,1,Pastor que cheirou a Bíblia como droga diz que essa foi a menor loucura que já fez por ela: “Eu já comi a minha Bíblia”. Assista ao vídeo,1,Pastora,2,Pastores,4,Paternidade,2,Patrick Greene,1,patristicas,2,Paulo,32,Pb. Renan Pierini,1,PDF,131,Pecado,48,Pecador Confesso,16,PECC,139,Pedindo,1,Pedofilia,2,Pedofilo,1,Pedra,1,Pedras,1,Pedro,19,peixe,2,Pelos,1,Pensamento,3,Pentateuco,6,Pentecostal,29,Pentecostes,31,Perda,3,Perdão,14,Perdidos,6,Perfeito,2,Perigo,9,Perigos,7,Perlla,1,Permanecer,1,Permitir,1,Perseguição Religiosa,12,Perseguidor,10,Personalizadas,1,Personalizar Foto,1,Perspectiva,1,Pesquisa,2,Pessoa,2,pessoas,5,Peter Moosleitner,1,Philip Yancey,8,Piada,1,Piercing,2,Pinguins,1,pintar unhas,1,Pira,1,Pirataria,1,Pirralha,1,Pison,1,Planeta Terra,2,Plano de Aula,8,PLANO DE LEITURA BÍBLICA,15,Planos,6,Plantador de Igrejas,2,Play Back,1,playboy,1,Plenitude,13,Poder,4,Poema,3,Poesia,4,Polêmica,4,Poligamia,2,Politica,1,Política,1,Pop Gospel,1,Porção,1,pornô,1,Porque caímos sempre nos mesmos pecados?,12,Portões,1,Posse,1,Possível,1,Posto,1,Povos,15,Pr Gilmar Santos,1,Pr Napoleão Falcão,3,Pr. Alexandre Marinho,1,Pr. Caio Fábio,2,Pr. Carvalho Junior,1,Pr. Ciro Sanches Zibordi,3,Pr. Claudionor de Andrade,1,Pr. Jaime Rosa,1,Pr. Jeremias Albuquerque Rocha,1,Pr. Marcelo Cintra,5,Pr. Marco Feliciano,8,Pr. Mário de Oliveira,1,Pr. Silas Malafaia,12,Pr. Yossef Akiva,1,Pragas,4,Praia,1,Prática,2,Praticar,3,Pré-Adolescentes,24,Preço,1,Predestinação,4,PrefiroBeijarABíblia,1,Pregação,24,Pregadores,6,Premier,1,Premium,1,Preocupar,1,Preparado,8,Preparativos,1,Presbíteros,1,presidente,4,Presídio,1,Prevenção,2,previdência,1,Primário,37,Primeira,2,primeiro,4,Primeiro Amor,18,Primeiro Beijo,5,Primícias,2,Primogênitos,1,Princípios,1,Prioridades,2,Prisão,4,Prisioneiro da Paixão,4,privada,1,Problemas,9,Profecia,22,Professor,22,Profeta,66,Profeta Jeremias,20,Profetas,26,Profetas Menores,36,Profética,4,Profético,9,Programa de Educação Cristã Continuada,1,Programa Na Moral,1,Programa Superpop,1,Progressista,1,Projeto,2,Projeto Cura Gay,2,Promessa,30,Prometida,3,Promoção,5,Promoção Blogosfera Apaixonada,2,Propósito,4,Prosperidade,1,Prostituta,2,Proteção,13,Protesto,1,Provai,1,Provê,1,Proverbios,28,PSDB,1,Pura,1,Purifica,12,Puro,1,Pv 4.23,1,Qualidades,1,Quando Deus diz não,9,Queda,10,Quem segue a Cristo,3,Quem Sou?,1,Querer,2,Querite,1,Raça,1,Racismo,1,Rainha de Sabá,4,Rainha Ester,17,Raptare,1,Raquel,2,Realidade,8,Rebeldia,3,Rebelião,1,Receber,2,Reconciliação,2,Reconstrução,1,Recuperação,1,Rede Globo,2,Rede Insana,2,Redenção,3,Redentora,1,redes neurais,1,reflexão,21,reformado,14,regime,1,Regininha,1,Registro Módico,1,regras,1,Rei,3,Rei Xerxes,1,Reinado,16,Reino,20,Reino de Deus,22,Reino dividido,8,Reino do Messias,7,Reis,3,Rejeição,1,Relacionamento,74,Relativismo,3,Relatos,5,Relógio da Oração,5,Remida,1,Renato Aragão esclarece polêmica sobre seu próximo filme sobre o “segundo filho de Deus” que gerou polêmica nas redes sociais.,1,Renuncia,1,Renúncia,1,Reportagem,2,Resenha,78,Reservado,2,Resguardar,1,Resistir,1,Resplandecer,1,Responde,1,Responsabilidade,2,Resposta,1,resposta bíblica,1,Ressurreição,13,Restauração,7,Restauracionismo,1,Resumo,9,Retorno de Cristo,3,Retribua,1,Reuel Bernardino,1,Rev. Augustus Nicodemus,3,Revelação,5,Revelado,1,Revista,257,revolução industrial,1,Rezar e Amar,1,Richard Baxter,1,Rico,5,Rio Tigre,1,Riqueza,3,Riscos,1,Roboão,1,Rock Gospel,1,Rodolfo Abrantes,1,Romanos,4,Roupas,3,Rubem Alves,1,Ruins,1,Russel Shedd,1,Rute,24,Sá de Barros,3,Sábado,1,Sabatina,3,Sabedoria,31,SABER+,4,Sacerdócio,14,Sacerdotal,13,Sacrifício,4,Sadhu Sundar Singh,1,Safira,2,Safra,1,Sal da Terra,1,Salmos,46,Salomão,12,Salvação,42,Salvador,23,Sambalate,1,Samuel,18,Samuel Mariano,1,Sangue,3,Sangue no Nariz,1,Sansão,3,Santa Ceia,6,Santidade,17,Santificação,27,Santo,5,sapienciais,1,sapiências,1,Sara,2,Sarah Sheva,1,Satanás,7,Saudações,2,Saudades,5,Saul,19,Saulo,2,Savífica,1,Secrets by OneRepublic,1,Segredo,1,Seguidor,1,Seguir,1,Segunda,3,Segundo,1,Segundos,1,Segurança,1,Seita,2,Seja um empreendedor Polishop e ganhe dinheiro sem sair de casa,1,Selada,1,Seleção Brasileira,1,Sem,1,Sem Garantia,1,Semeador,11,Semente,4,Sementes,2,Seminário,1,Senhor,4,Senhorio. Jesus,1,Sensibilidade,1,Sentido da Vida,6,Sentimento,2,Sentimentos,4,Separação,2,Separar,2,Ser,3,será que é pago?,2,Serenata de Amor,1,Série Chá Com Professores,4,Série Dicas de Como Liderar,24,Série Mensagem Subliminar,1,Série Versículos Mal Interpretados,5,Sermão,4,Sermão do Monte,4,Sex,2,Sexo,6,Sexual,4,Sexualidade,11,Sidney Sinai,1,SIFRÁ e PUÁ,1,Significados,4,Silas Malafaia,5,Silêncio no Céu,10,Silk,1,Silk Digital,1,Símbolos,1,Simples,1,Sinal,1,Sincero,1,Sistema,2,Sites,3,Slide PC,2,Slider,462,slides,11,Smartphone começa a ser vendido por operadoras nesta quarta-feira (6). Galaxy S3 é o principal rival do iPhone 4S. Compare os dois modelos,1,SMS Gratuito com WhatsApp para seu Smartphone,1,Soberania,1,SOCEP,3,Sofonias,7,Sofrimento,4,Sogra,3,Soldados,5,Solidão,2,Solidariedade,1,Solução,1,Sonhos,5,Sonhos de Valsa,1,Sono,1,Sono da Alma,10,Sorrir,3,Sorteio,2,Sou,1,Subjugação,1,Sublimação,1,Sublimidade,1,Submissão,5,Subsídio,140,Sucessor,1,Sueca,1,Sujeição,1,Sul,1,Sulamita,5,suprema,2,Surface Pro 2,1,Suspenção,1,Sutiã,1,Sutileza,11,Sutilezas,1,tabela,1,Tabernáculo,4,Tabita,1,Tablet,1,Talentos Cristãos,4,Tarado,1,Tarso,1,Tatuagem,3,TCC,1,Teatro,1,Tecido,1,Tecnologia,2,Tela Cinza,1,Telegram,1,Temas,2,Temática,2,Temor,9,Temperamento,1,Tempestade,2,Templo,3,Tempo,5,Tempo de Viver Coisas Novas,3,Tempos,8,tensorflow,1,Tentação,10,Teologia,32,Teologia da Libertação,3,Termino de Namoro,7,Término do Namoro,2,Termos,1,Terra,4,Terra Prometida,8,Terremoto,1,Testamento,1,Testemunho,23,Thalles Roberto,3,Thalles Roberto comenta da repercussão de música cantada por Ivete Sangalo,1,The Best,1,The Noite,1,Theotônio Freire,1,Tiago,19,Tigres,1,Tim Keller,1,timidez,2,Timna,1,Timóteo,13,Timothy Keller,1,Tipos,14,Tiras,1,Tirinha,4,Tirinhas Gospel,13,Tiro,1,tisbita,1,Títulos,1,Tomas de Aquino,1,Top,2,Top Blogs,4,TOP Canais,1,Top Sites Fotos,3,Top5,2,Torá,1,Tozer,1,TPM,1,Trabalho,4,Tragedias no Rio de Janeiro,1,Traição,2,Transcendência,2,Transfer,1,Transforma,2,Tratando de uma leucemia,1,treinamento,1,Trevas,1,Tribunal de Cristo,2,Tribunal de Justiça,1,Tricotomia,5,Trimestre,2,Trindade,19,Trino,2,Triunfal,1,Trono Branco,5,Tudo vê,1,Túnica,1,Tutelar,1,TV,1,TV Band,2,TV Record,3,Twitter,5,UFC,1,Ultimos Dias,1,Últimos Dias,1,um trono e um segredo,3,Uma crente,1,Uma História de Ficção,79,Unção,3,Ungido,2,Unidade,12,Universo,2,Uno,1,Urias,1,Utensilios,1,Uzá,1,Vagabundo Confesso,29,Valdemiro Santiago,4,Valores,1,Vanilda Bordieri,1,Velhice,3,Velho Testamento,1,Velório,1,Vem,2,Vencendo,2,Vencer,2,Vendedor de Droga,1,Vento,5,Ver Deus,1,Veracidade,13,Verdade,15,Verdadeira,8,Verdadeira História,1,Verdadeiro,4,verdades,1,Versículos,4,Viagem,5,Vício,1,Vida,34,VIDA CRISTÃ,6,Vida depois da morte,14,Vida Pessoal,3,Vidas,1,Vídeo,24,Vigilância,2,vinda,5,Vindouro,3,Vinho,1,Violência,2,Virá,2,Virgem,3,Virgindade,3,Virtude,1,Visão,2,Vitor Hugo,1,Vitória em Cristo,1,Vivendo,1,Viver,8,Voca,1,vocacionados,1,Volta,2,Volta de Cristo,5,Votação,1,Wanda Freire da Costa,1,webdevelops,2,Yehoshua,1,Yeshua,1,YOSHÍA,1,You Tube,2,youtuber,2,Zacarias,4,Zaqueu,1,Zelo,5,
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Pecador Confesso: Lição 11 - A Vitória Sobre a Morte – Jesus Ressuscita Lázaro | 3° Trimestre de 2025 | EBD BETEL
Lição 11 - A Vitória Sobre a Morte – Jesus Ressuscita Lázaro | 3° Trimestre de 2025 | EBD BETEL
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