LEITURA BÍBLICA - Filipenses 4.14-20 14 Apesar disso, vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações. 15 Como vocês sabem, filipen...
14 Apesar disso, vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações.
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COMENTÁRIO EXTRA: Comentários por Hubner Braz
Nesta passagem de Filipenses 4.14-20, o apóstolo Paulo expressa sua gratidão à igreja em Filipos pelo apoio que receberam dele em suas tribulações e viagens missionárias. Vamos analisar cada versículo:
Versículo 14:
Paulo começa agradecendo à igreja de Filipos por terem compartilhado em suas tribulações. Mesmo enfrentando dificuldades, ele valoriza a comunhão que tiveram.
Versículo 15:
Ele lembra aos filipenses que, desde o início de sua jornada no evangelho, quando partiu da Macedônia, foram os únicos que contribuíram financeiramente para seu ministério. Isso mostra a generosidade e o compromisso deles com a obra de Deus.
Versículos 16-18:
Paulo destaca que, enquanto estava em Tessalônica, os filipenses enviaram ajuda não apenas uma vez, mas duas vezes, suprindo suas necessidades. Ele enfatiza que não está em busca de ofertas, mas valoriza o gesto e a generosidade dos filipenses, que é um testemunho de seu amor e devoção.
Ele afirma que recebeu tudo o que precisava e que está completamente suprido, graças aos donativos enviados por Epafrodito. Ele descreve essas ofertas como um aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus. Isso demonstra que as ofertas não são apenas uma ajuda material, mas são vistas por Deus como um ato de adoração e serviço.
Versículo 19:
Paulo compartilha uma promessa encorajadora, afirmando que o próprio Deus suprirá todas as necessidades dos filipenses de acordo com a riqueza gloriosa que temos em Cristo Jesus. Essa promessa reflete a providência divina e o cuidado de Deus para com Seu povo.
Versículo 20:
Ele conclui com uma doxologia, dando toda a glória a Deus, que é nosso Pai, para todo o sempre. Essa expressão de adoração e louvor ressalta a gratidão e a confiança de Paulo no poder e na fidelidade de Deus.
Essa passagem nos ensina sobre a importância da generosidade, do apoio mútuo na comunidade cristã e da confiança na provisão de Deus. Também destaca como nossos atos de serviço e generosidade são vistos por Deus como um sacrifício agradável.
Comentários por Hubner Braz
Nesta passagem de Filipenses 4.14-20, o apóstolo Paulo expressa sua gratidão à igreja em Filipos pelo apoio que receberam dele em suas tribulações e viagens missionárias. Vamos analisar cada versículo:
Versículo 14:
Paulo começa agradecendo à igreja de Filipos por terem compartilhado em suas tribulações. Mesmo enfrentando dificuldades, ele valoriza a comunhão que tiveram.
Versículo 15:
Ele lembra aos filipenses que, desde o início de sua jornada no evangelho, quando partiu da Macedônia, foram os únicos que contribuíram financeiramente para seu ministério. Isso mostra a generosidade e o compromisso deles com a obra de Deus.
Versículos 16-18:
Paulo destaca que, enquanto estava em Tessalônica, os filipenses enviaram ajuda não apenas uma vez, mas duas vezes, suprindo suas necessidades. Ele enfatiza que não está em busca de ofertas, mas valoriza o gesto e a generosidade dos filipenses, que é um testemunho de seu amor e devoção.
Ele afirma que recebeu tudo o que precisava e que está completamente suprido, graças aos donativos enviados por Epafrodito. Ele descreve essas ofertas como um aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus. Isso demonstra que as ofertas não são apenas uma ajuda material, mas são vistas por Deus como um ato de adoração e serviço.
Versículo 19:
Paulo compartilha uma promessa encorajadora, afirmando que o próprio Deus suprirá todas as necessidades dos filipenses de acordo com a riqueza gloriosa que temos em Cristo Jesus. Essa promessa reflete a providência divina e o cuidado de Deus para com Seu povo.
Versículo 20:
Ele conclui com uma doxologia, dando toda a glória a Deus, que é nosso Pai, para todo o sempre. Essa expressão de adoração e louvor ressalta a gratidão e a confiança de Paulo no poder e na fidelidade de Deus.
Essa passagem nos ensina sobre a importância da generosidade, do apoio mútuo na comunidade cristã e da confiança na provisão de Deus. Também destaca como nossos atos de serviço e generosidade são vistos por Deus como um sacrifício agradável.
A MENSAGEM
Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração, não com tristeza nem por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. 2 Coríntios 9.7COMENTÁRIO EXTRA: Comentários por Hubner Braz
Neste versículo, o apóstolo Paulo está encorajando os cristãos em Corinto a contribuírem de forma voluntária e com alegria para ajudar aqueles em necessidade. Vamos analisar a passagem com mais detalhes:
"Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração"
- Paulo enfatiza a liberdade na contribuição. Ele não está impondo um valor específico, mas incentivando cada pessoa a decidir no coração quanto deseja doar. Essa abordagem respeita a individualidade e a motivação de cada crente.
"não com tristeza nem por obrigação"
- Paulo destaca que a doação não deve ser feita por coação ou por um sentimento de obrigação. Não se trata de uma imposição legalista, mas de um ato voluntário que vem do coração. A contribuição deve ser uma expressão de generosidade e amor.
"pois Deus ama quem dá com alegria"
- Aqui, Paulo ressalta a atitude do coração ao dar. Deus valoriza não apenas o ato de doar, mas a atitude com a qual fazemos isso. Ele aprecia quando damos com alegria e generosidade, pois reflete a natureza do próprio Deus, que é o doador por excelência.
Raiz Grega das Palavras:
- Oferta (προσφορά - prosphorá): Refere-se a uma oferta ou presente trazido como uma expressão de devoção ou adoração. É o ato de trazer algo como uma expressão de sacrifício ou serviço a Deus.
- Resolveu (προαιρέομαι - proaireómai): Significa "decidir por si mesmo" ou "escolher". Indica uma decisão pessoal e voluntária, destacando a liberdade na escolha.
- Tristeza (λύπη - lýpē) e Obrigação (ἀνάγκη - anánkē): Paulo contrasta a doação motivada pela alegria com a doação feita por tristeza ou por sentir-se compelido. Ele quer enfatizar que a contribuição deve vir de um coração alegre e voluntário, não por sentir-se pressionado ou obrigado.
- Alegria (χαρά - chará): Refere-se a uma alegria genuína e contentamento interior. É um sentimento de felicidade e satisfação que acompanha a ação de dar com generosidade.
Essa passagem nos ensina sobre a importância da motivação correta ao contribuir para a obra de Deus. Deus valoriza não apenas o ato de dar, mas o coração generoso e alegre por trás desse gesto. Ele se deleita na generosidade que brota de um coração grato e amoroso.
Comentários por Hubner Braz
Neste versículo, o apóstolo Paulo está encorajando os cristãos em Corinto a contribuírem de forma voluntária e com alegria para ajudar aqueles em necessidade. Vamos analisar a passagem com mais detalhes:
"Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração"
- Paulo enfatiza a liberdade na contribuição. Ele não está impondo um valor específico, mas incentivando cada pessoa a decidir no coração quanto deseja doar. Essa abordagem respeita a individualidade e a motivação de cada crente.
"não com tristeza nem por obrigação"
- Paulo destaca que a doação não deve ser feita por coação ou por um sentimento de obrigação. Não se trata de uma imposição legalista, mas de um ato voluntário que vem do coração. A contribuição deve ser uma expressão de generosidade e amor.
"pois Deus ama quem dá com alegria"
- Aqui, Paulo ressalta a atitude do coração ao dar. Deus valoriza não apenas o ato de doar, mas a atitude com a qual fazemos isso. Ele aprecia quando damos com alegria e generosidade, pois reflete a natureza do próprio Deus, que é o doador por excelência.
Raiz Grega das Palavras:
- Oferta (προσφορά - prosphorá): Refere-se a uma oferta ou presente trazido como uma expressão de devoção ou adoração. É o ato de trazer algo como uma expressão de sacrifício ou serviço a Deus.
- Resolveu (προαιρέομαι - proaireómai): Significa "decidir por si mesmo" ou "escolher". Indica uma decisão pessoal e voluntária, destacando a liberdade na escolha.
- Tristeza (λύπη - lýpē) e Obrigação (ἀνάγκη - anánkē): Paulo contrasta a doação motivada pela alegria com a doação feita por tristeza ou por sentir-se compelido. Ele quer enfatizar que a contribuição deve vir de um coração alegre e voluntário, não por sentir-se pressionado ou obrigado.
- Alegria (χαρά - chará): Refere-se a uma alegria genuína e contentamento interior. É um sentimento de felicidade e satisfação que acompanha a ação de dar com generosidade.
Essa passagem nos ensina sobre a importância da motivação correta ao contribuir para a obra de Deus. Deus valoriza não apenas o ato de dar, mas o coração generoso e alegre por trás desse gesto. Ele se deleita na generosidade que brota de um coração grato e amoroso.
DEVOCIONAL
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OBJETIVOS
EI PROFESSOR!
Sabemos que Deus está à procura de verdadeiros adoradores, pessoas que desejam servi-lo com o coração sincero. Assim acontece também em relação à entrega do dízimo e das ofertas. Não se trata apenas de entregar um dinheiro à igreja, e sim de reconhecer que tudo o que temos, o que somos e o que seremos é fruto da ação do Espírito de Deus em nossas vidas. Nesta lição, veremos que o amor é doador. Ele não se preocupa em doar porque não lhe falta. Assim deve ser a nossa gratidão a Deus. Devemos entregar para Ele não aquilo que nos falta ou sobra, e sim o que é prioridade porque Deus deve estar em primeiro lugar nas nossas vidas. Reflita sobre esse tema com seus alunos.
PONTO DE PARTIDA
Professor(a), o grande desafio de muitas pessoas é lidar com o dinheiro. Quanto mais tem , mais apegadas estão aos recursos materiais. Inicie a aula perguntando aos alunos como eles fazem para entregar o dízimo e as ofertas. Eles retiram o valor do que sobra ou separam com antecedência quando o dinheiro chega em suas mãos? Mostre-lhes como era o modelo do Antigo Testamento e o exemplo da Igreja Primitiva nos dias dos apóstolos. Deus não deixava faltar nada porque o coração do povo era inteiro para com Ele. Ressalte que o Senhor é recompensador daqueles que são fiéis à sua Palavra e dedicam suas riquezas para que o Reino de Deus cresça em toda a Terra.
DINAMICA EXTRA: Comentários por Hubner Braz
Nome da Dinâmica: "Cadeia de Complimentos"
Objetivo: Promover o espírito de doação e encorajar os participantes a expressar apreço uns pelos outros.
Materiais necessários:
- Papéis pequenos ou cartões
- Canetas coloridas
Instruções:
- Preparação:
- Distribua papéis pequenos ou cartões e canetas coloridas para cada participante.
- Explicação:
- Explique que nesta atividade, os participantes terão a oportunidade de expressar apreço e amor uns pelos outros através de palavras.
- Passos:
- a. Primeira Rodada:
- Peça para cada participante escrever um elogio ou uma qualidade positiva sobre a pessoa à sua direita.
- Eles devem assinar o próprio nome no final.
- b. Cadeia de Complimentos:
- Após a primeira rodada, os participantes passam o papel com o elogio para a pessoa à sua direita.
- c. Continuação:
- Agora, cada participante deve ler o elogio que recebeu e adicionar outro elogio para a pessoa à sua direita.
- Novamente, eles assinam o próprio nome no final.
- d. Repetição:
- O processo continua até que todos tenham tido a chance de escrever e receber elogios de todos os participantes.
- e. Compartilhamento:
- Ao final, os participantes podem compartilhar seus elogios e apreciações com o grupo, se desejarem.
- Após a dinâmica, promova uma discussão sobre como se sentiram ao receber os elogios e ao escrevê-los para os outros. Destaque a importância de expressar amor e apreço uns pelos outros.
Essa dinâmica ajuda os adolescentes a experimentarem a alegria de doar amor e apreciação uns aos outros, promovendo um ambiente de positividade e encorajamento.
Comentários por Hubner Braz
Nome da Dinâmica: "Cadeia de Complimentos"
Objetivo: Promover o espírito de doação e encorajar os participantes a expressar apreço uns pelos outros.
Materiais necessários:
- Papéis pequenos ou cartões
- Canetas coloridas
Instruções:
- Preparação:
- Distribua papéis pequenos ou cartões e canetas coloridas para cada participante.
- Explicação:
- Explique que nesta atividade, os participantes terão a oportunidade de expressar apreço e amor uns pelos outros através de palavras.
- Passos:
- a. Primeira Rodada:
- Peça para cada participante escrever um elogio ou uma qualidade positiva sobre a pessoa à sua direita.
- Eles devem assinar o próprio nome no final.
- b. Cadeia de Complimentos:
- Após a primeira rodada, os participantes passam o papel com o elogio para a pessoa à sua direita.
- c. Continuação:
- Agora, cada participante deve ler o elogio que recebeu e adicionar outro elogio para a pessoa à sua direita.
- Novamente, eles assinam o próprio nome no final.
- d. Repetição:
- O processo continua até que todos tenham tido a chance de escrever e receber elogios de todos os participantes.
- e. Compartilhamento:
- Ao final, os participantes podem compartilhar seus elogios e apreciações com o grupo, se desejarem.
- Após a dinâmica, promova uma discussão sobre como se sentiram ao receber os elogios e ao escrevê-los para os outros. Destaque a importância de expressar amor e apreço uns pelos outros.
Essa dinâmica ajuda os adolescentes a experimentarem a alegria de doar amor e apreciação uns aos outros, promovendo um ambiente de positividade e encorajamento.
VAMOS DESCOBRIR
A paz do Senhor, amigo(a) adolescente! Qual é a primeira coisa que vem à sua mente quando ouve as palavras “oferta” e “dízimo”? Geralmente, é um assunto que envolve muito desconhecimento em razão das críticas que são feitas a essas práticas adotadas pela igreja. É importante entender o sentido de contribuir com a igreja por meio de valores, alimento ou outros bens. Não se trata de apenas doar quantias financeiras. Tanto as ofertas quanto o dízimo fazem parte do compromisso cristão com a manutenção da Obra de Deus, que precisa de recursos para continuar atuando neste mundo.
HORA DE APRENDER
Nesta lição, veremos o sentido de ofertar e de entregar o dízimo como um reflexo do amor e gratidão que expressamos a Deus pela forma graciosa pela qual Ele tem suprido todas as nossas necessidades. Trata-se de um tema que está presente em toda a Bíblia e, mais do que um compromisso financeiro com a igreja, representa um ato de adoração. Por essa razão é tão importante entendermos o seu significado.
EXTRA: INTRODUÇÃO
Um excelente exemplo de amor doador manifestado no Novo Testamento foi o da Igreja em Filipos. Na carta aos filipenses, o apóstolo Paulo elogiou e agradeceu os donativos enviados por esta Igreja para o seu sustento como obreiro.
Pretendemos analisar a dimensão da generosidade e do amor doador dos cristãos filipenses para extrair lições preciosas e ricas promessas reservadas àqueles que desejarem imitar a nobreza destes irmãos do primeiro século, aplicando-as à nossa relação com a obra de Deus na Igreja.
Este blog foi feito com muito carinho 💝 para você.
Nós abençoe doando uma oferta voluntária de qualquer valor no pix: pecadorconfesso@hotmail.com
I- QUE É OFERTAR
Ofertar é o ato de oferecer algo a Deus em agradecimento. É uma prática presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Quando olhamos a história antiga, a oferta não era algo exclusivo do povo de Israel. Trata-se de uma atividade que diversos povos executavam para suas divindades nos serviços ou cultos religiosos. E quais eram os presentes mais comuns? Sacrifícios de animais, cereais, grãos e dinheiro.
1.1. A oferta é um ato religioso. Se não é algo só do povo de Deus, mas de outros povos também , o que aprendemos com isso? Primeiro, há um lado religioso dentro de cada pessoa; e, segundo, desde a antiguidade o ser humano tem uma inclinação para dar presentes à divindade como forma de gratidão. Se para aqueles que eram ignorantes quanto à fé a prática da oferta era levada à sério, quanto mais àqueles que servem e adoram ao “Deus Vivo”, o “Rei dos reis” e “Senhor dos senhores”. O Senhor é digno da nossa gratidão e adoração (1 Rs 18.22-39).
1.2. É um ato de adoração a Deus. O ser humano foi formado do pó da terra e se tornou ser vivo porque Deus concedeu a respiração a Adão com o seu sopro no nariz (Gn 2.7). Há, portanto, uma ligação natural entre o ser humano e Deus, ou seja, a vontade de estar perto do Criador e a dependência dEle está dentro de cada pessoa. Se, então, buscar a Deus e agradá-lo com ofertas é algo que se faz naturalmente, de que maneira vemos isso hoje em dia? Na antiguidade, os sacrifícios de animais faziam parte da oferta seguida nos cerimoniais judaicos (Lv 23.9-14; 26-28). Nos dias atuais, a oferta à Casa de Deus é feita por meio de suprimentos e contribuições financeiras para a manutenção da Obra de Deus.
I - A MENSAGEM
“Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração. Não com tristeza nem por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2Coríntios 9.7)
O princípio bíblico que está presente neste versículo é o da generosidade no ato de ofertar. Certamente esta é uma das características do amor cristão e deve ser uma atitude consciente a partir do que é ensinado pelas Escrituras, de modo que na escrita do contexto desta passagem o apóstolo Paulo a parafraseia com trechos do Antigo Testamento (Pv 22:9; Sl 112:9; Is 55:10), respaldando biblicamente a prática da generosidade nas contribuições. Tendo consciência de que esta é a vontade de
Deus expressa em sua Palavra, o cristão fiel a realiza com alegria e gratidão, e não de forma relutante. Mas, porquê Deus ama ao que dá com alegria? Faça esta pergunta aos alunos e peça para que eles tentem responder a esta interessante questão. Ao final, lembre aos alunos que a manifestação do amor doador aponta para o próprio Pai, que tem prazer em abençoar. Dessa forma, aquele que manifesta o amor doador por meio de suas obras está expressando o caráter doador do amor de Deus (cf. Tg 1:17; Jo 3:16a; Mt 7:11; Ef 5:1).
I- AUXÍLIO TEOLÓGICO
No Novo Testamento, vemos também a confirmação da obrigação de se entregar o dízimo na Casa do Senhor. Em Mateus 23.23, Jesus disse aos fariseus que eles deveriam cumprir o ‘mais importante da lei’ que eram ‘o juízo, a misericórdia e a fé’, sem deixar de pagar ‘o dízimo da hortelã, do endro e do cominho’. Com isso, o Senhor quis ensinar que não adianta ser dizimista sem levar em conta os valores espirituais da Lei. Hoje, da mesma forma, o cristão deve pagar o dízimo, não como quem está fazendo um favor à igreja, nem mostrando que ganha bem, mas como forma de gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas, como o fez Abraão diante de Melquisedeque. A obediência a essa determinação bíblica redunda em bênçãos abundantes da parte de Deus (Ml 3.10,11).
[…] Em segundo lugar, o crente fiel deve contribuir com ofertas alçadas (levantadas), de modo voluntário, como prova de sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. Com esses recursos (dízimos e ofertas), a igreja mantém a evangelização, as missões, o sustento de obreiros, o socorro aos necessitados (viúvas, órfãos, carentes etc.), bem como o patrimônio físico da obra do Senhor, e outras necessidades que podem surgir’’ (LIMA, Elinaldo R. Ética Cristã: confrontando as questões morais do nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 170,171).
II- OFERTAS E DÍZIMOS NA BÍBLIA
No Antigo Testamento, vemos que Abel e Caim ofertaram com sacrifício de animal e cereais (Gn 4.2-4). Abraão deu dízimo a Melquisedeque como agradecimento pela vitória contra os reis que haviam sequestrado seu sobrinho Ló (Gn 14). E o que é dízimo? É a oferta de 10% de tudo o que recebemos. Abraão dizimou e o povo de Israel também o fazia (Ml 3.10).
2.1. O sacrifício de animais no judaísmo. Os animais para sacrifício e as outras ofertas levadas ao Tabernáculo e, por conseguinte, ao Templo serviam não só como adoração, remissão dos pecados e agradecimento, mas, também, como manutenção da estrutura religiosa (Nm 15.1-21). A Bíblia fala que as ofertas sobem a Deus como cheiro agradável (Êx 29.18; Nm 15.3). Era o método determinado por Deus para que o seu povo mantivesse viva a fé e a comunhão com Ele.
2.2. A oferta no Novo Testamento. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo escreve aos filipenses sobre as ofertas que os irmãos e as irmãs lhes enviaram (Fp 4.15). Nos momentos difíceis do seu ministério, essa igreja lhe socorreu e Paulo estava agradecido por esse gesto de amor. O apóstolo diz que as ofertas “são como um perfume suave oferecido a Deus, um sacrifício que ele aceita e que lhe agrada” (Fp 4.18). Embora a estrutura religiosa da época de Paulo fosse diferente dos rituais do Templo, o gesto de ofertar algo a Deus em agradecimento tinha o mesmo significado. Hoje, as condições também são outras, mas a necessidade de manter a administração das igrejas continua. São diversas atividades de uma igreja e, por isso, devemos contribuir com ofertas e dízimos.
II- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Dízimo. A palavra hebraica ‘asar, ‘dizimar’ é derivada da palavra que significa ‘dez’ e que também significa ‘ser rico’. O princípio básico do dízimo é o reconhecimento de que tudo pertence por direito a Deus, inclusive, as propriedades dos homens, das quais eles são apenas os guardiões. O dízimo corresponde a um testemunho oferecido em honra a Deus, e em reconhecimento de que tudo pertence a Ele. O costume de pagar o dízimo era muito comum entre os povos semíticos, e era anterior à lei de Moisés. Abraão deu a Melquisedeque um décimo de todo o despojo conquistado de Quedorlaomer (Gn 14.20; cf. Hb 7.4-10).
A forma como este fato foi mencionado parece indicar que se tratava de um costume estabelecido. O voto de Jacó (Gn 28.22) acrescenta ainda mais peso a esta opinião. O dízimo de Israel consistia de um décimo de toda a produção anual de alimentos e do crescimento dos rebanhos de ovelhas e gado. Era um costume considerado sagrado de Jeová, da mesma forma que o aluguel ou imposto feudal dedicado a Ele, que era realmente o dono da terra. Certas Escrituras sugerem que esses dízimos consistiam de um décimo de tudo que restava das ‘primícias de todos os frutos da terra’, depois que a oferta sacerdotal havia sido separada (Êx 23.19; Dt 26.1).
Como a lei não estabelecia a quantidade a ser oferecida como uma oferta das primícias, alguns consideram as regras do dízimo como a definição do que deveria ser pago. Outros consideram o dízimo um complemento destes primeiros frutos. Fontes judaicas indicam que essa segunda hipótese é verdadeira e que as ‘primícias dos primeiros frutos’ geralmente representam uma quinta parte da produção” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 572).
COMENTÁRIO EXTRA: II - AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Utilizando quadro branco e piloto, ou uma cartolina, elabore uma lista de atividades e ações desenvolvidas pela nossa Igreja e que são custeadas através das contribuições com dízimos e ofertas. Peça para que os próprios alunos possam dar sugestões, por exemplo: a obra missionária em vários países, o Projeto Samuel e os Centros Vida, cestas básicas em momentos de calamidade pública e regularmente aos necessitados, construção de templos, sustento de obreiros, manutenção da Rede Brasil de Comunicação, organização de cruzadas evangelísticas, etc. O momento deverá ser de conscientização, tendo em vista que a viabilidade destas atividades que tanto beneficiam o nosso estado e outros países somente é possível devido às contribuições voluntárias com dízimos e ofertas que tem expressado o amor doador para com a obra do Senhor.
III - COMENTÁRIO DA LIÇÃO
A atuação ministerial do apóstolo Paulo é uma demonstração da importância do amor doador na vida cristã e eclesiástica.
A sua manutenção como missionário dependia da generosidade dos cristãos do primeiro século em contribuir financeiramente com a obra de Deus e o sustento deste valoroso obreiro. Se por um lado Paulo se permitiu de boa vontade gastar a sua vida por amor às almas (2a Cor 12:15), sofrendo toda a sorte de infortúnios pela causa da pregação do Evangelho (2a Cor 1:8-9; 11:23- 28), algumas Igrejas expressavam a sua gratidão pela vida e dedicação do apóstolo socorrendo-o por meio do envio de contribuições pecuniárias. O melhor exemplo, neste sentido, é o da Igreja em Filipos.
3.1 A obra missionária em Filipos. O capítulo 16 do livro de Atos registra as circunstâncias que levaram o apóstolo Paulo e os seus companheiros a adentrarem na região da Macedônia, da qual Filipos era um de seus principais centros urbanos (v. 12).
A ação do Espírito de Jesus que impediu os missionários de percorrerem a Ásia Menor (v. 6-7), conforme intentavam, e a visão do varão macedônico, representando o seu próprio povo, suplicando que Paulo passasse à Macedônia e os ajudassem (v. 9) evidenciam a direção divina na obra de evangelização (v.10).
3.2 A formação da Igreja em Filipos. A primeira família alcançada pelo trabalho evangelístico foi a de uma vendedora de púrpura chamada Lídia (v. 14-15). A segunda família salva pelo Senhor Jesus foi a do carcereiro da cidade (v. 31-32). A obra missionária neste lugar contou ainda com experiências sobrenaturais, como a libertação de uma jovem possuída por um espírito de adivinhação (v. 16) e o terremoto provocado pelo louvor de Paulo e Silas que abriu os cárceres de uma prisão (v. 25-26). O trabalho missionário que deu origem à Igreja em Filipos também lidou com a perseguição e o padecimento de violência física pelos obreiros por causa do Evangelho (v. 19-24).
3.3 A carta de Paulo aos Filipenses. Anos depois de crescimento e consolidação da Igreja em Filipos, o apóstolo Paulo tem a preocupação de escrever uma carta aos cristãos daquela cidade com o objetivo de instruí-los e de também lhes agradecer. O seu texto documenta a relação amorosa entre Paulo e os filipenses que não consistia apenas em palavras elogiosas (Fp 1.3-8), mas de manifestação prática de amor. Antes de agradecer aos cristãos de Filipos pelo envio de contribuições para o seu sustento em Filipenses 4, Paulo mencionou esta ajuda previamente ao destacar o empenho de Epafrodito, como enviado desta Igreja, que não poupou esforços para levar a ajuda financeira até onde o apóstolo se encontrava (Fp 2.25; 4.18).
IV – O AMOR DOADOR DOS FILIPENSES
Situada da região mais ampla da Macedônia, a Igreja na cidade de Filipos teve a sua generosidade na forma de contribuições financeiras ressaltada pelo apóstolo Paulo também na sua segunda carta aos Coríntios (2 Cor 8.1-5).
Citando as igrejas da Macedônia, provavelmente o apóstolo tinha em mente a voluntariedade dos cristãos filipenses quando elogiou sua demonstração de amor doador direcionado aos cristãos da Judeia que estavam enfrentando dificuldades. O curioso é que mesmo enfatizando a pobreza dos irmãos da região macedônica, entre os quais estavam os filipenses, Paulo destaca que eles eram ricos em generosidade e voluntariosos em contribuir. Talvez, por isto mesmo, Deus honrava estes frutos suprindo as necessidades destes cristãos e dando-lhes condições para continuar contribuindo.
4.1 Participando das aflições (Fp 4.14). Uma das formas de compartilhar das aflições vivenciadas pelos obreiros que dedicam as suas vidas pela causa do Evangelho, localmente e no campo missionário, é por meio da contribuição de dízimos e ofertas.
Esta é uma maneira efetiva e prática de suprir as necessidades de verdadeiros servos de Deus que, à semelhança do apóstolo Paulo, padecem dificuldades, oposições e até perseguições para que o nome de Cristo seja anunciado e vidas alcançadas. Paulo evidenciou a cooperação dos filipenses com o Evangelho em todo o tempo (Fp 1.5): “(...) pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho.” (Fp 1.7b).
4.2 Reconhecendo um trabalho sincero (Fp 4.15). Paulo destacou que quando partiu da região da Macedônia a Igreja de Filipos foi a única que manifestou o desejo de tratar da questão das contribuições com o seu trabalho ministerial. Ele não pregava o Evangelho com o objetivo de angariar bens materiais e interessado no retorno financeiro que isto poderia lhe proporcionar, como o fazem hoje os adeptos da Teologia da Prosperidade (1a Tm 6.5). Mas, considerando suas dificuldades e a sinceridade do seu trabalho, Paulo não se recusava a receber ajuda. Inclusive, em outra epístola, ele apresentou parecer favorável ao tema do sustento de obreiros pela Igreja (1a Tm 5.18). Para isto ele tinha o cuidado de tratar desta questão de maneira ética (2a Cor 8.21) à luz do que as Escrituras ensinavam sobre a importância da generosidade para com a obra de Deus e as bênçãos decorrentes dela, e sobre o socorro aos necessitados como expressão de amor (2a Cor 9.6-14).
4.3 Contribuindo com o avanço da obra evangelística (Fp. 4.16). Quando ainda estava em Tessalônica, em uma outra cidade macedônica, Paulo já havia sido alvo do amor doador dos cristãos filipenses por duas ocasiões. Muito possivelmente porque a obra missionária nesta nova cidade estava em fases iniciais ou porque os irmãos aí residentes não dispunham dos mesmos recursos que os de Filipos. Em suas cartas aos Tessalonicenses o apóstolo registrou que, para não ser pesado a estes irmãos, conciliou o ministério da pregação do Evangelho com o exercício de um trabalho manual (1a Ts 2.9; 2a Ts 3.8). As contribuições enviadas pelos irmãos filipenses certamente ajudaram Paulo a perseverar na evangelização dos tessalonicenses. Por este motivo Paulo não se furta de creditar os filipenses pela “cooperação no Evangelho desde o primeiro dia até agora” (Fp 1.5).
4.4 Crendo na fidelidade de Deus (Fp 4.17). Mais uma vez o apóstolo reitera que seu interesse não era o de acumular presentes e remunerações, mas pontua que a generosidade dos filipenses redundaria em riquezas espirituais. Embora Paulo utilize neste versículo termos do universo financeiro (“dádiva”, “fruto” com o sentido de lucro, “aumento” com o significado de crescimento financeiro e “conta”), a sua intenção era de fazer menção indireta à fidelidade de Deus em galardoar aqueles que se dispõem em abençoar a sua obra por diferentes meios (Hb 6.10; Mt 10.42).
4.5 Oferecendo um culto agradável a Deus (Fp 4.18). Paulo retoma o tema da importância do contentamento já abordado em Fp 4.11-12 ao destacar que as ajudas enviadas pelos filipenses supriram suas necessidades. Para se referir às doações, Paulo utilizou a linguagem típica do culto no Antigo Testamento, que enfatizava o aroma suave das libações (Gn 8.20-21; Êx 29.18, 25 e 41; Lv 1.9) e os sacrifícios oferecidos a Deus no sistema levítico. Assim como as ofertas aromáticas e sacrificiais integravam a liturgia dos cultos no antigo Israel, o momento do ofertório em nossos cultos nos dias de hoje assume um significado espiritual, momento em que contribuições financeiras, louvores, adoração e talentos são ofertados a Deus. Quando praticados com a intenção ensinada pelas Escrituras (Mt 5.23-24), Deus recebe esta forma de adoração como algo agradável a Si, como o fez com as doações dos filipenses.
4.6 Recebendo a intercessão que abençoa (Fp 4.19). O ato de contribuir em benefício da obra rende frutos positivos na vida daqueles que são beneficiados com estes donativos, como a gratidão a Deus por ter socorrido uma necessidade e a oração em favor daqueles que abrem o coração e se permitem ser usados pelo Senhor para este propósito (2 Cor 9.12-14). Cheio do Espírito Santo, o apóstolo Paulo proclama com ousadia e fé que Deus, segundo as suas grandes riquezas em glória, suprirá todas as necessidades dos filipenses. Este é o desejo sincero de alguém que foi socorrido em um momento de necessidade, sendo confirmado pelo próprio Deus, que ama ao que dá com alegria.
CONCLUSÃO
O conceito de amor segundo a Palavra de Deus possui implicações práticas transformadoras. Não consiste apenas em palavras, nem se resume a um sentimento (1 Jo 3.18). A prática do amor é um mandamento e uma decisão em obedecer. Dessa forma, o amor doador deve ser compreendido como uma oportunidade de exercermos a generosidade para com aqueles que serão beneficiados pelas nossas contribuições. Na Palavra, temos a garantia de que Deus se agrada e retribui nossas demonstrações de amor para com a sua obra.
REFERÊNCIAS
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
MARTIN, Ralph P. Filipenses: introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 1985.
RENOVATO, Elinaldo. Tempo, bens e talentos: sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
II - AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Utilizando quadro branco e piloto, ou uma cartolina, elabore uma lista de atividades e ações desenvolvidas pela nossa Igreja e que são custeadas através das contribuições com dízimos e ofertas. Peça para que os próprios alunos possam dar sugestões, por exemplo: a obra missionária em vários países, o Projeto Samuel e os Centros Vida, cestas básicas em momentos de calamidade pública e regularmente aos necessitados, construção de templos, sustento de obreiros, manutenção da Rede Brasil de Comunicação, organização de cruzadas evangelísticas, etc. O momento deverá ser de conscientização, tendo em vista que a viabilidade destas atividades que tanto beneficiam o nosso estado e outros países somente é possível devido às contribuições voluntárias com dízimos e ofertas que tem expressado o amor doador para com a obra do Senhor.
III - COMENTÁRIO DA LIÇÃO
A atuação ministerial do apóstolo Paulo é uma demonstração da importância do amor doador na vida cristã e eclesiástica.
A sua manutenção como missionário dependia da generosidade dos cristãos do primeiro século em contribuir financeiramente com a obra de Deus e o sustento deste valoroso obreiro. Se por um lado Paulo se permitiu de boa vontade gastar a sua vida por amor às almas (2a Cor 12:15), sofrendo toda a sorte de infortúnios pela causa da pregação do Evangelho (2a Cor 1:8-9; 11:23- 28), algumas Igrejas expressavam a sua gratidão pela vida e dedicação do apóstolo socorrendo-o por meio do envio de contribuições pecuniárias. O melhor exemplo, neste sentido, é o da Igreja em Filipos.
3.1 A obra missionária em Filipos. O capítulo 16 do livro de Atos registra as circunstâncias que levaram o apóstolo Paulo e os seus companheiros a adentrarem na região da Macedônia, da qual Filipos era um de seus principais centros urbanos (v. 12).
A ação do Espírito de Jesus que impediu os missionários de percorrerem a Ásia Menor (v. 6-7), conforme intentavam, e a visão do varão macedônico, representando o seu próprio povo, suplicando que Paulo passasse à Macedônia e os ajudassem (v. 9) evidenciam a direção divina na obra de evangelização (v.10).
3.2 A formação da Igreja em Filipos. A primeira família alcançada pelo trabalho evangelístico foi a de uma vendedora de púrpura chamada Lídia (v. 14-15). A segunda família salva pelo Senhor Jesus foi a do carcereiro da cidade (v. 31-32). A obra missionária neste lugar contou ainda com experiências sobrenaturais, como a libertação de uma jovem possuída por um espírito de adivinhação (v. 16) e o terremoto provocado pelo louvor de Paulo e Silas que abriu os cárceres de uma prisão (v. 25-26). O trabalho missionário que deu origem à Igreja em Filipos também lidou com a perseguição e o padecimento de violência física pelos obreiros por causa do Evangelho (v. 19-24).
3.3 A carta de Paulo aos Filipenses. Anos depois de crescimento e consolidação da Igreja em Filipos, o apóstolo Paulo tem a preocupação de escrever uma carta aos cristãos daquela cidade com o objetivo de instruí-los e de também lhes agradecer. O seu texto documenta a relação amorosa entre Paulo e os filipenses que não consistia apenas em palavras elogiosas (Fp 1.3-8), mas de manifestação prática de amor. Antes de agradecer aos cristãos de Filipos pelo envio de contribuições para o seu sustento em Filipenses 4, Paulo mencionou esta ajuda previamente ao destacar o empenho de Epafrodito, como enviado desta Igreja, que não poupou esforços para levar a ajuda financeira até onde o apóstolo se encontrava (Fp 2.25; 4.18).
IV – O AMOR DOADOR DOS FILIPENSES
Situada da região mais ampla da Macedônia, a Igreja na cidade de Filipos teve a sua generosidade na forma de contribuições financeiras ressaltada pelo apóstolo Paulo também na sua segunda carta aos Coríntios (2 Cor 8.1-5).
Citando as igrejas da Macedônia, provavelmente o apóstolo tinha em mente a voluntariedade dos cristãos filipenses quando elogiou sua demonstração de amor doador direcionado aos cristãos da Judeia que estavam enfrentando dificuldades. O curioso é que mesmo enfatizando a pobreza dos irmãos da região macedônica, entre os quais estavam os filipenses, Paulo destaca que eles eram ricos em generosidade e voluntariosos em contribuir. Talvez, por isto mesmo, Deus honrava estes frutos suprindo as necessidades destes cristãos e dando-lhes condições para continuar contribuindo.
4.1 Participando das aflições (Fp 4.14). Uma das formas de compartilhar das aflições vivenciadas pelos obreiros que dedicam as suas vidas pela causa do Evangelho, localmente e no campo missionário, é por meio da contribuição de dízimos e ofertas.
Esta é uma maneira efetiva e prática de suprir as necessidades de verdadeiros servos de Deus que, à semelhança do apóstolo Paulo, padecem dificuldades, oposições e até perseguições para que o nome de Cristo seja anunciado e vidas alcançadas. Paulo evidenciou a cooperação dos filipenses com o Evangelho em todo o tempo (Fp 1.5): “(...) pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho.” (Fp 1.7b).
4.2 Reconhecendo um trabalho sincero (Fp 4.15). Paulo destacou que quando partiu da região da Macedônia a Igreja de Filipos foi a única que manifestou o desejo de tratar da questão das contribuições com o seu trabalho ministerial. Ele não pregava o Evangelho com o objetivo de angariar bens materiais e interessado no retorno financeiro que isto poderia lhe proporcionar, como o fazem hoje os adeptos da Teologia da Prosperidade (1a Tm 6.5). Mas, considerando suas dificuldades e a sinceridade do seu trabalho, Paulo não se recusava a receber ajuda. Inclusive, em outra epístola, ele apresentou parecer favorável ao tema do sustento de obreiros pela Igreja (1a Tm 5.18). Para isto ele tinha o cuidado de tratar desta questão de maneira ética (2a Cor 8.21) à luz do que as Escrituras ensinavam sobre a importância da generosidade para com a obra de Deus e as bênçãos decorrentes dela, e sobre o socorro aos necessitados como expressão de amor (2a Cor 9.6-14).
4.3 Contribuindo com o avanço da obra evangelística (Fp. 4.16). Quando ainda estava em Tessalônica, em uma outra cidade macedônica, Paulo já havia sido alvo do amor doador dos cristãos filipenses por duas ocasiões. Muito possivelmente porque a obra missionária nesta nova cidade estava em fases iniciais ou porque os irmãos aí residentes não dispunham dos mesmos recursos que os de Filipos. Em suas cartas aos Tessalonicenses o apóstolo registrou que, para não ser pesado a estes irmãos, conciliou o ministério da pregação do Evangelho com o exercício de um trabalho manual (1a Ts 2.9; 2a Ts 3.8). As contribuições enviadas pelos irmãos filipenses certamente ajudaram Paulo a perseverar na evangelização dos tessalonicenses. Por este motivo Paulo não se furta de creditar os filipenses pela “cooperação no Evangelho desde o primeiro dia até agora” (Fp 1.5).
4.4 Crendo na fidelidade de Deus (Fp 4.17). Mais uma vez o apóstolo reitera que seu interesse não era o de acumular presentes e remunerações, mas pontua que a generosidade dos filipenses redundaria em riquezas espirituais. Embora Paulo utilize neste versículo termos do universo financeiro (“dádiva”, “fruto” com o sentido de lucro, “aumento” com o significado de crescimento financeiro e “conta”), a sua intenção era de fazer menção indireta à fidelidade de Deus em galardoar aqueles que se dispõem em abençoar a sua obra por diferentes meios (Hb 6.10; Mt 10.42).
4.5 Oferecendo um culto agradável a Deus (Fp 4.18). Paulo retoma o tema da importância do contentamento já abordado em Fp 4.11-12 ao destacar que as ajudas enviadas pelos filipenses supriram suas necessidades. Para se referir às doações, Paulo utilizou a linguagem típica do culto no Antigo Testamento, que enfatizava o aroma suave das libações (Gn 8.20-21; Êx 29.18, 25 e 41; Lv 1.9) e os sacrifícios oferecidos a Deus no sistema levítico. Assim como as ofertas aromáticas e sacrificiais integravam a liturgia dos cultos no antigo Israel, o momento do ofertório em nossos cultos nos dias de hoje assume um significado espiritual, momento em que contribuições financeiras, louvores, adoração e talentos são ofertados a Deus. Quando praticados com a intenção ensinada pelas Escrituras (Mt 5.23-24), Deus recebe esta forma de adoração como algo agradável a Si, como o fez com as doações dos filipenses.
4.6 Recebendo a intercessão que abençoa (Fp 4.19). O ato de contribuir em benefício da obra rende frutos positivos na vida daqueles que são beneficiados com estes donativos, como a gratidão a Deus por ter socorrido uma necessidade e a oração em favor daqueles que abrem o coração e se permitem ser usados pelo Senhor para este propósito (2 Cor 9.12-14). Cheio do Espírito Santo, o apóstolo Paulo proclama com ousadia e fé que Deus, segundo as suas grandes riquezas em glória, suprirá todas as necessidades dos filipenses. Este é o desejo sincero de alguém que foi socorrido em um momento de necessidade, sendo confirmado pelo próprio Deus, que ama ao que dá com alegria.
CONCLUSÃO
O conceito de amor segundo a Palavra de Deus possui implicações práticas transformadoras. Não consiste apenas em palavras, nem se resume a um sentimento (1 Jo 3.18). A prática do amor é um mandamento e uma decisão em obedecer. Dessa forma, o amor doador deve ser compreendido como uma oportunidade de exercermos a generosidade para com aqueles que serão beneficiados pelas nossas contribuições. Na Palavra, temos a garantia de que Deus se agrada e retribui nossas demonstrações de amor para com a sua obra.
REFERÊNCIAS
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
MARTIN, Ralph P. Filipenses: introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 1985.
RENOVATO, Elinaldo. Tempo, bens e talentos: sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
III- O CORAÇÃO CRISTÃO E O ATO DE OFERTAR
A Palavra de Deus nos instrui quanto à maneira como utilizamos o nosso dinheiro. Economizar é necessário diante do consumismo que somos diariamente estimulados. Entretanto, torna-se um problema quando impede alguém de “gastar com generosidade” e indica falta de sabedoria (Pv 11.24).
3.1. Oferta e dízimo são coisas de adulto? Você deve estar pensando que esse assunto de oferta e dízimo é coisa de adulto, mas não é, e sabe por quê? Você, mesmo sendo adolescente, tem motivos para agradecer a Deus por tudo o que Ele tem feito por você. Por isso, é importante você criar o hábito de ofertar e entregar o dízimo com os ganhos que você recebe. Se você ainda não contribui com a sua igreja, analise suas condições e ore para que o Espírito Santo lhe ajude a se organizar nesse sentido.
3.2. Ofertar e entregar o dízimo devem ser sinceros. Uma vez, Jesus mostrou aos discípulos que a oferta de duas moedinhas da viúva pobre era maior do que a grande quantidade de dinheiro dos ricos, porque ela deu de coração tudo o que tinha (Lc 21.1-4). Aprendemos que o importante não é a quantidade, mas a gratidão da oferta. O apóstolo Paulo interpretou que as contribuições devem ser dadas com alegria, porque representa o amor a Deus. Assim, reclamar e falar mal da oferta e do dízimo não reflete o comportamento cristão. Ao entregar o dízimo a Deus, estamos apenas devolvendo o que Ele nos deu. Não é um valor que vai fazer falta, porque “Deus pode dar muito mais do que vocês precisam para que vocês tenham sempre tudo o que necessitam e ainda mais do que o necessário para fazerem todo tipo de boas obras’’ (2 Co 9.8).
III – AUXÍLIO DEVOCIONAL
‘“Já aprendi a contentar-me’ (Fp 4.10-20). Paulo tinha recebido uma doação em dinheiro dos filipenses, que ele apreciou. Isto revelava o seu contínuo amor por ele., e isto era importante para Paulo. E como uma expressão do amor a Deus, as ofertas são um ‘cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível’. Paulo também expressou a sua própria perspectiva sobre o dinheiro. Durante os seus 25 anos de ministério, Paulo tinha conhecido ocasiões em que o dinheiro era abundante, e ocasiões em que ele esteve ‘abatido’.
E Paulo tinha aprendido que nenhuma das duas condições fazia alguma diferença real: Paulo tinha sido instruído ‘tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade’ e a contentar-se com o que lhe acontecesse. A sua independência das circunstâncias nascerá da convicção de que o seu Deus satisfaz todas as nossas necessidades ‘segundo as suas riquezas… em glória, por Cristo Jesus’ (v. 19), e da convicção de que ‘posso todas as coisas naquele que me fortalece’ (v. 13).
Este é um dos maiores dons que possuímos através do nosso relacionamento com Jesus. Nós temos um Deus cujos recursos intermináveis serão usados para satisfazer as nossas necessidades. É um Deus que nos dará forças para enfrentar cada desafio. Se nos lembrarmos constantemente de quem é o nosso Deus, também aprenderemos o segredo de estar contentes, quaisquer que sejam as nossas circunstâncias” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 874).
CONCLUSÃO
O ato de contribuir com ofertas e dízimos na igreja é um gesto de amor e adoração a Deus. O dinheiro será empregado para o cuidado da Casa de Deus. Isso sobe como um perfume agradável ao Senhor. Esse tema é importante para que, desde já, você, adolescente, aprenda que o cristão deve contribuir com alegria e agradecimento por tudo o que Deus tem feito na sua vida.
COMENTÁRIO EXTRA: Comentários por Hubner Braz
A conclusão destaca um ponto fundamental: contribuir com ofertas e dízimos na igreja não é apenas um dever, mas um gesto de amor e adoração a Deus. Isso reflete a gratidão pela provisão divina e o reconhecimento de que tudo pertence a Ele.
A metáfora do perfume agradável é uma referência bíblica, remetendo ao Antigo Testamento, onde ofertas eram apresentadas a Deus como um aroma suave. Essa imagem simboliza a aceitação e agradabilidade dos atos de adoração e contribuição.
O termo "ofertas e dízimos" tem sua base nas práticas bíblicas do Antigo Testamento, onde o povo de Deus era instruído a trazer ofertas e o dízimo, que consistia em separar uma décima parte de seus recursos para o sustento da casa de Deus e para o cuidado dos necessitados.
A expressão "perfume agradável ao Senhor" tem origem nas Escrituras, onde em diversas passagens, como em Levítico 1:9, fala-se sobre o aroma agradável das ofertas apresentadas a Deus. Isso simboliza a aceitação divina e o prazer que Deus tem ao receber nossos atos de adoração e generosidade.
- Ofertas (προσφορά - prosforá): Esta palavra grega é usada no Novo Testamento para se referir a ofertas ou presentes oferecidos a Deus. Ela denota um ato de devoção e entrega.
- Dízimos (δεκάτη - dekátē): Embora a palavra "dízimo" não tenha uma raiz grega específica na Bíblia, a palavra grega "dekátē" se refere a uma décima parte, o que está alinhado com o conceito de separar uma décima parte dos recursos para dedicar a Deus.
A conclusão enfatiza a importância do ato de contribuir na vida do adolescente cristão. É uma oportunidade de demonstrar amor, gratidão e adoração a Deus, reconhecendo Sua soberania sobre todas as coisas. Também ressalta a responsabilidade de cuidar da Casa de Deus e dos necessitados, demonstrando compaixão e solidariedade.
Essa prática contribui não apenas para o sustento da obra da igreja, mas também para o crescimento espiritual do indivíduo, fortalecendo sua fé e confiança na provisão divina. Portanto, contribuir com alegria e gratidão é uma expressão tangível da fé e do compromisso com o Reino de Deus.
Comentários por Hubner Braz
A conclusão destaca um ponto fundamental: contribuir com ofertas e dízimos na igreja não é apenas um dever, mas um gesto de amor e adoração a Deus. Isso reflete a gratidão pela provisão divina e o reconhecimento de que tudo pertence a Ele.
A metáfora do perfume agradável é uma referência bíblica, remetendo ao Antigo Testamento, onde ofertas eram apresentadas a Deus como um aroma suave. Essa imagem simboliza a aceitação e agradabilidade dos atos de adoração e contribuição.
O termo "ofertas e dízimos" tem sua base nas práticas bíblicas do Antigo Testamento, onde o povo de Deus era instruído a trazer ofertas e o dízimo, que consistia em separar uma décima parte de seus recursos para o sustento da casa de Deus e para o cuidado dos necessitados.
A expressão "perfume agradável ao Senhor" tem origem nas Escrituras, onde em diversas passagens, como em Levítico 1:9, fala-se sobre o aroma agradável das ofertas apresentadas a Deus. Isso simboliza a aceitação divina e o prazer que Deus tem ao receber nossos atos de adoração e generosidade.
- Ofertas (προσφορά - prosforá): Esta palavra grega é usada no Novo Testamento para se referir a ofertas ou presentes oferecidos a Deus. Ela denota um ato de devoção e entrega.
- Dízimos (δεκάτη - dekátē): Embora a palavra "dízimo" não tenha uma raiz grega específica na Bíblia, a palavra grega "dekátē" se refere a uma décima parte, o que está alinhado com o conceito de separar uma décima parte dos recursos para dedicar a Deus.
A conclusão enfatiza a importância do ato de contribuir na vida do adolescente cristão. É uma oportunidade de demonstrar amor, gratidão e adoração a Deus, reconhecendo Sua soberania sobre todas as coisas. Também ressalta a responsabilidade de cuidar da Casa de Deus e dos necessitados, demonstrando compaixão e solidariedade.
Essa prática contribui não apenas para o sustento da obra da igreja, mas também para o crescimento espiritual do indivíduo, fortalecendo sua fé e confiança na provisão divina. Portanto, contribuir com alegria e gratidão é uma expressão tangível da fé e do compromisso com o Reino de Deus.
VAMOS PRATICAR
1- Memorize “A Mensagem” e preencha as palavras que estão faltando:
“Que cada um dê a sua OFERTA conforme resolveu no seu CORAÇÃO, não com TRISTEZA nem por OBRIGAÇÃO, pois Deus ama quem dá com ALEGRIA (2 Coríntios 9.7)
PENSE NISSO
Dinheiro é assunto para adolescentes também. Jesus nos ensina a guardar nossa riqueza no céu, porque onde estiver o nosso tesouro, ali estará o nosso coração (Mt 6.21). Ofertar é uma forma de adorar a Deus e demonstrar amor a Ele. Por isso é tão importante considerar o lugar que o dinheiro ocupa em nosso coração.
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