Lição 10 - Lucas 19 a 21: Zaqueu, Entrada em Jerusalém e volta De Jesus | 4° Trimestre de 2023 | EBD PECC

  SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive ...

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número de páginas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Lucas 19, 20 e 21 há 48 ,47 e 38 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Lucas 19.1-10, 28-40 (5 a 7 min.). A revista funciona com o guia d e estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Os atos de Jesus são desconcertantes. Professor(a), mostre que Jesus ensina por gestos, pois ele foi a Zaqueu para nos ensinar duas lições: se é você quem está arrependido, procure o Senhor e o encontrarás; se foi você o ofendido, vá ao encontro do seu irmão como o Senhor veio a você. Infelizmente, a cidade de Jerusalém – ao contrário de Zaqueu – não creu no Salvador. Se considerarmos que Jesus não foi recebido pelos seus (Jo 1.11), podemos afirmar que só na casa do publicano ele foi de fato recebido. A aula deve convidar ao arrependimento e alertar para o sermão profético proferido aos discípulos para adverti-los acerca do futuro dos escolhidos – Israel.

OBJETIVOS

Buscar o Senhor com a determinação de Zaqueu.

Perdoar e celebrar a reconciliação com o mesmo amor de Jesus.

Alertar os homens para que reconheçam Jesus e não cometam o mesmo erro de Jerusalém.

PARA COMEÇAR A AULA

A aula pode começar com a dinâmica do “amigo invisível”. Jerusalém não aceitou Jesus como Messias porque não soube reconhecer nele tudo que os profetas anunciaram. Ao propor a brincadeira, peça a alguém que descreva a personalidade de um dos presentes até que o “invisível” seja descoberto. A mensagem é: os que não vivem segundo o evangelho não reconhecem as características de Jesus.

DINÂMICA EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Dinâmica: "Caminho da Transformação"

Objetivo:

Esta dinâmica tem como objetivo explorar os temas da transformação pessoal, do acolhimento e da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, conforme abordados nas lições 10 (Lucas 19 a 21). A atividade visa promover reflexão sobre como a presença de Jesus pode transformar vidas.

Materiais necessários:

• Folhas de papel
• Canetas ou lápis
• Fitas adesivas
• Marcadores coloridos
• Cartolinas ou papel pardo

Passos:

• Introdução (10 minutos):
• Inicie a dinâmica com uma breve leitura ou resumo dos trechos bíblicos relevantes (Lucas 19 a 21) sobre Zaqueu, a entrada triunfal em Jerusalém e a volta de Jesus.
• Exploração Individual (15 minutos):
• Peça aos participantes que, em folhas de papel, desenhem ou escrevam sobre momentos de transformação em suas vidas, assim como as mudanças que desejam experimentar com a presença de Jesus. Eles podem incluir desenhos, palavras-chave ou pequenas histórias pessoais.
• Criação de Figuras Representativas (20 minutos):
• Forneça cartolinas ou papel pardo, marcadores coloridos e outros materiais artísticos. Peça aos participantes para criar figuras que representem suas jornadas de transformação. Cada figura deve conter elementos que simbolizem seus desafios, mudanças e a presença de Jesus em suas vidas.
• Montagem do "Caminho da Transformação" (20 minutos):
• Organize o espaço de forma a criar um caminho no chão ou nas paredes (pode ser com fita adesiva). Convide os participantes a fixarem suas figuras ao longo desse caminho, formando um percurso visual que represente as diferentes jornadas de transformação.
• Compartilhamento e Reflexão (15 minutos):
• Incentive os participantes a compartilhar brevemente sobre o que representaram em suas figuras e como veem o processo de transformação em suas vidas. Promova uma reflexão em grupo sobre como a presença de Jesus pode impactar positivamente a jornada de cada um.
• Momento de Oração e Gratidão (10 minutos):
• Encerre a dinâmica com um momento de oração, agradecendo por cada história de transformação representada e pedindo a bênção de Deus sobre a jornada contínua de cada participante.

Essa dinâmica proporciona uma oportunidade criativa e reflexiva para os participantes expressarem suas experiências de transformação à luz dos ensinamentos de Zaqueu, da entrada em Jerusalém e da volta de Jesus.

LEITURA ADICIONAL

Jesus e Zaqueu: a conexão entre o parágrafo final do capítulo 18 e o parágrafo inicial do capítulo 19 é quase inesquecível; porque (a) ambos os eventos ocorreram em Jericó; e (b) no primeiro caso, um homem pobre tornou-se seguidor de Jesus; no segundo, um homem rico fez isso. Este é o único lugar no Novo Testamento onde se menciona um “líder de coletores”. Zaqueu, pois, teria sido considerado uma pessoa muito proeminente. Ele fora posto como chefe de todo o distrito tributário de Jericó e vizinhança, uma das três principais coletorias de impostos da Palestina, estando as outras duas localizadas em Cesaréia e em Cafarnaum.

Ora, uma das coisas que haviam tornado Jericó famoso era o unguento derivado do bálsamo. Josefo denomina o bálsamo “a coisa mais preciosa que existe”. Era flagrante, suavizante e altamente apreciado por suas qualidades curativas. O comércio desse produto – e de outras utilidades que proliferavam na região de Jericó – produzia altos impostos para o governo romano. Além disso. Jericó estava no coração e centro de uma vasta rede de rotas comerciais.

A cidade mantinha relações comerciais com Damasco, Tiro e Sidom, ao norte, Cesaréia e Jope, ao ocidente, e Egito ao sul, igualmente com muitas outras cidades e países em todas as direções. Portanto, Zaqueu era um homem bastante importante! Não obstante, os judeus consideravam os “publicanos” (certamente inclusive os principais publicanos) como traidores e ladrões.

Entretanto, o nome deste significa “aquele que é justo. Sendo ele de pequena estatura, não podia ver Jesus. Não obstante, tão profundo era seu interesse pelo Mestre que estava disposto a fazer quase qualquer coisa para vê-lo.

Livro: Comentário do Novo Testamento: Exposição do Evangelho de Lucas, Vol. 2 (William Hendriksen, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 2003, pág. 425).

TEXTO ÁUREO

“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” Lucas 19.10

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

O texto áureo citado é extraído do Evangelho de Lucas 19:10, onde Jesus declara: "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido." Vamos explorar alguns aspectos importantes desse versículo:

• Título "Filho do Homem":
• O uso do título "Filho do Homem" é significativo. Esse termo, que remonta ao Antigo Testamento (como visto em Daniel 7:13-14), enfatiza a humanidade e a messianidade de Jesus. Ele veio como o representante perfeito da humanidade para cumprir o propósito redentor.
• Buscar e Salvar:
• A palavra "buscar" implica uma ação ativa e intencional. Jesus veio com a missão específica de procurar aqueles que estão perdidos. A palavra grega para "buscar" pode ter conotações de busca diligente e persistente.
• A palavra "salvar" vai além da libertação física; ela tem uma dimensão espiritual. Na raiz grega, "salvar" (sōzō) está conectada à ideia de preservação, cura e libertação de perigos eternos.
• Contexto em Lucas 19:
• O versículo 10 está inserido no contexto da narrativa de Zaqueu, o cobrador de impostos, que sobe em uma árvore para ver Jesus. Jesus, ao chegar ao local, chama Zaqueu e expressa sua intenção de ficar em sua casa. Isso causa murmuração entre as pessoas, mas Jesus ressalta seu propósito de buscar e salvar aqueles que estão perdidos.
• Amor e Misericórdia:
• Esse versículo reflete a natureza do ministério de Jesus, caracterizado por amor e misericórdia. Ele não veio para os autossuficientes, mas para os perdidos, marginalizados e pecadores. Isso está em consonância com o tema recorrente na Bíblia sobre a compaixão divina.
• Cumprimento de Profecias:
• O papel de Jesus em buscar e salvar os perdidos é congruente com várias profecias messiânicas do Antigo Testamento, destacando que Ele é o cumprimento esperado dessas promessas.

Em resumo, Lucas 19:10 encapsula a essência do ministério de Jesus na Terra. Ele veio como o "Filho do Homem", com uma missão específica de buscar ativamente e salvar espiritualmente aqueles que estavam perdidos. Essa mensagem ressoa com a compaixão divina, o cumprimento das profecias e a natureza redentora do ministério de Cristo.

LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO

Lucas 19.1-10; 28-40

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Vamos analisar os versículos de Lucas 19:1-10 e 28-40 em duas partes, começando por Lucas 19:1-10:

Lucas 19:1-10: A História de Zaqueu

• Versículos 1-4: Zaqueu sobe na figueira:
• Nesses versículos, Zaqueu, um cobrador de impostos e de baixa estatura, sobe em uma figueira para ver Jesus. Isso demonstra sua curiosidade e desejo de conhecer Jesus. A palavra grega "sykaminos" é usada para "figueira", e o ato de Zaqueu subir nela reflete sua disposição em superar obstáculos para encontrar Jesus.
• Versículos 5-7: Jesus chama Zaqueu:
• Jesus, ao chegar, olha para cima e chama Zaqueu pelo nome. Isso revela o conhecimento íntimo de Jesus sobre as pessoas. O termo grego "synerchomai" é usado para "subir", indicando a decisão de Jesus de ir à casa de Zaqueu.
• Versículos 8-10: A salvação vem a Zaqueu:
• Zaqueu responde alegremente à visita de Jesus e promete dar metade de seus bens aos pobres e restituir quatro vezes mais a quem ele havia defraudado. Jesus declara que a salvação veio à casa de Zaqueu, destacando o impacto transformador do encontro com Cristo.

Lucas 19:28-40: A Entrada Triunfal em Jerusalém

• Versículos 28-34: A instrução de Jesus para conseguir um jumentinho:
• Jesus instrui dois discípulos a trazerem um jumentinho, cumprindo profecias do Antigo Testamento (Zacarias 9:9). O termo grego "polus" é usado para "muitos", indicando a multidão que começava a se reunir.
• Versículos 35-38: A multidão louva a Deus:
• A multidão estende suas capas no caminho e louva a Deus pela chegada do Rei. A expressão "Hosana" (do hebraico "hoshia-na", que significa "salva agora") é usada, indicando uma expectativa messiânica.
• Versículos 39-40: A reação dos fariseus:
• Alguns fariseus pedem a Jesus que repreenda seus discípulos, mas Jesus responde que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão. Isso ressalta a importância e inevitabilidade do reconhecimento de Jesus como Messias.

Contexto:

• Ambos os episódios ocorrem durante a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. A história de Zaqueu destaca a transformação pessoal e a graça de Jesus, enquanto a entrada triunfal destaca a natureza messiânica de Cristo, cumprindo as profecias do Antigo Testamento.

Raiz Grega:

• Uma análise mais profunda poderia incluir a exploração das raízes gregas das palavras-chave, como "synerchomai" (ir), "sykaminos" (figueira) e "polus" (muitos), proporcionando insights adicionais sobre nuances e significados específicos.

Esses versículos juntos formam uma parte crucial da narrativa que antecede a crucificação e ressurreição de Jesus, destacando Sua natureza messiânica, Seu poder transformador e a resposta variada das pessoas ao Seu ministério.

VERDADE PRÁTICA

O Filho do Homem continua buscando e salvando os perdidos Para viverem uma vida melhor aqui na terra e por fim a vida eterna no céu.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

A "Verdade Prática" expressa uma afirmação central derivada do versículo bíblico em Lucas 19:10. Vamos explorar mais a fundo esse conceito:

• Continuidade do Ministério de Jesus:
• A afirmação reconhece que a missão de Jesus, como "Filho do Homem", de buscar e salvar os perdidos, não foi limitada ao tempo de Sua presença física na terra. Ela persiste mesmo após Sua ascensão. A continuidade do ministério de Jesus é realizada através da presença do Espírito Santo e da obra da igreja.
• Busca Ativa:
• A expressão "continua buscando" enfatiza a natureza ativa do ministério de Jesus. Ele não apenas ofereceu salvação no passado, mas continua a buscar ativamente aqueles que estão perdidos. Isso destaca o amor incessante de Cristo pela humanidade.
• Dupla Salvação:
• A afirmação menciona que a busca e salvação têm um propósito duplo: proporcionar uma vida melhor aqui na terra e, por fim, a vida eterna no céu. Isso reflete a abrangência do plano redentor de Deus, que não apenas lida com a eternidade, mas também impacta a qualidade de vida presente.
• Vida Melhor Aqui na Terra:
• A busca de Jesus não é apenas para o benefício futuro, mas também para a transformação presente. A mensagem do Evangelho traz esperança, cura, perdão e uma vida transformada aqui e agora. Isso está alinhado com a ideia de que o Reino de Deus já está presente e operante na vida daqueles que aceitam a Cristo.
• Vida Eterna no Céu:
• A vida eterna no céu é a promessa máxima da salvação. Ela vai além da vida presente e oferece a perspectiva da eternidade com Deus. Essa dimensão da salvação destaca a importância da fé em Cristo como o caminho para a reconciliação com Deus e a vida eterna.

Contexto:

• A declaração está ancorada em Lucas 19:10, onde Jesus proclama Sua missão de buscar e salvar os perdidos. Esse versículo está situado no contexto da história de Zaqueu, evidenciando a transformação radical que ocorre quando alguém encontra Jesus.

Aplicação Pessoal:

• A "Verdade Prática" tem implicações práticas para a vida cristã. Ela incentiva os seguidores de Jesus a continuarem ativamente envolvidos na busca daqueles que estão perdidos, compartilhando o Evangelho não apenas como uma mensagem de esperança eterna, mas também como uma fonte de transformação e restauração na vida diária.

Essa verdade ressoa com a visão bíblica de um Deus que ama profundamente a humanidade e continua ativamente envolvido na busca da reconciliação e salvação, tanto para o presente quanto para a eternidade.

INTRODUÇÃO

I- A CONVERSÃO DE ZAQUEU Lc 19.1-27

1- Um rico cobrador de impostos Lc 19.1-3

2- Salvação de Zaqueu Lc 19.8-10

3- Testemunho de Zaqueu e de Jesus Lc 19.10

II- ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM Lc 19.28-20.47

1- Montado em um jumentinho Lc 19.35,36

2- Multidão jubilosa Lc. 19.37

3- Jesus chora à vista de Jerusalém Lc 19.41-44

III- ENSINO PROFÉTICO SOBRE O FUTURO Lc 21.1-38

1- Princípio das dores, não é o fim Lc 21.8 -9

2- Destruição do templo e de Jerusalém Lc 21.20-24 3

3- A vinda do Filho do Homem Lc 21.25-28

APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Lc 19.10

Terça – Lc 19.40

Quarta – Lc 20.25

Quinta – Lc 20.38

Sexta – Lc 21.4

Sábado – Lc 21.36

Hinos da Harpa: 81 – 456

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos três capítulos – 19 a 21. Começaremos pela conversão de Zaqueu, que é registrada exclusivamente por Lucas. Destacaremos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e os fatos que se seguiram imediatamente após a Sua chegada.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

A introdução aponta para uma seção significativa dos Evangelhos, especificamente os capítulos 19 a 21 do Evangelho de Lucas. Vamos analisar mais profundamente cada elemento mencionado:

• Conversão de Zaqueu:
• O destaque dado à conversão de Zaqueu sugere a importância deste evento na narrativa de Lucas. A história de Zaqueu, um cobrador de impostos, é única para Lucas e destaca a graça transformadora de Jesus. Zaqueu, ao subir em uma árvore para ver Jesus, demonstra um desejo genuíno de conhecê-Lo. A resposta de Jesus, indo à casa de Zaqueu, reflete a graça estendida a pecadores arrependidos.
• Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém:
• A entrada triunfal é um evento crucial, marcando o reconhecimento messiânico de Jesus por parte da multidão. A instrução para trazer um jumentinho, cumprindo profecias do Antigo Testamento, destaca a soberania e a previsão divina nos eventos ligados à vida de Jesus. O uso de "Hosana" reflete a expectativa messiânica da libertação iminente.
• Eventos Após a Chegada em Jerusalém:
• O texto sugere que após a entrada triunfal, ocorrem eventos significativos que serão estudados. Esses eventos podem incluir interações com líderes religiosos, ensinamentos específicos de Jesus, ou outros acontecimentos que moldam o cenário para os eventos finais da vida de Cristo.

Contexto:

• O contexto é fundamental para a compreensão desses eventos. A narrativa de Lucas até este ponto destaca a compaixão de Jesus pelos marginalizados, Sua autoridade sobre a natureza e os demônios, e Sua ênfase na salvação dos perdidos. A entrada em Jerusalém representa uma transição importante, pois Jesus se aproxima de Sua paixão e morte redentora.

Aplicação Teológica:

• A conversão de Zaqueu e a entrada em Jerusalém são eventos que conectam a mensagem da graça individual com o cumprimento das profecias messiânicas. Esses eventos apontam para a missão redentora mais ampla de Jesus, não apenas para indivíduos, mas para a humanidade como um todo.

Enfoque de Lucas:

• A referência à exclusividade do relato de Zaqueu por Lucas destaca a abordagem única de cada evangelista em apresentar aspectos específicos da vida de Jesus. Lucas, conhecido por seu foco na compaixão e inclusão, destaca a transformação de um cobrador de impostos como parte essencial da missão de Jesus.

Esta introdução sinaliza uma seção rica e multifacetada da vida de Jesus, apresentando temas como transformação individual, reconhecimento messiânico e o encaminhamento para os eventos cruciais que culminam na crucificação e ressurreição.

I- A CONVERSÃO DE ZAQUEU (Lc 19.1-27)

1- Um rico cobrador de impostos (Lc 19.1-3) Procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. (19.3).

Jericó era uma cidade muito rica e importante à época, pois possuía uma alfândega com alta arrecadação de impostos pelos coletores, fato que garantia a Zaqueu muitas posses. Lucas o apresenta como o maioral dos publicanos, título que não ocorre em nenhum outro lugar na literatura grega remanescente, mas possivelmente se refere a que empregaria outros para fazer a coleta. Um “auditor-chefe”. Talvez Zaqueu tivesse ouvido acerca deste rabino excepcional, conhecido como “amigo dos pecadores”, inclusive dos publicanos.

Por isso, desejava ver de perto o Mestre que possuía algo que faltava aos demais rabinos. A multidão era-lhe obstáculo por causa da sua pequena estatura Mas este homem famoso e rico venceu as próprias limitações, resoluto em ver Jesus. Subiu num sicômoro com toda a pressa. Não era um lugar muito digno para um diretor do Departamento do Tesouro, mas, que era a honra dos homens comparada aos valores celestiais que sua alma ansiava receber? Venceu o orgulho que impede a tantos de receberem o melhor de Deus. Aquele que busca a salvação deve descer de seu orgulho pecaminoso e curvar-se em arrependimento e fé.

2- Salvação de Zaqueu (Lc 19.8-10) Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é Filho de Abraão (19.9).

Jesus estava caminhando para Jerusalém, onde morreria, mas estava disposto a gerar vida. A multidão se acotovelava para vê-lo, mas, em Jericó, a salvação chegou a um cego na beira do caminho e ao rico Zaqueu. A curiosidade dele o fez correr e subir em uma árvore para conhecer Jesus e, assim, a graça de Deus o alcançou. Quanta graça oferecida a Zaqueu! Os fariseus e escribas o desprezavam e condenavam, mas Jesus o recebe, o honra e por fim o salva.

Jesus condenava o pecado, mas demonstrava compaixão para com os pecadores. Ele não veio somente anunciar aos homens que estavam perdidos, mas buscar e salvar os que assim se encontravam. Tal atitude é ilustrada na conversão de Zaqueu. A história de Zaqueu faz um contraste com a história do jovem rico (18.18-23). Zaqueu, porém, é diferente, pois vemos a manifestação notável da graça de Deus levando-o à conversão – aqui o “camelo passou pelo fundo de uma agulha”.

3- Testemunho de Zaqueu e de Jesus (Lc 19.10) Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.

Lucas 19.10 é considerado o verso chave ou texto áureo do Livro de Lucas. É com este verso que Jesus conclui a história da salvação de Zaqueu, manifestando o Seu testemunho tríplice: “hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o filho do homem veio buscar e salvar o perdido”. Noutras palavras, Zaqueu o procurava e o recebeu com alegria. Quanto a Jesus, era o Seu trabalho procurar pessoas perdidas e levá-las de volta a Deus. A conversão de Zaqueu foi tão real e evidente que ele fez questão de manifestar o seu testemunho público: “E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor”.

Encontrará a graça de Deus, e não lhe importava que as pessoas o soubessem. Na verdade, queria tomar conhecimento da mudança que se efetivará em sua vida. “Senhor, eis que dou aos pobres metade dos meus bens”. Temos aqui tangível evidência da mudança de Zaqueu. Quando a conversão atinge o bolso, certamente há nela algo de real. Note-se não estar o publicano distribuindo aos pobres a fim de ser salvo, mas porque já era salvo. Tinha a viva fé que por si mesma produz boas obras.

Zaqueu subiu na árvore como pecador, e desceu como um santo, feliz. Fez-se a oferta da graça e Zaqueu aceitou-a. A presença de Jesus o teria endireitado, fazendo dele um homem justo, disposto a corrigir os erros do passado. Sendo considerado justo por Deus (pela obra de Cristo), queria também ser justo para com os homens. Suas atitudes evidenciavam seu testemunho de salvação.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1. Um Rico Cobrador de Impostos (Lucas 19.1-3):

• Contexto Histórico:
• Jericó era uma cidade estratégica e rica naquela época, devido à sua posição geográfica e à presença de uma alfândega. Zaqueu, apresentado como um rico cobrador de impostos, provavelmente aproveitava-se desse sistema para acumular riquezas.
• Detalhes Significativos:
• O fato de Zaqueu ser de pequena estatura não é apenas uma característica física, mas simbolicamente reflete sua posição social e espiritual. Ele, sendo um publicano, era visto como pecador e excluído pela sociedade.
• Pressa e Humildade:
• Zaqueu, apesar de suas posses e posição, manifesta uma urgência em ver Jesus. Subir em uma árvore não era algo comum para alguém de sua posição, revelando humildade e uma disposição extraordinária para superar barreiras em busca de Jesus.
• Conexão com Outros Ensinos de Jesus:
• A atitude de Zaqueu lembra outros ensinamentos de Jesus sobre a importância da humildade, como a parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18:9-14).

2. Salvação de Zaqueu (Lucas 19.8-10):

• A Pressa de Zaqueu:
• A resposta de Zaqueu ao chamado de Jesus é marcada por pressa e alegria. Ele não apenas recebe Jesus em sua casa, mas demonstra um desejo genuíno de mudança ao oferecer metade de seus bens aos pobres e restituir quatro vezes mais a quem ele havia defraudado.
• Contraste com o Jovem Rico:
• A história de Zaqueu contrasta com a do jovem rico que, anteriormente em Lucas (Lucas 18:18-23), não estava disposto a abrir mão de suas riquezas para seguir Jesus. Aqui, vemos uma demonstração tangível da transformação operada pela graça de Deus na vida de Zaqueu.
• A Missão de Jesus:
• A declaração de Jesus em Lucas 19:10 resume Sua missão de buscar e salvar os perdidos. Zaqueu é um exemplo vívido dessa busca e salvação. A expressão "Filho de Abraão" destaca a inclusão de Zaqueu na comunidade da fé.
• A Manifestação da Graça:
• O gesto de Zaqueu em relação aos pobres e a resposta de Jesus enfatizam que a salvação não é meramente um ato individual, mas leva a uma transformação visível na vida e nas ações do crente.

3. Testemunho de Zaqueu e de Jesus (Lucas 19.10):

• Texto Áureo:
• Lucas 19:10 é considerado o texto áureo do livro de Lucas, encapsulando a missão de Jesus. Ele veio não apenas para anunciar a salvação, mas ativamente buscar e salvar os perdidos.
• Testemunho Público de Zaqueu:
• Zaqueu, ao se levantar e declarar suas intenções, dá um testemunho público de sua fé e transformação. Ele não apenas aceita a salvação, mas também a proclama, destacando a natureza visível da verdadeira conversão.
• Mudança Tangível:
• A disposição de Zaqueu em doar aos pobres e restituir revela uma mudança tangível em seu coração. A fé que produz obras é evidente aqui, como também destaca Tiago 2:14-17.
• Aceitação e Honra por Jesus:
• Jesus não apenas aceita Zaqueu, mas declara a salvação sobre ele e o identifica como "filho de Abraão". Esse título não é apenas genealógico, mas espiritual, indicando que Zaqueu agora pertence à comunidade da fé.
• Contraste com Fariseus e Escribas:
• Enquanto os fariseus e escribas murmuram sobre a aceitação de Jesus a Zaqueu, Jesus destaca Sua missão de buscar e salvar os perdidos. A atitude dos fariseus contrasta com a graça estendida por Jesus.

Essa passagem em Lucas revela a transformação radical que a graça de Deus pode operar na vida de um indivíduo. Zaqueu, inicialmente visto como excluído e pecador, torna-se um exemplo vivo da busca e salvação que Jesus oferece a todos. A resposta de Zaqueu, marcada pela humildade, alegria e ação tangível, destaca os frutos de uma verdadeira conversão. A ênfase de Jesus na missão de buscar e salvar os perdidos ressoa como um convite universal à redenção e transformação.

Este blog foi feito com muito carinho 💝 para você. Nos abençoe!

II- ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM (Lc 19.28 – 20.47)

1- Montado em um jumentinho (Lc 19.35-36) Então, o trouxeram e, pondo as suas vestes sobre ele, ajudaram Jesus a montar. Indo ele, estendiam no caminho as suas vestes.

Domingo, deu-se a entrada triunfal em Jerusalém. A partir desse ponto, os fatos registrados no evangelho de Lucas se encontram nas seguintes passagens: Domingo: 19.28-44. Segunda-feira: 19.45-48. Terça e quarta: 20.1-22.6. Agora, perto de Betfegé, Jesus, na manhã de domingo, envia dois de Seus discípulos com a instrução de irem à vila que estava adiante deles. Ele lhes assegura que, ao entrarem na vila, encontrarão um jumentinho amarrado. Cristo planejou uma ação dramática quando propôs-se entrar em Jerusalém de tal maneira que a própria ação fosse um sinal inegável de que Ele era o Messias, o Rei Ungido por Deus. Então os discípulos estendem seus mantos sobre o animal para Jesus montar.

2- Multidão jubilosa (Lc 19.37) E, quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto.

Enquanto ele cavalga rumo a Jerusalém, o povo se põe continuamente a forrar a estrada com seus mantos e com palmas para que Ele passasse. A multidão se enche de alegria em jubilosa glória e gritos de louvor ao “Rei que vem”. Nesse momento, porém, Jesus era tão popular que os fariseus não se atreveram a silenciar o povo de uma forma direta. Por isso pediram que Jesus fizesse isso por eles! Somente Lucas registra esse incidente. É também ele quem narra a resposta de Cristo rejeitando a solicitação dos fariseus para fazer calar a multidão: “Asseguro-vos que, se eles se calarem , as próprias pedras clamarão.” Mateus 21.15-16 nos fala de “crianças gritando hosanas”.

Tudo isso era maravilhoso. Mas, em termos gerais, o que Israel queria era seu próprio tipo de Messias, um Messias da terra, um libertador político. Não nos surpreende, pois, que Jesus chorou ao pensar no castigo que aguardava Jerusalém pelo pecado de o haver rejeitado. Isso fica bem claro à luz dos versículos seguintes.

3- Jesus chora à vista de Jerusalém (Lc 19.41-44) Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou (19.41)

Jesus chorou por Jerusalém e, de acordo com a expressão do texto original, (gr. Eklauseri), não somente verteu lágrimas, mas foi tomado de um forte lamento. Essa é a segunda ocasião em que vemos Jesus chorar abertamente, sendo a primeira no túmulo de Lázaro (Jo 11.35). Lá, ele chorou silenciosamente, mas aqui proferiu uma lamentação em alta voz, como era de costume ao prantear os mortos. Fez como o profeta Jeremias ao chorar pela destruição de Jerusalém. Jonas olhou para Nínive e desejou que a cidade fosse destruída (Jn 4.2), enquanto Jesus olhou para Jerusalém e chorou, porque a cidade havia destruído a si mesma. Olhando adiante, Jesus chorou pelo julgamento terrível que sobrevirá à nação, à cidade e ao templo. No ano 70 d.C., os romanos sitiariam Jerusalém por 143 dias, matariam seiscentos mil judeus, levariam milhares cativos e, por fim, destruiriam a cidade e o templo. Podemos pontuar que o choro de Jesus foi motivado pela:

1) cegueira espiritual do Seu povo, que não o reconheceu como Messias e

2 ) certeza do duro julgamento que viria sobre eles.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1. Montado em um Jumentinho (Lucas 19.35-36):

• Cenário Profético:
• A instrução de Jesus para encontrar um jumentinho e o ato de montar nele não foram eventos casuais. Essa ação foi planejada por Jesus para cumprir profecias do Antigo Testamento, especialmente Zacarias 9:9, que diz: "Rejubila muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu Rei; justo e Salvador, humilde, montado num jumento, num jumentinho, cria de animal de carga."
• A Simbologia do Jumentinho:
• Jesus escolhe montar um jumentinho em vez de um cavalo, simbolizando Sua natureza pacífica e messiânica. Ao entrar em Jerusalém dessa maneira, Ele proclama Sua realeza não como um conquistador militar, mas como o Príncipe da Paz.
• A Participação Ativa dos Discípulos:
• A participação dos discípulos, estendendo seus mantos sobre o jumentinho, é um ato de honra e reconhecimento da realeza de Jesus. Essa prática era um gesto de homenagem reservado a reis e líderes.
• A Encenação Profética:
• O evento da entrada triunfal é uma encenação profética, comunicando claramente a natureza messiânica de Jesus e Sua missão de trazer paz e salvação ao Seu povo.

2. Multidão Jubilosa (Lucas 19.37):

• Manifestação Pública de Louvor:
• A resposta da multidão, forrando o caminho com mantos e palmas, é uma demonstração pública de louvor e reconhecimento da realeza de Jesus. O título "Rei que vem" é uma expressão messiânica.
• Contraste com as Expectativas Políticas:
• A multidão esperava um Messias que libertasse politicamente Israel do domínio romano. O louvor reflete essa expectativa, mas a compreensão plena da missão de Jesus ainda não estava clara para muitos.
• Crianças Gritando Hosanas:
• A inclusão de crianças na narrativa, mencionada em Mateus 21:15-16, destaca a autenticidade do louvor. Crianças, muitas vezes mais receptivas e desprovidas de preconceitos, compreendiam intuitivamente quem Jesus era.

3. Jesus Chora à Vista de Jerusalém (Lucas 19.41-44):

• Choro de Jesus:
• O choro de Jesus por Jerusalém é um momento profundamente comovente. Ele chora não apenas em tristeza, mas com um lamento audível, expressando Sua angústia pela cidade que rejeitou a oportunidade da redenção.
• Cegueira Espiritual e Duro Julgamento:
• Jesus chora pela cegueira espiritual do povo de Jerusalém, que não reconheceu a visitação divina. Ele antecipa o julgamento severo que se abateria sobre a cidade, culminando na destruição do templo em 70 d.C.
• Comparação com Jonas:
• A comparação com Jonas destaca a indiferença de Jonas para com Nínive, desejando sua destruição, enquanto Jesus, o Messias, chora pela cidade que em breve enfrentará julgamento.
• Cenário Histórico Cumprido:
• O choro de Jesus encontra seu cumprimento histórico no terrível cerco romano a Jerusalém em 70 d.C., que resultou na destruição do templo e em grande sofrimento para o povo judeu.

Conclusão:

O relato da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém é rico em simbolismo e profecia cumprida. Cada detalhe, desde a escolha do jumentinho até o choro de Jesus, comunica uma mensagem profunda sobre a natureza do Messias e a resposta variada das pessoas à Sua chegada. Essa passagem não apenas confirma as Escrituras, mas também estabelece um contraste entre as expectativas terrenas e a missão espiritual de Jesus. O choro de Jesus por Jerusalém ressalta Sua compaixão, ao mesmo tempo em que prediz o julgamento iminente devido à rejeição da oferta de salvação.

III- ENSINO PROFÉTICO SOBRE O FUTURO (Lc 21.1-38)

Tendo denunciado a hipocrisia dos escribas (20.45-47), Jesus elogia o ato de total confiança de uma viúva que colocou duas moedinhas no tesouro do templo, sendo essas moedas tudo o que ela possuía, (Lc 21.1-4). Prossegue ensinando profeticamente sobre eventos futuros respondendo a duas perguntas registradas em Lucas 21.7: “Perguntaram-lhe: Mestre, quando sucederá isto? E que sinal haverá de quando estas coisas estiverem para se cumprir?”

1- Princípio das dores, não é o fim (Lc 21.8-9) Respondeu ele: Vede que não sejais enganados; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E também: Chegou a hora! Não os sigais (21.8).

Enquanto Jesus e os Doze iam saindo do Templo, seus discípulos fizeram observações sobre suas “formosas pedras”. Jesus respondeu: “Virão dias quando não será deixada uma pedra sobre a outra que não será derrubada”. Aturdidos, esses homens quiseram saber quando isso aconteceria e qual seria o sinal pelo qual saberiam que isso estava para acontecer. Eles pensaram que a destruição iminente do templo significaria já o fim do mundo. Jesus passa a mostrar- lhes que essas duas coisas (a destruição de Jerusalém e o fim do mundo) não coincidirão, e que haverá dois momentos visíveis e distintos em vez de um só, cujos sinais são distintos, mas como alguns são comuns poderiam ser confundidos.

Um desses sinais será o sítio de Jerusalém pelos exércitos invasores; o outro, a manifestação de Jesus no céu, pronto para descer. Jesus afirmou que coisas como guerras, insurreições, terremotos, fomes, pestilências, portentos nos céus, perseguição dos discípulos que seriam entregues até mesmo por parentes próximos. Eles, porém, deveriam considerar essas ocorrências não como o fim, mas como “oportunidades para testificar”. Ele mesmo promete dar-lhes “palavras de sabedoria” para falarem e acrescenta a necessidade de perseverança para vencer.

2- Destruição do templo e de Jerusalém (Lc 21.20-24) Quando, porém , virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. (21.20)

Jesus explica que quando os exércitos iniciassem o cerco, os habitantes da Judeia devem fugir para os montes, os das cidades deveriam sair dela e os do campo deveriam permanecer fora da cidade. Na queda de Jerusalém se cumpririam as profecias do Antigo Testamento. Ele expressa uma profunda preocupação pelas mulheres grávidas e pelas que amamentam. Anuncia que muitos seriam mortos ou levados cativos, e afirma: “até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles.” (w. 20-24).

Quarenta anos depois de Jesus proferir essas palavras, Tito, o general romano, cercou Jerusalém e aconteceu como havia sido relatado pelo Mestre, resultando na maior diáspora de todos os tempos, desde o ano 7 0 d.C. até 14 de maio de 1948, quando Israel retornou ao seu território como nação.

3- A vinda do Filho do Homem (Lc 21.25-28) Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória (21.27).

Jesus prediz certos fenômenos assombrosos que ocorrerão em concomitância com seu regresso: “os poderes dos céus serão abalados”. Lucas acrescenta: “e sobre a terra angústia de nações em perplexidade pelo bramido do mar em furia”. Só Lucas cita as palavras de profunda consolação proferidas por Cristo: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima.” (Lc 21.28). Em conclusão, Jesus acrescenta: “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem”. Aleluia!

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1. Princípio das Dores, Não é o Fim (Lucas 21.8-9):

• Advertência contra Enganos:
• Jesus começa alertando seus discípulos para não serem enganados por falsos messias que surgirão. Ele destaca que muitos virão em Seu nome, afirmando serem o próprio Cristo, e advertiu contra o seguimento cego desses enganadores.
• Distinção Entre Eventos:
• Jesus enfatiza que, embora haja sinais como guerras e perturbações, esses eventos não representam o fim imediato. Ele introduz a ideia de que esses são "princípios das dores", sugerindo que são eventos precursoras antes do cumprimento total da profecia.
• A Importância da Discernimento:
• A exortação de Jesus é relevante para todas as gerações. Ele destaca a importância do discernimento espiritual para distinguir entre eventos temporais e o cumprimento final das profecias.
• A Necessidade de Perseverança:
• Jesus encoraja Seus discípulos a perseverarem, mesmo diante de perseguições. Ele promete dar-lhes palavras de sabedoria e destaca a necessidade de perseverança como parte do testemunho cristão.

2. Destruição do Templo e de Jerusalém (Lucas 21.20-24):

• Sinais da Destruição:
• Jesus prediz especificamente a destruição do templo em Jerusalém. Ele instrui sobre os sinais que indicarão a proximidade desse evento, incluindo o cerco da cidade pelos exércitos.
• Fuga dos Habitantes:
• Jesus aconselha os habitantes a fugirem quando virem Jerusalém sitiada. Essa fuga foi crucial para a sobrevivência, e a história registra que os cristãos, seguindo esse conselho, escaparam da destruição.
• Cumprimento Histórico:
• Essas profecias encontraram cumprimento histórico no ano 70 d.C., quando os romanos, sob o comando de Tito, destruíram Jerusalém e o templo, resultando na dispersão dos judeus.

3. A Vinda do Filho do Homem (Lucas 21.25-28):

• Fenômenos Celestiais e Terrestres:
• Jesus descreve fenômenos celestiais e terrestres associados à Sua segunda vinda. Ele menciona perturbações nos céus e na terra, como o bramido do mar em fúria. Esses eventos cósmicos apontam para a grandeza e majestade de Sua vinda.
• Exortação à Alegria e Vigilância:
• Diante desses eventos, Jesus encoraja a alegria e a elevação da cabeça, pois a redenção se aproxima. A ideia é que, embora esses eventos sejam poderosos, eles são precursores da libertação final dos crentes.
• A Necessidade de Vigilância e Oração:
• Jesus conclui com uma exortação à vigilância e oração. Ele instrui os discípulos a permanecerem alertas e a orarem continuamente para escaparem das tribulações vindouras e permanecerem firmes na presença do Filho do Homem.

Conclusão:

Esses ensinamentos proféticos de Jesus abrangem eventos que se estendem desde a destruição de Jerusalém até Sua segunda vinda. Ele fornece aos discípulos sinais para reconhecerem, instruções práticas para sobreviverem aos eventos iminentes e uma visão da majestade de Sua segunda vinda. O contexto histórico dessas profecias demonstra seu cumprimento preciso, destacando a confiabilidade das palavras de Jesus. A exortação à vigilância e oração permanece como uma mensagem atemporal para os seguidores de Cristo em todas as eras.

APLICAÇÃO PESSOAL

Jesus voltará e arrebatará os que esperam vigilantes à Sua volta, sem dar ouvidos aos falsos ensinos que negam, marcam data ou vivem como se Jesus jamais fosse voltar. Maranata!

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Aplicação Pessoal: Jesus Voltará e o Chamado à Vigilância:

• Jesus Voltará:
• A promessa da segunda vinda de Jesus é uma verdade central nas Escrituras. Jesus mesmo afirmou em João 14:3 que voltaria para levar os Seus discípulos. Essa esperança é reiterada em várias passagens do Novo Testamento (1 Tessalonicenses 4:16-17; Apocalipse 22:20), enfatizando a certeza desse evento.
• Arrebatamento e Vigilância:
• A ideia de que Jesus arrebatará aqueles que O aguardam vigilantes está alinhada com ensinamentos bíblicos, como em 1 Tessalonicenses 5:2-6, onde Paulo destaca a importância da vigilância diante do desconhecido tempo da volta de Cristo. O arrebatamento refere-se ao evento em que os crentes serão instantaneamente levados para encontrar o Senhor nos ares.
• Evitar Falsos Ensinos e Marcação de Datas:
• O alerta para não dar ouvidos a falsos ensinos é consistente com as advertências de Jesus e dos apóstolos (Mateus 24:4-5; 2 Pedro 2:1). Muitos tentarão prever datas específicas ou distorcer a mensagem da volta de Jesus. No entanto, a Bíblia enfatiza que nem mesmo o Filho conhece a hora exata (Mateus 24:36).
• Viver em Constante Expectativa:
• A expressão "Maranata!" é uma palavra aramaica que significa "Vem, Senhor!" Essa exclamação reflete a postura do coração que anseia pela volta de Jesus. Paulo utiliza essa expressão em 1 Coríntios 16:22, evidenciando a expectativa constante e a antecipação da volta do Senhor entre os crentes primitivos.
• Contexto da Vigilância Contínua:
• O contexto bíblico da vigilância contínua é destacado nas parábolas de Jesus, como a Parábola das Dez Virgens (Mateus 25:1-13). Aquelas que estavam vigilantes e preparadas foram as que entraram com o noivo quando ele chegou. Isso ilustra a importância de viver em constante prontidão espiritual.
• O Chamado à Santidade e Serviço:
• A expectativa da volta de Jesus não deve levar a uma passividade, mas a um compromisso ativo com a santidade e o serviço. Pedro exorta os crentes a viverem de maneira santa e piedosa, "esperando e apressando a vinda do dia de Deus" (2 Pedro 3:11-12). A antecipação da volta de Jesus deve influenciar positivamente a forma como vivemos.

Conclusão:

A aplicação pessoal desses princípios é crucial para os cristãos. Viver na constante expectativa da volta de Jesus não apenas traz consolo e esperança, mas também molda nossa conduta diária. A vigilância espiritual, a rejeição de falsos ensinos sensacionalistas e a dedicação à santidade e serviço são elementos integrados ao chamado cristão enquanto aguardamos ansiosamente o glorioso retorno do nosso Senhor e Salvador. "Maranata!", que ecoa através dos séculos, continua a ser a expressão da esperança que impulsiona a vida cristã.

RESPONDA

1- Talvez Zaqueu tivesse ouvido acerca deste rabino excepcional, conhecido como AMIGO DOS PESCADORES, inclusive dos publicanos.
2- A multidão se enche de alegria em jubilosa glória e gritos de louvor ao REI QUE VEM
3- Na queda de Jerusalém se CUMPRIRAM AS PROFECIAS do Antigo Testamento

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