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SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
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OBJETIVOS
PARA COMEÇAR A AULA
A princípio, convide a classe a refletir: você acha que as pessoas que lhe cercam gostam de quem você é ou apenas de quem você aparenta ser? Se pudesse abrir o seu coração diante delas, e elas diante de você, continuariam a lhe enxergar da mesma forma? Talvez nossos pecados sejam diferentes, mas somos tão pecadores e carentes de Deus como os discípulos que associaram a dor do cego com seu pecado e tanto quanto os acusadores da mulher que foi pega em ato de adultério.
LEITURA ADICIONAL
TEXTO ÁUREO
Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. João 8.11
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Análise Bíblica e Contextual de João 8:11
Texto Áureo:
"Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais." João 8:11
Contexto
O versículo em análise faz parte de uma passagem maior que é conhecida como a história da mulher adúltera (João 8:1-11). Esta narrativa descreve um incidente em que os escribas e fariseus trazem a Jesus uma mulher apanhada em adultério. Eles questionam Jesus sobre qual deveria ser a punição dela, tentando colocá-lo em uma posição difícil, pois a Lei de Moisés exigia que tal mulher fosse apedrejada (Levítico 20:10), mas os romanos proibiam os judeus de realizarem execuções (João 18:31).
Jesus responde de maneira sábia e compassiva, desafiando aqueles que estavam prontos para condenar a mulher a refletirem sobre seus próprios pecados: "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela" (João 8:7). Um por um, os acusadores vão embora, deixando Jesus e a mulher sozinhos.
Análise das Palavras em Grego
1. "Ninguém, Senhor" (Οὐδεὶς, Κύριε)
- Οὐδεὶς (oudeis): Significa "ninguém" ou "nenhum". A palavra é um pronome indefinido que denota a ausência completa de pessoas.
- Κύριε (Kyrie): Traduzido como "Senhor", é uma forma de respeito e reconhecimento da autoridade de Jesus. Esta palavra pode ser usada em um sentido reverencial, indicando que a mulher reconhece a autoridade de Jesus.
2. "Nem eu tampouco te condeno" (Οὐδὲ ἐγώ σε κατακρίνω)
- Οὐδὲ (oude): Significa "nem" ou "tampouco". É uma conjunção usada para unir duas negações.
- ἐγώ (egō): "Eu", usado aqui para enfatizar a pessoa de Jesus em contraste com os outros que se retiraram.
- σε (se): Pronome pessoal "você" ou "te", referindo-se diretamente à mulher.
- κατακρίνω (katakrinō): Este verbo significa "condenar" ou "julgar contra". Deriva da preposição "κατά" (kata), que implica "contra", e "κρίνω" (krinō), que significa "julgar". Jesus está dizendo que Ele não passa um julgamento condenatório sobre a mulher.
3. "Vai e não peques mais" (Ὕπαγε καὶ ἀπὸ τοῦ νῦν μηκέτι ἁμάρτανε)
- Ὕπαγε (hypage): Imperativo de "ὑπάγω" (hypagō), que significa "ir" ou "ir embora". Aqui é uma instrução para a mulher seguir seu caminho.
- καὶ (kai): Conjunção "e".
- ἀπὸ τοῦ νῦν (apo tou nyn): Literalmente "de agora em diante". Indica um novo começo a partir deste momento.
- μηκέτι (mēketi): Significa "não mais" ou "nunca mais".
- ἁμάρτανε (hamartane): Imperativo presente de "ἁμαρτάνω" (hamartanō), que significa "pecar". A forma presente do verbo aqui implica uma ação contínua, então Jesus está instruindo a mulher a não continuar em um estilo de vida pecaminoso.
Reflexão Teológica e Moral
A declaração de Jesus "Nem eu tampouco te condeno" reflete a essência da Sua missão: Ele veio para salvar, não para condenar (João 3:17). A resposta de Jesus não minimiza o pecado, mas oferece uma oportunidade de arrependimento e mudança. A instrução "vai e não peques mais" ressalta a necessidade de transformação moral e espiritual.
Conclusão
João 8:11 encapsula a mensagem de graça e verdade de Jesus. Ele confronta o pecado, mas oferece misericórdia e uma chance de mudança. Ao dizer "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais", Jesus revela o coração do evangelho: uma chamada ao arrependimento acompanhada pela oferta de perdão.
Esta passagem desafia os crentes a refletirem sobre a graça que receberam e a viverem de acordo com os padrões morais elevados que Jesus ensinou. Ao mesmo tempo, lembra a todos da importância de não julgar os outros, reconhecendo que todos necessitam da graça divina.
Análise Bíblica e Contextual de João 8:11
Texto Áureo:
"Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais." João 8:11
Contexto
O versículo em análise faz parte de uma passagem maior que é conhecida como a história da mulher adúltera (João 8:1-11). Esta narrativa descreve um incidente em que os escribas e fariseus trazem a Jesus uma mulher apanhada em adultério. Eles questionam Jesus sobre qual deveria ser a punição dela, tentando colocá-lo em uma posição difícil, pois a Lei de Moisés exigia que tal mulher fosse apedrejada (Levítico 20:10), mas os romanos proibiam os judeus de realizarem execuções (João 18:31).
Jesus responde de maneira sábia e compassiva, desafiando aqueles que estavam prontos para condenar a mulher a refletirem sobre seus próprios pecados: "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela" (João 8:7). Um por um, os acusadores vão embora, deixando Jesus e a mulher sozinhos.
Análise das Palavras em Grego
1. "Ninguém, Senhor" (Οὐδεὶς, Κύριε)
- Οὐδεὶς (oudeis): Significa "ninguém" ou "nenhum". A palavra é um pronome indefinido que denota a ausência completa de pessoas.
- Κύριε (Kyrie): Traduzido como "Senhor", é uma forma de respeito e reconhecimento da autoridade de Jesus. Esta palavra pode ser usada em um sentido reverencial, indicando que a mulher reconhece a autoridade de Jesus.
2. "Nem eu tampouco te condeno" (Οὐδὲ ἐγώ σε κατακρίνω)
- Οὐδὲ (oude): Significa "nem" ou "tampouco". É uma conjunção usada para unir duas negações.
- ἐγώ (egō): "Eu", usado aqui para enfatizar a pessoa de Jesus em contraste com os outros que se retiraram.
- σε (se): Pronome pessoal "você" ou "te", referindo-se diretamente à mulher.
- κατακρίνω (katakrinō): Este verbo significa "condenar" ou "julgar contra". Deriva da preposição "κατά" (kata), que implica "contra", e "κρίνω" (krinō), que significa "julgar". Jesus está dizendo que Ele não passa um julgamento condenatório sobre a mulher.
3. "Vai e não peques mais" (Ὕπαγε καὶ ἀπὸ τοῦ νῦν μηκέτι ἁμάρτανε)
- Ὕπαγε (hypage): Imperativo de "ὑπάγω" (hypagō), que significa "ir" ou "ir embora". Aqui é uma instrução para a mulher seguir seu caminho.
- καὶ (kai): Conjunção "e".
- ἀπὸ τοῦ νῦν (apo tou nyn): Literalmente "de agora em diante". Indica um novo começo a partir deste momento.
- μηκέτι (mēketi): Significa "não mais" ou "nunca mais".
- ἁμάρτανε (hamartane): Imperativo presente de "ἁμαρτάνω" (hamartanō), que significa "pecar". A forma presente do verbo aqui implica uma ação contínua, então Jesus está instruindo a mulher a não continuar em um estilo de vida pecaminoso.
Reflexão Teológica e Moral
A declaração de Jesus "Nem eu tampouco te condeno" reflete a essência da Sua missão: Ele veio para salvar, não para condenar (João 3:17). A resposta de Jesus não minimiza o pecado, mas oferece uma oportunidade de arrependimento e mudança. A instrução "vai e não peques mais" ressalta a necessidade de transformação moral e espiritual.
Conclusão
João 8:11 encapsula a mensagem de graça e verdade de Jesus. Ele confronta o pecado, mas oferece misericórdia e uma chance de mudança. Ao dizer "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais", Jesus revela o coração do evangelho: uma chamada ao arrependimento acompanhada pela oferta de perdão.
Esta passagem desafia os crentes a refletirem sobre a graça que receberam e a viverem de acordo com os padrões morais elevados que Jesus ensinou. Ao mesmo tempo, lembra a todos da importância de não julgar os outros, reconhecendo que todos necessitam da graça divina.
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
Jo 8.1-11; 9.1-11
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
João 8:1-11: A Mulher Adúltera
Contexto Geral:
Nesta passagem, os escribas e fariseus trazem a Jesus uma mulher apanhada em adultério, tentando-o a decidir se ela deve ser apedrejada conforme a Lei de Moisés. Jesus responde desafiando qualquer um que não tivesse pecado a atirar a primeira pedra. Todos se retiram, deixando Jesus e a mulher, e Ele a perdoa, dizendo-lhe para não pecar mais.
Análise Versículo por Versículo:
João 8:1
"Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras."
- Ἰησοῦς (Iēsous): Jesus, o nome em grego.
- Ὄρος τῶν Ἐλαιῶν (Oros tōn Elaiōn): Monte das Oliveiras, um local de oração e retiro.
João 8:2
"E, pela manhã cedo, voltou ao templo, e todo o povo vinha ter com ele; e, sentado, os ensinava."
- Ἐν δε τῇ ὄρθρῳ (En de tē orthrō): "Pela manhã cedo", indicando a dedicação de Jesus.
- ἱερὸν (hieron): Templo, o lugar central de ensino religioso.
- ἐδίδασκεν (edidasken): Imperfeito de "ensinar", indicando uma ação contínua.
João 8:3
"Os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e, pondo-a no meio,"
- γραμματεῖς (grammateis): Escribas, especialistas na Lei.
- Φαρισαῖοι (Pharisaioi): Fariseus, um grupo religioso rigoroso.
- μοιχεία (moicheia): Adultério, um pecado grave segundo a Lei de Moisés.
João 8:4
"Disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada no próprio ato de adulterar."
- διδάσκαλε (didaskale): Mestre, um título de respeito para Jesus.
- ἁμαρτάνουσα (hamartanousa): Pecando, part. presente ativo, mostrando uma ação contínua.
João 8:5
"E na Lei nos mandou Moisés que tais sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?"
- λιθάζειν (lithazein): Apedrejar, a pena prescrita pela Lei de Moisés.
João 8:6
"Isto diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra."
- πειράζοντες (peirazontes): Tentando, testando Jesus.
- ἔγραφεν (egraphein): Imperfeito de "escrever", indicando uma ação prolongada.
João 8:7
"E, como insistissem na pergunta, ergueu-se e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela."
- ἀνακύψας (anakupsas): Levantando-se, indicando um ato de autoridade.
- ἀναμάρτητος (anamartētos): Sem pecado, um adjetivo que desafia a autojustificação.
João 8:8
"E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra."
- πάλιν (palin): Novamente, indicando continuidade na ação.
João 8:9
"Mas, ouvindo eles isto, e acusados pela própria consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio."
- συνείδησις (syneidēsis): Consciência, indicando introspecção moral.
- πρεσβύτεροι (presbyteroi): Mais velhos, talvez sugerindo maior reflexão moral.
João 8:10
"E, endireitando-se Jesus e não vendo a ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?"
- γυνή (gynē): Mulher, um termo respeitoso e comum.
- κατακρίνω (katakrinō): Condenar, julgar contra.
João 8:11
"E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais."
- Κύριε (Kyrie): Senhor, indicando respeito e reconhecimento da autoridade de Jesus.
- ἁμάρτανε (hamartane): Pecar, no imperativo presente, indicando uma instrução para cessar um comportamento contínuo.
João 9:1-11: A Cura do Cego de Nascença
Contexto Geral:
Esta passagem narra a cura de um homem cego de nascença por Jesus. Os discípulos perguntam se o pecado foi a causa da cegueira, mas Jesus esclarece que foi para que as obras de Deus fossem manifestas.
Análise Versículo por Versículo:
João 9:1
"E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença."
- τυφλὸν (typhlon): Cego, indicando a condição física do homem.
- ἐκ γενετῆς (ek genetēs): De nascença, destacando a permanência da condição.
João 9:2
"E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?"
- Ῥαββί (Rabbi): Rabi, mestre, título de respeito.
- ἥμαρτεν (hēmarten): Pecou, verbo no aoristo, indicando uma ação específica.
João 9:3
"Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus."
- ἔργα τοῦ θεοῦ (erga tou theou): Obras de Deus, indicando as ações divinas.
João 9:4
"Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar."
- ἡμέρα (hēmera): Dia, simbolizando tempo de ação.
- νύξ (nyx): Noite, simbolizando um tempo de inatividade ou dificuldade.
João 9:5
"Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo."
- φῶς τοῦ κόσμου (phōs tou kosmou): Luz do mundo, um símbolo de revelação e salvação.
João 9:6
"Dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego."
- πηλὸν (pēlon): Lodo, barro, simbolizando um ato criativo.
João 9:7
"E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo."
- Σιλωάμ (Silōam): Siloé, um tanque de água.
- ἀποστέλλω (apostellō): Enviado, simbolizando a missão de Jesus.
João 9:8
"Então os vizinhos e aqueles que antes o tinham visto que era cego diziam: Não é este aquele que estava assentado e mendigava?"
- ἐπαίτης (epaitēs): Mendigo, indicando sua condição social.
João 9:9
"Uns diziam: É este. E outros: Parece-se com ele. Ele dizia: Sou eu."
- ἐγώ εἰμι (egō eimi): Eu sou, uma afirmação de identidade.
João 9:10
"Diziam-lhe, pois: Como se te abriram os olhos?"
- ἀνεῴχθησάν (aneōchthēsan): Foram abertos, verbo passivo, indicando a ação de Deus.
João 9:11
"Ele respondeu, e disse: O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Fui, pois, e lavei-me, e vi."
- ὁ λεγόμενος Ἰησοῦς (ho legomenos Iēsous): Chamado Jesus, identificando a fonte da cura.
Reflexão Teológica
João 8:1-11: A história da mulher adúltera ressalta a misericórdia e justiça de Jesus. Ele não condena, mas também não ignora o pecado, oferecendo um chamado ao arrependimento.
João 9:1-11: A cura do cego de nascença enfatiza que as dificuldades podem ser oportunidades para manifestar a glória de Deus. Jesus é a luz do mundo, trazendo visão espiritual e física.
Conclusão
Essas passagens mostram aspectos importantes do ministério de Jesus: sua misericórdia, justiça, poder de cura, e a revelação da glória de Deus através de suas ações. Ambos os relatos destacam a necessidade de uma resposta pessoal à graça e verdade reveladas por Jesus.
João 8:1-11: A Mulher Adúltera
Contexto Geral:
Nesta passagem, os escribas e fariseus trazem a Jesus uma mulher apanhada em adultério, tentando-o a decidir se ela deve ser apedrejada conforme a Lei de Moisés. Jesus responde desafiando qualquer um que não tivesse pecado a atirar a primeira pedra. Todos se retiram, deixando Jesus e a mulher, e Ele a perdoa, dizendo-lhe para não pecar mais.
Análise Versículo por Versículo:
João 8:1
"Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras."
- Ἰησοῦς (Iēsous): Jesus, o nome em grego.
- Ὄρος τῶν Ἐλαιῶν (Oros tōn Elaiōn): Monte das Oliveiras, um local de oração e retiro.
João 8:2
"E, pela manhã cedo, voltou ao templo, e todo o povo vinha ter com ele; e, sentado, os ensinava."
- Ἐν δε τῇ ὄρθρῳ (En de tē orthrō): "Pela manhã cedo", indicando a dedicação de Jesus.
- ἱερὸν (hieron): Templo, o lugar central de ensino religioso.
- ἐδίδασκεν (edidasken): Imperfeito de "ensinar", indicando uma ação contínua.
João 8:3
"Os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e, pondo-a no meio,"
- γραμματεῖς (grammateis): Escribas, especialistas na Lei.
- Φαρισαῖοι (Pharisaioi): Fariseus, um grupo religioso rigoroso.
- μοιχεία (moicheia): Adultério, um pecado grave segundo a Lei de Moisés.
João 8:4
"Disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada no próprio ato de adulterar."
- διδάσκαλε (didaskale): Mestre, um título de respeito para Jesus.
- ἁμαρτάνουσα (hamartanousa): Pecando, part. presente ativo, mostrando uma ação contínua.
João 8:5
"E na Lei nos mandou Moisés que tais sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?"
- λιθάζειν (lithazein): Apedrejar, a pena prescrita pela Lei de Moisés.
João 8:6
"Isto diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra."
- πειράζοντες (peirazontes): Tentando, testando Jesus.
- ἔγραφεν (egraphein): Imperfeito de "escrever", indicando uma ação prolongada.
João 8:7
"E, como insistissem na pergunta, ergueu-se e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela."
- ἀνακύψας (anakupsas): Levantando-se, indicando um ato de autoridade.
- ἀναμάρτητος (anamartētos): Sem pecado, um adjetivo que desafia a autojustificação.
João 8:8
"E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra."
- πάλιν (palin): Novamente, indicando continuidade na ação.
João 8:9
"Mas, ouvindo eles isto, e acusados pela própria consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio."
- συνείδησις (syneidēsis): Consciência, indicando introspecção moral.
- πρεσβύτεροι (presbyteroi): Mais velhos, talvez sugerindo maior reflexão moral.
João 8:10
"E, endireitando-se Jesus e não vendo a ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?"
- γυνή (gynē): Mulher, um termo respeitoso e comum.
- κατακρίνω (katakrinō): Condenar, julgar contra.
João 8:11
"E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais."
- Κύριε (Kyrie): Senhor, indicando respeito e reconhecimento da autoridade de Jesus.
- ἁμάρτανε (hamartane): Pecar, no imperativo presente, indicando uma instrução para cessar um comportamento contínuo.
João 9:1-11: A Cura do Cego de Nascença
Contexto Geral:
Esta passagem narra a cura de um homem cego de nascença por Jesus. Os discípulos perguntam se o pecado foi a causa da cegueira, mas Jesus esclarece que foi para que as obras de Deus fossem manifestas.
Análise Versículo por Versículo:
João 9:1
"E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença."
- τυφλὸν (typhlon): Cego, indicando a condição física do homem.
- ἐκ γενετῆς (ek genetēs): De nascença, destacando a permanência da condição.
João 9:2
"E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?"
- Ῥαββί (Rabbi): Rabi, mestre, título de respeito.
- ἥμαρτεν (hēmarten): Pecou, verbo no aoristo, indicando uma ação específica.
João 9:3
"Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus."
- ἔργα τοῦ θεοῦ (erga tou theou): Obras de Deus, indicando as ações divinas.
João 9:4
"Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar."
- ἡμέρα (hēmera): Dia, simbolizando tempo de ação.
- νύξ (nyx): Noite, simbolizando um tempo de inatividade ou dificuldade.
João 9:5
"Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo."
- φῶς τοῦ κόσμου (phōs tou kosmou): Luz do mundo, um símbolo de revelação e salvação.
João 9:6
"Dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego."
- πηλὸν (pēlon): Lodo, barro, simbolizando um ato criativo.
João 9:7
"E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo."
- Σιλωάμ (Silōam): Siloé, um tanque de água.
- ἀποστέλλω (apostellō): Enviado, simbolizando a missão de Jesus.
João 9:8
"Então os vizinhos e aqueles que antes o tinham visto que era cego diziam: Não é este aquele que estava assentado e mendigava?"
- ἐπαίτης (epaitēs): Mendigo, indicando sua condição social.
João 9:9
"Uns diziam: É este. E outros: Parece-se com ele. Ele dizia: Sou eu."
- ἐγώ εἰμι (egō eimi): Eu sou, uma afirmação de identidade.
João 9:10
"Diziam-lhe, pois: Como se te abriram os olhos?"
- ἀνεῴχθησάν (aneōchthēsan): Foram abertos, verbo passivo, indicando a ação de Deus.
João 9:11
"Ele respondeu, e disse: O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Fui, pois, e lavei-me, e vi."
- ὁ λεγόμενος Ἰησοῦς (ho legomenos Iēsous): Chamado Jesus, identificando a fonte da cura.
Reflexão Teológica
João 8:1-11: A história da mulher adúltera ressalta a misericórdia e justiça de Jesus. Ele não condena, mas também não ignora o pecado, oferecendo um chamado ao arrependimento.
João 9:1-11: A cura do cego de nascença enfatiza que as dificuldades podem ser oportunidades para manifestar a glória de Deus. Jesus é a luz do mundo, trazendo visão espiritual e física.
Conclusão
Essas passagens mostram aspectos importantes do ministério de Jesus: sua misericórdia, justiça, poder de cura, e a revelação da glória de Deus através de suas ações. Ambos os relatos destacam a necessidade de uma resposta pessoal à graça e verdade reveladas por Jesus.
VERDADE PRÁTICA
Jesus continua salvando pecadores e curando enfermos.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Verdade Prática: Jesus Continua Salvando Pecadores e Curando Enfermos
Verdade Prática:
"Jesus continua salvando pecadores e curando enfermos."
Análise Bíblica Profunda
1. Salvação de Pecadores
1.1. A Missão de Jesus
A missão de Jesus, conforme descrita nos Evangelhos, é principalmente a salvação dos pecadores. Em Lucas 19:10, Jesus declara: "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido."
1.2. Graça e Perdão
A graça de Deus através de Jesus é uma oferta contínua de perdão e restauração. João 3:16 é um versículo central que destaca essa oferta: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
1.3. O Papel da Fé
A salvação é recebida pela fé em Jesus Cristo. Romanos 10:9-10 explica: "Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação."
2. Cura dos Enfermos
2.1. Ministério de Cura de Jesus
Durante o seu ministério terreno, Jesus realizou muitas curas, demonstrando seu poder divino e compaixão. Em Mateus 4:23, lemos: "E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas deles, pregando o evangelho do reino e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo."
2.2. Poder de Jesus Sobre a Doença
Os Evangelhos relatam numerosos milagres de cura, incluindo a cura de leprosos (Lucas 5:12-16), de paralíticos (Mateus 9:1-8), e de muitos outros tipos de doenças e condições. Em Marcos 5:34, Jesus diz à mulher com o fluxo de sangue: "Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal."
2.3. Continuidade do Ministério de Cura
A cura não terminou com a ascensão de Jesus. Em Atos dos Apóstolos, vemos que os discípulos continuaram a realizar curas em nome de Jesus, evidenciando a continuidade do poder curador de Cristo através do Espírito Santo. Atos 3:6-7 relata a cura de um homem coxo por Pedro: "Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda."
Referências e Contexto
1. Contexto da Salvação
1.1. João 8:1-11
O relato da mulher adúltera ilustra a salvação oferecida por Jesus. Apesar de ser culpada, Jesus não a condena, mas lhe oferece uma nova oportunidade de vida ao dizer: "Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais."
1.2. João 3:16-17
A passagem enfatiza o amor de Deus e a missão de Jesus de salvar, não de condenar: "Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele."
2. Contexto da Cura
2.1. João 9:1-11
A cura do cego de nascença é um poderoso testemunho do poder de Jesus para curar tanto física quanto espiritualmente. Jesus declara ser a "luz do mundo" (João 9:5) e demonstra isso ao devolver a visão ao homem cego.
2.2. Mateus 8:16-17
Esta passagem conecta as curas de Jesus ao cumprimento das profecias messiânicas: "E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos. Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças."
Reflexão Teológica
A mensagem de Jesus como Salvador e Curador é central ao cristianismo. Ele oferece perdão e transformação para os pecadores e alívio e cura para os enfermos. Este ministério não foi apenas histórico, mas continua através do poder do Espírito Santo e da obra da igreja.
1. Salvação
- Teologia da Graça: A graça é um dom imerecido de Deus, manifestado em Jesus Cristo. Efésios 2:8-9 afirma: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie."
- Justificação pela Fé: A doutrina de que a salvação é pela fé em Jesus Cristo é central ao Novo Testamento. Romanos 5:1 diz: "Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo."
2. Cura
- Cura e Expiação: A cura física é vista como parte da expiação de Cristo, onde Isaías 53:4-5 é frequentemente citado: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si... e pelas suas pisaduras fomos sarados."
- Continuidade do Poder de Cura: A obra curadora de Jesus continua na igreja, como visto nos dons espirituais descritos em 1 Coríntios 12:9-10, que incluem "dons de curar".
Conclusão
A verdade prática de que Jesus continua salvando pecadores e curando enfermos é bem fundamentada nas Escrituras. A missão de Jesus envolve uma oferta contínua de salvação e cura, manifestada tanto durante seu ministério terreno quanto através da igreja pelo Espírito Santo. Este contínuo ministério de graça e poder de Jesus oferece esperança e transformação para todos os que crêem.
Verdade Prática: Jesus Continua Salvando Pecadores e Curando Enfermos
Verdade Prática:
"Jesus continua salvando pecadores e curando enfermos."
Análise Bíblica Profunda
1. Salvação de Pecadores
1.1. A Missão de Jesus
A missão de Jesus, conforme descrita nos Evangelhos, é principalmente a salvação dos pecadores. Em Lucas 19:10, Jesus declara: "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido."
1.2. Graça e Perdão
A graça de Deus através de Jesus é uma oferta contínua de perdão e restauração. João 3:16 é um versículo central que destaca essa oferta: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
1.3. O Papel da Fé
A salvação é recebida pela fé em Jesus Cristo. Romanos 10:9-10 explica: "Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação."
2. Cura dos Enfermos
2.1. Ministério de Cura de Jesus
Durante o seu ministério terreno, Jesus realizou muitas curas, demonstrando seu poder divino e compaixão. Em Mateus 4:23, lemos: "E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas deles, pregando o evangelho do reino e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo."
2.2. Poder de Jesus Sobre a Doença
Os Evangelhos relatam numerosos milagres de cura, incluindo a cura de leprosos (Lucas 5:12-16), de paralíticos (Mateus 9:1-8), e de muitos outros tipos de doenças e condições. Em Marcos 5:34, Jesus diz à mulher com o fluxo de sangue: "Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal."
2.3. Continuidade do Ministério de Cura
A cura não terminou com a ascensão de Jesus. Em Atos dos Apóstolos, vemos que os discípulos continuaram a realizar curas em nome de Jesus, evidenciando a continuidade do poder curador de Cristo através do Espírito Santo. Atos 3:6-7 relata a cura de um homem coxo por Pedro: "Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda."
Referências e Contexto
1. Contexto da Salvação
1.1. João 8:1-11
O relato da mulher adúltera ilustra a salvação oferecida por Jesus. Apesar de ser culpada, Jesus não a condena, mas lhe oferece uma nova oportunidade de vida ao dizer: "Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais."
1.2. João 3:16-17
A passagem enfatiza o amor de Deus e a missão de Jesus de salvar, não de condenar: "Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele."
2. Contexto da Cura
2.1. João 9:1-11
A cura do cego de nascença é um poderoso testemunho do poder de Jesus para curar tanto física quanto espiritualmente. Jesus declara ser a "luz do mundo" (João 9:5) e demonstra isso ao devolver a visão ao homem cego.
2.2. Mateus 8:16-17
Esta passagem conecta as curas de Jesus ao cumprimento das profecias messiânicas: "E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos. Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças."
Reflexão Teológica
A mensagem de Jesus como Salvador e Curador é central ao cristianismo. Ele oferece perdão e transformação para os pecadores e alívio e cura para os enfermos. Este ministério não foi apenas histórico, mas continua através do poder do Espírito Santo e da obra da igreja.
1. Salvação
- Teologia da Graça: A graça é um dom imerecido de Deus, manifestado em Jesus Cristo. Efésios 2:8-9 afirma: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie."
- Justificação pela Fé: A doutrina de que a salvação é pela fé em Jesus Cristo é central ao Novo Testamento. Romanos 5:1 diz: "Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo."
2. Cura
- Cura e Expiação: A cura física é vista como parte da expiação de Cristo, onde Isaías 53:4-5 é frequentemente citado: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si... e pelas suas pisaduras fomos sarados."
- Continuidade do Poder de Cura: A obra curadora de Jesus continua na igreja, como visto nos dons espirituais descritos em 1 Coríntios 12:9-10, que incluem "dons de curar".
Conclusão
A verdade prática de que Jesus continua salvando pecadores e curando enfermos é bem fundamentada nas Escrituras. A missão de Jesus envolve uma oferta contínua de salvação e cura, manifestada tanto durante seu ministério terreno quanto através da igreja pelo Espírito Santo. Este contínuo ministério de graça e poder de Jesus oferece esperança e transformação para todos os que crêem.
DEVOCIONAL DIÁRIO
INTRODUÇÃO
Jesus estava ensinando no templo, quando foi interrompido pelos escribas e fariseus que traziam uma mulher apanhada em adultério. Depois que Jesus frustrou os desígnios dos acusadores da mulher, Ele se apresenta como a verdade que liberta e, em seguida, caminha para curar um cego de nascença. São lindos fatos inéditos do Evangelho segundo João.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Introdução e Comentário Bíblico
Contexto:
Jesus estava ensinando no templo quando foi interrompido pelos escribas e fariseus, que trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Após frustrar os desígnios dos acusadores da mulher, Ele se apresenta como a verdade que liberta e, em seguida, cura um cego de nascença. São eventos marcantes no Evangelho segundo João, que revelam a profundidade da graça e poder de Jesus.
Comentário Bíblico
João 8:1-11: A Mulher Adúltera
Interrupção e Tentativa de Armadilha:
Os escribas e fariseus tentam armar uma cilada para Jesus ao trazerem uma mulher apanhada em adultério. Eles querem ver se Jesus irá contradizer a Lei de Moisés, que prescreve a morte para tais pecados (Levítico 20:10; Deuteronômio 22:22).
Resposta de Jesus:
Em vez de entrar na discussão legal, Jesus usa a oportunidade para expor a hipocrisia dos acusadores. Sua resposta, "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela" (João 8:7), revela a universalidade do pecado e a necessidade de misericórdia. Um por um, os acusadores se retiram, condenados pela própria consciência.
Perdão e Instrução:
Jesus então se volta para a mulher, dizendo: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais" (João 8:11). Ele oferece perdão e uma nova chance de vida, mas também a instrui a abandonar o pecado. Esse ato de misericórdia é um exemplo poderoso do ministério de Jesus, que veio para salvar, não para condenar (João 3:17).
Comentário de Eruditos Cristãos:
- William Barclay: Em seu comentário sobre João, Barclay destaca a compaixão e sabedoria de Jesus ao lidar com uma situação tão delicada. Ele observa que Jesus não nega a Lei, mas oferece uma interpretação que destaca a misericórdia sobre o julgamento .
- Matthew Henry: Henry sublinha a habilidade de Jesus em desafiar os hipócritas e, ao mesmo tempo, oferecer esperança e redenção à mulher. Ele observa que a instrução de Jesus à mulher para não pecar mais é um chamado à santidade após a experiência da graça divina .
João 9:1-11: A Cura do Cego de Nascença
A Questão do Pecado e da Doença:
Os discípulos perguntam a Jesus se o cego de nascença está nessa condição por causa do pecado dele ou dos pais. Jesus responde que nem ele nem os pais pecaram, mas que a cegueira existe para que as obras de Deus se manifestem nele (João 9:3).
Milagre de Cura:
Jesus cura o homem cego de nascença de maneira inusitada: Ele cospe no chão, faz lodo com a saliva e unge os olhos do cego, mandando-o lavar-se no tanque de Siloé. O homem obedece e volta vendo (João 9:6-7).
Símbolos e Significados:
A cura física simboliza a cura espiritual que Jesus oferece. A ação de Jesus de usar lodo e o tanque de Siloé (que significa "Enviado") sublinha a missão messiânica de Jesus como o enviado de Deus que traz luz ao mundo (João 9:5).
Comentário de Eruditos Cristãos:
- F.F. Bruce: Em seu comentário sobre João, Bruce destaca que este milagre é uma demonstração clara da identidade de Jesus como a luz do mundo. Ele observa que a cura do cego é um sinal que aponta para a verdade mais profunda da salvação e iluminação espiritual que Jesus traz .
- Leon Morris: Morris enfatiza que este milagre ilustra o tema joanino de revelação e resposta. Jesus revela-se como o enviado de Deus e a cura é um convite à fé. Ele também comenta sobre a importância da obediência na cura, onde o cego vai e lava-se conforme instruído por Jesus .
Conclusão
Os eventos narrados em João 8:1-11 e João 9:1-11 demonstram a profundidade da missão de Jesus. Ele não apenas perdoa pecados, mas também traz cura e transformação, revelando-se como a verdade que liberta e a luz que ilumina a escuridão. Essas passagens ilustram a combinação única de justiça e misericórdia, poder e compaixão, que caracteriza o ministério de Jesus. Através de Sua sabedoria e atos poderosos, Jesus continua a impactar vidas e oferecer esperança.
Referências:
- Barclay, William. "The Gospel of John." The Daily Study Bible Series.
- Henry, Matthew. "Matthew Henry's Commentary on the Whole Bible."
- Bruce, F.F. "The Gospel of John." Eerdmans.
- Morris, Leon. "The Gospel According to John." New International Commentary on the New Testament.
Introdução e Comentário Bíblico
Contexto:
Jesus estava ensinando no templo quando foi interrompido pelos escribas e fariseus, que trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Após frustrar os desígnios dos acusadores da mulher, Ele se apresenta como a verdade que liberta e, em seguida, cura um cego de nascença. São eventos marcantes no Evangelho segundo João, que revelam a profundidade da graça e poder de Jesus.
Comentário Bíblico
João 8:1-11: A Mulher Adúltera
Interrupção e Tentativa de Armadilha:
Os escribas e fariseus tentam armar uma cilada para Jesus ao trazerem uma mulher apanhada em adultério. Eles querem ver se Jesus irá contradizer a Lei de Moisés, que prescreve a morte para tais pecados (Levítico 20:10; Deuteronômio 22:22).
Resposta de Jesus:
Em vez de entrar na discussão legal, Jesus usa a oportunidade para expor a hipocrisia dos acusadores. Sua resposta, "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela" (João 8:7), revela a universalidade do pecado e a necessidade de misericórdia. Um por um, os acusadores se retiram, condenados pela própria consciência.
Perdão e Instrução:
Jesus então se volta para a mulher, dizendo: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais" (João 8:11). Ele oferece perdão e uma nova chance de vida, mas também a instrui a abandonar o pecado. Esse ato de misericórdia é um exemplo poderoso do ministério de Jesus, que veio para salvar, não para condenar (João 3:17).
Comentário de Eruditos Cristãos:
- William Barclay: Em seu comentário sobre João, Barclay destaca a compaixão e sabedoria de Jesus ao lidar com uma situação tão delicada. Ele observa que Jesus não nega a Lei, mas oferece uma interpretação que destaca a misericórdia sobre o julgamento .
- Matthew Henry: Henry sublinha a habilidade de Jesus em desafiar os hipócritas e, ao mesmo tempo, oferecer esperança e redenção à mulher. Ele observa que a instrução de Jesus à mulher para não pecar mais é um chamado à santidade após a experiência da graça divina .
João 9:1-11: A Cura do Cego de Nascença
A Questão do Pecado e da Doença:
Os discípulos perguntam a Jesus se o cego de nascença está nessa condição por causa do pecado dele ou dos pais. Jesus responde que nem ele nem os pais pecaram, mas que a cegueira existe para que as obras de Deus se manifestem nele (João 9:3).
Milagre de Cura:
Jesus cura o homem cego de nascença de maneira inusitada: Ele cospe no chão, faz lodo com a saliva e unge os olhos do cego, mandando-o lavar-se no tanque de Siloé. O homem obedece e volta vendo (João 9:6-7).
Símbolos e Significados:
A cura física simboliza a cura espiritual que Jesus oferece. A ação de Jesus de usar lodo e o tanque de Siloé (que significa "Enviado") sublinha a missão messiânica de Jesus como o enviado de Deus que traz luz ao mundo (João 9:5).
Comentário de Eruditos Cristãos:
- F.F. Bruce: Em seu comentário sobre João, Bruce destaca que este milagre é uma demonstração clara da identidade de Jesus como a luz do mundo. Ele observa que a cura do cego é um sinal que aponta para a verdade mais profunda da salvação e iluminação espiritual que Jesus traz .
- Leon Morris: Morris enfatiza que este milagre ilustra o tema joanino de revelação e resposta. Jesus revela-se como o enviado de Deus e a cura é um convite à fé. Ele também comenta sobre a importância da obediência na cura, onde o cego vai e lava-se conforme instruído por Jesus .
Conclusão
Os eventos narrados em João 8:1-11 e João 9:1-11 demonstram a profundidade da missão de Jesus. Ele não apenas perdoa pecados, mas também traz cura e transformação, revelando-se como a verdade que liberta e a luz que ilumina a escuridão. Essas passagens ilustram a combinação única de justiça e misericórdia, poder e compaixão, que caracteriza o ministério de Jesus. Através de Sua sabedoria e atos poderosos, Jesus continua a impactar vidas e oferecer esperança.
Referências:
- Barclay, William. "The Gospel of John." The Daily Study Bible Series.
- Henry, Matthew. "Matthew Henry's Commentary on the Whole Bible."
- Bruce, F.F. "The Gospel of John." Eerdmans.
- Morris, Leon. "The Gospel According to John." New International Commentary on the New Testament.
I- PERDÃO PARA A MULHER ADÚLTERA Jo 8.1-11
O adultério era considerado um dos mais terríveis pecados na concepção dos judeus. Os rabinos diziam: “Todo judeu deve morrer antes de cometer idolatria, assassinato e adultério”.
Ela foi flagrada no ato do seu pecado. Essa mulher não tinha desculpa. Não havia como fugir ou negar seu envolvimento sexual. Ela foi humilhada publicamente, arrastada à força para o pátio do templo e a colocaram de pé diante da multidão, na frente de Jesus. Seus acusadores não a trataram com dignidade. Não a viram como uma pessoa que tem sentimentos, mas apenas como mais um caso. Seu ato era passível de morte. A lei de Moisés previa a morte para o homem e a mulher flagrados no ato do adultério (Lv 20.10, Dt 22.23,24). Portanto, no tribunal da lei, essa mulher estava condenada. No tribunal dos religiosos, ela é acusada. No tribunal da consciência, ela sente-se condenada, pois não se defende. Há muitas pessoas que mentem, enganam e escapam. Não era o caso dessa mulher.
Eles expuseram a mulher a uma situação de vergonha pública. Não se importaram com ela nem com sua família. Ela era apenas uma peça de um jogo sujo contra Jesus. O alvo dos fariseus era colocar Jesus diante de um dilema: Se absolvesse a mulher, estaria em oposição à lei de Moisés e apoiando as pessoas a cometerem adultério. Se autorizasse o apedrejamento, entraria em contradição com Sua conhecida mensagem de compaixão, perdão e restauração, além do que Ele teria infringido os direitos exclusivos do governador romano, o único que nesse período detinha autoridade para impor sentenças de morte. Eles só trouxeram a mulher e deixaram o homem escapar. A lei previa morte para o homem também (Lv 20.10; Dt 22.22-24). Revelaram parcialidade e preconceito. Acusaram o mais fraco. Eles se tornaram mais culpados do que a acusada. Montaram uma armadilha para Jesus e saíram envergonhados; desejaram condenar a mulher, mas saíram condenados.
Jesus disse: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.” (Jo 8.7). Jesus valoriza a lei, expõe a gravidade do pecado, mas ama o pecador para restaurá-lo (Jo 8.7). Ele age de maneira diferente daqueles que expuseram a mulher ao ridículo. Jesus conhecia os pensamentos e o plano abominável deles. Ele poderia ter exposto estes acusadores à execração. Nem foi preciso, acusados pela própria consciência, retiraram-se, começando a debandada pelos mais velhos, até o último mais novo. Jesus age com misericórdia com a mulher (8.10,11). Ele veio não para condenar, mas para salvar. Ele usa Seu poder para restaurar. Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido. Ele veio para os doentes. Ele não condenou a mulher, mas ordenou que ela abandonasse seu estilo de vida pecaminoso. O verdadeiro arrependimento produz frutos dignos, que resultam em uma firme atitude de abandonar o pecado.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentário Bíblico Profundo: Perdão para a Mulher Adúltera (João 8:1-11)
1. Sentença de Morte (João 8:1-11)
Os escribas e fariseus trouxeram uma mulher pega em adultério para Jesus, colocando-a no centro do tribunal público. O termo grego usado para "adultério" aqui é "μοιχεία" (moicheía), que é um pecado gravíssimo na Lei Mosaica (Levítico 20:10, Deuteronômio 22:23-24). A Lei de Moisés exigia a morte para ambos os envolvidos no ato. No hebraico, a palavra "נאף" (na'aph) também denota uma quebra do pacto matrimonial e é um dos Dez Mandamentos. O tribunal da lei e os religiosos a acusam, e sua consciência também a condena, pois não há defesa para sua culpa flagrante.
A humilhação pública da mulher revela a severidade com que os escribas e fariseus aplicavam a lei, ignorando a dignidade humana. A lei, de fato, exige justiça, mas a abordagem deles era carente de compaixão e visava mais a armadilha política contra Jesus do que a justiça.
2. A Crueldade dos Acusadores (João 8:4-7a)
Os acusadores disseram a Jesus que a mulher foi pega em flagrante adultério e citaram a Lei de Moisés, que ordena apedrejamento. Eles não estavam preocupados com a justiça divina ou a restauração da mulher, mas em criar um dilema legal e teológico para Jesus. A Lei de Moisés, em Levítico 20:10 e Deuteronômio 22:22-24, claramente prescreve a morte para ambos os adúlteros, mas os fariseus apresentaram apenas a mulher, revelando sua parcialidade. O termo grego "κρατέω" (krateo) usado aqui implica em pegar ou segurar com força, mostrando a brutalidade com que a mulher foi tratada.
A abordagem dos fariseus revela não apenas a crueldade, mas também a hipocrisia, pois violaram a própria lei que pretendiam defender. Eles usaram a mulher como uma ferramenta para tentar incriminar Jesus, mostrando mais interesse em sua agenda do que na justiça ou compaixão.
3. A Misericórdia de Jesus (João 8:7-11)
Jesus, ao responder, disse: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra" (João 8:7). A palavra grega "ἁμαρτία" (hamartía) para pecado, implica falta ou erro, destacando que todos os presentes eram igualmente culpáveis de alguma transgressão. Jesus não contradiz a lei, mas usa-a para revelar a hipocrisia dos acusadores. Após a saída dos acusadores, Jesus pergunta à mulher sobre seus acusadores e declara: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais" (João 8:11). A palavra grega "κατακρίνω" (katakrino) para condenar significa julgar ou sentenciar, indicando que Jesus não a julgou, mas a instruiu a abandonar o pecado.
A resposta de Jesus demonstra a perfeita combinação de justiça e misericórdia. Ele expõe a hipocrisia dos líderes religiosos, aplicando a lei de uma maneira que revela a necessidade de graça. Ao não condenar a mulher, Ele a chama ao arrependimento e à transformação. A instrução para "não pecar mais" (μηκέτι ἁμάρτανε, meketi hamartane) é um chamado à santidade contínua, destacando que o perdão divino inclui a expectativa de mudança de vida.
Reflexão Teológica
Jesus revela uma nova compreensão da justiça divina, que não apenas pune o pecado, mas também oferece redenção e transformação. O perdão oferecido à mulher adúltera é um exemplo vivo da graça que restaura e chama ao arrependimento. A insistência de Jesus para que ela "não peque mais" aponta para a santidade como uma resposta adequada à graça recebida.
Conclusão
Esta passagem é um poderoso testemunho da justiça e misericórdia de Jesus. Ele desafia as práticas hipócritas dos líderes religiosos e revela a profundidade do amor divino, que perdoa e transforma. A história não minimiza a gravidade do pecado, mas enfatiza a superioridade da graça e a importância do arrependimento e da mudança de vida.
Comentário Bíblico Profundo: Perdão para a Mulher Adúltera (João 8:1-11)
1. Sentença de Morte (João 8:1-11)
Os escribas e fariseus trouxeram uma mulher pega em adultério para Jesus, colocando-a no centro do tribunal público. O termo grego usado para "adultério" aqui é "μοιχεία" (moicheía), que é um pecado gravíssimo na Lei Mosaica (Levítico 20:10, Deuteronômio 22:23-24). A Lei de Moisés exigia a morte para ambos os envolvidos no ato. No hebraico, a palavra "נאף" (na'aph) também denota uma quebra do pacto matrimonial e é um dos Dez Mandamentos. O tribunal da lei e os religiosos a acusam, e sua consciência também a condena, pois não há defesa para sua culpa flagrante.
A humilhação pública da mulher revela a severidade com que os escribas e fariseus aplicavam a lei, ignorando a dignidade humana. A lei, de fato, exige justiça, mas a abordagem deles era carente de compaixão e visava mais a armadilha política contra Jesus do que a justiça.
2. A Crueldade dos Acusadores (João 8:4-7a)
Os acusadores disseram a Jesus que a mulher foi pega em flagrante adultério e citaram a Lei de Moisés, que ordena apedrejamento. Eles não estavam preocupados com a justiça divina ou a restauração da mulher, mas em criar um dilema legal e teológico para Jesus. A Lei de Moisés, em Levítico 20:10 e Deuteronômio 22:22-24, claramente prescreve a morte para ambos os adúlteros, mas os fariseus apresentaram apenas a mulher, revelando sua parcialidade. O termo grego "κρατέω" (krateo) usado aqui implica em pegar ou segurar com força, mostrando a brutalidade com que a mulher foi tratada.
A abordagem dos fariseus revela não apenas a crueldade, mas também a hipocrisia, pois violaram a própria lei que pretendiam defender. Eles usaram a mulher como uma ferramenta para tentar incriminar Jesus, mostrando mais interesse em sua agenda do que na justiça ou compaixão.
3. A Misericórdia de Jesus (João 8:7-11)
Jesus, ao responder, disse: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra" (João 8:7). A palavra grega "ἁμαρτία" (hamartía) para pecado, implica falta ou erro, destacando que todos os presentes eram igualmente culpáveis de alguma transgressão. Jesus não contradiz a lei, mas usa-a para revelar a hipocrisia dos acusadores. Após a saída dos acusadores, Jesus pergunta à mulher sobre seus acusadores e declara: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais" (João 8:11). A palavra grega "κατακρίνω" (katakrino) para condenar significa julgar ou sentenciar, indicando que Jesus não a julgou, mas a instruiu a abandonar o pecado.
A resposta de Jesus demonstra a perfeita combinação de justiça e misericórdia. Ele expõe a hipocrisia dos líderes religiosos, aplicando a lei de uma maneira que revela a necessidade de graça. Ao não condenar a mulher, Ele a chama ao arrependimento e à transformação. A instrução para "não pecar mais" (μηκέτι ἁμάρτανε, meketi hamartane) é um chamado à santidade contínua, destacando que o perdão divino inclui a expectativa de mudança de vida.
Reflexão Teológica
Jesus revela uma nova compreensão da justiça divina, que não apenas pune o pecado, mas também oferece redenção e transformação. O perdão oferecido à mulher adúltera é um exemplo vivo da graça que restaura e chama ao arrependimento. A insistência de Jesus para que ela "não peque mais" aponta para a santidade como uma resposta adequada à graça recebida.
Conclusão
Esta passagem é um poderoso testemunho da justiça e misericórdia de Jesus. Ele desafia as práticas hipócritas dos líderes religiosos e revela a profundidade do amor divino, que perdoa e transforma. A história não minimiza a gravidade do pecado, mas enfatiza a superioridade da graça e a importância do arrependimento e da mudança de vida.
II- VERDADE QUE LIBERTA Jo 8.31-47
Jesus apresenta-se como o libertador dos cativos, o único que pode dar vida eterna. Do alto de sua arrogância espiritual, os judeus consideram-se livres e seguros por ter o sangue de Abraão correndo em suas veias. Jesus, porém, mostra a eles que, espiritualmente, não eram filhos de Abraão, mas filhos do diabo, a quem imitavam em suas obras.
Quando Jesus falou sobre liberdade, os judeus arrotaram sua arrogância espiritual, dizendo: “Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?” (8.33). O povo de Israel fora escravizado por sete nações, conforme registrado no livro de Juízes. As dez tribos do Norte foram levadas cativas pela Assíria, enquanto as duas tribos do Sul passaram setenta anos no cativeiro na Babilônia. E, naquele exato momento, os judeus se encontravam sob o domínio de Roma. Embora os judeus estivessem subjugados politicamente, jamais se sentiram escravos; embora fossem cativos externamente, jamais se julgaram escravos interiormente. Jesus refuta a tola ideia deles dizendo que eram escravos, e escravos da pior espécie. Eles eram escravos do pecado. O pecado os dominava como um severo senhor de escravos. Eram subjugados e dominados pelo pecado (8.34).
Jesus arremata seu argumento apresentando-se mais uma vez aos judeus como o Filho de Deus, o único que pode libertá-los da escravidão do pecado. O pecado escraviza, mas Jesus liberta. O pecado produz morte, mas Jesus é a vida. O pecado condena, mas Jesus perdoa. O pecado mata, mas Jesus dá a vida eterna. Um discípulo não é um crente superficial, mas alguém que permanece em Cristo e em Sua palavra (8.31). Assim, conhecemos a verdade que liberta. Onde reina o engano, a mentira, a superstição prevalece a escravidão e as pessoas não são livres. Jesus é categórico: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (8.32).
Os judeus estavam enganados acerca de sua filiação. Julgavam ser quem não eram, uma vez que o importante não é ter o sangue de Abraão correndo nas veias, mas ter a fé de Abraão habitando no coração. Os verdadeiros filhos de Deus amam a Jesus (8.41-43). Quando Jesus falou aos judeus que eles não eram filhos de Abraão, porque a obra que faziam não eram as mesmas de Abraão, replicaram de imediato: “Nós não somos bastardos; temos um pai, que é Deus.” (8.41). Jesus argumenta que, se de fato Deus fosse pai deles, haveriam de amá-lo, pois havia vindo da parte de Deus (8.42). Os verdadeiros filhos de Deus ouvem as palavras de Deus e agem como tal (8.44-47). Fisicamente, esses judeus certamente eram filhos de Abraão; mas, espiritualmente, eram filhos do diabo, o pai da mentira. Jesus deixa claro que só ouve as palavras de Deus aqueles que são de Deus. Se os judeus não o ouvem, logo não são de Deus (8.45-47).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentário Bíblico Profundo: Verdade que Liberta (João 8:31-47)
1. Escravos do Pecado (João 8:31-36)
Jesus responde aos judeus que todo aquele que comete pecado é "servo" do pecado (João 8:34). A palavra grega para "servo" aqui é "δοῦλος" (doulos), que significa escravo. Jesus está dizendo que o pecado não é apenas um ato isolado, mas um mestre tirano que exerce domínio sobre os indivíduos. A arrogância dos judeus em afirmar que nunca foram escravos de ninguém, apesar de seu histórico de subjugação (política e espiritual), revela uma cegueira espiritual. Eles ignoram sua verdadeira condição de servidão ao pecado, que é muito mais insidiosa e profunda do que qualquer escravidão física ou política.
O termo "pecado" em grego é "ἁμαρτία" (hamartia), que significa errar o alvo ou falhar moralmente. Jesus esclarece que qualquer pessoa que pratica o pecado se torna escrava dessa falha moral. Comentadores como William Barclay apontam que a escravidão ao pecado é uma condição interior que requer libertação divina, não apenas uma mudança de circunstâncias externas.
2. Verdadeiramente Livres (João 8:36)
Jesus afirma que, se o Filho libertar alguém, ele será verdadeiramente livre. A palavra grega para "libertar" é "ἐλευθερόω" (eleutheroō), que implica em tornar livre alguém que estava em cativeiro. A verdadeira liberdade que Jesus oferece não é apenas uma liberdade externa ou física, mas uma transformação espiritual completa. Essa liberdade envolve conhecer a verdade de Cristo, que quebra as correntes do pecado.
A "verdade" em grego é "ἀλήθεια" (aletheia), significando realidade, aquilo que é genuíno. Jesus como a verdade (João 14:6) é o único que pode revelar a realidade espiritual e proporcionar a verdadeira libertação do poder escravizador do pecado. Escritores como D.A. Carson enfatizam que a verdade de Jesus expõe a mentira do pecado e oferece uma nova identidade e liberdade que é eterna.
3. O Perigo da Religiosidade (João 8:37-47)
Os judeus afirmam ser descendentes de Abraão, mas Jesus contesta, dizendo que suas obras não refletem as de Abraão. A palavra "obras" em grego é "ἔργα" (erga), significando ações ou feitos. Jesus argumenta que os verdadeiros filhos de Abraão fariam as obras de Abraão, que são de fé e obediência a Deus (Gênesis 15:6). A verdadeira filiação espiritual não é determinada pela descendência física, mas pela obediência e fé em Deus. Jesus identifica os judeus como filhos do diabo ("διάβολος", diabolos), o pai da mentira, porque suas ações refletem engano e iniquidade.
A referência a "mentira" usa a palavra grega "ψεῦδος" (pseudos), que significa falsidade ou engano. Jesus argumenta que os verdadeiros filhos de Deus, aqueles que têm a fé de Abraão, ouvirão a palavra de Deus e a seguirão (João 8:47). Escritores como John Stott comentam que a verdadeira paternidade espiritual se manifesta na recepção da verdade de Cristo e na rejeição da mentira do diabo.
Reflexão Teológica
Este diálogo entre Jesus e os líderes judeus revela a profundidade da cegueira espiritual e a necessidade de libertação através da verdade de Cristo. A verdadeira liberdade não é encontrada em uma identidade religiosa ou herança física, mas em um relacionamento transformador com Jesus. A crítica de Jesus à religiosidade vazia destaca a necessidade de uma fé autêntica que se manifesta em ações justas e obediência a Deus.
Conclusão
Jesus apresenta uma visão profunda e desafiadora da liberdade espiritual, contrastando a verdadeira liberdade que Ele oferece com a escravidão ao pecado. Ele expõe a hipocrisia e cegueira espiritual dos líderes religiosos, chamando-os a reconhecer sua necessidade de redenção e transformação. Este ensinamento continua a ressoar, lembrando-nos que a verdadeira liberdade e filiação divina vêm da fé genuína e da obediência a Jesus Cristo, a verdade que liberta.
Comentário Bíblico Profundo: Verdade que Liberta (João 8:31-47)
1. Escravos do Pecado (João 8:31-36)
Jesus responde aos judeus que todo aquele que comete pecado é "servo" do pecado (João 8:34). A palavra grega para "servo" aqui é "δοῦλος" (doulos), que significa escravo. Jesus está dizendo que o pecado não é apenas um ato isolado, mas um mestre tirano que exerce domínio sobre os indivíduos. A arrogância dos judeus em afirmar que nunca foram escravos de ninguém, apesar de seu histórico de subjugação (política e espiritual), revela uma cegueira espiritual. Eles ignoram sua verdadeira condição de servidão ao pecado, que é muito mais insidiosa e profunda do que qualquer escravidão física ou política.
O termo "pecado" em grego é "ἁμαρτία" (hamartia), que significa errar o alvo ou falhar moralmente. Jesus esclarece que qualquer pessoa que pratica o pecado se torna escrava dessa falha moral. Comentadores como William Barclay apontam que a escravidão ao pecado é uma condição interior que requer libertação divina, não apenas uma mudança de circunstâncias externas.
2. Verdadeiramente Livres (João 8:36)
Jesus afirma que, se o Filho libertar alguém, ele será verdadeiramente livre. A palavra grega para "libertar" é "ἐλευθερόω" (eleutheroō), que implica em tornar livre alguém que estava em cativeiro. A verdadeira liberdade que Jesus oferece não é apenas uma liberdade externa ou física, mas uma transformação espiritual completa. Essa liberdade envolve conhecer a verdade de Cristo, que quebra as correntes do pecado.
A "verdade" em grego é "ἀλήθεια" (aletheia), significando realidade, aquilo que é genuíno. Jesus como a verdade (João 14:6) é o único que pode revelar a realidade espiritual e proporcionar a verdadeira libertação do poder escravizador do pecado. Escritores como D.A. Carson enfatizam que a verdade de Jesus expõe a mentira do pecado e oferece uma nova identidade e liberdade que é eterna.
3. O Perigo da Religiosidade (João 8:37-47)
Os judeus afirmam ser descendentes de Abraão, mas Jesus contesta, dizendo que suas obras não refletem as de Abraão. A palavra "obras" em grego é "ἔργα" (erga), significando ações ou feitos. Jesus argumenta que os verdadeiros filhos de Abraão fariam as obras de Abraão, que são de fé e obediência a Deus (Gênesis 15:6). A verdadeira filiação espiritual não é determinada pela descendência física, mas pela obediência e fé em Deus. Jesus identifica os judeus como filhos do diabo ("διάβολος", diabolos), o pai da mentira, porque suas ações refletem engano e iniquidade.
A referência a "mentira" usa a palavra grega "ψεῦδος" (pseudos), que significa falsidade ou engano. Jesus argumenta que os verdadeiros filhos de Deus, aqueles que têm a fé de Abraão, ouvirão a palavra de Deus e a seguirão (João 8:47). Escritores como John Stott comentam que a verdadeira paternidade espiritual se manifesta na recepção da verdade de Cristo e na rejeição da mentira do diabo.
Reflexão Teológica
Este diálogo entre Jesus e os líderes judeus revela a profundidade da cegueira espiritual e a necessidade de libertação através da verdade de Cristo. A verdadeira liberdade não é encontrada em uma identidade religiosa ou herança física, mas em um relacionamento transformador com Jesus. A crítica de Jesus à religiosidade vazia destaca a necessidade de uma fé autêntica que se manifesta em ações justas e obediência a Deus.
Conclusão
Jesus apresenta uma visão profunda e desafiadora da liberdade espiritual, contrastando a verdadeira liberdade que Ele oferece com a escravidão ao pecado. Ele expõe a hipocrisia e cegueira espiritual dos líderes religiosos, chamando-os a reconhecer sua necessidade de redenção e transformação. Este ensinamento continua a ressoar, lembrando-nos que a verdadeira liberdade e filiação divina vêm da fé genuína e da obediência a Jesus Cristo, a verdade que liberta.
III- CURA DO CEGO DE NASCENÇA Jo 9.1-12
Jesus ainda está em Jerusalém. Ao caminhar, vê um homem cego de nascença (9.1). No Evangelho, esse é o único milagre relatado no qual se diz que alguém sofria desde seu nascimento (9.32). Esse é um dos milagres mais bem documentados nas Escrituras, pois os vizinhos, os pais e os opositores precisaram admitir que, de fato, o homem era cego de nascença e agora estava enxergando.
Ao verem o homem cego, os discípulos sacaram uma questão perturbadora: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Em vez de buscar uma solução para o problema alheio, eles queriam especular sobre o mais intrincado problema filosófico: a origem do mal. Foi assim com Jó (Jó 4.7; 8.20; 11.6; 22.5-10); e no tempo de Jesus, esse tipo de raciocínio ainda prevalecia (Lc 13.2-5). Obviamente, Jesus não aprovava essa ênfase exagerada.
Esse milagre é inédito na História. Não havia ainda nenhum registro de que um cego de nascença tivesse sido curado (9.32). Larry Richards diz que Jesus concedeu visão a um homem que nascera cego. Não foi a restauração de visão perdida. Foi um ato de criação: criar algo que não existia. Cada cura de Jesus tinha um ritual diferente. Ele nunca tratou as pessoas como massa. Sempre cuidou de cada indivíduo de forma pessoal e singular. Nesse caso, Jesus usou um método aparentemente estranho. Antes de curar o homem, cuspiu na terra, fez um lodo com a saliva e passou essa terra molhada nos olhos do cego. Jesus o desafiou a crer em sua palavra e depois o milagre ocorreu. Um homem cego é visto ou, então, permanecerá na escuridão. Há algumas pessoas que ou Jesus as enxerga ou, então, ficarão esquecidas, marginalizadas, cobertas pelo manto escuro das trevas.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentário Bíblico Profundo: III - Cura do Cego de Nascença (João 9:1-12)
1. Uma Pergunta Perturbadora (João 9:2)
Quando os discípulos viram o homem cego de nascença, perguntaram a Jesus: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?” Este questionamento reflete uma visão comum na cultura judaica da época, onde se acreditava que o sofrimento físico era diretamente relacionado ao pecado pessoal ou ancestral. A palavra grega usada para "pecou" aqui é "ἥμαρτεν" (hēmarten), que significa errar ou cometer um erro moral. Esta visão é similar ao discurso dos amigos de Jó, que associavam o sofrimento de Jó a um pecado oculto (Jó 4:7, 8:20).
Comentário:
A pergunta dos discípulos revela uma abordagem teológica limitada e retributiva, onde o sofrimento é sempre visto como uma consequência direta do pecado. Este pensamento prevalecia não apenas no Antigo Testamento (como em Jó), mas também entre os contemporâneos de Jesus. Segundo William Barclay, esta questão reflete uma compreensão inadequada da relação entre pecado e sofrimento, que Jesus veio corrigir, demonstrando que nem todo sofrimento é uma consequência direta de atos pecaminosos.
2. Uma Resposta Esclarecedora (João 9:3)
Jesus responde: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas isso aconteceu para que se manifestem nele as obras de Deus.” A palavra grega para "manifestem" é "φανερωθῇ" (phanerōthē), que significa tornar visível ou revelar. Jesus desloca a discussão do pecado e culpa para o propósito divino. Ele indica que a condição do homem oferece uma oportunidade para a revelação do poder e da glória de Deus através de Sua cura.
Comentário:
A resposta de Jesus rejeita a ideia de uma causalidade direta entre pecado e enfermidade neste caso específico. F. F. Bruce aponta que Jesus enfatiza a soberania e os propósitos divinos, sugerindo que a cura do homem cego se tornaria um testemunho poderoso da obra de Deus. Este incidente sublinha a necessidade de abordar o sofrimento humano com compaixão e ação redentora, ao invés de julgamentos e especulações.
3. Um Milagre Inédito (João 9:6-7)
Jesus realiza a cura de maneira única: Ele cuspiu no chão, fez lodo com a saliva e aplicou nos olhos do homem cego. Em seguida, instruiu o homem a lavar-se no tanque de Siloé. A palavra grega para "enviado" é "ἀπεσταλμένος" (apestalmenos), que significa enviado com uma missão. Após obedecer a Jesus, o homem voltou vendo. Este milagre é inédito porque, conforme mencionado em João 9:32, nunca antes alguém nascido cego havia sido curado.
Comentário:
O método de cura de Jesus é simbólico e intencional. Larry Richards destaca que a cura não foi simplesmente uma restauração da visão perdida, mas um ato de criação, dado que o homem nunca havia visto antes. Este ato ressalta o poder criativo de Jesus e Sua compaixão individualizada para com os necessitados. Jesus não via o homem cego como um caso teológico a ser discutido, mas como uma pessoa a ser amada e restaurada.
Reflexão Teológica
O milagre da cura do cego de nascença ensina várias lições importantes:
- Sofrimento e Pecado: Nem todo sofrimento é um resultado direto de pecado pessoal. Deus pode permitir sofrimento para que Sua glória seja revelada de maneiras surpreendentes.
- Compromisso com a Ação: Em vez de discutir teorias sobre a origem do sofrimento, Jesus demonstra que a resposta apropriada é a ação compassiva e redentora.
- Individualidade e Cura: Jesus trata cada pessoa de maneira única, demonstrando que cada milagre é uma expressão de Sua compaixão e poder criativo.
Conclusão
A cura do cego de nascença é um poderoso testemunho da compaixão e do poder de Jesus. Ele desafia visões teológicas simplistas e retributivas, mostrando que Deus pode usar o sofrimento para revelar Sua glória e realizar Seus propósitos redentores. A abordagem de Jesus, focada na ação misericordiosa e na restauração, oferece um modelo para como devemos responder ao sofrimento no mundo.
Comentário Bíblico Profundo: III - Cura do Cego de Nascença (João 9:1-12)
1. Uma Pergunta Perturbadora (João 9:2)
Quando os discípulos viram o homem cego de nascença, perguntaram a Jesus: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?” Este questionamento reflete uma visão comum na cultura judaica da época, onde se acreditava que o sofrimento físico era diretamente relacionado ao pecado pessoal ou ancestral. A palavra grega usada para "pecou" aqui é "ἥμαρτεν" (hēmarten), que significa errar ou cometer um erro moral. Esta visão é similar ao discurso dos amigos de Jó, que associavam o sofrimento de Jó a um pecado oculto (Jó 4:7, 8:20).
Comentário:
A pergunta dos discípulos revela uma abordagem teológica limitada e retributiva, onde o sofrimento é sempre visto como uma consequência direta do pecado. Este pensamento prevalecia não apenas no Antigo Testamento (como em Jó), mas também entre os contemporâneos de Jesus. Segundo William Barclay, esta questão reflete uma compreensão inadequada da relação entre pecado e sofrimento, que Jesus veio corrigir, demonstrando que nem todo sofrimento é uma consequência direta de atos pecaminosos.
2. Uma Resposta Esclarecedora (João 9:3)
Jesus responde: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas isso aconteceu para que se manifestem nele as obras de Deus.” A palavra grega para "manifestem" é "φανερωθῇ" (phanerōthē), que significa tornar visível ou revelar. Jesus desloca a discussão do pecado e culpa para o propósito divino. Ele indica que a condição do homem oferece uma oportunidade para a revelação do poder e da glória de Deus através de Sua cura.
Comentário:
A resposta de Jesus rejeita a ideia de uma causalidade direta entre pecado e enfermidade neste caso específico. F. F. Bruce aponta que Jesus enfatiza a soberania e os propósitos divinos, sugerindo que a cura do homem cego se tornaria um testemunho poderoso da obra de Deus. Este incidente sublinha a necessidade de abordar o sofrimento humano com compaixão e ação redentora, ao invés de julgamentos e especulações.
3. Um Milagre Inédito (João 9:6-7)
Jesus realiza a cura de maneira única: Ele cuspiu no chão, fez lodo com a saliva e aplicou nos olhos do homem cego. Em seguida, instruiu o homem a lavar-se no tanque de Siloé. A palavra grega para "enviado" é "ἀπεσταλμένος" (apestalmenos), que significa enviado com uma missão. Após obedecer a Jesus, o homem voltou vendo. Este milagre é inédito porque, conforme mencionado em João 9:32, nunca antes alguém nascido cego havia sido curado.
Comentário:
O método de cura de Jesus é simbólico e intencional. Larry Richards destaca que a cura não foi simplesmente uma restauração da visão perdida, mas um ato de criação, dado que o homem nunca havia visto antes. Este ato ressalta o poder criativo de Jesus e Sua compaixão individualizada para com os necessitados. Jesus não via o homem cego como um caso teológico a ser discutido, mas como uma pessoa a ser amada e restaurada.
Reflexão Teológica
O milagre da cura do cego de nascença ensina várias lições importantes:
- Sofrimento e Pecado: Nem todo sofrimento é um resultado direto de pecado pessoal. Deus pode permitir sofrimento para que Sua glória seja revelada de maneiras surpreendentes.
- Compromisso com a Ação: Em vez de discutir teorias sobre a origem do sofrimento, Jesus demonstra que a resposta apropriada é a ação compassiva e redentora.
- Individualidade e Cura: Jesus trata cada pessoa de maneira única, demonstrando que cada milagre é uma expressão de Sua compaixão e poder criativo.
Conclusão
A cura do cego de nascença é um poderoso testemunho da compaixão e do poder de Jesus. Ele desafia visões teológicas simplistas e retributivas, mostrando que Deus pode usar o sofrimento para revelar Sua glória e realizar Seus propósitos redentores. A abordagem de Jesus, focada na ação misericordiosa e na restauração, oferece um modelo para como devemos responder ao sofrimento no mundo.
APLICAÇÃO PESSOAL
Nosso papel é perdoar e ajudar quem precisa ao invés de julgar, acusar ou procurar explicação pra tudo. Quando alguém está sofrendo é momento de ajudar e não de procurar razões.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A história da cura do cego de nascença em João 9 nos oferece profundas lições sobre como devemos nos comportar diante do sofrimento alheio e das falhas humanas. Jesus nos mostra que nosso papel é perdoar e ajudar quem precisa, em vez de julgar, acusar ou tentar encontrar explicações para tudo. Aqui estão algumas reflexões para aplicar esses princípios em nossa vida cotidiana:
1. Perdoar ao Invés de Julgar
Jesus, ao confrontar a mulher adúltera, diz: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais" (João 8:11). Este ato de perdão reflete a essência do amor incondicional e da graça divina. Em nossa vida, encontramos muitas oportunidades para julgar os outros, especialmente quando suas ações parecem claras e condenáveis. No entanto, somos chamados a seguir o exemplo de Jesus, oferecendo perdão e encorajando a mudança.
Reflexão Pessoal:
- Pergunta: Estou mais inclinado a julgar ou a perdoar aqueles que erram ao meu redor?
- Ação: Comprometa-se a ser mais compreensivo e misericordioso. Quando alguém falhar, ofereça palavras de apoio e incentivo ao invés de críticas.
2. Ajudar em Vez de Procurar Razões
Os discípulos perguntaram a Jesus sobre o motivo da cegueira do homem, mas Jesus desviou a discussão para a necessidade de agir com compaixão (João 9:3-4). Muitas vezes, diante do sofrimento, nos concentramos em entender o "porquê" em vez de buscar o "como" podemos ajudar.
Reflexão Pessoal:
- Pergunta: Quando vejo alguém sofrendo, minha primeira reação é tentar entender a causa ou oferecer ajuda?
- Ação: Faça um esforço consciente para oferecer ajuda prática e emocional a quem está em sofrimento. Pode ser através de uma palavra gentil, um gesto de apoio ou simplesmente estar presente.
3. Foco na Ação Misericordiosa
Jesus utilizou métodos únicos e pessoais em seus milagres, demonstrando que cada indivíduo importa e merece um cuidado especial. Ele não tratava as pessoas como casos, mas como indivíduos dignos de amor e compaixão.
Reflexão Pessoal:
- Pergunta: Estou tratando as pessoas em minha vida como indivíduos únicos e importantes?
- Ação: Dedique tempo para ouvir e entender as necessidades específicas das pessoas ao seu redor. Mostre interesse genuíno e ofereça ajuda de maneiras que façam sentido para elas.
4. Cultivar uma Atitude de Serviço
Jesus afirmou: "Enquanto é dia, precisamos realizar as obras daquele que me enviou" (João 9:4). Isso nos chama a um senso de urgência e compromisso em fazer o bem enquanto temos oportunidade.
Reflexão Pessoal:
- Pergunta: Estou aproveitando as oportunidades para servir aos outros enquanto posso?
- Ação: Identifique uma pessoa ou grupo em necessidade em sua comunidade e tome a iniciativa de ajudar. Pode ser através de voluntariado, doações ou simplesmente oferecendo seu tempo e presença.
Conclusão
Ao aplicarmos esses princípios em nossas vidas, seguimos o exemplo de Jesus, transformando nossa atitude de julgamento para uma de compaixão e serviço. O perdão e a ajuda prática são expressões tangíveis do amor de Deus, e através dessas ações, podemos trazer cura e esperança para aqueles ao nosso redor. Ao enfrentar o sofrimento e as falhas humanas com misericórdia e prontidão para ajudar, refletimos a graça e a verdade de Cristo em nossas vidas diárias.
A história da cura do cego de nascença em João 9 nos oferece profundas lições sobre como devemos nos comportar diante do sofrimento alheio e das falhas humanas. Jesus nos mostra que nosso papel é perdoar e ajudar quem precisa, em vez de julgar, acusar ou tentar encontrar explicações para tudo. Aqui estão algumas reflexões para aplicar esses princípios em nossa vida cotidiana:
1. Perdoar ao Invés de Julgar
Jesus, ao confrontar a mulher adúltera, diz: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais" (João 8:11). Este ato de perdão reflete a essência do amor incondicional e da graça divina. Em nossa vida, encontramos muitas oportunidades para julgar os outros, especialmente quando suas ações parecem claras e condenáveis. No entanto, somos chamados a seguir o exemplo de Jesus, oferecendo perdão e encorajando a mudança.
Reflexão Pessoal:
- Pergunta: Estou mais inclinado a julgar ou a perdoar aqueles que erram ao meu redor?
- Ação: Comprometa-se a ser mais compreensivo e misericordioso. Quando alguém falhar, ofereça palavras de apoio e incentivo ao invés de críticas.
2. Ajudar em Vez de Procurar Razões
Os discípulos perguntaram a Jesus sobre o motivo da cegueira do homem, mas Jesus desviou a discussão para a necessidade de agir com compaixão (João 9:3-4). Muitas vezes, diante do sofrimento, nos concentramos em entender o "porquê" em vez de buscar o "como" podemos ajudar.
Reflexão Pessoal:
- Pergunta: Quando vejo alguém sofrendo, minha primeira reação é tentar entender a causa ou oferecer ajuda?
- Ação: Faça um esforço consciente para oferecer ajuda prática e emocional a quem está em sofrimento. Pode ser através de uma palavra gentil, um gesto de apoio ou simplesmente estar presente.
3. Foco na Ação Misericordiosa
Jesus utilizou métodos únicos e pessoais em seus milagres, demonstrando que cada indivíduo importa e merece um cuidado especial. Ele não tratava as pessoas como casos, mas como indivíduos dignos de amor e compaixão.
Reflexão Pessoal:
- Pergunta: Estou tratando as pessoas em minha vida como indivíduos únicos e importantes?
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4. Cultivar uma Atitude de Serviço
Jesus afirmou: "Enquanto é dia, precisamos realizar as obras daquele que me enviou" (João 9:4). Isso nos chama a um senso de urgência e compromisso em fazer o bem enquanto temos oportunidade.
Reflexão Pessoal:
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Ao aplicarmos esses princípios em nossas vidas, seguimos o exemplo de Jesus, transformando nossa atitude de julgamento para uma de compaixão e serviço. O perdão e a ajuda prática são expressões tangíveis do amor de Deus, e através dessas ações, podemos trazer cura e esperança para aqueles ao nosso redor. Ao enfrentar o sofrimento e as falhas humanas com misericórdia e prontidão para ajudar, refletimos a graça e a verdade de Cristo em nossas vidas diárias.
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