TEXTO ÁUREO “Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai ...
TEXTO ÁUREO
“Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.14)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Análise do Texto Áureo: Ester 4.14
Texto Áureo:
"Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?" (Ester 4.14)
1. Contexto Histórico e Cultural:
1.1. Contexto Histórico: O livro de Ester se passa durante o período do Império Persa, sob o reinado de Assuero (tradicionalmente identificado como Xerxes I, que governou de 486 a 465 a.C.). Ester, uma jovem judia que se torna rainha da Pérsia, é a heroína que, sob a orientação de seu primo Mordecai, intervém para salvar seu povo de um decreto de extermínio arquitetado por Hamã, um alto oficial do rei.
1.2. Situação Cultural e Política: Os judeus, vivendo em um império multicultural e multinacional, estavam vulneráveis às intrigas políticas e ao preconceito. A ascensão de Ester à posição de rainha foi um evento providencial, considerando as complexas dinâmicas de poder e as leis imutáveis dos medos e persas. A cultura persa era marcada por uma rígida hierarquia social, onde a desobediência ao rei poderia resultar em punições severas, o que explica a hesitação inicial de Ester em interceder.
2. Contexto Textual:
O versículo ocorre em um ponto crítico do livro, onde Mordecai exorta Ester a intervir junto ao rei para salvar os judeus. Ester, temerosa por sua vida, já que aproximar-se do rei sem ser chamada poderia significar a morte, hesita. Mordecai então faz um apelo veemente, afirmando que o livramento dos judeus virá de alguma forma, mas Ester tem a oportunidade e a responsabilidade de agir naquele momento específico.
3. Análise Teológica e Exegética:
3.1. "Porque, se de todo te calares neste tempo": A palavra hebraica usada para "calar-se" aqui é חָרֵשׁ (ḥāraš), que significa "ficar em silêncio" ou "não agir". Mordecai está ressaltando a responsabilidade pessoal de Ester, enfatizando que sua inação em um momento de crise seria uma falha grave.
3.2. "Socorro e livramento doutra parte virá para os judeus": Mordecai expressa uma profunda fé na providência divina. A palavra "socorro" (רֶוַח (revach)) e "livramento" (הַצָּלָה (hatzalah)) indicam que ele acredita firmemente que Deus não abandonará o Seu povo. Este trecho reflete a crença na soberania de Deus e na Sua capacidade de usar diferentes meios para cumprir Seus propósitos.
3.3. "Mas tu e a casa de teu pai perecereis": Aqui, Mordecai adverte Ester sobre as consequências pessoais de sua inação. O termo "perecer" (אָבַד (avad)) denota uma destruição total, o que sugere que, além da perda de vidas, poderia haver a erradicação de seu nome e legado. Na cultura judaica, a preservação do nome e da linhagem familiar era de suma importância.
3.4. "E quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?": Esta frase é a chave do versículo. Mordecai insinua que Ester pode ter sido colocada na posição de rainha exatamente para essa ocasião. A expressão "tal tempo" (עֵת כָּזֹאת (et kazot)) destaca a natureza providencial e oportuna do momento. A ideia de "tempo" aqui não é apenas cronológica, mas carregada de significado divino, sugerindo que a vida de Ester tem um propósito específico no plano de Deus.
4. Aplicação Hermenêutica:
Este versículo é frequentemente usado para refletir sobre o papel da providência divina na vida dos crentes. Mordecai sugere que cada pessoa pode ter um papel único a desempenhar no plano de Deus, e que os eventos em nossas vidas, por mais aleatórios que pareçam, podem ser parte de um propósito maior.
5. Referências e Recursos de Estudo:
5.1. Comentários Bíblicos:
- "The Expositor's Bible Commentary" (Frank E. Gaebelein, Ed.): Explora o significado profundo do livro de Ester, enfatizando a providência divina mesmo em contextos onde o nome de Deus não é explicitamente mencionado.
- "Esther: A Commentary" (Carey A. Moore): Um comentário acadêmico que oferece insights sobre o texto hebraico e o contexto histórico.
5.2. Dicionários e Enciclopédias:
- "Theological Wordbook of the Old Testament" (TWOT): Para uma análise detalhada dos termos hebraicos usados no versículo.
- "Anchor Bible Dictionary": Para uma visão abrangente do contexto histórico e cultural do livro de Ester.
Conclusão: Ester 4.14 é um versículo que encapsula a tensão entre o livre-arbítrio humano e a soberania divina. Mordecai reconhece a liberdade de Ester em agir ou não, mas também afirma sua fé de que o plano de Deus será cumprido, independentemente das escolhas individuais. No entanto, ele desafia Ester (e os leitores) a considerar que talvez suas circunstâncias não sejam acidentais, mas parte de um desígnio divino maior.
Análise do Texto Áureo: Ester 4.14
Texto Áureo:
"Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?" (Ester 4.14)
1. Contexto Histórico e Cultural:
1.1. Contexto Histórico: O livro de Ester se passa durante o período do Império Persa, sob o reinado de Assuero (tradicionalmente identificado como Xerxes I, que governou de 486 a 465 a.C.). Ester, uma jovem judia que se torna rainha da Pérsia, é a heroína que, sob a orientação de seu primo Mordecai, intervém para salvar seu povo de um decreto de extermínio arquitetado por Hamã, um alto oficial do rei.
1.2. Situação Cultural e Política: Os judeus, vivendo em um império multicultural e multinacional, estavam vulneráveis às intrigas políticas e ao preconceito. A ascensão de Ester à posição de rainha foi um evento providencial, considerando as complexas dinâmicas de poder e as leis imutáveis dos medos e persas. A cultura persa era marcada por uma rígida hierarquia social, onde a desobediência ao rei poderia resultar em punições severas, o que explica a hesitação inicial de Ester em interceder.
2. Contexto Textual:
O versículo ocorre em um ponto crítico do livro, onde Mordecai exorta Ester a intervir junto ao rei para salvar os judeus. Ester, temerosa por sua vida, já que aproximar-se do rei sem ser chamada poderia significar a morte, hesita. Mordecai então faz um apelo veemente, afirmando que o livramento dos judeus virá de alguma forma, mas Ester tem a oportunidade e a responsabilidade de agir naquele momento específico.
3. Análise Teológica e Exegética:
3.1. "Porque, se de todo te calares neste tempo": A palavra hebraica usada para "calar-se" aqui é חָרֵשׁ (ḥāraš), que significa "ficar em silêncio" ou "não agir". Mordecai está ressaltando a responsabilidade pessoal de Ester, enfatizando que sua inação em um momento de crise seria uma falha grave.
3.2. "Socorro e livramento doutra parte virá para os judeus": Mordecai expressa uma profunda fé na providência divina. A palavra "socorro" (רֶוַח (revach)) e "livramento" (הַצָּלָה (hatzalah)) indicam que ele acredita firmemente que Deus não abandonará o Seu povo. Este trecho reflete a crença na soberania de Deus e na Sua capacidade de usar diferentes meios para cumprir Seus propósitos.
3.3. "Mas tu e a casa de teu pai perecereis": Aqui, Mordecai adverte Ester sobre as consequências pessoais de sua inação. O termo "perecer" (אָבַד (avad)) denota uma destruição total, o que sugere que, além da perda de vidas, poderia haver a erradicação de seu nome e legado. Na cultura judaica, a preservação do nome e da linhagem familiar era de suma importância.
3.4. "E quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?": Esta frase é a chave do versículo. Mordecai insinua que Ester pode ter sido colocada na posição de rainha exatamente para essa ocasião. A expressão "tal tempo" (עֵת כָּזֹאת (et kazot)) destaca a natureza providencial e oportuna do momento. A ideia de "tempo" aqui não é apenas cronológica, mas carregada de significado divino, sugerindo que a vida de Ester tem um propósito específico no plano de Deus.
4. Aplicação Hermenêutica:
Este versículo é frequentemente usado para refletir sobre o papel da providência divina na vida dos crentes. Mordecai sugere que cada pessoa pode ter um papel único a desempenhar no plano de Deus, e que os eventos em nossas vidas, por mais aleatórios que pareçam, podem ser parte de um propósito maior.
5. Referências e Recursos de Estudo:
5.1. Comentários Bíblicos:
- "The Expositor's Bible Commentary" (Frank E. Gaebelein, Ed.): Explora o significado profundo do livro de Ester, enfatizando a providência divina mesmo em contextos onde o nome de Deus não é explicitamente mencionado.
- "Esther: A Commentary" (Carey A. Moore): Um comentário acadêmico que oferece insights sobre o texto hebraico e o contexto histórico.
5.2. Dicionários e Enciclopédias:
- "Theological Wordbook of the Old Testament" (TWOT): Para uma análise detalhada dos termos hebraicos usados no versículo.
- "Anchor Bible Dictionary": Para uma visão abrangente do contexto histórico e cultural do livro de Ester.
Conclusão: Ester 4.14 é um versículo que encapsula a tensão entre o livre-arbítrio humano e a soberania divina. Mordecai reconhece a liberdade de Ester em agir ou não, mas também afirma sua fé de que o plano de Deus será cumprido, independentemente das escolhas individuais. No entanto, ele desafia Ester (e os leitores) a considerar que talvez suas circunstâncias não sejam acidentais, mas parte de um desígnio divino maior.
VERDADE PRÁTICA
A perfeita vontade de Deus é nos guiar por caminhos que levem ao cumprimento de seus eternos propósitos.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Verdade Prática afirma que a perfeita vontade de Deus visa nos guiar em direção ao cumprimento de Seus eternos propósitos. Essa declaração reflete uma compreensão profunda da relação entre a soberania divina e a vida do crente, sugerindo que Deus, em Sua sabedoria e amor, dirige nossas vidas de maneira a alinhar nossos passos com Seus planos eternos.
Análise Bíblica e Teológica
1. A Perfeita Vontade de Deus
A expressão "perfeita vontade de Deus" ecoa Romanos 12:2, onde Paulo exorta os crentes a não se conformarem com este mundo, mas a serem transformados pela renovação da mente, para que possam "experimentar qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". A palavra "perfeita" no grego é τέλειος (teleios), que implica algo completo, maduro e plenamente realizado. A vontade de Deus é, portanto, inteiramente suficiente e plenamente capaz de alcançar Seus propósitos.
2. O Caminho de Deus
A Bíblia frequentemente utiliza a metáfora do "caminho" para descrever a jornada de vida que Deus nos chama a trilhar. Em Salmos 23:3, Davi declara que Deus o guia "pelas veredas da justiça por amor do Seu nome". O termo "veredas" aqui, em hebraico מַעְגָּל (maʿgāl), refere-se a trilhas ou caminhos cuidadosamente escolhidos. Isso sugere que o caminho que Deus nos guia não é aleatório, mas cuidadosamente planejado para cumprir Seus propósitos.
3. Cumprimento dos Propósitos Eternos
Deus não age sem propósito. Efésios 1:11 afirma que Deus "faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade", sublinhando a ideia de que Suas ações são deliberadas e orientadas para a realização de Seus planos eternos. Esses propósitos não são apenas grandiosos em escala, mas também atemporais, transcendendo o tempo e as circunstâncias temporais.
4. A Interação entre Soberania Divina e Livre-Arbítrio
A afirmação de que Deus nos guia não nega o livre-arbítrio humano, mas sugere uma interação dinâmica entre a escolha humana e a direção divina. Filipenses 2:13 nos lembra que "Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade". Isso implica que, ao nos submetermos à vontade de Deus, Ele opera em nós tanto o desejo quanto a capacidade de realizar aquilo que está de acordo com Seus propósitos.
Aplicação Prática
Essa verdade prática encoraja os crentes a confiar na direção de Deus, mesmo quando os caminhos parecem difíceis ou misteriosos. Saber que estamos sendo guiados por um Deus cujos planos são perfeitos e eternos nos dá confiança para seguir adiante, independentemente das circunstâncias.
Referências Teológicas e Bibliográficas
- Comentário Bíblico Moody (Moody Bible Institute): Explica como a vontade de Deus se manifesta na vida dos crentes e como eles podem discerni-la.
- Teologia Sistemática (Wayne Grudem): Discute a vontade de Deus e sua aplicação prática na vida cristã.
- Vine's Expository Dictionary of New Testament Words: Para o estudo das palavras gregas relacionadas à vontade e propósito de Deus.
Conclusão
A "Verdade Prática" nos chama a reconhecer que a orientação divina em nossas vidas não é apenas para nosso benefício imediato, mas faz parte de um plano maior, eterno, que Deus está realizando. Nossa responsabilidade é seguir essa orientação com fé, confiando que Ele sabe o que é melhor e está nos levando a cumprir Seus propósitos eternos.
A Verdade Prática afirma que a perfeita vontade de Deus visa nos guiar em direção ao cumprimento de Seus eternos propósitos. Essa declaração reflete uma compreensão profunda da relação entre a soberania divina e a vida do crente, sugerindo que Deus, em Sua sabedoria e amor, dirige nossas vidas de maneira a alinhar nossos passos com Seus planos eternos.
Análise Bíblica e Teológica
1. A Perfeita Vontade de Deus
A expressão "perfeita vontade de Deus" ecoa Romanos 12:2, onde Paulo exorta os crentes a não se conformarem com este mundo, mas a serem transformados pela renovação da mente, para que possam "experimentar qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". A palavra "perfeita" no grego é τέλειος (teleios), que implica algo completo, maduro e plenamente realizado. A vontade de Deus é, portanto, inteiramente suficiente e plenamente capaz de alcançar Seus propósitos.
2. O Caminho de Deus
A Bíblia frequentemente utiliza a metáfora do "caminho" para descrever a jornada de vida que Deus nos chama a trilhar. Em Salmos 23:3, Davi declara que Deus o guia "pelas veredas da justiça por amor do Seu nome". O termo "veredas" aqui, em hebraico מַעְגָּל (maʿgāl), refere-se a trilhas ou caminhos cuidadosamente escolhidos. Isso sugere que o caminho que Deus nos guia não é aleatório, mas cuidadosamente planejado para cumprir Seus propósitos.
3. Cumprimento dos Propósitos Eternos
Deus não age sem propósito. Efésios 1:11 afirma que Deus "faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade", sublinhando a ideia de que Suas ações são deliberadas e orientadas para a realização de Seus planos eternos. Esses propósitos não são apenas grandiosos em escala, mas também atemporais, transcendendo o tempo e as circunstâncias temporais.
4. A Interação entre Soberania Divina e Livre-Arbítrio
A afirmação de que Deus nos guia não nega o livre-arbítrio humano, mas sugere uma interação dinâmica entre a escolha humana e a direção divina. Filipenses 2:13 nos lembra que "Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade". Isso implica que, ao nos submetermos à vontade de Deus, Ele opera em nós tanto o desejo quanto a capacidade de realizar aquilo que está de acordo com Seus propósitos.
Aplicação Prática
Essa verdade prática encoraja os crentes a confiar na direção de Deus, mesmo quando os caminhos parecem difíceis ou misteriosos. Saber que estamos sendo guiados por um Deus cujos planos são perfeitos e eternos nos dá confiança para seguir adiante, independentemente das circunstâncias.
Referências Teológicas e Bibliográficas
- Comentário Bíblico Moody (Moody Bible Institute): Explica como a vontade de Deus se manifesta na vida dos crentes e como eles podem discerni-la.
- Teologia Sistemática (Wayne Grudem): Discute a vontade de Deus e sua aplicação prática na vida cristã.
- Vine's Expository Dictionary of New Testament Words: Para o estudo das palavras gregas relacionadas à vontade e propósito de Deus.
Conclusão
A "Verdade Prática" nos chama a reconhecer que a orientação divina em nossas vidas não é apenas para nosso benefício imediato, mas faz parte de um plano maior, eterno, que Deus está realizando. Nossa responsabilidade é seguir essa orientação com fé, confiando que Ele sabe o que é melhor e está nos levando a cumprir Seus propósitos eternos.
LEITURA DIÁRIA
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Para uma análise bíblica, teológica e sistemática dos textos mencionados, com enfoque nas raízes das palavras e contexto, abordarei cada passagem separadamente. Vamos começar:
Segunda-feira: 2 Timóteo 3:16-17
Texto: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra."
Análise Bíblica e Teológica:
- Inspiração Divina: A palavra "inspirada" no grego é "theopneustos" (θεόπνευστος), que literalmente significa "soprada por Deus". Isso sublinha a origem divina da Escritura, indicando que, embora tenha sido escrita por humanos, sua fonte é Deus.
- Finalidade da Escritura: A passagem destaca quatro utilidades principais: ensinar (didaskalia), redarguir (elegmos), corrigir (epanorthosis) e instruir em justiça (paideia). Isso reflete o caráter completo e suficiente da Bíblia em guiar o cristão em todas as áreas da vida.
Contexto:
- Esta carta de Paulo a Timóteo visa fortalecer o jovem líder em meio a desafios. Paulo enfatiza a suficiência da Escritura como a base para a vida e ministério cristão, especialmente em tempos de heresias e falsas doutrinas.
Terça-feira: Jeremias 25:11; 29:10-14
Texto:
- Jr 25:11: "E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos."
- Jr 29:10-14: "Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar. [...]"
Análise Bíblica e Teológica:
- Cativeiro Babilônico: Jeremias profetiza o período de setenta anos em que Judá seria exilada na Babilônia como juízo divino por seus pecados. A palavra "deserto" aqui, "chorbah" (חרבה), enfatiza a completa desolação da terra.
- Esperança e Restauração: Em Jr 29, Deus promete restaurar Seu povo após o cativeiro. O termo "vos visitarei" ("paqad", פקד) significa mais do que uma simples visita, implica em intervenção divina para o cumprimento das promessas de Deus.
Contexto:
- Estas passagens estabelecem o pano de fundo para o Livro de Ester, que ocorre no período pós-exílio, quando os judeus ainda estavam sob domínio persa. Elas ressaltam a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas, mesmo após períodos de julgamento.
Quarta-feira: Esdras 1:1-3
Texto: "No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra; e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá."
Análise Bíblica e Teológica:
- Soberania de Deus: O termo "despertou" (he'ir, עור) no hebraico indica que Deus estava ativamente influenciando as decisões de Ciro. A restauração do templo em Jerusalém, após o cativeiro, era parte do plano divino.
- Ciro como Agente de Deus: Ciro, um rei pagão, é aqui retratado como um servo de Deus, mostrando que Deus pode usar qualquer pessoa ou nação para cumprir Seus propósitos.
Contexto:
- Esdras 1 liga diretamente a profecia de Jeremias ao decreto de Ciro, mostrando o cumprimento das promessas de Deus. Este contexto histórico é crucial para entender o cenário em que Ester se desenrola, com os judeus ainda sob a dominação persa, mas começando a retornar a sua terra.
Quinta-feira: 1 Timóteo 2:1-4
Texto: "Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade."
Análise Bíblica e Teológica:
- Intercessão pelos Governos: Paulo instrui a orar pelas autoridades. O termo "deprecações" (deēsis, δέησις) refere-se a súplicas específicas, enquanto "orações" (proseuchē, προσευχή) são mais gerais, e "intercessões" (enteuxis, ἔντευξις) envolvem mediação. Isso reflete a responsabilidade cristã de interceder pelo bem-estar público.
- Paz e Piedade: A oração por governantes visa uma sociedade pacífica, propícia para a prática da fé.
Contexto:
- No contexto do Livro de Ester, onde o destino dos judeus dependia das decisões de um governante estrangeiro, essa passagem sublinha a importância de interceder pelas autoridades, mesmo em circunstâncias adversas.
Sexta-feira: Ester 3:7-13
Texto:
- Este trecho descreve a conspiração de Hamã para exterminar os judeus, e o decreto do rei que autoriza essa ação.
Análise Bíblica e Teológica:
- Sorteio de Pur (Purim): O sorteio ("pur", פּוּר) que Hamã realiza para determinar o dia da destruição dos judeus mostra a tentativa de usar o acaso contra o povo de Deus, mas na providência divina, esse "acaso" se volta contra Hamã.
- O Decreto: A ordem emitida pelo rei da Pérsia, baseada na mentira e manipulação de Hamã, reflete a vulnerabilidade dos judeus em um contexto de exílio.
Contexto:
- Este decreto marcou um ponto crítico no Livro de Ester, onde a sobrevivência do povo judeu estava em jogo. Revela a natureza hostil dos poderes terrenos, mas também prepara o cenário para a intervenção divina que levará à salvação dos judeus.
Sábado: Ester 9:20-28
Texto:
- Este trecho descreve a instituição da Festa de Purim, celebrando o livramento dos judeus da trama de Hamã.
Análise Bíblica e Teológica:
- Festa de Purim: Esta festa, estabelecida para celebrar o livramento do povo judeu, simboliza a reversão do destino. O termo "Purim" deriva de "pur", o sorteio, destacando como Deus transformou o dia de desespero em dia de alegria.
- Memória e Gratidão: A perpetuação da festa entre as gerações reflete a importância de recordar e agradecer a intervenção divina na história do povo de Deus.
Contexto:
- Purim torna-se um símbolo de como Deus pode reverter situações aparentemente sem esperança. Este evento reforça a ideia de que, mesmo sob domínio estrangeiro, os judeus não estavam abandonados, mas sob a proteção do Deus soberano.
Essas análises mostram como cada passagem bíblica se conecta ao contexto histórico e teológico do Livro de Ester, destacando a fidelidade de Deus e Sua soberania sobre as nações. Se precisar de mais detalhes sobre algum ponto específico ou outra abordagem, estou à disposição.
Para uma análise bíblica, teológica e sistemática dos textos mencionados, com enfoque nas raízes das palavras e contexto, abordarei cada passagem separadamente. Vamos começar:
Segunda-feira: 2 Timóteo 3:16-17
Texto: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra."
Análise Bíblica e Teológica:
- Inspiração Divina: A palavra "inspirada" no grego é "theopneustos" (θεόπνευστος), que literalmente significa "soprada por Deus". Isso sublinha a origem divina da Escritura, indicando que, embora tenha sido escrita por humanos, sua fonte é Deus.
- Finalidade da Escritura: A passagem destaca quatro utilidades principais: ensinar (didaskalia), redarguir (elegmos), corrigir (epanorthosis) e instruir em justiça (paideia). Isso reflete o caráter completo e suficiente da Bíblia em guiar o cristão em todas as áreas da vida.
Contexto:
- Esta carta de Paulo a Timóteo visa fortalecer o jovem líder em meio a desafios. Paulo enfatiza a suficiência da Escritura como a base para a vida e ministério cristão, especialmente em tempos de heresias e falsas doutrinas.
Terça-feira: Jeremias 25:11; 29:10-14
Texto:
- Jr 25:11: "E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos."
- Jr 29:10-14: "Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar. [...]"
Análise Bíblica e Teológica:
- Cativeiro Babilônico: Jeremias profetiza o período de setenta anos em que Judá seria exilada na Babilônia como juízo divino por seus pecados. A palavra "deserto" aqui, "chorbah" (חרבה), enfatiza a completa desolação da terra.
- Esperança e Restauração: Em Jr 29, Deus promete restaurar Seu povo após o cativeiro. O termo "vos visitarei" ("paqad", פקד) significa mais do que uma simples visita, implica em intervenção divina para o cumprimento das promessas de Deus.
Contexto:
- Estas passagens estabelecem o pano de fundo para o Livro de Ester, que ocorre no período pós-exílio, quando os judeus ainda estavam sob domínio persa. Elas ressaltam a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas, mesmo após períodos de julgamento.
Quarta-feira: Esdras 1:1-3
Texto: "No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra; e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá."
Análise Bíblica e Teológica:
- Soberania de Deus: O termo "despertou" (he'ir, עור) no hebraico indica que Deus estava ativamente influenciando as decisões de Ciro. A restauração do templo em Jerusalém, após o cativeiro, era parte do plano divino.
- Ciro como Agente de Deus: Ciro, um rei pagão, é aqui retratado como um servo de Deus, mostrando que Deus pode usar qualquer pessoa ou nação para cumprir Seus propósitos.
Contexto:
- Esdras 1 liga diretamente a profecia de Jeremias ao decreto de Ciro, mostrando o cumprimento das promessas de Deus. Este contexto histórico é crucial para entender o cenário em que Ester se desenrola, com os judeus ainda sob a dominação persa, mas começando a retornar a sua terra.
Quinta-feira: 1 Timóteo 2:1-4
Texto: "Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade."
Análise Bíblica e Teológica:
- Intercessão pelos Governos: Paulo instrui a orar pelas autoridades. O termo "deprecações" (deēsis, δέησις) refere-se a súplicas específicas, enquanto "orações" (proseuchē, προσευχή) são mais gerais, e "intercessões" (enteuxis, ἔντευξις) envolvem mediação. Isso reflete a responsabilidade cristã de interceder pelo bem-estar público.
- Paz e Piedade: A oração por governantes visa uma sociedade pacífica, propícia para a prática da fé.
Contexto:
- No contexto do Livro de Ester, onde o destino dos judeus dependia das decisões de um governante estrangeiro, essa passagem sublinha a importância de interceder pelas autoridades, mesmo em circunstâncias adversas.
Sexta-feira: Ester 3:7-13
Texto:
- Este trecho descreve a conspiração de Hamã para exterminar os judeus, e o decreto do rei que autoriza essa ação.
Análise Bíblica e Teológica:
- Sorteio de Pur (Purim): O sorteio ("pur", פּוּר) que Hamã realiza para determinar o dia da destruição dos judeus mostra a tentativa de usar o acaso contra o povo de Deus, mas na providência divina, esse "acaso" se volta contra Hamã.
- O Decreto: A ordem emitida pelo rei da Pérsia, baseada na mentira e manipulação de Hamã, reflete a vulnerabilidade dos judeus em um contexto de exílio.
Contexto:
- Este decreto marcou um ponto crítico no Livro de Ester, onde a sobrevivência do povo judeu estava em jogo. Revela a natureza hostil dos poderes terrenos, mas também prepara o cenário para a intervenção divina que levará à salvação dos judeus.
Sábado: Ester 9:20-28
Texto:
- Este trecho descreve a instituição da Festa de Purim, celebrando o livramento dos judeus da trama de Hamã.
Análise Bíblica e Teológica:
- Festa de Purim: Esta festa, estabelecida para celebrar o livramento do povo judeu, simboliza a reversão do destino. O termo "Purim" deriva de "pur", o sorteio, destacando como Deus transformou o dia de desespero em dia de alegria.
- Memória e Gratidão: A perpetuação da festa entre as gerações reflete a importância de recordar e agradecer a intervenção divina na história do povo de Deus.
Contexto:
- Purim torna-se um símbolo de como Deus pode reverter situações aparentemente sem esperança. Este evento reforça a ideia de que, mesmo sob domínio estrangeiro, os judeus não estavam abandonados, mas sob a proteção do Deus soberano.
Essas análises mostram como cada passagem bíblica se conecta ao contexto histórico e teológico do Livro de Ester, destacando a fidelidade de Deus e Sua soberania sobre as nações. Se precisar de mais detalhes sobre algum ponto específico ou outra abordagem, estou à disposição.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Ester 1:1-9 - Comentário Bíblico Detalhado
Versículo 1
Texto: "E sucedeu, nos dias de Assuero (este é aquele Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias);"
Comentário:
- Assuero: Este nome em hebraico é "Achashverosh" (אֲחַשְׁוֵרוֹשׁ), identificado historicamente como Xerxes I, rei da Pérsia de 486-465 a.C. A menção de "Índia até à Etiópia" sublinha a vastidão de seu império, abrangendo territórios modernos do Paquistão até o Sudão.
- Contexto Histórico: O livro começa situando o reinado de Assuero dentro do vasto contexto geopolítico da época, sugerindo o poder e a extensão do domínio persa.
Versículo 2
Texto: "Naqueles dias, assentando-se o rei Assuero sobre o trono do seu reino, que está na fortaleza de Susã,"
Comentário:
- Fortaleza de Susã: "Susã" (שׁוּשַׁן, Shushan) era uma das capitais do Império Persa. A menção do trono de Assuero estabelece sua autoridade e o cenário de sua administração central, que será crucial para o desenrolar dos eventos no livro.
- Trono do Seu Reino: O termo "trono" (כִּסֵּא, kisse) simboliza poder e soberania, destacando a autoridade de Assuero como governante supremo.
Versículo 3
Texto: "No terceiro ano de seu reinado, fez um convite a todos os seus príncipes e seus servos (o poder da Pérsia e Média e os maiores senhores das províncias estavam perante ele),"
Comentário:
- Terceiro Ano do Seu Reinado: O terceiro ano é significativo porque era comum para reis antigos celebrarem eventos importantes nos primeiros anos de reinado para consolidar poder e estabelecer alianças.
- Príncipes e Servos: O termo "príncipes" (שָׂרִים, sarim) refere-se a líderes e nobres do império, enquanto "servos" (עֲבָדִים, avadim) pode incluir altos oficiais administrativos. Estes grupos representavam a elite governamental da Pérsia.
- Poder da Pérsia e Média: A referência a "Pérsia e Média" (מָדַי וּפָרַס, Madai u'Paras) indica a coalizão de duas nações poderosas que formavam o núcleo do império.
Versículo 4
Texto: "Para mostrar as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber, cento e oitenta dias."
Comentário:
- Riquezas da Glória: A expressão "riquezas da glória" (עֹשֶׁר כְּבוֹד, osher kavod) destaca a ostentação da riqueza e poder do rei. Isso não apenas impressiona, mas também serve como uma demonstração de superioridade sobre os convidados.
- Centenas e Oitenta Dias: Este período extenso sugere que o banquete era mais do que uma celebração; era uma estratégia para reafirmar a lealdade dos governadores e nobres através de generosidade e poder.
Versículo 5
Texto: "E, acabados aqueles dias, fez o rei um convite a todo o povo que se achou na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real."
Comentário:
- Convite a Todo o Povo: Após a celebração com a elite, Assuero estende a festa a todo o povo, demonstrando uma fachada de acessibilidade e generosidade. O termo "pátio do jardim" (חָצֵר גִּנַּת, chatzer ginnat) sugere um ambiente luxuoso e exclusivo.
- Sete Dias: O número sete (שִׁבְעָה, shiv'ah) tem significados especiais na Bíblia, frequentemente associado com completude e perfeição, o que pode indicar a finalização de uma fase significativa da celebração.
Versículo 6
Texto: "As tapeçarias eram de pano branco, verde e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore; os leitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, e de mármore, e de alabastro, e de pedras preciosas."
Comentário:
- Descrição da Decoração: A atenção aos detalhes da decoração, como as cores "branco, verde e azul celeste" e os materiais preciosos como "ouro, prata, mármore", sublinha a riqueza do palácio. "Púrpura" (אַרְגָּמָן, argaman) era uma cor associada à realeza devido ao seu custo elevado.
- Colunas e Pavimento: As "colunas de mármore" e o "pavimento de pórfiro" indicam um ambiente de extremo luxo, feito para impressionar e exibir o poderio econômico e estético do império.
Versículo 7
Texto: "E dava-se de beber em vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo o estado do rei."
Comentário:
- Vasos de Ouro: A utilização de "vasos de ouro" (כְּלֵי זָהָב, kelei zahav) é outro símbolo de opulência. O fato de serem todos diferentes uns dos outros sugere uma exibição de variedade e riqueza.
- Vinho Real: "Vinho real" (יַיִן מַלְכוּתִי, yayin malkhuti) era o melhor vinho disponível, indicando que nenhum custo foi poupado para a ocasião.
Versículo 8
Texto: "E o beber era, por lei, feito sem que ninguém forçasse a outro; porque assim o tinha ordenado o rei expressamente a todos os grandes da sua casa que fizessem conforme a vontade de cada um."
Comentário:
- Beber Sem Forçar: A ordem de "não forçar" reflete uma política de liberdade e autonomia durante a celebração, permitindo que cada convidado participasse conforme sua própria vontade. Isso pode ter sido visto como um gesto de respeito e consideração do rei para com seus súditos.
- Vontade de Cada Um: A frase "conforme a vontade de cada um" (כִּרְצוֹן אִישׁ וָאִישׁ, kirtzon ish va'ish) sublinha a intenção de Assuero em criar um ambiente de liberdade e prazer pessoal, provavelmente para evitar qualquer descontentamento.
Versículo 9
Texto: "Também a rainha Vasti fez um banquete para as mulheres da casa real do rei Assuero."
Comentário:
- Banquete de Vasti: A rainha Vasti realiza seu próprio banquete, separado do evento principal, o que pode indicar a importância das mulheres na corte e a autonomia de Vasti dentro do palácio.
- Mulheres da Casa Real: "Mulheres da casa real" (נָשִׁים בֵּית הַמֶּלֶךְ, nashim beit hamelech) provavelmente se refere às mulheres da corte e nobres, destacando o papel de Vasti como anfitriã e líder entre as mulheres do palácio.
Considerações Finais
Este trecho inicial do Livro de Ester estabelece o cenário de luxo, poder e política no Império Persa. A ostentação de riqueza e poder de Assuero prepara o leitor para os eventos que se desenrolarão, revelando tanto a grandeza do império quanto a vulnerabilidade de seus habitantes, especialmente no que se refere ao destino do povo judeu. O contexto histórico e cultural é essencial para entender as dinâmicas de poder que influenciam os eventos subsequentes na narrativa.
Ester 1:1-9 - Comentário Bíblico Detalhado
Versículo 1
Texto: "E sucedeu, nos dias de Assuero (este é aquele Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias);"
Comentário:
- Assuero: Este nome em hebraico é "Achashverosh" (אֲחַשְׁוֵרוֹשׁ), identificado historicamente como Xerxes I, rei da Pérsia de 486-465 a.C. A menção de "Índia até à Etiópia" sublinha a vastidão de seu império, abrangendo territórios modernos do Paquistão até o Sudão.
- Contexto Histórico: O livro começa situando o reinado de Assuero dentro do vasto contexto geopolítico da época, sugerindo o poder e a extensão do domínio persa.
Versículo 2
Texto: "Naqueles dias, assentando-se o rei Assuero sobre o trono do seu reino, que está na fortaleza de Susã,"
Comentário:
- Fortaleza de Susã: "Susã" (שׁוּשַׁן, Shushan) era uma das capitais do Império Persa. A menção do trono de Assuero estabelece sua autoridade e o cenário de sua administração central, que será crucial para o desenrolar dos eventos no livro.
- Trono do Seu Reino: O termo "trono" (כִּסֵּא, kisse) simboliza poder e soberania, destacando a autoridade de Assuero como governante supremo.
Versículo 3
Texto: "No terceiro ano de seu reinado, fez um convite a todos os seus príncipes e seus servos (o poder da Pérsia e Média e os maiores senhores das províncias estavam perante ele),"
Comentário:
- Terceiro Ano do Seu Reinado: O terceiro ano é significativo porque era comum para reis antigos celebrarem eventos importantes nos primeiros anos de reinado para consolidar poder e estabelecer alianças.
- Príncipes e Servos: O termo "príncipes" (שָׂרִים, sarim) refere-se a líderes e nobres do império, enquanto "servos" (עֲבָדִים, avadim) pode incluir altos oficiais administrativos. Estes grupos representavam a elite governamental da Pérsia.
- Poder da Pérsia e Média: A referência a "Pérsia e Média" (מָדַי וּפָרַס, Madai u'Paras) indica a coalizão de duas nações poderosas que formavam o núcleo do império.
Versículo 4
Texto: "Para mostrar as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber, cento e oitenta dias."
Comentário:
- Riquezas da Glória: A expressão "riquezas da glória" (עֹשֶׁר כְּבוֹד, osher kavod) destaca a ostentação da riqueza e poder do rei. Isso não apenas impressiona, mas também serve como uma demonstração de superioridade sobre os convidados.
- Centenas e Oitenta Dias: Este período extenso sugere que o banquete era mais do que uma celebração; era uma estratégia para reafirmar a lealdade dos governadores e nobres através de generosidade e poder.
Versículo 5
Texto: "E, acabados aqueles dias, fez o rei um convite a todo o povo que se achou na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real."
Comentário:
- Convite a Todo o Povo: Após a celebração com a elite, Assuero estende a festa a todo o povo, demonstrando uma fachada de acessibilidade e generosidade. O termo "pátio do jardim" (חָצֵר גִּנַּת, chatzer ginnat) sugere um ambiente luxuoso e exclusivo.
- Sete Dias: O número sete (שִׁבְעָה, shiv'ah) tem significados especiais na Bíblia, frequentemente associado com completude e perfeição, o que pode indicar a finalização de uma fase significativa da celebração.
Versículo 6
Texto: "As tapeçarias eram de pano branco, verde e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore; os leitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, e de mármore, e de alabastro, e de pedras preciosas."
Comentário:
- Descrição da Decoração: A atenção aos detalhes da decoração, como as cores "branco, verde e azul celeste" e os materiais preciosos como "ouro, prata, mármore", sublinha a riqueza do palácio. "Púrpura" (אַרְגָּמָן, argaman) era uma cor associada à realeza devido ao seu custo elevado.
- Colunas e Pavimento: As "colunas de mármore" e o "pavimento de pórfiro" indicam um ambiente de extremo luxo, feito para impressionar e exibir o poderio econômico e estético do império.
Versículo 7
Texto: "E dava-se de beber em vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo o estado do rei."
Comentário:
- Vasos de Ouro: A utilização de "vasos de ouro" (כְּלֵי זָהָב, kelei zahav) é outro símbolo de opulência. O fato de serem todos diferentes uns dos outros sugere uma exibição de variedade e riqueza.
- Vinho Real: "Vinho real" (יַיִן מַלְכוּתִי, yayin malkhuti) era o melhor vinho disponível, indicando que nenhum custo foi poupado para a ocasião.
Versículo 8
Texto: "E o beber era, por lei, feito sem que ninguém forçasse a outro; porque assim o tinha ordenado o rei expressamente a todos os grandes da sua casa que fizessem conforme a vontade de cada um."
Comentário:
- Beber Sem Forçar: A ordem de "não forçar" reflete uma política de liberdade e autonomia durante a celebração, permitindo que cada convidado participasse conforme sua própria vontade. Isso pode ter sido visto como um gesto de respeito e consideração do rei para com seus súditos.
- Vontade de Cada Um: A frase "conforme a vontade de cada um" (כִּרְצוֹן אִישׁ וָאִישׁ, kirtzon ish va'ish) sublinha a intenção de Assuero em criar um ambiente de liberdade e prazer pessoal, provavelmente para evitar qualquer descontentamento.
Versículo 9
Texto: "Também a rainha Vasti fez um banquete para as mulheres da casa real do rei Assuero."
Comentário:
- Banquete de Vasti: A rainha Vasti realiza seu próprio banquete, separado do evento principal, o que pode indicar a importância das mulheres na corte e a autonomia de Vasti dentro do palácio.
- Mulheres da Casa Real: "Mulheres da casa real" (נָשִׁים בֵּית הַמֶּלֶךְ, nashim beit hamelech) provavelmente se refere às mulheres da corte e nobres, destacando o papel de Vasti como anfitriã e líder entre as mulheres do palácio.
Considerações Finais
Este trecho inicial do Livro de Ester estabelece o cenário de luxo, poder e política no Império Persa. A ostentação de riqueza e poder de Assuero prepara o leitor para os eventos que se desenrolarão, revelando tanto a grandeza do império quanto a vulnerabilidade de seus habitantes, especialmente no que se refere ao destino do povo judeu. O contexto histórico e cultural é essencial para entender as dinâmicas de poder que influenciam os eventos subsequentes na narrativa.
PLANO DE AULA
INTRODUÇÃO
Concluímos o estudo de Rute. Nesta lição iniciamos o estudo do livro de Ester. Rute é cheio de referências expressas ao nome de Deus. Ester, por sua vez, tem como característica singular, e sempre destacada, a completa ausência do nome de Deus. Nem por isso o agir divino deixa de estar patente no livro. Ester não contém alusões diretas ao Deus da providência, mas nos apresenta uma história cujo roteiro é, por inteiro, uma manifestação da providência de Deus.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Introdução Geral
O livro de Ester ocupa um lugar único nas Escrituras devido à ausência explícita do nome de Deus, uma característica que tem intrigado estudiosos e teólogos ao longo dos séculos. Mesmo assim, a narrativa de Ester é permeada pela ideia da providência divina, onde Deus age nos bastidores, guiando os eventos de maneira que favoreça o Seu povo, os judeus, em um período de grande perigo.
2. Contexto Histórico e Cultural
Ester é situado no contexto do Império Persa, especificamente durante o reinado de Xerxes I (Assuero, em hebraico, como mencionado anteriormente). O Império Persa, que dominava uma vasta extensão de territórios desde a Índia até a Etiópia, era conhecido por sua complexa estrutura administrativa e seu respeito, até certo ponto, pela diversidade religiosa e cultural de seus súditos.
- História Arqueológica: Descobertas em Susa (Susã), como inscrições e relevos, oferecem uma compreensão do ambiente de riqueza e poder onde a história de Ester se desenrola. A cidade de Susa era uma das capitais administrativas do Império Persa e localizava-se na região que hoje é o sudoeste do Irã. Ela era notável por seus palácios grandiosos e sua arquitetura rica, como mencionado no capítulo 1 de Ester.
- Perspectivas Culturais: A cultura persa, especialmente no contexto da corte real, era caracterizada por sua opulência e pela importância das festas e banquetes como demonstrações de poder e generosidade, o que está claramente refletido nos banquetes descritos nos primeiros capítulos do livro.
3. Análise Teológica
Embora Deus não seja mencionado, o livro de Ester levanta questões teológicas profundas sobre a natureza da providência divina e a fé em um contexto onde a presença de Deus não é imediatamente evidente.
- Providência Divina: A teologia da providência permeia todo o livro de Ester. O termo "providência" refere-se ao cuidado contínuo de Deus sobre o universo e a história humana, guiando os eventos de forma a cumprir Seus propósitos. Este conceito é especialmente evidente na famosa declaração de Mordecai a Ester: "Quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?" (Ester 4:14). Mordecai sugere que Ester foi colocada em sua posição real para cumprir um propósito divino, mesmo sem que Deus seja mencionado diretamente.
- Silêncio Divino: A ausência do nome de Deus no livro tem sido interpretada de várias maneiras. Alguns estudiosos veem isso como uma forma de destacar a atuação de Deus mesmo quando Ele parece ausente. Outros sugerem que essa omissão reflete a experiência do exílio, onde o povo de Deus pode sentir-se distante de Sua presença. Porém, a narrativa de Ester mostra que Deus está sempre presente, trabalhando nos detalhes, mesmo quando Ele não se revela de forma direta.
4. Referências Bíblicas
O livro de Ester se conecta com outros textos bíblicos que exploram o tema da providência divina:
- Gênesis 50:20: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida." Assim como José, Ester é uma figura que Deus usa para preservar a vida de Seu povo em meio a uma crise.
- Provérbios 21:1: "Como ribeiros de águas é o coração do rei na mão do Senhor, que o inclina a todo o seu querer." Essa passagem é ilustrada na maneira como o rei Assuero toma decisões que favorecem os judeus, apesar de não estar consciente da mão de Deus guiando seus atos.
- Isaías 45:15: "Verdadeiramente tu és Deus misterioso, ó Deus de Israel, o Salvador." Este versículo reflete a ideia de que Deus trabalha de maneira oculta, como visto na história de Ester.
5. Opiniões de Livros e Comentários
Estudiosos ao longo dos séculos têm debatido o significado e a mensagem de Ester:
- João Calvino (em seus sermões): Apesar de não ter escrito um comentário sobre Ester, Calvin mencionou a providência de Deus como um tema central, mesmo em textos onde Deus não é mencionado. Ele via Ester como um exemplo da fidelidade de Deus ao Seu povo, mesmo em silêncio.
- Matthew Henry (em seu comentário): Henry sublinha que o livro de Ester mostra que, mesmo quando Deus parece estar ausente, Ele está no controle, governando todas as coisas para o bem de Seu povo. Ele afirma que a história de Ester é um lembrete de que a providência de Deus é real e sempre operante.
- Enciclopédia Bíblica de Unger: Ela destaca a singularidade de Ester no cânon bíblico, observando que a ausência de Deus pode ser uma maneira de enfatizar a importância da fé e da confiança na soberania divina, mesmo quando Ele não se revela de forma direta.
6. Conclusão
O livro de Ester oferece uma poderosa mensagem sobre a presença contínua de Deus na vida de Seu povo, mesmo quando Ele não é mencionado diretamente. A providência divina, embora às vezes oculta, é uma certeza para aqueles que confiam em Deus. Ester, ao contrário de Rute, nos desafia a ver a mão de Deus em meio ao silêncio e a crer que Ele está sempre operando para o bem de Seu povo. Este tema é relevante para qualquer época e contexto, lembrando os crentes da soberania e fidelidade de Deus.
1. Introdução Geral
O livro de Ester ocupa um lugar único nas Escrituras devido à ausência explícita do nome de Deus, uma característica que tem intrigado estudiosos e teólogos ao longo dos séculos. Mesmo assim, a narrativa de Ester é permeada pela ideia da providência divina, onde Deus age nos bastidores, guiando os eventos de maneira que favoreça o Seu povo, os judeus, em um período de grande perigo.
2. Contexto Histórico e Cultural
Ester é situado no contexto do Império Persa, especificamente durante o reinado de Xerxes I (Assuero, em hebraico, como mencionado anteriormente). O Império Persa, que dominava uma vasta extensão de territórios desde a Índia até a Etiópia, era conhecido por sua complexa estrutura administrativa e seu respeito, até certo ponto, pela diversidade religiosa e cultural de seus súditos.
- História Arqueológica: Descobertas em Susa (Susã), como inscrições e relevos, oferecem uma compreensão do ambiente de riqueza e poder onde a história de Ester se desenrola. A cidade de Susa era uma das capitais administrativas do Império Persa e localizava-se na região que hoje é o sudoeste do Irã. Ela era notável por seus palácios grandiosos e sua arquitetura rica, como mencionado no capítulo 1 de Ester.
- Perspectivas Culturais: A cultura persa, especialmente no contexto da corte real, era caracterizada por sua opulência e pela importância das festas e banquetes como demonstrações de poder e generosidade, o que está claramente refletido nos banquetes descritos nos primeiros capítulos do livro.
3. Análise Teológica
Embora Deus não seja mencionado, o livro de Ester levanta questões teológicas profundas sobre a natureza da providência divina e a fé em um contexto onde a presença de Deus não é imediatamente evidente.
- Providência Divina: A teologia da providência permeia todo o livro de Ester. O termo "providência" refere-se ao cuidado contínuo de Deus sobre o universo e a história humana, guiando os eventos de forma a cumprir Seus propósitos. Este conceito é especialmente evidente na famosa declaração de Mordecai a Ester: "Quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?" (Ester 4:14). Mordecai sugere que Ester foi colocada em sua posição real para cumprir um propósito divino, mesmo sem que Deus seja mencionado diretamente.
- Silêncio Divino: A ausência do nome de Deus no livro tem sido interpretada de várias maneiras. Alguns estudiosos veem isso como uma forma de destacar a atuação de Deus mesmo quando Ele parece ausente. Outros sugerem que essa omissão reflete a experiência do exílio, onde o povo de Deus pode sentir-se distante de Sua presença. Porém, a narrativa de Ester mostra que Deus está sempre presente, trabalhando nos detalhes, mesmo quando Ele não se revela de forma direta.
4. Referências Bíblicas
O livro de Ester se conecta com outros textos bíblicos que exploram o tema da providência divina:
- Gênesis 50:20: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida." Assim como José, Ester é uma figura que Deus usa para preservar a vida de Seu povo em meio a uma crise.
- Provérbios 21:1: "Como ribeiros de águas é o coração do rei na mão do Senhor, que o inclina a todo o seu querer." Essa passagem é ilustrada na maneira como o rei Assuero toma decisões que favorecem os judeus, apesar de não estar consciente da mão de Deus guiando seus atos.
- Isaías 45:15: "Verdadeiramente tu és Deus misterioso, ó Deus de Israel, o Salvador." Este versículo reflete a ideia de que Deus trabalha de maneira oculta, como visto na história de Ester.
5. Opiniões de Livros e Comentários
Estudiosos ao longo dos séculos têm debatido o significado e a mensagem de Ester:
- João Calvino (em seus sermões): Apesar de não ter escrito um comentário sobre Ester, Calvin mencionou a providência de Deus como um tema central, mesmo em textos onde Deus não é mencionado. Ele via Ester como um exemplo da fidelidade de Deus ao Seu povo, mesmo em silêncio.
- Matthew Henry (em seu comentário): Henry sublinha que o livro de Ester mostra que, mesmo quando Deus parece estar ausente, Ele está no controle, governando todas as coisas para o bem de Seu povo. Ele afirma que a história de Ester é um lembrete de que a providência de Deus é real e sempre operante.
- Enciclopédia Bíblica de Unger: Ela destaca a singularidade de Ester no cânon bíblico, observando que a ausência de Deus pode ser uma maneira de enfatizar a importância da fé e da confiança na soberania divina, mesmo quando Ele não se revela de forma direta.
6. Conclusão
O livro de Ester oferece uma poderosa mensagem sobre a presença contínua de Deus na vida de Seu povo, mesmo quando Ele não é mencionado diretamente. A providência divina, embora às vezes oculta, é uma certeza para aqueles que confiam em Deus. Ester, ao contrário de Rute, nos desafia a ver a mão de Deus em meio ao silêncio e a crer que Ele está sempre operando para o bem de Seu povo. Este tema é relevante para qualquer época e contexto, lembrando os crentes da soberania e fidelidade de Deus.
PALAVRA-CHAVE: ESTER
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Significado do Nome:
- Ester: Em hebraico, Ester é "אֶסְתֵּר" (Esther), possivelmente derivado do persa "stara" que significa "estrela". Outra interpretação sugere que o nome pode estar relacionado ao nome da deusa babilônica Ishtar, associada ao amor e à guerra. Alguns estudiosos também consideram que Ester possa ser uma forma oculta do nome hebraico "Hadassa" (הֲדַסָּה), que significa "murta", uma planta com flores brancas e odorosas, mencionada em Ester 2:7.
Identidade e Papel:
- Ester, uma jovem judia que vive no exílio na Pérsia, é escolhida como rainha do império persa. Ela esconde sua identidade judaica a pedido de seu primo Mordecai, mas posteriormente arrisca sua vida para salvar seu povo de um genocídio planejado por Hamã, um oficial de alto escalão do rei Assuero. A história de Ester destaca temas de coragem, sabedoria e a providência divina.
Relevância Teológica:
- A figura de Ester é central para a narrativa da providência de Deus no livro que leva seu nome. Ela é um exemplo de como Deus pode usar indivíduos em posições estratégicas para cumprir Seus propósitos, mesmo quando Ele não é explicitamente mencionado. Ester, através de sua obediência e coragem, se torna um instrumento de salvação para os judeus.
Contexto Histórico e Cultural:
- Ester vive durante o reinado de Xerxes I, na fortaleza de Susã, no contexto do Império Persa, que governava uma vasta área que incluía muitos povos, culturas e religiões. Sua história oferece insights sobre a vida na corte persa, as intrigas políticas e as tensões entre diferentes grupos étnicos e religiosos dentro do império.
Aplicações Práticas:
- Ester é um modelo de fé e coragem, especialmente em tempos de incerteza e perigo. Sua história nos ensina a confiar na providência de Deus, mesmo quando Ele parece ausente, e a agir com sabedoria e coragem em defesa do que é certo.
Referências Bíblicas:
- Ester 4:14: "Quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?"
- Ester 2:7: "Mordecai criara Hadassa, que é Ester, filha de seu tio, porque ela não tinha pai nem mãe."
Ester, portanto, não é apenas um personagem histórico, mas uma figura que encarna o tema da providência divina, mostrando como Deus pode trabalhar através de indivíduos para realizar Seus propósitos no mundo.
Significado do Nome:
- Ester: Em hebraico, Ester é "אֶסְתֵּר" (Esther), possivelmente derivado do persa "stara" que significa "estrela". Outra interpretação sugere que o nome pode estar relacionado ao nome da deusa babilônica Ishtar, associada ao amor e à guerra. Alguns estudiosos também consideram que Ester possa ser uma forma oculta do nome hebraico "Hadassa" (הֲדַסָּה), que significa "murta", uma planta com flores brancas e odorosas, mencionada em Ester 2:7.
Identidade e Papel:
- Ester, uma jovem judia que vive no exílio na Pérsia, é escolhida como rainha do império persa. Ela esconde sua identidade judaica a pedido de seu primo Mordecai, mas posteriormente arrisca sua vida para salvar seu povo de um genocídio planejado por Hamã, um oficial de alto escalão do rei Assuero. A história de Ester destaca temas de coragem, sabedoria e a providência divina.
Relevância Teológica:
- A figura de Ester é central para a narrativa da providência de Deus no livro que leva seu nome. Ela é um exemplo de como Deus pode usar indivíduos em posições estratégicas para cumprir Seus propósitos, mesmo quando Ele não é explicitamente mencionado. Ester, através de sua obediência e coragem, se torna um instrumento de salvação para os judeus.
Contexto Histórico e Cultural:
- Ester vive durante o reinado de Xerxes I, na fortaleza de Susã, no contexto do Império Persa, que governava uma vasta área que incluía muitos povos, culturas e religiões. Sua história oferece insights sobre a vida na corte persa, as intrigas políticas e as tensões entre diferentes grupos étnicos e religiosos dentro do império.
Aplicações Práticas:
- Ester é um modelo de fé e coragem, especialmente em tempos de incerteza e perigo. Sua história nos ensina a confiar na providência de Deus, mesmo quando Ele parece ausente, e a agir com sabedoria e coragem em defesa do que é certo.
Referências Bíblicas:
- Ester 4:14: "Quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?"
- Ester 2:7: "Mordecai criara Hadassa, que é Ester, filha de seu tio, porque ela não tinha pai nem mãe."
Ester, portanto, não é apenas um personagem histórico, mas uma figura que encarna o tema da providência divina, mostrando como Deus pode trabalhar através de indivíduos para realizar Seus propósitos no mundo.
I – A ORGANIZAÇÃO DO LIVRO
1- A categorização de Ester. Da mesma forma que Rute, Ester pertence aos Escritos, os onze livros que compõem a terceira seção da Bíblia Hebraica. E nesta seção – também ao lado de Rute –, integra os Megillot, os cinco livros curtos lidos anualmente nas festas judaicas. As categorizações de Rute e Ester também são semelhantes na Bíblia Cristã, na qual figuram entre os livros históricos. Por sua reconhecida canonicidade, Ester compõe o conjunto da revelação divina escrita, completa e perfeita (2 Tm 3.16,17).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Livro de Ester, assim como Rute, é categorizado de maneira distinta na Bíblia Hebraica e na Bíblia Cristã, refletindo as tradições e funções litúrgicas de cada comunidade.
- Na Bíblia Hebraica:
- Escritos (Ketuvim): Ester faz parte dos "Ketuvim" (כתובים), que são os Escritos, a terceira seção da Tanach (Bíblia Hebraica). Os Ketuvim incluem uma variedade de gêneros literários, como poesia, sabedoria, e narrativa histórica.
- Megillot (Pergaminhos): Ester é um dos cinco "Megillot" (מְגִלּוֹת), junto com Cantares, Rute, Lamentações e Eclesiastes. Estes são cinco livros curtos que são lidos em certas festividades judaicas. Ester é lido durante a festa de Purim, uma celebração que rememora a salvação dos judeus da destruição planejada por Hamã.
- Na Bíblia Cristã:
- Livros Históricos: Ester está categorizado entre os livros históricos, que narram eventos e personagens significativos na história do povo de Israel. Essa seção inclui livros que cobrem desde a conquista da Terra Prometida até o período do exílio e o retorno.
- Canonicidade:
- Ester é reconhecido como um livro canônico tanto na tradição judaica quanto na cristã. A sua inclusão no cânon é uma afirmação de sua inspiração divina e relevância teológica. Conforme 2 Timóteo 3:16,17, "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda boa obra."
Análise Teológica e Cultural:
- Teológica: A categorização de Ester como Escritura revela sua importância teológica, mesmo sem mencionar diretamente Deus. A narrativa de Ester, ao ser incluída nos Megillot, destaca a providência divina em salvar o povo judeu, um tema central na teologia judaica e cristã.
- Cultural e Litúrgica: A leitura de Ester durante Purim reflete a função do livro como um memorial da intervenção divina. Purim é uma festa alegre que celebra a reversão do destino dos judeus, lembrando que, mesmo em tempos de exílio e ocultação, a mão de Deus continua a operar na história.
Portanto, a categorização de Ester, tanto na Bíblia Hebraica quanto na Cristã, sublinha sua relevância contínua como parte integrante da revelação divina, completa e perfeita, que ensina e guia o povo de Deus através dos tempos.
O Livro de Ester, assim como Rute, é categorizado de maneira distinta na Bíblia Hebraica e na Bíblia Cristã, refletindo as tradições e funções litúrgicas de cada comunidade.
- Na Bíblia Hebraica:
- Escritos (Ketuvim): Ester faz parte dos "Ketuvim" (כתובים), que são os Escritos, a terceira seção da Tanach (Bíblia Hebraica). Os Ketuvim incluem uma variedade de gêneros literários, como poesia, sabedoria, e narrativa histórica.
- Megillot (Pergaminhos): Ester é um dos cinco "Megillot" (מְגִלּוֹת), junto com Cantares, Rute, Lamentações e Eclesiastes. Estes são cinco livros curtos que são lidos em certas festividades judaicas. Ester é lido durante a festa de Purim, uma celebração que rememora a salvação dos judeus da destruição planejada por Hamã.
- Na Bíblia Cristã:
- Livros Históricos: Ester está categorizado entre os livros históricos, que narram eventos e personagens significativos na história do povo de Israel. Essa seção inclui livros que cobrem desde a conquista da Terra Prometida até o período do exílio e o retorno.
- Canonicidade:
- Ester é reconhecido como um livro canônico tanto na tradição judaica quanto na cristã. A sua inclusão no cânon é uma afirmação de sua inspiração divina e relevância teológica. Conforme 2 Timóteo 3:16,17, "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda boa obra."
Análise Teológica e Cultural:
- Teológica: A categorização de Ester como Escritura revela sua importância teológica, mesmo sem mencionar diretamente Deus. A narrativa de Ester, ao ser incluída nos Megillot, destaca a providência divina em salvar o povo judeu, um tema central na teologia judaica e cristã.
- Cultural e Litúrgica: A leitura de Ester durante Purim reflete a função do livro como um memorial da intervenção divina. Purim é uma festa alegre que celebra a reversão do destino dos judeus, lembrando que, mesmo em tempos de exílio e ocultação, a mão de Deus continua a operar na história.
Portanto, a categorização de Ester, tanto na Bíblia Hebraica quanto na Cristã, sublinha sua relevância contínua como parte integrante da revelação divina, completa e perfeita, que ensina e guia o povo de Deus através dos tempos.
2- Características literárias. O Livro de Ester tem 10 capítulos. Dentre suas características literárias destaca-se sua objetiva historicidade, vista na expressa referência ao rei persa Assuero (Et 1.1) e em vários outros detalhes factuais, além de seu caráter de fonte primária para a Festa de Purim, anualmente celebrada pelos judeus (Et 9.20-32). O estilo narrativo é menos dialógico que o de Rute. O texto é mais do narrador que dos personagens.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Livro de Ester possui características literárias únicas que contribuem para sua distinção dentro do cânon bíblico. Aqui estão algumas dessas características:
a. Estrutura e Composição
- Capítulos: Ester é composto por 10 capítulos, organizados em uma narrativa linear que segue o desenvolvimento dos eventos históricos com precisão. A estrutura é cuidadosamente elaborada, começando com a introdução ao contexto persa e culminando na salvação dos judeus.
b. Historicidade
- Referência a Assuero: O livro inicia-se com uma referência explícita ao rei persa Assuero (Ester 1:1), identificado historicamente como Xerxes I, que reinou de 486 a.C. a 465 a.C. Essa referência contextualiza o livro dentro de um período específico da história persa, reforçando a historicidade dos eventos narrados.
- Detalhes Factuais: O livro é rico em detalhes sobre a vida na corte persa, costumes, leis e a administração imperial, o que contribui para sua credibilidade histórica. A menção de províncias, o palácio em Susã, e o decreto real são exemplos de como o livro se baseia em fatos históricos.
c. Fonte Primária para a Festa de Purim
- Instituição de Purim: Um aspecto significativo do Livro de Ester é que ele serve como a principal fonte para a instituição da Festa de Purim, uma celebração que recorda a libertação dos judeus da trama de Hamã para exterminá-los (Ester 9:20-32). Purim é uma das festas mais alegres no calendário judaico, e o relato de Ester é lido em sinagogas durante essa festividade, reforçando seu papel central na tradição judaica.
d. Estilo Narrativo
- Narrativa Objetiva: Diferente de Rute, onde há um diálogo frequente entre os personagens, o estilo de Ester é predominantemente narrativo. O narrador desempenha um papel central, relatando eventos e fornecendo detalhes contextuais, enquanto o diálogo entre personagens é menos frequente e mais funcional.
- Menor Diálogo: A economia de diálogos no texto coloca o foco nos eventos e na progressão da história, permitindo que o leitor acompanhe o desenrolar das ações com maior clareza. Quando os diálogos ocorrem, eles são concisos e diretos, frequentemente relacionados a decisões críticas ou revelações importantes na trama.
e. Caráter Literário
- Suspense e Reviravoltas: O livro de Ester é marcado por uma construção literária que mantém o suspense e contém reviravoltas dramáticas, como a mudança radical no destino de Hamã e Mordecai. Essa construção literária torna o livro uma leitura cativante, além de realçar a noção de que a providência divina está operando de maneira invisível.
Conclusão
O livro de Ester combina elementos de historicidade, narrativa objetiva, e um estilo literário que enfatiza a intervenção divina na história. Embora o diálogo seja limitado em comparação com outros livros bíblicos, como Rute, a narrativa de Ester é eficaz em comunicar sua mensagem central sobre a proteção e a provisão de Deus para Seu povo, especialmente em tempos de crise. A instituição de Purim como resultado dos eventos descritos em Ester também destaca o impacto duradouro do livro na tradição e na identidade judaica.
O Livro de Ester possui características literárias únicas que contribuem para sua distinção dentro do cânon bíblico. Aqui estão algumas dessas características:
a. Estrutura e Composição
- Capítulos: Ester é composto por 10 capítulos, organizados em uma narrativa linear que segue o desenvolvimento dos eventos históricos com precisão. A estrutura é cuidadosamente elaborada, começando com a introdução ao contexto persa e culminando na salvação dos judeus.
b. Historicidade
- Referência a Assuero: O livro inicia-se com uma referência explícita ao rei persa Assuero (Ester 1:1), identificado historicamente como Xerxes I, que reinou de 486 a.C. a 465 a.C. Essa referência contextualiza o livro dentro de um período específico da história persa, reforçando a historicidade dos eventos narrados.
- Detalhes Factuais: O livro é rico em detalhes sobre a vida na corte persa, costumes, leis e a administração imperial, o que contribui para sua credibilidade histórica. A menção de províncias, o palácio em Susã, e o decreto real são exemplos de como o livro se baseia em fatos históricos.
c. Fonte Primária para a Festa de Purim
- Instituição de Purim: Um aspecto significativo do Livro de Ester é que ele serve como a principal fonte para a instituição da Festa de Purim, uma celebração que recorda a libertação dos judeus da trama de Hamã para exterminá-los (Ester 9:20-32). Purim é uma das festas mais alegres no calendário judaico, e o relato de Ester é lido em sinagogas durante essa festividade, reforçando seu papel central na tradição judaica.
d. Estilo Narrativo
- Narrativa Objetiva: Diferente de Rute, onde há um diálogo frequente entre os personagens, o estilo de Ester é predominantemente narrativo. O narrador desempenha um papel central, relatando eventos e fornecendo detalhes contextuais, enquanto o diálogo entre personagens é menos frequente e mais funcional.
- Menor Diálogo: A economia de diálogos no texto coloca o foco nos eventos e na progressão da história, permitindo que o leitor acompanhe o desenrolar das ações com maior clareza. Quando os diálogos ocorrem, eles são concisos e diretos, frequentemente relacionados a decisões críticas ou revelações importantes na trama.
e. Caráter Literário
- Suspense e Reviravoltas: O livro de Ester é marcado por uma construção literária que mantém o suspense e contém reviravoltas dramáticas, como a mudança radical no destino de Hamã e Mordecai. Essa construção literária torna o livro uma leitura cativante, além de realçar a noção de que a providência divina está operando de maneira invisível.
Conclusão
O livro de Ester combina elementos de historicidade, narrativa objetiva, e um estilo literário que enfatiza a intervenção divina na história. Embora o diálogo seja limitado em comparação com outros livros bíblicos, como Rute, a narrativa de Ester é eficaz em comunicar sua mensagem central sobre a proteção e a provisão de Deus para Seu povo, especialmente em tempos de crise. A instituição de Purim como resultado dos eventos descritos em Ester também destaca o impacto duradouro do livro na tradição e na identidade judaica.
3- Autoria e data. O autor de Ester é desconhecido. Muitos estudiosos consideram que o livro foi escrito por um judeu que viveu na Pérsia, pelo fato de o autor demonstrar amplo conhecimento da cidade de Susã e de sua estrutura, e de importantes documentos do Império Persa. Considerando essa possível autoria e algumas evidências internas, acredita-se que o livro seja datado ainda do século V a.C. (por volta de 460 a.C.), logo após a morte de Assuero, ocorrida em 465 a.C. Outro fator levado em conta para essa datação é de ordem linguística: o autor empregou algumas palavras persas em meio ao hebraico, mas não fez uso algum de expressões originárias do grego, o que revela um estilo anterior à ascensão da Grécia sobre a Pérsia, que se deu com Alexandre, o grande, em 330 a.C.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A autoria do Livro de Ester é uma questão que permanece em debate, tanto na tradição judaica quanto entre os estudiosos modernos. Embora o texto bíblico não identifique explicitamente seu autor, várias teorias têm sido propostas ao longo dos séculos.
Tradição Judaica
- Mordecai: Uma das tradições mais antigas e comuns no judaísmo atribui a autoria do Livro de Ester a Mordecai, o primo de Ester e uma das figuras centrais da narrativa. Essa hipótese é baseada em parte no fato de que Mordecai desempenha um papel tão crucial na história e pode ter tido motivos para documentar os eventos que levaram à salvação dos judeus e à instituição da Festa de Purim. Além disso, em Ester 9:20-22, menciona-se que Mordecai enviou cartas aos judeus, o que pode sugerir que ele teria registrado os eventos que ocorreram.
Estudiosos Modernos
- Autor Anônimo: A maioria dos estudiosos modernos sustenta que o Livro de Ester foi escrito por um autor anônimo, possivelmente um judeu vivendo na Pérsia. Eles apontam que o autor tinha um conhecimento detalhado da corte persa, da legislação, e dos costumes, mas não existem evidências conclusivas para afirmar a identidade dessa pessoa.
- Outras Possibilidades: Alguns estudiosos também especulam que o autor poderia ter sido um escriba ou uma figura próxima à corte, alguém com acesso aos registros oficiais e familiaridade com os procedimentos administrativos do império persa. Isso ajudaria a explicar a precisão e os detalhes encontrados no texto.
a. Autoria
- Autor Desconhecido: O livro de Ester não menciona explicitamente o nome de seu autor, deixando essa questão em aberto. A tradição judaica e muitos estudiosos ao longo dos séculos, e como vimos nos comentários acima, têm especulado sobre quem poderia ter escrito o livro, mas nenhuma conclusão definitiva foi alcançada.
- Possível Judeu na Pérsia: A evidência interna do texto sugere que o autor era um judeu vivendo na Pérsia, possivelmente em Susã, a capital do Império Persa, onde a maior parte da narrativa se desenrola. Isso se deve ao profundo conhecimento do autor sobre a geografia local, a estrutura palaciana e os costumes persas, que são descritos com precisão no texto.
- Conhecimento de Documentos Persas: O autor parece ter tido acesso a documentos oficiais do Império Persa, ou pelo menos um conhecimento substancial deles, o que contribui para a autenticidade histórica do relato. A descrição das leis persas, dos decretos reais e da administração das províncias sugere um escritor familiarizado com as práticas governamentais da época.
b. Datação
- Século V a.C.: A datação do livro é amplamente aceita como sendo do século V a.C., aproximadamente por volta de 460 a.C. Essa datação se baseia em várias evidências internas e externas, que colocam a redação do livro logo após a morte do rei Assuero (Xerxes I), que ocorreu em 465 a.C.
- Evidências Linguísticas:
- Uso de Palavras Persas: O texto de Ester contém várias palavras e termos persas, o que é consistente com a época e o local onde a história se passa. A presença dessas palavras sugere que o autor estava escrevendo em um período em que a cultura persa ainda era dominante.
- Ausência de Expressões Gregas: Notavelmente, o autor não utiliza palavras ou expressões gregas, o que indica que o livro foi escrito antes da ascensão do Império Grego sob Alexandre, o Grande, em 330 a.C. Isso ajuda a confirmar que o livro foi escrito durante ou pouco depois do período persa.
c. Considerações Históricas
- Contexto Pós-Morte de Assuero: A redação do livro logo após a morte de Assuero sugere que o autor estava documentando eventos que ainda estavam frescos na memória coletiva dos judeus na Pérsia. A narrativa, portanto, não só reflete um relato histórico, mas também uma tentativa de preservar a memória dos acontecimentos que levaram à instituição da Festa de Purim.
- Propósito e Motivação: Dado que o livro parece ter sido escrito por um judeu na diáspora persa, seu propósito pode ter sido tanto de registro histórico quanto de encorajamento para os judeus dispersos, demonstrando como Deus, mesmo não sendo mencionado explicitamente, estava presente e ativo em seus destinos.
Conclusão
Embora Mordecai seja tradicionalmente considerado o possível autor, a falta de evidências diretas no texto bíblico deixa a questão em aberto. Assim, o consenso acadêmico contemporâneo tende a ver o autor como anônimo, alguém com profundo conhecimento da cultura persa e das tradições judaicas, mas sem uma identidade claramente estabelecida. A autoria e a datação do Livro de Ester permanecem assuntos de estudo e debate, mas as evidências sugerem um autor judeu familiarizado com a vida na Pérsia, escrevendo em algum momento do século V a.C., antes do advento da influência grega sobre a Pérsia. Este contexto histórico e linguístico fortalece a posição do livro dentro do cânon bíblico como uma obra não só de profunda relevância teológica, mas também de grande valor histórico, refletindo a vida e os desafios enfrentados pelos judeus no exílio.
A autoria do Livro de Ester é uma questão que permanece em debate, tanto na tradição judaica quanto entre os estudiosos modernos. Embora o texto bíblico não identifique explicitamente seu autor, várias teorias têm sido propostas ao longo dos séculos.
Tradição Judaica
- Mordecai: Uma das tradições mais antigas e comuns no judaísmo atribui a autoria do Livro de Ester a Mordecai, o primo de Ester e uma das figuras centrais da narrativa. Essa hipótese é baseada em parte no fato de que Mordecai desempenha um papel tão crucial na história e pode ter tido motivos para documentar os eventos que levaram à salvação dos judeus e à instituição da Festa de Purim. Além disso, em Ester 9:20-22, menciona-se que Mordecai enviou cartas aos judeus, o que pode sugerir que ele teria registrado os eventos que ocorreram.
Estudiosos Modernos
- Autor Anônimo: A maioria dos estudiosos modernos sustenta que o Livro de Ester foi escrito por um autor anônimo, possivelmente um judeu vivendo na Pérsia. Eles apontam que o autor tinha um conhecimento detalhado da corte persa, da legislação, e dos costumes, mas não existem evidências conclusivas para afirmar a identidade dessa pessoa.
- Outras Possibilidades: Alguns estudiosos também especulam que o autor poderia ter sido um escriba ou uma figura próxima à corte, alguém com acesso aos registros oficiais e familiaridade com os procedimentos administrativos do império persa. Isso ajudaria a explicar a precisão e os detalhes encontrados no texto.
a. Autoria
- Autor Desconhecido: O livro de Ester não menciona explicitamente o nome de seu autor, deixando essa questão em aberto. A tradição judaica e muitos estudiosos ao longo dos séculos, e como vimos nos comentários acima, têm especulado sobre quem poderia ter escrito o livro, mas nenhuma conclusão definitiva foi alcançada.
- Possível Judeu na Pérsia: A evidência interna do texto sugere que o autor era um judeu vivendo na Pérsia, possivelmente em Susã, a capital do Império Persa, onde a maior parte da narrativa se desenrola. Isso se deve ao profundo conhecimento do autor sobre a geografia local, a estrutura palaciana e os costumes persas, que são descritos com precisão no texto.
- Conhecimento de Documentos Persas: O autor parece ter tido acesso a documentos oficiais do Império Persa, ou pelo menos um conhecimento substancial deles, o que contribui para a autenticidade histórica do relato. A descrição das leis persas, dos decretos reais e da administração das províncias sugere um escritor familiarizado com as práticas governamentais da época.
b. Datação
- Século V a.C.: A datação do livro é amplamente aceita como sendo do século V a.C., aproximadamente por volta de 460 a.C. Essa datação se baseia em várias evidências internas e externas, que colocam a redação do livro logo após a morte do rei Assuero (Xerxes I), que ocorreu em 465 a.C.
- Evidências Linguísticas:
- Uso de Palavras Persas: O texto de Ester contém várias palavras e termos persas, o que é consistente com a época e o local onde a história se passa. A presença dessas palavras sugere que o autor estava escrevendo em um período em que a cultura persa ainda era dominante.
- Ausência de Expressões Gregas: Notavelmente, o autor não utiliza palavras ou expressões gregas, o que indica que o livro foi escrito antes da ascensão do Império Grego sob Alexandre, o Grande, em 330 a.C. Isso ajuda a confirmar que o livro foi escrito durante ou pouco depois do período persa.
c. Considerações Históricas
- Contexto Pós-Morte de Assuero: A redação do livro logo após a morte de Assuero sugere que o autor estava documentando eventos que ainda estavam frescos na memória coletiva dos judeus na Pérsia. A narrativa, portanto, não só reflete um relato histórico, mas também uma tentativa de preservar a memória dos acontecimentos que levaram à instituição da Festa de Purim.
- Propósito e Motivação: Dado que o livro parece ter sido escrito por um judeu na diáspora persa, seu propósito pode ter sido tanto de registro histórico quanto de encorajamento para os judeus dispersos, demonstrando como Deus, mesmo não sendo mencionado explicitamente, estava presente e ativo em seus destinos.
Conclusão
Embora Mordecai seja tradicionalmente considerado o possível autor, a falta de evidências diretas no texto bíblico deixa a questão em aberto. Assim, o consenso acadêmico contemporâneo tende a ver o autor como anônimo, alguém com profundo conhecimento da cultura persa e das tradições judaicas, mas sem uma identidade claramente estabelecida. A autoria e a datação do Livro de Ester permanecem assuntos de estudo e debate, mas as evidências sugerem um autor judeu familiarizado com a vida na Pérsia, escrevendo em algum momento do século V a.C., antes do advento da influência grega sobre a Pérsia. Este contexto histórico e linguístico fortalece a posição do livro dentro do cânon bíblico como uma obra não só de profunda relevância teológica, mas também de grande valor histórico, refletindo a vida e os desafios enfrentados pelos judeus no exílio.
SINÓPSE I
O Livro de Ester tem 10 capítulos e está classificado na categoria de livros históricos da Bíblia Cristã.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
II – O CONTEXTO HISTÓRICO
1- O povo hebreu no exílio. Para uma melhor compreensão do contexto histórico do Livro de Ester é importante mencionar o final do período da monarquia do povo hebreu. Em 722 a.C. houve a queda do Reino do Norte sob os assírios (2 Rs 17.6). Pouco mais de 100 anos depois, Judá, o Reino do Sul, foi levado para o Cativeiro Babilônico em três levas: 605, 597 e 586 a.C. Conforme Jeremias havia profetizado, o exílio na Babilônia duraria 70 anos (Jr 25.11; 29.10-14). Foi um período em que Deus tratou com Judá, principalmente para extirpar a idolatria que havia contaminado a nação (Ez 36.16-25). Deus abomina todo o pensamento, sentimento e comportamento idolátricos (Rm 1.18-25). Por isso, nada em nossa vida pode ocupar o lugar que pertence a Ele (1 Jo 2.15-17). “A soberania de Deus não encontra limites. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos.”
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Para compreender o contexto histórico do Livro de Ester, é crucial situar o período em que os eventos ocorreram, após a queda dos reinos de Israel e Judá e durante o exílio babilônico.
a. A Queda dos Reinos de Israel e Judá
- Reino do Norte (Israel):
- Queda para os Assírios (722 a.C.): O Reino do Norte, composto pelas dez tribos de Israel, foi conquistado pelos assírios sob o reinado de Salmanasar V e seu sucessor Sargão II (2 Reis 17:6). A queda foi o resultado da desobediência contínua do povo de Israel, especialmente a prática da idolatria, que os profetas como Amós e Oséias haviam advertido. Os habitantes foram deportados e espalhados por outras partes do império assírio, resultando na "perda" das dez tribos.
- Reino do Sul (Judá):
- Cativeiro Babilônico: O Reino de Judá, que incluía as tribos de Judá e Benjamim, permaneceu por mais tempo, mas sua destruição foi igualmente inevitável devido à infidelidade ao pacto com Deus. Judá foi levado ao exílio em três etapas, sob o ataque dos babilônios: em 605 a.C. (quando Daniel foi levado cativo), em 597 a.C. (quando Ezequiel foi exilado), e finalmente em 586 a.C., quando Jerusalém foi destruída e o templo queimado (2 Reis 24–25).
b. O Exílio Babilônico
- Duração e Profecias:
- Setenta Anos de Exílio: O exílio de Judá foi profetizado por Jeremias (Jeremias 25:11; 29:10-14), que declarou que o povo de Deus permaneceria na Babilônia por setenta anos. Este período seria um tempo de purificação e de reflexão, onde Deus trataria da nação, removendo o pecado da idolatria que a havia corrompido profundamente (Ezequiel 36:16-25).
- Teologia do Exílio:
- Tratamento Divino contra a Idolatria: A principal razão teológica para o exílio foi a necessidade de purgar Judá da idolatria. Como destacado por Paulo em Romanos 1:18-25, a idolatria é a substituição do Criador por coisas criadas, algo que Deus abomina profundamente. Em Ezequiel 36:22-32, Deus promete restaurar o Seu povo, mas com o objetivo de santificar Seu nome e purificar a nação de seus ídolos. O exílio serviu para destruir o apego dos judeus aos deuses estrangeiros e prepará-los para um relacionamento mais puro com Yahweh.
- Idolatria e Exílio:
- Romanos 1:18-25: A idolatria, conforme descrita em Romanos, é uma troca consciente da verdade de Deus por uma mentira. Isso atrai a ira de Deus porque deturpa Sua glória e corrompe a imagem de Deus nos seres humanos. O exílio pode ser visto como uma resposta divina para trazer Israel de volta à verdadeira adoração.
- Implicações Contemporâneas:
- 1 João 2:15-17: A luta contra a idolatria não é apenas histórica, mas também atual. João adverte os crentes a não amarem o mundo ou as coisas que nele há, porque isso pode ocupar o lugar que pertence a Deus. A soberania divina se estende sobre todas as eras e lugares, e Ele continua a agir para cumprir Seus propósitos.
c. O Retorno do Exílio e o Contexto de Ester
- Decreto de Ciro (539 a.C.): Após setenta anos, conforme a profecia, Deus usou Ciro, o rei da Pérsia, para decretar o retorno dos judeus a Jerusalém e a reconstrução do templo (Esdras 1:1-3). Esse período marca o início da restauração, mas nem todos os judeus retornaram à terra de seus antepassados. Muitos, incluindo os personagens do Livro de Ester, permaneceram na Pérsia.
- Vida na Pérsia:
- Comunidade Judaica na Diáspora: Aqueles que permaneceram na Pérsia formaram uma comunidade significativa e organizada. A vida no exílio exigiu que os judeus se adaptassem às culturas e leis estrangeiras, mas também mantivessem sua identidade como povo de Deus. O Livro de Ester reflete esse período, destacando as tensões e as ameaças enfrentadas pelos judeus que ainda viviam fora da terra prometida.
- Providência Divina:
- Soberania e Ação Divina: Embora o nome de Deus não seja mencionado no Livro de Ester, a narrativa é uma poderosa demonstração de Sua soberania e providência. Deus continua a proteger e a guiar o Seu povo, mesmo quando estão dispersos e em terras estrangeiras. Como afirmado, "A soberania de Deus não encontra limites. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos".
Conclusão
O contexto histórico do Livro de Ester é profundamente ligado ao exílio e à subsequente dispersão dos judeus na Pérsia. Esse período foi um tempo de disciplina divina, mas também de renovação e providência, preparando o caminho para a restauração final de Israel e o cumprimento dos planos de Deus para Seu povo. A compreensão desse contexto é essencial para interpretar corretamente os eventos narrados em Ester e ver a mão invisível de Deus operando na história.
Para compreender o contexto histórico do Livro de Ester, é crucial situar o período em que os eventos ocorreram, após a queda dos reinos de Israel e Judá e durante o exílio babilônico.
a. A Queda dos Reinos de Israel e Judá
- Reino do Norte (Israel):
- Queda para os Assírios (722 a.C.): O Reino do Norte, composto pelas dez tribos de Israel, foi conquistado pelos assírios sob o reinado de Salmanasar V e seu sucessor Sargão II (2 Reis 17:6). A queda foi o resultado da desobediência contínua do povo de Israel, especialmente a prática da idolatria, que os profetas como Amós e Oséias haviam advertido. Os habitantes foram deportados e espalhados por outras partes do império assírio, resultando na "perda" das dez tribos.
- Reino do Sul (Judá):
- Cativeiro Babilônico: O Reino de Judá, que incluía as tribos de Judá e Benjamim, permaneceu por mais tempo, mas sua destruição foi igualmente inevitável devido à infidelidade ao pacto com Deus. Judá foi levado ao exílio em três etapas, sob o ataque dos babilônios: em 605 a.C. (quando Daniel foi levado cativo), em 597 a.C. (quando Ezequiel foi exilado), e finalmente em 586 a.C., quando Jerusalém foi destruída e o templo queimado (2 Reis 24–25).
b. O Exílio Babilônico
- Duração e Profecias:
- Setenta Anos de Exílio: O exílio de Judá foi profetizado por Jeremias (Jeremias 25:11; 29:10-14), que declarou que o povo de Deus permaneceria na Babilônia por setenta anos. Este período seria um tempo de purificação e de reflexão, onde Deus trataria da nação, removendo o pecado da idolatria que a havia corrompido profundamente (Ezequiel 36:16-25).
- Teologia do Exílio:
- Tratamento Divino contra a Idolatria: A principal razão teológica para o exílio foi a necessidade de purgar Judá da idolatria. Como destacado por Paulo em Romanos 1:18-25, a idolatria é a substituição do Criador por coisas criadas, algo que Deus abomina profundamente. Em Ezequiel 36:22-32, Deus promete restaurar o Seu povo, mas com o objetivo de santificar Seu nome e purificar a nação de seus ídolos. O exílio serviu para destruir o apego dos judeus aos deuses estrangeiros e prepará-los para um relacionamento mais puro com Yahweh.
- Idolatria e Exílio:
- Romanos 1:18-25: A idolatria, conforme descrita em Romanos, é uma troca consciente da verdade de Deus por uma mentira. Isso atrai a ira de Deus porque deturpa Sua glória e corrompe a imagem de Deus nos seres humanos. O exílio pode ser visto como uma resposta divina para trazer Israel de volta à verdadeira adoração.
- Implicações Contemporâneas:
- 1 João 2:15-17: A luta contra a idolatria não é apenas histórica, mas também atual. João adverte os crentes a não amarem o mundo ou as coisas que nele há, porque isso pode ocupar o lugar que pertence a Deus. A soberania divina se estende sobre todas as eras e lugares, e Ele continua a agir para cumprir Seus propósitos.
c. O Retorno do Exílio e o Contexto de Ester
- Decreto de Ciro (539 a.C.): Após setenta anos, conforme a profecia, Deus usou Ciro, o rei da Pérsia, para decretar o retorno dos judeus a Jerusalém e a reconstrução do templo (Esdras 1:1-3). Esse período marca o início da restauração, mas nem todos os judeus retornaram à terra de seus antepassados. Muitos, incluindo os personagens do Livro de Ester, permaneceram na Pérsia.
- Vida na Pérsia:
- Comunidade Judaica na Diáspora: Aqueles que permaneceram na Pérsia formaram uma comunidade significativa e organizada. A vida no exílio exigiu que os judeus se adaptassem às culturas e leis estrangeiras, mas também mantivessem sua identidade como povo de Deus. O Livro de Ester reflete esse período, destacando as tensões e as ameaças enfrentadas pelos judeus que ainda viviam fora da terra prometida.
- Providência Divina:
- Soberania e Ação Divina: Embora o nome de Deus não seja mencionado no Livro de Ester, a narrativa é uma poderosa demonstração de Sua soberania e providência. Deus continua a proteger e a guiar o Seu povo, mesmo quando estão dispersos e em terras estrangeiras. Como afirmado, "A soberania de Deus não encontra limites. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos".
Conclusão
O contexto histórico do Livro de Ester é profundamente ligado ao exílio e à subsequente dispersão dos judeus na Pérsia. Esse período foi um tempo de disciplina divina, mas também de renovação e providência, preparando o caminho para a restauração final de Israel e o cumprimento dos planos de Deus para Seu povo. A compreensão desse contexto é essencial para interpretar corretamente os eventos narrados em Ester e ver a mão invisível de Deus operando na história.
2- O fim do exílio. Ao mesmo tempo em que julgava Judá por sua idolatria, o Deus Eterno, Juiz de toda a terra, exercia seu justo juízo sobre a Babilônia, por sua iniquidade (Jr 25.12). Antes, já havia julgado a Assíria, como profetizado por Naum: Deus não tem o culpado por inocente (Na 1.2,3). Em 539 a.C. Ciro venceu os babilônios e anexou seu território ao Império Persa. Logo no primeiro ano de reinado, “despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia” e o fez decretar o retorno do povo judeu para Jerusalém (Ed 1.1-3). Daniel havia se humilhado diante de Deus, jejuando e orando fervorosamente para a restauração de Jerusalém, confessando os pecados da nação de Israel (Dn 9.1-19). O ensino bíblico a respeito de nosso relacionamento com as estruturas de poder terreno é sempre confiar na soberania divina, buscando, com humildade, a intervenção de Deus em nosso favor (2 Cr 7.14). Agindo assim, poderemos ter “uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade”, e contribuir para o cumprimento do maior propósito de Deus, que é a salvação de todos os homens, inclusive dos que não governam segundo os valores divinos (1 Tm 2.1-4).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2. O Fim do Exílio
a. Juízo sobre as Nações: Babilônia e Assíria
- Juízo de Deus sobre Babilônia:
- Babilônia e sua Iniquidade: A Babilônia, que havia sido o instrumento de Deus para o juízo sobre Judá, também estava destinada a enfrentar o justo juízo divino por suas próprias iniquidades. Em Jeremias 25:12, Deus promete punir Babilônia após os setenta anos de cativeiro de Judá, cumprindo assim a justiça divina. Babilônia, que havia caído em arrogância e idolatria, seria julgada por suas ações, demonstrando que Deus não faz acepção de pessoas e que todas as nações estão sujeitas ao Seu governo soberano.
- Juízo sobre a Assíria:
- Profecia de Naum: Antes de Babilônia, a Assíria, conhecida por sua brutalidade e opressão, havia sido julgada por Deus. Naum 1:2-3 expressa o caráter de Deus como justo e vingador, que não absolve o culpado. Nínive, a capital da Assíria, foi destruída em 612 a.C., cumprindo a profecia de Naum e demonstrando que, independentemente da potência de uma nação, ela não está além do alcance do julgamento divino.
b. A Conquista Persa e o Decreto de Ciro
- A Ascensão de Ciro:
- Conquista da Babilônia: Em 539 a.C., Ciro, o rei da Pérsia, derrotou Babilônia em uma vitória que mudou o curso da história. Essa conquista não foi apenas uma transição de poder, mas também um movimento dentro do plano soberano de Deus. Ciro é referido nas Escrituras como "ungido" por Deus (Isaías 45:1), mostrando que Deus pode usar governantes pagãos para cumprir Seus propósitos.
- Decreto de Ciro:
- Retorno dos Judeus a Jerusalém: No primeiro ano do reinado de Ciro, Deus "despertou o espírito de Ciro" (Esdras 1:1-3), levando-o a emitir um decreto que permitia aos judeus retornarem a Jerusalém para reconstruir o templo. Este evento é significativo porque marca o fim do exílio babilônico e o início da restauração de Israel como uma nação.
- Intervenção Divina: O decreto de Ciro é uma evidência clara da intervenção divina na história, movendo o coração de um rei estrangeiro para beneficiar o povo de Deus. Este ato cumpre a promessa de Deus feita através de Jeremias, demonstrando Sua fidelidade e poder soberano.
c. O Papel de Daniel
- Intercessão de Daniel:
- Jejum e Oração: Daniel 9:1-19 relata como Daniel, ao compreender que o tempo do exílio estava chegando ao fim, se humilhou diante de Deus, jejuando e orando fervorosamente pela restauração de Jerusalém. Ele confessou os pecados da nação, reconhecendo que o exílio era um justo julgamento de Deus, mas também implorou por misericórdia e intervenção divina.
- Confiança na Soberania de Deus:
- Dependência de Deus em Tempos de Crise: O exemplo de Daniel reflete a atitude correta diante das estruturas de poder terreno: uma confiança total na soberania de Deus, acompanhada de uma postura de humildade e oração. 2 Crônicas 7:14 oferece um princípio duradouro para o povo de Deus, chamando à oração e ao arrependimento como caminho para receber a intervenção divina.
d. O Ensino Bíblico sobre o Relacionamento com Governos Terrenos
- Conselho de Paulo a Timóteo:
- Orações pelas Autoridades: Em 1 Timóteo 2:1-4, Paulo exorta os cristãos a orarem por "todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência". O objetivo dessas orações é que possamos viver uma vida "quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade", o que não só traz benefícios para a sociedade, mas também contribui para o cumprimento do propósito maior de Deus: a salvação de todos os homens, incluindo aqueles que governam de maneiras que podem não refletir os valores divinos.
- A Soberania Divina sobre os Governos:
- Deus Controla a História: A narrativa do fim do exílio, assim como as exortações do Novo Testamento, reforçam a soberania de Deus sobre todos os governos e a história humana. Mesmo quando os governantes não seguem os caminhos de Deus, Ele ainda pode usá-los para realizar Seus planos, como aconteceu com Ciro.
Conclusão
O fim do exílio é um testemunho poderoso da soberania e justiça de Deus. Ele não só disciplina Seu povo para levá-los ao arrependimento, mas também julga as nações que agem com iniquidade. A libertação dos judeus e o retorno a Jerusalém, facilitados por Ciro, são exemplos claros de como Deus pode mover os corações dos poderosos para cumprir Seus propósitos. A resposta apropriada dos crentes é uma vida de humildade, oração e confiança inabalável na soberania divina, sabendo que Deus governa sobre todas as nações e suas estruturas de poder.
2. O Fim do Exílio
a. Juízo sobre as Nações: Babilônia e Assíria
- Juízo de Deus sobre Babilônia:
- Babilônia e sua Iniquidade: A Babilônia, que havia sido o instrumento de Deus para o juízo sobre Judá, também estava destinada a enfrentar o justo juízo divino por suas próprias iniquidades. Em Jeremias 25:12, Deus promete punir Babilônia após os setenta anos de cativeiro de Judá, cumprindo assim a justiça divina. Babilônia, que havia caído em arrogância e idolatria, seria julgada por suas ações, demonstrando que Deus não faz acepção de pessoas e que todas as nações estão sujeitas ao Seu governo soberano.
- Juízo sobre a Assíria:
- Profecia de Naum: Antes de Babilônia, a Assíria, conhecida por sua brutalidade e opressão, havia sido julgada por Deus. Naum 1:2-3 expressa o caráter de Deus como justo e vingador, que não absolve o culpado. Nínive, a capital da Assíria, foi destruída em 612 a.C., cumprindo a profecia de Naum e demonstrando que, independentemente da potência de uma nação, ela não está além do alcance do julgamento divino.
b. A Conquista Persa e o Decreto de Ciro
- A Ascensão de Ciro:
- Conquista da Babilônia: Em 539 a.C., Ciro, o rei da Pérsia, derrotou Babilônia em uma vitória que mudou o curso da história. Essa conquista não foi apenas uma transição de poder, mas também um movimento dentro do plano soberano de Deus. Ciro é referido nas Escrituras como "ungido" por Deus (Isaías 45:1), mostrando que Deus pode usar governantes pagãos para cumprir Seus propósitos.
- Decreto de Ciro:
- Retorno dos Judeus a Jerusalém: No primeiro ano do reinado de Ciro, Deus "despertou o espírito de Ciro" (Esdras 1:1-3), levando-o a emitir um decreto que permitia aos judeus retornarem a Jerusalém para reconstruir o templo. Este evento é significativo porque marca o fim do exílio babilônico e o início da restauração de Israel como uma nação.
- Intervenção Divina: O decreto de Ciro é uma evidência clara da intervenção divina na história, movendo o coração de um rei estrangeiro para beneficiar o povo de Deus. Este ato cumpre a promessa de Deus feita através de Jeremias, demonstrando Sua fidelidade e poder soberano.
c. O Papel de Daniel
- Intercessão de Daniel:
- Jejum e Oração: Daniel 9:1-19 relata como Daniel, ao compreender que o tempo do exílio estava chegando ao fim, se humilhou diante de Deus, jejuando e orando fervorosamente pela restauração de Jerusalém. Ele confessou os pecados da nação, reconhecendo que o exílio era um justo julgamento de Deus, mas também implorou por misericórdia e intervenção divina.
- Confiança na Soberania de Deus:
- Dependência de Deus em Tempos de Crise: O exemplo de Daniel reflete a atitude correta diante das estruturas de poder terreno: uma confiança total na soberania de Deus, acompanhada de uma postura de humildade e oração. 2 Crônicas 7:14 oferece um princípio duradouro para o povo de Deus, chamando à oração e ao arrependimento como caminho para receber a intervenção divina.
d. O Ensino Bíblico sobre o Relacionamento com Governos Terrenos
- Conselho de Paulo a Timóteo:
- Orações pelas Autoridades: Em 1 Timóteo 2:1-4, Paulo exorta os cristãos a orarem por "todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência". O objetivo dessas orações é que possamos viver uma vida "quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade", o que não só traz benefícios para a sociedade, mas também contribui para o cumprimento do propósito maior de Deus: a salvação de todos os homens, incluindo aqueles que governam de maneiras que podem não refletir os valores divinos.
- A Soberania Divina sobre os Governos:
- Deus Controla a História: A narrativa do fim do exílio, assim como as exortações do Novo Testamento, reforçam a soberania de Deus sobre todos os governos e a história humana. Mesmo quando os governantes não seguem os caminhos de Deus, Ele ainda pode usá-los para realizar Seus planos, como aconteceu com Ciro.
Conclusão
O fim do exílio é um testemunho poderoso da soberania e justiça de Deus. Ele não só disciplina Seu povo para levá-los ao arrependimento, mas também julga as nações que agem com iniquidade. A libertação dos judeus e o retorno a Jerusalém, facilitados por Ciro, são exemplos claros de como Deus pode mover os corações dos poderosos para cumprir Seus propósitos. A resposta apropriada dos crentes é uma vida de humildade, oração e confiança inabalável na soberania divina, sabendo que Deus governa sobre todas as nações e suas estruturas de poder.
3- O pós-exílio. Ester registra fatos ocorridos na capital do Império Persa, Susã, entre o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém. Estima-se que mais de 1 milhão de judeus viviam na região da Babilônia. Mesmo com o decreto de Ciro, que permitia a volta para Jerusalém, a maioria absoluta dos judeus decidiu pelo que lhes parecia mais cômodo: permanecer nas cidades que ocupavam na Babilônia. Somente cerca de 50 mil voltaram para Jerusalém no primeiro grupo, liderados por Zorobabel (Ed 1.5; 2.64,65), no segundo ano do reinado de Ciro (538 a.C.). Esse período da história é narrado do capítulo 1 ao capítulo 6 do livro de Esdras. Entre o capítulo 6 e o capítulo 7 há um intervalo de aproximadamente 60 anos. É na segunda metade desse período que se passam os fatos do livro de Ester (483-473 a.C.).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3. O Pós-Exílio
a. A Situação dos Judeus Após o Exílio
- População Judaica na Babilônia:
- Número Significativo: Após o edito de Ciro, mais de 1 milhão de judeus continuavam a residir na região da Babilônia, demonstrando a magnitude da diáspora e a complexidade da situação pós-exílio. Muitos judeus haviam se estabelecido firmemente na Babilônia e em outras regiões do Império Persa, criando comunidades prósperas e influentes.
- Retorno a Jerusalém:
- Decreto de Ciro: O decreto de Ciro em 538 a.C. permitia o retorno dos judeus a Jerusalém para reconstruir o templo e restaurar a cidade. No entanto, a maioria dos judeus preferiu permanecer na Babilônia, onde já haviam se integrado à vida econômica e social. A decisão de muitos de ficar foi, em parte, motivada pela perspectiva de segurança e prosperidade que encontraram na Babilônia.
- Primeiro Retorno: Aproximadamente 50 mil judeus retornaram para Jerusalém sob a liderança de Zorobabel no segundo ano do reinado de Ciro. Este grupo iniciou a reconstrução do templo e a restauração das práticas religiosas. Esta fase é documentada nos primeiros seis capítulos do livro de Esdras.
- Intervalo de 60 Anos:
- Mudança de Contexto: Entre os capítulos 6 e 7 do livro de Esdras há um intervalo de cerca de 60 anos. Durante esse tempo, a história de Ester se desenrola. Este intervalo é significativo porque marca uma transição de liderança e contexto político no Império Persa, que terá impacto na narrativa do Livro de Ester.
b. Contexto do Livro de Ester (483-473 a.C.)
- Período da História:
- Reinado de Assuero: Os eventos descritos no Livro de Ester ocorrem durante o reinado de Assuero (Xerxes I), que governou de 486 a 465 a.C. A narrativa cobre uma década significativa de seu governo, de aproximadamente 483 a 473 a.C., refletindo um período de crescente tensão e perigo para os judeus na Pérsia.
- Composição da Comunidade Judaica:
- Decisão de Permanecer: Mesmo com o retorno permitido, a grande maioria dos judeus permaneceu na Babilônia e na região persa. Isso reflete a complexidade de suas vidas e a resistência em abandonar uma terra onde haviam prosperado. O Livro de Ester destaca a vida desses judeus na diáspora, enfatizando tanto seus desafios quanto suas oportunidades.
- Papel de Ester:
- Influência na Corte Persa: Ester, uma jovem judia que se tornou rainha na corte de Assuero, desempenha um papel crucial na preservação da comunidade judaica. Sua história exemplifica a influência que indivíduos podem ter, mesmo em circunstâncias adversas, e destaca a importância da presença e da identidade judaica na diáspora persa.
c. Significado e Implicações
- Desafios e Oportunidades na Diáspora:
- Viver em um Ambiente Hostil: A permanência dos judeus na Babilônia e na Pérsia, mesmo após o decreto de retorno, ilustra os desafios de viver como minorias em sociedades não judaicas. A narrativa de Ester fornece uma visão sobre como os judeus navegaram essas complexidades, mantendo sua identidade e fé enquanto interagiam com o poder dominante.
- Providência e Intervenção Divina:
- Proteção e Salvação: O Livro de Ester mostra como Deus protegeu e salvou Seu povo mesmo fora da terra prometida. A história de Ester e Mordecai é uma demonstração clara da providência divina, operando através de eventos políticos e pessoais para garantir a sobrevivência e o bem-estar dos judeus na diáspora.
- Lições Contemporâneas:
- Relevância para a Vida Cristã: A história do pós-exílio e do Livro de Ester oferece lições para a vida cristã hoje. Ensina a importância da fidelidade a Deus, mesmo em contextos desafiadores e em sociedades que podem não compartilhar os mesmos valores. Também ressalta a importância da oração, da ação e da confiança na soberania de Deus.
Conclusão
O período pós-exílio, como ilustrado pelo Livro de Ester, é um tempo de complexidade e mudança para o povo judeu. A permanência de muitos na Babilônia e na Pérsia, apesar da possibilidade de retorno a Jerusalém, e a subsequente narrativa da preservação dos judeus na corte persa, mostram a contínua intervenção e proteção de Deus em suas vidas. A história de Ester é um testemunho da capacidade de Deus de trabalhar através de eventos e indivíduos para cumprir Seus propósitos, independentemente das circunstâncias ou da localização.
3. O Pós-Exílio
a. A Situação dos Judeus Após o Exílio
- População Judaica na Babilônia:
- Número Significativo: Após o edito de Ciro, mais de 1 milhão de judeus continuavam a residir na região da Babilônia, demonstrando a magnitude da diáspora e a complexidade da situação pós-exílio. Muitos judeus haviam se estabelecido firmemente na Babilônia e em outras regiões do Império Persa, criando comunidades prósperas e influentes.
- Retorno a Jerusalém:
- Decreto de Ciro: O decreto de Ciro em 538 a.C. permitia o retorno dos judeus a Jerusalém para reconstruir o templo e restaurar a cidade. No entanto, a maioria dos judeus preferiu permanecer na Babilônia, onde já haviam se integrado à vida econômica e social. A decisão de muitos de ficar foi, em parte, motivada pela perspectiva de segurança e prosperidade que encontraram na Babilônia.
- Primeiro Retorno: Aproximadamente 50 mil judeus retornaram para Jerusalém sob a liderança de Zorobabel no segundo ano do reinado de Ciro. Este grupo iniciou a reconstrução do templo e a restauração das práticas religiosas. Esta fase é documentada nos primeiros seis capítulos do livro de Esdras.
- Intervalo de 60 Anos:
- Mudança de Contexto: Entre os capítulos 6 e 7 do livro de Esdras há um intervalo de cerca de 60 anos. Durante esse tempo, a história de Ester se desenrola. Este intervalo é significativo porque marca uma transição de liderança e contexto político no Império Persa, que terá impacto na narrativa do Livro de Ester.
b. Contexto do Livro de Ester (483-473 a.C.)
- Período da História:
- Reinado de Assuero: Os eventos descritos no Livro de Ester ocorrem durante o reinado de Assuero (Xerxes I), que governou de 486 a 465 a.C. A narrativa cobre uma década significativa de seu governo, de aproximadamente 483 a 473 a.C., refletindo um período de crescente tensão e perigo para os judeus na Pérsia.
- Composição da Comunidade Judaica:
- Decisão de Permanecer: Mesmo com o retorno permitido, a grande maioria dos judeus permaneceu na Babilônia e na região persa. Isso reflete a complexidade de suas vidas e a resistência em abandonar uma terra onde haviam prosperado. O Livro de Ester destaca a vida desses judeus na diáspora, enfatizando tanto seus desafios quanto suas oportunidades.
- Papel de Ester:
- Influência na Corte Persa: Ester, uma jovem judia que se tornou rainha na corte de Assuero, desempenha um papel crucial na preservação da comunidade judaica. Sua história exemplifica a influência que indivíduos podem ter, mesmo em circunstâncias adversas, e destaca a importância da presença e da identidade judaica na diáspora persa.
c. Significado e Implicações
- Desafios e Oportunidades na Diáspora:
- Viver em um Ambiente Hostil: A permanência dos judeus na Babilônia e na Pérsia, mesmo após o decreto de retorno, ilustra os desafios de viver como minorias em sociedades não judaicas. A narrativa de Ester fornece uma visão sobre como os judeus navegaram essas complexidades, mantendo sua identidade e fé enquanto interagiam com o poder dominante.
- Providência e Intervenção Divina:
- Proteção e Salvação: O Livro de Ester mostra como Deus protegeu e salvou Seu povo mesmo fora da terra prometida. A história de Ester e Mordecai é uma demonstração clara da providência divina, operando através de eventos políticos e pessoais para garantir a sobrevivência e o bem-estar dos judeus na diáspora.
- Lições Contemporâneas:
- Relevância para a Vida Cristã: A história do pós-exílio e do Livro de Ester oferece lições para a vida cristã hoje. Ensina a importância da fidelidade a Deus, mesmo em contextos desafiadores e em sociedades que podem não compartilhar os mesmos valores. Também ressalta a importância da oração, da ação e da confiança na soberania de Deus.
Conclusão
O período pós-exílio, como ilustrado pelo Livro de Ester, é um tempo de complexidade e mudança para o povo judeu. A permanência de muitos na Babilônia e na Pérsia, apesar da possibilidade de retorno a Jerusalém, e a subsequente narrativa da preservação dos judeus na corte persa, mostram a contínua intervenção e proteção de Deus em suas vidas. A história de Ester é um testemunho da capacidade de Deus de trabalhar através de eventos e indivíduos para cumprir Seus propósitos, independentemente das circunstâncias ou da localização.
SINÓPSE II
Os fatos registrados no Livro de Ester se passam na capital do Império Persa, Susã, entre o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém.
III – PROPÓSITO E MENSAGEM
1- A providência divina. O principal propósito do livro de Ester é registrar o cuidado providencial de Deus com o seu povo, a despeito de suas escolhas fora de seu propósito. Ao decidirem permanecer na Babilônia, sob os domínios do Império Persa, os judeus olharam para a estabilidade que imaginavam ter conquistado, não apenas no aspecto econômico, mas também cultural, social e religioso. Os persas tinham fama de benevolência com os povos que dominavam, principalmente quanto à liberdade religiosa. O retorno a Jerusalém exigia renúncia e disposição para uma viagem penosa e para a dura reconstrução de uma cidade totalmente destruída. Para muitos, pareceu melhor ficar na Babilônia: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – Propósito e Mensagem
1. A Providência Divina
a. Propósito Central do Livro de Ester
- Registro da Providência de Deus:
- O principal propósito do Livro de Ester é evidenciar a providência divina na preservação e proteção do povo judeu, apesar das circunstâncias adversas e das escolhas de viver fora do propósito original de Deus para eles. Embora o nome de Deus não apareça diretamente no texto, Sua ação é evidente em cada detalhe da narrativa. O livro demonstra que Deus opera em silêncio, mas Sua mão está visível em eventos cruciais, moldando a história para garantir a sobrevivência do Seu povo.
b. A Escolha dos Judeus de Permanecer na Babilônia
- Motivações para Permanecer:
- Estabilidade e Conforto: Muitos judeus decidiram permanecer na Babilônia devido à estabilidade que haviam alcançado, não apenas em termos econômicos, mas também culturais e sociais. A vida na Babilônia e no Império Persa oferecia uma certa segurança e prosperidade, contrastando com as dificuldades associadas ao retorno a Jerusalém. A permanência na diáspora pode ter sido vista como uma opção mais prática e menos arriscada do que o retorno para uma terra devastada.
- Liberdade Religiosa: Os persas eram conhecidos por sua política relativamente tolerante em relação às religiões dos povos conquistados. Essa tolerância permitia que os judeus mantivessem suas práticas religiosas e tradições, o que poderia ter sido um fator atrativo em comparação com a difícil tarefa de reconstruir Jerusalém e o templo.
- Desafios do Retorno:
- Renúncia e Sacrifício: O retorno a Jerusalém envolvia não apenas uma longa e difícil viagem, mas também o enfrentamento de desafios significativos, como a reconstrução de uma cidade em ruínas e a restauração das práticas religiosas. Esse caminho exigia um nível significativo de sacrifício e compromisso, algo que muitos judeus acharam difícil de aceitar.
c. Reflexão sobre o Caminho que Parece Direito
- Percepção de Caminho Correto:
- Provérbio 14:12: "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte." Este provérbio ressalta a ideia de que as escolhas que parecem corretas ou vantajosas à primeira vista podem, na verdade, levar a consequências desastrosas. A decisão de permanecer na Babilônia, embora possa ter parecido a escolha mais sensata e segura, não estava alinhada com o plano original de Deus para o Seu povo.
- Consequências Espirituais e Práticas:
- Relevância da Obediência: A mensagem implícita é que a obediência a Deus e ao Seu plano é mais importante do que a busca por conforto ou segurança material. O livro de Ester mostra que, mesmo quando o povo de Deus se desvia do plano ideal, Deus ainda atua para garantir a Sua providência e proteção.
d. A Providência Divina em Ester
- Intervenção Silenciosa:
- Ações de Ester e Mordecai: A história de Ester e Mordecai revela como Deus pode operar de forma silenciosa e indireta para alcançar Seus propósitos. A providência divina se manifesta através das ações e decisões humanas, que, embora não estejam sempre conscientes da grandeza de seu impacto, são usadas por Deus para proteger e salvar.
- Lições para os Crentes:
- Confiança na Providência: A mensagem central do Livro de Ester é que, independentemente das escolhas individuais ou das circunstâncias externas, a providência divina está constantemente operando para cumprir os propósitos de Deus. Os crentes são chamados a confiar na soberania de Deus, sabendo que Ele trabalha através de todas as situações para garantir o bem de Seu povo.
Conclusão
O Livro de Ester, com sua narrativa rica e detalhada, serve como um poderoso testemunho da providência divina. A história destaca como Deus pode operar de maneira silenciosa e oculta, mas ainda assim eficaz, para garantir a proteção e a preservação de Seu povo. Embora muitos judeus tenham escolhido permanecer na Babilônia, em vez de retornar a Jerusalém, Deus usou as circunstâncias e os indivíduos disponíveis para cumprir Seus propósitos e proteger o povo judeu. A mensagem é uma chamada para confiar na soberania de Deus, mesmo quando Seu trabalho não é imediatamente visível, e para reconhecer que, independentemente das escolhas humanas, a providência divina continua a guiar e a preservar.
III – Propósito e Mensagem
1. A Providência Divina
a. Propósito Central do Livro de Ester
- Registro da Providência de Deus:
- O principal propósito do Livro de Ester é evidenciar a providência divina na preservação e proteção do povo judeu, apesar das circunstâncias adversas e das escolhas de viver fora do propósito original de Deus para eles. Embora o nome de Deus não apareça diretamente no texto, Sua ação é evidente em cada detalhe da narrativa. O livro demonstra que Deus opera em silêncio, mas Sua mão está visível em eventos cruciais, moldando a história para garantir a sobrevivência do Seu povo.
b. A Escolha dos Judeus de Permanecer na Babilônia
- Motivações para Permanecer:
- Estabilidade e Conforto: Muitos judeus decidiram permanecer na Babilônia devido à estabilidade que haviam alcançado, não apenas em termos econômicos, mas também culturais e sociais. A vida na Babilônia e no Império Persa oferecia uma certa segurança e prosperidade, contrastando com as dificuldades associadas ao retorno a Jerusalém. A permanência na diáspora pode ter sido vista como uma opção mais prática e menos arriscada do que o retorno para uma terra devastada.
- Liberdade Religiosa: Os persas eram conhecidos por sua política relativamente tolerante em relação às religiões dos povos conquistados. Essa tolerância permitia que os judeus mantivessem suas práticas religiosas e tradições, o que poderia ter sido um fator atrativo em comparação com a difícil tarefa de reconstruir Jerusalém e o templo.
- Desafios do Retorno:
- Renúncia e Sacrifício: O retorno a Jerusalém envolvia não apenas uma longa e difícil viagem, mas também o enfrentamento de desafios significativos, como a reconstrução de uma cidade em ruínas e a restauração das práticas religiosas. Esse caminho exigia um nível significativo de sacrifício e compromisso, algo que muitos judeus acharam difícil de aceitar.
c. Reflexão sobre o Caminho que Parece Direito
- Percepção de Caminho Correto:
- Provérbio 14:12: "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte." Este provérbio ressalta a ideia de que as escolhas que parecem corretas ou vantajosas à primeira vista podem, na verdade, levar a consequências desastrosas. A decisão de permanecer na Babilônia, embora possa ter parecido a escolha mais sensata e segura, não estava alinhada com o plano original de Deus para o Seu povo.
- Consequências Espirituais e Práticas:
- Relevância da Obediência: A mensagem implícita é que a obediência a Deus e ao Seu plano é mais importante do que a busca por conforto ou segurança material. O livro de Ester mostra que, mesmo quando o povo de Deus se desvia do plano ideal, Deus ainda atua para garantir a Sua providência e proteção.
d. A Providência Divina em Ester
- Intervenção Silenciosa:
- Ações de Ester e Mordecai: A história de Ester e Mordecai revela como Deus pode operar de forma silenciosa e indireta para alcançar Seus propósitos. A providência divina se manifesta através das ações e decisões humanas, que, embora não estejam sempre conscientes da grandeza de seu impacto, são usadas por Deus para proteger e salvar.
- Lições para os Crentes:
- Confiança na Providência: A mensagem central do Livro de Ester é que, independentemente das escolhas individuais ou das circunstâncias externas, a providência divina está constantemente operando para cumprir os propósitos de Deus. Os crentes são chamados a confiar na soberania de Deus, sabendo que Ele trabalha através de todas as situações para garantir o bem de Seu povo.
Conclusão
O Livro de Ester, com sua narrativa rica e detalhada, serve como um poderoso testemunho da providência divina. A história destaca como Deus pode operar de maneira silenciosa e oculta, mas ainda assim eficaz, para garantir a proteção e a preservação de Seu povo. Embora muitos judeus tenham escolhido permanecer na Babilônia, em vez de retornar a Jerusalém, Deus usou as circunstâncias e os indivíduos disponíveis para cumprir Seus propósitos e proteger o povo judeu. A mensagem é uma chamada para confiar na soberania de Deus, mesmo quando Seu trabalho não é imediatamente visível, e para reconhecer que, independentemente das escolhas humanas, a providência divina continua a guiar e a preservar.
2- Uma falsa estabilidade. Ester nos transmite como mensagem o perigo de confiar nas falsas estabilidades que as estruturas do mundo nos oferecem, e costumam parecer mais vantajosas. Estava tudo indo muito bem em Susã, até surgir a ordem de extermínio total dos judeus (Et 3.7-13). A falsa segurança foi embora. O povo de Judá dependia novamente da intervenção divina para sua sobrevivência. Ester nos mostra Deus agindo mais uma vez, movendo as estruturas humanas; agora, no grande e poderoso Império Persa. Seja qual for a circunstância, é melhor confiar no Senhor do que no homem (Sl 118.8,9).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2. Uma Falsa Estabilidade
a. Perigo da Falsa Estabilidade
- Aparente Segurança em Susã:
- Vida Confortável: Em Susã, a capital do Império Persa, muitos judeus desfrutavam de uma vida de estabilidade e conforto. A política persa permitia uma certa liberdade religiosa e cultural, o que contribuía para um sentimento de segurança entre os judeus que haviam optado por permanecer no exílio. A prosperidade e o bem-estar aparentes pareciam assegurar que essa situação duraria.
- Ruptura com a Ordem de Extermínio:
- Inesperada Ameaça: A aparente estabilidade foi abruptamente ameaçada pela ordem de extermínio dos judeus, emitida por Hamã e ratificada pelo rei Assuero (Ester 3:7-13). Esse decreto demonstrou que a segurança oferecida pelas estruturas do mundo é efêmera e pode ser desfeita rapidamente. A ordem de extermínio revelou a fragilidade da segurança baseada em sistemas e poderes humanos, mostrando que a estabilidade aparente pode ser ilusória.
b. Dependência da Intervenção Divina
- Retorno à Dependência de Deus:
- Necessidade de Intervenção: Com a ameaça de aniquilação, o povo judeu encontrou-se novamente em uma situação de vulnerabilidade, necessitando da intervenção divina para garantir sua sobrevivência. A narrativa de Ester ilustra como, mesmo em contextos onde parecia haver segurança, a dependência de Deus continua sendo fundamental.
- Providência em Ação:
- Movimento das Estruturas Humanas: Deus, através de Ester e Mordecai, moveu as estruturas humanas para garantir a proteção e a preservação do Seu povo. O livro mostra que, mesmo em um império poderoso como o Persa, Deus pode operar para mudar os corações dos líderes e reverter situações aparentemente impossíveis. A intervenção divina se manifestou através das ações de Ester e da reversão do decreto, evidenciando que a segurança verdadeira vem da providência divina, não das estruturas humanas.
c. Confiança em Deus versus Confiança no Homem
- Confiança no Senhor:
- Salmo 118:8-9: "Melhor é confiar no Senhor do que confiar no homem. Melhor é confiar no Senhor do que confiar em príncipes." Este salmo destaca a importância de confiar em Deus em vez de nas estruturas e autoridades humanas. A confiança em Deus é apresentada como a única garantia verdadeira de segurança e estabilidade, em contraste com a falibilidade e a instabilidade das instituições humanas.
- Lição para os Crentes:
- Desafios da Segurança Aparente: A história de Ester serve como um alerta sobre os perigos da falsa segurança baseada nas estruturas do mundo. A estabilidade oferecida por sistemas e autoridades humanas pode ser ilusória e sujeita a mudanças abruptas. A verdadeira segurança e estabilidade vêm da confiança em Deus, que é eterno e imutável.
- Dependência Constante:
- Reafirmação da Dependência: Mesmo em tempos de aparente segurança e prosperidade, a dependência de Deus deve ser uma constante. Ester mostra que, independentemente das circunstâncias, a confiança em Deus deve ser central. A segurança verdadeira não é encontrada na estabilidade aparente oferecida pelo mundo, mas na soberania e providência de Deus.
Conclusão
O Livro de Ester enfatiza a fragilidade das falsas estabilidades oferecidas pelas estruturas do mundo e a importância de confiar em Deus. A aparente segurança que os judeus encontraram em Susã foi rapidamente desfeita pela ordem de extermínio, mostrando que a verdadeira estabilidade não pode ser encontrada em sistemas humanos. A história ilustra como Deus, mesmo em um império poderoso e distante, pode operar para proteger e salvar Seu povo, reafirmando a necessidade de confiar plenamente na providência divina. A lição central é que, independentemente das circunstâncias, a confiança em Deus é a única garantia verdadeira de segurança e estabilidade.
2. Uma Falsa Estabilidade
a. Perigo da Falsa Estabilidade
- Aparente Segurança em Susã:
- Vida Confortável: Em Susã, a capital do Império Persa, muitos judeus desfrutavam de uma vida de estabilidade e conforto. A política persa permitia uma certa liberdade religiosa e cultural, o que contribuía para um sentimento de segurança entre os judeus que haviam optado por permanecer no exílio. A prosperidade e o bem-estar aparentes pareciam assegurar que essa situação duraria.
- Ruptura com a Ordem de Extermínio:
- Inesperada Ameaça: A aparente estabilidade foi abruptamente ameaçada pela ordem de extermínio dos judeus, emitida por Hamã e ratificada pelo rei Assuero (Ester 3:7-13). Esse decreto demonstrou que a segurança oferecida pelas estruturas do mundo é efêmera e pode ser desfeita rapidamente. A ordem de extermínio revelou a fragilidade da segurança baseada em sistemas e poderes humanos, mostrando que a estabilidade aparente pode ser ilusória.
b. Dependência da Intervenção Divina
- Retorno à Dependência de Deus:
- Necessidade de Intervenção: Com a ameaça de aniquilação, o povo judeu encontrou-se novamente em uma situação de vulnerabilidade, necessitando da intervenção divina para garantir sua sobrevivência. A narrativa de Ester ilustra como, mesmo em contextos onde parecia haver segurança, a dependência de Deus continua sendo fundamental.
- Providência em Ação:
- Movimento das Estruturas Humanas: Deus, através de Ester e Mordecai, moveu as estruturas humanas para garantir a proteção e a preservação do Seu povo. O livro mostra que, mesmo em um império poderoso como o Persa, Deus pode operar para mudar os corações dos líderes e reverter situações aparentemente impossíveis. A intervenção divina se manifestou através das ações de Ester e da reversão do decreto, evidenciando que a segurança verdadeira vem da providência divina, não das estruturas humanas.
c. Confiança em Deus versus Confiança no Homem
- Confiança no Senhor:
- Salmo 118:8-9: "Melhor é confiar no Senhor do que confiar no homem. Melhor é confiar no Senhor do que confiar em príncipes." Este salmo destaca a importância de confiar em Deus em vez de nas estruturas e autoridades humanas. A confiança em Deus é apresentada como a única garantia verdadeira de segurança e estabilidade, em contraste com a falibilidade e a instabilidade das instituições humanas.
- Lição para os Crentes:
- Desafios da Segurança Aparente: A história de Ester serve como um alerta sobre os perigos da falsa segurança baseada nas estruturas do mundo. A estabilidade oferecida por sistemas e autoridades humanas pode ser ilusória e sujeita a mudanças abruptas. A verdadeira segurança e estabilidade vêm da confiança em Deus, que é eterno e imutável.
- Dependência Constante:
- Reafirmação da Dependência: Mesmo em tempos de aparente segurança e prosperidade, a dependência de Deus deve ser uma constante. Ester mostra que, independentemente das circunstâncias, a confiança em Deus deve ser central. A segurança verdadeira não é encontrada na estabilidade aparente oferecida pelo mundo, mas na soberania e providência de Deus.
Conclusão
O Livro de Ester enfatiza a fragilidade das falsas estabilidades oferecidas pelas estruturas do mundo e a importância de confiar em Deus. A aparente segurança que os judeus encontraram em Susã foi rapidamente desfeita pela ordem de extermínio, mostrando que a verdadeira estabilidade não pode ser encontrada em sistemas humanos. A história ilustra como Deus, mesmo em um império poderoso e distante, pode operar para proteger e salvar Seu povo, reafirmando a necessidade de confiar plenamente na providência divina. A lição central é que, independentemente das circunstâncias, a confiança em Deus é a única garantia verdadeira de segurança e estabilidade.
3- A Festa de Purim. O livro de Ester tem como propósito, também, registrar a instituição da Festa de Purim, ordenada por Mardoqueu depois do grande livramento que os judeus receberam (Et 9.20-28). Purim é o plural da palavra pur (“lançar sorte”). Conforme Ester 3.7, Hamã lançou sorte para fixar o dia da morte dos judeus. A festa comemora a frustração desse nefasto plano diante da providencial ação divina para a libertação de seu povo. A soberania de Deus não encontra limites. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3. A Festa de Purim
a. Instituição da Festa de Purim
- Origem da Festa:
- Registro no Livro de Ester: A Festa de Purim é instituída no final do Livro de Ester como uma celebração do grande livramento dos judeus da ameaça de extermínio. Esta celebração é estabelecida por Mardoqueu e Ester após a frustração do plano de Hamã e a reversão do decreto de exterminação (Ester 9:20-28).
- Significado do Nome:
- Pur: A palavra "Pur" significa "lançar sorte" em persa. Hamã lançou sortes para determinar o dia da destruição dos judeus (Ester 3:7). O plural "Purim" refere-se aos diversos sorteios realizados para escolher a data. A festa leva esse nome como uma lembrança de como o plano de Hamã foi frustrado e a sorte foi revertida.
b. Propósito e Significado da Festa de Purim
- Comemoração da Libertação:
- Frustração do Plano de Hamã: Purim comemora a salvação dos judeus da ameaça iminente de extermínio, celebrando a intervenção divina que frustrou o plano de Hamã. A festa é um testemunho da providência de Deus e da proteção de Seu povo mesmo em tempos de grande perigo.
- Ação Providencial de Deus:
- Soberania Divina: A celebração de Purim destaca a soberania de Deus, que age para cumprir Seus propósitos em qualquer época e lugar. A festa é um lembrete de que, mesmo quando Deus parece oculto, Sua providência está operando para proteger e salvar Seu povo.
c. Práticas e Tradições
- Observância:
- Leitura do Livro de Ester: Durante Purim, é tradicional ler o Livro de Ester em sinagogas. A leitura é frequentemente acompanhada de ruídos e vaias durante a menção do nome de Hamã, simbolizando a vitória sobre o mal.
- Festividades e Alegrias:
- Celebração Festiva: A festa inclui celebrações alegres, banquetes e troca de presentes entre amigos e familiares. É um tempo de festa e alegria, refletindo o espírito de celebração pela salvação e pela reversão da sorte dos judeus.
- Caridade:
- Matanot La'evyonim: Purim também é um tempo para a prática da caridade, onde os judeus são incentivados a fazer doações para os necessitados, refletindo o espírito de comunidade e solidariedade.
d. Lições Espirituais e Teológicas
- Providência e Soberania:
- Deus Age em Qualquer Tempo: A Festa de Purim reforça a crença de que a providência e a soberania de Deus estão ativas em todos os aspectos da vida, independentemente das circunstâncias externas. Deus pode transformar situações adversas e trazer salvação e libertação quando Seu povo confia Nele.
- Lembrança do Livramento:
- Memória do Milagre: Purim serve como uma oportunidade para recordar e celebrar a intervenção divina e o livramento providencial. É um momento para refletir sobre como Deus preserva e protege Seu povo, mesmo em meio a desafios e ameaças.
- Confiança em Deus:
- Encorajamento Espiritual: A celebração também encoraja os crentes a confiar na soberania de Deus em suas próprias vidas, sabendo que, mesmo quando os planos parecem ameaçados, Deus pode intervir para cumprir Seus propósitos e garantir o bem-estar de Seu povo.
Conclusão
A Festa de Purim é mais do que uma celebração de um evento histórico; é uma expressão de fé na providência divina e na soberania de Deus. Instituída para comemorar o livramento dos judeus do extermínio, Purim serve como um poderoso lembrete de que Deus age para proteger e salvar Seu povo, independentemente das ameaças e circunstâncias. A festa não apenas celebra a reversão do plano maligno de Hamã, mas também reafirma a confiança na atuação de Deus em todas as épocas e lugares, encorajando os crentes a buscar e confiar na providência divina em suas próprias vidas.
3. A Festa de Purim
a. Instituição da Festa de Purim
- Origem da Festa:
- Registro no Livro de Ester: A Festa de Purim é instituída no final do Livro de Ester como uma celebração do grande livramento dos judeus da ameaça de extermínio. Esta celebração é estabelecida por Mardoqueu e Ester após a frustração do plano de Hamã e a reversão do decreto de exterminação (Ester 9:20-28).
- Significado do Nome:
- Pur: A palavra "Pur" significa "lançar sorte" em persa. Hamã lançou sortes para determinar o dia da destruição dos judeus (Ester 3:7). O plural "Purim" refere-se aos diversos sorteios realizados para escolher a data. A festa leva esse nome como uma lembrança de como o plano de Hamã foi frustrado e a sorte foi revertida.
b. Propósito e Significado da Festa de Purim
- Comemoração da Libertação:
- Frustração do Plano de Hamã: Purim comemora a salvação dos judeus da ameaça iminente de extermínio, celebrando a intervenção divina que frustrou o plano de Hamã. A festa é um testemunho da providência de Deus e da proteção de Seu povo mesmo em tempos de grande perigo.
- Ação Providencial de Deus:
- Soberania Divina: A celebração de Purim destaca a soberania de Deus, que age para cumprir Seus propósitos em qualquer época e lugar. A festa é um lembrete de que, mesmo quando Deus parece oculto, Sua providência está operando para proteger e salvar Seu povo.
c. Práticas e Tradições
- Observância:
- Leitura do Livro de Ester: Durante Purim, é tradicional ler o Livro de Ester em sinagogas. A leitura é frequentemente acompanhada de ruídos e vaias durante a menção do nome de Hamã, simbolizando a vitória sobre o mal.
- Festividades e Alegrias:
- Celebração Festiva: A festa inclui celebrações alegres, banquetes e troca de presentes entre amigos e familiares. É um tempo de festa e alegria, refletindo o espírito de celebração pela salvação e pela reversão da sorte dos judeus.
- Caridade:
- Matanot La'evyonim: Purim também é um tempo para a prática da caridade, onde os judeus são incentivados a fazer doações para os necessitados, refletindo o espírito de comunidade e solidariedade.
d. Lições Espirituais e Teológicas
- Providência e Soberania:
- Deus Age em Qualquer Tempo: A Festa de Purim reforça a crença de que a providência e a soberania de Deus estão ativas em todos os aspectos da vida, independentemente das circunstâncias externas. Deus pode transformar situações adversas e trazer salvação e libertação quando Seu povo confia Nele.
- Lembrança do Livramento:
- Memória do Milagre: Purim serve como uma oportunidade para recordar e celebrar a intervenção divina e o livramento providencial. É um momento para refletir sobre como Deus preserva e protege Seu povo, mesmo em meio a desafios e ameaças.
- Confiança em Deus:
- Encorajamento Espiritual: A celebração também encoraja os crentes a confiar na soberania de Deus em suas próprias vidas, sabendo que, mesmo quando os planos parecem ameaçados, Deus pode intervir para cumprir Seus propósitos e garantir o bem-estar de Seu povo.
Conclusão
A Festa de Purim é mais do que uma celebração de um evento histórico; é uma expressão de fé na providência divina e na soberania de Deus. Instituída para comemorar o livramento dos judeus do extermínio, Purim serve como um poderoso lembrete de que Deus age para proteger e salvar Seu povo, independentemente das ameaças e circunstâncias. A festa não apenas celebra a reversão do plano maligno de Hamã, mas também reafirma a confiança na atuação de Deus em todas as épocas e lugares, encorajando os crentes a buscar e confiar na providência divina em suas próprias vidas.
SINOPSE III
O propósito do livro é registrar a providência de Deus com seu povo; sua mensagem é a respeito do perigo de se confiar nas falsas estabilidades.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
CONCLUSÃO
O Livro de Ester nos lembra de que vivemos neste mundo, mas não devemos confiar em suas estruturas. Todos os reinos deste mundo passarão (Dn 2.37-45). Por isso, a Palavra de Deus diz que “a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Livro de Ester oferece uma rica lição sobre a relação entre a vida no mundo e a confiança em Deus, desafiando os crentes a não depositar sua confiança nas estruturas temporais e muitas vezes falíveis deste mundo.
a. A Impermanência das Estruturas Mundiais
- Reinos e Poderes Temporários:
- Daniel 2:37-45: O livro de Daniel descreve uma visão profética das quatro grandes nações e seus reinos, que são eventualmente substituídos pelo reino eterno de Deus. Esses reinos mundanos são retratados como efêmeros e sujeitos à mudança. O Livro de Ester ilustra essa realidade ao mostrar a instabilidade das estruturas de poder na Pérsia, que, apesar de sua grandiosidade e aparente estabilidade, estava sujeita a mudanças drásticas e imprevisíveis. A ordem de extermínio dos judeus, apesar da aparente estabilidade do Império Persa, destaca a incerteza das estruturas humanas.
- Confiança nas Estruturas Terrenas:
- Permanência e Segurança: A mensagem implícita no Livro de Ester é que as estruturas terrenas, por mais sólidas que pareçam, são passageiras. A confiança em instituições e poderes humanos é frágil e suscetível a mudanças. As estruturas do mundo são efêmeras e não podem fornecer a verdadeira segurança que só Deus pode oferecer.
b. A Verdadeira Cidadania e Esperança
- Cidadania Celestial:
- Filipenses 3:20: “A nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” Este versículo reafirma que a verdadeira cidadania dos crentes não está neste mundo, mas no reino celestial. A ideia de que nossa verdadeira residência e esperança estão nos céus é uma mensagem crucial do Novo Testamento, que se alinha com a ideia apresentada em Ester de que, apesar de viver em um mundo com estruturas e sistemas imperfeitos, a confiança e a esperança devem estar voltadas para Deus.
- Esperança em Cristo:
- Salvador e Redentor: A esperança dos crentes é fundamentada no Salvador, Jesus Cristo, que é o Senhor e Redentor. A expectativa da vinda de Cristo é a base da esperança cristã e uma afirmação de que, apesar das dificuldades e incertezas do mundo, há uma certeza e um futuro garantido em Cristo.
c. Lições do Livro de Ester
- Providência de Deus:
- Deus Trabalha em Todos os Contextos: O Livro de Ester mostra como Deus pode agir de maneira providencial mesmo em contextos onde Sua presença parece oculta. A intervenção de Deus na história dos judeus na Pérsia demonstra que, mesmo quando Deus não é explicitamente mencionado, Ele está ativamente trabalhando para proteger e preservar Seu povo.
- Fé e Confiança:
- Confiança em Deus: Ester nos ensina que, independentemente das circunstâncias externas, a confiança em Deus é fundamental. As estruturas mundanas podem falhar e oferecer segurança ilusória, mas Deus permanece fiel e soberano. A verdadeira segurança e estabilidade vêm da fé e confiança em Deus, que é eterno e imutável.
d. Contexto Cultural e Histórico
- Contexto da Diáspora Judaica:
- Realidade da Diáspora: Durante o período do exílio babilônico e do Império Persa, muitos judeus viviam em um ambiente onde tinham que negociar sua identidade e fé dentro de estruturas que não eram idealmente favoráveis. O Livro de Ester reflete essa realidade e a necessidade de encontrar esperança e segurança fora das estruturas de poder temporais.
- Desafios da Vida em Exílio:
- Sustentando a Fé: A vida em exílio desafiava os judeus a manter sua fé e identidade em um ambiente que não favorecia a prática de sua religião. Ester ilustra como Deus providenciou proteção e livramento mesmo quando os judeus estavam longe da Terra Prometida, reforçando a ideia de que a fé em Deus transcende as circunstâncias temporais.
Conclusão
O Livro de Ester nos ensina a não confiar nas estruturas mundanas que são temporárias e falíveis. Assim como os reinos da terra são substituídos pelo reino eterno de Deus, nossa confiança deve estar em Deus e em Sua providência, não nas instituições humanas. A verdadeira cidadania dos crentes está nos céus, e a esperança em Cristo, nosso Salvador, oferece a verdadeira segurança que o mundo não pode proporcionar. Ester serve como um lembrete poderoso da soberania de Deus e da necessidade de manter a fé e a esperança firmemente ancoradas em Sua providência e plano eterno.
O Livro de Ester oferece uma rica lição sobre a relação entre a vida no mundo e a confiança em Deus, desafiando os crentes a não depositar sua confiança nas estruturas temporais e muitas vezes falíveis deste mundo.
a. A Impermanência das Estruturas Mundiais
- Reinos e Poderes Temporários:
- Daniel 2:37-45: O livro de Daniel descreve uma visão profética das quatro grandes nações e seus reinos, que são eventualmente substituídos pelo reino eterno de Deus. Esses reinos mundanos são retratados como efêmeros e sujeitos à mudança. O Livro de Ester ilustra essa realidade ao mostrar a instabilidade das estruturas de poder na Pérsia, que, apesar de sua grandiosidade e aparente estabilidade, estava sujeita a mudanças drásticas e imprevisíveis. A ordem de extermínio dos judeus, apesar da aparente estabilidade do Império Persa, destaca a incerteza das estruturas humanas.
- Confiança nas Estruturas Terrenas:
- Permanência e Segurança: A mensagem implícita no Livro de Ester é que as estruturas terrenas, por mais sólidas que pareçam, são passageiras. A confiança em instituições e poderes humanos é frágil e suscetível a mudanças. As estruturas do mundo são efêmeras e não podem fornecer a verdadeira segurança que só Deus pode oferecer.
b. A Verdadeira Cidadania e Esperança
- Cidadania Celestial:
- Filipenses 3:20: “A nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” Este versículo reafirma que a verdadeira cidadania dos crentes não está neste mundo, mas no reino celestial. A ideia de que nossa verdadeira residência e esperança estão nos céus é uma mensagem crucial do Novo Testamento, que se alinha com a ideia apresentada em Ester de que, apesar de viver em um mundo com estruturas e sistemas imperfeitos, a confiança e a esperança devem estar voltadas para Deus.
- Esperança em Cristo:
- Salvador e Redentor: A esperança dos crentes é fundamentada no Salvador, Jesus Cristo, que é o Senhor e Redentor. A expectativa da vinda de Cristo é a base da esperança cristã e uma afirmação de que, apesar das dificuldades e incertezas do mundo, há uma certeza e um futuro garantido em Cristo.
c. Lições do Livro de Ester
- Providência de Deus:
- Deus Trabalha em Todos os Contextos: O Livro de Ester mostra como Deus pode agir de maneira providencial mesmo em contextos onde Sua presença parece oculta. A intervenção de Deus na história dos judeus na Pérsia demonstra que, mesmo quando Deus não é explicitamente mencionado, Ele está ativamente trabalhando para proteger e preservar Seu povo.
- Fé e Confiança:
- Confiança em Deus: Ester nos ensina que, independentemente das circunstâncias externas, a confiança em Deus é fundamental. As estruturas mundanas podem falhar e oferecer segurança ilusória, mas Deus permanece fiel e soberano. A verdadeira segurança e estabilidade vêm da fé e confiança em Deus, que é eterno e imutável.
d. Contexto Cultural e Histórico
- Contexto da Diáspora Judaica:
- Realidade da Diáspora: Durante o período do exílio babilônico e do Império Persa, muitos judeus viviam em um ambiente onde tinham que negociar sua identidade e fé dentro de estruturas que não eram idealmente favoráveis. O Livro de Ester reflete essa realidade e a necessidade de encontrar esperança e segurança fora das estruturas de poder temporais.
- Desafios da Vida em Exílio:
- Sustentando a Fé: A vida em exílio desafiava os judeus a manter sua fé e identidade em um ambiente que não favorecia a prática de sua religião. Ester ilustra como Deus providenciou proteção e livramento mesmo quando os judeus estavam longe da Terra Prometida, reforçando a ideia de que a fé em Deus transcende as circunstâncias temporais.
Conclusão
O Livro de Ester nos ensina a não confiar nas estruturas mundanas que são temporárias e falíveis. Assim como os reinos da terra são substituídos pelo reino eterno de Deus, nossa confiança deve estar em Deus e em Sua providência, não nas instituições humanas. A verdadeira cidadania dos crentes está nos céus, e a esperança em Cristo, nosso Salvador, oferece a verdadeira segurança que o mundo não pode proporcionar. Ester serve como um lembrete poderoso da soberania de Deus e da necessidade de manter a fé e a esperança firmemente ancoradas em Sua providência e plano eterno.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Qual a característica mais destacada do Livro de Ester?
Ester, por sua vez, tem como característica singular, e sempre destacada, a completa ausência do nome de Deus.
2- Quais as evidências da historicidade do Livro de Ester?
Muitos estudiosos consideram que o livro foi escrito por um judeu que viveu na Pérsia, pelo fato de o autor demonstrar amplo conhecimento da cidade de Susã e de sua estrutura, e de importantes documentos do Império Persa.
3- Qual o contexto histórico de Ester em relação ao período pós-exílico?
Ester registra fatos ocorridos na capital do Império Persa, Susã, entre o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém.
4- Qual o principal propósito do livro de Ester?
O principal propósito do livro de Ester é registrar o cuidado providencial de Deus com o seu povo, a despeito de suas escolhas fora de seu propósito.
5- Que mensagem principal podemos extrair de Ester?
Ester nos transmite como mensagem o perigo de confiar nas falsas estabilidades que as estruturas do mundo nos oferecem, e costumam parecer mais vantajosas.
VOCABULÁRIO
Canonicidade: característica ou qualidade do que é canônico; legitimidade, veracidade, sacralidade.
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
EBD 3° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos – | Escola Biblica Dominical |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
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