TEXTO ÁUREO “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 1...
TEXTO ÁUREO
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14.27)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
João 14.27
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14.27)
Este versículo faz parte do discurso de despedida de Jesus aos Seus discípulos antes de Sua crucificação (João 13–17). Ele oferece conforto e encorajamento, preparando-os para Sua partida física, prometendo-lhes uma paz que transcende as circunstâncias terrenas.
1. A Paz Prometida: Semântica e Raiz das Palavras
A palavra “paz” no texto grego é εἰρήνη (eirēnē), que deriva do verbo eiro, significando "unir" ou "ligar juntos o que está dividido". No contexto judaico, o conceito de paz é mais rico, vindo da palavra hebraica שָׁלוֹם (shalom), que implica não apenas a ausência de conflitos, mas também plenitude, bem-estar, harmonia e prosperidade em todas as áreas da vida.
Jesus não está falando de uma paz externa ou política, como esperavam os judeus em relação ao Messias. Ele oferece uma paz interior, reconciliadora, que vem de Deus e supera a compreensão humana (Filipenses 4.7).
2. “Minha paz vos dou” – A Origem Divina da Paz
A frase “minha paz vos dou” indica que a paz oferecida por Jesus é única, divina e distinta da paz mundana. Ela não é temporária nem baseada em circunstâncias externas, mas é fundamentada em Sua reconciliação entre Deus e a humanidade, por meio de Sua obra redentora na cruz (Romanos 5.1).
Enquanto a paz do mundo é frequentemente instável e ilusória, a paz de Cristo é permanente e transformadora, porque é ancorada na confiança em Deus e na certeza de Sua soberania sobre todas as coisas.
3. “Não vo-la dou como o mundo a dá” – O Contraste com o Mundo
O mundo oferece uma paz superficial e condicional, frequentemente baseada em riqueza, status ou ausência de guerra. No entanto, essa paz é efêmera e incapaz de lidar com as ansiedades profundas da alma. Em contraste, a paz de Cristo é uma dádiva espiritual que brota do relacionamento restaurado com Deus.
No Antigo Testamento, o conceito de shalom era associado a bênçãos pactuais (Deuteronômio 28), mas Jesus, como o mediador da nova aliança, oferece uma paz baseada na graça, não na obediência à Lei.
4. “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” – Um Chamado à Confiança
A palavra “turbe” no grego é ταράσσω (tarassō), que significa “agitar” ou “perturbar profundamente”. Já “atemorize” vem de δειλιάω (deiliaō), que denota medo ou covardia. Jesus exorta os discípulos a não cederem ao medo e à confusão diante das provações iminentes. Ele já havia mencionado isso em João 14.1: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.”
Aqui, Jesus conecta a paz que Ele oferece à superação do medo e da ansiedade. A confiança Nele é o antídoto para a agitação emocional e o medo que frequentemente acompanham as incertezas da vida.
5. Comparação com Outras Traduções
Almeida Revista e Atualizada (ARA):
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”
- Esta tradução mantém a estrutura clássica do texto, com um tom reverente e formal.
Nova Versão Internacional (NVI):
“Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo.”
- A NVI apresenta uma linguagem mais acessível, enfatizando a aplicação prática da paz.
King James Version (KJV):
“Peace I leave with you, my peace I give unto you: not as the world giveth, give I unto you. Let not your heart be troubled, neither let it be afraid.”
- A KJV mantém a estrutura poética, destacando a solenidade da promessa.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH):
“Eu deixo com vocês a minha paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo.”
- A NTLH traduz o texto de forma mais coloquial, tornando-o mais acessível para leitores contemporâneos.
6. Contexto Histórico e Cultural
Os discípulos viviam em um contexto de opressão política e religiosa sob o domínio romano. A paz romana (Pax Romana) era imposta pela força e servia aos interesses de Roma, não ao bem-estar genuíno das pessoas. Nesse cenário, a promessa de uma paz interior e divina oferecida por Jesus era radicalmente contracultural.
Além disso, os judeus aguardavam um Messias político que traria paz nacional. Contudo, Jesus veio estabelecer uma paz espiritual, reconciliando o homem com Deus, um conceito muitas vezes incompreendido até mesmo pelos Seus seguidores.
7. Aplicação Teológica e Apologética
A paz de Cristo é um tema central para a teologia cristã, pois está relacionada ao cumprimento de Sua obra redentora. Em Efésios 2.14, Paulo escreve: “Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, a inimizade.” Cristo é a nossa paz, não apenas em termos individuais, mas também como o fundamento da unidade na igreja.
Para a apologética, este versículo é um convite para apresentar o Evangelho como a única solução verdadeira para a angústia humana. A paz que Cristo oferece responde às questões mais profundas do coração humano, que nenhuma filosofia ou sistema político pode resolver.
8. Conclusão
João 14.27 nos ensina que a paz de Cristo transcende qualquer oferta mundana, sendo profundamente enraizada na reconciliação com Deus. Essa paz não é apenas a ausência de problemas, mas a presença ativa de Cristo em nossas vidas. É um lembrete de que, em meio às tribulações, os crentes podem encontrar segurança e tranquilidade na obra redentora de Jesus e na confiança de que Ele é soberano sobre todas as circunstâncias.
João 14.27
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14.27)
Este versículo faz parte do discurso de despedida de Jesus aos Seus discípulos antes de Sua crucificação (João 13–17). Ele oferece conforto e encorajamento, preparando-os para Sua partida física, prometendo-lhes uma paz que transcende as circunstâncias terrenas.
1. A Paz Prometida: Semântica e Raiz das Palavras
A palavra “paz” no texto grego é εἰρήνη (eirēnē), que deriva do verbo eiro, significando "unir" ou "ligar juntos o que está dividido". No contexto judaico, o conceito de paz é mais rico, vindo da palavra hebraica שָׁלוֹם (shalom), que implica não apenas a ausência de conflitos, mas também plenitude, bem-estar, harmonia e prosperidade em todas as áreas da vida.
Jesus não está falando de uma paz externa ou política, como esperavam os judeus em relação ao Messias. Ele oferece uma paz interior, reconciliadora, que vem de Deus e supera a compreensão humana (Filipenses 4.7).
2. “Minha paz vos dou” – A Origem Divina da Paz
A frase “minha paz vos dou” indica que a paz oferecida por Jesus é única, divina e distinta da paz mundana. Ela não é temporária nem baseada em circunstâncias externas, mas é fundamentada em Sua reconciliação entre Deus e a humanidade, por meio de Sua obra redentora na cruz (Romanos 5.1).
Enquanto a paz do mundo é frequentemente instável e ilusória, a paz de Cristo é permanente e transformadora, porque é ancorada na confiança em Deus e na certeza de Sua soberania sobre todas as coisas.
3. “Não vo-la dou como o mundo a dá” – O Contraste com o Mundo
O mundo oferece uma paz superficial e condicional, frequentemente baseada em riqueza, status ou ausência de guerra. No entanto, essa paz é efêmera e incapaz de lidar com as ansiedades profundas da alma. Em contraste, a paz de Cristo é uma dádiva espiritual que brota do relacionamento restaurado com Deus.
No Antigo Testamento, o conceito de shalom era associado a bênçãos pactuais (Deuteronômio 28), mas Jesus, como o mediador da nova aliança, oferece uma paz baseada na graça, não na obediência à Lei.
4. “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” – Um Chamado à Confiança
A palavra “turbe” no grego é ταράσσω (tarassō), que significa “agitar” ou “perturbar profundamente”. Já “atemorize” vem de δειλιάω (deiliaō), que denota medo ou covardia. Jesus exorta os discípulos a não cederem ao medo e à confusão diante das provações iminentes. Ele já havia mencionado isso em João 14.1: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.”
Aqui, Jesus conecta a paz que Ele oferece à superação do medo e da ansiedade. A confiança Nele é o antídoto para a agitação emocional e o medo que frequentemente acompanham as incertezas da vida.
5. Comparação com Outras Traduções
Almeida Revista e Atualizada (ARA):
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”
- Esta tradução mantém a estrutura clássica do texto, com um tom reverente e formal.
Nova Versão Internacional (NVI):
“Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo.”
- A NVI apresenta uma linguagem mais acessível, enfatizando a aplicação prática da paz.
King James Version (KJV):
“Peace I leave with you, my peace I give unto you: not as the world giveth, give I unto you. Let not your heart be troubled, neither let it be afraid.”
- A KJV mantém a estrutura poética, destacando a solenidade da promessa.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH):
“Eu deixo com vocês a minha paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo.”
- A NTLH traduz o texto de forma mais coloquial, tornando-o mais acessível para leitores contemporâneos.
6. Contexto Histórico e Cultural
Os discípulos viviam em um contexto de opressão política e religiosa sob o domínio romano. A paz romana (Pax Romana) era imposta pela força e servia aos interesses de Roma, não ao bem-estar genuíno das pessoas. Nesse cenário, a promessa de uma paz interior e divina oferecida por Jesus era radicalmente contracultural.
Além disso, os judeus aguardavam um Messias político que traria paz nacional. Contudo, Jesus veio estabelecer uma paz espiritual, reconciliando o homem com Deus, um conceito muitas vezes incompreendido até mesmo pelos Seus seguidores.
7. Aplicação Teológica e Apologética
A paz de Cristo é um tema central para a teologia cristã, pois está relacionada ao cumprimento de Sua obra redentora. Em Efésios 2.14, Paulo escreve: “Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, a inimizade.” Cristo é a nossa paz, não apenas em termos individuais, mas também como o fundamento da unidade na igreja.
Para a apologética, este versículo é um convite para apresentar o Evangelho como a única solução verdadeira para a angústia humana. A paz que Cristo oferece responde às questões mais profundas do coração humano, que nenhuma filosofia ou sistema político pode resolver.
8. Conclusão
João 14.27 nos ensina que a paz de Cristo transcende qualquer oferta mundana, sendo profundamente enraizada na reconciliação com Deus. Essa paz não é apenas a ausência de problemas, mas a presença ativa de Cristo em nossas vidas. É um lembrete de que, em meio às tribulações, os crentes podem encontrar segurança e tranquilidade na obra redentora de Jesus e na confiança de que Ele é soberano sobre todas as circunstâncias.
VERDADE PRÁTICA
A Paz do Senhor Jesus traz quietude e calma para a nossa alma, principalmente, nos momentos difíceis da vida.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Verdade Prática destaca que a paz do Senhor Jesus é a resposta divina para os desafios da vida. Ela não é ausência de problemas, mas a quietude que vem da presença de Deus mesmo em meio às tribulações. Este estudo explora a natureza dessa paz, suas bases bíblicas e sua aplicação prática para os cristãos.
1. O Conceito de Paz no Contexto Bíblico
1.1. A Paz de Jesus
A palavra usada para paz no Novo Testamento é εἰρήνη (eirēnē), que reflete o conceito hebraico שָׁלוֹם (shalom). Diferentemente da paz mundana, que é circunstancial, a paz de Jesus é interior e espiritual, baseada na reconciliação com Deus e na certeza de Sua soberania (Romanos 5.1).
Jesus enfatiza isso em João 14.27: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." Essa paz é um presente, não algo conquistado por mérito humano.
1.2. A Paz em Meio às Tribulações
Jesus assegura que a paz divina é acessível mesmo em tempos de sofrimento: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33). Aqui, a paz está ligada à vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
2. Fundamentos Bíblicos da Paz
2.1. A Paz Como Fruto do Espírito
Em Gálatas 5.22, a paz é mencionada como um dos frutos do Espírito. Isso indica que ela não é produzida pela força humana, mas pelo Espírito Santo habitando no crente. Assim, a paz não depende de circunstâncias externas, mas do relacionamento com Deus.
2.2. A Paz que Guarda a Mente e o Coração
Paulo descreve a paz de Deus como algo que “excede todo o entendimento” e que “guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus” (Filipenses 4.7). A palavra grega usada para "guardar" (φρουρέω, phroureō) sugere a ideia de uma fortaleza protegendo a mente e o coração contra o medo e a ansiedade.
2.3. O Descanso na Soberania de Deus
O Salmo 46.10 diz: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.” Aqui, a paz está associada ao reconhecimento da soberania divina. Quando entendemos que Deus está no controle, nossa alma encontra descanso.
3. Opiniões de Livros e Autores Cristãos
3.1. “A Paz de Deus” – Martyn Lloyd-Jones
Lloyd-Jones argumenta que a verdadeira paz é resultado da justificação pela fé. Ele escreve: “A razão pela qual as pessoas não têm paz é porque ainda não resolveram o problema fundamental de sua separação de Deus.” A paz de Jesus, segundo ele, começa com a reconciliação com Deus e é sustentada pela confiança na Sua Palavra.
3.2. “Confiança em Deus” – Jerry Bridges
Bridges ensina que a paz está intimamente ligada à confiança. Ele escreve: “Quanto mais confiamos em Deus, menos ansiedade teremos. Nossa paz aumenta na medida em que nossa fé no caráter de Deus se fortalece.”
3.3. “A Segunda Vinda de Cristo” – Hernandes Dias Lopes
Lopes aponta que a paz de Cristo é uma das maiores evidências da presença do Espírito Santo. Ele enfatiza: “A paz de Jesus é como um porto seguro em meio às tempestades da vida. Mesmo quando tudo ao redor está em caos, o cristão pode descansar na segurança da Palavra de Deus.”
4. Aplicação Pessoal
4.1. Cultivar a Paz no Dia a Dia
- Oração: Apresente suas ansiedades a Deus, confiando que Ele cuida de você (1 Pedro 5.7).
- Meditação na Palavra: Alimente sua mente com as promessas de Deus, como em Salmo 119.165: “Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço.”
- Comunhão com o Espírito Santo: Busque intimidade com Deus para que o fruto da paz seja evidente em sua vida.
4.2. Ser um Agente de Paz
Jesus ensina: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9). Isso inclui promover a reconciliação e agir com amor em situações de conflito.
5. Ilustração
Imagine um navio em alto-mar enfrentando uma tempestade. Apesar das ondas violentas e do vento forte, há paz dentro da cabine porque o capitão sabe para onde está navegando. Da mesma forma, a vida cristã pode ter tempestades, mas o crente encontra paz ao confiar que Cristo é o capitão de sua alma.
Um exemplo bíblico é o de Paulo em Atos 27, quando o navio em que ele estava enfrentava um naufrágio. Apesar do caos, ele declarou: “Eu creio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito” (Atos 27.25). Sua confiança em Deus trouxe paz, mesmo em meio à crise.
Conclusão
A paz de Jesus é um dom inigualável que transcende as circunstâncias e está disponível a todos os que Nele confiam. Ao buscar a Deus em oração, meditar em Sua Palavra e viver em comunhão com o Espírito Santo, o crente experimenta uma paz que não apenas acalma sua alma, mas também serve de testemunho ao mundo.
Como Paulo escreveu em Colossenses 3.15: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração.” Que possamos viver essa realidade diariamente, confiando que Deus está no controle de todas as coisas e nos sustentará em cada situação.
A Verdade Prática destaca que a paz do Senhor Jesus é a resposta divina para os desafios da vida. Ela não é ausência de problemas, mas a quietude que vem da presença de Deus mesmo em meio às tribulações. Este estudo explora a natureza dessa paz, suas bases bíblicas e sua aplicação prática para os cristãos.
1. O Conceito de Paz no Contexto Bíblico
1.1. A Paz de Jesus
A palavra usada para paz no Novo Testamento é εἰρήνη (eirēnē), que reflete o conceito hebraico שָׁלוֹם (shalom). Diferentemente da paz mundana, que é circunstancial, a paz de Jesus é interior e espiritual, baseada na reconciliação com Deus e na certeza de Sua soberania (Romanos 5.1).
Jesus enfatiza isso em João 14.27: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." Essa paz é um presente, não algo conquistado por mérito humano.
1.2. A Paz em Meio às Tribulações
Jesus assegura que a paz divina é acessível mesmo em tempos de sofrimento: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33). Aqui, a paz está ligada à vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
2. Fundamentos Bíblicos da Paz
2.1. A Paz Como Fruto do Espírito
Em Gálatas 5.22, a paz é mencionada como um dos frutos do Espírito. Isso indica que ela não é produzida pela força humana, mas pelo Espírito Santo habitando no crente. Assim, a paz não depende de circunstâncias externas, mas do relacionamento com Deus.
2.2. A Paz que Guarda a Mente e o Coração
Paulo descreve a paz de Deus como algo que “excede todo o entendimento” e que “guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus” (Filipenses 4.7). A palavra grega usada para "guardar" (φρουρέω, phroureō) sugere a ideia de uma fortaleza protegendo a mente e o coração contra o medo e a ansiedade.
2.3. O Descanso na Soberania de Deus
O Salmo 46.10 diz: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.” Aqui, a paz está associada ao reconhecimento da soberania divina. Quando entendemos que Deus está no controle, nossa alma encontra descanso.
3. Opiniões de Livros e Autores Cristãos
3.1. “A Paz de Deus” – Martyn Lloyd-Jones
Lloyd-Jones argumenta que a verdadeira paz é resultado da justificação pela fé. Ele escreve: “A razão pela qual as pessoas não têm paz é porque ainda não resolveram o problema fundamental de sua separação de Deus.” A paz de Jesus, segundo ele, começa com a reconciliação com Deus e é sustentada pela confiança na Sua Palavra.
3.2. “Confiança em Deus” – Jerry Bridges
Bridges ensina que a paz está intimamente ligada à confiança. Ele escreve: “Quanto mais confiamos em Deus, menos ansiedade teremos. Nossa paz aumenta na medida em que nossa fé no caráter de Deus se fortalece.”
3.3. “A Segunda Vinda de Cristo” – Hernandes Dias Lopes
Lopes aponta que a paz de Cristo é uma das maiores evidências da presença do Espírito Santo. Ele enfatiza: “A paz de Jesus é como um porto seguro em meio às tempestades da vida. Mesmo quando tudo ao redor está em caos, o cristão pode descansar na segurança da Palavra de Deus.”
4. Aplicação Pessoal
4.1. Cultivar a Paz no Dia a Dia
- Oração: Apresente suas ansiedades a Deus, confiando que Ele cuida de você (1 Pedro 5.7).
- Meditação na Palavra: Alimente sua mente com as promessas de Deus, como em Salmo 119.165: “Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço.”
- Comunhão com o Espírito Santo: Busque intimidade com Deus para que o fruto da paz seja evidente em sua vida.
4.2. Ser um Agente de Paz
Jesus ensina: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9). Isso inclui promover a reconciliação e agir com amor em situações de conflito.
5. Ilustração
Imagine um navio em alto-mar enfrentando uma tempestade. Apesar das ondas violentas e do vento forte, há paz dentro da cabine porque o capitão sabe para onde está navegando. Da mesma forma, a vida cristã pode ter tempestades, mas o crente encontra paz ao confiar que Cristo é o capitão de sua alma.
Um exemplo bíblico é o de Paulo em Atos 27, quando o navio em que ele estava enfrentava um naufrágio. Apesar do caos, ele declarou: “Eu creio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito” (Atos 27.25). Sua confiança em Deus trouxe paz, mesmo em meio à crise.
Conclusão
A paz de Jesus é um dom inigualável que transcende as circunstâncias e está disponível a todos os que Nele confiam. Ao buscar a Deus em oração, meditar em Sua Palavra e viver em comunhão com o Espírito Santo, o crente experimenta uma paz que não apenas acalma sua alma, mas também serve de testemunho ao mundo.
Como Paulo escreveu em Colossenses 3.15: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração.” Que possamos viver essa realidade diariamente, confiando que Deus está no controle de todas as coisas e nos sustentará em cada situação.
LEITURA DIÁRIA
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Leitura Diária
Segunda – Filipenses 4.9
"O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco."
Este versículo exorta os crentes a não apenas aprenderem, mas praticarem as verdades do Evangelho que receberam. O apóstolo Paulo apresenta-se como modelo de fé e ação. A expressão "Deus de paz" revela que Deus não apenas concede paz, mas Sua própria presença é a fonte dela. Ao vivermos em obediência, experimentamos Sua companhia constante e pacificadora.
Terça – Colossenses 3.15
"E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos."
A palavra "domine", do grego βραβεύω (brabeuō), refere-se à função de um árbitro que decide em uma competição. Aqui, Paulo destaca que a paz de Deus deve ser o fator decisivo em nossas vidas. Essa paz só é experimentada por aqueles que estão integrados ao corpo de Cristo, vivendo em harmonia uns com os outros, e manifestando gratidão constante.
Quarta – Mateus 5.9
"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus."
Os "pacificadores", do grego εἰρηνοποιοί (eirēnopoioi), são aqueles que promovem reconciliação e harmonia, refletindo o caráter de Deus. Esta bem-aventurança ressalta que a paz não é passividade, mas uma obra ativa de promover o bem e a justiça. Ser chamado filho de Deus implica ter um relacionamento íntimo com Ele, demonstrando Seu caráter no mundo.
Quinta – Romanos 5.1
"Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo."
A "paz com Deus" mencionada aqui é o resultado da justificação, um estado de reconciliação entre o homem e Deus, antes separados pelo pecado. Por meio de Cristo, essa barreira é removida. No grego, εἰρήνη (eirēnē) expressa não apenas ausência de conflito, mas um relacionamento harmonioso e restaurado com o Criador.
Sexta – Isaías 9.6-7
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."
Jesus é o "Príncipe da Paz", um título que reflete Sua missão de trazer harmonia entre Deus e os homens, bem como estabelecer o Reino de paz eterno. No hebraico, שַׂר־שָׁלוֹם (Sar-Shalom) ressalta a autoridade real de Cristo em conceder paz. Seu governo é caracterizado por justiça e tranquilidade sem fim, cumprindo a promessa messiânica.
Sábado – Filipenses 4.6,7
"Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus."
Aqui Paulo apresenta um princípio prático: a oração é a chave para substituir a ansiedade pela paz de Deus. Essa paz transcende a compreensão humana e atua como um "guarda" sobre o coração e a mente do crente. No grego, φρουρέω (phroureō) descreve uma vigilância militar, sugerindo a proteção espiritual de Deus sobre nossas emoções e pensamentos.
Aplicação Prática
- Confiança no Deus de paz: Seja em meio à ansiedade ou conflito, podemos confiar na presença constante de Deus, que nos traz tranquilidade.
- Prática da reconciliação: Devemos ser agentes de paz no mundo, promovendo harmonia em nossas relações e vivendo como testemunhas de Cristo.
- Ação de graças: Gratidão deve ser uma marca na vida do cristão, reconhecendo a obra de Cristo em nos reconciliar com Deus e conceder paz verdadeira.
Esses versículos nos exortam a buscar e promover a paz de Deus em todas as áreas da vida, confiando n’Ele como a fonte suprema de harmonia e estabilidade espiritual.
Leitura Diária
Segunda – Filipenses 4.9
"O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco."
Este versículo exorta os crentes a não apenas aprenderem, mas praticarem as verdades do Evangelho que receberam. O apóstolo Paulo apresenta-se como modelo de fé e ação. A expressão "Deus de paz" revela que Deus não apenas concede paz, mas Sua própria presença é a fonte dela. Ao vivermos em obediência, experimentamos Sua companhia constante e pacificadora.
Terça – Colossenses 3.15
"E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos."
A palavra "domine", do grego βραβεύω (brabeuō), refere-se à função de um árbitro que decide em uma competição. Aqui, Paulo destaca que a paz de Deus deve ser o fator decisivo em nossas vidas. Essa paz só é experimentada por aqueles que estão integrados ao corpo de Cristo, vivendo em harmonia uns com os outros, e manifestando gratidão constante.
Quarta – Mateus 5.9
"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus."
Os "pacificadores", do grego εἰρηνοποιοί (eirēnopoioi), são aqueles que promovem reconciliação e harmonia, refletindo o caráter de Deus. Esta bem-aventurança ressalta que a paz não é passividade, mas uma obra ativa de promover o bem e a justiça. Ser chamado filho de Deus implica ter um relacionamento íntimo com Ele, demonstrando Seu caráter no mundo.
Quinta – Romanos 5.1
"Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo."
A "paz com Deus" mencionada aqui é o resultado da justificação, um estado de reconciliação entre o homem e Deus, antes separados pelo pecado. Por meio de Cristo, essa barreira é removida. No grego, εἰρήνη (eirēnē) expressa não apenas ausência de conflito, mas um relacionamento harmonioso e restaurado com o Criador.
Sexta – Isaías 9.6-7
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."
Jesus é o "Príncipe da Paz", um título que reflete Sua missão de trazer harmonia entre Deus e os homens, bem como estabelecer o Reino de paz eterno. No hebraico, שַׂר־שָׁלוֹם (Sar-Shalom) ressalta a autoridade real de Cristo em conceder paz. Seu governo é caracterizado por justiça e tranquilidade sem fim, cumprindo a promessa messiânica.
Sábado – Filipenses 4.6,7
"Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus."
Aqui Paulo apresenta um princípio prático: a oração é a chave para substituir a ansiedade pela paz de Deus. Essa paz transcende a compreensão humana e atua como um "guarda" sobre o coração e a mente do crente. No grego, φρουρέω (phroureō) descreve uma vigilância militar, sugerindo a proteção espiritual de Deus sobre nossas emoções e pensamentos.
Aplicação Prática
- Confiança no Deus de paz: Seja em meio à ansiedade ou conflito, podemos confiar na presença constante de Deus, que nos traz tranquilidade.
- Prática da reconciliação: Devemos ser agentes de paz no mundo, promovendo harmonia em nossas relações e vivendo como testemunhas de Cristo.
- Ação de graças: Gratidão deve ser uma marca na vida do cristão, reconhecendo a obra de Cristo em nos reconciliar com Deus e conceder paz verdadeira.
Esses versículos nos exortam a buscar e promover a paz de Deus em todas as áreas da vida, confiando n’Ele como a fonte suprema de harmonia e estabilidade espiritual.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "Compartilhando a Paz"
Objetivo:
Demonstrar como a paz de Deus pode transformar nossas vidas e como podemos ser agentes dessa paz no mundo.
Material Necessário:
- Cartões ou pedaços de papel pequenos.
- Canetas ou lápis.
- Uma caixa ou recipiente decorado para simbolizar a "Paz de Deus".
- Versículos sobre paz impressos (como Filipenses 4:7, João 14:27, Isaías 9:6).
Passos da Dinâmica:
1. Abertura (5 minutos)
- Peça para todos fecharem os olhos por um momento e refletirem sobre uma situação recente que lhes trouxe preocupação, ansiedade ou conflito.
- Depois, diga: "Hoje, vamos falar sobre a promessa de paz de Deus e como podemos não só recebê-la, mas também compartilhá-la."
2. Escrevendo as Preocupações (5 minutos)
- Distribua os cartões ou pedaços de papel.
- Instrua os participantes:
"Escrevam no papel algo que está tirando a sua paz ou um conflito que vocês enfrentaram recentemente. Não precisa colocar seu nome. Seja honesto e reflita enquanto escreve." - Após isso, peça que dobrem o papel e coloquem na "Caixa da Paz".
3. Reflexão Bíblica (10 minutos)
- Abra a Bíblia e leia Filipenses 4:6-7. Explique como Deus nos convida a entregar nossas ansiedades a Ele por meio da oração e da confiança.
- Leia também João 14:27 e destaque como a paz que Jesus nos dá é diferente da paz que o mundo oferece.
4. Compartilhando a Paz (10 minutos)
- Distribua os versículos impressos sobre paz entre os participantes.
- Peça para cada pessoa ler o versículo em voz alta e compartilhar brevemente como acredita que essa paz pode ser aplicada em sua vida.
5. Ilustração da Paz de Deus (10 minutos)
- Retire os papéis da "Caixa da Paz" e diga:
"Assim como colocamos nossas preocupações nesta caixa, Deus nos chama a lançar sobre Ele todas as nossas ansiedades, pois Ele cuida de nós (1 Pedro 5:7). Agora, vamos simbolizar a troca da preocupação pela paz." - Deixe a caixa vazia para ilustrar a entrega dos fardos e diga:
"Deus não só remove nossa ansiedade, mas também nos dá algo em troca: Sua paz que guarda nossos corações."
6. Conclusão (5 minutos)
- Encerre incentivando os participantes a levar a paz de Deus para suas casas, locais de trabalho e relações.
- Ore com o grupo, agradecendo pela paz que excede todo entendimento e pedindo para que todos sejam agentes dessa paz.
Mensagem Final:
"A paz que recebemos de Deus é mais do que ausência de problemas, é a certeza de que Ele está no controle. Compartilhem essa paz com todos ao seu redor, e vivam como verdadeiros pacificadores."
Essa dinâmica proporciona reflexão, encorajamento e aplicação prática do tema "A Promessa de Paz".
Dinâmica: "Compartilhando a Paz"
Objetivo:
Demonstrar como a paz de Deus pode transformar nossas vidas e como podemos ser agentes dessa paz no mundo.
Material Necessário:
- Cartões ou pedaços de papel pequenos.
- Canetas ou lápis.
- Uma caixa ou recipiente decorado para simbolizar a "Paz de Deus".
- Versículos sobre paz impressos (como Filipenses 4:7, João 14:27, Isaías 9:6).
Passos da Dinâmica:
1. Abertura (5 minutos)
- Peça para todos fecharem os olhos por um momento e refletirem sobre uma situação recente que lhes trouxe preocupação, ansiedade ou conflito.
- Depois, diga: "Hoje, vamos falar sobre a promessa de paz de Deus e como podemos não só recebê-la, mas também compartilhá-la."
2. Escrevendo as Preocupações (5 minutos)
- Distribua os cartões ou pedaços de papel.
- Instrua os participantes:
"Escrevam no papel algo que está tirando a sua paz ou um conflito que vocês enfrentaram recentemente. Não precisa colocar seu nome. Seja honesto e reflita enquanto escreve." - Após isso, peça que dobrem o papel e coloquem na "Caixa da Paz".
3. Reflexão Bíblica (10 minutos)
- Abra a Bíblia e leia Filipenses 4:6-7. Explique como Deus nos convida a entregar nossas ansiedades a Ele por meio da oração e da confiança.
- Leia também João 14:27 e destaque como a paz que Jesus nos dá é diferente da paz que o mundo oferece.
4. Compartilhando a Paz (10 minutos)
- Distribua os versículos impressos sobre paz entre os participantes.
- Peça para cada pessoa ler o versículo em voz alta e compartilhar brevemente como acredita que essa paz pode ser aplicada em sua vida.
5. Ilustração da Paz de Deus (10 minutos)
- Retire os papéis da "Caixa da Paz" e diga:
"Assim como colocamos nossas preocupações nesta caixa, Deus nos chama a lançar sobre Ele todas as nossas ansiedades, pois Ele cuida de nós (1 Pedro 5:7). Agora, vamos simbolizar a troca da preocupação pela paz." - Deixe a caixa vazia para ilustrar a entrega dos fardos e diga:
"Deus não só remove nossa ansiedade, mas também nos dá algo em troca: Sua paz que guarda nossos corações."
6. Conclusão (5 minutos)
- Encerre incentivando os participantes a levar a paz de Deus para suas casas, locais de trabalho e relações.
- Ore com o grupo, agradecendo pela paz que excede todo entendimento e pedindo para que todos sejam agentes dessa paz.
Mensagem Final:
"A paz que recebemos de Deus é mais do que ausência de problemas, é a certeza de que Ele está no controle. Compartilhem essa paz com todos ao seu redor, e vivam como verdadeiros pacificadores."
Essa dinâmica proporciona reflexão, encorajamento e aplicação prática do tema "A Promessa de Paz".
Números 6.24-26; Filipenses 4.6,7; 1 Pedro 3.10,11
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Números 6.24-26
24. O Senhor te abençoe e te guarde;
Esta é parte da bênção sacerdotal que Deus ordenou a Arão e seus filhos pronunciarem sobre o povo de Israel. A palavra "abençoe" traduz o hebraico בָּרַךְ (barak), que significa conceder favor divino. A expressão "te guarde" vem de שָׁמַר (shamar), indicando proteção contínua. Este versículo transmite a ideia de um cuidado pessoal de Deus, demonstrando Sua intenção de proteger os que Nele confiam.
25. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;
A luz do rosto de Deus, no hebraico אוֹר (or), simboliza Sua presença, aprovação e favor. É uma metáfora para a graça divina que traz alegria e restauração ao coração do homem. A misericórdia aqui, חָנַן (chanan), destaca a compaixão e o perdão de Deus em favor de Seus filhos.
26. O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
Levantar o rosto indica o olhar atento e favorável de Deus para com Seu povo. A paz, do hebraico שָׁלוֹם (shalom), não é apenas ausência de conflito, mas um estado de plenitude, harmonia e bem-estar que somente Deus pode conceder. Esta bênção é uma oração para que o povo viva sob a presença constante e abençoadora de Deus.
Filipenses 4.6-7
6. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.
Paulo exorta os crentes a abandonarem a preocupação, substituindo-a por oração e gratidão. A palavra grega para inquietos, μεριμνάω (merimnaō), significa ansiedade ou preocupação excessiva. A oração aqui mencionada envolve tanto súplica quanto ação de graças, destacando a confiança em Deus e o reconhecimento do que Ele já fez.
7. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
A paz de Deus, no grego εἰρήνη (eirēnē), transcende a lógica humana e oferece segurança espiritual. A palavra "guardará" (φρουρέω, phroureō) é um termo militar que significa proteger ou vigiar, sugerindo que Deus estabelece uma fortaleza ao redor da mente e do coração do crente, mantendo-o firme em Cristo Jesus.
1 Pedro 3.10-11
10. Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
Pedro cita Salmo 34.12-16, destacando que uma vida plena está intimamente ligada à santidade na fala. A palavra "refreie", do grego παύω (pauō), indica um esforço deliberado para conter palavras nocivas. Evitar o engano reflete o compromisso com a verdade e a integridade diante de Deus e do próximo.
11. Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
"Apartar-se do mal" sugere uma atitude ativa de abandonar o pecado, enquanto "buscar a paz" implica diligência em promover reconciliação e harmonia. A palavra "seguir", no grego διώκω (diōkō), transmite a ideia de perseguir com intensidade, mostrando que a paz deve ser um objetivo constante na vida cristã.
Aplicação Prática
- Deus como fonte de bênção: A bênção de Números 6 nos lembra que somente Deus pode trazer paz verdadeira, proteção e alegria. Devemos buscar Sua presença continuamente.
- Entrega pela oração: Filipenses 4 ensina que a oração é o antídoto para a ansiedade. Devemos aprender a lançar nossas preocupações sobre Deus, confiando em Seu cuidado.
- Santidade nas ações: 1 Pedro 3 ressalta a importância de viver de maneira santa, controlando a língua e buscando a paz com esforço deliberado, como parte do nosso testemunho cristão.
Que possamos, com base nesses textos, viver na paz que Deus nos oferece, sendo luz e sal em um mundo que carece de harmonia e verdade.
Números 6.24-26
24. O Senhor te abençoe e te guarde;
Esta é parte da bênção sacerdotal que Deus ordenou a Arão e seus filhos pronunciarem sobre o povo de Israel. A palavra "abençoe" traduz o hebraico בָּרַךְ (barak), que significa conceder favor divino. A expressão "te guarde" vem de שָׁמַר (shamar), indicando proteção contínua. Este versículo transmite a ideia de um cuidado pessoal de Deus, demonstrando Sua intenção de proteger os que Nele confiam.
25. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;
A luz do rosto de Deus, no hebraico אוֹר (or), simboliza Sua presença, aprovação e favor. É uma metáfora para a graça divina que traz alegria e restauração ao coração do homem. A misericórdia aqui, חָנַן (chanan), destaca a compaixão e o perdão de Deus em favor de Seus filhos.
26. O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
Levantar o rosto indica o olhar atento e favorável de Deus para com Seu povo. A paz, do hebraico שָׁלוֹם (shalom), não é apenas ausência de conflito, mas um estado de plenitude, harmonia e bem-estar que somente Deus pode conceder. Esta bênção é uma oração para que o povo viva sob a presença constante e abençoadora de Deus.
Filipenses 4.6-7
6. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.
Paulo exorta os crentes a abandonarem a preocupação, substituindo-a por oração e gratidão. A palavra grega para inquietos, μεριμνάω (merimnaō), significa ansiedade ou preocupação excessiva. A oração aqui mencionada envolve tanto súplica quanto ação de graças, destacando a confiança em Deus e o reconhecimento do que Ele já fez.
7. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
A paz de Deus, no grego εἰρήνη (eirēnē), transcende a lógica humana e oferece segurança espiritual. A palavra "guardará" (φρουρέω, phroureō) é um termo militar que significa proteger ou vigiar, sugerindo que Deus estabelece uma fortaleza ao redor da mente e do coração do crente, mantendo-o firme em Cristo Jesus.
1 Pedro 3.10-11
10. Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
Pedro cita Salmo 34.12-16, destacando que uma vida plena está intimamente ligada à santidade na fala. A palavra "refreie", do grego παύω (pauō), indica um esforço deliberado para conter palavras nocivas. Evitar o engano reflete o compromisso com a verdade e a integridade diante de Deus e do próximo.
11. Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
"Apartar-se do mal" sugere uma atitude ativa de abandonar o pecado, enquanto "buscar a paz" implica diligência em promover reconciliação e harmonia. A palavra "seguir", no grego διώκω (diōkō), transmite a ideia de perseguir com intensidade, mostrando que a paz deve ser um objetivo constante na vida cristã.
Aplicação Prática
- Deus como fonte de bênção: A bênção de Números 6 nos lembra que somente Deus pode trazer paz verdadeira, proteção e alegria. Devemos buscar Sua presença continuamente.
- Entrega pela oração: Filipenses 4 ensina que a oração é o antídoto para a ansiedade. Devemos aprender a lançar nossas preocupações sobre Deus, confiando em Seu cuidado.
- Santidade nas ações: 1 Pedro 3 ressalta a importância de viver de maneira santa, controlando a língua e buscando a paz com esforço deliberado, como parte do nosso testemunho cristão.
Que possamos, com base nesses textos, viver na paz que Deus nos oferece, sendo luz e sal em um mundo que carece de harmonia e verdade.
PLANO DE AULA
INTRODUÇÃO
O Senhor Jesus é identificado na profecia de Isaías como o “Príncipe da Paz”. De seu principado deriva a paz de que todo ser humano precisa. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito da promessa de paz que está presente na Palavra de Deus. Veremos como a paz é representada no plano de Deus, bem como é apresentada na perspectiva do mundo e, principalmente, a paz que Jesus prometeu para cada um de seus seguidores.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
"A Promessa de Paz"
1. Jesus como o “Príncipe da Paz” (Isaías 9:6,7)
O título "Príncipe da Paz" (em hebraico, Sar Shalom) atribuído a Jesus pelo profeta Isaías reflete um aspecto central de sua missão redentora. O termo shalom vai além da ausência de conflitos. Representa plenitude, bem-estar, harmonia, e restauração completa entre Deus e a humanidade. A profecia de Isaías foi proclamada num período de instabilidade política e espiritual em Israel (século VIII a.C.), quando o povo ansiava por libertação e estabilidade. Essa paz prometida está ligada ao reinado eterno do Messias, que seria caracterizado por justiça e equidade.
2. A Paz no Plano de Deus
A paz, desde o princípio, foi uma condição original da criação. No Éden, Deus estabeleceu uma relação perfeita com o homem e a mulher (Gênesis 1:31; 2:15). A queda trouxe ruptura na comunhão entre Deus e o ser humano, gerando um estado de inimizade e conflito (Romanos 5:12). No entanto, o plano divino de redenção sempre incluiu a restauração dessa paz, culminando na obra de Cristo (Colossenses 1:20).
A paz no plano de Deus também se manifesta na reconciliação entre os povos, eliminando barreiras culturais e espirituais. Em Efésios 2:14-16, Paulo afirma que Jesus é "a nossa paz", tendo reconciliado judeus e gentios por meio de sua morte, criando uma nova humanidade.
3. A Paz na Perspectiva do Mundo
No mundo, a paz é frequentemente buscada em estruturas políticas, filosofias e tratados. No entanto, essa abordagem é limitada, porque não resolve o problema fundamental: a alienação do homem em relação a Deus. Em João 14:27, Jesus diferencia a paz que Ele dá daquela oferecida pelo mundo. A paz do mundo é temporária e circunstancial, enquanto a de Cristo é eterna e transcendente.
Filosoficamente, o conceito de paz foi abordado por diversas tradições:
- Estoicismo (Grécia/Roma): Defendia a apatheia (ausência de paixões desordenadas) como meio de alcançar tranquilidade.
- Budismo: Busca a paz interior por meio do desapego e da meditação.
- Islamismo: Enfatiza a submissão à vontade de Allah (Islam significa submissão) como forma de alcançar paz espiritual e social.
No entanto, essas visões contrastam com o cristianismo, que não baseia a paz em esforços humanos, mas na obra redentora de Cristo.
4. A Paz que Jesus Prometeu aos Seus Seguidores
A paz prometida por Cristo não é apenas espiritual, mas também psicológica e social.
- Paz espiritual: Reconciliação com Deus por meio de Cristo (Romanos 5:1).
- Paz emocional: A promessa de que nossos corações e mentes serão guardados em Cristo Jesus (Filipenses 4:7).
- Paz social: Chamado para sermos pacificadores (Mateus 5:9) e para viver em paz com todos, tanto quanto depender de nós (Romanos 12:18).
A promessa de paz é fundamentada no Espírito Santo, que nos capacita a experimentar e compartilhar essa paz (Gálatas 5:22).
5. Contexto Histórico-Cultural da Paz no Período de Jesus
No período do Novo Testamento, o contexto histórico estava marcado pela Pax Romana, um período de estabilidade imposto pelo Império Romano. No entanto, essa "paz" era superficial e baseada na opressão e força militar. Contra esse pano de fundo, Jesus apresenta uma paz que não depende de circunstâncias externas, mas da relação com Deus.
6. Apologética: Jesus como Única Fonte de Paz Verdadeira
A apologia cristã enfatiza que somente em Cristo há paz genuína, pois Ele resolve o problema do pecado, que é a raiz de toda inquietação e desordem. Em contraste com outras religiões e filosofias, o cristianismo oferece paz não como um ideal inalcançável, mas como um dom dado por Deus.
- Islamismo: A paz é condicional à obediência às leis de Allah.
- Hinduísmo/Budismo: Enfatizam o esforço humano por meio do carma e do nirvana.
- Cristianismo: Ensina que a paz é recebida pela graça, por meio da fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8).
Aplicação Prática
A paz prometida por Jesus deve ser vivida diariamente:
- Na comunhão com Deus: Orando e meditando na Palavra.
- No relacionamento com o próximo: Promovendo reconciliação e sendo exemplo de pacificação.
- Na confiança em Cristo: Não permitindo que as circunstâncias externas nos roubem a serenidade.
Ilustração:
Imagine uma tempestade violenta no mar, mas no fundo do oceano, tudo está calmo. Assim é a paz de Cristo: mesmo em meio às tempestades da vida, podemos experimentar uma calma profunda que vem da certeza de que Deus está no controle.
A promessa de paz de Jesus é mais do que um sentimento; é um estado de ser transformado pela presença do “Príncipe da Paz” em nossas vidas.
"A Promessa de Paz"
1. Jesus como o “Príncipe da Paz” (Isaías 9:6,7)
O título "Príncipe da Paz" (em hebraico, Sar Shalom) atribuído a Jesus pelo profeta Isaías reflete um aspecto central de sua missão redentora. O termo shalom vai além da ausência de conflitos. Representa plenitude, bem-estar, harmonia, e restauração completa entre Deus e a humanidade. A profecia de Isaías foi proclamada num período de instabilidade política e espiritual em Israel (século VIII a.C.), quando o povo ansiava por libertação e estabilidade. Essa paz prometida está ligada ao reinado eterno do Messias, que seria caracterizado por justiça e equidade.
2. A Paz no Plano de Deus
A paz, desde o princípio, foi uma condição original da criação. No Éden, Deus estabeleceu uma relação perfeita com o homem e a mulher (Gênesis 1:31; 2:15). A queda trouxe ruptura na comunhão entre Deus e o ser humano, gerando um estado de inimizade e conflito (Romanos 5:12). No entanto, o plano divino de redenção sempre incluiu a restauração dessa paz, culminando na obra de Cristo (Colossenses 1:20).
A paz no plano de Deus também se manifesta na reconciliação entre os povos, eliminando barreiras culturais e espirituais. Em Efésios 2:14-16, Paulo afirma que Jesus é "a nossa paz", tendo reconciliado judeus e gentios por meio de sua morte, criando uma nova humanidade.
3. A Paz na Perspectiva do Mundo
No mundo, a paz é frequentemente buscada em estruturas políticas, filosofias e tratados. No entanto, essa abordagem é limitada, porque não resolve o problema fundamental: a alienação do homem em relação a Deus. Em João 14:27, Jesus diferencia a paz que Ele dá daquela oferecida pelo mundo. A paz do mundo é temporária e circunstancial, enquanto a de Cristo é eterna e transcendente.
Filosoficamente, o conceito de paz foi abordado por diversas tradições:
- Estoicismo (Grécia/Roma): Defendia a apatheia (ausência de paixões desordenadas) como meio de alcançar tranquilidade.
- Budismo: Busca a paz interior por meio do desapego e da meditação.
- Islamismo: Enfatiza a submissão à vontade de Allah (Islam significa submissão) como forma de alcançar paz espiritual e social.
No entanto, essas visões contrastam com o cristianismo, que não baseia a paz em esforços humanos, mas na obra redentora de Cristo.
4. A Paz que Jesus Prometeu aos Seus Seguidores
A paz prometida por Cristo não é apenas espiritual, mas também psicológica e social.
- Paz espiritual: Reconciliação com Deus por meio de Cristo (Romanos 5:1).
- Paz emocional: A promessa de que nossos corações e mentes serão guardados em Cristo Jesus (Filipenses 4:7).
- Paz social: Chamado para sermos pacificadores (Mateus 5:9) e para viver em paz com todos, tanto quanto depender de nós (Romanos 12:18).
A promessa de paz é fundamentada no Espírito Santo, que nos capacita a experimentar e compartilhar essa paz (Gálatas 5:22).
5. Contexto Histórico-Cultural da Paz no Período de Jesus
No período do Novo Testamento, o contexto histórico estava marcado pela Pax Romana, um período de estabilidade imposto pelo Império Romano. No entanto, essa "paz" era superficial e baseada na opressão e força militar. Contra esse pano de fundo, Jesus apresenta uma paz que não depende de circunstâncias externas, mas da relação com Deus.
6. Apologética: Jesus como Única Fonte de Paz Verdadeira
A apologia cristã enfatiza que somente em Cristo há paz genuína, pois Ele resolve o problema do pecado, que é a raiz de toda inquietação e desordem. Em contraste com outras religiões e filosofias, o cristianismo oferece paz não como um ideal inalcançável, mas como um dom dado por Deus.
- Islamismo: A paz é condicional à obediência às leis de Allah.
- Hinduísmo/Budismo: Enfatizam o esforço humano por meio do carma e do nirvana.
- Cristianismo: Ensina que a paz é recebida pela graça, por meio da fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8).
Aplicação Prática
A paz prometida por Jesus deve ser vivida diariamente:
- Na comunhão com Deus: Orando e meditando na Palavra.
- No relacionamento com o próximo: Promovendo reconciliação e sendo exemplo de pacificação.
- Na confiança em Cristo: Não permitindo que as circunstâncias externas nos roubem a serenidade.
Ilustração:
Imagine uma tempestade violenta no mar, mas no fundo do oceano, tudo está calmo. Assim é a paz de Cristo: mesmo em meio às tempestades da vida, podemos experimentar uma calma profunda que vem da certeza de que Deus está no controle.
A promessa de paz de Jesus é mais do que um sentimento; é um estado de ser transformado pela presença do “Príncipe da Paz” em nossas vidas.
Palavra-Chave: Paz
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Análise Bíblica, Teológica e Inter-religiosa da Palavra "Paz"
Etimologia da Palavra "Paz"
- Hebraico: Shalom (שָׁלוֹם)
- Significa mais do que a ausência de guerra ou conflito. Denota plenitude, bem-estar, harmonia, prosperidade e um estado de integridade.
- Deriva da raiz hebraica shalem (שלם), que significa "estar completo" ou "estar seguro".
- Usado em diversas passagens bíblicas:
- Como bênção e saudação (Números 6:24-26).
- Como promessa de Deus para Israel (Isaías 9:6,7).
- Grego: Eirēnē (εἰρήνη)
- Significa tranquilidade, ausência de perturbação e harmonia com Deus e com os outros.
- Usado no Novo Testamento para descrever:
- Paz espiritual pela reconciliação com Deus (Romanos 5:1).
- Paz interior, dom do Espírito Santo (Filipenses 4:7).
- Paz social, promovida por Cristo unindo judeus e gentios (Efésios 2:14-15).
- Latim: Pax
- Usado na Pax Romana, refere-se a uma paz imposta pelo poder político e militar. Essa noção cultural contrastava com a paz transformadora de Cristo.
Perspectivas Bíblicas Sobre a Paz
- Antigo Testamento:
- A paz é vista como resultado da aliança com Deus. Obediência às leis divinas garantia prosperidade e harmonia (Levítico 26:3-6).
- Promessa messiânica: Isaías apresenta o Messias como o "Príncipe da Paz", que trará justiça e reconciliação universal (Isaías 9:6-7).
- Novo Testamento:
- Jesus como fonte da verdadeira paz: João 14:27, "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá."
- Paz com Deus: Reconciliação por meio de Jesus (Romanos 5:1).
- Paz interior: Dom do Espírito Santo que guarda o coração e a mente (Filipenses 4:7).
- Paz entre povos: Jesus derrubou as barreiras entre judeus e gentios, criando uma nova humanidade (Efésios 2:14-16).
Perspectivas Históricas, Culturais e Filosóficas
- Paz no Contexto Bíblico:
- Israel Antigo:
A paz era desejada, mas frequentemente interrompida por conflitos internos e externos. Era vista como uma bênção divina resultante da fidelidade à aliança (Salmos 85:8-10). - Paz no Império Romano:
Durante o período da Pax Romana, a paz era garantida pela força militar e opressão, uma visão superficial que contrastava com a paz espiritual prometida por Cristo.
- Filosofias Clássicas:
- Estoicismo: Enfatizava a tranquilidade da mente como resultado do controle emocional e aceitação do destino (apatheia).
- Epicurismo: Buscava paz por meio do prazer moderado e ausência de sofrimento.
Perspectivas de Outras Religiões
- Islamismo:
- A palavra Islam significa "submissão" e está relacionada à paz (salaam). A paz é alcançada por meio da submissão à vontade de Allah.
- Hinduísmo e Budismo:
- Ambas enfatizam a paz interior como resultado do controle dos desejos e da prática da meditação. O nirvana é o estado final de paz absoluta.
- Religiões Tribais:
- Muitas religiões animistas veem a paz como harmonia com a natureza e os espíritos.
Apologia Bíblica
O cristianismo oferece uma visão única da paz:
- Não é conquistada pelo esforço humano, mas recebida como um dom da graça divina (Efésios 2:8).
- Está fundamentada na pessoa de Cristo, que reconciliou Deus e os homens por meio de sua morte e ressurreição (Colossenses 1:20).
- É completa, abrangendo paz espiritual, emocional e social.
Comparação com Outras Religiões:
- Enquanto outras tradições enfatizam o esforço humano para alcançar a paz, o cristianismo ensina que a verdadeira paz começa com a reconciliação com Deus.
- O islamismo e o judaísmo compartilham a ideia de submissão a Deus, mas a paz cristã é pessoal e relacional, fruto de um encontro transformador com Cristo.
Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
- Jürgen Moltmann, A Teologia da Esperança:
Moltmann argumenta que a paz cristã não é apenas uma promessa futura, mas uma realidade presente que transforma as relações humanas. - Cornelius Plantinga Jr., O Crente no Mundo de Deus:
Ele destaca que o pecado é a causa do caos no mundo, e a paz verdadeira só pode ser restaurada por meio da obra redentora de Cristo. - John Stott, A Cruz de Cristo:
Stott ressalta que a cruz é o fundamento da paz entre Deus e a humanidade, e também entre os seres humanos.
Aplicação Prática
- Paz Espiritual: Cultive a reconciliação com Deus por meio de oração e arrependimento.
- Paz Interior: Confie na soberania de Deus em meio às dificuldades (Filipenses 4:6-7).
- Paz Social: Seja um pacificador, promovendo harmonia e reconciliação (Mateus 5:9).
Ilustração
Um pássaro construiu seu ninho em uma árvore à beira de uma cachoeira ruidosa. Apesar da força das águas, o pássaro descansava tranquilamente em seu ninho. Assim é a paz de Cristo: uma serenidade que transcende as circunstâncias ao redor.
A palavra "paz" no cristianismo não é apenas um conceito, mas uma experiência integral e transformadora, enraizada na obra redentora de Jesus, o verdadeiro Sar Shalom.
Análise Bíblica, Teológica e Inter-religiosa da Palavra "Paz"
Etimologia da Palavra "Paz"
- Hebraico: Shalom (שָׁלוֹם)
- Significa mais do que a ausência de guerra ou conflito. Denota plenitude, bem-estar, harmonia, prosperidade e um estado de integridade.
- Deriva da raiz hebraica shalem (שלם), que significa "estar completo" ou "estar seguro".
- Usado em diversas passagens bíblicas:
- Como bênção e saudação (Números 6:24-26).
- Como promessa de Deus para Israel (Isaías 9:6,7).
- Grego: Eirēnē (εἰρήνη)
- Significa tranquilidade, ausência de perturbação e harmonia com Deus e com os outros.
- Usado no Novo Testamento para descrever:
- Paz espiritual pela reconciliação com Deus (Romanos 5:1).
- Paz interior, dom do Espírito Santo (Filipenses 4:7).
- Paz social, promovida por Cristo unindo judeus e gentios (Efésios 2:14-15).
- Latim: Pax
- Usado na Pax Romana, refere-se a uma paz imposta pelo poder político e militar. Essa noção cultural contrastava com a paz transformadora de Cristo.
Perspectivas Bíblicas Sobre a Paz
- Antigo Testamento:
- A paz é vista como resultado da aliança com Deus. Obediência às leis divinas garantia prosperidade e harmonia (Levítico 26:3-6).
- Promessa messiânica: Isaías apresenta o Messias como o "Príncipe da Paz", que trará justiça e reconciliação universal (Isaías 9:6-7).
- Novo Testamento:
- Jesus como fonte da verdadeira paz: João 14:27, "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá."
- Paz com Deus: Reconciliação por meio de Jesus (Romanos 5:1).
- Paz interior: Dom do Espírito Santo que guarda o coração e a mente (Filipenses 4:7).
- Paz entre povos: Jesus derrubou as barreiras entre judeus e gentios, criando uma nova humanidade (Efésios 2:14-16).
Perspectivas Históricas, Culturais e Filosóficas
- Paz no Contexto Bíblico:
- Israel Antigo:
A paz era desejada, mas frequentemente interrompida por conflitos internos e externos. Era vista como uma bênção divina resultante da fidelidade à aliança (Salmos 85:8-10). - Paz no Império Romano:
Durante o período da Pax Romana, a paz era garantida pela força militar e opressão, uma visão superficial que contrastava com a paz espiritual prometida por Cristo. - Filosofias Clássicas:
- Estoicismo: Enfatizava a tranquilidade da mente como resultado do controle emocional e aceitação do destino (apatheia).
- Epicurismo: Buscava paz por meio do prazer moderado e ausência de sofrimento.
Perspectivas de Outras Religiões
- Islamismo:
- A palavra Islam significa "submissão" e está relacionada à paz (salaam). A paz é alcançada por meio da submissão à vontade de Allah.
- Hinduísmo e Budismo:
- Ambas enfatizam a paz interior como resultado do controle dos desejos e da prática da meditação. O nirvana é o estado final de paz absoluta.
- Religiões Tribais:
- Muitas religiões animistas veem a paz como harmonia com a natureza e os espíritos.
Apologia Bíblica
O cristianismo oferece uma visão única da paz:
- Não é conquistada pelo esforço humano, mas recebida como um dom da graça divina (Efésios 2:8).
- Está fundamentada na pessoa de Cristo, que reconciliou Deus e os homens por meio de sua morte e ressurreição (Colossenses 1:20).
- É completa, abrangendo paz espiritual, emocional e social.
Comparação com Outras Religiões:
- Enquanto outras tradições enfatizam o esforço humano para alcançar a paz, o cristianismo ensina que a verdadeira paz começa com a reconciliação com Deus.
- O islamismo e o judaísmo compartilham a ideia de submissão a Deus, mas a paz cristã é pessoal e relacional, fruto de um encontro transformador com Cristo.
Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
- Jürgen Moltmann, A Teologia da Esperança:
Moltmann argumenta que a paz cristã não é apenas uma promessa futura, mas uma realidade presente que transforma as relações humanas. - Cornelius Plantinga Jr., O Crente no Mundo de Deus:
Ele destaca que o pecado é a causa do caos no mundo, e a paz verdadeira só pode ser restaurada por meio da obra redentora de Cristo. - John Stott, A Cruz de Cristo:
Stott ressalta que a cruz é o fundamento da paz entre Deus e a humanidade, e também entre os seres humanos.
Aplicação Prática
- Paz Espiritual: Cultive a reconciliação com Deus por meio de oração e arrependimento.
- Paz Interior: Confie na soberania de Deus em meio às dificuldades (Filipenses 4:6-7).
- Paz Social: Seja um pacificador, promovendo harmonia e reconciliação (Mateus 5:9).
Ilustração
Um pássaro construiu seu ninho em uma árvore à beira de uma cachoeira ruidosa. Apesar da força das águas, o pássaro descansava tranquilamente em seu ninho. Assim é a paz de Cristo: uma serenidade que transcende as circunstâncias ao redor.
A palavra "paz" no cristianismo não é apenas um conceito, mas uma experiência integral e transformadora, enraizada na obra redentora de Jesus, o verdadeiro Sar Shalom.
I- A PAZ NO PLANO DE DEUS
1- O significado de paz. No dicionário, encontramos os seguintes sinônimos para a palavra “paz”: “tranquilidade”, “repouso”, “silêncio”, “sossego”. No Antigo Testamento, encontramos a palavra “shalom” para “paz”, que tem o sentido de segurança, bem-estar, saúde, prosperidade, paz (Nm 6.26); representando tudo o que há de melhor para a vida. No Novo Testamento, em grego, a palavra “paz” é “eirene”, com significado semelhante, contudo, enfatizando a ideia de quietude e repouso (Fp 4.6).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Significado de Paz no Plano de Deus
1. O Significado de Paz no Antigo Testamento: Shalom
A palavra hebraica shalom (שָׁלוֹם) é rica em significado, indo muito além da ausência de conflitos. Ela abrange uma harmonia integral entre Deus, o indivíduo e a comunidade. No contexto bíblico, shalom reflete:
- Segurança: A proteção que vem da fidelidade de Deus (Isaías 26:3).
- Bem-estar e prosperidade: Ligada à bênção da aliança de Deus com Israel (Números 6:24-26).
- Saúde e plenitude: Uma vida de integridade e comunhão com Deus e o próximo.
O shalom é uma bênção que envolve corpo, alma e espírito, e é simbolizada pela comunhão com Deus (Salmos 29:11). No Antigo Testamento, a paz é um elemento essencial no relacionamento entre Deus e o povo, representando as condições de uma vida abençoada sob sua aliança.
2. O Significado de Paz no Novo Testamento: Eirēnē
No grego do Novo Testamento, eirēnē (εἰρήνη) mantém o conceito de paz como um estado de quietude e descanso, mas também se expande, trazendo novos elementos teológicos:
- Reconciliação com Deus: A paz é resultado da obra redentora de Cristo, que nos reconciliou com Deus (Romanos 5:1).
- Paz Interior: Um dom do Espírito Santo que guarda o coração e a mente em meio às adversidades (Filipenses 4:7).
- Harmonia Social: A paz entre judeus e gentios como um reflexo da nova humanidade em Cristo (Efésios 2:14-16).
A paz no Novo Testamento é principalmente um estado espiritual, uma condição de quem experimenta o amor de Deus e a justificação pela fé. Ela também é prática, promovendo relacionamentos saudáveis entre as pessoas.
Análise Bíblica das Passagens Referidas
Números 6:26 - "O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz"
Este versículo faz parte da bênção sacerdotal que Deus ordenou a Moisés.
- "Levante o seu rosto": Uma expressão de aprovação divina, simbolizando o favor e a presença contínua de Deus.
- "Te dê a paz": O clímax da bênção, representando não apenas a ausência de perturbação, mas a plenitude da comunhão com Deus.
Essa paz é um presente de Deus, não obtido por mérito humano, mas por sua misericórdia e graça.
Filipenses 4:6 - "Não estejais inquietos por coisa alguma"
Paulo encoraja os crentes a lançarem suas ansiedades diante de Deus em oração.
- Paz como resultado da oração: Quando nos rendemos a Deus em súplica e gratidão, experimentamos sua paz que transcende o entendimento humano.
- Contexto: Escrito enquanto Paulo estava na prisão, este versículo ressalta que a paz divina não depende das circunstâncias, mas da confiança na soberania de Deus.
A Paz no Plano de Deus
- Paz com Deus: O pecado rompeu a comunhão com Deus (Isaías 59:2), mas Jesus veio para restaurá-la (Colossenses 1:20).
- Paz Interior: Um coração descansado e confiante, fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22).
- Paz no Mundo: Embora o mundo esteja em tumulto, os seguidores de Cristo são chamados a serem pacificadores (Mateus 5:9).
Contexto Histórico e Cultural
- Antigo Testamento: Em Israel, a paz (shalom) estava intimamente ligada à obediência às leis divinas e à fidelidade à aliança. A ausência de paz era frequentemente vista como um juízo divino.
- Novo Testamento: Durante o Império Romano, a paz (Pax Romana) era mantida pela força militar, enquanto a paz de Cristo era oferecida como uma transformação interna, trazendo reconciliação com Deus e o próximo.
Apologia Bíblica
A paz que Deus oferece é única porque:
- Não é apenas ausência de guerra ou conflito, mas plenitude e restauração (João 14:27).
- É um dom divino que transcende a lógica humana e as ofertas passageiras do mundo (Filipenses 4:7).
- Aponta para o cumprimento escatológico, quando Cristo trará paz eterna ao seu Reino (Isaías 9:6-7; Apocalipse 21:3-4).
Comparação com Outras Religiões:
- Islamismo: A paz (salaam) é alcançada pela submissão à vontade de Allah.
- Hinduísmo e Budismo: Enfatizam a paz interior alcançada pela meditação e autodomínio.
- Cristianismo: Oferece a paz como resultado da graça de Deus, recebida por meio de Cristo, não conquistada por mérito humano.
Aplicação Pessoal
- Paz Espiritual: Reconheça que a reconciliação com Deus é o fundamento para uma vida de paz.
- Paz Interior: Confie suas preocupações a Deus em oração, deixando que a paz que excede o entendimento guarde sua mente e coração.
- Paz Relacional: Viva como pacificador, refletindo a harmonia e o amor de Cristo em seus relacionamentos diários.
Conclusão
A paz de Deus é um elemento central no plano divino, oferecido como bênção, promessa e realização em Cristo. Ela transcende os conceitos humanos, transforma vidas e prepara-nos para o Reino eterno. Que possamos experimentar e espalhar essa paz em todos os aspectos da nossa vida.
Significado de Paz no Plano de Deus
1. O Significado de Paz no Antigo Testamento: Shalom
A palavra hebraica shalom (שָׁלוֹם) é rica em significado, indo muito além da ausência de conflitos. Ela abrange uma harmonia integral entre Deus, o indivíduo e a comunidade. No contexto bíblico, shalom reflete:
- Segurança: A proteção que vem da fidelidade de Deus (Isaías 26:3).
- Bem-estar e prosperidade: Ligada à bênção da aliança de Deus com Israel (Números 6:24-26).
- Saúde e plenitude: Uma vida de integridade e comunhão com Deus e o próximo.
O shalom é uma bênção que envolve corpo, alma e espírito, e é simbolizada pela comunhão com Deus (Salmos 29:11). No Antigo Testamento, a paz é um elemento essencial no relacionamento entre Deus e o povo, representando as condições de uma vida abençoada sob sua aliança.
2. O Significado de Paz no Novo Testamento: Eirēnē
No grego do Novo Testamento, eirēnē (εἰρήνη) mantém o conceito de paz como um estado de quietude e descanso, mas também se expande, trazendo novos elementos teológicos:
- Reconciliação com Deus: A paz é resultado da obra redentora de Cristo, que nos reconciliou com Deus (Romanos 5:1).
- Paz Interior: Um dom do Espírito Santo que guarda o coração e a mente em meio às adversidades (Filipenses 4:7).
- Harmonia Social: A paz entre judeus e gentios como um reflexo da nova humanidade em Cristo (Efésios 2:14-16).
A paz no Novo Testamento é principalmente um estado espiritual, uma condição de quem experimenta o amor de Deus e a justificação pela fé. Ela também é prática, promovendo relacionamentos saudáveis entre as pessoas.
Análise Bíblica das Passagens Referidas
Números 6:26 - "O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz"
Este versículo faz parte da bênção sacerdotal que Deus ordenou a Moisés.
- "Levante o seu rosto": Uma expressão de aprovação divina, simbolizando o favor e a presença contínua de Deus.
- "Te dê a paz": O clímax da bênção, representando não apenas a ausência de perturbação, mas a plenitude da comunhão com Deus.
Essa paz é um presente de Deus, não obtido por mérito humano, mas por sua misericórdia e graça.
Filipenses 4:6 - "Não estejais inquietos por coisa alguma"
Paulo encoraja os crentes a lançarem suas ansiedades diante de Deus em oração.
- Paz como resultado da oração: Quando nos rendemos a Deus em súplica e gratidão, experimentamos sua paz que transcende o entendimento humano.
- Contexto: Escrito enquanto Paulo estava na prisão, este versículo ressalta que a paz divina não depende das circunstâncias, mas da confiança na soberania de Deus.
A Paz no Plano de Deus
- Paz com Deus: O pecado rompeu a comunhão com Deus (Isaías 59:2), mas Jesus veio para restaurá-la (Colossenses 1:20).
- Paz Interior: Um coração descansado e confiante, fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22).
- Paz no Mundo: Embora o mundo esteja em tumulto, os seguidores de Cristo são chamados a serem pacificadores (Mateus 5:9).
Contexto Histórico e Cultural
- Antigo Testamento: Em Israel, a paz (shalom) estava intimamente ligada à obediência às leis divinas e à fidelidade à aliança. A ausência de paz era frequentemente vista como um juízo divino.
- Novo Testamento: Durante o Império Romano, a paz (Pax Romana) era mantida pela força militar, enquanto a paz de Cristo era oferecida como uma transformação interna, trazendo reconciliação com Deus e o próximo.
Apologia Bíblica
A paz que Deus oferece é única porque:
- Não é apenas ausência de guerra ou conflito, mas plenitude e restauração (João 14:27).
- É um dom divino que transcende a lógica humana e as ofertas passageiras do mundo (Filipenses 4:7).
- Aponta para o cumprimento escatológico, quando Cristo trará paz eterna ao seu Reino (Isaías 9:6-7; Apocalipse 21:3-4).
Comparação com Outras Religiões:
- Islamismo: A paz (salaam) é alcançada pela submissão à vontade de Allah.
- Hinduísmo e Budismo: Enfatizam a paz interior alcançada pela meditação e autodomínio.
- Cristianismo: Oferece a paz como resultado da graça de Deus, recebida por meio de Cristo, não conquistada por mérito humano.
Aplicação Pessoal
- Paz Espiritual: Reconheça que a reconciliação com Deus é o fundamento para uma vida de paz.
- Paz Interior: Confie suas preocupações a Deus em oração, deixando que a paz que excede o entendimento guarde sua mente e coração.
- Paz Relacional: Viva como pacificador, refletindo a harmonia e o amor de Cristo em seus relacionamentos diários.
Conclusão
A paz de Deus é um elemento central no plano divino, oferecido como bênção, promessa e realização em Cristo. Ela transcende os conceitos humanos, transforma vidas e prepara-nos para o Reino eterno. Que possamos experimentar e espalhar essa paz em todos os aspectos da nossa vida.
2- A Paz na bênção sacerdotal. Os versículos 24-26 de Números 6 expressam a bênção sacerdotal sobre os filhos de Israel. Entre a bênção de proteção, benevolência e de misericórdia, encontra-se a bênção de paz (v.26). O sentido de paz que a palavra hebraica shalom carrega é de completude, satisfação e plena felicidade. Trata-se de uma bênção em que a ansiedade, a tensão e a contenda não teriam vez entre os filhos de Israel. A paz, em Números 6, revela um estado de plena satisfação em Deus a qual o povo judeu poderá desfrutar na sua peregrinação pelo deserto e ao entrar na Terra Prometida.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Paz na Bênção Sacerdotal (Números 6:24-26)
Os versículos de Números 6:24-26 apresentam uma das mais belas e conhecidas bênçãos da Bíblia. Proferida por Arão e seus descendentes, essa bênção reflete o desejo divino de proteger, favorecer e trazer paz ao povo de Israel. A palavra "paz" no versículo 26 é traduzida do hebraico shalom (שָׁלוֹם), que possui um significado profundo e abrangente. Vamos explorar sua teologia e contexto:
1. Estrutura da Bênção Sacerdotal
A bênção é composta por três frases paralelas que revelam diferentes aspectos do relacionamento de Deus com seu povo:
- Proteção: "O Senhor te abençoe e te guarde" (v. 24) – a segurança e proteção que vêm da presença divina.
- Benevolência e misericórdia: "O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti" (v. 25) – uma expressão de aprovação e graça de Deus.
- Paz: "O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz" (v. 26) – shalom, um estado de plenitude e harmonia.
2. A Profundidade de Shalom
O termo shalom carrega mais do que a ideia de ausência de conflitos. Ele inclui:
- Completude: Refere-se a uma vida completa, integrada, onde todas as partes estão em harmonia (Salmos 29:11).
- Satisfação: Envolve o contentamento em Deus, independente das circunstâncias externas (Isaías 26:3).
- Restauração: A ideia de Deus como aquele que reconstrói e traz cura ao que está quebrado (Jeremias 33:6).
Na bênção sacerdotal, shalom é o estado ideal que Deus deseja para seu povo, onde não há ansiedade, medo ou desordem, mas plena confiança no cuidado divino.
3. Contexto Histórico e Teológico
- Peregrinação no deserto: Os israelitas enfrentavam incertezas e perigos constantes. A bênção os lembrava de que Deus estava presente para protegê-los, suprir suas necessidades e guiá-los até a Terra Prometida.
- A Terra Prometida: Shalom também apontava para a prosperidade e descanso que o povo experimentaria em Canaã, como cumprimento das promessas divinas (Deuteronômio 12:10).
4. Aplicação Espiritual da Paz no Antigo Testamento
- Plena satisfação em Deus: O shalom reflete a paz que vem de estar em comunhão com Deus. Não era meramente um desejo, mas uma realidade possível para os que permaneciam na aliança.
- Paz como testemunho: O estado de paz entre os israelitas seria um testemunho para as nações vizinhas da bondade e do poder de Deus.
5. A Relevância Cristológica
A bênção sacerdotal encontra seu cumprimento pleno em Jesus Cristo, o "Príncipe da Paz" (Isaías 9:6).
- Cristo como a fonte de shalom: Ele oferece uma paz que não depende das circunstâncias terrenas, mas da reconciliação com Deus (João 14:27; Romanos 5:1).
- A plenitude da bênção: Em Cristo, recebemos todas as dimensões do shalom: proteção, favor divino e paz interior e relacional (Efésios 2:14-16).
6. Aplicação Pessoal
- Dependência de Deus: Assim como Israel precisava confiar no cuidado de Deus no deserto, somos chamados a descansar na sua providência em meio às adversidades.
- Promotores de paz: Assim como a bênção sacerdotal era um meio de proclamar a paz de Deus, devemos buscar viver e proclamar a paz que recebemos em Cristo.
- Satisfação em Deus: Em um mundo marcado pela ansiedade e insatisfação, a verdadeira paz está em uma vida centrada no Senhor.
Ilustração
Um viajante, em meio a uma tempestade no deserto, encontrou abrigo em uma caverna. Dentro dela, enquanto os ventos rugiam do lado de fora, ele pôde descansar tranquilamente. Assim é a paz que Deus oferece a seus filhos: não ausência de tempestades, mas segurança em meio a elas.
Conclusão
A paz descrita na bênção sacerdotal é um presente divino que ultrapassa o entendimento humano e nos conduz à plenitude em Deus. Ela aponta para a paz definitiva que encontramos em Cristo, a qual devemos buscar diariamente e compartilhar com o mundo ao nosso redor.
Paz na Bênção Sacerdotal (Números 6:24-26)
Os versículos de Números 6:24-26 apresentam uma das mais belas e conhecidas bênçãos da Bíblia. Proferida por Arão e seus descendentes, essa bênção reflete o desejo divino de proteger, favorecer e trazer paz ao povo de Israel. A palavra "paz" no versículo 26 é traduzida do hebraico shalom (שָׁלוֹם), que possui um significado profundo e abrangente. Vamos explorar sua teologia e contexto:
1. Estrutura da Bênção Sacerdotal
A bênção é composta por três frases paralelas que revelam diferentes aspectos do relacionamento de Deus com seu povo:
- Proteção: "O Senhor te abençoe e te guarde" (v. 24) – a segurança e proteção que vêm da presença divina.
- Benevolência e misericórdia: "O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti" (v. 25) – uma expressão de aprovação e graça de Deus.
- Paz: "O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz" (v. 26) – shalom, um estado de plenitude e harmonia.
2. A Profundidade de Shalom
O termo shalom carrega mais do que a ideia de ausência de conflitos. Ele inclui:
- Completude: Refere-se a uma vida completa, integrada, onde todas as partes estão em harmonia (Salmos 29:11).
- Satisfação: Envolve o contentamento em Deus, independente das circunstâncias externas (Isaías 26:3).
- Restauração: A ideia de Deus como aquele que reconstrói e traz cura ao que está quebrado (Jeremias 33:6).
Na bênção sacerdotal, shalom é o estado ideal que Deus deseja para seu povo, onde não há ansiedade, medo ou desordem, mas plena confiança no cuidado divino.
3. Contexto Histórico e Teológico
- Peregrinação no deserto: Os israelitas enfrentavam incertezas e perigos constantes. A bênção os lembrava de que Deus estava presente para protegê-los, suprir suas necessidades e guiá-los até a Terra Prometida.
- A Terra Prometida: Shalom também apontava para a prosperidade e descanso que o povo experimentaria em Canaã, como cumprimento das promessas divinas (Deuteronômio 12:10).
4. Aplicação Espiritual da Paz no Antigo Testamento
- Plena satisfação em Deus: O shalom reflete a paz que vem de estar em comunhão com Deus. Não era meramente um desejo, mas uma realidade possível para os que permaneciam na aliança.
- Paz como testemunho: O estado de paz entre os israelitas seria um testemunho para as nações vizinhas da bondade e do poder de Deus.
5. A Relevância Cristológica
A bênção sacerdotal encontra seu cumprimento pleno em Jesus Cristo, o "Príncipe da Paz" (Isaías 9:6).
- Cristo como a fonte de shalom: Ele oferece uma paz que não depende das circunstâncias terrenas, mas da reconciliação com Deus (João 14:27; Romanos 5:1).
- A plenitude da bênção: Em Cristo, recebemos todas as dimensões do shalom: proteção, favor divino e paz interior e relacional (Efésios 2:14-16).
6. Aplicação Pessoal
- Dependência de Deus: Assim como Israel precisava confiar no cuidado de Deus no deserto, somos chamados a descansar na sua providência em meio às adversidades.
- Promotores de paz: Assim como a bênção sacerdotal era um meio de proclamar a paz de Deus, devemos buscar viver e proclamar a paz que recebemos em Cristo.
- Satisfação em Deus: Em um mundo marcado pela ansiedade e insatisfação, a verdadeira paz está em uma vida centrada no Senhor.
Ilustração
Um viajante, em meio a uma tempestade no deserto, encontrou abrigo em uma caverna. Dentro dela, enquanto os ventos rugiam do lado de fora, ele pôde descansar tranquilamente. Assim é a paz que Deus oferece a seus filhos: não ausência de tempestades, mas segurança em meio a elas.
Conclusão
A paz descrita na bênção sacerdotal é um presente divino que ultrapassa o entendimento humano e nos conduz à plenitude em Deus. Ela aponta para a paz definitiva que encontramos em Cristo, a qual devemos buscar diariamente e compartilhar com o mundo ao nosso redor.
3- A Paz do Senhor. O Texto Áureo traz consigo a Paz do Senhor Jesus, em que nos lembra uma das principais características do Messias: “o Príncipe da Paz” (Is 9.6). Essa paz do Senhor Jesus é assunto do apóstolo Paulo em Filipenses, quando ele exorta a igreja a não ficar inquieta pelos últimos acontecimentos, pois a paz de Deus nos fortalece e protege o nosso coração e sentimentos em Cristo, o nosso Senhor (Fp 4.6,7). O apóstolo Pedro também reflete o mesmo ensino de Jesus no sentido de levar a vida numa perspectiva de paz, refreando a língua para não entrar em contendas e mentiras, apartando-se do mal, buscando a paz com os outros (1 Pe 3.10,11). Dessa forma, como a paz reina em nossa vida, devemos buscar ter essa paz com outras pessoas.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Paz do Senhor
A paz mencionada no texto áureo e em outras passagens reflete uma das principais promessas e características do Messias: o Príncipe da Paz (Sar Shalom, em hebraico). Essa paz, transcendente e transformadora, não é apenas a ausência de conflitos, mas um estado de bem-estar completo que impacta nossa relação com Deus, conosco mesmos e com os outros.
1. A Paz do Senhor em Isaías 9:6
Isaías descreve o Messias como o "Príncipe da Paz", destacando sua missão redentora. O termo hebraico shalom tem um significado abrangente, incluindo:
- Restauração com Deus: Por meio do sacrifício de Cristo, temos paz com Deus (Romanos 5:1).
- Harmonia e justiça: O reinado de Cristo é marcado por equilíbrio, justiça e bondade (Isaías 11:6-9).
- Paz interior e social: Ele resolve o problema do pecado, que é a raiz de todo conflito.
2. A Paz em Filipenses 4:6,7
Paulo apresenta a paz de Deus como uma resposta às ansiedades e preocupações da vida. Algumas reflexões:
- Exortação à confiança: “Não estejais inquietos por coisa alguma” – Paulo nos chama a entregar a Deus, por meio da oração, aquilo que nos aflige.
- A paz que excede todo entendimento: Essa paz, descrita pela palavra grega eirēnē, transcende o raciocínio humano, pois é fruto da presença de Deus em nós.
- Guarda o coração e a mente: A paz de Deus protege nossas emoções (coração) e pensamentos (mente), nos capacitando a viver com equilíbrio e esperança.
3. A Paz no Ensino de Pedro (1 Pedro 3:10-11)
Pedro retoma princípios do Antigo Testamento (Salmos 34:12-14), adaptando-os à vida cristã:
- Refrear a língua: Evitar palavras destrutivas ou enganosas é um passo essencial para viver em paz.
- Apartar-se do mal: A busca pela paz começa com uma atitude proativa de se afastar do pecado e das situações que geram conflito.
- Buscar e seguir a paz: Paz não é passiva; ela exige esforço contínuo para promover harmonia nos relacionamentos.
4. Aplicações Espirituais
- Paz com Deus: A paz começa no relacionamento restaurado com Deus por meio de Cristo (Efésios 2:14-16).
- Paz interior: A confiança na soberania e no cuidado de Deus gera tranquilidade mesmo em circunstâncias difíceis.
- Paz com os outros: A verdadeira paz cristã não se limita ao indivíduo; ela se expande para os relacionamentos, promovendo reconciliação e unidade.
5. A Paz em Nossa Vida e Relações
O chamado bíblico para viver em paz reflete o caráter do cristão como agente de reconciliação. Em um mundo marcado pela ansiedade e discórdia, somos desafiados a testemunhar a paz que Cristo dá por meio de nossas atitudes e palavras.
Ilustração
Um pequeno lago cercado por montanhas reflete a paisagem tranquila ao redor, mesmo quando ventos sopram em outras partes. Assim é a paz do Senhor: enquanto o mundo ao nosso redor pode estar em turbulência, nossa vida reflete serenidade porque estamos ancorados em Cristo.
Conclusão
A paz do Senhor é uma bênção que transforma vidas. Ela nos conecta a Deus, nos fortalece nas adversidades e nos capacita a viver em harmonia com os outros. Como seguidores de Cristo, somos chamados a viver e compartilhar essa paz em um mundo carente de esperança e reconciliação.
Paz do Senhor
A paz mencionada no texto áureo e em outras passagens reflete uma das principais promessas e características do Messias: o Príncipe da Paz (Sar Shalom, em hebraico). Essa paz, transcendente e transformadora, não é apenas a ausência de conflitos, mas um estado de bem-estar completo que impacta nossa relação com Deus, conosco mesmos e com os outros.
1. A Paz do Senhor em Isaías 9:6
Isaías descreve o Messias como o "Príncipe da Paz", destacando sua missão redentora. O termo hebraico shalom tem um significado abrangente, incluindo:
- Restauração com Deus: Por meio do sacrifício de Cristo, temos paz com Deus (Romanos 5:1).
- Harmonia e justiça: O reinado de Cristo é marcado por equilíbrio, justiça e bondade (Isaías 11:6-9).
- Paz interior e social: Ele resolve o problema do pecado, que é a raiz de todo conflito.
2. A Paz em Filipenses 4:6,7
Paulo apresenta a paz de Deus como uma resposta às ansiedades e preocupações da vida. Algumas reflexões:
- Exortação à confiança: “Não estejais inquietos por coisa alguma” – Paulo nos chama a entregar a Deus, por meio da oração, aquilo que nos aflige.
- A paz que excede todo entendimento: Essa paz, descrita pela palavra grega eirēnē, transcende o raciocínio humano, pois é fruto da presença de Deus em nós.
- Guarda o coração e a mente: A paz de Deus protege nossas emoções (coração) e pensamentos (mente), nos capacitando a viver com equilíbrio e esperança.
3. A Paz no Ensino de Pedro (1 Pedro 3:10-11)
Pedro retoma princípios do Antigo Testamento (Salmos 34:12-14), adaptando-os à vida cristã:
- Refrear a língua: Evitar palavras destrutivas ou enganosas é um passo essencial para viver em paz.
- Apartar-se do mal: A busca pela paz começa com uma atitude proativa de se afastar do pecado e das situações que geram conflito.
- Buscar e seguir a paz: Paz não é passiva; ela exige esforço contínuo para promover harmonia nos relacionamentos.
4. Aplicações Espirituais
- Paz com Deus: A paz começa no relacionamento restaurado com Deus por meio de Cristo (Efésios 2:14-16).
- Paz interior: A confiança na soberania e no cuidado de Deus gera tranquilidade mesmo em circunstâncias difíceis.
- Paz com os outros: A verdadeira paz cristã não se limita ao indivíduo; ela se expande para os relacionamentos, promovendo reconciliação e unidade.
5. A Paz em Nossa Vida e Relações
O chamado bíblico para viver em paz reflete o caráter do cristão como agente de reconciliação. Em um mundo marcado pela ansiedade e discórdia, somos desafiados a testemunhar a paz que Cristo dá por meio de nossas atitudes e palavras.
Ilustração
Um pequeno lago cercado por montanhas reflete a paisagem tranquila ao redor, mesmo quando ventos sopram em outras partes. Assim é a paz do Senhor: enquanto o mundo ao nosso redor pode estar em turbulência, nossa vida reflete serenidade porque estamos ancorados em Cristo.
Conclusão
A paz do Senhor é uma bênção que transforma vidas. Ela nos conecta a Deus, nos fortalece nas adversidades e nos capacita a viver em harmonia com os outros. Como seguidores de Cristo, somos chamados a viver e compartilhar essa paz em um mundo carente de esperança e reconciliação.
SINOPSE I
Se a paz reina em nossa vida, devemos buscar ter essa paz com outras pessoas.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
II – A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO
1- Uma paz enganosa. Muitos buscam a paz nos vícios, em substâncias tanto ilegais quanto legalizadas, nos jogos, nas baladas, em falsas religiões. Ao longo da história, as pessoas procuram sempre preencher uma lacuna em suas vidas com aquilo que não tem a capacidade de preenchê-las. Outras entendem que a paz é meramente a ausência de guerra, de dificuldades e problemas. A Bíblia revela que a paz do mundo é enganosa porque não tem como fundamento o que é eterno, celestial e divino, mas temporal, terreno e puramente humano (Jo 14.27). O que Jesus oferece advém da eternidade e, por isso, preenche todas as nossas necessidades independente das circunstâncias que vivemos (Jo 7.38). A paz do Senhor Jesus não é enganosa, mas verdadeira e sublime.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Paz Ilusória do Mundo: Uma Análise Bíblica e Teológica
1. A Paz Enganosa do Mundo
Jesus, ao contrastar a paz que Ele oferece com a paz do mundo em João 14:27, evidencia uma diferença fundamental: a paz do mundo é transitória, superficial e ilusória, enquanto a paz d’Ele é verdadeira, eterna e transformadora. A falsa paz do mundo surge de tentativas humanas de controlar circunstâncias externas ou anestesiar a alma diante dos desafios da vida.
A Paz no Contexto Bíblico
- Antigo Testamento: Em momentos de crise, Israel frequentemente buscava alianças políticas ou práticas idólatras como fontes de paz (Isaías 30:1-5; Jeremias 6:14). Essas soluções humanas se revelavam ilusórias porque ignoravam a soberania de Deus.
- Novo Testamento: No período do domínio romano, a ideia de Pax Romana (Paz Romana) era amplamente promovida. Essa “paz” era baseada na força militar e na opressão, oferecendo estabilidade política à custa de liberdade e justiça. Era uma paz imposta, não voluntária, e muitas vezes sustentada pela violência.
O Significado de Paz no Mundo e em Cristo
- Paz no Mundo: A palavra grega utilizada no Novo Testamento para paz é eirēnē, que no contexto secular grego indicava ausência de guerra ou calmaria externa. Contudo, essa definição não aborda as dimensões internas ou espirituais da paz.
- Paz em Cristo: A paz de Jesus vai além do conceito externo; é uma paz espiritual e interior, fundamentada na reconciliação com Deus (Romanos 5:1) e na confiança em Sua soberania (Filipenses 4:6-7). Ele mesmo é chamado de “nossa paz” em Efésios 2:14, indicando que a verdadeira paz não é uma condição, mas uma pessoa.
A Falsa Paz do Mundo: Aspectos Filosóficos e Religiosos
- Filosofia Secular: O humanismo enfatiza que a paz pode ser alcançada por meio de esforços humanos, educação e progresso social. No entanto, a história demonstra que essas tentativas, embora louváveis, frequentemente ignoram a natureza caída do ser humano.
- Religiões Mundanas:
- Budismo: Propõe a paz interior por meio da anulação dos desejos. Embora traga benefícios psicológicos, não resolve o problema fundamental do pecado.
- Islamismo: Apesar de o termo “islã” significar submissão (e, por extensão, paz), a paz no islamismo muitas vezes está condicionada à obediência à lei islâmica e não à reconciliação com Deus.
- Religiões Sincréticas: Muitas práticas modernas, como a busca por equilíbrio energético ou espiritualidade descomprometida, oferecem soluções temporárias e subjetivas, mas não enfrentam as questões eternas da alma.
A Paz Ilusória na Vida Contemporânea
- Buscas Temporárias: Pessoas recorrem ao materialismo, vícios, entretenimento e hedonismo para encontrar paz. Contudo, esses caminhos apenas mascaram a verdadeira necessidade espiritual.
- Falsa Segurança: O mundo frequentemente promove uma falsa sensação de paz ao baseá-la em conquistas externas ou na ausência momentânea de conflitos. Essa abordagem não resolve os problemas internos e eternos da alma humana.
Apologética Bíblica da Paz em Cristo
- João 14:27: A paz de Cristo não depende de circunstâncias externas. Ele a oferece como um presente sobrenatural que transforma o interior do indivíduo.
- Isaías 26:3: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti, porque ele confia em ti." A verdadeira paz é uma consequência da confiança plena em Deus.
- Romanos 5:1: Justificados pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Essa reconciliação é a base de toda paz verdadeira.
Opiniões de Autores Cristãos
- C.S. Lewis: Em Cristianismo Puro e Simples, Lewis argumenta que a paz verdadeira só é encontrada em Cristo, porque Ele é o único capaz de preencher o vazio deixado pela separação do homem de Deus.
- Dallas Willard: Em A Conspiração Divina, Willard destaca que a paz do Reino de Deus transcende as circunstâncias terrenas porque está enraizada na realidade eterna do governo de Cristo.
- John Stott: No livro A Cruz de Cristo, Stott ressalta que a reconciliação com Deus é o único caminho para uma paz genuína, tanto interior quanto exterior.
Aplicação Prática
- Desenvolva a Confiança em Deus: Reconheça que a paz verdadeira não vem de esforços humanos, mas de um relacionamento profundo com Cristo.
- Evite Substitutos Temporários: Esteja atento para não buscar paz em soluções superficiais ou prazeres passageiros.
- Seja um Pacificador: Viva e promova a paz divina em seus relacionamentos e comunidade, testemunhando o poder transformador de Cristo.
Conclusão
A paz que o mundo oferece é enganosa porque não lida com as necessidades mais profundas do coração humano. Apenas a paz de Cristo, que provém da reconciliação com Deus e da presença do Espírito Santo, pode preencher o vazio existencial do ser humano. Essa paz é duradoura, transformadora e transcende qualquer adversidade ou circunstância. Que cada um de nós, como discípulos, busque e reflita essa paz verdadeira no mundo.
A Paz Ilusória do Mundo: Uma Análise Bíblica e Teológica
1. A Paz Enganosa do Mundo
Jesus, ao contrastar a paz que Ele oferece com a paz do mundo em João 14:27, evidencia uma diferença fundamental: a paz do mundo é transitória, superficial e ilusória, enquanto a paz d’Ele é verdadeira, eterna e transformadora. A falsa paz do mundo surge de tentativas humanas de controlar circunstâncias externas ou anestesiar a alma diante dos desafios da vida.
A Paz no Contexto Bíblico
- Antigo Testamento: Em momentos de crise, Israel frequentemente buscava alianças políticas ou práticas idólatras como fontes de paz (Isaías 30:1-5; Jeremias 6:14). Essas soluções humanas se revelavam ilusórias porque ignoravam a soberania de Deus.
- Novo Testamento: No período do domínio romano, a ideia de Pax Romana (Paz Romana) era amplamente promovida. Essa “paz” era baseada na força militar e na opressão, oferecendo estabilidade política à custa de liberdade e justiça. Era uma paz imposta, não voluntária, e muitas vezes sustentada pela violência.
O Significado de Paz no Mundo e em Cristo
- Paz no Mundo: A palavra grega utilizada no Novo Testamento para paz é eirēnē, que no contexto secular grego indicava ausência de guerra ou calmaria externa. Contudo, essa definição não aborda as dimensões internas ou espirituais da paz.
- Paz em Cristo: A paz de Jesus vai além do conceito externo; é uma paz espiritual e interior, fundamentada na reconciliação com Deus (Romanos 5:1) e na confiança em Sua soberania (Filipenses 4:6-7). Ele mesmo é chamado de “nossa paz” em Efésios 2:14, indicando que a verdadeira paz não é uma condição, mas uma pessoa.
A Falsa Paz do Mundo: Aspectos Filosóficos e Religiosos
- Filosofia Secular: O humanismo enfatiza que a paz pode ser alcançada por meio de esforços humanos, educação e progresso social. No entanto, a história demonstra que essas tentativas, embora louváveis, frequentemente ignoram a natureza caída do ser humano.
- Religiões Mundanas:
- Budismo: Propõe a paz interior por meio da anulação dos desejos. Embora traga benefícios psicológicos, não resolve o problema fundamental do pecado.
- Islamismo: Apesar de o termo “islã” significar submissão (e, por extensão, paz), a paz no islamismo muitas vezes está condicionada à obediência à lei islâmica e não à reconciliação com Deus.
- Religiões Sincréticas: Muitas práticas modernas, como a busca por equilíbrio energético ou espiritualidade descomprometida, oferecem soluções temporárias e subjetivas, mas não enfrentam as questões eternas da alma.
A Paz Ilusória na Vida Contemporânea
- Buscas Temporárias: Pessoas recorrem ao materialismo, vícios, entretenimento e hedonismo para encontrar paz. Contudo, esses caminhos apenas mascaram a verdadeira necessidade espiritual.
- Falsa Segurança: O mundo frequentemente promove uma falsa sensação de paz ao baseá-la em conquistas externas ou na ausência momentânea de conflitos. Essa abordagem não resolve os problemas internos e eternos da alma humana.
Apologética Bíblica da Paz em Cristo
- João 14:27: A paz de Cristo não depende de circunstâncias externas. Ele a oferece como um presente sobrenatural que transforma o interior do indivíduo.
- Isaías 26:3: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti, porque ele confia em ti." A verdadeira paz é uma consequência da confiança plena em Deus.
- Romanos 5:1: Justificados pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Essa reconciliação é a base de toda paz verdadeira.
Opiniões de Autores Cristãos
- C.S. Lewis: Em Cristianismo Puro e Simples, Lewis argumenta que a paz verdadeira só é encontrada em Cristo, porque Ele é o único capaz de preencher o vazio deixado pela separação do homem de Deus.
- Dallas Willard: Em A Conspiração Divina, Willard destaca que a paz do Reino de Deus transcende as circunstâncias terrenas porque está enraizada na realidade eterna do governo de Cristo.
- John Stott: No livro A Cruz de Cristo, Stott ressalta que a reconciliação com Deus é o único caminho para uma paz genuína, tanto interior quanto exterior.
Aplicação Prática
- Desenvolva a Confiança em Deus: Reconheça que a paz verdadeira não vem de esforços humanos, mas de um relacionamento profundo com Cristo.
- Evite Substitutos Temporários: Esteja atento para não buscar paz em soluções superficiais ou prazeres passageiros.
- Seja um Pacificador: Viva e promova a paz divina em seus relacionamentos e comunidade, testemunhando o poder transformador de Cristo.
Conclusão
A paz que o mundo oferece é enganosa porque não lida com as necessidades mais profundas do coração humano. Apenas a paz de Cristo, que provém da reconciliação com Deus e da presença do Espírito Santo, pode preencher o vazio existencial do ser humano. Essa paz é duradoura, transformadora e transcende qualquer adversidade ou circunstância. Que cada um de nós, como discípulos, busque e reflita essa paz verdadeira no mundo.
2- A “paz” das obras da carne. A Carta aos Gálatas apresenta uma lista das “obras da carne” que, muitas vezes, expressa a ilusão de uma falsa paz na vida das pessoas, e muitas confundem 0 prazer e os deleites da vida com a paz (G1 5.19-21). Na verdade, é uma satisfação que ocorre por meio dos sentidos e, logo, se volta ao estágio de necessidade anterior. Assim, quem vive na prática das Obras da Carne imagina que desfruta de uma pretensa paz e, como consequência, pensa que vive uma vida feliz. Ledo engano! É impossível desfrutar da verdadeira paz que o Senhor Jesus oferece quando se viva na prática do pecado. Quem vive assim está se enganando, atendendo à vontade do Mundo, da Carne e do Diabo (Ef 2.3).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A "Paz" das Obras da Carne: Uma Análise Bíblica e Teológica
1. Contexto da Carta aos Gálatas e a Contraposição entre Carne e Espírito
A carta aos Gálatas foi escrita por Paulo para corrigir desvios doutrinários, especialmente sobre a relação entre Lei e graça. No capítulo 5, ele apresenta uma lista das obras da carne (Gálatas 5:19-21) em contraste com o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23). O objetivo é mostrar que quem vive segundo a carne experimenta um falso senso de satisfação que nunca conduz à paz verdadeira.
As obras da carne descritas incluem imoralidade sexual, idolatria, inimizades, contendas e orgias, entre outras práticas. Essas ações, embora possam parecer oferecer momentos de prazer ou “paz”, resultam em vazio espiritual e separação de Deus.
2. Etimologia e Significado Teológico
- Carne (grego: sarx): Em Gálatas, Paulo usa o termo para descrever a natureza humana caída, dominada pelo pecado e contrária à vontade de Deus. Não se refere apenas ao corpo físico, mas a uma disposição interna corrompida que busca prazeres passageiros em detrimento de valores eternos.
- Paz (grego: eirēnē): Enquanto a carne promete uma paz ilusória baseada em desejos satisfeitos temporariamente, eirēnē é a paz verdadeira que surge de um relacionamento com Deus, trazendo plenitude e reconciliação.
3. A Ilusão da Paz nas Obras da Carne
- Satisfação Temporária: As obras da carne oferecem um prazer imediato e enganoso, criando a sensação de paz ou felicidade. No entanto, essa paz é rapidamente substituída por culpa, vazio e escravidão espiritual (Romanos 6:16).
- Ciclo Vicioso: Quem busca paz nas obras da carne frequentemente entra em um ciclo de dependência. Por exemplo, a embriaguez ou a busca por prazeres sensuais pode trazer um alívio momentâneo, mas logo devolve a pessoa a um estado de angústia ainda maior.
4. Contraposição Bíblica: Espírito versus Carne
- Efésios 2:3: Paulo destaca que antes da regeneração, os homens viviam segundo as inclinações da carne, sendo filhos da ira. Isso os tornava incapazes de experimentar a paz que vem de Deus.
- Romanos 8:6: “A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz.” Este versículo resume o contraste entre a falsa paz oferecida pelo pecado e a paz verdadeira, fruto de uma vida rendida ao Espírito Santo.
- Isaías 48:22: “Não há paz para os ímpios, diz o Senhor.” Esse texto reafirma que a verdadeira paz é impossível para aqueles que vivem em rebeldia contra Deus.
5. Contexto Histórico, Cultural e Filosófico
- Mundo Greco-Romano: Na época de Paulo, as pessoas buscavam satisfação e “paz” por meio do hedonismo, do culto aos prazeres sensuais e da adoração a deuses que prometiam bênçãos terrenas. Essas práticas criavam uma ilusão de contentamento, mas não podiam oferecer paz duradoura.
- Religiões e Filosofias Contemporâneas:
- O Budismo, por exemplo, busca paz por meio da anulação do desejo, mas ignora a necessidade de redenção.
- O secularismo moderno promove a ideia de que a paz é alcançada pela liberdade de satisfazer os próprios desejos. No entanto, essa abordagem frequentemente resulta em crises existenciais e vazio espiritual.
6. Apologia Bíblica: A Paz em Cristo
- João 8:36: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” A liberdade em Cristo liberta não apenas do pecado, mas também da falsa promessa de paz que ele oferece.
- Romanos 5:1: A verdadeira paz é resultado da justificação pela fé, um estado que só pode ser alcançado por meio de Cristo.
- Hebreus 11:25: Moisés escolheu sofrer com o povo de Deus em vez de gozar os prazeres transitórios do pecado, pois sabia que a recompensa eterna era infinitamente superior.
7. Opiniões de Autores Cristãos
- John Stott (O Discípulo Radical): Stott aponta que o pecado oferece prazeres temporários que atraem o homem, mas apenas a vida em Cristo pode trazer contentamento e paz duradouros.
- Tim Keller (deuses Falsos): Keller argumenta que tudo o que tomamos como substituto de Deus – seja prazer, poder ou posses – inevitavelmente nos desilude e nos escraviza.
- Augusto Nicodemos (A Bíblia e seus interpretes): Nicodemos reforça que as obras da carne distorcem a verdade de Deus e afastam o homem da plenitude que só a comunhão com Ele proporciona.
8. Aplicação Pessoal
- Examine suas fontes de paz: Identifique se você está buscando paz em prazeres temporários ou na presença de Deus.
- Cultive o Fruto do Espírito: Invista em uma vida rendida ao Espírito Santo, pois Ele gera paz verdadeira em seu coração (Gálatas 5:22).
- Arrependa-se e busque reconciliação: Se você tem vivido na prática das obras da carne, confesse seus pecados e receba o perdão e a paz que vêm de Cristo.
Ilustração
Imagine uma pessoa perdida no deserto, que encontra uma miragem de água e corre em direção a ela, mas descobre que é apenas areia. Essa é a paz oferecida pelas obras da carne: uma ilusão que promete satisfação, mas entrega frustração. Em contraste, Cristo é como uma fonte de água viva no deserto, que sacia verdadeiramente a sede da alma (João 7:38).
Conclusão
A falsa paz das obras da carne é um engano que aprisiona a alma e a afasta de Deus. Em Cristo, porém, encontramos a verdadeira paz, que transforma nosso interior, guia nossos relacionamentos e nos prepara para a eternidade. Que possamos rejeitar as ilusões temporárias e abraçar a paz eterna que o Senhor Jesus nos oferece.
A "Paz" das Obras da Carne: Uma Análise Bíblica e Teológica
1. Contexto da Carta aos Gálatas e a Contraposição entre Carne e Espírito
A carta aos Gálatas foi escrita por Paulo para corrigir desvios doutrinários, especialmente sobre a relação entre Lei e graça. No capítulo 5, ele apresenta uma lista das obras da carne (Gálatas 5:19-21) em contraste com o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23). O objetivo é mostrar que quem vive segundo a carne experimenta um falso senso de satisfação que nunca conduz à paz verdadeira.
As obras da carne descritas incluem imoralidade sexual, idolatria, inimizades, contendas e orgias, entre outras práticas. Essas ações, embora possam parecer oferecer momentos de prazer ou “paz”, resultam em vazio espiritual e separação de Deus.
2. Etimologia e Significado Teológico
- Carne (grego: sarx): Em Gálatas, Paulo usa o termo para descrever a natureza humana caída, dominada pelo pecado e contrária à vontade de Deus. Não se refere apenas ao corpo físico, mas a uma disposição interna corrompida que busca prazeres passageiros em detrimento de valores eternos.
- Paz (grego: eirēnē): Enquanto a carne promete uma paz ilusória baseada em desejos satisfeitos temporariamente, eirēnē é a paz verdadeira que surge de um relacionamento com Deus, trazendo plenitude e reconciliação.
3. A Ilusão da Paz nas Obras da Carne
- Satisfação Temporária: As obras da carne oferecem um prazer imediato e enganoso, criando a sensação de paz ou felicidade. No entanto, essa paz é rapidamente substituída por culpa, vazio e escravidão espiritual (Romanos 6:16).
- Ciclo Vicioso: Quem busca paz nas obras da carne frequentemente entra em um ciclo de dependência. Por exemplo, a embriaguez ou a busca por prazeres sensuais pode trazer um alívio momentâneo, mas logo devolve a pessoa a um estado de angústia ainda maior.
4. Contraposição Bíblica: Espírito versus Carne
- Efésios 2:3: Paulo destaca que antes da regeneração, os homens viviam segundo as inclinações da carne, sendo filhos da ira. Isso os tornava incapazes de experimentar a paz que vem de Deus.
- Romanos 8:6: “A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz.” Este versículo resume o contraste entre a falsa paz oferecida pelo pecado e a paz verdadeira, fruto de uma vida rendida ao Espírito Santo.
- Isaías 48:22: “Não há paz para os ímpios, diz o Senhor.” Esse texto reafirma que a verdadeira paz é impossível para aqueles que vivem em rebeldia contra Deus.
5. Contexto Histórico, Cultural e Filosófico
- Mundo Greco-Romano: Na época de Paulo, as pessoas buscavam satisfação e “paz” por meio do hedonismo, do culto aos prazeres sensuais e da adoração a deuses que prometiam bênçãos terrenas. Essas práticas criavam uma ilusão de contentamento, mas não podiam oferecer paz duradoura.
- Religiões e Filosofias Contemporâneas:
- O Budismo, por exemplo, busca paz por meio da anulação do desejo, mas ignora a necessidade de redenção.
- O secularismo moderno promove a ideia de que a paz é alcançada pela liberdade de satisfazer os próprios desejos. No entanto, essa abordagem frequentemente resulta em crises existenciais e vazio espiritual.
6. Apologia Bíblica: A Paz em Cristo
- João 8:36: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” A liberdade em Cristo liberta não apenas do pecado, mas também da falsa promessa de paz que ele oferece.
- Romanos 5:1: A verdadeira paz é resultado da justificação pela fé, um estado que só pode ser alcançado por meio de Cristo.
- Hebreus 11:25: Moisés escolheu sofrer com o povo de Deus em vez de gozar os prazeres transitórios do pecado, pois sabia que a recompensa eterna era infinitamente superior.
7. Opiniões de Autores Cristãos
- John Stott (O Discípulo Radical): Stott aponta que o pecado oferece prazeres temporários que atraem o homem, mas apenas a vida em Cristo pode trazer contentamento e paz duradouros.
- Tim Keller (deuses Falsos): Keller argumenta que tudo o que tomamos como substituto de Deus – seja prazer, poder ou posses – inevitavelmente nos desilude e nos escraviza.
- Augusto Nicodemos (A Bíblia e seus interpretes): Nicodemos reforça que as obras da carne distorcem a verdade de Deus e afastam o homem da plenitude que só a comunhão com Ele proporciona.
8. Aplicação Pessoal
- Examine suas fontes de paz: Identifique se você está buscando paz em prazeres temporários ou na presença de Deus.
- Cultive o Fruto do Espírito: Invista em uma vida rendida ao Espírito Santo, pois Ele gera paz verdadeira em seu coração (Gálatas 5:22).
- Arrependa-se e busque reconciliação: Se você tem vivido na prática das obras da carne, confesse seus pecados e receba o perdão e a paz que vêm de Cristo.
Ilustração
Imagine uma pessoa perdida no deserto, que encontra uma miragem de água e corre em direção a ela, mas descobre que é apenas areia. Essa é a paz oferecida pelas obras da carne: uma ilusão que promete satisfação, mas entrega frustração. Em contraste, Cristo é como uma fonte de água viva no deserto, que sacia verdadeiramente a sede da alma (João 7:38).
Conclusão
A falsa paz das obras da carne é um engano que aprisiona a alma e a afasta de Deus. Em Cristo, porém, encontramos a verdadeira paz, que transforma nosso interior, guia nossos relacionamentos e nos prepara para a eternidade. Que possamos rejeitar as ilusões temporárias e abraçar a paz eterna que o Senhor Jesus nos oferece.
3- Uma falsa paz. Ensinando à igreja em Tessalônica, a respeito do Dia do Senhor, o apóstolo Paulo escreveu: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3). Aqui, somos lembrados de uma falsa paz que haverá na Grande Tribulação. Uma paz superficial, frágil e apenas aparente. Quem se compromete com a falsa paz não saberá discernir os tempos de oposição tanto no presente quanto no futuro. Mas com Jesus, desfrutamos de uma paz verdadeira e duradoura.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
"Uma Falsa Paz" (1 Tessalonicenses 5.3)
1. Contexto Bíblico e Histórico de 1 Tessalonicenses 5.3
O apóstolo Paulo escreve aos tessalonicenses para encorajá-los e prepará-los quanto à segunda vinda de Cristo e o "Dia do Senhor", um tema amplamente abordado nos profetas do Antigo Testamento (Joel 2.1-11; Amós 5.18-20). No contexto de 1 Tessalonicenses 5, Paulo destaca que o retorno de Cristo será inesperado, "como um ladrão de noite" (v. 2), alertando sobre a falsa segurança daqueles que não estão espiritualmente vigilantes.
A frase “Há paz e segurança” reflete um clima de tranquilidade ilusória que dominava o Império Romano na época, promovido pela política do Pax Romana, uma tentativa de garantir estabilidade por meio de força militar e leis. Essa "paz" era superficial, pois ignorava a justiça e a verdadeira reconciliação espiritual com Deus.
2. Etimologia e Significado de "Paz" e "Segurança"
- Paz (grego: eirēnē): No grego bíblico, eirēnē não se limita à ausência de conflito, mas implica uma harmonia completa, que só pode ser plenamente alcançada por meio de Deus (Jo 14.27). Aqui, Paulo denuncia uma "paz" falsa, baseada em aparências externas e segurança humana.
- Segurança (grego: asphaleia): Significa estabilidade ou ausência de perigo. No texto, a segurança mencionada é ilusória, uma confiança enganosa em recursos humanos, enquanto a verdadeira segurança vem da confiança no Senhor (Salmos 20.7).
3. A Falsa Paz na Grande Tribulação
Paulo refere-se ao período da Grande Tribulação (Mateus 24.21), em que líderes e sistemas mundiais criarão uma falsa sensação de paz e estabilidade, enganando as massas. Essa falsa paz será parte do engano do anticristo, que inicialmente oferecerá soluções para os problemas globais, mas trará destruição (2 Tessalonicenses 2.9-12).
- Paralelo com Jeremias 6.14: Os profetas falsos declaravam: "Paz, paz; quando não há paz." Assim como nos dias de Jeremias, a falsa paz será um sinal de engano espiritual e moral.
4. Aplicação Contemporânea: A Falsa Paz Hoje
A falsa paz não se restringe ao futuro escatológico, mas é evidente nos sistemas atuais:
- Na Religião: Sistemas religiosos que prometem salvação sem arrependimento ou compromisso real com Deus criam uma falsa paz espiritual (Mateus 7.15-23).
- Na Política e Sociedade: A busca por estabilidade econômica e alianças humanas frequentemente ignora os valores eternos e a justiça divina, resultando em uma falsa segurança.
- Na Vida Pessoal: Muitos encontram uma "paz" temporária em bens materiais, status ou prazeres momentâneos, sem perceber que estão negligenciando o relacionamento com Deus.
5. Contraste: A Paz Verdadeira em Jesus
- João 16.33: Jesus disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Aqui, a paz verdadeira transcende as circunstâncias e é enraizada na vitória de Cristo.
- Filipenses 4.7: A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guarda o coração e a mente dos que confiam n’Ele.
- Isaías 26.3: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti, porque ele confia em ti." Essa paz não é apenas interna, mas também uma âncora espiritual em tempos de caos.
6. Opiniões de Autores Cristãos
- John MacArthur (Comentário sobre 1 Tessalonicenses): MacArthur enfatiza que a falsa paz mencionada por Paulo é um alerta contra o secularismo e a complacência espiritual, que cegam as pessoas para a realidade do julgamento divino.
- William Barclay (Estudos no Novo Testamento): Barclay observa que a segurança promovida pelo mundo frequentemente ignora a dimensão espiritual e, por isso, é incapaz de satisfazer as necessidades mais profundas da alma.
- C. S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples): Lewis argumenta que o coração humano está inquieto enquanto busca satisfação nas coisas criadas em vez de no Criador.
7. Apologia Bíblica: Como Responder à Falsa Paz?
- Confiar na Palavra de Deus: Apenas a Escritura é capaz de discernir entre o que é eterno e o que é temporário (Hebreus 4.12).
- Viver Vigilantemente: Como cristãos, somos chamados a estar atentos aos sinais dos tempos e viver em santidade, preparados para o retorno de Cristo (1 Pedro 1.13-16).
- Proclamar a Verdade: Devemos expor os enganos do mundo e anunciar o evangelho que oferece a verdadeira paz e reconciliação com Deus (2 Coríntios 5.18-20).
8. Ilustração
Imagine um castelo construído na areia. De longe, parece sólido e imponente, mas uma simples onda o derruba. Assim é a paz ilusória do mundo: uma construção temporária, incapaz de resistir às tempestades da vida. Em contraste, a paz em Cristo é como uma casa construída sobre a rocha, firme e inabalável (Mateus 7.24-27).
9. Conclusão
A falsa paz oferecida pelo mundo e pelas obras humanas é passageira e enganosa. Somente Jesus pode oferecer a paz verdadeira, que transforma nosso coração, molda nosso caráter e nos prepara para a eternidade. Que possamos rejeitar as promessas vazias do mundo e abraçar a paz que excede todo entendimento, encontrada exclusivamente em Cristo.
"Uma Falsa Paz" (1 Tessalonicenses 5.3)
1. Contexto Bíblico e Histórico de 1 Tessalonicenses 5.3
O apóstolo Paulo escreve aos tessalonicenses para encorajá-los e prepará-los quanto à segunda vinda de Cristo e o "Dia do Senhor", um tema amplamente abordado nos profetas do Antigo Testamento (Joel 2.1-11; Amós 5.18-20). No contexto de 1 Tessalonicenses 5, Paulo destaca que o retorno de Cristo será inesperado, "como um ladrão de noite" (v. 2), alertando sobre a falsa segurança daqueles que não estão espiritualmente vigilantes.
A frase “Há paz e segurança” reflete um clima de tranquilidade ilusória que dominava o Império Romano na época, promovido pela política do Pax Romana, uma tentativa de garantir estabilidade por meio de força militar e leis. Essa "paz" era superficial, pois ignorava a justiça e a verdadeira reconciliação espiritual com Deus.
2. Etimologia e Significado de "Paz" e "Segurança"
- Paz (grego: eirēnē): No grego bíblico, eirēnē não se limita à ausência de conflito, mas implica uma harmonia completa, que só pode ser plenamente alcançada por meio de Deus (Jo 14.27). Aqui, Paulo denuncia uma "paz" falsa, baseada em aparências externas e segurança humana.
- Segurança (grego: asphaleia): Significa estabilidade ou ausência de perigo. No texto, a segurança mencionada é ilusória, uma confiança enganosa em recursos humanos, enquanto a verdadeira segurança vem da confiança no Senhor (Salmos 20.7).
3. A Falsa Paz na Grande Tribulação
Paulo refere-se ao período da Grande Tribulação (Mateus 24.21), em que líderes e sistemas mundiais criarão uma falsa sensação de paz e estabilidade, enganando as massas. Essa falsa paz será parte do engano do anticristo, que inicialmente oferecerá soluções para os problemas globais, mas trará destruição (2 Tessalonicenses 2.9-12).
- Paralelo com Jeremias 6.14: Os profetas falsos declaravam: "Paz, paz; quando não há paz." Assim como nos dias de Jeremias, a falsa paz será um sinal de engano espiritual e moral.
4. Aplicação Contemporânea: A Falsa Paz Hoje
A falsa paz não se restringe ao futuro escatológico, mas é evidente nos sistemas atuais:
- Na Religião: Sistemas religiosos que prometem salvação sem arrependimento ou compromisso real com Deus criam uma falsa paz espiritual (Mateus 7.15-23).
- Na Política e Sociedade: A busca por estabilidade econômica e alianças humanas frequentemente ignora os valores eternos e a justiça divina, resultando em uma falsa segurança.
- Na Vida Pessoal: Muitos encontram uma "paz" temporária em bens materiais, status ou prazeres momentâneos, sem perceber que estão negligenciando o relacionamento com Deus.
5. Contraste: A Paz Verdadeira em Jesus
- João 16.33: Jesus disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Aqui, a paz verdadeira transcende as circunstâncias e é enraizada na vitória de Cristo.
- Filipenses 4.7: A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guarda o coração e a mente dos que confiam n’Ele.
- Isaías 26.3: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti, porque ele confia em ti." Essa paz não é apenas interna, mas também uma âncora espiritual em tempos de caos.
6. Opiniões de Autores Cristãos
- John MacArthur (Comentário sobre 1 Tessalonicenses): MacArthur enfatiza que a falsa paz mencionada por Paulo é um alerta contra o secularismo e a complacência espiritual, que cegam as pessoas para a realidade do julgamento divino.
- William Barclay (Estudos no Novo Testamento): Barclay observa que a segurança promovida pelo mundo frequentemente ignora a dimensão espiritual e, por isso, é incapaz de satisfazer as necessidades mais profundas da alma.
- C. S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples): Lewis argumenta que o coração humano está inquieto enquanto busca satisfação nas coisas criadas em vez de no Criador.
7. Apologia Bíblica: Como Responder à Falsa Paz?
- Confiar na Palavra de Deus: Apenas a Escritura é capaz de discernir entre o que é eterno e o que é temporário (Hebreus 4.12).
- Viver Vigilantemente: Como cristãos, somos chamados a estar atentos aos sinais dos tempos e viver em santidade, preparados para o retorno de Cristo (1 Pedro 1.13-16).
- Proclamar a Verdade: Devemos expor os enganos do mundo e anunciar o evangelho que oferece a verdadeira paz e reconciliação com Deus (2 Coríntios 5.18-20).
8. Ilustração
Imagine um castelo construído na areia. De longe, parece sólido e imponente, mas uma simples onda o derruba. Assim é a paz ilusória do mundo: uma construção temporária, incapaz de resistir às tempestades da vida. Em contraste, a paz em Cristo é como uma casa construída sobre a rocha, firme e inabalável (Mateus 7.24-27).
9. Conclusão
A falsa paz oferecida pelo mundo e pelas obras humanas é passageira e enganosa. Somente Jesus pode oferecer a paz verdadeira, que transforma nosso coração, molda nosso caráter e nos prepara para a eternidade. Que possamos rejeitar as promessas vazias do mundo e abraçar a paz que excede todo entendimento, encontrada exclusivamente em Cristo.
SINOPSE II
Com Jesus Cristo, o nosso Senhor, desfrutamos de uma paz verdadeira e duradoura.
III- A PAZ QUE JESUS PROMETEU
1- O Príncipe da Paz. O Profeta Isaías teve a revelação divina das características do Messias prometido a Israel e ao mundo. Uma de suas principais características é ser “O Príncipe da Paz” (Is 9.6,7). A vinda do Messias trará uma paz que o mundo não conheceu. Os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus, o nosso Salvador, como esse “Príncipe da Paz”. Seus discípulos podem desfrutar hoje dessa paz que só Ele pode dar. Seu principado assegura-nos a verdadeira paz (Jo 14.27), que deve nos acompanhar, como seguidores de Jesus, onde colocarmos os nossos pés (Mt 10.12,13).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
"O Príncipe da Paz"
1. Contexto Bíblico e Histórico de Isaías 9.6,7
O título "Príncipe da Paz" (sar shalom, em hebraico) aparece no contexto da profecia messiânica em Isaías 9. Esta passagem foi escrita durante um período de crise política e espiritual em Israel, marcado pela opressão dos assírios e pela falta de confiança dos líderes na soberania de Deus. O profeta Isaías traz esperança ao anunciar um futuro rei cuja autoridade trará paz duradoura, justiça e retidão.
No contexto imediato, a profecia aponta para um líder que seria diferente dos reis da terra, capaz de governar com integridade e trazer paz que transcende o conflito humano. Este governante é identificado no Novo Testamento como Jesus Cristo (Lucas 1.32-33).
2. O Significado de “Príncipe da Paz” (Isaías 9.6)
- "Príncipe" (hebraico: sar): Este termo refere-se a um líder ou governante com autoridade. No contexto messiânico, indica o governo de Cristo sobre todas as coisas (Filipenses 2.10-11).
- "Paz" (hebraico: shalom): Mais do que ausência de guerra, shalom refere-se a completude, harmonia, bem-estar e plenitude em todas as dimensões da vida. Jesus, como o Príncipe da Paz, traz reconciliação entre Deus e os homens, paz interior e esperança de um futuro sem pecado ou sofrimento.
3. A Paz Prometida por Jesus
- Paz com Deus (Romanos 5.1): O sacrifício de Jesus na cruz trouxe reconciliação entre Deus e a humanidade. Antes de Cristo, estávamos em inimizade com Deus devido ao pecado. Agora, pela fé em Cristo, desfrutamos de paz e comunhão com o Criador.
- Paz Interior (João 14.27): A promessa de Jesus de deixar a Sua paz não é apenas uma ausência de conflito externo, mas uma tranquilidade sobrenatural que habita no coração dos Seus seguidores, mesmo em meio a tribulações (João 16.33).
- Paz Universal (Isaías 2.4; Apocalipse 21.4): A plenitude da paz que Jesus trará será concretizada em Seu reino eterno, onde não haverá mais morte, dor ou guerras.
4. O Contexto Histórico e Filosófico da Paz no Mundo Antigo
- Paz no Antigo Oriente Médio: Na época de Isaías, a "paz" era muitas vezes associada à submissão política ou militar. O conceito de shalom transcende essa visão, oferecendo uma paz baseada no relacionamento com Deus.
- Pax Romana: No tempo de Jesus, o Império Romano se orgulhava de sua Pax Romana (Paz Romana), alcançada por meio de força militar e opressão. Em contraste, a paz de Cristo não é imposta, mas oferecida gratuitamente e fundamentada na transformação espiritual (Mateus 11.28-30).
5. A Paz nos Evangelhos e na Vida dos Discípulos
- João 14.27: Jesus prometeu uma paz diferente da que o mundo oferece. Essa paz não é baseada em circunstâncias externas, mas em Sua presença e fidelidade.
- Mateus 10.12-13: Quando os discípulos são enviados para proclamar o evangelho, eles levam consigo a paz de Cristo. Aqueles que recebem essa mensagem experimentam a paz que vem de Deus.
6. Apologia Bíblica: Resposta Cristã à Paz do Mundo
O cristianismo afirma que a paz verdadeira é impossível sem reconciliação com Deus. Falsas promessas de paz baseadas em filosofia secular, ciência ou esforços humanos são insuficientes porque ignoram a raiz do problema humano: o pecado. Apenas Jesus, como o Príncipe da Paz, resolve este dilema por meio de Sua morte e ressurreição.
7. Opiniões de Autores Cristãos
- John Stott (A Cruz de Cristo): Stott enfatiza que a paz que Cristo oferece é um dom que flui da cruz. É uma paz que aborda a separação entre Deus e os homens e também promove a reconciliação entre os próprios homens.
- D. A. Carson (O Comentário Bíblico de João): Carson observa que a paz prometida por Jesus não deve ser confundida com o conforto terreno. É uma paz que sustenta os crentes em meio à perseguição e ao sofrimento.
- N. T. Wright (Simplesmente Jesus): Wright destaca que o título "Príncipe da Paz" aponta para o reino messiânico de Jesus, que desafia os impérios humanos e estabelece uma paz baseada na justiça divina.
8. Aplicação Pessoal
- Confiança em Cristo: Em um mundo turbulento, devemos confiar na paz prometida por Jesus, sabendo que Ele é soberano sobre todas as circunstâncias.
- Testemunho de Paz: Assim como os discípulos foram enviados a levar a paz de Cristo, somos chamados a ser pacificadores em nossas famílias, comunidades e nações (Mateus 5.9).
- Vigilância Espiritual: Devemos resistir à tentação de buscar uma "paz" baseada em conforto material ou soluções humanas, e em vez disso, nos voltar para o Príncipe da Paz.
9. Conclusão
Jesus é o único que pode oferecer a verdadeira paz, que abrange a reconciliação com Deus, descanso interior e esperança futura. Como o Príncipe da Paz, Ele estabelece um reino eterno de justiça e plenitude. Nossa responsabilidade é abraçar essa paz, vivê-la diariamente e compartilhá-la com um mundo que anseia por redenção.
"O Príncipe da Paz"
1. Contexto Bíblico e Histórico de Isaías 9.6,7
O título "Príncipe da Paz" (sar shalom, em hebraico) aparece no contexto da profecia messiânica em Isaías 9. Esta passagem foi escrita durante um período de crise política e espiritual em Israel, marcado pela opressão dos assírios e pela falta de confiança dos líderes na soberania de Deus. O profeta Isaías traz esperança ao anunciar um futuro rei cuja autoridade trará paz duradoura, justiça e retidão.
No contexto imediato, a profecia aponta para um líder que seria diferente dos reis da terra, capaz de governar com integridade e trazer paz que transcende o conflito humano. Este governante é identificado no Novo Testamento como Jesus Cristo (Lucas 1.32-33).
2. O Significado de “Príncipe da Paz” (Isaías 9.6)
- "Príncipe" (hebraico: sar): Este termo refere-se a um líder ou governante com autoridade. No contexto messiânico, indica o governo de Cristo sobre todas as coisas (Filipenses 2.10-11).
- "Paz" (hebraico: shalom): Mais do que ausência de guerra, shalom refere-se a completude, harmonia, bem-estar e plenitude em todas as dimensões da vida. Jesus, como o Príncipe da Paz, traz reconciliação entre Deus e os homens, paz interior e esperança de um futuro sem pecado ou sofrimento.
3. A Paz Prometida por Jesus
- Paz com Deus (Romanos 5.1): O sacrifício de Jesus na cruz trouxe reconciliação entre Deus e a humanidade. Antes de Cristo, estávamos em inimizade com Deus devido ao pecado. Agora, pela fé em Cristo, desfrutamos de paz e comunhão com o Criador.
- Paz Interior (João 14.27): A promessa de Jesus de deixar a Sua paz não é apenas uma ausência de conflito externo, mas uma tranquilidade sobrenatural que habita no coração dos Seus seguidores, mesmo em meio a tribulações (João 16.33).
- Paz Universal (Isaías 2.4; Apocalipse 21.4): A plenitude da paz que Jesus trará será concretizada em Seu reino eterno, onde não haverá mais morte, dor ou guerras.
4. O Contexto Histórico e Filosófico da Paz no Mundo Antigo
- Paz no Antigo Oriente Médio: Na época de Isaías, a "paz" era muitas vezes associada à submissão política ou militar. O conceito de shalom transcende essa visão, oferecendo uma paz baseada no relacionamento com Deus.
- Pax Romana: No tempo de Jesus, o Império Romano se orgulhava de sua Pax Romana (Paz Romana), alcançada por meio de força militar e opressão. Em contraste, a paz de Cristo não é imposta, mas oferecida gratuitamente e fundamentada na transformação espiritual (Mateus 11.28-30).
5. A Paz nos Evangelhos e na Vida dos Discípulos
- João 14.27: Jesus prometeu uma paz diferente da que o mundo oferece. Essa paz não é baseada em circunstâncias externas, mas em Sua presença e fidelidade.
- Mateus 10.12-13: Quando os discípulos são enviados para proclamar o evangelho, eles levam consigo a paz de Cristo. Aqueles que recebem essa mensagem experimentam a paz que vem de Deus.
6. Apologia Bíblica: Resposta Cristã à Paz do Mundo
O cristianismo afirma que a paz verdadeira é impossível sem reconciliação com Deus. Falsas promessas de paz baseadas em filosofia secular, ciência ou esforços humanos são insuficientes porque ignoram a raiz do problema humano: o pecado. Apenas Jesus, como o Príncipe da Paz, resolve este dilema por meio de Sua morte e ressurreição.
7. Opiniões de Autores Cristãos
- John Stott (A Cruz de Cristo): Stott enfatiza que a paz que Cristo oferece é um dom que flui da cruz. É uma paz que aborda a separação entre Deus e os homens e também promove a reconciliação entre os próprios homens.
- D. A. Carson (O Comentário Bíblico de João): Carson observa que a paz prometida por Jesus não deve ser confundida com o conforto terreno. É uma paz que sustenta os crentes em meio à perseguição e ao sofrimento.
- N. T. Wright (Simplesmente Jesus): Wright destaca que o título "Príncipe da Paz" aponta para o reino messiânico de Jesus, que desafia os impérios humanos e estabelece uma paz baseada na justiça divina.
8. Aplicação Pessoal
- Confiança em Cristo: Em um mundo turbulento, devemos confiar na paz prometida por Jesus, sabendo que Ele é soberano sobre todas as circunstâncias.
- Testemunho de Paz: Assim como os discípulos foram enviados a levar a paz de Cristo, somos chamados a ser pacificadores em nossas famílias, comunidades e nações (Mateus 5.9).
- Vigilância Espiritual: Devemos resistir à tentação de buscar uma "paz" baseada em conforto material ou soluções humanas, e em vez disso, nos voltar para o Príncipe da Paz.
9. Conclusão
Jesus é o único que pode oferecer a verdadeira paz, que abrange a reconciliação com Deus, descanso interior e esperança futura. Como o Príncipe da Paz, Ele estabelece um reino eterno de justiça e plenitude. Nossa responsabilidade é abraçar essa paz, vivê-la diariamente e compartilhá-la com um mundo que anseia por redenção.
2- Uma promessa redentora. Em Gênesis, a paz foi transtornada por causa da estratégia do Diabo que iludiu o primeiro casal, fazendo-o desobedecer à ordem de Deus (Gn 3.1-7). Nesse contexto, Deus prometeu redimir o ser humano por meio da “semente da mulher” (Gn 3.15). Essa promessa se cumpriu em Cristo, reconciliando-nos e estabelecendo a nossa paz com Deus (Rm 5.1). Ao mesmo tempo, a parede da separação foi derrubada e toda inimizade entre judeus e gentios foi desfeita, de modo que de ambos os povos Ele fez uma Igreja (Ef 2.14,15). Por isso, no Novo Testamento há várias referências que nos mostram que a paz de Cristo está ao alcance de todos que nEle creem. Essa paz estará conosco (Fp 4.9), dominará os nossos corações (Cl 3.15) e, como pessoas pacíficas, desfrutaremos de verdadeira felicidade (Mt 5.9).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Uma Promessa Redentora
1. A Origem da Paz Transtornada (Gênesis 3.1-7)
A narrativa de Gênesis 3 descreve como o pecado entrou no mundo, rompendo a harmonia original entre Deus, o homem e a criação. O engano da serpente introduziu desobediência, que resultou em separação espiritual, emocional e relacional:
- Rompimento com Deus: O homem e a mulher, antes em comunhão com o Criador, passaram a ter medo e esconder-se de Sua presença (Gn 3.8).
- Rompimento Interior: A vergonha e a culpa distorceram a identidade do homem e da mulher, gerando insegurança e conflito interno.
- Rompimento Relacional: O relacionamento humano foi marcado por acusações e disputas (Gn 3.12,16).
Esse transtorno da paz é uma consequência direta do pecado e serve como pano de fundo para a promessa redentora que Deus faz em Gênesis 3.15.
2. A Primeira Promessa de Redenção (Gênesis 3.15)
Conhecido como protoevangelium (primeiro evangelho), Gênesis 3.15 apresenta a promessa de Deus de redimir a humanidade:
- “Semente da mulher”: Essa expressão aponta para Cristo, que nasceria de uma mulher e venceria a serpente (Satanás), restaurando a paz entre Deus e os homens (Gálatas 4.4).
- A batalha cósmica: A inimizade entre a semente da mulher e a da serpente representa o conflito espiritual entre o bem e o mal, culminando na vitória de Cristo na cruz.
3. A Reconciliação em Cristo (Romanos 5.1)
Paulo afirma: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” Essa paz é o resultado direto da obra redentora de Cristo:
- Justificação pela fé: Por meio do sacrifício de Jesus, o pecado que causava separação foi removido, permitindo o restabelecimento do relacionamento entre Deus e o homem.
- Paz com Deus: Essa paz não é apenas ausência de hostilidade, mas uma reconciliação que restaura a comunhão original, trazendo descanso espiritual.
4. A Derrubada da Parede de Separação (Efésios 2.14-15)
Cristo é descrito como “a nossa paz”, que desfez a inimizade entre judeus e gentios:
- “Aboliu na sua carne a lei dos mandamentos” (v.15): Pela Sua morte, Jesus removeu as barreiras culturais e religiosas que separavam os povos, unindo-os em um só corpo, a Igreja.
- Unidade em Cristo: Essa reconciliação horizontal reflete a reconciliação vertical com Deus. Em Cristo, a paz é estabelecida tanto no relacionamento humano quanto espiritual.
5. A Paz de Cristo no Novo Testamento
A paz prometida em Cristo é mencionada repetidamente no Novo Testamento, enfatizando diferentes aspectos:
- Presença da Paz (Filipenses 4.9): A paz de Cristo acompanha os que praticam Suas palavras, proporcionando segurança em meio às adversidades.
- Domínio da Paz (Colossenses 3.15): Essa paz governa nossos corações, orientando nossas decisões e atitudes como crentes.
- Bem-aventurança dos Pacificadores (Mateus 5.9): Aqueles que buscam promover a paz refletem o caráter de Deus e são chamados Seus filhos.
6. Contexto Histórico-Cultural e Filosófico
- Judaísmo: No contexto judaico, a paz (shalom) era um estado ideal, refletindo harmonia com Deus, a comunidade e a criação. Os sacrifícios no templo simbolizavam a busca por reconciliação e paz com Deus (Levítico 3).
- Helenismo: A paz (eirēnē), no mundo greco-romano, estava associada à Pax Romana, que significava ausência de guerra imposta pela força militar. Em contraste, a paz de Cristo é baseada no amor e na transformação do coração.
7. Apologia Bíblica: A Verdadeira Paz versus a Ilusão
A paz que Cristo oferece é única, pois resolve a raiz do problema humano: o pecado. Enquanto sistemas religiosos ou filosóficos oferecem métodos humanos para alcançar paz interior ou social, o cristianismo apresenta a reconciliação com Deus como base para toda paz genuína. A obra de Cristo é o único caminho para experimentar paz duradoura e completa (João 14.6).
8. Opiniões de Autores Cristãos
- John Piper (Em busca de Deus): Piper destaca que a paz com Deus é o ponto de partida para todas as outras formas de paz. Sem reconciliação com Deus, a paz interior e relacional é ilusória.
- C. S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples): Lewis afirma que, sem Deus, o homem busca paz em lugares errados, mas só em Cristo o vazio espiritual é preenchido.
- Wayne Grudem (Teologia Sistemática): Grudem explica que a justificação pela fé não é apenas um ato jurídico, mas uma transformação que possibilita comunhão contínua com Deus e paz duradoura.
9. Aplicação Pessoal
- Paz com Deus: Reconhecer que a paz verdadeira começa com a reconciliação por meio de Cristo, abandonando qualquer esforço próprio para encontrar satisfação.
- Paz Interior: Buscar a paz que excede o entendimento por meio da oração e confiança em Deus (Filipenses 4.6-7).
- Paz com o Próximo: Viver como pacificador, promovendo harmonia e reconciliação em todas as esferas da vida.
10. Conclusão
A promessa redentora de Deus, cumprida em Cristo, estabelece a paz em três dimensões: com Deus, consigo mesmo e com os outros. Essa paz é completa e eterna, refletindo o plano divino de restaurar a harmonia original criada no Éden. Como seguidores de Cristo, somos chamados a viver essa paz e compartilhá-la com o mundo, testemunhando o poder transformador do evangelho.
Uma Promessa Redentora
1. A Origem da Paz Transtornada (Gênesis 3.1-7)
A narrativa de Gênesis 3 descreve como o pecado entrou no mundo, rompendo a harmonia original entre Deus, o homem e a criação. O engano da serpente introduziu desobediência, que resultou em separação espiritual, emocional e relacional:
- Rompimento com Deus: O homem e a mulher, antes em comunhão com o Criador, passaram a ter medo e esconder-se de Sua presença (Gn 3.8).
- Rompimento Interior: A vergonha e a culpa distorceram a identidade do homem e da mulher, gerando insegurança e conflito interno.
- Rompimento Relacional: O relacionamento humano foi marcado por acusações e disputas (Gn 3.12,16).
Esse transtorno da paz é uma consequência direta do pecado e serve como pano de fundo para a promessa redentora que Deus faz em Gênesis 3.15.
2. A Primeira Promessa de Redenção (Gênesis 3.15)
Conhecido como protoevangelium (primeiro evangelho), Gênesis 3.15 apresenta a promessa de Deus de redimir a humanidade:
- “Semente da mulher”: Essa expressão aponta para Cristo, que nasceria de uma mulher e venceria a serpente (Satanás), restaurando a paz entre Deus e os homens (Gálatas 4.4).
- A batalha cósmica: A inimizade entre a semente da mulher e a da serpente representa o conflito espiritual entre o bem e o mal, culminando na vitória de Cristo na cruz.
3. A Reconciliação em Cristo (Romanos 5.1)
Paulo afirma: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” Essa paz é o resultado direto da obra redentora de Cristo:
- Justificação pela fé: Por meio do sacrifício de Jesus, o pecado que causava separação foi removido, permitindo o restabelecimento do relacionamento entre Deus e o homem.
- Paz com Deus: Essa paz não é apenas ausência de hostilidade, mas uma reconciliação que restaura a comunhão original, trazendo descanso espiritual.
4. A Derrubada da Parede de Separação (Efésios 2.14-15)
Cristo é descrito como “a nossa paz”, que desfez a inimizade entre judeus e gentios:
- “Aboliu na sua carne a lei dos mandamentos” (v.15): Pela Sua morte, Jesus removeu as barreiras culturais e religiosas que separavam os povos, unindo-os em um só corpo, a Igreja.
- Unidade em Cristo: Essa reconciliação horizontal reflete a reconciliação vertical com Deus. Em Cristo, a paz é estabelecida tanto no relacionamento humano quanto espiritual.
5. A Paz de Cristo no Novo Testamento
A paz prometida em Cristo é mencionada repetidamente no Novo Testamento, enfatizando diferentes aspectos:
- Presença da Paz (Filipenses 4.9): A paz de Cristo acompanha os que praticam Suas palavras, proporcionando segurança em meio às adversidades.
- Domínio da Paz (Colossenses 3.15): Essa paz governa nossos corações, orientando nossas decisões e atitudes como crentes.
- Bem-aventurança dos Pacificadores (Mateus 5.9): Aqueles que buscam promover a paz refletem o caráter de Deus e são chamados Seus filhos.
6. Contexto Histórico-Cultural e Filosófico
- Judaísmo: No contexto judaico, a paz (shalom) era um estado ideal, refletindo harmonia com Deus, a comunidade e a criação. Os sacrifícios no templo simbolizavam a busca por reconciliação e paz com Deus (Levítico 3).
- Helenismo: A paz (eirēnē), no mundo greco-romano, estava associada à Pax Romana, que significava ausência de guerra imposta pela força militar. Em contraste, a paz de Cristo é baseada no amor e na transformação do coração.
7. Apologia Bíblica: A Verdadeira Paz versus a Ilusão
A paz que Cristo oferece é única, pois resolve a raiz do problema humano: o pecado. Enquanto sistemas religiosos ou filosóficos oferecem métodos humanos para alcançar paz interior ou social, o cristianismo apresenta a reconciliação com Deus como base para toda paz genuína. A obra de Cristo é o único caminho para experimentar paz duradoura e completa (João 14.6).
8. Opiniões de Autores Cristãos
- John Piper (Em busca de Deus): Piper destaca que a paz com Deus é o ponto de partida para todas as outras formas de paz. Sem reconciliação com Deus, a paz interior e relacional é ilusória.
- C. S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples): Lewis afirma que, sem Deus, o homem busca paz em lugares errados, mas só em Cristo o vazio espiritual é preenchido.
- Wayne Grudem (Teologia Sistemática): Grudem explica que a justificação pela fé não é apenas um ato jurídico, mas uma transformação que possibilita comunhão contínua com Deus e paz duradoura.
9. Aplicação Pessoal
- Paz com Deus: Reconhecer que a paz verdadeira começa com a reconciliação por meio de Cristo, abandonando qualquer esforço próprio para encontrar satisfação.
- Paz Interior: Buscar a paz que excede o entendimento por meio da oração e confiança em Deus (Filipenses 4.6-7).
- Paz com o Próximo: Viver como pacificador, promovendo harmonia e reconciliação em todas as esferas da vida.
10. Conclusão
A promessa redentora de Deus, cumprida em Cristo, estabelece a paz em três dimensões: com Deus, consigo mesmo e com os outros. Essa paz é completa e eterna, refletindo o plano divino de restaurar a harmonia original criada no Éden. Como seguidores de Cristo, somos chamados a viver essa paz e compartilhá-la com o mundo, testemunhando o poder transformador do evangelho.
3- Uma promessa que excede todo o entendimento. A paz que excede todo o entendimento nos acalma diante das inquietações da vida (Fp 4.6). Essa paz acalmará o nosso coração, nos fortalecerá para resistir às intempéries diante de nós, assim como aconteceu com o apóstolo Pedro que, mesmo preso numa cadeia típica do primeiro século, dormia um sono profundo e sereno (At 12.5-7). Esse episódio está de pleno acordo com o que o Senhor Jesus prometeu: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Mesmo diante de aflições e lutas, podemos confiar no Senhor e experimentar a paz que só Ele pode nos dar. Portanto, confiemos nas promessas de Jesus, bem como em sua providência!
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Paz Que Excede Todo o Entendimento
1. A Paz que Excede Todo o Entendimento (Filipenses 4.6-7)
Paulo, em sua carta aos filipenses, nos oferece uma profunda promessa sobre a paz que Deus concede aos Seus filhos. Ele diz: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.7). Essa paz é uma realidade transcendental que vai além da razão humana. Em momentos de crise e ansiedade, a paz de Deus atua como um guarda, protegendo o coração e a mente do crente das tentações e angústias da vida.
- Excede Todo o Entendimento: Esta paz não pode ser compreendida plenamente pela lógica humana, pois ela vem de Deus e não depende das circunstâncias. Enquanto o mundo busca soluções temporárias e racionais para a paz, a paz que vem de Deus é sobrenatural, um dom divino. Ela é mais do que uma calma exterior; ela abrange um estado profundo de serenidade interna que permanece, independentemente das dificuldades externas.
- Guarda os Nossos Corações: A palavra "guardar" no grego (phroureo) sugere um sentinela ou proteção militar, implicando que a paz de Deus guarda nossa mente e emoções como um soldado que impede qualquer ataque inimigo. Essa paz mantém a nossa fé intacta, mesmo diante de situações adversas.
2. A Promessa de Jesus: Paz em Meio às Aflições (João 16.33)
Jesus oferece uma promessa de paz em meio ao sofrimento e aflição: "Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo" (Jo 16.33). Essa afirmação reflete a realidade de que a paz verdadeira não é a ausência de dificuldades, mas uma confiança inabalável em Cristo, que venceu o mal e o sofrimento.
- "Em mim tenhais paz": A paz que Jesus oferece está diretamente ligada à nossa união com Ele. Não é uma paz meramente externa, mas uma tranquilidade interna que surge da confiança na soberania de Cristo.
- "No mundo tereis aflições": Jesus é realista sobre as dificuldades da vida. A paz que Ele oferece não é uma utopia ou fuga da realidade. O mundo será um lugar de tribulações, mas Ele nos assegura que, em Cristo, temos a vitória.
- "Eu venci o mundo": A vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e o mal é a base da paz cristã. Sabemos que, apesar das tribulações, já fomos feitos mais que vencedores em Cristo (Rm 8.37).
3. O Exemplo de Pedro: Paz em Meio ao Perigo (Atos 12.5-7)
O episódio de Pedro preso, relatado em Atos 12.5-7, é um exemplo vivo da paz que excede todo entendimento. Quando Pedro estava preso, esperando por um possível martírio, ele "dormia profundamente" (At 12.6), mesmo sabendo dos riscos iminentes.
- Sono em Meio ao Perigo: A paz que Deus oferece não é apenas para momentos de calma, mas também se manifesta em momentos de grande adversidade. Pedro, embora estivesse em uma situação terrível, confiava em Deus de tal forma que sua alma estava em repouso, refletindo a promessa de Jesus de paz em meio às aflições.
- Intervenção Divina: O fato de Deus enviar um anjo para libertar Pedro mostra que, mesmo em situações que parecem desesperadoras, a paz de Deus nos sustenta e nos dá confiança para viver, sabendo que Ele está no controle. Isso reflete também a confiança do apóstolo Paulo, que escreveu: "Nada tema, mas em tudo, pela oração e súplica, com ação de graças, sejam conhecidas as vossas petições diante de Deus" (Fp 4.6).
4. Contexto Histórico-Cultural e Filosófico
- O Império Romano e a Paz Social: No tempo de Jesus e dos apóstolos, o Império Romano pregava a "Pax Romana", uma paz imposta pelo poder militar. Esta paz era superficial, baseada na ausência de guerra, mas não se estendia a uma verdadeira reconciliação ou paz interior.
- Filosofias Helenísticas: Filósofos como os estoicos defendiam uma paz interior conquistada pelo controle sobre as emoções e aceitação do destino. Embora esses pensamentos busquem a serenidade, a paz oferecida por Cristo vai além de um autocontrole humano, pois é fundamentada na confiança em Deus e na Sua soberania.
5. Apologia Bíblica: A Paz Verdadeira em Cristo
A paz que Cristo oferece é única, pois ela não depende das circunstâncias externas. Em contraste com as ofertas do mundo, que são baseadas na ausência de conflito ou prazer momentâneo, a paz que Jesus dá é duradoura e fundamentada na reconciliação com Deus. O crente, mesmo em meio a tribulações, pode desfrutar de uma paz que é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Essa paz é garantida pela obra redentora de Cristo na cruz, que restaurou o relacionamento entre o homem e Deus.
6. Opiniões de Autores Cristãos
- John Piper (Desiring God): Piper destaca que a paz que excede o entendimento é um dos maiores frutos da justificação. Não é uma paz que se encontra nas circunstâncias externas, mas no relacionamento com Deus por meio de Cristo.
- C. S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples): Lewis fala sobre a paz que vem da confiança total em Deus, destacando que a verdadeira paz é uma consequência do nosso descanso na soberania divina.
- Timothy Keller (O Deus Pródigo): Keller observa que a paz em Cristo transcende a lógica humana, sendo mais do que um estado psicológico, mas uma mudança radical na maneira como encaramos o sofrimento e as dificuldades da vida.
7. Aplicação Pessoal
- Confiança em Cristo: Como seguidores de Cristo, somos chamados a confiar plenamente na Sua providência, mesmo quando as circunstâncias são adversas. Em momentos de crise, podemos orar e entregar nossas preocupações a Deus, experimentando Sua paz.
- Descanso Interior: A paz que excede o entendimento se manifesta em um descanso profundo no Senhor. Mesmo quando o mundo ao nosso redor está agitado, podemos experimentar a serenidade que vem de confiar em Deus.
- Ser pacificadores: Como aqueles que já experimentaram a paz de Cristo, devemos buscar viver de maneira pacífica e promover a reconciliação em nossas relações com os outros.
Conclusão
A paz prometida por Jesus é uma paz profunda, duradoura e sobrenatural. Ela não depende das circunstâncias, mas do relacionamento com Cristo. Mesmo em meio às dificuldades e tribulações da vida, podemos descansar na promessa de que a paz de Deus guardará os nossos corações e mentes. Esta paz excede todo o entendimento humano e é um testemunho da presença de Cristo em nossas vidas.
A Paz Que Excede Todo o Entendimento
1. A Paz que Excede Todo o Entendimento (Filipenses 4.6-7)
Paulo, em sua carta aos filipenses, nos oferece uma profunda promessa sobre a paz que Deus concede aos Seus filhos. Ele diz: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.7). Essa paz é uma realidade transcendental que vai além da razão humana. Em momentos de crise e ansiedade, a paz de Deus atua como um guarda, protegendo o coração e a mente do crente das tentações e angústias da vida.
- Excede Todo o Entendimento: Esta paz não pode ser compreendida plenamente pela lógica humana, pois ela vem de Deus e não depende das circunstâncias. Enquanto o mundo busca soluções temporárias e racionais para a paz, a paz que vem de Deus é sobrenatural, um dom divino. Ela é mais do que uma calma exterior; ela abrange um estado profundo de serenidade interna que permanece, independentemente das dificuldades externas.
- Guarda os Nossos Corações: A palavra "guardar" no grego (phroureo) sugere um sentinela ou proteção militar, implicando que a paz de Deus guarda nossa mente e emoções como um soldado que impede qualquer ataque inimigo. Essa paz mantém a nossa fé intacta, mesmo diante de situações adversas.
2. A Promessa de Jesus: Paz em Meio às Aflições (João 16.33)
Jesus oferece uma promessa de paz em meio ao sofrimento e aflição: "Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo" (Jo 16.33). Essa afirmação reflete a realidade de que a paz verdadeira não é a ausência de dificuldades, mas uma confiança inabalável em Cristo, que venceu o mal e o sofrimento.
- "Em mim tenhais paz": A paz que Jesus oferece está diretamente ligada à nossa união com Ele. Não é uma paz meramente externa, mas uma tranquilidade interna que surge da confiança na soberania de Cristo.
- "No mundo tereis aflições": Jesus é realista sobre as dificuldades da vida. A paz que Ele oferece não é uma utopia ou fuga da realidade. O mundo será um lugar de tribulações, mas Ele nos assegura que, em Cristo, temos a vitória.
- "Eu venci o mundo": A vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e o mal é a base da paz cristã. Sabemos que, apesar das tribulações, já fomos feitos mais que vencedores em Cristo (Rm 8.37).
3. O Exemplo de Pedro: Paz em Meio ao Perigo (Atos 12.5-7)
O episódio de Pedro preso, relatado em Atos 12.5-7, é um exemplo vivo da paz que excede todo entendimento. Quando Pedro estava preso, esperando por um possível martírio, ele "dormia profundamente" (At 12.6), mesmo sabendo dos riscos iminentes.
- Sono em Meio ao Perigo: A paz que Deus oferece não é apenas para momentos de calma, mas também se manifesta em momentos de grande adversidade. Pedro, embora estivesse em uma situação terrível, confiava em Deus de tal forma que sua alma estava em repouso, refletindo a promessa de Jesus de paz em meio às aflições.
- Intervenção Divina: O fato de Deus enviar um anjo para libertar Pedro mostra que, mesmo em situações que parecem desesperadoras, a paz de Deus nos sustenta e nos dá confiança para viver, sabendo que Ele está no controle. Isso reflete também a confiança do apóstolo Paulo, que escreveu: "Nada tema, mas em tudo, pela oração e súplica, com ação de graças, sejam conhecidas as vossas petições diante de Deus" (Fp 4.6).
4. Contexto Histórico-Cultural e Filosófico
- O Império Romano e a Paz Social: No tempo de Jesus e dos apóstolos, o Império Romano pregava a "Pax Romana", uma paz imposta pelo poder militar. Esta paz era superficial, baseada na ausência de guerra, mas não se estendia a uma verdadeira reconciliação ou paz interior.
- Filosofias Helenísticas: Filósofos como os estoicos defendiam uma paz interior conquistada pelo controle sobre as emoções e aceitação do destino. Embora esses pensamentos busquem a serenidade, a paz oferecida por Cristo vai além de um autocontrole humano, pois é fundamentada na confiança em Deus e na Sua soberania.
5. Apologia Bíblica: A Paz Verdadeira em Cristo
A paz que Cristo oferece é única, pois ela não depende das circunstâncias externas. Em contraste com as ofertas do mundo, que são baseadas na ausência de conflito ou prazer momentâneo, a paz que Jesus dá é duradoura e fundamentada na reconciliação com Deus. O crente, mesmo em meio a tribulações, pode desfrutar de uma paz que é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Essa paz é garantida pela obra redentora de Cristo na cruz, que restaurou o relacionamento entre o homem e Deus.
6. Opiniões de Autores Cristãos
- John Piper (Desiring God): Piper destaca que a paz que excede o entendimento é um dos maiores frutos da justificação. Não é uma paz que se encontra nas circunstâncias externas, mas no relacionamento com Deus por meio de Cristo.
- C. S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples): Lewis fala sobre a paz que vem da confiança total em Deus, destacando que a verdadeira paz é uma consequência do nosso descanso na soberania divina.
- Timothy Keller (O Deus Pródigo): Keller observa que a paz em Cristo transcende a lógica humana, sendo mais do que um estado psicológico, mas uma mudança radical na maneira como encaramos o sofrimento e as dificuldades da vida.
7. Aplicação Pessoal
- Confiança em Cristo: Como seguidores de Cristo, somos chamados a confiar plenamente na Sua providência, mesmo quando as circunstâncias são adversas. Em momentos de crise, podemos orar e entregar nossas preocupações a Deus, experimentando Sua paz.
- Descanso Interior: A paz que excede o entendimento se manifesta em um descanso profundo no Senhor. Mesmo quando o mundo ao nosso redor está agitado, podemos experimentar a serenidade que vem de confiar em Deus.
- Ser pacificadores: Como aqueles que já experimentaram a paz de Cristo, devemos buscar viver de maneira pacífica e promover a reconciliação em nossas relações com os outros.
Conclusão
A paz prometida por Jesus é uma paz profunda, duradoura e sobrenatural. Ela não depende das circunstâncias, mas do relacionamento com Cristo. Mesmo em meio às dificuldades e tribulações da vida, podemos descansar na promessa de que a paz de Deus guardará os nossos corações e mentes. Esta paz excede todo o entendimento humano e é um testemunho da presença de Cristo em nossas vidas.
SINOPSE III
A paz que excede todo o entendimento é uma paz que nos acalma diante das inquietações da vida.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
CONCLUSÃO
Vimos que a paz de Deus tem a ver com bem-estar, repouso e quietude, mesmo nas horas de grandes tormentos. Contrastamos essa perspectiva de paz com a do mundo que compreende que a paz é a mera ausência de guerra ou se resume a períodos limitados de prazeres. Aprendemos que a Paz de Deus é uma virtude profunda, elevada e eterna. Não se trata de algo passageiro, mas de um estado permanente, que independe das circunstâncias. É a paz que Jesus prometeu.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A paz de Deus é uma virtude que reflete Seu caráter divino e Sua soberania, e é um dos maiores presentes que Ele oferece à humanidade. Esta paz não está relacionada à ausência de conflito ou à busca de prazeres temporários, mas a um estado de bem-estar, repouso e quietude, independentemente das circunstâncias da vida. Vamos explorar essa paz à luz das Escrituras, seu contexto histórico-cultural, filosófico e as implicações teológicas para os cristãos.
1. O Significado da Paz de Deus
A palavra "paz", tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, carrega um significado profundo e multifacetado. No Antigo Testamento, a palavra hebraica para paz é shalom, que vai além da simples ausência de conflito. "Shalom" implica completude, bem-estar, prosperidade, harmonia e segurança. Em sua forma mais completa, refere-se ao estado de perfeição que é restaurado por Deus, não apenas nas relações humanas, mas na restauração da criação (Is 11.6-9).
No Novo Testamento, a palavra grega para paz é eirene, que também carrega a ideia de harmonia, tranquilidade e bem-estar, mas com um foco adicional no conceito de reconciliação com Deus por meio de Cristo (Rm 5.1). A paz prometida por Jesus é uma paz que transcende a compreensão humana, sendo uma paz espiritual que cura, restaura e dá segurança ao coração do crente, independentemente das circunstâncias externas (Jo 14.27).
2. A Paz do Mundo vs. A Paz de Deus
A paz oferecida pelo mundo é superficial e transitória. Ela está associada à ausência de conflitos ou a momentos de prazer temporário. Para muitos, a paz se resume a fugir das dificuldades ou a manter um estado de bem-estar temporário. Contudo, esse tipo de paz é passageiro e facilmente abalado pelas vicissitudes da vida, como guerras, crises financeiras ou doenças.
A paz de Deus, por outro lado, é eterna e inabalável. Ela não depende das condições externas ou da eliminação de dificuldades. O apóstolo Paulo escreve em Filipenses 4.7 que a paz de Deus que excede todo o entendimento guardará os corações e os pensamentos em Cristo Jesus. Essa paz é permanente porque é fundamentada no caráter de Deus e em Sua soberania.
Jesus, como o Príncipe da Paz (Is 9.6), oferece aos Seus seguidores uma paz que é eterna e transcende a compreensão humana. Ele não promete a eliminação de dificuldades, mas assegura que, em meio a elas, temos Sua presença para nos sustentar e acalmar nosso coração (Jo 16.33).
3. Contexto Histórico-Cultural e Filosófico
Historicamente, a paz era entendida de maneira diferente entre as várias culturas e religiões. No contexto judaico, a paz (shalom) era uma bênção completa que envolvia bem-estar físico, mental e espiritual, sendo associada à aliança com Deus. No judaísmo do Segundo Templo, a paz estava diretamente ligada à obediência a Deus e à observância da Lei.
Na filosofia grega, especialmente com os estoicos, a paz era vista como uma tranquilidade interior, alcançada pela autossuficiência e controle das paixões. Já na filosofia romana, a paz era entendida como a pax romana, um período de estabilidade política proporcionado pelo Império Romano, mas que não oferecia uma paz interna duradoura.
O cristianismo, por sua vez, redefine a paz como uma paz que vem de fora e que é recebida de Deus. É uma paz que resulta da reconciliação com Deus e da presença de Cristo em nossas vidas. O apóstolo Paulo argumenta que a verdadeira paz é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22), e que ela deve dominar os corações dos cristãos, independentemente das circunstâncias externas (Cl 3.15).
4. A Apologia Bíblica da Paz de Deus
A paz de Deus é fundamental para a vida cristã. No Sermão do Monte, Jesus declara que "bem-aventurados os pacificadores" (Mt 5.9), mostrando que a paz não é apenas algo a ser recebido, mas também algo a ser vivido e transmitido aos outros. A paz de Deus, portanto, não se limita a um estado interno de serenidade, mas se traduz em ações concretas de reconciliação e harmonia com os outros.
Em Efésios 2.14-15, Paulo ensina que a paz de Cristo derrubou a parede da separação entre judeus e gentios, criando uma nova humanidade reconciliada em Cristo. Isso reflete o objetivo redentor da paz, que é restaurar as relações quebradas entre Deus e a humanidade, e entre as próprias pessoas. A paz que Jesus oferece é, portanto, uma paz restauradora que reconcilia os homens com Deus e uns com os outros.
5. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
Livros acadêmicos cristãos, como os de John Stott e N.T. Wright, ressaltam que a paz de Deus não é apenas um sentimento ou uma emoção, mas é uma realidade espiritual baseada na obra consumada de Cristo. John Stott, por exemplo, em sua obra A Cruz de Cristo, destaca que a paz com Deus é a base para a verdadeira paz, e que essa paz é obtida exclusivamente por meio da obra redentora de Cristo.
N.T. Wright, em Simply Jesus, enfatiza que Jesus, como o Príncipe da Paz, veio restaurar o Shalom original, trazendo uma paz que não só cura as relações entre os indivíduos, mas também restabelece a harmonia da criação.
Conclusão
A paz de Deus é um tema central na Bíblia, representando não apenas a tranquilidade interna, mas a reconciliação com Deus e com os outros. Essa paz é eterna, profunda e fundamentada na obra de Cristo, e deve ser vivida e compartilhada pelos cristãos em todas as circunstâncias. Ao contrário da paz enganosa do mundo, que é superficial e passageira, a paz que Jesus oferece é verdadeira, duradoura e transformadora, e deve ser buscada e cultivada no coração dos seguidores de Cristo.
A paz de Deus é uma virtude que reflete Seu caráter divino e Sua soberania, e é um dos maiores presentes que Ele oferece à humanidade. Esta paz não está relacionada à ausência de conflito ou à busca de prazeres temporários, mas a um estado de bem-estar, repouso e quietude, independentemente das circunstâncias da vida. Vamos explorar essa paz à luz das Escrituras, seu contexto histórico-cultural, filosófico e as implicações teológicas para os cristãos.
1. O Significado da Paz de Deus
A palavra "paz", tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, carrega um significado profundo e multifacetado. No Antigo Testamento, a palavra hebraica para paz é shalom, que vai além da simples ausência de conflito. "Shalom" implica completude, bem-estar, prosperidade, harmonia e segurança. Em sua forma mais completa, refere-se ao estado de perfeição que é restaurado por Deus, não apenas nas relações humanas, mas na restauração da criação (Is 11.6-9).
No Novo Testamento, a palavra grega para paz é eirene, que também carrega a ideia de harmonia, tranquilidade e bem-estar, mas com um foco adicional no conceito de reconciliação com Deus por meio de Cristo (Rm 5.1). A paz prometida por Jesus é uma paz que transcende a compreensão humana, sendo uma paz espiritual que cura, restaura e dá segurança ao coração do crente, independentemente das circunstâncias externas (Jo 14.27).
2. A Paz do Mundo vs. A Paz de Deus
A paz oferecida pelo mundo é superficial e transitória. Ela está associada à ausência de conflitos ou a momentos de prazer temporário. Para muitos, a paz se resume a fugir das dificuldades ou a manter um estado de bem-estar temporário. Contudo, esse tipo de paz é passageiro e facilmente abalado pelas vicissitudes da vida, como guerras, crises financeiras ou doenças.
A paz de Deus, por outro lado, é eterna e inabalável. Ela não depende das condições externas ou da eliminação de dificuldades. O apóstolo Paulo escreve em Filipenses 4.7 que a paz de Deus que excede todo o entendimento guardará os corações e os pensamentos em Cristo Jesus. Essa paz é permanente porque é fundamentada no caráter de Deus e em Sua soberania.
Jesus, como o Príncipe da Paz (Is 9.6), oferece aos Seus seguidores uma paz que é eterna e transcende a compreensão humana. Ele não promete a eliminação de dificuldades, mas assegura que, em meio a elas, temos Sua presença para nos sustentar e acalmar nosso coração (Jo 16.33).
3. Contexto Histórico-Cultural e Filosófico
Historicamente, a paz era entendida de maneira diferente entre as várias culturas e religiões. No contexto judaico, a paz (shalom) era uma bênção completa que envolvia bem-estar físico, mental e espiritual, sendo associada à aliança com Deus. No judaísmo do Segundo Templo, a paz estava diretamente ligada à obediência a Deus e à observância da Lei.
Na filosofia grega, especialmente com os estoicos, a paz era vista como uma tranquilidade interior, alcançada pela autossuficiência e controle das paixões. Já na filosofia romana, a paz era entendida como a pax romana, um período de estabilidade política proporcionado pelo Império Romano, mas que não oferecia uma paz interna duradoura.
O cristianismo, por sua vez, redefine a paz como uma paz que vem de fora e que é recebida de Deus. É uma paz que resulta da reconciliação com Deus e da presença de Cristo em nossas vidas. O apóstolo Paulo argumenta que a verdadeira paz é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22), e que ela deve dominar os corações dos cristãos, independentemente das circunstâncias externas (Cl 3.15).
4. A Apologia Bíblica da Paz de Deus
A paz de Deus é fundamental para a vida cristã. No Sermão do Monte, Jesus declara que "bem-aventurados os pacificadores" (Mt 5.9), mostrando que a paz não é apenas algo a ser recebido, mas também algo a ser vivido e transmitido aos outros. A paz de Deus, portanto, não se limita a um estado interno de serenidade, mas se traduz em ações concretas de reconciliação e harmonia com os outros.
Em Efésios 2.14-15, Paulo ensina que a paz de Cristo derrubou a parede da separação entre judeus e gentios, criando uma nova humanidade reconciliada em Cristo. Isso reflete o objetivo redentor da paz, que é restaurar as relações quebradas entre Deus e a humanidade, e entre as próprias pessoas. A paz que Jesus oferece é, portanto, uma paz restauradora que reconcilia os homens com Deus e uns com os outros.
5. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
Livros acadêmicos cristãos, como os de John Stott e N.T. Wright, ressaltam que a paz de Deus não é apenas um sentimento ou uma emoção, mas é uma realidade espiritual baseada na obra consumada de Cristo. John Stott, por exemplo, em sua obra A Cruz de Cristo, destaca que a paz com Deus é a base para a verdadeira paz, e que essa paz é obtida exclusivamente por meio da obra redentora de Cristo.
N.T. Wright, em Simply Jesus, enfatiza que Jesus, como o Príncipe da Paz, veio restaurar o Shalom original, trazendo uma paz que não só cura as relações entre os indivíduos, mas também restabelece a harmonia da criação.
Conclusão
A paz de Deus é um tema central na Bíblia, representando não apenas a tranquilidade interna, mas a reconciliação com Deus e com os outros. Essa paz é eterna, profunda e fundamentada na obra de Cristo, e deve ser vivida e compartilhada pelos cristãos em todas as circunstâncias. Ao contrário da paz enganosa do mundo, que é superficial e passageira, a paz que Jesus oferece é verdadeira, duradoura e transformadora, e deve ser buscada e cultivada no coração dos seguidores de Cristo.
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Muito obrigado pelos comentários, tem me ajudado muito a dar aula na escola biblica.
ResponderExcluirDeus te abençoe.
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