TEXTO BÍBLICO BÁSICO Mateus 7.28,29 28- E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, 29- porquant...
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Mateus 7.28,29
28- E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina,
29- porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas.
João 13.12-15
12- Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
13- Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou.
14- Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros.
15- Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Mateus 7.28-29 e João 13.12-15
Mateus 7.28-29
Versículo 28: "E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina"
Contexto:
Este versículo ocorre após Jesus ter completado o Sermão do Monte (Mateus 5-7), um dos discursos mais famosos e profundos de toda a Bíblia, no qual Jesus ensina sobre os princípios do Reino de Deus, abordando questões como o amor ao próximo, as bem-aventuranças, e a verdadeira justiça. Após esse ensino, a reação da multidão é de admiração, pois a profundidade, autoridade e clareza de Sua doutrina eram incomuns para os ouvintes.
Raiz da Palavra:
A palavra "doutrina" (em grego: didaché, διδασκαλία) significa "ensinamento", "instrução" ou "ensinamento fundamental". Ela implica a ideia de um ensino formal ou sistemático que molda a compreensão moral e espiritual.
Reflexão Teológica:
Jesus, ao ensinar, não usava a autoridade de um mestre convencional ou rabino que se apoiava em tradições e interpretações humanas. Sua autoridade provinha diretamente de Deus, e isso era visível em Seu ensino, que não era apenas intelectual, mas transformador. Ele falava com autoridade divina, como o próprio Verbo de Deus encarnado (João 1.1), e isso causava impacto na multidão. Jesus não era apenas mais um professor; Ele era o Mestre por excelência.
Versículo 29: "Porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas."
Contexto:
A comparação entre Jesus e os escribas é relevante, pois os escribas eram mestres da Lei, mas seu ensino muitas vezes era baseado em interpretações rabínicas ou tradições humanas, e não no poder da verdade revelada diretamente por Deus. Jesus, ao contrário, ensinava com autoridade própria, que é dada a Ele pelo Pai, sendo um ensino original e com poder transformador.
Raiz da Palavra:
A palavra "autoridade" (em grego: exousía, ἐξουσία) tem o significado de "poder", "direito" ou "autoridade legítima". A palavra expressa a ideia de uma autoridade não delegada, mas inerente ao próprio ser, algo que se relaciona diretamente à soberania divina.
Reflexão Teológica:
Jesus não dependia de uma autoridade externa para ensinar, mas falava com a autoridade que somente Deus possui. Ele não era apenas um intérprete da Lei, mas o próprio cumprimento da Lei (Mateus 5.17). Essa autoridade, dada por Deus, era reconhecida pela multidão, e sua doutrina era distinta, profunda e com o poder de transformar vidas.
João 13.12-15
Versículo 12: "Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?"
Contexto:
Este versículo ocorre durante o Último Supper (Última Ceia), quando Jesus, antes de Sua morte, realiza um ato incomum e surpreendente: lava os pés de Seus discípulos. Esse gesto tinha um significado profundo, pois o ato de lavar os pés era normalmente realizado por servos ou escravos, e não por mestres. Jesus, ao fazer isso, está demonstrando o verdadeiro serviço e humildade, contrariando as expectativas culturais de liderança e poder.
Raiz da Palavra:
A palavra "lavou" (em grego: nipto, νίπτω) refere-se ao ato de lavar, purificar ou limpar, e aqui é um ato simbólico de humildade e purificação.
Reflexão Teológica:
Jesus, ao lavar os pés de Seus discípulos, ensina algo revolucionário sobre o papel da liderança no Reino de Deus. Ele demonstra que liderar é servir, um princípio oposto ao entendimento humano de poder, onde liderança frequentemente está associada a domínio ou controle. Jesus, ao praticar a humildade e o serviço, revela o coração do verdadeiro Reino de Deus, onde os maiores são os que servem (Mateus 20.26-28).
Versículo 13: "Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou."
Contexto:
Aqui, Jesus reconhece que os discípulos o chamam de Mestre (didaskalos) e Senhor (kyrios), termos que indicam autoridade e respeito. Ele confirma essa verdade, dizendo que é justamente isso que Ele é. Porém, Ele também está prestes a ensinar a eles que, como Mestre e Senhor, Ele deve ser um exemplo de serviço, não de domínio.
Raiz das Palavras:
- Mestre (didaskalos): Este termo significa "instrutor" ou "aquele que ensina", e é uma palavra respeitosa para alguém que tem autoridade para ensinar.
- Senhor (kyrios): Refere-se a alguém que tem autoridade sobre outra pessoa, sendo também um título dado a Deus.
Reflexão Teológica:
Jesus é Mestre e Senhor por direito divino. No entanto, Ele não usa Sua autoridade de forma egocêntrica ou opressiva, mas a usa para servir e ensinar pelo exemplo. O fato de Ele ser Senhor e Mestre não lhe confere apenas poder, mas também responsabilidade de amar e servir aos outros.
Versículo 14: "Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros."
Contexto:
Neste versículo, Jesus dá um mandamento claro aos discípulos, dizendo que eles devem fazer o que Ele fez. Ao lavar os pés deles, Jesus não apenas realizou um ato simbólico, mas deu um exemplo prático de como viver no Reino de Deus. O cristão deve estar disposto a servir aos outros de maneira humilde e sacrificial.
Raiz da Palavra:
O verbo "lavar" aqui é novamente nipto, o mesmo termo usado para indicar o ato de purificar ou limpar os pés.
Reflexão Teológica:
O mandamento de Jesus é claro: o verdadeiro discipulado envolve humildade e serviço. A liderança cristã não é sobre hierarquia ou status, mas sobre servir aos outros com amor, do mesmo modo que Cristo serviu. Ele não está apenas falando de um ato físico, mas de uma atitude que deve caracterizar o cristão.
Versículo 15: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também."
Contexto:
Jesus enfatiza que a razão para Ele ter lavado os pés dos discípulos não foi apenas uma lição, mas um exemplo prático a ser seguido. Ele não apenas ensina com palavras, mas com ações, desafiando Seus discípulos a imitar Seu exemplo de humildade e serviço.
Raiz da Palavra:
A palavra "exemplo" (em grego: hupodeigma, ὑποδεῖγμα) refere-se a algo que serve como modelo ou protótipo a ser seguido. Jesus não está apenas transmitindo uma teoria, mas um modelo prático de como viver a vida cristã.
Reflexão Teológica:
O cristão é chamado a seguir o exemplo de Cristo, não apenas em palavras, mas também em ações. O cristianismo é uma fé encarnada, que exige que os discípulos de Jesus imitem Sua vida e Seu amor em seus próprios relacionamentos, sendo servos humildes e dispostos a sacrificar-se pelos outros.
Conclusão:
Os versículos de Mateus 7.28-29 e João 13.12-15 revelam aspectos centrais do ensinamento de Jesus sobre a autoridade divina e o verdadeiro caráter do Reino de Deus, que é marcado por humildade e serviço. Enquanto o primeiro texto destaca a autoridade única de Jesus, o segundo nos ensina que a verdadeira liderança cristã se manifesta no serviço abnegado aos outros, seguindo o exemplo de Cristo. Como discípulos de Jesus, somos chamados não apenas a aprender, mas a viver e imitar Seu exemplo, sendo agentes de transformação em um mundo que muitas vezes se esquece do valor da humildade e do serviço ao próximo.
Mateus 7.28-29 e João 13.12-15
Mateus 7.28-29
Versículo 28: "E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina"
Contexto:
Este versículo ocorre após Jesus ter completado o Sermão do Monte (Mateus 5-7), um dos discursos mais famosos e profundos de toda a Bíblia, no qual Jesus ensina sobre os princípios do Reino de Deus, abordando questões como o amor ao próximo, as bem-aventuranças, e a verdadeira justiça. Após esse ensino, a reação da multidão é de admiração, pois a profundidade, autoridade e clareza de Sua doutrina eram incomuns para os ouvintes.
Raiz da Palavra:
A palavra "doutrina" (em grego: didaché, διδασκαλία) significa "ensinamento", "instrução" ou "ensinamento fundamental". Ela implica a ideia de um ensino formal ou sistemático que molda a compreensão moral e espiritual.
Reflexão Teológica:
Jesus, ao ensinar, não usava a autoridade de um mestre convencional ou rabino que se apoiava em tradições e interpretações humanas. Sua autoridade provinha diretamente de Deus, e isso era visível em Seu ensino, que não era apenas intelectual, mas transformador. Ele falava com autoridade divina, como o próprio Verbo de Deus encarnado (João 1.1), e isso causava impacto na multidão. Jesus não era apenas mais um professor; Ele era o Mestre por excelência.
Versículo 29: "Porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas."
Contexto:
A comparação entre Jesus e os escribas é relevante, pois os escribas eram mestres da Lei, mas seu ensino muitas vezes era baseado em interpretações rabínicas ou tradições humanas, e não no poder da verdade revelada diretamente por Deus. Jesus, ao contrário, ensinava com autoridade própria, que é dada a Ele pelo Pai, sendo um ensino original e com poder transformador.
Raiz da Palavra:
A palavra "autoridade" (em grego: exousía, ἐξουσία) tem o significado de "poder", "direito" ou "autoridade legítima". A palavra expressa a ideia de uma autoridade não delegada, mas inerente ao próprio ser, algo que se relaciona diretamente à soberania divina.
Reflexão Teológica:
Jesus não dependia de uma autoridade externa para ensinar, mas falava com a autoridade que somente Deus possui. Ele não era apenas um intérprete da Lei, mas o próprio cumprimento da Lei (Mateus 5.17). Essa autoridade, dada por Deus, era reconhecida pela multidão, e sua doutrina era distinta, profunda e com o poder de transformar vidas.
João 13.12-15
Versículo 12: "Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?"
Contexto:
Este versículo ocorre durante o Último Supper (Última Ceia), quando Jesus, antes de Sua morte, realiza um ato incomum e surpreendente: lava os pés de Seus discípulos. Esse gesto tinha um significado profundo, pois o ato de lavar os pés era normalmente realizado por servos ou escravos, e não por mestres. Jesus, ao fazer isso, está demonstrando o verdadeiro serviço e humildade, contrariando as expectativas culturais de liderança e poder.
Raiz da Palavra:
A palavra "lavou" (em grego: nipto, νίπτω) refere-se ao ato de lavar, purificar ou limpar, e aqui é um ato simbólico de humildade e purificação.
Reflexão Teológica:
Jesus, ao lavar os pés de Seus discípulos, ensina algo revolucionário sobre o papel da liderança no Reino de Deus. Ele demonstra que liderar é servir, um princípio oposto ao entendimento humano de poder, onde liderança frequentemente está associada a domínio ou controle. Jesus, ao praticar a humildade e o serviço, revela o coração do verdadeiro Reino de Deus, onde os maiores são os que servem (Mateus 20.26-28).
Versículo 13: "Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou."
Contexto:
Aqui, Jesus reconhece que os discípulos o chamam de Mestre (didaskalos) e Senhor (kyrios), termos que indicam autoridade e respeito. Ele confirma essa verdade, dizendo que é justamente isso que Ele é. Porém, Ele também está prestes a ensinar a eles que, como Mestre e Senhor, Ele deve ser um exemplo de serviço, não de domínio.
Raiz das Palavras:
- Mestre (didaskalos): Este termo significa "instrutor" ou "aquele que ensina", e é uma palavra respeitosa para alguém que tem autoridade para ensinar.
- Senhor (kyrios): Refere-se a alguém que tem autoridade sobre outra pessoa, sendo também um título dado a Deus.
Reflexão Teológica:
Jesus é Mestre e Senhor por direito divino. No entanto, Ele não usa Sua autoridade de forma egocêntrica ou opressiva, mas a usa para servir e ensinar pelo exemplo. O fato de Ele ser Senhor e Mestre não lhe confere apenas poder, mas também responsabilidade de amar e servir aos outros.
Versículo 14: "Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros."
Contexto:
Neste versículo, Jesus dá um mandamento claro aos discípulos, dizendo que eles devem fazer o que Ele fez. Ao lavar os pés deles, Jesus não apenas realizou um ato simbólico, mas deu um exemplo prático de como viver no Reino de Deus. O cristão deve estar disposto a servir aos outros de maneira humilde e sacrificial.
Raiz da Palavra:
O verbo "lavar" aqui é novamente nipto, o mesmo termo usado para indicar o ato de purificar ou limpar os pés.
Reflexão Teológica:
O mandamento de Jesus é claro: o verdadeiro discipulado envolve humildade e serviço. A liderança cristã não é sobre hierarquia ou status, mas sobre servir aos outros com amor, do mesmo modo que Cristo serviu. Ele não está apenas falando de um ato físico, mas de uma atitude que deve caracterizar o cristão.
Versículo 15: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também."
Contexto:
Jesus enfatiza que a razão para Ele ter lavado os pés dos discípulos não foi apenas uma lição, mas um exemplo prático a ser seguido. Ele não apenas ensina com palavras, mas com ações, desafiando Seus discípulos a imitar Seu exemplo de humildade e serviço.
Raiz da Palavra:
A palavra "exemplo" (em grego: hupodeigma, ὑποδεῖγμα) refere-se a algo que serve como modelo ou protótipo a ser seguido. Jesus não está apenas transmitindo uma teoria, mas um modelo prático de como viver a vida cristã.
Reflexão Teológica:
O cristão é chamado a seguir o exemplo de Cristo, não apenas em palavras, mas também em ações. O cristianismo é uma fé encarnada, que exige que os discípulos de Jesus imitem Sua vida e Seu amor em seus próprios relacionamentos, sendo servos humildes e dispostos a sacrificar-se pelos outros.
Conclusão:
Os versículos de Mateus 7.28-29 e João 13.12-15 revelam aspectos centrais do ensinamento de Jesus sobre a autoridade divina e o verdadeiro caráter do Reino de Deus, que é marcado por humildade e serviço. Enquanto o primeiro texto destaca a autoridade única de Jesus, o segundo nos ensina que a verdadeira liderança cristã se manifesta no serviço abnegado aos outros, seguindo o exemplo de Cristo. Como discípulos de Jesus, somos chamados não apenas a aprender, mas a viver e imitar Seu exemplo, sendo agentes de transformação em um mundo que muitas vezes se esquece do valor da humildade e do serviço ao próximo.
TEXTO ÁUREO
E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 4.23
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Este versículo descreve o ministério de Jesus na Galileia, uma região do norte de Israel. Esse período é fundamental para entender a missão de Jesus e sua relação com o povo da sua terra. A Galileia era uma área marcada por diversidade cultural e social, sendo habitada por judeus e também por gentios, com uma rica mistura de influências. O versículo reflete a ação tripla de Jesus: ensinar, pregar e curar. Essa abordagem integral do ministério de Jesus serve como modelo para a ação cristã.
Raiz das Palavras:
- "Ensinando" (em grego: didaskō, διδάσκω) – Este verbo significa ensinar, instruir, transmitir conhecimento, e aqui refere-se à transmissão das verdades do Reino de Deus. O ensino de Jesus não era apenas acadêmico, mas prático e aplicável à vida cotidiana.
- "Pregando" (em grego: kēryssō, κηρύσσω) – A palavra implica em proclamar, anunciar publicamente a mensagem de Deus, especialmente a boa nova do Reino. O evangelho não era uma mensagem privada ou reservada, mas divulgada abertamente, com autoridade e com a esperança de trazer a salvação a todos.
- "Evangelho" (em grego: euangelion, εὐαγγέλιον) – A palavra significa boa notícia, a mensagem de salvação de Deus que Jesus trazia. O Evangelho do Reino de Deus é o anúncio de que o Reino de Deus está presente em Jesus e que a salvação está disponível para todos que aceitarem essa boa nova.
- "Curando" (em grego: therapeuō, θεραπεύω) – Este verbo está relacionado ao ato de curar, tratar, restaurar à saúde. O ministério de cura de Jesus não era apenas físico, mas também espiritual, pois Ele restaurava as pessoas à plena saúde, de corpo e alma.
- "Enfermidades" (em grego: nosos, νόσος) – Refere-se a doenças ou males, de qualquer tipo. O uso dessa palavra no texto destaca o poder de Jesus sobre a dor e sofrimento humano, mostrando que Ele tinha domínio sobre todas as áreas da vida.
- "Moléstias" (em grego: malakia, μαλακία) – Este termo é frequentemente usado para indicar fraquezas ou doenças, e no contexto de Mateus, enfatiza a restauração da saúde física e emocional proporcionada por Jesus.
Reflexão Teológica:
Este versículo encapsula o ministério integral de Jesus, no qual Ele não apenas ensina a palavra de Deus, mas também a proclama publicamente e age com poder para curar e restaurar. A tripla ação de Jesus - ensinar, pregar e curar - reflete uma abordagem holística da missão de Deus: corpo, alma e espírito. Em seu ministério, Jesus não se limitava a oferecer uma mensagem espiritual, mas também tratava as necessidades físicas e emocionais das pessoas.
- Ensinar nas sinagogas: Isso mostra que Jesus se envolvia com a tradição religiosa judaica, ensinando dentro do contexto das sinagogas, lugares de adoração e ensino. Mas o ensino de Jesus era revolucionário, pois Ele revelava a verdadeira interpretação da Lei de Deus, rompendo com as tradições vazias e legalistas dos escribas e fariseus.
- Pregando o evangelho do Reino: A mensagem central de Jesus era o Reino de Deus, a boa nova de que Deus estava instaurando Seu Reino, não em termos políticos, mas espirituais. O Reino de Deus é caracterizado pela justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14.17). Jesus, com Sua autoridade, convocava as pessoas ao arrependimento e à fé para entrar neste Reino.
- Curando todas as enfermidades e moléstias: A cura de Jesus era um sinal de Sua compaixão e poder divino. Cada milagre de cura realizado por Jesus não apenas restaurava a saúde física das pessoas, mas também servia como um sinal messiânico, apontando para a vinda do Reino de Deus. Em muitos casos, a cura também envolvia a restauração espiritual da pessoa, como vemos na cura do paralítico (Mateus 9.2-8), onde Jesus primeiro perdoa os pecados da pessoa antes de curá-la fisicamente.
Aplicação para a Vida Cristã:
Como discípulos de Jesus, somos chamados a refletir essa tripla missão em nossa própria vida cristã:
- Ensinar e transmitir a Palavra: Assim como Jesus ensinava, nós também devemos compartilhar as verdades do Evangelho. O ensino cristão deve ser baseado nas Escrituras e aplicável à vida cotidiana. Cada cristão, em sua esfera de influência, é chamado a ser porta-voz do Reino de Deus.
- Pregar o evangelho do Reino: A pregação não é apenas uma tarefa para pregadores profissionais, mas para todos os cristãos. O Evangelho do Reino é uma mensagem de esperança e transformação, que deve ser proclamada com fervor. O Reino de Deus é uma realidade presente, e devemos viver e anunciar essa verdade em todos os aspectos da vida.
- Curar e restaurar: A missão de cura não é apenas física, mas também emocional e espiritual. Assim como Jesus curou os doentes, os cristãos devem estar dispostos a ajudar os outros em suas necessidades, oferecendo não apenas ajuda prática, mas também esperança e restauração espiritual. A igreja deve ser um lugar onde as pessoas encontram cura e consolo, refletindo o amor de Cristo.
Conclusão:
Mateus 4.23 descreve o ministério abrangente de Jesus: ensinar, pregar e curar. Esse versículo nos desafia a viver a missão cristã de forma holística, tratando não apenas das necessidades espirituais das pessoas, mas também de suas necessidades físicas e emocionais. Ao seguir o exemplo de Jesus, os cristãos são chamados a ser agentes de transformação no mundo, proclamando a mensagem do Reino de Deus e buscando restaurar vidas para a glória de Deus.
Este versículo descreve o ministério de Jesus na Galileia, uma região do norte de Israel. Esse período é fundamental para entender a missão de Jesus e sua relação com o povo da sua terra. A Galileia era uma área marcada por diversidade cultural e social, sendo habitada por judeus e também por gentios, com uma rica mistura de influências. O versículo reflete a ação tripla de Jesus: ensinar, pregar e curar. Essa abordagem integral do ministério de Jesus serve como modelo para a ação cristã.
Raiz das Palavras:
- "Ensinando" (em grego: didaskō, διδάσκω) – Este verbo significa ensinar, instruir, transmitir conhecimento, e aqui refere-se à transmissão das verdades do Reino de Deus. O ensino de Jesus não era apenas acadêmico, mas prático e aplicável à vida cotidiana.
- "Pregando" (em grego: kēryssō, κηρύσσω) – A palavra implica em proclamar, anunciar publicamente a mensagem de Deus, especialmente a boa nova do Reino. O evangelho não era uma mensagem privada ou reservada, mas divulgada abertamente, com autoridade e com a esperança de trazer a salvação a todos.
- "Evangelho" (em grego: euangelion, εὐαγγέλιον) – A palavra significa boa notícia, a mensagem de salvação de Deus que Jesus trazia. O Evangelho do Reino de Deus é o anúncio de que o Reino de Deus está presente em Jesus e que a salvação está disponível para todos que aceitarem essa boa nova.
- "Curando" (em grego: therapeuō, θεραπεύω) – Este verbo está relacionado ao ato de curar, tratar, restaurar à saúde. O ministério de cura de Jesus não era apenas físico, mas também espiritual, pois Ele restaurava as pessoas à plena saúde, de corpo e alma.
- "Enfermidades" (em grego: nosos, νόσος) – Refere-se a doenças ou males, de qualquer tipo. O uso dessa palavra no texto destaca o poder de Jesus sobre a dor e sofrimento humano, mostrando que Ele tinha domínio sobre todas as áreas da vida.
- "Moléstias" (em grego: malakia, μαλακία) – Este termo é frequentemente usado para indicar fraquezas ou doenças, e no contexto de Mateus, enfatiza a restauração da saúde física e emocional proporcionada por Jesus.
Reflexão Teológica:
Este versículo encapsula o ministério integral de Jesus, no qual Ele não apenas ensina a palavra de Deus, mas também a proclama publicamente e age com poder para curar e restaurar. A tripla ação de Jesus - ensinar, pregar e curar - reflete uma abordagem holística da missão de Deus: corpo, alma e espírito. Em seu ministério, Jesus não se limitava a oferecer uma mensagem espiritual, mas também tratava as necessidades físicas e emocionais das pessoas.
- Ensinar nas sinagogas: Isso mostra que Jesus se envolvia com a tradição religiosa judaica, ensinando dentro do contexto das sinagogas, lugares de adoração e ensino. Mas o ensino de Jesus era revolucionário, pois Ele revelava a verdadeira interpretação da Lei de Deus, rompendo com as tradições vazias e legalistas dos escribas e fariseus.
- Pregando o evangelho do Reino: A mensagem central de Jesus era o Reino de Deus, a boa nova de que Deus estava instaurando Seu Reino, não em termos políticos, mas espirituais. O Reino de Deus é caracterizado pela justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14.17). Jesus, com Sua autoridade, convocava as pessoas ao arrependimento e à fé para entrar neste Reino.
- Curando todas as enfermidades e moléstias: A cura de Jesus era um sinal de Sua compaixão e poder divino. Cada milagre de cura realizado por Jesus não apenas restaurava a saúde física das pessoas, mas também servia como um sinal messiânico, apontando para a vinda do Reino de Deus. Em muitos casos, a cura também envolvia a restauração espiritual da pessoa, como vemos na cura do paralítico (Mateus 9.2-8), onde Jesus primeiro perdoa os pecados da pessoa antes de curá-la fisicamente.
Aplicação para a Vida Cristã:
Como discípulos de Jesus, somos chamados a refletir essa tripla missão em nossa própria vida cristã:
- Ensinar e transmitir a Palavra: Assim como Jesus ensinava, nós também devemos compartilhar as verdades do Evangelho. O ensino cristão deve ser baseado nas Escrituras e aplicável à vida cotidiana. Cada cristão, em sua esfera de influência, é chamado a ser porta-voz do Reino de Deus.
- Pregar o evangelho do Reino: A pregação não é apenas uma tarefa para pregadores profissionais, mas para todos os cristãos. O Evangelho do Reino é uma mensagem de esperança e transformação, que deve ser proclamada com fervor. O Reino de Deus é uma realidade presente, e devemos viver e anunciar essa verdade em todos os aspectos da vida.
- Curar e restaurar: A missão de cura não é apenas física, mas também emocional e espiritual. Assim como Jesus curou os doentes, os cristãos devem estar dispostos a ajudar os outros em suas necessidades, oferecendo não apenas ajuda prática, mas também esperança e restauração espiritual. A igreja deve ser um lugar onde as pessoas encontram cura e consolo, refletindo o amor de Cristo.
Conclusão:
Mateus 4.23 descreve o ministério abrangente de Jesus: ensinar, pregar e curar. Esse versículo nos desafia a viver a missão cristã de forma holística, tratando não apenas das necessidades espirituais das pessoas, mas também de suas necessidades físicas e emocionais. Ao seguir o exemplo de Jesus, os cristãos são chamados a ser agentes de transformação no mundo, proclamando a mensagem do Reino de Deus e buscando restaurar vidas para a glória de Deus.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Deuteronômio 6.6-9 O mandamento do ensino
3ª feira - Mateus 9.35-38 Ensino, uma prioridade de Cristo
4ª feira - João 20.16-18 O Rabi da Galileia
5ª feira - João 1.49-51 Jesus, Mestre, Filho de Deus e Rei de Israel
6ª feira - Mateus 7.28,29 A autoridade de Cristo para ensinar
Sábado - João 13.12-15 O ensino pelo exemplo
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Subsídios para o Estudo Diário
2ª Feira - Deuteronômio 6.6-9 - O Mandamento do Ensino
- Texto:"E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás, assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te." (Deuteronômio 6.6-9)
- Comentário Bíblico e Teológico:O mandamento de ensinar a Palavra de Deus aos filhos é uma das bases mais importantes da educação cristã. Deuteronômio 6 faz parte do Shemá, um dos textos mais importantes na tradição judaica, destacando a necessidade de amar a Deus com todo o coração, alma e força (v.5). O versículo 6, em particular, aponta que a instrução espiritual deve ser contínua e envolver todas as áreas da vida cotidiana. Ensinar não é um ato isolado, mas um processo diário, que deve começar no coração dos pais e se refletir em todas as interações e situações, desde o simples ato de caminhar até o deitar e levantar. O ensino da Palavra deve ser intencional e constante, cultivando um ambiente de fé em casa e em todos os momentos da vida.
- Aplicação Pessoal:A responsabilidade de ensinar a Palavra de Deus não está apenas na igreja, mas na família, especialmente entre pais e filhos. Os cristãos devem criar um ambiente onde a educação espiritual seja uma prioridade, passando a Palavra de Deus de geração em geração.
3ª Feira - Mateus 9.35-38 - Ensino, uma Prioridade de Cristo
- Texto:"E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo." (Mateus 9.35-38)
- Comentário Bíblico e Teológico:Jesus, ao percorrer as cidades e aldeias da Galileia, ensinava nas sinagogas, pregava o evangelho do Reino e curava os enfermos. O ensino foi sempre uma prioridade em Seu ministério, pois era a base para a transformação espiritual. O versículo 36 destaca a compaixão de Jesus ao ver as multidões, como ovelhas sem pastor, que careciam de direção espiritual. A conclusão no versículo 37-38 revela o desejo de Jesus de que mais trabalhadores se levantassem para a seara (a missão de evangelizar e ensinar).
- Aplicação Pessoal:Assim como Jesus, devemos priorizar o ensino da verdade de Deus. Precisamos ser sensíveis às necessidades espirituais das pessoas ao nosso redor, oferecendo direção, conforto e esperança por meio da Palavra.
4ª Feira - João 20.16-18 - O Rabi da Galileia
- Texto:"Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni! que quer dizer, Mestre." (João 20.16-18)
- Comentário Bíblico e Teológico:Após a ressurreição, Maria Madalena encontra-se com Jesus, mas não o reconhece de imediato. Quando Jesus a chama pelo nome, Maria responde com a palavra "Raboni" (em hebraico, "meu mestre" ou "meu rabino"). O título Raboni é uma expressão profunda de respeito, mostrando que Maria reconhecia Jesus não apenas como um mestre, mas como alguém divino. Jesus, então, instrui Maria a ir e anunciar aos discípulos que Ele ressuscitou, estabelecendo o testemunho da Sua ressurreição. Esse momento reforça o papel de Jesus como o Mestre divino e, ao mesmo tempo, o fato de que Ele envia Seus discípulos para continuarem Sua missão de ensinar.
- Aplicação Pessoal:Reconhecer Jesus como nosso Mestre e Senhor implica em ouvir Sua voz e seguir Seus ensinamentos, assim como Maria fez. O cristão deve ser obediente ao chamado de Cristo, levando o evangelho e ensinando sobre a ressurreição e poder de Jesus.
5ª Feira - João 1.49-51 - Jesus, Mestre, Filho de Deus e Rei de Israel
- Texto:"Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel." (João 1.49-51)
- Comentário Bíblico e Teológico:Neste encontro, Natanael reconhece em Jesus três títulos significativos: Mestre (Rabi), Filho de Deus e Rei de Israel. O título Rabi denota respeito por Jesus como um mestre, mas a declaração de Natanael vai além, reconhecendo Jesus como o Messias prometido e o Rei de Israel, enfatizando Sua divindade e autoridade. Jesus responde a Natanael com uma promessa de maiores revelações, apontando para a ascensão de Cristo e os anjos, indicando que Ele seria a ponte entre os céus e a Terra.
- Aplicação Pessoal:Em nossa vida cristã, é importante reconhecer Jesus não apenas como Mestre, mas também como Filho de Deus e Rei sobre nossas vidas. Como discípulos, devemos seguir Suas instruções e viver de acordo com Sua autoridade e plano divino.
6ª Feira - Mateus 7.28,29 - A Autoridade de Cristo para Ensinar
- Texto:"E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas." (Mateus 7.28-29)
- Comentário Bíblico e Teológico:O Sermão do Monte (Mateus 5-7) termina com uma reflexão sobre a autoridade de Jesus. Ao concluir o Seu ensino, a multidão reconheceu que Jesus falava com autoridade, algo que se distinguia dos mestres e escribas da época, que simplesmente reproduziam tradições e interpretações da Lei. A autoridade de Jesus vinha de Sua própria natureza divina e da conexão direta com o Pai. Ele não apenas explicava a Lei, mas a cumpria e a vivia, trazendo uma nova perspectiva que transcendia a letra e apontava para o espírito da Lei.
- Aplicação Pessoal:A autoridade de Cristo deve ser reconhecida em nossas vidas. Quando ouvimos e seguimos os Seus ensinamentos, devemos agir com base na convicção de que Ele tem autoridade divina para transformar nossa vida e nos guiar em nosso caminhar cristão.
Sábado - João 13.12-15 - O Ensino Pelo Exemplo
- Texto:"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também." (João 13.12-15)
- Comentário Bíblico e Teológico:Após lavar os pés dos discípulos, um ato de humildade e serviço, Jesus ensina que o exemplo é uma das formas mais poderosas de ensinar. Ele, o Senhor e Mestre, fez algo inesperado e radical para demonstrar o valor do serviço aos outros. Jesus não apenas ensinava com palavras, mas também com atitudes, exemplificando o verdadeiro caráter de liderança no Reino de Deus: serviço e humildade.
- Aplicação Pessoal:Como discípulos de Cristo, somos chamados a ensinar pelo exemplo. A vida cristã não deve ser apenas teórica, mas prática, refletindo os ensinamentos de Jesus em nossas ações cotidianas. Devemos viver de forma a servir aos outros com humildade e amor, como Cristo fez.
Esses estudos diários convidam o cristão a integrar os ensinamentos de Cristo em sua vida prática, refletindo não apenas sobre o conteúdo da Palavra, mas também sobre a forma de viver que ela exige.
Subsídios para o Estudo Diário
2ª Feira - Deuteronômio 6.6-9 - O Mandamento do Ensino
- Texto:"E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás, assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te." (Deuteronômio 6.6-9)
- Comentário Bíblico e Teológico:O mandamento de ensinar a Palavra de Deus aos filhos é uma das bases mais importantes da educação cristã. Deuteronômio 6 faz parte do Shemá, um dos textos mais importantes na tradição judaica, destacando a necessidade de amar a Deus com todo o coração, alma e força (v.5). O versículo 6, em particular, aponta que a instrução espiritual deve ser contínua e envolver todas as áreas da vida cotidiana. Ensinar não é um ato isolado, mas um processo diário, que deve começar no coração dos pais e se refletir em todas as interações e situações, desde o simples ato de caminhar até o deitar e levantar. O ensino da Palavra deve ser intencional e constante, cultivando um ambiente de fé em casa e em todos os momentos da vida.
- Aplicação Pessoal:A responsabilidade de ensinar a Palavra de Deus não está apenas na igreja, mas na família, especialmente entre pais e filhos. Os cristãos devem criar um ambiente onde a educação espiritual seja uma prioridade, passando a Palavra de Deus de geração em geração.
3ª Feira - Mateus 9.35-38 - Ensino, uma Prioridade de Cristo
- Texto:"E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo." (Mateus 9.35-38)
- Comentário Bíblico e Teológico:Jesus, ao percorrer as cidades e aldeias da Galileia, ensinava nas sinagogas, pregava o evangelho do Reino e curava os enfermos. O ensino foi sempre uma prioridade em Seu ministério, pois era a base para a transformação espiritual. O versículo 36 destaca a compaixão de Jesus ao ver as multidões, como ovelhas sem pastor, que careciam de direção espiritual. A conclusão no versículo 37-38 revela o desejo de Jesus de que mais trabalhadores se levantassem para a seara (a missão de evangelizar e ensinar).
- Aplicação Pessoal:Assim como Jesus, devemos priorizar o ensino da verdade de Deus. Precisamos ser sensíveis às necessidades espirituais das pessoas ao nosso redor, oferecendo direção, conforto e esperança por meio da Palavra.
4ª Feira - João 20.16-18 - O Rabi da Galileia
- Texto:"Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni! que quer dizer, Mestre." (João 20.16-18)
- Comentário Bíblico e Teológico:Após a ressurreição, Maria Madalena encontra-se com Jesus, mas não o reconhece de imediato. Quando Jesus a chama pelo nome, Maria responde com a palavra "Raboni" (em hebraico, "meu mestre" ou "meu rabino"). O título Raboni é uma expressão profunda de respeito, mostrando que Maria reconhecia Jesus não apenas como um mestre, mas como alguém divino. Jesus, então, instrui Maria a ir e anunciar aos discípulos que Ele ressuscitou, estabelecendo o testemunho da Sua ressurreição. Esse momento reforça o papel de Jesus como o Mestre divino e, ao mesmo tempo, o fato de que Ele envia Seus discípulos para continuarem Sua missão de ensinar.
- Aplicação Pessoal:Reconhecer Jesus como nosso Mestre e Senhor implica em ouvir Sua voz e seguir Seus ensinamentos, assim como Maria fez. O cristão deve ser obediente ao chamado de Cristo, levando o evangelho e ensinando sobre a ressurreição e poder de Jesus.
5ª Feira - João 1.49-51 - Jesus, Mestre, Filho de Deus e Rei de Israel
- Texto:"Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel." (João 1.49-51)
- Comentário Bíblico e Teológico:Neste encontro, Natanael reconhece em Jesus três títulos significativos: Mestre (Rabi), Filho de Deus e Rei de Israel. O título Rabi denota respeito por Jesus como um mestre, mas a declaração de Natanael vai além, reconhecendo Jesus como o Messias prometido e o Rei de Israel, enfatizando Sua divindade e autoridade. Jesus responde a Natanael com uma promessa de maiores revelações, apontando para a ascensão de Cristo e os anjos, indicando que Ele seria a ponte entre os céus e a Terra.
- Aplicação Pessoal:Em nossa vida cristã, é importante reconhecer Jesus não apenas como Mestre, mas também como Filho de Deus e Rei sobre nossas vidas. Como discípulos, devemos seguir Suas instruções e viver de acordo com Sua autoridade e plano divino.
6ª Feira - Mateus 7.28,29 - A Autoridade de Cristo para Ensinar
- Texto:"E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas." (Mateus 7.28-29)
- Comentário Bíblico e Teológico:O Sermão do Monte (Mateus 5-7) termina com uma reflexão sobre a autoridade de Jesus. Ao concluir o Seu ensino, a multidão reconheceu que Jesus falava com autoridade, algo que se distinguia dos mestres e escribas da época, que simplesmente reproduziam tradições e interpretações da Lei. A autoridade de Jesus vinha de Sua própria natureza divina e da conexão direta com o Pai. Ele não apenas explicava a Lei, mas a cumpria e a vivia, trazendo uma nova perspectiva que transcendia a letra e apontava para o espírito da Lei.
- Aplicação Pessoal:A autoridade de Cristo deve ser reconhecida em nossas vidas. Quando ouvimos e seguimos os Seus ensinamentos, devemos agir com base na convicção de que Ele tem autoridade divina para transformar nossa vida e nos guiar em nosso caminhar cristão.
Sábado - João 13.12-15 - O Ensino Pelo Exemplo
- Texto:"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também." (João 13.12-15)
- Comentário Bíblico e Teológico:Após lavar os pés dos discípulos, um ato de humildade e serviço, Jesus ensina que o exemplo é uma das formas mais poderosas de ensinar. Ele, o Senhor e Mestre, fez algo inesperado e radical para demonstrar o valor do serviço aos outros. Jesus não apenas ensinava com palavras, mas também com atitudes, exemplificando o verdadeiro caráter de liderança no Reino de Deus: serviço e humildade.
- Aplicação Pessoal:Como discípulos de Cristo, somos chamados a ensinar pelo exemplo. A vida cristã não deve ser apenas teórica, mas prática, refletindo os ensinamentos de Jesus em nossas ações cotidianas. Devemos viver de forma a servir aos outros com humildade e amor, como Cristo fez.
Esses estudos diários convidam o cristão a integrar os ensinamentos de Cristo em sua vida prática, refletindo não apenas sobre o conteúdo da Palavra, mas também sobre a forma de viver que ela exige.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• perceber a excelência e a superioridade de Jesus como educador,
• identificar os métodos e recursos de Jesus, o grande Rabi da Galileia;
• refletir sobre as características do ensino de Cristo.
Clique na imagem e fale conosco!!
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, mesmo não havendo um processo pedagógico minuciosamente sistematizado em Seu tempo, Jesus, o Mestre incomparável, utilizou vários métodos e recursos de ensino-aprendizagem para transmitir a mensagem da qual era portador, a começar por Suas fontes: as Escrituras Hebraicas, o mundo natural, o cotidiano e os costumes da vida em Israel.
Dotado de extraordinária criatividade, o Rabi da Galileia, de maneira inigualável, também fazia uso de figuras de linguagem, como metáforas, símiles e parábolas. Além disso, Ele sabia escolher os lugares com boa acústica para facilitar a compreensão dos Seus ouvintes.
No decorrer da lição, incentive os alunos a darem exemplos contemporâneos de como as técnicas de ensino utilizadas por Jesus podem ser aplicadas hoje.
Excelente aula!
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "Seguindo os Passos do Mestre"
Objetivo:
Levar os participantes a refletirem sobre os métodos de ensino de Jesus e como podem aplicar os princípios e ensinamentos de Cristo em sua própria vida, enquanto exploram o impacto do Mestre dos Mestres em seus relacionamentos e ações.
Tempo Estimado:
30 a 40 minutos
Material Necessário:
- Cartões ou papéis em branco
- Canetas coloridas ou marcadores
- Fita adesiva
- Quadro ou flipchart (opcional)
Passos para Realização:
1. Introdução (5 minutos)
Explique o objetivo da dinâmica. Diga aos participantes que irão refletir sobre os ensinamentos de Jesus, considerando Sua autoridade, simplicidade, acessibilidade e a maneira como Ele se comunicava com todos. Em seguida, eles irão compartilhar como podem seguir os passos do Mestre em sua vida cotidiana.
2. Divisão em Grupos (5 minutos)
Divida os participantes em pequenos grupos (de 4 a 5 pessoas). Dê a cada grupo uma folha em branco ou um cartão e algumas canetas coloridas ou marcadores.
3. Reflexão sobre os Ensinamentos de Jesus (10 minutos)
Peça aos grupos que discutam, por 10 minutos, os seguintes pontos, com base nos ensinamentos de Jesus:
- Como Jesus ensinava com autoridade e simplicidade?
- Como Ele se comunicava de forma acessível e pessoal, mesmo com as multidões ao Seu redor?
- Como Jesus desafiava as tradições religiosas e chamava à transformação interior?
Cada grupo deve escrever, de forma simples e criativa, respostas para essas questões no cartão ou folha. Eles também podem desenhar símbolos ou imagens que representem esses aspectos do ensino de Jesus.
4. Compartilhamento com o Grupo Maior (10 minutos)
Após a discussão em grupos, peça que cada grupo compartilhe suas respostas e reflexões com o restante da turma. Caso seja necessário, você pode registrar as principais reflexões em um quadro ou flipchart para visualização coletiva. Pergunte aos participantes o que mais chamou a atenção sobre o ensino de Jesus e como eles podem aplicar esses princípios no dia a dia, como no relacionamento com os outros, no trabalho, na igreja, etc.
5. Aplicação Pessoal e Compromisso (5 minutos)
Agora, peça que cada participante escreva uma ação ou atitude que gostaria de adotar em sua vida pessoal para seguir os passos de Jesus como Mestre. Cada um deve escrever sua resposta em um papel e, em seguida, colá-lo em uma parede ou quadro, onde todos possam ver.
Conclusão (5 minutos)
Encerre a dinâmica reforçando a ideia de que Jesus, o Mestre dos Mestres, não apenas nos ensinou grandes verdades espirituais, mas também nos mostrou como viver essas verdades de forma prática. Ele nos desafia a ser como Ele, ensinando com autoridade, amor e humildade, e convidando-nos a uma transformação interna que reflete Seu caráter e Seus valores.
Aplicação Teológica:
- Mateus 7:29: "Porque os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas."
- Lucas 10:21: "Naquela mesma hora, exultou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos."
- Mateus 11:29: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma."
Essa dinâmica proporciona um espaço para reflexão sobre como a vida e os ensinamentos de Jesus podem ser seguidos de maneira prática, ajudando os participantes a internalizar o modelo do Mestre dos Mestres em suas próprias vidas.
Dinâmica: "Seguindo os Passos do Mestre"
Objetivo:
Levar os participantes a refletirem sobre os métodos de ensino de Jesus e como podem aplicar os princípios e ensinamentos de Cristo em sua própria vida, enquanto exploram o impacto do Mestre dos Mestres em seus relacionamentos e ações.
Tempo Estimado:
30 a 40 minutos
Material Necessário:
- Cartões ou papéis em branco
- Canetas coloridas ou marcadores
- Fita adesiva
- Quadro ou flipchart (opcional)
Passos para Realização:
1. Introdução (5 minutos)
Explique o objetivo da dinâmica. Diga aos participantes que irão refletir sobre os ensinamentos de Jesus, considerando Sua autoridade, simplicidade, acessibilidade e a maneira como Ele se comunicava com todos. Em seguida, eles irão compartilhar como podem seguir os passos do Mestre em sua vida cotidiana.
2. Divisão em Grupos (5 minutos)
Divida os participantes em pequenos grupos (de 4 a 5 pessoas). Dê a cada grupo uma folha em branco ou um cartão e algumas canetas coloridas ou marcadores.
3. Reflexão sobre os Ensinamentos de Jesus (10 minutos)
Peça aos grupos que discutam, por 10 minutos, os seguintes pontos, com base nos ensinamentos de Jesus:
- Como Jesus ensinava com autoridade e simplicidade?
- Como Ele se comunicava de forma acessível e pessoal, mesmo com as multidões ao Seu redor?
- Como Jesus desafiava as tradições religiosas e chamava à transformação interior?
Cada grupo deve escrever, de forma simples e criativa, respostas para essas questões no cartão ou folha. Eles também podem desenhar símbolos ou imagens que representem esses aspectos do ensino de Jesus.
4. Compartilhamento com o Grupo Maior (10 minutos)
Após a discussão em grupos, peça que cada grupo compartilhe suas respostas e reflexões com o restante da turma. Caso seja necessário, você pode registrar as principais reflexões em um quadro ou flipchart para visualização coletiva. Pergunte aos participantes o que mais chamou a atenção sobre o ensino de Jesus e como eles podem aplicar esses princípios no dia a dia, como no relacionamento com os outros, no trabalho, na igreja, etc.
5. Aplicação Pessoal e Compromisso (5 minutos)
Agora, peça que cada participante escreva uma ação ou atitude que gostaria de adotar em sua vida pessoal para seguir os passos de Jesus como Mestre. Cada um deve escrever sua resposta em um papel e, em seguida, colá-lo em uma parede ou quadro, onde todos possam ver.
Conclusão (5 minutos)
Encerre a dinâmica reforçando a ideia de que Jesus, o Mestre dos Mestres, não apenas nos ensinou grandes verdades espirituais, mas também nos mostrou como viver essas verdades de forma prática. Ele nos desafia a ser como Ele, ensinando com autoridade, amor e humildade, e convidando-nos a uma transformação interna que reflete Seu caráter e Seus valores.
Aplicação Teológica:
- Mateus 7:29: "Porque os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas."
- Lucas 10:21: "Naquela mesma hora, exultou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos."
- Mateus 11:29: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma."
Essa dinâmica proporciona um espaço para reflexão sobre como a vida e os ensinamentos de Jesus podem ser seguidos de maneira prática, ajudando os participantes a internalizar o modelo do Mestre dos Mestres em suas próprias vidas.
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Ainda hoje, estudiosos da área da educação continuam a admirar a eficácia da prática de ensino de Jesus de Nazaré, que o consagrou como o Educador por excelência, o Mestre dos mestres. Ele também ficou conhecido como o Rabi da Galileia, um título de honra conferido apenas às autoridades qualificadas para o ensino da Lei e das Escrituras.
Mas, Jesus não foi apenas um grande Mestre; Seus ensinamentos foram tão revolucionários que marcaram uma divisão na História. Isso se deveu não apenas ao Seu talento, mas principalmente ao conteúdo de Sua mensagem, à autoridade com que falava, à quebra de paradigmas que promoveu e ao Seu compromisso com o Reino de Deus.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jesus é amplamente reconhecido como o Educador por excelência, o Mestre dos mestres. Ele é frequentemente chamado de Rabi, que, no contexto histórico-cultural judaico, era um título honorífico conferido àqueles que tinham autoridade para ensinar a Lei e as Escrituras. Contudo, a autoridade de Jesus ia além da autoridade de qualquer mestre rabínico tradicional, pois Ele era o próprio Filho de Deus, que revelava as verdades divinas diretamente de Deus Pai.
Jesus: O Educador por Excelência
No contexto histórico-cultural do primeiro século, o título de Rabi (רַבִּי, rabbi) era atribuído aos mestres mais respeitados nas comunidades judaicas. Os Rabis eram vistos como autoridades no ensino da Torá (Lei) e na interpretação das Escrituras. Eles eram responsáveis por ensinar as leis religiosas e as tradições orais que haviam sido passadas ao longo dos séculos. A sociedade judaica de então tinha grande reverência por esses mestres, especialmente aqueles reconhecidos por sua sabedoria e habilidade em transmitir os ensinamentos religiosos.
No entanto, o ensino de Jesus não se limitava às tradições dos Rabis da época. Jesus ensinava com autoridade própria (Mateus 7.29), e Sua autoridade vinha diretamente de Sua identidade divina. Jesus não apenas explicava as Escrituras, mas as cumpria (Mateus 5.17). Ele estava constantemente desafiando as interpretações dos fariseus e escribas, que enfatizavam a observância das tradições externas, mas negligenciavam a verdadeira justiça e o coração da Lei (Mateus 23.23-28). Jesus, portanto, não era apenas mais um mestre, mas o próprio Mestre divino, revelando a verdade de Deus de maneira incomparável.
Referências Bíblicas:
- Mateus 7.28-29 – "E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas." Jesus não apenas ensinava com sabedoria, mas com autoridade que vinha de Sua identidade divina, o que impressionava aqueles que o ouviam.
- Mateus 5.17 – "Não penseis que vim destruir a Lei ou os Profetas; não vim abrogar, mas cumprir." Jesus reafirma que Sua missão não era a de subverter a Lei, mas de cumprir o que estava escrito nas Escrituras.
- Mateus 23.23-28 – Jesus critica os fariseus por sua ênfase em práticas externas enquanto negligenciam os princípios internos da justiça, misericórdia e fé.
O Impacto de Seus Ensinamentos
Os ensinamentos de Jesus foram revolucionários, desafiando as normas religiosas e sociais do Seu tempo. Ele introduziu a mensagem do Reino de Deus, que era radicalmente diferente da concepção tradicional de um reino físico e político. Os judeus esperavam um Messias que os libertaria do domínio romano e restauraria o Reino de Israel, mas Jesus revelou que Seu Reino era espiritual, um Reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14.17). Ele proclamava a salvação não apenas para os judeus, mas para todas as nações, desafiando as barreiras religiosas e sociais da época.
A Autoridade de Jesus
A autoridade de Jesus para ensinar foi percebida por Seus seguidores e também por aqueles que se opunham a Ele. Sua autoridade não vinha da posição social ou do poder político, mas da Sua identidade divina como o Filho de Deus. Como Ele próprio declarou em João 14.9, "Quem me vê a mim vê o Pai". Seus discípulos, ao reconhecerem essa autoridade, O chamavam de Mestre (Rabi) e Senhor, como vemos em João 13.13-14, quando Jesus, após lavar os pés dos discípulos, ensina-lhes a verdadeira humildade e serviço.
Referências Bíblicas:
- João 14.9 – "Quem me vê a mim vê o Pai." Jesus revela Sua autoridade divina ao afirmar que Ele é a manifestação do Pai na Terra.
- João 13.13-14 – "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros." Aqui, Jesus ensina com autoridade, exemplificando a humildade e serviço, desafiando as concepções de autoridade e liderança da época.
O Compromisso com o Reino de Deus
O ensino de Jesus sobre o Reino de Deus foi um dos aspectos mais marcantes de Seu ministério. Ele desafiava os valores estabelecidos, como o poder, a riqueza e o prestígio, e destacava valores como humildade, serviço, perdão e amor ao próximo. Seu Reino não era de poder militar ou político, mas de transformação espiritual e redenção. A mensagem de que todos poderiam ser parte desse Reino, independentemente de sua classe social, etnia ou passado, foi revolucionária e subversiva.
Referências Bíblicas:
- Mateus 4.17 – "Desde então, Jesus começou a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus." A mensagem central de Jesus foi a chegada do Reino de Deus, e Ele chamava todos ao arrependimento e à transformação.
- Lucas 17.21 – "Nem dirão: Ei-lo aqui, ou ei-lo ali; porque o Reino de Deus está entre vós." Jesus enfatiza que o Reino de Deus é um reino espiritual que não depende de visibilidade ou poder terreno, mas da presença de Deus no coração dos indivíduos.
Conclusão
O ensino de Jesus foi transformador e revolucionário. Sua autoridade vinha de Sua identidade divina, e Seus ensinamentos desafiavam as convenções religiosas e sociais de Sua época. Ao ensinar sobre o Reino de Deus, Ele oferecia um modelo de liderança servil, de humildade e de amor incondicional, em contraste com os sistemas de poder e prestígio. O impacto de Seu ensino se reflete até hoje em milhões de pessoas que buscam seguir Seus passos, viver segundo os Seus princípios e fazer parte do Reino que Ele proclamou. O título de Rabi da Galileia não é apenas um reconhecimento de Sua sabedoria, mas de Sua autoridade como o Filho de Deus, o Mestre divino e Senhor de nossas vidas.
Jesus é amplamente reconhecido como o Educador por excelência, o Mestre dos mestres. Ele é frequentemente chamado de Rabi, que, no contexto histórico-cultural judaico, era um título honorífico conferido àqueles que tinham autoridade para ensinar a Lei e as Escrituras. Contudo, a autoridade de Jesus ia além da autoridade de qualquer mestre rabínico tradicional, pois Ele era o próprio Filho de Deus, que revelava as verdades divinas diretamente de Deus Pai.
Jesus: O Educador por Excelência
No contexto histórico-cultural do primeiro século, o título de Rabi (רַבִּי, rabbi) era atribuído aos mestres mais respeitados nas comunidades judaicas. Os Rabis eram vistos como autoridades no ensino da Torá (Lei) e na interpretação das Escrituras. Eles eram responsáveis por ensinar as leis religiosas e as tradições orais que haviam sido passadas ao longo dos séculos. A sociedade judaica de então tinha grande reverência por esses mestres, especialmente aqueles reconhecidos por sua sabedoria e habilidade em transmitir os ensinamentos religiosos.
No entanto, o ensino de Jesus não se limitava às tradições dos Rabis da época. Jesus ensinava com autoridade própria (Mateus 7.29), e Sua autoridade vinha diretamente de Sua identidade divina. Jesus não apenas explicava as Escrituras, mas as cumpria (Mateus 5.17). Ele estava constantemente desafiando as interpretações dos fariseus e escribas, que enfatizavam a observância das tradições externas, mas negligenciavam a verdadeira justiça e o coração da Lei (Mateus 23.23-28). Jesus, portanto, não era apenas mais um mestre, mas o próprio Mestre divino, revelando a verdade de Deus de maneira incomparável.
Referências Bíblicas:
- Mateus 7.28-29 – "E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas." Jesus não apenas ensinava com sabedoria, mas com autoridade que vinha de Sua identidade divina, o que impressionava aqueles que o ouviam.
- Mateus 5.17 – "Não penseis que vim destruir a Lei ou os Profetas; não vim abrogar, mas cumprir." Jesus reafirma que Sua missão não era a de subverter a Lei, mas de cumprir o que estava escrito nas Escrituras.
- Mateus 23.23-28 – Jesus critica os fariseus por sua ênfase em práticas externas enquanto negligenciam os princípios internos da justiça, misericórdia e fé.
O Impacto de Seus Ensinamentos
Os ensinamentos de Jesus foram revolucionários, desafiando as normas religiosas e sociais do Seu tempo. Ele introduziu a mensagem do Reino de Deus, que era radicalmente diferente da concepção tradicional de um reino físico e político. Os judeus esperavam um Messias que os libertaria do domínio romano e restauraria o Reino de Israel, mas Jesus revelou que Seu Reino era espiritual, um Reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14.17). Ele proclamava a salvação não apenas para os judeus, mas para todas as nações, desafiando as barreiras religiosas e sociais da época.
A Autoridade de Jesus
A autoridade de Jesus para ensinar foi percebida por Seus seguidores e também por aqueles que se opunham a Ele. Sua autoridade não vinha da posição social ou do poder político, mas da Sua identidade divina como o Filho de Deus. Como Ele próprio declarou em João 14.9, "Quem me vê a mim vê o Pai". Seus discípulos, ao reconhecerem essa autoridade, O chamavam de Mestre (Rabi) e Senhor, como vemos em João 13.13-14, quando Jesus, após lavar os pés dos discípulos, ensina-lhes a verdadeira humildade e serviço.
Referências Bíblicas:
- João 14.9 – "Quem me vê a mim vê o Pai." Jesus revela Sua autoridade divina ao afirmar que Ele é a manifestação do Pai na Terra.
- João 13.13-14 – "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros." Aqui, Jesus ensina com autoridade, exemplificando a humildade e serviço, desafiando as concepções de autoridade e liderança da época.
O Compromisso com o Reino de Deus
O ensino de Jesus sobre o Reino de Deus foi um dos aspectos mais marcantes de Seu ministério. Ele desafiava os valores estabelecidos, como o poder, a riqueza e o prestígio, e destacava valores como humildade, serviço, perdão e amor ao próximo. Seu Reino não era de poder militar ou político, mas de transformação espiritual e redenção. A mensagem de que todos poderiam ser parte desse Reino, independentemente de sua classe social, etnia ou passado, foi revolucionária e subversiva.
Referências Bíblicas:
- Mateus 4.17 – "Desde então, Jesus começou a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus." A mensagem central de Jesus foi a chegada do Reino de Deus, e Ele chamava todos ao arrependimento e à transformação.
- Lucas 17.21 – "Nem dirão: Ei-lo aqui, ou ei-lo ali; porque o Reino de Deus está entre vós." Jesus enfatiza que o Reino de Deus é um reino espiritual que não depende de visibilidade ou poder terreno, mas da presença de Deus no coração dos indivíduos.
Conclusão
O ensino de Jesus foi transformador e revolucionário. Sua autoridade vinha de Sua identidade divina, e Seus ensinamentos desafiavam as convenções religiosas e sociais de Sua época. Ao ensinar sobre o Reino de Deus, Ele oferecia um modelo de liderança servil, de humildade e de amor incondicional, em contraste com os sistemas de poder e prestígio. O impacto de Seu ensino se reflete até hoje em milhões de pessoas que buscam seguir Seus passos, viver segundo os Seus princípios e fazer parte do Reino que Ele proclamou. O título de Rabi da Galileia não é apenas um reconhecimento de Sua sabedoria, mas de Sua autoridade como o Filho de Deus, o Mestre divino e Senhor de nossas vidas.
1. O RABI DA GALILEIΑ
Todo líder da religião judaica nos tempos de Cristo cobiçava a honra de ser chamado rabi - termo de origem hebraica (rabbi) que significa "mestre, meu mestre". Raboni (Jo 20.16) é a forma aramaica de rabi, com o mesmo significado.
Por muito tempo, só os mestres autorizados a ensinar a Lei e as Escrituras podiam ser chamados deste modo. Com os anos, no entanto, o título evoluiu de uma designação formal de autoridade para um vocativo honorífico, conferido em reconhecimento ao respeito e à admiração por indivíduos eruditos.
______________________________
O termo hebraico rabi foi traduzido para o grego por didaskalos (Mt 23.8; Jo 1.38), que significa "professor, mestre". Jesus aceitava esse tratamento com naturalidade. Afinal, Ele era o Mestre dos mestres: Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou (Jo 13.13).
______________________________
1.1. Quando Jesus foi reconhecido como Rabi
Jesus foi reconhecido como Rabi desde o início (Jo 1.49). Embora Seu propósito principal fosse dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28), Ele dedicou parte significativa de Seu ministério ao ensino da Palavra de Deus. Como Rabi, o Messias de Israel se destacou ao revolucionar a História com Suas palavras de autoridade, simplicidade, amor e bondade. Seus ensinamentos não apenas transmitiam sabedoria e conhecimento, mas também tocavam o coração do povo, proporcionando uma compreensão mais profunda do propósito e da misericórdia de Deus.
1.2. O alerta
Jesus, o Rabi da Galileia, advertiu Seus discípulos sobre a busca pelo título honorífico de Rabi, uma honra muito cobiçada pelos escribas e fariseus. Esses líderes religiosos gostavam dos lugares de destaque nos banquetes e nas sinagogas, bem como das saudações respeitosas nas praças, onde eram aclamados pelos homens (Mt 23.6,7).
1.3. A recomendação
Jesus aconselhou Seus discípulos a não desejarem o título de Rabi porque havia apenas um verdadeiro Mestre, o Cristo. Ele lembrou que todos eles eram irmãos e que a busca por tal honraria não fazia sentido, dado que o único grande Rabi já estava entre eles (Mt 23.8).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Rabi da Galileia
1. O Significado e a Evolução do Título “Rabi”
O termo rabi (רַבִּי, rabbi) tem origem no hebraico, significando "mestre" ou "meu mestre", e é derivado da palavra rav (רַב), que significa "grande" ou "maior", indicando alguém que é grande em conhecimento e sabedoria. Inicialmente, o título era atribuído exclusivamente a mestres autorizados a ensinar a Lei e as Escrituras dentro da comunidade judaica, como os fariseus e os escribas, que possuíam autoridade religiosa formal. Com o tempo, contudo, o uso do título se expandiu, passando a ser utilizado como uma forma honorífica, destinada a reconhecer a erudição de qualquer líder religioso respeitado (cf. Marcos 12.38-40).
Raiz Etimológica de "Rabi" e "Raboni"
O termo rabi foi traduzido para o grego no Novo Testamento como didaskalos (διδάσκαλος), que significa "professor" ou "mestre" (Mateus 23.8; João 1.38). Didaskalos expressa a função de ensino, alguém que transmite instrução e sabedoria, um papel central nas tradições judaicas. Em João 20.16, Maria Madalena se refere a Jesus como Raboni (רַבּוֹנִי), que é uma forma aramaica de "rabi", com o mesmo significado de "meu mestre", mas com um tom mais pessoal e íntimo. Jesus, ao ser chamado de Raboni, é reconhecido não apenas como um mestre comum, mas como o Mestre Supremo, cuja autoridade transcende todas as demais.
1.1. Quando Jesus foi Reconhecido como Rabi
Desde o começo de Seu ministério, Jesus foi reconhecido como Rabi pelos Seus seguidores. Em João 1.49, Nathanael o reconhece como “Rabi” e, imediatamente, O chama de “Filho de Deus” e “Rei de Israel”. Esse reconhecimento de Jesus como mestre destaca a autoridade de Seu ensino, o qual não era derivado de uma tradição formal de ensino ou de um título honorífico concedido por uma instituição humana, mas de Sua própria identidade divina.
Referências Bíblicas:
- João 1.49 – "Rabbi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel." Nathanael reconhece em Jesus mais do que um simples mestre humano; ele O vê como o Messias divino, o Rei e o Filho de Deus.
- Mateus 20.28 – "Assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos." Embora reconhecido como Rabi, o foco de Jesus era a Sua missão de salvação, não a busca por honra humana.
Jesus não só era mestre pelo Seu conhecimento das Escrituras, mas também pelo Seu compromisso em ensinar com autoridade divina, mostrando o caminho para o Reino de Deus de uma forma que transcendeu as tradições dos fariseus e escribas. Sua autoridade não vinha de uma linhagem ou status social, mas de Sua unidade com o Pai.
1.2. O Alerta de Jesus Quanto à Busca pelo Título Honorífico de Rabi
Jesus advertiu Seus discípulos contra a busca pelo título de Rabi como um objetivo de honra ou prestígio social. Nos tempos de Jesus, os fariseus e escribas buscavam incessantemente essa honraria, que os colocava em um nível elevado perante a sociedade judaica. Eles gostavam de lugares de destaque nas sinagogas e saudações respeitosas nas praças, onde eram reconhecidos como figuras de autoridade e respeito (Mateus 23.6-7). Contudo, Jesus não aprovava essa busca por status, que estava longe do coração do Reino de Deus. Ele desafiava os Seus seguidores a não se preocuparem com os títulos humanos, mas com a verdadeira humildade e o serviço.
Referências Bíblicas:
- Mateus 23.6-7 – "E amam os primeiros lugares nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças, e serem chamados de mestres pelos homens." Jesus critica os líderes religiosos que buscam prestígio e honra, ao invés de servir aos outros com humildade.
- Mateus 23.11-12 – "O maior entre vós será o vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será exaltado." Jesus ensina que a verdadeira grandeza no Reino de Deus é medida pelo serviço aos outros, não pela busca de títulos ou reconhecimento humano.
1.3. A Recomendação de Jesus: O Único Grande Mestre
Jesus instruiu Seus discípulos a não desejarem ser chamados de “rabi” ou a procurar títulos honoríficos. Ele afirmou que "um é o vosso Mestre, o Cristo" (Mateus 23.10). Para Jesus, não havia necessidade de buscar esse tipo de honraria, pois o verdadeiro Mestre já estava entre eles. Jesus queria que Seus discípulos entendessem que a autoridade verdadeira no Reino de Deus não é baseada em títulos, poder ou prestígio, mas em humildade, serviço e amor ao próximo.
Esse ensinamento estava profundamente enraizado no conceito de que todos são irmãos no corpo de Cristo, e que, em lugar de buscar reconhecimento humano, os seguidores de Jesus deveriam buscar a humildade e a unidade no serviço mútuo.
Referências Bíblicas:
- Mateus 23.8-10 – "Mas vós não vos chameis de rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis de pai, porque um só é o vosso Pai, o que está nos céus."
- Filipenses 2.3-4 – "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo; não olhando cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros."
Ilustração: O Verdadeiro Mestre e Seu Exemplo
A vida e o ministério de Jesus são o exemplo supremo de como a autoridade espiritual não é conquistada por títulos ou status, mas pelo serviço genuíno e pela humildade. Ele, sendo o Mestre dos mestres, não procurou destaque, mas serviu aos Seus discípulos, inclusive lavando seus pés (João 13.1-17), um ato que os líderes religiosos jamais imaginariam realizar.
Conclusão
Jesus, o Rabi da Galileia, não apenas possuía o conhecimento mais profundo das Escrituras, mas também ensinava com uma autoridade que refletia Sua união com o Pai. Sua mensagem revolucionária nos desafia a buscar não os títulos honoríficos ou a aprovação humana, mas a verdadeira grandeza no serviço aos outros. Como Cristo, Ele é o único verdadeiro Mestre, e, como Seus seguidores, devemos focar em aprender com Ele e viver conforme Seu exemplo de humildade e amor.
O Rabi da Galileia
1. O Significado e a Evolução do Título “Rabi”
O termo rabi (רַבִּי, rabbi) tem origem no hebraico, significando "mestre" ou "meu mestre", e é derivado da palavra rav (רַב), que significa "grande" ou "maior", indicando alguém que é grande em conhecimento e sabedoria. Inicialmente, o título era atribuído exclusivamente a mestres autorizados a ensinar a Lei e as Escrituras dentro da comunidade judaica, como os fariseus e os escribas, que possuíam autoridade religiosa formal. Com o tempo, contudo, o uso do título se expandiu, passando a ser utilizado como uma forma honorífica, destinada a reconhecer a erudição de qualquer líder religioso respeitado (cf. Marcos 12.38-40).
Raiz Etimológica de "Rabi" e "Raboni"
O termo rabi foi traduzido para o grego no Novo Testamento como didaskalos (διδάσκαλος), que significa "professor" ou "mestre" (Mateus 23.8; João 1.38). Didaskalos expressa a função de ensino, alguém que transmite instrução e sabedoria, um papel central nas tradições judaicas. Em João 20.16, Maria Madalena se refere a Jesus como Raboni (רַבּוֹנִי), que é uma forma aramaica de "rabi", com o mesmo significado de "meu mestre", mas com um tom mais pessoal e íntimo. Jesus, ao ser chamado de Raboni, é reconhecido não apenas como um mestre comum, mas como o Mestre Supremo, cuja autoridade transcende todas as demais.
1.1. Quando Jesus foi Reconhecido como Rabi
Desde o começo de Seu ministério, Jesus foi reconhecido como Rabi pelos Seus seguidores. Em João 1.49, Nathanael o reconhece como “Rabi” e, imediatamente, O chama de “Filho de Deus” e “Rei de Israel”. Esse reconhecimento de Jesus como mestre destaca a autoridade de Seu ensino, o qual não era derivado de uma tradição formal de ensino ou de um título honorífico concedido por uma instituição humana, mas de Sua própria identidade divina.
Referências Bíblicas:
- João 1.49 – "Rabbi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel." Nathanael reconhece em Jesus mais do que um simples mestre humano; ele O vê como o Messias divino, o Rei e o Filho de Deus.
- Mateus 20.28 – "Assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos." Embora reconhecido como Rabi, o foco de Jesus era a Sua missão de salvação, não a busca por honra humana.
Jesus não só era mestre pelo Seu conhecimento das Escrituras, mas também pelo Seu compromisso em ensinar com autoridade divina, mostrando o caminho para o Reino de Deus de uma forma que transcendeu as tradições dos fariseus e escribas. Sua autoridade não vinha de uma linhagem ou status social, mas de Sua unidade com o Pai.
1.2. O Alerta de Jesus Quanto à Busca pelo Título Honorífico de Rabi
Jesus advertiu Seus discípulos contra a busca pelo título de Rabi como um objetivo de honra ou prestígio social. Nos tempos de Jesus, os fariseus e escribas buscavam incessantemente essa honraria, que os colocava em um nível elevado perante a sociedade judaica. Eles gostavam de lugares de destaque nas sinagogas e saudações respeitosas nas praças, onde eram reconhecidos como figuras de autoridade e respeito (Mateus 23.6-7). Contudo, Jesus não aprovava essa busca por status, que estava longe do coração do Reino de Deus. Ele desafiava os Seus seguidores a não se preocuparem com os títulos humanos, mas com a verdadeira humildade e o serviço.
Referências Bíblicas:
- Mateus 23.6-7 – "E amam os primeiros lugares nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças, e serem chamados de mestres pelos homens." Jesus critica os líderes religiosos que buscam prestígio e honra, ao invés de servir aos outros com humildade.
- Mateus 23.11-12 – "O maior entre vós será o vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será exaltado." Jesus ensina que a verdadeira grandeza no Reino de Deus é medida pelo serviço aos outros, não pela busca de títulos ou reconhecimento humano.
1.3. A Recomendação de Jesus: O Único Grande Mestre
Jesus instruiu Seus discípulos a não desejarem ser chamados de “rabi” ou a procurar títulos honoríficos. Ele afirmou que "um é o vosso Mestre, o Cristo" (Mateus 23.10). Para Jesus, não havia necessidade de buscar esse tipo de honraria, pois o verdadeiro Mestre já estava entre eles. Jesus queria que Seus discípulos entendessem que a autoridade verdadeira no Reino de Deus não é baseada em títulos, poder ou prestígio, mas em humildade, serviço e amor ao próximo.
Esse ensinamento estava profundamente enraizado no conceito de que todos são irmãos no corpo de Cristo, e que, em lugar de buscar reconhecimento humano, os seguidores de Jesus deveriam buscar a humildade e a unidade no serviço mútuo.
Referências Bíblicas:
- Mateus 23.8-10 – "Mas vós não vos chameis de rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis de pai, porque um só é o vosso Pai, o que está nos céus."
- Filipenses 2.3-4 – "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo; não olhando cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros."
Ilustração: O Verdadeiro Mestre e Seu Exemplo
A vida e o ministério de Jesus são o exemplo supremo de como a autoridade espiritual não é conquistada por títulos ou status, mas pelo serviço genuíno e pela humildade. Ele, sendo o Mestre dos mestres, não procurou destaque, mas serviu aos Seus discípulos, inclusive lavando seus pés (João 13.1-17), um ato que os líderes religiosos jamais imaginariam realizar.
Conclusão
Jesus, o Rabi da Galileia, não apenas possuía o conhecimento mais profundo das Escrituras, mas também ensinava com uma autoridade que refletia Sua união com o Pai. Sua mensagem revolucionária nos desafia a buscar não os títulos honoríficos ou a aprovação humana, mas a verdadeira grandeza no serviço aos outros. Como Cristo, Ele é o único verdadeiro Mestre, e, como Seus seguidores, devemos focar em aprender com Ele e viver conforme Seu exemplo de humildade e amor.
2. OS MÉTODOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE CRISTO
2.1. Discursos
Jesus frequentemente usava este recurso para ensinar. Nos Evangelhos, há cerca de 60 discursos do Mestre incomparável: Mateus menciona que Ele viajava por várias regiões, pregando e ensinando (Mt 4.23; 9.35). Um exemplo notável é o Sermão da Montanha (Mt 5-7). Suas mensagens confrontavam as tradições religiosas e ofereciam novas perspectivas, que convidavam a uma mudança profunda de comportamento.
2.2. Inquirições
Este método, adotado por filósofos na Grécia Antiga, acompanhou Jesus durante todo o Seu ministério. O Rabi da Galileia utilizava-o para envolver Seus ouvintes, incentivando-os a refletir e buscar uma compreensão mais profunda sobre o tema que Ele desejava compartilhar, como, por exemplo, ao questioná-los sobre a identidade do Filho do Homem (Mt 16.13-15; Mc 8.27-30).
______________________________
As perguntas que Jesus fazia não tinham como objetivo obter respostas apenas, mas desafiar o pensamento e despertar consciências.
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2.3. Debates
Durante Seu ministério terreno, Jesus travou grandes debates com fariseus, escribas e outros grupos religiosos, os quais buscavam testá-lo, confrontando-o com temas variados. Embora esses debates fossem frequentes, o Rabi da Galileia sempre respondia de forma incisiva, deixando Seus opositores sem argumentos.
Destaca-se, neste caso, uma série de debates no Templo, na última semana da vida de Jesus, nos quais representantes religiosos tentaram colocá-lo em situações embaraçosas. Um exemplo notável foi registrado no terceiro Evangelho. Quando o questionaram sobre o pagamento de tributos a César, Ele respondeu de forma sábia: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus (Lc 20.19-26). No entanto, é importante ressaltar que nem todos os debates eram hostis; alguns, como o de Nicodemos (Jo 3) e o da mulher samaritana (Jo 4), eram motivados pela busca sincera da verdade, resultando em conversões.
2.4. Dramatização
A dramatização consiste na reprodução de um fato histórico, de uma cena do cotidiano ou de uma obra escrita. Dois grandes exemplos de dramatização, utilizados por Jesus, são a ceia do Senhor e o batismo, as duas ordenanças da Igreja.
O Rabi da Galileia também realizou diversas atividades dramáticas, como Sua entrada triunfal Jerusalém (Mt 21.7- 13); a expulsão dos comerciantes do Templo (Mc 11.15,16); e a lavagem dos pés dos discípulos (Jo 13.3-7). Essas ações dramáticas transmitiram lições poderosas, como humildade e serviço ao próximo, especialmente destacadas na cena da lavagem dos pés.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os Métodos de Ensino-Aprendizagem de Cristo
2.1. Discursos
Os discursos de Jesus eram uma ferramenta poderosa no Seu método de ensino. Em Mateus 4.23 e 9.35, observamos que Jesus "viajava por todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas e pregando o evangelho do reino". Seu estilo de pregação, embora simples em alguns aspectos, desafiava as tradições religiosas e oferecia uma nova perspectiva sobre as Escrituras. Em muitos casos, Jesus não apenas explicava os princípios do Reino de Deus, mas também os aplicava diretamente à vida cotidiana do povo, desafiando-os a mudar seus comportamentos e atitudes.
O Sermão da Montanha (Mateus 5-7) é um dos mais notáveis exemplos de Seus discursos. Nele, Jesus apresentou a ética do Reino de Deus, oferecendo um código moral que reverteria as expectativas da sociedade, enfatizando a humildade, a misericórdia, e a paz. Ele também abordou temas como o perdão, a pureza de coração, e a oração, instruindo Seus seguidores a viverem de maneira diferente dos religiosos de Sua época, que se preocupavam apenas com as aparências (Mateus 6.1-18).
Referências Bíblicas:
- Mateus 5.1-2 – "E, vendo as multidões, subiu ao monte; e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo..."
- Mateus 5.20 – "Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus." Esse versículo sublinha a radicalidade dos ensinamentos de Jesus em contraste com as práticas da época.
2.2. Inquirições
As perguntas de Jesus são um dos métodos mais profundos e eficazes de ensino que Ele utilizava. Jesus frequentemente usava perguntas para provocar reflexão e desafiar pré-conceitos. O objetivo das perguntas de Jesus não era tanto obter respostas, mas sim levar os ouvintes a uma compreensão mais profunda de si mesmos, de Deus e do Reino. Um exemplo claro é quando Ele perguntou aos discípulos sobre a identidade do Filho do Homem em Mateus 16.13-15:
- "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?"
- "E vós, quem dizeis que Eu sou?" – Jesus questiona Seus discípulos, não para saber o que pensam sobre Ele, mas para incitar neles uma reflexão profunda sobre Sua identidade e Sua missão.
Essas perguntas muitas vezes levavam a um confronto interno, obrigando os ouvintes a se questionarem e se posicionarem sobre as verdades espirituais que Jesus estava revelando.
Referências Bíblicas:
- Mateus 16.13-15 – A famosa pergunta de Jesus: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" Seguindo, Ele questiona: "E vós, quem dizeis que Eu sou?".
- Lucas 10.25-28 – A parábola do bom samaritano, em que Jesus responde à pergunta de um doutor da lei: "O que farei para herdar a vida eterna?"
2.3. Debates
Os debates eram uma ferramenta comum utilizada por Jesus, especialmente quando Ele se encontrava com líderes religiosos como os fariseus, escribas, e sadduceus. Esses debates, ao contrário dos de hoje, muitas vezes tinham como propósito testar ou desafiar Jesus, e Ele sempre respondia de maneira incisiva e cheia de sabedoria.
Um exemplo clássico é a discussão sobre o pagamento de tributos a César (Lucas 20.19-26). Jesus, ao ser questionado sobre se era lícito pagar impostos a César, respondeu com uma sabedoria que desarmou Seus oponentes: "Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus." Com essa resposta, Ele não só eludiu uma armadilha política, mas também afirmou o princípio de que a autoridade secular e a autoridade divina têm seus próprios domínios e devem ser respeitadas.
Em outros debates, como com Nicodemos (João 3) e a mulher samaritana (João 4), Jesus engajou-se em discussões teológicas profundas, visando levar os interlocutores à verdade espiritual e à transformação.
Referências Bíblicas:
- Lucas 20.19-26 – O debate sobre o tributo a César, no qual Jesus dá uma resposta que divide as águas entre a autoridade secular e a autoridade divina.
- Mateus 22.34-40 – Quando Jesus responde aos fariseus sobre o maior mandamento, demonstrando a centralidade do amor a Deus e ao próximo, base para toda a Lei.
2.4. Dramatização
A dramatização é um método raramente discutido, mas essencial no ensino de Jesus. Ele não apenas falou, mas agiu de maneira que transmitia poderosas lições espirituais. O exemplo da entrada triunfal em Jerusalém (Mateus 21.7-13), em que Jesus monta um jumento e é aclamado como rei, não foi apenas uma ação simbólica, mas também uma declaração profética sobre Sua identidade messiânica e o tipo de Reino que Ele estava inaugurando: não um reino de poder militar, mas um reino de humildade e paz.
Outra dramatização marcante foi a expulsão dos comerciantes do Templo (Marcos 11.15-16), que não apenas demonstrou a ira justa de Jesus contra a corrupção, mas também uma mensagem clara sobre a purificação do templo, que deveria ser uma casa de oração, e não um mercado.
A lavagem dos pés dos discípulos (João 13.3-7) é outra dramatização fundamental, simbolizando o serviço e a humildade. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, reverteu a cultura de liderança, onde o líder é servido, e apresentou um modelo em que o líder serve.
Referências Bíblicas:
- Mateus 21.7-13 – A entrada triunfal em Jerusalém, que é uma dramatização da vinda do Messias e da natureza pacífica de Seu reino.
- João 13.3-7 – A lavagem dos pés dos discípulos, mostrando o exemplo de humildade e serviço.
Conclusão
Os métodos de ensino de Jesus eram variados, mas sempre profundos e eficazes. A combinação de discursos poderosos, inquirições provocativas, debates teológicos e dramaticidade nas Suas ações criou uma pedagogia que envolvia não apenas a mente, mas também o coração e a ação. Seu ensino transcende a simples instrução, desafiando Seus seguidores a viverem de acordo com os valores do Reino de Deus, promovendo a transformação interna e a mudança externa de atitudes.
Os Métodos de Ensino-Aprendizagem de Cristo
2.1. Discursos
Os discursos de Jesus eram uma ferramenta poderosa no Seu método de ensino. Em Mateus 4.23 e 9.35, observamos que Jesus "viajava por todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas e pregando o evangelho do reino". Seu estilo de pregação, embora simples em alguns aspectos, desafiava as tradições religiosas e oferecia uma nova perspectiva sobre as Escrituras. Em muitos casos, Jesus não apenas explicava os princípios do Reino de Deus, mas também os aplicava diretamente à vida cotidiana do povo, desafiando-os a mudar seus comportamentos e atitudes.
O Sermão da Montanha (Mateus 5-7) é um dos mais notáveis exemplos de Seus discursos. Nele, Jesus apresentou a ética do Reino de Deus, oferecendo um código moral que reverteria as expectativas da sociedade, enfatizando a humildade, a misericórdia, e a paz. Ele também abordou temas como o perdão, a pureza de coração, e a oração, instruindo Seus seguidores a viverem de maneira diferente dos religiosos de Sua época, que se preocupavam apenas com as aparências (Mateus 6.1-18).
Referências Bíblicas:
- Mateus 5.1-2 – "E, vendo as multidões, subiu ao monte; e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo..."
- Mateus 5.20 – "Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus." Esse versículo sublinha a radicalidade dos ensinamentos de Jesus em contraste com as práticas da época.
2.2. Inquirições
As perguntas de Jesus são um dos métodos mais profundos e eficazes de ensino que Ele utilizava. Jesus frequentemente usava perguntas para provocar reflexão e desafiar pré-conceitos. O objetivo das perguntas de Jesus não era tanto obter respostas, mas sim levar os ouvintes a uma compreensão mais profunda de si mesmos, de Deus e do Reino. Um exemplo claro é quando Ele perguntou aos discípulos sobre a identidade do Filho do Homem em Mateus 16.13-15:
- "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?"
- "E vós, quem dizeis que Eu sou?" – Jesus questiona Seus discípulos, não para saber o que pensam sobre Ele, mas para incitar neles uma reflexão profunda sobre Sua identidade e Sua missão.
Essas perguntas muitas vezes levavam a um confronto interno, obrigando os ouvintes a se questionarem e se posicionarem sobre as verdades espirituais que Jesus estava revelando.
Referências Bíblicas:
- Mateus 16.13-15 – A famosa pergunta de Jesus: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" Seguindo, Ele questiona: "E vós, quem dizeis que Eu sou?".
- Lucas 10.25-28 – A parábola do bom samaritano, em que Jesus responde à pergunta de um doutor da lei: "O que farei para herdar a vida eterna?"
2.3. Debates
Os debates eram uma ferramenta comum utilizada por Jesus, especialmente quando Ele se encontrava com líderes religiosos como os fariseus, escribas, e sadduceus. Esses debates, ao contrário dos de hoje, muitas vezes tinham como propósito testar ou desafiar Jesus, e Ele sempre respondia de maneira incisiva e cheia de sabedoria.
Um exemplo clássico é a discussão sobre o pagamento de tributos a César (Lucas 20.19-26). Jesus, ao ser questionado sobre se era lícito pagar impostos a César, respondeu com uma sabedoria que desarmou Seus oponentes: "Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus." Com essa resposta, Ele não só eludiu uma armadilha política, mas também afirmou o princípio de que a autoridade secular e a autoridade divina têm seus próprios domínios e devem ser respeitadas.
Em outros debates, como com Nicodemos (João 3) e a mulher samaritana (João 4), Jesus engajou-se em discussões teológicas profundas, visando levar os interlocutores à verdade espiritual e à transformação.
Referências Bíblicas:
- Lucas 20.19-26 – O debate sobre o tributo a César, no qual Jesus dá uma resposta que divide as águas entre a autoridade secular e a autoridade divina.
- Mateus 22.34-40 – Quando Jesus responde aos fariseus sobre o maior mandamento, demonstrando a centralidade do amor a Deus e ao próximo, base para toda a Lei.
2.4. Dramatização
A dramatização é um método raramente discutido, mas essencial no ensino de Jesus. Ele não apenas falou, mas agiu de maneira que transmitia poderosas lições espirituais. O exemplo da entrada triunfal em Jerusalém (Mateus 21.7-13), em que Jesus monta um jumento e é aclamado como rei, não foi apenas uma ação simbólica, mas também uma declaração profética sobre Sua identidade messiânica e o tipo de Reino que Ele estava inaugurando: não um reino de poder militar, mas um reino de humildade e paz.
Outra dramatização marcante foi a expulsão dos comerciantes do Templo (Marcos 11.15-16), que não apenas demonstrou a ira justa de Jesus contra a corrupção, mas também uma mensagem clara sobre a purificação do templo, que deveria ser uma casa de oração, e não um mercado.
A lavagem dos pés dos discípulos (João 13.3-7) é outra dramatização fundamental, simbolizando o serviço e a humildade. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, reverteu a cultura de liderança, onde o líder é servido, e apresentou um modelo em que o líder serve.
Referências Bíblicas:
- Mateus 21.7-13 – A entrada triunfal em Jerusalém, que é uma dramatização da vinda do Messias e da natureza pacífica de Seu reino.
- João 13.3-7 – A lavagem dos pés dos discípulos, mostrando o exemplo de humildade e serviço.
Conclusão
Os métodos de ensino de Jesus eram variados, mas sempre profundos e eficazes. A combinação de discursos poderosos, inquirições provocativas, debates teológicos e dramaticidade nas Suas ações criou uma pedagogia que envolvia não apenas a mente, mas também o coração e a ação. Seu ensino transcende a simples instrução, desafiando Seus seguidores a viverem de acordo com os valores do Reino de Deus, promovendo a transformação interna e a mudança externa de atitudes.
3. JESUS, O MESTRE EXTRAORDINÁRIO
3.1. As fontes de consulta do Mestre dos mestres
Jesus baseava Seus ensinamentos em três fontes principais: nas Escrituras Sagradas, no mundo ao Seu redor (a natureza) e nos fatos do cotidiano. Ele frequentemente citava a Escritura, aplicando o Antigo Testamento a situações específicas com propriedade. Além disso, Suas observações sobre a natureza e os acontecimentos do dia a dia proporcionavam lições memoráveis, comparações notáveis e ilustrações eficazes.
3.2. O uso de figuras de linguagem
O Mestre era extremamente criativo ao comunicar Sua mensagem, fato que se comprova nas muitas figuras de linguagem empregadas em Suas falas. Neste tópico, serão destacadas três delas: metáfora, símile e parábola.
3.2.1. Metáforas
A metáfora é uma figura de linguagem que compara elementos diferentes, mas com uma semelhança essencial. Jesus usou metáforas para ensinar, como quando disse aos Seus seguidores que eles eram o sal da terra (Mt 5.13), destacando o papel da Igreja em preservar o mundo da corrupção moral e espiritual.
O Mestre também fez referências a si mesmo usando metáforas, como quando afirmou que Ele é o pão da vida (Jo 6.48), o bom pastor (Jo 10.11) e a porta (Jo 10.9), ilustrando aspectos de Sua natureza e missão. Cada metáfora revela um aspecto específico de Seu ensinamento e identidade.
3.2.2. Símiles
O símile é uma figura de linguagem que compara elementos diferentes usando determinadas palavras e/ou expressões - p. ex.: como, assim como, do mesmo modo que etc. Pode-se dizer que enquanto o símile faz uma comparação, a metáfora faz uma representação direta de um objeto ou pessoa.
Quando Jesus enviou 70 discípulos para pregarem o evangelho, Ele os comparou a cordeiros no meio de lobos (Lc 10.3). Essa afirmação caracteriza um símile, pois estabelece uma comparação entre dois termos de sentidos diferentes ligados pela palavra "como".
3.2.3. Parábolas
A palavra parábola tem origem no grego (para = "ao lado; junto a" + ballein = "lançar"), indicando uma comparação entre duas realidades para ilustrar uma verdade moral ou espiritual.
Jesus usava parábolas para provocar reflexão, levando Seus ouvintes à ponderação. Ele as utilizava para destacar verdades espirituais, rebater críticas e chamar a atenção das pessoas. Por exemplo, após ser criticado por permitir que uma pecadora lhe ungisse os pés, Jesus propôs a "parábola dos dois devedores" (Lc 7.41-43). Outras, no entanto, tinham propósitos específicos, como ensinar sobre a importância da oração contínua (Lc 18.1), ou alertar os fariseus sobre a confiança em sua própria justiça (Lc 18.9).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jesus, O Mestre Extraordinário
3.1. As Fontes de Consulta do Mestre dos Mestres
Jesus utilizava três fontes principais para basear Seus ensinamentos: as Escrituras Sagradas, o mundo ao Seu redor (a natureza) e os fatos do cotidiano. Essas fontes não eram apenas referências passivas, mas fontes vivas e dinâmicas que Ele incorporava para comunicar a verdade de maneira clara e acessível.
- As Escrituras Sagradas: Jesus constantemente citava o Antigo Testamento, aplicando-o de maneira prática às situações do Seu tempo. Ele usava as Escrituras para revelar a vontade de Deus e para cumprir profecias messiânicas, como em Mateus 5.17, onde Ele afirmou: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogá-los, mas cumprí-los". Jesus sempre teve uma compreensão profunda das Escrituras, e Sua aplicação delas revelava um conhecimento extraordinário.
- A Natureza: Jesus observava o mundo natural e tirava lições valiosas que explicavam verdades espirituais. Ele falou sobre a sementes (Marcos 4.30-32), o vento e a planta (Mateus 6.28), usando esses elementos como ilustrações para comunicar verdades profundas sobre o Reino de Deus. A natureza serviu como uma janela para as lições de vida e princípios espirituais, conectando o natural ao sobrenatural.
- Os Fatos do Cotidiano: Jesus também usava as situações cotidianas das pessoas para ilustrar os princípios do Reino. Ele usava situações como casamentos, comida e trabalho para ensinar verdades espirituais de maneira clara e acessível.
Referências Bíblicas:
- Mateus 5.17 – "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogá-los, mas cumprí-los."
- Lucas 12.27-28 – "Considerai os lírios, como crescem; não trabalham nem fiam, e eu vos digo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles."
3.2. O Uso de Figuras de Linguagem
Jesus foi um mestre excepcional na arte de comunicar e usou uma variedade de figuras de linguagem para tornar Seus ensinamentos mais vívidos, memoráveis e profundos. Entre as principais figuras de linguagem que Ele usou estão as metáforas, símiles e parábolas, que permitiam transmitir complexas verdades espirituais de maneira acessível e impactante.
3.2.1. Metáforas
As metáforas são comparações diretas, onde um objeto ou conceito é representado por outro que compartilha alguma característica essencial. Jesus usou metáforas poderosas para ilustrar Sua missão e identidade:
- O Sal da Terra (Mateus 5.13): Ao dizer "Vós sois o sal da terra", Jesus usou uma metáfora para explicar o papel crucial dos discípulos em preservar o mundo da corrupção moral e dar sabor à vida humana, como o sal faz com os alimentos.
- O Pão da Vida (João 6.48): Jesus afirmou ser o Pão da Vida, uma metáfora que representava Ele mesmo como a única fonte de sustento espiritual para a humanidade, assim como o pão é essencial para a sobrevivência física.
- O Bom Pastor (João 10.11): Jesus se apresenta como o Bom Pastor, em contraste com os pastores corruptos da época, e destaca Seu compromisso de dar Sua vida pelas ovelhas.
Essas metáforas revelam aspectos centrais de Sua identidade messiânica e Sua missão redentora.
Referências Bíblicas:
- Mateus 5.13 – "Vós sois o sal da terra."
- João 6.48 – "Eu sou o pão da vida."
- João 10.11 – "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas."
3.2.2. Símiles
O símile, ao contrário da metáfora, faz uma comparação explícita usando palavras como "como" ou "assim como". Jesus usou o símile para explicar os contrastes e as características do Reino de Deus:
- Cordeiros no meio de lobos (Lucas 10.3): Ao enviar Seus discípulos para pregar, Jesus os comparou a cordeiros no meio de lobos, ilustrando o perigo e a fragilidade dos discípulos em face das dificuldades que enfrentariam ao anunciar o Evangelho. Ao mesmo tempo, essa comparação transmite a necessidade de confiança em Deus para proteção.
- O Reino de Deus como um grão de mostarda (Mateus 13.31-32): Jesus comparou o Reino de Deus a um grão de mostarda que, embora pequeno no começo, cresce e se torna uma grande árvore, simbolizando a expansão gradual e o crescimento espiritual do Reino.
Referências Bíblicas:
- Lucas 10.3 – "Eis que vos envio como cordeiros ao meio de lobos."
- Mateus 13.31-32 – "O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou no seu campo..."
3.2.3. Parábolas
As parábolas são comparações que revelam verdades espirituais por meio de histórias ou narrativas simples e cotidianas. A palavra "parábola" vem do grego, significando "colocar ao lado", ou seja, uma história que é colocada ao lado de uma lição para ilustrá-la.
Jesus usava parábolas para ensinar sobre a natureza do Reino de Deus, desmascarar hipocrisias, e ensinar sobre fé, arrependimento, e salvação. Entre as parábolas mais conhecidas, temos:
- A Parábola dos Dois Devedores (Lucas 7.41-43): Essa parábola foi contada após uma mulher pecadora ungir os pés de Jesus. Jesus contou a parábola para ensinar sobre a importância do perdão e a grandeza da misericórdia de Deus.
- A Parábola do Semeador (Mateus 13.1-23): A parábola ensina sobre a receptividade do coração humano à Palavra de Deus, comparando-a a diferentes tipos de solo.
- A Parábola do Filho Pródigo (Lucas 15.11-32): Essa parábola ilustra de maneira poderosa a misericórdia de Deus e o arrependimento genuíno, mostrando o amor incondicional do Pai para com os pecadores arrependidos.
As parábolas de Jesus eram histórias simples, mas com profundidade teológica e prática que desafiavam os ouvintes a refletirem sobre suas próprias vidas e suas relações com Deus.
Referências Bíblicas:
- Lucas 7.41-43 – A parábola dos dois devedores, que ensina sobre o perdão.
- Mateus 13.1-23 – A parábola do semeador, explicando como as pessoas respondem à Palavra de Deus.
- Lucas 15.11-32 – A parábola do filho pródigo, demonstrando a misericórdia do Pai.
Conclusão
Jesus, o Mestre extraordinário, utilizou uma variedade de métodos para ensinar verdades espirituais profundas de forma acessível e memorável. Ele combinava fontes como as Escrituras, a natureza e os fatos do cotidiano com figuras de linguagem como metáforas, símiles e parábolas para fazer com que os princípios do Reino de Deus fossem compreensíveis para todos, independentemente de sua formação intelectual. O uso dessas técnicas demonstrou Sua habilidade divina de comunicar a verdade de maneira transformadora e profunda, atingindo não apenas as mentes, mas também os corações dos ouvintes.
Jesus, O Mestre Extraordinário
3.1. As Fontes de Consulta do Mestre dos Mestres
Jesus utilizava três fontes principais para basear Seus ensinamentos: as Escrituras Sagradas, o mundo ao Seu redor (a natureza) e os fatos do cotidiano. Essas fontes não eram apenas referências passivas, mas fontes vivas e dinâmicas que Ele incorporava para comunicar a verdade de maneira clara e acessível.
- As Escrituras Sagradas: Jesus constantemente citava o Antigo Testamento, aplicando-o de maneira prática às situações do Seu tempo. Ele usava as Escrituras para revelar a vontade de Deus e para cumprir profecias messiânicas, como em Mateus 5.17, onde Ele afirmou: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogá-los, mas cumprí-los". Jesus sempre teve uma compreensão profunda das Escrituras, e Sua aplicação delas revelava um conhecimento extraordinário.
- A Natureza: Jesus observava o mundo natural e tirava lições valiosas que explicavam verdades espirituais. Ele falou sobre a sementes (Marcos 4.30-32), o vento e a planta (Mateus 6.28), usando esses elementos como ilustrações para comunicar verdades profundas sobre o Reino de Deus. A natureza serviu como uma janela para as lições de vida e princípios espirituais, conectando o natural ao sobrenatural.
- Os Fatos do Cotidiano: Jesus também usava as situações cotidianas das pessoas para ilustrar os princípios do Reino. Ele usava situações como casamentos, comida e trabalho para ensinar verdades espirituais de maneira clara e acessível.
Referências Bíblicas:
- Mateus 5.17 – "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogá-los, mas cumprí-los."
- Lucas 12.27-28 – "Considerai os lírios, como crescem; não trabalham nem fiam, e eu vos digo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles."
3.2. O Uso de Figuras de Linguagem
Jesus foi um mestre excepcional na arte de comunicar e usou uma variedade de figuras de linguagem para tornar Seus ensinamentos mais vívidos, memoráveis e profundos. Entre as principais figuras de linguagem que Ele usou estão as metáforas, símiles e parábolas, que permitiam transmitir complexas verdades espirituais de maneira acessível e impactante.
3.2.1. Metáforas
As metáforas são comparações diretas, onde um objeto ou conceito é representado por outro que compartilha alguma característica essencial. Jesus usou metáforas poderosas para ilustrar Sua missão e identidade:
- O Sal da Terra (Mateus 5.13): Ao dizer "Vós sois o sal da terra", Jesus usou uma metáfora para explicar o papel crucial dos discípulos em preservar o mundo da corrupção moral e dar sabor à vida humana, como o sal faz com os alimentos.
- O Pão da Vida (João 6.48): Jesus afirmou ser o Pão da Vida, uma metáfora que representava Ele mesmo como a única fonte de sustento espiritual para a humanidade, assim como o pão é essencial para a sobrevivência física.
- O Bom Pastor (João 10.11): Jesus se apresenta como o Bom Pastor, em contraste com os pastores corruptos da época, e destaca Seu compromisso de dar Sua vida pelas ovelhas.
Essas metáforas revelam aspectos centrais de Sua identidade messiânica e Sua missão redentora.
Referências Bíblicas:
- Mateus 5.13 – "Vós sois o sal da terra."
- João 6.48 – "Eu sou o pão da vida."
- João 10.11 – "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas."
3.2.2. Símiles
O símile, ao contrário da metáfora, faz uma comparação explícita usando palavras como "como" ou "assim como". Jesus usou o símile para explicar os contrastes e as características do Reino de Deus:
- Cordeiros no meio de lobos (Lucas 10.3): Ao enviar Seus discípulos para pregar, Jesus os comparou a cordeiros no meio de lobos, ilustrando o perigo e a fragilidade dos discípulos em face das dificuldades que enfrentariam ao anunciar o Evangelho. Ao mesmo tempo, essa comparação transmite a necessidade de confiança em Deus para proteção.
- O Reino de Deus como um grão de mostarda (Mateus 13.31-32): Jesus comparou o Reino de Deus a um grão de mostarda que, embora pequeno no começo, cresce e se torna uma grande árvore, simbolizando a expansão gradual e o crescimento espiritual do Reino.
Referências Bíblicas:
- Lucas 10.3 – "Eis que vos envio como cordeiros ao meio de lobos."
- Mateus 13.31-32 – "O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou no seu campo..."
3.2.3. Parábolas
As parábolas são comparações que revelam verdades espirituais por meio de histórias ou narrativas simples e cotidianas. A palavra "parábola" vem do grego, significando "colocar ao lado", ou seja, uma história que é colocada ao lado de uma lição para ilustrá-la.
Jesus usava parábolas para ensinar sobre a natureza do Reino de Deus, desmascarar hipocrisias, e ensinar sobre fé, arrependimento, e salvação. Entre as parábolas mais conhecidas, temos:
- A Parábola dos Dois Devedores (Lucas 7.41-43): Essa parábola foi contada após uma mulher pecadora ungir os pés de Jesus. Jesus contou a parábola para ensinar sobre a importância do perdão e a grandeza da misericórdia de Deus.
- A Parábola do Semeador (Mateus 13.1-23): A parábola ensina sobre a receptividade do coração humano à Palavra de Deus, comparando-a a diferentes tipos de solo.
- A Parábola do Filho Pródigo (Lucas 15.11-32): Essa parábola ilustra de maneira poderosa a misericórdia de Deus e o arrependimento genuíno, mostrando o amor incondicional do Pai para com os pecadores arrependidos.
As parábolas de Jesus eram histórias simples, mas com profundidade teológica e prática que desafiavam os ouvintes a refletirem sobre suas próprias vidas e suas relações com Deus.
Referências Bíblicas:
- Lucas 7.41-43 – A parábola dos dois devedores, que ensina sobre o perdão.
- Mateus 13.1-23 – A parábola do semeador, explicando como as pessoas respondem à Palavra de Deus.
- Lucas 15.11-32 – A parábola do filho pródigo, demonstrando a misericórdia do Pai.
Conclusão
Jesus, o Mestre extraordinário, utilizou uma variedade de métodos para ensinar verdades espirituais profundas de forma acessível e memorável. Ele combinava fontes como as Escrituras, a natureza e os fatos do cotidiano com figuras de linguagem como metáforas, símiles e parábolas para fazer com que os princípios do Reino de Deus fossem compreensíveis para todos, independentemente de sua formação intelectual. O uso dessas técnicas demonstrou Sua habilidade divina de comunicar a verdade de maneira transformadora e profunda, atingindo não apenas as mentes, mas também os corações dos ouvintes.
4. OUTRAS CARACTERÍSTICAS DO ENSINO DE CRISTO
4.1. Ele ensinava como quem tem autoridade
Na época de Jesus, os escribas e fariseus eram admirados por sua vasta compreensão das Escrituras Hebraicas. Contudo, sua ênfase na tradição e em formalidades externas obscurecia o verdadeiro significado da Lei.
Escribas e fariseus baseavam sua interpretação principalmente nos ensinamentos de rabinos anteriores, isto é, eles não possuíam autoridade intrínseca. Em contraste, Jesus ensinava com um poder que emanava dele mesmo, não se limitando a tradições religiosas. Seu ensino causava admiração, porque Ele falava com genuína autoridade (Mt 7.29).
4.2. Abordagem pessoal
Jesus não se isolava do povo; antes, buscava manter com todas as pessoas um contato pessoal, demonstrando Sua acessibilidade e compaixão. Apesar das multidões que o rodeavam, Ele acolhia aqueles e aquelas que o procuravam. Ele tanto recebeu Nicodemos à noite (Jo 3) como fez questão de interromper Sua caminhada para curar um cego (Mc 10.46- 52), por exemplo.
4.3. Combate às tradições religiosas
Jesus repreendeu os líderes religiosos de Sua época devido à sua hipocrisia e falta de compreensão espiritual. Ele enfatizava que o verdadeiro serviço a Deus não se limitava a rituais exteriores; antes demandava uma transformação interna
O Mestre confrontava o legalismo que tolhia a verdadeira essência da fé judaica, destacando que Deus valoriza a misericórdia sobre os sacrifícios. Sua mensagem desafiava os líderes, ressaltando que Ele veio para oferecer salvação aos pecadores, não aos autoproclamados justos (Mt 9.13).
4.4. Chamado à transformação interior
A Lei primava pelas formalidades externas, mas Jesus desafiou as tradições religiosas ao propor uma nova forma de relacionamento com Deus. Ele ensinava que a verdadeira transformação começa no interior de uma pessoa, pois é do coração que procedem maus pensamentos, assassinatos, adultérios, imoralidades sexuais, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mt 15.19). Por isso, o Mestre enfatizava a necessidade de um coração e uma mente renovados, exortando o povo a abandonar o pecado e a seguir o Senhor de todo o coração.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O ensino de Jesus, conforme exposto, reflete uma mensagem profundamente transformadora que ressoou e ressoa até hoje, desafiando as normas religiosas e culturais de Sua época. Vamos aprofundar os pontos abordados com base em referências bíblicas, histórico-cultural, raízes etimológicas de palavras-chave e reflexões teológicas.
4.1. Ele ensinava como quem tem autoridade
Comentário Bíblico: Jesus ensinava com uma autoridade única, diferente da dos mestres de Sua época, que se baseavam em tradições e citações de rabinos antigos. Sua autoridade não se originava de sua educação formal, mas de Sua própria identidade como o Filho de Deus. Como registrado em Mateus 7:29, "Ele os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas". A autoridade de Jesus era percebida, não apenas nas palavras, mas também em Seus atos (milagres) e em Sua compreensão profunda das Escrituras, mostrando que Ele não era um intérprete das Escrituras, mas o próprio cumprimento delas.
Raiz Etimológica: A palavra grega para "autoridade" em Mateus 7:29 é exousía (ἐξουσία), que significa "poder" ou "autoridade" que vem de alguém ou algo. Isso indica uma autoridade intrínseca, em contraste com a autoridade derivada que os escribas e fariseus possuíam.
Referência Bíblica:
- Mateus 7:29
- Lucas 4:32, onde o povo fica admirado com Sua doutrina, pois Ele falava com autoridade e não como os mestres da Lei.
Teologia: A autoridade de Jesus reflete Sua divindade. Enquanto os escribas e fariseus tinham autoridade humana, Jesus demonstrava uma autoridade divina, essencial para o cumprimento das Escrituras. Ele era a Palavra viva de Deus, e Sua autoridade não era apenas um conhecimento ou uma habilidade de ensino, mas uma expressão do Reino de Deus que Ele representava. Isso também desafia a visão legalista e ritualista da religião, chamando as pessoas para uma fé autêntica e pessoal.
4.2. Abordagem pessoal
Comentário Bíblico: A abordagem pessoal de Jesus era uma de proximidade, compaixão e acolhimento. Ele não estava distante ou inacessível, mas procurava o contato direto com as pessoas, independentemente de sua condição social ou moral. Em João 3, vemos o diálogo de Jesus com Nicodemos, que o procurou à noite, talvez por medo ou vergonha. Jesus, em Sua misericórdia, não só o acolheu, mas o desafiou com um ensinamento profundo sobre o novo nascimento. Outro exemplo é a cura de Bartimeu, o cego, em Marcos 10:46-52, onde Jesus interrompe Sua jornada para dar atenção a um homem marginalizado pela sociedade.
Referência Bíblica:
- João 3:1-21 (Nicodemos)
- Marcos 10:46-52 (Cura de Bartimeu)
Teologia: A maneira de Jesus lidar com as pessoas revela o caráter do Reino de Deus, onde todos são valiosos e dignos de atenção, especialmente os marginalizados e excluídos pela sociedade. Isso também demonstra o amor incondicional de Cristo, que não se baseia nas condições externas, mas em um coração cheio de compaixão. A ideia de Jesus ser acessível e pessoal sublinha a doutrina cristã de um Deus que se faz presente na vida cotidiana, não distante e inacessível.
4.3. Combate às tradições religiosas
Comentário Bíblico: Jesus frequentemente confrontava as tradições religiosas que obscureciam a verdadeira essência da Lei de Deus. Ele denunciava a hipocrisia dos fariseus e escribas, que eram mais focados em tradições exteriores do que em uma transformação verdadeira do coração. Em Mateus 9:13, Jesus cita Oséias 6:6: "Misericórdia quero, e não sacrifício", desafiando a ideia de que o cumprimento ritual das leis poderia substituir um coração quebrantado e arrependido. Ele ressaltava que o verdadeiro culto a Deus envolve não apenas ações externas, mas também uma renovação interna.
Raiz Etimológica: A palavra "hipocrisia" vem do grego hypokrisis (ὑπόκρισις), que originalmente significava "fazer de conta" ou "interpretar um papel". Isso indica que os fariseus estavam agindo de maneira contrária ao que professavam, tentando aparentar santidade, enquanto em seus corações havia falta de verdade e sinceridade.
Referência Bíblica:
- Mateus 9:13
- Mateus 23:23-28 (Jesus denuncia a hipocrisia dos fariseus)
Teologia: Jesus não estava contra a observância da Lei, mas contra a religiosidade vazia que não levava a uma mudança interna. Ele buscava a verdadeira justiça e misericórdia, que vêm de um coração transformado. O combate às tradições religiosas aponta para a natureza da verdadeira fé: um relacionamento genuíno com Deus, não baseado em rituais, mas em transformação e arrependimento.
4.4. Chamado à transformação interior
Comentário Bíblico: O ensino de Jesus acerca da transformação interior é um dos pilares do Novo Testamento. Em Mateus 15:19, Ele afirma que "do coração procedem os maus pensamentos". A Lei tinha uma ênfase em ações externas, mas Jesus propõe uma nova perspectiva: a verdadeira pureza e santidade vêm de um coração renovado. Em outras palavras, o que é exterior reflete o interior, e a transformação que Jesus propõe começa no coração, no centro do ser humano. A mudança genuína começa quando o indivíduo permite que Deus renove suas motivações e desejos.
Raiz Etimológica: A palavra "coração" em grego é kardia (καρδία), que se refere não apenas ao órgão físico, mas simboliza o centro dos pensamentos, sentimentos, vontades e ações de uma pessoa. A transformação do coração, portanto, implica em uma mudança total de ser e de viver.
Referência Bíblica:
- Mateus 15:19 (a origem do mal vem do coração)
- Lucas 6:45 (o bom homem tira o bem do bom tesouro do coração)
Teologia: Jesus ensina que a verdadeira mudança espiritual não é uma questão de aparência, mas de uma renovação profunda do coração. Isso está relacionado com a doutrina da regeneração, o novo nascimento que ocorre através do Espírito Santo, como Jesus explicou a Nicodemos (João 3:3-7). A verdadeira obediência a Deus, segundo Jesus, vem de uma transformação interior que afeta toda a vida do crente.
Ilustração:
Imaginemos a vida de uma pessoa que, ao se aproximar de Jesus, sente o peso de suas falhas, mas também experimenta o amor e a compaixão de Cristo. Como uma árvore que, ao ser bem cuidada, passa a produzir bons frutos, essa pessoa começa a ser transformada, não por meios externos, mas pela renovação do seu coração. Ela não precisa mais viver segundo as regras do mundo ou das convenções religiosas, mas de acordo com a vontade de Deus, que é expressa por meio de um coração puro e um espírito contrito. Assim como Jesus curou Bartimeu e o trouxe de volta à luz, Ele nos chama para uma vida nova, que começa no interior e se reflete em ações de misericórdia e verdade.
4.5. O Reino de Deus: A Nova Realidade e a Transformação Social
Comentário Bíblico: O ensino de Jesus sobre o Reino de Deus não se limitava apenas a um conceito espiritual ou futuro, mas também trazia implicações práticas para a vida presente. O Reino de Deus, segundo Jesus, era um reino onde os valores de Deus prevalecem — justiça, misericórdia, e paz — e ele se torna uma realidade quando as pessoas se submetem ao Senhorio de Cristo em suas vidas. Isso é refletido, por exemplo, na Oração do Pai Nosso (Mateus 6:9-13), onde se ora "venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu". Jesus não estava apenas apontando para uma realidade futura, mas estava inaugurando o Reino de Deus, que se manifesta na vida dos discípulos e na transformação social que eles devem promover.
Raiz Etimológica: A palavra "Reino" em grego é basileia (βασιλεία), que significa "domínio" ou "governo". Quando Jesus fala sobre o Reino de Deus, Ele não se refere a um reinado territorial, mas a um domínio espiritual, onde Deus reina sobre a vida das pessoas, e Sua vontade é feita de maneira soberana.
Referência Bíblica:
- Mateus 6:9-13 (A Oração do Pai Nosso)
- Lucas 17:20-21 (O Reino de Deus está entre vocês)
- Mateus 4:17 (Jesus começa a pregar: "Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo")
Teologia: Jesus inaugura o Reino de Deus de forma presente, mas também aponta para sua consumação futura. O Reino de Deus, portanto, é já, mas ainda não completamente, como uma realidade que começa no coração dos crentes, mas se manifestará plenamente quando Cristo retornar. A transformação social e espiritual que Jesus propôs através do Reino não é apenas sobre comportamentos ou rituais, mas uma revolução do coração, onde a justiça e a misericórdia de Deus moldam as ações humanas e a vida em comunidade.
4.6. A Inclusividade e o Amor Radical de Jesus
Comentário Bíblico: Uma característica única do ensino de Jesus era Sua mensagem inclusiva. Ele foi além das fronteiras raciais, culturais, e religiosas da época, oferecendo salvação a todos — sem discriminação. Jesus se associou com cobradores de impostos, pecadores, mulheres, gentios e outras pessoas marginalizadas pela sociedade religiosa de Seu tempo. Ele desafiou a ideia de que apenas os "justos" mereciam a misericórdia de Deus, mostrando que Deus é um Deus de graça que busca os perdidos e os marginalizados.
Raiz Etimológica: A palavra "amor" no Novo Testamento, especialmente quando falamos do amor de Cristo, é a palavra grega ágape (ἀγάπη), que denota um amor sacrificial, incondicional e divino. Este amor não depende da reciprocidade ou das condições externas, mas é uma escolha de agir em favor do bem do outro, mesmo quando o outro não tem nada a oferecer em troca.
Referência Bíblica:
- Mateus 9:10-13 (Jesus chama os pecadores e come com eles)
- Lucas 15:1-7 (A Parábola da Ovelha Perdida)
- João 4:7-30 (Jesus fala com a mulher samaritana)
Teologia: A radicalidade do amor de Cristo quebra barreiras e redefine a noção de quem é digno da graça de Deus. Ao ensinar que Deus ama a todos, inclusive os pecadores e os marginalizados, Jesus revela a natureza do amor divino, que não é exclusivo, mas inclusivo. Esse amor radical desafiava o sistema religioso que favorecia os justos e excluía os pecadores, apontando para uma sociedade baseada no amor e na graça de Deus, onde todos são bem-vindos ao Reino de Deus.
4.7. A Necessidade do Arrependimento e da Fé
Comentário Bíblico: Um dos pilares do ensino de Jesus foi o chamado ao arrependimento e à fé. Ele começava Sua pregação dizendo: "Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo" (Mateus 4:17). O arrependimento, para Jesus, não era simplesmente um remorso superficial, mas uma mudança radical de mente e coração, que resulta em transformação de vida. Ao mesmo tempo, Ele chamava as pessoas a crerem n'Ele, pois Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14:6).
Raiz Etimológica: A palavra "arrependimento" em grego é metanoia (μετάνοια), que significa "mudança de mente" ou "mudança de pensamento". Não é apenas sentir remorso, mas mudar a direção da vida, alinhando-a com os propósitos de Deus. "Fé" vem de pistis (πίστις), que significa confiança, convicção, e fidelidade, implicando uma confiança total em Cristo como o Salvador e Senhor.
Referência Bíblica:
- Mateus 4:17 (Jesus chama ao arrependimento)
- João 14:6 (Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida)
- Atos 2:38 (Pedro exorta: "Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados")
Teologia: O arrependimento e a fé são as duas faces de uma mesma moeda. O arrependimento é necessário para que a pessoa se volte para Deus, abandonando seus pecados, e a fé é a resposta ao convite de Deus, recebendo Sua graça e misericórdia. Jesus não pregava apenas um arrependimento vazio, mas uma transformação profunda que só poderia ser realizada por meio da fé n'Ele. Isso está diretamente ligado ao conceito da justificação pela fé, um tema central no Novo Testamento, onde o crente é declarado justo diante de Deus, não por suas obras, mas pela fé em Jesus Cristo.
Conclusão
O ensino de Jesus, com sua autoridade única, abordagem pessoal, combate às tradições religiosas e ênfase na transformação interior, revela um Messias que veio para transformar a vida das pessoas em todos os aspectos: espiritual, social e moral. Ele não apenas anunciou a vinda do Reino de Deus, mas também inaugurou uma nova realidade espiritual, onde a verdadeira fé é marcada por um relacionamento pessoal com Deus, uma transformação do coração e a prática do amor radical que transcende barreiras sociais e religiosas. Esse ensino desafia os crentes até hoje, chamando-nos a uma vida de arrependimento genuíno, fé autêntica e uma radical inclusão no amor de Deus.
O ensino de Jesus, conforme exposto, reflete uma mensagem profundamente transformadora que ressoou e ressoa até hoje, desafiando as normas religiosas e culturais de Sua época. Vamos aprofundar os pontos abordados com base em referências bíblicas, histórico-cultural, raízes etimológicas de palavras-chave e reflexões teológicas.
4.1. Ele ensinava como quem tem autoridade
Comentário Bíblico: Jesus ensinava com uma autoridade única, diferente da dos mestres de Sua época, que se baseavam em tradições e citações de rabinos antigos. Sua autoridade não se originava de sua educação formal, mas de Sua própria identidade como o Filho de Deus. Como registrado em Mateus 7:29, "Ele os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas". A autoridade de Jesus era percebida, não apenas nas palavras, mas também em Seus atos (milagres) e em Sua compreensão profunda das Escrituras, mostrando que Ele não era um intérprete das Escrituras, mas o próprio cumprimento delas.
Raiz Etimológica: A palavra grega para "autoridade" em Mateus 7:29 é exousía (ἐξουσία), que significa "poder" ou "autoridade" que vem de alguém ou algo. Isso indica uma autoridade intrínseca, em contraste com a autoridade derivada que os escribas e fariseus possuíam.
Referência Bíblica:
- Mateus 7:29
- Lucas 4:32, onde o povo fica admirado com Sua doutrina, pois Ele falava com autoridade e não como os mestres da Lei.
Teologia: A autoridade de Jesus reflete Sua divindade. Enquanto os escribas e fariseus tinham autoridade humana, Jesus demonstrava uma autoridade divina, essencial para o cumprimento das Escrituras. Ele era a Palavra viva de Deus, e Sua autoridade não era apenas um conhecimento ou uma habilidade de ensino, mas uma expressão do Reino de Deus que Ele representava. Isso também desafia a visão legalista e ritualista da religião, chamando as pessoas para uma fé autêntica e pessoal.
4.2. Abordagem pessoal
Comentário Bíblico: A abordagem pessoal de Jesus era uma de proximidade, compaixão e acolhimento. Ele não estava distante ou inacessível, mas procurava o contato direto com as pessoas, independentemente de sua condição social ou moral. Em João 3, vemos o diálogo de Jesus com Nicodemos, que o procurou à noite, talvez por medo ou vergonha. Jesus, em Sua misericórdia, não só o acolheu, mas o desafiou com um ensinamento profundo sobre o novo nascimento. Outro exemplo é a cura de Bartimeu, o cego, em Marcos 10:46-52, onde Jesus interrompe Sua jornada para dar atenção a um homem marginalizado pela sociedade.
Referência Bíblica:
- João 3:1-21 (Nicodemos)
- Marcos 10:46-52 (Cura de Bartimeu)
Teologia: A maneira de Jesus lidar com as pessoas revela o caráter do Reino de Deus, onde todos são valiosos e dignos de atenção, especialmente os marginalizados e excluídos pela sociedade. Isso também demonstra o amor incondicional de Cristo, que não se baseia nas condições externas, mas em um coração cheio de compaixão. A ideia de Jesus ser acessível e pessoal sublinha a doutrina cristã de um Deus que se faz presente na vida cotidiana, não distante e inacessível.
4.3. Combate às tradições religiosas
Comentário Bíblico: Jesus frequentemente confrontava as tradições religiosas que obscureciam a verdadeira essência da Lei de Deus. Ele denunciava a hipocrisia dos fariseus e escribas, que eram mais focados em tradições exteriores do que em uma transformação verdadeira do coração. Em Mateus 9:13, Jesus cita Oséias 6:6: "Misericórdia quero, e não sacrifício", desafiando a ideia de que o cumprimento ritual das leis poderia substituir um coração quebrantado e arrependido. Ele ressaltava que o verdadeiro culto a Deus envolve não apenas ações externas, mas também uma renovação interna.
Raiz Etimológica: A palavra "hipocrisia" vem do grego hypokrisis (ὑπόκρισις), que originalmente significava "fazer de conta" ou "interpretar um papel". Isso indica que os fariseus estavam agindo de maneira contrária ao que professavam, tentando aparentar santidade, enquanto em seus corações havia falta de verdade e sinceridade.
Referência Bíblica:
- Mateus 9:13
- Mateus 23:23-28 (Jesus denuncia a hipocrisia dos fariseus)
Teologia: Jesus não estava contra a observância da Lei, mas contra a religiosidade vazia que não levava a uma mudança interna. Ele buscava a verdadeira justiça e misericórdia, que vêm de um coração transformado. O combate às tradições religiosas aponta para a natureza da verdadeira fé: um relacionamento genuíno com Deus, não baseado em rituais, mas em transformação e arrependimento.
4.4. Chamado à transformação interior
Comentário Bíblico: O ensino de Jesus acerca da transformação interior é um dos pilares do Novo Testamento. Em Mateus 15:19, Ele afirma que "do coração procedem os maus pensamentos". A Lei tinha uma ênfase em ações externas, mas Jesus propõe uma nova perspectiva: a verdadeira pureza e santidade vêm de um coração renovado. Em outras palavras, o que é exterior reflete o interior, e a transformação que Jesus propõe começa no coração, no centro do ser humano. A mudança genuína começa quando o indivíduo permite que Deus renove suas motivações e desejos.
Raiz Etimológica: A palavra "coração" em grego é kardia (καρδία), que se refere não apenas ao órgão físico, mas simboliza o centro dos pensamentos, sentimentos, vontades e ações de uma pessoa. A transformação do coração, portanto, implica em uma mudança total de ser e de viver.
Referência Bíblica:
- Mateus 15:19 (a origem do mal vem do coração)
- Lucas 6:45 (o bom homem tira o bem do bom tesouro do coração)
Teologia: Jesus ensina que a verdadeira mudança espiritual não é uma questão de aparência, mas de uma renovação profunda do coração. Isso está relacionado com a doutrina da regeneração, o novo nascimento que ocorre através do Espírito Santo, como Jesus explicou a Nicodemos (João 3:3-7). A verdadeira obediência a Deus, segundo Jesus, vem de uma transformação interior que afeta toda a vida do crente.
Ilustração:
Imaginemos a vida de uma pessoa que, ao se aproximar de Jesus, sente o peso de suas falhas, mas também experimenta o amor e a compaixão de Cristo. Como uma árvore que, ao ser bem cuidada, passa a produzir bons frutos, essa pessoa começa a ser transformada, não por meios externos, mas pela renovação do seu coração. Ela não precisa mais viver segundo as regras do mundo ou das convenções religiosas, mas de acordo com a vontade de Deus, que é expressa por meio de um coração puro e um espírito contrito. Assim como Jesus curou Bartimeu e o trouxe de volta à luz, Ele nos chama para uma vida nova, que começa no interior e se reflete em ações de misericórdia e verdade.
4.5. O Reino de Deus: A Nova Realidade e a Transformação Social
Comentário Bíblico: O ensino de Jesus sobre o Reino de Deus não se limitava apenas a um conceito espiritual ou futuro, mas também trazia implicações práticas para a vida presente. O Reino de Deus, segundo Jesus, era um reino onde os valores de Deus prevalecem — justiça, misericórdia, e paz — e ele se torna uma realidade quando as pessoas se submetem ao Senhorio de Cristo em suas vidas. Isso é refletido, por exemplo, na Oração do Pai Nosso (Mateus 6:9-13), onde se ora "venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu". Jesus não estava apenas apontando para uma realidade futura, mas estava inaugurando o Reino de Deus, que se manifesta na vida dos discípulos e na transformação social que eles devem promover.
Raiz Etimológica: A palavra "Reino" em grego é basileia (βασιλεία), que significa "domínio" ou "governo". Quando Jesus fala sobre o Reino de Deus, Ele não se refere a um reinado territorial, mas a um domínio espiritual, onde Deus reina sobre a vida das pessoas, e Sua vontade é feita de maneira soberana.
Referência Bíblica:
- Mateus 6:9-13 (A Oração do Pai Nosso)
- Lucas 17:20-21 (O Reino de Deus está entre vocês)
- Mateus 4:17 (Jesus começa a pregar: "Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo")
Teologia: Jesus inaugura o Reino de Deus de forma presente, mas também aponta para sua consumação futura. O Reino de Deus, portanto, é já, mas ainda não completamente, como uma realidade que começa no coração dos crentes, mas se manifestará plenamente quando Cristo retornar. A transformação social e espiritual que Jesus propôs através do Reino não é apenas sobre comportamentos ou rituais, mas uma revolução do coração, onde a justiça e a misericórdia de Deus moldam as ações humanas e a vida em comunidade.
4.6. A Inclusividade e o Amor Radical de Jesus
Comentário Bíblico: Uma característica única do ensino de Jesus era Sua mensagem inclusiva. Ele foi além das fronteiras raciais, culturais, e religiosas da época, oferecendo salvação a todos — sem discriminação. Jesus se associou com cobradores de impostos, pecadores, mulheres, gentios e outras pessoas marginalizadas pela sociedade religiosa de Seu tempo. Ele desafiou a ideia de que apenas os "justos" mereciam a misericórdia de Deus, mostrando que Deus é um Deus de graça que busca os perdidos e os marginalizados.
Raiz Etimológica: A palavra "amor" no Novo Testamento, especialmente quando falamos do amor de Cristo, é a palavra grega ágape (ἀγάπη), que denota um amor sacrificial, incondicional e divino. Este amor não depende da reciprocidade ou das condições externas, mas é uma escolha de agir em favor do bem do outro, mesmo quando o outro não tem nada a oferecer em troca.
Referência Bíblica:
- Mateus 9:10-13 (Jesus chama os pecadores e come com eles)
- Lucas 15:1-7 (A Parábola da Ovelha Perdida)
- João 4:7-30 (Jesus fala com a mulher samaritana)
Teologia: A radicalidade do amor de Cristo quebra barreiras e redefine a noção de quem é digno da graça de Deus. Ao ensinar que Deus ama a todos, inclusive os pecadores e os marginalizados, Jesus revela a natureza do amor divino, que não é exclusivo, mas inclusivo. Esse amor radical desafiava o sistema religioso que favorecia os justos e excluía os pecadores, apontando para uma sociedade baseada no amor e na graça de Deus, onde todos são bem-vindos ao Reino de Deus.
4.7. A Necessidade do Arrependimento e da Fé
Comentário Bíblico: Um dos pilares do ensino de Jesus foi o chamado ao arrependimento e à fé. Ele começava Sua pregação dizendo: "Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo" (Mateus 4:17). O arrependimento, para Jesus, não era simplesmente um remorso superficial, mas uma mudança radical de mente e coração, que resulta em transformação de vida. Ao mesmo tempo, Ele chamava as pessoas a crerem n'Ele, pois Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14:6).
Raiz Etimológica: A palavra "arrependimento" em grego é metanoia (μετάνοια), que significa "mudança de mente" ou "mudança de pensamento". Não é apenas sentir remorso, mas mudar a direção da vida, alinhando-a com os propósitos de Deus. "Fé" vem de pistis (πίστις), que significa confiança, convicção, e fidelidade, implicando uma confiança total em Cristo como o Salvador e Senhor.
Referência Bíblica:
- Mateus 4:17 (Jesus chama ao arrependimento)
- João 14:6 (Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida)
- Atos 2:38 (Pedro exorta: "Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados")
Teologia: O arrependimento e a fé são as duas faces de uma mesma moeda. O arrependimento é necessário para que a pessoa se volte para Deus, abandonando seus pecados, e a fé é a resposta ao convite de Deus, recebendo Sua graça e misericórdia. Jesus não pregava apenas um arrependimento vazio, mas uma transformação profunda que só poderia ser realizada por meio da fé n'Ele. Isso está diretamente ligado ao conceito da justificação pela fé, um tema central no Novo Testamento, onde o crente é declarado justo diante de Deus, não por suas obras, mas pela fé em Jesus Cristo.
Conclusão
O ensino de Jesus, com sua autoridade única, abordagem pessoal, combate às tradições religiosas e ênfase na transformação interior, revela um Messias que veio para transformar a vida das pessoas em todos os aspectos: espiritual, social e moral. Ele não apenas anunciou a vinda do Reino de Deus, mas também inaugurou uma nova realidade espiritual, onde a verdadeira fé é marcada por um relacionamento pessoal com Deus, uma transformação do coração e a prática do amor radical que transcende barreiras sociais e religiosas. Esse ensino desafia os crentes até hoje, chamando-nos a uma vida de arrependimento genuíno, fé autêntica e uma radical inclusão no amor de Deus.
CONCLUSÃO
Os métodos didáticos e a comunicação de Jesus fizeram dele um Rabi incomparável, cujos ensinos revolucionaram Sua nação, Seu tempo e a História. Aqueles que ouviram Seus ensinamentos pessoalmente conheceram verdades celestiais de forma única.
O Mestre se preocupou em transmitir-nos o evangelho, revelando verdades profundas com autoridade e simplicidade. Seus ensinos são universais, isto é, aplicam-se a todos os homens em qualquer tempo. Como registrado por um de seus apóstolos, nunca homem algum falou assim como este homem (Jo 7.46).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
os Métodos Didáticos e a Comunicação de Jesus
1. A Autoridade de Jesus em Seus Ensinamentos
Jesus não se limitava a ser apenas um mestre tradicional que se baseava nas tradições rabínicas ou nos ensinamentos de outros. Ele ensinava com uma autoridade que era única, e isso foi reconhecido por aqueles que O ouviram. Sua autoridade vinha diretamente de Sua identidade divina, e Ele não dependia de fontes humanas para ensinar a verdade. Isso é refletido em passagens como Mateus 7:29, onde é dito que "Ele os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas". Essa autoridade não era arrogante, mas vinha da profundidade do entendimento divino que Ele possuía sobre as Escrituras e a vida humana.
2. Simplicidade e Profundidade dos Ensinamentos
Embora Jesus tivesse uma mensagem profunda e espiritual, Ele a comunicava de maneira simples e acessível. Seu estilo de ensino muitas vezes utilizava parábolas, histórias do cotidiano que transmitiam verdades espirituais complexas de maneira que qualquer pessoa, seja rica ou pobre, educada ou não, pudesse entender. Isso está evidente em passagens como Lucas 10:21, quando Ele louva a Deus por esconder essas verdades dos "sábios e entendidos" e revelá-las "aos pequeninos". Jesus usou de exemplos concretos como sementes, pastores e ovelhas, e lavando os pés de Seus discípulos para transmitir profundas lições espirituais sobre humildade, sacrifício e salvação.
3. A Comunicação de Jesus: Método Participativo
Um dos aspectos mais revolucionários no ensino de Jesus era Sua abordagem participativa. Em vez de ser apenas um monólogo, Seus ensinamentos eram muitas vezes apresentados em forma de perguntas, interações e discussões. Ele fazia perguntas aos discípulos, como em Mateus 16:13-16, onde perguntou: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" Jesus usava essa interação não só para guiar os ouvintes, mas também para levá-los a uma compreensão mais profunda e pessoal da verdade. Essa abordagem estava em contraste com o ensino mais formal e distante dos rabinos da época, que muitas vezes se limitavam a transmitir doutrinas sem envolver emocionalmente ou intelectualmente seus ouvintes.
4. O Caráter Universal de Seus Ensinamentos
Jesus ensinava verdades universais que eram aplicáveis a todas as pessoas, independentemente de sua cultura, classe social ou localização geográfica. Suas palavras eram para "todo aquele que crê" (João 3:16), e Seu evangelho era destinado a todos os povos, como Ele mesmo afirmou em Mateus 28:19-20 ao dar a Grande Comissão. Isso significa que os ensinos de Jesus transcendiam as fronteiras de tempo e espaço, falando a todas as gerações e a todas as culturas. Seus ensinamentos têm relevância até hoje, pois falam das questões universais da vida humana: amor, perdão, justiça, humildade e arrependimento.
5. A Reação das Pessoas ao Ensino de Jesus
A impressionante autoridade e clareza de Seu ensino não passaram despercebidas. Quando os soldados foram enviados pelos líderes religiosos para prender Jesus, eles retornaram sem Ele, alegando: "Nunca homem algum falou assim como este homem" (João 7:46). Essa declaração reflete a única e incomparável maneira com que Jesus ensinava. Sua fala não era apenas sobre conhecimento ou habilidade linguística, mas sobre a verdade encarnada. Jesus falava com poder, compaixão e clareza, e Sua palavra penetrava nas profundezas do coração humano.
Conclusão:
O ensino de Jesus foi e continua sendo uma das forças mais poderosas e transformadoras na história da humanidade. Ele não apenas transmitiu verdades espirituais de maneira que qualquer pessoa pudesse entender, mas também viveu essas verdades, tornando-Se o exemplo perfeito do que Ele ensinava. Sua autoridade, simplicidade, acessibilidade e relevância continuam a inspirar e a mudar vidas, mostrando-nos um caminho para a verdadeira compreensão e comunhão com Deus.
Referências Bíblicas:
- Mateus 7:29: "Porque os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas."
- João 7:46: "Nunca homem algum falou assim como este homem."
- Lucas 10:21: "Naquela mesma hora, exultou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos."
- Mateus 28:19-20: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações... ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado."
O ensino de Cristo é um marco na história da educação espiritual e moral, sendo imutável e aplicável a todas as gerações.
os Métodos Didáticos e a Comunicação de Jesus
1. A Autoridade de Jesus em Seus Ensinamentos
Jesus não se limitava a ser apenas um mestre tradicional que se baseava nas tradições rabínicas ou nos ensinamentos de outros. Ele ensinava com uma autoridade que era única, e isso foi reconhecido por aqueles que O ouviram. Sua autoridade vinha diretamente de Sua identidade divina, e Ele não dependia de fontes humanas para ensinar a verdade. Isso é refletido em passagens como Mateus 7:29, onde é dito que "Ele os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas". Essa autoridade não era arrogante, mas vinha da profundidade do entendimento divino que Ele possuía sobre as Escrituras e a vida humana.
2. Simplicidade e Profundidade dos Ensinamentos
Embora Jesus tivesse uma mensagem profunda e espiritual, Ele a comunicava de maneira simples e acessível. Seu estilo de ensino muitas vezes utilizava parábolas, histórias do cotidiano que transmitiam verdades espirituais complexas de maneira que qualquer pessoa, seja rica ou pobre, educada ou não, pudesse entender. Isso está evidente em passagens como Lucas 10:21, quando Ele louva a Deus por esconder essas verdades dos "sábios e entendidos" e revelá-las "aos pequeninos". Jesus usou de exemplos concretos como sementes, pastores e ovelhas, e lavando os pés de Seus discípulos para transmitir profundas lições espirituais sobre humildade, sacrifício e salvação.
3. A Comunicação de Jesus: Método Participativo
Um dos aspectos mais revolucionários no ensino de Jesus era Sua abordagem participativa. Em vez de ser apenas um monólogo, Seus ensinamentos eram muitas vezes apresentados em forma de perguntas, interações e discussões. Ele fazia perguntas aos discípulos, como em Mateus 16:13-16, onde perguntou: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" Jesus usava essa interação não só para guiar os ouvintes, mas também para levá-los a uma compreensão mais profunda e pessoal da verdade. Essa abordagem estava em contraste com o ensino mais formal e distante dos rabinos da época, que muitas vezes se limitavam a transmitir doutrinas sem envolver emocionalmente ou intelectualmente seus ouvintes.
4. O Caráter Universal de Seus Ensinamentos
Jesus ensinava verdades universais que eram aplicáveis a todas as pessoas, independentemente de sua cultura, classe social ou localização geográfica. Suas palavras eram para "todo aquele que crê" (João 3:16), e Seu evangelho era destinado a todos os povos, como Ele mesmo afirmou em Mateus 28:19-20 ao dar a Grande Comissão. Isso significa que os ensinos de Jesus transcendiam as fronteiras de tempo e espaço, falando a todas as gerações e a todas as culturas. Seus ensinamentos têm relevância até hoje, pois falam das questões universais da vida humana: amor, perdão, justiça, humildade e arrependimento.
5. A Reação das Pessoas ao Ensino de Jesus
A impressionante autoridade e clareza de Seu ensino não passaram despercebidas. Quando os soldados foram enviados pelos líderes religiosos para prender Jesus, eles retornaram sem Ele, alegando: "Nunca homem algum falou assim como este homem" (João 7:46). Essa declaração reflete a única e incomparável maneira com que Jesus ensinava. Sua fala não era apenas sobre conhecimento ou habilidade linguística, mas sobre a verdade encarnada. Jesus falava com poder, compaixão e clareza, e Sua palavra penetrava nas profundezas do coração humano.
Conclusão:
O ensino de Jesus foi e continua sendo uma das forças mais poderosas e transformadoras na história da humanidade. Ele não apenas transmitiu verdades espirituais de maneira que qualquer pessoa pudesse entender, mas também viveu essas verdades, tornando-Se o exemplo perfeito do que Ele ensinava. Sua autoridade, simplicidade, acessibilidade e relevância continuam a inspirar e a mudar vidas, mostrando-nos um caminho para a verdadeira compreensão e comunhão com Deus.
Referências Bíblicas:
- Mateus 7:29: "Porque os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas."
- João 7:46: "Nunca homem algum falou assim como este homem."
- Lucas 10:21: "Naquela mesma hora, exultou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos."
- Mateus 28:19-20: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações... ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado."
O ensino de Cristo é um marco na história da educação espiritual e moral, sendo imutável e aplicável a todas as gerações.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais foram os métodos de ensino mais utilizados por Jesus?
R.: Discursos, Inquirições, debates e dramatizações.
Fonte: Central Gospel
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - ANO 1- N° 3
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
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EBD | 4° Trimestre De 2024 | CENTRAL GOSPEL – Revista Adultos e Jovens – A Excelência do Ministério de Cristo - ANO 01 - Nº3 | Escola Bíblica Dominical |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
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