TEXTO BÍBLICO BÁSICO Lucas 7.12-16 12- E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que er...
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Lucas 7.12-16
12- E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva (...).
13- E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela (...).
14- E, chegando-se, tocou o esquife (...) e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te.
15- E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe.
16- E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo.
Hebreus 7.26,27
26- Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
27- que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios (...).
João 18.33,36,37
33- Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o rei dos judeus?
36- Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo (...).
37- Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo (...).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Lucas 7.12-16: O Milagre da Ressurreição do Filho da Viúva de Naim
Contexto: O Evangelho de Lucas foi escrito para um público predominantemente gentil, com o objetivo de mostrar Jesus como o Salvador de todos. O autor, Lucas, enfatiza a compaixão de Jesus, sua autoridade sobre a morte e sua identificação com os marginalizados, como os pobres e as viúvas. O milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim é uma demonstração do poder de Jesus sobre a morte e um sinal da vinda do Reino de Deus.
- Lucas 7.12 – "E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva."
Comentário: Neste versículo, vemos que a viúva de Naim estava em uma situação de grande sofrimento. Ela havia perdido o marido e, agora, seu único filho. O ato de "levavam um defunto" mostra que a cerimônia fúnebre estava em andamento, com o corpo sendo transportado para o sepultamento. A morte de um filho único era um golpe duplo para uma viúva, pois ela não apenas perdia a continuidade da linha familiar, mas também se via sem proteção ou sustento. A viúva representava, portanto, uma das classes mais vulneráveis na sociedade judaica da época.
Raiz Hebraica: A palavra para "defunto" aqui em grego é νεκρός (nekros), que significa "morto", mas tem conotação de alguém que está completamente separado da vida.
- Lucas 7.13 – "E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela."
Comentário: Este versículo destaca a profunda compaixão de Jesus. O verbo grego para "moveu-se de íntima compaixão" é σπλαγχνίζομαι (splagchnizomai), que descreve uma emoção intensa vinda do fundo das vísceras, indicando a misericórdia e o amor profundo de Jesus. Essa expressão é usada para descrever a compaixão de Jesus em vários momentos em Lucas e outros evangelhos, demonstrando seu coração pelas necessidades humanas. Jesus não apenas vê a dor da mulher, mas se importa com ela de forma pessoal e visceral.
Raiz Grega: σπλαγχνίζομαι (splagchnizomai) - "ter compaixão", uma emoção interna profunda, literalmente "sentir nas entranhas".
- Lucas 7.14 – "E, chegando-se, tocou o esquife e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te."
Comentário: O esquife (ou padiola) era a cama sobre a qual o corpo do falecido era transportado. O ato de Jesus tocar o esquife (que era visto como um objeto impuro na lei judaica) mostrava seu poder e sua autoridade sobre a impureza e a morte. Jesus, ao falar ao jovem morto, realiza um ato de ressurreição, um poder divino que só Deus pode exercer. Jesus usa uma linguagem direta e autoritária, “Levanta-te”, demonstrando que sua palavra tem autoridade sobre a morte.
Raiz Grega: A palavra para "levanta-te" é ἐγείρω (egeiró), que significa "erguer", "levantar", uma palavra frequentemente associada a ressurreição (como em Jesus sendo levantado dentre os mortos).
- Lucas 7.15 – "E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe."
Comentário: Este versículo enfatiza a completa restauração do jovem. Ele não só volta à vida, mas começa a falar, indicando que sua restauração foi total e plena. Jesus não apenas devolveu a vida física ao jovem, mas também restaurou sua capacidade de comunicação. Este ato demonstra o poder de Jesus para restaurar a vida em todos os aspectos.
- Lucas 7.16 – "E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo."
Comentário: A reação de temor e louvor reflete a percepção de que algo extraordinário aconteceu. A ressurreição gerou a compreensão de que Jesus era mais que um homem comum; Ele era um enviado de Deus, com poder divino. O reconhecimento de Jesus como “um grande profeta” reflete uma visão limitada da sua identidade, que mais tarde seria completamente revelada como o Messias. A frase "Deus visitou o seu povo" alude ao conceito de visitação divina, um tema recorrente no Antigo Testamento, que indica a intervenção direta de Deus para salvar ou libertar seu povo.
Hebreus 7.26-27: A Suficiência do Sumo Sacerdote em Cristo
Contexto: O livro de Hebreus foi escrito para cristãos judeus, com o propósito de demonstrar que Cristo é superior a todas as figuras da tradição judaica, incluindo Moisés e os sacerdotes levíticos. Neste trecho, o autor enfatiza que Jesus, como sumo sacerdote, é santo e imaculado, ao contrário dos sacerdotes humanos que precisavam oferecer sacrifícios diários para purificação.
- Hebreus 7.26 – "Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus."
Comentário: Este versículo descreve as qualidades perfeitas de Cristo como sumo sacerdote. O autor afirma que Cristo é "santo", "inocente", "imaculado" e "separado dos pecadores", contrastando com os sacerdotes humanos que eram falhos e necessitavam de purificação. Jesus é exaltado como mais sublime do que os céus, o que reflete a perfeição e supremacia de sua natureza divina e sua obra redentora.
Raiz Grega: A palavra "santo" é ἅγιος (hagios), que significa "separado para Deus", "sagrado". "Inocente" é ἀθῷος (athóos), significando "sem culpa", "sem pecado". "Imaculado" é ἀμίαντος (amiantos), indicando algo livre de qualquer impureza ou mancha.
- Hebreus 7.27 – "Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios (...)."
Comentário: Jesus não precisou oferecer sacrifícios diários como os sacerdotes levíticos, pois Ele mesmo foi o sacrifício definitivo, oferecendo a Si mesmo em expiação pelos pecados da humanidade. Seu sacrifício foi único, perfeito e suficiente para a redenção de todos os que crêem.
João 18.33, 36, 37: O Reinado de Cristo
Contexto: O Evangelho de João foi escrito para demonstrar que Jesus é o Filho de Deus, o Messias prometido. Neste trecho, Jesus está sendo interrogado por Pilatos antes de sua crucificação, e suas respostas sobre Seu reino revelam uma perspectiva divina e espiritual, que contrasta com a visão terrena e política do império romano.
- João 18.33 – "Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o rei dos judeus?"
Comentário: Pilatos questiona Jesus sobre sua realeza, talvez tentando encontrar uma base para acusá-lo de subversão política. O fato de Pilatos perguntar sobre a realeza de Jesus reflete a tentativa de enquadrar Jesus em uma categoria humana de autoridade, mas Jesus rejeita esse entendimento e explica que Seu reino não é deste mundo.
- João 18.36 – "Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo (...)."
Comentário: Jesus esclarece que Seu reinado é espiritual e transcende qualquer estrutura terrena. Ele não é um rei que governa por meio de poder militar ou político, mas um rei que governa pelo Espírito e pela verdade.
- João 18.37 – "Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo (...)."
Comentário: Jesus afirma sua missão redentora, que é revelada plenamente na cruz. Sua realeza é espiritual e está relacionada à verdade e à salvação, e Ele veio ao mundo para testemunhar dessa verdade. Esse é o tipo de reinado que Jesus veio estabelecer, que não é uma revolução política, mas uma revolução espiritual.
Raiz Grega: "Reino" é βασιλεία (basileia), que significa "domínio", "governo", mas no contexto de Jesus, refere-se a um domínio espiritual.
Lucas 7.12-16: O Milagre da Ressurreição do Filho da Viúva de Naim
Contexto: O Evangelho de Lucas foi escrito para um público predominantemente gentil, com o objetivo de mostrar Jesus como o Salvador de todos. O autor, Lucas, enfatiza a compaixão de Jesus, sua autoridade sobre a morte e sua identificação com os marginalizados, como os pobres e as viúvas. O milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim é uma demonstração do poder de Jesus sobre a morte e um sinal da vinda do Reino de Deus.
- Lucas 7.12 – "E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva."
Comentário: Neste versículo, vemos que a viúva de Naim estava em uma situação de grande sofrimento. Ela havia perdido o marido e, agora, seu único filho. O ato de "levavam um defunto" mostra que a cerimônia fúnebre estava em andamento, com o corpo sendo transportado para o sepultamento. A morte de um filho único era um golpe duplo para uma viúva, pois ela não apenas perdia a continuidade da linha familiar, mas também se via sem proteção ou sustento. A viúva representava, portanto, uma das classes mais vulneráveis na sociedade judaica da época.
Raiz Hebraica: A palavra para "defunto" aqui em grego é νεκρός (nekros), que significa "morto", mas tem conotação de alguém que está completamente separado da vida.
- Lucas 7.13 – "E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela."
Comentário: Este versículo destaca a profunda compaixão de Jesus. O verbo grego para "moveu-se de íntima compaixão" é σπλαγχνίζομαι (splagchnizomai), que descreve uma emoção intensa vinda do fundo das vísceras, indicando a misericórdia e o amor profundo de Jesus. Essa expressão é usada para descrever a compaixão de Jesus em vários momentos em Lucas e outros evangelhos, demonstrando seu coração pelas necessidades humanas. Jesus não apenas vê a dor da mulher, mas se importa com ela de forma pessoal e visceral.
Raiz Grega: σπλαγχνίζομαι (splagchnizomai) - "ter compaixão", uma emoção interna profunda, literalmente "sentir nas entranhas".
- Lucas 7.14 – "E, chegando-se, tocou o esquife e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te."
Comentário: O esquife (ou padiola) era a cama sobre a qual o corpo do falecido era transportado. O ato de Jesus tocar o esquife (que era visto como um objeto impuro na lei judaica) mostrava seu poder e sua autoridade sobre a impureza e a morte. Jesus, ao falar ao jovem morto, realiza um ato de ressurreição, um poder divino que só Deus pode exercer. Jesus usa uma linguagem direta e autoritária, “Levanta-te”, demonstrando que sua palavra tem autoridade sobre a morte.
Raiz Grega: A palavra para "levanta-te" é ἐγείρω (egeiró), que significa "erguer", "levantar", uma palavra frequentemente associada a ressurreição (como em Jesus sendo levantado dentre os mortos).
- Lucas 7.15 – "E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe."
Comentário: Este versículo enfatiza a completa restauração do jovem. Ele não só volta à vida, mas começa a falar, indicando que sua restauração foi total e plena. Jesus não apenas devolveu a vida física ao jovem, mas também restaurou sua capacidade de comunicação. Este ato demonstra o poder de Jesus para restaurar a vida em todos os aspectos.
- Lucas 7.16 – "E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo."
Comentário: A reação de temor e louvor reflete a percepção de que algo extraordinário aconteceu. A ressurreição gerou a compreensão de que Jesus era mais que um homem comum; Ele era um enviado de Deus, com poder divino. O reconhecimento de Jesus como “um grande profeta” reflete uma visão limitada da sua identidade, que mais tarde seria completamente revelada como o Messias. A frase "Deus visitou o seu povo" alude ao conceito de visitação divina, um tema recorrente no Antigo Testamento, que indica a intervenção direta de Deus para salvar ou libertar seu povo.
Hebreus 7.26-27: A Suficiência do Sumo Sacerdote em Cristo
Contexto: O livro de Hebreus foi escrito para cristãos judeus, com o propósito de demonstrar que Cristo é superior a todas as figuras da tradição judaica, incluindo Moisés e os sacerdotes levíticos. Neste trecho, o autor enfatiza que Jesus, como sumo sacerdote, é santo e imaculado, ao contrário dos sacerdotes humanos que precisavam oferecer sacrifícios diários para purificação.
- Hebreus 7.26 – "Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus."
Comentário: Este versículo descreve as qualidades perfeitas de Cristo como sumo sacerdote. O autor afirma que Cristo é "santo", "inocente", "imaculado" e "separado dos pecadores", contrastando com os sacerdotes humanos que eram falhos e necessitavam de purificação. Jesus é exaltado como mais sublime do que os céus, o que reflete a perfeição e supremacia de sua natureza divina e sua obra redentora.
Raiz Grega: A palavra "santo" é ἅγιος (hagios), que significa "separado para Deus", "sagrado". "Inocente" é ἀθῷος (athóos), significando "sem culpa", "sem pecado". "Imaculado" é ἀμίαντος (amiantos), indicando algo livre de qualquer impureza ou mancha.
- Hebreus 7.27 – "Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios (...)."
Comentário: Jesus não precisou oferecer sacrifícios diários como os sacerdotes levíticos, pois Ele mesmo foi o sacrifício definitivo, oferecendo a Si mesmo em expiação pelos pecados da humanidade. Seu sacrifício foi único, perfeito e suficiente para a redenção de todos os que crêem.
João 18.33, 36, 37: O Reinado de Cristo
Contexto: O Evangelho de João foi escrito para demonstrar que Jesus é o Filho de Deus, o Messias prometido. Neste trecho, Jesus está sendo interrogado por Pilatos antes de sua crucificação, e suas respostas sobre Seu reino revelam uma perspectiva divina e espiritual, que contrasta com a visão terrena e política do império romano.
- João 18.33 – "Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o rei dos judeus?"
Comentário: Pilatos questiona Jesus sobre sua realeza, talvez tentando encontrar uma base para acusá-lo de subversão política. O fato de Pilatos perguntar sobre a realeza de Jesus reflete a tentativa de enquadrar Jesus em uma categoria humana de autoridade, mas Jesus rejeita esse entendimento e explica que Seu reino não é deste mundo.
- João 18.36 – "Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo (...)."
Comentário: Jesus esclarece que Seu reinado é espiritual e transcende qualquer estrutura terrena. Ele não é um rei que governa por meio de poder militar ou político, mas um rei que governa pelo Espírito e pela verdade.
- João 18.37 – "Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo (...)."
Comentário: Jesus afirma sua missão redentora, que é revelada plenamente na cruz. Sua realeza é espiritual e está relacionada à verdade e à salvação, e Ele veio ao mundo para testemunhar dessa verdade. Esse é o tipo de reinado que Jesus veio estabelecer, que não é uma revolução política, mas uma revolução espiritual.
Raiz Grega: "Reino" é βασιλεία (basileia), que significa "domínio", "governo", mas no contexto de Jesus, refere-se a um domínio espiritual.
TEXTO ÁUREO
A qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores. 1 Timóteo 6.15
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Texto Áureo: 1 Timóteo 6.15
Texto:“A qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores.” (1 Timóteo 6.15)
Contexto e SignificadoEste versículo faz parte da carta de Paulo a Timóteo, na qual ele orienta o jovem líder sobre a conduta cristã, os deveres da liderança e os ensinos que devem ser seguidos pela igreja. O apóstolo usa essa passagem para enfatizar a supremacia e a autoridade de Jesus Cristo sobre todos os governantes terrenos e para afirmar que Cristo, em Sua segunda vinda, será revelado em toda a Sua glória.A frase "Rei dos reis e Senhor dos senhores" é uma expressão que descreve a autoridade absoluta e incomparável de Cristo. Esses títulos afirmam que Cristo é o soberano sobre todas as autoridades e poderes, tanto no céu quanto na terra. Essa expressão não é apenas uma descrição de Sua realeza, mas uma afirmação da soberania absoluta de Cristo no cumprimento de Seu Reino eterno.
1. A Manifestação Futura de Cristo
A primeira parte do versículo fala sobre o tempo determinado por Deus para a revelação de Cristo, o qual será "mostrado" ou revelado no tempo certo. Este "tempo" é referido na escatologia cristã como o período da segunda vinda de Cristo. O apóstolo Paulo, em diversas cartas, aborda essa expectativa da volta de Cristo, quando Ele virá em glória para julgar os vivos e os mortos e estabelecer Seu Reino definitivo.
A palavra "mostrará" implica que, embora Cristo seja soberano agora, sua autoridade não é plenamente visível ao mundo. No entanto, na Sua segunda vinda, Sua majestade será revelada em toda a Sua plenitude. O "bem-aventurado e único poderoso Senhor" refere-se à bem-aventurança de Sua manifestação futura, trazendo a salvação para os fiéis e justiça para o mundo.
2. Títulos de Cristo: "Rei dos Reis" e "Senhor dos Senhores"
- Rei dos Reis: Este título sublinha a realeza suprema de Cristo, acima de todos os reis terrenos. Ele é o soberano que governa sobre todos os governantes e potências, seja no mundo espiritual ou no material. Em outras passagens bíblicas, como em Apocalipse 19.16, vemos essa mesma descrição de Cristo, que é apresentado como o "Rei dos reis e Senhor dos senhores", enfatizando Sua autoridade sem limites.
- Senhor dos Senhores: Este título destaca a autoridade superior de Cristo sobre todos os outros senhores ou mestres. Embora o termo "senhor" seja usado para descrever líderes humanos, governantes e figuras de autoridade, Cristo é o Senhor definitivo, que exerce domínio sobre todas as coisas e é digno de toda adoração. Isso significa que, independentemente do poder e influência de governantes ou de líderes em qualquer época ou nação, Cristo reina soberanamente sobre todos.
3. Implicações Práticas para os Cristãos
Esse versículo possui uma profunda aplicação para a vida do cristão. Primeiramente, ele nos lembra da esperança da manifestação futura de Cristo, quando Ele será revelado como o soberano de todo o universo. Essa esperança deve inspirar a confiança e a perseverança, especialmente em tempos de adversidade e perseguição. Cristo, embora oculto em Sua soberania no presente, demonstrará Sua majestade no tempo determinado por Deus.
Além disso, como cristãos, somos chamados a viver sob a autoridade de Cristo, reconhecendo que Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Isso deve moldar nosso comportamento, nossa adoração e nossa fidelidade a Ele, pois o Reino de Cristo é eterno e imutável. Mesmo que no presente vejamos imperfeições e injustiças em líderes humanos, devemos lembrar que o domínio final de Cristo será de justiça e paz.
Abaixo está a análise das palavras chave de 1 Timóteo 6.15 com suas raízes gregas:
1 Timóteo 6.15 (Versículo):
"A qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores."
1. "Mostrará" - ἀποκαλύψει (apokalýpsei)
- Raiz grega: ἀποκαλύπτω (apokalyptō)
- Significado: O verbo ἀποκαλύπτω significa "revelar", "mostrar" ou "desvelar". Refere-se a uma revelação completa e clara, muitas vezes associada à manifestação da verdade divina ou à segunda vinda de Cristo. O termo implica algo que estava escondido, mas será exposto em toda a sua plenitude.
- Uso no contexto: Em 1 Timóteo 6.15, ἀποκαλύπτω é usado para descrever a futura revelação de Cristo, o momento em que Ele será revelado em Sua glória como o Rei soberano.
2. "Bem-aventurado" - μακάριος (makários)
- Raiz grega: μακάριος (makários)
- Significado: A palavra μακάριος significa "feliz", "bem-aventurado", "abençoado". Está associada à bênção divina, uma felicidade profunda e espiritual, que vai além das circunstâncias temporais. É usada frequentemente no contexto de alguém que experimenta a benção de Deus.
- Uso no contexto: Ao descrever Cristo como μακάριος, o versículo está destacando Sua felicidade plena e Sua posição abençoada como o Ser divino que está além de todas as dificuldades humanas, possuindo uma bem-aventurança eterna.
3. "Único" - μόνος (mónos)
- Raiz grega: μόνος (mónos)
- Significado: Μόνος significa "sozinho", "único", "isolado". Em 1 Timóteo 6.15, refere-se à unicidade de Cristo, destacando-O como o único ser que possui esta autoridade e posição de soberania. Ele não tem igual ou concorrente em Sua majestade.
- Uso no contexto: A palavra μόνος sublinha a singularidade e a exclusividade de Cristo como soberano.
4. "Poderoso" - δυνάστης (dynástēs)
- Raiz grega: δυνάστης (dynástēs)
- Significado: Δυνάστης significa "governante", "soberano", "poderoso". O termo se refere a alguém que exerce grande poder ou autoridade, especialmente em um contexto político ou governamental.
- Uso no contexto: Aqui, a palavra δυνάστης aponta para a autoridade absoluta de Cristo como o governante supremo, destacando Seu poder incomparável sobre todas as coisas.
5. "Senhor" - κύριος (kýrios)
- Raiz grega: κύριος (kýrios)
- Significado: Κύριος é uma palavra que significa "senhor", "mestre", "soberano", "dono". É frequentemente usado para descrever a autoridade e o senhorio absoluto sobre algo ou alguém. Em contextos bíblicos, é um título para Deus e para Cristo, destacando Sua supremacia e soberania universal.
- Uso no contexto: Em 1 Timóteo 6.15, κύριος se refere a Jesus como Senhor absoluto e soberano, o qual tem autoridade sobre toda a criação.
6. "Rei" - βασιλεὺς (basileús)
- Raiz grega: βασιλεὺς (basileús)
- Significado: Βασιλεὺς significa "rei", "monarca", "soberano". Este termo é usado para descrever a autoridade régia de alguém que governa um reino ou domínio.
- Uso no contexto: Jesus é descrito como βασιλεὺς para enfatizar Sua realeza, sendo o Rei dos reis, governando soberanamente sobre todas as outras autoridades.
7. "Dos Reis" - βασιλέων (basileón)
- Raiz grega: βασιλέων (basileón)
- Significado: A palavra βασιλέων é o genitivo plural de βασιλεὺς, significando "dos reis". Aqui, ela destaca a soberania de Cristo sobre todos os governantes e líderes, refletindo a ideia de que Ele reina sobre todos os outros reis.
8. "Dos Senhores" - κυρίων (kyríōn)
- Raiz grega: κυρίων (kyríōn)
- Significado: Κυρίων é o genitivo plural de κύριος, significando "senhores". Isso enfatiza o domínio de Cristo sobre todas as autoridades e "senhores" humanos, espirituais ou de qualquer outra esfera de poder.
Conclusão
O versículo de 1 Timóteo 6.15 descreve a gloriosa e incomparável autoridade de Cristo usando títulos que destacam Sua soberania universal: "Rei dos reis" e "Senhor dos senhores". A escolha dessas palavras no grego resalta a unicidade, o poder e a supremacia absolutas de Cristo, que será finalmente revelado em Sua segunda vinda. O uso dessas expressões também serve para fortalecer a esperança cristã em um reino eterno, no qual Cristo reinará em justiça, paz e glória.
Texto Áureo: 1 Timóteo 6.15
A frase "Rei dos reis e Senhor dos senhores" é uma expressão que descreve a autoridade absoluta e incomparável de Cristo. Esses títulos afirmam que Cristo é o soberano sobre todas as autoridades e poderes, tanto no céu quanto na terra. Essa expressão não é apenas uma descrição de Sua realeza, mas uma afirmação da soberania absoluta de Cristo no cumprimento de Seu Reino eterno.
1. A Manifestação Futura de Cristo
A primeira parte do versículo fala sobre o tempo determinado por Deus para a revelação de Cristo, o qual será "mostrado" ou revelado no tempo certo. Este "tempo" é referido na escatologia cristã como o período da segunda vinda de Cristo. O apóstolo Paulo, em diversas cartas, aborda essa expectativa da volta de Cristo, quando Ele virá em glória para julgar os vivos e os mortos e estabelecer Seu Reino definitivo.
A palavra "mostrará" implica que, embora Cristo seja soberano agora, sua autoridade não é plenamente visível ao mundo. No entanto, na Sua segunda vinda, Sua majestade será revelada em toda a Sua plenitude. O "bem-aventurado e único poderoso Senhor" refere-se à bem-aventurança de Sua manifestação futura, trazendo a salvação para os fiéis e justiça para o mundo.
2. Títulos de Cristo: "Rei dos Reis" e "Senhor dos Senhores"
- Rei dos Reis: Este título sublinha a realeza suprema de Cristo, acima de todos os reis terrenos. Ele é o soberano que governa sobre todos os governantes e potências, seja no mundo espiritual ou no material. Em outras passagens bíblicas, como em Apocalipse 19.16, vemos essa mesma descrição de Cristo, que é apresentado como o "Rei dos reis e Senhor dos senhores", enfatizando Sua autoridade sem limites.
- Senhor dos Senhores: Este título destaca a autoridade superior de Cristo sobre todos os outros senhores ou mestres. Embora o termo "senhor" seja usado para descrever líderes humanos, governantes e figuras de autoridade, Cristo é o Senhor definitivo, que exerce domínio sobre todas as coisas e é digno de toda adoração. Isso significa que, independentemente do poder e influência de governantes ou de líderes em qualquer época ou nação, Cristo reina soberanamente sobre todos.
3. Implicações Práticas para os Cristãos
Esse versículo possui uma profunda aplicação para a vida do cristão. Primeiramente, ele nos lembra da esperança da manifestação futura de Cristo, quando Ele será revelado como o soberano de todo o universo. Essa esperança deve inspirar a confiança e a perseverança, especialmente em tempos de adversidade e perseguição. Cristo, embora oculto em Sua soberania no presente, demonstrará Sua majestade no tempo determinado por Deus.
Além disso, como cristãos, somos chamados a viver sob a autoridade de Cristo, reconhecendo que Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Isso deve moldar nosso comportamento, nossa adoração e nossa fidelidade a Ele, pois o Reino de Cristo é eterno e imutável. Mesmo que no presente vejamos imperfeições e injustiças em líderes humanos, devemos lembrar que o domínio final de Cristo será de justiça e paz.
Abaixo está a análise das palavras chave de 1 Timóteo 6.15 com suas raízes gregas:
1 Timóteo 6.15 (Versículo):
"A qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores."
1. "Mostrará" - ἀποκαλύψει (apokalýpsei)
- Raiz grega: ἀποκαλύπτω (apokalyptō)
- Significado: O verbo ἀποκαλύπτω significa "revelar", "mostrar" ou "desvelar". Refere-se a uma revelação completa e clara, muitas vezes associada à manifestação da verdade divina ou à segunda vinda de Cristo. O termo implica algo que estava escondido, mas será exposto em toda a sua plenitude.
- Uso no contexto: Em 1 Timóteo 6.15, ἀποκαλύπτω é usado para descrever a futura revelação de Cristo, o momento em que Ele será revelado em Sua glória como o Rei soberano.
2. "Bem-aventurado" - μακάριος (makários)
- Raiz grega: μακάριος (makários)
- Significado: A palavra μακάριος significa "feliz", "bem-aventurado", "abençoado". Está associada à bênção divina, uma felicidade profunda e espiritual, que vai além das circunstâncias temporais. É usada frequentemente no contexto de alguém que experimenta a benção de Deus.
- Uso no contexto: Ao descrever Cristo como μακάριος, o versículo está destacando Sua felicidade plena e Sua posição abençoada como o Ser divino que está além de todas as dificuldades humanas, possuindo uma bem-aventurança eterna.
3. "Único" - μόνος (mónos)
- Raiz grega: μόνος (mónos)
- Significado: Μόνος significa "sozinho", "único", "isolado". Em 1 Timóteo 6.15, refere-se à unicidade de Cristo, destacando-O como o único ser que possui esta autoridade e posição de soberania. Ele não tem igual ou concorrente em Sua majestade.
- Uso no contexto: A palavra μόνος sublinha a singularidade e a exclusividade de Cristo como soberano.
4. "Poderoso" - δυνάστης (dynástēs)
- Raiz grega: δυνάστης (dynástēs)
- Significado: Δυνάστης significa "governante", "soberano", "poderoso". O termo se refere a alguém que exerce grande poder ou autoridade, especialmente em um contexto político ou governamental.
- Uso no contexto: Aqui, a palavra δυνάστης aponta para a autoridade absoluta de Cristo como o governante supremo, destacando Seu poder incomparável sobre todas as coisas.
5. "Senhor" - κύριος (kýrios)
- Raiz grega: κύριος (kýrios)
- Significado: Κύριος é uma palavra que significa "senhor", "mestre", "soberano", "dono". É frequentemente usado para descrever a autoridade e o senhorio absoluto sobre algo ou alguém. Em contextos bíblicos, é um título para Deus e para Cristo, destacando Sua supremacia e soberania universal.
- Uso no contexto: Em 1 Timóteo 6.15, κύριος se refere a Jesus como Senhor absoluto e soberano, o qual tem autoridade sobre toda a criação.
6. "Rei" - βασιλεὺς (basileús)
- Raiz grega: βασιλεὺς (basileús)
- Significado: Βασιλεὺς significa "rei", "monarca", "soberano". Este termo é usado para descrever a autoridade régia de alguém que governa um reino ou domínio.
- Uso no contexto: Jesus é descrito como βασιλεὺς para enfatizar Sua realeza, sendo o Rei dos reis, governando soberanamente sobre todas as outras autoridades.
7. "Dos Reis" - βασιλέων (basileón)
- Raiz grega: βασιλέων (basileón)
- Significado: A palavra βασιλέων é o genitivo plural de βασιλεὺς, significando "dos reis". Aqui, ela destaca a soberania de Cristo sobre todos os governantes e líderes, refletindo a ideia de que Ele reina sobre todos os outros reis.
8. "Dos Senhores" - κυρίων (kyríōn)
- Raiz grega: κυρίων (kyríōn)
- Significado: Κυρίων é o genitivo plural de κύριος, significando "senhores". Isso enfatiza o domínio de Cristo sobre todas as autoridades e "senhores" humanos, espirituais ou de qualquer outra esfera de poder.
Conclusão
O versículo de 1 Timóteo 6.15 descreve a gloriosa e incomparável autoridade de Cristo usando títulos que destacam Sua soberania universal: "Rei dos reis" e "Senhor dos senhores". A escolha dessas palavras no grego resalta a unicidade, o poder e a supremacia absolutas de Cristo, que será finalmente revelado em Sua segunda vinda. O uso dessas expressões também serve para fortalecer a esperança cristã em um reino eterno, no qual Cristo reinará em justiça, paz e glória.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira Lucas 24.18-27 Jesus, o Nazareno, um profeta poderoso
3ª feira Deuteronômios 18.15-22 O Senhor, teu Deus, despertará um profeta
4ª feira Mateus 15.32-38 Donde nos viriam num deserto tantos pães?
5ª feira Hebreus 4.14-16 Temos um grande sumo sacerdote, Jesus
6ª feira João 6.13-15 Este é, verdadeiramente, o Profeta
Sábado Apocalipse 19.11-16 Rei dos reis e Senhor dos senhores
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Subsídios para o Estudo Diário
2ª feira: Lucas 24.18-27 - Jesus, o Nazareno, um profeta poderoso
Contexto: O episódio ocorre após a ressurreição de Jesus, quando Ele aparece aos discípulos no caminho de Emaús. Eles estão tristes e confusos, não entendendo os eventos recentes da crucificação e morte de Jesus. No diálogo, Jesus revela como as Escrituras apontam para Ele como o Messias e explica como Sua morte e ressurreição estavam de acordo com o plano divino.
Comentário:
- No versículo 19, os discípulos descrevem Jesus como "um profeta poderoso em palavras e obras". Embora, de fato, Jesus fosse um profeta, Ele é muito mais do que isso, sendo o Filho de Deus e o Salvador da humanidade. No entanto, a descrição de Jesus como profeta remete à sua missão de anunciar a vontade de Deus, como os profetas do Antigo Testamento faziam.
- Nos versículos 25-27, Jesus explica que todo o Antigo Testamento apontava para Ele, começando por Moisés e passando pelos profetas. Isso é essencial para entender que a missão de Jesus não foi uma interrupção do plano de Deus, mas a realização da promessa feita a Israel.
Raiz Grega: A palavra para "profeta" é προφήτης (profētēs), que significa alguém que fala em nome de Deus. Jesus, como profeta, é aquele que revela a palavra de Deus de forma plena.
3ª feira: Deuteronômios 18.15-22 - O Senhor, teu Deus, despertará um profeta
Contexto: Neste trecho, Moisés fala sobre o futuro líder que Deus levantará para Israel, um profeta como ele, e que o povo deveria ouvir. Este versículo é crucial porque se torna uma das promessas messiânicas que, mais tarde, os cristãos interpretariam como se cumprindo em Jesus Cristo.
Comentário:
- O versículo 15 aponta para a promessa de um profeta que surgiria entre os israelitas, e esta profecia é vista no Novo Testamento como uma prefiguração de Jesus (Atos 3.22-23).
- A advertência de que quem não ouvir o profeta será punido (versículo 19) sublinha a seriedade da missão do Messias e a importância de ouvir a mensagem que Ele traria.
Raiz Hebraica: A palavra para "profeta" em hebraico é נָבִיא (navi), que significa alguém que fala em nome de Deus, trazendo mensagens de advertência ou esperança.
4ª feira: Mateus 15.32-38 - Donde nos viriam num deserto tantos pães?
Contexto: Este é o relato da segunda multiplicação dos pães e peixes. Jesus se compadece da multidão que o segue por três dias no deserto, e, ao perceber que estão com fome, Ele realiza outro milagre de multiplicação para saciar a todos.
Comentário:
- A pergunta dos discípulos, “Donde nos viriam num deserto tantos pães?”, reflete a incredulidade humana diante das dificuldades, mas Jesus, mais uma vez, demonstra seu poder divino para suprir as necessidades do povo.
- Esse milagre aponta não só para a bondade e compaixão de Jesus, mas também para sua capacidade de prover de maneira sobrenatural. Ele é mais do que capaz de prover, assim como Deus forneceu o maná no deserto para os israelitas (Êxodo 16).
Raiz Grega: A palavra "pão" é ἄρτος (artos), que representa o alimento básico e essencial, simbolizando a provisão de Deus, especialmente no contexto de sua presença redentora.
5ª feira: Hebreus 4.14-16 - Temos um grande sumo sacerdote, Jesus
Contexto: O autor de Hebreus descreve Jesus como o sumo sacerdote perfeito, que entende nossas fraquezas e foi tentado em todas as coisas, mas sem pecado. Ele, portanto, pode interceder por nós com misericórdia e graça.
Comentário:
- Jesus como o grande sumo sacerdote tem a capacidade de se identificar com nossas fraquezas, pois Ele experimentou a tentação e o sofrimento humanos, mas não pecou. Isso estabelece uma conexão única entre Jesus e os crentes.
- No versículo 16, somos chamados a nos aproximar do "trono da graça" com confiança, sabendo que Jesus intercede por nós e nos concede misericórdia e graça para a ajuda oportuna.
Raiz Grega: A palavra para "sumo sacerdote" é ἀρχιερεύς (archiereus), que se refere a alguém que ocupa o cargo mais alto no sacerdócio judaico, oferecendo sacrifícios em nome do povo. Jesus, como o sumo sacerdote eterno, é perfeito e não precisa de sacrifícios repetidos.
6ª feira: João 6.13-15 - Este é, verdadeiramente, o Profeta
Contexto: Após o milagre da multiplicação dos pães, a multidão começa a perceber que Jesus é o "Profeta" prometido por Moisés em Deuteronômio 18. Eles queriam fazê-lo rei, mas Jesus se retira sozinho para o monte.
Comentário:
- A multidão reconhece que Jesus é o Profeta, mas sua compreensão era limitada. Eles estavam buscando um líder político que os libertasse da opressão romana, mas Jesus veio para oferecer salvação espiritual.
- O título de "Profeta" atribuído a Jesus faz referência ao Messias, que seria o cumprimento da promessa de Deus de enviar um profeta como Moisés.
Raiz Grega: A palavra "Profeta" novamente é προφήτης (profētēs), que implica uma pessoa que traz a mensagem de Deus, alguém escolhido para revelar a vontade divina.
Sábado: Apocalipse 19.11-16 - Rei dos reis e Senhor dos senhores
Contexto: Este trecho descreve a visão da segunda vinda de Cristo, em sua gloriosa manifestação, quando Ele virá como Rei e Juiz, derrotando as forças do mal e estabelecendo Seu Reino eterno.
Comentário:
- O título de "Rei dos reis e Senhor dos senhores" é um reconhecimento da soberania absoluta de Jesus sobre todas as autoridades terrenas e espirituais. Ele vem como juiz para vencer e governar com justiça.
- O versículo 15 fala da espada que sai da boca de Cristo, simbolizando o poder da Sua palavra, que julgará as nações e os inimigos de Deus.
Raiz Grega: "Rei" é βασιλεὺς (basileus), e "Senhor" é κύριος (kyrios), ambos títulos que indicam autoridade suprema. Jesus, em Apocalipse, é retratado não apenas como Salvador, mas como o soberano universal.
Esses textos diários reforçam a identidade de Jesus como Profeta, Sacerdote e Rei, aspectos essenciais da cristologia, que moldam a compreensão de sua missão divina e seu papel na história da salvação. Cada passagem revela um aspecto do caráter de Cristo que é central para a fé cristã, e, ao estudá-las, os crentes podem entender mais profundamente o significado da vida, morte e ressurreição de Jesus.
Subsídios para o Estudo Diário
2ª feira: Lucas 24.18-27 - Jesus, o Nazareno, um profeta poderoso
Contexto: O episódio ocorre após a ressurreição de Jesus, quando Ele aparece aos discípulos no caminho de Emaús. Eles estão tristes e confusos, não entendendo os eventos recentes da crucificação e morte de Jesus. No diálogo, Jesus revela como as Escrituras apontam para Ele como o Messias e explica como Sua morte e ressurreição estavam de acordo com o plano divino.
Comentário:
- No versículo 19, os discípulos descrevem Jesus como "um profeta poderoso em palavras e obras". Embora, de fato, Jesus fosse um profeta, Ele é muito mais do que isso, sendo o Filho de Deus e o Salvador da humanidade. No entanto, a descrição de Jesus como profeta remete à sua missão de anunciar a vontade de Deus, como os profetas do Antigo Testamento faziam.
- Nos versículos 25-27, Jesus explica que todo o Antigo Testamento apontava para Ele, começando por Moisés e passando pelos profetas. Isso é essencial para entender que a missão de Jesus não foi uma interrupção do plano de Deus, mas a realização da promessa feita a Israel.
Raiz Grega: A palavra para "profeta" é προφήτης (profētēs), que significa alguém que fala em nome de Deus. Jesus, como profeta, é aquele que revela a palavra de Deus de forma plena.
3ª feira: Deuteronômios 18.15-22 - O Senhor, teu Deus, despertará um profeta
Contexto: Neste trecho, Moisés fala sobre o futuro líder que Deus levantará para Israel, um profeta como ele, e que o povo deveria ouvir. Este versículo é crucial porque se torna uma das promessas messiânicas que, mais tarde, os cristãos interpretariam como se cumprindo em Jesus Cristo.
Comentário:
- O versículo 15 aponta para a promessa de um profeta que surgiria entre os israelitas, e esta profecia é vista no Novo Testamento como uma prefiguração de Jesus (Atos 3.22-23).
- A advertência de que quem não ouvir o profeta será punido (versículo 19) sublinha a seriedade da missão do Messias e a importância de ouvir a mensagem que Ele traria.
Raiz Hebraica: A palavra para "profeta" em hebraico é נָבִיא (navi), que significa alguém que fala em nome de Deus, trazendo mensagens de advertência ou esperança.
4ª feira: Mateus 15.32-38 - Donde nos viriam num deserto tantos pães?
Contexto: Este é o relato da segunda multiplicação dos pães e peixes. Jesus se compadece da multidão que o segue por três dias no deserto, e, ao perceber que estão com fome, Ele realiza outro milagre de multiplicação para saciar a todos.
Comentário:
- A pergunta dos discípulos, “Donde nos viriam num deserto tantos pães?”, reflete a incredulidade humana diante das dificuldades, mas Jesus, mais uma vez, demonstra seu poder divino para suprir as necessidades do povo.
- Esse milagre aponta não só para a bondade e compaixão de Jesus, mas também para sua capacidade de prover de maneira sobrenatural. Ele é mais do que capaz de prover, assim como Deus forneceu o maná no deserto para os israelitas (Êxodo 16).
Raiz Grega: A palavra "pão" é ἄρτος (artos), que representa o alimento básico e essencial, simbolizando a provisão de Deus, especialmente no contexto de sua presença redentora.
5ª feira: Hebreus 4.14-16 - Temos um grande sumo sacerdote, Jesus
Contexto: O autor de Hebreus descreve Jesus como o sumo sacerdote perfeito, que entende nossas fraquezas e foi tentado em todas as coisas, mas sem pecado. Ele, portanto, pode interceder por nós com misericórdia e graça.
Comentário:
- Jesus como o grande sumo sacerdote tem a capacidade de se identificar com nossas fraquezas, pois Ele experimentou a tentação e o sofrimento humanos, mas não pecou. Isso estabelece uma conexão única entre Jesus e os crentes.
- No versículo 16, somos chamados a nos aproximar do "trono da graça" com confiança, sabendo que Jesus intercede por nós e nos concede misericórdia e graça para a ajuda oportuna.
Raiz Grega: A palavra para "sumo sacerdote" é ἀρχιερεύς (archiereus), que se refere a alguém que ocupa o cargo mais alto no sacerdócio judaico, oferecendo sacrifícios em nome do povo. Jesus, como o sumo sacerdote eterno, é perfeito e não precisa de sacrifícios repetidos.
6ª feira: João 6.13-15 - Este é, verdadeiramente, o Profeta
Contexto: Após o milagre da multiplicação dos pães, a multidão começa a perceber que Jesus é o "Profeta" prometido por Moisés em Deuteronômio 18. Eles queriam fazê-lo rei, mas Jesus se retira sozinho para o monte.
Comentário:
- A multidão reconhece que Jesus é o Profeta, mas sua compreensão era limitada. Eles estavam buscando um líder político que os libertasse da opressão romana, mas Jesus veio para oferecer salvação espiritual.
- O título de "Profeta" atribuído a Jesus faz referência ao Messias, que seria o cumprimento da promessa de Deus de enviar um profeta como Moisés.
Raiz Grega: A palavra "Profeta" novamente é προφήτης (profētēs), que implica uma pessoa que traz a mensagem de Deus, alguém escolhido para revelar a vontade divina.
Sábado: Apocalipse 19.11-16 - Rei dos reis e Senhor dos senhores
Contexto: Este trecho descreve a visão da segunda vinda de Cristo, em sua gloriosa manifestação, quando Ele virá como Rei e Juiz, derrotando as forças do mal e estabelecendo Seu Reino eterno.
Comentário:
- O título de "Rei dos reis e Senhor dos senhores" é um reconhecimento da soberania absoluta de Jesus sobre todas as autoridades terrenas e espirituais. Ele vem como juiz para vencer e governar com justiça.
- O versículo 15 fala da espada que sai da boca de Cristo, simbolizando o poder da Sua palavra, que julgará as nações e os inimigos de Deus.
Raiz Grega: "Rei" é βασιλεὺς (basileus), e "Senhor" é κύριος (kyrios), ambos títulos que indicam autoridade suprema. Jesus, em Apocalipse, é retratado não apenas como Salvador, mas como o soberano universal.
Esses textos diários reforçam a identidade de Jesus como Profeta, Sacerdote e Rei, aspectos essenciais da cristologia, que moldam a compreensão de sua missão divina e seu papel na história da salvação. Cada passagem revela um aspecto do caráter de Cristo que é central para a fé cristã, e, ao estudá-las, os crentes podem entender mais profundamente o significado da vida, morte e ressurreição de Jesus.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• entender que o ministério pleno de Cristo se faz representar pelos três principais ofícios veterotestamentários: profeta, sacerdote e rei;
• discorrer sobre as características de cada um desses três ofícios de Cristo;
• conscientizar-se de que os três ofícios de Cristo, durante a Sua vida terrena, servem para mostrar o que Ele foi, mas também para mostrar o que nós devemos ser.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, o tríplice ofício de Cristo expressa a abrangência do trabalho que o Senhor Jesus realizou em Sua vida terrena. Como profeta, Ele nos revela a vontade, os propósitos e a soberana vontade de Deus. Como sacerdote, Ele se coloca como mediador entre o Seu povo e o Seu Pai. Como rei. Ele exerce Seu poder soberano governando em conjunto com o Pai e o Espirito Santo sobre o mundo, seus habitantes e sua História.
Para explorar essa temática, ao longo da lição deixe claro que Cristo exerceu - e ainda exerce - essas três funções de maneira muito sólida e pontual.
Excelente aula!
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "Os Três Papéis de Jesus - Profeta, Sacerdote e Rei"
Objetivo: Refletir sobre os três papéis de Jesus: Profeta, Sacerdote e Rei, e como esses aspectos se aplicam à nossa vida cristã.
Material necessário:
- Cartolinas ou folhas grandes de papel
- Canetas coloridas
- Fitas adesivas ou clips
- Bíblia (se possível)
Tempo estimado: 30-40 minutos
Passo a Passo:
- Introdução (5 minutos):
- Comece com uma breve introdução sobre o tema da lição: Jesus de Nazaré como Profeta, Sacerdote e Rei. Explique que durante a dinâmica os participantes irão refletir sobre esses três papéis de Jesus e como eles se aplicam em sua vida.
- Versículos chave para reflexão:
- Profeta: Lucas 24.18-27
- Sacerdote: Hebreus 4.14-16
- Rei: Apocalipse 19.11-16
- Divisão em Grupos (5 minutos):
- Divida os participantes em três grupos, atribuindo a cada um dos grupos um dos papéis de Jesus: Profeta, Sacerdote e Rei.
- Distribua uma cartolina para cada grupo e canetas coloridas.
- Reflexão em Grupo (10 minutos):
- Cada grupo deve refletir e, em conjunto, responder às seguintes questões sobre o papel de Jesus que lhes foi atribuído:
- O que significa esse papel de Jesus (Profeta, Sacerdote ou Rei) em termos bíblicos?
- Como podemos viver de acordo com o exemplo de Jesus nesse papel?
- O que podemos aprender sobre Deus através deste papel de Jesus?
- Como este papel de Jesus afeta a nossa vida pessoal e nossa relação com Deus e com os outros?
- O grupo deve escrever suas respostas na cartolina, usando palavras e desenhos para ilustrar o entendimento.
- Apresentação (10 minutos):
- Cada grupo deve apresentar suas respostas para o restante da turma, explicando o papel de Jesus que lhes foi atribuído e compartilhando as reflexões que surgiram.
- Após cada apresentação, incentive um breve momento de perguntas ou comentários para promover a interação.
- Aplicação Pessoal (5 minutos):
- Após as apresentações, peça aos participantes que reflitam individualmente sobre como cada papel de Jesus impacta suas vidas. Você pode pedir que eles escrevam brevemente em uma folha como podem aplicar os ensinamentos desses papéis na prática diária.
- Perguntas para reflexão pessoal:
- Como posso agir mais como um profeta, trazendo a palavra de Deus aos outros?
- Como posso imitar a intercessão e compaixão de Jesus como sacerdote?
- Como posso viver sob a autoridade de Cristo como Rei em minha vida?
- Conclusão (5 minutos):
- Encerre a dinâmica destacando que Jesus, como Profeta, Sacerdote e Rei, cumpre um papel integral em nossa salvação e nossa caminhada cristã. Através de Seus ensinamentos (Profeta), Sua mediação e sacrifício (Sacerdote), e Sua soberania (Rei), temos uma vida transformada em todos os aspectos.
- Faça uma oração final, pedindo a Deus para nos ajudar a viver de maneira que honre esses três aspectos de Cristo em nossas vidas.
Reflexão Final:
Esta dinâmica visa aprofundar a compreensão dos participantes sobre a figura de Jesus como Profeta, Sacerdote e Rei, e como esses papéis se refletem nas Escrituras e em nossa vida cotidiana. Além disso, incentiva a aplicação prática desses papéis no relacionamento pessoal com Deus e com os outros.
Dinâmica: "Os Três Papéis de Jesus - Profeta, Sacerdote e Rei"
Objetivo: Refletir sobre os três papéis de Jesus: Profeta, Sacerdote e Rei, e como esses aspectos se aplicam à nossa vida cristã.
Material necessário:
- Cartolinas ou folhas grandes de papel
- Canetas coloridas
- Fitas adesivas ou clips
- Bíblia (se possível)
Tempo estimado: 30-40 minutos
Passo a Passo:
- Introdução (5 minutos):
- Comece com uma breve introdução sobre o tema da lição: Jesus de Nazaré como Profeta, Sacerdote e Rei. Explique que durante a dinâmica os participantes irão refletir sobre esses três papéis de Jesus e como eles se aplicam em sua vida.
- Versículos chave para reflexão:
- Profeta: Lucas 24.18-27
- Sacerdote: Hebreus 4.14-16
- Rei: Apocalipse 19.11-16
- Divisão em Grupos (5 minutos):
- Divida os participantes em três grupos, atribuindo a cada um dos grupos um dos papéis de Jesus: Profeta, Sacerdote e Rei.
- Distribua uma cartolina para cada grupo e canetas coloridas.
- Reflexão em Grupo (10 minutos):
- Cada grupo deve refletir e, em conjunto, responder às seguintes questões sobre o papel de Jesus que lhes foi atribuído:
- O que significa esse papel de Jesus (Profeta, Sacerdote ou Rei) em termos bíblicos?
- Como podemos viver de acordo com o exemplo de Jesus nesse papel?
- O que podemos aprender sobre Deus através deste papel de Jesus?
- Como este papel de Jesus afeta a nossa vida pessoal e nossa relação com Deus e com os outros?
- O grupo deve escrever suas respostas na cartolina, usando palavras e desenhos para ilustrar o entendimento.
- Apresentação (10 minutos):
- Cada grupo deve apresentar suas respostas para o restante da turma, explicando o papel de Jesus que lhes foi atribuído e compartilhando as reflexões que surgiram.
- Após cada apresentação, incentive um breve momento de perguntas ou comentários para promover a interação.
- Aplicação Pessoal (5 minutos):
- Após as apresentações, peça aos participantes que reflitam individualmente sobre como cada papel de Jesus impacta suas vidas. Você pode pedir que eles escrevam brevemente em uma folha como podem aplicar os ensinamentos desses papéis na prática diária.
- Perguntas para reflexão pessoal:
- Como posso agir mais como um profeta, trazendo a palavra de Deus aos outros?
- Como posso imitar a intercessão e compaixão de Jesus como sacerdote?
- Como posso viver sob a autoridade de Cristo como Rei em minha vida?
- Conclusão (5 minutos):
- Encerre a dinâmica destacando que Jesus, como Profeta, Sacerdote e Rei, cumpre um papel integral em nossa salvação e nossa caminhada cristã. Através de Seus ensinamentos (Profeta), Sua mediação e sacrifício (Sacerdote), e Sua soberania (Rei), temos uma vida transformada em todos os aspectos.
- Faça uma oração final, pedindo a Deus para nos ajudar a viver de maneira que honre esses três aspectos de Cristo em nossas vidas.
Reflexão Final:
Esta dinâmica visa aprofundar a compreensão dos participantes sobre a figura de Jesus como Profeta, Sacerdote e Rei, e como esses papéis se refletem nas Escrituras e em nossa vida cotidiana. Além disso, incentiva a aplicação prática desses papéis no relacionamento pessoal com Deus e com os outros.
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
A Bíblia destaca três características da obra de Jesus, as quais formam uma plataforma sustentada em três dimensões, a saber: profecia, sacerdócio e reinado.
______________________________
Conforme o léxico do orientalista e hebraísta alemão Gesenius, profetizar significa "transmitir abundantemente palavras da parte de Deus, inspiradas pelo Espírito de Deus". (Jr 19.14; Ez 37.4).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jesus como Profeta, Sacerdote e Rei
Palavra Introdutória:
A Bíblia destaca três características fundamentais na obra de Jesus, que formam a base sólida da Sua missão: Profeta, Sacerdote e Rei. Esses três papéis interconectam-se de maneira única e revelam a profundidade da obra redentora de Cristo. Cada um desses aspectos é essencial para entendermos como Jesus cumpriu a vontade de Deus e como Ele se relaciona conosco, oferecendo salvação, intercessão e governo sobre nossas vidas.
1. Jesus como Profeta:
O papel de profeta de Jesus está profundamente ligado à comunicação da Palavra de Deus ao Seu povo. No contexto bíblico, um profeta é alguém que fala em nome de Deus, transmitindo Sua mensagem de maneira clara e autoritativa. A definição de profetizar, conforme o léxico do orientalista e hebraísta alemão Gesenius, significa "transmitir abundantemente palavras da parte de Deus, inspiradas pelo Espírito de Deus". A ideia de profecia não é apenas uma previsão do futuro, mas também uma comunicação direta da vontade divina para os homens, que muitas vezes inclui correções, encorajamentos e revelações sobre o caráter de Deus.
Em Jeremias 19.14, vemos a figura do profeta como alguém que comunica sem reservas o que Deus ordena. Em Ezequiel 37.4, o profeta é chamado a transmitir as palavras de Deus para o vale de ossos secos, simbolizando a restauração e a vivificação da nação de Israel. Jesus, como Profeta, trazia palavras que não apenas previam eventos futuros, mas também proclamavam a chegada do Reino de Deus e a necessidade de arrependimento.
Ele se apresenta, em várias passagens, como aquele que fala em nome de Deus, revelando o Pai (João 1.18), e desafiando o povo a compreender os tempos messiânicos que estavam sendo cumpridos Nele. O Sermão do Monte é um exemplo claro dessa função profética, onde Jesus revela a verdadeira interpretação da Lei e introduz o Reino de Deus, com Seus princípios eternos.
2. Jesus como Sacerdote:
Jesus também cumpre a função sacerdotal, atuando como mediador entre Deus e os homens. O sacerdote era aquele que oferecia sacrifícios em nome do povo, buscando a reconciliação e o perdão de Deus. No entanto, ao contrário dos sacerdotes do Antigo Testamento, que ofereciam sacrifícios repetidos, Jesus oferece um único e perfeito sacrifício para a remissão dos pecados de toda a humanidade (Hebreus 7.27).
Ele é o Sumo Sacerdote, que se apresenta diante de Deus em favor de Seu povo, não apenas oferecendo sacrifícios, mas sendo Ele mesmo o sacrifício perfeito (Hebreus 4.14-16). A obra sacerdotal de Jesus é representada principalmente no sacrifício de Sua vida na cruz, onde Ele não só expia os pecados, mas também intercede continuamente por nós (Romanos 8.34). Ele abriu o caminho para que todos, ao crerem Nele, possam se aproximar de Deus com confiança.
3. Jesus como Rei:
O reinado de Jesus é um tema que aparece de maneira explícita e implícita nas Escrituras. Jesus é o Rei que governa com autoridade divina e soberana. Porém, Seu Reino não é deste mundo (João 18.36), como Ele mesmo esclarece a Pilatos, o que nos revela a natureza espiritual e eterna do Seu domínio. Ele reina com justiça, misericórdia e sabedoria.
Em Apocalipse 19.11-16, Jesus é apresentado como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, cuja autoridade é absoluta. Seu reino é eterno e não passará. Esse Reino está sendo estabelecido no coração dos crentes e será plenamente consumado na Sua segunda vinda. O reinado de Jesus, portanto, é não só uma realidade futura, mas uma experiência presente para todo aquele que se submete à Sua autoridade, vivendo de acordo com os Seus mandamentos e princípios.
Conclusão:
A compreensão de Jesus como Profeta, Sacerdote e Rei nos ajuda a ver o alcance completo de Sua obra redentora. Como Profeta, Ele revela a vontade de Deus e ensina a verdade que liberta; como Sacerdote, Ele nos reconcilia com Deus, oferecendo o sacrifício perfeito por nossos pecados; e como Rei, Ele governa nossas vidas, trazendo Seu Reino de paz, justiça e misericórdia.
Esses três papéis de Jesus não estão isolados, mas interagem de maneira harmoniosa para nos mostrar a plenitude da Sua missão. Ele é, em todos os sentidos, a resposta perfeita para as necessidades da humanidade e o mediador entre Deus e os homens. Ao meditarmos sobre esses aspectos de Sua obra, somos chamados a viver em obediência à Sua Palavra, a confiar em Seu sacrifício e a reconhecer Sua soberania em nossas vidas.
Jesus como Profeta, Sacerdote e Rei
Palavra Introdutória:
A Bíblia destaca três características fundamentais na obra de Jesus, que formam a base sólida da Sua missão: Profeta, Sacerdote e Rei. Esses três papéis interconectam-se de maneira única e revelam a profundidade da obra redentora de Cristo. Cada um desses aspectos é essencial para entendermos como Jesus cumpriu a vontade de Deus e como Ele se relaciona conosco, oferecendo salvação, intercessão e governo sobre nossas vidas.
1. Jesus como Profeta:
O papel de profeta de Jesus está profundamente ligado à comunicação da Palavra de Deus ao Seu povo. No contexto bíblico, um profeta é alguém que fala em nome de Deus, transmitindo Sua mensagem de maneira clara e autoritativa. A definição de profetizar, conforme o léxico do orientalista e hebraísta alemão Gesenius, significa "transmitir abundantemente palavras da parte de Deus, inspiradas pelo Espírito de Deus". A ideia de profecia não é apenas uma previsão do futuro, mas também uma comunicação direta da vontade divina para os homens, que muitas vezes inclui correções, encorajamentos e revelações sobre o caráter de Deus.
Em Jeremias 19.14, vemos a figura do profeta como alguém que comunica sem reservas o que Deus ordena. Em Ezequiel 37.4, o profeta é chamado a transmitir as palavras de Deus para o vale de ossos secos, simbolizando a restauração e a vivificação da nação de Israel. Jesus, como Profeta, trazia palavras que não apenas previam eventos futuros, mas também proclamavam a chegada do Reino de Deus e a necessidade de arrependimento.
Ele se apresenta, em várias passagens, como aquele que fala em nome de Deus, revelando o Pai (João 1.18), e desafiando o povo a compreender os tempos messiânicos que estavam sendo cumpridos Nele. O Sermão do Monte é um exemplo claro dessa função profética, onde Jesus revela a verdadeira interpretação da Lei e introduz o Reino de Deus, com Seus princípios eternos.
2. Jesus como Sacerdote:
Jesus também cumpre a função sacerdotal, atuando como mediador entre Deus e os homens. O sacerdote era aquele que oferecia sacrifícios em nome do povo, buscando a reconciliação e o perdão de Deus. No entanto, ao contrário dos sacerdotes do Antigo Testamento, que ofereciam sacrifícios repetidos, Jesus oferece um único e perfeito sacrifício para a remissão dos pecados de toda a humanidade (Hebreus 7.27).
Ele é o Sumo Sacerdote, que se apresenta diante de Deus em favor de Seu povo, não apenas oferecendo sacrifícios, mas sendo Ele mesmo o sacrifício perfeito (Hebreus 4.14-16). A obra sacerdotal de Jesus é representada principalmente no sacrifício de Sua vida na cruz, onde Ele não só expia os pecados, mas também intercede continuamente por nós (Romanos 8.34). Ele abriu o caminho para que todos, ao crerem Nele, possam se aproximar de Deus com confiança.
3. Jesus como Rei:
O reinado de Jesus é um tema que aparece de maneira explícita e implícita nas Escrituras. Jesus é o Rei que governa com autoridade divina e soberana. Porém, Seu Reino não é deste mundo (João 18.36), como Ele mesmo esclarece a Pilatos, o que nos revela a natureza espiritual e eterna do Seu domínio. Ele reina com justiça, misericórdia e sabedoria.
Em Apocalipse 19.11-16, Jesus é apresentado como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, cuja autoridade é absoluta. Seu reino é eterno e não passará. Esse Reino está sendo estabelecido no coração dos crentes e será plenamente consumado na Sua segunda vinda. O reinado de Jesus, portanto, é não só uma realidade futura, mas uma experiência presente para todo aquele que se submete à Sua autoridade, vivendo de acordo com os Seus mandamentos e princípios.
Conclusão:
A compreensão de Jesus como Profeta, Sacerdote e Rei nos ajuda a ver o alcance completo de Sua obra redentora. Como Profeta, Ele revela a vontade de Deus e ensina a verdade que liberta; como Sacerdote, Ele nos reconcilia com Deus, oferecendo o sacrifício perfeito por nossos pecados; e como Rei, Ele governa nossas vidas, trazendo Seu Reino de paz, justiça e misericórdia.
Esses três papéis de Jesus não estão isolados, mas interagem de maneira harmoniosa para nos mostrar a plenitude da Sua missão. Ele é, em todos os sentidos, a resposta perfeita para as necessidades da humanidade e o mediador entre Deus e os homens. Ao meditarmos sobre esses aspectos de Sua obra, somos chamados a viver em obediência à Sua Palavra, a confiar em Seu sacrifício e a reconhecer Sua soberania em nossas vidas.
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1. CRISTO, O PROFETA
A origem etimológica da pa lavra profeta é incerta; entretanto, o vocábulo é comumente associado ao termo hebraico nabi', que significa "anunciar" ou "proclamar", amplamente utilizado para descrever os profetas no Antigo Testamento Alguns filólogos sugerem que o verbo profetizar seja uma derivação de nabi', com o sentido de "borbulhar" ou "derramar", indicando que a profecia pode ser comparada a algo que borbulha do Espírito Santo no intimo da pessoa que comunica a mensagem divina (Am 3.8: Mq 3.8).
1.1. Os profetas hebreus
Os profetas hebreus transmitiam ao povo mensagens que recebiam diretamente de Deus. Eles eram identificados por expressões como "homem de Deus" (2 Rs 4.21); "servo do Deus vivo" (Dn 6.20); "homem que tem o Espírito de Deus sobre si" (Is 61.1-3); "atalaia" (Ez 3.17) e "embaixador do Senhor" (Ag 1.13). A função desses vaticinadores era conclamar seus ouvintes ao arrependimento e anunciar acontecimentos futuros.
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Depois de uma longa espera, desde os profetas até o final do período interbíblico, a ressurreição do filho da viúva de Naim foi uma prova cabal de que Deus visitara o Seu povo por intermédio do Nazareno. Na ocasião, o temor a Deus veio sobre o povo, que glorificou o Altíssimo, confirmando o cumprimento da promessa da vinda do Messias e Sua condição de grande Profeta (Lc 7.11-17).
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1.2. Jesus de Nazaré, a Profecia encarnada
Quando nos aprofundamos nos estudos relacionados ao estrito significado do termo profeta, somos levados à compreensão de que os profetas humanos, limitados em sua humanidade, não foram capazes de decifrar a plenitude da Palavra e, por conseguinte, não puderam aplacar a necessidade que carregamos de compreender os desígnios eternos (Ec 3.11), que só podem ser conhecidos se Deus os revelar pessoalmente. E Ele o fez: Deus se revelou em pessoa quando o Verbo se fez carne (Jo 1.14).
1.3. O logos e a Profecia encarnada
João, ao escrever seu Evangelho, reconhece a dimensão profética do ministério de Jesus, referindo-se Ele como logos (gr. = = "palavra" ouυ "verbo"), um termo que conecta Jesus à revelação divina tanto para judeus quanto para gregos (Jo 1.1-3). O termo logos remete à Criação, momento em que Deus cria todas as coisas por meio da palavra (Gn 1.3,6,9,11,14,20,24,26). Teologicamente, Cristo é a manifestação completa de Deus ao homem, sendo a Palavra profética encarnada (Jo 1.14).
1.4. Um profeta como Moisés
Moisés profetizou a vinda de um profeta semelhante a ele (Dt 18.15; cf. At 7.37). O apóstolo Pedro, referindo-se a esse mesmo vaticínio, adverte que todo aquele que não lhe der ouvidos será exterminado dentre o povo (At 3.23; cf. Dt 18.19). Esse profeta é, naturalmente, o Senhor Jesus Cristo, que pro- clamou a verdade de Deus, denunciando as mentiras religiosas difundidas pelo mundo.
Em Deuteronômio 18.15-22, há uma descrição do profeta ideal elaborada pelo escritor sagrado. Nos subtópicos seguintes, observam-se algumas semelhanças entre o ministério profético de Moisés, um ícone da antiga aliança, e o de Cristo:
1.4.1. Libertador
Moisés conduziu o povo de Israel, que estava escravizado no Egito, à liberdade de Canaã (Ex 12.37-42). Jesus Cristo veio para libertar os cativos do reino de Satanás e guiá-los à liberdade do pecado e da morte, como profetizado por Isaías (61.1) e confirmado por Lucas (4.18,19) e Paulo (Cl 1.13). Assim como Moisés é lembrado como "o libertador de Israel" na história hebraica, nós, os salvos, desfrutamos da liberdade com que Cristo nos libertou (Gl 5.1).
1.4.2. Provedor
A provisão divina de alimento foi crucial tanto na liderança de Moisés quanto no ministério terreno de Cristo, o pão da vida.
Durante a jornada de Israel pelo deserto, Deus providenciou maná para o povo por 40 anos (Ex 16.11-36). Jesus, por Sua vez, alimentou quatro mil homens (sem contar mulheres e crianças) com sete pães e alguns peixes (Mt 15.32-38) e cinco mil homens (também sem contar mulheres e crianças) com cinco pães e dois peixes, levando o povo a reconhecê-lo como o profeta esperado (Jo 6.1-14).
1.4.3. Mediador
Tanto Moisés quanto Jesus foram mediadores de pactos. Moisés foi o mediador da aliança da Lei, firmada entre Deus e o povo de Israel (Ex 19.3-9). Jesus é o Mediador da nova aliança, estabelecida entre Deus e o Israel espiritual, a Igreja (Jr 31.31-34; Lc 22.20).
1.4.4. Responsável com a casa de Deus
No Novo Testamento, o termo grego oikos, traduzido como casa de Deus, denota um conceito de "lar" e "família", transcendendo à ideia de uma simples estrutura física (cf. 2 Tm 1.16; Tt 1.11). Tanto Moisés quanto Cristo foram apontados como líderes dessa casa divina.
A liderança de Moisés não se limitava ao espaço do Tabernáculo, mas incluía todas as pessoas que lhe foram confiadas em prol da comunidade teocrática. A liderança de Jesus, de igual modo, se estende à comunidade dos crentes (1 Co 12.27).
1.4.5. Poupado por Deus
Tanto Moisés quanto Jesus tiveram seus corpos preservados por Deus após a morte, embora por razões diferentes. A Tradição sugere que o local de sepultamento do corpo de Moisés permanece desconhecido (Dt 34.5,6) para evitar a idolatria do povo de Israel. Já em relação a Jesus, Deus não permitiu que Seu corpo sofresse decomposição - Pedro mencionou esse fato no sermão de Pentecostes (At 2.30,31), citando o Salmo 16.10. A ressurreição de Jesus demonstra que Sua vida não terminaria com um corpo decomposto na sepultura; Ele ressuscitou em um corpo glorificado.
1.5. Um profeta reconhecido
Após a multiplicação dos pães para cinco mil homens, testemunhas exclamaram que Jesus era o profeta prometido (Jo 6.5-14; Lc 7.16). Os discípulos de Emaús também reconheceram o Nazareno como um profeta poderoso em obras e palavras (Lc 24.19). O Filho de Deus iniciou Seu ministério proclamando uma mensagem de arrependimento e anunciando a chegada do Reino dos céus (Mt 3.17).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Cristo, o Profeta
1. CRISTO, O PROFETA
A palavra "profeta" possui uma origem etimológica incerta, mas está comumente associada ao termo hebraico nabi', que significa "anunciar" ou "proclamar". No contexto bíblico, um profeta é alguém que fala em nome de Deus, trazendo mensagens divinas ao povo. Essa função é essencial tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e em ambos os casos, o profeta tem a responsabilidade de transmitir as palavras de Deus com fidelidade e autoridade.
O verbo profetizar é frequentemente derivado de nabi', com o significado de "borbulhar" ou "derramar", o que sugere que a profecia surge de maneira espontânea e poderosa, como algo que "borbulha" do Espírito de Deus no íntimo do profeta. Isso ilustra o caráter divino da mensagem transmitida, como algo que não pode ser contido, mas precisa ser proclamado.
1.1. Os Profetas Hebreus
Os profetas hebreus eram instrumentos de Deus para transmitir Sua vontade ao povo, frequentemente identificados por títulos como "homem de Deus", "servo do Deus vivo", e "embaixador do Senhor". Esses termos indicam a autoridade e a missão sagrada que os profetas possuíam. A mensagem deles frequentemente incluía o chamado ao arrependimento e a advertência sobre os juízos de Deus, mas também proclamava a promessa de restauração e salvação.
Exemplos claros dessa função podem ser encontrados em 2 Reis 4.21 (homem de Deus), Daniel 6.20 (servo do Deus vivo), e Isaías 61.1-3 (homem com o Espírito de Deus sobre si). Eles eram enviados para corrigir, guiar e anunciar tanto o futuro quanto a vontade de Deus para o presente. No entanto, mesmo sendo veículos da mensagem divina, esses profetas não conseguiam revelar a plenitude do plano divino, uma vez que, como humanos, estavam limitados em sua compreensão.
1.2. Jesus de Nazaré, a Profecia Encarnada
O conceito de "profeta" é elevado e cumprido plenamente em Jesus Cristo. Ele não foi apenas um mensageiro de Deus, mas a própria Palavra de Deus encarnada. O termo grego logos, usado por João no evangelho, é essencial para entender essa ideia. Em João 1.1-3, o evangelista descreve o logos (a Palavra) como sendo com Deus e sendo Deus, e é essa Palavra que se fez carne em Jesus, habitando entre nós.
Diferente dos profetas do Antigo Testamento, que eram mediadores da mensagem de Deus, Jesus é a manifestação completa e definitiva de Deus. Como o logos encarnado, Ele revela Deus de maneira plena, não somente por meio de palavras, mas por meio de Sua vida, ensinamentos, morte e ressurreição.
1.3. O Logos e a Profecia Encarnada
João utiliza o termo logos para descrever Jesus como a Palavra de Deus, por meio da qual todas as coisas foram criadas (João 1.3). A ideia de logos vai além de uma simples mensagem verbal; ela implica em uma revelação completa e total de Deus, que se dá a conhecer através da pessoa de Jesus. Assim, o ministério de Jesus é a culminação da profecia: Ele é a Palavra falada diretamente ao mundo, trazendo não apenas o conhecimento de Deus, mas também a possibilidade de um relacionamento direto com o Criador.
1.4. Um Profeta como Moisés
Jesus é frequentemente comparado a Moisés, um dos maiores profetas da história de Israel. No Antigo Testamento, Moisés profetizou que Deus levantaria um profeta semelhante a ele (Deuteronômio 18.15-22), e essa profecia foi cumprida em Jesus. Como Moisés, Jesus foi um libertador, um provedor, um mediador e um líder responsável pela casa de Deus.
- 1.4.1. Libertador: Moisés libertou Israel da escravidão no Egito, e Jesus veio para libertar os cativos do pecado e da morte (Lucas 4.18-19; João 8.36).
- 1.4.2. Provedor: Moisés forneceu maná no deserto, e Jesus se revela como o "pão da vida" (João 6.35), alimentando os famintos fisicamente e espiritualmente.
- 1.4.3. Mediador: Moisés foi o mediador da aliança da Lei, e Jesus é o Mediador da nova aliança, estabelecendo uma relação direta entre Deus e a humanidade (Lucas 22.20; Jeremias 31.31-34).
- 1.4.4. Responsável com a casa de Deus: Tanto Moisés quanto Jesus são líderes da casa de Deus, mas enquanto Moisés liderava uma nação teocrática, Jesus lidera a Igreja, que é o Israel espiritual (1 Coríntios 12.27).
- 1.4.5. Poupado por Deus: Deus preservou o corpo de Moisés após a morte, e não permitiu que o corpo de Jesus sofresse decomposição, demonstrando a continuidade de Sua obra através da ressurreição (Atos 2.30-31).
1.5. Um Profeta Reconhecido
Após os milagres realizados por Jesus, como a multiplicação dos pães, o povo reconheceu Jesus como o profeta prometido (João 6.14; Lucas 7.16). Ele não era apenas um profeta que anunciava o futuro, mas o cumprimento das promessas de Deus. Seu ministério foi caracterizado por palavras poderosas e ações divinas que revelavam a chegada do Reino de Deus.
Os discípulos de Emaús, ao encontrarem Jesus após Sua ressurreição, disseram: "E nós esperávamos que fosse Ele quem redimisse Israel" (Lucas 24.19). Eles reconheciam em Jesus não apenas um profeta, mas o cumprimento das promessas de Deus. Assim, a identidade de Jesus como Profeta vai além de um simples portador da mensagem divina; Ele é a própria mensagem viva de Deus.
Conclusão:
A função profética de Jesus é uma das dimensões mais profundas de Sua obra. Ele não apenas falou de parte de Deus, mas Ele é a revelação plena de Deus em carne. Sua vida, ensinamentos, morte e ressurreição testemunham o cumprimento das promessas feitas aos profetas do Antigo Testamento. Jesus é o Profeta que Moisés previu, a Palavra encarnada que veio para libertar, prover, mediar e liderar a casa de Deus. Seu ministério profético continua a guiar a Igreja, sendo Ele o modelo perfeito de obediência a Deus e de revelação divina para o mundo.
Cristo, o Profeta
1. CRISTO, O PROFETA
A palavra "profeta" possui uma origem etimológica incerta, mas está comumente associada ao termo hebraico nabi', que significa "anunciar" ou "proclamar". No contexto bíblico, um profeta é alguém que fala em nome de Deus, trazendo mensagens divinas ao povo. Essa função é essencial tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e em ambos os casos, o profeta tem a responsabilidade de transmitir as palavras de Deus com fidelidade e autoridade.
O verbo profetizar é frequentemente derivado de nabi', com o significado de "borbulhar" ou "derramar", o que sugere que a profecia surge de maneira espontânea e poderosa, como algo que "borbulha" do Espírito de Deus no íntimo do profeta. Isso ilustra o caráter divino da mensagem transmitida, como algo que não pode ser contido, mas precisa ser proclamado.
1.1. Os Profetas Hebreus
Os profetas hebreus eram instrumentos de Deus para transmitir Sua vontade ao povo, frequentemente identificados por títulos como "homem de Deus", "servo do Deus vivo", e "embaixador do Senhor". Esses termos indicam a autoridade e a missão sagrada que os profetas possuíam. A mensagem deles frequentemente incluía o chamado ao arrependimento e a advertência sobre os juízos de Deus, mas também proclamava a promessa de restauração e salvação.
Exemplos claros dessa função podem ser encontrados em 2 Reis 4.21 (homem de Deus), Daniel 6.20 (servo do Deus vivo), e Isaías 61.1-3 (homem com o Espírito de Deus sobre si). Eles eram enviados para corrigir, guiar e anunciar tanto o futuro quanto a vontade de Deus para o presente. No entanto, mesmo sendo veículos da mensagem divina, esses profetas não conseguiam revelar a plenitude do plano divino, uma vez que, como humanos, estavam limitados em sua compreensão.
1.2. Jesus de Nazaré, a Profecia Encarnada
O conceito de "profeta" é elevado e cumprido plenamente em Jesus Cristo. Ele não foi apenas um mensageiro de Deus, mas a própria Palavra de Deus encarnada. O termo grego logos, usado por João no evangelho, é essencial para entender essa ideia. Em João 1.1-3, o evangelista descreve o logos (a Palavra) como sendo com Deus e sendo Deus, e é essa Palavra que se fez carne em Jesus, habitando entre nós.
Diferente dos profetas do Antigo Testamento, que eram mediadores da mensagem de Deus, Jesus é a manifestação completa e definitiva de Deus. Como o logos encarnado, Ele revela Deus de maneira plena, não somente por meio de palavras, mas por meio de Sua vida, ensinamentos, morte e ressurreição.
1.3. O Logos e a Profecia Encarnada
João utiliza o termo logos para descrever Jesus como a Palavra de Deus, por meio da qual todas as coisas foram criadas (João 1.3). A ideia de logos vai além de uma simples mensagem verbal; ela implica em uma revelação completa e total de Deus, que se dá a conhecer através da pessoa de Jesus. Assim, o ministério de Jesus é a culminação da profecia: Ele é a Palavra falada diretamente ao mundo, trazendo não apenas o conhecimento de Deus, mas também a possibilidade de um relacionamento direto com o Criador.
1.4. Um Profeta como Moisés
Jesus é frequentemente comparado a Moisés, um dos maiores profetas da história de Israel. No Antigo Testamento, Moisés profetizou que Deus levantaria um profeta semelhante a ele (Deuteronômio 18.15-22), e essa profecia foi cumprida em Jesus. Como Moisés, Jesus foi um libertador, um provedor, um mediador e um líder responsável pela casa de Deus.
- 1.4.1. Libertador: Moisés libertou Israel da escravidão no Egito, e Jesus veio para libertar os cativos do pecado e da morte (Lucas 4.18-19; João 8.36).
- 1.4.2. Provedor: Moisés forneceu maná no deserto, e Jesus se revela como o "pão da vida" (João 6.35), alimentando os famintos fisicamente e espiritualmente.
- 1.4.3. Mediador: Moisés foi o mediador da aliança da Lei, e Jesus é o Mediador da nova aliança, estabelecendo uma relação direta entre Deus e a humanidade (Lucas 22.20; Jeremias 31.31-34).
- 1.4.4. Responsável com a casa de Deus: Tanto Moisés quanto Jesus são líderes da casa de Deus, mas enquanto Moisés liderava uma nação teocrática, Jesus lidera a Igreja, que é o Israel espiritual (1 Coríntios 12.27).
- 1.4.5. Poupado por Deus: Deus preservou o corpo de Moisés após a morte, e não permitiu que o corpo de Jesus sofresse decomposição, demonstrando a continuidade de Sua obra através da ressurreição (Atos 2.30-31).
1.5. Um Profeta Reconhecido
Após os milagres realizados por Jesus, como a multiplicação dos pães, o povo reconheceu Jesus como o profeta prometido (João 6.14; Lucas 7.16). Ele não era apenas um profeta que anunciava o futuro, mas o cumprimento das promessas de Deus. Seu ministério foi caracterizado por palavras poderosas e ações divinas que revelavam a chegada do Reino de Deus.
Os discípulos de Emaús, ao encontrarem Jesus após Sua ressurreição, disseram: "E nós esperávamos que fosse Ele quem redimisse Israel" (Lucas 24.19). Eles reconheciam em Jesus não apenas um profeta, mas o cumprimento das promessas de Deus. Assim, a identidade de Jesus como Profeta vai além de um simples portador da mensagem divina; Ele é a própria mensagem viva de Deus.
Conclusão:
A função profética de Jesus é uma das dimensões mais profundas de Sua obra. Ele não apenas falou de parte de Deus, mas Ele é a revelação plena de Deus em carne. Sua vida, ensinamentos, morte e ressurreição testemunham o cumprimento das promessas feitas aos profetas do Antigo Testamento. Jesus é o Profeta que Moisés previu, a Palavra encarnada que veio para libertar, prover, mediar e liderar a casa de Deus. Seu ministério profético continua a guiar a Igreja, sendo Ele o modelo perfeito de obediência a Deus e de revelação divina para o mundo.
2. CRISTO, O SACERDOTE
Pode-se definir sacerdote como "um ministro autorizado para as coisas sagradas, especialmente aquele que oferece sacrifícios no altar e age como mediador entre o homem e Deus". Em outras palavras, trata-se de alguém designado especialmente para representar o Altíssimo diante do povo, e o povo diante do Altíssimo.
2.1. O sacerdócio nas religiões antigas
Embora o sacerdócio israelita possua características únicas e um propósito específico na Lei Mosaica, o texto bíblico também menciona figuras sacerdotais em outros contextos, como Potífera (Gn 41.45,50) e os sacerdotes dos filisteus (1Sm 5.5), fenícios (2 Rs 10.19), moabitas (Jr 48.7) e amonitas (Jr 49.3). Essas referências bíblicas, no entanto, não indicam, de si, a existência de uma classe sacerdotal organizada fora do contexto israelita.
2.2. A superioridade do sacerdócio de Cristo
Cristo foi superior a todos os sacerdotes da religião judaica por dois motivos principais. Primeiro, Ele, ao contrário de todos os anteriores, era imaculado (Hb 7.26). Em segundo lugar, Ele era tanto o grande sumo sacerdote (Hb 4.14) quanto o sacrifício perfeito que tornou obsoleto todos os demais (Hb 8.6; 10.12-14).
Jesus, o Filho de Deus, ocupava um papel sacerdotal superior ao da linhagem levítica: Ele pertencia à ordem de Melquisedeque (Hb 5.6). Ao contrário do sacerdócio levítico, que exigia sucessão e sacrifícios contínuos, o de Melquisedeque é destacado por sua singularidade e eternidade (SI 110.4), re- fletindo o caráter definitivo e insubstituível do ministério de Cristo (Hb 4.15).
2.3. Cristo, o Sacerdote sem pecado
Os sacerdotes do Antigo Testamento eram obrigados a oferecer sacrifícios tanto pelo povo quanto por si mesmos, pois também eram pecadores e precisavam de expiação (Lv 16.6). Em contraste, Jesus, o eterno sumo sacerdote perfeito e imaculado, não necessitava de propiciação pessoal. Por essa razão, Seu sacrifício foi único e definitivo, proporcionando justificação para toda a humanidade (1 Jo 2.2, 2 Co 5.21 e Cl 2.13-15).
2.4. Cristo, o Mediador entre Deus e os homens
A função sacerdotal de Cristo pode ser organizada em três etapas crescentes:
• sacrifício pelo pecado - a base da função sacerdotal de Cristo é Seu próprio sacrifício pelos pecados, algo que os sacerdotes do Antigo Testamento não podiam realizar;
• intercessão no céu - após Sua ascensão, Cristo intercede por Seu povo diante do Pai;
• mediação exclusiva - assim como o sumo sacerdote do Antigo Testamento servia de mediador entre Deus e Israel, Cristo, nosso eterno sumo sacerdote, faz a mediação entre o Pai e a humanidade; afinal, há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1Tm 2.5).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Cristo, o Sacerdote
2. CRISTO, O SACERDOTE
A função sacerdotal é uma das mais centrais no Antigo Testamento e permanece crucial na teologia cristã. O sacerdote é uma figura mediadora, responsável por interceder entre Deus e o povo, oferecendo sacrifícios em nome dos pecadores. No entanto, a obra sacerdotal de Jesus Cristo ultrapassa todas as anteriores, pois Ele é o sumo sacerdote perfeito, o único capaz de cumprir de forma plena e definitiva o papel de mediador entre Deus e a humanidade. Vamos explorar esse tema a partir de diferentes perspectivas bíblicas e teológicas.
2.1. O Sacerdócio nas Religiões Antigas
O sacerdócio é uma prática antiga, presente em muitas culturas além de Israel. No entanto, o sacerdócio de Israel tinha uma função única e específica, estabelecida pela Lei Mosaica. A Bíblia faz menção a figuras sacerdotais fora de Israel, como Potífera (Gênesis 41.45,50), sacerdote de Heliopólis no Egito, e sacerdotes de povos como os filisteus (1 Samuel 5.5), fenícios (2 Reis 10.19), moabitas (Jeremias 48.7), e amonitas (Jeremias 49.3). Contudo, essas referências não indicam um sacerdócio de tipo organizado ou com funções semelhantes ao sacerdócio israelita.
Em Israel, o sacerdócio tinha uma ordem e uma função muito específicas, estabelecidas por Deus, que se concentravam no serviço a Deus e na mediação entre Ele e o povo, especialmente por meio de sacrifícios de expiação.
2.2. A Superioridade do Sacerdócio de Cristo
O sacerdócio de Cristo é superior a todos os sacerdotes do Antigo Testamento por dois motivos teológicos fundamentais:
- A Imaculabilidade de Cristo: Os sacerdotes levíticos eram humanos e pecadores, necessitando de expiação tanto para si mesmos quanto para o povo (Levítico 16.6). Em contraste, Jesus, sendo o Filho de Deus, é imaculado, sem pecado, e portanto, não necessitava de sacrifício para si mesmo (Hebreus 7.26). Sua santidade é a base de Sua eficácia como sacerdote.
- O Sacrifício Perfeito e Definido: Jesus é, ao mesmo tempo, o grande sumo sacerdote (Hebreus 4.14) e o sacrifício perfeito (Hebreus 10.12-14). Ele não só realiza o sacrifício em favor dos pecadores, mas também é o próprio sacrifício, tornando obsoletos todos os outros sacrifícios anteriores, pois Sua morte é suficiente e eficaz para a redenção de toda a humanidade. A obra sacerdotal de Cristo não requer repetições; é uma obra definitiva e completa.
Além disso, Jesus pertence à ordem de Melquisedeque, conforme descrito em Salmo 110.4 e mencionado em Hebreus 5.6. A ordem de Melquisedeque é única e sem fim, refletindo a natureza eterna e singular do sacerdócio de Cristo, que não depende de linhagens ou sucessões como o sacerdócio levítico. Melquisedeque é uma figura misteriosa no Antigo Testamento, mas sua ordem é associada à ideia de um sacerdócio eterno e perfeito, que é cumprido em Cristo.
2.3. Cristo, o Sacerdote Sem Pecado
Os sacerdotes do Antigo Testamento eram pecadores, como qualquer outra pessoa, e, portanto, precisavam fazer sacrifícios por si mesmos antes de interceder pelo povo (Levítico 16.6). Jesus, sendo o sumo sacerdote perfeito, não necessitou de expiação pessoal, pois Ele não cometeu pecado algum. Seu sacrifício foi único e suficiente para a justificação de toda a humanidade. Como descrito em 1 João 2.2 e 2 Coríntios 5.21, Ele se fez pecado por nós, a fim de que, por meio de Seu sacrifício, pudéssemos ser reconciliados com Deus.
A perfeição de Cristo como sacerdote e sacrifício torna-se ainda mais clara ao compararmos Seu sacrifício com os sacrifícios repetidos do Antigo Testamento. Enquanto esses sacrifícios eram temporários e precisavam ser repetidos, o sacrifício de Cristo é definitivo e eterno.
2.4. Cristo, o Mediador entre Deus e os Homens
A função sacerdotal de Cristo pode ser descrita em três etapas principais, que refletem Sua mediação completa entre Deus e os homens:
- Sacrifício Pelo Pecado: O sacrifício de Cristo é a base de Sua função sacerdotal. Enquanto os sacerdotes do Antigo Testamento ofereciam sacrifícios de animais, o sacrifício de Jesus foi o sacrifício perfeito e eterno, que removeu os pecados de uma vez por todas. Ele se ofereceu como cordeiro imaculado, para tirar o pecado do mundo (João 1.29). Este sacrifício é um evento histórico único, mas com implicações eternas para a humanidade.
- Intercessão no Céu: Após Sua ascensão, Cristo intercede continuamente por nós diante de Deus. Ele não apenas fez o sacrifício, mas agora, como nosso sumo sacerdote eterno, intercede por aqueles que O aceitam como Senhor e Salvador. Essa intercessão é uma continuação do Seu ministério sacerdotal, como descrito em Romanos 8.34 e Hebreus 7.25.
- Mediação Exclusiva: Em 1 Timóteo 2.5, Paulo afirma que "há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem". A mediação de Cristo é exclusiva e essencial. Ele é o único que pode reconciliar o homem com Deus, pois Sua natureza divina e humana permite que Ele seja o único mediador capaz de representar a humanidade perante Deus e, ao mesmo tempo, representar Deus para os homens. Não há outro mediador, nem necessidade de mediadores humanos, pois Jesus é suficiente.
Conclusão:
O sacerdócio de Cristo é superior e único em todos os aspectos. Ele não é apenas um sacerdote que oferece sacrifícios, mas é o próprio sacrifício perfeito. Sua obra sacerdotal abrange desde o sacrifício pelo pecado até Sua intercessão constante no céu. Ele não só cumpre os requisitos da Lei, mas vai além, oferecendo um sacerdócio eterno e perfeito que garante a salvação de todos os que creem. Sua mediação entre Deus e os homens é única, exclusiva e definitiva, e a obra que Ele realizou nunca precisará ser repetida. O sacerdócio de Cristo é, portanto, a base da nossa justificação, reconciliação e relacionamento com Deus.
Cristo, o Sacerdote
2. CRISTO, O SACERDOTE
A função sacerdotal é uma das mais centrais no Antigo Testamento e permanece crucial na teologia cristã. O sacerdote é uma figura mediadora, responsável por interceder entre Deus e o povo, oferecendo sacrifícios em nome dos pecadores. No entanto, a obra sacerdotal de Jesus Cristo ultrapassa todas as anteriores, pois Ele é o sumo sacerdote perfeito, o único capaz de cumprir de forma plena e definitiva o papel de mediador entre Deus e a humanidade. Vamos explorar esse tema a partir de diferentes perspectivas bíblicas e teológicas.
2.1. O Sacerdócio nas Religiões Antigas
O sacerdócio é uma prática antiga, presente em muitas culturas além de Israel. No entanto, o sacerdócio de Israel tinha uma função única e específica, estabelecida pela Lei Mosaica. A Bíblia faz menção a figuras sacerdotais fora de Israel, como Potífera (Gênesis 41.45,50), sacerdote de Heliopólis no Egito, e sacerdotes de povos como os filisteus (1 Samuel 5.5), fenícios (2 Reis 10.19), moabitas (Jeremias 48.7), e amonitas (Jeremias 49.3). Contudo, essas referências não indicam um sacerdócio de tipo organizado ou com funções semelhantes ao sacerdócio israelita.
Em Israel, o sacerdócio tinha uma ordem e uma função muito específicas, estabelecidas por Deus, que se concentravam no serviço a Deus e na mediação entre Ele e o povo, especialmente por meio de sacrifícios de expiação.
2.2. A Superioridade do Sacerdócio de Cristo
O sacerdócio de Cristo é superior a todos os sacerdotes do Antigo Testamento por dois motivos teológicos fundamentais:
- A Imaculabilidade de Cristo: Os sacerdotes levíticos eram humanos e pecadores, necessitando de expiação tanto para si mesmos quanto para o povo (Levítico 16.6). Em contraste, Jesus, sendo o Filho de Deus, é imaculado, sem pecado, e portanto, não necessitava de sacrifício para si mesmo (Hebreus 7.26). Sua santidade é a base de Sua eficácia como sacerdote.
- O Sacrifício Perfeito e Definido: Jesus é, ao mesmo tempo, o grande sumo sacerdote (Hebreus 4.14) e o sacrifício perfeito (Hebreus 10.12-14). Ele não só realiza o sacrifício em favor dos pecadores, mas também é o próprio sacrifício, tornando obsoletos todos os outros sacrifícios anteriores, pois Sua morte é suficiente e eficaz para a redenção de toda a humanidade. A obra sacerdotal de Cristo não requer repetições; é uma obra definitiva e completa.
Além disso, Jesus pertence à ordem de Melquisedeque, conforme descrito em Salmo 110.4 e mencionado em Hebreus 5.6. A ordem de Melquisedeque é única e sem fim, refletindo a natureza eterna e singular do sacerdócio de Cristo, que não depende de linhagens ou sucessões como o sacerdócio levítico. Melquisedeque é uma figura misteriosa no Antigo Testamento, mas sua ordem é associada à ideia de um sacerdócio eterno e perfeito, que é cumprido em Cristo.
2.3. Cristo, o Sacerdote Sem Pecado
Os sacerdotes do Antigo Testamento eram pecadores, como qualquer outra pessoa, e, portanto, precisavam fazer sacrifícios por si mesmos antes de interceder pelo povo (Levítico 16.6). Jesus, sendo o sumo sacerdote perfeito, não necessitou de expiação pessoal, pois Ele não cometeu pecado algum. Seu sacrifício foi único e suficiente para a justificação de toda a humanidade. Como descrito em 1 João 2.2 e 2 Coríntios 5.21, Ele se fez pecado por nós, a fim de que, por meio de Seu sacrifício, pudéssemos ser reconciliados com Deus.
A perfeição de Cristo como sacerdote e sacrifício torna-se ainda mais clara ao compararmos Seu sacrifício com os sacrifícios repetidos do Antigo Testamento. Enquanto esses sacrifícios eram temporários e precisavam ser repetidos, o sacrifício de Cristo é definitivo e eterno.
2.4. Cristo, o Mediador entre Deus e os Homens
A função sacerdotal de Cristo pode ser descrita em três etapas principais, que refletem Sua mediação completa entre Deus e os homens:
- Sacrifício Pelo Pecado: O sacrifício de Cristo é a base de Sua função sacerdotal. Enquanto os sacerdotes do Antigo Testamento ofereciam sacrifícios de animais, o sacrifício de Jesus foi o sacrifício perfeito e eterno, que removeu os pecados de uma vez por todas. Ele se ofereceu como cordeiro imaculado, para tirar o pecado do mundo (João 1.29). Este sacrifício é um evento histórico único, mas com implicações eternas para a humanidade.
- Intercessão no Céu: Após Sua ascensão, Cristo intercede continuamente por nós diante de Deus. Ele não apenas fez o sacrifício, mas agora, como nosso sumo sacerdote eterno, intercede por aqueles que O aceitam como Senhor e Salvador. Essa intercessão é uma continuação do Seu ministério sacerdotal, como descrito em Romanos 8.34 e Hebreus 7.25.
- Mediação Exclusiva: Em 1 Timóteo 2.5, Paulo afirma que "há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem". A mediação de Cristo é exclusiva e essencial. Ele é o único que pode reconciliar o homem com Deus, pois Sua natureza divina e humana permite que Ele seja o único mediador capaz de representar a humanidade perante Deus e, ao mesmo tempo, representar Deus para os homens. Não há outro mediador, nem necessidade de mediadores humanos, pois Jesus é suficiente.
Conclusão:
O sacerdócio de Cristo é superior e único em todos os aspectos. Ele não é apenas um sacerdote que oferece sacrifícios, mas é o próprio sacrifício perfeito. Sua obra sacerdotal abrange desde o sacrifício pelo pecado até Sua intercessão constante no céu. Ele não só cumpre os requisitos da Lei, mas vai além, oferecendo um sacerdócio eterno e perfeito que garante a salvação de todos os que creem. Sua mediação entre Deus e os homens é única, exclusiva e definitiva, e a obra que Ele realizou nunca precisará ser repetida. O sacerdócio de Cristo é, portanto, a base da nossa justificação, reconciliação e relacionamento com Deus.
3. CRISTO, O GRANDE REI
Tanto no Antigo quanto Novo Testamento, há extensa referência sobre a realeza do Messias.
3.1. Referências ao Rei Jesus no Antigo Testamento
As Escrituras apresentam o Reino de Deus tanto em Sua governança atual (Sl 93.1) quanto no glorioso futuro domínio de Jesus (Sl 24.9).
Isaías destacou a vinda do Messias, um descendente de Davi, que traria justiça e paz (Is 9.6.7; 11.1-9). Jeremias previu um grande Rei que praticaria juízo e justiça, devido ao fracasso dos monarcas de Israel (Jr 23.5; 21.11.12). Daniel vislumbrou um Reino infindo ao qual todos os povos serviriam (Dn 7.14). Deus prometera a Davi um trono eterno, que se cumpriu em Jesus (2Sm 7.16). Miqueias previu o nascimento do Rei em Belém (Mq 5.2), e Zacarias descreveu Sua entrada humilde em Jerusalém (Zc 9.9).
3.2. Referências ao Rei Jesus no Novo Testamento
No anúncio do nascimento de Jesus, o anjo declarou que Ele receberia o trono de Davi e reinaria eternamente (Lc 1.32,33). Após Seu nascimento, magos do Oriente vieram adorá-lo como rei (Mt 2.2, 2.11). João Batista e Jesus proclamaram a iminência do Reino de Deus (Mt 3.2; 4.17). Na crucificação, uma placa identificava, ironicamente, o Nazareno como "Rei dos Judeus" (Jo 19.19,20). No Apocalipse, Jesus é retratado como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, triunfando sobre todos os inimigos e reinando para sempre (Ap 19.16; 11.15).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Cristo, o Grande Rei
A realeza de Cristo é um tema profundamente enraizado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e ela abrange um significado que vai além de uma simples posição de poder político ou governamental. A realeza de Cristo é transcendental, divina e tem implicações eternas para o Reino de Deus, para a humanidade e para o plano de salvação. Vamos explorar esse tema de forma profunda e teológica, analisando as várias referências bíblicas à realeza de Cristo.
3.1. Referências ao Rei Jesus no Antigo Testamento
A ideia de um Messias-Rei é claramente anunciada em várias profecias do Antigo Testamento, que estabelecem tanto Sua linhagem real quanto as características do Reino que Ele viria a estabelecer.
- Reino de Deus e Governança Atual: Em Salmos 93.1, vemos uma afirmação fundamental sobre o Reino de Deus: “O Senhor reina, está vestido de majestade”. O Senhor já reina soberanamente sobre o universo, e essa soberania divina seria, de forma mais específica e visível, manifestada na pessoa do Messias, o Rei prometido. A ideia do Reino de Deus é algo presente, mas também possui uma realização futura plena.
- Profecias Messiânicas em Isaías: Isaías, em seus escritos, destaca a figura do Messias-Rei de uma maneira significativa. Em Isaías 9.6-7, Ele é descrito como um “maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz”, alguém que governará com justiça e paz, estabelecendo um reino sem fim. Isaías 11.1-9 amplia essa visão, retratando o Messias como descendente de Davi que, ao estabelecer o Seu reino, trará uma restauração completa à criação, promovendo justiça, paz e harmonia, ao contrário do que se via nos reis falhos de Israel.
- Jeremias e o Rei Justo: Jeremias 23.5 e Jeremias 33.14-16 falam de um "Ramo justo", que será um rei que reinará com sabedoria, praticará juízo e justiça, e trará restauração a Israel. Este rei contrastará com os reis de Judá, que falharam em governar com justiça, apontando para Cristo como o Rei perfeito que restauraria o que foi perdido.
- Daniel e o Reino Eterno: Em Daniel 7.14, a visão de um reino eterno, dado ao "Filho do Homem", descreve um domínio absoluto que se estende sobre todos os povos, nações e línguas, o que é uma clara referência ao governo universal e eterno de Cristo. Este reino de Cristo é diferente dos reinos temporais e terrenos; ele é eterno e insubstituível.
- Promessa de um Trono Eterno a Davi: A promessa feita por Deus a Davi, em 2 Samuel 7.16, que seu trono seria estabelecido para sempre, encontra seu cumprimento em Jesus, que é descrito no Novo Testamento como o descendente de Davi que recebe o trono eterno, cumprindo a aliança que Deus fez com Davi.
- Miqueias e o Nascimento em Belém: Em Miqueias 5.2, a profecia descreve que o Messias nasceria em Belém, o que foi cumprido na vinda de Jesus. Ele é o Rei prometido que viria de uma cidade pequena, mas cujo impacto seria imenso, estabelecendo um governo de paz.
- Zacarias e a Entrada Humilde: Em Zacarias 9.9, a entrada de Jesus em Jerusalém é predita com uma imagem de humildade, montado em um jumento, algo que se cumpre em Sua entrada triunfal na cidade. Isso sublinha o caráter de Seu reinado, que não seria marcado pela ostentação, mas pela humildade e serviço.
3.2. Referências ao Rei Jesus no Novo Testamento
O Novo Testamento apresenta a realeza de Cristo não só como cumprimento das profecias do Antigo Testamento, mas também como o estabelecimento do Reino de Deus, que agora se encontra inaugurado em Sua pessoa, mas se consumará em Sua segunda vinda.
- O Anúncio do Nascimento de Jesus: No Evangelho de Lucas 1.32-33, o anjo Gabriel anuncia a Maria que seu filho será dado o "trono de Davi" e reinará "para sempre", cumprindo as promessas messiânicas de um rei eterno. Esse anúncio sublinha que o nascimento de Jesus não é apenas o início de uma vida, mas o cumprimento de uma promessa divina que traz consigo um reino eterno e de justiça.
- A Adoração dos Magos: Em Mateus 2.2, os magos vindos do Oriente proclamam: "Onde está aquele que é nascido Rei dos judeus?", e em Mateus 2.11, eles O adoram como Rei. Isso sublinha a verdade de que Jesus, desde o Seu nascimento, foi reconhecido como o Rei prometido, não apenas pelos judeus, mas por gentios que viriam adorá-Lo como o Rei universal.
- Proclamação do Reino de Deus: João Batista e Jesus proclamaram a iminência do Reino de Deus, com Mateus 3.2 e Mateus 4.17 anunciando a chegada desse Reino. O reinado de Cristo não é apenas uma futura realidade, mas uma realidade presente, iniciada com Sua primeira vinda e continuada na proclamação de Seu evangelho.
- A Crucificação e a Placa "Rei dos Judeus": Durante Sua crucificação, Jesus é ironicamente chamado de "Rei dos Judeus" (João 19.19-20). Embora isso tenha sido uma zombaria por parte dos romanos, a verdade profunda é que Jesus, de fato, era e é o Rei dos judeus e de todas as nações. Sua cruz, longe de ser um sinal de derrota, é o trono onde Ele exerce Sua soberania, revelando a natureza paradoxal de Seu reinado, que é alcançado através do sofrimento e da morte.
- Apocalipse e o Triunfo de Cristo: O livro de Apocalipse retrata Jesus de maneira explícita como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Em Apocalipse 19.16, Ele é proclamado com esse título, o que simboliza Sua autoridade suprema sobre todo o universo. O Apocalipse também descreve a vitória de Cristo sobre os inimigos e o estabelecimento final de Seu reinado eterno e glorioso.
- A Vitória de Cristo e o Reino Eterno: Em Apocalipse 11.15, a voz no céu proclama: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre." Isso aponta para o cumprimento final do Reino de Deus, onde a soberania de Cristo será reconhecida em toda a criação, e Ele governará eternamente.
Conclusão:
A realeza de Cristo é multifacetada e profunda, abrangendo desde o cumprimento das promessas messiânicas do Antigo Testamento até a realidade do Reino de Deus presente e futuro. Ele é o Rei prometido que estabelece um reino de justiça, paz e santidade, governando com sabedoria e autoridade divina. Seu reinado não é de poder político, mas de transformação espiritual, e sua soberania se estende sobre todos os povos, nações e línguas. Sua entrada em Jerusalém, sua morte na cruz e Seu reinado eterno nos Apocalipses são provas de que Ele é o Rei dos reis, que, através de Seu sacrifício, inaugurou Seu reino, que se consumará com a Sua segunda vinda.
Cristo, o Grande Rei
A realeza de Cristo é um tema profundamente enraizado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e ela abrange um significado que vai além de uma simples posição de poder político ou governamental. A realeza de Cristo é transcendental, divina e tem implicações eternas para o Reino de Deus, para a humanidade e para o plano de salvação. Vamos explorar esse tema de forma profunda e teológica, analisando as várias referências bíblicas à realeza de Cristo.
3.1. Referências ao Rei Jesus no Antigo Testamento
A ideia de um Messias-Rei é claramente anunciada em várias profecias do Antigo Testamento, que estabelecem tanto Sua linhagem real quanto as características do Reino que Ele viria a estabelecer.
- Reino de Deus e Governança Atual: Em Salmos 93.1, vemos uma afirmação fundamental sobre o Reino de Deus: “O Senhor reina, está vestido de majestade”. O Senhor já reina soberanamente sobre o universo, e essa soberania divina seria, de forma mais específica e visível, manifestada na pessoa do Messias, o Rei prometido. A ideia do Reino de Deus é algo presente, mas também possui uma realização futura plena.
- Profecias Messiânicas em Isaías: Isaías, em seus escritos, destaca a figura do Messias-Rei de uma maneira significativa. Em Isaías 9.6-7, Ele é descrito como um “maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz”, alguém que governará com justiça e paz, estabelecendo um reino sem fim. Isaías 11.1-9 amplia essa visão, retratando o Messias como descendente de Davi que, ao estabelecer o Seu reino, trará uma restauração completa à criação, promovendo justiça, paz e harmonia, ao contrário do que se via nos reis falhos de Israel.
- Jeremias e o Rei Justo: Jeremias 23.5 e Jeremias 33.14-16 falam de um "Ramo justo", que será um rei que reinará com sabedoria, praticará juízo e justiça, e trará restauração a Israel. Este rei contrastará com os reis de Judá, que falharam em governar com justiça, apontando para Cristo como o Rei perfeito que restauraria o que foi perdido.
- Daniel e o Reino Eterno: Em Daniel 7.14, a visão de um reino eterno, dado ao "Filho do Homem", descreve um domínio absoluto que se estende sobre todos os povos, nações e línguas, o que é uma clara referência ao governo universal e eterno de Cristo. Este reino de Cristo é diferente dos reinos temporais e terrenos; ele é eterno e insubstituível.
- Promessa de um Trono Eterno a Davi: A promessa feita por Deus a Davi, em 2 Samuel 7.16, que seu trono seria estabelecido para sempre, encontra seu cumprimento em Jesus, que é descrito no Novo Testamento como o descendente de Davi que recebe o trono eterno, cumprindo a aliança que Deus fez com Davi.
- Miqueias e o Nascimento em Belém: Em Miqueias 5.2, a profecia descreve que o Messias nasceria em Belém, o que foi cumprido na vinda de Jesus. Ele é o Rei prometido que viria de uma cidade pequena, mas cujo impacto seria imenso, estabelecendo um governo de paz.
- Zacarias e a Entrada Humilde: Em Zacarias 9.9, a entrada de Jesus em Jerusalém é predita com uma imagem de humildade, montado em um jumento, algo que se cumpre em Sua entrada triunfal na cidade. Isso sublinha o caráter de Seu reinado, que não seria marcado pela ostentação, mas pela humildade e serviço.
3.2. Referências ao Rei Jesus no Novo Testamento
O Novo Testamento apresenta a realeza de Cristo não só como cumprimento das profecias do Antigo Testamento, mas também como o estabelecimento do Reino de Deus, que agora se encontra inaugurado em Sua pessoa, mas se consumará em Sua segunda vinda.
- O Anúncio do Nascimento de Jesus: No Evangelho de Lucas 1.32-33, o anjo Gabriel anuncia a Maria que seu filho será dado o "trono de Davi" e reinará "para sempre", cumprindo as promessas messiânicas de um rei eterno. Esse anúncio sublinha que o nascimento de Jesus não é apenas o início de uma vida, mas o cumprimento de uma promessa divina que traz consigo um reino eterno e de justiça.
- A Adoração dos Magos: Em Mateus 2.2, os magos vindos do Oriente proclamam: "Onde está aquele que é nascido Rei dos judeus?", e em Mateus 2.11, eles O adoram como Rei. Isso sublinha a verdade de que Jesus, desde o Seu nascimento, foi reconhecido como o Rei prometido, não apenas pelos judeus, mas por gentios que viriam adorá-Lo como o Rei universal.
- Proclamação do Reino de Deus: João Batista e Jesus proclamaram a iminência do Reino de Deus, com Mateus 3.2 e Mateus 4.17 anunciando a chegada desse Reino. O reinado de Cristo não é apenas uma futura realidade, mas uma realidade presente, iniciada com Sua primeira vinda e continuada na proclamação de Seu evangelho.
- A Crucificação e a Placa "Rei dos Judeus": Durante Sua crucificação, Jesus é ironicamente chamado de "Rei dos Judeus" (João 19.19-20). Embora isso tenha sido uma zombaria por parte dos romanos, a verdade profunda é que Jesus, de fato, era e é o Rei dos judeus e de todas as nações. Sua cruz, longe de ser um sinal de derrota, é o trono onde Ele exerce Sua soberania, revelando a natureza paradoxal de Seu reinado, que é alcançado através do sofrimento e da morte.
- Apocalipse e o Triunfo de Cristo: O livro de Apocalipse retrata Jesus de maneira explícita como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Em Apocalipse 19.16, Ele é proclamado com esse título, o que simboliza Sua autoridade suprema sobre todo o universo. O Apocalipse também descreve a vitória de Cristo sobre os inimigos e o estabelecimento final de Seu reinado eterno e glorioso.
- A Vitória de Cristo e o Reino Eterno: Em Apocalipse 11.15, a voz no céu proclama: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre." Isso aponta para o cumprimento final do Reino de Deus, onde a soberania de Cristo será reconhecida em toda a criação, e Ele governará eternamente.
Conclusão:
A realeza de Cristo é multifacetada e profunda, abrangendo desde o cumprimento das promessas messiânicas do Antigo Testamento até a realidade do Reino de Deus presente e futuro. Ele é o Rei prometido que estabelece um reino de justiça, paz e santidade, governando com sabedoria e autoridade divina. Seu reinado não é de poder político, mas de transformação espiritual, e sua soberania se estende sobre todos os povos, nações e línguas. Sua entrada em Jerusalém, sua morte na cruz e Seu reinado eterno nos Apocalipses são provas de que Ele é o Rei dos reis, que, através de Seu sacrifício, inaugurou Seu reino, que se consumará com a Sua segunda vinda.
CONCLUSÃO
Os ofícios exercidos por Cristo no decurso de Seu ministério terreno exemplificam o que Seus seguidores devem ser: profetas, sacerdotes e reis.
Somos porta-vozes de Deus neste mundo; significa dizer que somos, também, Seus profetas. Além disso, somos Seus sacerdotes quando, em oração, intercedemos uns pelos outros (1 Pe 2.5). Por fim, podemos ser considerados reis em Cristo, porque assim é declarado acerca dos santos: Tu fizeste com que essas pessoas fossem um reino de sacerdotes que servem ao nosso Deus; e elas governarão o mundo inteiro (Ap 5.10).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os Ofícios de Cristo e a Vocação dos Cristãos como Profetas, Sacerdotes e Reis
A vocação dos cristãos é amplamente representada pelos três ofícios de Cristo: profeta, sacerdote e rei. Cada um desses ofícios exemplifica aspectos essenciais da missão de Jesus e, ao mesmo tempo, serve de modelo para a vida e o chamado dos Seus seguidores. Ao examinar os ofícios de Cristo e a maneira como Ele os cumpriu em Seu ministério terreno, podemos entender como cada um desses papéis se aplica à vida cristã cotidiana e ao propósito de Deus para Seu povo.
1. Cristo como Profeta: Porta-Voz de Deus
Jesus, como o Profeta por excelência, foi aquele que falou em nome de Deus, trazendo a mensagem divina ao Seu povo e revelando a vontade de Deus para a humanidade. Sua missão profética não se limitou a prever o futuro, mas envolveu declarar a verdade de Deus, confrontar a hipocrisia religiosa e mostrar o caminho para a salvação.
Referências Bíblicas:
- Deuteronômio 18.15-19: Moisés profetizou sobre o surgimento de um Profeta semelhante a ele, que seria levantado por Deus, e sobre quem o povo deveria ouvir. Jesus é esse Profeta, que traz não apenas a palavra de Deus, mas a própria revelação de Deus em Sua pessoa.
- João 14.9: Jesus declara: "Quem me vê, vê o Pai", revelando que Ele é a manifestação plena de Deus.
Para os cristãos, ser profeta implica viver como porta-vozes de Deus no mundo. Os seguidores de Cristo são chamados a proclamar a verdade de Deus, anunciar Sua salvação e denunciar o pecado, sendo testemunhas vivas de Sua Palavra. Isso não significa apenas pregar em púlpitos, mas viver e falar a verdade de Cristo em todos os aspectos da vida, representando Deus em um mundo que carece de Sua luz.
Exemplo Prático: Como profetas, os cristãos são chamados a ser a voz de Deus no mundo, anunciando a verdade bíblica, ensinando a moral cristã e confrontando as injustiças com a palavra de Deus, assim como Jesus fez durante Seu ministério terreno.
2. Cristo como Sacerdote: Intercessor e Mediador
Jesus não apenas cumpriu o papel de profeta, mas também o de sacerdote. No Antigo Testamento, os sacerdotes eram mediadores entre Deus e o povo, oferecendo sacrifícios para expiação dos pecados. Contudo, o sacerdócio de Cristo é superior, pois Ele mesmo é o sacrifício perfeito, oferecido de uma vez por todas para a salvação de toda a humanidade.
Referências Bíblicas:
- Hebreus 4.14-16: Jesus é descrito como o grande sumo sacerdote, que, sem pecado, pode interceder por nós diante de Deus. Ele não precisou oferecer sacrifícios por Si mesmo, mas ofereceu a Si mesmo como sacrifício, sendo a intercessão perfeita.
- 1 João 2.1-2: Jesus é descrito como o nosso advogado diante de Deus, intercedendo por nós como o único mediador entre Deus e os homens.
Como sacerdotes em Cristo, os cristãos são chamados a interceder uns pelos outros. Em oração, os crentes devem apresentar suas petições, mas também interceder em favor dos outros, como Cristo fez por nós. Isso envolve não apenas orações pessoais, mas também a prática do ministério de reconciliação, ajudando os outros a se aproximarem de Deus.
Exemplo Prático: O cristão é um sacerdote que, por meio da oração, intercede pela salvação dos outros, ora pelos necessitados e trabalha pela restauração do relacionamento entre Deus e as pessoas. A vida de oração e a intercessão são centrais para a vida cristã, assim como Jesus intercedeu por Seus discípulos e pela humanidade.
3. Cristo como Rei: Governando com Justiça e Poder
O papel de Cristo como Rei é uma parte vital do Seu ministério. Ele reina sobre todos os aspectos da criação, não com força opressiva, mas com a autoridade de quem venceu o pecado e a morte, e com o poder de transformar corações. Seu reinado é caracterizado por justiça, paz e verdade, e Ele governará eternamente.
Referências Bíblicas:
- Apocalipse 5.10: Os redimidos são proclamados como um "reino de sacerdotes" que reinarão com Cristo. Esse é um reinado não apenas futuro, mas presente, pois, em Cristo, os crentes já têm a posição de governantes espirituais em Seu Reino.
- Mateus 28.18: Jesus, ao ressuscitar, declara: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra." Seu reinado é absoluto e universal, refletindo Sua autoridade como o Rei dos reis.
Como reis em Cristo, os cristãos são chamados a governar de acordo com os princípios de Seu Reino, que são marcados pela justiça, misericórdia e verdade. O domínio cristão não é físico ou político, mas espiritual. Os cristãos devem governar suas próprias vidas de acordo com a vontade de Deus e, ao mesmo tempo, servir como embaixadores do Reino de Deus, influenciando o mundo ao seu redor para Cristo.
Exemplo Prático: O cristão, como rei, deve viver uma vida de autoridade espiritual, resistindo ao pecado e governando com sabedoria, humildade e justiça. Esse reinado inclui o chamado para influenciar a sociedade e os ambientes nos quais estamos inseridos, promovendo os valores do Reino de Deus, como justiça, paz e misericórdia.
Conclusão: A Vocação Cristã como Profetas, Sacerdotes e Reis
Os ofícios de Cristo de profeta, sacerdote e rei são exemplos que os cristãos devem seguir. Ser um profeta é ser um porta-voz de Deus, proclamando Sua verdade ao mundo; ser um sacerdote é viver em intercessão por outros, levando as necessidades humanas a Deus e medindo a graça de Cristo; e ser um rei é viver sob a autoridade de Cristo, governando a própria vida com justiça e promovendo a verdade de Seu Reino. Esses ofícios não são apenas para um grupo seleto, mas fazem parte da vocação universal dos cristãos, como aqueles que foram chamados para refletir Cristo em um mundo que precisa de Sua verdade, graça e autoridade.
Os Ofícios de Cristo e a Vocação dos Cristãos como Profetas, Sacerdotes e Reis
A vocação dos cristãos é amplamente representada pelos três ofícios de Cristo: profeta, sacerdote e rei. Cada um desses ofícios exemplifica aspectos essenciais da missão de Jesus e, ao mesmo tempo, serve de modelo para a vida e o chamado dos Seus seguidores. Ao examinar os ofícios de Cristo e a maneira como Ele os cumpriu em Seu ministério terreno, podemos entender como cada um desses papéis se aplica à vida cristã cotidiana e ao propósito de Deus para Seu povo.
1. Cristo como Profeta: Porta-Voz de Deus
Jesus, como o Profeta por excelência, foi aquele que falou em nome de Deus, trazendo a mensagem divina ao Seu povo e revelando a vontade de Deus para a humanidade. Sua missão profética não se limitou a prever o futuro, mas envolveu declarar a verdade de Deus, confrontar a hipocrisia religiosa e mostrar o caminho para a salvação.
Referências Bíblicas:
- Deuteronômio 18.15-19: Moisés profetizou sobre o surgimento de um Profeta semelhante a ele, que seria levantado por Deus, e sobre quem o povo deveria ouvir. Jesus é esse Profeta, que traz não apenas a palavra de Deus, mas a própria revelação de Deus em Sua pessoa.
- João 14.9: Jesus declara: "Quem me vê, vê o Pai", revelando que Ele é a manifestação plena de Deus.
Para os cristãos, ser profeta implica viver como porta-vozes de Deus no mundo. Os seguidores de Cristo são chamados a proclamar a verdade de Deus, anunciar Sua salvação e denunciar o pecado, sendo testemunhas vivas de Sua Palavra. Isso não significa apenas pregar em púlpitos, mas viver e falar a verdade de Cristo em todos os aspectos da vida, representando Deus em um mundo que carece de Sua luz.
Exemplo Prático: Como profetas, os cristãos são chamados a ser a voz de Deus no mundo, anunciando a verdade bíblica, ensinando a moral cristã e confrontando as injustiças com a palavra de Deus, assim como Jesus fez durante Seu ministério terreno.
2. Cristo como Sacerdote: Intercessor e Mediador
Jesus não apenas cumpriu o papel de profeta, mas também o de sacerdote. No Antigo Testamento, os sacerdotes eram mediadores entre Deus e o povo, oferecendo sacrifícios para expiação dos pecados. Contudo, o sacerdócio de Cristo é superior, pois Ele mesmo é o sacrifício perfeito, oferecido de uma vez por todas para a salvação de toda a humanidade.
Referências Bíblicas:
- Hebreus 4.14-16: Jesus é descrito como o grande sumo sacerdote, que, sem pecado, pode interceder por nós diante de Deus. Ele não precisou oferecer sacrifícios por Si mesmo, mas ofereceu a Si mesmo como sacrifício, sendo a intercessão perfeita.
- 1 João 2.1-2: Jesus é descrito como o nosso advogado diante de Deus, intercedendo por nós como o único mediador entre Deus e os homens.
Como sacerdotes em Cristo, os cristãos são chamados a interceder uns pelos outros. Em oração, os crentes devem apresentar suas petições, mas também interceder em favor dos outros, como Cristo fez por nós. Isso envolve não apenas orações pessoais, mas também a prática do ministério de reconciliação, ajudando os outros a se aproximarem de Deus.
Exemplo Prático: O cristão é um sacerdote que, por meio da oração, intercede pela salvação dos outros, ora pelos necessitados e trabalha pela restauração do relacionamento entre Deus e as pessoas. A vida de oração e a intercessão são centrais para a vida cristã, assim como Jesus intercedeu por Seus discípulos e pela humanidade.
3. Cristo como Rei: Governando com Justiça e Poder
O papel de Cristo como Rei é uma parte vital do Seu ministério. Ele reina sobre todos os aspectos da criação, não com força opressiva, mas com a autoridade de quem venceu o pecado e a morte, e com o poder de transformar corações. Seu reinado é caracterizado por justiça, paz e verdade, e Ele governará eternamente.
Referências Bíblicas:
- Apocalipse 5.10: Os redimidos são proclamados como um "reino de sacerdotes" que reinarão com Cristo. Esse é um reinado não apenas futuro, mas presente, pois, em Cristo, os crentes já têm a posição de governantes espirituais em Seu Reino.
- Mateus 28.18: Jesus, ao ressuscitar, declara: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra." Seu reinado é absoluto e universal, refletindo Sua autoridade como o Rei dos reis.
Como reis em Cristo, os cristãos são chamados a governar de acordo com os princípios de Seu Reino, que são marcados pela justiça, misericórdia e verdade. O domínio cristão não é físico ou político, mas espiritual. Os cristãos devem governar suas próprias vidas de acordo com a vontade de Deus e, ao mesmo tempo, servir como embaixadores do Reino de Deus, influenciando o mundo ao seu redor para Cristo.
Exemplo Prático: O cristão, como rei, deve viver uma vida de autoridade espiritual, resistindo ao pecado e governando com sabedoria, humildade e justiça. Esse reinado inclui o chamado para influenciar a sociedade e os ambientes nos quais estamos inseridos, promovendo os valores do Reino de Deus, como justiça, paz e misericórdia.
Conclusão: A Vocação Cristã como Profetas, Sacerdotes e Reis
Os ofícios de Cristo de profeta, sacerdote e rei são exemplos que os cristãos devem seguir. Ser um profeta é ser um porta-voz de Deus, proclamando Sua verdade ao mundo; ser um sacerdote é viver em intercessão por outros, levando as necessidades humanas a Deus e medindo a graça de Cristo; e ser um rei é viver sob a autoridade de Cristo, governando a própria vida com justiça e promovendo a verdade de Seu Reino. Esses ofícios não são apenas para um grupo seleto, mas fazem parte da vocação universal dos cristãos, como aqueles que foram chamados para refletir Cristo em um mundo que precisa de Sua verdade, graça e autoridade.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais foram os três ofícios exercidos por Cristo em Seu ministério terreno?
R.: Profeta, sacerdote e rei.
Fonte: Central Gospel
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - ANO 1- N° 3
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EBD | 4° Trimestre De 2024 | CENTRAL GOSPEL – Revista Adultos e Jovens – A Excelência do Ministério de Cristo - ANO 01 - Nº3 | Escola Bíblica Dominical |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
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