TEXTO ÁUREO E disse: Na minha angústia, clamei ao Senhor, , e ele me respondeu.” Jonas 2.2a VERDADE APLICADA Mesmo que pareça absurdo ou dif...
TEXTO ÁUREO
E disse: Na minha angústia, clamei ao Senhor, , e ele me respondeu.” Jonas 2.2a
VERDADE APLICADA
Mesmo que pareça absurdo ou diferente do que pensamos, devemos ser obedientes ao chamado divino.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
TEXTOS DE REFERÊNCIA – JONAS 1
LEITURAS COMPLEMENTARES
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore a Deus por mais misericórdia e compaixão pelo próximo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O profeta Jonas fugiu do chamado de Deus para pregar aos ninivitas, achando ser possível tal coisa, pois em seu coração achava que aquele povo não merecia ser poupado do castigo divino, caso viessem a se arrepender.
PONTO DE PARTIDA
Devemos ser obedientes ao chamado divino.
1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JONAS
Nínive era capital do reino da Assíria na antiga Mesopotâmia, atualmente ela encontra-se no norte do Iraque. Era uma cidade de muitas imoralidades e exploração de pessoas com o trabalho escravo, além do estilo de vida violento, cruel e desumano [Na 3.1]. Nesse cenário, onde todo o tipo de barbaridade imperava, somado ao forte antagonismo entre Nínive e Jerusalém, Deus envia o profeta Jonas como Seu mensageiro para anunciar o julgamento divino contra aquele povo.
1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta. O nome Jonas significa “pomba”. Isso pode ser uma analogia de sua missão como mensageiro, da mesma forma como esse animal era usado em épocas remotas para levar mensagens entre pessoas em terras distantes. Jonas era filho de Amitai [Jn 1.1 ] e natural de uma pequena vila de Gade-Hefer [2Rs 14.25], no distrito de Zebulom. Essa área era conhecida pela pluralidade de povos e suas diversidades culturais e religiosas. Segundo alguns estudiosos, estar familiarizado com costumes pagãos e tão avessos aos costumes de seu povo, teria sido uma estratégia divina para enviar Jonas à cidade de Nínive como Seu mensageiro.
Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 297): “Não sabemos se Jonas escreveu, ou se foi outra pessoa que o fez. Mas a história é sobre “Jonas, filho de Amitai”, um profeta galileu, de uma aldeia próxima a Nazaré. Este mesmo “Jonas, filho de Amitai” é identificado como um profeta que apoiou os sucessivos esforços do rei Jeroboão para expandir as fronteiras de Israel no final dos anos 700 a.C. [2Rs 14.25]. (…) A afirmação de que Nínive “era” uma grande cidade [Jn 3.3] sugeriria que o livro foi escrito depois que a Babilônia destruiu a cidade, em 612 a.C.”
1.2. A mensagem do profeta. A mensagem do profeta era, em sua essência, absolutamente condenatória. Ele deveria informar aquele povo sobre a ira de Deus como resultado de suas ações pecaminosas e perversas. Na fala do profeta há um tempo determinado por Deus para que a cidade de Nínive fosse destruída: “E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.” [Jn 3.4]. Uma mensagem breve, simples e objetiva. Uma mensagem sem rodeios, justificativas ou exceções, possivelmente tenha sido essa a fórmula que a tornou tão eficaz.
Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betei Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 27): “A cidade de Nínive era uma das mais importantes cidades da época [Jn 3.2], ficava situada às margens do Rio Tigre e foi edificada por Ninrode [Gn 10.11]. Tornou-se capital do Império Assírio por ordem de Senaqueribe em 681 a.C. O profeta Naum profetizou a sua destruição, que veio a acontecer em 612 a.C. através dos medos e persas. (…) “Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida”. Esta era a única palavra que Jonas tinha para aquele povo que Deus tanto amava, palavra incondicional, apocalíptica e de desgraça total.”
1.3. A resistência de Jonas ao chamado. Deus disse a Jonas: “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu mim.” [Jn 1.2], Humanamente falando, não é difícil entender por que essa não foi uma tarefa fácil de cumprir. Assim como Oséias e outros profetas, Jonas também teve uma missão desafiadora. Ele precisava ir ao “território inimigo” e pregar uma mensagem de destruição a um povo poderoso e violento. Como já dito anteriormente, a truculência daquele povo era o que os mantinha no poder e no domínio de outras nações. O medo e a barbárie eram as ferramentas de dominação dos assírios. Como enfrentar esse povo em seu território e ainda com uma mensagem que anunciava o seu extermínio?
Desmond Alexander (Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias – Introdução e comentário, Vida Nova, 2001, p. 113) comenta sobre a fuga de Jonas: “A reação de Jonas é imediata: o verbo inicial (…) “ele se levantou”, corresponde ao imperativo inicial da ordem divina. Entretanto, as palavras seguintes revelam de modo impressionante que Jonas, na verdade, não tem nenhuma intenção de obedecer às instruções de Deus. Convocado para ir em direção ao oriente, ele prefere fugir na direção oposta. O destino de sua escolha é a cidade de Társis (localizada provavelmente no sudoeste da Espanha).” C D
EU ENSINEI QUE:
Muitos resistem ao chamado de Deus. Contudo, Deus continua nos chamando ao serviço de anunciar a mensagem de Boas Novas.
2- A FUGA DO PROFETA
Mediante ao desafio da missão que recebera de Deus, Jonas elaborou um plano para que pudesse se eximir, evitando um confronto com o Senhor. Em sua limitação, julgou haver a possibilidade de não cum prir aquele cham ado sem maiores prejuízos pessoais. A fuga para um lugar longe de toda aquela missão impossível aos seus olhos, foi o ingênuo plano do profeta [Jn 1.3].
2.1. Jonas e o grande peixe. O fato de algumas traduções do texto bíblico usarem a palavra “baleia”, ao invés de grande peixe, como em outras traduções, tem sido motivo de grandes discussões, erros e muito ceticismo entre as pessoas. De acordo com alguns dicionários gregos, a palavra grega subjacente, que é traduzida como “baleia”, é a palavra ketos e é definida amplamente como “uma grande criatura marinha” (NEWMAN, 1971, p. 100), “monstro marinho” (DANKER, et al„ 2000, p. 544), ou “peixe enorme” (VINE, 1952, p. 209). Entretanto, o fato mais importante a ser ressaltado é que não importa o quão longe o homem esteja de Deus e de Sua vontade, ainda assim o Senhor poderá alcançá-lo e trazê-lo novamente para junto de Si [SI 139.9-10].
R. N. Champlin: “Yaweh, porém, não tinha rompido definitivam ente com Seu profeta. Ele nomeou um grande peixe (tradicionalmente uma baleia) para que cuidasse de Jonas. E o grande peixe engoliu o pobre Jonas, aumentando assim a duração da sua vida. No ventre do grande peixe, Jonas podia sobreviver por mais tempo do que dentro da água.”
2.2. A segunda chamada de Jonas. Jonas, arrependido, orou e Deus ouviu a sua oração: “E disse: Na minha angústia, clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.” [Jn 2.2], Uma vez que o Senhor havia lhe poupado a vida, o profeta tem a oportunidade de retomar os planos iniciais do seu ministério; que eram os planos de Deus e não os seus. Depois que o grande peixe vomitou o profeta em terra firme, ele ouviu pela segunda vez a ordem divina para ir a Nínive [Jn 3.1-2]. Apesar dos imprevistos vividos por Jonas, o local, os destinatários e a mensagem eram as mesmas. Nada foi alterado por causa dos temores ou da incompreensão de Jonas.
Myer Pearlman (Através da Bíblia – Editora Vida); “Os ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humana e parte peixe. Acreditavam que Dagom tinha saído do mar, fundado sua nação e que enviava para eles mensageiros do mar de tempos em tempos. Se Deus, pois, lhes houvesse de enviar um pregador, nada mais razoável que trouxesse seu plano a nível de conhecimento dos assírios, mandando-lhes um profeta que saiu do mar.”
2.3. O arrependimento em Nínive. Ao ouvir a mensagem, todo o povo creu em Deus, humilhando-se e jejuando, mostrando arrependimento por suas más ações. Do rei até o mais carente do povo, incluindo os animais, todos ficaram cobertos de roupas de sacos e sobre cinzas [Jn 3.5-9]. O improvável, aos olhos do profeta, aconteceu: a perversa, imoral e idólatra Nínive se arrependeu e se converteu. A pregação de Jonas resultou em um grande avivamento naquele lugar, pois mais de cento e vinte e mil pessoas voltaram-se para Deus, ouvindo uma mensagem de sete palavras: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” [Jn 3.4]. Nem entre o seu povo, Jonas tinha presenciado tamanho feito, já que repetidas vezes foi dito a respeito dos dezenove reis idólatras de Israel: “…e fez o que parecia mal aos olhos do Senhor”.
Esdras Bentho & Reginaldo Placido (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 538) comentam sobre o milagre do arrependimento de Nínive [Jn 3.5-9]: “Os ninivitas deram crédito à mensagem de Jonas, da parte de Deus, reconhecendo Yahweh como o Deus verdadeiro. (…) O arrependimento de Nínive não foi parcial; todas as classes sociais participaram, do menor ao maior. (…) O único fundamento que descansava a sua fé era o fato de Deus ter enviado quem os prevenisse, em vez de destruí-los de uma vez; isso sugeriu- -lhes uma possibilidade de perdão.”
EU ENSINEI QUE:
A missão do servo de Deus é anunciar a Sua Palavra para que o Espirito Santo convença o pecador do juízo e da justiça divina, capacitando-o a crer na salvação em Jesus.
3- JONAS PARA HOJE
Mesmo pessoas que nunca leram a Bíblia já ouviram falar de Jonas em algum momento, sabem alguma coisa a respeito desse profeta, nem que seja sobre ele e a “baleia”. Assim como Jonas, de alguma maneira também já tentamos fugir dos propósitos e das ordens de Deus para cumprir nossa missão.
3.1. O poder de Deus. O livro do profeta Jonas evidencia de forma extraordinária, inquestionável e inequívoca o poder de Deus. A experiência vivenciada pelo profeta demonstrou o poder de Deus sobre a natureza quando enviou a tempestade [Jn 1.4] e a acalmou [Jn 1.15]; também ao enviar o grande peixe para resgatá-lo e ao devolvê-lo em segurança na praia [Jn 1.17; 2.10]; da mesma forma quando acelerou o crescimento de uma planta, a aboboreira, e usou um verme para destruí-la numa demonstração pedagógica de que nada foge ao Seu controle [Jn 4.6], O salmista teve essa compreensão ao escrever: “Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir.” [SI 139.5-6]. O Senhor é o Deus Todo-Poderoso que fez os céus, o mar e a terra [Jn 1.9]; apesar de todo poder, é um Deus misericordioso e compassivo, sempre pronto a reconciliar-se com o homem mediante ao seu arrependimento [Jn 4.2b].
R. N. Champlin: “Yaweh-Elohim (o Deus Eterno e Todo-Poderoso) exerceu Seu controle sobre a natureza, fazendo crescer uma espetacular planta de “cuia” (conforme dizem algumas versões), a qual deu a Jonas sombra e abrigo. Tornou-se essa planta outro fato da misericórdia de Deus, o tema do cântico de Jonas. O pobre Jonas sentia- -se mais confortável em sua miséria, enquanto a cuia bloqueava os raios de sol. Finalmente, Jonas encontrou alguma coisa que o deixou feliz, a saber, a planta da cuia.”
3.2. Arrependimento produz mudanças. Jesus declarou: “Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas” [Mt 12.41]. O verdadeiro arrependimento produz mudança total no modo de viver. Arrependimento difere, em muito, de remorso. Não são poucas as vezes em que as pessoas confundem arrependimento com remorso, por isso é importante ressaltar que o remorso não produz mudança nas atitudes, na maneira de pensar ou no desejo de não mais continuar na prática do pecado.
Aqueles que, mediante ao confronto com suas atitudes contrárias à Palavra de Deus, se entristecem, inclusive com choro e lamentações, mas continuam a praticá-las, demonstram claramente que não houve arrependimento genuíno. Arrependimento significa mudança de mente, maneira de pensar e visão de mundo. Quando alguém se arrepende, decide firmemente em seu coração agradar a Deus.
3.3. Não fuja do seu chamado. O chamado de Deus pode causar temor e desconforto para aqueles que fixam seu olhar apenas nos desafios e obstáculos que precisarão enfrentar para cumprido. No entanto, a vida de Jonas ensina aos servos de Deus que não se deve fugir ao Seu chamado, qualquer que sejam os motivos que insistam em desencorajar ou desmotivar. O chamado para obedecer a Deus deve superar qualquer tentativa da natureza humana em fugir da responsabilidade que Ele deu. Só assim será possível entender que é um privilégio servi-Lo, pois Ele quer usar Seus filhos, apesar de suas limitações.
Lições Bíblicas (4° Trimestre de 2012, Lição 6: Jonas – a misericórdia divina. Subsídios Ensinador Cristão, CPAD): “Não raro, costumamos reprovar a atitude de Jonas quanto à ordem de Deus. Mas quantas vezes não nos identificamos com Jonas e sua rebeldia quando somos desafiados por Deus a obedecê-lo, e não o fazemos? Jonas é, portanto, um espelho para cada cristão: não precisamos aguardar que Deus aja de forma extrema conosco, como agiu com Jonas quando o conduziu a Nínive na barriga de um grande peixe, para que possamos obedecer a Sua vontade, qualquer que seja o mandado de Deus para nossas vidas.”
EU ENSINEI QUE:
Sabemos que quem muda os corações é o Espírito Santo. No entanto, Ele faz isto utilizando pessoas falhas como eu e você.
CONCLUSÃO
A misericórdia e a graça de Deus demonstrada para com os ninivitas, também pode ser percebida na vida e no chamado do profeta Jonas, pois, mediante ao seu clamor, o Senhor o ouviu, dando-lhe uma nova oportunidade, tirando-o das profundezas de sua desobediência.
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