TEXTO PRINCIPAL “[…] Segues a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.” (1 Tm 6 .11) RESUMO DA LIÇÃO O líder tem o dever d...
TEXTO PRINCIPAL
“[…] Segues a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.” (1 Tm 6 .11)
RESUMO DA LIÇÃO
O líder tem o dever de ensinar a todos na igreja, inclusive aos mais velhos.
Prezado(a) professor(a), na LIÇÃO deste domingo veremos que o texto nos fala do tratamento adequado que o jovem pastor deveria dispensar a todas as pessoas da igreja (de idades distintas e de ambos os sexos), especialmente as viúvas, e nos desafia a refletir sobre nossos deveres familiares, sinal essencial de nossa fé. No decorrer da lição, enfatize que em todos os nossos relacionamentos, a humildade é a atitude de espírito que deve prevalecer. Nossa boa convivência em família e na família de Deus (igreja) nos prepara para os demais relacionamentos interpessoais.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), nesta lição, depois da introdução, distribua um pedaço de papel para cada aluno e solicite que eles escrevam apenas uma palavra que descreva o tratamento adequado que o pastor deve dispensar às pessoas da igreja (de idades distintas e de ambos os sexos). Não pode ser dois ou três vocábulos, mas apenas e exclusivamente um. Fique atento aos termos e escreva-os no quadro ou lugar apropriado, De acordo com o desenvolvimento da aula, inclua essas palavras em sua ministração, ora conceituando-as, ora afirmando ou corrigindo-as. Seja perspicaz e procure compreender o que levou o aluno a destacar tal palavra” (Adaptado de Lições Bíblicas Jovens. Rio de Janeiro: CPAD).
TEXTO BÍBLICO1 Timóteo 5.1-16
INTRODUÇÃO
O texto bíblico desta lição fala do tratamento adequado que o jovem pastor deveria dispensar a todas as pessoas da igreja (de idades distintas e de ambos os sexos), especialmente as viúvas, e nos desafia a refletir sobre nossos deveres familiares, sinal essencial de nossa fé.
I- O PADRÃO FAMILIAR
1- Os anciãos. Diferentemente de outros textos, como Atos 20.17, em 1 Timóteo 5.1 o termo “ancião” não é o equivalente ao ofício de presbítero, que era o dirigente ou pastores das igrejas locais (Tt 1.5), Significa “homem idoso”. Isso se confirma, inclusive, porque no versículo seguinte (1 Tm 5.2) o mesmo vocábulo aparece em sua forma feminina, referindo-se a “mulheres idosas”.
Timóteo tinha o dever de ensinar a todos na igreja, inclusive aos mais velhos. Contudo, tinha uma maneira adequada para cada faixa etária. Os homens idosos não poderiam ser repreendidos asperamente ou com dureza no falar. Paulo está se referindo à abordagem e, principalmente, ao tom de voz a ser empregado no momento da repreensão.
Timóteo deveria se dirigir aos anciãos como um filho se dirige ao pai, com o devido respeito, usando palavras adequadas para a transmissão da repreensão. Não deveria ser rude e impor sua autoridade através de expressões ásperas. Não havia impedimento algum para a repreensão dos homens idosos, conquanto se observasse a maneira correta de fazê-lo.
2- Os jovens. Vivemos em uma geração marcada por uma extrema rejeição a todo o tipo de repreensão. Em parte, isso tem sido observado também em algumas igrejas. Aceitar a correção nos torna sábios, mas rejeitá-la impõe graves prejuízos à nossa alma (Pv 8.33; 1531-33)’ Se Timóteo poderia e deveria repreender aos idosos, sempre que necessário, quanto mais aos jovens.
Mais uma vez, contudo, precisaria observar um padrão adequado, e o parâmetro, em função de sua idade, era o relacionamento entre irmãos. A afetividade deveria estar presente na transmissão da repreensão, assim Timóteo evitaria qualquer distanciamento ou indiferença em sua conduta. Afinal, ali estava um pastor que também era jovem.
3- As mulheres idosas. O trato com as mulheres idosas deveria ser pautado no mesmo respeito e afeto que se deve devotar às mães. Nenhum filho deve dirigir-se à sua mãe com arrogância ou dureza, mesmo que ela tenha cometido algum erro. Deve devotar-lhe profundo respeito, dirigindo-lhe palavras brandas. O exemplo de Timóteo, como Líder espiritual deveria ser observado pelos crentes de Éfeso (1 Tm 4.12) e nós se vê de inspiração para todas as áreas da vida. Honrar os idosos é mandamento divino para todos nós: “Diante das cãs te Levantarás, e honrarás a face do velho, e terás temor do teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19.32).
SUBSÍDIO 1
Prezado(a) professor(a), explique que Paulo exorta a Timóteo a respeito de como tratar os mais velhos e os jovens (5.1,2). Como uma transição do conselho do apóstolo a respeito do relacionamento de Timóteo com categorias específicas d e pessoas na congregação, Paulo Lida primeiramente com as questões relacionadas à juventude de Timóteo. Em 4.12 o apóstolo exortou: ‘Ninguém despreze a tua mocidade’. Agora diz (v. 1), ‘não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-os como a pais’. Podemos parafrasear, ‘nunca seja severo com os mais velhos’.
Paulo não só transmite confiança ao jovem pastor, como também exige cortesia para o rebanho. ’Na administração da casa de Deus existe um modo apropriado para o líder tratar as pessoas — exatamente como faria com a sua própria família (supondo uma ideia cultural de grande deferência e respeito no lar. Semelhantemente. Paulo aconselha: ‘trate os jovens como irmãos; as mulheres idosas como mães, às moças como irmãs. Parece que o relacionamento com as mais jovens era uma área de especial preocupação na congregação em Éfeso (cf. 511; 2 Tm 3.6,7), porque o apóstolo específica que é exigida ‘toda [absoluta] pureza ‘em relação a estas mulheres.” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 1472.)
II – O RELACIONAMENTO COM AS MOÇAS
1- “Em toda a pureza”. Quando trata da admoestação às moças Paulo acrescenta: “U em toda a pureza” (v. 2). O apóstolo está mostrando a Timóteo que é preciso evitar atitudes inapropriadas com relação às pessoas sob seus cuidados. O pastor precisa tratar a todos como membros da família de Deus, seja solteiro ou casado, jovem ou idoso. Todos precisam ser respeitados e o líder deve estar sempre vigilante (Mt 26.41).
2- Pureza em tudo. O jovem pastor precisava dirigir a igreja e lidar com pessoas de ambos os sexos e de todas as idades, incluindo moças. Nesses contatos pessoais, precisava ser vigilante para não ser atacado por pensamentos ou sentimentos lascivos, e, muito menos, descambar para atitudes impuras, que poderiam afetar sua vida espiritual e seu ministério. A expressão “em toda a pureza” nos indica a necessidade de ser puros nos pensamentos, no olhar, no falar e no agir. No contato com pessoas do sexo oposto, precisamos rejeitar desde os pensamentos pecaminosos, confessando-os a Deus em nosso íntimo e abandonando-os. Para isso, é fundamental que enchemos nossa mente de coisas boas, de coisas puras (Tg 4.8).
3- Ninhos na cabeça. Atribui-se a Lutero a frase que diz: “Não podemos impedir que os pássaros voem sobre as nossas cabeças, mas podemos impedir que eles façam ninhos sobre elas”. Nenhum de nós está livre de ter pensamentos impuros, mas todos nós podemos refutar tais pensamentos e não cultivá-los em nossa mente, para que não germinam e produzem seus frutos, que nunca serão bons (Mt 15.19). Cultivamos maus pensamentos quando os alimentamos com objetos de nossos desejos, seja em atitude apenas mental, seja abrindo os canais da audição ou da visão para receber impulsos externos.
SUBSÍDIO 2
Professor(a), explique que “aqueles que participam do ministério podem evitar atitudes inapropriadas com relação às pessoas sob seus cuidados, tratando-as como membros da família. Se eles considerarem todas as pessoas como membros da família de Deus, eles a protegerão e as ajudarão a crescer, espiritualmente.” (Bíblia de Estudo Cronológico Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 2015. p, 1755.)
III – MANDAMENTOS ÀS VIÚVAS
1- Verdadeiramente viúvas. Na opinião de alguns estudiosos, havia, na igreja dos primeiros séculos, uma espécie de “ordem de viúvas”, como um ministério específico, que consistia na inscrição de viúvas idosas que faziam um voto de se dedicarem exclusivamente a Deus, servindo na igreja. Em contrapartida, eram inscritas para serem sustentadas. Mas o texto de 1 Timóteo 5.1-16 não nos permite concluir que havia essa organização formal em torno de um “ministério das viúvas”, embora fique claro que havia, sim, um rol específico daquelas que seriam alvo da ajuda material ou financeira da igreja. Elas são chamadas de “verdadeiramente viúvas”. Tinham que ter, no mínimo, sessenta anos de idade, não terem família e terem um largo “testemunho de boas obras” (1 Tm 5.4-10).
2- O cuidado das viúvas. Havia um controle das viúvas que eram realmente dignas do auxílio da igreja. O texto paulino fala em “inscrição”, seguindo alguns critérios:
a) Responsabilidade da família: as viúvas que tivessem filhos ou netos deveriam ser assistidas por eles. Paulo enfatiza a necessidade de a piedade ser exercida primeiro dentro de casa, para com a própria família: “porque isto é bom e agradável diante de Deus” (1 Tm 5.4). Está aí, portanto, a vontade de Deus para esse assunto de tanto apelo público: a família deve ser encorajada a cumprir o seu papel. A Bíblia não abona nenhum sistema político ou ideológico, mas é fato que reprova mais alguns do que outros. Do texto em estudo podemos extrair uma clara refutação do socialismo, que nega as responsabilidades pessoais do indivíduo e de suas famílias, procurando criar um sistema de dependência do Estado. Um paternalismo doentio.
b) Idade: Paulo faz um recorte de idade, indicando que não deveria ser inscrita viúva com menos de sessenta anos. A idade era um dos requisitos a ser conjugado com os demais. Certamente considerava os fatores próprios da época, como a natureza do trabalho da mulher e as dificuldades que poderia ter para atender ao seu sustento na condição de viúva sem filhos. Além disso, poderia indicar a improbabilidade de um novo casamento.
c) Testemunho pessoal: A viúva deveria ser piedosa e temente a Deus, “[perseverando] de noite e de dia em rogos e orações” (1 Tm 5.5). Não deveria, portanto, ter atitude de reclamação ou exigência. Em relação às viúvas que viviam em “deleites” ou prazeres, o apóstolo reputa como espiritualmente mortas. A viúva tinha que ter sido “mulher de um só marido”. Isso ressalta a dignidade da viuvez, especialmente como oportunidade de maior dedicação a Deus. Contudo, não é interpretado como uma proibição inflexível para um novo casamento (1Tm 5.14).
Diz respeito, sobretudo, à conduta de inteira fidelidade conjugal. Além disso, a viúva deveria ter se dedicado à prática de boas obras, criado os filhos, recebido e atendido bem às pessoas em sua casa, se dedicado a práticas serviçais humildes, como lavar os pés aos santos e socorrido aos aflitos (1Tm 5-9.10).
3- Viúvas mais novas. As viúvas mais novas não deveriam ser admitidas no serviço de atendimento social da igreja, porque “quando se [tornavam] levianas contra Cristo, [queriam] casar-se” (1Tm 5.11). O texto nos indica que alguma delas, que provavelmente haviam decidido permanecer viúvas e se dedicar a Deus (1 Tm 5-5). rompiam o compromisso e adotavam um comportamento incompatível para qualquer mulher cristã: viviam ociosas, de casa em casa, como fofoqueiras, se importando com a vida dos outros. Verdadeiras transmissoras de maledicências (1Tm 5,13).
Para evitar isso, Paulo recomenda às “viúvas mais novas” (NAA) [O equivalente à expressão “moças” em 5.14] que se casassem , gerassem filhos e cuidassem de suas próprias casas, fugindo de todo o mau testemunho. Mais uma vez, portanto, Paulo estimula e honra a constituição da família.
SUBSIDIO 3
Professor(a) explique que “a primeira preocupação expressa pelo apóstolo é que as Verdadeiramente viúvas’ recebam o auxílio que merecem. A frase ‘honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas’ (v. 3) significa literalmente, ‘dê o reconhecimento apropriado àquelas viúvas que realmente precisam’.” Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 1473-1
CONCLUSÃO
A Palavra de Deus é completa, ela tem lições para todas as áreas de nossa vida. Vimos hoje como é importante ter relacionamentos saudáveis em família, para que nos sirvam de padrão inspirativo na igreja e em outras áreas de nossa vida, Vimos, também, que um sinal vital da verdadeira espiritualidade é a maneira como cuidamos de nossos familiares, especialmente nossos pais e avós, em suas necessidades.
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