TEXTO ÁUREO “Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (Rm 3.2...
TEXTO ÁUREO
“Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (Rm 3.20)
1° A finalidade da Lei: O pleno conhecimento do pecado; a lei revela a realidade do pecado, a natureza maligna do pecado, a força mortal que o pecado e a culpa irremediável do pecado. A lei apenas faz o diagnóstico, mas não é o remédio.
A lei não torna ninguém pecador, mas revela o pecado como tal. Logo ela revela não a salvação, mas a ira de Deus Rm 4.15.
2° A inabilidade da Lei: Ninguém será justificado diante de Deus por obras da lei, seja a lei cerimonial ou moral.
3° A impossibilidade da absolvição do réu (Rm 3.20). Paulo mostra a culpa do homem e sua total impossibilidade de ser absolvido diante do tribunal de Deus (seja por seus méritos ou por suas obras).
VERDADE PRÁTICA
O pecado de Adão arruinou toda a humanidade. Contudo, Jesus Cristo pode regenerar eficazmente o pecador.
A Bíblia apresenta a ideia do pecado de Adão e suas consequências em várias passagens. Por exemplo, em Romanos 5:12, o apóstolo Paulo escreve: "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram". Essa passagem enfatiza a noção de que o pecado de Adão afetou toda a humanidade, resultando na condição pecaminosa que todos compartilhamos.
No entanto, o Novo Testamento também proclama a boa notícia da salvação por meio de Jesus Cristo. Em Romanos 5:18-19, Paulo afirma: "Assim, pois, como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos". Essas palavras destacam a obra redentora de Cristo, que pode trazer justificação e vida eterna para aqueles que creem nele.
C.S. Lewis, conhecido por suas obras como "As Crônicas de Nárnia" e "Mero Cristianismo". Embora ele não tenha escrito especificamente sobre o pecado de Adão e sua repercussão, Lewis abordou temas relacionados à queda da humanidade e à obra redentora de Cristo. Sua ênfase na graça de Deus, na transformação pessoal e na reconciliação com Deus reflete a crença central de que Jesus Cristo pode regenerar eficazmente o pecador.
Hinos Sugeridos: 75, 422, 568 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
ADULTOS LIÇÃO 02 - A DETURPAÇÃO DA DOUTRINA BÍBLICA DO PECADO
(Texto do Ensinador Cristão)
Amigo(a) professora(a), nesta lição, estudaremos a tentativa das teologias modernas de descaracterizar a doutrina do pecado. O conceito de pecado, a universalidade do pecado e o estado de corrupção total revelados na Palavra de Deus têm sido substituídos por uma perspectiva social da realidade. Nesse sentido, a responsabilidade moral do pecador em relação ao pecado é tratada como trivial frente aos problemas sociais que acarretam o pecado. Esse entendimento trata as questões sociais como causa e não como consequência da Queda do homem (Gn 3). Obviamente, essa é uma deturpação do ensino bíblico sobre o pecado.
A tentativa de deturpar a compreensão bíblica do pecado é mais uma obra de Satanás para afastar o homem de Deus. Essas distorções teológicas têm como raiz o relativismo religioso. No relativismo, prevalece a crença de que não há religião boa ou ruim, melhor ou pior. Afinal, o que é a religião, se não a interpretação particularista de cada grupo ou denominação em busca de explicações a respeito do metafísico? Para o relativismo, a religião não possui caráter objetivo.
O relativismo religioso tem invadido muitas igrejas no meio evangélico em forma de movimentos que sugerem um novo formato de igreja e uma interpretação "atualizada" das Escrituras. O movimento que tenta descredenciar a Bíblia como suficiente origina-se de "teologias inclusivas". Apesar de assumir aparentemente um perfil agregador, social e de valorização do indivíduo enquanto pessoa, essas teologias, de forma sutil, reinterpretam a Palavra de Deus. Para seus críticos, o Evangelho deve se adequar ao tipo de pessoas que vivem na sociedade pós-moderna, suscitando, assim, uma geração de crentes pouco compromissada ou confiante no poder transformador e libertador da Palavra.
Na perspectiva bíblica, de acordo com Walle, na obra Santidade, Uma Introdução Teológica (CPAD), "a ideia de transgressão está relacionada à ideia de iniquidade ('ãwôn no hebraico), 'a ideia de torcer ou distorção'. A iniquidade se refere ao desvio de um curso reto e verdadeiro ou à falha em cumprir as exigências da justiça e ter uma abordagem correta e imparcial. E, mais especificamente, ela significa a falha dos seres humanos em cumprir a Lei de Deus" (WALE, 2022, p. 93). Logo, a Bíblia é suficiente para apontar a nocividade do pecado e a necessidade de arrependimento, oferecer ao crente a manutenção da fé e mostrar o caminho que leva à vida eterna.
(Fonte Ensinador Cristão)
A Queda no Éden transmitiu à humanidade a inclinação do coração humano ao erro. Por isso, a regeneração é o único meio possível de desfazer as consequências do pecado em que a natureza humana só pode ser transformada pela obra de Cristo (Tt 3.5,6).
Não obstante, por influência de teologias modernas, a Doutrina do Pecado vem sendo deturpada e enfraquecida. Esse processo abriu as portas para a normalização do pecado em muitos lugares denominados cristãos. Nesta lição, vamos estudar o perigo dessas teologias para a ortodoxia cristã.
1° A queda foi grande e o homem estava distante de Deus. E mesmo sabendo muitos se distanciam ainda mais daquele que pode salvar sua alma.
2° As teologias modernas, vem deturpando a doutrina do pecado original e cauterizando e aprisionando a mente no engano do pecado (1Tm 4.1,2).
A única exceção a esta regra foi o caso miraculoso do Filho do Homem, Jesus Cristo, o Segundo Adão, Cabeça federal da nova raça. Ele foi a única exceção porque nasceu de uma virgem pelo poder do Espírito Santo de Deus. Embora membro da raça humana, através da Virgem Maria, Ele não participou do pecado original, visto que não era semente do homem, e sim semente da mulher.
Não herdou o pecado original porque não recebeu sua natureza humana do homem, cabeça da raça, mas recebeu-a de uma mulher, miraculosamente. Sua natureza humana foi criada da substância de Maria, pelo Espírito Santo, e nada que vem diretamente das mãos de Deus pode ter mancha de pecado (veja-se Mt 1:20-23; Lc.1:27-38).
Jesus é o único homem de quem se pode dizer que “não conheceu o pecado” (2Co.5:21), era “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hb.7:26), “sem defeito e sem mancha” (1Pe.1:19).
Ele é o único de quem se pode declarar que “foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4:15), porquanto “não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca” (1Pe 2:22). “Sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado” (1Jo 3:5).
Mas, que dizer do resto da humanidade? Todos nós sabemos como responder a esta pergunta, e o fato de que todos os homens são pecadores é tão evidente que dispensa provas.
I – O ENSINO BÍBLICO DA NATUREZA PECAMINOSA
1- Definição de Pecado. Dentre os termos para “pecado”, destacamos o substantivo hebraico chatá, cuja raiz significa “errar o alvo” (Gn 4.7); e o seu correspondente grego hamartia, que possui conotação de “erro moral” (2 Pe 2.13,14).
Assim, a Bíblia define “pecado” como a transgressão da Lei de Deus (1 Jo 3.4). A palavra abrange não apenas errar o alvo, mas deliberadamente acertar o alvo errado. Trata-se de rebelião e desobediência contra Deus e a sua Palavra (1 Sm 15.22,23).
Além disso, o pecado afasta o homem de Deus, fazendo-o pecar contra o próximo (1 Jo 1.6,7) e por se omitir em fazer 0 bem (Tg 4.17). Portanto, pecado é a condição do homem não regenerado e só pode ser expelido por meio do Novo Nascimento (Jo 33-7). Essa reconciliação do homem com Deus só é possível em Cristo Jesus (2 Co 5.19).
COMENTÁRIOS:
Pecado é tudo aquilo que transgride a Lei de Deus sendo contrário ao Seu caráter. Desse modo, o homem peca tanto ao não fazer o que agrada a Deus quanto ao fazer aquilo que o desagrada. A doutrina acerca do pecado é bastante exaustiva na Bíblia, tanto no Antigo quando no Novo Testamento.
Na Bíblia existem vários termos que são empregados para se referir ao pecado e que possuem diferentes significados. Antes, também é importante entender que tais termos algumas vezes são utilizados para se referir ao mal no seu sentido mais amplo e genérico, e não necessariamente ao pecado, como por exemplo, ao mal físico (doenças, etc.), mesmo que esse mal genérico seja, em última análise, resultado, consequência ou punição pelo pecado.
Em outras palavras, é correto afirmar que o pecado é o mal numa categoria específica, que de forma bastante resumida pode ser definido como sendo o “mal moral”. Dentre os termos mais utilizados para se referir ao mal que implica no conceito de pecado, podemos destacar:
- Palavras hebraicas: 1) Chatta’th, significa algo como “desviar do caminho”, “errar o alvo”, no sentido de um erro ou desvio deliberado; 2) ‘Avel e ‘Avon, designa um tipo de “falta de integridade”, “desonestidade”, “iniquidade” ao afastar-se intencionalmente do caminho da justiça; 3) Pesha’, transmite a ideia de revolta e rebelião contra uma autoridade legitima, algo como uma “quebra da aliança”; 4) Rasha’, significa “maldade”, implicando sempre no sentido de “culpa moral” ao fugir impiamente das regras estabelecidas; 5) Asham, “culpa”; 6) Ta’a, “andar errado”; etc.
- Palavras gregas: 1) Harmatia, essa é a palavra mais abrangente para pecado no Novo Testamento e na Septuaginta, e significa um desvio do caminho da justiça; 2) Adikia, “injustiça”; 3) Anomos, usada para se referir aquele que transgride a Lei; 4) Paraptoma, algo como “uma ofensa ou transgressão deliberada”; 5) Poneros, geralmente refere-se a “iniquidade moral”; etc.
Todos esses termos, quando aplicados à ideia de “mal moral”, geralmente são traduzidos por palavras que revelam o pecado em seus mais diversos aspectos, como: pecado, culpa, maldade, depravação, perversidade, iniquidade, injustiça, desobediência, rebelião, impiedade, prostituição, imoralidade e outras.
2- A universalidade do Pecado. O ser humano foi criado em estado de inocência, sem pecado, perfeito (Ec 7.29) e dotado de livre-arbítrio (Gn 2.16,17). Porém, o primeiro homem escolheu desobedecer a Deus e a sua Queda corrompeu toda a humanidade (Gn 3.9-19).
O pecado de Adão foi transmitido a toda raça humana (Rm 5.12). Assim, a partir da Queda, todos os seres humanos nascem em pecado (S1 51.5). Portanto, o pecado não é passado adiante meramente pela força do mau exemplo, mas é um mal inerente à natureza humana (Rm 7.14-24).
Em consequência disso, todo ser humano está debaixo da escravidão do pecado e da condenação da morte (Rm 3.23; 6.23). Apesar de corrompida pelo pecado, a natureza humana pode ser eficazmente regenerada pela fé em Cristo (Rm 3.24; 2 Co 5.17).
COMENTÁRIOS:
Cremos que a Bíblia ensina que, pecando Adão, todo o gênero humano pecou nele. Ele era o cabeça natural e federal de toda a raça humana. Trazia em si o germe de toda a humanidade. Hereditariedade e atavismo confirmam plenamente o ensino das Escrituras a este respeito. É esta a principal razão de crer eu na teoria do Traducionismo, porque é a única que explica como nos identificamos realmente com todos os nossos ancestrais, inclusive naturalmente nossos primeiros pais. Somos formados da substância dos corpos e das almas de nossos pais, e visto como eles são pecadores, fomos concebidos em pecado. É isto exatamente o que Davi disse quando confessou a Deus seu grande pecado: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51:5).
Uma prova de todos os membros da raça humana terem sido concebidos em pecado é o fato universal de todos serem pecadores. E isto não é conseqüência de mera ignorância ou de ambiente, porque muitas vezes acontece que os indivíduos mais ilustrados são os maiores pecadores. O homem não peca por ignorância somente. Peca contra sua própria consciência. Faz o que esta lhe diz não dever fazer, e deixa de fazer o que ela lhe diz que deve fazer. Como ensinou Paulo, até os gentios, que não possuíam as luzes que os judeus tinham, não pecavam apenas por ignorância, senão por causa de sua natureza pecaminosa. Pecavam contra sua própria consciência. Não tendo a lei, eles eram lei para si mesmos. “Estes mostram que o que a lei requer está escrito nos seus corações, testemunhando-lhes também a consciência, e os seus pensamentos mutuamente acusando-se ou defendendo-se” (Rom.2:15). Paulo expressou a experiência de toda a humanidade quando disse:
“Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e, sim, o que detesto… Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum: pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rom.7:14-19).
Se tal era a experiência de um cristão regenerado, como Paulo, qual pode ser a do resto da humanidade? Paulo tinha ainda a velha natureza do pecado, mas odiava o pecado por causa de sua nova natureza. Os irregenerados amam o pecado, apesar de pecarem contra sua própria consciência. E assim, se é verdade que todos os homens são pecadores, a única conclusão lógica é que todos nasceram em pecado. Uma conseqüência universal deve ter uma causa universal.
3- Corrupção Total. É o estado de corrupção mental, moral e espiritual da natureza humana (Rm 3.10-18). Nesse aspecto, a inclinação para fazer o errado é resultado do pecado (Gn 6.5; Rm 5.19).
Por causa da Queda, todas as áreas de nosso ser foram corrompidas. Essa corrupção impede o homem de tomar a iniciativa no processo de regeneração (Rm 8.7,8). Ele só pode ser liberto do pecado após o convencimento do Espírito (Jo 16.8).
Sem essa ajuda divina ninguém pode ser transformado (Tt 3.5), ou seja, o livre-arbítrio precisa ser divinamente restaurado (Rm 2.4). Somente por meio da graça o homem recebe capacidade para crer, arrepender-se e ser salvo (Rm 3.24,25). Dessa forma, a libertação do pecado não provém de nenhum esforço humano, mas é gratuita e divinamente ofertada (6.23; Ef 2.8,9).
SINOPSE I
O pecado é a transgressão da Lei d Deus. Por ele, o ser humano foi totalmente corrompido.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
II – AS TEOLOGIAS MODERNAS
1- Teologia do pecado social. A tese do pecado social remonta aos concílios católicos de Medellin (1968, Colômbia) e Puebla (1979, México). Essa tese defende que o pecado é algo que se constrói por meio de estruturas opressoras, tais como, a pobreza, a injustiça e a desigualdade.
Dessa maneira, a redenção do pecado não se restringe ao aspecto espiritual, sendo preciso tratar as questões sociais. O pecado deixa de ser tratado no nível da moral e passa a ser considerado no nível econômico e social.
A mudança de ênfase do pecado original (natureza humana) para o pecado social (estrutural) enfraquece a responsabilidade moral do pecador. Então, deixa-se de enfatizar a causa para explorar os sintomas (Mt 23.27,28).
A partir daí, resolver as questões da ordem social é visto como solução para o problema do pecado. Naturalmente, essa é uma deturpação do ensino bíblico a respeito do pecado.
2- Teologia da libertação. A teologia da libertação tem afinidade com as ideias socialistas de Karl Marx. Essa teoria busca “libertar” o oprimido das estruturas opressoras da sociedade.
Ela nasce na década de 1970 com Gustavo Gutiérrez (Peru) e Leonardo Boff (Brasil). Para eles, o estudo teológico não deve estar centrado em doutrinas bíblicas para libertar o homem do pecado, mas na indignação social para libertar o homem da injustiça social, econômica e cultural. Desse impulso surgem as teologias de cunho emancipatório de gênero (transexualidade), de sexualidade (homossexualidade) e de raça.
Uma de suas vertentes é a Teologia da Missão Integral (TMI). O grande impacto dessas influências é que a fé cristã é reduzida a militância política socialista e marxista.
As pautas sociais e progressistas são disfarçadas pela roupagem de Evangelho, postas acima dos valores morais do Reino de Deus. Então, transforma-se o Evangelho em inconformismo, criticismo e assistencialismo (1 Co 15.19; Fp 3.18-20).
3- Liberalismo teológico. Após a Reforma Protestante (1517), floresce o liberalismo teológico, onde a razão é colocada acima da revelação divina. Como resultado disso, a inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras são questionadas; os milagres e o sobrenatural são considerados mitológicos; as doutrinas da fé são reinterpretadas e ressignificadas.
Troca-se a mensagem da salvação de arrependimento, confissão de pecados e mudança de caráter por uma visão progressista que enfatiza a transformação social pelo paradigma do marxismo.
Assim, o pecado é relativizado, o ecumenismo religioso é propagado e toda experiência espiritual é considerada válida.
O ideário da teologia liberal é de oposição às antigas doutrinas bíblicas que se fundamentam na revelação das Escrituras (2 Tm 4.3).
SINOPSE II
A teologia do pecado social, da libertação e o liberalismo teológico derivam da deturpação da doutrina bíblica do pecado.
III – A NORMALIZAÇÃO DO PECADO
1- Crise ética e moral. Em termos gerais, os valores que regulam a conduta de uma pessoa denominam-se ética (1 Pe 1.15) e a prática dessa conduta recebe o nome de moral.
Nessa concepção, a obediência aos princípios bíblicos reflete o caráter de um cristão (Rm 12.2). Porém, o conceito deturpado e relativizado do pecado resulta em desvio e falha de caráter (2 Tm 3.5).
Desse modo, a sociedade deixa de ser eticamente sólida e se torna moralmente desajustada (Hc 1.4). Dessa crise de integridade irrompe ações incompatíveis com a fé bíblica (Rm 2.21,22).
Temas progressistas violam a ética e a moral bíblicas e passam a ser normalizados, tais como: a imoralidade sexual, o aborto e o uso de drogas ilícitas (1 Sm 2.6; Rm 1.27; 1 Co 6.15,19).
Ética: – Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática; – Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; deontologia (deontos + logia = doutrina dos deveres); – É a ciência da moral.
Ética Social: – Parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade.
Moral: – Parte da Filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos deveres do homem em sociedade e perante os de sua classe; – Conjunto de preceitos ou regras para dirigir os atos humanos segundo a justiça e a equidade natural.
Moral Cristã: – A moralidade que em si contém os preceitos evangélicos.
Moralidade Cristã: – Conjunto de reflexões concordes com os princípios da religião Cristã.
Moralidade Pública: – Conjunto de preceitos e de normas que regem os costumes sociais de determinada época.
Costume: – Regras ou práticas que se observam nos diferentes países.
Deontologia: – Parte da filosofia que trata dos princípios, fundamentos e sistemas de moral; estudo dos deveres.
Doutrina: – Doutrina é definida como um conjunto de princípios que servem de base a um sistema, que pode ser literário, filosófico, político e religioso.
2. DOUTRINA BÍBLICA E ÉTICA.
A falta de ética está no DNA do ser humano, desde a sua queda, no jardim do Éden. O profeta Jeremias assim se expressou: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17.9). E Davi: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Sl 51.5). O cristianismo entende e prega que Jesus e sua obra redentora na cruz é o único caminho viável e eficaz para mudar verdadeiramente o comportamento ético do ser humano. Somente os regenerados e habitados pelo Espírito Santo têm condições especiais de lidar com o pecado, que não tem mais domínio sobre eles (Rm 6.14). Nesta linha, o apóstolo Paulo apela aos cristãos: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,” (Ef 4.1).
O Pr. João Arantes Costa[1] diz: “O que fazemos não pode estar desvinculado do que cremos. A doutrina bíblica mostra nossa posição em Cristo e a ética determina nosso comportamento em Cristo. Com base em nossa doutrina bíblica é que formulamos os deveres que temos em nosso contexto cultural.“ Assim, ele menciona três aspectos da ética:
1º) Ética individual: a que trata do dever do homem para consigo mesmo.
2º) Ética social: a que trata do dever do homem para com o seu próximo.
3º) Ética teísta: a que trata do dever do homem para com Deus.
A doutrina bíblica estabelece uma ética cristã, com valores morais e princípios de conduta que trazem paz interior e felicidade (Ética Individual), promovem o relacionamento pacífico e proveitoso entre as pessoas (Ética Social) e agradam a Deus (Ética teísta).
A Ética Cristã não deve ter qualquer comprometimento com o legalismo!
“Certo rabino frisa que existem 613 mandamentos de Moisés (248 afirmativos e 365 negativos), mas Davi reduziu-os a 11 conceitos principais (Sl 15.2-5), Isaías a apenas 6 (Is 33.15), Miquéias a 3 (Mq 6.8), Amós a 2 (Am 5.4) e Habacuque a apenas 1 (Hc 2.4). A Regra Áurea (Mt 22.37-39) é o mais perfeito desses sumários.” “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Diante da falta de ética o cidadão ou cristão pode reagir passivamente, isto é, nada fazer, ou ativamente, boicotando ou denunciando, conforme síntese abaixo:
a) Síntese:
b) Situações de passividade:
Comodismo: Vai me dar trabalho…
Medo: Pode me prejudicar…
Insensibilidade: Não é tão grave assim…
Pessimismo: Não vai adiantar…
Conformismo: É assim mesmo…
Delegação: Alguém vai se manifestar…
Alienação: Agora sou cidadão dos céus…
Fuga: Não sou de confusão…
Insegurança: Não tenho como sustentar bons argumentos…
Timidez: Não gosto de me expor…
Divinização: Deus está no controle e vai agir…
c) Como Jesus reagiu, na sua época? Jesus é o nosso referencial e exemplo maior. Portanto é importante observar nos evangelhos, como ele reagiu em sua época: aos Governantes, aos Religiosos, aos Costumes e Tradições, aos Comportamentos, ao Sistema Legal etc.
d) Análise de caso: Comercial veiculado na TV de “O Boticário” referente ao dia dos namorados 2015, incluindo um par gay masculino, um par gay feminino e dois casais héteros. O boicote proposto pelo Pr. Silas Malafaia dividiu a opinião dos evangélicos. A visão do referido pastor que tem sido vítima do ativismo gay devido às suas posições firmes e contrárias à prática da homossexualidade é de que tal propaganda faz apologia e promoção da homossexualidade em larga escala, utilizando a mídia televisiva de forma ostensiva. Portanto, entendo que sua lógica de raciocínio, quando conclama os cristãos e todos os que defendem a família tradicional a boicotarem tal empresa se baseia nas seguintes premissas, dentre outras:
1ª) A homossexualidade é antinatural.
2ª) A homossexualidade é uma prática pecaminosa condenada por Deus. Deus e nós, cristãos, amamos os homossexuais, mas rejeitamos sua prática.
3ª) A homossexualidade agride o modelo de família instituído por Deus e é danosa às pessoas e à sociedade.
Sendo assim, tal iniciativa tem o meu apoio! Quanto aqueles cristãos que são contrários ao boicote, alegando que o amor é lindo, na forma que for, e deve ser aceito e respeitado por todos, vale lembrar que tal entendimento não tem apoio na bíblia. Respeitar, sim, aceitar, depende! Nem toda a forma de amor é linda. O amor de um adúltero pela sua amante não é lindo. O amor de um pedófilo por uma criança também não.
2- Imoralidade sexual. A deturpação da doutrina do pecado favorece o avanço da imoralidade sexual (Rm 1.24).
Em defesa da liberdade de decisão sobre o corpo, banaliza-se o sexo pré-conjugal, extraconjugal, normaliza-se a homossexualidade (Rm 1.26,27) e a doutrina da castidade é vista como opressora (Rm 6.12).
Nesse aspecto, o afrouxamento da moral, o ensino da ideologia de gênero e a erotização da infância promovem luxúria e licenciosidade. O pecado é tolerado, a família é desconstruída e a doutrina da santidade é negligenciada (Hb 13.4).
Mas também há exemplos positivos, como o de José do Egito. Infelizmente, prega-se mais sobre o fracasso de Davi com Bate-Seba do que sobre a vitória de José diante da mulher de Potifar.
A imoralidade sexual também é um tema abordado por Paulo. Ele é direto quando aconselha os irmãos de Tessalônica: “abstenham-se da imoralidade sexual” (1 Ts 4.3).
E como disse Joshua Harris, “sexo não é problema (lascívia, sim)”, vale a pena separar as duas coisas.
3- A dessacralização da vida. As Escrituras ensinam que a vida humana é sagrada porque tem origem divina (Gn 1.27). Por conseguinte, a vida é inviolável e deve ser valorizada (2 Pe 1.3). O corpo humano deve ser cuidado, alimentado e preservado (Ef 5.29).
Não obstante, a vulgarização do pecado fomenta ideologias que desprezam a sacralidade e a dignidade humana. Propala-se a autonomia incondicional sobre o próprio corpo sem as devidas limitações éticas e morais.
O slogan “meu corpo, minhas regras” reivindica o pseudodireito de a pessoa usar drogas, prostituir-se, abortar, cometer o suicídio e a eutanásia. Assim, o corpo que é templo do Espírito Santo é profanado (1 Co 6.19). A criatura, de modo proposital, afronta a vontade do Criador (Rm 1.25).
O autor e pastor Francis Chan ofereceu uma resposta bíblica ao “mantra” esquerdista em defesa do aborto, “meu corpo, minhas regras”, exortando os ouvintes a lembrar que “nada é seu” e que o Senhor criou tudo.
Aos 54 anos, Chan fez referência a várias passagens bíblicas durante pregação em um evento do The Send que aconteceu em Kansas City, Missouri. Ele elas ele citou Isaías 66:2, que diz: “Todas essas coisas minhas mãos fizeram, e assim todas essas coisas aconteceram, declara o Senhor. Mas para este olharei: aquele que é humilde e contrito de espírito e treme da minha palavra”.
De acordo com o Christian Post, a mensagem centrou-se no Senhor como o criador de todas as coisas que existem, o que deve fazer com que os seres humanos vivam com humildade e reverência para com Deus.
Chan aproveitou esta mensagem para defender seu ponto de vista sobre o slogan usado para promover o aborto, apontando diversas verdades bíblicas que refutam o “meu corpo, minhas regras”.
“Para qualquer um de nós que pensa que podemos entrar na presença de Deus e dizer: ‘Deus, por que você me fez assim? Por que eu passei por isso? Este é o meu corpo, minha escolha’”, disse Chan. Chan . “Deus diz: ‘Não, espere um segundo. Não. Nada é seu. Eu trouxe este mundo à existência.’ O mundo é do Senhor e tudo o que nele há. É tudo feito por Ele. E Ele não me deve uma explicação.”
O pregador também usou como base o livro de Jó, o mais antigo da Bíblia, incentivando os cristãos a compartilharem a verdade, mesmo quando isso é desafiador ou causa problemas.
“Você treme diante da Palavra de Deus? Você treme? Porque se você quer que Deus o escolha e o veja, você precisa tremer da Sua Palavra”, disse ele. “Você treme em Tiago 4:6, onde diz: ‘Deus se opõe aos orgulhosos’? Se houver um verso para tremer, pode ser esse”, disse Chan.
Ele continuou : “Será que Deus está dizendo: ‘Olhe para esta geração, porém, olhe para essas pessoas, eles não vão recuar da Palavra de Deus, eles realmente acreditam em um dia de julgamento, eles estão dispostos a pregar isso, eles estão realmente dispostos a falar pelas vozes dos nascituros, eles não estão recuando disso?’”
SINOPSE III
Quando se normaliza o pecado sobra uma crise ética e moral, bem como a dessacralização da vida.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A relativização do pecado que o restringe à solução de pautas sociais em prejuízo da moral e, por sua vez, o exclusivismo moral em detrimento de causas sociais, igualmente, não retratam a fé cristã.
Apesar de a Igreja não ser apolítica e nem insensível às desigualdades sociais, o mal primário a ser combatido é o pecado inerente à natureza humana.
Uma vez regenerado pela fé em Cristo, o crente repudia as injustiças contra o seu próximo (Rm 1.18; 1 Co 13.6). A Igreja atuante é aquela que ainda milita na terra contra a carne, o mundo, o Diabo, o pecado e a morte (Ef 6.12).
REVISANDO O CONTEÚDO
SAIBA MAIS SOBRE ESCOLA DOMINICAL:
Gostou do site? Ajude-nos a manter e melhorar ainda mais este Site: Nos abençoe com uma oferta voluntária pelo PiX/TEL (15)99798-4063 ou (pix/email) pecadorconfesso@hotmail.com – Seja um parceiro desta obra. “(Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também. Lucas 6:38 )”
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
- ////////----------/////////--------------///////////
- ////////----------/////////--------------///////////
SUBSÍDIOS DAS Revista – 3º Trimestre De 2023 | CLIQUE E ACESSE |
---------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------
Acesse nossos grupos, clique, entre e tenha mais conteúdo:
Nos abençoe Com Uma Oferta Voluntária pelo
PIX/e-mail: pecadorconfesso@hotmail.com
ou PIX/Tel: (15)99798-4063 ou PicPay: @pecadorconfesso
Seja um parceiro desta obra.
Clique também nas propagandas. Cada clique ajudará bastante.
“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
---------------------------------------------------------
Credo, confissão de fé, regra de fé ou declaração de fé são interpretações autorizadas das Escrituras Sagradas aceitas e reconhecidas por uma igreja ou denominação.
COMMENTS