TEXTO ÁUREO “ Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os Anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do senhor, v...
TEXTO ÁUREO
“ Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os Anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor” Joel 1.14
VERDADE APLICADA
O avivamento bíblico é precedido de arrependimento Genuíno, quebrantamento e oração
OBJETIVOS DA LIÇÃO
TEXTOS DE REFERÊNCIAJOEL 2
LEITURAS COMPLEMENTARES
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore por revestimento do Espírito Santo
ESBOÇO DA LIÇÃO
O arrependimento sincero e a mudança de vida são a base da genuína espiritualidade. No livro do profeta Joel encontra-se esse chamado e, por isso, ele é conhecido como o profeta do avivamento.
PONTO DE PARTIDA
Deus não rejeita quem se arrepende.
1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JOEL
Joel profetizou numa época de grande devastação em toda a terra de Judá. O contexto histórico de Joel apresenta um tempo de calamidade decorrente de uma destruidora praga de gafanhotos e de uma grande seca [J1.1]. O povo ainda não havia atingido o estado de depravação presenciado em outras épocas, mas a religião já se caracterizava por um notável formalismo.
1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta. O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. Assim como outros, não há uma biografia nos textos bíblicos sobre o profeta. Ele era filho de Petuel [J1 1.1]. O Evangelista Valdilon Ferreira (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p.10) cita em seu comentário a possibilidade de Joel ter atuado a partir do tempo do rei Joás [2Rs 12]. Apesar da escassez de informações sobre Joel, no Novo Testamento o apóstolo Pedro faz uma referência à profecia dele, ratificando assim seu ministério [At 2.16-17].
Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 2° Trimestre de 2008, p. 4): “Existem muitas suposições sobre a data em que foi escrito o livro do profeta Joel. A data sugerida por esta revista (825-770 a.C.) justifica-se nas acusações que o profeta faz aos fenícios [Jl 3.4] ao Egito e a Edom [Jl 3.19], já que estas poderiam referir-se a invasão de Judá por Sisaque, rei do Egito [IRs 14.25] e a revolta dos edomitas no reinado de Jorão [2Rs 8.20-22], Joel não faz referência aos assírios nem aos babilônios, o que indica que seu ministério se deu antes da ascensão daquelas potências mundiais. A mensagem de Joel mostra que ele viveu num tempo anterior à grande apostasia de Judá e é possível que tenha vivido desde os dias do rei Joás até aos dias de Uzias, nos primeiros anos dos profetas Oséias e Amós.”
1.2. A invasão dos gafanhotos. Nos dias de Joel, aconteceu grande destruição por uma praga de gafanhotos que devastou toda a plantação, deixando o povo na fome, miséria e seca. O gafanhoto é um inseto saltador que se alimenta de vegetais. Ele passa por quatro fases em sua vida, que são relatadas distintamente em Joel 1.4, como se fossem quatro tipos diferentes de gafanhotos: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor.
Adilson Faria Soares (Lições Bíblicas, CPAD, 2° Trimestre de 1993, p. 8): “A praga das locustas contra Israel foi fato real, e acontecimentos semelhantes eram comuns, ocasionados pelos enxames de milhões de gafanhotos que emigravam da Arábia para a Palestina, levados pelo vento do deserto. A destruição foi tão grande que o profeta chama a atenção dos anciãos [Jl 1.2], os quais pela vivência dos anos podem recorrer à memória e responder-lhe [Dt 32.7; Jó 32.7], Embora a resposta esteja implícita, ele concita os anciãos a admoestarem o povo sobre a severidade do castigo, incitando-o a temer a Deus [SI 76.6- 8; Êx 13.8; Js4.7].”
1.3. A necessidade urgente de arrependimento. Deus, por intermédio do profeta, chama o povo ao arrependimento e à santificação. O Senhor diz que todos, independentemente da idade, deveriam se arrepender: “Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu tálamo.” [Jl 2.16]. Também deveriam guardar na memória como o pecado traz graves consequências à vida daqueles que insistem em sua prática sem responder ao chamado do Senhor para uma vida de santidade: “Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos, a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.” [Jl 1.3].
O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Um dos temas centrais do livro de Joel é o dia do Senhor [Jl 1.15; 2.1], Este termo se refere a um período em que Deus virá dramaticamente para trazer ira e juízo sobre os ímpios e salvação aos justos. Deus é o Senhor do tempo. Não há dia que não que seja o dia do Senhor, num sentido geral. Mas, às vezes, Deus entra na arena espaço-temporal para asseverar, firme e dramaticamente, que Ele está no controle de tudo.”
EU ENSINEI QUE:
Há promessa de restituição da parte de Deus disponível para aqueles que O buscam arrependimento e fé.
2- A MENSAGEM DE JOEL
A singularidade da mensagem do profeta é que ela se origina de uma experiência do cotidiano, ou seja, a contemplação de uma praga de gafanhotos. Sua mensagem se destinava tanto à liderança quanto aos moradores da terra. Todos estavam sendo alertados e chamados pelo Senhor ao arrependimento, jejum , à conversão e à contrição.
2.1. O alerta do profeta. Na cultura daquele tempo, qualquer sinal de desordem na natureza era entendido como castigo de Deus: inundações, gafanhotos, granizos, eclipses, secas etc. Esses sinais provocavam reflexões e um convite para um ajuste naquilo que desagradava ao Senhor. Nos dois primeiros capítulos do livro de Joel, percebe-se um cântico triste. Apesar disso Joel descreve que o país: “Lamenta como a virgem que está cingida de saco pelo marido da sua mocidade.” [J1.18]. Tal é a tristeza que: “todas as árvores do campo se secaram, e a alegria se secou entre os filhos dos homens” [Jl 1.12]. Mas, em seguida, faz um apelo à conversão. Será que, ao olhar para o país devastado, aquele povo vai reconhecer que precisa se voltar para o Senhor?
Warren W. Wiersbe: “Joel dirige-se a diversos grupos distintos de pessoas quando descreve a terrível praga e suas consequências devastadoras. (…) Depois, fala com os adoradores [Jl 1.8- 10], que têm de ir ao templo de mãos vazias, porque não há sacrifícios para ofertar. Ele dirige-se aos lavradores [Jl 1.11-12], que uivam porque suas colheitas estão arruinadas. Por fim, Joel vira-se para os sacerdotes [Jl 1.13-14] e diz-lhes que jejuem e orem. Aqui chegamos ao cerne da questão, pois Deus estava punindo a nação por causa do pecado. Contanto que o povo lhe obedeça, Ele enviará a chuva e a colheita, mas, se lhe der as costas, Ele fará com que os céus sejam como bronze e destruirá as colheitas.”
2.2. Esperança em meio à catástrofe. A segunda parte do livro do profeta Joel é uma mensagem de esperança: o derramamento do Espírito Santo. Depois de toda aquela desolação, a consolação do Senhor chegará. O Novo Testamento ratifica estes versículos ao se referir ao Pentecostes [At 2.16-21].E a presença e ação do Espírito resulta em profecias, sonhos, visões – modos próprios do agir de Deus no Antigo Testamento.
2.3. O fruto do arrependimento. O arrependimento sincero move o coração de Deus para mudar o quadro de tristeza, que veio em consequência do erro, em alegria [SI 51.17], Em Joel, Deus se compadece e promete alívio sobre a nação. O Senhor teve misericórdia do Seu povo e para honrá-lo mostra o seu zelo: “Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações.” [Jl 2.19], O Senhor restauraria as colheitas devoradas pelos gafanhotos e o povo seria suprido em suas necessidades básicas. Isso os levaria a reconhecer a soberania e o poder de Deus, e todos saberiam que Deus estava no meio do povo de Israel [Jl 2.21-22, 25, 27].
O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Deus não fica satisfeito com o arrependimento da boca para fora. Rasgar as próprias vestes era um costume que expressava grande luto ou remorso [Js 7.6; 1Sm 4.12]. Mas, como todo ato externamente visível, podia-se rasgar as vestes sem tristeza nem arrependimento verdadeiros. Deus queria mais do que simples palavras ou atos exteriores; Ele queria que o coração do povo mudasse e que se entristecesse ao pecar.”
EU ENSINEI QUE:
O fruto do arrependimento genuíno é uma metamorfose na vida do pecador.
3- JOEL PARA HOJE
A mensagem do profeta é clara: havendo arrependimento autêntico e fidelidade por parte do Seu povo, o Senhor Deus é poderoso para transformar o cenário de desesperança em vitória definitiva. É preciso ter em mente que quando o termo “últimos tempos” é usado na Bíblia tem uma conotação de esperança. Trata-se da vitória final de Deus.
3.1. Arrependimento genuíno. Ao contemplar aquele cenário de destruição, Joel admoesta aos seus compatriotas a buscar a santificação, o quebrantamento e maior submissão ao Senhor: “Santificai um jejum , apregoai um dia de proibição, congregai os anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor.” [J1 1.14]. Tais palavras ainda hoje ecoam no coração daqueles que, sensíveis à voz de Deus, anseiam por Sua manifestação, destruindo o mal causado pelo pecado dos homens.
Comentário Bíblico Moody: “O profeta visualiza uma praga ainda mais terrível que está por vir. Em termos altamente poéticos ele descreve os enxames de gafanhotos como se fossem um exército hostil, vindo como o exército do Senhor para julgamento [Jl 2.1 -11 ]. Mas a porta da misericórdia, ele diz, ainda está entreaberta! Se o povo se voltar para o seu Deus com coração contrito, a calamidade pode ser evitada [Jl 2.12-14]. O profeta convoca toda a comunidade para uma reunião de oração e jejum na casa do Senhor [Jl 2.15-17].”
3.2. Santificação urgente. A falta de santidade emperra, amarra e desacredita a Igreja. Quando o povo de Deus despreza a santidade e passa a amar o mundo, se torna o maior impedimento para a ação de Deus na história. Nada pior do que uma pessoa que se diz cristão viver uma vida mundana e compactuada com o pecado. A falta de santidade tem sido um grande impedimento para um avivamento. A Palavra de Deus é clara: “E rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal.” [Jl 2.13].
Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 517) comentam sobre Joel 2.12- 17: ““Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus […]” [Jl 2.13]. O coração, conforme é usado aqui, não deve ser considerado o centro das emoções e das paixões. Na psicologia hebraica, o coração era geralmente considerado como o centro da vida moral, espiritual e intelectual. Então, o arrependimento deles deveria ser acompanhado com jejuns e com choro, exteriorizando a tristeza pelo pecado do arrependido.”
3.3. Libertação e esperança. A mensagem de Joel é atemporal e alcança todas a gerações, confrontando-as com seu modo de viver ao mesmo tempo em que apresenta a solução baseada em arrependimento e mudança: “Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.” [J1 2.12]. Sua mensagem traz alento e esperança aos corações que se encontram presos a um cenário de destruição, pecado e afastamento do Senhor: “E o Senhor bramará de Sião e dará a sua voz de Jerusalém , e os céus e a terra tremerão; mas o Senhor será o refúgio do seu povo e a fortaleza dos filhos de Israel.” [J13.16].
Comentário Beacon: “Se o primeiro grande ensino em Joel é o arrependimento diante das adversidades, o segundo é o derramamento do Espírito sobre toda a carne. A promessa é uma amplificação de Números 11.29 e seu cumprimento (…) ocorreu no Dia de Pentecostes narrado em Atos 2. A promessa em si é proeminentemente escatológica, embora objetivava consolar o povo nos dias do profeta. Robinson declara que a promessa “é semelhante à mensagem de Jeremias de um concerto novo’ [Jr 31.31-34]. Ainda que não haja predição do Messias no livro de Joel, como bem observou Horton, o estudo deste livro deve nos levar a Cristo e ao batismo no Espírito Santo. Joel começa a construir a ponte para o Reino da Graça.”
EU ENSINEI QUE:
Devemos denunciar o pecado, mas também anunciar a esperança que há em Cristo Jesus.
CONCLUSÃO
Apesar do atual cenário da sociedade pós-moderna, a Igreja deve continuar firme em Seu propósito pregando o Evangelho que confronta os homens com seus pecados e anunciando a esperança que há em Jesus.
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
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