TEXTO PRINCIPAL “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens. (1...
TEXTO PRINCIPAL
“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens. (1 Tm 2.1)
RESUMO DA LIÇÃO
Paulo recomenda à igreja a disciplina da oração, pois o crente tem a responsabilidade de orar em favor de todos os homens.
LEITURA SEMANAL
OBJETIVOS
COMPREENDER que a oração deve ser uma prioridade;
EXPLICAR o poder da oração;
APRESENTAR o propósito divino na oração.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), você reconhece a importância da oração na vida do crente? Então, não terá dificuldades em abordar essa temática, pois tem a oração como uma disciplina cristã em sua vida, No decorrer da lição enfatize que orar é conversar com Deus. É um meio vital de manter e aprofundar nossa comunhão com Ele e nos fortalecer na graça que há em Cristo Jesus. A orientação de Paulo a Timóteo, que veremos na lição deste domingo, nos revela o lugar prioritário que a oração deve ter em nossa vida pessoal e na igreja local.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), para iniciar a lição sugerimos que você faça a seguinte pergunta; “Você já parou para pensar na recomendação paulina a Timóteo a fim de que orasse por todos os homens, em especial os que estão na posição de líder?” Ouça os alunos e incentive a participação de todos. Depois explique que Paulo fez esta recomendação, quando Nero era o imperador. Sabemos que ele foi uma das figuras mais polêmicas da história e ficou conhecido por suas atrocidades. Orar por alguém que admiramos não exige esforço, mas a Palavra de Deus nos exorta a orar por todos, sejam eles bons ou maus. Os crentes eram perseguidos, presos e jogados no Coliseu para serem devorados pelos leões, mas eram incentivados a orar em favor de seus algozes. Tem você orado por nossa nação e nossos governantes? Que venhamos aprender com os irmãos da igreja do primeiro século a interceder em favor de todos os que estão em eminência, sejam ele justos ou injustos, pois esta é a vontade de Deus para nós.
TEXTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
Qual a missão do cristão em relação ao mundo e às autoridades? No texto em estudo, Paulo nos responde esta pergunta. Sabemos que a pregação do Evangelho é, sim, a grande missão da Igreja na Terra, conforme ordenado por Jesus (Mc 16.15). É preciso considerar, contudo, que antes da proclamação é necessário que haja oração (At 4.31; Ef 6.18,19). Em tempos tão agitados, em que se busca uma participação mais ativa das igrejas na vida pública, é fundamental estudar o que o Novo Testamento nos ensina sobre isso. Vivendo em uma época de tanta conturbação, sob o opressor Império Romano, a orientação de Paulo foi, antes de tudo, a prática da oração. Vamos refletir sobre isso.
I – ORAÇÃO: UMA PRIORIDADE
1- “Antes de tudo”. No primeiro capítulo de sua carta, Paulo saúda a Timóteo e o lembra da principal missão que tinha em Éfeso: refutar o ensino dos falsos mestres. A partir do capítulo 2, transmite instruções práticas de como o jovem pastor deveria liderar a igreja e de como deveria ser desenvolvida a vida eclesiástica. O apóstolo começa advertindo-o da prioridade para o viver cristão: a oração. A expressão “antes de tudo” indica que antes de qualquer outra prática litúrgica Timóteo deveria dedicar-se à oração e estimular os crentes efésios a fazer o mesmo. Seu dever pessoal fica evidenciado quando o apóstolo diz “admoesto-te” e o dever congregacional está explícito na expressão “que se façam”. Ou seja, Timóteo e toda a igreja deveriam ter a oração como prioridade no viver. Isso funcionaria – e funciona, induvidosamente -, como condição para o estabelecimento e a vida da igreja.
2- Como orar. Apesar de Paulo usar palavras sinônimas (“deprecações, orações, intercessões e ações de graças”), fica claro que não se trata de uma mera repetição. Deprecação é uma súplica por uma necessidade específica. Oração é um termo genérico e pode expressar desde petições feitas em favor de si mesmo, por necessidades gerais, a toda e qualquer expressão verbal dirigida a Deus, Interceder é orar em favor de outra pessoa. Ações de graças são expressões de gratidão. Timóteo e toda a igreja deveriam fazer todo o tipo de oração, por eles mesmos, por todos os homens e, como uma nota especial no texto, por todas as autoridades (2.2). Orar antes de tudo é uma recomendação que se aplica a todos nós, em relação a toda e qualquer área da vida. Há nisso, um aspecto temporal e prático. Orar primeiro e orar antes de tudo significa, por exemplo, que não devemos começar o dia sem orar; que não devemos iniciar uma viagem sem orar; que precisamos buscar a vontade de Deus para todas as decisões de nossa vida (Tg 4.13-16). Orar antes de tudo é reconhecer a soberania de Deus e dar a Ele o controle de nosso viver. Orar sem cessar (1 Ts 5.17; Cl 4.2).
3- Orar pelas autoridades. Nos tempos de Paulo, o mundo vivia sob o controle de reis e imperadores cruéis, como Nero, um implacável perseguidor dos cristãos, que governava o Império Romano naqueles dias (54-68 d.C.). O apóstolo já havia sido hostilizado e preso muitas vezes pelas autoridades romanas. Pouco tempo antes de escrever essa carta a Timóteo, sofrerá cinco anos de aprisionamento, da prisão em Jerusalém até Roma (At 28.11-31). Orar antes de tudo é reconhecer a soberania de Deus e dar a Ele o controle de nosso viver. Orar sem cessar. Da parte dos judeus, os conflitos políticos e militares com seus dominadores sempre foram intensos, com grandes revoltas, como a dos Macabeus (164 a.C.) e as guerras judaico-romanas, como a que culminou com a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. Os judeus eram dados a levantes, protestos e sedições, como narram historiadores como Flávio Josefo e Eusébio de Cesareia. Lucas faz um rápido registro desse típico comportamento judaico, citando Teudas e Judas, o galileu (At 5.34-37). Contudo, em Jesus e nos apóstolos não se observa qualquer instigação a movimentos revoltosos contra as autoridades ou o exercício para ascensão ao poder. O que o Novo Testamento nos ensina é orar intensamente pelas autoridades (1 Tm 2.1) e nos sujeitar a elas (Rm 13.1; 1 Pe 2.13-17).
SUBSÍDIO 1
Prezado (a) professor (a). “com o começo do segundo capítulo, o apóstolo chega à questão que o levou a escrever a Timóteo — a preocupação pela devida ordem na igreja efésia. A prioridade que Paulo deu a este tema mostra-se na frase de abertura Admoesto-te. pois, antes de tudo’. Há certa adequação que deve caracterizar o culto público a Deus. Lógico que não é formalismo censurável preocupar-se pelos segmentos sequenciais adequados e próprios a serem observados quando os cristãos se reúnem para cultuar O apóstolo exorta o tipo de oração que deve teor parte de todo culto dessa categoria: ‘Admoesto-te . que se façam deprecações (súplicas), orações, intercessões e ações de graças por todos os homens. Não há dever cristão para com nossos semelhantes que se compare em importância com o dever de orar por eles. O crente não pode fazer algo para ajudar as pessoas se, em primeiro lugar, não orar por elas Depois de orar há muitas coisas que pode fazer: mas até que ore, não há nada a fazer, exceto orar.
PROFESSOR! (A). a passagem de Lucas 11.1-4. transmite uma mensagem muito simples. A oração e a expressão cio nosso relacionamento familiar com Deus, E as respostas às orações não dependem de alguém ter ou não cometido um erro ao recitar as palavras adequadas. Na verdade, as respostas à oração representam um transbordamento daquele permanente amor que Deus tem por nós, seus filhos.
II – O PODER DA ORAÇÃO
1- Uma questão de fé. Um dos sinais dos últimos tempos é a apostasia, o abandono da fé (1 Tm 4.1). Isso acontece paulatinamente, com a diminuição de disciplinas espirituais essenciais, como a leitura bíblica e a oração. Fé e oração, oração e fé. Atributo e prática intimamente associados e codependentes. É preciso ter fé para orar (Hb 11.6; Tg 1.6-8) e é preciso orar para ter mais fé (Lc 17.5; 22.32; Ef 3.14-17; 2 Ts 1.11). Pela parábola do juiz iníquo, entendemos como a crise de fé tem relação com a diminuição da frequência e do tempo de oração (Lc 18.1-8). Jesus contou essa parábola com o propósito específico de nos estimular a “orar sempre e nunca desfalecer. A viúva insistiu com o perverso juiz, que “nem a Deus temia, nem respeitava homem algum”, o que demonstra o grau de improbabilidade de que a pobre mulher fosse atendida. Sua insistência, contudo, levou o ímpio magistrado a atendê-la.
2- O perigo do secularismo. Jesus fez a aplicação da parábola aos seus discípulos de todos os tempos, tratando do relacionamento que precisamos ter com nosso Pai celestial: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (v. 7). O Mestre responde: “Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?” (v. 8). Em outras palavras: ainda haverá quem creia que vale a pena orar, esperando pela intervenção de Deus? Jesus estava nos advertindo de uma onda mortal chamada secularismo, fruto do abandono da fé, de incredulidade e dureza de coração. Será que ainda vale a pena “orar sempre e nunca desfalecer” esperando que Deus faça justiça em nossas causas, ou é hora de agir, usando nossas próprias armas para resolver nossos problemas e nos livrar das injustiças de nosso tempo? A resposta está no nível de fé que temos.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), explique aos alunos que “há oração em todas as religiões. Deus e a oração são inseparáveis. A crença em Deus e na oração são elementares e intuitivas. As ideias podem ser cruas e cruéis entre os povos primitivos e pagãos, mas pertencem às instituições da raça humana. O ensino do Antigo Testamento está repleto do assunto oração. Desdenhar, portanto, do poder da oração é um sinal trágico para a fé evangélica. A oração pelas autoridades faz com que Deus, que é Soberano em tudo, dirija seus corações segundo a vontade dEle, livrando-nos de hostilidades e perseguições. A oração, conforme lá se observou, está entre as mais antigas práticas da humanidade. Falando de Antigo Testamento, ela faz sua introdução no livro dos princípios, o Gênesis, e permanece em evidência até o livro de Malaquias, De todas as criaturas de Deus somente as pessoas oram — a oração é estritamente pessoal. Ela é um dom de Deus para nós, o nosso elo com o Criador. Portanto, vendo a oração da perspectiva do Antigo Testamento, nosso enfoque será sobre as pessoas que oram, os motivos de suas orações, como elas se aproximaram de Deus e o trataram, como os nomes e os atributos de Deus influenciaram suas orações e que resultados e realizações chegaram a alcançar.
III – O PROPÓSITO DIVINO
1- Bom e agradável. Deus espera que confiemos nELe e façamos o que Ele recomenda em sua Palavra. Sob a inspiração do Espírito Santo, Paulo não apenas adverte a Timóteo da prioridade da oração e do seu alvo, mas registra que isso é “bom e agradável diante de Deus”. Deixar de atender essa recomendação é buscar outros expedientes e, além de incredulidade, rebeldia, sob a falsa justificativa de que é preciso agir. Porventura, orar não é agir? Sim, orar é agir. Agir na esfera própria, contra os verdadeiros inimigos da Igreja (Ef 6.12).
É atravessar bloqueios e alcançar as regiões celestiais, onde estão as efetivas soluções de nossos problemas. É lutar com armas não carnais (2 Co 104,5)’ Enganam-se os que pensam que a oração é uma inação ou inatividade. Oração é combate efetivo (Rm 15.30; Cl 4.12). Todas as nossas demais ações, justas e necessárias, somente serão corretas e eficazes se forem precedidas dessa ação fundamental, que é a oração (2 Cr 7.14; Mt 6.33; Ef 6.18; Fp 4.6; Jo 15.5). “Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela’ (Sl 127.1).
2- A salvação de todos. O universalismo é a falsa crença de que, ao final, Deus salvará a todos os homens. Isso não tem respaldo bíblico algum. A Bíblia apresenta, repetidas vezes, os dois destinos distintos que serão dados aos salvos e aos perdidos (Mt 7-13.14: Ap 21.7,8). A salvação é para quem crê e permanece fiel por toda a vida (Ap 2.10). Mas isso não anula a vontade de Deus, que é a salvação de todos os homens, incluindo as autoridades hostis (1 Tm 24). Orar nos coloca em sintonia com essa vontade e impede que nosso coração esteja fechado para a nossa missão, que é a pregação do Evangelho a toda criatura (Mc 16.15).
3- Unidade em Deus. O propósito da oração individual e congregacional é que sejamos agentes efetivos do plano de Deus de “tornar a congregar em Cristo todas as coisas” (Ef 1.9,10). Paulo diz isso quando escreve: “Porque, há um só Deus é um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1 Tm 2.5). Nada, absolutamente, nada, pode nos afastar desse propósito eterno, prejudicando nossa pregação comportamental e verbal, que encontra grande eficácia quando expressamos unidade como Corpo de Cristo (Jo 17.21-23). As intrigas e divisões entre os que professam o nome de Cristo causam grandes prejuízos espirituais e comprometem o progresso do Evangelho.
SUBSÍDIO 3
“Prezado (a) professor(a) é importante que neste tópico seja enfatizado que Timóteo esteve presente, por ocasião do primeiro aprisionamento de Paulo em Roma, O apóstolo faz, por três vezes, citações ao seu “filho na fé”. Leia, juntamente com os alunos, os textos de Filipenses 1.1 e Colossenses 1.1. Paulo, ao ser solto, leva consigo a Timóteo em sua quarta e última viagem missionária, quando roga para que fique servindo na igreja em Éfeso (1 Tm 1.3). Explique a importância do líder estabelecer bons relacionamentos, tomando como exemplo Paulo e Timóteo.
CONCLUSÃO
Paulo conclui sua instrução com uma recomendação que abrange a atuação pública: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda” (1 Tm 2.8), Esta é. portanto, a grande ação que se espera da Igreja, do recôndito de nosso coração à expressão congregacional e pública. Foi assim que a Igreja sempre cresceu. Nem a tirania romana deteve o avanço da fé cristã.
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