TEXTO PRINCIPAL “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.” (1 Tm 3.1) RESUMO DA LIÇÃO Pastores são l...
TEXTO PRINCIPAL
“Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.” (1 Tm 3.1)
RESUMO DA LIÇÃO
Pastores são líderes escolhidos por Deus para cuidarem do rebanho do Senhor.
LEITURA SEMANAL
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na LIÇÃO deste domingo estudaremos a respeito da missão de Timóteo em Éfeso. Veremos que esta missão é dada aos pastores. Com o líder, Paulo foi dedicado, amoroso, irrepreensível e estava atento aos assuntos de interesse da igreja. Ao ler as suas cartas pastorais, podemos perceber que deu especial importância ao treinamento de obreiros, discorrendo a respeito da disciplina dos líderes, especialmente dos presbíteros que viessem a falhar, De forma bem clara, doutrinou a respeito dos relacionamentos na igreja local. Paulo afirma que “se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (31).
Do mesmo modo como os doze apóstolos de Jesus deixaram tudo para segui-lo, muitos homens, na igreja do primeiro século, deixaram tudo para se dedicar ao pastorado. Estes deveriam ser sustentados pela igreja. “Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E Digno é o obreiro do seu salário” (5.18). Aos coríntios, ele fez observações idênticas, revelando seu zelo pela manutenção dos obreiros (1 Co 9.6-10).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), inicie o primeiro tópico da lição fazendo as seguintes indagações, “Existe diferença entre os termos “bispo”, “presbítero” e “pastor”? “Quais são elas?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação da turma. Em seguida explique que “os termos ‘bispo [dai episcopado], ‘presbítero’ e ‘pastor’ são todos usados no Novo Testamento para se referir ao mesmo ofício, ‘Bispo’ [ou ‘supervisor’] enfatiza a tarefa de velar pela congregação (Hb 13.17), Os versículos 2-7 do capítulo três, não descrevem o trabalho do pastor. Eles descrevem o caráter da pessoa que deve servir nesse ofício. A lista não pretende ser exaustiva, mas prevê uma pessoa de caráter cristão amadurecido” (Bíblia de Estudo Holman. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 1943).
TEXTO BÍBLICO
1 Timóteo 3.1-7
INTRODUÇÃO
Como temos visto, a missão de Timóteo em Éfeso, de defender a pureza do Evangelho contra o ataque dos falsos mestres, incluía, necessariamente, a transmissão de uma sólida doutrina para toda a igreja. Não era apenas refutar diretamente os que estavam ensinando falsas doutrinas, mas aparelhar a igreja com um ensino puro. Todo o corpo precisava estar bem ajustado, para que crescesse de forma saudável, com todos os membros funcionando adequadamente (Ef 4.16). Um corpo sadio possui células de defesa, que identificam e repelem os invasores. Na igreja, essa função é dada primordialmente aos pastores. Por isso, precisamos de uma liderança forte, dotada das qualificações espirituais e morais exigidas pela Palavra de Deus. Ouçamos o Espírito!
I – O PERFIL DA LIDERANÇA
1- Relativismo moral. Vivemos tempos de um profundo relativismo moral; de rejeição e negação de valores e de verdades absolutas; são tempos do “não é bem assim”. Essa é uma reação muito comum, para os relativistas, quando se deparam com um texto como o de 1 Timóteo 3. E quando alguém diz “não é bem assim”, cria-se um vácuo imaginário, que pode ser preenchido com qualquer tipo de concepção ideológica.
Nesse novo e multifacetado universo colorido, o homem se torna o senhor do seu destino, fazendo suas próprias escolhas, sem nenhum parâmetro absoluto. Os ensinos de Paulo já eram desafiadores naquele tempo. Para nós, hoje, são ainda mais, diante do grande afrouxamento de normas, com muitas acomodações às fraquezas e desejos pecaminosos, próprios da natureza humana caída.
2- Compromisso com as Escrituras. O perfil de líderes que precisamos ser e ter deve estar de acordo com a Palavra de Deus. São os grandes desafios que nos forjam e nos preparam para as grandes missões. Deus sempre submeteu a profundas provas os homens que escolheu para servi-lo. Paulo foi um deles (At 9.15,16). Timóteo estava seguindo o mesmo caminho (2 Tm 1.8; 2.3,4; 3.10-12; Fp 2.19-22).
Deus nos tem dado líderes valorosos, aos quais devemos reconhecer e honrar, com respeito e gratidão, orando por eles e os ajudando em suas difíceis tarefas (1 T s 5.12,13; Hb 13.17-19).
Cabe à igreja local uma observância cautelosa da presença ou não das qualificações espirituais e morais exigidas pela Palavra de Deus. Com ou sem o desejo de ser presbítero, ninguém pode ser ascendido à função sem evidenciar os qualificativos prescritos nas Escrituras. O afrouxamento da observância desses requisitos para a escolha de líderes, sob o pensamento de estar beneficiando o candidato, pode impor graves prejuízos a ele e a todos os liderados.
SUBSÍDIO 1
Prezado(a) professor(a), explique que as aspirações à liderança são ratificadas (3.1). “O apóstolo volta sua atenção especificamente às posições de liderança na igreja, citando outro provérbio aparentemente famoso. Já naquele tempo, a igreja primitiva tinha uma coleção d e curtas declarações (logia), de modo resumido, porções memoráveis de verdades com um entes sustentadas pelos crentes. Tais expressões existiram antes do tempo da composição das pastorais, e como reconhecimento de sua aceitação geral foram introduzidas em forma de citações como vemos aqui: Esta é uma palavra fiel’. Esta declaração cristã válida a aspiração que um crente possa ter de servir à igreja em uma posição de liderança ou supervisão. O crente que tenha esta aspiração, certamente deseja fazer um bom trabalho, desempenhar uma tarefa nobre. Ao citar este provérbio, o apóstolo recomenda o ofício do bispo a qualquer pessoa que tenha qualificações que se seguem (vv.2-7)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 1454)
II – A INSTITUIÇÃO DO MINISTÉRIO
1- A estrutura. As cartas pastorais contribuem muito para que se conheça o grau de organização ministerial que a Igreja alcançou já no primeiro século, principalmente com o resultado do trabalho de Paulo ao longo de suas viagens missionárias. Vários textos de Atos indicam a organização de presbitérios nas igrejas (At 14.21- 23; 15.2-4,22; At 20.17,28). Em várias passagens do Novo Testamento encontramos referências a diáconos, presbíteros, mestres, pastores, evangelistas, profetas e apóstolos (At 6.1-6; Fp 1.1; 1 Tm 3.8).
O Novo Testamento não apresenta um rol rígido, taxativo ou exaustivo de funções ou serviços ministeriais, o que tem levado a interpretações distintas, com modelos variados de organização eclesiástica. No pentecostalismo clássico, o corpo de obreiros é constituído de diáconos, presbíteros, evangelistas e pastores.
2- O episcopado. Bispo, ancião ou presbítero. Do grego episkopos, significa supervisor, “literalmente, ‘inspetor’ (formado de epi, ‘por cima de’, eskopeo, ‘olhar ou vigiar’)”. É a figura do pastor da igreja local. Alguém que tenha maturidade e discernimento espiritual necessários para cuidar do rebanho; apascentar as ovelhas. O próprio sentido da palavra, portanto, é suficiente para entendermos que somente pode exercer essa missão quem reunia altas qualificações espirituais e morais, daí Paulo usar a expressão “convém”, no sentido d e ser recomendável e necessário.
3- Rol de qualificações. Não se trata de um rol exaustivo, mas cuida do que é essencial na vida do obreiro, do líder espiritual, do cuidador de alma. De imediato, é possível observar que a prioridade não está ligada a popularidade ou carisma, em qualquer sentido, nem mesmo no sentido bíblico, quanto aos dons espirituais. Não se trata, jamais, de desprezar a exigência de que o pastor seja dotado de dons espirituais (1 Co 12.4-10). O batismo no Espírito Santo, como sabemos, é a experiência inicial no glorioso caminho dos dons (At 2,3,4,38,39).
Mas o candidato ao presbiterato precisa já ter percorrido esse caminho e ingressado em outro, “ainda mais excelente” (1 Co 12.31), no qual é imprescindível que seja evidenciado em sua vida o fruto do Espírito (Gl 5.22). Sem essas virtudes, ninguém consegue alcançar as qualificações exigidas em 1 Timóteo 3.2-7.
SUBSÍDIO 2
Professor(a), leia juntamente com os alunos o texto de 1 Timóteo 3.2-7, Depois, explique que ‘estes versículos não descrevem o trabalho do pastor. Eles descrevem o caráter da pessoa que deve servir nesse ofício. A lista não pretende ser exaustiva, mas prevê uma pessoa de caráter cristão amadurecido. “Apto para ensinar” é o único requisito desta lista que não é necessariamente requerido por todos os crentes. Isso também não é requerido dos diáconos. Consequentemente, essa é uma marca distintiva do pastor (Tt 1.9).” (Bíblia de Estudo Holman. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 1943.)
II – AS QUALIFICAÇÕES E SEUS ASPECTOS
1- “Irrepreensível”. Do grego anepilemptos, o termo “significa literalmente ‘que não se pode atingi-lo’”. Veja-se que não se trata de uma exigência superficial, mas absolutamente profunda, que nos leva a refletir sobre o detido cuidado que é preciso ter no exame preliminar do aspirante ao episcopado. O bispo precisa ser uma pessoa com a vida resolvida, como poderíamos dizer.
Não é por acaso que a expressão “marido de uma mulher” aparece logo em seguida. Naqueles tempos de tanta poligamia, totalmente tolerada pelo paganismo da época, era fundamental que essa regra fosse estritamente obedecida pelos bispos, como exemplo para os demais cristãos. Hoje, de igual sorte, esse requisito deve ser observado.
2- Sobriedade e correção moral. O líder espiritual precisa ser prudente, equilibrado, justo em seus negócios e acolhedor, Isso é retratado pelas expressões “vigilante, sóbrio, honesto lei hospitaleiro”.
3- Apto para ensinar. O pastor precisa se dedicar ao estudo e ensino das Escrituras à igreja. Não deve negligenciar a transmissão da doutrina, transferindo a responsabilidade a terceiros ou ocupando o tempo do culto com qualquer outra atividade, ainda que espiritual. O momento do ensino da Palavra é sagrado, literalmente (1 Tm 4.6,11-16).
Mas essa aptidão para ensinar não é somente associada ao preparo bíblico e teológico. Tem a ver, também, com aptidões decorrentes de seu testemunho pessoal, evidenciados por um comportamento sóbrio e por uma conduta moral isenta de reprovação, dentro e fora de casa (1 Tm 3.7)
SUBSÍDIO 3
CONCLUSÃO
Paulo conclui a lista de qualificações do pastor incluindo a recomendação de que “não [seja] neófito, para que, ensoberbecendo-se. não caia na condenação do diabo” e que tenha bom testemunho dos que estão de fora (1 Tm 3.6,7). Concluímos, portanto, que O pastor deve ser maduro espiritualmente e viver em harmonia com todos: em casa, na igreja e na sociedade. O desafio é grande. Oremos mais por nossos pastores.
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
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