TEXTO BÍBLICO BÁSICO Êxodo 12.12,13 12 - E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde...
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Êxodo 12.12,13
12 - E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.
13 - E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.
Marcos 14.22-24
22 - E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
23 - E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.
24 - E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado.
TEXTO ÁUREO
Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.
1 Coríntios 15.3
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Êxodo 12:12
“E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.”
Comentário Bíblico e Teológico
Este versículo faz parte do contexto da Páscoa (Pesaḥ - פֶּסַח), o evento culminante das dez pragas do Egito, que demonstram o poder de Deus contra Faraó e os deuses egípcios.
- "Passarei" – Em hebraico, a palavra é עָבַר (ʿāḇar), que significa “atravessar” ou “passar por cima”, indicando um ato deliberado de juízo divino.
- "Ferirei todo primogênito" – A morte dos primogênitos representa um golpe direto na estrutura da sociedade egípcia. Na cultura egípcia, o primogênito era herdeiro e garantia da continuidade da linhagem.
- "Sobre todos os deuses do Egito farei juízos" – Em hebraico, שְׁפָטִים (shepāṭîm), plural de שָׁפַט (shāphaṭ), significa “sentença” ou “julgamento”. Deus não estava apenas castigando os egípcios, mas demonstrando Sua superioridade sobre as divindades egípcias (cf. Números 33:4).
Aplicação Cristológica
A morte dos primogênitos egípcios é um paralelo com Cristo, o Primogênito de Deus (Colossenses 1:15), que sofreu a morte para livrar Seu povo da escravidão do pecado.
Êxodo 12:13
“E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.”
Comentário Bíblico e Teológico
O sangue do cordeiro pascal é um dos maiores símbolos da redenção na Bíblia.
- "Aquele sangue vos será por sinal" – O termo hebraico אוֹת (ʾôt) significa “sinal”, “marca” ou “milagre”. Este sinal representava proteção para os israelitas e também tipificava a futura obra expiatória de Cristo.
- "Vendo eu sangue, passarei por cima de vós" – O verbo hebraico פָּסַח (pāsaḥ), traduzido como “passar por cima”, também pode significar “poupar”. Esse conceito está na base da doutrina da propiciação, na qual o sangue de Cristo nos protege do juízo divino (Romanos 3:25).
Aplicação Cristológica
O sangue do cordeiro pascal é um tipo do sangue de Cristo, que nos livra da condenação (1 Pedro 1:18-19).
Marcos 14:22
“E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.”
Comentário Bíblico e Teológico
Este versículo descreve a instituição da Ceia do Senhor.
- "Tomou Jesus pão" – O pão, em grego ἄρτος (artos), simboliza o sustento físico e espiritual. No contexto da Páscoa judaica, esse pão seria sem fermento (matzá), apontando para a pureza de Cristo (1 Coríntios 5:7).
- "Isto é o meu corpo" – A palavra σῶμα (sōma) refere-se ao corpo físico de Cristo, que seria entregue na cruz. Essa linguagem simbólica enfatiza a necessidade de participar da vida de Cristo pela fé.
Aplicação Cristológica
Jesus se apresenta como o verdadeiro pão da vida (João 6:35), e Seu corpo partido simboliza Seu sacrifício na cruz.
Marcos 14:23
“E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.”
Comentário Bíblico e Teológico
O cálice contém o vinho, que simboliza o sangue de Cristo derramado.
- "Tomando o cálice" – A palavra grega ποτήριον (potērion) é frequentemente usada para representar sofrimento e juízo (Marcos 10:38).
- "Dando graças" – O verbo εὐχαριστέω (eucharisteō) significa “dar graças”. A Ceia do Senhor é um momento de gratidão pela redenção.
Aplicação Cristológica
O ato de beber do cálice simboliza a comunhão com Cristo em Seu sofrimento e redenção (1 Coríntios 10:16).
Marcos 14:24
“E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado.”
Comentário Bíblico e Teológico
Aqui, Jesus estabelece a Nova Aliança.
- "Meu sangue" – O termo grego αἷμα (haima) remete ao conceito de sacrifício expiatório (Hebreus 9:22).
- "Novo Testamento" – O grego διαθήκη (diathēkē) significa “aliança” ou “pacto”, referindo-se ao novo relacionamento entre Deus e Seu povo (Jeremias 31:31-34; Hebreus 8:6).
- "Que por muitos é derramado" – O verbo ἐκχύννω (ekchynnō) significa “derramar abundantemente”, enfatizando o sacrifício vicário de Cristo.
Aplicação Cristológica
O sangue de Cristo ratifica a Nova Aliança e garante a salvação dos que creem (Hebreus 9:15).
1 Coríntios 15:3 (Texto Áureo)
“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.”
Comentário Bíblico e Teológico
Paulo apresenta o coração do evangelho: a morte expiatória de Cristo.
- "Vos entreguei o que também recebi" – O verbo grego παραδίδωμι (paradidōmi) indica transmissão fiel de uma tradição. Paulo não inventou o evangelho, mas o recebeu e o repassou.
- "Cristo morreu por nossos pecados" – O termo grego ὑπέρ (hyper) indica substituição. Cristo morreu em nosso lugar, cumprindo Isaías 53:5.
- "Segundo as Escrituras" – Indica que a morte de Cristo não foi acidental, mas o cumprimento do plano divino revelado no Antigo Testamento (Salmo 22; Isaías 53).
Aplicação Cristológica
A morte de Cristo é a base da nossa redenção. Sem ela, não há evangelho nem salvação (Romanos 5:8).
Conclusão
Os textos analisados mostram a conexão entre o Êxodo e a obra redentora de Cristo. O sangue do cordeiro na Páscoa aponta para o sangue de Cristo na cruz. A Ceia do Senhor reafirma essa redenção, e Paulo reforça que a morte de Cristo foi o cumprimento das Escrituras. Assim, vemos que a salvação sempre esteve no coração do plano divino, desde o Antigo até o Novo Testamento.
Êxodo 12:12
“E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.”
Comentário Bíblico e Teológico
Este versículo faz parte do contexto da Páscoa (Pesaḥ - פֶּסַח), o evento culminante das dez pragas do Egito, que demonstram o poder de Deus contra Faraó e os deuses egípcios.
- "Passarei" – Em hebraico, a palavra é עָבַר (ʿāḇar), que significa “atravessar” ou “passar por cima”, indicando um ato deliberado de juízo divino.
- "Ferirei todo primogênito" – A morte dos primogênitos representa um golpe direto na estrutura da sociedade egípcia. Na cultura egípcia, o primogênito era herdeiro e garantia da continuidade da linhagem.
- "Sobre todos os deuses do Egito farei juízos" – Em hebraico, שְׁפָטִים (shepāṭîm), plural de שָׁפַט (shāphaṭ), significa “sentença” ou “julgamento”. Deus não estava apenas castigando os egípcios, mas demonstrando Sua superioridade sobre as divindades egípcias (cf. Números 33:4).
Aplicação Cristológica
A morte dos primogênitos egípcios é um paralelo com Cristo, o Primogênito de Deus (Colossenses 1:15), que sofreu a morte para livrar Seu povo da escravidão do pecado.
Êxodo 12:13
“E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.”
Comentário Bíblico e Teológico
O sangue do cordeiro pascal é um dos maiores símbolos da redenção na Bíblia.
- "Aquele sangue vos será por sinal" – O termo hebraico אוֹת (ʾôt) significa “sinal”, “marca” ou “milagre”. Este sinal representava proteção para os israelitas e também tipificava a futura obra expiatória de Cristo.
- "Vendo eu sangue, passarei por cima de vós" – O verbo hebraico פָּסַח (pāsaḥ), traduzido como “passar por cima”, também pode significar “poupar”. Esse conceito está na base da doutrina da propiciação, na qual o sangue de Cristo nos protege do juízo divino (Romanos 3:25).
Aplicação Cristológica
O sangue do cordeiro pascal é um tipo do sangue de Cristo, que nos livra da condenação (1 Pedro 1:18-19).
Marcos 14:22
“E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.”
Comentário Bíblico e Teológico
Este versículo descreve a instituição da Ceia do Senhor.
- "Tomou Jesus pão" – O pão, em grego ἄρτος (artos), simboliza o sustento físico e espiritual. No contexto da Páscoa judaica, esse pão seria sem fermento (matzá), apontando para a pureza de Cristo (1 Coríntios 5:7).
- "Isto é o meu corpo" – A palavra σῶμα (sōma) refere-se ao corpo físico de Cristo, que seria entregue na cruz. Essa linguagem simbólica enfatiza a necessidade de participar da vida de Cristo pela fé.
Aplicação Cristológica
Jesus se apresenta como o verdadeiro pão da vida (João 6:35), e Seu corpo partido simboliza Seu sacrifício na cruz.
Marcos 14:23
“E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.”
Comentário Bíblico e Teológico
O cálice contém o vinho, que simboliza o sangue de Cristo derramado.
- "Tomando o cálice" – A palavra grega ποτήριον (potērion) é frequentemente usada para representar sofrimento e juízo (Marcos 10:38).
- "Dando graças" – O verbo εὐχαριστέω (eucharisteō) significa “dar graças”. A Ceia do Senhor é um momento de gratidão pela redenção.
Aplicação Cristológica
O ato de beber do cálice simboliza a comunhão com Cristo em Seu sofrimento e redenção (1 Coríntios 10:16).
Marcos 14:24
“E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado.”
Comentário Bíblico e Teológico
Aqui, Jesus estabelece a Nova Aliança.
- "Meu sangue" – O termo grego αἷμα (haima) remete ao conceito de sacrifício expiatório (Hebreus 9:22).
- "Novo Testamento" – O grego διαθήκη (diathēkē) significa “aliança” ou “pacto”, referindo-se ao novo relacionamento entre Deus e Seu povo (Jeremias 31:31-34; Hebreus 8:6).
- "Que por muitos é derramado" – O verbo ἐκχύννω (ekchynnō) significa “derramar abundantemente”, enfatizando o sacrifício vicário de Cristo.
Aplicação Cristológica
O sangue de Cristo ratifica a Nova Aliança e garante a salvação dos que creem (Hebreus 9:15).
1 Coríntios 15:3 (Texto Áureo)
“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.”
Comentário Bíblico e Teológico
Paulo apresenta o coração do evangelho: a morte expiatória de Cristo.
- "Vos entreguei o que também recebi" – O verbo grego παραδίδωμι (paradidōmi) indica transmissão fiel de uma tradição. Paulo não inventou o evangelho, mas o recebeu e o repassou.
- "Cristo morreu por nossos pecados" – O termo grego ὑπέρ (hyper) indica substituição. Cristo morreu em nosso lugar, cumprindo Isaías 53:5.
- "Segundo as Escrituras" – Indica que a morte de Cristo não foi acidental, mas o cumprimento do plano divino revelado no Antigo Testamento (Salmo 22; Isaías 53).
Aplicação Cristológica
A morte de Cristo é a base da nossa redenção. Sem ela, não há evangelho nem salvação (Romanos 5:8).
Conclusão
Os textos analisados mostram a conexão entre o Êxodo e a obra redentora de Cristo. O sangue do cordeiro na Páscoa aponta para o sangue de Cristo na cruz. A Ceia do Senhor reafirma essa redenção, e Paulo reforça que a morte de Cristo foi o cumprimento das Escrituras. Assim, vemos que a salvação sempre esteve no coração do plano divino, desde o Antigo até o Novo Testamento.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Isaías 61.1-11
A salvação é proclamada
3ª feira - Romanos 5.12-21
Onde o pecado abundou, superabundou a graça
4ª feira - 2 Coríntios 5.14,15
O amor de Cristo nos constrange
5ª feira - Hebreus 9.11-14
Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros
6ª feira - 1 Coríntios 11.23-26
Eu recebi do Senhor o que também vos ensinei
Sábado - Efésios 2.13-18
Pelo sangue de Cristo chegastes perto
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Êxodo 12:12-13 – O Julgamento e a Proteção do Sangue
Versículo 12
"E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor."
- "Eu passarei pela terra do Egito" – O verbo hebraico usado para "passar" aqui é עָבַר (ʿāḇar), que significa atravessar ou cruzar. Este termo é diferente de "passar por cima" no versículo seguinte.
- "Ferirei todo primogênito" – A palavra hebraica para "primogênito" é בְּכוֹר (bekhôr), indicando não apenas o primeiro filho, mas o herdeiro principal da casa.
- "Sobre todos os deuses do Egito farei juízos" – A palavra "deuses" é אֱלֹהֵי (ʾelōhê), referindo-se às divindades egípcias que seriam desmoralizadas pela praga. Isso cumpre a promessa de Deus de demonstrar Seu domínio sobre os ídolos egípcios (Êx 7:5).
- "Eu sou o Senhor" – Em hebraico, יְהוָה (YHWH) enfatiza a soberania de Deus e Sua fidelidade à aliança com Israel.
Versículo 13
"E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito."
- "Sangue" – O termo hebraico דָּם (dām) representa vida e sacrifício. O sangue do cordeiro apontava profeticamente para o sacrifício de Cristo (Jo 1:29).
- "Vos será por sinal" – A palavra אוֹת (ʾôt) significa "sinal" ou "marca", indicando uma distinção entre os israelitas e os egípcios.
- "Passarei por cima" – Aqui é usado o verbo פָּסַח (pāsaḥ), de onde vem "Páscoa" (Pesach). Este verbo significa proteger, passar por cima, dando a ideia de livramento.
👉 Aplicação Teológica: A Páscoa no Egito tipifica a redenção em Cristo. Assim como o sangue do cordeiro livrou os israelitas da morte, o sangue de Cristo nos livra da condenação eterna (1 Pe 1:18-19).
Marcos 14:22-24 – A Instituição da Ceia do Senhor
Versículo 22
"E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo."
- "Tomou Jesus pão" – O termo grego para pão aqui é ἄρτος (artos), que se refere ao pão comum da refeição judaica, simbolizando Seu corpo entregue por nós.
- "Abençoando-o" – O verbo grego εὐλογέω (eulogeō) significa "dar graças" ou "falar bem", uma referência à tradição judaica de abençoar o pão antes da refeição.
- "Isto é o meu corpo" – A expressão τοῦτό ἐστιν τὸ σῶμά μου (touto estin to sōma mou) não significa uma transubstanciação literal, mas aponta para o corpo de Cristo oferecido em sacrifício.
Versículo 23
"E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele."
- "Cálice" – A palavra grega ποτήριον (potērion) refere-se ao cálice do vinho usado na Páscoa.
- "Dando graças" – O verbo εὐχαριστέω (eucharisteō), de onde vem "Eucaristia", significa agradecer a Deus pelo sacrifício.
Versículo 24
"E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado."
- "Sangue" – Em grego, αἷμα (haima) representa vida e expiação pelo pecado (Lv 17:11).
- "Novo Testamento" – καινὴ διαθήκη (kainē diathēkē) significa "nova aliança", referindo-se à profecia de Jeremias 31:31-34, onde Deus promete uma nova relação com Seu povo.
- "Que por muitos é derramado" – O verbo ἐκχέω (ekcheō) significa "derramar completamente", enfatizando a morte sacrificial de Cristo.
👉 Aplicação Teológica: A Ceia do Senhor substitui a Páscoa judaica, apontando para o sacrifício de Cristo como a nova e eterna aliança.
1 Coríntios 15:3 – O Evangelho da Morte e Ressurreição de Cristo
"Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras."
- "Vos entreguei" – O verbo grego παραδίδωμι (paradidōmi) significa "transmitir" ou "passar adiante", indicando a tradição apostólica.
- "Recebi" – O verbo λαμβάνω (lambanō) sugere uma recepção direta, possivelmente do próprio Cristo (Gl 1:12).
- "Cristo morreu por nossos pecados" – A palavra ὑπέρ (hyper) indica "em favor de", confirmando a substituição penal de Cristo.
- "Segundo as Escrituras" – Isso aponta para profecias do Antigo Testamento, como Isaías 53 e Salmo 22.
👉 Aplicação Teológica: A morte de Cristo é o centro do Evangelho, cumprindo as profecias messiânicas e garantindo a salvação.
Subsídios para o Estudo Diário
Aqui está um breve resumo dos textos sugeridos:
- Isaías 61:1-11 – A missão messiânica de proclamar a salvação e restaurar os oprimidos.
- Romanos 5:12-21 – A superioridade da graça de Cristo sobre o pecado de Adão.
- 2 Coríntios 5:14-15 – O amor de Cristo como motivação para vivermos para Ele.
- Hebreus 9:11-14 – Cristo como o Sumo Sacerdote que ofereceu Seu próprio sangue.
- 1 Coríntios 11:23-26 – A Ceia do Senhor como memorial da nova aliança.
- Efésios 2:13-18 – A reconciliação dos gentios e judeus através do sangue de Cristo.
Conclusão
A conexão entre a Páscoa (Êxodo 12) e a Ceia do Senhor (Marcos 14) é central para entender a redenção. O sacrifício de Cristo cumpre o plano de Deus revelado nas Escrituras, e Sua morte e ressurreição garantem a nossa salvação, conforme 1 Coríntios 15:3.
🔥 Cristo é o nosso Cordeiro Pascal, e Seu sangue nos livra da morte eterna!
Êxodo 12:12-13 – O Julgamento e a Proteção do Sangue
Versículo 12
"E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor."
- "Eu passarei pela terra do Egito" – O verbo hebraico usado para "passar" aqui é עָבַר (ʿāḇar), que significa atravessar ou cruzar. Este termo é diferente de "passar por cima" no versículo seguinte.
- "Ferirei todo primogênito" – A palavra hebraica para "primogênito" é בְּכוֹר (bekhôr), indicando não apenas o primeiro filho, mas o herdeiro principal da casa.
- "Sobre todos os deuses do Egito farei juízos" – A palavra "deuses" é אֱלֹהֵי (ʾelōhê), referindo-se às divindades egípcias que seriam desmoralizadas pela praga. Isso cumpre a promessa de Deus de demonstrar Seu domínio sobre os ídolos egípcios (Êx 7:5).
- "Eu sou o Senhor" – Em hebraico, יְהוָה (YHWH) enfatiza a soberania de Deus e Sua fidelidade à aliança com Israel.
Versículo 13
"E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito."
- "Sangue" – O termo hebraico דָּם (dām) representa vida e sacrifício. O sangue do cordeiro apontava profeticamente para o sacrifício de Cristo (Jo 1:29).
- "Vos será por sinal" – A palavra אוֹת (ʾôt) significa "sinal" ou "marca", indicando uma distinção entre os israelitas e os egípcios.
- "Passarei por cima" – Aqui é usado o verbo פָּסַח (pāsaḥ), de onde vem "Páscoa" (Pesach). Este verbo significa proteger, passar por cima, dando a ideia de livramento.
👉 Aplicação Teológica: A Páscoa no Egito tipifica a redenção em Cristo. Assim como o sangue do cordeiro livrou os israelitas da morte, o sangue de Cristo nos livra da condenação eterna (1 Pe 1:18-19).
Marcos 14:22-24 – A Instituição da Ceia do Senhor
Versículo 22
"E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo."
- "Tomou Jesus pão" – O termo grego para pão aqui é ἄρτος (artos), que se refere ao pão comum da refeição judaica, simbolizando Seu corpo entregue por nós.
- "Abençoando-o" – O verbo grego εὐλογέω (eulogeō) significa "dar graças" ou "falar bem", uma referência à tradição judaica de abençoar o pão antes da refeição.
- "Isto é o meu corpo" – A expressão τοῦτό ἐστιν τὸ σῶμά μου (touto estin to sōma mou) não significa uma transubstanciação literal, mas aponta para o corpo de Cristo oferecido em sacrifício.
Versículo 23
"E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele."
- "Cálice" – A palavra grega ποτήριον (potērion) refere-se ao cálice do vinho usado na Páscoa.
- "Dando graças" – O verbo εὐχαριστέω (eucharisteō), de onde vem "Eucaristia", significa agradecer a Deus pelo sacrifício.
Versículo 24
"E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado."
- "Sangue" – Em grego, αἷμα (haima) representa vida e expiação pelo pecado (Lv 17:11).
- "Novo Testamento" – καινὴ διαθήκη (kainē diathēkē) significa "nova aliança", referindo-se à profecia de Jeremias 31:31-34, onde Deus promete uma nova relação com Seu povo.
- "Que por muitos é derramado" – O verbo ἐκχέω (ekcheō) significa "derramar completamente", enfatizando a morte sacrificial de Cristo.
👉 Aplicação Teológica: A Ceia do Senhor substitui a Páscoa judaica, apontando para o sacrifício de Cristo como a nova e eterna aliança.
1 Coríntios 15:3 – O Evangelho da Morte e Ressurreição de Cristo
"Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras."
- "Vos entreguei" – O verbo grego παραδίδωμι (paradidōmi) significa "transmitir" ou "passar adiante", indicando a tradição apostólica.
- "Recebi" – O verbo λαμβάνω (lambanō) sugere uma recepção direta, possivelmente do próprio Cristo (Gl 1:12).
- "Cristo morreu por nossos pecados" – A palavra ὑπέρ (hyper) indica "em favor de", confirmando a substituição penal de Cristo.
- "Segundo as Escrituras" – Isso aponta para profecias do Antigo Testamento, como Isaías 53 e Salmo 22.
👉 Aplicação Teológica: A morte de Cristo é o centro do Evangelho, cumprindo as profecias messiânicas e garantindo a salvação.
Subsídios para o Estudo Diário
Aqui está um breve resumo dos textos sugeridos:
- Isaías 61:1-11 – A missão messiânica de proclamar a salvação e restaurar os oprimidos.
- Romanos 5:12-21 – A superioridade da graça de Cristo sobre o pecado de Adão.
- 2 Coríntios 5:14-15 – O amor de Cristo como motivação para vivermos para Ele.
- Hebreus 9:11-14 – Cristo como o Sumo Sacerdote que ofereceu Seu próprio sangue.
- 1 Coríntios 11:23-26 – A Ceia do Senhor como memorial da nova aliança.
- Efésios 2:13-18 – A reconciliação dos gentios e judeus através do sangue de Cristo.
Conclusão
A conexão entre a Páscoa (Êxodo 12) e a Ceia do Senhor (Marcos 14) é central para entender a redenção. O sacrifício de Cristo cumpre o plano de Deus revelado nas Escrituras, e Sua morte e ressurreição garantem a nossa salvação, conforme 1 Coríntios 15:3.
🔥 Cristo é o nosso Cordeiro Pascal, e Seu sangue nos livra da morte eterna!
OBJETIVOS
- Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- reconhecer os tipos bíblicos registrados no Antigo Testamento;
- compreender a importância da Tipologia Bíblica;
- entender que os tipos foram registrados para o exercício da fé.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, incentive os alunos a guardarem suas revistas ao final de cada trimestre. Assim, eles poderão formar uma minibiblioteca em casa, um recurso valioso para futuras pesquisas em diversos assuntos. Conservar esses materiais contribui significativamente para o aprendizado contínuo.
Excelente aula!
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
EM BREVE
EM BREVE
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Se os discípulos tivessem entendido que Jesus era o cumprimento para o qual todas as figuras veterotestamentárias tinham apontado, sua fé não teria sofrido qualquer abalo, porque teriam visto que somente por meio da morte é que Ele poderia resgatar a humanidade. Assim, é da maior importância que a Igreja esteja familiarizada com as cenas do Antigo Testamento e as instituições que tipificam Sua morte na cruz.
1. TIPOS DO CALVÁRIO, COM DERRAMAMENTO DE SANGUE
1.1. O derramamento de sangue no Livro de Gênesis
O Livro de Gênesis, com suas narrativas ricas e simbólicas, revela aspectos fundamentais da interação divina com a humanidade por meio do derramamento de sangue. Adão, Eva, Abel e Abraão enfatizam a profundidade do sacrifício expiatório e sua relevância eterna, tanto para os personagens bíblicos quanto para a compreensão teológica cristã subsequente.
1.1.1. Adão e Eva
Antes da instituição formal da Lei Mosaica, o sacrifício de animais já era uma prática estabelecida para alcançar o favor divino. Como destacado na Lição 6, segundo a narrativa bíblica, Adão e Eva descobriram que somente a morte e o derramamento de sangue de um animal poderiam simbolizar a purificação necessária para se aproximarem de Deus. As roupas feitas de folhas de figueira (ausência de sangue) por eles próprios mostraram-se insuficientes para cobrir sua nudez moral diante do Sagrado, contrastando com as túnicas de pele (sangue derramado) providenciadas pelo Criador (Gn 3.21).
____________________________________
As túnicas providenciadas por Deus (Gn 3.21) representam não apenas uma cobertura física, mas uma promessa profunda da redenção dos pecados pela morte vicária, antecipando a expiação definitiva realizada por Jesus Cristo, conforme indicado em Isaías 61.10 e Romanos 4.7.
____________________________________
1.1.2. Abel
Em Gênesis 3 e 4, observa-se claramente o contraste entre as abordagens humanas e divinas. As folhas de figueira e as túnicas de pele (Gn 3), as ofertas de frutas e o sacrifício do cordeiro (Gn 4) destacam que os melhores esforços humanos são insuficientes diante da providência divina.
Abel, aprendendo com o exemplo de seus pais, compreendeu a importância do sacrifício expiatório. Conforme Hebreus 11.4, pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim. Diferente de Caim, a postura de Abel refletia um coração alinhado aos desejos divinos (Sl 119.11). A oferta de Abel foi aceita pelo Criador, enquanto a de Caim, embora vistosa e fruto de grande esforço, foi rejeitada (Pv 25.14).
1.1.3. Abraão
Em Gênesis 22, nota-se que Abraão foi testado ao ser instruído a sacrificar seu filho Isaque em Moriá, mas o Senhor interveio, provendo um carneiro como substituto.
Este evento, marcando Isaque e o carneiro como figuras proféticas de Cristo, ilustra a providência divina. Na ocasião, Deus revelou-se como Jeová Jiré, que significa “o Senhor proverá” (Gn 22.14), simbolizando não apenas o suprimento material, mas a provisão espiritual, inicialmente prometida quando Abraão declarou que Ele providenciaria o cordeiro para o sacrifício (Gn 22.8).
1.2. O derramamento de sangue no Livro de Êxodo
Como destacado na Lição anterior, o cordeiro pascal, descrito em Êxodo 12, é uma figura poderosa de redenção, destacando-se, no versículo 13, como um símbolo da proteção divina contra a destruição: Deus passaria por cima das casas cujas portas estivessem aspergidas com sangue. Este ato simbólico, no entanto, exigia uma ação proativa de fé: o cordeiro não apenas deveria ser morto, mas seu sangue deveria ser derramado em uma bacia e aspergido sobre as portas para garantir a segurança dos primogênitos israelitas (Êx 12.7,12).
Essa prática antiga prefigura o sacrifício de Cristo, cujo sangue derramado e aspergido oferece salvação. Contudo, é crucial não apenas acreditar na morte de jesus, mas também aplicar pessoalmente o mérito de Seu sacrifício para usufruir de Sua proteção redentora.
1.3. O derramamento de sangue no Livro de Levítico
No Livro de Levítico encontra-se o pleno relato da instituição dos sacrifícios, os quais foram repetidos através dos séculos, até que Jesus, o Cordeiro de Deus, o antítipo perfeito, fosse morto pela humanidade.
1.3.1. A oferta queimada, a oferta pela paz e a oferta pelo pecado
Levítico descreve tipos de ofertas que simbolizam conceitos centrais da fé: a oferta queimada — ou holocausto — (Lv 1.11-17) e a oferta de paz (Lv 3; 7.11-21) indicam aceitação e reconciliação, respectivamente. Enquanto a primeira mostra a aceitação total pelo Divino, a segunda envolve comunhão após a morte de um substituto, com os sacerdotes partilhando do sacrifício. No Novo Testamento, essas ofertas encontram cumprimento na morte vicária de Cristo, que não só é aceita por Deus como também nos reconcilia com Ele, conferindo perdão e paz eternos, conforme destacado em Colossenses 1.20 e Efésios 2.13-16.
A oferta pelo pecado enfatiza o perdão (Lv 4.20,26,35; 9.10,13,16), ressaltando que, por intermédio de Jesus, nossos pecados são perdoados - uma verdade que se reflete na absolvição e aceitação divina.
1.3.2. Outros símbolos de redenção e purificação nos sacrifícios levíticos
Além das ofertas queimadas e dos sacrifícios oferecidos pela paz e pelo pecado, o Livro de Levítico detalha rituais adicionais que simbolizam a redenção divina e a purificação espiritual. Estes incluem sacrifícios por transgressões específicas (Lv 5.1-19; 6.1-7; 14) e o Dia da Expiação (Yom Kippur; Lv 16), que tratam da corrupção e apontam para q sacrifício final do Messias.
A purificação do leproso envolvia uma oferta acessível: duas aves modestas (Lv 14.30,32) eram sacrificadas em um vaso de barro (Lv 14.50). Esta oferta traduz a profundidade e a extensão do sacrifício do Cordeiro Santo. Observe:
- as aves podiam ser adquiridas por uma pequena quantia, sugerindo que a salvação está ao alcance de todos;
- Jesus, em Sua humanidade — representada pela fragilidade de um vaso de barro —, ofereceu-se em sacrifício em nosso lugar.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Se os discípulos tivessem compreendido que Jesus era o cumprimento de todas as figuras veterotestamentárias, sua fé não teria vacilado, pois reconheceriam que apenas por meio da morte Ele poderia redimir a humanidade. Assim, é essencial que a Igreja compreenda as tipologias do Antigo Testamento e as instituições que prenunciam Sua morte na cruz.
1. TIPOS DO CALVÁRIO, COM DERRAMAMENTO DE SANGUE
1.1. O Derramamento de Sangue no Livro de Gênesis
O Livro de Gênesis introduz o conceito de expiação pelo sangue, estabelecendo princípios fundamentais para a teologia bíblica da redenção.
1.1.1. Adão e Eva
Em Gênesis 3.21, Deus provê túnicas de pele (כַּתְנוּת עוֹר), um ato que requer a morte de um animal, sugerindo um sacrifício expiatório. O termo hebraico "kāṭĕnû" indica uma cobertura providenciada por Deus, simbolizando a justificação pela fé. Isaías 61.10 e Romanos 4.7 enfatizam a ideia de uma "justiça imputada", antecipando a redenção em Cristo.
1.1.2. Abel
O sacrifício de Abel (Gn 4.4) é descrito como מָן בְּכַרוּת (min bekhārôṭ), "dos primogênitos do seu rebanho", enfatizando a qualidade do sacrifício. Hebreus 11.4 declara que a oferta de Abel foi aceita "pela fé" (πίστει), destacando a relação entre sacrifício e confiança na providência divina.
1.1.3. Abraão
Gênesis 22 retrata o sacrifício de Isaque, onde Deus provê um carneiro em substituição ao filho de Abraão. A expressão "Jeová Jiré" (יִהְוָה יִרֵאֵה) indica um Deus que provê para a redenção. João 1.29 reforça essa tipologia, identificando Cristo como "o Cordeiro de Deus".
1.2. O Derramamento de Sangue no Livro de Êxodo
O cordeiro pascal (פַסַח pasach) de Êxodo 12 representa Cristo. O sangue sobre os umbrais simboliza a proteção contra o juízo divino. O Novo Testamento reafirma essa tipologia em 1 Coríntios 5.7: "Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós".
1.3. O Derramamento de Sangue no Livro de Levítico
O sistema sacrificial levítico prenuncia o sacrifício de Cristo.
1.3.1. A Oferta Queimada, Oferta pela Paz e Oferta pelo Pecado
- Oferta Queimada (עֵילַה 'olah) - O holocausto simboliza entrega total a Deus (Lv 1.3-17).
- Oferta pela Paz (שֶׁלְמַים shelamim) - Representa comunhão com Deus (Lv 3.1-17).
- Oferta pelo Pecado (חֵטַאת chatta'at) - Significa expiação (Lv 4.1-35).
Colossenses 1.20 e Efésios 2.13-16 confirmam o cumprimento dessas ofertas em Cristo.
1.3.2. Outros Símbolos de Redenção e Purificação
O Dia da Expiação (כִּפְּרִים kippurim) em Levítico 16 aponta para a obra redentora de Cristo, conforme Hebreus 9.12-14.
A purificação do leproso (Lv 14) usa aves, sugerindo acessibilidade da redenção. A expressão "vaso de barro" (σκῖνουν ostrakinos) em 2 Coríntios 4.7 remete à humanidade de Cristo.
Conclusão
A tipologia veterotestamentária confirma que a redenção em Cristo estava prefigurada desde o início. O Antigo Testamento estabelece princípios que são plenamente realizados no sacrifício de Jesus, o Cordeiro de Deus.
Referências Acadêmicas
- Kaiser, Walter C. The Promise-Plan of God: A Biblical Theology of the Old and New Testaments. Zondervan, 2008.
- Beale, G.K. & Carson, D.A. Commentary on the New Testament Use of the Old Testament. Baker Academic, 2007.
- Wenham, Gordon J. The Book of Leviticus (NICOT). Eerdmans, 1979.
- Hamilton, Victor P. The Book of Genesis (NICOT). Eerdmans, 1990.
- Ross, Allen P. Holiness to the Lord: A Guide to the Exposition of the Book of Leviticus. Baker Academic, 2002.
Se os discípulos tivessem compreendido que Jesus era o cumprimento de todas as figuras veterotestamentárias, sua fé não teria vacilado, pois reconheceriam que apenas por meio da morte Ele poderia redimir a humanidade. Assim, é essencial que a Igreja compreenda as tipologias do Antigo Testamento e as instituições que prenunciam Sua morte na cruz.
1. TIPOS DO CALVÁRIO, COM DERRAMAMENTO DE SANGUE
1.1. O Derramamento de Sangue no Livro de Gênesis
O Livro de Gênesis introduz o conceito de expiação pelo sangue, estabelecendo princípios fundamentais para a teologia bíblica da redenção.
1.1.1. Adão e Eva
Em Gênesis 3.21, Deus provê túnicas de pele (כַּתְנוּת עוֹר), um ato que requer a morte de um animal, sugerindo um sacrifício expiatório. O termo hebraico "kāṭĕnû" indica uma cobertura providenciada por Deus, simbolizando a justificação pela fé. Isaías 61.10 e Romanos 4.7 enfatizam a ideia de uma "justiça imputada", antecipando a redenção em Cristo.
1.1.2. Abel
O sacrifício de Abel (Gn 4.4) é descrito como מָן בְּכַרוּת (min bekhārôṭ), "dos primogênitos do seu rebanho", enfatizando a qualidade do sacrifício. Hebreus 11.4 declara que a oferta de Abel foi aceita "pela fé" (πίστει), destacando a relação entre sacrifício e confiança na providência divina.
1.1.3. Abraão
Gênesis 22 retrata o sacrifício de Isaque, onde Deus provê um carneiro em substituição ao filho de Abraão. A expressão "Jeová Jiré" (יִהְוָה יִרֵאֵה) indica um Deus que provê para a redenção. João 1.29 reforça essa tipologia, identificando Cristo como "o Cordeiro de Deus".
1.2. O Derramamento de Sangue no Livro de Êxodo
O cordeiro pascal (פַסַח pasach) de Êxodo 12 representa Cristo. O sangue sobre os umbrais simboliza a proteção contra o juízo divino. O Novo Testamento reafirma essa tipologia em 1 Coríntios 5.7: "Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós".
1.3. O Derramamento de Sangue no Livro de Levítico
O sistema sacrificial levítico prenuncia o sacrifício de Cristo.
1.3.1. A Oferta Queimada, Oferta pela Paz e Oferta pelo Pecado
- Oferta Queimada (עֵילַה 'olah) - O holocausto simboliza entrega total a Deus (Lv 1.3-17).
- Oferta pela Paz (שֶׁלְמַים shelamim) - Representa comunhão com Deus (Lv 3.1-17).
- Oferta pelo Pecado (חֵטַאת chatta'at) - Significa expiação (Lv 4.1-35).
Colossenses 1.20 e Efésios 2.13-16 confirmam o cumprimento dessas ofertas em Cristo.
1.3.2. Outros Símbolos de Redenção e Purificação
O Dia da Expiação (כִּפְּרִים kippurim) em Levítico 16 aponta para a obra redentora de Cristo, conforme Hebreus 9.12-14.
A purificação do leproso (Lv 14) usa aves, sugerindo acessibilidade da redenção. A expressão "vaso de barro" (σκῖνουν ostrakinos) em 2 Coríntios 4.7 remete à humanidade de Cristo.
Conclusão
A tipologia veterotestamentária confirma que a redenção em Cristo estava prefigurada desde o início. O Antigo Testamento estabelece princípios que são plenamente realizados no sacrifício de Jesus, o Cordeiro de Deus.
Referências Acadêmicas
- Kaiser, Walter C. The Promise-Plan of God: A Biblical Theology of the Old and New Testaments. Zondervan, 2008.
- Beale, G.K. & Carson, D.A. Commentary on the New Testament Use of the Old Testament. Baker Academic, 2007.
- Wenham, Gordon J. The Book of Leviticus (NICOT). Eerdmans, 1979.
- Hamilton, Victor P. The Book of Genesis (NICOT). Eerdmans, 1990.
- Ross, Allen P. Holiness to the Lord: A Guide to the Exposition of the Book of Leviticus. Baker Academic, 2002.
2. TIPOS DO CALVÁRIO RELACIONADOS À ÁGUA
Embora muitas prefigurações do sacrifício de Cristo envolvam derramamento de sangue, outras destacam diferentes facetas teológicas da água, desde a purificação até o julgamento divino.
2.1. A agitação do mar
Águas profundas simbolizam perigo e tristeza no texto bíblico. Essa simbologia é frequentemente explorada nos Salmos. Por exemplo, o Salmo 88.7 diz: Sobre mim pesa a tua cólera; tu me abateste com todas as tuas ondas; e o Salmo 42.7 reitera: (...) todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim. No Salmo 69.1, o clamor se intensifica: Livra-me, ó Deus, pois as águas entraram até à minha alma.
Tais versículos ilustram o sofrimento do Messias, prefigurado no Antigo Testamento como alguém que atravessa as águas turbulentas do julgamento e da morte em nosso favor (Mt 26.38,39; 27.46).
2.2. À arca construída por Noé
Quando Deus enviou Seu julgamento sobre a terra devido à corrupção humana (Gn 6.11-13,17), Noé encontrou refúgio e segurança dentro da arca, que estava imune às águas do Dilúvio (Gn 6.18-19). A arca, que atravessou ondas sublevadas (Gn 7.18), simboliza Cristo, que enfrentou a morte em nosso Jugar, oferecendo-nos um refúgio seguro e a promessa de salvação (Hb 11.7; 1 Pe 3.20).
2.3. A travessia do Mar Vermelho e do Rio Jordão
As travessias do Mar Vermelho (Êx 14.21,22) e do Rio Jordão (Js 1.11; 3; 4) simbolizam aspectos da morte e ressurreição de Jesus. O Mar Vermelho representa a libertação de Israel do Egito e os inimigos deixados para trás (Êx 14.9), enquanto a travessia do Jordão aponta para a entrada na Terra Prometida, simbolizando nova vida e bênçãos futuras (Js 1.15).
Durante a travessia do Rio Jordão, a arca da aliança, que precedia Israel (Js 3.3,4,11), miraculosamente separou as águas, refletindo o papel de Cristo como pioneiro de nossa redenção (Ap 22.13). Esse evento ocorreu quando o Jordão estava em seu nível mais alto, indicando um período de grandes desafios e mudanças ()s 3.15). Além disso, as doze pedras removidas do rio (Js 4.1-9) serviram como um memorial permanente, remontando à união dos fiéis com a morte e ressurreição de Cristo, uma analogia reforçada pela colocação final das pedras na terra firme, representando nossa futura ressurreição com Ele.
2.4. As águas de Mara
Três dias após cruzar o Mar Vermelho, os israelitas chegaram ao deserto de Sur e sofreram com a sede abrasadora. Eles encontraram uma fonte em Mara, mas suas águas eram extremamente amargas (Êx 15.22,23). A situação mudou quando Moisés, seguindo as instruções divinas, atirou um pedaço de madeira na água, tornando-a potável (Êx 15.24,25). Esse milagre simboliza a transformação da amargura da morte em esperança, prenunciando a doçura da vida eterna que nos aguarda após a ressurreição.
2.5. O sinal do profeta Jonas
O próprio Jesus identificou Jonas como uma prefiguração de Sua morte e ressurreição, destacando que, assim como Jonas havia passado três dias e três noites no ventre da baleia, Ele ficaria três dias no túmulo (Mt 12.40; conf. Jn 1.17). Além disso, as orações do profeta (Jn 2.1-9) ecoam temas encontrados nos Salmos, reforçando essa conexão profética.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2. TIPOS DO CALVÁRIO RELACIONADOS À ÁGUA
A tipologia bíblica revela múltiplas prefigurações do sacrifício de Cristo, e a água, além do sangue, possui um papel crucial nessa simbologia. O elemento aquático é frequentemente associado à purificação (Ez 36.25; Ef 5.26), ao julgamento (Gn 7.17-23; Êx 14.26-28) e à vida nova (Jo 4.14; Jo 7.38), refletindo aspectos essenciais da obra redentora de Cristo.
2.1. A Agitação do Mar
O mar e as águas profundas, na Bíblia, são frequentemente símbolos do caos, da morte e do juízo divino. No hebraico, a palavra "mayim" (מַיִם) é usada para descrever as águas no sentido literal e figurado. A ideia de ondas revoltas representando tribulação e angústia aparece nos Salmos:
- Salmo 42.7 – “Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas cataratas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.”
- Salmo 88.7 – “Sobre mim pesa a tua cólera; tu me abateste com todas as tuas ondas.”
Esses versos ecoam a experiência de Cristo no Calvário, onde Ele enfrentou o peso da ira divina. O Novo Testamento reforça essa ideia ao descrever a angústia de Jesus no Getsêmani (Mt 26.38-39) e Seu clamor na cruz (Mt 27.46).
A obra de J. Alec Motyer destaca que a linguagem dos Salmos, especialmente a dos lamentos, é um prenúncio da experiência messiânica. Já G. K. Beale, em "Handbook on the New Testament Use of the Old Testament", enfatiza que essas imagens do Antigo Testamento são usadas pelos evangelistas para ilustrar o sofrimento de Cristo.
2.2. A Arca Construída por Noé
A Arca de Noé é um dos mais poderosos tipos de Cristo. Noé e sua família foram salvos das águas do juízo ao entrarem na arca (Gn 7.1). O próprio Pedro relaciona esse evento ao batismo cristão:
- 1 Pedro 3.20-21 – “... na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água, que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, batismo...”
A palavra grega para "figura" aqui é "ἀντίτυπον" (antítypon), significando "tipo correspondente". Assim como a arca protegeu Noé da destruição, Cristo é nosso refúgio contra a ira divina (Hb 11.7).
Craig Keener, em seu "The IVP Bible Background Commentary", argumenta que a arca também simboliza a Igreja, que, em Cristo, atravessa o juízo e encontra segurança.
2.3. A Travessia do Mar Vermelho e do Rio Jordão
A travessia do Mar Vermelho e do Jordão simboliza dois aspectos centrais da salvação: libertação e entrada na promessa.
- Mar Vermelho (Êx 14.21-22) – Representa a redenção inicial, quando os israelitas foram libertos da escravidão egípcia, um paralelo à libertação do pecado por meio de Cristo (1 Co 10.1-2).
- Rio Jordão (Js 3.13-17) – Tipifica a entrada na Terra Prometida, um símbolo da nova vida e da herança eterna em Cristo.
No hebraico, a palavra para "passar" no contexto do Jordão é "עָבַר" (avar), que também significa "atravessar" ou "transpor". Esse conceito está ligado à Páscoa ("pesach" – פֶּסַח), onde Deus "passou" sobre os israelitas no Egito.
F. F. Bruce, em "The New Testament Development of Old Testament Themes", argumenta que Cristo, como a "Arca da Aliança" (Js 3.11), foi à frente do Seu povo, abrindo caminho para a salvação.
2.4. As Águas de Mara
A experiência de Mara (Êx 15.22-25) reflete a amargura da vida sem redenção e a transformação operada por Cristo.
- Moisés lançou uma "árvore" (עֵץ, etz) nas águas, e isso as tornou doces.
- A madeira pode tipificar a cruz de Cristo, que transforma a amargura do pecado em redenção.
O teólogo Pentecostal Stanley Horton, em "The Ultimate Victory", destaca que a cruz é o ponto de transformação entre juízo e graça.
2.5. O Sinal do Profeta Jonas
Jesus declarou que Jonas era um sinal profético de Sua morte e ressurreição:
- Mateus 12.40 – “Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.”
A palavra grega para "sinal" é "σημεῖον" (sēmeion), indicando um milagre com significado espiritual profundo.
Jonas desceu às profundezas do mar e foi libertado ao terceiro dia (Jn 2.1-10), simbolizando a ressurreição de Cristo. O teólogo Richard Bauckham, em "Jesus and the God of Israel", destaca que essa tipologia reforça a conexão entre o Antigo e o Novo Testamento.
Conclusão
Os tipos do Calvário relacionados à água revelam a riqueza da tipologia bíblica e sua conexão com a obra redentora de Cristo. Seja através do mar revolto dos Salmos, da arca de Noé, das travessias de Israel, das águas amargas de Mara ou do sinal de Jonas, a Escritura aponta para Jesus como Aquele que nos conduz através do juízo para a salvação.
Essas narrativas fortalecem nossa fé, lembrando-nos de que Cristo é nossa Arca, nossa Passagem e nossa Fonte de Vida.
2. TIPOS DO CALVÁRIO RELACIONADOS À ÁGUA
A tipologia bíblica revela múltiplas prefigurações do sacrifício de Cristo, e a água, além do sangue, possui um papel crucial nessa simbologia. O elemento aquático é frequentemente associado à purificação (Ez 36.25; Ef 5.26), ao julgamento (Gn 7.17-23; Êx 14.26-28) e à vida nova (Jo 4.14; Jo 7.38), refletindo aspectos essenciais da obra redentora de Cristo.
2.1. A Agitação do Mar
O mar e as águas profundas, na Bíblia, são frequentemente símbolos do caos, da morte e do juízo divino. No hebraico, a palavra "mayim" (מַיִם) é usada para descrever as águas no sentido literal e figurado. A ideia de ondas revoltas representando tribulação e angústia aparece nos Salmos:
- Salmo 42.7 – “Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas cataratas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.”
- Salmo 88.7 – “Sobre mim pesa a tua cólera; tu me abateste com todas as tuas ondas.”
Esses versos ecoam a experiência de Cristo no Calvário, onde Ele enfrentou o peso da ira divina. O Novo Testamento reforça essa ideia ao descrever a angústia de Jesus no Getsêmani (Mt 26.38-39) e Seu clamor na cruz (Mt 27.46).
A obra de J. Alec Motyer destaca que a linguagem dos Salmos, especialmente a dos lamentos, é um prenúncio da experiência messiânica. Já G. K. Beale, em "Handbook on the New Testament Use of the Old Testament", enfatiza que essas imagens do Antigo Testamento são usadas pelos evangelistas para ilustrar o sofrimento de Cristo.
2.2. A Arca Construída por Noé
A Arca de Noé é um dos mais poderosos tipos de Cristo. Noé e sua família foram salvos das águas do juízo ao entrarem na arca (Gn 7.1). O próprio Pedro relaciona esse evento ao batismo cristão:
- 1 Pedro 3.20-21 – “... na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água, que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, batismo...”
A palavra grega para "figura" aqui é "ἀντίτυπον" (antítypon), significando "tipo correspondente". Assim como a arca protegeu Noé da destruição, Cristo é nosso refúgio contra a ira divina (Hb 11.7).
Craig Keener, em seu "The IVP Bible Background Commentary", argumenta que a arca também simboliza a Igreja, que, em Cristo, atravessa o juízo e encontra segurança.
2.3. A Travessia do Mar Vermelho e do Rio Jordão
A travessia do Mar Vermelho e do Jordão simboliza dois aspectos centrais da salvação: libertação e entrada na promessa.
- Mar Vermelho (Êx 14.21-22) – Representa a redenção inicial, quando os israelitas foram libertos da escravidão egípcia, um paralelo à libertação do pecado por meio de Cristo (1 Co 10.1-2).
- Rio Jordão (Js 3.13-17) – Tipifica a entrada na Terra Prometida, um símbolo da nova vida e da herança eterna em Cristo.
No hebraico, a palavra para "passar" no contexto do Jordão é "עָבַר" (avar), que também significa "atravessar" ou "transpor". Esse conceito está ligado à Páscoa ("pesach" – פֶּסַח), onde Deus "passou" sobre os israelitas no Egito.
F. F. Bruce, em "The New Testament Development of Old Testament Themes", argumenta que Cristo, como a "Arca da Aliança" (Js 3.11), foi à frente do Seu povo, abrindo caminho para a salvação.
2.4. As Águas de Mara
A experiência de Mara (Êx 15.22-25) reflete a amargura da vida sem redenção e a transformação operada por Cristo.
- Moisés lançou uma "árvore" (עֵץ, etz) nas águas, e isso as tornou doces.
- A madeira pode tipificar a cruz de Cristo, que transforma a amargura do pecado em redenção.
O teólogo Pentecostal Stanley Horton, em "The Ultimate Victory", destaca que a cruz é o ponto de transformação entre juízo e graça.
2.5. O Sinal do Profeta Jonas
Jesus declarou que Jonas era um sinal profético de Sua morte e ressurreição:
- Mateus 12.40 – “Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.”
A palavra grega para "sinal" é "σημεῖον" (sēmeion), indicando um milagre com significado espiritual profundo.
Jonas desceu às profundezas do mar e foi libertado ao terceiro dia (Jn 2.1-10), simbolizando a ressurreição de Cristo. O teólogo Richard Bauckham, em "Jesus and the God of Israel", destaca que essa tipologia reforça a conexão entre o Antigo e o Novo Testamento.
Conclusão
Os tipos do Calvário relacionados à água revelam a riqueza da tipologia bíblica e sua conexão com a obra redentora de Cristo. Seja através do mar revolto dos Salmos, da arca de Noé, das travessias de Israel, das águas amargas de Mara ou do sinal de Jonas, a Escritura aponta para Jesus como Aquele que nos conduz através do juízo para a salvação.
Essas narrativas fortalecem nossa fé, lembrando-nos de que Cristo é nossa Arca, nossa Passagem e nossa Fonte de Vida.
3. OUTROS TIPOS DO CALVÁRIO
3.1. O sono profundo de Adão
As primeiras alusões à morte de Jesus podem ser observadas no profundo sono que Deus fez cair sobre Adão, durante o qual Eva foi formada (Gn 2.21-25). O termo dormir, frequentemente empregado nas Escrituras (Jr 51.57; Dn 12.2; Mt 27.52; 1 Co 15.18; 1 Ts 4.15), também simboliza a morte.
Efésios 5.22-33 sugere que este evento prefigura a re ação entre Cristo e a Igreja, visto que a Igreja foi estabelecida somente após Sua morte e ressurreição, conforme ilustrado em joão 14.16-18 e Atos 1.4,5.
3.2. A rocha ferida
Em Êxodo 17, durante uma crise de água em Refidim, os israelitas murmuraram contra Moisés, que, instruído por Deus, golpeou uma rocha que se tornou em uma fonte de água (Ex 17.1-6), prefigurando a provisão divina e a morte redentora do Messias (leia Jo 7.38,39). Esse ato simboliza a oferta única de Cristo pela salvação eterna, comparado por Paulo, em 1 Coríntios 10.1-4, à rocha ferida.
Posteriormente, em Meribá, a desobediência de Moisés por ferir a rocha em vez de apenas falar a ela, como Deus havia ordenado (Nm 20.7-13), custou-lhe a entrada na Terra Prometida (Nm 27.12-14).
A revelação completa deste simbolismo ocorreu quando Moisés, Elias e Jesus discutiram a futura morte do Filho de Deus no Monte da Transfiguração (Lc 9.31), vinculando profundamente os eventos do Êxodo ao plano salvífico do Altíssimo.
3.3. A serpente de bronze
Em Números 21.4-9 (ARA), Deus instruiu Moisés a erguer uma serpente de bronze, simbolizando a crucificação de Jesus, conforme explicado em João 3.14,15. Esta narrativa prefigura Cristo levantado no Calvário, enfatizando que Sua morte oferece a cura para o veneno do pecado. A fé em Sua crucificação traz vida, como evidenciado em Hebreus 12.1,2. O Cordeiro Santo assumiu a forma do pecado para nos redimir, cumprindo o que diz 2 Coríntios 5.21: Ele foi feito pecado por nós.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3.1. O Sono Profundo de Adão
No relato de Gênesis 2.21-25, Deus faz cair um sono profundo sobre Adão antes de formar Eva a partir de sua costela. O termo hebraico para "sono profundo" é תַּרְדֵּמָה (tardēmāh), o mesmo utilizado em Gênesis 15.12 para descrever o estado de Abraão quando Deus estabelece Sua aliança. Em sentido tipológico, isso aponta para a "morte" simbólica de Cristo para que a Igreja, Sua noiva, fosse formada.
O Novo Testamento reforça essa tipologia em Efésios 5.22-33, ao comparar o casamento de Adão e Eva com a relação entre Cristo e a Igreja. Assim como Eva foi tirada de Adão, a Igreja nasce do lado ferido de Cristo na cruz (Jo 19.34). John F. Walvoord e Roy B. Zuck (Comentário Bíblico do Conhecimento, CPAD) destacam que a criação da mulher prefigura a formação da Igreja a partir do sacrifício de Cristo.
3.2. A Rocha Ferida
Em Êxodo 17.6, Moisés fere a rocha para que dela jorre água para o povo. A palavra hebraica para "rocha" aqui é צוּר (tsûr), termo usado figurativamente para se referir a Deus (Dt 32.4). Paulo, em 1 Coríntios 10.4, identifica essa rocha como Cristo, destacando que Ele é a fonte de água viva (Jo 4.14).
Já em Números 20.7-13, Deus ordena que Moisés apenas fale à rocha (סֶלַע, sela‘), mas Moisés desobedece e fere-a novamente. Isso simboliza a suficiência do sacrifício de Cristo: Ele foi ferido uma única vez (Hb 9.28), e agora a salvação é recebida pela fé (Rm 10.9-10). Teólogos como G. Campbell Morgan (The Crises of the Christ) argumentam que ferir a rocha duas vezes representa um erro teológico: Cristo não precisa ser crucificado novamente.
3.3. A Serpente de Bronze
O episódio de Números 21.4-9 apresenta a serpente de bronze erguida por Moisés para curar aqueles que haviam sido mordidos por serpentes venenosas. A palavra hebraica para "serpente" é נָחָשׁ (nāḥāš), e para "bronze" é נְחֹשֶׁת (nĕḥōšet), criando um jogo de palavras.
Cristo aplica essa tipologia a Si mesmo em João 3.14-15, onde o verbo grego ὑψόω (hypsóō, "exaltar" ou "levantar") se refere tanto à crucificação quanto à glorificação de Jesus (Jo 12.32). Como a serpente representava a maldição do pecado, Cristo tornou-se pecado por nós (2 Co 5.21), cumprindo a profecia de Isaías 53.
John MacArthur (Comentário Bíblico de João) destaca que olhar para a serpente com fé trazia cura física, assim como olhar para Cristo em fé traz salvação espiritual. Essa tipologia ressalta a necessidade da fé no sacrifício de Jesus, mostrando que Sua morte não foi apenas expiatória, mas também substitutiva.
Este estudo confirma que os tipos do Calvário revelam múltiplas dimensões do sacrifício de Cristo, apontando para Sua morte, ressurreição e redenção. O simbolismo do sono de Adão, da rocha ferida e da serpente de bronze reforça a coerência teológica das Escrituras e sua centralidade em Cristo
3.1. O Sono Profundo de Adão
No relato de Gênesis 2.21-25, Deus faz cair um sono profundo sobre Adão antes de formar Eva a partir de sua costela. O termo hebraico para "sono profundo" é תַּרְדֵּמָה (tardēmāh), o mesmo utilizado em Gênesis 15.12 para descrever o estado de Abraão quando Deus estabelece Sua aliança. Em sentido tipológico, isso aponta para a "morte" simbólica de Cristo para que a Igreja, Sua noiva, fosse formada.
O Novo Testamento reforça essa tipologia em Efésios 5.22-33, ao comparar o casamento de Adão e Eva com a relação entre Cristo e a Igreja. Assim como Eva foi tirada de Adão, a Igreja nasce do lado ferido de Cristo na cruz (Jo 19.34). John F. Walvoord e Roy B. Zuck (Comentário Bíblico do Conhecimento, CPAD) destacam que a criação da mulher prefigura a formação da Igreja a partir do sacrifício de Cristo.
3.2. A Rocha Ferida
Em Êxodo 17.6, Moisés fere a rocha para que dela jorre água para o povo. A palavra hebraica para "rocha" aqui é צוּר (tsûr), termo usado figurativamente para se referir a Deus (Dt 32.4). Paulo, em 1 Coríntios 10.4, identifica essa rocha como Cristo, destacando que Ele é a fonte de água viva (Jo 4.14).
Já em Números 20.7-13, Deus ordena que Moisés apenas fale à rocha (סֶלַע, sela‘), mas Moisés desobedece e fere-a novamente. Isso simboliza a suficiência do sacrifício de Cristo: Ele foi ferido uma única vez (Hb 9.28), e agora a salvação é recebida pela fé (Rm 10.9-10). Teólogos como G. Campbell Morgan (The Crises of the Christ) argumentam que ferir a rocha duas vezes representa um erro teológico: Cristo não precisa ser crucificado novamente.
3.3. A Serpente de Bronze
O episódio de Números 21.4-9 apresenta a serpente de bronze erguida por Moisés para curar aqueles que haviam sido mordidos por serpentes venenosas. A palavra hebraica para "serpente" é נָחָשׁ (nāḥāš), e para "bronze" é נְחֹשֶׁת (nĕḥōšet), criando um jogo de palavras.
Cristo aplica essa tipologia a Si mesmo em João 3.14-15, onde o verbo grego ὑψόω (hypsóō, "exaltar" ou "levantar") se refere tanto à crucificação quanto à glorificação de Jesus (Jo 12.32). Como a serpente representava a maldição do pecado, Cristo tornou-se pecado por nós (2 Co 5.21), cumprindo a profecia de Isaías 53.
John MacArthur (Comentário Bíblico de João) destaca que olhar para a serpente com fé trazia cura física, assim como olhar para Cristo em fé traz salvação espiritual. Essa tipologia ressalta a necessidade da fé no sacrifício de Jesus, mostrando que Sua morte não foi apenas expiatória, mas também substitutiva.
Este estudo confirma que os tipos do Calvário revelam múltiplas dimensões do sacrifício de Cristo, apontando para Sua morte, ressurreição e redenção. O simbolismo do sono de Adão, da rocha ferida e da serpente de bronze reforça a coerência teológica das Escrituras e sua centralidade em Cristo
CONCLUSÃO
A morte de Jesus é simbolizada em diversos eventos do Antigo Testamento e plenamente revelada no Novo Testamento. Esses acontecimentos destacam a meticulosa preparação de Deus para apresentar Sua obra redentora, culminando na crucificação de Cristo, evidenciando a Sua providência e planejamento na história da salvação.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais tipos do Calvário, relacionados à água, foram destacados nesta lição?
R.: A agitação do mar; o sinal do profeta Jonas; a arca construída por Noé; a travessia do Mar Vermelho e do Rio Jordão; e as águas de Mara.
Fonte: Revista Central Gospel
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os tipos do Calvário mencionados no estudo foram:
- O sono profundo de Adão (Gênesis 2.21-25);
- A rocha ferida (Êxodo 17.1-6; Números 20.7-13);
- A serpente de bronze (Números 21.4-9).
Entre esses, o único que se relaciona diretamente com a água é a rocha ferida, pois dela jorrou água para saciar a sede do povo de Israel, simbolizando Cristo como a fonte de vida eterna (1 Coríntios 10.4; João 7.38-39).
Se a pergunta for sobre outros tipos do Calvário relacionados à água em uma lição mais ampla, a resposta pode incluir eventos como:
- A travessia do Mar Vermelho (Êxodo 14.21-31) – tipificando a libertação do pecado pelo sacrifício de Cristo;
- O batismo de Jesus no Jordão (Mateus 3.13-17) – marcando o início de Seu ministério redentor;
- A água e o sangue que saíram do lado de Cristo (João 19.34) – simbolizando a purificação e redenção dos crentes.
Os tipos do Calvário mencionados no estudo foram:
- O sono profundo de Adão (Gênesis 2.21-25);
- A rocha ferida (Êxodo 17.1-6; Números 20.7-13);
- A serpente de bronze (Números 21.4-9).
Entre esses, o único que se relaciona diretamente com a água é a rocha ferida, pois dela jorrou água para saciar a sede do povo de Israel, simbolizando Cristo como a fonte de vida eterna (1 Coríntios 10.4; João 7.38-39).
Se a pergunta for sobre outros tipos do Calvário relacionados à água em uma lição mais ampla, a resposta pode incluir eventos como:
- A travessia do Mar Vermelho (Êxodo 14.21-31) – tipificando a libertação do pecado pelo sacrifício de Cristo;
- O batismo de Jesus no Jordão (Mateus 3.13-17) – marcando o início de Seu ministério redentor;
- A água e o sangue que saíram do lado de Cristo (João 19.34) – simbolizando a purificação e redenção dos crentes.
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