TEXTO PRINCIPAL “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os hom...
TEXTO PRINCIPAL
“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.” (1 Tm 6.9)
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentário Bíblico e Teológico de 1 Timóteo 6:9
1. Contexto Geral da Epístola
A primeira carta de Paulo a Timóteo foi escrita para orientar o jovem líder na organização da igreja em Éfeso, combatendo falsas doutrinas e estabelecendo princípios de conduta cristã. No capítulo 6, Paulo trata sobre a relação dos cristãos com as riquezas e o perigo do amor ao dinheiro.
2. Análise Exegética do Texto
🔹 "Mas os que querem ser ricos" (Οἱ δὲ βουλόμενοι πλουτεῖν)
- O verbo βουλομαι (boulomai) significa "desejar fortemente", indicando um anseio intenso por riquezas.
- πλουτεῖν (ploutein) vem de πλοῦτος (ploutos), que significa "riqueza, abundância de bens materiais".
- Aqui, Paulo não condena a posse de bens, mas o desejo desmedido por riquezas como motivação central da vida.
🔹 "caem em tentação, e em laço" (ἐμπίπτουσιν εἰς πειρασμὸν καὶ παγίδα)
- ἐμπίπτουσιν (empíptousin) significa "cair dentro de algo", indicando um tropeço moral.
- πειρασμὸν (peirasmon) é "tentação", no sentido de um teste que pode levar à queda.
- παγίδα (pagída) significa "armadilha" e era usada para descrever redes de caça, sugerindo uma cilada que prende espiritualmente.
🔹 "e em muitas concupiscências loucas e nocivas" (καὶ ἐπιθυμίας πολλὰς ἀνοήτους καὶ βλαβεράς)
- ἐπιθυμίας (epithymías) é "desejos intensos, cobiça".
- ἀνοήτους (anoētous) significa "irracionais, insensatos".
- βλαβεράς (blaberas) significa "destrutivas, prejudiciais".
- Paulo descreve que o desejo pelo dinheiro gera paixões irracionais que arruínam a fé e o caráter cristão.
🔹 "que submergem os homens na perdição e ruína" (αἵτινες βυθίζουσιν τοὺς ἀνθρώπους εἰς ὄλεθρον καὶ ἀπώλειαν)
- βυθίζουσιν (bythízousin) significa "afundar, submergir", sugerindo que a busca desenfreada por riquezas leva à destruição total.
- ὄλεθρον (ólethron) refere-se a "perdição", uma consequência presente da cobiça.
- ἀπώλειαν (apóleian) denota "destruição eterna", apontando para as consequências espirituais da idolatria ao dinheiro.
3. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
📖 Craig Keener – "The IVP Bible Background Commentary"
Keener destaca que, no contexto do mundo greco-romano, a busca por riqueza estava ligada ao status e poder. Assim, o ensino de Paulo se opõe à cultura da época, mostrando que o materialismo é uma armadilha que escraviza a alma.
📖 John Stott – "A Mensagem de 1 Timóteo"
Stott argumenta que a preocupação de Paulo não é apenas moral, mas espiritual e teológica, pois "o amor ao dinheiro desvia a devoção que deve ser exclusiva de Deus" (STOTT, 2008, p. 129).
📖 Stanley Horton – "Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal"
Horton ressalta que Paulo não condena a riqueza, mas a ganância, e que o verdadeiro contentamento está em Deus, não nos bens materiais (HORTON, 2012, p. 314).
4. Aplicação Prática
🔹 Você tem buscado primeiro o Reino de Deus ou os bens materiais?
🔹 O dinheiro tem governado suas decisões e desejos?
🔹 Você está satisfeito com o que Deus provê ou vive em insatisfação constante?
Este versículo nos ensina que a busca descontrolada por riquezas pode ser destrutiva e nos afastar de Deus. O verdadeiro contentamento está em Cristo, e não em bens terrenos.
Comentário Bíblico e Teológico de 1 Timóteo 6:9
1. Contexto Geral da Epístola
A primeira carta de Paulo a Timóteo foi escrita para orientar o jovem líder na organização da igreja em Éfeso, combatendo falsas doutrinas e estabelecendo princípios de conduta cristã. No capítulo 6, Paulo trata sobre a relação dos cristãos com as riquezas e o perigo do amor ao dinheiro.
2. Análise Exegética do Texto
🔹 "Mas os que querem ser ricos" (Οἱ δὲ βουλόμενοι πλουτεῖν)
- O verbo βουλομαι (boulomai) significa "desejar fortemente", indicando um anseio intenso por riquezas.
- πλουτεῖν (ploutein) vem de πλοῦτος (ploutos), que significa "riqueza, abundância de bens materiais".
- Aqui, Paulo não condena a posse de bens, mas o desejo desmedido por riquezas como motivação central da vida.
🔹 "caem em tentação, e em laço" (ἐμπίπτουσιν εἰς πειρασμὸν καὶ παγίδα)
- ἐμπίπτουσιν (empíptousin) significa "cair dentro de algo", indicando um tropeço moral.
- πειρασμὸν (peirasmon) é "tentação", no sentido de um teste que pode levar à queda.
- παγίδα (pagída) significa "armadilha" e era usada para descrever redes de caça, sugerindo uma cilada que prende espiritualmente.
🔹 "e em muitas concupiscências loucas e nocivas" (καὶ ἐπιθυμίας πολλὰς ἀνοήτους καὶ βλαβεράς)
- ἐπιθυμίας (epithymías) é "desejos intensos, cobiça".
- ἀνοήτους (anoētous) significa "irracionais, insensatos".
- βλαβεράς (blaberas) significa "destrutivas, prejudiciais".
- Paulo descreve que o desejo pelo dinheiro gera paixões irracionais que arruínam a fé e o caráter cristão.
🔹 "que submergem os homens na perdição e ruína" (αἵτινες βυθίζουσιν τοὺς ἀνθρώπους εἰς ὄλεθρον καὶ ἀπώλειαν)
- βυθίζουσιν (bythízousin) significa "afundar, submergir", sugerindo que a busca desenfreada por riquezas leva à destruição total.
- ὄλεθρον (ólethron) refere-se a "perdição", uma consequência presente da cobiça.
- ἀπώλειαν (apóleian) denota "destruição eterna", apontando para as consequências espirituais da idolatria ao dinheiro.
3. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
📖 Craig Keener – "The IVP Bible Background Commentary"
Keener destaca que, no contexto do mundo greco-romano, a busca por riqueza estava ligada ao status e poder. Assim, o ensino de Paulo se opõe à cultura da época, mostrando que o materialismo é uma armadilha que escraviza a alma.
📖 John Stott – "A Mensagem de 1 Timóteo"
Stott argumenta que a preocupação de Paulo não é apenas moral, mas espiritual e teológica, pois "o amor ao dinheiro desvia a devoção que deve ser exclusiva de Deus" (STOTT, 2008, p. 129).
📖 Stanley Horton – "Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal"
Horton ressalta que Paulo não condena a riqueza, mas a ganância, e que o verdadeiro contentamento está em Deus, não nos bens materiais (HORTON, 2012, p. 314).
4. Aplicação Prática
🔹 Você tem buscado primeiro o Reino de Deus ou os bens materiais?
🔹 O dinheiro tem governado suas decisões e desejos?
🔹 Você está satisfeito com o que Deus provê ou vive em insatisfação constante?
Este versículo nos ensina que a busca descontrolada por riquezas pode ser destrutiva e nos afastar de Deus. O verdadeiro contentamento está em Cristo, e não em bens terrenos.
RESUMO DA LIÇÃO
Deus abomina a ganância e o uso egoísta dos bens materiais.
LEITURA SEMANAL
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
SEGUNDA-FEIRA – Pv 11.4 - "As riquezas não livram da ira divina"
- Contexto: O livro de Provérbios, parte da literatura sapiencial, oferece conselhos práticos sobre como viver uma vida justa diante de Deus. Este versículo destaca que, apesar de a riqueza oferecer segurança e prazer temporários, ela não pode salvar a pessoa da ira divina. A ira de Deus é uma resposta justa ao pecado, e as riquezas não podem expiar o pecado.
- Raiz hebraica: A palavra "ira" (אף, aph) implica uma reação intensa e pessoal de Deus diante da injustiça e do pecado. Este versículo ensina que riquezas podem até ser uma bênção, mas não garantem proteção contra o julgamento de Deus.
TERÇA-FEIRA – Pv 13.11 - "O trabalho é recompensado"
- Contexto: Este versículo reflete o valor do trabalho diligente e honesto. Ao contrário da riqueza adquirida rapidamente e sem esforço, o trabalho árduo e persistente resulta em recompensa. Salienta o princípio de que a verdadeira riqueza vem do esforço contínuo e da sabedoria.
- Raiz hebraica: "Riqueza" aqui (הון, hon) pode referir-se a bens materiais ou riquezas espirituais que se acumulam como resultado de um esforço consistente e fiel. A recompensa não é apenas material, mas também espiritual e moral.
QUARTA-FEIRA – Ec 5.10 - "Quem ama o dinheiro nunca está satisfeito"
- Contexto: O livro de Eclesiastes, escrito por Salomão, discute a futilidade das buscas humanas que não consideram o propósito divino. O amor ao dinheiro é uma busca insaciável que nunca traz verdadeira satisfação, pois ele nunca pode preencher o vazio existencial.
- Raiz hebraica: A palavra "dinheiro" (כֶּסֶף, kesef) é frequentemente associada à ideia de algo que pode ser desejado de forma excessiva, mas nunca satisfaz verdadeiramente a alma humana.
QUINTA-FEIRA – Lc 12.15 - "Guarde-se da avareza"
- Contexto: Jesus adverte contra a avareza, alertando que a vida de uma pessoa não consiste nas riquezas que possui. A avareza leva à busca incessante por bens materiais, desviando o coração do que é eterno e espiritual.
- Raiz grega: A palavra "avareza" (πλεονεξία, pleonexia) refere-se a um desejo imoderado de ter mais do que se necessita, uma ganância egoísta que coloca o valor das coisas materiais acima do valor espiritual e da vida em comunidade.
SEXTA-FEIRA – Lc 16.13 - "É impossível servir a Deus e a Mamom"
- Contexto: Jesus ensina que não podemos dividir nossa lealdade entre Deus e as riquezas materiais (Mamom). Mamom, uma personificação da riqueza, é um ídolo que compete com Deus pelo nosso coração e devoção.
- Raiz grega: "Mamom" (μαμωνᾶς, mammonas) é uma palavra aramaica que se refere a riquezas ou bens materiais, e Jesus usa isso para simbolizar a confiança excessiva no dinheiro, algo que compete com Deus pela nossa adoração e obediência.
SÁBADO – Mt 6.21 - "Onde está o seu tesouro, aí estará o seu coração"
- Contexto: Jesus ensina que o lugar onde colocamos nosso tesouro (os valores, as prioridades e os investimentos da vida) reflete onde está o nosso coração. Se nosso tesouro está nas coisas terrenas, nosso coração estará distorcido e afastado de Deus.
- Raiz grega: A palavra "tesouro" (θησαυρός, thēsauros) refere-se a riquezas ou bens preciosos. Esse versículo nos lembra de que nossas prioridades e desejos mais profundos são refletidos no que valorizamos e buscamos.
Esses versículos, de forma conjunta, ensinam sobre a importância de uma vida centrada em Deus e não nas riquezas ou bens materiais. Eles destacam que a verdadeira segurança e satisfação vêm de confiar em Deus e viver segundo Seus princípios, e não através da busca incessante de riquezas temporais.
SEGUNDA-FEIRA – Pv 11.4 - "As riquezas não livram da ira divina"
- Contexto: O livro de Provérbios, parte da literatura sapiencial, oferece conselhos práticos sobre como viver uma vida justa diante de Deus. Este versículo destaca que, apesar de a riqueza oferecer segurança e prazer temporários, ela não pode salvar a pessoa da ira divina. A ira de Deus é uma resposta justa ao pecado, e as riquezas não podem expiar o pecado.
- Raiz hebraica: A palavra "ira" (אף, aph) implica uma reação intensa e pessoal de Deus diante da injustiça e do pecado. Este versículo ensina que riquezas podem até ser uma bênção, mas não garantem proteção contra o julgamento de Deus.
TERÇA-FEIRA – Pv 13.11 - "O trabalho é recompensado"
- Contexto: Este versículo reflete o valor do trabalho diligente e honesto. Ao contrário da riqueza adquirida rapidamente e sem esforço, o trabalho árduo e persistente resulta em recompensa. Salienta o princípio de que a verdadeira riqueza vem do esforço contínuo e da sabedoria.
- Raiz hebraica: "Riqueza" aqui (הון, hon) pode referir-se a bens materiais ou riquezas espirituais que se acumulam como resultado de um esforço consistente e fiel. A recompensa não é apenas material, mas também espiritual e moral.
QUARTA-FEIRA – Ec 5.10 - "Quem ama o dinheiro nunca está satisfeito"
- Contexto: O livro de Eclesiastes, escrito por Salomão, discute a futilidade das buscas humanas que não consideram o propósito divino. O amor ao dinheiro é uma busca insaciável que nunca traz verdadeira satisfação, pois ele nunca pode preencher o vazio existencial.
- Raiz hebraica: A palavra "dinheiro" (כֶּסֶף, kesef) é frequentemente associada à ideia de algo que pode ser desejado de forma excessiva, mas nunca satisfaz verdadeiramente a alma humana.
QUINTA-FEIRA – Lc 12.15 - "Guarde-se da avareza"
- Contexto: Jesus adverte contra a avareza, alertando que a vida de uma pessoa não consiste nas riquezas que possui. A avareza leva à busca incessante por bens materiais, desviando o coração do que é eterno e espiritual.
- Raiz grega: A palavra "avareza" (πλεονεξία, pleonexia) refere-se a um desejo imoderado de ter mais do que se necessita, uma ganância egoísta que coloca o valor das coisas materiais acima do valor espiritual e da vida em comunidade.
SEXTA-FEIRA – Lc 16.13 - "É impossível servir a Deus e a Mamom"
- Contexto: Jesus ensina que não podemos dividir nossa lealdade entre Deus e as riquezas materiais (Mamom). Mamom, uma personificação da riqueza, é um ídolo que compete com Deus pelo nosso coração e devoção.
- Raiz grega: "Mamom" (μαμωνᾶς, mammonas) é uma palavra aramaica que se refere a riquezas ou bens materiais, e Jesus usa isso para simbolizar a confiança excessiva no dinheiro, algo que compete com Deus pela nossa adoração e obediência.
SÁBADO – Mt 6.21 - "Onde está o seu tesouro, aí estará o seu coração"
- Contexto: Jesus ensina que o lugar onde colocamos nosso tesouro (os valores, as prioridades e os investimentos da vida) reflete onde está o nosso coração. Se nosso tesouro está nas coisas terrenas, nosso coração estará distorcido e afastado de Deus.
- Raiz grega: A palavra "tesouro" (θησαυρός, thēsauros) refere-se a riquezas ou bens preciosos. Esse versículo nos lembra de que nossas prioridades e desejos mais profundos são refletidos no que valorizamos e buscamos.
Esses versículos, de forma conjunta, ensinam sobre a importância de uma vida centrada em Deus e não nas riquezas ou bens materiais. Eles destacam que a verdadeira segurança e satisfação vêm de confiar em Deus e viver segundo Seus princípios, e não através da busca incessante de riquezas temporais.
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OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo veremos a exortação de Tiago em relação à ganância e ao uso egoísta dos bens materiais. Ele faz uma séria advertência aos ricos, contudo não pela posse de bens materiais, mas porque estes não eram bons mordomos dos seus bens. Segundo Thiago, estes ricos exploravam os pobres e Deus abomina tal atitude (Tg 2.5.6). O Senhor deseja que utilizemos nossos recursos para ajudar os necessitados, e não somente para o nosso deleite e prazer. Que você utilize seus bens para promover o Evangelho, pois já vimos que “a fé sem obras é morta”. Tiago mostra que os ricos estavam tão absortos em seus deleites que nem se deram conta do juízo divino e da desgraça que se abateu sobre eles: “As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça” (5.2).
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica para Jovens – "Riqueza: Bênção ou Armadilha?"
📖 Tema: Autenticidade Diante das Riquezas (1 Timóteo 6:9)🎯 Objetivo: Demonstrar que as riquezas em si não são más, mas podem se tornar uma armadilha quando colocadas acima da fé e da comunhão com Deus.⏳ Duração: Aproximadamente 30-40 minutos👥 Número de participantes: Mínimo de 6 pessoas
Material necessário:
- Cédulas de dinheiro falsas (pode imprimir ou usar notas de brincadeira)
- Dois recipientes ou caixas (uma escrita “Riqueza Terrena” e outra “Riqueza Eterna”)
- Cartões ou papéis com diferentes escolhas (descritas abaixo)
➡️ Cartões de "Riqueza Terrena"
- Trabalhar excessivamente e não ter tempo para Deus
- Acumular bens, mas ignorar os necessitados
- Ser generoso só para ser visto pelos outros
- Fazer qualquer coisa por dinheiro, mesmo se for errado
- Colocar o sucesso financeiro acima da fé
➡️ Cartões de "Riqueza Eterna"
- Usar o dinheiro para ajudar os necessitados
- Ser fiel nos dízimos e ofertas
- Confiar em Deus mais do que nas riquezas
- Ter um coração grato, independentemente da situação financeira
- Compartilhar o que tem sem esperar nada em troca
Passo a Passo:
🔹 1. Introdução – Dinheiro: um servo ou um senhor?O líder começa perguntando:- O dinheiro é bom ou ruim?
- Como podemos usá-lo de maneira correta diante de Deus?
Explique que 1 Timóteo 6:9 alerta sobre os perigos do amor ao dinheiro:
"Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína."
🔹 2. Distribuição dos CartõesMisture os cartões e peça que cada participante pegue um aleatoriamente. Em seguida, um por um, devem ler em voz alta e escolher em qual recipiente colocarão o cartão:- “Riqueza Terrena” (quando a atitude mostra um coração voltado apenas para bens materiais)
- “Riqueza Eterna” (quando a atitude mostra uma vida equilibrada e fiel a Deus)
Após todos colocarem os cartões, discuta:
- Por que algumas atitudes podem nos afastar de Deus?
- Como podemos equilibrar o dinheiro e a fé?
🔹 3. Reflexão BíblicaLeia 1 Timóteo 6:17-18:"Ordena aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis."
Explique que Deus nos dá recursos, mas devemos usá-los com sabedoria e generosidade, sem colocá-los no lugar d’Ele.
🔹 4. Aplicação PessoalPergunte:- Minha confiança está em Deus ou no dinheiro?
- Como posso usar melhor os recursos que Deus me dá?
Cada participante pode compartilhar um propósito de mudança para ser mais fiel a Deus na área financeira.
🔹 5. Oração FinalOre pedindo a Deus sabedoria para administrar os recursos e manter um coração sincero diante das riquezas.
Conclusão:
✔️ O dinheiro não é o problema, mas o amor ao dinheiro pode desviar nossa fé.✔️ Devemos buscar riquezas eternas: generosidade, fidelidade e contentamento.✔️ Deus nos chama a confiar n’Ele e não nas riquezas.📖 Versículo-chave: "O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males." (1 Timóteo 6:10)
Essa dinâmica traz reflexão e mudança de perspectiva. Gostou da ideia? 😊💰🙏
Dinâmica para Jovens – "Riqueza: Bênção ou Armadilha?"
Material necessário:
- Cédulas de dinheiro falsas (pode imprimir ou usar notas de brincadeira)
- Dois recipientes ou caixas (uma escrita “Riqueza Terrena” e outra “Riqueza Eterna”)
- Cartões ou papéis com diferentes escolhas (descritas abaixo)
➡️ Cartões de "Riqueza Terrena"
- Trabalhar excessivamente e não ter tempo para Deus
- Acumular bens, mas ignorar os necessitados
- Ser generoso só para ser visto pelos outros
- Fazer qualquer coisa por dinheiro, mesmo se for errado
- Colocar o sucesso financeiro acima da fé
➡️ Cartões de "Riqueza Eterna"
- Usar o dinheiro para ajudar os necessitados
- Ser fiel nos dízimos e ofertas
- Confiar em Deus mais do que nas riquezas
- Ter um coração grato, independentemente da situação financeira
- Compartilhar o que tem sem esperar nada em troca
Passo a Passo:
- O dinheiro é bom ou ruim?
- Como podemos usá-lo de maneira correta diante de Deus?
Explique que 1 Timóteo 6:9 alerta sobre os perigos do amor ao dinheiro:
"Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína."
- “Riqueza Terrena” (quando a atitude mostra um coração voltado apenas para bens materiais)
- “Riqueza Eterna” (quando a atitude mostra uma vida equilibrada e fiel a Deus)
Após todos colocarem os cartões, discuta:
- Por que algumas atitudes podem nos afastar de Deus?
- Como podemos equilibrar o dinheiro e a fé?
"Ordena aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis."
Explique que Deus nos dá recursos, mas devemos usá-los com sabedoria e generosidade, sem colocá-los no lugar d’Ele.
- Minha confiança está em Deus ou no dinheiro?
- Como posso usar melhor os recursos que Deus me dá?
Cada participante pode compartilhar um propósito de mudança para ser mais fiel a Deus na área financeira.
Conclusão:
📖 Versículo-chave: "O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males." (1 Timóteo 6:10)
Essa dinâmica traz reflexão e mudança de perspectiva. Gostou da ideia? 😊💰🙏
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para mostrar como a Palavra de Deus identifica a riqueza. Enfatize que ela não é e jamais será um sinal de fé ou do favor divino. Explique que Jesus fez duras críticas àqueles que amam os bens materiais. O Mestre declarou: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas” (Lc 18.24).
AS RIQUEZAS MATERIAIS
A sua busca insaciável e avarenta é idolatria | Cl 3.5 |
Segundo Jesus é um obstáculo à salvação. | Mt 19.24 13.22 |
Transmitem um falso senso de segurança, enganam. | Lc 12.15-21 |
Exigem total fidelidade do coração. | Mt 6.21 |
Leva as pessoas a caírem em tentação. | 1Tm 6.9 |
O amor a ela é a raiz de muitos males. | 1Tm 6.10 |
TEXTO BÍBLICO
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O trecho de Tiago 5:1-6 apresenta uma severa advertência aos ricos opressores, denunciando a injustiça social e a exploração dos pobres. Tiago ecoa temas proféticos do Antigo Testamento e do ensino de Jesus sobre o perigo das riquezas.
1. Contexto Geral da Epístola
A carta de Tiago tem um tom prático e ético, abordando como a fé deve se manifestar em obras. No capítulo 5, ele denuncia os abusos dos ricos que acumulam bens às custas dos pobres. Sua mensagem se alinha com os profetas do Antigo Testamento (Amós 4:1-3; Miquéias 6:10-12) e com o ensino de Jesus (Mateus 6:19-21; Lucas 16:19-31).
2. Análise Exegética dos Versículos
🔹 Verso 1 – "Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteiai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir."
- "Eia, pois, agora" (Ἄγε νῦν, hoi) – Uma introdução que enfatiza urgência e julgamento iminente.
- "Ricos" (οἱ πλούσιοι, hoi ploúsioi) – Aqui, não são todos os ricos, mas os que acumulam riqueza injustamente e exploram os pobres.
- "Chorai e pranteiai" (κλαύσατε καὶ ὀλολύζετε) – Expressões usadas nos profetas para descrever o lamento pelo juízo divino (Isaías 13:6).
- "Misérias" (ταῖς ταλαιπωρίαις, tais talaipōriais) – Aponta sofrimentos futuros, possivelmente o juízo final.
📖 John Stott afirma que "Tiago antecipa o dia do juízo e convida os ricos opressores a lamentar sua condenação" (STOTT, 2008, p. 176).
🔹 Verso 2 – "As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça."
- "Riquezas apodrecidas" – Os bens materiais são temporários; sua corrupção simboliza a inutilidade da avareza.
- "Vestes comidas da traça" – Lembra o ensino de Jesus em Mateus 6:19, onde as riquezas terrenas são corruptíveis.
📖 Craig Keener destaca que, no contexto da época, roupas finas eram um símbolo de status, mas Tiago enfatiza que até esses sinais de poder são transitórios e sem valor eterno.
🔹 Verso 3 – "O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias."
- "Ferrugem" (ἰὸς, ios) – Normalmente, ouro e prata não oxidam, mas Tiago usa isso de forma metafórica, mostrando que até os bens mais duráveis se tornam inúteis no julgamento divino.
- "Comerá como fogo" – Expressão de destruição e condenação eterna.
- "Entesourastes para os últimos dias" – Acumular riquezas sem justiça é preparar-se para o juízo.
📖 Stanley Horton observa que "Tiago denuncia a falsa segurança nas riquezas, destacando que somente os tesouros espirituais são eternos" (HORTON, 2012, p. 254).
🔹 Verso 4 – "Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos."
- "Salário diminuído" – A exploração dos trabalhadores era uma injustiça comum na época (Deuteronômio 24:14-15).
- "Clamores entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos" – Expressão usada no AT para mostrar que Deus é o defensor dos oprimidos (Êxodo 3:7).
📖 Douglas Moo argumenta que este verso "demonstra que Deus ouve o clamor dos injustiçados e promete justiça contra aqueles que exploram os pobres" (MOO, 2000, p. 212).
🔹 Verso 5 – "Deliciosamente, vivestes sobre a terra, e vos deleitastes, e cevastes o vosso coração, como num dia de matança."
- "Deliciosamente, vivestes" (ἐτρυφήσατε, etryphēsate) – Expressa vida de luxo e prazeres sem consideração pelos necessitados.
- "Como num dia de matança" – Metáfora que remete ao gado que é engordado sem saber que será abatido.
📖 John MacArthur explica que "Tiago retrata os ricos como animais preparados para o abate, vivendo em ilusão, sem perceber o juízo iminente" (MACARTHUR, 2015, p. 432).
🔹 Verso 6 – "Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu."
- "Condenastes e matastes" – Indica abuso de poder contra os pobres e justos.
- "Ele não vos resistiu" – Alguns interpretam como uma referência a Cristo, enquanto outros veem como referência a qualquer pessoa justa oprimida pelos ricos.
📖 William Barclay sugere que "a injustiça contra os pobres não ficará impune, pois Deus é o juiz supremo" (BARCLAY, 1976, p. 109).
3. Aplicação Prática
🔹 O dinheiro está dominando seu coração?
🔹 Você tem tratado os outros com justiça e generosidade?
🔹 Você tem investido mais em bens materiais ou em tesouros espirituais?
Este texto nos ensina que a riqueza sem justiça leva ao juízo de Deus. Tiago não condena os ricos, mas a idolatria das riquezas e a opressão dos pobres. O verdadeiro tesouro está em Deus e na prática da justiça!
O trecho de Tiago 5:1-6 apresenta uma severa advertência aos ricos opressores, denunciando a injustiça social e a exploração dos pobres. Tiago ecoa temas proféticos do Antigo Testamento e do ensino de Jesus sobre o perigo das riquezas.
1. Contexto Geral da Epístola
A carta de Tiago tem um tom prático e ético, abordando como a fé deve se manifestar em obras. No capítulo 5, ele denuncia os abusos dos ricos que acumulam bens às custas dos pobres. Sua mensagem se alinha com os profetas do Antigo Testamento (Amós 4:1-3; Miquéias 6:10-12) e com o ensino de Jesus (Mateus 6:19-21; Lucas 16:19-31).
2. Análise Exegética dos Versículos
🔹 Verso 1 – "Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteiai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir."
- "Eia, pois, agora" (Ἄγε νῦν, hoi) – Uma introdução que enfatiza urgência e julgamento iminente.
- "Ricos" (οἱ πλούσιοι, hoi ploúsioi) – Aqui, não são todos os ricos, mas os que acumulam riqueza injustamente e exploram os pobres.
- "Chorai e pranteiai" (κλαύσατε καὶ ὀλολύζετε) – Expressões usadas nos profetas para descrever o lamento pelo juízo divino (Isaías 13:6).
- "Misérias" (ταῖς ταλαιπωρίαις, tais talaipōriais) – Aponta sofrimentos futuros, possivelmente o juízo final.
📖 John Stott afirma que "Tiago antecipa o dia do juízo e convida os ricos opressores a lamentar sua condenação" (STOTT, 2008, p. 176).
🔹 Verso 2 – "As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça."
- "Riquezas apodrecidas" – Os bens materiais são temporários; sua corrupção simboliza a inutilidade da avareza.
- "Vestes comidas da traça" – Lembra o ensino de Jesus em Mateus 6:19, onde as riquezas terrenas são corruptíveis.
📖 Craig Keener destaca que, no contexto da época, roupas finas eram um símbolo de status, mas Tiago enfatiza que até esses sinais de poder são transitórios e sem valor eterno.
🔹 Verso 3 – "O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias."
- "Ferrugem" (ἰὸς, ios) – Normalmente, ouro e prata não oxidam, mas Tiago usa isso de forma metafórica, mostrando que até os bens mais duráveis se tornam inúteis no julgamento divino.
- "Comerá como fogo" – Expressão de destruição e condenação eterna.
- "Entesourastes para os últimos dias" – Acumular riquezas sem justiça é preparar-se para o juízo.
📖 Stanley Horton observa que "Tiago denuncia a falsa segurança nas riquezas, destacando que somente os tesouros espirituais são eternos" (HORTON, 2012, p. 254).
🔹 Verso 4 – "Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos."
- "Salário diminuído" – A exploração dos trabalhadores era uma injustiça comum na época (Deuteronômio 24:14-15).
- "Clamores entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos" – Expressão usada no AT para mostrar que Deus é o defensor dos oprimidos (Êxodo 3:7).
📖 Douglas Moo argumenta que este verso "demonstra que Deus ouve o clamor dos injustiçados e promete justiça contra aqueles que exploram os pobres" (MOO, 2000, p. 212).
🔹 Verso 5 – "Deliciosamente, vivestes sobre a terra, e vos deleitastes, e cevastes o vosso coração, como num dia de matança."
- "Deliciosamente, vivestes" (ἐτρυφήσατε, etryphēsate) – Expressa vida de luxo e prazeres sem consideração pelos necessitados.
- "Como num dia de matança" – Metáfora que remete ao gado que é engordado sem saber que será abatido.
📖 John MacArthur explica que "Tiago retrata os ricos como animais preparados para o abate, vivendo em ilusão, sem perceber o juízo iminente" (MACARTHUR, 2015, p. 432).
🔹 Verso 6 – "Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu."
- "Condenastes e matastes" – Indica abuso de poder contra os pobres e justos.
- "Ele não vos resistiu" – Alguns interpretam como uma referência a Cristo, enquanto outros veem como referência a qualquer pessoa justa oprimida pelos ricos.
📖 William Barclay sugere que "a injustiça contra os pobres não ficará impune, pois Deus é o juiz supremo" (BARCLAY, 1976, p. 109).
3. Aplicação Prática
🔹 O dinheiro está dominando seu coração?
🔹 Você tem tratado os outros com justiça e generosidade?
🔹 Você tem investido mais em bens materiais ou em tesouros espirituais?
Este texto nos ensina que a riqueza sem justiça leva ao juízo de Deus. Tiago não condena os ricos, mas a idolatria das riquezas e a opressão dos pobres. O verdadeiro tesouro está em Deus e na prática da justiça!
INTRODUÇÃO
No texto bíblico da lição deste domingo, encontramos uma advertência a respeito dos perigos da ganância e do mau uso dos recursos materiais. Veremos o perigo da avareza, a responsabilidade social dos ricos e a necessidade de misericórdia e bondade para com os pobres.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
No texto bíblico da lição deste domingo, Tiago faz uma advertência solene contra os perigos da ganância e do mau uso dos recursos materiais. Ele denuncia os ricos que exploram os pobres, acumulam riquezas de forma injusta e vivem em luxo sem considerar a justiça e a misericórdia. Essa passagem ecoa o ensino de Jesus sobre o perigo de confiar nas riquezas em vez de confiar em Deus (Mateus 6:19-21; Lucas 16:19-31).
Nesta lição, analisaremos três aspectos fundamentais: o perigo da avareza, a responsabilidade social dos ricos e a necessidade de exercer misericórdia e bondade para com os necessitados. Através deste estudo, aprenderemos que Deus não condena a posse de bens materiais, mas julga severamente aqueles que acumulam riquezas sem justiça e ignoram os necessitados.
No texto bíblico da lição deste domingo, Tiago faz uma advertência solene contra os perigos da ganância e do mau uso dos recursos materiais. Ele denuncia os ricos que exploram os pobres, acumulam riquezas de forma injusta e vivem em luxo sem considerar a justiça e a misericórdia. Essa passagem ecoa o ensino de Jesus sobre o perigo de confiar nas riquezas em vez de confiar em Deus (Mateus 6:19-21; Lucas 16:19-31).
Nesta lição, analisaremos três aspectos fundamentais: o perigo da avareza, a responsabilidade social dos ricos e a necessidade de exercer misericórdia e bondade para com os necessitados. Através deste estudo, aprenderemos que Deus não condena a posse de bens materiais, mas julga severamente aqueles que acumulam riquezas sem justiça e ignoram os necessitados.
I- O PERIGO DA GANÂNCIA
1- Advertência aos ricos. No texto bíblico desta lição, vemos que Tiago faz uma exortação aos ricos. Ele exorta a respeito da insignificância das riquezas. Nascemos sem bem algum e vamos deixar esse mundo também sem eles. Por isso não devemos gastar toda a nossa energia e tempo somente acumulando tesouros nessa terra e não investindo no Reino de Deus. O dinheiro e as riquezas são bênçãos de Deus bem como testifica Salomão: “A bênção do SENHOR é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10.22). O problema é o amor ao dinheiro e quando ele toma o lugar de Deus em nossos corações. Aí sim surgem os problemas como, por exemplo, a injustiça social, a opressão, o suborno, o abuso de poder etc. O amor a Deus e ao próximo jamais pode ser substituído pelo amor ao dinheiro (1 Tm 6.10). Quando isso ocorre, o homem passa a adorar e servir aos bens materiais e não a Deus.
2- Corrosão dos bens. Os versículos 2 e 3. do capítulo que estamos estudando revelam os sentimentos dos ricos nos quais Tiago estava exortando. Ele afirma: “As vossas riquezas estão apodrecidas” (v. 2).” Elas estavam dessa maneira porque foram acumuladas sem um propósito benevolente e ocupavam o primeiro lugar no coração daquelas pessoas. Na atualidade, muitos crentes não têm posses materiais, mas são ricos para com Deus, pois vivem uma vida santa, de obediência, amor ao Senhor e ao próximo. São pobres, mas possuem um grande tesouro no coração.
3- Testemunho contra si mesmo. Tiago enfatiza que a ferrugem dos bens acumulados será um testemunho contra os ricos egoístas “e consumirá a sua carne como fogo.” A condenação não é pela posse de riquezas em si, mas pelo uso egoísta e opressor desses recursos. O amor às riquezas produz infelicidade. No Dia do Senhor, do seu juízo, as riquezas não poderão livrar ninguém da ira de Deus.
SUBSÍDIO 1
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
I - O PERIGO DA GANÂNCIA
1. Advertência aos ricos
No texto de Tiago, vemos uma exortação severa aos ricos que acumulam bens sem propósito justo e sem preocupação com o próximo. A Bíblia não condena a posse de riquezas em si (Pv 10.22), mas alerta contra o amor ao dinheiro (1 Tm 6.10), que leva à idolatria e à corrupção moral.
A palavra grega usada para “ricos” aqui é πλούσιοι (plousioi), que pode se referir tanto àqueles que possuem muitos bens quanto aos que confiam em suas riquezas como fonte de segurança (cf. Lc 12.16-21). Tiago, como um mestre da tradição profética, denuncia o acúmulo injusto e a exploração dos pobres, algo já condenado por profetas do Antigo Testamento (Is 3.14-15; Am 8.4-6).
Segundo John MacArthur, “Tiago, em um tom semelhante ao dos profetas do Antigo Testamento, apresenta uma condenação escatológica contra os ricos que exploram os necessitados. Não há indício de arrependimento nesse grupo, mas uma sentença de juízo” (MACARTHUR, Comentário Bíblico de Tiago, 2018, p. 184).
2. Corrosão dos bens
Nos versículos 2 e 3, Tiago usa imagens impactantes para demonstrar a futilidade da riqueza acumulada de forma egoísta:
- “As vossas riquezas estão apodrecidas” – A palavra grega σέσηπεν (sesepen) significa algo que está completamente deteriorado e sem proveito. Aqui, pode indicar colheitas ou bens materiais acumulados que perderam sua utilidade, mostrando a inutilidade da riqueza mal adquirida.
- “O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram” – O verbo grego κατίωται (katiótai) se refere ao processo de corrosão. Ouro e prata não enferrujam, mas Tiago usa essa imagem para mostrar que até mesmo o que parece incorruptível pode se tornar testemunha contra aqueles que confiam em riquezas.
Essa corrosão não é apenas física, mas espiritual. O que deveria ser usado para abençoar outros se torna um peso de condenação sobre os injustos. Como bem coloca Warren Wiersbe:
"O pecado dos ricos não era o fato de possuírem riquezas, mas de confiar nelas e acumulá-las sem propósito benéfico. Jesus advertiu sobre isso ao falar da ferrugem e da traça (Mt 6.19-21), indicando que os bens terrenos não são um refúgio seguro" (WIERSBE, Warren. Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento, Vol. 2, p. 386).
3. Testemunho contra si mesmos
No versículo 3, Tiago enfatiza que a ferrugem dos bens acumulados será uma prova contra os ricos injustos e os consumirá como fogo. A metáfora do fogo aponta para o juízo divino, que revelará as intenções do coração e trará condenação sobre aqueles que exploraram os pobres.
O Dia do Senhor (v. 3) é uma referência escatológica ao juízo final. Esse conceito aparece em vários profetas do Antigo Testamento (Sof 1.15-18; Ml 3.2-5), e Tiago o utiliza para lembrar que as riquezas não podem salvar ninguém no dia do juízo divino.
Como diz David P. Nystrom:
"A crítica de Tiago não é simplesmente contra os ricos, mas contra aqueles que confiam na riqueza e oprimem os necessitados. Ele ecoa o ensino de Jesus de que onde está o nosso tesouro, ali estará também o nosso coração (Mt 6.21)" (NYSTROM, David P. The NIV Application Commentary: James. Zondervan, 1997, p. 252).
Conclusão do Tópico
O ensino de Tiago nos lembra que:
✅ O problema não é a posse de riquezas, mas o amor ao dinheiro e a exploração dos necessitados.✅ A riqueza acumulada sem propósito benéfico será uma prova contra os ímpios no dia do juízo.✅ A confiança em bens materiais é ilusória, pois tudo nesta terra é passageiro e está sujeito à corrupção.📚 Subsídio Teológico Adicional
📖 Comentário de John Stott:"O Novo Testamento não sugere que os ricos são automaticamente condenados, mas há um claro aviso de que o acúmulo egoísta de bens, sem preocupação com os pobres, é um caminho de perdição. Tiago é enfático: o juízo virá para aqueles que se entregam à ganância e fecham os olhos para a justiça" (STOTT, John. A Mensagem de Tiago. Vida Nova, 2019, p. 76).📖 Comentário de Craig Keener:"Os cristãos devem ver a riqueza como um instrumento para a justiça e não como um fim em si mesma. Tiago, ao criticar os ricos, ecoa a tradição profética do AT e as palavras de Jesus, mostrando que Deus exige justiça na administração dos bens materiais" (KEENER, Craig. Comentário Cultural do Novo Testamento. Vida Nova, 2014, p. 679).
I - O PERIGO DA GANÂNCIA
1. Advertência aos ricos
No texto de Tiago, vemos uma exortação severa aos ricos que acumulam bens sem propósito justo e sem preocupação com o próximo. A Bíblia não condena a posse de riquezas em si (Pv 10.22), mas alerta contra o amor ao dinheiro (1 Tm 6.10), que leva à idolatria e à corrupção moral.
A palavra grega usada para “ricos” aqui é πλούσιοι (plousioi), que pode se referir tanto àqueles que possuem muitos bens quanto aos que confiam em suas riquezas como fonte de segurança (cf. Lc 12.16-21). Tiago, como um mestre da tradição profética, denuncia o acúmulo injusto e a exploração dos pobres, algo já condenado por profetas do Antigo Testamento (Is 3.14-15; Am 8.4-6).
Segundo John MacArthur, “Tiago, em um tom semelhante ao dos profetas do Antigo Testamento, apresenta uma condenação escatológica contra os ricos que exploram os necessitados. Não há indício de arrependimento nesse grupo, mas uma sentença de juízo” (MACARTHUR, Comentário Bíblico de Tiago, 2018, p. 184).
2. Corrosão dos bens
Nos versículos 2 e 3, Tiago usa imagens impactantes para demonstrar a futilidade da riqueza acumulada de forma egoísta:
- “As vossas riquezas estão apodrecidas” – A palavra grega σέσηπεν (sesepen) significa algo que está completamente deteriorado e sem proveito. Aqui, pode indicar colheitas ou bens materiais acumulados que perderam sua utilidade, mostrando a inutilidade da riqueza mal adquirida.
- “O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram” – O verbo grego κατίωται (katiótai) se refere ao processo de corrosão. Ouro e prata não enferrujam, mas Tiago usa essa imagem para mostrar que até mesmo o que parece incorruptível pode se tornar testemunha contra aqueles que confiam em riquezas.
Essa corrosão não é apenas física, mas espiritual. O que deveria ser usado para abençoar outros se torna um peso de condenação sobre os injustos. Como bem coloca Warren Wiersbe:
"O pecado dos ricos não era o fato de possuírem riquezas, mas de confiar nelas e acumulá-las sem propósito benéfico. Jesus advertiu sobre isso ao falar da ferrugem e da traça (Mt 6.19-21), indicando que os bens terrenos não são um refúgio seguro" (WIERSBE, Warren. Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento, Vol. 2, p. 386).
3. Testemunho contra si mesmos
No versículo 3, Tiago enfatiza que a ferrugem dos bens acumulados será uma prova contra os ricos injustos e os consumirá como fogo. A metáfora do fogo aponta para o juízo divino, que revelará as intenções do coração e trará condenação sobre aqueles que exploraram os pobres.
O Dia do Senhor (v. 3) é uma referência escatológica ao juízo final. Esse conceito aparece em vários profetas do Antigo Testamento (Sof 1.15-18; Ml 3.2-5), e Tiago o utiliza para lembrar que as riquezas não podem salvar ninguém no dia do juízo divino.
Como diz David P. Nystrom:
"A crítica de Tiago não é simplesmente contra os ricos, mas contra aqueles que confiam na riqueza e oprimem os necessitados. Ele ecoa o ensino de Jesus de que onde está o nosso tesouro, ali estará também o nosso coração (Mt 6.21)" (NYSTROM, David P. The NIV Application Commentary: James. Zondervan, 1997, p. 252).
Conclusão do Tópico
O ensino de Tiago nos lembra que:
📚 Subsídio Teológico Adicional
II- A RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS RICOS
1- Com os pobres. Tiago expõe as ações injustas de um grupo de ricos contra as pessoas indefesas, provavelmente lavradores pobres (v. 4). No tempo em que a Carta foi escrita, as pessoas pobres que não podiam pagar suas dívidas eram lançadas na prisão ou forçadas a vender suas posses. Às vezes eram também obrigadas a entregar os filhos, ou parentes, como escravos para o pagamento de dívidas. Sem recursos para realizar o pagamento de dívidas, os pobres chegavam a morrer de fome. Era uma situação muito cruel. Assim, o texto deixa claro que os atos de injustiça não serão esquecidos. Da mesma forma que o clamor do povo hebreu no Egito chegou aos ouvidos do Senhor, o clamor dos pobres continua a chegar aos ouvidos do Justo Juiz.
2- A responsabilidade com a simplicidade. Em vez de buscar uma vida simples, moderada, o versículo 5 descreve uma vida de luxo e futilidade dos ricos. Estes viviam de modo a não considerar as necessidades dos outros. eram egoístas, se preocupavam apenas com a exibição dos bens. Viviam de forma nababesca, negligenciando o sofrimento alheio. Não podemos utilizar os bens materiais, que recebemos do Senhor, de forma tola e egoísta, buscando somente os prazeres desse mundo.
3- A responsabilidade com os indefesos. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “acumular dinheiro às escondidas, explorar empregados e viver regaladamente são atitudes que não escaparão do olhar de Deus.” Essas pessoas a quem Tiago se refere, os pobres, eram pessoas indefesas, o que hoje chamamos de pessoas em condição de vulnerabilidade social. Deus é justo e nos ensina em sua Palavra o cuidado que devemos ter com os pobres, órfãos e viúvas (Dt 10.17.18; 27.19; Is 1.23: 1 Tm 5.3-7). Os ricos, a quem Tiago se refere, levavam os pobres aos tribunais devido às dívidas (Tg 2.6) e, ao que tudo indica, deixavam de lhes pagar o salário privando-os do sustento. Eles, indiretamente, estavam levando pessoas à morte e à escravidão.
SUBSÍDIO 2
“A Bíblia Sagrada traz muitas advertências para que não depositemos a nossa confiança nas riquezas materiais” (Sl 49.6.7). Também não podemos colocar o nosso coração nas riquezas, Tiago deixou registradas fortes palavras de advertência aos ricos (Tg 5.1), que também servem, sem dúvida, para os ricos de todas as épocas. Estes, a quem Tiago se referiu, não foram julgados por serem ricos, mas porque haviam feito um mau uso de suas riquezas. Os cristãos também podem fazer um mau uso da riqueza que possuem, seja ela pequena ou grande. Eles também podem, sem dúvida, como vários crentes nos dias de Tiago, invejar aqueles que possuem riquezas. A inveja é um pecado tão grande quanto o mau uso da riqueza. É também muito importante que os meios utilizados para se alcançar a riqueza sejam adequados. Evidentemente, aqueles a quem Tiago se dirige em 5.1 haviam enriquecido às custas da exploração dos trabalhadores.” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro. CPAD, 2009, p. 1680.)
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS RICOS
1. Com os pobres
“Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, e que por vós foi retido com fraude, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.” (Tg 5:4)
A denúncia de Tiago reflete uma grave injustiça econômica. No contexto do primeiro século, muitos pobres dependiam do pagamento diário para sua sobrevivência, pois não tinham reservas financeiras. O texto mostra que os ricos fraudavam o pagamento, algo condenado pela Lei de Moisés (Lv 19:13; Dt 24:14-15).
- "Salário" (μισθός, misthós) → Significa pagamento por um serviço prestado. No contexto bíblico, era algo sagrado e essencial para a sobrevivência dos trabalhadores.
- "Retido com fraude" (ἀφυστερεῖται, aphustereitai) → O verbo grego usado aqui significa reter de maneira injusta, privar alguém do que é devido. Indica exploração consciente e deliberada.
Assim como Deus ouviu o clamor dos hebreus escravizados no Egito (Êx 3:7), Ele ouve os clamores dos explorados e oprimidos.
Comentário Teológico
Segundo Douglas Moo, Tiago ecoa Amós 5:11-12, onde Deus condena aqueles que exploram os pobres. A injustiça social, para Tiago, não é apenas um problema humano, mas um pecado direcionado contra Deus (MOO, The Letter of James, 2000).
O teólogo Craig Keener observa que, na sociedade romana, ricos muitas vezes usavam tribunais corruptos para evitar pagar salários. Tiago, portanto, faz uma denúncia profética contra essa prática (KEENER, The IVP Bible Background Commentary, 2014).
2. A responsabilidade com a simplicidade
"Deliciosamente vivestes sobre a terra e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança." (Tg 5:5)
Aqui, Tiago condena o luxo desenfreado e o egoísmo dos ricos que se alimentam da exploração alheia.
- "Deliciosamente vivestes" (τρυφάω, trypháō) → No grego, esta palavra significa viver de maneira luxuosa e indulgente, sem preocupação com os outros. É usada para descrever vida dissoluta e hedonista.
- "Vos deleitastes" (σπαταλάω, spatalaō) → Indica uma vida extravagante e perdulária, ignorando o sofrimento alheio. A mesma palavra é usada em 1 Timóteo 5:6 para descrever uma pessoa espiritualmente morta pelo prazer excessivo.
- "Cevastes os vossos corações" (ἐθρέψατε, ethrepsate) → Deriva de τρέφω (tréphō), que significa alimentar ou engordar. Tiago compara os ricos a animais que engordam para o abate, ou seja, estão acumulando riquezas para o próprio dia do juízo.
Comentário Teológico
John MacArthur destaca que Tiago condena o desperdício egoísta de recursos, enquanto outros sofrem. A Bíblia não proíbe o desfrute de bens materiais, mas ensina que eles devem ser usados com responsabilidade e generosidade (MACARTHUR, Biblical Doctrine, 2017).
3. A responsabilidade com os indefesos
"Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu." (Tg 5:6)
Aqui, Tiago expõe a violência estrutural praticada pelos ricos contra os pobres, que eram injustamente condenados em tribunais corruptos.
- "Condenastes" (καταδικάζω, katadikázō) → Significa condenar injustamente em tribunal, muitas vezes por suborno ou manipulação do sistema legal.
- "Matastes" (φονεύω, phoneúō) → Literalmente “assassinar”. Isso pode indicar tanto assassinato literal quanto a morte resultante da exploração financeira (como fome ou suicídio por desespero).
Comentário Teológico
William Barclay aponta que a falta de pagamento de salários era equivalente a assassinato para um trabalhador pobre. Tiago denuncia os ricos como opressores sem misericórdia (BARCLAY, The Letter of James, 1976).
O Dicionário Bíblico Wycliffe observa que a condenação de Tiago não se dirige ao fato de serem ricos, mas ao mau uso da riqueza. Ele adverte que riquezas mal adquiridas testificam contra seus donos no dia do juízo (WYCLIFFE, Dicionário Bíblico, CPAD, 2009, p. 1680).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Bíblia traz diversas advertências contra a confiança nas riquezas:
- Salmo 49:6-7 → Os ricos não podem confiar em sua fortuna para escapar da morte.
- Provérbios 11:28 → Quem confia em suas riquezas cairá.
- Lucas 12:16-21 → A parábola do rico insensato mostra o perigo de acumular bens sem se preocupar com o Reino de Deus.
- 1 Timóteo 6:17-19 → Paulo exorta os ricos a não serem arrogantes nem colocarem esperança na incerteza das riquezas.
O Dicionário Bíblico Wycliffe ressalta que Tiago ensina que tanto a busca desenfreada por riquezas quanto a inveja dos ricos são pecados. Além disso, enfatiza que os meios usados para obter riquezas devem ser justos (WYCLIFFE, CPAD, 2009, p. 1680).
CONCLUSÃO
O ensino de Tiago 5:1-6 continua extremamente relevante nos dias atuais. Ele nos ensina que:
- A riqueza não é condenada, mas o uso egoísta dela sim. A posse de bens deve ser acompanhada de responsabilidade e generosidade.
- Exploração dos pobres é um pecado grave. Deus ouve o clamor dos oprimidos e julgará aqueles que enriquecem às custas da injustiça.
- O luxo desenfreado e a vida fútil são sinais de um coração endurecido. A verdadeira segurança não está no dinheiro, mas em Deus e na obediência à Sua Palavra.
Assim, Tiago nos desafia a refletir como usamos nossos recursos: estamos construindo o Reino de Deus ou apenas acumulando para nós mesmos?
II. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS RICOS
1. Com os pobres
“Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, e que por vós foi retido com fraude, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.” (Tg 5:4)
A denúncia de Tiago reflete uma grave injustiça econômica. No contexto do primeiro século, muitos pobres dependiam do pagamento diário para sua sobrevivência, pois não tinham reservas financeiras. O texto mostra que os ricos fraudavam o pagamento, algo condenado pela Lei de Moisés (Lv 19:13; Dt 24:14-15).
- "Salário" (μισθός, misthós) → Significa pagamento por um serviço prestado. No contexto bíblico, era algo sagrado e essencial para a sobrevivência dos trabalhadores.
- "Retido com fraude" (ἀφυστερεῖται, aphustereitai) → O verbo grego usado aqui significa reter de maneira injusta, privar alguém do que é devido. Indica exploração consciente e deliberada.
Assim como Deus ouviu o clamor dos hebreus escravizados no Egito (Êx 3:7), Ele ouve os clamores dos explorados e oprimidos.
Comentário Teológico
Segundo Douglas Moo, Tiago ecoa Amós 5:11-12, onde Deus condena aqueles que exploram os pobres. A injustiça social, para Tiago, não é apenas um problema humano, mas um pecado direcionado contra Deus (MOO, The Letter of James, 2000).
O teólogo Craig Keener observa que, na sociedade romana, ricos muitas vezes usavam tribunais corruptos para evitar pagar salários. Tiago, portanto, faz uma denúncia profética contra essa prática (KEENER, The IVP Bible Background Commentary, 2014).
2. A responsabilidade com a simplicidade
"Deliciosamente vivestes sobre a terra e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança." (Tg 5:5)
Aqui, Tiago condena o luxo desenfreado e o egoísmo dos ricos que se alimentam da exploração alheia.
- "Deliciosamente vivestes" (τρυφάω, trypháō) → No grego, esta palavra significa viver de maneira luxuosa e indulgente, sem preocupação com os outros. É usada para descrever vida dissoluta e hedonista.
- "Vos deleitastes" (σπαταλάω, spatalaō) → Indica uma vida extravagante e perdulária, ignorando o sofrimento alheio. A mesma palavra é usada em 1 Timóteo 5:6 para descrever uma pessoa espiritualmente morta pelo prazer excessivo.
- "Cevastes os vossos corações" (ἐθρέψατε, ethrepsate) → Deriva de τρέφω (tréphō), que significa alimentar ou engordar. Tiago compara os ricos a animais que engordam para o abate, ou seja, estão acumulando riquezas para o próprio dia do juízo.
Comentário Teológico
John MacArthur destaca que Tiago condena o desperdício egoísta de recursos, enquanto outros sofrem. A Bíblia não proíbe o desfrute de bens materiais, mas ensina que eles devem ser usados com responsabilidade e generosidade (MACARTHUR, Biblical Doctrine, 2017).
3. A responsabilidade com os indefesos
"Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu." (Tg 5:6)
Aqui, Tiago expõe a violência estrutural praticada pelos ricos contra os pobres, que eram injustamente condenados em tribunais corruptos.
- "Condenastes" (καταδικάζω, katadikázō) → Significa condenar injustamente em tribunal, muitas vezes por suborno ou manipulação do sistema legal.
- "Matastes" (φονεύω, phoneúō) → Literalmente “assassinar”. Isso pode indicar tanto assassinato literal quanto a morte resultante da exploração financeira (como fome ou suicídio por desespero).
Comentário Teológico
William Barclay aponta que a falta de pagamento de salários era equivalente a assassinato para um trabalhador pobre. Tiago denuncia os ricos como opressores sem misericórdia (BARCLAY, The Letter of James, 1976).
O Dicionário Bíblico Wycliffe observa que a condenação de Tiago não se dirige ao fato de serem ricos, mas ao mau uso da riqueza. Ele adverte que riquezas mal adquiridas testificam contra seus donos no dia do juízo (WYCLIFFE, Dicionário Bíblico, CPAD, 2009, p. 1680).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Bíblia traz diversas advertências contra a confiança nas riquezas:
- Salmo 49:6-7 → Os ricos não podem confiar em sua fortuna para escapar da morte.
- Provérbios 11:28 → Quem confia em suas riquezas cairá.
- Lucas 12:16-21 → A parábola do rico insensato mostra o perigo de acumular bens sem se preocupar com o Reino de Deus.
- 1 Timóteo 6:17-19 → Paulo exorta os ricos a não serem arrogantes nem colocarem esperança na incerteza das riquezas.
O Dicionário Bíblico Wycliffe ressalta que Tiago ensina que tanto a busca desenfreada por riquezas quanto a inveja dos ricos são pecados. Além disso, enfatiza que os meios usados para obter riquezas devem ser justos (WYCLIFFE, CPAD, 2009, p. 1680).
CONCLUSÃO
O ensino de Tiago 5:1-6 continua extremamente relevante nos dias atuais. Ele nos ensina que:
- A riqueza não é condenada, mas o uso egoísta dela sim. A posse de bens deve ser acompanhada de responsabilidade e generosidade.
- Exploração dos pobres é um pecado grave. Deus ouve o clamor dos oprimidos e julgará aqueles que enriquecem às custas da injustiça.
- O luxo desenfreado e a vida fútil são sinais de um coração endurecido. A verdadeira segurança não está no dinheiro, mas em Deus e na obediência à Sua Palavra.
Assim, Tiago nos desafia a refletir como usamos nossos recursos: estamos construindo o Reino de Deus ou apenas acumulando para nós mesmos?
III- A NECESSIDADE DE MISERICÓRDIA E BONDADE
2- Ajudando os necessitados. A autêntica fé cristã também se manifesta na ajuda aos necessitados (Tg 1.27). A verdadeira religião deve ser demonstrada em ações que expressem a bondade de Deus. A ajuda aos necessitados é uma expressão concreta do amor cristão e um reflexo da compaixão divina. Quando direcionamos nossos recursos para aliviar o sofrimento dos menos favorecidos, estamos cumprindo um mandato bíblico e demonstrando uma fé viva e ativa. Os recursos podem ser usados de diferentes maneiras, como por exemplo: doar alimentos, oferecer abrigo e suporte financeiro, e envolver-se em iniciativas que busquem erradicar a pobreza e a injustiça. Além do suporte material, a ajuda aos necessitados também envolve a provisão de apoio emocional e espiritual. A prática da misericórdia exige uma disposição contínua para ouvir, compreender e agir em benefício daqueles que estão em situações de vulnerabilidade, como vemos na parábola do Bom Samaritano, ensinada por Jesus (Lc 10.25-37).
3- Promovendo a justiça social. A generosidade e a misericórdia são ferramentas para promover o caráter de Deus e cumprir o mandamento de amar o próximo como a nós mesmos (Mt 22.39). Você tem usado seus dons e talentos, bem como seus recursos financeiros, para servir a Deus, refletindo seu caráter e justiça? Seja inteligente e use sua vida e recursos para acumular tesouros nos céus, onde nada poderá roubá-los e a recompensa é justa e certa.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III- A NECESSIDADE DE MISERICÓRDIA E BONDADE
1. Uso sábio dos recursos
Tiago enfatiza que os recursos devem ser administrados com sabedoria e propósito, refletindo os valores do Reino de Deus. A palavra grega para "sabedoria" em Tiago 3.17 é sophia (σοφία), que significa uma sabedoria prática, que governa a vida diária de maneira piedosa. O conceito bíblico de mordomia está relacionado ao entendimento de que tudo pertence a Deus, e somos apenas administradores (Sl 24.1).
Jesus ensina que "onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Mt 6.21), destacando a conexão entre nossas prioridades espirituais e o uso dos bens materiais. O termo grego para "tesouro" é thēsauros (θησαυρός), que denota algo de grande valor armazenado, e pode se referir tanto a riquezas materiais quanto espirituais.
Craig Keener (em The IVP Bible Background Commentary: New Testament) observa que, no contexto do mundo antigo, a acumulação de riqueza frequentemente se dava às custas dos mais fracos. Isso reflete exatamente a crítica de Tiago, que condena aqueles que usam seus bens apenas para sua própria satisfação e não para o benefício da comunidade cristã.
2. Ajudando os necessitados
A verdadeira religião se expressa na prática da compaixão e na assistência aos necessitados. Tiago 1.27 afirma que a religião pura e imaculada diante de Deus é "visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações". A palavra grega para "visitar" é episkeptomai (ἐπισκέπτομαι), que implica mais do que uma visitação casual—refere-se ao ato de cuidar e prover necessidades.
A parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37) exemplifica essa compaixão. O verbo usado para "compadecer-se" no verso 33 é splagchnizomai (σπλαγχνίζομαι), que descreve uma compaixão profunda e visceral, vinda do íntimo do ser.
John Stott, em Issues Facing Christians Today, destaca que o compromisso social não é opcional para o cristão, mas um reflexo da transformação operada pelo evangelho. Ele argumenta que uma fé genuína resulta em ação prática em prol dos necessitados.
3. Promovendo a justiça social
O amor ao próximo (Mt 22.39) implica responsabilidade social. A palavra hebraica para "justiça" no Antigo Testamento é mishpat (מִשְׁפָּט), que não se refere apenas à punição de atos errados, mas à restauração do que é correto, garantindo dignidade aos vulneráveis.
Em Tiago 5.1-6, a crítica aos ricos não é simplesmente pelo fato de possuírem riqueza, mas pelo mau uso dela. O texto adverte que riquezas acumuladas de forma injusta testificarão contra seus donos no dia do juízo. A palavra grega para "testemunhar" (v. 3) é martureō (μαρτυρέω), que significa dar um testemunho contra alguém em um tribunal.
Tim Keller, em Generous Justice, afirma que a generosidade e a justiça caminham juntas, pois a graça recebida do Evangelho nos capacita a tratar os outros com misericórdia. A forma como lidamos com nossos bens reflete se realmente compreendemos o caráter de Deus.
Conclusão
A Bíblia ensina que a misericórdia e a bondade são marcas de uma fé autêntica. O uso correto dos recursos não é apenas uma questão de ética financeira, mas um reflexo de nossa espiritualidade. Seguir os princípios bíblicos de justiça social nos alinha ao propósito de Deus e fortalece nossa comunhão com Ele.
III- A NECESSIDADE DE MISERICÓRDIA E BONDADE
1. Uso sábio dos recursos
Tiago enfatiza que os recursos devem ser administrados com sabedoria e propósito, refletindo os valores do Reino de Deus. A palavra grega para "sabedoria" em Tiago 3.17 é sophia (σοφία), que significa uma sabedoria prática, que governa a vida diária de maneira piedosa. O conceito bíblico de mordomia está relacionado ao entendimento de que tudo pertence a Deus, e somos apenas administradores (Sl 24.1).
Jesus ensina que "onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Mt 6.21), destacando a conexão entre nossas prioridades espirituais e o uso dos bens materiais. O termo grego para "tesouro" é thēsauros (θησαυρός), que denota algo de grande valor armazenado, e pode se referir tanto a riquezas materiais quanto espirituais.
Craig Keener (em The IVP Bible Background Commentary: New Testament) observa que, no contexto do mundo antigo, a acumulação de riqueza frequentemente se dava às custas dos mais fracos. Isso reflete exatamente a crítica de Tiago, que condena aqueles que usam seus bens apenas para sua própria satisfação e não para o benefício da comunidade cristã.
2. Ajudando os necessitados
A verdadeira religião se expressa na prática da compaixão e na assistência aos necessitados. Tiago 1.27 afirma que a religião pura e imaculada diante de Deus é "visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações". A palavra grega para "visitar" é episkeptomai (ἐπισκέπτομαι), que implica mais do que uma visitação casual—refere-se ao ato de cuidar e prover necessidades.
A parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37) exemplifica essa compaixão. O verbo usado para "compadecer-se" no verso 33 é splagchnizomai (σπλαγχνίζομαι), que descreve uma compaixão profunda e visceral, vinda do íntimo do ser.
John Stott, em Issues Facing Christians Today, destaca que o compromisso social não é opcional para o cristão, mas um reflexo da transformação operada pelo evangelho. Ele argumenta que uma fé genuína resulta em ação prática em prol dos necessitados.
3. Promovendo a justiça social
O amor ao próximo (Mt 22.39) implica responsabilidade social. A palavra hebraica para "justiça" no Antigo Testamento é mishpat (מִשְׁפָּט), que não se refere apenas à punição de atos errados, mas à restauração do que é correto, garantindo dignidade aos vulneráveis.
Em Tiago 5.1-6, a crítica aos ricos não é simplesmente pelo fato de possuírem riqueza, mas pelo mau uso dela. O texto adverte que riquezas acumuladas de forma injusta testificarão contra seus donos no dia do juízo. A palavra grega para "testemunhar" (v. 3) é martureō (μαρτυρέω), que significa dar um testemunho contra alguém em um tribunal.
Tim Keller, em Generous Justice, afirma que a generosidade e a justiça caminham juntas, pois a graça recebida do Evangelho nos capacita a tratar os outros com misericórdia. A forma como lidamos com nossos bens reflete se realmente compreendemos o caráter de Deus.
Conclusão
A Bíblia ensina que a misericórdia e a bondade são marcas de uma fé autêntica. O uso correto dos recursos não é apenas uma questão de ética financeira, mas um reflexo de nossa espiritualidade. Seguir os princípios bíblicos de justiça social nos alinha ao propósito de Deus e fortalece nossa comunhão com Ele.
CONCLUSÃO
O texto bíblico estudado nos oferece uma visão clara e contundente sobre o uso responsável das riquezas. Deus não condena a posse de bens materiais, mas adverte severamente contra o uso egoísta desses recursos. Somos chamados a viver com autenticidade, usando nossas riquezas com sabedoria, ajudando os necessitados. A verdadeira riqueza, aos olhos de Deus, é medida não pela quantidade de bens acumulados, mas pelo impacto positivo que fazemos na vida dos outros por meio da misericórdia e da bondade. Que possamos ser fiéis administradores dos recursos que Deus nos confia, refletindo seu amor e justiça em todas as nossas ações.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Referência à mordomia cristã – Destacar que somos apenas administradores dos recursos que Deus nos confia (1 Co 4.2).
Exemplo bíblico prático – Como a generosidade da igreja primitiva (At 4.32-35), que compartilhava seus bens para que não houvesse necessitados entre eles.
Aplicação pessoal – Um desafio prático ao leitor para avaliar como tem utilizado seus recursos em prol do Reino de Deus.
Referência à mordomia cristã – Destacar que somos apenas administradores dos recursos que Deus nos confia (1 Co 4.2).
Exemplo bíblico prático – Como a generosidade da igreja primitiva (At 4.32-35), que compartilhava seus bens para que não houvesse necessitados entre eles.
Aplicação pessoal – Um desafio prático ao leitor para avaliar como tem utilizado seus recursos em prol do Reino de Deus.
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