SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
OBJETIVOS
PARA COMEÇAR A AULA
Comece sua aula falando do quanto é difícil a saudade das pessoas que há muito tempo não encontramos. Destaque a saudade que sentimos; os planos que fazemos quando imaginamos o reencontro; a expectativa que criamos quando sabemos que essa pessoa chegará. Entregue papel e caneta para alguns voluntários; peça que escrevam sobre o tema e leiam o que foi escrito. Conclui explicando que muito maior deve ser a nossa expectativa pela chegada de Jesus e pela implantação do Seu Reino.
LEITURA ADICIONAL
O mensageiro de boas novas começa testificando que o Espírito do Senhor Soberano está sobre ele (cf. 42.1; 48.16; também 11.12). Ele também tem o Espírito porque o Senhor o “ungiu”. Esta expressão provém do costume de ungir com óleo pessoas que iriam ocupar cargos importantes, como o de sumo sacerdote (Éx 25.6; Lv 8.10), de rei (I Sm 16.1; et al), e algumas vezes de profeta (I Rs 19.16). Os seres humanos não podem fazer nada mais que ungir com óleo, mas o Senhor unge com o Seu Espírito, o único que pode equipar uma pessoa para desempenhar o seu encargo. Subentendida na unção encontra-se também a vocação e a nomeação para esse cargo; por isso se diz em seguida: “enviou-me”. A descrição de sua missão profética está ligada com unção. Aqueles a quem ele é enviado são descritos em termos gerais como pessoas que estão vivendo em angústia e penúria, antes de tudo em sentido externo e natural. Já no fim eles são chamados de “castigos” e “algemados” (cf. v. 2, onde “o dia da vingança” é apregoado contra o opressor). É inteiramente natural relacionar estes termos com o período do exílio (cf. o prefácio ao cap. 60). A palavra “man-sos”49 (cf. comentários a 11.4) sugere pessoas que estão sendo oprimidas, enquanto enfatiza o fato de que em sua opressão a sua esperança está em Deus. Os “quebrantados de coração” (cf. 57.15) são os que estão vencidos pela tristeza. Para todos esses o pregador pode e precisa “pregar boas novas”. Esta expressão faz referência aqui e algures (40.9; 52.7) não à predição de salvação futura, mas à “proclamação” de uma salvação que já veio. A sua missão é “curar” (ARA) ou “restaurar” (ARC) os quebrantados de coração. Estas palavras lembram uma das atividades do Servo do Senhor (cf. 42.3; 50.4). Aqui a cura resulta da proclamação da salvação que chegou. A salvação consiste, como indicam estas palavras, em “liberdade” ou “libertação” para os cativos, e “abertura de prisão” para os algemados. Esta libertação deve ser entendida, antes de tudo, como se torna evidente em vista do exposto acima, como libertação exterior (cf. também vv. 4ss.). Tudo isto encontra o seu perfeito cumprimento apenas na obra espiritual de Cristo, que concede uma liberdade mais elevada (e verdadeira) para os Seus. Os “mansos” e “quebrantados” são aqueles que anseiam pela liberdade espiritual, e cujos corações foram quebrantados por um senso de opressão e angústia espirituais. (Livro: Isaías introdução e comentário (Ridderbos, J., Vida Nova e Mundo Cristão, São Paulo, SP. Pág. 488,489).
Este blog foi feito com muito carinho para você. Ajude-nos
. Faça um Pix / E-mail pecadorconfesso@hotmail.com e você estará colaborando para que esse blog continue trazendo conteúdo exclusivo e de edificação para a sua vida.
TEXTO ÁUREO
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados.” Isaías 61.1
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
Isaías 61.1 a 62.5
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Isaías 61:1-11 – O Messias e sua Missão
Isaías 61:1
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados."
- Contexto: Este versículo é uma profecia messiânica que Jesus aplica a si mesmo em Lucas 4:18-21. Ele descreve a missão do Messias como aquele que traria restauração e libertação.
- Raiz Hebraica:
- Espírito (רוּחַ, ruach) – Refere-se à presença e poder de Deus capacitando o Messias.
- Ungi (מָשַׁח, mashach) – De onde vem Messias (Mashiach), significa "ungir com óleo", representando consagração divina.
- Libertação (דְּרוֹר, deror) – Usado para descrever o Ano do Jubileu (Levítico 25:10), simbolizando liberdade e restauração.
Isaías 61:2
"A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes."
- Interpretação: O "ano aceitável" remete ao tempo da graça e redenção em Cristo. Já "o dia da vingança" aponta para o juízo divino.
- Raiz Hebraica:
- Ano aceitável (שְׁנַת רָצוֹן, shnat ratzon) – Significa um tempo especial de favor divino.
- Vingança (נָקָם, naqam) – Expressa a justiça de Deus contra a iniquidade.
Isaías 61:3
"A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de alegria em vez de pranto, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado."
- Raiz Hebraica:
- Cinza (אֵפֶר, efer) – Simboliza luto e arrependimento.
- Óleo de alegria (שֶׁמֶן שָׂשׂוֹן, shemen sason) – Refere-se à unção para alegria e celebração.
- Carvalhos de justiça (אֵלֵי הַצֶּדֶק, elei hatzedek) – Indica firmeza na justiça de Deus.
Isaías 61:4
"Edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão as antigas desolações e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração."
- Contexto: Promessa de restauração tanto para Israel quanto espiritualmente para aqueles que estão em ruína.
Isaías 61:5-6
- Os estrangeiros serviriam a Israel, e o povo de Deus seria chamado de "sacerdotes do Senhor".
- Raiz Hebraica:
- Sacerdotes (כֹּהֵן, kohen) – Indica um mediador entre Deus e os homens.
Isaías 61:7
"Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra."
- Interpretação: Deus restaura o que foi perdido e dá abundância ao invés de desonra.
Isaías 61:8-9
- Deus ama a justiça e fará uma aliança eterna com Seu povo.
Isaías 61:10-11
- O povo de Deus se regozijará, pois serão vestidos de salvação e justiça.
- Raiz Hebraica:
- Salvação (יְשׁוּעָה, yeshuah) – Nome que se refere a Jesus (Yeshua).
Isaías 62:1-5 – A Restauração de Sião
Isaías 62:1
"Por amor de Sião, não me calarei, e por amor de Jerusalém, não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação como uma tocha acesa."
- Contexto: Deus promete restaurar Jerusalém e torná-la luz para as nações.
Isaías 62:2
"E as nações verão a tua justiça, e todos os reis, a tua glória; e chamar-te-ão por um nome novo, que a boca do Senhor designará."
- Raiz Hebraica:
- Nome novo (שֵׁם חָדָשׁ, shem chadash) – Representa renovação e transformação espiritual.
Isaías 62:3
"E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, e um diadema real na mão do teu Deus."
- Interpretação: Israel será glorificada como propriedade real de Deus.
Isaías 62:4
"Nunca mais te chamarão Desamparada, nem a tua terra se denominará mais Assolada; mas chamar-te-ão Hefzibá, e à tua terra, Beulá; porque o Senhor se agrada de ti, e a tua terra se casará."
- Raiz Hebraica:
- Hefzibá (חֶפְצִי־בָהּ, Heftzi-bah) – "Meu prazer está nela".
- Beulá (בְּעוּלָה, Be’ulah) – "Casada", simbolizando a restauração e aliança com Deus.
Isaías 62:5
"Porque, como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposarão a ti; e, como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus."
- Interpretação: O relacionamento entre Deus e Seu povo é comparado a um casamento, enfatizando amor e fidelidade.
Conclusão
Isaías 61-62 apresenta a obra do Messias, a restauração de Sião e a alegria da salvação. A raiz hebraica das palavras enfatiza o significado profundo da redenção e da renovação que Deus traria ao Seu povo.
Isaías 61:1-11 – O Messias e sua Missão
Isaías 61:1
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados."
- Contexto: Este versículo é uma profecia messiânica que Jesus aplica a si mesmo em Lucas 4:18-21. Ele descreve a missão do Messias como aquele que traria restauração e libertação.
- Raiz Hebraica:
- Espírito (רוּחַ, ruach) – Refere-se à presença e poder de Deus capacitando o Messias.
- Ungi (מָשַׁח, mashach) – De onde vem Messias (Mashiach), significa "ungir com óleo", representando consagração divina.
- Libertação (דְּרוֹר, deror) – Usado para descrever o Ano do Jubileu (Levítico 25:10), simbolizando liberdade e restauração.
Isaías 61:2
"A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes."
- Interpretação: O "ano aceitável" remete ao tempo da graça e redenção em Cristo. Já "o dia da vingança" aponta para o juízo divino.
- Raiz Hebraica:
- Ano aceitável (שְׁנַת רָצוֹן, shnat ratzon) – Significa um tempo especial de favor divino.
- Vingança (נָקָם, naqam) – Expressa a justiça de Deus contra a iniquidade.
Isaías 61:3
"A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de alegria em vez de pranto, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado."
- Raiz Hebraica:
- Cinza (אֵפֶר, efer) – Simboliza luto e arrependimento.
- Óleo de alegria (שֶׁמֶן שָׂשׂוֹן, shemen sason) – Refere-se à unção para alegria e celebração.
- Carvalhos de justiça (אֵלֵי הַצֶּדֶק, elei hatzedek) – Indica firmeza na justiça de Deus.
Isaías 61:4
"Edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão as antigas desolações e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração."
- Contexto: Promessa de restauração tanto para Israel quanto espiritualmente para aqueles que estão em ruína.
Isaías 61:5-6
- Os estrangeiros serviriam a Israel, e o povo de Deus seria chamado de "sacerdotes do Senhor".
- Raiz Hebraica:
- Sacerdotes (כֹּהֵן, kohen) – Indica um mediador entre Deus e os homens.
Isaías 61:7
"Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra."
- Interpretação: Deus restaura o que foi perdido e dá abundância ao invés de desonra.
Isaías 61:8-9
- Deus ama a justiça e fará uma aliança eterna com Seu povo.
Isaías 61:10-11
- O povo de Deus se regozijará, pois serão vestidos de salvação e justiça.
- Raiz Hebraica:
- Salvação (יְשׁוּעָה, yeshuah) – Nome que se refere a Jesus (Yeshua).
Isaías 62:1-5 – A Restauração de Sião
Isaías 62:1
"Por amor de Sião, não me calarei, e por amor de Jerusalém, não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação como uma tocha acesa."
- Contexto: Deus promete restaurar Jerusalém e torná-la luz para as nações.
Isaías 62:2
"E as nações verão a tua justiça, e todos os reis, a tua glória; e chamar-te-ão por um nome novo, que a boca do Senhor designará."
- Raiz Hebraica:
- Nome novo (שֵׁם חָדָשׁ, shem chadash) – Representa renovação e transformação espiritual.
Isaías 62:3
"E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, e um diadema real na mão do teu Deus."
- Interpretação: Israel será glorificada como propriedade real de Deus.
Isaías 62:4
"Nunca mais te chamarão Desamparada, nem a tua terra se denominará mais Assolada; mas chamar-te-ão Hefzibá, e à tua terra, Beulá; porque o Senhor se agrada de ti, e a tua terra se casará."
- Raiz Hebraica:
- Hefzibá (חֶפְצִי־בָהּ, Heftzi-bah) – "Meu prazer está nela".
- Beulá (בְּעוּלָה, Be’ulah) – "Casada", simbolizando a restauração e aliança com Deus.
Isaías 62:5
"Porque, como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposarão a ti; e, como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus."
- Interpretação: O relacionamento entre Deus e Seu povo é comparado a um casamento, enfatizando amor e fidelidade.
Conclusão
Isaías 61-62 apresenta a obra do Messias, a restauração de Sião e a alegria da salvação. A raiz hebraica das palavras enfatiza o significado profundo da redenção e da renovação que Deus traria ao Seu povo.
VERDADE PRÁTICA
Se fixarmos nossos olhos no Cristo vivo, encontraremos forças para esperar o dia da redenção.
INTRODUÇÃO
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica para Jovens e Adultos – "O Espírito do Senhor Está Sobre Mim"
📖 Tema: Isaías 61-63 – O Espírito do Senhor Está Sobre Mim
🎯 Objetivo: Ensinar sobre a ação do Espírito Santo na vida do cristão e como Ele nos capacita para a missão.
⏳ Duração: 30-40 minutos
👥 Número de participantes: Mínimo de 6 pessoas
Material necessário:
- Pedaços de papel com diferentes desafios escritos (exemplo: "Pregar a Palavra", "Consolar um amigo", "Servir na igreja", "Interceder por alguém")
- Um ventilador ou um leque (para simbolizar o Espírito Santo soprando sobre nós)
- Fita adesiva ou etiquetas
- Bíblia
Passo a Passo:
🔹 1. Introdução – O Espírito Santo e Nossa Missão
Pergunte ao grupo:
- O que significa ter o Espírito Santo sobre nós?
- Como o Espírito nos capacita para a obra de Deus?
📖 Leia Isaías 61:1
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos."
Explique que o Espírito Santo não é apenas um sentimento, mas uma capacitação para cumprir nossa missão.
2. Atividade – "Soprado pelo Espírito"
1️⃣ Distribua os papéis com os desafios a cada participante.
2️⃣ Explique: Cada um de nós tem uma missão dada por Deus, mas sem o Espírito Santo, nos sentimos fracos ou inseguros para cumpri-la.
3️⃣ Ligue o ventilador ou use um leque para simbolizar o sopro do Espírito Santo.
4️⃣ Cada participante deve ler seu papel em voz alta e refletir:
- Como o Espírito Santo pode me capacitar para isso?
- O que me impede de cumprir essa missão?
📖 Leia Atos 1:8
"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra."
5️⃣ Depois da reflexão, peça que colem seus desafios em um quadro ou parede, representando sua entrega a Deus.
3. Reflexão e Aplicação
- O que aprendemos sobre o Espírito Santo hoje?
- Qual foi o desafio mais difícil de aceitar?
- Como podemos buscar mais a presença do Espírito Santo em nossa vida?
📖 Leia 2 Coríntios 3:17
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade."
4. Oração e Encerramento
Ore pedindo para que Deus derrame do Seu Espírito sobre cada participante, dando força e ousadia para cumprir Sua vontade.
Conclusão:
✔️ O Espírito Santo nos capacita para a missão.
✔️ Não estamos sozinhos, Deus nos fortalece.
✔️ Devemos estar disponíveis para sermos usados por Ele.
📖 Versículo-chave: "Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." (Zacarias 4:6)
🔥 Dica: Finalize com um louvor sobre o Espírito Santo, como "Vem, Espírito Santo" (Renascer Praise) ou "Espírito, Enche a Minha Vida".
Gostou da dinâmica? 😊🔥🙏
Dinâmica para Jovens e Adultos – "O Espírito do Senhor Está Sobre Mim"
📖 Tema: Isaías 61-63 – O Espírito do Senhor Está Sobre Mim
🎯 Objetivo: Ensinar sobre a ação do Espírito Santo na vida do cristão e como Ele nos capacita para a missão.
⏳ Duração: 30-40 minutos
👥 Número de participantes: Mínimo de 6 pessoas
Material necessário:
- Pedaços de papel com diferentes desafios escritos (exemplo: "Pregar a Palavra", "Consolar um amigo", "Servir na igreja", "Interceder por alguém")
- Um ventilador ou um leque (para simbolizar o Espírito Santo soprando sobre nós)
- Fita adesiva ou etiquetas
- Bíblia
Passo a Passo:
🔹 1. Introdução – O Espírito Santo e Nossa Missão
Pergunte ao grupo:
- O que significa ter o Espírito Santo sobre nós?
- Como o Espírito nos capacita para a obra de Deus?
📖 Leia Isaías 61:1
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos."
Explique que o Espírito Santo não é apenas um sentimento, mas uma capacitação para cumprir nossa missão.
2. Atividade – "Soprado pelo Espírito"
1️⃣ Distribua os papéis com os desafios a cada participante.
2️⃣ Explique: Cada um de nós tem uma missão dada por Deus, mas sem o Espírito Santo, nos sentimos fracos ou inseguros para cumpri-la.
3️⃣ Ligue o ventilador ou use um leque para simbolizar o sopro do Espírito Santo.
4️⃣ Cada participante deve ler seu papel em voz alta e refletir:
- Como o Espírito Santo pode me capacitar para isso?
- O que me impede de cumprir essa missão?
📖 Leia Atos 1:8
"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra."
5️⃣ Depois da reflexão, peça que colem seus desafios em um quadro ou parede, representando sua entrega a Deus.
3. Reflexão e Aplicação
- O que aprendemos sobre o Espírito Santo hoje?
- Qual foi o desafio mais difícil de aceitar?
- Como podemos buscar mais a presença do Espírito Santo em nossa vida?
📖 Leia 2 Coríntios 3:17
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade."
4. Oração e Encerramento
Ore pedindo para que Deus derrame do Seu Espírito sobre cada participante, dando força e ousadia para cumprir Sua vontade.
Conclusão:
✔️ O Espírito Santo nos capacita para a missão.
✔️ Não estamos sozinhos, Deus nos fortalece.
✔️ Devemos estar disponíveis para sermos usados por Ele.
📖 Versículo-chave: "Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." (Zacarias 4:6)
🔥 Dica: Finalize com um louvor sobre o Espírito Santo, como "Vem, Espírito Santo" (Renascer Praise) ou "Espírito, Enche a Minha Vida".
Gostou da dinâmica? 😊🔥🙏
DEVOCIONAL DIÁRIO
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Segunda-feira – Isaías 61:1
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados."
Reflexão:
Este versículo aponta para a missão do Messias, que veio trazer boas-novas, cura e libertação. Assim como Jesus foi ungido para essa missão, nós também somos chamados a compartilhar essa mensagem de esperança. Quem em sua vida precisa ouvir uma palavra de encorajamento hoje?
Oração:
Senhor, enche-me com Teu Espírito para que eu seja um portador de boas-novas, ajudando os quebrantados e proclamando a Tua libertação. Amém.
Terça-feira – Isaías 61:10
"Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu com as vestes da salvação, cobriu-me com o manto da justiça, como noivo que se adorna com turbante sacerdotal, e como noiva que se enfeita com as suas joias."
Reflexão:
Nossa maior alegria está na salvação e na justiça que Deus nos concede. Assim como um noivo e uma noiva se preparam para o casamento, Deus nos reveste espiritualmente. Você tem vivido com essa alegria em sua vida diária?
Oração:
Senhor, agradeço por me vestires com a salvação e a justiça. Ajuda-me a viver com essa alegria todos os dias. Amém.
Quarta-feira – Isaías 62:3
"E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, e um diadema real na mão do teu Deus."
Reflexão:
Deus vê Seu povo como uma joia preciosa, um tesouro em Suas mãos. Você tem se enxergado como Deus o vê, ou tem permitido que o mundo defina seu valor?
Oração:
Pai, ajuda-me a lembrar que sou precioso para Ti. Que minha vida reflita a Tua glória. Amém.
Quinta-feira – Isaías 62:5
"Porque, como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposarão a ti; e, como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus."
Reflexão:
O amor de Deus por nós é comparado ao de um noivo que se alegra com sua noiva. Você sente essa alegria e esse amor profundo de Deus por você?
Oração:
Senhor, obrigado por me amares com um amor tão profundo. Que eu retribua esse amor com fidelidade. Amém.
Sexta-feira – Isaías 62:7
"E não lhe deis descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra."
Reflexão:
Este versículo nos incentiva à oração persistente. Assim como o profeta clamava por Jerusalém, devemos interceder sem cessar por nossas vidas, famílias e nações.
Oração:
Senhor, ensina-me a orar com perseverança até ver Tua vontade se cumprir. Amém.
Sábado – Salmos 63:4
"Assim eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos."
Reflexão:
Nossa vida deve ser um constante louvor a Deus. Você tem expressado sua gratidão a Ele diariamente?
Oração:
Pai, que minha vida seja um louvor a Ti. Que eu nunca deixe de Te agradecer por Tua bondade. Amém.
Que este devocional fortaleça sua fé e te aproxime mais de Deus! 🙏📖
Segunda-feira – Isaías 61:1
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados."
Reflexão:
Este versículo aponta para a missão do Messias, que veio trazer boas-novas, cura e libertação. Assim como Jesus foi ungido para essa missão, nós também somos chamados a compartilhar essa mensagem de esperança. Quem em sua vida precisa ouvir uma palavra de encorajamento hoje?
Oração:
Senhor, enche-me com Teu Espírito para que eu seja um portador de boas-novas, ajudando os quebrantados e proclamando a Tua libertação. Amém.
Terça-feira – Isaías 61:10
"Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu com as vestes da salvação, cobriu-me com o manto da justiça, como noivo que se adorna com turbante sacerdotal, e como noiva que se enfeita com as suas joias."
Reflexão:
Nossa maior alegria está na salvação e na justiça que Deus nos concede. Assim como um noivo e uma noiva se preparam para o casamento, Deus nos reveste espiritualmente. Você tem vivido com essa alegria em sua vida diária?
Oração:
Senhor, agradeço por me vestires com a salvação e a justiça. Ajuda-me a viver com essa alegria todos os dias. Amém.
Quarta-feira – Isaías 62:3
"E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, e um diadema real na mão do teu Deus."
Reflexão:
Deus vê Seu povo como uma joia preciosa, um tesouro em Suas mãos. Você tem se enxergado como Deus o vê, ou tem permitido que o mundo defina seu valor?
Oração:
Pai, ajuda-me a lembrar que sou precioso para Ti. Que minha vida reflita a Tua glória. Amém.
Quinta-feira – Isaías 62:5
"Porque, como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposarão a ti; e, como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus."
Reflexão:
O amor de Deus por nós é comparado ao de um noivo que se alegra com sua noiva. Você sente essa alegria e esse amor profundo de Deus por você?
Oração:
Senhor, obrigado por me amares com um amor tão profundo. Que eu retribua esse amor com fidelidade. Amém.
Sexta-feira – Isaías 62:7
"E não lhe deis descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra."
Reflexão:
Este versículo nos incentiva à oração persistente. Assim como o profeta clamava por Jerusalém, devemos interceder sem cessar por nossas vidas, famílias e nações.
Oração:
Senhor, ensina-me a orar com perseverança até ver Tua vontade se cumprir. Amém.
Sábado – Salmos 63:4
"Assim eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos."
Reflexão:
Nossa vida deve ser um constante louvor a Deus. Você tem expressado sua gratidão a Ele diariamente?
Oração:
Pai, que minha vida seja um louvor a Ti. Que eu nunca deixe de Te agradecer por Tua bondade. Amém.
Que este devocional fortaleça sua fé e te aproxime mais de Deus! 🙏📖
INTRODUÇÃO
Mais do que textos amplamente conhecidos, como Isaías 61.1-2 e 62.2, esses capítulos apresentam bênçãos exuberantes que transcendem os limites da antiga ordem e, em certos aspectos, até mesmo os da era cristã.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os capítulos 61 e 62 de Isaías apresentam promessas que vão além da restauração imediata de Israel, apontando para um cumprimento maior na era messiânica e na consumação dos tempos. Isaías 61.1-2 destaca a missão do Servo do Senhor, uma profecia que Jesus aplicou a si mesmo em Lucas 4.16-21, proclamando o "ano aceitável do Senhor" e deixando para um momento futuro o "dia da vingança do nosso Deus". Já Isaías 62.2 anuncia uma nova identidade para o povo de Deus, algo que transcende a antiga aliança e se manifesta plenamente na igreja e no Reino vindouro.
Dentro desse contexto, Isaías 63:1-19 apresenta um dos retratos mais vívidos do Messias como juiz e redentor, evidenciando tanto a sua justiça quanto a sua misericórdia. O capítulo se divide em três partes principais:
- O Messias Guerreiro e Suas Vestes Salpicadas (63:1-3) – Descreve o retorno triunfante do Senhor após a execução do juízo sobre os inimigos de Deus.
- O Dia da Vingança e da Redenção (63:4-6) – Explica o propósito divino por trás do julgamento, destacando que a justiça e a libertação caminham juntas.
- A Bondade do Senhor e a Oração do Povo (63:7-19) – Uma súplica que reconhece a fidelidade de Deus no passado e clama por sua intervenção no presente.
Este estudo abordará o significado teológico de cada uma dessas seções, analisando as raízes hebraicas das palavras-chave e trazendo interpretações acadêmicas cristãs para uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Mais do que textos amplamente conhecidos, como Isaías 61:1-2 e 62:2, o capítulo 63 apresenta revelações profundas sobre o juízo divino e a redenção, que transcendem os limites da antiga ordem e se estendem a aspectos escatológicos da era cristã. Essa passagem demonstra tanto a justiça quanto a misericórdia de Deus, revelando a dualidade da obra messiânica: juízo sobre os ímpios e restauração para os justos.
1. O Messias Vingador – Isaías 63:1-6
Contexto e Interpretação
O profeta inicia este capítulo com uma visão impressionante: um guerreiro vindo de Edom, mais especificamente de Bozra, com vestes tingidas de vermelho. Ele é questionado sobre sua identidade e responde:
“Sou eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.” (v.1)
Na simbologia bíblica, Edom (אֱדוֹם, Edom) frequentemente representa os inimigos de Deus e do Seu povo. A menção de Bozra (בָּצְרָה, Bozrah)—cidade de Edom—reforça essa ideia, pois significa “colheita” ou “vindima”, remetendo ao tema do julgamento divino como uma colheita (cf. Ap 14:19-20).
O Significado do Lagar
O versículo 3 utiliza a metáfora do lagar, onde uvas eram pisadas para extrair suco:
“O lagar, eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue me salpicou as vestes e me manchou o traje todo.”
A palavra hebraica דָּרַךְ (darakh), traduzida como “pisei”, é frequentemente usada para indicar a ação de esmagamento, muitas vezes em um contexto de batalha. A imagem do guerreiro com vestes salpicadas de sangue aponta para o juízo divino sobre os ímpios, ecoando Apocalipse 19:13-15.
A Raiz Hebraica da Justiça e Vingança
- Justiça (צֶדֶק, tsedeq) – refere-se à retidão moral e ao julgamento equitativo de Deus.
- Vingança (נָקָם, naqam) – denota a retribuição justa, e não um ato de raiva impulsiva.
Opiniões Acadêmicas
John Oswalt (The Book of Isaiah) argumenta que essa passagem revela o aspecto guerreiro do Messias, contrastando com Isaías 53, onde Ele é descrito como o Servo Sofredor. Já Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah) destaca que o Messias não apenas redime, mas também executa justiça contra o pecado.
Aplicação
Essa passagem ensina que o juízo divino é inevitável para aqueles que rejeitam a graça de Deus. O Messias não é apenas Salvador, mas também Juiz (João 5:22). Isso nos convida a uma vida de arrependimento e fidelidade ao Senhor.
2. A Bondade de Deus e a Rebeldia do Povo – Isaías 63:7-14
Reconhecimento das Misericórdias Divinas
A partir do versículo 7, Isaías muda o tom e celebra a fidelidade e benignidade de Deus:
“Celebrarei as benignidades do Senhor e os seus atos gloriosos...”
A palavra חֶסֶד (chesed), traduzida como benignidade, refere-se ao amor leal e inquebrantável de Deus por Seu povo.
A Tristeza do Espírito Santo
O versículo 10 destaca um ponto crucial:
“Eles, porém, foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; por isso, se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles.”
A expressão hebraica רוּחַ קָדְשׁוֹ (Ruach Qodeshó), para Espírito Santo, é rara no Antigo Testamento, enfatizando que Israel não apenas desobedeceu, mas resistiu à própria presença de Deus entre eles. Esse conceito encontra eco em Efésios 4:30, onde Paulo adverte a igreja a não entristecer o Espírito Santo.
Aplicação
Essa passagem nos ensina que, mesmo após experimentar a graça de Deus, a rebeldia pode levar ao afastamento da presença dEle. Devemos buscar um coração sensível à vontade de Deus e não resistir à ação do Espírito Santo.
3. A Oração Intercessória – Isaías 63:15-19
Clamor por Restauração
Nos últimos versículos, Isaías intercede em nome de Israel, reconhecendo a necessidade de intervenção divina:
“Atenta do céu e olha da tua santa e gloriosa habitação; onde está o teu zelo e a tua força?” (v.15)
A palavra hebraica קִנְאָה (qin'ah), traduzida como zelo, denota um amor ardente e ciumento, que não tolera a infidelidade do povo.
O Reconhecimento da Paternidade de Deus
No versículo 16, Isaías declara:
“Tu és o nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó Senhor, és nosso Pai; nosso Redentor é o teu nome desde a antiguidade.”
Aqui, a palavra אָב (av), para Pai, destaca que a relação entre Deus e Israel não se baseia apenas na descendência de Abraão, mas no caráter redentor de Deus.
Opiniões Acadêmicas
Walter Brueggemann (Isaiah 40-66) aponta que este clamor reflete o desespero de um povo que se vê distante de Deus, reconhecendo sua própria necessidade de restauração. Já Gary Smith (Isaiah 40-66: An Exegetical Commentary) observa que essa passagem antecipa a promessa do Novo Testamento de uma relação mais profunda entre Deus e Seu povo através de Cristo.
Aplicação
Esta oração nos ensina que, mesmo diante da disciplina divina, podemos clamar por misericórdia e restauração. Deus permanece fiel àqueles que se arrependem e buscam Sua face.
Conclusão
Isaías 63 é um capítulo que apresenta tanto juízo quanto redenção. O Messias aparece como o Guerreiro vingador, mas também como Redentor misericordioso. Esse equilíbrio entre justiça e graça reflete a plenitude do plano divino, que culmina na obra de Cristo no Novo Testamento.
Essa passagem nos desafia a:
- Levar a sério a justiça de Deus e viver em retidão.
- Evitar entristecer o Espírito Santo, mantendo um coração submisso a Deus.
- Clamar por restauração, confiando na fidelidade de Deus.
Assim como Israel ansiava pela redenção, nós, como Igreja, aguardamos a segunda vinda de Cristo, quando Ele julgará as nações e estabelecerá Seu reino eterno. Maranata!
Os capítulos 61 e 62 de Isaías apresentam promessas que vão além da restauração imediata de Israel, apontando para um cumprimento maior na era messiânica e na consumação dos tempos. Isaías 61.1-2 destaca a missão do Servo do Senhor, uma profecia que Jesus aplicou a si mesmo em Lucas 4.16-21, proclamando o "ano aceitável do Senhor" e deixando para um momento futuro o "dia da vingança do nosso Deus". Já Isaías 62.2 anuncia uma nova identidade para o povo de Deus, algo que transcende a antiga aliança e se manifesta plenamente na igreja e no Reino vindouro.
Dentro desse contexto, Isaías 63:1-19 apresenta um dos retratos mais vívidos do Messias como juiz e redentor, evidenciando tanto a sua justiça quanto a sua misericórdia. O capítulo se divide em três partes principais:
- O Messias Guerreiro e Suas Vestes Salpicadas (63:1-3) – Descreve o retorno triunfante do Senhor após a execução do juízo sobre os inimigos de Deus.
- O Dia da Vingança e da Redenção (63:4-6) – Explica o propósito divino por trás do julgamento, destacando que a justiça e a libertação caminham juntas.
- A Bondade do Senhor e a Oração do Povo (63:7-19) – Uma súplica que reconhece a fidelidade de Deus no passado e clama por sua intervenção no presente.
Este estudo abordará o significado teológico de cada uma dessas seções, analisando as raízes hebraicas das palavras-chave e trazendo interpretações acadêmicas cristãs para uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Mais do que textos amplamente conhecidos, como Isaías 61:1-2 e 62:2, o capítulo 63 apresenta revelações profundas sobre o juízo divino e a redenção, que transcendem os limites da antiga ordem e se estendem a aspectos escatológicos da era cristã. Essa passagem demonstra tanto a justiça quanto a misericórdia de Deus, revelando a dualidade da obra messiânica: juízo sobre os ímpios e restauração para os justos.
1. O Messias Vingador – Isaías 63:1-6
Contexto e Interpretação
O profeta inicia este capítulo com uma visão impressionante: um guerreiro vindo de Edom, mais especificamente de Bozra, com vestes tingidas de vermelho. Ele é questionado sobre sua identidade e responde:
“Sou eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.” (v.1)
Na simbologia bíblica, Edom (אֱדוֹם, Edom) frequentemente representa os inimigos de Deus e do Seu povo. A menção de Bozra (בָּצְרָה, Bozrah)—cidade de Edom—reforça essa ideia, pois significa “colheita” ou “vindima”, remetendo ao tema do julgamento divino como uma colheita (cf. Ap 14:19-20).
O Significado do Lagar
O versículo 3 utiliza a metáfora do lagar, onde uvas eram pisadas para extrair suco:
“O lagar, eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue me salpicou as vestes e me manchou o traje todo.”
A palavra hebraica דָּרַךְ (darakh), traduzida como “pisei”, é frequentemente usada para indicar a ação de esmagamento, muitas vezes em um contexto de batalha. A imagem do guerreiro com vestes salpicadas de sangue aponta para o juízo divino sobre os ímpios, ecoando Apocalipse 19:13-15.
A Raiz Hebraica da Justiça e Vingança
- Justiça (צֶדֶק, tsedeq) – refere-se à retidão moral e ao julgamento equitativo de Deus.
- Vingança (נָקָם, naqam) – denota a retribuição justa, e não um ato de raiva impulsiva.
Opiniões Acadêmicas
John Oswalt (The Book of Isaiah) argumenta que essa passagem revela o aspecto guerreiro do Messias, contrastando com Isaías 53, onde Ele é descrito como o Servo Sofredor. Já Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah) destaca que o Messias não apenas redime, mas também executa justiça contra o pecado.
Aplicação
Essa passagem ensina que o juízo divino é inevitável para aqueles que rejeitam a graça de Deus. O Messias não é apenas Salvador, mas também Juiz (João 5:22). Isso nos convida a uma vida de arrependimento e fidelidade ao Senhor.
2. A Bondade de Deus e a Rebeldia do Povo – Isaías 63:7-14
Reconhecimento das Misericórdias Divinas
A partir do versículo 7, Isaías muda o tom e celebra a fidelidade e benignidade de Deus:
“Celebrarei as benignidades do Senhor e os seus atos gloriosos...”
A palavra חֶסֶד (chesed), traduzida como benignidade, refere-se ao amor leal e inquebrantável de Deus por Seu povo.
A Tristeza do Espírito Santo
O versículo 10 destaca um ponto crucial:
“Eles, porém, foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; por isso, se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles.”
A expressão hebraica רוּחַ קָדְשׁוֹ (Ruach Qodeshó), para Espírito Santo, é rara no Antigo Testamento, enfatizando que Israel não apenas desobedeceu, mas resistiu à própria presença de Deus entre eles. Esse conceito encontra eco em Efésios 4:30, onde Paulo adverte a igreja a não entristecer o Espírito Santo.
Aplicação
Essa passagem nos ensina que, mesmo após experimentar a graça de Deus, a rebeldia pode levar ao afastamento da presença dEle. Devemos buscar um coração sensível à vontade de Deus e não resistir à ação do Espírito Santo.
3. A Oração Intercessória – Isaías 63:15-19
Clamor por Restauração
Nos últimos versículos, Isaías intercede em nome de Israel, reconhecendo a necessidade de intervenção divina:
“Atenta do céu e olha da tua santa e gloriosa habitação; onde está o teu zelo e a tua força?” (v.15)
A palavra hebraica קִנְאָה (qin'ah), traduzida como zelo, denota um amor ardente e ciumento, que não tolera a infidelidade do povo.
O Reconhecimento da Paternidade de Deus
No versículo 16, Isaías declara:
“Tu és o nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó Senhor, és nosso Pai; nosso Redentor é o teu nome desde a antiguidade.”
Aqui, a palavra אָב (av), para Pai, destaca que a relação entre Deus e Israel não se baseia apenas na descendência de Abraão, mas no caráter redentor de Deus.
Opiniões Acadêmicas
Walter Brueggemann (Isaiah 40-66) aponta que este clamor reflete o desespero de um povo que se vê distante de Deus, reconhecendo sua própria necessidade de restauração. Já Gary Smith (Isaiah 40-66: An Exegetical Commentary) observa que essa passagem antecipa a promessa do Novo Testamento de uma relação mais profunda entre Deus e Seu povo através de Cristo.
Aplicação
Esta oração nos ensina que, mesmo diante da disciplina divina, podemos clamar por misericórdia e restauração. Deus permanece fiel àqueles que se arrependem e buscam Sua face.
Conclusão
Isaías 63 é um capítulo que apresenta tanto juízo quanto redenção. O Messias aparece como o Guerreiro vingador, mas também como Redentor misericordioso. Esse equilíbrio entre justiça e graça reflete a plenitude do plano divino, que culmina na obra de Cristo no Novo Testamento.
Essa passagem nos desafia a:
- Levar a sério a justiça de Deus e viver em retidão.
- Evitar entristecer o Espírito Santo, mantendo um coração submisso a Deus.
- Clamar por restauração, confiando na fidelidade de Deus.
Assim como Israel ansiava pela redenção, nós, como Igreja, aguardamos a segunda vinda de Cristo, quando Ele julgará as nações e estabelecerá Seu reino eterno. Maranata!
I- AS BOAS NOVAS (61.1-11)
1- O Senhor me ungiu (61.1-4) O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados (61.1).
Apesar da ausência de identificação formal do orador, não devemos concluir que um novo personagem entrou em cena, as notas autobiográficas sugerem alguém que fora capacitado “pela Unção do Espírito do SENHOR” (v.1), uma referência inequívoca ao rei messiânico de Isaías 11.1,2 e ao Servo do Senhor de Isaías 42.1, indicando que ambas as profecias se cumprem na mesma pessoa. É possível que essa conclusão do verso 1 tenha causado estranheza à audiência original do profeta, todavia para nós não resta dúvida que Jesus cumpriu os dois papéis e enxergou nas palavras de Isaías o reflexo de sua obra terrena ainda no início de seu ministério (Lc 4.17-22). Jesus Cristo é o rei que desde seu batismo e tentação já havia aceitado carregar a cruz do Servo sofredor. A alegre missão viabilizada pela unção do Espírito é executada na anunciação das boas novas. É bem verdade que o pano de fundo imediato continua sendo o cativeiro babilônico e a restauração de Jerusalém, mas a forma como a profecia se cumpre em Jesus nos coloca em cena como aqueles “quebrantados, cativos e algema-dos” (v.1) que antes choravam sem esperança (v.2) mas que foram consolados pelas boas novas de que o Messias reina, após resgate de nossas almas com seu sofrimento vicário.
2- Sacerdotes do Senhor (61.5-9) Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis as riquezas das nações e na sua glória vos glorieis (61.6).
A mudança de cenário é tamanha que causa espanto nos habitantes de Jerusalém, as nações outrora hostis, agora, ante a luz divina (60.3), se organizam em romaria para Jerusalém e não vem sozinhos, pois trazem consigo seus filhos e suas riquezas. Importante ressaltar que essa romaria não se refere a escravos subjugados em guerra, nem as riquezas trazidas representam qualquer forma de indenização. Nada na cena remete a qualquer mérito, esforço ou conquista militar do povo. É a presença iluminadora do Senhor que atrai os que viviam nas trevas a se aproximarem com ofertas de louvor. Os reinos do mundo passam a reconhecer Israel como uma nação constituída de Sacerdotes e Ministros do Todo Poderoso (v.6), que, como tais, participarão das riquezas das nações e juntos viverão em harmonia como a grande família do Senhor (v.9).
3- A alegria do Messias (61.10,11) Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me cobriu com o manto da justiça, como o noivo que se adorna de turbante, como a noiva que se enfeita com suas joias (61.10).
Os últimos versículos do capítulo descrevem a alegria contagiante do profeta, que volta a falar em primeira pessoa após os resultados obtidos por sua mensagem de boas novas (v. 5-9). Sua alegria repousa no SENHOR, que “The vestiu de Salvação e justiça” (v.10), um emblema visível de seu caráter intrínseco, pois de fato a salvação só pode ser outorgada por ele. A salvação é uma dádiva divina conferida pelo Messias/Servo, que por sua vez, é o executor perfeito da obra, pois compartilha da natureza divina.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. O Senhor me ungiu (Isaías 61:1-4)
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados." (Isaías 61:1)
Análise teológica e messiânica
O versículo inicia com uma das declarações mais significativas sobre o ministério messiânico. A frase "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim" ecoa Isaías 11:1-2 e 42:1, indicando a capacitação divina do Messias por meio do Espírito Santo. No Novo Testamento, Jesus reivindica este texto para si ao lê-lo na sinagoga em Nazaré (Lucas 4:17-21), deixando claro que Ele é o cumprimento dessa profecia.
A palavra hebraica para "ungiu" é מָשַׁח (māšaḥ), de onde deriva Mashiach (Messias), significando separação para um propósito divino. O termo "boas-novas" vem de בָּשַׂר (bāśar), usado para descrever proclamações de vitória e salvação, remetendo ao evangelho (do grego euangelion).
O Messias vem trazer libertação aos quebrantados de coração (נִשְׁבְּרֵי־לֵב, nishb're-lēv), que são aqueles espiritualmente abatidos e oprimidos pelo pecado. A menção aos cativos (שְׁבוּיִם, shevuyim) e algemados (אֲסוּרִים, asurim) sugere não apenas o contexto histórico do exílio babilônico, mas uma libertação espiritual mais profunda, evidenciada no Novo Testamento com a libertação do pecado e da morte (João 8:36; Romanos 8:2).
Aplicação teológica
A obra de Cristo é integral, restaurando tanto o físico quanto o espiritual. Ele proclama libertação e cura, cumprindo sua missão redentora. Como observa Walter C. Kaiser Jr. (The Messiah in the Old Testament), Isaías 61 se encaixa na linha profética messiânica que encontra cumprimento pleno em Jesus.
2. Sacerdotes do Senhor (Isaías 61:5-9)
"Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis as riquezas das nações e na sua glória vos glorieis." (Isaías 61:6)
Análise teológica e escatológica
Neste trecho, o profeta descreve um futuro glorioso onde Israel será reconhecido como uma nação sacerdotal (cohanim). A palavra hebraica usada para sacerdotes é כֹּהֲנִים (kohanim), enquanto ministros é מְשָׁרְתֵי (meshartim), termos que indicam um serviço direto a Deus.
A referência ao fato de que "as nações virão com suas riquezas" reflete a restauração final descrita em Isaías 60:3-5 e Apocalipse 21:24-26, onde os reis da terra trazem sua glória à Nova Jerusalém. A ênfase não está em uma conquista militar, mas na transformação das nações pela presença de Deus.
Aplicação teológica
Este conceito é expandido no Novo Testamento. Pedro declara que a Igreja é um "sacerdócio real" (1 Pedro 2:9), sugerindo que a missão sacerdotal agora é compartilhada por todos os redimidos. Como argumenta John N. Oswalt (The Book of Isaiah: Chapters 40–66), essa passagem reforça o conceito da redenção universal em Cristo.
3. A alegria do Messias (Isaías 61:10-11)
"Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me cobriu com o manto da justiça, como o noivo que se adorna de turbante, como a noiva que se enfeita com suas joias." (Isaías 61:10)
Análise simbólica e soteriológica
O profeta se alegra porque Deus o revestiu com vestes de salvação (בִּגְדֵי־יֶשַׁע, bigdei-yesha). O termo yesha (salvação) é da mesma raiz de Yeshua (nome hebraico de Jesus), reforçando a conexão messiânica.
O manto da justiça (מְעִיל צְדָקָה, me’il tsedakah) sugere que a justiça de Deus cobre Seu povo, um tema retomado por Paulo ao falar da "justiça imputada" em Cristo (Romanos 3:21-22; 2 Coríntios 5:21).
A imagem do noivo e da noiva aponta para a relação entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:25-27; Apocalipse 19:7-8), onde os crentes são adornados com justiça para as bodas do Cordeiro.
Aplicação teológica
A salvação não é baseada em méritos humanos, mas em um ato gracioso de Deus. Como observa Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah), o profeta apresenta um panorama do plano redentor de Deus, culminando na justiça messiânica.
Conclusão
Isaías 61:1-11 revela um quadro profético poderoso da obra do Messias. Desde sua missão inicial de pregar as boas-novas e libertar os cativos, até a restauração final de um povo sacerdotal, essa passagem se cumpre em Cristo e se estende à Igreja.
Principais lições:
- Cristo é o Ungido – Sua missão é trazer salvação e libertação (Lucas 4:18-21).
- O Reino é sacerdotal – Em Cristo, todos os crentes são chamados ao serviço divino (1 Pedro 2:9).
- A justiça de Deus nos reveste – A salvação é um dom gracioso, não um mérito humano (Romanos 3:22).
Isaías 61 não é apenas uma profecia do passado, mas uma realidade presente na vida daqueles que creem em Jesus Cristo.
1. O Senhor me ungiu (Isaías 61:1-4)
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados." (Isaías 61:1)
Análise teológica e messiânica
O versículo inicia com uma das declarações mais significativas sobre o ministério messiânico. A frase "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim" ecoa Isaías 11:1-2 e 42:1, indicando a capacitação divina do Messias por meio do Espírito Santo. No Novo Testamento, Jesus reivindica este texto para si ao lê-lo na sinagoga em Nazaré (Lucas 4:17-21), deixando claro que Ele é o cumprimento dessa profecia.
A palavra hebraica para "ungiu" é מָשַׁח (māšaḥ), de onde deriva Mashiach (Messias), significando separação para um propósito divino. O termo "boas-novas" vem de בָּשַׂר (bāśar), usado para descrever proclamações de vitória e salvação, remetendo ao evangelho (do grego euangelion).
O Messias vem trazer libertação aos quebrantados de coração (נִשְׁבְּרֵי־לֵב, nishb're-lēv), que são aqueles espiritualmente abatidos e oprimidos pelo pecado. A menção aos cativos (שְׁבוּיִם, shevuyim) e algemados (אֲסוּרִים, asurim) sugere não apenas o contexto histórico do exílio babilônico, mas uma libertação espiritual mais profunda, evidenciada no Novo Testamento com a libertação do pecado e da morte (João 8:36; Romanos 8:2).
Aplicação teológica
A obra de Cristo é integral, restaurando tanto o físico quanto o espiritual. Ele proclama libertação e cura, cumprindo sua missão redentora. Como observa Walter C. Kaiser Jr. (The Messiah in the Old Testament), Isaías 61 se encaixa na linha profética messiânica que encontra cumprimento pleno em Jesus.
2. Sacerdotes do Senhor (Isaías 61:5-9)
"Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis as riquezas das nações e na sua glória vos glorieis." (Isaías 61:6)
Análise teológica e escatológica
Neste trecho, o profeta descreve um futuro glorioso onde Israel será reconhecido como uma nação sacerdotal (cohanim). A palavra hebraica usada para sacerdotes é כֹּהֲנִים (kohanim), enquanto ministros é מְשָׁרְתֵי (meshartim), termos que indicam um serviço direto a Deus.
A referência ao fato de que "as nações virão com suas riquezas" reflete a restauração final descrita em Isaías 60:3-5 e Apocalipse 21:24-26, onde os reis da terra trazem sua glória à Nova Jerusalém. A ênfase não está em uma conquista militar, mas na transformação das nações pela presença de Deus.
Aplicação teológica
Este conceito é expandido no Novo Testamento. Pedro declara que a Igreja é um "sacerdócio real" (1 Pedro 2:9), sugerindo que a missão sacerdotal agora é compartilhada por todos os redimidos. Como argumenta John N. Oswalt (The Book of Isaiah: Chapters 40–66), essa passagem reforça o conceito da redenção universal em Cristo.
3. A alegria do Messias (Isaías 61:10-11)
"Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me cobriu com o manto da justiça, como o noivo que se adorna de turbante, como a noiva que se enfeita com suas joias." (Isaías 61:10)
Análise simbólica e soteriológica
O profeta se alegra porque Deus o revestiu com vestes de salvação (בִּגְדֵי־יֶשַׁע, bigdei-yesha). O termo yesha (salvação) é da mesma raiz de Yeshua (nome hebraico de Jesus), reforçando a conexão messiânica.
O manto da justiça (מְעִיל צְדָקָה, me’il tsedakah) sugere que a justiça de Deus cobre Seu povo, um tema retomado por Paulo ao falar da "justiça imputada" em Cristo (Romanos 3:21-22; 2 Coríntios 5:21).
A imagem do noivo e da noiva aponta para a relação entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:25-27; Apocalipse 19:7-8), onde os crentes são adornados com justiça para as bodas do Cordeiro.
Aplicação teológica
A salvação não é baseada em méritos humanos, mas em um ato gracioso de Deus. Como observa Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah), o profeta apresenta um panorama do plano redentor de Deus, culminando na justiça messiânica.
Conclusão
Isaías 61:1-11 revela um quadro profético poderoso da obra do Messias. Desde sua missão inicial de pregar as boas-novas e libertar os cativos, até a restauração final de um povo sacerdotal, essa passagem se cumpre em Cristo e se estende à Igreja.
Principais lições:
- Cristo é o Ungido – Sua missão é trazer salvação e libertação (Lucas 4:18-21).
- O Reino é sacerdotal – Em Cristo, todos os crentes são chamados ao serviço divino (1 Pedro 2:9).
- A justiça de Deus nos reveste – A salvação é um dom gracioso, não um mérito humano (Romanos 3:22).
Isaías 61 não é apenas uma profecia do passado, mas uma realidade presente na vida daqueles que creem em Jesus Cristo.
II- O POVO DO MESSIAS (62.1-12)
1- Uma coroa de Beleza (62.1-3) Serás uma coroa de glória na mão do Senhor, um diadema real na mão do teu Deus (62.3).
No capítulo 62, a ideia de casamento é mais uma vez utilizada e desta feita focalizando o forte desejo dos futuros cônjuges pelo enlace matrimonial. Mas dessa vez com uma diferença substancial, pois nesse caso específico tais desejos são descritos na perspectiva do noivo, não na perspectiva da noiva, como é mais comum. Esse anel intenso por parte do noivo indica que ele está plenamente comprometido em executar o seu desígnio, e mais, não poupará esforços a fim de ver seu intento concluído. Mais uma vez, como nos últimos versos do capítulo anterior, a salvação está condicionada à execução da justiça. Sendo assim, uma vez que tal justiça é uma prerrogativa exclusiva do Messias, a única atitude que Israel pode tomar é se render ao trabalho de Cristo e desfrutar das bênçãos da Salvação.
2- O casamento (62.4-5) Nunca mais te chamarão Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais Desolada; mas chamar-te-ão Minha-Delícia; e à tua terra, desposada; porque o Senhor se delicia em ti; e a tua terra se desposará (62.4).
Os versos 4 e 5 seguem tratando da ideia de casamento e dessa vez descrevendo-o não mais como um desejo, mas como ato consumado. O entendimento da passagem é simples: a restauração de Israel está para o casamento assim como o desejo do Messias/Servo está para a expectativa do noivo pelo matrimônio. Portanto, da mesma forma que o casamento faz explodir em alegria aquele que antes anelava pelo matrimônio, a restauração de Jerusalém traz alegria para aquele que deseja e trabalha ardentemente por cumpri-la. A ideia de uma restauração consumada fica evidente nesses versículos pela substituição dos nomes pelos quais Jerusalém será chamada. Aquela que em outros tempos foi tida como desamparada, agora é reconhecida como deleite do Senhor, pois ele a tomou por esposa (v.4). Por fim, a alegria divina diante do matrimônio trará os habitantes – “teus filhos” – de Jerusalém (v.5).
3- Os atalaias de Deus (62.6-12) Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra (62.6,7).
A plena restauração de Jerusalém passa pelo engajamento de um povo notadamente dividido: os que habitam em Jerusalém (vv. 6-9, 11b e 12) e os exilados em terras longínquas (vv. 10, 11a). A primeira ação divina consiste em capacitar determinado número de atalaias com um interesse pela causa de Sião que lembra o dele próprio (observe os termos paralelos: Não me calarei / jamais se calarão, entre outros (vv. 1 e 6,7). A missão dessas sentinelas (atalaias) é clamar incessantemente ao SENHOR e, com seu exemplo, contagiar os demais a crerem e intercederem pedindo o apressamento do grande dia da restauração. Assim que a nação estiver plenamente imbuída do anelo pela restauração e orando persistentemente por isso, o segundo passo consiste em preparar o caminho para as nações e liderá-las na jornada em direção a Sião. Por fim, mais uma vez a restauração é atestada pelos nomes atribuídos à cidade (v.12).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Uma Coroa de Beleza (62:1-3)
"Serás uma coroa de glória na mão do Senhor, um diadema real na mão do teu Deus" (Isaías 62:3).
Isaías 62 abre com um compromisso profético de Deus em não descansar até que a justiça e a salvação de Sião sejam manifestas. O profeta expressa o zelo divino pela redenção de Israel, assegurando que a restauração não apenas virá, mas será gloriosa. A expressão "coroa de glória" (עַטִּרת תַּפַרת attîret tāpēret) indica que Jerusalém se tornará uma expressão da glória e da beleza de Deus. Um diadema real sugere não apenas um status elevado, mas também uma posse especial de Deus.
A promessa de redenção está atrelada à justiça (tsedakah צְדָקָה), que na teologia de Isaías não se refere apenas à justiça moral, mas também à fidelidade pactual de Deus. A nova identidade do povo redimido reflete a obra do Messias, cuja justiça traria glória ao Seu povo (cf. 2 Coríntios 5:21).
Aplicação
A Igreja, como a Sião espiritual (Hebreus 12:22), também é chamada a refletir a glória de Cristo. Somos chamados a viver uma vida de santidade que exalte a Deus diante das nações (Mateus 5:14-16).
2. O Casamento (62:4-5)
"Nunca mais te chamarão Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais Desolada; mas chamar-te-ão Minha-Delícia; e à tua terra, desposada" (Isaías 62:4).
Aqui, Isaías usa uma metáfora matrimonial para descrever a relação restaurada entre Deus e Israel. Os nomes "Desamparada" (עֲזְבַּה – 'Azuvah) e "Desolada" (שָמַמָה – Shemamah) são substituídos por "Minha-Delícia" (חְפָצַי-בַּך Hephzibah) e "Desposada" (בֵּעוּלָ Be'ulah). Isso reflete um relacionamento renovado e próximo com Deus, onde Ele não apenas restaura, mas também demonstra Seu prazer e amor por Seu povo.
O casamento, frequentemente usado na Escritura para descrever a relação entre Deus e Israel (Oséias 2:19-20), encontra seu cumprimento pleno na união entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:25-27).
Aplicação
Assim como Deus transforma Israel, Cristo também transforma a vida dos crentes. Aqueles que estavam "desolados" em pecado são agora "desposados" pelo amor redentor de Cristo (2 Coríntios 11:2).
3. Os Atalaias de Deus (62:6-12)
"Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão..." (Isaías 62:6).
Os "atalaias" (שָמַרֵיך Shamereicha) representam aqueles que intercedem e proclamam a redenção de Deus. Eles têm a função dupla de vigiar e clamar incessantemente ao Senhor até que a restauração completa de Sião ocorra.
A imagem dos atalaias se alinha com o papel dos profetas e dos intercessores na história de Israel, bem como com o chamado de todo crente a permanecer vigilante e em oração (Mateus 26:41, Efésios 6:18). O conceito também se reflete na missão da Igreja como luz para as nações, anunciando o evangelho do Reino (Mateus 24:14).
Nos versos finais (vv. 10-12), a imagem se expande para incluir a preparação de um caminho para os exilados retornarem. Isso aponta para a redenção escatológica, onde tanto judeus quanto gentios participarão da plenitude do Reino de Deus (Romanos 11:25-26).
Aplicação
Os crentes são chamados a ser atalaias espirituais, intercedendo pela restauração da Igreja e pela vinda do Reino de Deus. Nossa missão é proclamar a salvação em Cristo e preparar o caminho para Sua volta (Apocalipse 22:17,20).
Conclusão
Isaías 62 apresenta uma visão poderosa da redenção de Sião, onde Deus Se compromete a transformar Seu povo em uma "coroa de glória". A linguagem matrimonial enfatiza a relação restaurada entre Deus e Seu povo, culminando no papel ativo dos atalaias que intercedem incessantemente até que a redenção se concretize. Esse capítulo aponta tanto para a restauração histórica de Israel quanto para a plenitude da redenção na era Messiânica e na Igreja.
A chamada é clara: como atalaias espirituais, devemos interceder, proclamar e preparar o caminho para o pleno cumprimento do Reino de Deus. "Eis que o teu Salvador vem" (v.11) é uma esperança e uma missão para todos os crentes.
1. Uma Coroa de Beleza (62:1-3)
"Serás uma coroa de glória na mão do Senhor, um diadema real na mão do teu Deus" (Isaías 62:3).
Isaías 62 abre com um compromisso profético de Deus em não descansar até que a justiça e a salvação de Sião sejam manifestas. O profeta expressa o zelo divino pela redenção de Israel, assegurando que a restauração não apenas virá, mas será gloriosa. A expressão "coroa de glória" (עַטִּרת תַּפַרת attîret tāpēret) indica que Jerusalém se tornará uma expressão da glória e da beleza de Deus. Um diadema real sugere não apenas um status elevado, mas também uma posse especial de Deus.
A promessa de redenção está atrelada à justiça (tsedakah צְדָקָה), que na teologia de Isaías não se refere apenas à justiça moral, mas também à fidelidade pactual de Deus. A nova identidade do povo redimido reflete a obra do Messias, cuja justiça traria glória ao Seu povo (cf. 2 Coríntios 5:21).
Aplicação
A Igreja, como a Sião espiritual (Hebreus 12:22), também é chamada a refletir a glória de Cristo. Somos chamados a viver uma vida de santidade que exalte a Deus diante das nações (Mateus 5:14-16).
2. O Casamento (62:4-5)
"Nunca mais te chamarão Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais Desolada; mas chamar-te-ão Minha-Delícia; e à tua terra, desposada" (Isaías 62:4).
Aqui, Isaías usa uma metáfora matrimonial para descrever a relação restaurada entre Deus e Israel. Os nomes "Desamparada" (עֲזְבַּה – 'Azuvah) e "Desolada" (שָמַמָה – Shemamah) são substituídos por "Minha-Delícia" (חְפָצַי-בַּך Hephzibah) e "Desposada" (בֵּעוּלָ Be'ulah). Isso reflete um relacionamento renovado e próximo com Deus, onde Ele não apenas restaura, mas também demonstra Seu prazer e amor por Seu povo.
O casamento, frequentemente usado na Escritura para descrever a relação entre Deus e Israel (Oséias 2:19-20), encontra seu cumprimento pleno na união entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:25-27).
Aplicação
Assim como Deus transforma Israel, Cristo também transforma a vida dos crentes. Aqueles que estavam "desolados" em pecado são agora "desposados" pelo amor redentor de Cristo (2 Coríntios 11:2).
3. Os Atalaias de Deus (62:6-12)
"Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão..." (Isaías 62:6).
Os "atalaias" (שָמַרֵיך Shamereicha) representam aqueles que intercedem e proclamam a redenção de Deus. Eles têm a função dupla de vigiar e clamar incessantemente ao Senhor até que a restauração completa de Sião ocorra.
A imagem dos atalaias se alinha com o papel dos profetas e dos intercessores na história de Israel, bem como com o chamado de todo crente a permanecer vigilante e em oração (Mateus 26:41, Efésios 6:18). O conceito também se reflete na missão da Igreja como luz para as nações, anunciando o evangelho do Reino (Mateus 24:14).
Nos versos finais (vv. 10-12), a imagem se expande para incluir a preparação de um caminho para os exilados retornarem. Isso aponta para a redenção escatológica, onde tanto judeus quanto gentios participarão da plenitude do Reino de Deus (Romanos 11:25-26).
Aplicação
Os crentes são chamados a ser atalaias espirituais, intercedendo pela restauração da Igreja e pela vinda do Reino de Deus. Nossa missão é proclamar a salvação em Cristo e preparar o caminho para Sua volta (Apocalipse 22:17,20).
Conclusão
Isaías 62 apresenta uma visão poderosa da redenção de Sião, onde Deus Se compromete a transformar Seu povo em uma "coroa de glória". A linguagem matrimonial enfatiza a relação restaurada entre Deus e Seu povo, culminando no papel ativo dos atalaias que intercedem incessantemente até que a redenção se concretize. Esse capítulo aponta tanto para a restauração histórica de Israel quanto para a plenitude da redenção na era Messiânica e na Igreja.
A chamada é clara: como atalaias espirituais, devemos interceder, proclamar e preparar o caminho para o pleno cumprimento do Reino de Deus. "Eis que o teu Salvador vem" (v.11) é uma esperança e uma missão para todos os crentes.
III- A VITÓRIA FINAL DO MESSIAS (63.1-19)
1- Vestes salpicadas (63.1-3) O lagar, eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue me salpicou as vestes e me manchou o traje todo (63.3).
A porção final do capítulo 62 descreve uma cidade preparada para receber seu Rei – com arautos em seus postos (62.6) e a promessa da vinda iminente do Salvador em seus corações (62.11) – porém, é curioso que as sentinelas não conseguem identificar a figura imponente que se apresenta, até que este se identifique (v.1). A resposta desse que chega à cidade o identifica inequivocamente com o Messias descrito nos capítulos anteriores mediante dois aspectos: Em primeiro lugar, quando ele afirma “sou eu, que falo” está apontando para aquele que está revestido do Espírito e da Palavra (59.21), que exerceu o ministério da Palavra no dia da salvação de Sião (61.1) e que prometeu não se calar até promover justiça a esta cidade (62.1). Em segundo lugar, ao se apresentar como “poderoso para salvar”, este que chega aponta para a salvação da qual o Messias foi vestido pelo próprio Deus (61.10), o que talvez explique a descrição majestosa de suas vestes pelo atalaia. O Messias é visto vindo de Edom um símbolo do antagonismo ao povo de Deus e suas ações são descritas a partir de um curioso jogo de palavras, pois, suas vestes estão vermelhas e a palavra Edom significa “vermelho”, além disso seu aspecto é similar ao de alguém que pisa uvas no lagar e Bozra (capital de Edom), significa “vindima”, literalmente o ato de pisar uvas. O fato de executar a justiça divina sozinho demonstra que o Messias é soberano e suficientemente poderoso para cumprir a vontade de Deus, uma visão bem condizente com o juízo futuro narrado em Apocalipse 19.13,21.
2- O dia da vingança (63.4-6) Porque o dia da vingança me estava no coração, e o ano dos meus redimidos chegou (63.4-6).
Os primeiros versos do capítulo apresentam a justiça divina como uma ação planejada, não fruto de impulsos, mas de um propósito santo e restaurador. Deus não é um déspota sanguinário que busca saciar-se, mas um Juiz justo, cuja vingança tem como objetivo a redenção dos Santos e a erradicação do mal. A interrupção do poder do mal é indispensável para a libertação dos que estão presos em suas garras (cf. Mt 12.28,29). Essa relação entre vingança e redenção é central à obra do Messias, também destacada em Isaías 61.2, onde o Messias anuncia o “ano aceitável do SENHOR” (tempo de graça) e o “dia de vingança” (justiça), com o propósito de consolar os que choram. A expressão “em meu coração” (v.4) evidencia que a vingança divina não é um ato intempestivo, mas a execução de um plano perfeito e soberano. Esse plano será plenamente cumprido pelo poder de Cristo (v.5), culminando no juízo final, conforme descrito em Apocalipse 19.15-21.
3- A bondade do Messias (63.7-19) Celebrarei as benignidades do Senhor e os seus atos gloriosos, segundo tudo o que o Senhor nos concedeu e segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das tuas benignidades (63.7).
O profeta interrompe sua narração e irrompe em ações de graças e oração (63.1-6), pedindo ao Senhor o cumprimento das promessas. Ele inicia com louvor, relembrando os atos bondosos que Deus realizou no passado (63.7-9), seguido de uma confissão sobre a natureza rebelde da nação. Por muito tempo, os judeus resistiram ao Espírito Santo, desprezando e perseguindo profetas, até rejeitarem e crucificarem o próprio Messias prometido (Mt 23.30-37). Assim, a presença divina, por meio de arrependimento e confissão, assegura a paz plena da eterna Sião, que nunca seria destruída (63.15-19). Tudo muda quando o povo de Deus reconhece sua ingratidão, confessa seu estado espiritual decadente e se arrepende de ter ofendido ao Criador. Deus responde às súplicas com ação libertadora.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Isaías 63:1-19 é uma passagem profunda que descreve a vitória final do Messias, a execução do juízo divino e a bondade redentora de Deus. Esse trecho pode ser dividido em três seções principais:
- O Messias com vestes salpicadas (63:1-3)
- O dia da vingança e redenção (63:4-6)
- A bondade do Messias e a oração intercessória (63:7-19)
Cada uma dessas seções tem um significado teológico profundo, alinhado com a justiça de Deus, o juízo sobre os ímpios e a redenção do Seu povo.
1. O MESSIAS COM VESTES SALPICADAS (63:1-3)
Contexto e interpretação
Isaías inicia esta passagem com uma visão impressionante: um guerreiro que se aproxima, vindo de Edom e de Bozra, vestindo trajes tingidos de vermelho. O profeta e as sentinelas perguntam:
“Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes de cores vivas, este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a grandeza da sua força?” (v.1)
A resposta vem imediatamente:
“Sou eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.”
O uso de Edom (אֱדוֹם, Edom) aqui não é casual. Na Bíblia, Edom frequentemente simboliza os inimigos persistentes de Israel e do povo de Deus (cf. Obadias 1:10-14). O nome Edom vem da raiz hebraica אָדוֹם (adom), que significa vermelho, e há um jogo de palavras entre essa cor e o sangue derramado no juízo divino.
Já Bozra (בָּצְרָה, Bozrah), que significa “colheita” ou “vindima”, reforça a imagem da prensa de uvas, uma metáfora para o derramamento do sangue dos ímpios no dia do juízo (cf. Apocalipse 14:19-20).
A simbologia do lagar
No versículo 3, lemos:
“O lagar, eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue me salpicou as vestes e me manchou o traje todo.”
Aqui, o lagar (gath, גַּת), lugar onde as uvas eram pisadas para extrair o suco, é uma metáfora para o juízo divino. Essa imagem também é usada em Apocalipse 19:13-15, onde Cristo aparece com um manto tingido de sangue e pisa “o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.”
Raiz hebraica de "pisar" e "salpicar"
- "Pisei" (דָּרַךְ, darakh) – indica pisar violentamente, muitas vezes associado à guerra.
- "Salpicou" (נָזָה, nazah) – refere-se ao ato de borrifar ou aspergir, indicando um efeito abrangente do juízo divino.
O Messias executa a justiça sozinho, sem auxílio humano, demonstrando que o juízo final pertence exclusivamente a Deus.
Opiniões acadêmicas
O teólogo Alec Motyer observa que essa cena representa Cristo como o Guerreiro divino, cuja justiça e salvação não podem ser separadas de sua ira contra o pecado (MOTYER, The Prophecy of Isaiah).
John Oswalt enfatiza que Isaías não apresenta um Messias meramente político, mas um Messias cuja missão envolve tanto redenção quanto juízo (OSWALT, The Book of Isaiah).
2. O DIA DA VINGANÇA E REDENÇÃO (63:4-6)
Significado teológico
O versículo 4 revela que a vingança e a redenção são partes do mesmo plano divino:
“Porque o dia da vingança me estava no coração, e o ano dos meus redimidos chegou.”
A palavra hebraica para vingança aqui é נָקָם (naqam), que carrega a ideia de retribuição justa, e não de uma atitude impulsiva.
A “vingança” de Deus é um ato de justiça para destruir o mal e trazer libertação ao Seu povo. Isso ecoa Isaías 61:2, onde o Messias proclama tanto o ano aceitável do Senhor quanto o dia da vingança de nosso Deus.
O cumprimento escatológico
Este texto encontra eco em Apocalipse 19:15-21, onde Cristo volta para julgar as nações. Esse juízo final se dá de acordo com a justiça de Deus, e não como uma explosão de ira desenfreada.
Aplicação
Assim como Israel esperava a redenção, os crentes de hoje também aguardam a volta de Cristo para consumar Seu reino. Esse trecho nos lembra que a salvação de Deus inclui tanto a oferta de graça quanto a execução do juízo sobre aqueles que rejeitam essa graça.
3. A BONDADE DO MESSIAS E A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA (63:7-19)
Gratidão e confissão
Isaías muda o tom da passagem e começa a louvar a benignidade do Senhor:
“Celebrarei as benignidades do Senhor e os seus atos gloriosos...” (v.7)
A palavra hebraica para benignidade aqui é חֶסֶד (chesed), que significa amor leal e misericórdia.
Nos versículos seguintes (63:10-19), o profeta recorda a rebeldia de Israel, reconhecendo que o povo resistiu ao Espírito Santo (רוּחַ קָדְשׁוֹ, Ruach Qodeshó – v.10), provocando a ira de Deus. Isso reflete o mesmo padrão visto no Novo Testamento, onde Estevão acusa os judeus de resistirem ao Espírito Santo (Atos 7:51).
Aplicação para a Igreja
A confissão e intercessão de Isaías mostram que o arrependimento é chave para a restauração. Para a Igreja de Cristo hoje, isso nos ensina que:
- Devemos lembrar com gratidão das misericórdias passadas de Deus.
- Devemos reconhecer nossos pecados e nos humilhar diante de Deus.
- Devemos confiar que Deus restaurará Seu povo e cumprirá Suas promessas.
Conclusão
Isaías 63 nos apresenta um panorama da justiça e da graça divinas. O Messias executa o juízo sobre os ímpios, mas também age em favor de Seu povo, guiando-os ao arrependimento e restauração.
Esse trecho nos desafia a levar a sério a justiça de Deus, mas também a confiar em Sua bondade, sabendo que, no tempo certo, Ele cumprirá cada uma de Suas promessas.
Isaías 63:1-19 é uma passagem profunda que descreve a vitória final do Messias, a execução do juízo divino e a bondade redentora de Deus. Esse trecho pode ser dividido em três seções principais:
- O Messias com vestes salpicadas (63:1-3)
- O dia da vingança e redenção (63:4-6)
- A bondade do Messias e a oração intercessória (63:7-19)
Cada uma dessas seções tem um significado teológico profundo, alinhado com a justiça de Deus, o juízo sobre os ímpios e a redenção do Seu povo.
1. O MESSIAS COM VESTES SALPICADAS (63:1-3)
Contexto e interpretação
Isaías inicia esta passagem com uma visão impressionante: um guerreiro que se aproxima, vindo de Edom e de Bozra, vestindo trajes tingidos de vermelho. O profeta e as sentinelas perguntam:
“Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes de cores vivas, este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a grandeza da sua força?” (v.1)
A resposta vem imediatamente:
“Sou eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.”
O uso de Edom (אֱדוֹם, Edom) aqui não é casual. Na Bíblia, Edom frequentemente simboliza os inimigos persistentes de Israel e do povo de Deus (cf. Obadias 1:10-14). O nome Edom vem da raiz hebraica אָדוֹם (adom), que significa vermelho, e há um jogo de palavras entre essa cor e o sangue derramado no juízo divino.
Já Bozra (בָּצְרָה, Bozrah), que significa “colheita” ou “vindima”, reforça a imagem da prensa de uvas, uma metáfora para o derramamento do sangue dos ímpios no dia do juízo (cf. Apocalipse 14:19-20).
A simbologia do lagar
No versículo 3, lemos:
“O lagar, eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue me salpicou as vestes e me manchou o traje todo.”
Aqui, o lagar (gath, גַּת), lugar onde as uvas eram pisadas para extrair o suco, é uma metáfora para o juízo divino. Essa imagem também é usada em Apocalipse 19:13-15, onde Cristo aparece com um manto tingido de sangue e pisa “o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.”
Raiz hebraica de "pisar" e "salpicar"
- "Pisei" (דָּרַךְ, darakh) – indica pisar violentamente, muitas vezes associado à guerra.
- "Salpicou" (נָזָה, nazah) – refere-se ao ato de borrifar ou aspergir, indicando um efeito abrangente do juízo divino.
O Messias executa a justiça sozinho, sem auxílio humano, demonstrando que o juízo final pertence exclusivamente a Deus.
Opiniões acadêmicas
O teólogo Alec Motyer observa que essa cena representa Cristo como o Guerreiro divino, cuja justiça e salvação não podem ser separadas de sua ira contra o pecado (MOTYER, The Prophecy of Isaiah).
John Oswalt enfatiza que Isaías não apresenta um Messias meramente político, mas um Messias cuja missão envolve tanto redenção quanto juízo (OSWALT, The Book of Isaiah).
2. O DIA DA VINGANÇA E REDENÇÃO (63:4-6)
Significado teológico
O versículo 4 revela que a vingança e a redenção são partes do mesmo plano divino:
“Porque o dia da vingança me estava no coração, e o ano dos meus redimidos chegou.”
A palavra hebraica para vingança aqui é נָקָם (naqam), que carrega a ideia de retribuição justa, e não de uma atitude impulsiva.
A “vingança” de Deus é um ato de justiça para destruir o mal e trazer libertação ao Seu povo. Isso ecoa Isaías 61:2, onde o Messias proclama tanto o ano aceitável do Senhor quanto o dia da vingança de nosso Deus.
O cumprimento escatológico
Este texto encontra eco em Apocalipse 19:15-21, onde Cristo volta para julgar as nações. Esse juízo final se dá de acordo com a justiça de Deus, e não como uma explosão de ira desenfreada.
Aplicação
Assim como Israel esperava a redenção, os crentes de hoje também aguardam a volta de Cristo para consumar Seu reino. Esse trecho nos lembra que a salvação de Deus inclui tanto a oferta de graça quanto a execução do juízo sobre aqueles que rejeitam essa graça.
3. A BONDADE DO MESSIAS E A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA (63:7-19)
Gratidão e confissão
Isaías muda o tom da passagem e começa a louvar a benignidade do Senhor:
“Celebrarei as benignidades do Senhor e os seus atos gloriosos...” (v.7)
A palavra hebraica para benignidade aqui é חֶסֶד (chesed), que significa amor leal e misericórdia.
Nos versículos seguintes (63:10-19), o profeta recorda a rebeldia de Israel, reconhecendo que o povo resistiu ao Espírito Santo (רוּחַ קָדְשׁוֹ, Ruach Qodeshó – v.10), provocando a ira de Deus. Isso reflete o mesmo padrão visto no Novo Testamento, onde Estevão acusa os judeus de resistirem ao Espírito Santo (Atos 7:51).
Aplicação para a Igreja
A confissão e intercessão de Isaías mostram que o arrependimento é chave para a restauração. Para a Igreja de Cristo hoje, isso nos ensina que:
- Devemos lembrar com gratidão das misericórdias passadas de Deus.
- Devemos reconhecer nossos pecados e nos humilhar diante de Deus.
- Devemos confiar que Deus restaurará Seu povo e cumprirá Suas promessas.
Conclusão
Isaías 63 nos apresenta um panorama da justiça e da graça divinas. O Messias executa o juízo sobre os ímpios, mas também age em favor de Seu povo, guiando-os ao arrependimento e restauração.
Esse trecho nos desafia a levar a sério a justiça de Deus, mas também a confiar em Sua bondade, sabendo que, no tempo certo, Ele cumprirá cada uma de Suas promessas.
APLICAÇÃO PESSOAL
A grandeza do Messias nos confere plena certeza de que os intentos do Senhor serão cumpridos. Portanto, sirvamos a Deus com diligência e temor, pois muito em breve chegará o dia da vingança do SENHOR.
RESPONDA
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
EM BREVE
EM BREVE
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
EBD | Revista Editora PECC | 1° Trimestre De 2025 | TEMA: ISAÍAS – O Profeta Messiânico. | Escola Biblica Dominical |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
EBD | Revista Editora PECC | 1° Trimestre De 2025 | TEMA: ISAÍAS – O Profeta Messiânico. | Escola Biblica Dominical |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
📩 Adquira UM DOS PACOTES do acesso Vip ou arquivo avulso de qualquer ano | Saiba mais pelo Zap.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
ADQUIRA O ACESSO VIP ou os conteúdos em pdf 👆👆👆👆👆👆 Entre em contato.
Os conteúdos tem lhe abençoado? Nos abençoe também com Uma Oferta Voluntária de qualquer valor pelo PIX:TEL (15)99798-4063 Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Lucas 6:38
- ////////----------/////////--------------///////////
- ////////----------/////////--------------///////////
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS CPAD
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS BETEL
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS PECC
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS CENTRAL GOSPEL
---------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------
- ////////----------/////////--------------///////////
COMMENTS