Lição 13- ISAÍAS 64 a 66 – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA | 1º Trimestre de 2025 | EBD PECC

  SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive ...

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Em Isaías 64 a 66 há 61 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Isaías 65.16-25 (2 a 3 min). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Olá, professor(a)! Chegamos ao final desta revista, mas ainda temos um tema valioso a ensinar: a intervenção de Deus sobre este mundo. Antes que se estabeleça o reino de Jesus, toda impureza será removida e toda imperfeição será corrigida. A imagem da restauração nos remete ao vaso na mão do oleiro, que o molda segundo a sua vontade. Rebeldes e infiéis de Judá e Jerusalém, bem como os que rejeitam o nome de Jesus, serão excluídos. Mas Deus continua chamando outros convidados, os gentios, até que muitos reconheçam que só Jesus é o Senhor. Nós, os gentios, nos juntaremos a um remanescente fiel para vivermos como povo separado para o Senhor e só a ele serviremos na nova terra e sob novo céu.

Reconhecer a soberania de Deus sobre a criação, reafirmando Seu plano de restauração e redenção.
Compreender o papel do remanescente fiel no plano de Deus e sua relação com a vinda do Messias.
Enfatizar a esperança nos novos céus e nova terra como promessa de justiça e paz eterna.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O capítulo 65 de Isaías faz parte da seção final do livro, onde Deus responde às orações e lamentos do povo (Is 64). Ele contrasta o juízo sobre os rebeldes e a promessa de restauração para os fiéis. O profeta apresenta a visão de um novo céu e nova terra, um cenário escatológico que aponta para a restauração plena da criação, onde a justiça e a paz prevalecerão. Este trecho é frequentemente relacionado com Apocalipse 21-22, onde se descreve o estado eterno dos redimidos.

Isaías 65:16-25 é uma profecia que descreve um futuro glorioso, trazendo esperança para o remanescente fiel. Ele enfatiza a fidelidade de Deus ao cumprir Suas promessas e Sua soberania ao trazer uma nova ordem na criação.


Comentário Versículo por Versículo

Isaías 65:16

"De sorte que aquele que se bendisser na terra será bendito no Deus da verdade; e aquele que jurar na terra jurará pelo Deus da verdade; porque já estão esquecidas as angústias passadas, e estão escondidas dos meus olhos."

  • "Bendito no Deus da verdade" – O termo hebraico usado para "verdade" aqui é אֱמֶת (emet), que significa "fidelidade", "estabilidade" ou "confiabilidade". A ideia é que, no novo tempo, toda bênção estará fundamentada no caráter imutável de Deus.
  • "Angústias passadas esquecidas" – Refere-se ao período de sofrimento e juízo que Israel enfrentou devido à sua desobediência. Isso aponta para um tempo de renovação total, onde o sofrimento será apagado.


Isaías 65:17

"Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas."

  • "Novos céus e nova terra" – A palavra בּוֹרֵא (bore’) traduzida como "crio" está no particípio ativo, indicando uma ação contínua de Deus na renovação da criação.
  • "Não haverá lembrança das coisas passadas" – Esse é um paralelo com Apocalipse 21:4, onde Deus enxugará todas as lágrimas e não haverá mais dor ou sofrimento. O passado de rebeldia e castigo será apagado.


Isaías 65:18

"Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, e para o seu povo gozo."

  • "Folgareis e exultareis" – O hebraico usa os verbos גִּיל (gil) e שׂוּשׂ (sus), que expressam alegria intensa e regozijo. A nova criação será um ambiente de alegria contínua.
  • "Crio para Jerusalém alegria" – Jerusalém, muitas vezes símbolo do povo de Deus, será restaurada e transformada em um lugar de júbilo.


Isaías 65:19

"E exultarei em Jerusalém, e folgarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor."

  • "Nunca mais se ouvirá voz de choro" – Essa é uma promessa de restauração completa, onde o sofrimento será eliminado. A expressão é reforçada em Apocalipse 21:4.
  • "Exultarei em Jerusalém" – Mostra que Deus terá prazer em Seu povo restaurado.


Isaías 65:20

"Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque o menino morrerá de cem anos; porém o pecador de cem anos será amaldiçoado."

  • "Menino morrerá de cem anos" – Indica longevidade e uma vida plena. Isso pode ser uma referência à era messiânica, onde a morte será minimizada, e a vida será prolongada.
  • "Pecador de cem anos será amaldiçoado" – Indica que ainda existirá alguma forma de juízo para os que persistirem no pecado, sugerindo que esta fase não é ainda o estado eterno, mas um reino intermediário (possivelmente o Milênio).


Isaías 65:21-22

"E edificarão casas, e as habitarão; plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem, nem plantarão para que outros comam; porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus escolhidos gozarão das obras das suas mãos."

  • "Edificarão casas, e as habitarão" – Essa promessa contrasta com os tempos de guerra e exílio, onde as casas eram destruídas ou tomadas por inimigos.
  • "Os dias do meu povo serão como os dias da árvore" – Árvores podem viver séculos. Essa metáfora expressa a longevidade e estabilidade na nova criação.


Isaías 65:23

"Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a perturbação; porque são a semente dos benditos do Senhor, e os seus descendentes estarão com eles."

  • "Não trabalharão debalde" – O trabalho não será mais vão nem frustrado. A maldição de Gênesis 3:17-19 será revertida.
  • "Semente dos benditos do Senhor" – Refere-se à descendência dos justos, que desfrutará das bênçãos divinas.


Isaías 65:24

"E será que antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei."

  • "Antes que clamem, eu responderei" – Isso enfatiza a proximidade de Deus com Seu povo. A comunicação será instantânea, sem barreiras entre Deus e os Seus.


Isaías 65:25

"O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor."

  • "O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos" – Essa imagem representa um mundo restaurado, onde a violência será erradicada.
  • "O leão comerá palha como o boi" – Indica que até mesmo os predadores não causarão dano, sugerindo uma mudança na ordem natural das coisas.
  • "Pó será a comida da serpente" – Essa frase remete à maldição da serpente em Gênesis 3:14 e pode indicar a destruição final do mal.


Conclusão Teológica

Isaías 65:16-25 descreve um futuro glorioso para os fiéis, onde Deus restaurará todas as coisas. O contexto aponta para uma renovação tanto física quanto espiritual, que se cumpre parcialmente na era messiânica e será consumada no estado eterno descrito em Apocalipse 21-22.

A raiz hebraica das palavras-chave destaca temas como fidelidade divina (emet), criação contínua (bore’) e renovação completa. Este texto nos ensina que Deus tem um plano perfeito para Seu povo e que, no tempo determinado, Ele estabelecerá um reino de paz e justiça sem fim.

I- ORAÇÃO E LOUVOR 64.1-12
1- Manifestação de Deus 64.1
2- Olhos não viram 64.4
3- Somos imundos, Ele é oleiro 64.6,8
II- RESPOSTA DE DEUS 65.1-16
1- Um povo desconhecido 65.1
2- Rebeldia de Israel 65.3
3- Remanescente de Israel 65.9
III- NOVO CÉU, NOVA TERRA 65.17-66.24
1- Uma nova criação 65.17
2- Nascimento de uma nação 66.8
3- Triunfo final 66.22
APLICAÇÃO PESSOAL

DINAMICA EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Dinâmica para Jovens e Adultos – "Novos Céus e Nova Terra"

📖 Tema: Isaías 64-66 – A Promessa de Novos Céus e Nova Terra
🎯 Objetivo: Ensinar sobre a esperança da nova criação de Deus e como devemos viver em preparação para essa promessa.
Duração: 30-40 minutos
👥 Número de participantes: Mínimo de 6 pessoas

Material necessário:

  • Duas caixas (uma suja, velha ou amassada e outra limpa e bonita)
  • Papéis e canetas
  • Bíblia
  • Um espelho

Passo a Passo:

🔹 1. Introdução – A Esperança na Nova Criação
Comece perguntando:

  • Você já sonhou com um lugar perfeito, sem dor nem sofrimento?
  • O que significa para você a promessa de "novos céus e nova terra"?

📖 Leia Isaías 65:17
"Porque eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão."

Explique que Deus nos promete uma renovação completa, onde tudo será perfeito e justo.


2. Atividade – "O Velho Mundo e o Novo Mundo"

1️⃣ Mostre as duas caixas:

  • Uma caixa velha e feia representa o mundo atual, cheio de pecado, tristeza e injustiça.
  • A outra caixa bonita representa a nova criação que Deus preparou.

2️⃣ Peça que cada participante escreva em um papel algo ruim do mundo atual (exemplo: dor, injustiça, violência, pecado) e coloque dentro da caixa velha.

3️⃣ Agora, pergunte:

  • Como será a vida nos novos céus e nova terra?
  • O que Deus está preparando para nós?

📖 Leia Apocalipse 21:4
"E Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas."

4️⃣ Agora, jogue a caixa velha no lixo e abra a caixa nova.

  • Dentro dela pode ter versículos sobre a promessa de Deus e espelhos.
  • Peça para cada participante olhar no espelho e refletir:
    • Estou preparado para esse novo mundo?
    • Minha vida reflete alguém que aguarda essa promessa?

📖 Leia 2 Pedro 3:13
"Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça."

3. Reflexão e Aplicação

  • O que precisamos mudar para viver como cidadãos da nova terra?
  • Como podemos ajudar outras pessoas a conhecer essa promessa?

📖 Leia Isaías 66:22
"Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome."

4. Oração e Encerramento

Ore pedindo que Deus nos prepare para viver como cidadãos do Reino d’Ele, com santidade e esperança.


Conclusão:

✔️ Deus promete um novo céu e uma nova terra, livres do pecado e da dor.
✔️ Precisamos viver em preparação para essa promessa.
✔️ A esperança cristã nos motiva a viver com santidade e amor.

📖 Versículo-chave: "Eis que faço novas todas as coisas." (Apocalipse 21:5)


🔥 Dica: Finalize com um louvor sobre a Nova Jerusalém, como "Tudo Novo" (Eyshila) ou "Novo Céu, Nova Terra" (Diante do Trono).

Gostou da dinâmica? 😊🔥🙏

Segunda – Isaías 64.1
Terça – Isaías 64.8
Quarta – Isaías 65.2
Quinta – Isaías 65.17
Sexta – Isaías 66.2
Sábado – Apocalipse 21.1

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Segunda-feira: Isaías 64.1

"Oh! Se rasgasses os céus, e descesses, e os montes se fizessem em pedaços diante de Ti!"
Reflexão: Este versículo expressa um clamor profundo de Isaías, que deseja uma intervenção divina poderosa para transformar a realidade do povo de Deus. O profeta reconhece a grandeza de Deus e a impotência humana. Muitas vezes, em nossa vida, enfrentamos situações que nos fazem clamar por uma intervenção sobrenatural. Que possamos, como Isaías, confiar que, mesmo quando as circunstâncias parecem difíceis, Deus pode agir de forma gloriosa.

Terça-feira: Isaías 64.8

"Agora, porém, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; todos nós somos obra das tuas mãos." Reflexão: Isaías lembra ao povo que, embora estejam quebrantados, Deus ainda é o oleiro e nós, o barro. Deus é o Criador soberano, e Ele molda a nossa vida de acordo com o Seu propósito. Mesmo quando nos sentimos imperfeitos ou incompletos, podemos confiar que Deus está trabalhando em nós para nos transformar conforme Sua imagem e semelhança.

Quarta-feira: Isaías 65.2

"Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde, que anda por um caminho não bom, seguindo os seus próprios pensamentos." Reflexão: Deus é paciente e misericordioso. Mesmo diante da rebeldia do Seu povo, Ele continua estendendo Suas mãos, convidando-os ao arrependimento. Isso nos ensina sobre a longanimidade de Deus com nossa própria caminhada. Mesmo quando nos afastamos d'Ele, Ele ainda estende Sua mão para nos trazer de volta.

Quinta-feira: Isaías 65.17

"Porque eis que crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se lembrarão delas." Reflexão: Esta promessa de renovação aponta para a restauração final de todas as coisas. Deus tem um plano de redenção que culminará na criação de um novo céu e uma nova terra, onde não haverá mais sofrimento ou dor. Este versículo nos traz esperança e nos lembra de que, por mais difícil que seja o presente, o futuro que Deus preparou para nós é cheio de Sua glória e paz.

Sexta-feira: Isaías 66.2

"Pois a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas estas coisas vieram a existir, diz o Senhor. Mas a este olharie: para o humilde e contrito de espírito, e que treme da minha palavra." Reflexão: Deus busca aqueles que têm um coração humilde e contrito, que reconhecem Sua grandeza e se submete a Sua palavra. Em um mundo cheio de orgulho e autossuficiência, é vital cultivar um espírito humilde e reverente diante de Deus. Ele se agrada daqueles que têm um coração disposto a obedecer à Sua palavra.

Sábado: Apocalipse 21.1

"Vi novo céu e nova terra; porque o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe." Reflexão: João, na visão apocalíptica, vê o novo céu e a nova terra que Deus preparou para os Seus. Este é um vislumbre do que aguarda todos os que creem em Cristo: uma eternidade sem dor, sem choro e sem maldade. Esse versículo nos convida a fixar nossa esperança no futuro glorioso que Deus preparou, lembrando-nos de que, apesar das tribulações, a vitória final será de Cristo e dos que estão n'Ele.

Esses versículos podem ser uma fonte de esperança, consolo e fortalecimento em sua caminhada com Deus. Que, ao meditar sobre eles, você seja profundamente tocado pela grandeza de Deus e pela promessa de Sua restauração.

Hinos da Harpa: 479-488

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A parte final de Isaías, a partir do capítulo 56 até o final do livro, traz um poderoso panorama de como o Senhor, que reina com justiça, se manifestará para restaurar a Sião e revelar Sua glória a todas as nações. O profeta Isaías, após ter descrito as quedas e as promessas de juízo, agora apresenta uma mensagem de esperança, restauradora e universal. O livro, que foi escrito durante o exílio babilônico, visa fortalecer o coração do povo de Israel, anunciando a vinda de um Messias que trará libertação e restauração.

A abordagem teológica de Isaías é ampla e envolve temas como a soberania divina, o julgamento do pecado, a necessidade de um verdadeiro arrependimento e a promessa de um novo começo através do Messias. Ele vai além de uma simples promessa de libertação física, apontando para um reino de paz e justiça, e anunciando a vinda do Salvador que traria, não apenas a restauração de Israel, mas a inclusão de todas as nações nos propósitos de Deus.


1. A Soberania de Deus e Seu Governo Justo (Isaías 64-66)

Isaías 64 e 66 destacam a grandeza e a justiça de Deus, que reina soberano sobre todas as coisas. A imagem de Deus como "Soberano" ou "Senhor" é central nesta seção. O profeta clama por uma intervenção divina poderosa (Isaías 64.1), mas também apresenta Deus como o "oleiro" que molda o destino dos homens (Isaías 64.8). A soberania divina, portanto, é apresentada como algo que deve ser reconhecido, pois Deus governa com justiça e também com misericórdia.

Raiz Hebraica e Contexto Cultural:

  • Soberania de Deus: A palavra hebraica "Adonai" (אֲדֹנָי) é usada para expressar o domínio absoluto de Deus sobre a criação. Ela destaca a autoridade e o poder inquestionáveis de Deus, que são expressos de forma justa em Sua administração do mundo.
  • Legalismo Religioso: O livro denuncia o legalismo, especialmente nas palavras de Isaías 64.6, onde os esforços humanos para agradar a Deus sem um coração verdadeiro são comparados a trapos imundos. Esse conceito é fundamental para a crítica da religião formal, em contraste com a verdadeira adoração a Deus (Isaías 1.11-17).

Opiniões de Livros Acadêmicos:

  • John N. Oswalt (Isaías, Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento) enfatiza que o foco em Isaías 64-66 é a intervenção do Deus soberano e misericordioso. Ele argumenta que, apesar do pecado de Israel, o Senhor ainda oferece a promessa de restauração, sendo um "Deus de segunda chance".
  • Brevard Childs (Isaiah: Comentário Bíblico) afirma que, neste trecho, há uma união entre o juízo de Deus e Sua promessa de consolo, revelando um Deus que é imutável em Sua justiça, mas pleno de misericórdia.

2. O Juízo sobre a Religião Legalista (Isaías 65)

Em Isaías 65, vemos uma crítica feroz àqueles que praticam uma religiosidade vazia, uma forma de legalismo que não reflete um coração quebrantado diante de Deus. O Senhor descreve um povo que O invoca com os lábios, mas cujo coração está longe de Sua verdadeira vontade (Isaías 65.2-5). Esse juízo revela a irrelevância de rituais externos e práticas religiosas vazias sem uma verdadeira transformação interior.

Raiz Hebraica e Contexto Cultural:

  • Legalismo Religioso: A palavra "legalismo" pode ser entendida no contexto de uma adoração que busca somente agradar a Deus através de rituais, sem a pureza de coração ou arrependimento genuíno. Em Isaías 65.2, a palavra "seguir" (Heb. "halak") reflete a ideia de andar por um caminho que não é do Senhor, ou seja, uma caminhada afastada da verdadeira aliança com Deus.
  • Adoração Vazia: A palavra "sacrifícios" (Heb. "minjá") é usada para descrever ofertas que não têm valor quando não acompanhadas de uma atitude de arrependimento e pureza interior.

Opiniões de Livros Acadêmicos:

  • Walter Brueggemann (Isaiah 40-66: Comentário Bíblico) argumenta que o julgamento contra o legalismo em Isaías é uma crítica à presunção do povo de que a obediência externa é suficiente para agradar a Deus. Ele enfatiza que Deus não se agrada de sacrifícios vazios e que, ao contrário, Ele busca uma adoração sincera que brota de um coração contrito.

3. A Restauração de Sião e o Novo Céu e Nova Terra (Isaías 65-66)

Em Isaías 65.17, Deus promete criar "novos céus e nova terra", uma visão de restauração total que culmina na esperança messiânica. Isso não apenas se refere à renovação da criação, mas também à restauração espiritual do povo de Deus. O "novo céu" e a "nova terra" simbolizam um futuro redentor onde não haverá mais sofrimento, morte ou tristeza.

Raiz Hebraica e Contexto Cultural:

  • Novos Céus e Nova Terra: A expressão "novos céus e nova terra" (Heb. "chadasch shamayim chadasch erets") é profundamente simbólica. A palavra "chadasch" implica uma renovação radical, não apenas uma restauração, mas algo que é completamente novo e imaculado. Este conceito se repete no Apocalipse, associando-se à consumação do plano divino para o mundo.

Opiniões de Livros Acadêmicos:

  • J. Alec Motyer (A profecia de Isaias) discute que Isaías 65-66 apontam para uma restauração não apenas nacional, mas cósmica, uma renovação de todo o cosmos em resposta à queda e ao pecado. O "novo céu e nova terra" é, para Motyer, uma metáfora para a obra redentora de Deus que abrange tanto o futuro espiritual quanto o físico.
  • Michael L. Brown (Os Profetas) sugere que a promessa de restauração de Sião é, ao mesmo tempo, uma promessa de salvação individual e coletiva, em que Deus restaura a Sua igreja e, ao mesmo tempo, convida as nações para Sua glória.

Conclusão

A parte final de Isaías revela uma profunda teologia de justiça e misericórdia. Deus, como soberano do universo, governa com justiça, mas também com um amor restaurador. Ele promete a restauração de Sião e o estabelecimento de um novo céu e nova terra, onde Sua glória será revelada a todas as nações. No entanto, Ele também faz uma dura crítica à religiosidade vazia e ao legalismo, chamando Seu povo ao arrependimento genuíno e à verdadeira adoração.

Aplicação Prática:
Em nossas vidas, somos desafiados a não confiar em rituais vazios ou em uma religiosidade legalista. O Deus soberano chama-nos a uma verdadeira transformação interior, que só é possível quando nos submetemos à Sua justiça e nos arrependemos sinceramente. A promessa de renovação nos lembra de que, mesmo diante das dificuldades do presente, podemos ter esperança na futura restauração completa em Cristo.

Este estudo revela que, por meio de Isaías, Deus nos convida a uma aliança viva e verdadeira com Ele, com a promessa de um futuro glorioso, onde Sua justiça e misericórdia prevalecerão sobre toda a terra.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O capítulo 64 de Isaías inicia com um clamor intenso de intercessão e súplica ao Senhor. Isaías, como um intercessor, ergue sua voz em favor de Israel, implorando pela intervenção de Deus. Ele chama Deus a manifestar-se poderosamente, como no passado, para realizar feitos grandiosos que provocariam o temor de todas as nações. Esta oração, profundamente teológica e emocional, também pode ser vista como um paralelo à oração de avivamento que os cristãos fazem hoje, esperando a segunda vinda de Cristo.

1. Manifestação de Deus (Isaías 64.1)

Texto:
"Oh! Se fendesses os céus e descesse! Se os montes tremessem na tua presença!" (Isaías 64.1)

Neste versículo, Isaías faz um pedido fervoroso ao Senhor, implorando por uma manifestação divina poderosa, como aquelas que ocorreram no passado (por exemplo, a descida de Deus no monte Sinai, quando os montes tremeram devido à Sua presença – Êxodo 19.18). Este versículo é uma oração de avivamento, uma súplica por uma intervenção direta de Deus na história, a fim de que o Seu poder seja novamente revelado.

Raiz Hebraica e Significado:

  • "Fender os céus" (Heb. "qarah", קָרָע): O verbo "qarah" significa "rasgar" ou "dividir", e é utilizado aqui para descrever a ideia de um rompimento celestial, uma intervenção súbita e dramática de Deus que quebraria as barreiras entre o céu e a terra. Isso remete à ideia de Deus descendo de Sua habitação celestial para interagir diretamente com a criação.
  • "Descer" (Heb. "yarad", יָרַד): O verbo "yarad" significa "descer" e é frequentemente usado para descrever a ação de Deus quando Ele se aproxima do Seu povo em momentos de grande necessidade ou julgamento. Aqui, é uma súplica para que Deus, em Sua majestade e poder, se envolva diretamente com a situação de Israel.
  • "Tremessem os montes" (Heb. "nuwa", נוּעַ): O verbo "nuwa" denota um tremor físico, como o movimento de algo que é sacudido. Isaías deseja que a presença de Deus seja tão poderosa que até a criação reage, como em Êxodo 19, quando os montes literalmente tremeram diante da presença de Deus.

Contexto Cultural e Religioso:

Na cultura israelita, a presença de Deus era associada à manifestação física e extraordinária, como nos momentos em que Ele revelou Sua glória de maneira visível (Êxodo 19.16-19). A descida de Deus ao monte Sinai foi um evento que marcou o povo de Israel com uma impressionante demonstração de Seu poder. Isaías, ao clamar para que Deus fizesse algo similar, expressa não apenas o desejo de restaurar a dignidade de Israel, mas também de reafirmar a supremacia de Deus diante das nações pagãs e dos inimigos de Israel.

O pedido de Isaías também reflete um contexto de crise: o povo de Israel está em exílio ou em uma situação de grande opressão. A oração, portanto, não é apenas uma petição por ajuda imediata, mas também uma súplica por uma manifestação visível e redentora de Deus, como aquela que o povo experimentou nas grandes obras da história passada, como a libertação do Egito.

Aplicação Teológica:

1. Clamor pela Manifestação de Deus no Passado e no Presente:

Isaías lembra ao povo de Deus as grandes manifestações que Ele fez no passado, como a divisão do Mar Vermelho e o terremoto no Sinai. Este clamor pode ser interpretado teologicamente como uma expressão de fé no caráter de Deus, que não muda e sempre está disposto a agir em favor de Seu povo. Essa oração demonstra uma expectativa pela revelação de Deus em tempos de necessidade, uma expectativa que se reflete também na fé cristã que aguarda a segunda vinda de Cristo, quando Ele novamente se manifestará de maneira gloriosa (Apocalipse 1.7).

2. A Soberania e a Imutabilidade de Deus:

Ao invocar esses eventos passados, Isaías está lembrando ao povo que o mesmo Deus que interveio no passado é capaz de fazer o mesmo no presente. A teologia que aqui se destaca é a da imutabilidade de Deus, ou seja, Ele continua a ser o mesmo Deus que fez maravilhas no passado e pode fazer novas maravilhas agora. Essa certeza de que Deus pode agir com poder inquestionável é um ponto central para a fé do povo.

3. O Papel da Oração Intercessória:

Isaías não faz um pedido egoísta ou apenas individual, mas intercede pelo povo de Israel. Ele vê sua oração como uma representação de toda a nação, mostrando a função do intercessor, que clama a Deus em favor dos outros. No cristianismo, isso é refletido na intercessão de Cristo pela Igreja (Hebreus 7.25) e na prática da oração intercessória que visa a restauração de um povo ou de uma situação.

Opiniões de Livros Acadêmicos:

  • John N. Oswalt (Isaiah, The New International Commentary on the Old Testament): Oswalt enfatiza que a oração de Isaías, especialmente no versículo 64.1, reflete uma combinação de fé no poder de Deus e uma profunda desesperança nas capacidades humanas para mudar as circunstâncias. Ele observa que a oração de Isaías é uma expressão do desejo da restauração da ordem divina no mundo, algo que seria realizado somente por intervenção direta de Deus.
  • Brevard Childs (Isaiah: A Commentary, Old Testament Library): Childs destaca que Isaías 64.1 representa um clamor pelo "Deus que age", um Deus ativo na história e não apenas um Deus distante. Ele observa que a oração é uma forma de invocar a presença de Deus como em tempos passados, e que o poder de Deus sempre esteve, e sempre estará, à disposição do povo que O espera com sinceridade e fé.
  • J. Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah): Motyer comenta que este clamor pela descida de Deus é uma forma de lembrar que a verdadeira salvação vem da intervenção divina e não dos próprios esforços humanos. Ele também observa que a visão de Isaías sobre Deus é de um Ser soberano e majestoso, cuja presença é tão poderosa que até os montes tremem diante d'Ele.

Conclusão:

Isaías 64.1 é uma oração cheia de esperança e expectativa, onde o profeta clama por uma manifestação direta de Deus, lembrando as poderosas obras feitas no passado. Essa súplica é tanto uma lembrança da fidelidade de Deus quanto um apelo pela restauração da Sua presença no meio de uma situação de desolação. Teologicamente, essa oração reflete a confiança na imutabilidade de Deus, Sua capacidade de intervir poderosamente, e a importância da oração intercessória para a restauração do povo. Para os cristãos, isso ecoa a oração pela vinda do Reino de Deus, a manifestação da glória de Cristo na segunda vinda e a esperança de uma intervenção divina em nossas vidas.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Isaías 64.4: "Olhos Não Viram"

Texto: "Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvido se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera." (Isaías 64.4)

Este versículo é uma declaração profunda de Isaías sobre a incomparável grandeza e a soberania de Deus. O profeta, em sua oração, reflete sobre o caráter único de Deus, destacando que Ele é o único Ser capaz de trabalhar em favor daqueles que Nele esperam. Isaías apresenta um Deus que é transcendente, mas também pessoal e profundamente envolvido com o Seu povo. Essa revelação não só expressa a grandiosidade de Deus, mas também Sua disposição em atuar em favor de Seu povo.

Raiz Hebraica e Significado:

  • "Desde a antiguidade" (Heb. "olam", עוֹלָם): A palavra "olam" significa "eternidade" ou "temporalidade prolongada", mas aqui pode ser entendida como "desde os tempos mais antigos" ou "desde a criação", referindo-se à eterna soberania de Deus, antes mesmo de os eventos do tempo terem ocorrido.
  • "Ouviu-se" (Heb. "shama", שָׁמַע): O verbo "shama" significa "ouvir", e é usado em contextos de revelação, como quando Deus fala ao Seu povo. Aqui, indica que o entendimento sobre Deus nunca foi plenamente alcançado pelas criaturas humanas. Nenhuma história ou palavra pronunciada no passado foi capaz de revelar a totalidade do Seu ser.
  • "Percebeu-se" (Heb. "yada", יָדַע): "Yada" refere-se ao "conhecimento" ou "compreensão", geralmente em um sentido profundo e pessoal. A passagem sugere que a compreensão verdadeira e completa de Deus, no sentido de Seu caráter e das Suas ações, está além da capacidade humana de percepção.
  • "Trabalha" (Heb. "asah", עָשָׂה): O verbo "asah" significa "fazer" ou "trabalhar", mas com o sentido de "agir com propósito". Deus é descrito aqui como aquele que age de forma contínua e soberana em favor de Seus filhos, cumprindo os Seus desígnios de maneira eficaz.
  • "Aquele que nele espera" (Heb. "qavah", קָוָה): "Qavah" é o verbo "esperar", mas com a ideia de esperar com confiança e paciência. A expressão sugere uma expectativa ativa, não passiva, uma confiança na intervenção divina.

Contexto Cultural e Religioso:

O contexto cultural e religioso do Antigo Testamento, especialmente em Isaías, é fundamental para entender essa passagem. Isaías profetiza em um período de grande crise para o povo de Israel, quando eles estavam à beira do exílio babilônico e lidando com a apostasia e a idolatria. O clamor de Isaías, então, é uma declaração de que, apesar da calamidade que o povo estava enfrentando, somente Deus, o Santo de Israel, pode trazer verdadeira redenção.

No mundo antigo, as nações acreditavam em muitos deuses, e os seus deuses eram muitas vezes concepções locais ou nacionais, com pouca ou nenhuma interação com outras nações. A ideia de um Deus universal, soberano sobre toda a criação e que se importa pessoalmente com Seu povo, é única na teologia israelita e, mais tarde, na teologia cristã.

Teologia e Significado Profundo:

1. A Incomparabilidade de Deus (Isaías 64.4)

Isaías 64.4 afirma a incomparabilidade de Deus. Ele é único, transcendendo tudo o que os seres humanos poderiam compreender ou perceber. A declaração de Isaías que "não se ouviu, nem com ouvido se percebeu, nem com os olhos se viu" sugere que a grandiosidade de Deus está além da compreensão humana, uma realidade que ecoa no Novo Testamento, quando Paulo escreve em 1 Coríntios 2.9: "Mas, como está escrito: O que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiu ao coração do homem, são as coisas que Deus preparou para os que o amam."

Isaías está falando de um Deus que não pode ser totalmente captado por uma revelação simples ou humana. Deus é o Criador soberano e o Ser infinitamente grande, cuja essência transcende os limites da compreensão humana.

2. A Soberania de Deus sobre a História e a Criação

A declaração de Isaías também coloca em evidência a soberania de Deus, que "trabalha para aquele que nele espera". Este conceito de "trabalhar" implica que Deus é ativo na história, intervindo para cumprir Seus propósitos. Em uma época marcada pela apostasia e o cansaço espiritual, Isaías aponta para o Deus que continua a agir em favor daqueles que esperam por Ele.

Essa verdade é central para a teologia cristã, que vê em Deus não apenas um Ser distante, mas um Deus envolvido na história, trabalhando ativamente na vida dos indivíduos e na realização do plano redentor. A teologia de Isaías reafirma que Deus, apesar de Sua transcendência, é pessoal e deseja se envolver na vida de Seu povo.

3. A Espera Ativa e Confiante em Deus

A ideia de "esperar" em Deus, como em "aquele que nele espera", aponta para uma expectativa ativa, não passiva. Esperar em Deus não é uma atitude de inação, mas uma confiança contínua em Sua fidelidade e em Seus propósitos. A espera é, portanto, um ato de fé, uma paciência ativa e uma confiança inabalável de que Deus trabalhará em favor de Seu povo.

Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos:

  • John N. Oswalt (Isaiah, The New International Commentary on the Old Testament): Oswalt afirma que Isaías 64.4 é uma das mais poderosas declarações sobre a transcendência de Deus no Antigo Testamento. Ele observa que o texto destaca que Deus é incomparável e único, e que Sua ação na história é sempre em favor dos que esperam Nele. Para Oswalt, isso também reflete a tensão entre a grandeza de Deus e a Sua preocupação pessoal com o povo.
  • Brevard Childs (Isaiah: A Commentary, Old Testament Library): Childs destaca que Isaías não apenas descreve a grandeza de Deus, mas também sua proximidade com o povo. A espera ativa por Deus é uma forma de viver na expectativa de Sua intervenção na história, uma esperança que nunca falha.
  • J. Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah): Motyer enfatiza que este versículo é uma poderosa declaração de que o único Deus, transcendente e imutável, é também pessoal e envolve-Se com os Seus filhos. A frase "aquele que nele espera" ressoa com a ideia de que Deus é confiável e que Sua atuação nas questões humanas é garantida.

Conclusão:

Isaías 64.4 é um versículo de grande profundidade teológica, expressando a incomparabilidade de Deus, Sua soberania sobre toda a criação, e Sua disponibilidade para intervir na história em favor de Seu povo. Ele enfatiza a confiança e a esperança ativa em Deus, que trabalha incansavelmente para aqueles que Nele esperam. Este versículo não só declara a transcendência de Deus, mas também Sua proximidade e envolvimento contínuo na vida daqueles que O aguardam com fé. Para o cristão, isso se reflete na confiança na ação de Deus através da história e no aguardo da plena manifestação de Seu Reino.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Isaías 64.6-8: "Somos Imundos, Ele é Oleiro"

Texto:
"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam." (Isaías 64.6)
"Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos." (Isaías 64.8)

Isaías, em sua oração e intercessão, faz uma confissão profunda de pecado e da condição espiritual do povo de Israel, reconhecendo que diante da santidade de Deus, toda a justiça humana é imunda. O profeta também se volta para o papel de Deus como Pai e Oleiro, clamando por misericórdia e restauração.

Raiz Hebraica e Significado:

Isaías 64.6:

  • "Imundo" (Heb. "tameh" תָּמֵא): A palavra "tameh" é usada frequentemente para descrever algo ritualmente impuro ou contaminado, particularmente no contexto de rituais religiosos. Neste caso, refere-se à impureza moral e espiritual do povo, a ideia de que suas ações, por mais justas que parecessem, estavam longe da perfeição exigida por Deus.
  • "Trapo da imundícia" (Heb. "beged 'ed", בֶּגֶד עֵד): "Beged" significa "vestimenta" ou "trapo", e "ed" significa "menstruo" ou "imundícia". Esta expressão refere-se a trapos usados durante o período menstrual, sendo, portanto, considerados profundamente impuros. A metáfora é forte e gráfica, indicando que a justiça humana não tem valor diante da santidade de Deus, sendo vista como impura e inútil.
  • "Murchamos como a folha" (Heb. "yabesh", יָבֵשׁ): A palavra "yabesh" sugere secura ou murchamento. Como as folhas que caem e se secam, o povo de Israel perdeu sua vitalidade espiritual e moral, sendo consumido pelas suas iniquidades.
  • "Nossas iniquidades" (Heb. "avon", עָוֹן): "Avon" é um termo usado para descrever perversões morais ou transgressões contra as leis de Deus, implicando em um desvio moral e espiritual do caminho reto. Isaías afirma que essas iniquidades são como um vento que os arrasta, uma metáfora que expressa a sensação de descontrole e desorientação espiritual.

Isaías 64.8:

  • "Tu és nosso Pai" (Heb. "ab", אָב): A palavra "ab" denota paternidade, um título que expressa autoridade, cuidado, amor e relação. Ao chamá-lo de Pai, Isaías expressa a confiança em Deus como aquele que sustenta, cuida e, ao mesmo tempo, disciplina o Seu povo.
  • "Nós somos o barro" (Heb. "chomer", חֹמֶר): O "chomer" é o termo para "barro" ou "argila", e aqui Isaías faz referência à fragilidade e moldabilidade do ser humano. O barro é moldado e moldável nas mãos do oleiro, simbolizando que o povo de Israel é completamente dependente da ação e do toque de Deus.
  • "Oleiro" (Heb. "yatsar", יָצַר): "Yatsar" significa "moldar" ou "formar", e é a palavra usada para descrever o trabalho do oleiro que dá forma ao barro. Essa imagem aponta para a soberania de Deus sobre a criação humana, indicando que Ele tem autoridade sobre o destino e a restauração do Seu povo.

Contexto Cultural e Religioso:

O contexto em que Isaías faz essa oração é de grande desolação para o povo de Israel. O país está à beira do exílio babilônico, e a nação sente as consequências de seus pecados. O templo foi destruído, as cidades estão em ruínas, e o povo está em grande sofrimento. Isaías, então, faz uma confissão profunda, reconhecendo que o pecado e a desobediência do povo são a causa de sua calamidade. No entanto, ele também clama a Deus como Pai e Oleiro, pedindo que Ele intervenha, restaure e remodele Seu povo conforme Seu plano perfeito.

Na cultura israelita, o oleiro era uma figura que conhecia profundamente a natureza do barro e tinha o poder de moldá-lo conforme desejava. Este simbolismo reflete a soberania de Deus sobre a história de Israel e o processo de purificação e restauração espiritual que Ele deseja operar no coração de Seu povo.

Teologia e Significado Profundo:

  1. A Impureza Humana e a Perfeição de Deus: O versículo 64.6 expressa a total incapacidade humana de alcançar a perfeição moral e espiritual. A justiça humana é comparada a trapos de imundícia, refletindo a ideia de que todos os esforços humanos para alcançar a retidão, sem a intervenção divina, são inúteis. A Escritura ensina consistentemente que todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3.23), e Isaías aqui faz uma confissão coletiva de que a humanidade é falha e impotente em suas próprias forças.
  2. A Necessidade de Restauração e a Soberania de Deus como Oleiro: O versículo 64.8, com sua poderosa imagem do oleiro, é um lembrete de que, embora o povo esteja imundo, Deus tem o poder de restaurá-los. O oleiro tem o controle total sobre o barro, e assim Deus, como o Oleiro divino, tem a autoridade de moldar e remoldar o Seu povo, trazendo-os de volta ao Seu propósito. Isso traz um alívio e esperança ao povo, pois, mesmo em sua fraqueza, eles podem confiar que Deus não os rejeitou, mas está disposto a restaurá-los.
  3. A Graça de Deus como Pai: A imagem de Deus como Pai é central em Isaías 64.8. Isso enfatiza a relação pessoal e amorosa de Deus com Seu povo. Mesmo diante do pecado e da falha, Deus é visto como um Pai que cuida, disciplina, mas também restaura. A relação de paternidade aqui implica em cuidado, provisão e direção. Isaías reconhece a soberania de Deus, mas também a Sua misericórdia e disposição em restaurar o Seu povo.

Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos:

  • John N. Oswalt (Isaiah, The New International Commentary on the Old Testament): Oswalt observa que Isaías 64.6 é uma das mais profundas declarações sobre a depravação humana na Bíblia. Ele destaca que a comparação das justiças humanas com trapos de imundícia é uma crítica direta à confiança humana em suas próprias obras para alcançar a aceitação de Deus. Para Oswalt, a imagem de Deus como o Oleiro é uma expressão de Seu poder soberano para transformar a humanidade, moldando-a conforme Sua vontade.
  • Brevard Childs (Isaiah: A Commentary, Old Testament Library): Childs vê em Isaías 64.6-8 um movimento de transição da condenação ao clamor por misericórdia. Ele destaca que, embora Isaías reconheça a gravidade do pecado de Israel, ele não perde a esperança, pois se volta para a imagem de Deus como o Oleiro que pode restaurar o barro e refazê-lo. Childs enfatiza que a relação de paternidade de Deus não exclui a disciplina, mas sim a ação redentora.
  • J. Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah): Motyer observa que o ponto central em Isaías 64.6-8 é a dependência absoluta do povo de Israel de Deus para sua restauração. A imagem do oleiro é uma maneira de Isaías expressar a soberania de Deus, que não só cria, mas também recria e molda. Motyer também enfatiza que a confissão de pecado é necessária para que Deus intervenha, sendo um ato de humildade diante da grandeza e poder divinos.

Conclusão:

Isaías 64.6-8 nos leva a uma reflexão profunda sobre a condição humana e a soberania de Deus. A impureza do pecado humano é contrastada com a perfeição e o poder redentor de Deus, que é capaz de restaurar Seu povo, moldando-o de acordo com Seus propósitos. A metáfora do oleiro é uma poderosa imagem da ação de Deus em transformar e purificar Seu povo. Apesar do pecado e da falha humana, Isaías nos lembra que Deus, como Pai e Oleiro, é capaz de moldar e restaurar, oferecendo esperança e misericórdia para aqueles que se arrependem e buscam Sua intervenção.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Isaías 65.1: "Um Povo Desconhecido"

Texto: "Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que não me buscavam; a um povo que não se chamava do meu nome, eu disse: Eis-me aqui, eis-me aqui." (Isaías 65.1)

Contexto: Isaías 65 faz parte da resposta de Deus à oração de intercessão e confissão do profeta em Isaías 64, onde o povo de Israel expressa sua aflição e pede a intervenção de Deus. Deus, então, responde afirmando que, embora o povo de Israel tenha falhado em buscar Sua ajuda, Ele se revelará a um povo que não o procurava. Este versículo é uma transição da desesperança para a promessa de salvação para aqueles que se voltam a Deus, destacando o fato de que a salvação não está restrita apenas a Israel, mas se estende aos gentios, aqueles que estavam "sem Deus no mundo" (Efésios 2.12).

Raiz Hebraica e Significado:

"Fui buscado" (Heb. "darash", דָּרַשׁ):

  • A palavra "darash" implica "buscar diligentemente", "inquirir", ou "procurar com a intenção de encontrar". Este verbo denota uma busca ativa e intensa, normalmente associada à busca por Deus ou pela Sua vontade. O contraste aqui é que, enquanto Israel não buscou a Deus com diligência, os gentios (ou um remanescente fiel) são os que o buscaram. Isso sugere a ideia de que os gentios, em sua ignorância ou em sua busca sincera, serão mais receptivos à revelação de Deus.

"Não perguntavam por mim" (Heb. "sha'al", שָׁאַל):

  • O verbo "sha'al" significa "perguntar", mas implica uma indagação que visa entender ou conhecer mais profundamente algo. O fato de que Israel "não perguntava por Deus" reflete a indiferença espiritual e a cegueira de coração que o povo de Israel demonstrava, apesar de ser o povo escolhido e destinatário das promessas de Deus.

"Eu disse: Eis-me aqui, eis-me aqui" (Heb. "hineni", הִנֵּנִי):

  • "Hineni" é uma expressão hebraica frequentemente usada na Bíblia para indicar disponibilidade e prontidão para cumprir a vontade de Deus (por exemplo, em Gênesis 22, quando Abraão responde a Deus ao ser chamado). Aqui, Deus está afirmando Sua disposição e presença, não apenas para Israel, mas também para os gentios, como um convite para serem reconciliados com Ele.

Contexto Histórico e Cultural:

O povo de Israel, à época de Isaías, havia se afastado de Deus, idolatrado outros deuses e, em muitos casos, rejeitado Sua orientação e proteção. Os profetas, incluindo Isaías, frequentemente alertavam o povo sobre as consequências de sua infidelidade e os chamavam ao arrependimento. No entanto, Deus, ao longo de toda a Escritura, oferece misericórdia e restauração, mesmo diante da rebeldia.

Neste versículo, a referência a um "povo que não se chamava do meu nome" é uma alusão aos gentios (não israelitas), que, de maneira contrária ao povo de Israel, seriam mais receptivos à mensagem divina. Essa profecia se cumpriu em grande parte com a disseminação do evangelho de Cristo, onde os gentios, que inicialmente não pertenciam ao povo de Deus, se tornaram membros do corpo de Cristo por meio da fé.

Teologia e Significado Profundo:

  1. A Rejeição de Israel e a Inclusão dos Gentios: A ideia central aqui é que, enquanto Israel rejeitou a Deus ao longo da história, sendo mais difícil de alcançar, os gentios, que não eram inicialmente conhecidos de Deus, seriam receptivos à Sua chamada. Este versículo aponta para a revelação do plano de salvação que transcende Israel e abrange as nações. A Bíblia ensina que, por meio de Cristo, tanto judeus quanto gentios são convidados a fazer parte do povo de Deus (Efésios 2.13-22).
  2. O Remanescente Fiel: Embora Deus esteja se referindo a um "povo que não se chamava do meu nome", a passagem também sugere que dentro de Israel existia um remanescente fiel, aquele grupo pequeno mas devoto, que ainda buscava a Deus com sinceridade e integridade. Este remanescente seria a semente que continuaria a manter a esperança de restauração para o povo de Israel e também serviria de testemunho para os gentios.
  3. Deus se Revela aos Gentios: A declaração "Eis-me aqui, eis-me aqui" reflete a disposição de Deus em se revelar, não apenas ao povo de Israel, mas a todos os povos. Essa revelação se concretiza no Novo Testamento com a vinda de Jesus Cristo, que é a luz para os gentios e o cumprimento das promessas feitas a Israel. Os gentios, que antes estavam sem esperança e sem Deus, agora têm acesso à salvação por meio de Cristo (Efésios 2.12-13).

Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos:

  • John N. Oswalt (Isaiah, The New International Commentary on the Old Testament): Oswalt observa que Isaías 65.1 reflete a grande ironia da história de Israel. Enquanto o povo de Deus, com suas inúmeras oportunidades e privilégios, se afastou d'Ele, os gentios, que não tinham o mesmo histórico, foram mais receptivos à mensagem divina. Para Oswalt, isso destaca a graça de Deus, que, apesar da infidelidade de Israel, estende Sua misericórdia para além das fronteiras de Israel, alcançando as nações.
  • Brevard Childs (Isaiah: A Commentary, Old Testament Library): Childs vê em Isaías 65.1 uma transição teológica significativa. Ele destaca que a escolha de Deus de revelar-Se a um "povo não conhecido" está ligada ao cumprimento das promessas messiânicas, que incluem tanto a restauração de Israel quanto a inclusão dos gentios. Childs também enfatiza que essa revelação é uma expressão da soberania de Deus e de Sua misericórdia para com aqueles que estavam afastados.
  • J. Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah): Motyer interpreta Isaías 65.1 como uma demonstração do amor incondicional de Deus, que, apesar da rebelião de Israel, ainda está disposto a se revelar e chamar à salvação. Ele vê este versículo como uma antecipação do ministério de Jesus, que traria a luz da salvação para os gentios, assim como foi predito em Isaías.

Aplicação Pessoal:

  1. Abertura ao Chamado de Deus: A passagem nos desafia a refletir sobre a nossa própria disposição de buscar a Deus. Os gentios foram receptivos ao chamado divino, enquanto Israel, em muitos momentos, rejeitou. Em nossa vida pessoal, a pergunta é: estamos dispostos a ouvir e responder ao chamado de Deus? Muitas vezes, Deus se revela aos que, humildemente, buscam Sua presença, mesmo que estes não possuam o conhecimento formal ou histórico de Deus.
  2. Inclusão no Plano de Deus: Isaías 65.1 lembra-nos que, em Cristo, não há mais barreiras para a salvação. Gentios e judeus, aqueles que são próximos e aqueles que estão distantes, todos têm acesso à misericórdia e à graça de Deus. Esse versículo nos lembra da importância da evangelização e do alcance aos não-crentes, pois Deus deseja que todos sejam salvos.
  3. Arrependimento e Restauração: Assim como Deus se revela aos gentios, Ele também está pronto para restaurar o coração de qualquer pessoa que se arrependa sinceramente. O versículo enfatiza a disponibilidade de Deus para aqueles que se voltam para Ele, lembrando-nos de que não importa quão distante ou perdido alguém esteja; Deus está pronto para se revelar e oferecer perdão.

Conclusão:

Isaías 65.1 é um versículo que não apenas reflete a transição histórica e teológica de Israel para os gentios, mas também revela o caráter misericordioso e soberano de Deus, disposto a se revelar a um povo que não O buscava. Este versículo é um convite para que todos, independentemente de sua origem ou condição, respondam ao chamado de Deus e se disponham a ouvir Sua voz. A aplicação pessoal nos desafia a estarmos atentos ao nosso próprio coração e à nossa disposição de seguir a Deus, bem como a sermos agentes de Sua graça e salvação para todos os povos.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Isaías 65.3: "Rebeldia de Israel"

Texto: "Povo que de contínuo me irrita abertamente, sacrificando em jardins e queimando incenso sobre altares de tijolos." (Isaías 65.3)

Contexto:

Em Isaías 65, Deus descreve o pecado contínuo de Israel, que, apesar de tantas advertências e oportunidades de arrependimento, persistiu em sua rebeldia e idolatria. Este versículo faz parte de uma seção mais ampla, onde Deus denuncia a apostasia de Israel, especialmente seu envolvimento com práticas idólatras que desafiam diretamente a santidade e a vontade divina. Deus está reafirmando o julgamento que viria sobre Israel devido à sua teimosia e adoração a deuses falsos.

De maneira específica, em Isaías 65.3, Deus descreve o povo de Israel como aquele que "irrita abertamente" o Senhor, indicando uma atitude de desobediência deliberada e persistente. Em contraste com a graça divina, que oferece oportunidades de arrependimento e restauração, Israel permaneceu obstinado, praticando idolatria com sacrifícios e ofertas nos "jardins" (que eram locais de cultos idólatras) e "altares de tijolos", que indicam a construção de santuários pagãos.

Raiz Hebraica e Significado:

"Irrita" (Heb. "kaas" - כָּעַס):

  • O verbo "kaas" significa "ficar irado" ou "provocar a ira". Esse termo transmite a ideia de uma ofensa tão grave que desperta a ira do Senhor. A repetição dessa rebeldia em Israel é vista como uma constante provocação a Deus, o que geraria uma resposta de julgamento. A irritação de Deus aqui é uma reação à contínua desobediência de Israel e à gravidade do seu pecado.

"Sacrificando em jardins" (Heb. "gan" - גַּן):

  • O termo "gan" significa "jardim", e nos tempos bíblicos, os jardins muitas vezes eram usados como locais de culto idólatra, pois se acreditava que esses ambientes eram mais conectados com as divindades da natureza. O povo de Israel, ao sacrificar em jardins, estava se associando a cultos pagãos, rejeitando o culto exclusivo a Deus e se envolvendo com práticas abomináveis aos olhos do Senhor.

"Altares de tijolos" (Heb. "mizbeach", מִזְבֵּחַ):

  • A palavra "mizbeach" refere-se a um altar. O fato de os altares serem de "tijolos" e não de pedra, como os altares levíticos, sugere a construção de santuários não autorizados e improvisados, em desacordo com os padrões de adoração prescritos por Deus na Lei. Essa construção de altares com materiais comuns, como tijolos, é um símbolo de adoração falsa e irreverente.

Contexto Histórico e Cultural:

Durante o período em que Isaías profetizava, Israel e Judá estavam imersos em práticas idólatras que haviam sido trazidas pelas nações vizinhas. As influências culturais de Canaã, com seus cultos à fertilidade e deuses como Baal e Asherá, dominaram as práticas religiosas de muitas tribos de Israel. O culto a essas divindades pagãs era frequentemente realizado em locais ao ar livre, como jardins e altos (colinas), e envolvia rituais como sacrifícios de animais e queima de incenso. Para os israelitas, essas práticas eram não apenas um desvio espiritual, mas um abandono flagrante da aliança com Deus, que havia sido estabelecida através de Moisés.

Teologia e Significado Profundo:

  1. A Rebeldia de Israel e o Custo do Pecado: A rebeldia de Israel descrita neste versículo reflete a dureza do coração humano diante das tentativas de Deus em chamá-los ao arrependimento. Israel estava ciente das leis e da aliança com Deus, mas, mesmo assim, escolheu persistir na idolatria. Essa atitude de rebeldia é uma metáfora poderosa para a condição humana em relação ao pecado: a tendência de desobedecer, mesmo diante das advertências claras e do amor de Deus. A irritação de Deus não é uma resposta impulsiva, mas uma consequência natural de Sua justiça diante do pecado contínuo.
  2. Idolatria e Suas Consequências: O fato de Israel estar oferecendo sacrifícios em "jardins" e queimando incenso sobre "altares de tijolos" revela a profunda corrupção espiritual e a rejeição das formas de adoração prescritas por Deus. Isso também aponta para a adoração dos deuses pagãos de Canaã e a busca por meios de obter bênçãos sem submeter-se ao Senhor. A idolatria é uma violação direta do primeiro mandamento, que ordena que os israelitas adorem somente a Deus (Êxodo 20.3-5). O julgamento de Deus sobre Israel não era uma ação arbitrária, mas uma resposta ao pecado sério da idolatria, que os afastava da verdadeira adoração e da vida espiritual que Deus desejava para eles.
  3. A Misericórdia de Deus e o Remanescente Fiel: Apesar da gravidade da situação, Deus não rejeita totalmente Israel. Como mencionado no versículo anterior (Isaías 65.8), Ele preservará um remanescente fiel, aqueles que não se renderam à idolatria e permaneceram leais a Ele. Deus, como um agricultor, vê valor nas uvas boas, mesmo que a maior parte do cacho esteja estragada. Este remanescente, simbolizado pelas uvas boas, é uma promessa de restauração futura, tanto para Israel quanto para os gentios que seriam chamados pelo Seu nome. Deus é fiel em Sua misericórdia e, mesmo diante da rebeldia, oferece um caminho de restauração.

Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos:

  • John N. Oswalt (Isaiah, The New International Commentary on the Old Testament): Oswalt observa que a rebeldia de Israel neste versículo é um reflexo da gravidade do pecado que Israel havia cometido ao longo de sua história. Ele destaca que, para o povo de Deus, a idolatria não é apenas uma violação de uma regra moral, mas uma traição do relacionamento pessoal com Deus. A irritação de Deus é vista como um resultado inevitável da rejeição contínua da Sua presença e da substituição d'Ele por deuses falsos.
  • Brevard Childs (Isaiah: A Commentary, Old Testament Library): Childs enfatiza que a idolatria descrita aqui é o ponto culminante da desobediência do povo de Israel. Ele argumenta que, apesar da severidade do julgamento, Isaías oferece uma palavra de esperança ao remanescente fiel que ainda poderia ser restaurado. Childs aponta que, em última análise, o propósito de Deus é purificar Seu povo, levando-os à verdadeira adoração.
  • J. Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah): Motyer destaca que a persistência da rebeldia de Israel em adorar deuses estrangeiros em jardins e altares de tijolos é um reflexo da falha espiritual profunda do povo. A reação de Deus não é punitiva por vingança, mas como um meio de purificar e restaurar Seu povo. Ele vê a destruição de Israel como inevitável, mas também como um prelúdio para a restauração e a inclusão dos gentios no plano de salvação de Deus.

Aplicação Pessoal:

  1. A Gravidade da Idolatria: Embora a idolatria não envolva necessariamente a adoração de imagens físicas em nosso tempo, a busca por outros "deuses" — como o dinheiro, o poder ou o sucesso — ainda é uma forma de idolatria. Este versículo nos desafia a refletir sobre aquilo que, em nossa vida, tem tomado o lugar central que pertence a Deus. Qual é a nossa verdadeira adoração?
  2. A Persistência na Rebeldia e o Amor de Deus: A continuidade da rebeldia de Israel é um alerta para não desconsiderarmos as advertências de Deus. A persistência em pecar, mesmo quando sabemos o que é certo, leva a consequências espirituais sérias. Contudo, o fato de Deus ainda encontrar razões para preservar o remanescente é um lembrete do Seu amor incondicional e da Sua graça, que se estende a todos aqueles que se arrependem.
  3. A Esperança do Remanescente: Embora a maioria de Israel tenha se afastado, Deus ainda tem um remanescente fiel. Esta é uma palavra de esperança para todos os que estão em meio a um mundo corrompido, oferecendo um testemunho de que Deus preserva um grupo fiel e, através deles, continua Seu plano de salvação.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Isaías 65.9: "Remanescente de Israel"

Texto: "Farei sair de Jacó descendência e de Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra e os meus servos habitarão nela." (Isaías 65.9)

Contexto:

O versículo Isaías 65.9 faz parte de uma seção em que Deus reafirma Sua fidelidade para com um remanescente de Israel, contrastando com o juízo que recairá sobre aqueles que permaneceram na idolatria e na rebeldia. Deus havia anunciado o castigo de Israel devido à sua apostasia, mas, ao mesmo tempo, prometia preservar um remanescente fiel, um grupo de pessoas que, apesar da corrupção geral, permaneceriam leais a Ele. Esse remanescente herdarão a terra, uma promessa de restauração e bênção, contrastando com a destruição que sobreviria aos ímpios.

No entanto, ao longo deste capítulo, vemos que a promessa de herança e bênçãos vai além do contexto imediato de Israel. A referência ao "herdeiro que possua os meus montes" também aponta para o Messias, que será o legítimo herdeiro de todas as promessas feitas a Israel, e, por meio d'Ele, os fiéis de todas as nações poderão experimentar as bênçãos da restauração divina.

Raiz Hebraica e Significado:

"Descendência" (Heb. "zera" - זֶרַע):

  • A palavra "zera" significa "semente" ou "descendência", e no contexto, refere-se à posteridade ou aos descendentes de Jacó (Israel). Este termo é usado para indicar um grupo que, mesmo em meio a uma nação pecaminosa, será preservado como herdeiro das promessas de Deus. A descendência é um tema recorrente nas Escrituras, especialmente em relação ao pacto feito com os patriarcas, que seria cumprido através dos descendentes fiéis.

"Herdeiro" (Heb. "yeresh" - יֵרֵשׁ):

  • O verbo "yeresh" significa "herdar", "possuir". No contexto de Isaías 65.9, refere-se à posse legítima da terra prometida, que é uma herança divina dada aos filhos de Deus, os fiéis. O herdeiro mencionado aqui também aponta para o Messias, Jesus Cristo, que é o herdeiro legítimo das promessas de Deus para Israel e para os gentios.

"Montes" (Heb. "har" - הַר):

  • A palavra "har" significa "monte" ou "montanha", que frequentemente é usada nas Escrituras como uma referência simbólica aos locais de adoração ou, em um sentido mais amplo, a lugares de estabilidade e poder. Aqui, "os meus montes" são posses simbólicas que representam o domínio de Deus sobre a terra, sendo passadas para o "herdeiro", que, no nível messiânico, é Cristo.

"Meus servos" (Heb. "ebed" - עֶבֶד):

  • A palavra "ebed" se refere a um "servo" ou "escravo". Na Bíblia, os servos de Deus são aqueles que são chamados para cumprir Sua vontade e missão. O termo aqui indica uma relação especial de obediência e lealdade a Deus, especialmente em contraste com os ímpios, que são descritos como rebeldes.

Contexto Histórico e Cultural:

O contexto histórico de Isaías 65 é um período em que Israel experimentava tanto a promessa de restauração quanto o juízo iminente. O reino do norte, Israel, havia sido destruído pelos assírios (722 a.C.), e Judá estava caminhando para a mesma destruição, por causa da idolatria e da apostasia. No entanto, Isaías traz uma mensagem de esperança, destacando que, apesar da rebeldia da maioria, Deus preservaria um remanescente fiel que herdaria as promessas de Deus para a nação.

O "remanescente" tem uma conotação importante no Antigo Testamento. Frequentemente, o termo é usado para descrever os poucos que permaneceriam fiéis a Deus após o juízo, sendo preservados para cumprir o propósito divino. Esse remanescente seria fundamental na restauração da nação de Israel e, como também vemos aqui, na manifestação do Reino de Deus.

Culturalmente, a ideia de herdar a terra estava profundamente enraizada na cultura israelita, que via a terra prometida como uma herança sagrada, dada por Deus a Abraão e seus descendentes (Gn 12.7; 17.8). A perda da terra era vista como um sinal de maldição, enquanto a posse da terra era sinônimo de bênção.

Teologia e Significado Profundo:

  1. O Remanescente Fiel: A ideia de um remanescente fiel de Israel, que herda as promessas de Deus, reflete a verdade teológica de que, apesar da falha do povo, Deus sempre preserva um grupo de fiéis que continuam a ser objetos de Sua graça e bênção. Esse remanescente não é apenas uma pequena porção da nação, mas representa os verdadeiros adoradores de Deus que mantêm sua fé em tempos de apostasia.
  2. O Messias como o Herdeiro Legítimo: O versículo também aponta para o Messias, que é o herdeiro legítimo de todas as promessas feitas a Israel. A expressão "herdeiro que possua os meus montes" se aplica não apenas a um líder terreno, mas ao Messias, que, como descendente de Judá, assume o direito divino de governar a terra prometida. Isso é corroborado por passagens como Hebreus 1.2, onde Cristo é descrito como o herdeiro de todas as coisas. A promessa de herança aqui também se expande para incluir os gentios, que, em Cristo, se tornam co-herdeiros do Reino de Deus (Rm 8.17).
  3. A Fidelidade de Deus e a Esperança para o Povo de Deus: A promessa de que "os meus eleitos herdarão a terra" é uma expressão da fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas. Apesar da infidelidade de Israel, Deus não desiste de Seu povo, mas promete que, através do remanescente, as promessas de bênção e herança serão realizadas. A fidelidade a Deus é o caminho para herdar as bênçãos de Sua aliança.

Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos:

  • John N. Oswalt (Isaiah, The New International Commentary on the Old Testament): Oswalt observa que a referência ao "remanescente" em Isaías 65 é uma manifestação da misericórdia de Deus. Ele explica que, embora o pecado de Israel fosse grande, Deus sempre preserva um grupo fiel, através do qual Ele realizará Seus planos de redenção. Além disso, ele destaca que a promessa de um "herdeiro" que "possua os meus montes" aponta para o Messias, o cumprimento da promessa de Deus para Israel.
  • Brevard Childs (Isaiah: A Commentary, Old Testament Library): Childs argumenta que o "remanescente" de Israel é um tema central em Isaías, e o versículo 65.9 é uma parte crucial da esperança messiânica. Ele vê o "herdeiro" como uma referência ao Messias, que reinará sobre a terra e cumprirá as promessas de Deus para Israel e para todas as nações.
  • J. Alec Motyer (The Prophecy of Isaiah): Motyer enfatiza que Isaías 65.9 é uma expressão de esperança para os fiéis, que são contrastados com os idólatras e rebelde. Ele vê o "remanescente" como a linha de continuidade da verdadeira adoração e a manifestação do Reino de Deus, sendo o Messias o líder desse Reino.

Aplicação Pessoal:

  1. A Fidelidade de Deus e Sua Promessa de Restauração: Este versículo nos lembra de que, mesmo quando o povo de Deus falha, Ele continua sendo fiel. Como cristãos, podemos ter certeza de que Deus cumprirá Suas promessas em nossas vidas, especialmente no que se refere à herança do Reino de Deus, que é garantido para aqueles que permanecem fiéis a Ele.
  2. A Necessidade de Pertencer ao Remanescente Fiel: O conceito de "remanescente" nos desafia a sermos parte daquele grupo fiel que herda as bênçãos de Deus. Devemos nos perguntar: Estamos sendo fiéis a Deus em todas as áreas de nossas vidas? Estamos, de fato, buscando a verdadeira adoração, ou nos deixamos seduzir pelas idolatrias deste mundo?
  3. O Messias como o Herdeiro e Rei: A promessa de um herdeiro que possua os montes de Deus aponta para Jesus Cristo, que é o legítimo herdeiro de todas as promessas feitas a Israel. Para nós, isso significa que nossa herança espiritual e o Reino de Deus estão assegurados em Cristo. Devemos viver com a esperança de que, em Cristo, somos co-herdeiros do Reino de Deus e que, um dia, reinaremos com Ele.
  4. Caminho de Esperança: Em tempos de dificuldade e desespero, a promessa de Deus de preservar um remanescente fiel nos dá esperança. Embora o mundo ao nosso redor possa estar cheio de apostasia e desilusão, Deus sempre preserva uma comunidade fiel que Ele usará para cumprir Seus propósitos. Esse remanescente, em Cristo, é a luz que brilha em meio à escuridão.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Isaías 65:17 - "Uma Nova Criação"

Texto: Isaías 65:17 - "Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas."

1. Contexto Histórico e Cultural

O livro de Isaías foi escrito em um período de transição para o povo de Israel, lidando com o exílio e a promessa de restauração. Isaías, o profeta, era um mensageiro de esperança, anunciando a vinda do Messias, a restauração de Israel e a renovação do mundo. A ideia de "novos céus e nova terra" em Isaías está ligada ao contexto de um futuro glorioso em que a antiga ordem de sofrimento e opressão seria substituída por uma nova criação, onde Deus estabeleceria Sua paz e justiça.

Em termos culturais, o conceito de "novos céus e nova terra" seria muito significativo para o povo judeu. Eles estavam familiarizados com a ideia de renovação da terra, pois a história de Israel estava marcada por períodos de destruição e restauração. A visão de Isaías apontava para uma renovação não apenas física, mas também espiritual e moral.

2. Raiz Hebraica

A palavra hebraica para "criar" é "bara" (בָּרָא), que implica em uma criação que é feita com uma finalidade divina e sobrenatural, não apenas um processo natural. Quando Deus fala de criar "novos céus e nova terra", Ele está falando de uma obra divina radical de renovação cósmica, não uma simples melhoria ou alteração no que já existe. Isso implica uma mudança total da ordem cósmica, que vai além de uma restauração ou reforma, indo para uma nova criação.

A palavra para "nova" é "chadash" (חָדַש), que significa algo que é novo, mas também renovado, revivido ou restaurado. Em Isaías, isso sugere a ideia de um mundo transformado pela ação direta de Deus, onde a ordem antiga e corrupta do pecado será completamente superada.

3. O Significado Teológico

A promessa de "novos céus e nova terra" tem uma forte conexão com a esperança escatológica de uma renovação total, onde Deus restaurará todas as coisas. O teólogo John Oswalt argumenta que Isaías está descrevendo uma intervenção divina que não apenas resolve os problemas do povo de Israel, mas também transforma a criação inteira, refletindo a soberania de Deus sobre todo o cosmos.

  • Distinção entre Milênio e Eternidade: A descrição de Isaías de "novos céus e nova terra" pode ser entendida de duas formas: como um estágio preparatório para a eternidade (o Milênio) ou como uma referência direta ao estado eterno. No entanto, é possível que Isaías esteja mais focado no milênio (uma era do Messias), enquanto Apocalipse 21-22 descreve a nova criação eterna, onde não haverá mais morte, dor ou sofrimento. O teólogo Gleason Archer sugere que Isaías tem em mente a renovação que ocorrerá com a vinda do Messias, mas essa renovação é vista como um reflexo da glória eterna que virá.
  • Cumprimento em Cristo: O Novo Testamento revela que Jesus Cristo é o cumprimento dessas promessas. No Novo Céu e Nova Terra, a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte é plena e eterna. O autor de Apocalipse descreve essa realidade onde não há mais dor, morte ou tristeza (Ap 21:4), cumprindo o que Isaías profetizou.

4. Comparação com Apocalipse 21

Em Apocalipse 21, João descreve uma nova criação onde o pecado e a morte são erradicados, e o antigo mundo é substituído por uma ordem divina perfeita. A principal diferença entre Isaías e Apocalipse é que em Isaías, ainda há referência ao pecado e à morte (65:20), enquanto em Apocalipse 21, esses elementos são completamente removidos. Isso sugere que Isaías está se referindo ao período do Milênio, um estágio de renovação progressiva, enquanto Apocalipse aponta para a eternidade, onde todas as coisas serão consumadas em perfeição.

  • Isaías 65:17 e Apocalipse 21: Embora Isaías e Apocalipse compartilhem a imagem de novos céus e nova terra, a diferença fundamental é que Apocalipse descreve um estado eterno, sem mais pecado ou dor, enquanto Isaías descreve um estado de transição onde há renovação, mas o pecado ainda é uma realidade presente, pelo menos de forma temporária.

5. Aplicação Pessoal e Espiritual

A promessa de uma nova criação traz consolo e esperança para o crente. A palavra de Isaías nos lembra que, apesar das dificuldades e sofrimentos da vida presente, há uma realidade futura em que Deus irá restaurar todas as coisas e nos conduzir a um lugar de paz e perfeição. Em momentos de tribulação, os cristãos podem olhar para essas promessas como um lembrete de que o sofrimento não tem a última palavra.

  • Esperança no Futuro: Isaías nos ensina a viver com a esperança do futuro, sabendo que o plano redentor de Deus não termina em nossas dificuldades atuais. O Reino de Deus será estabelecido, e todos os crentes participarão da nova criação.
  • Renovação Pessoal: A promessa de novos céus e nova terra também nos chama à renovação pessoal. Como cristãos, somos convidados a participar da transformação interna que reflete a mudança que Deus está realizando no mundo. A fidelidade a Deus, a santificação e a busca pela justiça são respostas práticas à promessa de renovação.

6. Conclusão

Isaías 65:17 oferece uma visão grandiosa do futuro que Deus tem para Seu povo e para toda a criação. Essa promessa de "novos céus e nova terra" não só nos assegura um futuro glorioso, mas também nos chama a viver de maneira fiel e santa enquanto aguardamos o cumprimento dessa promessa. O cristão deve viver com a esperança de que a obra de renovação de Deus está em andamento, tanto na criação quanto em nossas próprias vidas.

Referências:

  • John Oswalt, O livro de Isaias: Capítulos 40-66. Eerdmans, 1998.
  • Gleason Archer, Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas. Zondervan, 1982.
  • Richard Bauckham, O Livro da Revelação Teológica. Cambridge University Press, 1993.

Parece não haver plena concordância entre os comentaristas sobre a aplicação dessa profecia. Quando a passagem questiona: “nasce uma nação de uma só vez?”, surgem diferentes hipóteses:
1) retorno dos exilados: Alguns entendem que a “nação” mencionada refere-se aos exilados libertos pelo decreto de Ciro, que lhes permitiu retornar a Israel (Ed 1.1-4).
2) A fundação moderna de Israel: Outros interpretam o cumprimento dessa profecia no evento histórico de 14 de maio de 1948, quando Israel foi reconhecido como nação independente, após quase dois milênios.
3) O nascimento da Igreja: Alguns teólogos associam essa profecia ao nascimento da Igreja. O versículo menciona um tipo diferente de parto, no qual a mulher dá à luz antes de sentir dores. A mulher seria Sião, e os filhos que nasceram podem ser os salvos descritos em Atos 2, um evento miraculoso e admirável que marcou o início da Igreja.
4) O cumprimento escatológico: Muitos creem que o cumprimento definitivo dessa profecia ocorreu imediatamente antes do Milênio, quando Cristo derrotou as forças do Anticristo e estabeleceu Seu reino físico (Ap 19.11-21; 20.1-6).

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Isaías 66:8 - "Nascimento de uma Nação"

Texto: Isaías 66:8 - "Quem nunca ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos."

1. Contexto Histórico e Cultural

O livro de Isaías foi escrito em um contexto de profunda crise para o povo de Israel. O exílio babilônico estava à porta, e o povo de Deus se preparava para enfrentar as consequências do pecado nacional e da desobediência. Ao mesmo tempo, o profeta Isaías anuncia a esperança e a restauração de Israel. O capítulo 66 traz uma visão da Jerusalém futura, um local de paz e alegria, onde Deus realizará Sua obra de salvação e justiça.

Isaías 66, em particular, faz parte de um bloco de textos que abordam o fim do exílio e a restauração do povo de Deus, mas com um olhar também voltado para o futuro escatológico, o que torna sua interpretação complexa.

2. Raiz Hebraica

  • "Nasce" (הָיָה, hāyāh): Essa palavra indica não apenas o nascimento físico, mas também a manifestação de um novo ser ou estado de existência. Nesse caso, está sendo sugerido um nascimento incomum e milagroso, algo que ocorre de maneira sobrenatural, sem o processo doloroso típico.
  • "Nações" (גּוֹי, gôy): O termo gôy pode significar uma nação ou um povo. No contexto de Isaías, é uma referência à nação de Israel, mas também pode ser interpretada como a criação de uma nova comunidade redimida.
  • "Sião" (צִיּוֹן, Ṣiyôn): Sião é simbolicamente associada a Jerusalém e, mais amplamente, ao povo de Deus. Representa tanto a cidade de Jerusalém quanto a ideia espiritual do povo redimido.

3. Possíveis Interpretações e Hipóteses

Existem várias interpretações para esta passagem, cada uma com uma aplicação teológica distinta. Abaixo estão as abordagens mais comuns:

  1. Retorno dos Exilados: A primeira interpretação sugere que a "nação" mencionada no versículo se refere ao retorno dos exilados de Israel após o decreto de Ciro, o qual permitiu que os judeus retornassem à sua terra em 538 a.C. (Esdras 1:1-4). O nascimento de uma nação de uma só vez pode ser entendido como a súbita restauração de Israel, onde, em um curto período, a nação de Israel foi renovada e restaurada.
    • Opinião acadêmica: O comentarista Alec Motyer observa que, para o povo de Israel, o retorno do exílio foi visto como um evento miraculoso e divinamente orquestrado, onde Deus fez nascer a nação de uma maneira extraordinária e inesperada.
  2. Fundação Moderna de Israel (1948): Outra interpretação aplica essa profecia ao evento histórico de 14 de maio de 1948, quando o Estado de Israel foi proclamado após quase dois milênios de dispersão. O nascimento de uma nação de uma só vez pode ser visto como a restauração política de Israel, um milagre histórico no qual uma nação inteira foi reconquistada em um único dia.
    • Opinião acadêmica: O teólogo Michael L. Brown aponta que muitos cristãos evangélicos veem a fundação de Israel em 1948 como o cumprimento das profecias do Antigo Testamento, que preveem o retorno de Israel à sua terra antes do estabelecimento do Reino Messianico.
  3. Nascimento da Igreja: Alguns teólogos, especialmente os que seguem uma linha de interpretação mais cristocêntrica, aplicam essa profecia ao nascimento da Igreja. De acordo com essa interpretação, Sião é vista como a Igreja, e o nascimento sem dores representa a vinda do Espírito Santo em Pentecostes (Atos 2). A Igreja nasceu de maneira milagrosa e sem a dor usual do processo de gestação, simbolizando a obra divina de Deus ao criar uma nova comunidade de crentes.
    • Opinião acadêmica: N.T. Wright, em seu estudo sobre a Igreja no Novo Testamento, afirma que a profecia de Isaías 66:8 reflete a transformação espiritual que ocorre com a vinda do Messias, quando Deus cria um novo povo a partir do remanescente fiel, a Igreja, a nova Sião.
  4. Cumprimento Escatológico: Finalmente, muitos veem essa profecia como um cumprimento escatológico, relacionado ao estabelecimento do Reino de Deus no Milênio, quando Cristo derrotará o Anticristo e estabelecerá um novo céu e uma nova terra. Nesse cenário, a "nação" nascida de uma só vez seria o Reino de Deus, surgindo de forma súbita e gloriosa com a vinda do Messias e o estabelecimento de Sua soberania sobre a Terra.
    • Opinião acadêmica: O teólogo John Walvoord sugere que Isaías 66:8 fala sobre a revelação do Reino Messianico e o cumprimento final da promessa de Deus para Israel, quando, após a tribulação, a nação será restaurada em glória, de maneira repentina e gloriosa.

4. Aplicação Teológica e Espiritual

A profecia de Isaías 66:8 nos traz importantes lições espirituais e teológicas:

  • A Soberania de Deus: Seja no retorno dos exilados, na fundação de Israel, no nascimento da Igreja ou no cumprimento escatológico, a mensagem central é a soberania de Deus na história. Ele é capaz de trazer à existência o que parecia impossível e de operar de maneira sobrenatural em momentos decisivos para Seu povo.
  • A Transição de um Período de Sofrimento para a Vitória: A ideia de "nascer uma nação de uma só vez" sem dores também traz a imagem da transição do sofrimento para a glória. Para os cristãos, essa promessa nos lembra da vitória final que teremos em Cristo, onde o sofrimento atual será superado pela alegria eterna.
  • Esperança Escatológica: O cumprimento escatológico da profecia traz uma promessa de esperança para os crentes. A renovação de Israel e a restauração do Reino de Deus são visões que nos lembram do futuro glorioso que aguarda a Igreja e todos os redimidos. Assim como Israel foi restaurado, também experimentaremos uma nova criação em Cristo (2 Coríntios 5:17).

5. Conclusão

Isaías 66:8 apresenta uma poderosa visão do nascimento de uma nação, que pode ser vista sob várias óticas: o retorno dos exilados, a fundação moderna de Israel, o nascimento da Igreja ou o cumprimento escatológico. Cada uma dessas interpretações nos fala sobre a intervenção sobrenatural de Deus na história, seja em eventos passados, como o retorno de Israel, ou em eventos futuros, como a manifestação do Reino de Deus. A principal lição é que, independentemente do momento histórico, Deus age poderosamente e de forma inesperada, trazendo restauração, redenção e vitória para Seu povo.

Referências:

  • Alec Motyer, A Perofecia de Isaias. InterVarsity Press, 1993.
  • Michael L. Brown, Our Hands Are Stained with Blood: The Tragic Story of the Jewish People and the Church. Destiny Image Publishers, 1992.
  • N.T. Wright, Cristianismo Simplificado: Why Christianity Makes Sense. HarperOne, 2006.
  • John Walvoord, O Reino Milenial. Zondervan, 1959.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Isaías 66:22 - "Triunfo Final"

Texto: Isaías 66:22 - "Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome."

1. Contexto Histórico e Cultural

Isaías 66 conclui o livro com uma mensagem de juízo e esperança. Nos capítulos anteriores, o profeta denunciou a hipocrisia, a idolatria e a injustiça que caracterizavam o povo de Israel. No entanto, o livro também apresenta a promessa de restauração e redenção, culminando no triunfo final de Deus sobre todas as forças do mal. Isaías 66:22 faz parte da visão final, onde Deus promete um novo começo, um novo céu e uma nova terra, uma renovação total e eterna, livre de todo mal.

Este versículo aparece após um discurso sobre o juízo divino (Isaías 66:24), contrastando com as promessas de restauração e a eternidade que aguarda os justos. A referência a "novos céus e nova terra" é uma expressão simbólica e profética que remete à renovação total da criação, um tema também encontrado em outros livros bíblicos, como Apocalipse 21:1 e 2 Pedro 3:13.

2. Raiz Hebraica e Significado das Palavras

  • "Novos céus" (שָּׁמַיִם חֲדָשִׁים, šāmayim ḥādāšîm): A palavra šāmayim significa "céus", mas o adjetivo ḥādāšîm (novos) denota algo renovado, transformado ou revitalizado. Não se trata de uma criação de algo completamente novo, mas da renovação e perfeição de algo existente, como veremos no contexto escatológico.
  • "Nova terra" (אֶרֶץ חֲדָשָׁה, erets ḥādāšāh): Assim como "novos céus", a expressão "nova terra" sugere uma renovação completa da criação, um novo estado de perfeição. A palavra erets significa "terra", e ḥādāšāh sugere a ideia de algo restaurado e purificado.
  • "Posteridade" (זֶרַע, zera‘): A palavra zera‘ refere-se à descendência, à geração ou à semente, representando as gerações futuras do povo de Deus.
  • "Nome" (שֵׁם, shem): A palavra shem no Antigo Testamento não se refere apenas ao nome de uma pessoa, mas à sua reputação, identidade e herança. Aqui, é uma referência ao legado eterno dos justos.

3. Aplicações Teológicas e Espirituais

Isaías 66:22 se insere no quadro da escatologia bíblica, apontando para o cumprimento final das promessas de Deus para o Seu povo. A renovação dos céus e da terra simboliza um novo começo, um cenário de perfeição e plenitude no qual Deus reina soberanamente. Abaixo estão algumas das principais aplicações teológicas e espirituais deste versículo:

  1. A Perfeição do Reino de Deus:
    • O "novo céu e nova terra" são símbolos do reino de Deus restaurado, onde não há mais pecado, sofrimento ou morte. Esse reino será caracterizado pela justiça, paz e alegria, refletindo a plena realização da vontade divina.
    • Opinião acadêmica: O teólogo John Oswalt observa que Isaías 66:22 aponta para a restauração completa da criação, algo que é central no conceito de escatologia bíblica. Os céus e a terra antigos foram corrompidos pelo pecado e pela rebelião humana, mas a promessa de um novo céu e uma nova terra representa a redenção final de todo o cosmos.
  2. A Eternidade do Nome e da Posteridade dos Justos:
    • A promessa de que "a vossa posteridade e o vosso nome" estarão diante de Deus implica que, para aqueles que vivem de acordo com os princípios divinos, a eternidade será uma continuidade de sua fidelidade a Deus. Seus nomes serão preservados e celebrados diante de Deus.
    • Opinião acadêmica: Alec Motyer explica que a promessa de posteridade eterna e nome imortal tem um peso teológico profundo, pois nos remete à certeza de que aqueles que são fiéis a Deus, cuja vida é marcada pela obediência e justiça, terão um legado eterno. Em contraste com os ímpios, que são apagados da memória, os justos desfrutarão de um nome eterno diante de Deus.
  3. O Juízo e a Separação Final:
    • Isaías 66:22-24 nos lembra que, embora a restauração e a bênção sejam prometidas aos justos, também há uma realidade de juízo para os ímpios. O versículo 24 descreve os destinos finais dos rebeldes, que serão punidos com "verme" e "fogo", representando a morte eterna e o sofrimento no inferno.
    • Opinião acadêmica: G. L. Archer observa que a imagem do "verme" e do "fogo" é uma metáfora para o sofrimento eterno dos ímpios. Essa separação final entre os justos e os ímpios é uma verdade escatológica que atravessa toda a Escritura, sendo especialmente enfatizada por Jesus nos Evangelhos (cf. Mateus 25:46).

4. Aplicação Pessoal

Este versículo oferece um forte convite à reflexão sobre a nossa própria posição diante de Deus. Ele destaca a dualidade do destino humano: aqueles que se curvam diante de Deus em adoração e obediência, e aqueles que rejeitam Sua soberania.

  • Renovação Pessoal e Espiritual: O conceito de "novos céus e nova terra" nos chama a refletir sobre a transformação espiritual que ocorre em nossas vidas quando aceitamos a Cristo. A promessa de renovação não se limita ao futuro, mas já pode ser experimentada de forma inicial na vida cristã, por meio da obra do Espírito Santo em nós (2 Coríntios 5:17).
  • Legado Eterno: A promessa de que nosso nome será "perpetuado" diante de Deus nos lembra da importância de viver uma vida que glorifique a Deus. O nosso legado não deve ser medido pelo reconhecimento humano, mas pela fidelidade a Deus, que preserva o nome dos justos para a eternidade.
  • A Urgência da Decisão: Isaías 66:22 também nos confronta com a realidade do juízo final. A advertência de que os ímpios serão consumidos pelo fogo e pelo verme deve nos levar a uma reflexão séria sobre a necessidade de arrependimento e conversão, e a urgência de viver em conformidade com a vontade de Deus.

5. Conclusão

Isaías 66:22 é um versículo que encapsula as promessas de restauração final, e ao mesmo tempo serve como um aviso sobre os destinos opostos da humanidade. A promessa de novos céus e nova terra é um símbolo da renovação de toda a criação, onde a justiça e a paz reinarão eternamente. Ao mesmo tempo, o versículo destaca a importância de sermos fiéis a Deus, pois somente os justos terão seu nome perpetuado diante de Deus, enquanto os rebeldes enfrentarão a condenação eterna.

Esse versículo nos lembra da importância de viver para Deus, aguardando com esperança a plenitude do Seu reino e a transformação final de todas as coisas. É uma chamada à santidade, à perseverança na fé e à confiança na promessa de uma eternidade gloriosa em Sua presença.

Referências:

  • John Oswalt, The Book of Isaiah: Chapters 40-66. Eerdmans, 1998.
  • Alec Motyer, The Prophecy of Isaiah. InterVarsity Press, 1993.
  • G. L. Archer, The Book of Isaiah: A Commentary. Moody Press, 1983.

1) O que aprendemos sobre Deus ao refletirmos sobre a criação de novos céus e nova terra?
R. Deus é soberano e cumprirá Sua promessa.
2) Como podemos nos inspirar no remanescente fiel de Israel em tempos difíceis?
R. Permanecendo firmes na fé e confiando na promessa divina.
3) Quais são as diferenças entre o novo céu e nova terra descritos por Isaías e o que João apresenta em Apocalipse 21?
R. Em Isaías, ainda há pecado e morte; em Apocalipse, há perfeição e eternidade.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Criação dos Novos Céus e Nova Terra: Isaías 66:22 e Apocalipse 21

1) O que aprendemos sobre Deus ao refletirmos sobre a criação de novos céus e nova terra?

Resposta: Deus é soberano e cumprirá Sua promessa.

Ao refletirmos sobre a criação dos novos céus e nova terra, aprendemos que Deus é soberano sobre toda a criação e, como tal, Ele tem o poder e a autoridade para renovar o cosmos. O ato de criar "novos céus e nova terra" é uma declaração do poder criador de Deus, mas também uma expressão de Sua fidelidade em cumprir Suas promessas. Isaías 66:22 conecta esse tema de renovação à ideia de um futuro em que a criação será restaurada à sua perfeição original. Deus, o Criador, não apenas iniciou a obra da criação, mas também a completará, trazendo uma renovação definitiva que transcende o presente e estabelece um futuro de justiça, paz e santidade.

  • Raiz Hebraica: A palavra "criação" (בָּרָא, bara) é utilizada para enfatizar a ação exclusiva de Deus. Em Isaías 65:17 e 66:22, bara denota não apenas uma criação inicial, mas uma ação redentora, restauradora, em que Deus cria algo novo e puro, livre de corrupção.
  • Referência Bíblica: Em Apocalipse 21:5, Deus declara: "Eis que faço novas todas as coisas". A promessa de renovação não é algo vago ou simbólico; ela se baseia na soberania de Deus, que tem o controle sobre o futuro da criação.

Opinião acadêmica: O teólogo John Oswalt observa que a criação dos "novos céus e nova terra" representa não uma anulação do presente, mas sua restauração à sua forma original e perfeita. Assim, a soberania de Deus é demonstrada não apenas pelo poder de criar, mas também pela capacidade de redimir, trazendo a criação à sua plena realização (Isaías 66:22).

2) Como podemos nos inspirar no remanescente fiel de Israel em tempos difíceis?

Resposta: Permanecendo firmes na fé e confiando na promessa divina.

O remanescente fiel de Israel, representado nas Escrituras como aqueles que perseveraram nas promessas de Deus apesar das dificuldades, nos serve de exemplo. Isaías 66, particularmente nos versículos que antecedem a promessa de novos céus e nova terra, descreve a situação de um povo que sofre as consequências do pecado, mas que ainda possui a esperança da restauração divina. O remanescente de Israel é um símbolo de fidelidade, que, mesmo em tempos de juízo e destruição, mantinha sua confiança nas promessas de Deus.

  • Raiz Hebraica: A palavra "remanescente" (שָׁאֵרִית, sha'erit) refere-se à parte sobrevivente de uma população, àqueles que permanecem fiéis mesmo quando a maioria se desvia. É interessante notar que a ideia de remanescente aparece como um conceito de esperança em meio à calamidade, mostrando que Deus sempre preserva uma parte do Seu povo para restaurar e cumprir Seus planos.
  • Aplicação: Quando enfrentamos momentos difíceis, podemos nos inspirar em como o remanescente de Israel perseverou, mantendo a esperança no cumprimento das promessas de Deus. Isso nos ensina a manter firme nossa fé, mesmo diante das adversidades, sabendo que Deus, em Sua fidelidade, jamais nos abandonará.

Opinião acadêmica: O teólogo Alec Motyer destaca que o remanescente é uma ideia central no profeta Isaías, pois ele simboliza a continuidade do plano de salvação de Deus. Mesmo em tempos de julgamento, o remanescente é visto como a promessa de que Deus continuará a agir em favor de Seu povo, restaurando-o em Seu tempo.

3) Quais são as diferenças entre o novo céu e nova terra descritos por Isaías e o que João apresenta em Apocalipse 21?

Resposta: Em Isaías, ainda há pecado e morte; em Apocalipse, há perfeição e eternidade.

A promessa dos "novos céus e nova terra" aparece tanto em Isaías quanto em Apocalipse, mas com algumas diferenças teológicas e escatológicas. Isaías 65:17-66:22 descreve a restauração e renovação do mundo, mas ainda faz referência a um cenário onde as consequências do pecado e da morte ainda são visíveis. Embora a promessa de novos céus e nova terra seja de esperança, o livro de Isaías não descreve uma total eliminação do pecado e da morte neste contexto.

  • Isaías 65:17-25: Embora haja a promessa de uma nova criação, a morte e o pecado ainda são parte do processo de transformação, visto que o profeta fala da morte prematura e da condição de pecadores que não herdarão a bênção da nova criação (Isaías 65:20). A renovação é mais uma promessa de restauração e benção, mas não é a total perfeição que será vivida na nova Jerusalém.
  • Apocalipse 21: O novo céu e nova terra descritos por João são caracterizados pela perfeição absoluta. Não haverá mais morte, nem pranto, nem dor, e o pecado será erradicado de vez (Apocalipse 21:4). A nova criação é a culminação de todas as promessas de Deus, e a presença de Deus será plenamente manifesta e acessível à humanidade, que viverá para sempre em comunhão com Ele.
  • Raiz Grega: A palavra grega kainos (καινός) usada em Apocalipse 21 para "novo" implica em algo totalmente renovado, de tal forma que a criação antiga já não existe mais de maneira alguma. Ao contrário do conceito em Isaías, onde há renovação, em Apocalipse 21 há uma transformação total e irreversível da criação.

Opinião acadêmica: O comentarista G.K. Beale aponta que a diferença entre Isaías e Apocalipse é crucial para a nossa compreensão do plano escatológico de Deus. Enquanto Isaías oferece uma promessa de restauração progressiva que inclui um futuro para o povo de Israel, Apocalipse apresenta a consumação final, onde todas as coisas são feitas novas e o pecado é erradicado de vez.

Aplicação Pessoal

  1. Reflexão sobre a Soberania de Deus:
    • A promessa de novos céus e nova terra nos lembra de que Deus, em Sua soberania, não só criou o mundo, mas também está em controle sobre o seu destino final. Para nós, isso significa que mesmo em tempos de incerteza, podemos confiar em que Ele cumprirá Suas promessas.
  2. Esperança em Tempos Difíceis:
    • Assim como o remanescente de Israel manteve sua esperança em meio ao juízo e adversidade, devemos nós também permanecer firmes na fé, sabendo que, por mais difíceis que sejam as circunstâncias, Deus tem um propósito eterno para aqueles que são fiéis a Ele.
  3. Vivendo com uma Perspectiva Eterna:
    • Ao considerar as diferenças entre Isaías e Apocalipse, somos desafiados a viver com uma visão do futuro que reflete a promessa de uma nova criação. Isso nos inspira a viver com pureza, justiça e esperança, aguardando o dia em que a perfeição do reino de Deus será plenamente revelada.

Conclusão

Isaías 66:22 e Apocalipse 21 apresentam visões complementares dos "novos céus e nova terra". Enquanto Isaías fala de uma renovação progressiva e futura, Apocalipse revela a consumação final da criação, onde o pecado e a morte são eliminados. Ambos os textos nos oferecem esperança e confiança na fidelidade de Deus. Como cristãos, somos chamados a viver com uma visão do futuro que nos inspire a perseverar na fé, mantendo nossos olhos fixos na promessa de Deus de uma criação restaurada e perfeita.


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Augustus Nicodemus,3,Revelação,5,Revelado,1,Revista,215,revolução industrial,1,Rezar e Amar,1,Richard Baxter,1,Rico,4,Rio Tigre,1,Riqueza,3,Riscos,1,Roboão,1,Rock Gospel,1,Rodolfo Abrantes,1,Roupas,3,Rubem Alves,1,Ruins,1,Russel Shedd,1,Rute,24,Sá de Barros,3,Sábado,1,Sabatina,1,Sabedoria,31,SABER+,3,Sacerdócio,14,Sacerdotal,13,Sacrifício,4,Sadhu Sundar Singh,1,Safira,2,Safra,1,Sal da Terra,1,Salmos,46,Salomão,12,Salvação,30,Salvador,23,Sambalate,1,Samuel,18,Samuel Mariano,1,Sangue,3,Sangue no Nariz,1,Sansão,3,Santa Ceia,4,Santidade,16,Santificação,17,Santo,4,sapienciais,1,sapiências,1,Sara,2,Sarah Sheva,1,Satanás,7,Saudações,2,Saudades,5,Saul,10,Saulo,2,Savífica,1,Secrets by OneRepublic,1,Segredo,1,Seguidor,1,Seguir,1,Segunda,3,Segundo,1,Segundos,1,Segurança,1,Seita,2,Seja um empreendedor Polishop e ganhe dinheiro sem sair de casa,1,Selada,1,Seleção Brasileira,1,Sem,1,Sem Garantia,1,Semeador,9,Semente,2,Sementes,2,Seminário,1,Senhor,4,Senhorio. Jesus,1,Sensibilidade,1,Sentido da Vida,6,Sentimento,2,Sentimentos,4,Separação,2,Separar,2,Ser,3,será que é pago?,2,Serenata de Amor,1,Série Chá Com Professores,4,Série Dicas de Como Liderar,24,Série Mensagem Subliminar,1,Série Versículos Mal Interpretados,5,Sermão,4,Sermão do Monte,4,Sex,2,Sexo,5,Sexual,4,Sexualidade,11,Sidney Sinai,1,SIFRÁ e PUÁ,1,Significados,4,Silas Malafaia,5,Silêncio no Céu,10,Silk,1,Silk Digital,1,Símbolos,1,Simples,1,Sinal,1,Sincero,1,Sistema,2,Sites,3,Slide PC,2,Slider,462,slides,11,Smartphone começa a ser vendido por operadoras nesta quarta-feira (6). Galaxy S3 é o principal rival do iPhone 4S. 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Pecador Confesso: Lição 13- ISAÍAS 64 a 66 – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA | 1º Trimestre de 2025 | EBD PECC
Lição 13- ISAÍAS 64 a 66 – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA | 1º Trimestre de 2025 | EBD PECC
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