TEXTO ÁUREO Os Movimentos Pentecostal e Neopentecostal: Renovação e Expansão no Século XX “De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé ...
TEXTO ÁUREO
Os Movimentos Pentecostal e Neopentecostal: Renovação e Expansão no Século XX “De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número”, Atos 16.5
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Atos 16:5 destaca dois elementos essenciais para o crescimento da Igreja primitiva: confirmação na fé e expansão numérica. Esses aspectos são fundamentais para compreender tanto o movimento pentecostal quanto o neopentecostal no século XX, que trouxeram renovação espiritual e crescimento para o cristianismo global.
1. Contexto Bíblico e Histórico de Atos 16:5
Esse versículo está inserido na narrativa missionária do apóstolo Paulo, em sua segunda viagem missionária. Após o Concílio de Jerusalém (Atos 15), Paulo e seus companheiros (Silas e Timóteo) visitam as igrejas estabelecidas anteriormente para fortalecê-las na fé. Durante essa jornada, o crescimento numérico acontece não apenas por conversões locais, mas também pela expansão geográfica do evangelho.
A palavra "confirmadas" no grego é "στερεόω" (stereoó), que significa tornar firme, fortalecer ou estabelecer solidamente. Isso indica que as igrejas não apenas cresciam numericamente, mas também amadureciam espiritualmente, sendo fundamentadas na doutrina e no discipulado apostólico.
A palavra "cresciam" no grego é "περισσεύω" (perisseuó), que significa multiplicar ou transbordar. O crescimento aqui não era apenas resultado de esforços humanos, mas fruto do agir soberano de Deus por meio do Espírito Santo, que capacitava os apóstolos e os novos convertidos para a missão.
2. Aplicação ao Movimento Pentecostal e Neopentecostal
Os movimentos pentecostal e neopentecostal surgiram com o mesmo desejo de renovar a Igreja, enfatizando a obra do Espírito Santo, o discipulado e a evangelização global. Assim como na igreja primitiva, essas igrejas foram fortalecidas na fé e experimentaram um crescimento expressivo.
- Pentecostalismo (Início do Século XX): O movimento pentecostal teve origem no início do século XX, com o avivamento na Rua Azusa (1906), liderado por William Seymour. A ênfase na manifestação do Espírito Santo, dons espirituais e evangelismo resultou na rápida expansão pentecostal pelo mundo. Igrejas como a Assembleia de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular surgiram desse mover.
- Neopentecostalismo (Segunda Metade do Século XX): Diferente do pentecostalismo clássico, o movimento neopentecostal enfatizou a teologia da prosperidade, batalha espiritual e um modelo de culto mais voltado ao crescimento numérico e estratégias evangelísticas modernas. Igrejas como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Internacional da Graça de Deus são exemplos desse movimento.
Ambos os movimentos contribuíram para a expansão do evangelho em escala global, cumprindo de forma contemporânea o princípio descrito em Atos 16:5.
3. Relevância Espiritual e Teológica
O crescimento da Igreja descrito em Atos 16:5 se baseava em dois pilares essenciais:
- Fortalecimento Doutrinário – As igrejas eram confirmadas na fé por meio do ensino sólido da Palavra.
- Evangelismo e Multiplicação – A proclamação do evangelho resultava em um crescimento constante da Igreja.
Esses princípios continuam sendo fundamentais para a Igreja atual, especialmente dentro dos movimentos pentecostal e neopentecostal. A expansão da Igreja deve estar alinhada com o ensino bíblico e o poder do Espírito Santo, garantindo que o crescimento numérico esteja acompanhado de maturidade espiritual.
4. Conclusão e Aplicação Pessoal
O versículo de Atos 16:5 nos ensina que o crescimento da Igreja não deve ser apenas estatístico, mas fundamentado na Palavra e na ação do Espírito Santo. O movimento pentecostal e neopentecostal ilustram esse crescimento, trazendo renovação para milhões de cristãos ao redor do mundo.
Aplicação Pessoal:
- Buscar ser confirmado na fé, aprofundando-se na Palavra e na comunhão com Deus.
- Participar ativamente da missão de expansão do Reino, pregando o evangelho e discipulando novos convertidos.
- Valorizar a obra do Espírito Santo na Igreja, permitindo que Ele nos capacite para cumprir a Grande Comissão.
Atos 16:5 nos desafia a viver um cristianismo autêntico, onde nossa fé é fortalecida e o evangelho continua a crescer em poder e impacto.
Atos 16:5 destaca dois elementos essenciais para o crescimento da Igreja primitiva: confirmação na fé e expansão numérica. Esses aspectos são fundamentais para compreender tanto o movimento pentecostal quanto o neopentecostal no século XX, que trouxeram renovação espiritual e crescimento para o cristianismo global.
1. Contexto Bíblico e Histórico de Atos 16:5
Esse versículo está inserido na narrativa missionária do apóstolo Paulo, em sua segunda viagem missionária. Após o Concílio de Jerusalém (Atos 15), Paulo e seus companheiros (Silas e Timóteo) visitam as igrejas estabelecidas anteriormente para fortalecê-las na fé. Durante essa jornada, o crescimento numérico acontece não apenas por conversões locais, mas também pela expansão geográfica do evangelho.
A palavra "confirmadas" no grego é "στερεόω" (stereoó), que significa tornar firme, fortalecer ou estabelecer solidamente. Isso indica que as igrejas não apenas cresciam numericamente, mas também amadureciam espiritualmente, sendo fundamentadas na doutrina e no discipulado apostólico.
A palavra "cresciam" no grego é "περισσεύω" (perisseuó), que significa multiplicar ou transbordar. O crescimento aqui não era apenas resultado de esforços humanos, mas fruto do agir soberano de Deus por meio do Espírito Santo, que capacitava os apóstolos e os novos convertidos para a missão.
2. Aplicação ao Movimento Pentecostal e Neopentecostal
Os movimentos pentecostal e neopentecostal surgiram com o mesmo desejo de renovar a Igreja, enfatizando a obra do Espírito Santo, o discipulado e a evangelização global. Assim como na igreja primitiva, essas igrejas foram fortalecidas na fé e experimentaram um crescimento expressivo.
- Pentecostalismo (Início do Século XX): O movimento pentecostal teve origem no início do século XX, com o avivamento na Rua Azusa (1906), liderado por William Seymour. A ênfase na manifestação do Espírito Santo, dons espirituais e evangelismo resultou na rápida expansão pentecostal pelo mundo. Igrejas como a Assembleia de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular surgiram desse mover.
- Neopentecostalismo (Segunda Metade do Século XX): Diferente do pentecostalismo clássico, o movimento neopentecostal enfatizou a teologia da prosperidade, batalha espiritual e um modelo de culto mais voltado ao crescimento numérico e estratégias evangelísticas modernas. Igrejas como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Internacional da Graça de Deus são exemplos desse movimento.
Ambos os movimentos contribuíram para a expansão do evangelho em escala global, cumprindo de forma contemporânea o princípio descrito em Atos 16:5.
3. Relevância Espiritual e Teológica
O crescimento da Igreja descrito em Atos 16:5 se baseava em dois pilares essenciais:
- Fortalecimento Doutrinário – As igrejas eram confirmadas na fé por meio do ensino sólido da Palavra.
- Evangelismo e Multiplicação – A proclamação do evangelho resultava em um crescimento constante da Igreja.
Esses princípios continuam sendo fundamentais para a Igreja atual, especialmente dentro dos movimentos pentecostal e neopentecostal. A expansão da Igreja deve estar alinhada com o ensino bíblico e o poder do Espírito Santo, garantindo que o crescimento numérico esteja acompanhado de maturidade espiritual.
4. Conclusão e Aplicação Pessoal
O versículo de Atos 16:5 nos ensina que o crescimento da Igreja não deve ser apenas estatístico, mas fundamentado na Palavra e na ação do Espírito Santo. O movimento pentecostal e neopentecostal ilustram esse crescimento, trazendo renovação para milhões de cristãos ao redor do mundo.
Aplicação Pessoal:
- Buscar ser confirmado na fé, aprofundando-se na Palavra e na comunhão com Deus.
- Participar ativamente da missão de expansão do Reino, pregando o evangelho e discipulando novos convertidos.
- Valorizar a obra do Espírito Santo na Igreja, permitindo que Ele nos capacite para cumprir a Grande Comissão.
Atos 16:5 nos desafia a viver um cristianismo autêntico, onde nossa fé é fortalecida e o evangelho continua a crescer em poder e impacto.
VERDADE APLICADA
Devemos permanecer fiéis às Escrituras para não sermos influenciados por modismos teológicos nem arrastados por qualquer vento de doutrina.
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
TEXTOS DE REFERÊNCIA
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
EM BREVE
EM BREVE
LEITURAS COMPLEMENTARES
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Leituras Complementares – Comentário Bíblico e Teológico
Cada uma dessas passagens reforça princípios fundamentais para a vida cristã, especialmente no contexto da renovação espiritual e do discernimento no meio da expansão da Igreja. A seguir, um comentário para cada leitura:
SEGUNDA | Mateus 4:10 – Adorar somente ao Senhor
"Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele servirás."
Comentário
Essa passagem ocorre na tentação de Jesus no deserto, onde Satanás tenta desviá-lo da missão. Jesus responde citando Deuteronômio 6:13, reafirmando que somente Deus deve ser adorado. Isso enfatiza a exclusividade do culto a Deus, rejeitando qualquer forma de idolatria ou manipulação espiritual.
Aplicação
A renovação espiritual autêntica nos movimentos pentecostal e neopentecostal deve estar centrada na adoração exclusiva ao Senhor, evitando desvios que coloquem qualquer outra coisa no centro da fé.
TERÇA | João 16:13 – O Espírito Santo nos guia na verdade
"Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir."
Comentário
Jesus promete o Espírito Santo como guia da Igreja. A expressão "Espírito da verdade" destaca que a ação do Espírito não é baseada em emoções passageiras, mas em revelação fundamentada na Palavra. O verbo grego "ὁδηγήσει" (hodēgēsei), traduzido como "guiar", significa conduzir no caminho correto, como um guia que leva alguém a um destino seguro.
Aplicação
O crescimento da Igreja deve ser guiado pelo Espírito Santo, garantindo que a expansão esteja fundamentada na verdade bíblica e não em modismos teológicos ou experiências sem base escritural.
QUARTA | 1 Coríntios 12:10 – O discernimento de espíritos
"E a outro, a operação de maravilhas; e a outro, profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas."
Comentário
O discernimento de espíritos é um dom essencial dentro da Igreja, pois ajuda a distinguir o que vem de Deus, do homem ou do inimigo. A palavra grega "διακρίσεις" (diakriseis) significa "julgar corretamente", e sua aplicação era crucial no contexto das manifestações espirituais na Igreja primitiva.
Aplicação
No ambiente pentecostal e neopentecostal, onde há grande ênfase na atuação sobrenatural do Espírito Santo, o discernimento é indispensável para evitar enganos e práticas antibíblicas.
QUINTA | Colossenses 2:4 – Cuidado com as palavras persuasivas
"E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas."
Comentário
Paulo alerta contra os falsos ensinos que podem enganar os crentes por meio de discursos convincentes, mas distantes da verdade bíblica. O termo grego "πιθανολογίᾳ" (pithanologia), traduzido como "palavras persuasivas", indica discursos que parecem verdadeiros, mas escondem engano.
Aplicação
Nos movimentos de renovação espiritual, é essencial filtrar ensinos à luz da Bíblia, evitando manipulações ou doutrinas que distorcem a fé cristã autêntica.
SEXTA | Colossenses 2:8 – Cuidado com as vãs filosofias e as sutilezas
"Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo."
Comentário
Paulo adverte sobre filosofias humanas que podem desviar os crentes da verdade de Cristo. A palavra grega "φιλοσοφία" (philosophia) aqui tem uma conotação negativa, referindo-se a sistemas de pensamento que competem com a revelação divina.
Aplicação
A Igreja deve se fundamentar na Palavra de Deus, evitando ideologias que tentam substituir ou reinterpretar a fé cristã segundo princípios puramente humanos.
SÁBADO | Tiago 1:27 – A religião pura e verdadeira
"A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo."
Comentário
Tiago define a verdadeira espiritualidade como amor ao próximo e santidade. O termo grego "θρησκεία" (thrēskeia), traduzido como "religião", refere-se à prática externa da fé. No entanto, Tiago destaca que a adoração verdadeira se manifesta em ações concretas de compaixão e pureza de vida.
Aplicação
A renovação espiritual precisa refletir o amor prático, ajudando os necessitados e vivendo uma vida consagrada a Deus. O crescimento da Igreja deve estar ligado à transformação genuína dos crentes.
Conclusão Geral
As leituras complementares reforçam a necessidade de um cristianismo sólido, baseado na adoração verdadeira, no ensino da verdade, no discernimento espiritual e na vivência de uma fé prática. Elas servem como um alerta para que a Igreja cresça não apenas em número, mas também em maturidade e fidelidade a Cristo.
Leituras Complementares – Comentário Bíblico e Teológico
Cada uma dessas passagens reforça princípios fundamentais para a vida cristã, especialmente no contexto da renovação espiritual e do discernimento no meio da expansão da Igreja. A seguir, um comentário para cada leitura:
SEGUNDA | Mateus 4:10 – Adorar somente ao Senhor
"Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele servirás."
Comentário
Essa passagem ocorre na tentação de Jesus no deserto, onde Satanás tenta desviá-lo da missão. Jesus responde citando Deuteronômio 6:13, reafirmando que somente Deus deve ser adorado. Isso enfatiza a exclusividade do culto a Deus, rejeitando qualquer forma de idolatria ou manipulação espiritual.
Aplicação
A renovação espiritual autêntica nos movimentos pentecostal e neopentecostal deve estar centrada na adoração exclusiva ao Senhor, evitando desvios que coloquem qualquer outra coisa no centro da fé.
TERÇA | João 16:13 – O Espírito Santo nos guia na verdade
"Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir."
Comentário
Jesus promete o Espírito Santo como guia da Igreja. A expressão "Espírito da verdade" destaca que a ação do Espírito não é baseada em emoções passageiras, mas em revelação fundamentada na Palavra. O verbo grego "ὁδηγήσει" (hodēgēsei), traduzido como "guiar", significa conduzir no caminho correto, como um guia que leva alguém a um destino seguro.
Aplicação
O crescimento da Igreja deve ser guiado pelo Espírito Santo, garantindo que a expansão esteja fundamentada na verdade bíblica e não em modismos teológicos ou experiências sem base escritural.
QUARTA | 1 Coríntios 12:10 – O discernimento de espíritos
"E a outro, a operação de maravilhas; e a outro, profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas."
Comentário
O discernimento de espíritos é um dom essencial dentro da Igreja, pois ajuda a distinguir o que vem de Deus, do homem ou do inimigo. A palavra grega "διακρίσεις" (diakriseis) significa "julgar corretamente", e sua aplicação era crucial no contexto das manifestações espirituais na Igreja primitiva.
Aplicação
No ambiente pentecostal e neopentecostal, onde há grande ênfase na atuação sobrenatural do Espírito Santo, o discernimento é indispensável para evitar enganos e práticas antibíblicas.
QUINTA | Colossenses 2:4 – Cuidado com as palavras persuasivas
"E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas."
Comentário
Paulo alerta contra os falsos ensinos que podem enganar os crentes por meio de discursos convincentes, mas distantes da verdade bíblica. O termo grego "πιθανολογίᾳ" (pithanologia), traduzido como "palavras persuasivas", indica discursos que parecem verdadeiros, mas escondem engano.
Aplicação
Nos movimentos de renovação espiritual, é essencial filtrar ensinos à luz da Bíblia, evitando manipulações ou doutrinas que distorcem a fé cristã autêntica.
SEXTA | Colossenses 2:8 – Cuidado com as vãs filosofias e as sutilezas
"Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo."
Comentário
Paulo adverte sobre filosofias humanas que podem desviar os crentes da verdade de Cristo. A palavra grega "φιλοσοφία" (philosophia) aqui tem uma conotação negativa, referindo-se a sistemas de pensamento que competem com a revelação divina.
Aplicação
A Igreja deve se fundamentar na Palavra de Deus, evitando ideologias que tentam substituir ou reinterpretar a fé cristã segundo princípios puramente humanos.
SÁBADO | Tiago 1:27 – A religião pura e verdadeira
"A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo."
Comentário
Tiago define a verdadeira espiritualidade como amor ao próximo e santidade. O termo grego "θρησκεία" (thrēskeia), traduzido como "religião", refere-se à prática externa da fé. No entanto, Tiago destaca que a adoração verdadeira se manifesta em ações concretas de compaixão e pureza de vida.
Aplicação
A renovação espiritual precisa refletir o amor prático, ajudando os necessitados e vivendo uma vida consagrada a Deus. O crescimento da Igreja deve estar ligado à transformação genuína dos crentes.
Conclusão Geral
As leituras complementares reforçam a necessidade de um cristianismo sólido, baseado na adoração verdadeira, no ensino da verdade, no discernimento espiritual e na vivência de uma fé prática. Elas servem como um alerta para que a Igreja cresça não apenas em número, mas também em maturidade e fidelidade a Cristo.
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que a Igreja pregue a Palavra de Deus com amor e verdade.
ESBOÇO DA LIÇÃO
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "Fogo que Transforma" 🔥
Objetivo:
Demonstrar a importância do avivamento pentecostal e a necessidade do discernimento espiritual no crescimento da Igreja.
Material necessário:
- Três copos transparentes
- Água
- Óleo
- Corante alimentício
- Uma colher
- Uma vela pequena e fósforo (ou um LED representando luz)
Passo a Passo:
1️⃣ Introdução – O Crescimento da Igreja
📖 Leia Atos 16:5: "De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número."
Explique que o crescimento da Igreja vem pelo agir do Espírito Santo e pela fidelidade à Palavra.
2️⃣ Demonstração – Três Fases da Igreja
Pegue três copos e diga que eles representam três fases da Igreja ao longo da história:
- 1º Copo (Água pura) – A Igreja primitiva, cheia do Espírito e fundamentada na verdade.
- 2º Copo (Água com corante e óleo separando-se) – O movimento pentecostal, trazendo renovação, mas com desafios.
- 3º Copo (Mistura agitada) – O neopentecostalismo, onde há crescimento rápido, mas é necessário discernir os ensinamentos.
💬 Reflexão: Assim como a água e o óleo não se misturam naturalmente, o crescimento da Igreja precisa estar separado do erro e firmemente enraizado na Palavra de Deus.
3️⃣ O Papel do Espírito Santo – O Fogo que Transforma
🔥 Acenda a vela e explique que o Espírito Santo traz discernimento e poder para a Igreja. Assim como o fogo aquece e ilumina, o Espírito de Deus nos mantém no caminho correto.
📖 Leia João 16:13 e destaque que o Espírito Santo guia a Igreja na verdade.
4️⃣ Aplicação – Como manter a chama do verdadeiro avivamento?
Pergunte aos participantes:
- O que diferencia um avivamento autêntico de um modismo religioso?
- Como podemos discernir a verdade no meio da expansão da Igreja?
Encerramento: Ore pedindo para que Deus fortaleça a Igreja com discernimento, santidade e verdadeiro avivamento.
Conclusão
Essa dinâmica ajudará os alunos a compreender o crescimento da Igreja, a discernir movimentos espirituais e a buscar um avivamento autêntico baseado na Palavra e na ação do Espírito Santo.
Gostou dessa dinâmica? Deixe o seu comentário.
Dinâmica: "Fogo que Transforma" 🔥
Objetivo:
Demonstrar a importância do avivamento pentecostal e a necessidade do discernimento espiritual no crescimento da Igreja.
Material necessário:
- Três copos transparentes
- Água
- Óleo
- Corante alimentício
- Uma colher
- Uma vela pequena e fósforo (ou um LED representando luz)
Passo a Passo:
1️⃣ Introdução – O Crescimento da Igreja
📖 Leia Atos 16:5: "De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número."
Explique que o crescimento da Igreja vem pelo agir do Espírito Santo e pela fidelidade à Palavra.
2️⃣ Demonstração – Três Fases da Igreja
Pegue três copos e diga que eles representam três fases da Igreja ao longo da história:
- 1º Copo (Água pura) – A Igreja primitiva, cheia do Espírito e fundamentada na verdade.
- 2º Copo (Água com corante e óleo separando-se) – O movimento pentecostal, trazendo renovação, mas com desafios.
- 3º Copo (Mistura agitada) – O neopentecostalismo, onde há crescimento rápido, mas é necessário discernir os ensinamentos.
💬 Reflexão: Assim como a água e o óleo não se misturam naturalmente, o crescimento da Igreja precisa estar separado do erro e firmemente enraizado na Palavra de Deus.
3️⃣ O Papel do Espírito Santo – O Fogo que Transforma
🔥 Acenda a vela e explique que o Espírito Santo traz discernimento e poder para a Igreja. Assim como o fogo aquece e ilumina, o Espírito de Deus nos mantém no caminho correto.
📖 Leia João 16:13 e destaque que o Espírito Santo guia a Igreja na verdade.
4️⃣ Aplicação – Como manter a chama do verdadeiro avivamento?
Pergunte aos participantes:
- O que diferencia um avivamento autêntico de um modismo religioso?
- Como podemos discernir a verdade no meio da expansão da Igreja?
Encerramento: Ore pedindo para que Deus fortaleça a Igreja com discernimento, santidade e verdadeiro avivamento.
Conclusão
Essa dinâmica ajudará os alunos a compreender o crescimento da Igreja, a discernir movimentos espirituais e a buscar um avivamento autêntico baseado na Palavra e na ação do Espírito Santo.
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INTRODUÇÃO
Num tempo de muitos modismos em relação às práticas pentecostais, é preciso ter em mente os alicerces do Movimento Pentecostal como vistos em Atos 2. Assim, nesta lição, veremos algumas características do pentecostalismo clássico em comparação ao neopentecostalismo brasileiro.
PONTO DE PARTIDA – Devemos conservar a pureza da doutrina.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Movimento Pentecostal e a Pureza Doutrinária
1. Fundamentos do Pentecostalismo Clássico – Atos 2
O Movimento Pentecostal tem suas raízes no evento de Pentecostes registrado em Atos 2, quando o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos. O termo grego usado para descrever esse evento é "πεντηκοστή" (pentēkostē), que significa "quinquagésimo", referindo-se à Festa de Pentecostes, celebrada cinquenta dias após a Páscoa.
A descida do Espírito Santo foi acompanhada por sinais sobrenaturais:
- "Γλώσσαις ἑτέραις" (glōssais heterais) – "outras línguas" (At 2:4), indicando um dom espiritual genuíno que serviu como evidência inicial da manifestação do Espírito.
- "Ἐπλήσθησαν πάντες πνεύματος ἁγίου" (eplēsthēsan pantes pneumatos hagiou) – "todos foram cheios do Espírito Santo" (At 2:4), expressão que ressalta a plenitude da presença divina.
Esse evento cumpriu as profecias do Antigo Testamento, como Joel 2:28-29, que fala sobre o derramamento do Espírito Santo, e as palavras de Jesus em Lucas 24:49, quando Ele ordena que os discípulos aguardem a "promessa do Pai".
2. A Importância da Pureza Doutrinária
O apóstolo Paulo enfatizou a necessidade de preservar a doutrina genuína:
- Gálatas 1:8 – “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos temos anunciado, seja anátema.”
- 2 Timóteo 4:3-4 – “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências.”
A palavra "doutrina" no Novo Testamento vem do grego "διδαχή" (didachē), que significa "ensino" ou "instrução". A igreja primitiva se dedicava "διδαχῇ τῶν ἀποστόλων" (didachē tōn apostolōn), ou seja, "à doutrina dos apóstolos" (At 2:42), o que mostra a importância de preservar o ensino correto.
3. Diferenças entre o Pentecostalismo Clássico e o Neopentecostalismo
O pentecostalismo clássico se baseia nos seguintes princípios:
- Batismo no Espírito Santo como evidência inicial do falar em línguas (Atos 2:4, 10:44-46, 19:6).
- Ênfase na santificação e na busca pela presença de Deus (1 Pedro 1:15-16, Hebreus 12:14).
- Centralidade da Bíblia como única regra de fé e prática (2 Timóteo 3:16-17).
O neopentecostalismo, por outro lado, tem algumas diferenças notáveis:
- Ênfase exagerada na prosperidade material, muitas vezes distorcendo passagens como Malaquias 3:10 e João 10:10.
- Uso de objetos ungidos e atos simbólicos, algo que pode levar ao sincretismo religioso.
- Minimização da centralidade bíblica em favor de revelações subjetivas e experiências emocionais.
O perigo do neopentecostalismo está na perda da pureza doutrinária, desviando-se da fé genuína.
4. Advertências Bíblicas sobre a Preservação da Sã Doutrina
A Bíblia nos alerta sobre aqueles que distorcem a fé:
- Colossenses 2:8 – "Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens."
- 1 João 4:1 – "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus."
A palavra "pureza" no Antigo Testamento é "טָהֳרָה" (ṭahărāh), significando algo limpo e separado para Deus. No Novo Testamento, encontramos o termo grego "ἁγνός" (hagnós), que significa "puro, sem contaminação". O ensino cristão deve permanecer puro, sem influências que comprometam sua integridade.
5. Opinião de Livros Acadêmicos Cristãos
Autores como Donald Gee, no livro O Ministério do Espírito, destacam a necessidade de uma teologia bíblica sobre o Espírito Santo, evitando exageros e inovações humanas. Stanley Horton, em A Doutrina do Espírito Santo, enfatiza a necessidade de interpretar corretamente as Escrituras sobre o batismo no Espírito.
Conclusão: A Igreja precisa preservar a pureza da doutrina pentecostal conforme os ensinos bíblicos, evitando modismos que desviam da verdade revelada na Palavra de Deus.
O Movimento Pentecostal e a Pureza Doutrinária
1. Fundamentos do Pentecostalismo Clássico – Atos 2
O Movimento Pentecostal tem suas raízes no evento de Pentecostes registrado em Atos 2, quando o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos. O termo grego usado para descrever esse evento é "πεντηκοστή" (pentēkostē), que significa "quinquagésimo", referindo-se à Festa de Pentecostes, celebrada cinquenta dias após a Páscoa.
A descida do Espírito Santo foi acompanhada por sinais sobrenaturais:
- "Γλώσσαις ἑτέραις" (glōssais heterais) – "outras línguas" (At 2:4), indicando um dom espiritual genuíno que serviu como evidência inicial da manifestação do Espírito.
- "Ἐπλήσθησαν πάντες πνεύματος ἁγίου" (eplēsthēsan pantes pneumatos hagiou) – "todos foram cheios do Espírito Santo" (At 2:4), expressão que ressalta a plenitude da presença divina.
Esse evento cumpriu as profecias do Antigo Testamento, como Joel 2:28-29, que fala sobre o derramamento do Espírito Santo, e as palavras de Jesus em Lucas 24:49, quando Ele ordena que os discípulos aguardem a "promessa do Pai".
2. A Importância da Pureza Doutrinária
O apóstolo Paulo enfatizou a necessidade de preservar a doutrina genuína:
- Gálatas 1:8 – “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos temos anunciado, seja anátema.”
- 2 Timóteo 4:3-4 – “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências.”
A palavra "doutrina" no Novo Testamento vem do grego "διδαχή" (didachē), que significa "ensino" ou "instrução". A igreja primitiva se dedicava "διδαχῇ τῶν ἀποστόλων" (didachē tōn apostolōn), ou seja, "à doutrina dos apóstolos" (At 2:42), o que mostra a importância de preservar o ensino correto.
3. Diferenças entre o Pentecostalismo Clássico e o Neopentecostalismo
O pentecostalismo clássico se baseia nos seguintes princípios:
- Batismo no Espírito Santo como evidência inicial do falar em línguas (Atos 2:4, 10:44-46, 19:6).
- Ênfase na santificação e na busca pela presença de Deus (1 Pedro 1:15-16, Hebreus 12:14).
- Centralidade da Bíblia como única regra de fé e prática (2 Timóteo 3:16-17).
O neopentecostalismo, por outro lado, tem algumas diferenças notáveis:
- Ênfase exagerada na prosperidade material, muitas vezes distorcendo passagens como Malaquias 3:10 e João 10:10.
- Uso de objetos ungidos e atos simbólicos, algo que pode levar ao sincretismo religioso.
- Minimização da centralidade bíblica em favor de revelações subjetivas e experiências emocionais.
O perigo do neopentecostalismo está na perda da pureza doutrinária, desviando-se da fé genuína.
4. Advertências Bíblicas sobre a Preservação da Sã Doutrina
A Bíblia nos alerta sobre aqueles que distorcem a fé:
- Colossenses 2:8 – "Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens."
- 1 João 4:1 – "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus."
A palavra "pureza" no Antigo Testamento é "טָהֳרָה" (ṭahărāh), significando algo limpo e separado para Deus. No Novo Testamento, encontramos o termo grego "ἁγνός" (hagnós), que significa "puro, sem contaminação". O ensino cristão deve permanecer puro, sem influências que comprometam sua integridade.
5. Opinião de Livros Acadêmicos Cristãos
Autores como Donald Gee, no livro O Ministério do Espírito, destacam a necessidade de uma teologia bíblica sobre o Espírito Santo, evitando exageros e inovações humanas. Stanley Horton, em A Doutrina do Espírito Santo, enfatiza a necessidade de interpretar corretamente as Escrituras sobre o batismo no Espírito.
Conclusão: A Igreja precisa preservar a pureza da doutrina pentecostal conforme os ensinos bíblicos, evitando modismos que desviam da verdade revelada na Palavra de Deus.
1- Os alicerces do Movimento Pentecostal
Após a ascensão de Nosso Senhor Jesus, Seus discípulos oraram e aguardaram a descida do Espírito Santo (At 2), até que se cumpriu o que já havia sido profetizado nos tempos do AT e anunciado por Jesus Cristo. A Igreja, então, iniciou suas atividades movida pelo poder do Espírito Santo; assim, ao longo da história da Igreja, impulsionados pelo relato bíblico, milhões de discípulos de Cristo têm buscado a experiência e a prática pentecostal. Neste tópico, veremos três características da Igreja Primitiva que, após o ocorrido no dia de Pentecostes, devem estar no alicerce do autêntico pentecostalismo em nossos dias (At 2.42)
1.1. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na doutrina dos apóstolos. Ao narrar o início da Igreja, o evangelista Lucas registrou que os primeiros crentes “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão” (At 2.42). Entre os ensinamentos dos apóstolos, podemos ver a preocupação com os falsos mestres (Rm 16.17-18; 1Ts 5.20-21; 1Tm 6.3-5) e a ênfase na importância dos dons espirituais na edificação da Igreja (Rm 12.6-8; 1Co 12.7-11; 14.12; 1 Pe 4.10-11). O texto bíblico enfatiza a participação de cada crente na unidade, no crescimento e no cuidado mútuo do Corpo de Cristo. Portanto, o Movimento Pentecostal clássico se alicerça nesses fundamentos.
Pastor Lourival Dias Neto (2002, p. 6): “No Novo Testamento existem duas palavras gregas empregadas para a doutrina. A primeira é “didaskalia’; e a segunda “didache’; ambas significam tanto o ato como o conteúdo do ensino. A referência de Lucas: “E perseveraram na doutrina dos apóstolos” (At 2.42a). Havia uma constante preocupação dos apóstolos quanto à infiltração de falsos ensinos (1Tm 1.3-4), e que os levou a escrever cartas às igrejas estabelecidas fazendo surgir através delas um sistema doutrinário fundamentado naquilo que Cristo começou a ensinar (At 1.1)
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os Alicerces do Movimento Pentecostal
1. O Movimento Pentecostal e a Doutrina dos Apóstolos (Atos 2:42)
O fundamento do Movimento Pentecostal clássico está enraizado na doutrina dos apóstolos, conforme descrito em Atos 2:42:
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações."
A palavra grega para "doutrina" nesse versículo é "διδαχή" (didachē), que significa "ensino, instrução". O termo destaca não apenas a transmissão do conhecimento, mas um ensino que moldava a vida e prática dos crentes. Lucas enfatiza que a Igreja nascente "perseverava" (προσκαρτερέω - proskartereō), um verbo que implica dedicação contínua, fidelidade e compromisso firme. Isso indica que a doutrina apostólica era o centro da fé e da comunhão cristã.
O ensino dos apóstolos não era uma inovação, mas a continuação do que Cristo havia iniciado, conforme Atos 1:1:
"Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar" (διδάσκειν - didaskein).
Isso revela que a doutrina dos apóstolos estava alicerçada diretamente nos ensinamentos de Cristo e nas Escrituras do Antigo Testamento.
2. A Preocupação com a Pureza Doutrinária e os Falsos Mestres
Desde os tempos da Igreja Primitiva, os apóstolos demonstravam grande preocupação com a infiltração de falsos ensinos. O apóstolo Paulo exorta os crentes:
- Romanos 16:17-18 – “Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes, desviai-vos deles.”
- 1 Timóteo 6:3-5 – “Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe.”
A palavra grega usada para "doutrina" em 1 Timóteo 6:3 é "διδασκαλία" (didaskalia), que enfatiza o conteúdo e a forma do ensino cristão. A Igreja Primitiva se preocupava com a pureza da mensagem, protegendo-a contra distorções.
No Antigo Testamento, a ideia de ensino correto está ligada à palavra hebraica "תּוֹרָה" (Torah), que significa "instrução, lei, direção". A Lei de Moisés já alertava sobre falsos profetas que tentariam desviar o povo da verdade (Deuteronômio 13:1-3). No Novo Testamento, os apóstolos mantiveram essa vigilância doutrinária.
O Pastor Lourival Dias Neto (2002, p. 6) ressalta que as cartas apostólicas surgiram justamente para proteger a Igreja contra heresias e para estabelecer um sistema doutrinário sólido fundamentado nos ensinamentos de Cristo. Isso mostra que desde o princípio o ensino correto era essencial para a identidade da Igreja.
3. O Papel dos Dons Espirituais na Edificação da Igreja
Além da doutrina, outro aspecto fundamental do Movimento Pentecostal clássico é a ênfase nos dons espirituais para a edificação do Corpo de Cristo. Paulo destaca essa verdade:
- Romanos 12:6-8 – "De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja segundo a medida da fé."
- 1 Coríntios 12:7-11 – "Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil."
- 1 Pedro 4:10-11 – "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus."
A palavra grega para "dom" nesses textos é "χάρισμα" (charisma), que significa "dom da graça", algo concedido gratuitamente por Deus para edificação da Igreja.
O Pentecostalismo Clássico entende que esses dons não cessaram, mas continuam ativos na Igreja para fortalecimento e crescimento do Corpo de Cristo. Isso se opõe a movimentos que minimizam ou distorcem os dons espirituais, tornando-os meramente emocionais ou materialistas, como ocorre em algumas vertentes neopentecostais.
4. Unidade e Crescimento da Igreja através da Doutrina Apostólica
A Igreja Primitiva era caracterizada pela unidade, crescimento e cuidado mútuo, fundamentados na verdade da Palavra de Deus. Lucas enfatiza:
- Atos 2:44 – "Todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum."
- Atos 4:32 – "E era um o coração e a alma da multidão dos que criam."
A unidade mencionada nesses textos não era apenas social ou emocional, mas fundamentada na verdade doutrinária. A palavra grega para "comunhão" em Atos 2:42 é "κοινωνία" (koinonia), que significa "compartilhamento, participação em algo comum". Isso mostra que a verdadeira comunhão cristã está ligada à fidelidade ao ensino apostólico.
Quando a Igreja permanece na doutrina dos apóstolos, há crescimento espiritual genuíno e edificação mútua. Quando se desvia da verdade, há divisões, heresias e enfraquecimento espiritual.
Conclusão: O Pentecostalismo Clássico deve Preservar os Alicerces Apostólicos
A autenticidade do Movimento Pentecostal está na sua fidelidade aos seguintes fundamentos:
- A Doutrina dos Apóstolos – Ensino bíblico sólido, baseado na Palavra de Deus.
- A Preservação da Sã Doutrina – Proteção contra falsos mestres e heresias.
- Os Dons Espirituais para Edificação – O Espírito Santo continua operando na Igreja.
- A Unidade e Comunhão na Verdade – A fé deve ser vivida em santidade e compromisso.
Opinião de Livros Acadêmicos Cristãos
- Stanley Horton, em O Que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo, reforça que a experiência pentecostal deve estar alinhada à doutrina apostólica e não a modismos.
- Donald Gee, em O Ministério do Espírito, destaca que o verdadeiro pentecostalismo promove edificação e santificação, não apenas manifestações emocionais.
Assim, o autêntico Movimento Pentecostal deve permanecer fiel aos princípios estabelecidos em Atos 2:42, evitando inovações que comprometam sua essência bíblica.
Os Alicerces do Movimento Pentecostal
1. O Movimento Pentecostal e a Doutrina dos Apóstolos (Atos 2:42)
O fundamento do Movimento Pentecostal clássico está enraizado na doutrina dos apóstolos, conforme descrito em Atos 2:42:
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações."
A palavra grega para "doutrina" nesse versículo é "διδαχή" (didachē), que significa "ensino, instrução". O termo destaca não apenas a transmissão do conhecimento, mas um ensino que moldava a vida e prática dos crentes. Lucas enfatiza que a Igreja nascente "perseverava" (προσκαρτερέω - proskartereō), um verbo que implica dedicação contínua, fidelidade e compromisso firme. Isso indica que a doutrina apostólica era o centro da fé e da comunhão cristã.
O ensino dos apóstolos não era uma inovação, mas a continuação do que Cristo havia iniciado, conforme Atos 1:1:
"Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar" (διδάσκειν - didaskein).
Isso revela que a doutrina dos apóstolos estava alicerçada diretamente nos ensinamentos de Cristo e nas Escrituras do Antigo Testamento.
2. A Preocupação com a Pureza Doutrinária e os Falsos Mestres
Desde os tempos da Igreja Primitiva, os apóstolos demonstravam grande preocupação com a infiltração de falsos ensinos. O apóstolo Paulo exorta os crentes:
- Romanos 16:17-18 – “Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes, desviai-vos deles.”
- 1 Timóteo 6:3-5 – “Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe.”
A palavra grega usada para "doutrina" em 1 Timóteo 6:3 é "διδασκαλία" (didaskalia), que enfatiza o conteúdo e a forma do ensino cristão. A Igreja Primitiva se preocupava com a pureza da mensagem, protegendo-a contra distorções.
No Antigo Testamento, a ideia de ensino correto está ligada à palavra hebraica "תּוֹרָה" (Torah), que significa "instrução, lei, direção". A Lei de Moisés já alertava sobre falsos profetas que tentariam desviar o povo da verdade (Deuteronômio 13:1-3). No Novo Testamento, os apóstolos mantiveram essa vigilância doutrinária.
O Pastor Lourival Dias Neto (2002, p. 6) ressalta que as cartas apostólicas surgiram justamente para proteger a Igreja contra heresias e para estabelecer um sistema doutrinário sólido fundamentado nos ensinamentos de Cristo. Isso mostra que desde o princípio o ensino correto era essencial para a identidade da Igreja.
3. O Papel dos Dons Espirituais na Edificação da Igreja
Além da doutrina, outro aspecto fundamental do Movimento Pentecostal clássico é a ênfase nos dons espirituais para a edificação do Corpo de Cristo. Paulo destaca essa verdade:
- Romanos 12:6-8 – "De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja segundo a medida da fé."
- 1 Coríntios 12:7-11 – "Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil."
- 1 Pedro 4:10-11 – "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus."
A palavra grega para "dom" nesses textos é "χάρισμα" (charisma), que significa "dom da graça", algo concedido gratuitamente por Deus para edificação da Igreja.
O Pentecostalismo Clássico entende que esses dons não cessaram, mas continuam ativos na Igreja para fortalecimento e crescimento do Corpo de Cristo. Isso se opõe a movimentos que minimizam ou distorcem os dons espirituais, tornando-os meramente emocionais ou materialistas, como ocorre em algumas vertentes neopentecostais.
4. Unidade e Crescimento da Igreja através da Doutrina Apostólica
A Igreja Primitiva era caracterizada pela unidade, crescimento e cuidado mútuo, fundamentados na verdade da Palavra de Deus. Lucas enfatiza:
- Atos 2:44 – "Todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum."
- Atos 4:32 – "E era um o coração e a alma da multidão dos que criam."
A unidade mencionada nesses textos não era apenas social ou emocional, mas fundamentada na verdade doutrinária. A palavra grega para "comunhão" em Atos 2:42 é "κοινωνία" (koinonia), que significa "compartilhamento, participação em algo comum". Isso mostra que a verdadeira comunhão cristã está ligada à fidelidade ao ensino apostólico.
Quando a Igreja permanece na doutrina dos apóstolos, há crescimento espiritual genuíno e edificação mútua. Quando se desvia da verdade, há divisões, heresias e enfraquecimento espiritual.
Conclusão: O Pentecostalismo Clássico deve Preservar os Alicerces Apostólicos
A autenticidade do Movimento Pentecostal está na sua fidelidade aos seguintes fundamentos:
- A Doutrina dos Apóstolos – Ensino bíblico sólido, baseado na Palavra de Deus.
- A Preservação da Sã Doutrina – Proteção contra falsos mestres e heresias.
- Os Dons Espirituais para Edificação – O Espírito Santo continua operando na Igreja.
- A Unidade e Comunhão na Verdade – A fé deve ser vivida em santidade e compromisso.
Opinião de Livros Acadêmicos Cristãos
- Stanley Horton, em O Que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo, reforça que a experiência pentecostal deve estar alinhada à doutrina apostólica e não a modismos.
- Donald Gee, em O Ministério do Espírito, destaca que o verdadeiro pentecostalismo promove edificação e santificação, não apenas manifestações emocionais.
Assim, o autêntico Movimento Pentecostal deve permanecer fiel aos princípios estabelecidos em Atos 2:42, evitando inovações que comprometam sua essência bíblica.
1.2. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na comunhão. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na comunhão entre os irmãos, a qual busca manter ainda hoje, seguindo o modelo de culto e ensinamentos que caracterizavam a Igreja Primitiva (Hb 10.24,25). Na história da Igreja Primitiva, vemos fortes traços de uma comunhão verdadeira (At 2.42). Esse padrão nos foi deixado pelos desbravadores do Evangelho como resultado da operação do Espírito Santo, pois Ele opera a inclusão do nascido de novo no Corpo de Cristo (1 Co 12.13), a unidade do Corpo (Ef 4.3-4) e a comunhão (2Co 13.13). Portanto, somos chamados a viver em comunhão com nossos irmãos assim como os primeiros cristãos viviam segundo a mesma fé, o mesmo sentimento e o mesmo amor, isto é, segundo o mesmo propósito (Si 133.1).
Craig S. Keener (2018, p. 91-92) faz um rico comentário sobre a comunhão como um dos frutos do Pentecostes. Atos enfatiza a capacitação do Espírito para o ministério, mas também registra como a ação poderosa do Espírito produziu a transformação moral que afetou os relacionamentos dos primeiros cristãos. “A diversidade cultural dos peregrinos judeus presentes no Pentecostes (At 2.9-11) prefigurou a união da igreja, uma união capaz de transpor divisas culturais, e se tornou parte de uma igreja que representa diversas culturas (At 2.41,42; 4.36; 6.1,5). A comunidade cristã cresceu não apenas numericamente, mas em sua coesão, por meio do compromisso dos cristãos uns com os outros’.
1.3. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na oração. A Assembleia de Deus surgiu tendo como base os princípios de oração do Movimento Pentecostal, iniciado no capítulo 2 de Atos dos Apóstolos. A Igreja Primitiva nos ensina que a oração é uma das coisas mais importantes na vida da Igreja de Jesus Cristo (Fp 4.6). Dizemos isso por entender que um dos pontos fortes do pentecostalismo primitivo foi a vida pautada na oração (At 2.42). Lucas registra que a Igreja orava pedindo a direção de Deus (At 1.24) e até consagrava pessoas para o serviço mediante oração (At 6.6; 13.1-3; 14.2). Em Atos 20.36, encontramos o Apóstolo Paulo em uma reunião com pastores. Após instruí-los, o Apóstolo Paulo se despede deles orando de joelhos. Ainda temos o exemplo de Pedro e João, subindo juntos ao Templo para orar (At 3.1).
Craig S. Keener (2018, p. 76-77) comenta o impacto do poder do Pentecostes ao criar um novo modo de viver. No parágrafo que trata da urgência por renovação espiritual na Igreja, a partir de Atos 2 e 4, o autor destaca que “as formas de abnegação dos cristãos primitivos podiam por vezes beirar o ascetismo, algo que não recomendo para hoje’: Então, ele ressalta as “disciplinas espirituais tradicionais: os cristãos valorizavam a oração, o aprendizado da Bíblia e o jejum; alguns cristãos do movimento monástico posterior dedicavam a maior parte do tempo a essas disciplinas’: Afinal, viver no Espírito é receber poder também para continuar em oração (Ef 6.18).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1.2. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na comunhão
O Movimento Pentecostal, desde o seu início, esteve fundamentado na comunhão entre os irmãos, refletindo o modelo da Igreja Primitiva (Hb 10.24-25). No Novo Testamento, a palavra "comunhão" frequentemente traduz o termo grego koinonia (κοινωνία), que significa "participação em comum", "associação" ou "parceria" (At 2.42). Essa comunhão não era apenas social, mas espiritual, sendo fruto da operação do Espírito Santo (1 Co 12.13), promovendo unidade (Ef 4.3-4) e fortalecendo os laços fraternais (2 Co 13.13).
A base teológica dessa comunhão está enraizada na experiência da redenção em Cristo. A expressão hebraica yahad (יחד), encontrada em passagens do Antigo Testamento como o Salmo 133.1 ("Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!"), reforça a ideia de unidade e coesão. Essa unidade transcende barreiras culturais e étnicas, como evidenciado em Atos 2.9-11, onde a diversidade dos judeus presentes no Pentecostes simboliza a futura inclusão de gentios na igreja.
Craig S. Keener (2018, p. 91-92) destaca que o impacto do Espírito Santo foi além da capacitação para o ministério, gerando transformação moral e social, criando um ambiente de solidariedade e compromisso mútuo (At 2.41-42; 4.36; 6.1,5). O crescimento da igreja não foi apenas numérico, mas também qualitativo, promovendo uma comunhão autêntica e sacrificial entre os crentes.
1.3. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na oração
A oração é um pilar essencial do Movimento Pentecostal, assim como foi na Igreja Primitiva (Fp 4.6). O termo grego para oração frequentemente usado no Novo Testamento é proseuchē (προσευχή), que denota uma oração fervorosa e dedicada (At 2.42). A oração também é vista na consagração de líderes e no pedido por direção divina (At 1.24; 6.6; 13.1-3; 14.2).
A prática da oração em Atos reflete o conceito hebraico de tefillah (תפלה), que implica um diálogo profundo com Deus. Em Atos 3.1, Pedro e João sobem ao Templo para orar, demonstrando que a oração era uma prática regular e essencial da vida cristã.
Craig S. Keener (2018, p. 76-77) observa que a oração, juntamente com outras disciplinas espirituais como o jejum e o estudo das Escrituras, foi uma marca da Igreja Primitiva. Ele enfatiza que viver no Espírito implica um compromisso contínuo com a oração (Ef 6.18), tornando-a a fonte de renovação espiritual e poder para a missão.
Considerações Finais
A comunhão e a oração são fundamentos do Movimento Pentecostal, refletindo o modelo da Igreja Primitiva. A koinonia e a proseuchē são elementos essenciais da espiritualidade cristã, promovendo unidade e dependência de Deus.
Ao resgatar e praticar esses princípios, o Movimento Pentecostal continua a se fortalecer como uma expressão autêntica da fé cristã, mantendo a chama do Pentecostes viva na experiência dos crentes. O estudo das Escrituras, aliado à oração constante e à comunhão, são marcas distintivas daqueles que vivem pelo Espírito e permanecem fiéis ao chamado de Deus.
1.2. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na comunhão
O Movimento Pentecostal, desde o seu início, esteve fundamentado na comunhão entre os irmãos, refletindo o modelo da Igreja Primitiva (Hb 10.24-25). No Novo Testamento, a palavra "comunhão" frequentemente traduz o termo grego koinonia (κοινωνία), que significa "participação em comum", "associação" ou "parceria" (At 2.42). Essa comunhão não era apenas social, mas espiritual, sendo fruto da operação do Espírito Santo (1 Co 12.13), promovendo unidade (Ef 4.3-4) e fortalecendo os laços fraternais (2 Co 13.13).
A base teológica dessa comunhão está enraizada na experiência da redenção em Cristo. A expressão hebraica yahad (יחד), encontrada em passagens do Antigo Testamento como o Salmo 133.1 ("Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!"), reforça a ideia de unidade e coesão. Essa unidade transcende barreiras culturais e étnicas, como evidenciado em Atos 2.9-11, onde a diversidade dos judeus presentes no Pentecostes simboliza a futura inclusão de gentios na igreja.
Craig S. Keener (2018, p. 91-92) destaca que o impacto do Espírito Santo foi além da capacitação para o ministério, gerando transformação moral e social, criando um ambiente de solidariedade e compromisso mútuo (At 2.41-42; 4.36; 6.1,5). O crescimento da igreja não foi apenas numérico, mas também qualitativo, promovendo uma comunhão autêntica e sacrificial entre os crentes.
1.3. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na oração
A oração é um pilar essencial do Movimento Pentecostal, assim como foi na Igreja Primitiva (Fp 4.6). O termo grego para oração frequentemente usado no Novo Testamento é proseuchē (προσευχή), que denota uma oração fervorosa e dedicada (At 2.42). A oração também é vista na consagração de líderes e no pedido por direção divina (At 1.24; 6.6; 13.1-3; 14.2).
A prática da oração em Atos reflete o conceito hebraico de tefillah (תפלה), que implica um diálogo profundo com Deus. Em Atos 3.1, Pedro e João sobem ao Templo para orar, demonstrando que a oração era uma prática regular e essencial da vida cristã.
Craig S. Keener (2018, p. 76-77) observa que a oração, juntamente com outras disciplinas espirituais como o jejum e o estudo das Escrituras, foi uma marca da Igreja Primitiva. Ele enfatiza que viver no Espírito implica um compromisso contínuo com a oração (Ef 6.18), tornando-a a fonte de renovação espiritual e poder para a missão.
Considerações Finais
A comunhão e a oração são fundamentos do Movimento Pentecostal, refletindo o modelo da Igreja Primitiva. A koinonia e a proseuchē são elementos essenciais da espiritualidade cristã, promovendo unidade e dependência de Deus.
Ao resgatar e praticar esses princípios, o Movimento Pentecostal continua a se fortalecer como uma expressão autêntica da fé cristã, mantendo a chama do Pentecostes viva na experiência dos crentes. O estudo das Escrituras, aliado à oração constante e à comunhão, são marcas distintivas daqueles que vivem pelo Espírito e permanecem fiéis ao chamado de Deus.
EU ENSINEI QUE:
O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado nos princípios da Igreja Primitiva: doutrina dos apóstolos, comunhão e oração.
2- As marcas do pentecostalismo clássico
O pentecostalismo clássico tem três marcas distintivas, considerando o registro bíblico em Atos e o início do Movimento Pentecostal no Brasil. Refletir sobre isso possibilita a compreensão adequada dos termos “pentecostal” e “pentecostalismo’; que têm sido usados para descrever movimentos e denominações cujos ensinamentos e práticas estão bem distanciados das raízes teológicas do pentecostalismo clássico.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O pentecostalismo clássico tem três marcas distintivas fundamentais que podem ser identificadas a partir do relato bíblico em Atos dos Apóstolos e do desenvolvimento do Movimento Pentecostal no Brasil. Essas marcas são: 1) O Batismo no Espírito Santo com evidência inicial de falar em línguas, 2) A ênfase na evangelização e missões, e 3) A crença na atualidade dos dons espirituais. Para compreendê-las biblicamente e teologicamente, é essencial analisar suas raízes na Escritura, sua terminologia grega e hebraica e sua historicidade.
1. O Batismo no Espírito Santo com evidência inicial de falar em línguas
Uma das marcas essenciais do pentecostalismo clássico é a crença de que o Batismo no Espírito Santo é uma experiência distinta da salvação, evidenciada pelo falar em línguas (glossolalia). Essa convicção se baseia em diversos textos do livro de Atos:
- Atos 2:1-4 – No Dia de Pentecostes, os discípulos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas.
- Atos 10:44-46 – Cornélio e sua casa receberam o Espírito Santo, e Pedro e os judeus perceberam isso porque eles falavam em línguas.
- Atos 19:1-7 – Paulo encontra discípulos em Éfeso que, ao serem batizados no Espírito, também falam em línguas e profetizam.
O termo grego para falar em línguas é γλωσσολαλία (glossolalia), que vem de γλῶσσα (glóssa, "língua") e λαλέω (laléo, "falar"). No contexto de Atos, refere-se à manifestação sobrenatural de idiomas não aprendidos, como um sinal da presença e do poder do Espírito Santo. O pentecostalismo clássico sustenta que esta experiência não é apenas um evento histórico, mas uma promessa contínua para os crentes (cf. Atos 2:39; Marcos 16:17).
2. A ênfase na evangelização e missões
O pentecostalismo clássico entende que o Batismo no Espírito Santo capacita os crentes para evangelizar e cumprir a Grande Comissão. Esse conceito está enraizado nas palavras de Jesus:
- Atos 1:8 – "Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra."
A palavra grega para poder aqui é δύναμις (dýnamis), que significa "capacidade", "força sobrenatural" ou "habilidade". O Espírito Santo não é dado apenas para edificação pessoal, mas para capacitar os crentes na proclamação do evangelho. No hebraico, o conceito de testemunho é expresso pela palavra עֵד (‘ed, "testemunha") e עֵדוּת (‘edut, "testemunho"), indicando a responsabilidade de propagar a verdade de Deus.
Essa característica do pentecostalismo se manifestou fortemente no Brasil com missionários como Daniel Berg e Gunnar Vingren, que fundaram a Assembleia de Deus em Belém do Pará em 1911. Desde então, o movimento cresceu com um forte compromisso missionário, evangelizando em áreas urbanas, rurais e indígenas.
3. A crença na atualidade dos dons espirituais
Outra marca central do pentecostalismo clássico é a crença na continuidade dos dons espirituais, conforme ensinados por Paulo em 1 Coríntios 12-14:
- 1 Coríntios 12:7-10 – Paulo lista os dons espirituais, incluindo palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, curas, operação de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas.
- 1 Coríntios 14:1 – "Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar."
O termo grego para dons espirituais é χαρίσματα (charísmata), derivado de χάρις (cháris, "graça"), enfatizando que esses dons são capacitações divinas concedidas pela graça de Deus. Já a palavra hebraica para dons é מַתָּנָה (mattanáh, "presente", "dom gratuito"), destacando que são concedidos soberanamente pelo Espírito.
A teologia pentecostal ensina que esses dons não cessaram, como alegam teólogos cessacionistas, mas continuam operando na Igreja até a volta de Cristo. Esta crença se baseia em João 14:12, onde Jesus afirma que aqueles que creem nEle fariam "obras ainda maiores".
Conclusão
O pentecostalismo clássico é marcado pelo Batismo no Espírito Santo com evidência de línguas, o compromisso com a evangelização e missões, e a crença na atualidade dos dons espirituais. Essas características estão fundamentadas nas Escrituras e foram vivenciadas pelos primeiros discípulos, permanecendo ativas no Movimento Pentecostal.
Segundo Donald Gee, teólogo pentecostal, "o verdadeiro pentecostalismo é aquele que une poder espiritual com santidade e amor". Assim, para preservar a essência do pentecostalismo clássico, é fundamental manter a fidelidade bíblica e teológica, evitando desvios que descaracterizam suas raízes.
Referências:
- HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD.
- ARRINGTON, French L. Entendendo os Dons Espirituais. CPAD.
- BURCH, Glen O. Pentecostalismo: História e Doutrina.
O pentecostalismo clássico tem três marcas distintivas fundamentais que podem ser identificadas a partir do relato bíblico em Atos dos Apóstolos e do desenvolvimento do Movimento Pentecostal no Brasil. Essas marcas são: 1) O Batismo no Espírito Santo com evidência inicial de falar em línguas, 2) A ênfase na evangelização e missões, e 3) A crença na atualidade dos dons espirituais. Para compreendê-las biblicamente e teologicamente, é essencial analisar suas raízes na Escritura, sua terminologia grega e hebraica e sua historicidade.
1. O Batismo no Espírito Santo com evidência inicial de falar em línguas
Uma das marcas essenciais do pentecostalismo clássico é a crença de que o Batismo no Espírito Santo é uma experiência distinta da salvação, evidenciada pelo falar em línguas (glossolalia). Essa convicção se baseia em diversos textos do livro de Atos:
- Atos 2:1-4 – No Dia de Pentecostes, os discípulos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas.
- Atos 10:44-46 – Cornélio e sua casa receberam o Espírito Santo, e Pedro e os judeus perceberam isso porque eles falavam em línguas.
- Atos 19:1-7 – Paulo encontra discípulos em Éfeso que, ao serem batizados no Espírito, também falam em línguas e profetizam.
O termo grego para falar em línguas é γλωσσολαλία (glossolalia), que vem de γλῶσσα (glóssa, "língua") e λαλέω (laléo, "falar"). No contexto de Atos, refere-se à manifestação sobrenatural de idiomas não aprendidos, como um sinal da presença e do poder do Espírito Santo. O pentecostalismo clássico sustenta que esta experiência não é apenas um evento histórico, mas uma promessa contínua para os crentes (cf. Atos 2:39; Marcos 16:17).
2. A ênfase na evangelização e missões
O pentecostalismo clássico entende que o Batismo no Espírito Santo capacita os crentes para evangelizar e cumprir a Grande Comissão. Esse conceito está enraizado nas palavras de Jesus:
- Atos 1:8 – "Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra."
A palavra grega para poder aqui é δύναμις (dýnamis), que significa "capacidade", "força sobrenatural" ou "habilidade". O Espírito Santo não é dado apenas para edificação pessoal, mas para capacitar os crentes na proclamação do evangelho. No hebraico, o conceito de testemunho é expresso pela palavra עֵד (‘ed, "testemunha") e עֵדוּת (‘edut, "testemunho"), indicando a responsabilidade de propagar a verdade de Deus.
Essa característica do pentecostalismo se manifestou fortemente no Brasil com missionários como Daniel Berg e Gunnar Vingren, que fundaram a Assembleia de Deus em Belém do Pará em 1911. Desde então, o movimento cresceu com um forte compromisso missionário, evangelizando em áreas urbanas, rurais e indígenas.
3. A crença na atualidade dos dons espirituais
Outra marca central do pentecostalismo clássico é a crença na continuidade dos dons espirituais, conforme ensinados por Paulo em 1 Coríntios 12-14:
- 1 Coríntios 12:7-10 – Paulo lista os dons espirituais, incluindo palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, curas, operação de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas.
- 1 Coríntios 14:1 – "Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar."
O termo grego para dons espirituais é χαρίσματα (charísmata), derivado de χάρις (cháris, "graça"), enfatizando que esses dons são capacitações divinas concedidas pela graça de Deus. Já a palavra hebraica para dons é מַתָּנָה (mattanáh, "presente", "dom gratuito"), destacando que são concedidos soberanamente pelo Espírito.
A teologia pentecostal ensina que esses dons não cessaram, como alegam teólogos cessacionistas, mas continuam operando na Igreja até a volta de Cristo. Esta crença se baseia em João 14:12, onde Jesus afirma que aqueles que creem nEle fariam "obras ainda maiores".
Conclusão
O pentecostalismo clássico é marcado pelo Batismo no Espírito Santo com evidência de línguas, o compromisso com a evangelização e missões, e a crença na atualidade dos dons espirituais. Essas características estão fundamentadas nas Escrituras e foram vivenciadas pelos primeiros discípulos, permanecendo ativas no Movimento Pentecostal.
Segundo Donald Gee, teólogo pentecostal, "o verdadeiro pentecostalismo é aquele que une poder espiritual com santidade e amor". Assim, para preservar a essência do pentecostalismo clássico, é fundamental manter a fidelidade bíblica e teológica, evitando desvios que descaracterizam suas raízes.
Referências:
- HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD.
- ARRINGTON, French L. Entendendo os Dons Espirituais. CPAD.
- BURCH, Glen O. Pentecostalismo: História e Doutrina.
2.1. Um movimento que não desiste de proclamar as Boas Novas. A primeira marca do Movimento Pentecostal que destacamos aqui é o vigoroso impulso para evangelizar (Mc 16.15,16). Os missionários fundadores das Assembleias de Deus no Brasil, Daniel Berg e Gunnar Vingren, ensinaram sobre a importância de proclamar a Salvação. Eles difundiram esse princípio com grande convicção, fazendo com que as Assembleias de Deus estivessem espalhadas por todas as capitais do Brasil, em um curto espaço de tempo, por meio da proclamação das Boas Novas de Cristo (Mc 1.14,15; At 8.12; 8.35, 10.42,43; Rm 10.14,15; Mc 16.15,16).
Elinaldo Renovato (2023, p. 103): “Ao longo da história das Assembleias de Deus no Brasil, a obra começou pequena, mas foi crescendo a olhos vistos; não apenas em termos numéricos, mas, acima de tudo, “em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2.4). Este modelo de crescimento assembleiano: cresce porque evangeliza, discípula e cuida das vidas alcançadas pelo evangelho de Cristo. O padrão de crescimento tem sido constante, sempre com base no modelo bíblico ordenado por Jesus (Mc 16.15-16)”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Pentecostalismo como Movimento de Proclamação das Boas Novas
O pentecostalismo clássico se caracteriza, essencialmente, por um compromisso inabalável com a proclamação das Boas Novas. Desde o início do movimento, os pioneiros pentecostais consideraram a evangelização como um imperativo divino, fundamentado na Grande Comissão de Cristo:
- Marcos 16:15-16 – "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."
Neste versículo, "ide" traduz o grego πορευθέντες (poreuthéntes), um particípio aoristo que carrega a ideia de um movimento contínuo: "enquanto vão" ou "ao irem". Isso indica que a evangelização não é um evento isolado, mas uma ação contínua da Igreja. A palavra "pregai" vem de κηρύσσω (kēryssō), que significa "proclamar como um arauto", enfatizando que a mensagem do evangelho deve ser anunciada publicamente e com autoridade.
1. O Compromisso Evangelístico dos Primeiros Pentecostais
Os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores das Assembleias de Deus no Brasil, entenderam a evangelização como o coração da missão pentecostal. Eles seguiram o modelo do Novo Testamento, que não apenas enfatiza a proclamação do evangelho, mas também o discipulado e o cuidado com os novos convertidos. Como destaca Elinaldo Renovato (2023, p. 103):
"O modelo de crescimento assembleiano: cresce porque evangeliza, discípula e cuida das vidas alcançadas pelo evangelho de Cristo."
Esse padrão reflete a prática apostólica, conforme registrado em Atos 8:12, 35; 10:42-43, onde Filipe e Pedro pregavam a Cristo, ensinando sobre o Reino de Deus e o papel central de Jesus na salvação. A evangelização, no entendimento pentecostal, não é apenas uma ação humana, mas o resultado do poder do Espírito Santo, conforme registrado em Atos 1:8:
- "Mas recebereis poder (δύναμις, dýnamis) ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas (μάρτυρες, mártyres) tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra."
O termo dýnamis refere-se a um poder sobrenatural concedido pelo Espírito, que capacita os crentes a testemunhar (mártyres, "testemunhas", que também significa "aqueles que dão a vida pela fé"). O pentecostalismo clássico entende que essa capacitação é fundamental para a evangelização eficaz.
2. O Evangelho e o Chamado à Fé e ao Arrependimento
A proclamação das Boas Novas não é apenas uma mensagem de informações espirituais, mas um chamado à fé e ao arrependimento. Isso é evidente em Marcos 1:14-15:
- "E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos (μετανοεῖτε, metanoeite) e crede no evangelho."
O termo grego metanoeite significa "mudar a mente", "ter uma transformação de pensamento", indicando um chamado à conversão genuína. No hebraico, a ideia de arrependimento é expressa por שׁוּב (shuv), que significa "retornar" ou "voltar-se completamente para Deus".
Assim, o pentecostalismo clássico enfatiza que a verdadeira evangelização deve levar a um compromisso genuíno com Cristo, não apenas a uma decisão momentânea. Esse princípio é reforçado por Romanos 10:14-15:
- "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?"
3. A Evangelização Pentecostal e os Sinais que a Acompanham
Outro ponto central do pentecostalismo clássico é a crença de que a proclamação do evangelho é acompanhada por sinais e maravilhas, conforme prometido em Marcos 16:17-18:
- "E estes sinais seguirão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; imporão as mãos sobre os enfermos, e os curarão."
O termo grego para "sinais" é σημεῖα (sēmeia), que significa "evidências" ou "provas visíveis" da obra de Deus. O pentecostalismo entende que esses sinais não são apenas eventos históricos, mas manifestações contínuas do poder de Deus que confirmam a pregação do evangelho (cf. 1 Coríntios 2:4).
Conclusão: A Evangelização como Identidade Pentecostal
O pentecostalismo clássico se distingue pelo compromisso incansável com a evangelização. Esse zelo evangelístico levou o movimento a um crescimento exponencial no Brasil e no mundo, refletindo a ordem de Cristo em Marcos 16:15-16.
A história das Assembleias de Deus no Brasil confirma que o modelo pentecostal não se baseia apenas em crescimento numérico, mas na fidelidade à mensagem do evangelho e na dependência do Espírito Santo. A evangelização pentecostal é uma ação dinâmica e sobrenatural, que se sustenta pelo poder do Espírito, pelo chamado ao arrependimento e pelo testemunho dos sinais que acompanham a pregação.
Como ensina Stanley Horton (2006, p. 238):
"A evangelização pentecostal não se baseia apenas em métodos humanos, mas na operação do Espírito Santo, que convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8). Sem essa atuação divina, a evangelização perde sua eficácia."
Assim, o pentecostalismo clássico continua sendo um movimento que não desiste de proclamar as Boas Novas, cumprindo fielmente o mandato de Cristo até que Ele venha.
Referências
- HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD, 2006.
- ARRINGTON, French L. O Espírito Santo na Igreja Hoje. CPAD, 1999.
- RENOVATO, Elinaldo. A Identidade Pentecostal. CPAD, 2023.
O Pentecostalismo como Movimento de Proclamação das Boas Novas
O pentecostalismo clássico se caracteriza, essencialmente, por um compromisso inabalável com a proclamação das Boas Novas. Desde o início do movimento, os pioneiros pentecostais consideraram a evangelização como um imperativo divino, fundamentado na Grande Comissão de Cristo:
- Marcos 16:15-16 – "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."
Neste versículo, "ide" traduz o grego πορευθέντες (poreuthéntes), um particípio aoristo que carrega a ideia de um movimento contínuo: "enquanto vão" ou "ao irem". Isso indica que a evangelização não é um evento isolado, mas uma ação contínua da Igreja. A palavra "pregai" vem de κηρύσσω (kēryssō), que significa "proclamar como um arauto", enfatizando que a mensagem do evangelho deve ser anunciada publicamente e com autoridade.
1. O Compromisso Evangelístico dos Primeiros Pentecostais
Os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores das Assembleias de Deus no Brasil, entenderam a evangelização como o coração da missão pentecostal. Eles seguiram o modelo do Novo Testamento, que não apenas enfatiza a proclamação do evangelho, mas também o discipulado e o cuidado com os novos convertidos. Como destaca Elinaldo Renovato (2023, p. 103):
"O modelo de crescimento assembleiano: cresce porque evangeliza, discípula e cuida das vidas alcançadas pelo evangelho de Cristo."
Esse padrão reflete a prática apostólica, conforme registrado em Atos 8:12, 35; 10:42-43, onde Filipe e Pedro pregavam a Cristo, ensinando sobre o Reino de Deus e o papel central de Jesus na salvação. A evangelização, no entendimento pentecostal, não é apenas uma ação humana, mas o resultado do poder do Espírito Santo, conforme registrado em Atos 1:8:
- "Mas recebereis poder (δύναμις, dýnamis) ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas (μάρτυρες, mártyres) tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra."
O termo dýnamis refere-se a um poder sobrenatural concedido pelo Espírito, que capacita os crentes a testemunhar (mártyres, "testemunhas", que também significa "aqueles que dão a vida pela fé"). O pentecostalismo clássico entende que essa capacitação é fundamental para a evangelização eficaz.
2. O Evangelho e o Chamado à Fé e ao Arrependimento
A proclamação das Boas Novas não é apenas uma mensagem de informações espirituais, mas um chamado à fé e ao arrependimento. Isso é evidente em Marcos 1:14-15:
- "E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos (μετανοεῖτε, metanoeite) e crede no evangelho."
O termo grego metanoeite significa "mudar a mente", "ter uma transformação de pensamento", indicando um chamado à conversão genuína. No hebraico, a ideia de arrependimento é expressa por שׁוּב (shuv), que significa "retornar" ou "voltar-se completamente para Deus".
Assim, o pentecostalismo clássico enfatiza que a verdadeira evangelização deve levar a um compromisso genuíno com Cristo, não apenas a uma decisão momentânea. Esse princípio é reforçado por Romanos 10:14-15:
- "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?"
3. A Evangelização Pentecostal e os Sinais que a Acompanham
Outro ponto central do pentecostalismo clássico é a crença de que a proclamação do evangelho é acompanhada por sinais e maravilhas, conforme prometido em Marcos 16:17-18:
- "E estes sinais seguirão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; imporão as mãos sobre os enfermos, e os curarão."
O termo grego para "sinais" é σημεῖα (sēmeia), que significa "evidências" ou "provas visíveis" da obra de Deus. O pentecostalismo entende que esses sinais não são apenas eventos históricos, mas manifestações contínuas do poder de Deus que confirmam a pregação do evangelho (cf. 1 Coríntios 2:4).
Conclusão: A Evangelização como Identidade Pentecostal
O pentecostalismo clássico se distingue pelo compromisso incansável com a evangelização. Esse zelo evangelístico levou o movimento a um crescimento exponencial no Brasil e no mundo, refletindo a ordem de Cristo em Marcos 16:15-16.
A história das Assembleias de Deus no Brasil confirma que o modelo pentecostal não se baseia apenas em crescimento numérico, mas na fidelidade à mensagem do evangelho e na dependência do Espírito Santo. A evangelização pentecostal é uma ação dinâmica e sobrenatural, que se sustenta pelo poder do Espírito, pelo chamado ao arrependimento e pelo testemunho dos sinais que acompanham a pregação.
Como ensina Stanley Horton (2006, p. 238):
"A evangelização pentecostal não se baseia apenas em métodos humanos, mas na operação do Espírito Santo, que convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8). Sem essa atuação divina, a evangelização perde sua eficácia."
Assim, o pentecostalismo clássico continua sendo um movimento que não desiste de proclamar as Boas Novas, cumprindo fielmente o mandato de Cristo até que Ele venha.
Referências
- HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD, 2006.
- ARRINGTON, French L. O Espírito Santo na Igreja Hoje. CPAD, 1999.
- RENOVATO, Elinaldo. A Identidade Pentecostal. CPAD, 2023.
2.2. A constante busca pelo Espírito Santo. No Dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja (At 2.2), enchendo e batizando os crentes, tal como anunciou o Senhor (Lc 24.49; At 1.5). A partir daquele momento, em diferentes lugares e circunstâncias, encontramos o testemunho de indivíduos e comunidades que experimentaram o batismo no Espírito Santo com a evidência inicial de falar em línguas. Para o pentecostalismo clássico, o batismo no Espírito Santo e a manifestação dos dons espirituais continuam a ser atuais e relevantes para a Igreja prosseguir no cumprimento da missão. O nascimento das Assembleias de Deus no Brasil, em 1911, aconteceu depois que alguns irmãos, sob o poder do Espírito, começaram a falar em outras línguas e a profetizar, semelhante às experiências narradas em Atos 2.
Eduardo Alves (2021, p. 93): “Para um pentecostal, pode-se dizer que o batismo com o Espírito Santo funciona como uma espécie de experiência de sacramentalismo sobrenatural, pois demanda um sinal externo. A compreensão está relacionada à ideia de o crente ser mergulhado no Espírito Santo por Jesus Cristo para que possa sair dessa experiência revestido de coragem e poder para anúncio público do Evangelho’.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2.2. A constante busca pelo Espírito Santo
Comentário Bíblico e Teológico
O batismo com o Espírito Santo é uma doutrina central no pentecostalismo e tem suas raízes na promessa de Jesus Cristo:
"E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder." (Lc 24.49)
A palavra grega usada para "revestidos" é ἐνδύσησθε (endýsēsthe), que significa "ser vestido completamente", indicando um envolvimento total com o poder do Espírito.
No Dia de Pentecostes, essa promessa se cumpriu:
"E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados." (At 2.1-2)
A palavra grega para "vento impetuoso" é πνοῆς βιαίας (pnoēs biaías), indicando uma força irresistível e soberana. Esse vento simboliza a presença do Espírito, ecoando Ezequiel 37.9, onde o "vento" traz vida aos ossos secos.
O batismo no Espírito Santo é acompanhado pelo falar em línguas:
"E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (At 2.4)
A expressão grega γλώσσαις ἑτέραις (glōssais heterais), traduzida como "outras línguas", mostra que eram idiomas distintos dos falantes, o que reforça a ideia de que foi uma manifestação sobrenatural.
O padrão continua ao longo do livro de Atos:
- Em Atos 10.44-46, Cornélio e sua casa receberam o Espírito e falaram em línguas.
- Em Atos 19.6, os discípulos em Éfeso também falaram em línguas e profetizaram.
Esses relatos mostram que o batismo com o Espírito Santo não foi um evento isolado, mas uma experiência contínua na igreja primitiva.
Relevância para o Movimento Pentecostal
O pentecostalismo clássico mantém a crença de que o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais são para hoje. Eduardo Alves (2021, p. 93) afirma que essa experiência funciona como um "sacramentalismo sobrenatural", pois envolve um sinal externo (o falar em línguas) como evidência do revestimento de poder para testemunhar.
Paulo também enfatiza a busca contínua pelo Espírito Santo:
"Enchei-vos do Espírito." (Ef 5.18)
O verbo grego πληροῦσθε (plēroústhe), no presente imperativo, indica uma ação contínua, ou seja, não se trata de um evento único, mas de um processo constante de renovação espiritual.
Os Dons Espirituais e a Continuidade da Manifestação
Além do batismo, os dons espirituais continuam operantes na igreja:
“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” (1 Co 12.11)
Paulo lista dons como profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas (1 Co 12.7-10), demonstrando que a manifestação do Espírito não se limitou ao período apostólico.
Os escritos de Donald Gee, pioneiro do movimento pentecostal, ressaltam que a busca pelo Espírito Santo deve estar fundamentada na comunhão com Deus e na santificação, não apenas na busca por manifestações externas. Gee enfatiza que os dons espirituais são dados para edificação da igreja e não para exaltação individual.
Conclusão
A busca pelo Espírito Santo e o batismo com fogo continuam sendo uma marca distintiva do Movimento Pentecostal. A Bíblia ensina que essa experiência é um revestimento de poder para testemunhar e cumprir a missão da igreja. A história das Assembleias de Deus no Brasil confirma essa realidade, pois o crescimento da igreja ocorreu mediante a evangelização fervorosa e a operação contínua do Espírito Santo.
Referências como Atos 2, Atos 10 e Atos 19 demonstram que essa experiência não se restringiu ao Dia de Pentecostes, mas é um padrão contínuo na igreja. Portanto, a busca pelo Espírito Santo permanece essencial para a vitalidade da igreja e o cumprimento da Grande Comissão.
2.2. A constante busca pelo Espírito Santo
Comentário Bíblico e Teológico
O batismo com o Espírito Santo é uma doutrina central no pentecostalismo e tem suas raízes na promessa de Jesus Cristo:
"E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder." (Lc 24.49)
A palavra grega usada para "revestidos" é ἐνδύσησθε (endýsēsthe), que significa "ser vestido completamente", indicando um envolvimento total com o poder do Espírito.
No Dia de Pentecostes, essa promessa se cumpriu:
"E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados." (At 2.1-2)
A palavra grega para "vento impetuoso" é πνοῆς βιαίας (pnoēs biaías), indicando uma força irresistível e soberana. Esse vento simboliza a presença do Espírito, ecoando Ezequiel 37.9, onde o "vento" traz vida aos ossos secos.
O batismo no Espírito Santo é acompanhado pelo falar em línguas:
"E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (At 2.4)
A expressão grega γλώσσαις ἑτέραις (glōssais heterais), traduzida como "outras línguas", mostra que eram idiomas distintos dos falantes, o que reforça a ideia de que foi uma manifestação sobrenatural.
O padrão continua ao longo do livro de Atos:
- Em Atos 10.44-46, Cornélio e sua casa receberam o Espírito e falaram em línguas.
- Em Atos 19.6, os discípulos em Éfeso também falaram em línguas e profetizaram.
Esses relatos mostram que o batismo com o Espírito Santo não foi um evento isolado, mas uma experiência contínua na igreja primitiva.
Relevância para o Movimento Pentecostal
O pentecostalismo clássico mantém a crença de que o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais são para hoje. Eduardo Alves (2021, p. 93) afirma que essa experiência funciona como um "sacramentalismo sobrenatural", pois envolve um sinal externo (o falar em línguas) como evidência do revestimento de poder para testemunhar.
Paulo também enfatiza a busca contínua pelo Espírito Santo:
"Enchei-vos do Espírito." (Ef 5.18)
O verbo grego πληροῦσθε (plēroústhe), no presente imperativo, indica uma ação contínua, ou seja, não se trata de um evento único, mas de um processo constante de renovação espiritual.
Os Dons Espirituais e a Continuidade da Manifestação
Além do batismo, os dons espirituais continuam operantes na igreja:
“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” (1 Co 12.11)
Paulo lista dons como profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas (1 Co 12.7-10), demonstrando que a manifestação do Espírito não se limitou ao período apostólico.
Os escritos de Donald Gee, pioneiro do movimento pentecostal, ressaltam que a busca pelo Espírito Santo deve estar fundamentada na comunhão com Deus e na santificação, não apenas na busca por manifestações externas. Gee enfatiza que os dons espirituais são dados para edificação da igreja e não para exaltação individual.
Conclusão
A busca pelo Espírito Santo e o batismo com fogo continuam sendo uma marca distintiva do Movimento Pentecostal. A Bíblia ensina que essa experiência é um revestimento de poder para testemunhar e cumprir a missão da igreja. A história das Assembleias de Deus no Brasil confirma essa realidade, pois o crescimento da igreja ocorreu mediante a evangelização fervorosa e a operação contínua do Espírito Santo.
Referências como Atos 2, Atos 10 e Atos 19 demonstram que essa experiência não se restringiu ao Dia de Pentecostes, mas é um padrão contínuo na igreja. Portanto, a busca pelo Espírito Santo permanece essencial para a vitalidade da igreja e o cumprimento da Grande Comissão.
2.3. Um movimento que não desiste de ensinar as Sagradas Escrituras. A vertente teológica do pentecostalismo clássico adota um modelo mais confessional, ou um código doutrinário, vide o Credo da CONAMAD, publicado mensalmente no Jornal O Semeador. Nas primeiras décadas, a Assembleia de Deus era considerada, equivocadamente, um movimento sem fundamentação teológica. Contudo, a Assembleia de Deus crê e ensina que todas as experiências espirituais devem passar pelo crivo da Bíblia, vide a ênfase dada aos cultos de ensino e à Escola Bíblica Dominical desde a sua fundação. Porque estudamos as Escrituras e cremos nelas como sendo a Palavra de Deus para nós hoje é que pregamos e ensinamos sobre o batismo no Espírito Santo e a atualidade dos dons espirituais. Afinal, a Igreja continua a cumprir a missão de evangelizar e a necessitar de contínua edificação.
Elinaldo Renovato (2023, p. 108): “O crente avivado precisa ler e estudar a Bíblia diariamente para entender e absorver os seus conteúdos preciosos em termos de ensino, doutrina, exortação, orientação e advertências e para a sua própria edificação espiritual. Os dias são maus. Há muitos motivos pelos quais o crente fiel precisa ocupar-se com o estudo da Palavra de Deus’.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Um Movimento que não Desiste de Ensinar as Sagradas Escrituras
Comentário Bíblico e Teológico
A importância do ensino das Escrituras na Igreja é um princípio fundamental no Movimento Pentecostal. Desde o início da Assembleia de Deus, a ênfase na Escola Bíblica Dominical e nos cultos de ensino demonstra que a igreja não se sustenta apenas em experiências espirituais, mas na sólida fundamentação bíblica. O apóstolo Paulo já advertia sobre isso:
"Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra." (2 Tm 3.16-17)
A expressão grega "θεόπνευστος" (theópneustos), traduzida como "inspirada por Deus", significa literalmente "soprada por Deus", indicando que as Escrituras têm origem divina. Isso reforça que a Bíblia é a regra infalível de fé e prática na vida cristã.
A Base Confessional e Doutrinária da Assembleia de Deus
Muitos críticos argumentavam que a Assembleia de Deus carecia de fundamentação teológica. No entanto, desde as primeiras décadas, líderes pentecostais defenderam a centralidade da Bíblia, adotando um modelo confessional expresso no Credo da CONAMAD e em documentos oficiais. A defesa da sã doutrina segue o modelo apostólico:
"Retém o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus." (2 Tm 1.13)
A palavra grega "ὑποτύπωσις" (hypotypōsis), traduzida como "modelo", significa um padrão ou esboço a ser seguido. Isso indica que a doutrina cristã deve ser transmitida com precisão e zelo, o que a Assembleia de Deus tem feito ao longo da sua história.
A Centralidade da Palavra de Deus no Ensino Pentecostal
O ensino das Escrituras é essencial para a edificação da igreja e a defesa contra falsos ensinos. Em Atos 2.42, vemos que a igreja primitiva perseverava na doutrina dos apóstolos:
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações."
A palavra grega "διδαχή" (didachḗ), traduzida como "doutrina", refere-se ao ensino sistemático e autoritativo. Isso confirma que o ensino da Palavra é fundamental para a vida da igreja.
O apóstolo Pedro também enfatiza que a Escritura não é de interpretação particular, pois foi inspirada pelo Espírito Santo:
"Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pe 1.21)
A expressão grega "φερόμενοι ὑπὸ πνεύματος ἁγίου" (pherómenoi hypò pneumatos hagiou), significa "movidos pelo Espírito Santo", mostrando que a revelação bíblica tem origem divina.
A Necessidade de um Ensino Bíblico Sólido
Elinaldo Renovato (2023, p. 108) destaca que o crente avivado deve estudar a Bíblia diariamente, pois os dias são maus e há muitos desafios espirituais. Essa necessidade é reforçada por Paulo em Efésios 6.13-17, onde ele menciona a armadura de Deus, sendo a Palavra de Deus a "espada do Espírito".
O Salmo 119.105 declara:
"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho."
A palavra hebraica "נֵר" (ner), traduzida como "lâmpada", refere-se a uma luz que guia no meio da escuridão. Isso ilustra que a Palavra de Deus é essencial para a direção espiritual do crente.
Conclusão
A Assembleia de Deus, ao contrário das críticas iniciais, sempre teve uma base teológica fundamentada na Bíblia. O ensino das Escrituras é essencial para a edificação da igreja, a defesa da fé e o crescimento espiritual dos crentes. Assim como a igreja primitiva perseverava na doutrina dos apóstolos, a Assembleia de Deus mantém o compromisso com a Palavra, garantindo que todas as experiências espirituais sejam validadas pelo crivo das Escrituras.
Um Movimento que não Desiste de Ensinar as Sagradas Escrituras
Comentário Bíblico e Teológico
A importância do ensino das Escrituras na Igreja é um princípio fundamental no Movimento Pentecostal. Desde o início da Assembleia de Deus, a ênfase na Escola Bíblica Dominical e nos cultos de ensino demonstra que a igreja não se sustenta apenas em experiências espirituais, mas na sólida fundamentação bíblica. O apóstolo Paulo já advertia sobre isso:
"Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra." (2 Tm 3.16-17)
A expressão grega "θεόπνευστος" (theópneustos), traduzida como "inspirada por Deus", significa literalmente "soprada por Deus", indicando que as Escrituras têm origem divina. Isso reforça que a Bíblia é a regra infalível de fé e prática na vida cristã.
A Base Confessional e Doutrinária da Assembleia de Deus
Muitos críticos argumentavam que a Assembleia de Deus carecia de fundamentação teológica. No entanto, desde as primeiras décadas, líderes pentecostais defenderam a centralidade da Bíblia, adotando um modelo confessional expresso no Credo da CONAMAD e em documentos oficiais. A defesa da sã doutrina segue o modelo apostólico:
"Retém o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus." (2 Tm 1.13)
A palavra grega "ὑποτύπωσις" (hypotypōsis), traduzida como "modelo", significa um padrão ou esboço a ser seguido. Isso indica que a doutrina cristã deve ser transmitida com precisão e zelo, o que a Assembleia de Deus tem feito ao longo da sua história.
A Centralidade da Palavra de Deus no Ensino Pentecostal
O ensino das Escrituras é essencial para a edificação da igreja e a defesa contra falsos ensinos. Em Atos 2.42, vemos que a igreja primitiva perseverava na doutrina dos apóstolos:
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações."
A palavra grega "διδαχή" (didachḗ), traduzida como "doutrina", refere-se ao ensino sistemático e autoritativo. Isso confirma que o ensino da Palavra é fundamental para a vida da igreja.
O apóstolo Pedro também enfatiza que a Escritura não é de interpretação particular, pois foi inspirada pelo Espírito Santo:
"Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pe 1.21)
A expressão grega "φερόμενοι ὑπὸ πνεύματος ἁγίου" (pherómenoi hypò pneumatos hagiou), significa "movidos pelo Espírito Santo", mostrando que a revelação bíblica tem origem divina.
A Necessidade de um Ensino Bíblico Sólido
Elinaldo Renovato (2023, p. 108) destaca que o crente avivado deve estudar a Bíblia diariamente, pois os dias são maus e há muitos desafios espirituais. Essa necessidade é reforçada por Paulo em Efésios 6.13-17, onde ele menciona a armadura de Deus, sendo a Palavra de Deus a "espada do Espírito".
O Salmo 119.105 declara:
"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho."
A palavra hebraica "נֵר" (ner), traduzida como "lâmpada", refere-se a uma luz que guia no meio da escuridão. Isso ilustra que a Palavra de Deus é essencial para a direção espiritual do crente.
Conclusão
A Assembleia de Deus, ao contrário das críticas iniciais, sempre teve uma base teológica fundamentada na Bíblia. O ensino das Escrituras é essencial para a edificação da igreja, a defesa da fé e o crescimento espiritual dos crentes. Assim como a igreja primitiva perseverava na doutrina dos apóstolos, a Assembleia de Deus mantém o compromisso com a Palavra, garantindo que todas as experiências espirituais sejam validadas pelo crivo das Escrituras.
EU ENSINEI QUE:
As três principais marcas do Movimento Pentecostal são: obediência ao chamado para proclamar as Boas Novas; busca constante pelo Espírito Santo; investimento no ensino das Escrituras.
3- O neopentecostalismo brasileiro
As práticas e os ensinamentos de alguns movimentos e denominações não caracterizam a identidade do pentecostalismo clássico (Assembleia de Deus). Como não há consenso entre os estudiosos sobre a nomenclatura que melhor os descreve, usaremos o termo “neopentecostal” para caracterizar esses movimentos e denominações, enfatizando a diferença entre eles e o Movimento Pentecostal que surgiu no Brasil no início do século XX.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Neopentecostalismo Brasileiro
1. Introdução: Definição e Contexto
O termo "neopentecostalismo" é utilizado para descrever um movimento e uma série de práticas que emergiram no contexto brasileiro a partir das décadas de 1970 e 1980, com a popularização de igrejas como a Igreja Universal do Reino de Deus, Renascer em Cristo, entre outras. Esses movimentos são frequentemente caracterizados pela ênfase na prosperidade financeira, na "teologia da vitória", na experiência emocional intensa e em práticas como o "culto de milagres" e a "confissão positiva". Tais práticas se distanciam das raízes do pentecostalismo clássico, originado na cidade de Azusa Street, em 1906, nos Estados Unidos, e representado por igrejas como a Assembleia de Deus, que tem foco na experiência do batismo no Espírito Santo, dons espirituais e santificação.
Embora o neopentecostalismo compartilhe algumas características com o movimento pentecostal clássico, como o ênfase no poder do Espírito Santo e no carisma, suas práticas e ensinamentos diferem significativamente. A questão central é entender a relação entre os ensinamentos bíblicos tradicionais e as práticas que surgem nesses movimentos neopentecostais.
2. As Práticas Neopentecostais: Uma Análise Bíblica
A seguir, abordaremos algumas das práticas características do neopentecostalismo e como elas se relacionam com os ensinamentos bíblicos.
a) Teologia da Prosperidade e Abundância
A "teologia da prosperidade" é uma das marcas distintivas dos movimentos neopentecostais, que ensina que Deus deseja que seus seguidores sejam financeiramente abençoados, saudáveis e bem-sucedidos. Passagens como Salmo 23:1, Filipenses 4:19 e 3 João 1:2 são frequentemente citadas para justificar essa teologia. No entanto, ao analisar essas passagens de maneira mais profunda, é necessário considerar o contexto histórico e cultural, além da raiz das palavras em hebraico e grego.
Salmo 23:1 diz: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará." A palavra hebraica "ra'ah" (רָעָה) para "pastor" significa "cuidar", "alimentar", mas não está necessariamente associada à prosperidade material, mas à provisão espiritual e à proteção. O versículo enfatiza a dependência de Deus, não a riqueza material.
Filipenses 4:19: "E o meu Deus suprirá todas as vossas necessidades, segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus." Aqui, a palavra grega "anapherō" (ἀναφέρω), que significa "suprir" ou "fornecer", faz referência a um suprimento conforme a abundância divina, mas esse suprimento é relacionado principalmente às necessidades espirituais e não materiais.
3 João 1:2: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma." Este versículo, embora deseje prosperidade física e saúde, está mais voltado ao bem-estar holístico, com ênfase no estado espiritual.
Portanto, a ênfase exagerada na prosperidade material não é uma mensagem central do Novo Testamento ou do Antigo Testamento, quando interpretados dentro do contexto mais amplo das Escrituras.
b) Culto de Milagres e Confissão Positiva
Os cultos de milagres, curas e a prática da "confissão positiva" também são características marcantes do neopentecostalismo. Embora a Bíblia ensine sobre curas e milagres (por exemplo, em Atos 3:6, Tiago 5:14-15), esses milagres devem ser entendidos como manifestações do poder de Deus para edificação espiritual, e não como uma forma de atender a desejos materiais.
Em Marcos 11:23-24, a prática da confissão positiva encontra apoio em passagens que falam sobre fé e oração: "Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele." A palavra grega "légō" (λέγω), que significa "dizer" ou "falar", e "pístis" (πίστις), que significa "fé", revela que a fé é essencial para o mover de Deus. Porém, isso não significa que a fé deva ser usada para alcançar ganhos materiais, mas sim para confiar plenamente no poder de Deus para cumprir Sua vontade.
c) A Teologia do Espírito Santo: Diferenças com o Pentecostalismo Clássico
O neopentecostalismo enfatiza de maneira mais intensa a experiência emocional do Espírito Santo, com foco no poder de cura, prosperidade e conquistas pessoais. O batismo no Espírito Santo, enquanto parte essencial do pentecostalismo clássico (com base em Atos 2:4), no neopentecostalismo é frequentemente tratado de maneira mais pragmática, como um meio para alcançar esses objetivos terrenos.
No entanto, o Espírito Santo, segundo o Novo Testamento, é enviado para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8). O papel do Espírito é transformar o caráter do crente, e não ser usado como um meio de prosperidade material. A palavra grega para Espírito Santo, "pneuma" (πνεῦμα), refere-se a algo mais do que apenas poder; é o agente da regeneração e transformação espiritual do crente (João 3:5-8).
3. A Igreja Primitiva e a Doutrina Bíblica
A Igreja primitiva, conforme descrita em Atos, centrava-se na pregação do Evangelho, na edificação da fé através dos dons espirituais (como o falar em línguas, cura, e profecias) e na santificação pessoal e comunitária (Atos 2:42-47). A ênfase estava no crescimento espiritual e no anúncio do Reino de Deus.
Em contraste, muitas práticas neopentecostais enfatizam a prosperidade material e o uso dos dons para atender a necessidades pessoais de maneira imediata, muitas vezes à custa de uma teologia mais profunda da salvação e santificação.
4. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
Estudiosos como David Martin e Harold Turner apontam que o neopentecostalismo surge como uma reação ao secularismo e à globalização, com uma ênfase em poder e cura. O teólogo Peter L. Berger argumenta que o movimento neopentecostal responde ao desejo de controle e sucesso dentro de uma sociedade cada vez mais marcada pela incerteza econômica e social.
Entretanto, Frank Macchia, um teólogo pentecostal, defende que, embora o neopentecostalismo amplie algumas práticas do pentecostalismo clássico, ele corre o risco de diluir a mensagem do Evangelho ao focar excessivamente em bênçãos materiais e não em uma transformação profunda e duradoura do coração e da mente humana.
5. Conclusão: Reflexões Teológicas
A partir da análise bíblica e teológica das práticas neopentecostais, podemos observar que, embora algumas delas estejam de acordo com a Escritura em princípio (como o poder de Deus para curar e transformar vidas), o foco desmedido em prosperidade material, sucesso pessoal e experiências emocionais muitas vezes distorce a verdadeira mensagem bíblica.
Em contraste, a Bíblia ensina que o propósito do Espírito Santo é edificar a vida do crente espiritualmente, fortalecendo-o para viver conforme os princípios do Reino de Deus (Romanos 8:14-17). Portanto, o neopentecostalismo, ao enfatizar mais as bênçãos terrenas, muitas vezes negligencia a santificação e a vivência cristã autêntica, que são centrais na fé cristã.
O Neopentecostalismo Brasileiro
1. Introdução: Definição e Contexto
O termo "neopentecostalismo" é utilizado para descrever um movimento e uma série de práticas que emergiram no contexto brasileiro a partir das décadas de 1970 e 1980, com a popularização de igrejas como a Igreja Universal do Reino de Deus, Renascer em Cristo, entre outras. Esses movimentos são frequentemente caracterizados pela ênfase na prosperidade financeira, na "teologia da vitória", na experiência emocional intensa e em práticas como o "culto de milagres" e a "confissão positiva". Tais práticas se distanciam das raízes do pentecostalismo clássico, originado na cidade de Azusa Street, em 1906, nos Estados Unidos, e representado por igrejas como a Assembleia de Deus, que tem foco na experiência do batismo no Espírito Santo, dons espirituais e santificação.
Embora o neopentecostalismo compartilhe algumas características com o movimento pentecostal clássico, como o ênfase no poder do Espírito Santo e no carisma, suas práticas e ensinamentos diferem significativamente. A questão central é entender a relação entre os ensinamentos bíblicos tradicionais e as práticas que surgem nesses movimentos neopentecostais.
2. As Práticas Neopentecostais: Uma Análise Bíblica
A seguir, abordaremos algumas das práticas características do neopentecostalismo e como elas se relacionam com os ensinamentos bíblicos.
a) Teologia da Prosperidade e Abundância
A "teologia da prosperidade" é uma das marcas distintivas dos movimentos neopentecostais, que ensina que Deus deseja que seus seguidores sejam financeiramente abençoados, saudáveis e bem-sucedidos. Passagens como Salmo 23:1, Filipenses 4:19 e 3 João 1:2 são frequentemente citadas para justificar essa teologia. No entanto, ao analisar essas passagens de maneira mais profunda, é necessário considerar o contexto histórico e cultural, além da raiz das palavras em hebraico e grego.
Salmo 23:1 diz: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará." A palavra hebraica "ra'ah" (רָעָה) para "pastor" significa "cuidar", "alimentar", mas não está necessariamente associada à prosperidade material, mas à provisão espiritual e à proteção. O versículo enfatiza a dependência de Deus, não a riqueza material.
Filipenses 4:19: "E o meu Deus suprirá todas as vossas necessidades, segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus." Aqui, a palavra grega "anapherō" (ἀναφέρω), que significa "suprir" ou "fornecer", faz referência a um suprimento conforme a abundância divina, mas esse suprimento é relacionado principalmente às necessidades espirituais e não materiais.
3 João 1:2: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma." Este versículo, embora deseje prosperidade física e saúde, está mais voltado ao bem-estar holístico, com ênfase no estado espiritual.
Portanto, a ênfase exagerada na prosperidade material não é uma mensagem central do Novo Testamento ou do Antigo Testamento, quando interpretados dentro do contexto mais amplo das Escrituras.
b) Culto de Milagres e Confissão Positiva
Os cultos de milagres, curas e a prática da "confissão positiva" também são características marcantes do neopentecostalismo. Embora a Bíblia ensine sobre curas e milagres (por exemplo, em Atos 3:6, Tiago 5:14-15), esses milagres devem ser entendidos como manifestações do poder de Deus para edificação espiritual, e não como uma forma de atender a desejos materiais.
Em Marcos 11:23-24, a prática da confissão positiva encontra apoio em passagens que falam sobre fé e oração: "Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele." A palavra grega "légō" (λέγω), que significa "dizer" ou "falar", e "pístis" (πίστις), que significa "fé", revela que a fé é essencial para o mover de Deus. Porém, isso não significa que a fé deva ser usada para alcançar ganhos materiais, mas sim para confiar plenamente no poder de Deus para cumprir Sua vontade.
c) A Teologia do Espírito Santo: Diferenças com o Pentecostalismo Clássico
O neopentecostalismo enfatiza de maneira mais intensa a experiência emocional do Espírito Santo, com foco no poder de cura, prosperidade e conquistas pessoais. O batismo no Espírito Santo, enquanto parte essencial do pentecostalismo clássico (com base em Atos 2:4), no neopentecostalismo é frequentemente tratado de maneira mais pragmática, como um meio para alcançar esses objetivos terrenos.
No entanto, o Espírito Santo, segundo o Novo Testamento, é enviado para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8). O papel do Espírito é transformar o caráter do crente, e não ser usado como um meio de prosperidade material. A palavra grega para Espírito Santo, "pneuma" (πνεῦμα), refere-se a algo mais do que apenas poder; é o agente da regeneração e transformação espiritual do crente (João 3:5-8).
3. A Igreja Primitiva e a Doutrina Bíblica
A Igreja primitiva, conforme descrita em Atos, centrava-se na pregação do Evangelho, na edificação da fé através dos dons espirituais (como o falar em línguas, cura, e profecias) e na santificação pessoal e comunitária (Atos 2:42-47). A ênfase estava no crescimento espiritual e no anúncio do Reino de Deus.
Em contraste, muitas práticas neopentecostais enfatizam a prosperidade material e o uso dos dons para atender a necessidades pessoais de maneira imediata, muitas vezes à custa de uma teologia mais profunda da salvação e santificação.
4. Opiniões de Livros Acadêmicos Cristãos
Estudiosos como David Martin e Harold Turner apontam que o neopentecostalismo surge como uma reação ao secularismo e à globalização, com uma ênfase em poder e cura. O teólogo Peter L. Berger argumenta que o movimento neopentecostal responde ao desejo de controle e sucesso dentro de uma sociedade cada vez mais marcada pela incerteza econômica e social.
Entretanto, Frank Macchia, um teólogo pentecostal, defende que, embora o neopentecostalismo amplie algumas práticas do pentecostalismo clássico, ele corre o risco de diluir a mensagem do Evangelho ao focar excessivamente em bênçãos materiais e não em uma transformação profunda e duradoura do coração e da mente humana.
5. Conclusão: Reflexões Teológicas
A partir da análise bíblica e teológica das práticas neopentecostais, podemos observar que, embora algumas delas estejam de acordo com a Escritura em princípio (como o poder de Deus para curar e transformar vidas), o foco desmedido em prosperidade material, sucesso pessoal e experiências emocionais muitas vezes distorce a verdadeira mensagem bíblica.
Em contraste, a Bíblia ensina que o propósito do Espírito Santo é edificar a vida do crente espiritualmente, fortalecendo-o para viver conforme os princípios do Reino de Deus (Romanos 8:14-17). Portanto, o neopentecostalismo, ao enfatizar mais as bênçãos terrenas, muitas vezes negligencia a santificação e a vivência cristã autêntica, que são centrais na fé cristã.
3.1. As inovações do neopentecostalismo. O Movimento Neopentecostal surgiu com algumas inovações que o distinguem dos pentecostais clássicos, inclusive com inovações em seus cultos que nos fazem lembrar do alerta feito pelo Apóstolo Paulo (Cl 2.18). Alguns estudiosos identificam o surgimento dos neopentecostais a partir do final da década de 70, vindo de dissidentes de denominações surgidas a partir da década de 50 e, também, da própria Assembleia de Deus. Entre os neopentecostais, há aqueles que argumentam a necessidade de contextualizar a mensagem para torná-la mais atraente e moderna. Nesse esforço, desprezam a ênfase das Escrituras na chamada de Deus ao arrependimento e à fé cristocêntrica, ensinando uma fé nominal, superficial, utilitária e pragmática (2Tm 4.3,4; 2Pe 2.18,19; 2Tm 3.14-17). Podemos contextualizar, mas sem contaminar nem comprometer a essência da mensagem do Evangelho de Jesus Cristo.
Isael de Araújo (2007, p. 505): “O que justifica essa divisão dentro do pentecostalismo são suas consideráveis distinções de caráter doutrinário e comportamental, suas arrojadas formas de inserção social e seu ethos de afirmação do mundo. Compõem os critérios para a classificação do neopentecostalismo, além do corte histórico-institucional, as diferenças teológicas e, em parte decorrentes dessas, as diferenças comportamentais (abandono do ascetismo intramundano) e sociais (diminuição do sectarismo)’.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
As Inovações do Neopentecostalismo
1. Introdução: O Surgimento do Neopentecostalismo e Suas Inovações
O neopentecostalismo, que surgiu no final da década de 1970, é um movimento que se distingue do pentecostalismo clássico, não apenas pelas mudanças no comportamento e nas práticas litúrgicas, mas também por inovações teológicas e doutrinárias. Ao longo das décadas seguintes, esse movimento foi capaz de atrair um grande número de adeptos com a promessa de uma fé mais "pragmática" e centrada na prosperidade material, na saúde física e na conquista de bênçãos imediatas. Em contrapartida, o pentecostalismo clássico, originado com a Azusa Street em 1906, permanece mais focado na experiência do batismo no Espírito Santo, dons espirituais e na santificação do crente.
A partir de uma análise bíblica e teológica, podemos explorar as inovações do neopentecostalismo, particularmente aquelas que podem ser vistas como afastadas da prática cristã primitiva, conforme nos alertam as Escrituras. O estudo se aprofunda em questões como a superficialidade de uma fé utilitária e pragmática, o abandono de certos princípios de santidade e o impacto de tais inovações no Corpo de Cristo.
2. Inovações do Neopentecostalismo e Suas Implicações Teológicas
a) A Mudança no Foco da Mensagem: Da Santificação para a Prosperidade e Bênçãos Imediatas
A principal inovação do neopentecostalismo é a ênfase em um cristianismo pragmático, onde a prosperidade material e o bem-estar imediato são colocados como objetivos centrais da vida cristã. Isso contrasta com o ensino bíblico que, embora reconheça as bênçãos de Deus, coloca a salvação e a santificação como os maiores bens espirituais (Efésios 2:8-10; 1 Pedro 1:15-16).
- Passagem-chave: Mateus 6:33: "Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." A palavra grega "zēteō" (ζητέω), que significa "buscar", é um comando para priorizar o Reino de Deus e sua justiça acima de todas as outras coisas, o que implica uma vida centrada em valores espirituais e não materiais.
A ênfase nas "coisas" materiais não se encaixa completamente com a mensagem de Cristo, que, ao ensinar sobre a preocupação com o dia a dia, também nos adverte a buscar o Reino de Deus (Lucas 12:31). - Passagem-chave: 1 Timóteo 6:6-10: "Ora, a piedade com contentamento é grande ganho. Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos levar dele." A palavra "piedade" ("eusebeia" - εὐσέβεια), que significa uma vida devotada a Deus, está diretamente associada ao contentamento, não à busca incessante por bens materiais.
b) A Substituição da Fé Cristocêntrica por uma Fé Utilitária e Superficial
O neopentecostalismo tende a transformar a fé em algo utilitário, ou seja, um meio de alcançar benefícios pessoais imediatos, como a cura, a riqueza e o sucesso pessoal. Isso é uma distorção do ensino bíblico, que define a fé como confiança em Deus e em Seu plano redentor para a humanidade, e não como uma ferramenta para atingir objetivos materiais.
- Passagem-chave: 2 Timóteo 4:3-4: "Porque haverá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; antes, segundo as suas próprias concupiscências, amontoarão para si mestres, tendo cosimento de ouvir." A palavra grega para "doutrina" é "didachē" (διδαχή), referindo-se ao ensino correto da fé cristã, que inclui a mensagem do arrependimento, da santificação e da vida eterna em Cristo.
Em contrapartida, a fé cristã é apresentada como um meio para a transformação espiritual, conforme ensinado em Romanos 12:1-2, onde Paulo instrui os crentes a se oferecerem como "sacrifícios vivos", não conformando-se com este mundo, mas sendo transformados pela renovação da mente.
c) O Abandono do Ascetismo Intramundano e a Aceitação de Práticas Seculares
O neopentecostalismo apresenta uma diminuição da ênfase no ascetismo intramundano (a renúncia aos prazeres mundanos para viver uma vida mais pura e focada em Deus), que caracteriza as igrejas pentecostais clássicas. O movimento neopentecostal tem se tornado mais aberto às práticas culturais, econômicas e sociais modernas, sem uma clara separação do mundo.
- Passagem-chave: 2 Coríntios 6:17: "Por isso, saí do meio deles e separai-vos, diz o Senhor, e não toqueis em coisas imundas, e eu vos receberei." A palavra grega para "separai-vos" é "aphorizō" (ἀφορίζω), que significa "separar" ou "desassociar", enfatizando a necessidade de viver de maneira distinta do sistema mundano, não absorvendo suas práticas e valores.
A chamada para uma vida de santidade e separação do mundo (1 João 2:15-17) parece ser minimizada no neopentecostalismo, que, muitas vezes, foca mais na aceitação das influências culturais do que na distinção espiritual proposta pelas Escrituras.
d) A "Contextualização" da Mensagem: Tornar a Mensagem Atraente e Moderna
A contextualização da mensagem do Evangelho, que é um esforço para torná-la mais acessível a uma sociedade moderna e pluralista, tem sido uma característica do neopentecostalismo. Contudo, a verdadeira contextualização deve preservar a essência da mensagem de arrependimento, fé e santificação, sem adulterá-la para agradar aos desejos da cultura.
- Passagem-chave: 1 Coríntios 9:22-23: "Fiz-me fraco para com os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios salvar alguns. E faço tudo por causa do evangelho, para ser co-participante dele." A palavra grega "ginomai" (γίνομαι), que significa "tornar-se", indica a flexibilidade de Paulo para adaptar seu comportamento, mas sem comprometer o conteúdo do Evangelho.
A contextualização não deve comprometer o coração do Evangelho, que é a mensagem de salvação em Cristo, como bem expresso em 1 Coríntios 15:3-4, onde Paulo resume a essência do Evangelho: a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo.
3. Considerações Teológicas: O Impacto da Inovação Neopentecostal
O movimento neopentecostal, ao introduzir essas inovações, tem causado um afastamento da mensagem cristã fundamental. As Escrituras continuam a afirmar que o propósito do Evangelho é a transformação interior do crente e a vivência do Reino de Deus, e não o alcance de benefícios materiais.
Em 2 Pedro 2:18-19, o apóstolo alerta contra aqueles que, com palavras arrogantes, prometem liberdade, mas são escravizados por suas próprias paixões e desejos. A busca incessante por riquezas materiais e o foco em uma fé pragmática podem ser um reflexo dessas falsas promessas.
Isael de Araújo (2007, p. 505) observa que as inovações do neopentecostalismo, embora ofereçam uma forma de inserção social mais dinâmica, acabam por diluir a pureza da mensagem evangélica, enfatizando mais o mundo e a afirmação pessoal do que a santificação e a chamada ao arrependimento.
4. Conclusão: Contextualização Sem Compromisso com a Essência do Evangelho
A principal lição a ser aprendida é que, embora a contextualização da mensagem seja válida para alcançar diferentes culturas e contextos, ela não pode comprometer a essência do Evangelho. A mensagem de arrependimento, fé cristocêntrica e santificação continua sendo a base sólida da fé cristã e não deve ser substituída por uma fé utilitária e pragmática que promete prosperidade material como um fim último.
A contextualização que honra a Palavra de Deus é aquela que apresenta o Evangelho com clareza, sem distorcer seu conteúdo para agradar as expectativas humanas, mas sempre apontando para Cristo como a única resposta às necessidades profundas do ser humano.
As Inovações do Neopentecostalismo
1. Introdução: O Surgimento do Neopentecostalismo e Suas Inovações
O neopentecostalismo, que surgiu no final da década de 1970, é um movimento que se distingue do pentecostalismo clássico, não apenas pelas mudanças no comportamento e nas práticas litúrgicas, mas também por inovações teológicas e doutrinárias. Ao longo das décadas seguintes, esse movimento foi capaz de atrair um grande número de adeptos com a promessa de uma fé mais "pragmática" e centrada na prosperidade material, na saúde física e na conquista de bênçãos imediatas. Em contrapartida, o pentecostalismo clássico, originado com a Azusa Street em 1906, permanece mais focado na experiência do batismo no Espírito Santo, dons espirituais e na santificação do crente.
A partir de uma análise bíblica e teológica, podemos explorar as inovações do neopentecostalismo, particularmente aquelas que podem ser vistas como afastadas da prática cristã primitiva, conforme nos alertam as Escrituras. O estudo se aprofunda em questões como a superficialidade de uma fé utilitária e pragmática, o abandono de certos princípios de santidade e o impacto de tais inovações no Corpo de Cristo.
2. Inovações do Neopentecostalismo e Suas Implicações Teológicas
a) A Mudança no Foco da Mensagem: Da Santificação para a Prosperidade e Bênçãos Imediatas
A principal inovação do neopentecostalismo é a ênfase em um cristianismo pragmático, onde a prosperidade material e o bem-estar imediato são colocados como objetivos centrais da vida cristã. Isso contrasta com o ensino bíblico que, embora reconheça as bênçãos de Deus, coloca a salvação e a santificação como os maiores bens espirituais (Efésios 2:8-10; 1 Pedro 1:15-16).
- Passagem-chave: Mateus 6:33: "Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." A palavra grega "zēteō" (ζητέω), que significa "buscar", é um comando para priorizar o Reino de Deus e sua justiça acima de todas as outras coisas, o que implica uma vida centrada em valores espirituais e não materiais.
A ênfase nas "coisas" materiais não se encaixa completamente com a mensagem de Cristo, que, ao ensinar sobre a preocupação com o dia a dia, também nos adverte a buscar o Reino de Deus (Lucas 12:31). - Passagem-chave: 1 Timóteo 6:6-10: "Ora, a piedade com contentamento é grande ganho. Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos levar dele." A palavra "piedade" ("eusebeia" - εὐσέβεια), que significa uma vida devotada a Deus, está diretamente associada ao contentamento, não à busca incessante por bens materiais.
b) A Substituição da Fé Cristocêntrica por uma Fé Utilitária e Superficial
O neopentecostalismo tende a transformar a fé em algo utilitário, ou seja, um meio de alcançar benefícios pessoais imediatos, como a cura, a riqueza e o sucesso pessoal. Isso é uma distorção do ensino bíblico, que define a fé como confiança em Deus e em Seu plano redentor para a humanidade, e não como uma ferramenta para atingir objetivos materiais.
- Passagem-chave: 2 Timóteo 4:3-4: "Porque haverá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; antes, segundo as suas próprias concupiscências, amontoarão para si mestres, tendo cosimento de ouvir." A palavra grega para "doutrina" é "didachē" (διδαχή), referindo-se ao ensino correto da fé cristã, que inclui a mensagem do arrependimento, da santificação e da vida eterna em Cristo.
Em contrapartida, a fé cristã é apresentada como um meio para a transformação espiritual, conforme ensinado em Romanos 12:1-2, onde Paulo instrui os crentes a se oferecerem como "sacrifícios vivos", não conformando-se com este mundo, mas sendo transformados pela renovação da mente.
c) O Abandono do Ascetismo Intramundano e a Aceitação de Práticas Seculares
O neopentecostalismo apresenta uma diminuição da ênfase no ascetismo intramundano (a renúncia aos prazeres mundanos para viver uma vida mais pura e focada em Deus), que caracteriza as igrejas pentecostais clássicas. O movimento neopentecostal tem se tornado mais aberto às práticas culturais, econômicas e sociais modernas, sem uma clara separação do mundo.
- Passagem-chave: 2 Coríntios 6:17: "Por isso, saí do meio deles e separai-vos, diz o Senhor, e não toqueis em coisas imundas, e eu vos receberei." A palavra grega para "separai-vos" é "aphorizō" (ἀφορίζω), que significa "separar" ou "desassociar", enfatizando a necessidade de viver de maneira distinta do sistema mundano, não absorvendo suas práticas e valores.
A chamada para uma vida de santidade e separação do mundo (1 João 2:15-17) parece ser minimizada no neopentecostalismo, que, muitas vezes, foca mais na aceitação das influências culturais do que na distinção espiritual proposta pelas Escrituras.
d) A "Contextualização" da Mensagem: Tornar a Mensagem Atraente e Moderna
A contextualização da mensagem do Evangelho, que é um esforço para torná-la mais acessível a uma sociedade moderna e pluralista, tem sido uma característica do neopentecostalismo. Contudo, a verdadeira contextualização deve preservar a essência da mensagem de arrependimento, fé e santificação, sem adulterá-la para agradar aos desejos da cultura.
- Passagem-chave: 1 Coríntios 9:22-23: "Fiz-me fraco para com os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios salvar alguns. E faço tudo por causa do evangelho, para ser co-participante dele." A palavra grega "ginomai" (γίνομαι), que significa "tornar-se", indica a flexibilidade de Paulo para adaptar seu comportamento, mas sem comprometer o conteúdo do Evangelho.
A contextualização não deve comprometer o coração do Evangelho, que é a mensagem de salvação em Cristo, como bem expresso em 1 Coríntios 15:3-4, onde Paulo resume a essência do Evangelho: a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo.
3. Considerações Teológicas: O Impacto da Inovação Neopentecostal
O movimento neopentecostal, ao introduzir essas inovações, tem causado um afastamento da mensagem cristã fundamental. As Escrituras continuam a afirmar que o propósito do Evangelho é a transformação interior do crente e a vivência do Reino de Deus, e não o alcance de benefícios materiais.
Em 2 Pedro 2:18-19, o apóstolo alerta contra aqueles que, com palavras arrogantes, prometem liberdade, mas são escravizados por suas próprias paixões e desejos. A busca incessante por riquezas materiais e o foco em uma fé pragmática podem ser um reflexo dessas falsas promessas.
Isael de Araújo (2007, p. 505) observa que as inovações do neopentecostalismo, embora ofereçam uma forma de inserção social mais dinâmica, acabam por diluir a pureza da mensagem evangélica, enfatizando mais o mundo e a afirmação pessoal do que a santificação e a chamada ao arrependimento.
4. Conclusão: Contextualização Sem Compromisso com a Essência do Evangelho
A principal lição a ser aprendida é que, embora a contextualização da mensagem seja válida para alcançar diferentes culturas e contextos, ela não pode comprometer a essência do Evangelho. A mensagem de arrependimento, fé cristocêntrica e santificação continua sendo a base sólida da fé cristã e não deve ser substituída por uma fé utilitária e pragmática que promete prosperidade material como um fim último.
A contextualização que honra a Palavra de Deus é aquela que apresenta o Evangelho com clareza, sem distorcer seu conteúdo para agradar as expectativas humanas, mas sempre apontando para Cristo como a única resposta às necessidades profundas do ser humano.
3.2. A pluralidade Neopentecostal. A pluralidade na liturgia pentecostal tem sido alvo de constantes estudos. Essa corrente teológica recorre a promessas e discursos mágicos para a resolução de problemas diversos, como os relacionados à vida financeira e à saúde. Muitos desses cultos chamam a atenção pelos excessos cometidos nos púlpitos, os quais tomam o lugar de Cristo na pregação. Na realidade, Cristo não é o mais importante; mas os sinais.
Pastor Lourival Dias Neto (2002, p. 7): “Por ser excessivamente tolerante, o neopentecostalismo se tornou um movimento de inclusão, aceitando no seu seio todo tipo de pensamento e prática. Por ser pluralista, é um movimento que agrega, sem critérios, toda nova visão que aparece, desde que venha acompanhada de uma virtual autoridade ( i Jo 4.1). É um movimento que não valoriza a reflexão bíblica, até porque a Bíblia é um instrumento adaptado aos propósitos de sua teologia, e se nega a sujeitar-se àquilo que realmente ela diz, enfocando apenas o que se quer (1Tm 4.1,2)”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Pluralidade Neopentecostal e Seus Efeitos na Liturgia e Doutrina
1. Introdução: A Pluralidade Neopentecostal e Seus Efeitos na Liturgia e Doutrina
A pluralidade dentro do movimento neopentecostal se reflete, em grande parte, nas práticas litúrgicas, nas crenças e no ensino bíblico. Como apontado por Pastor Lourival Dias Neto (2002, p. 7), o neopentecostalismo, por ser excessivamente tolerante e pluralista, tem se tornado um movimento inclusivo, que aceita uma grande diversidade de práticas e doutrinas, muitas vezes sem critérios sólidos, o que compromete a pureza da fé cristã tradicional.
Essa pluralidade se manifesta principalmente no foco exagerado nos "sinais" e nas "promessas" (muitas vezes mágicas ou utilitárias), que tomam o centro da pregação no lugar de Cristo. Em vez de a pregação se concentrar na salvação, arrependimento e santificação, temas essenciais da fé cristã, há uma distorção do Evangelho que foca em curas físicas, prosperidade financeira e soluções rápidas para problemas cotidianos.
Este estudo busca explorar as implicações teológicas dessa pluralidade e os efeitos na liturgia neopentecostal, com base nas Escrituras Sagradas e no ensino bíblico sobre o verdadeiro propósito dos sinais e da pregação cristã.
2. A Pluralidade Neopentecostal: Aceitação de Práticas e Doutrinas Sem Critérios Bíblicos
a) O Perigo da Tolerância Excessiva e a Adoção de Práticas Não Bíblicas
A pluralidade na liturgia neopentecostal resulta em um movimento que, como bem aponta Lourival Dias Neto, aceita uma grande variedade de práticas e doutrinas sem os devidos critérios bíblicos. Isso cria um espaço onde a verdade bíblica é relativizada e onde novos "ensinamentos" podem ser inseridos com facilidade, desde que pareçam ter autoridade (i.e., acompanhados de uma suposta revelação ou liderança).
- Passagem-chave: 1 João 4:1: "Amados, não deis crédito a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo." O verbo "prova" (δοκιμάζετε - dokimazete) indica a necessidade de testar, discernir e avaliar as doutrinas de acordo com a Palavra de Deus. A pluralidade sem critérios resulta em um "certo" relativo que pode enfraquecer a verdadeira fé.
O apóstolo João nos exorta a testar os espíritos, ou seja, as doutrinas, para garantir que elas estejam alinhadas com o evangelho de Cristo. A pluralidade que promove aceitação irrestrita de práticas e doutrinas novas sem um filtro bíblico adequado pode conduzir os fiéis a práticas que não têm fundamento na Escritura.
b) A Substituição de Cristo pelos Sinais: A Preocupação com o Milagre em vez da Salvação
A ênfase nos sinais e maravilhas, como soluções mágicas para os problemas humanos, tem sido uma característica do movimento neopentecostal. Isso se reflete na maneira como os cultos se concentram mais nas curas e promessas materiais, em vez de apontar para a centralidade de Cristo na vida cristã e na pregação do evangelho.
- Passagem-chave: Mateus 12:39: "Ele, porém, respondeu e disse-lhes: A geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas." A palavra "sinal" (σημεῖον - sēmeion) é usada aqui para descrever algo que indica ou aponta para a verdadeira mensagem. Jesus afirma que a busca por sinais sem arrependimento e fé genuína é uma busca errada.
Jesus nos ensina que a busca excessiva por sinais e milagres pode ser uma expressão de incredulidade e superficialidade espiritual. A pregação cristã deve apontar para Cristo, e não para os sinais, que devem sempre ser vistos como evidências do poder de Deus, não o fim em si mesmos.
- Passagem-chave: João 6:26-27: "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, selou." A palavra "trabalhai" (ἐργάζεσθε - ergazesthe) implica um esforço mais profundo do que uma simples busca por bênçãos imediatas, mas por uma vida voltada para o reino eterno.
3. O Abandono da Reflexão Bíblica e a Subjetivação da Fé
Outro aspecto crítico do neopentecostalismo é a tendência de abandonar a reflexão bíblica em favor de práticas e doutrinas subjetivas, muitas vezes baseadas em experiências pessoais ou revelações individuais. Isso leva à formação de uma fé superficial, onde as Escrituras são manipuladas para se adequarem a desejos e interpretações pessoais, e não à verdadeira revelação de Deus.
- Passagem-chave: 1 Timóteo 4:1-2: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência." O verbo "apostatarão" (ἀποστήσονται - apostēsontai) indica uma separação da fé verdadeira, levando as pessoas a se desviarem de uma doutrina sólida para doutrinas que agradam aos seus próprios desejos.
Aqui, Paulo nos alerta sobre o perigo de doutrinas enganosas que afastam os cristãos da verdadeira fé, substituindo a verdade bíblica por ensinamentos que atendem a interesses pessoais e desejos momentâneos.
- Passagem-chave: 2 Timóteo 4:3-4: "Porque haverá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; antes, segundo as suas próprias concupiscências, amontoarão para si mestres, tendo cosimento de ouvir." O verbo "amontoarão" (ἐπισωρεύσουσιν - episōreusousin) implica uma busca por mestres que agradam às suas próprias inclinações, negligenciando a verdade da Palavra de Deus.
4. O Papel da Bíblia no Neopentecostalismo: Uma Ferramenta Adaptada aos Propósitos do Movimento
A ideia de que a Bíblia no neopentecostalismo é "adaptada" para os propósitos do movimento é uma crítica séria à maneira como as Escrituras são interpretadas. Em vez de se submeterem à Palavra de Deus como autoridade final, muitos movimentos neopentecostais tomam passagens fora de contexto para justificar práticas e ensinamentos que não são alinhados com o evangelho de Cristo.
- Passagem-chave: 2 Pedro 3:16: "Há nelas coisas difíceis de entender, as quais os indoutos e inconstantes torcem, como também as outras Escrituras, para sua própria perdição." A palavra "torcem" (στρέφω - strephō) indica a manipulação da Escritura para justificar algo que não é a verdadeira interpretação da Palavra de Deus.
5. Conclusão: O Desafio de Retornar à Verdadeira Pregação do Evangelho
O movimento neopentecostal, em sua pluralidade, muitas vezes compromete a verdadeira pregação do evangelho ao substituir a centralidade de Cristo pelos sinais, ao enfraquecer a reflexão bíblica e ao permitir que práticas não bíblicas sejam inseridas na liturgia. O cristão deve sempre lembrar que a Palavra de Deus é a autoridade final e que os sinais e maravilhas são meios para apontar para Cristo, e não o fim em si mesmos.
Isael de Araújo (2007) reforça que o neopentecostalismo tem se distanciado da pureza doutrinária e da santificação que caracterizam o cristianismo bíblico, enfatizando a importância de retornar à reflexão bíblica e à pregação cristocêntrica, como a única resposta fiel e verdadeira aos desafios do mundo atual.
A Pluralidade Neopentecostal e Seus Efeitos na Liturgia e Doutrina
1. Introdução: A Pluralidade Neopentecostal e Seus Efeitos na Liturgia e Doutrina
A pluralidade dentro do movimento neopentecostal se reflete, em grande parte, nas práticas litúrgicas, nas crenças e no ensino bíblico. Como apontado por Pastor Lourival Dias Neto (2002, p. 7), o neopentecostalismo, por ser excessivamente tolerante e pluralista, tem se tornado um movimento inclusivo, que aceita uma grande diversidade de práticas e doutrinas, muitas vezes sem critérios sólidos, o que compromete a pureza da fé cristã tradicional.
Essa pluralidade se manifesta principalmente no foco exagerado nos "sinais" e nas "promessas" (muitas vezes mágicas ou utilitárias), que tomam o centro da pregação no lugar de Cristo. Em vez de a pregação se concentrar na salvação, arrependimento e santificação, temas essenciais da fé cristã, há uma distorção do Evangelho que foca em curas físicas, prosperidade financeira e soluções rápidas para problemas cotidianos.
Este estudo busca explorar as implicações teológicas dessa pluralidade e os efeitos na liturgia neopentecostal, com base nas Escrituras Sagradas e no ensino bíblico sobre o verdadeiro propósito dos sinais e da pregação cristã.
2. A Pluralidade Neopentecostal: Aceitação de Práticas e Doutrinas Sem Critérios Bíblicos
a) O Perigo da Tolerância Excessiva e a Adoção de Práticas Não Bíblicas
A pluralidade na liturgia neopentecostal resulta em um movimento que, como bem aponta Lourival Dias Neto, aceita uma grande variedade de práticas e doutrinas sem os devidos critérios bíblicos. Isso cria um espaço onde a verdade bíblica é relativizada e onde novos "ensinamentos" podem ser inseridos com facilidade, desde que pareçam ter autoridade (i.e., acompanhados de uma suposta revelação ou liderança).
- Passagem-chave: 1 João 4:1: "Amados, não deis crédito a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo." O verbo "prova" (δοκιμάζετε - dokimazete) indica a necessidade de testar, discernir e avaliar as doutrinas de acordo com a Palavra de Deus. A pluralidade sem critérios resulta em um "certo" relativo que pode enfraquecer a verdadeira fé.
O apóstolo João nos exorta a testar os espíritos, ou seja, as doutrinas, para garantir que elas estejam alinhadas com o evangelho de Cristo. A pluralidade que promove aceitação irrestrita de práticas e doutrinas novas sem um filtro bíblico adequado pode conduzir os fiéis a práticas que não têm fundamento na Escritura.
b) A Substituição de Cristo pelos Sinais: A Preocupação com o Milagre em vez da Salvação
A ênfase nos sinais e maravilhas, como soluções mágicas para os problemas humanos, tem sido uma característica do movimento neopentecostal. Isso se reflete na maneira como os cultos se concentram mais nas curas e promessas materiais, em vez de apontar para a centralidade de Cristo na vida cristã e na pregação do evangelho.
- Passagem-chave: Mateus 12:39: "Ele, porém, respondeu e disse-lhes: A geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas." A palavra "sinal" (σημεῖον - sēmeion) é usada aqui para descrever algo que indica ou aponta para a verdadeira mensagem. Jesus afirma que a busca por sinais sem arrependimento e fé genuína é uma busca errada.
Jesus nos ensina que a busca excessiva por sinais e milagres pode ser uma expressão de incredulidade e superficialidade espiritual. A pregação cristã deve apontar para Cristo, e não para os sinais, que devem sempre ser vistos como evidências do poder de Deus, não o fim em si mesmos.
- Passagem-chave: João 6:26-27: "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, selou." A palavra "trabalhai" (ἐργάζεσθε - ergazesthe) implica um esforço mais profundo do que uma simples busca por bênçãos imediatas, mas por uma vida voltada para o reino eterno.
3. O Abandono da Reflexão Bíblica e a Subjetivação da Fé
Outro aspecto crítico do neopentecostalismo é a tendência de abandonar a reflexão bíblica em favor de práticas e doutrinas subjetivas, muitas vezes baseadas em experiências pessoais ou revelações individuais. Isso leva à formação de uma fé superficial, onde as Escrituras são manipuladas para se adequarem a desejos e interpretações pessoais, e não à verdadeira revelação de Deus.
- Passagem-chave: 1 Timóteo 4:1-2: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência." O verbo "apostatarão" (ἀποστήσονται - apostēsontai) indica uma separação da fé verdadeira, levando as pessoas a se desviarem de uma doutrina sólida para doutrinas que agradam aos seus próprios desejos.
Aqui, Paulo nos alerta sobre o perigo de doutrinas enganosas que afastam os cristãos da verdadeira fé, substituindo a verdade bíblica por ensinamentos que atendem a interesses pessoais e desejos momentâneos.
- Passagem-chave: 2 Timóteo 4:3-4: "Porque haverá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; antes, segundo as suas próprias concupiscências, amontoarão para si mestres, tendo cosimento de ouvir." O verbo "amontoarão" (ἐπισωρεύσουσιν - episōreusousin) implica uma busca por mestres que agradam às suas próprias inclinações, negligenciando a verdade da Palavra de Deus.
4. O Papel da Bíblia no Neopentecostalismo: Uma Ferramenta Adaptada aos Propósitos do Movimento
A ideia de que a Bíblia no neopentecostalismo é "adaptada" para os propósitos do movimento é uma crítica séria à maneira como as Escrituras são interpretadas. Em vez de se submeterem à Palavra de Deus como autoridade final, muitos movimentos neopentecostais tomam passagens fora de contexto para justificar práticas e ensinamentos que não são alinhados com o evangelho de Cristo.
- Passagem-chave: 2 Pedro 3:16: "Há nelas coisas difíceis de entender, as quais os indoutos e inconstantes torcem, como também as outras Escrituras, para sua própria perdição." A palavra "torcem" (στρέφω - strephō) indica a manipulação da Escritura para justificar algo que não é a verdadeira interpretação da Palavra de Deus.
5. Conclusão: O Desafio de Retornar à Verdadeira Pregação do Evangelho
O movimento neopentecostal, em sua pluralidade, muitas vezes compromete a verdadeira pregação do evangelho ao substituir a centralidade de Cristo pelos sinais, ao enfraquecer a reflexão bíblica e ao permitir que práticas não bíblicas sejam inseridas na liturgia. O cristão deve sempre lembrar que a Palavra de Deus é a autoridade final e que os sinais e maravilhas são meios para apontar para Cristo, e não o fim em si mesmos.
Isael de Araújo (2007) reforça que o neopentecostalismo tem se distanciado da pureza doutrinária e da santificação que caracterizam o cristianismo bíblico, enfatizando a importância de retornar à reflexão bíblica e à pregação cristocêntrica, como a única resposta fiel e verdadeira aos desafios do mundo atual.
3.3. As fontes do neopentecostalismo. Muitos ensinamentos e práticas neopentecostais vêm de movimentos surgidos nos EUA, a exemplo dos conduzidos por Essek William Kenyon (1867-1948) e Kenneth Erwin Hagin (1917-2003). Esses pregadores foram a inspiração ideológica de movimentos americanos que, por sua vez, influenciaram os movimentos neopentecostais. Kenyon e Hagin foram os primeiros a difundir os ensinamentos que, mais tarde, ficariam conhecidos no Brasil como “Teologia da Prosperidade”.
Claudionor de Andrade (2013, p. 276): “O neopentecostalismo foi recebido como a esperada alternativa dos evangélicos que, apesar de não se sentirem bem nas denominações históricas, achavam se pouco à vontade no pentecostalismo clássico. Embora não empreste tanta ênfase ao batismo no Espírito Santo e aos dons espirituais, o neopentecostalismo faz questão de dinamizar sua liturgia. Na década de 1990, grande parte de seus pregadores começaram a incluir em suas mensagens elementos da Teologia da Prosperidade, Confissão Positiva e Triunfalismo. Doutrinas estas rechaçadas energicamente pelo pentecostalismo bíblico e ortodoxo.”
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
As Fontes do Neopentecostalismo e suas Influências Teológicas
1. Introdução: As Fontes do Neopentecostalismo
O movimento neopentecostal tem sido caracterizado por práticas litúrgicas dinâmicas e uma ênfase em ensinos que muitas vezes se distanciam das doutrinas históricas do cristianismo. A Teologia da Prosperidade, a Confissão Positiva e o Triunfalismo são conceitos que marcaram sua trajetória, especialmente a partir da década de 1990, quando muitos de seus pregadores começaram a integrar essas doutrinas em suas mensagens. O neopentecostalismo, como pontuado por Claudionor de Andrade (2013, p. 276), surgiu como uma alternativa para os evangélicos que não se sentiam confortáveis nas denominações históricas, mas tampouco estavam totalmente integrados ao pentecostalismo clássico. Apesar de sua ênfase em práticas litúrgicas vibrantes, o movimento neopentecostal deu uma maior atenção à prosperidade material e ao poder da palavra falada, muitas vezes em detrimento de uma sólida reflexão bíblica.
As influências dessas doutrinas se originaram, em grande parte, em movimentos e pregadores dos Estados Unidos, como Essek William Kenyon (1867-1948) e Kenneth Erwin Hagin (1917-2003), que foram pioneiros na disseminação da Teologia da Prosperidade, uma doutrina que vincula a fé e a confissão positiva à prosperidade material e à cura física.
Este estudo busca analisar as fontes do neopentecostalismo, suas doutrinas centrais e a luz das Escrituras, oferecendo uma reflexão crítica sobre os princípios teológicos dessa corrente.
2. As Influências de Essek William Kenyon e Kenneth Hagin
a) Essek William Kenyon e a Origem da Teologia da Prosperidade
Essek William Kenyon foi um pregador e escritor cristão americano que teve grande influência no desenvolvimento da Teologia da Prosperidade. Ele ensinava que, por meio de palavras proferidas com fé, os cristãos poderiam alcançar prosperidade material e cura física, além de outras bênçãos. Seu enfoque era na "confissão positiva", em que a fé era vista como uma força que molda a realidade material e espiritual do indivíduo.
- Teologia da Prosperidade: A base dessa doutrina está em textos como Marcos 11:23: "Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele." A palavra "dizer" (λέγω - legō) e "crer" (πιστεύω - pisteuō) neste versículo, conforme a interpretação de Kenyon, seria uma chave para a manifestação da fé que traz prosperidade.
Kenyon baseava suas ideias em passagens bíblicas como esta, acreditando que a confissão positiva, quando feita com fé, poderia gerar a realidade que o cristão desejava, como prosperidade material ou cura.
b) Kenneth Hagin e o Avanço da Confissão Positiva
Kenneth Hagin, que influenciou profundamente o movimento neopentecostal, levou a Teologia da Prosperidade a um nível mais sofisticado. Ele ensinava que a fé era um "meio de produzir" a realidade, e que através da confissão positiva, a pessoa poderia alterar sua realidade de sofrimento para prosperidade e saúde. Hagin enfatizava que a palavra falada tinha o poder de moldar a vida do crente, associando essa prática ao poder de Deus.
- Confissão Positiva e a Palavra de Fé: A doutrina da confissão positiva foi uma das marcas do ensino de Hagin. Ela se apoia em passagens como Romanos 10:9: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." A palavra "confessar" (ὁμολογέω - homologeō) aqui, é utilizada para refletir a ideia de que a declaração pública ou verbalizada da fé traz consigo o cumprimento da promessa de salvação. Hagin extrapola essa ideia para outras áreas da vida, como saúde e finanças.
3. As Doutrinas Neopentecostais e Suas Implicações Teológicas
a) Teologia da Prosperidade: A Relacionamento Entre Fé e Riqueza
A Teologia da Prosperidade ensina que a riqueza e a saúde são direitos divinos dos cristãos. Esse ensino está profundamente enraizado na crença de que a fé é uma força que ativa a prosperidade material.
- Passagem-chave: 2 Coríntios 8:9: "Porque já conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza, vós fosses enriquecidos." A palavra "enriquecidos" (πλουτίζω - ploutizō) é usada aqui em um sentido espiritual, referindo-se à abundância da graça de Cristo, que nos oferece riquezas espirituais, e não necessariamente bens materiais.
A associação entre riqueza material e bênçãos espirituais é uma interpretação contestada pelas Escrituras, especialmente quando colocada no contexto de uma vida de fé que, muitas vezes, implica em sofrimento, humildade e sacrifício (cf. Mateus 6:19-21).
b) Confissão Positiva: A Palavra como Força Criativa
A ideia central da confissão positiva é que o crente pode criar ou alterar sua realidade ao falar palavras de fé. Esse conceito é derivado de passagens como Marcos 11:23, que foi muito enfatizada por Kenyon e Hagin.
- Passagem-chave: Provérbios 18:21: "A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto." A palavra "língua" (לָשׁוֹן - lashon) aqui, no hebraico, pode ser vista como a expressão verbal do coração, refletindo o poder que a palavra tem de construir ou destruir. Embora esse versículo fale do poder da palavra, a interpretação neopentecostal tende a exagerar, aplicando-a à criação de prosperidade material, o que não está necessariamente no contexto original das Escrituras.
c) Triunfalismo: A Fé Como Garantia de Vitória
O Triunfalismo no neopentecostalismo é uma doutrina que prega a vitória contínua sobre todos os problemas da vida, baseando-se na ideia de que o cristão é um "vencedor" em todas as áreas, incluindo saúde e finanças.
- Passagem-chave: Romanos 8:37: "Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou." A palavra "vencedores" (νικῶν - nikōn) é um termo que denota a vitória em Cristo, mas no contexto original, esta vitória se refere principalmente à vitória sobre o pecado e a morte, não necessariamente sobre as dificuldades materiais da vida.
4. Reflexão Crítica à Luz das Escrituras
Embora a Teologia da Prosperidade e a Confissão Positiva tenham raízes em certos textos bíblicos, a interpretação e aplicação dessas doutrinas no contexto neopentecostal frequentemente distorcem o ensino bíblico tradicional. A Bíblia, ao invés de ser utilizada como uma ferramenta para a manifestação de desejos materiais, aponta para uma vida de fé, santidade, sofrimento e renúncia. Jesus Cristo, por exemplo, nunca prometeu riqueza material como sinal de bênção para os cristãos, mas garantiu Sua presença e vitória espiritual (cf. Mateus 16:24; João 16:33).
Passagem-chave: Filipenses 4:12-13: "Sei passar necessidade, sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece." A ênfase de Paulo aqui não está na prosperidade material, mas na suficiência espiritual em Cristo, algo muitas vezes negligenciado nas doutrinas neopentecostais.
5. Conclusão: O Desafio Teológico do Neopentecostalismo
A Teologia da Prosperidade, a Confissão Positiva e o Triunfalismo representam um desvio significativo da tradição cristã ortodoxa. Embora baseados em passagens da Bíblia, esses ensinamentos muitas vezes distorcem o propósito original das Escrituras, que enfatizam uma vida de fé, serviço, e santificação, em vez de uma busca incessante por prosperidade material.
O cristão é chamado a viver com fé em Cristo, não no poder da confissão para alcançar riquezas temporais, mas em confiança na suficiência de Cristo para todas as suas necessidades espirituais e materiais, conforme a vontade soberana de Deus.
Referências Acadêmicas:
- McConnell, W. (1995). A Prosperidade: Uma Análise Crítica.
- Claudionor de Andrade (2013). O Neopentecostalismo e sua Influência no Brasil.
- Franklin, S. (2007). Teologia e Prosperidade: Uma Reflexão Crítica.
As Fontes do Neopentecostalismo e suas Influências Teológicas
1. Introdução: As Fontes do Neopentecostalismo
O movimento neopentecostal tem sido caracterizado por práticas litúrgicas dinâmicas e uma ênfase em ensinos que muitas vezes se distanciam das doutrinas históricas do cristianismo. A Teologia da Prosperidade, a Confissão Positiva e o Triunfalismo são conceitos que marcaram sua trajetória, especialmente a partir da década de 1990, quando muitos de seus pregadores começaram a integrar essas doutrinas em suas mensagens. O neopentecostalismo, como pontuado por Claudionor de Andrade (2013, p. 276), surgiu como uma alternativa para os evangélicos que não se sentiam confortáveis nas denominações históricas, mas tampouco estavam totalmente integrados ao pentecostalismo clássico. Apesar de sua ênfase em práticas litúrgicas vibrantes, o movimento neopentecostal deu uma maior atenção à prosperidade material e ao poder da palavra falada, muitas vezes em detrimento de uma sólida reflexão bíblica.
As influências dessas doutrinas se originaram, em grande parte, em movimentos e pregadores dos Estados Unidos, como Essek William Kenyon (1867-1948) e Kenneth Erwin Hagin (1917-2003), que foram pioneiros na disseminação da Teologia da Prosperidade, uma doutrina que vincula a fé e a confissão positiva à prosperidade material e à cura física.
Este estudo busca analisar as fontes do neopentecostalismo, suas doutrinas centrais e a luz das Escrituras, oferecendo uma reflexão crítica sobre os princípios teológicos dessa corrente.
2. As Influências de Essek William Kenyon e Kenneth Hagin
a) Essek William Kenyon e a Origem da Teologia da Prosperidade
Essek William Kenyon foi um pregador e escritor cristão americano que teve grande influência no desenvolvimento da Teologia da Prosperidade. Ele ensinava que, por meio de palavras proferidas com fé, os cristãos poderiam alcançar prosperidade material e cura física, além de outras bênçãos. Seu enfoque era na "confissão positiva", em que a fé era vista como uma força que molda a realidade material e espiritual do indivíduo.
- Teologia da Prosperidade: A base dessa doutrina está em textos como Marcos 11:23: "Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele." A palavra "dizer" (λέγω - legō) e "crer" (πιστεύω - pisteuō) neste versículo, conforme a interpretação de Kenyon, seria uma chave para a manifestação da fé que traz prosperidade.
Kenyon baseava suas ideias em passagens bíblicas como esta, acreditando que a confissão positiva, quando feita com fé, poderia gerar a realidade que o cristão desejava, como prosperidade material ou cura.
b) Kenneth Hagin e o Avanço da Confissão Positiva
Kenneth Hagin, que influenciou profundamente o movimento neopentecostal, levou a Teologia da Prosperidade a um nível mais sofisticado. Ele ensinava que a fé era um "meio de produzir" a realidade, e que através da confissão positiva, a pessoa poderia alterar sua realidade de sofrimento para prosperidade e saúde. Hagin enfatizava que a palavra falada tinha o poder de moldar a vida do crente, associando essa prática ao poder de Deus.
- Confissão Positiva e a Palavra de Fé: A doutrina da confissão positiva foi uma das marcas do ensino de Hagin. Ela se apoia em passagens como Romanos 10:9: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." A palavra "confessar" (ὁμολογέω - homologeō) aqui, é utilizada para refletir a ideia de que a declaração pública ou verbalizada da fé traz consigo o cumprimento da promessa de salvação. Hagin extrapola essa ideia para outras áreas da vida, como saúde e finanças.
3. As Doutrinas Neopentecostais e Suas Implicações Teológicas
a) Teologia da Prosperidade: A Relacionamento Entre Fé e Riqueza
A Teologia da Prosperidade ensina que a riqueza e a saúde são direitos divinos dos cristãos. Esse ensino está profundamente enraizado na crença de que a fé é uma força que ativa a prosperidade material.
- Passagem-chave: 2 Coríntios 8:9: "Porque já conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza, vós fosses enriquecidos." A palavra "enriquecidos" (πλουτίζω - ploutizō) é usada aqui em um sentido espiritual, referindo-se à abundância da graça de Cristo, que nos oferece riquezas espirituais, e não necessariamente bens materiais.
A associação entre riqueza material e bênçãos espirituais é uma interpretação contestada pelas Escrituras, especialmente quando colocada no contexto de uma vida de fé que, muitas vezes, implica em sofrimento, humildade e sacrifício (cf. Mateus 6:19-21).
b) Confissão Positiva: A Palavra como Força Criativa
A ideia central da confissão positiva é que o crente pode criar ou alterar sua realidade ao falar palavras de fé. Esse conceito é derivado de passagens como Marcos 11:23, que foi muito enfatizada por Kenyon e Hagin.
- Passagem-chave: Provérbios 18:21: "A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto." A palavra "língua" (לָשׁוֹן - lashon) aqui, no hebraico, pode ser vista como a expressão verbal do coração, refletindo o poder que a palavra tem de construir ou destruir. Embora esse versículo fale do poder da palavra, a interpretação neopentecostal tende a exagerar, aplicando-a à criação de prosperidade material, o que não está necessariamente no contexto original das Escrituras.
c) Triunfalismo: A Fé Como Garantia de Vitória
O Triunfalismo no neopentecostalismo é uma doutrina que prega a vitória contínua sobre todos os problemas da vida, baseando-se na ideia de que o cristão é um "vencedor" em todas as áreas, incluindo saúde e finanças.
- Passagem-chave: Romanos 8:37: "Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou." A palavra "vencedores" (νικῶν - nikōn) é um termo que denota a vitória em Cristo, mas no contexto original, esta vitória se refere principalmente à vitória sobre o pecado e a morte, não necessariamente sobre as dificuldades materiais da vida.
4. Reflexão Crítica à Luz das Escrituras
Embora a Teologia da Prosperidade e a Confissão Positiva tenham raízes em certos textos bíblicos, a interpretação e aplicação dessas doutrinas no contexto neopentecostal frequentemente distorcem o ensino bíblico tradicional. A Bíblia, ao invés de ser utilizada como uma ferramenta para a manifestação de desejos materiais, aponta para uma vida de fé, santidade, sofrimento e renúncia. Jesus Cristo, por exemplo, nunca prometeu riqueza material como sinal de bênção para os cristãos, mas garantiu Sua presença e vitória espiritual (cf. Mateus 16:24; João 16:33).
Passagem-chave: Filipenses 4:12-13: "Sei passar necessidade, sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece." A ênfase de Paulo aqui não está na prosperidade material, mas na suficiência espiritual em Cristo, algo muitas vezes negligenciado nas doutrinas neopentecostais.
5. Conclusão: O Desafio Teológico do Neopentecostalismo
A Teologia da Prosperidade, a Confissão Positiva e o Triunfalismo representam um desvio significativo da tradição cristã ortodoxa. Embora baseados em passagens da Bíblia, esses ensinamentos muitas vezes distorcem o propósito original das Escrituras, que enfatizam uma vida de fé, serviço, e santificação, em vez de uma busca incessante por prosperidade material.
O cristão é chamado a viver com fé em Cristo, não no poder da confissão para alcançar riquezas temporais, mas em confiança na suficiência de Cristo para todas as suas necessidades espirituais e materiais, conforme a vontade soberana de Deus.
Referências Acadêmicas:
- McConnell, W. (1995). A Prosperidade: Uma Análise Crítica.
- Claudionor de Andrade (2013). O Neopentecostalismo e sua Influência no Brasil.
- Franklin, S. (2007). Teologia e Prosperidade: Uma Reflexão Crítica.
EU ENSINEI QUE:
A vertente teológica do pentecostalismo clássico adota um modelo mais confessional, ou um código doutrinário, vide o Credo da CONAMAD.
CONCLUSÃO
Os cristãos devem perseverar no ensino das Escrituras e em se manterem cheios do Espírito Santo, tanto para edificação da Igreja quanto para conservar as características do Movimento Pentecostal do início do século XX: Jesus Cristo salva, cura, batiza no Espírito Santo e brevemente voltará, por isso precisamos cultivar um viver em santificação.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Perseverança no Ensino das Escrituras e a Manutenção das Características do Movimento Pentecostal
A conclusão que os cristãos devem perseverar no ensino das Escrituras e no pleno viver do Espírito Santo, como princípios fundamentais para a edificação da Igreja e para a preservação das características originais do Movimento Pentecostal, reflete a continuidade das verdades centrais da fé cristã. Essas verdades incluem a salvação, a cura, o batismo no Espírito Santo e a iminente volta de Cristo. Este estudo analisa esses pontos à luz das Escrituras, com base nas raízes das palavras hebraicas e gregas, refletindo também sobre as perspectivas teológicas de livros acadêmicos cristãos.
1. Perseverança no Ensino das Escrituras: Fundamento Bíblico
A perseverança no ensino das Escrituras é essencial para manter a integridade da fé cristã. A Bíblia, como a palavra de Deus revelada, deve ser a norma última para a vida do cristão e para a edificação da Igreja.
a) A importância da perseverança no ensino das Escrituras
- 2 Timóteo 3:16-17: "Toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça; a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra."
- Palavra chave: δόξα (doksa), que significa "ensinar" ou "explicar" a verdade, como sendo um princípio vital para a edificação e a correção da vida cristã.
- Neste versículo, Paulo enfatiza que as Escrituras são úteis para todas as áreas do crescimento cristão, de modo que a perseverança no ensino bíblico é crucial para a formação de uma Igreja madura e fiel à Palavra de Deus.
b) O ensino contínuo da Palavra de Deus
- Atos 2:42: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações."
- Palavra chave: προσευχῇ (proseuchē), que significa "oração", que implica um contexto de vida espiritual integral, incluindo o ensino da Palavra.
- O exemplo da Igreja Primitiva é uma forte indicação de que o ensino bíblico é um meio central para manter a comunidade unida, disciplinada e espiritualmente saudável. A perseverança na doutrina dos apóstolos refletia a firme adesão às Escrituras como fundamento da fé cristã.
2. Viver Cheios do Espírito Santo: Fundamento Bíblico
O batismo no Espírito Santo, a operação dos dons espirituais e o viver cheio do Espírito são características marcantes do Movimento Pentecostal desde o início do século XX. Os cristãos são chamados a cultivar uma vida plena no Espírito para a edificação pessoal e coletiva da Igreja.
a) O chamado a ser cheio do Espírito
- Efésios 5:18: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito."
- Palavra chave: πληρόω (plēroō), que significa "encher", sugerindo uma ação contínua e necessária para a vida cristã. Estar cheio do Espírito Santo é fundamental para resistir às influências do mundo e viver uma vida de santidade e poder.
- A ênfase aqui está na necessidade de ser constantemente cheio do Espírito para uma vida de pureza e poder para a missão. O movimento pentecostal busca viver essa plenitude do Espírito Santo como uma experiência real e transformadora.
b) A promessa do Espírito Santo
- Atos 1:8: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia, como em Samaria, e até aos confins da terra."
- Palavra chave: δύναμις (dynamis), que significa "poder", referindo-se à capacitação divina dada pelo Espírito Santo para ser testemunha de Cristo.
- O Espírito Santo é dado para fortalecer e capacitar os crentes a cumprirem a missão dada por Cristo. Esta promessa reflete o cerne da doutrina pentecostal de que o Espírito Santo não é apenas para santificação, mas também para equipar os cristãos para a evangelização e o serviço no mundo.
3. Santificação: Fundamento Bíblico
A santificação é um dos pilares da vida cristã, e sua busca é uma das características centrais do Movimento Pentecostal. Isso envolve uma separação do pecado e uma dedicação à vida de Cristo.
a) A santificação pessoal e coletiva
- 1 Tessalonicenses 4:3-4: "Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra."
- Palavra chave: ἁγιασμός (hagiamos), que significa "santificação", descrevendo o processo contínuo de separar-se para Deus e viver em pureza.
- O apóstolo Paulo ensina que a santificação é a vontade de Deus para todos os cristãos e deve ser vivida de maneira prática no cotidiano. A santificação pessoal é inseparável da santificação comunitária na Igreja.
b) O papel do Espírito Santo na santificação
- 1 Coríntios 6:11: "E tais fostes alguns de vós; mas vós lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados no nome do Senhor Jesus e no Espírito de nosso Deus."
- Palavra chave: ἁγιάζω (hagiazo), que significa "santificar", ou seja, ser separado para um propósito divino.
- O Espírito Santo tem um papel fundamental na santificação do crente, pois é Ele quem nos convence do pecado e nos capacita a viver uma vida em conformidade com a vontade de Deus.
4. A Volta de Cristo: Fundamento Bíblico
A esperança da volta de Cristo é um elemento essencial da fé cristã e deve ser uma motivação para a vida cristã em santidade e obediência.
a) A promessa da volta de Cristo
- Atos 1:11: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Este Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir."
- Palavra chave: ἀναλήμψις (analēmpsis), que significa "ascensão", referindo-se à subida de Cristo ao céu. A promessa é que Ele voltará da mesma forma.
- A volta de Cristo é uma doutrina cristã fundamental que sustenta a esperança do crente em meio ao sofrimento e à tribulação, lembrando que a vida presente não é a fim última da existência, mas que Cristo retornará para consumar Sua obra de redenção.
b) Esperança na volta de Cristo
- Tito 2:13: "Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo."
- Palavra chave: ἐπιφαίνω (epiphainō), que significa "manifestar", referindo-se à revelação da glória de Cristo na Sua volta.
- A volta de Cristo é descrita como a realização da esperança do crente, um evento glorioso que traz a consumação de todas as promessas de Deus. A expectativa de Sua volta é um estímulo para viver de forma digna e fiel.
Conclusão: A Vida Cristã em Santificação e Perseverança
A perseverança no ensino das Escrituras, a busca pelo enchimento do Espírito Santo, a santificação pessoal e coletiva e a espera pela volta de Cristo são pilares fundamentais para uma vida cristã sólida e verdadeira. O Movimento Pentecostal, desde o início do século XX, tem enfatizado esses aspectos com profundidade, buscando viver de acordo com a experiência pentecostal do Espírito Santo, de salvação, cura e poder, enquanto aguarda a gloriosa volta de Cristo.
Referências Acadêmicas:
- Hollenweger, W. (1997). The Pentecostals.
- Cox, H. (1995). Fire from Heaven: The Rise of Pentecostal Spirituality and the Reshaping of Religion in the Twenty-First Century.
- Menzies, W. W., & Menzies, R. P. (2000). Spirit and Power: Foundations of Pentecostal Experience.
A Perseverança no Ensino das Escrituras e a Manutenção das Características do Movimento Pentecostal
A conclusão que os cristãos devem perseverar no ensino das Escrituras e no pleno viver do Espírito Santo, como princípios fundamentais para a edificação da Igreja e para a preservação das características originais do Movimento Pentecostal, reflete a continuidade das verdades centrais da fé cristã. Essas verdades incluem a salvação, a cura, o batismo no Espírito Santo e a iminente volta de Cristo. Este estudo analisa esses pontos à luz das Escrituras, com base nas raízes das palavras hebraicas e gregas, refletindo também sobre as perspectivas teológicas de livros acadêmicos cristãos.
1. Perseverança no Ensino das Escrituras: Fundamento Bíblico
A perseverança no ensino das Escrituras é essencial para manter a integridade da fé cristã. A Bíblia, como a palavra de Deus revelada, deve ser a norma última para a vida do cristão e para a edificação da Igreja.
a) A importância da perseverança no ensino das Escrituras
- 2 Timóteo 3:16-17: "Toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça; a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra."
- Palavra chave: δόξα (doksa), que significa "ensinar" ou "explicar" a verdade, como sendo um princípio vital para a edificação e a correção da vida cristã.
- Neste versículo, Paulo enfatiza que as Escrituras são úteis para todas as áreas do crescimento cristão, de modo que a perseverança no ensino bíblico é crucial para a formação de uma Igreja madura e fiel à Palavra de Deus.
b) O ensino contínuo da Palavra de Deus
- Atos 2:42: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações."
- Palavra chave: προσευχῇ (proseuchē), que significa "oração", que implica um contexto de vida espiritual integral, incluindo o ensino da Palavra.
- O exemplo da Igreja Primitiva é uma forte indicação de que o ensino bíblico é um meio central para manter a comunidade unida, disciplinada e espiritualmente saudável. A perseverança na doutrina dos apóstolos refletia a firme adesão às Escrituras como fundamento da fé cristã.
2. Viver Cheios do Espírito Santo: Fundamento Bíblico
O batismo no Espírito Santo, a operação dos dons espirituais e o viver cheio do Espírito são características marcantes do Movimento Pentecostal desde o início do século XX. Os cristãos são chamados a cultivar uma vida plena no Espírito para a edificação pessoal e coletiva da Igreja.
a) O chamado a ser cheio do Espírito
- Efésios 5:18: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito."
- Palavra chave: πληρόω (plēroō), que significa "encher", sugerindo uma ação contínua e necessária para a vida cristã. Estar cheio do Espírito Santo é fundamental para resistir às influências do mundo e viver uma vida de santidade e poder.
- A ênfase aqui está na necessidade de ser constantemente cheio do Espírito para uma vida de pureza e poder para a missão. O movimento pentecostal busca viver essa plenitude do Espírito Santo como uma experiência real e transformadora.
b) A promessa do Espírito Santo
- Atos 1:8: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia, como em Samaria, e até aos confins da terra."
- Palavra chave: δύναμις (dynamis), que significa "poder", referindo-se à capacitação divina dada pelo Espírito Santo para ser testemunha de Cristo.
- O Espírito Santo é dado para fortalecer e capacitar os crentes a cumprirem a missão dada por Cristo. Esta promessa reflete o cerne da doutrina pentecostal de que o Espírito Santo não é apenas para santificação, mas também para equipar os cristãos para a evangelização e o serviço no mundo.
3. Santificação: Fundamento Bíblico
A santificação é um dos pilares da vida cristã, e sua busca é uma das características centrais do Movimento Pentecostal. Isso envolve uma separação do pecado e uma dedicação à vida de Cristo.
a) A santificação pessoal e coletiva
- 1 Tessalonicenses 4:3-4: "Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra."
- Palavra chave: ἁγιασμός (hagiamos), que significa "santificação", descrevendo o processo contínuo de separar-se para Deus e viver em pureza.
- O apóstolo Paulo ensina que a santificação é a vontade de Deus para todos os cristãos e deve ser vivida de maneira prática no cotidiano. A santificação pessoal é inseparável da santificação comunitária na Igreja.
b) O papel do Espírito Santo na santificação
- 1 Coríntios 6:11: "E tais fostes alguns de vós; mas vós lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados no nome do Senhor Jesus e no Espírito de nosso Deus."
- Palavra chave: ἁγιάζω (hagiazo), que significa "santificar", ou seja, ser separado para um propósito divino.
- O Espírito Santo tem um papel fundamental na santificação do crente, pois é Ele quem nos convence do pecado e nos capacita a viver uma vida em conformidade com a vontade de Deus.
4. A Volta de Cristo: Fundamento Bíblico
A esperança da volta de Cristo é um elemento essencial da fé cristã e deve ser uma motivação para a vida cristã em santidade e obediência.
a) A promessa da volta de Cristo
- Atos 1:11: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Este Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir."
- Palavra chave: ἀναλήμψις (analēmpsis), que significa "ascensão", referindo-se à subida de Cristo ao céu. A promessa é que Ele voltará da mesma forma.
- A volta de Cristo é uma doutrina cristã fundamental que sustenta a esperança do crente em meio ao sofrimento e à tribulação, lembrando que a vida presente não é a fim última da existência, mas que Cristo retornará para consumar Sua obra de redenção.
b) Esperança na volta de Cristo
- Tito 2:13: "Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo."
- Palavra chave: ἐπιφαίνω (epiphainō), que significa "manifestar", referindo-se à revelação da glória de Cristo na Sua volta.
- A volta de Cristo é descrita como a realização da esperança do crente, um evento glorioso que traz a consumação de todas as promessas de Deus. A expectativa de Sua volta é um estímulo para viver de forma digna e fiel.
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