📚 TEXTO ÁUREO (subsídio atualizado diariamente) “Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência.” ...
📚 TEXTO ÁUREO
“Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência.” (1 Ts 2.3)
Pois γάρ a nossa ἡμῶν exortação παράκλησις não οὐ procede de ἐκ engano πλάνη , nem οὐδέ de ἐκ impureza ἀκαθαρσία , nem οὔτε se baseia em ἔν dolo δόλος ;
COMENTÁRIO EXTRA:
💡 VERDADE PRÁTICA
O cultivo da convicção cristã é imperioso para a prática e a defesa da fé em tempo de adversidades.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Ts 1.6-10
Ministrando as Boas-Novas no poder do Espírito para salvação
Terça - 2 Pe 1.16
O Evangelho não procede de fábulas para seduzir as pessoas com mentiras
Quarta - Rm 16.17,18
As falsas palavras e lisonjas corrompem o coração dos símplices
Quinta - 1 Co 1.29-31
O salvo deve gloriar-se no Senhor e não em si próprio
Sexta - Hc 1.1-4
Os problemas sociais como resultado do pecado
Sábado - 1 Co 9.11,12
Uma consciência altruísta de não criar obstáculo ao Evangelho
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Tessalonicenses 2.1-12
1 - Porque vós mesmos, irmãos, bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã;
2 - mas, havendo primeiro padecido e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos ousados em nosso Deus, para vos falar o evangelho de Deus com grande combate.
3 - Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência;
4 - mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração.
5 - Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha.
6 - E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;
7 - antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos.
8 - Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos éreis muito queridos.
9 - Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus.
10 - Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes.
11 - Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos,
12 - para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.
Hinos Sugeridos: 16, 227, 355 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Falar de convicção em tempos de relativismo é um convite para andar na contramão de uma cultura intelectual pela qual tudo é relativo e que ninguém pode ter certeza de nada. A dúvida é praticamente um dogma em muitos desses setores da sociedade. Por isso, nesta lição, temos a oportunidade de refletir a respeito da convicção cristã. Sim, a fé cristã traz convicção profunda a um coração permeado de incertezas: "Eu sei em quem tenho crido" (1 Tm 1.12).
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Estimular a convicção espiritual nos cristãos a partir da confiança em Deus;
II) Compreender a necessidade de uma vida irrepreensível de modo que glorifique a Deus;
III) Reconhecer que o amor sacrificial e o abnegado trabalho são essenciais para o crescimento do Reino.
B) Motivação: Nesta lição veremos que todo crente em Jesus precisa cultivar uma convicção espiritual, moral e social a fim de ser capaz de dar um verdadeiro testemunho neste mundo mergulhado em trevas.
C) Sugestão de Método: Comece a aula propondo um diálogo sobre o que é convicção. Aguarde que digam. Pergunte à sua classe: "Alguém aqui é convicto de algo? Essa convicção honra o nome do Senhor?" Na sequência, diga que, de acordo com o Dicionário Houaiss, convicção é a "crença ou opinião firme a respeito de algo, com base em provas ou razões íntimas, ou como resultado da influência ou persuasão de outrem; convencimento". Após alguns minutos de compartilhamento, inicie a exposição da lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta lição nos convida a refletir sobre a necessidade de cada crente manter firme a sua convicção cristã em defesa dos interesses do Reino de Deus na Terra. Portanto, como cristãos, é mister que busquemos ter uma convicção espiritual resultante do poder do Espírito; uma convicção moral como reflexo do temor que temos a Deus; e uma convicção social que deve ser demonstrada pela abnegação em servir.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
*REVISTA ENSINADOR CRISTÃO *
*LIÇÃO 11 CULTIVANDO A CONVICÇÃO CRISTÃ*
👨🏫 *Caro(a) professor(a), a paz do Senhor.* Nesta lição, veremos que a igreja é a "coluna e firmeza da verdade" e, como tal, deve zelar pelo ensino bíblico e a integridade da verdade revelada (1Tm 4.16). O cumprimento fidedigno desse papel assegura à igreja a firmeza necessária para resistir às investidas de Satanás que, continuamente, tenta desqualificar a verdade e enfraquecer o compromisso com a ortodoxia bíblica. Questionara integridade das Escrituras é uma forma de fazer com que os indoutos não creiam na inspiração e na perfeição da Palavra de Deus. Dessa forma, fica fácil relativizar seus ensinamentos e alegar que os tais são transitórios, específicos para os crentes que viveram nas respectivas épocas em que foram produzidos.
✅ *A descaracterização da Bíblia enquanto inerrante*, infalível e inspirada Palavra de Deus tornou-se um pretexto para que a mensagem do Evangelho perdesse a autoridade e o respeito que lhe são devidos. Para alguns, a Palavra de Deus carece de atualização ou apenas uma parcela dos seus ensinamentos deve ser praticada. Obviamente, trata-se de um verdadeiro vilipêndio à Palavra de Deus. A própria Escritura afirma por meio do apóstolo Paulo que "a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para julgar os pensamentos e propósitos do coração" (Hb 4.12- NAA). O próprio Senhor Jesus atestou que as Escrituras devem ser examinadas, pois nelas é possível encontrar os testemunhos e as orientações que levam o homem a alcançar a vida eterna (Jo 5.39).
✅ *De acordo com Wilian W. Menzies, na obra Doutrinas Bíblicas*: os Fundamentos da Fé Pentecostal (CPAD, 1995), "a origem divina e a autoridade das Escrituras asseguram-nos a ser a Bíblia também infalível, ou seja: incapaz de erro, ou de orientar de maneira enganosa, ludibriadora ou desapontadora a seus leitores. Alguns eruditos estabelecem distinção entre a inerrância ('estar isenta de erro') e a infalibilidade, mas ambos os termos são sinônimos bem próximos. 'Se existe mesmo alguma diferença de significado entre ambos os termos, a inerrância enfatiza a veracidade das Escrituras, ao passo que a infalibilidade enfatiza quão dignas de confiança são as Escrituras Sagradas" (p. 22).
✅ *A igreja, portanto, deve assegurar a autoridade das Escrituras* e posicionar-se fiel à sua ortodoxia. Conforme instrui o apóstolo Paulo aos coríntios: "Destruímos raciocínios falaciosos e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Co 10.5). Esse é o compromisso da Igreja neste presente século.
(ENSINADOR CRISTÃO)
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O testemunho de Paulo", que ajudará a aprofundar o primeiro tópico, oferece uma explicação bíblica e teológica a respeito da pregação do apóstolo, deixando claro a sua posição quanto à relação entre a sabedoria humana e a pregação do evangelho; 2) O comentário da Bíblia de Estudo Cronológica de Aplicação Pessoal expande o segundo tópico, esclarecendo a mudança de vida que o cristão deve experimentar.
INTRODUÇÃO
Diante das incertezas atuais e dos ataques às doutrinas bíblicas, é indispensável ao crente cultivar uma uma profunda convicção cristã (2 Tm 1.12-14). Não cabe ao salvo esmorecer em meio às tribulações, mas prosseguir confiante pelo prêmio da soberana vocação (2 Co 4.1; Fp 3.14). Nesta lição, estudaremos os aspectos espiritual, moral e social que formam a convicção de nossa fé cristã. O objetivo é despertar em cada cristão o desejo de ser um autêntico “embaixador de Cristo” em um mundo de trevas.
COMENTÁRIO EXTRA:
I – CONVICÇÃO ESPIRITUAL
1. Poder do Espírito.
Por orientação divina, o Evangelho foi proclamado na Europa. Paulo teve uma visão em que um homem lhe dizia: “passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16.9). A partir dessa revelação a mensagem da cruz foi anunciada em Filipos e depois em Tessalônica (At 16.10-12; 17.1).
O apóstolo deixa claro que o Evangelho não foi pregado como mero discurso racional, “mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1 Ts 1.5 - ARA). Nesse caso, o Evangelho foi ministrado com ousadia no poder do Espírito, de modo que resultou na salvação e libertação dos tessalonicenses (1 Ts 1.6-10). Assim, podemos afirmar que, na ausência de convicção espiritual, a Palavra de Deus é reduzida a mero intelectualismo humano e seu resultado é ineficaz na transformação de vidas (Mt 7.29; 1 Co 2.1-5).
COMENTÁRIO EXTRA:
2. Confiança em Deus.
O apóstolo declara que mesmo tendo “padecido e sido agravados em Filipos” (1 Ts 2.2a), sua fé não estava abalada. Ele se refere à perseguição sofrida antes de pregar em Tessalônica. Paulo e Silas tinham sido publicamente espancados com varas. Em seguida, lançados no cárcere interior com os pés no tronco (At 16.22-24). Todavia, apesar de feridos, perto da meia-noite, oravam e cantavam hinos a Deus (At 16.25). Após essa severa provação, não esmoreceram, mas, impelidos pelo Espírito, vieram à Tessalônica. Na cidade, em meio às suas lutas, e com ousada confiança, anunciaram a Cristo (1 Ts 2.2b). Nessa perspectiva, somos encorajados a não desfalecer na pregação do Evangelho, mas confiados em Deus, jamais recuar, mesmo diante das ameaças de prisão ou de morte (Ap 2.10).
COMENTÁRIO EXTRA:
O registro bíblico revela que a irritação das autoridades deu-se, porque se perdera a esperança de lucro, por causa do exorcismo do espírito da pitonisa (At 16.19). A narrativa, porém, foi a de acusar os missionários de introduzir práticas ilícitas na cidade, “propagando costumes que [aos] romanos não [era] permitido aceitar nem praticar” (At. 16.21, NVI).
O Comentário Bíblico Pentecostal (2003, p. 721) destaca que: esta acusação se refere aos missionários converterem cidadãos romanos [...] os romanos eram proibidos pela lei de se converterem [...]. Assim toda a pregação evangelística feita pelos missionários seria visto como contrário a
lei.
Aqui, os magistrados cometeram abuso de poder. Os direitos de cidadão romano de Paulo e Silas foram violados e, arbitrariamente, sem julgamento formal, ambos foram condenados à prisão (At
16.35-40).
coragem e consolo do perseguido. Neste cenário, a convicção espiritual é o que impulsionava os missionários a prosseguir, tornando-os ousados em Deus (1 Ts 2.2b).
revolta contra Paulo e Silas e seus ensinos. Os líderes judeus tinham declarado que Paule e Silas eram culpados de traição contra César, porque estavam professando fidelidade a outro rei, Jesus (At 17.7).
Em nosso atual contexto, a perseguição religiosa já é perceptível em nosso país. Cita-se, por exemplo, que a pregação contrária à homossexualidade pode ser enquadrada na lei do racismo, com punição de um a cinco anos de prisão e multas (Art. 20, Lei 7.716/1989). A condenação e a expulsão de espíritos malignos
podem ser enquadrados como racismo e preconceito religioso (Dec. 11.446/2023). Infelizmente, a “laicidade”, ou “laicismo”, tornou-se a ordem do dia, silenciando, pela simples menção, toda e qualquer tentativa de análise teológica de nossa realidade política. Fonte, livro de apoio às lições bíblicas adultos, CPAD, 3° Trimestre 2023. Pr. Douglas Baptista.
Nesta seção, somos confrontados com o exemplo notável de Paulo e Silas diante da adversidade e perseguição. A passagem bíblica mencionada (Atos 16:22-25) ilustra a extraordinária confiança em Deus que eles demonstraram, mesmo após serem espancados e lançados na prisão. Em vez de ceder ao desânimo, eles escolheram orar e louvar a Deus, revelando sua profunda confiança em Sua soberania.
A história de Paulo e Silas ecoa a mensagem de Romanos 8:31: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" Essa confiança em Deus fortaleceu Paulo a ponto de continuar proclamando o Evangelho, mesmo após enfrentar severa perseguição. Isso nos lembra que, mesmo diante das adversidades, nossa fé deve permanecer inabalável, confiando que Deus está no controle.
Uma frase impactante do autor cristão A.W. Tozer destaca essa confiança: "A fé é alicerçada em Deus e, por mais tumultuada que seja a tempestade, ela não desaba, pois repousa sobre o coração infalível de Deus". Essa citação ressalta que nossa confiança deve estar enraizada na natureza inabalável de Deus, independentemente das circunstâncias.
Além disso, o livro "Em busca de Deus", escrito por A.W. Tozer, explora profundamente o tema da busca pela presença de Deus e a confiança nEle. Essa obra pode ser uma leitura esclarecedora para aqueles que desejam aprofundar seu entendimento sobre a confiança em Deus e a busca por Sua vontade, mesmo diante das adversidades.
Portanto, a lição nos desafia a seguir o exemplo de Paulo e Silas, mantendo uma confiança inabalável em Deus, independentemente das dificuldades que enfrentamos ao pregar o Evangelho. A confiança em Deus não apenas nos fortalece, mas também testemunha poderosamente ao mundo sobre a natureza transformadora de nossa fé. Fonte: Comentários do Pr. Hubner Braz (@pecadorconfesso)
3. Fidelidade na pregação.
O apóstolo dos gentios assegura que o Evangelho anunciado em Tessalônica “não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência” (1 Ts 2.3a). Mostra que a doutrina cristã não procede de fábulas inventadas, condutas imorais ou de artifícios para seduzir as pessoas a crerem em mentiras (2 Pe 1.16). Ao contrário, Paulo declara que o Evangelho é de Deus, e que o próprio Deus o comissionou como arauto, “não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração” (1 Ts 2.4b). Dessa forma, o propósito do apóstolo não era o de satisfazer seus ouvintes com falsos discursos (Tg 1.22). Nesse sentido, somos exortados a manter fidelidade na pregação, repudiar os falsificadores da Palavra de Deus e anunciar Cristo com sinceridade (2 Co 2.17).
COMENTÁRIO EXTRA:
SINÓPSE I
Sem a ação poderosa do Espírito, a pregação é incapaz de transformar vidas.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
O TESTEMUNHO DE PAULO (1 CO 2.1-5)
“Por causa da preocupação dos coríntios com a sabedoria humana, Paulo agora deixa claro sua posição quanto à relação entre a sabedoria humana e a pregação do evangelho. Cita a si mesmo como um exemplo de alguém que confiou no Espírito Santo, e não na eloquência ou na sabedoria humana, para que sua mensagem fosse efetiva. De acordo com o que disse no fim do capítulo 1, o apóstolo se gloria no Senhor.
[...] Longe de depender de seus próprios recursos ou de sua capacidade de persuasão, Paulo contava com o Espírito Santo. Sua mensagem não era transmitida por ‘palavras persuasivas de sabedoria humana’. Antes uma ‘demonstração [apodeixis] do Espírito e de poder’. [...]” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.940
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“PARA QUE VOS CONDUZÍSSEIS DIGNAMENTE PARA COM DEUS
Nós devemos viver de uma maneira que traga atenção positiva e a honra a Deus. Devemos sempre examinar a nós mesmos, para assegurar que as nossas vidas sejam dignas de nos identificar com Cristo, representar o seu caráter e transmitir a sua mensagem a outras pessoas. Só seremos capazes de fazer isto, confiando na graça e no poder de Deus.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, Editora CPAD, p.2227.
II – CONVICÇÃO MORAL
1. Retidão nas ações.
A conversão opera a transformação moral na vida do crente salvo (2 Co 5.17). Desse modo, a Bíblia orienta, dentre outras recomendações, a deixar a mentira e falar a verdade (Ef 4.25); deixar o furto e ser honesto (Ef 4.28); não pronunciar palavras torpes e dizer apenas o que edifica (Ef 4.29). Nesse aspecto, o apóstolo Paulo reivindica a retidão das próprias ações ao afirmar: “nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza” (1 Ts 2.5). Aqui, ele enfatiza que jamais usou de falso sentimento para obtenção de favor. Ainda assevera que sua motivação era desprovida de ambição financeira. Somente o falso cristão é que busca poder e influência por meio da bajulação mentirosa (Rm 16.18). Logo, a conduta de retidão é uma virtude do crente regenerado (Cl 3.23; 1 Jo 3.18).
COMENTÁRIO EXTRA:
2. Reputação ilibada.
Considera-se portadora de reputação ilibada a pessoa de reconhecida idoneidade moral (At 6.3). Veja como Paulo avalia sua reputação com esta frase: “não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros” (1 Ts 2.6a). Isso indica que o apóstolo não trabalhava no Reino em busca de reconhecimento humano. Essa postura foi adotada por ele em todo o lugar, demonstrando a coerência e a integridade de seu apostolado. Ele não procurava obter “vantagens” e nem “honra” em parte alguma (1 Ts 2.5,6).
Aos coríntios, escreveu que o crente deve gloriar-se no Senhor e não em si próprio (1 Co 1.29-31). A conclusão é clara: os que aspiram fama e prestígio caem em tentação e maculam o Evangelho. Nosso viver deve glorificar a Deus. A Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, para sempre! (Ef 3.21).
COMENTÁRIO EXTRA:
3. Vida irrepreensível.
O adjetivo “irrepreensível” denota uma conduta que não pode ser censurada (Ef 5.27). Nesse contexto, o apóstolo invoca a Deus e a igreja em Tessalônica como testemunhas de sua postura “santa, justa e irrepreensível” (1 Ts 2.10). Essas designações implicam obediência nas questões morais, atitude de retidão exemplar e conduta sem motivo algum de reprovação (1 Co 9.16-23). Denotam o padrão de comportamento para com Deus, para com os homens e para consigo mesmo (1 Co 9.27). Ciente da influência que sua vida exercia sobre os fiéis, o apóstolo diz: “para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes” (2 Ts 3.9). Assim, o grau de comprometimento adotado pelo crente com os valores do Reino é o reflexo do nível de sua comunhão com Deus (1 Co 10.32).
COMENTÁRIO EXTRA:
SINÓPSE II
O crente regenerado possui uma conduta de retidão e uma vida irrepreensível.
AUXÍLIO DEVOCIONAL
“2 Co 5.13-15. Tudo o que Paulo e seus companheiros fizeram foi para honrar a Deus. Não era apenas o temor a Deus que os motivava (2 Co 5.11), mas o amor de Cristo controlava os seus atos. A palavra controlar, ou constranger, quer dizer ‘agarrar firmemente’ — em outras palavras, o amor de Cristo os forçava a determinadas ações. Eles sabiam que Jesus, por seu grande amor, deu sua vida por eles. Ele não agiu visando seu próprio interesse, agarrando-se, de modo egoísta, à glória do céu que Ele já possuía (Fp 2.6).
Em vez disso, Jesus de bom grado morreu por nós, nós também estamos mortos para a antiga vida. Como Paulo, não podemos mais viver para agradar a nós mesmos, mas devemos passar a nossa vida agradando a Cristo” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.1649).
III – CONVICÇÃO SOCIAL
1. Bem-estar comum.
O bem-estar comum alcança o homem em suas necessidades físicas e espirituais. Não por acaso, a Bíblia fornece instruções para o bem-estar espiritual e social dos seres humanos (2 Tm 3.16,17). O papel da igreja é o de proclamar o Evangelho (Mt 28.19) e aliviar o sofrimento promovendo o bem-estar social entre os irmãos (Tg 2.15-17). Habacuque registra que os problemas sociais de sua época resultavam do pecado, tais como: inversão de valores, violência e injustiças (Hc 1.1-4). Assim, o mal social tem origem no pecado. Ciente disso, o apóstolo Paulo escreve: “quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas” (1 Ts 2.8).
Esse sentimento é comparado ao cuidado de uma mãe que se preocupa e protege os filhos (1 Ts 2.7), também é equiparado ao procedimento de um pai amoroso que se interessa pelos problemas dos filhos (1 Ts 2.11b). Era assim que Paulo encorajava, confortava e servia de exemplo à igreja (1 Ts 2.11a). Nessa direção, o dever cristão engloba a moral e o social. A dedicação exclusiva de uma parte em detrimento da outra não retrata o Evangelho de Cristo (Tg 4.17).
COMENTÁRIO EXTRA:
2. Dedicação altruísta.
O apóstolo se dedicou com profundo altruísmo na propagação do Evangelho (At 20.24). Apesar do direito inerente ao seu apostolado, ele decidiu nada receber “ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados” (1 Ts 2.6b). Assim sendo, para prover o necessário sustento, o apóstolo valeu-se de seu ofício de fabricante de tendas (At 18.3). Acerca disso, recordava aos irmãos do seu “trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós” (1 Ts 2.9).
Para não se tornar um fardo para a igreja, ele se desgastou numa atividade laboral extenuante. Aqui é importante ressaltar que a Bíblia não condena a provisão financeira para os obreiros, pois o próprio apóstolo escreveu que “aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9.14) e que “digno é o obreiro do seu salário” (1 Tm 5.18). Assim, ele explica que não usou dessa justa prerrogativa porque conhecia a extrema pobreza da igreja de seu tempo (2 Co 8.1,2), que suportou as restrições financeiras para não criar obstáculo ao Evangelho (1 Co 9.11,12) e que tudo fez para ganhar o maior número possível de almas (1 Co 9.19). Nesse sentido, aprendemos que o amor sacrificial e o trabalho voluntário e despreendido são essenciais para o crescimento do Reino e devem fazer parte de uma profunda convicção cristã como contraponto claro ao “espírito da Babilônia” que é o oposto do altruísmo cristão.
COMENTÁRIO EXTRA:
Nesta seção, somos apresentados ao exemplo notável de altruísmo e dedicação do apóstolo Paulo na propagação do Evangelho. Seu compromisso com o ministério não apenas como um discurso, mas como uma atitude altruísta e sacrificial, destaca a profundidade de sua convicção cristã.
O trecho de Atos 20:24, onde Paulo declara que sua vida não tem valor em comparação com o propósito de completar sua missão e o ministério que recebeu de Cristo, ressalta o grau de dedicação e sacrifício que ele estava disposto a fazer. Isso reflete o altruísmo que deve caracterizar o testemunho dos crentes, colocando o reino de Deus acima de seus próprios interesses.
A referência de Paulo a não ser um fardo para a igreja e trabalhar como fabricante de tendas para se sustentar (1 Tessalonicenses 2:6b, 2:9) ilustra seu desejo de não criar obstáculos à propagação do Evangelho. Isso mostra a importância do amor sacrificial e da disposição para se adaptar a diferentes situações em busca do crescimento do Reino.
Um pensamento inspirador do teólogo John Stott nos lembra: "O amor é a marca distintiva do cristão, é o único sinal válido de nossa autenticidade." Essa citação realça que o altruísmo não é apenas uma escolha opcional, mas uma manifestação essencial da fé genuína.
O livro "O Dom da Dor", escrito por Philip Yancey, explora a ideia de que o sofrimento e a dedicação altruísta podem levar a uma compreensão mais profunda do amor de Deus. Essa obra poderia complementar o entendimento sobre o tema da dedicação sacrificial e sua relevância no contexto cristão.
Portanto, essa seção nos desafia a considerar o altruísmo como uma expressão natural de uma convicção cristã profunda. A dedicação sacrificial no serviço a Deus e aos outros não apenas reflete o caráter de Cristo, mas também é um testemunho poderoso do amor de Deus em ação. Fonte: Comentários do Pr. Hubner Braz (@pecadorconfesso)
SINÓPSE III
A convicção social presente na vida de Paulo era um exemplo para a igreja.
CONCLUSÃO
Paulo foi submetido a uma série de provações durante o seu ministério (1 Ts 2.2). Não obstante, ele nos deixou exemplo de intensa convicção de nossa eleição em Cristo (1 Co 11.1). Destacam-se sua convicção espiritual resultante do poder do Espírito (1 Ts 2.4); sua convicção moral como reflexo do temor a Deus (1 Ts 2.5); e sua convicção social demonstrada pela abnegação em servir (1 Ts 2.9). Ratifica-se que, em nossos dias, carecemos dessa firme convicção em defesa dos interesses do Reino de Deus na Terra.
COMENTÁRIO EXTRA:
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que podemos afirmar a respeito da ausência da convicção espiritual?
Na ausência de convicção espiritual, a Palavra de Deus é reduzida a mero intelectualismo humano e seu resultado é ineficaz na transformação de vidas.
2. De acordo com a lição, em que somos exortados?
Somos exortados a manter fidelidade na pregação, repudiar os falsificadores da Palavra de Deus e anunciar a Cristo com sinceridade.
3. O que é a conduta de retidão?
É uma virtude do crente regenerado.
4. Quem é o portador de reputação ilibada?
A pessoa de reconhecida idoneidade moral (At 6.3).
5. O que o dever cristão engloba?
O dever cristão engloba a moral e o social. A dedicação exclusiva de uma parte em detrimento da outra não retrata o Evangelho de Cristo (Tg 4.17).
4. Que história no Antigo Testamento pode ser comparada à de Ananias e Safira?
Semelhantemente ao que aconteceu com Ananias e Safira, no Antigo Testamento, lemos a história de uma família israelita, cujo chefe era Acã.
5. O que cabe à família cristã?
Cabe estar em oração e vigilância (Mt 26.41).
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