TEXTO BÍBLICO BÁSICO Marcos 16.14-16; Mateus 26.26-29 Marcos 16. 14 - Finalmente apareceu aos onze, estando...
TEXTO ÁUREO
(...) Dai ouvidos à minha voz e fazei conforme tudo que vos mando; e vós me sereis a mim por povo, e eu vos serei a vós por DEUS. Jeremias 11.4b
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
6a feira – Gálatas 3.27 O revestimento de CRISTO Sábado – Atos 22.16 Batismo, símbolo de remissão
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, fica claro, pela leitura dos evangelhos, que JESUS, na duração de Seu ministério terreno, deixou duas ordenanças à comunidade dos salvos: o batismo e a ceia do Senhor. Essas ordenanças deviam ser observadas periodicamente, não
apenas por aquele grupo de seguidores, mas pela igreja de todos os tempos, em obediência ao Seu mandato. A palavra ordenança é um termo jurídico que significa “ordenamento, prescrição, norma, lei”. Isso tem a ver com ordem, arrumação e organização. A observância dessa ordem deve ser considerada a partir da autoridade da pessoa que a promulgou e exige o seu cumprimento (Mt 28.18). Excelente aula!
1. O BATISMO
O batismo é um importante elemento da fé cristã — e assim foi desde o princípio (At 2.38). Trata-se de um ritual de purificação, que simboliza a remoção das impurezas (pecados). Ele representa o arrependimento dos pecados e o abandono de sua prática, assim como a entrega dos caminhos a DEUS para uma vida de obediência (Sl 37.5).
SUBSÍDIO 1
As palavras batismo e batizar eram utilizadas no judaísmo para fazer referência a um rito religioso de purificação. A Lei de Moisés havia estabelecido o uso de água para purificação cerimonial de uma pessoa contaminada (Nm 19.14-19). O batismo de João, nesse sentido, era praticado conforme os rituais judaicos (At 19.3).
1.1. O batismo no Novo Testamento
O batismo de João era o cumprimento de um estágio inicial, que visava preparar o coração das pessoas para o advento do Messias (Lc 3.4-6). Os que receberam o batismo e arrependeram-se dos seus pecados também estavam prontos para a mensagem de JESUS (Lc 7.29,30). Depois de ressuscitar, JESUS ordenou a Seus discípulos que batizassem os novos convertidos (Mt 28.19). Dessa forma, o batismo cristão é entendido como símbolo da morte e ressurreição com CRISTO, o que significa o fim da antiga vida e o começo de uma nova (Rm 6.3,4). Em outras palavras: o batismo simboliza a união espiritual do cristão com CRISTO e com Sua igreja (Gl 3.27). O pastor Russel Shedd afirma que “o batismo é o sinal público de mudança interior”. O arrependimento precede o batismo, que o sela e relembra futuras obrigações.
1.1.1. Razão do batismo de CRISTO
1.2. A forma do batismo bíblico
O verbo batizar, em sua origem grega, βαπτίζω (baptizō), possui o sentido de “mergulhar, imergir”, o que favorece a interpretação de que o batismo na época em que o Novo Testamento foi escrito era por imersão. Como é possível observar, as pessoas vinham de todo o vale do Jordão para serem batizadas por João no rio (Mt 3.13). Assim como aconteceu com JESUS, aconteceu com Filipe e um oficial Etíope (At 8.36-38). Fica evidente, pelo texto bíblico, que ambos foram até um local que continha água suficiente para que fossem nela mergulhados.
1.3. A validade do batismo
O ato de batizar é uma ordenança divina, que tem o seu carimbo de autenticação quando segue os objetivos para os quais foi estabelecido. O batismo cristão deve englobar os seguintes elementos:
1.3.1. Demonstração de fé pública
Por meio do batismo, o novo convertido demonstra à igreja — e ao meio social do qual faz parte — que se arrependeu dos seus pecados e, a partir de então, professa a mesma fé no sacrifício de CRISTO, como único meio de salvação. Dois textos exprimem essa confissão pública: (...) batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com DEUS, pela ressurreição de JESUS CRISTO (1 Pe 3.21); e Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judeia, e toda a província adjacente ao Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados (Mt 3.5,6) — Por meio do texto de Mateus, pode-se perceber a importância da demonstração pública de arrependimento, ainda que naquele momento os batizandos não professassem a fé em JESUS.
1.3.2. Identificação com os demais discípulos
O batismo é o rito de passagem para o cristianismo, sem ele não existe identificação entre o novo convertido e o restante da igreja. Essa conexão com os demais é muito importante, tanto que representa o cumprimento da única ordenança que JESUS fez após Sua ressurreição: Portanto, ide ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19). O batismo em águas caracteriza também aqueles que se fazem discípulos, assim como foram os primeiros apóstolos e todo o restante da igreja cristã.
1.3.3. Purificação espiritual figurada
O mergulho nas águas batismais simboliza a purificação dos pecados cometidos anteriormente. É muito importante observar que o batismo, em si, não perdoa pecados, a única maneira de obter este perdão é por meio da fé no sacrifício vicário de JESUS na cruz. O ato de mergulhar na água apenas ilustra, de forma dramática, essa crença para si e para os demais presentes. O texto de Atos 22.16 exprime bem essa questão: E, agora, por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor.
1.3.4. Ressurreição para uma nova vida
O batismo é um símbolo de mudança de pertencimento e controle. A pessoa estava debaixo das influências do maligno; agora, ela está debaixo do controle e da direção do ESPÍRITO SANTO. Sua vitória sobre o pecado é obtida pelo poder do sangue de CRISTO (1 Jo 1.7; Gl 5.16,17,24,25). Ao emergir das águas batismais, a pessoa está consciente do seu rompimento com os pecados da velha natureza, baseados no erro e na corrupção que caracterizam o mundo (1 Jo 5.19).
1.3.5. Testemunho da morte e da ressurreição de JESUS
Além de testemunhar ao mundo que JESUS morreu e ressuscitou ao terceiro dia, o batismo demonstra que o mesmo ocorreu com o pecador: ele morreu e, pela regeneração operada pelo poder de DEUS, ressuscitou (1 Pe 1.18,19). O apóstolo Paulo, em Colossenses 2.12, explica este fenômeno perfeitamente: Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de DEUS, que o ressuscitou dos mortos.
2. A SANTA CEIA
A ceia do Senhor é uma instituição divina, criada pelo próprio CRISTO e confirmada pelo apóstolo Paulo e demais seguidores do evangelho (Mt 26.26-28; 1 Co 11.23-34). A santa ceia possui um pilar básico dividido em duas partes: ela é tanto um memorial para manter na lembrança o sacrifício de CRISTO, quanto um estímulo à esperança e anúncio do Seu iminente e pessoal retorno ao mundo em cumprimento às Suas promessas (1 Co 11.26).
SUBSÍDIO 2
A ceia do Senhor, cujos detalhes foram transmitidos por Paulo, é relatada como um fato histórico, referindo-se, especificamente, à noite em que JESUS foi traído. Paulo estava consciente de que dava continuidade ao que JESUS havia iniciado (1 Co 11.23-34).
2.1. O significado da santa ceia
Um memorial é algo criado para manter vívida a lembrança de alguém ou de algum fato histórico de grande importância. Nesse sentido, a pessoa de CRISTO e Sua morte expiatória no Calvário ocupam posição de centralidade na singular ordenança da santa ceia. Como se pode observar em 1 Coríntios 11.23-26, JESUS estabeleceu este ato simbólico como um mandamento não somente para aquela geração, mas também para as vindouras, indistintamente.
2.2. A importância da santa ceia
Assim como a Páscoa judaica foi estabelecida para lembrar aos judeus da sua libertação do Egito, a ceia do Senhor foi instituída para simbolizar a libertação do pecado, da morte e o acesso à vida por meio do sacrífico de JESUS. Este memorial deve ser celebrado pelos salvos em CRISTO, até que Ele volte para arrebatar Sua igreja (1 Co 11.26).
2.3. Os motivos para a celebração da santa ceia
Os motivos para celebração da ceia — dentre outros — podem ser colocados em três categorias: o desejo de obedecer a CRISTO (Mt 26.26); a iniciativa de manter na memória o fato histórico da entrega de CRISTO como sacrifício substitutivo (Lc 22.19); o anúncio da Sua morte e retorno ao mundo (1 Co 11.26).
2.4. Os elementos da santa ceia
O pão e o vinho são os elementos usados na celebração da ceia. O pão representa o corpo de JESUS que foi crucificado e entregue pelos pecados da humanidade (Jo 6.33). O vinho simboliza o Seu sangue que ali foi derramado para remissão dos pecados e estabelecimento de uma nova aliança (1 Co 11.25).
2.4.1. Quem pode e deve tomar a santa ceia
As pessoas que podem tomar a ceia são aquelas que confessaram seus pecados e foram regeneradas em CRISTO, pela fé. Embora não haja uma indicação clara ao batismo como pré-requisito à participação na ceia, a prática da igreja cristã, desde os tempos mais antigos, é uma base sólida para afirmar que a ceia deve ser oferecida àqueles que foram batizados em águas e estão em plena comunhão com suas igrejas.
2.5. Instruções a serem consideradas na celebração da santa ceia
A celebração da ceia deve observar alguns pontos muitos importantes: como era feito no judaísmo em relação à Páscoa, os participantes da ceia devem proclamar, por palavras, atos e símbolos, a centralidade da morte e da volta de CRISTO ao mundo (1 Co 11.26); o significado da ceia deve ser conhecido e honrado por todos os salvos (1 Co 11.26); todos devem participar dela com santidade, reverência e temor (1 Co 11.27); o coração e a vida devem ser examinados como preparação (1 Co 11.28); esta celebração deve acontecer de maneira ordeira e solene (1 Co 11.33,34).
CONCLUSÃO
Como visto nesta lição, o batismo e a santa ceia são as ordenanças que o Senhor JESUS deixou para serem observadas pela igreja militante (Mt 28.19,20; Lc 22.19,20). A primeira — o batismo — não pode ser entendida como meio de salvação (1 Co 1.14- 17); antes, deve ser realizada somente pelo indivíduo que assume a crença no evangelho da graça (At 2.41,42). Deste modo, é inaceitável o batismo de bebês ou crianças que não tenham atingido a idade da razão. A forma correta do batismo, à luz da Bíblia, é por imersão total do novo convertido nas águas batismais (Mc 1.9-11; Jo 3.23; At 8.36-39). A segunda — a santa ceia — deve ser distribuída em dois elementos: o pão, que é símbolo do corpo de CRISTO; e o cálice, que representa Seu sangue (1 Co 11.23-26). Tais elementos não podem ser negados a qualquer crente em CRISTO (v. 28). A ceia consiste em um memorial, no qual a igreja recorda a morte do Filho de DEUS na cruz do Calvário para remissão dos pecados. Deste modo, é supersticiosa a crença de que o corpo e o sangue do Senhor estão de alguma forma presentes nos elementos, ou que se pode obter a vida eterna participando deles.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais são as duas ordenanças deixadas por CRISTO à Sua igreja? R.: O batismo e a santa ceia.
LPD nº 70 - Central Gospel : PILARES DA TEOLOGIA PRÁTICA.
Lições Da Palavra De Deus. Professor: Fundamentos da Liderança Cristã - Pilares da Teologia Prática - Pr. Gilmar Chaves
LIÇÃO 02 – O MINISTÉRIO DIACONAL
LIÇÃO 03 – HERMENÊUTICA BÍBLICA
LIÇÃO 04 – HOMILÉTICA
LIÇÃO 05 – EXEGESE BÍBLICA
LIÇÃO 06 – LIDERANÇA CRISTÃ
LIÇÃO 07 – DISCIPULADO CRISTÃO
LIÇÃO 08 – PLENITUDE FÍSICA, EMOCIONAL E ESPIRITUAL
LIÇÃO 09 – PANORAMA DO ANTIGO TESTAMENTO
LIÇÃO 10 – PANORAMA DO NOVO TESTAMENTO
LIÇÃO 11 – AS ORDENANÇAS DA IGREJA
LIÇÃO 12 – OS MINISTÉRIOS DA IGREJA
LIÇÃO 13 – OS DONS ESPIRITUAIS E DE SERVIÇO
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Lição 11 - A Última Ceia
2o trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico
Amado.
Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
TEXTO ÁUREO
"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como
estais sem fermento. Porque CRISTO, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós." (1 Co
5.7).
VERDADE PRÁTICA
A Páscoa comemorava a libertação do Egito. A Ceia do Senhor celebra a libertação do
pecado.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 12.1-28 - O real propósito da Páscoa para os judeus
Terça - Lc 22.7-13 - A última ceia de JESUS com seus discípulos aqui na terra
Quarta - Lc 22.14-20 - O verdadeiro significado da celebração da Ceia
Quinta - Lc 22.19,20 - Os elementos que compõem a Santa Ceia do Senhor
Sexta - 1 Co 11.26 - O real propósito da Ceia do Senhor para a Igreja
Sábado - 1 Co 11.27-32 - Quem pode participar da Santa Ceia do Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 22.7-20
7 - Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Amós, em que importava sacrificar a
Páscoa. 8 - E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para
que a comamos. 9 - E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? 10 - E
ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando
um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. 11 - E direis ao pai de
família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a
Páscoa com os meus discípulos? 12 - Então, ele vos mostrará um grande cenáculo
mobiliado; aí fazei os preparativos. 13 - E, indo eles, acharam como lhes havia sido
dito; e prepararam a Páscoa. 14 - E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. 15 - E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, 16 - porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de DEUS.
17 - E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, 18 - porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de DEUS. 19 - E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. 20 - Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
OBJETIVO GERAL
Explicar a instituição da Ceia do Senhor como ordenança.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico.
Analisar os antecedentes históricos da última ceia de JESUS.
Expor a dinâmica da preparação, celebração e a substituição da Páscoa pela
celebração da Ceia do Senhor.
Elencar os dois elementos da última ceia
Resumo da Lição 11 - A Última Ceia
I. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA
1. A instituição da Páscoa judaica.
2. O ritual da Páscoa judaica.
II. A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA
1. A preparação.
2. A celebração e substituição.
III. OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA
1. O vinho.
2. O pão.
SÍNTESE DO TÓPICO I - Na perspectiva secular, o dinheiro é apenas um elemento
material; na cristã, as dimensões espiritual e material devem coexistir.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Foi numa Páscoa judaica que nosso Senhor instituiu a
Ceia, como uma ordenança para toda a Igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Os elementos da Ceia são o vinho, que simboliza o sangue
de JESUS; o pão, que simboliza o corpo partido do Senhor.
Ceia - Memorial da Aliança. O que eu como vai para meu sangue e sangue é vida. Minha vida se torna minha vida e minha vida se torna a sua vida.
Eu só tinha pecado para oferecer, JESUS tem perdão, misericórdia, graça e a vida eterna a oferecer.
INTERPRETAÇÃO DO QUADRO:
Na Páscoa, o sangue de um cordeiro ou cabrito (sem mácula), era imolado, ou
sacrificado para que seu sangue fosse passado nos umbrais da porta para que o anjo
não matasse nessa casa o primogênito (ou filho mais velho).
Na Ceia lembramos que o cordeiro que tira o pecado do mundo, JESUS, derramou
seu sangue para nos livrar do pecado e morte eterna.
No sacrifício da Páscoa o cordeiro substituiu o primogênito, morreu em lugar do
primogênito. (O sacrifício era anual)
Na Ceia, lembramos de que JESUS (nosso cordeiro pascoal) morreu em lugar de toda
a humanidade pecadora. (O sacrifício é único e perfeito, efetuado uma vez por todas).
Na Páscoa, o sangue derramado tinha que ser de um cordeiro ou cabrito sem mácula,
ou seja, sem mancha, sem defeito.
Na Ceia, nosso cordeiro que é JESUS nunca pecou e Nele nunca se achou engano,
era perfeito e sempre será.
Na Páscoa havia comunhão entre DEUS - Moisés - e os israelitas, pois todos estavam
de acordo com esses negócio e todos os israelitas obedeceram à ordem de DEUS
dada através de Moisés, assim o anjo da morte passou por cima de suas casas e só
matou o primogênito nas casas dos egípcios.
Na Ceia existe a comunhão entre JESUS e seu corpo, que é a igreja. Também existe
união entre os próprios irmãos que estão obedecendo a ordem de seu salvador e
Senhor, lembrando sua morte, sua ressurreição e esperando ansiosamente pela sua
volta para nos buscar.
PONTO CENTRAL - A Ceia do Senhor é uma celebração que o nosso Senhor ordenou à Igreja até a sua vinda.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, no 62, p. 41.
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expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA
Manual do Professor de Escola Dominical, Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal e A Santa Ceia - CPAD
TRANSUBSTANCIAÇÃO E CONSUBSTANCIAÇÃO
Consubstanciação é o termo que indica a crença na presença espiritual de JESUS nas
espécies do pão e do vinho. E significa que JESUS se encontra presente COM a
substância do pão e do vinho sem modificá-las/transformá-las.
Ao contrário da Transubstanciação que refere a transformação da substância do pão e do vinho no Corpo e sangue de JESUS. Na consubstanciação, o Corpo e o sangue, se juntam ao pão e vinho, porém a substância do pão permanece, juntamente com sua aparência. Na transubstanciação, não estão presentes mais a substância do Pão e vinho, estas são aniquiladas, ficando apenas as substâncias do corpo e sangue de JESUS. (http://pt.wikipedia.org/wiki/JESUS - 25-05-2009)
TRANSUBSTANCIAÇÃO:
(http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-
BR&article=164&menu=2&submenu=15)
A eucaristia é um dos sete sacramentos da Igreja Católica. Segundo o dogma católico,
JESUS CRISTO se acha presente sob as aparências do pão e do vinho, com seu
corpo, sangue, alma e divindade, isto é o que geralmente se entende por
“Transubstanciação”.
A doutrina da Transubstanciação não tem respaldo bíblico. Nem todos os representantes da Igreja Católica concordaram com esta doutrina, entre eles podemos citar o papa Gelásio I e Gelásio II, São Clemente, Agostinho...
O QUE É DISCERNIR O CORPO DO SENHOR?
“Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não
discernir o corpo do Senhor.” I Co. 11:29
Entre os cristãos daquela época existia uma festa chamada “Festa Ágape” ou festas
de amor (Judas 12). Era comum entre os cristãos celebrarem a ceia com esta refeição
(esta prática perdurou até na época de Justino, o mártir) que era destinada a ajudar os
pobres. Corinto era uma igreja problemática em termos de doutrinas (véu, dons
espirituais, batismo, brigas, divisões e santa ceia). Os Coríntios não estavam
discernindo o real objetivo de suas reuniões (v.17,18,20). Para eles aquilo era apenas
uma festa como as demais festas mundanas da sociedade grega (Corinto era grega)
da qual tinham vindo. Então, quando se reuniam, todos se embriagavam, (v.21) como
faziam antes de se converterem e não discerniam que aquilo era muito mais que uma
festa, era “em memória” de CRISTO (v.25). Por isso as pessoas deveriam se examinar
antes de tocar no pão e no cálice (v.28), pois correriam o risco de tomar a ceia de
modo indigno, fora do propósito para qual fora estabelecida, ou seja, para a comunhão
e não divisão dos fiéis (v.18). Isto é o que Paulo queria dizer com discernir o corpo do
Senhor. Não há nada que insinue no texto a herética doutrina da “Transubstanciação”.
O contexto quando analisado honestamente não comporta tal ideia. Qualquer
conclusão que passar disso é falsa!
Discernir o corpo de CRISTO pode ser visto em dois aspectos (Ev Henrique):
1- O corpo maltratado (moído - Is 53) de JESUS é para nossa cura física, tanto das
enfermidades como de nossas doenças (Is 53). Quem não acredita nisso acaba
ficando doente e acabam morrendo alguns por não entenderem esta verdade.
2- O corpo de JESUS na terra é sua Igreja, então só devemos participar da ceia em comunhão com este corpo. A desunião, mágoas, rancores, inimizades, porfias, fofocas, etc..., se não evitados podem trazer doenças e até mesmo a morte. Quem não perdoa, não pode ser perdoado (Mt 6). Também a falta de ajuda financeira ao corpo de CRISTO na terra, a igreja, também pode gerar doenças e mortes, pois roubar é pecado. Ser mal-agradecido também.
OS DISPARATES DESSA DOUTRINA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO:
Ensina a teologia católica a transubstanciação (alteração de substância) durante a eucaristia. Após a consagração dos elementos, pão e vinho, recitada pelo padre, as palavras de CRISTO, “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”, misteriosamente o pão se transforma na carne de CRISTO e o vinho no seu sangue. Levando as palavras de CRISTO a um literalismo irracional, dizem ser o pão o próprio corpo de CRISTO presente na hóstia (depois dizem que nós é que somos fundamentalistas e interpretamos a Bíblia ao pé da letra!!!). Esta doutrina é baseada principalmente na perícope do evangelho de João 6:53. Contudo, daremos algumas razões de o porque rejeitarmos esta doutrina como errônea e perigosa.
1. Se na frase “isto é o meu corpo” o verbo “é” implica a conversão literal do pão no corpo de CRISTO, segue-se igualmente que nas palavras “Eu sou o pão da vida”(6:35) o verbo “sou” deve implicar igual mudança, ensinando-nos que CRISTO se converte no pão, de modo, que se o primeiro é uma “prova” da transubstanciação, o segundo demonstra necessariamente o contrário; se o primeiro demonstra que o pão pode converter-se em CRISTO, o segundo demonstra que CRISTO pode converter-se em pão, o que é um verdadeiro absurdo, mas é isto o que a lógica desta filosofia nos leva a concluir!
2. Se acreditarmos que neste episódio JESUS estava se referindo a eucaristia então forçosamente ninguém pode se salvar sem o sacramento e todo o que o recebe não pode se perder. Seria sempre necessário o fiel se comungar para não perder a benção da vida eterna. E aqueles que não podem tomá-la ? Estariam destinados ao inferno ? Crêem os católicos que todo aquele que comunga tem a vida eterna ? Pois JESUS disse que sem exceção, “todo aquele” que comesse a sua carne teria de fato a vida eterna. E o que dizer então daqueles que bebem indignamente (I Coríntios 11:28) ? Tal é a contradição e confusão que nos mostra tão descabida teoria se levada ao pé da letra.
3. Este ponto já foi tratado acima, mas vamos reforçá-lo aqui. Ora, se tomadas literalmente estas palavras o beber o sangue é tão importante quanto o comer a sua carne, em outras palavras é tão necessário comer o pão (hóstia) como beber o cálice. E porque então o padre nega-lhes este direito desobedecendo a Bíblia?
LEMBRANÇA OU PRESENÇA REAL?
Na ceia, todas as suas ações e palavras tinham alguma relação com a antiga Páscoa.
Tendo isto em vista devemos procurar na antiga festa uma explicação para a santa
ceia que Ele iria substituir, pois Ele, JESUS, é a nossa Páscoa (I Cor. 5:7)!
Quando Moisés (o tipo de CRISTO) instituiu a Páscoa, mandou comer a carne e
aspergir o sangue do cordeiro em suas casas (Ex: 12:11). Só que o cordeiro que
comiam NÃO ERA a “Páscoa”, pois tal palavra se deriva do verbo “pasah”, “passar por
cima” incluindo a ideia de “poupar e proteger” v.13. A Páscoa do Senhor era o “passar
do anjo por toda a terra do Egito”. Vê-se, pois, que o ato do passar por cima das casas
dos israelitas era uma coisa e o cordeiro que os israelitas comiam era outra
essencialmente distinta: uma era um fato, a outra a recordação daquele fato. Embora
Moisés tivesse dito a respeito do cordeiro: “É a Páscoa”, isto é, a passagem do
Senhor, não se segue que quisesse dizer que o cordeiro que tinham assado e de que
estavam comendo se tivesse mudado ou transformado no ato de passar o Senhor por
cima das casas. O sentido simplesmente era: “É uma recordação da Páscoa ou da
passagem do Senhor”. Temos pois aqui um exemplo clássico dessa figura de retórica
pela qual se dá o nome da coisa que ela recorda, ou se põe o sinal pela coisa
significada. Quando pois, as famílias se reuniam em torno da mesa para comer a
Páscoa o chefe da família dizia: “Esta é a Páscoa do Senhor”, quando então queriam
dizer “Esta é a recordação da Páscoa do Senhor”. Pois bem, fincado na essência
dessa celebração JESUS certamente se valeu da mesma expressão conhecidíssima
dos israelitas. Depois de abolida a Páscoa e substituída pela santa ceia, serviu-se da
mesma expressão de que tinha feito uso na celebração antiga; era natural que do
mesmo modo que tinha dito da Páscoa “Esta é a Páscoa do Senhor”, querendo dizer
que aquilo era apenas a recordação daquele feito na época de Moisés, usasse
também mui naturalmente as palavras “ISTO É O MEU CORPO” para significar que
aquele rito devia ser usado como recordação do seu corpo e do seu sangue
oferecidos na cruz; sendo Ele, o verdadeiro cordeiro de DEUS (João 1:29) que nos
libertou do cativeiro do pecado.
Os discípulos sendo judeus versados nas escrituras, estavam por certo familiarizados com tais figuras de linguagem (Salmos 27:1-2, Isaías 9:18-20, 49:26) e não foi difícil entenderem o que JESUS queria lhes dizer, pois antes disso, eles os ouviram dizer: “Eu sou a porta”, “Eu sou o caminho”, “Eu sou a luz do mundo...” e entenderam perfeitamente a linguagem. Nada é mais comum do que dar à lembrança, ou a representação de uma coisa, o mesmo nome da coisa de que é representação ou sinal. Até mesmo os membros da igreja romana ao verem a imagem da santa dizem: “esta é Nossa Senhora”, ou vendo a imagem de um santo qualquer dizem: “este é São Pedro, este SANTO Expedito e aquele outro SANTO Antônio etc...” mesmo sabendo que aquilo (segundo acreditam) é apenas uma representação ou lembrança do que está no céu. Servem-se constantemente desta figura de retórica que dá representação ou lembrança o nome da coisa representada ou lembrada.
Quando então distribuía os elementos da ceia, pão e vinho disse: “Isto É O MEU CORPO” e “ISTO É O MEU SANGUE”, arrematando ordena: “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. Temos razão para crer que aquilo era uma comemoração ou
lembrança de sua morte na cruz e devíamos prosseguir fazendo isto até que Ele venha. Para corroborar nosso ponto de vista, veja que mesmo após JESUS ter consagrado o vinho ele ainda continuou o que sempre fora, simplesmente um vinho “porque vos digo que desde agora não mais beberei do fruto da videira,( não disse meu sangue) até que venha o reino de DEUS.” Lucas 22:18
Paulo simplesmente considerava como pão e vinho, os elementos da santa ceia e não o corpo do Senhor transubstanciado: “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.” I Co. 11:26-28.
O pão apenas representava o corpo do Senhor, o vinho o seu sangue. Todas as vezes que nós nos reunimos para celebrar a santa ceia nós fazemos isto sempre EM MEMÓRIA do Senhor, pois Ele mesmo disse “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. É EM MEMÓRIA!!! Não podemos sacrificar CRISTO novamente (Hebreus 7:24,27).
ABSURDO DOS ABSURDOS
Por darem ouvido ao dogma da transubstanciação os católicos além de incorrem num
terrível engodo, acabam por abraçar uma teoria fictícia, absurda até!
Veja porque:
a- Se naquela ocasião em que JESUS disse: “Isto é o meu corpo”, realmente tivesse
ocorrido a tão propalada “transubstanciação” então somos levados a acreditar que
existiam naquele momento dois corpos do Senhor? Levando este dogma às últimas
consequências teremos isto: JESUS pegou aquele pedaço de pão, já transformado
em seu corpo (com divindade e alma, segundo crêem os católicos) e deu-se a si
mesmo para seus discípulos comerem depois de terem comido o corpo do mestre
sentaram-se ao seu lado. E ainda: JESUS também devia ter-se comido e engolido a si
mesmo pois também é certo que Ele participou da ceia!
b- E se tal pão consagrado for comido acidentalmente por um roedor (rato, por
exemplo) dá-se o caso que tal animal também engoliu o CRISTO com seu corpo, alma
e divindade? Ou quando não, se tal hóstia se estragar e vier apodrecer; seria o caso
do corpo de CRISTO que está naquele elemento apodrecer também? E como fica
então Atos 2:31 que diz que a carne de CRISTO não se corrompe?
c- Quando se prova o pão, ele ainda é o pão, tem cheiro como tal, o gosto ainda é de
pão, o mesmo se dá com o vinho! Onde o corpo de CRISTO nisto tudo?
d- Se CRISTO nos ordenou que celebrássemos a cerimônia até que Ele voltasse,
conforme I Co. 11:26 (até que venha), como pode estar presente na hóstia? Se vem,
não está! Devemos ressaltar que tal vinda é escatológica quando virá em corpo, pois
espiritualmente, Ele está conosco todos os dias Mat. 18:20 -28:20, e esta promessa
não tem nada a ver com a santa ceia.
Comentários de alguns livros com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique
No cenáculo (22:7-38).
O relato mais completo do que ocorreu no cenáculo na noite antes da crucificação é
dado em João. O de Lucas não é tão pormenorizado, mas é mais longo do que os em
Mateus e Marcos, e ele tem algumas informações só dele.
A) Os preparativos (22:7-13).
A Páscoa não era apenas mais uma refeição, mas, sim, uma festa muitíssimo
importante. Devia ser comida em posição reclinada, e havia exigências tais como a
inclusão de ervas amargas na refeição. Destarte, uma quantidade considerável de
preparação era necessária. A refeição não era solitária, mas, sim, era comida em
grupos que usualmente consistiam em dez a vinte pessoas.
Vv. 7. O dia dos Pães asmos é uma expressão incomum, e talvez signifique o dia em
que todo o fermento era removido dos lares como preparativo para a festa. Era o dia
em que a festa combinada começava. O dia de abertura era aquele em que as vítimas
da Páscoa eram sacrificadas. Se temos razão em ver uma diferença de calendários,
este teria sido, não o dia em que as vítimas realmente eram sacrificadas, mas, sim,
aquele em que deveriam ter sido sacrificados de acordo com o calendário que JESUS
estava seguindo. Os dois calendários concordam que as vítimas deviam ser
sacrificadas no primeiro dia: a diferença dizia respeito a qual dia era aquele.
Vvs.8,9. JESUS encarregou Pedro e João de fazer os preparativos necessários para o
pequeno grupo (somente Lucas dá os nomes deles aqui). Não é contrário à razão
terem perguntado onde. Eram galileus, e precisariam de orientação quanto à aonde
deveriam ir em Jerusalém. E nesta hora adiantada, haveria poucos lugares livres, a
despeito da tradicional disposição dos jerusalemitas de tornar disponíveis
acomodações sem nada cobrarem.
Vvs.10,11. Parece que JESUS tinha feito um acordo secreto com o dono de uma casa
(ou aquele homem tinha recebido algum benefício de CRISTO - uma cura por exemplo
– Obs. Do Pr. Henrique). Ao assim fazer, impediu Judas Iscariotes de traí-Lo antes da
hora. Ele haveria de morrer, mas isto no devido tempo dEle, e não quando Seus
inimigos escolhessem. Destarte, nenhum dos discípulos sabia onde estariam para a
refeição. Pedro e João deviam procurar um homem com um cântaro de água, que
seria um fato distintivo, pois as mulheres usualmente carregavam cântaros de água
(os homens carregavam odres de água). Eles iriam antes de JESUS e os outros
discípulos onde haveriam de dizer certas palavras ao dono da casa (Poderia o homem
estar já desejoso de que aquilo acontecesse ou até já tivesse convidado JESUS para
ali celebrar a Páscoa com seus discípulos alguns dias antes – Vemos em Mateus
26.18 que JEUS solicita a casa daquele homem dizendo que o tempo está próximo e
precisa da casa dele. Obs. Pr. Henrique).
12,13. O dono da casa lhes mostraria um espaçoso cenáculo mobiliado. Esta última
palavra é literalmente “estendido” e provavelmente significa que havia sofás prontos
com cobertas estendidas sobre eles (Moffatt traduz “com sofás cobertos”). Seguiram
as instruções e prepararam a refeição.
B) A última ceia (22:14-20).
Há aqui um problema textual de grande dificuldade. No texto “mais curto”, seguido por
NEB, Goodspeed, onde Vvs. 19b-20 são omitidos, o cálice é dado antes do pão. No
texto “mais longo” (RSV, TEV, JB, ARC, ARA) o cálice é mencionado duas vezes. O
texto mais curto é favorecido por muitos pelo motivo de que não é provável que as
palavras fossem omitidas nos originais, e que parecem ser uma inclusão tirada de 1
Coríntios 11.24-25 para harmonizar a passagem com a praxe litúrgica corrente.
Responde-se que as palavras disputadas são achadas em todos os MSS gregos
menos um (Códice D), que Justino Mártir aceitava (150 d.C). (Apologia i.66; este texto
e mais antigo do que nossos MSS gregos mais antigos), e que é possível que tenham
sido omitidas por escribas que não entendiam as duas referências ao cálice. De modo
geral, parece que o texto mais longo deva ser preferido.
(houve aí duas refeições, uma da Páscoa e depois uma da Ceia – aconteceu aí as
duas celebrações - Obs. Pr. Henrique).
Vvs.14-16. refeição de Páscoa.
A referência ao cumprimento no reino de DEUS indica que a Páscoa tinha significado
tipológico. Comemorava um livramento, sem dúvida, mas apontava para uma
libertação maior no futuro, que seria vista no reino de DEUS.
Vvs.17,18. Na refeição da Páscoa era obrigatório beber quatro cálices de vinho.
Parece que aqui temos referência a um destes cálices, embora não seja fácil ter
certeza qual deles. A. Edersheim pensa que fosse talvez o primeiro, depois do qual se
quebrava o pão (cf. Mishna, Pesahim 10:2-3). Mas um quebrar do pão e as ações de
graças seguiam o segundo cálice também, de modo que poderia ter sido este. A
participação do cálice era um símbolo de comunhão. Mais uma vez, o interesse
escatológico de JESUS é revelado enquanto espera a vinda do reino. A vida humana
que vivera com os discípulos estava no fim.
Vv.19. Tomar, quebrar e distribuir o pão eram aspectos regulares da observância da
Páscoa e não causariam surpresa alguma. Mas enquanto a dava aos Seus discípulos,
JESUS disse: Isto é o meu corpo. Estas palavras têm causado tremenda controvérsia
na igreja. O ponto crítico é o significado de pão. Alguns argumentam em prol da
transformação do pão no corpo de CRISTO, mas o verbo pode significar tipos de
identificação muito variados, conforme vemos em declarações tais como “Eu sou a
porta,” “Eu sou o pão da vida,” “aquela rocha era CRISTO.” Neste caso, a identidade
não pode estar em mente, pois o corpo de JESUS estava fisicamente presente na
ocasião. Deve ser usado nalgum sentido tal como “representa,” “significa” ou, talvez,
“transmite” (cf. Moffatt: “Isto significa... ”).
A declaração é enfática, e não deve ser diluída, mas nem deve ser forçada além do
seu significado real. A expressão adicional, oferecido por vós, prenuncia o Calvário.
Fala da morte de JESUS em prol dos homens. Não se trata dalguma coisa que brota
do ritual da Páscoa. Este falava do livramento mas não do sacrifício vicário. JESUS
está interpretando Sua morte num contexto da Páscoa e deixando claro que tem um
significado salvífico. Ellis pensa que Suas palavras acerca do corpo e do sangue aqui
“podem ser explicadas somente como uma referência implícita ao Servo Sofredor que,
como representante da aliança, ‘derramou a sua alma na morte... contudo levou sobre
si o pecado de muitos’ (Is 53:12).” O mandamento, Fazei isto em memória de mim,
não significa, conforme alguns alegam, que a comunhão é essencialmente um pleitear
de CRISTO diante do Pai. É a fim de que nós não nos esqueçamos, não a fim de que
Ele não Se esqueça.
Vv.20. O derramamento do vinho indica para nós a morte na cruz onde uma nova
aliança seria inaugurada. Israel estava num relacionamento com DEUS de acordo
com a aliança, mas agora haveria uma nova aliança levada a efeito pelo sangue de
CRISTO (cf. Jr 31:31). Sua morte estabeleceria um novo modo de aproximação com
DEUS. Cf. Harrington: “JESUS dá a entender que Sua morte iminente está para
substituir os sacrifícios da Lei Antiga,” e Manson, “A Ceia do Senhor, apresentada
assim, indica e inaugura uma redenção efetuada pela morte de CRISTO como um
sacrifício.”
Lucas - Introdução e Comentário - Leon L. Morris - SOCIEDADE RELIGIOSA
EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP - www.vidanova.com.br
A festa dos asmos (v.l):
Asmo ou ázimo quer dizer pão que não fermentou. A festa dos asmos foi assim
chamada porque durante toda a semana dessa festa, usava-se pão não levedado. A
Lei proibiu, durante todos esses sete dias, a presença de fermento nas casas do povo,
Ex 12.34,39; 13.3-7.
Chamada a Páscoa (v.l): Esta festa anual foi estabelecida em memória da saída do
povo de Israel do Egito. A palavra Páscoa vem do hebraico e quer dizer passagem,
em referência à passagem do anjo quando exterminou todos os primogênitos entre os
egípcios, Ex 12.12-20. Esta Páscoa, de Lc 22, foi a última, o pleno cumprimento da
primeira, no Egito. Os principais dos sacerdotes... (v.2): Eram as autoridades
religiosas, da tribo de Levi, sacerdotes aqueles que deviam receber o CRISTO e O
apresentar ao povo, os próprios pastores, aqueles que ocupavam a cadeira de Moisés
(Mt 23), aqueles que se ostentavam como guias de cegos, luz dos que estão nas
trevas (Rm 2.19) - eram esses que tramavam para destruir o próprio Cordeiro pascoal.
São os que introduzem as maiores heresias. Quantas vezes erram os concílios, tanto
em prática como em doutrina? Pouco importa qual a pessoa que fala sobre um ponto
religioso; o que vale tudo é se o que ele diz é a verdade, Is 8.20.
Entrou, porém, Satanás em Judas (v.3): Basta que Satanás tente o homem. Mas é
muito pior quando o ciranda (v.31), ou quando o esbofeteia ou leva cativo. Mas
quando Satanás entre no homem, ele se apodera de seu juízo, destrói seu temor a
DEUS, apaga nele a luz da justiça e tira-lhe todo o sentido de respeito. Judas era um
dos doze apóstolos, escolhido por CRISTO. Seguia e conhecia intimamente a CRISTO
durante todo o tempo do Seu ministério. Deixou tudo pelo amor do Mestre. Ouviu os
sermões de CRISTO e ele mesmo pregava. Era tão fiel como Pedro, Tiago e João.
Contudo, esse homem se toma ladrão (Jo 12.6), trai seu Mestre para ser crucificado e
morre, um “filho da perdição”, Jo 17.12. Entrou, porém, Satanás em Judas (v.3): O
diabo pensava em fazer fracassar o empreendimento de CRISTO, ferindo-Lhe a
cabeça. Mas conseguiu apenas ferir-Lhe o calcanhar, como fora profetizado, Gn 3.15.
Falou com os principais sacerdotes (v. 4): A causa de CRISTO sofre mais daqueles
que pretendem ser servos de DEUS do que daqueles que se declaram inimigos. Se Judas tratar com os principais dos sacerdotes, não se espere uma coisa boa. Convieram em lhe dar dinheiro (v.5): Descobre-se nisto o segredo da queda deste apóstolo. Amava o dinheiro. Ouvi o Mestre dizer: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, cap. 12.15. Mas não atendeu. O amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males, 1 Tm 6.10. Judas não pôs essa raiz fora do seu coração e ela cresceu gradualmente. Não se pense que ele caiu duma vez. Pelo amor ao dinheiro Geazi se tornou leproso, 2 Rs 5.26,27. Pelo amor ao dinheiro Ananias e Safira caíram mortos, At 5. Pelo amor ao dinheiro um apóstolo escolhido vendeu o melhor e o mais amado dos mestres, por trinta moedas de prata (Mt 26.15), enforcou-se (Mt 27.3-5) e foi para o inferno, Jo 17.12.
A ÚLTIMA PÁSCOA E A CEIA DO SENHOR, Lucas 22.7-38. Grande é o desejo de receber convite para comer à mesa dos ricos e dos grandes. Mas não há honra tão grande como o privilégio de assentar-se e comer na mesa do Senhor, de ser um dos hóspedes servidos pelo Filho de DEUS. Não estamos excluídos, contudo, porque não somos dignos. Na última ceia os discípulos eram egoístas e interesseiros, discutindo sobre qual deles seria o maior. Até Pedro, que ia negá-Lo, assistiu à ceia. Todos, porém, senão Judas, estavam limpos.
22.7" Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava sacrificar a Páscoa. 8 “E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para que a comamos. 9 “E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? 10 “E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. 11 “E direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? 12 “Então, ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado; aí fazei os preparativos. 13 “E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a Páscoa. 14 “E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. 15 “E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, 16 “porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de DEUS. 17 “E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, 18 “porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de DEUS. 19 “E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. 20 “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
A última ceia que CRISTO comeu com Seus discípulos era a última Páscoa verdadeira na terra. Os judeus continuavam a matar e a celebrar a Páscoa, até a destruição do Templo, quarenta anos depois. Mas foi apenas uma forma, sem a aprovação de DEUS. Até hoje os judeus observam o que chamam Páscoa, porém sem o cordeiro. Como as demais religiões sem CRISTO, é sem sangue. A Páscoa do Velho Testamento foi cumprida na instituição da Ceia do Senhor.
Mandou... preparai-nos a Páscoa (v.8): É provável que Judas houvesse comprado, no dia anterior, o cordeiro e o vinho. Pedro e João, à uma e meia da tarde, cercados de uma multidão de pessoas, subiram ao Templo. Antes de queimar o incenso, os cordeiros pascoais, eram imolados. Cada israelita, ao ouvir soar a trombeta, matava seu próprio cordeiro. Um sacerdote, com vasilha de ouro, apanhou o sangue do cordeiro de Pedro e João e o derramou ao pé do altar. Ao mesmo tempo cantavam o Halle, os Salmos 113 a 118. O cordeiro em cima de varas era, então, levado nos ombros de Pedro e João, perante o altar, onde era tirada a parte para queimar. Em seguida, os dois, ainda carregando o cordeiro nos ombros, saíram do Templo e percorreram as ruas de Jerusalém, até chegar à casa de Maria. Lá assaram o cordeiro e o arranjaram numa mesa, com pães asmos, ervas amargas, vinagre e milho. Por último prepararam os candeeiros e tudo estava pronto para introduzir no cenáculo na hora de comer a Páscoa.
Encontrareis um homem, levando um cântaro... (v.10): Foi um sinal sobrenatural;
geralmente eram somente mulheres que levavam água em cântaro, os homens,
quando carregavam água, era em odres.
Onde está o aposento... (v. 11): Parece que este homem havia falado com CRISTO;
reconhecendo que não havia casa em Jerusalém que acolhesse o Mestre e Seus
discípulos para comerem a Páscoa, ofereceu-Lhe este cenáculo, isto é, uma sala.
E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa... (v. 15): CRISTO desejava
ansiosamente comer com eles esta Páscoa, porque os amava muito, e anelava essa
comunhão à sombra do Getsêmani e da cruz. Anelava muito inaugurar esta nova festa
comemorativa e tinha muitas coisas a lhes dizer, Jo 13. Queria muito comer a Ceia,
porque marcava a grande hora da Sua glorificação na morte e na ressurreição. A
morte de CRISTO era o cumprimento da Páscoa. Ele era o verdadeiro Cordeiro, que
todos os cordeiros pascoais durante 1.500 anos prefiguravam. O que a morte do
cordeiro foi para Israel no Egito, a morte de CRISTO seria para os pecadores no
mundo inteiro. “CRISTO, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós”, 1 Co 5.7.
E tomando o pão... (v. 19): Finda-se, no v.18, a história da última Páscoa; inicia-se, no
v.19, o relato da inauguração da Ceia do Senhor.
Fazei isto em memória de mim (v. 19): O relato da última Páscoa finda com o v.18.
A história da instituição da Ceia começa com o v.19. A Ceia do Senhor é observada
em memória do sacrifício de CRISTO. Todos os anos um cordeiro era imolado em
memória da Páscoa mas não era a Páscoa original. Justamente como o Brasil não
proclama sua independência todos os anos, assim o sacrifício de CRISTO não se
repete na Ceia do Senhor. Como a nação declarou sua independência no ano de
1822, e todos os anos comemora este evento no dia 7 de setembro, assim CRISTO se
ofereceu na cruz uma vez para sempre (Hb 9.28; 10.12), e todas as Ceias são em
memória deste evento.
Houve também entre eles contenda... (v.24): Houve contenda entre eles justamente na última hora que podiam passar sozinhos com Seu Mestre! Sobre qual deles parecia maior (v.24): É tema muito popular. Lede como CRISTO o resolveu nesta ocasião, Jo 13.1-17.
vos assenteis sobre tronos... (v.30): Esta promessa aos apóstolos foi depois feita a
todos os fiéis, 1 Co 6.2; Ap 2.26,27; 3.21.
ESPADA CORTANTE 2 - Orlando Boyer, CPAD
1 Co 11.17-34 – CEIA DO SENHOR
i. As ofensas (11:17-22).
Acostumados como estamos a ter o ofício da Santa Comunhão (Santa Ceia) como o
mais solene e digno dos ofícios litúrgicos, esta passagem traz algo de surpresa. É
patente que o ofício está longe de ser edificante ou sequer digno, na Corinto do
primeiro século. A passagem é importante em que lança luz sobre o modo como se
dirigia o ofício, e em que nos dá ensino importante sobre a teologia da Santa
Comunhão (Santa Ceia).
17. “Nisto que vos declaro” (AV) significa antes, “Ordenando-vos isto” (cf. a ARA,
Nisto, porém, que vos prescrevo). O verbo, parangellõ, é o que fala de um encargo
autorizado. A situação é séria, e Paulo não está simplesmente oferecendo uns poucos
comentários acadêmicos. Ordena que se corrija a prática. Ao introduzir a seção
anterior, ele pudera elogiar os coríntios pela maneira como eles guardavam “as
tradições”. Quando passa a tratar do serviço da Comunhão, vê que não pode louvá-
los. Expressa a máxima condenação de todas as vezes que se reúnem para o culto:
porque vos ajuntais, não para melhor; e, sim, para pior. Em vez de a Comunhão ser
um ato eminentemente edificante, estava tendo um efeito dilacerante.
18. Paulo começa com antes de tudo, mas, como aqui não há um “em seguida” para
corresponder àquela expressão, provavelmente este é um meio de acentuar a
importância daquilo que ele tem para dizer. No grego não há artigo junto de igreja, de
modo que a expressão é antes “em igreja”. Mas, mesmo em, na assembleia realizada
para o culto, Paulo ouve falar de divisões. A palavra é schismata, que empregara em
1:10, acerca das dissensões que tinham dividido a igreja em facções. Estas se
intrometeram na mais santa das práticas de culto.
"Eu em parte o creio" é um sinal de que Paulo não era crédulo. Não aceitava todas as
histórias que ouvia. Nesta ocasião, ele reconhecia que havia algum exagero no relato
que lhe chegara, mas reconhecia também uma desagradável parcela de verdade.
19. Filosoficamente aceita a inevitabilidade de “heresias” (AV), haireseis. Esta palavra
vem de uma raiz que salienta a ideia de escolha. Vem a significar a escolha de um
grupo de opiniões e, dali os que fizeram uma escolha parecida. A princípio não há
necessariamente nenhum sentido pejorativo ligado a ela. É empregada com relação
aos saduceus (At 5:17), aos fariseus (At 15:5) e aos cristãos (At 24:5, 14). Mas pode
ser uma das “obras da carne” (G1 5:20), e é este o seu sentido aqui. É o mesmo tipo
de coisa que as “divisões” do versículo 18. É só quando os que escolhem de maneira
obstinada aparecem, que os aprovados se tornam conhecidos. A ideia de aprovados,
dokimoi, é a de ter alguém resistido à prova. Obviamente, se tais pessoas
aparecerem, o teste será necessário.
20. O adjetivo kuriakon, traduzido por do Senhor, acha-se no Novo Testamento
somente aqui e em Ap 1:10. Salienta a relação com o Senhor. As desordens em
Corinto são tão graves que, quando a igreja se reúne para o sacramento, não é a ceia
do Senhor que ela come. As desordens lhe deram um caráter diferente. Não é mais do
Senhor.
1. Este versículo revela que em Corinto a Santa Comunhão (Santa Ceia) não era uma
refeição simbólica apenas, como o é conosco, mas uma refeição de verdade. Além
disso, parece claro que era uma refeição à qual cada um dos participantes levava
comida. Refeições comuns desse tipo, em que os ricos compartilham com os pobres,
às vezes ocorriam nas religiões pagãs, onde eram chamadas eranoi. Por algum
tempo, houve na igreja primitiva, em associação com a Santa Comunhão (Santa
Ceia), uma refeição denominada agapê, ou “festa de amor” (2 Pe 2:13; Jd 12; ver a
RV). Mas, em Corinto, o que se fazia era um arremedo do amor. Os coríntios não
chegavam sequer aos padrões dos pagãos. Cada qual colocava diante de si as suas
provisões, e se punha a comê-las. Na verdade, comia “antes” (AV) do seu vizinho, o
que dá descrição de uma contenda indigna, ou talvez de alguns que, tendo levado
comida, começavam impacientemente a comer antes da chegada de outros (muitas
vezes os escravos não podiam chegar cedo). O desenlace era que alguns, que eram
pobres, iam-se com fome, e outros, que eram ricos, bebiam demais. Há um agudo
contraste entre os pobres com fome (a quem faltava o alimento necessário), e os ricos
embriagados. Não havia a intenção, ao se programar a refeição, de fazê-la comum,
com real coparticipação. Vemos que as divisões do versículo 18 eram baseadas na
situação financeira e na posição social.
22. Uma típica série de perguntas retóricas malha o erro dessa prática. A casa da gente é o lugar onde se há de satisfazer a fome e a sede. Comportar-se como os coríntios é desprezar a igreja, essa igreja cuja dignidade é exposta com o acréscimo da expressão de DEUS. É envergonhar os pobres. Não há lugar para louvor nenhum.
ii. Uma rememoração da instituição (11:23-26).
É praticamente certo que esta epístola foi escrita antes de qualquer dos evangelhos, o
que significa que este é o mais antigo relato que temos da instituição da Santa
Comunhão (Santa Ceia). Na verdade, é o mais antigo relato de quaisquer palavras de
nosso Senhor. É um dos bem poucos incidentes da vida terrena de nosso Senhor que
Paulo descreve pormenorizadamente. Há alguns traços deste relato que não
encontramos em nenhum outro lugar; por exemplo, a ordem para continuar a
ministração do ofício “até que ele venha” (v. 26).
23. Os verbos recebi e entreguei (paralambanõ e paradidõmi) são quase termos
técnicos para os atos de receber e passar adiante as tradições cristãs (cf. o v. 2). Isto,
considerado com a probabilidade geral, leva a maioria dos comentadores a achar que
Paulo não deve ser tomado como querendo dizer que tivera uma revelação especial
do Senhor sobre esta matéria. Contra isso está o enfático eu, egõ, que no grego inicia
este versículo. Não parece haver razão pela qual Paulo deva dizer “eu recebi do
Senhor”, se quer dizer, “eu recebi doutros homens uma tradição que em última análise
procede do Senhor”. Existem várias referências a revelações feitas diretamente a
Paulo (At 18:9, 10; 22:18; 23:11; 27:23-25; G1 1:12; 2:2; 2 Co 12:7). Parece que este é
outro caso desses. A noite em que foi instituído o sacramento é mencionada, "na noite
em que foi traído" (melhor, “em que estava sendo traído” ). Paulo revela o caráter
pungente da instituição dessa festa de amor que haveria de trazer tanta força e tanto
consolo para os cristãos, na mesma hora em que a malignidade humana estava
empenhada em entregar o Salvador a Seus inimigos.
24. Um ponto de menor importância, mas interessante, é que Mateus e Marcos
utilizam o verbo “abençoar” quanto ao pão, enquanto Lucas emprega o mesmo verbo
que Paulo usa. Todos os três usam “dar graças” quanto ao vinho. Não há diferença
importante entre estas expressões, pois a oração em ação de graças teria começado
“Bendito és Tu, ó Senhor” (10:16). Provavelmente devemos omitir as palavras, “Tomai,
comei” (AV). Não constam dos melhores MSS (assim na ARA), e são a espécie de
acréscimo de harmonização que os escribas fariam naturalmente. JESUS partiu o
pão, e disse, Isto é o meu corpo (Moffatt, “Isto significa o meu corpo” ). Estas palavras
têm sido usadas como texto-prova para doutrinas como a da transubstanciação e a da
consubstanciação com a sua realista identificação do pão com o corpo de CRISTO.
Todavia, "é" pode indicar várias espécies de identificação, como vemos do seu
emprego em passagens como Jo 8:12; 10:9; 1 Co 10:4, para não citar outras mais.
Além disso, no versículo seguinte o cálice não é “o meu sangue”, mas, “a nova aliança
no meu sangue”. As palavras não provam tudo que os advogados dessas teorias
desejariam. Por outro lado, não devem ser diminuídas a ponto de dar-nos um conceito
“zwingliano”, de que o ofício da Ceia não é nada mais que uma ocasião em que
pensamos em CRISTO. Há uma dádiva muito real do Salvador no sacramento, não
menos real por ser essencialmente espiritual. “O sacramento é um meio de comunhão
com o corpo e o sangue de CRISTO, e um meio pelo qual a fé se apropria das
bênçãos que fluem de CRISTO glorificado, em virtude de Sua morte” (Edwards).
As palavras seguintes são, “que é por vós”. Os MSS de que depende a AV inserem “partido”, outros, “dado” (ARA) ou “ferido”. O relato de Paulo deixa de dar a palavra. A ênfase é à obra vicária de CRISTO. O que aconteceu com o corpo foi por nós. Houve propósito em Seu sofrimento, e esse propósito estava dirigido para o Seu povo.
Fazei isto é presente contínuo: “Continuai fazendo isto”. Isto é importante, pois há alguma dúvida textual sobre Lc 22:19. Se julgar que a última parte desse versículo não faz parte do verdadeiro texto, este é o único registro do mandamento para dar continuidade à Comunhão, conquanto não devamos passar por alto a significação da prática regular da igreja desde os seus primeiros tempos (At 2:42).
Memória é anamríêsis, que significa a atividade de chamar à memória. Partindo e
recebendo o pão, evocamos os sofrimentos de CRISTO por nós.
De mim é enfático (emêti, não mou). Salienta a natureza Cristocêntrica do ofício.
25. Não há o verbo tomou no grego, apesar de que este talvez dê o sentido dele. A
linguagem é tersa e vívida. A impressão deixada é a de que o pão foi partido e
partilhado durante o transcurso da refeição, e o cálice foi tomado no fim. A palavra
diathêkê, “testamento” (AV), apresenta alguns problemas, demasiado complexos para
serem discutidos aqui.
Sucintamente, diathêkê ê palavra grega usual para “última vontade e testamento” (daí, a AV). Este é praticamente o único sentido que ela tem em geral nos escritos gregos, e isso ocorre com muita frequência. Mas no Velho Testamento grego a palavra é empregada regularmente para traduzir o termo hebraico para “aliança” (277 vezes). A
questão, no Novo Testamento, é, “Deve-se entender diathêkê como empregado geralmente no grego, ou como no Velho Testamento grego?” Provavelmente a resposta difere de passagem a passagem. Aqui o sentido será “aliança” (como na ARA). JESUS está-se referindo à “nova aliança” profetizada em Jr 31:31 ss. A ideia de aliança domina o Velho Testamento. O povo entrou numa aliança com o Senhor (como vem narrado em Êx 24), e daí em diante era o povo de DEUS. A profecia de Jeremias mostra que isto não era permanente, mas que, no devido tempo, a velha aliança seria substituída por uma nova, baseada no perdão de pecados, e com a lei de DEUS escrita no coração das pessoas. JESUS está dizendo, pois, que o derramamento do Seu sangue é o meio de estabelecer a nova aliança. Propicia perdão de pecados, e abre o caminho para a atividade do ESPÍRITO SANTO no coração do crente. Todo o sistema judaico é substituído pelo cristão, e tudo se centraliza na morte do Senhor, que estabelece a nova aliança. Meu é o enfático em os. O lugar do Senhor é absolutamente central.
26. Apresenta-se a importância de obedecer à ordem de CRISTO para continuar a observância da festa. A palavra importante aqui é a traduzida por “mostrais” (AV; katangellõ). Na Comunhão recebemos a CRISTO. Não O apresentamos nem Seu sacrifício ao Pai. Apresentamos, e podemos apresentar, somente a nós próprios. Katangellõ significa “anunciar” (assim na ARA), “proclamar”. No Novo Testamento é empregado mormente com referência à pregação do Evangelho. Sempre denota uma atividade exercida para com os homens, e nunca uma atividade exercida para com DEUS. Assim, aqui significa que a solene observância do ofício da Santa Comunhão (Santa Ceia) é uma vivida proclamação da morte do Senhor. Em palavra e em símbolo a morte de CRISTO pelos homens é exposta diante deles. “A eucaristia é um sermão dramatizado, uma proclamação dramatizada da morte que ela comemora” (Robertson e Plummer). Até que ele venha lembra-nos o aspecto escatológico da Santa Comunhão (Santa Ceia). Olha prospectivamente para o dia em que o Senhor voltará. Não será necessária na nova ordem que surgirá então. Mas até esse dia, ela nos manterá atentos, não só quanto à primeira vinda do Senhor, quando Ele sofreu por nossos pecados, mas também quanto ao Seu segundo advento, quando Ele virá para levar-nos para Si.
iii. O resultado prático (11:27-34).
Paulo agora se põe a falar da maneira pela qual o ofício deve ser dirigido. A exposição
que acabou de fazer do sentido do serviço da Ceia levanta a questão da esfera das
minúcias litúrgicas. É a observância de um rito extremamente solene, instituído
pessoalmente pelo Senhor, e pleno de significação profunda e sagrada. Como tal,
deve ser observado com indefectível reverência.
27. Por isso, hoste, salienta consequência. É por causa da significação esboçada há
pouco que os homens devem observar com o devido cuidado o serviço litúrgico. Há
um sentido em que todos têm que participar indignamente, pois ninguém jamais pode
ser digno da bondade de CRISTO para conosco. Mas noutro sentido podemos vir
dignamente, isto é, com fé, e com a devida realização de tudo que é pertinente a tão
solene rito. Negligenciar nisto é vir indignamente no sentido aqui censurado. O homem
que age assim é réu do corpo e do sangue do Senhor. A grandeza da dávida oferecida
é a medida da grandeza da sua culpa.
28. Examine-se é dokimazetõ, “testar”, “provar”. Muitas vezes é empregado quanto à
prova de metais. Paulo quer dizer que ninguém deve entender a Santa Comunhão
(Santa Ceia) como uma coisa natural, como qualquer outro serviço litúrgico. É um rito
solene, instituído pessoalmente pelo Senhor, carregado de profunda significação.
Antes de tomarmos parte em tal serviço, o mínimo que podemos fazer é um rigoroso
autoexame. Deixar de fazê-lo resultará em comungar “indignamente” (v. 27). De
passagem notamos que a referência a pão no momento em que se recebe o elemento
(e não “o corpo do Senhor” ) não concorda com teorias como a da transubstanciação.
O pão continua pão.
29. “Indignamente” (AV) parece não fazer parte do verdadeiro texto, e o sentido é o da RV. “Maldição” ou “danação” (AV) é tradução forte demais de krima, que significa antes “condenação”. Paulo não quer dizer que a pessoa que comunga erroneamente incorre na pena eterna, mas cai sob a medida de condenação apropriada a seu ato. Sem discernir. O corpo (a AV acrescenta, “do Senhor” ) é difícil. O verbo diakririõ significa “distinguir”, e assim, “discernir”, “separar”. Aqui significará distinguir a ceia do Senhor de outras refeições, isto é, não a considerar como qualquer outra refeição. O verdadeiro texto diz “o corpo” (como na ARA), não “o corpo do Senhor”, embora, naturalmente, não haja diferença no sentido. Alguns acham que o corpo é a igreja, como em 12:13; Cl 1:18. Mas não parece haver razão real para pensar que o termo significa coisa diferente daquilo que ele significa no versículo 27. Ao mesmo tempo há marcante ênfase nesta passagem toda à natureza corporativa do rito, e à responsabilidade de cada um por todos.
30. Males espirituais podem ter resultados físicos. Paulo informa seus amigos de que a razão da má saúde e mesmo da morte de alguns deles tem atrás de si uma atitude errada para com este ofício sumamente solene. Alguns veem aí uma referência aos resultados da bebida excessiva (v. 21). Mas o que Paulo quer dizer é, provavelmente, não algo que deveríamos chamar de resultados “naturais” do excesso, mas a mão punidora do Senhor (v. 32).
31, 32. Os coríntios evidentemente achavam que havia pouca coisa errada com eles. Mas Paulo expõe o valor do correto e sistemático julgamento de nós mesmos. Devemos desenvolver a prática (esta é a força do tempo imperfeito) de “distinguir-nos a nós mesmos” (assim, melhor do que “julgar-nos a nós mesmos” ), isto é, distinguir entre o que somos e o que devíamos ser (o verbo é diakrinõ, como no v. 29). Barclay o verte, “se nós discerníssemos verdadeiramente a que somos semelhantes”. Então não devemos achar-nos julgados, isto é, objetos da espécie de julgamento de que Paulo falou no versículo anterior. “Somos castigados pelo Senhor” (AV; ARA: disciplinados) significa que essas desgraças não são males incógnitos, mas sinais do amor de DEUS. São enviados para fazer-nos voltar do caminho errado, para que não participemos da condenação do mundo.
33,34. Decorrente dessa discussão (hoste, assim), Paulo conclui a matéria. Concita-os a esperar uns pelos outros quando se reúnem para comer. Vale dizer que ele quer que à desastrosa contenda do versículo 21 cesse. Na verdade, o propósito da ceia do
Senhor não é saciar a fome física, de modo nenhum. Se alguém está com fome, coma em casa. Assim Paulo insta com eles, que evitem a condenação. Estas são as coisas urgentes. Transparece que ele sabia que existiam outras questões concernentes à ministração do sacramento, questões que não eram tão urgentes. Estas podiam esperar até à ocasião em que ele fosse a Corinto. Incidentalmente, quando é o indefinido hõs an. Ele não sabia quando seria.
I Coríntios- Introdução e Comentário, Rev. CANON LEON MORRIS, SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO
A IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA
A Ceia do Senhor é um ato de suma importância, em si mesmo e na vida do crente.
O QUE É A SANTA CEIA
A Santa Ceia não é apenas um ato celebrado pela igreja, mas também uma
proeminente doutrina bíblica.
O que nos lembra a Santa Ceia?
A Santa Ceia lembra as refeições dos discípulos em companhia de JESUS, lembra o
arrebatamento de CRISTO em sua primeira vinda e lembra a paixão e a morte de
CRISTO em nosso lugar, bem como a sua segunda vinda.
1. Definição e designações.
Paulo recebeu o ensino da Santa Ceia, segundo a bíblia, diretamente do Senhor:
"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei". 1 Co 11
Paulo provavelmente recebeu instruções sobre a ceia durante o tempo em que
estivera a sós com DEUS no monte, na Arábia, sobre os quais as Escrituras silenciam
(Gl 1.11,12, 15-17).
2. Ordenança ou sacramento.
A Ceia do Senhor é conhecida pelos evangélicos como ordenança, por constituir-se
numa ordem dada por CRISTO aos santos apóstolos.
A Santa Ceia é uma sacramento da Igreja para os católicos romanos e certas alas do
protestantismo.
OS ELEMENTOS DA SANTA CEIA
Elementos da Santa Ceia: o pão e o vinho.
O pão e o vinho por representarem, respectivamente, o corpo e o sangue do Senhor
JESUS. O pão e o vinho são, biblicamente, o memorial do Calvário; representam o
corpo e o sangue de CRISTO.
1. O pão. "Eu sou o pão da vida..."
Por que o pão é um dos elementos da Santa Ceia do Senhor?
Por ser este alimento o símbolo da vida, JESUS assim identificou-se aos seus
discípulos (Jo 6.35). Quando o pão é partido, vem-nos à memória o sacrifício vicário
de CRISTO. ELE deu sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
2. O vinho. "fruto da vide" e "cálice do Senhor"
Por que o vinho é um dos elementos da Santa Ceia do Senhor?
Porque lembra-nos o sangue de CRISTO vertido na cruz para redimir a todos os filhos
de Adão.
LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DA SANTA CEIA
Lições ou ensinos doutrinários da Ceia do Senhor até a volta de JESUS.
1. A Santa Ceia é um mandamento do Senhor.
Ele ordenou por duas vezes: "fazei isto em memória de mim" (vv.24,25
2. É um memorial divino.
"Em memória de mim" (vv.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de DEUS em
nosso lugar (1 Pe 1.18,19; Jo 1.29). Como tal, a Santa Ceia comemora algo já
realizado (Lc 22.19).
Assim como a sociedade, o governo, o povo, as instituições particulares têm seus
memoriais, aos quais estimam, honram e preservam, nós temos muito mais razão,
dever, direito e prazer de sempre participar da Ceia do Senhor.
3. É uma profecia a respeito da volta de JESUS.
"Anunciais a morte do Senhor até que venha" (v.26). A igreja ao celebrar a Ceia do
Senhor, está também anunciando a todos a sua vinda. "E digo-vos que, desde agora,
não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no
reino de meu Pai" (Mt 26.29).
4. Deve ser precedida de autoexame do participante (v. 25).
Trata-se do autojulgamento do cristão diante de DEUS, quanto ao seu estado
espiritual (v.31). Esse autoexame deve ser feito com o auxílio do ESPÍRITO SANTO e
tendo a nossa consciência alinhada às Escrituras.
5. A ceia do Senhor e o discernimento espiritual do crente.
Participar da Ceia sem discernir "o corpo do Senhor" (v. 29), é ter os santos elementos
da Ceia como coisas comuns, e não como emblemas do corpo e do sangue de
CRISTO.
6. É uma ocasião propícia ao recebimento de bênçãos.
"O cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de CRISTO? O
pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de CRISTO?" (10.16).
Portanto, DEUS pode derramar copiosas bênçãos no momento da ceia. Houve
milagres na preparação da primeira Ceia (Lc 22.10-13).
7. A Santa Ceia é um momento de gratidão a DEUS.
Na Ceia do Senhor todo crente deve ser agradecido. "E tendo dado graças" (v.24). Em
todos os registros da Ceia vemos ação de graças a DEUS: 1 Co 11.24; Mt 26.27; Mc
14.23; Lc 22.19.
8. A Santa Ceia é para os discípulos do Senhor.
Conforme Lucas 22.14, JESUS levou apenas os Doze para a mesa da Páscoa,
seguida da Ceia do Senhor. Se a Ceia fosse para qualquer um, Ele teria chamado a
todos sem distinção. A Santa Ceia é para os santos em CRISTO JESUS.
9. É um momento de profunda e solene devoção e louvor a DEUS.
"E, tendo cantado um hino" (Mt 26.30). Como JESUS cantou à sombra da sua cruz,
não podemos compreender, nem explicar!
10. A Santa Ceia é alimento espiritual.
Toda ceia destina-se a alimentar. Devemos participar desse SANTO Memorial
convictos, pela fé e esperança de que seremos novamente alimentados
espiritualmente.
11. A Ceia do Senhor condena a duplicidade religiosa.
"Não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios" (10.21). A
Santa Ceia é incompatível com a duplicidade da vida espiritual do cristão (Sl
119.113; Mt 6.24; 2 Co 6.14).
CONCLUSÃO - A ceia é o Memorial da paixão e morte de Nosso Senhor JESUS
CRISTO.
Estudo sobre a Santa Ceia
A ORDEM DOS EVENTOS NA ÚLTIMA CEIA DO SENHOR (H.M.S. abril/98)
Tenho visto muitos estudos sobre o assunto, mas todos eles me parecem obedecer mais a “pontos de partida lógicos” do que a simples e somente a sequência que emerge mais naturalmente da Bíblia. (Estes pontos de partida, a meu ver desnecessários, são que: (1) o lava-pés deve ter ocorrido antes de tudo; (2) o pão e o cálice só foram repartidos após o definitivo encerramento e retirada de tudo da refeição pascal; e (3) não é admissível que Judas tenha participado do pão e do cálice).
Baseamo-nos na sequência de Lucas porque, dos escritores dos 4 evangelhos, é ele
quem se prende rigorosamente à sequência, à cronologia dos fatos Lc 1:1-3.
A ordem dos acontecimentos da última ceia do Senhor com seus apóstolos e que me
parece emergir do relato bíblico, simplesmente tomado, é a seguinte:
1.CRISTOpôs-seàmesa,comos12
apóstolos
2. CRISTO: “Desejei muito ... não a
comerei mais até que...”
Mt26:20 Mc 14:17
Lc 22:15- 16
Lc22:14
3. Tomam a ceia pascal. Conforme Ex 12: cordeiro sem mácula, separado por 4 dias, sacrificado ao anoitecer, assado na brasa, servido com pães asmos e ervas amargosas, nada ficando para o amanhecer; todos com lombos cingidos, sapatos nos pés, cajado nas mãos, apressadamente, memorialmente, por estatuto perpétuo. Parece que CRISTO comeu apressadamente e terminou a ceia antes dos apóstolos. Houve um cálice Lc 22:17-18 (e, talvez, pão) nesta ceia pascal, antes da Ceia do Senhor, que teve lugar logo a seguir.
4. Tomam a Ceia do Senhor: Em 1o. lugar, CRISTO abençoa o pão, explica-o, reparte-o. |
Mt 26:26 |
Mc 14:22 |
Lc 22:19 |
1Co 11:23- 24,26 |
5. Em 2o. lugar, CRISTO abençoa o cálice, explica-o, reparte-o, “não mais beberei dele até que...” |
Mt 26:27- 29 |
Mc 14:23- 25 |
Lc 22:20 |
1Co 11:25- 26 |
6. CRISTO, turbado em espírito: “Um de
vós me há de trair.”
7. Apóstolos: “Sou eu, Senhor?”
9. João: “Quem é?”
11. Satanás se apossa de Judas.
12. Judas Iscariotes: “Sou eu, Rabí?”
13. CRISTO: “Tu o disseste.”
14. CRISTO: “... faze-o depressa.”
15. Judas sai.
16. Apóstolos: “Quem de nós será o
maior?”
17. CRISTO repreende os apóstolos.
18. CRISTO revela aos apóstolos que eles
reinarão.
19. CRISTO lava os pés dos apóstolos.
20. Hino.
21. Saída para o Monte das Oliveiras.
Mt 26:21 Mt 26:22
Mc 14:18 Mc 14:19
João 13:21 João 13:22
João 13:23- 25
João 13:27a
João 13:27b-29 João 13:30
João 13:2- 17
8. CRISTO: “O que põe comigo a mão no prato ... ai daquele ...” |
Mt 26:23- 24 |
Mc 14:20- 21 |
Lc 22:21- 23 |
João 13:18- 20 |
10. CRISTO, só a João: “É aquele ... bocado molhado” (comiam os restos das duas ceias) |
João 13:26 |
Mt 26:25a Mt 26:25b
Lc
Lc 27 Lc 30
22:24 22:25- 22:28-
Mt 26:30a Mt 26:30b
Mc 14:26a Mc 14:26b
22. (no caminho) CRISTO anuncia Sua glorificação, ausência, e novo mandamento. |
João 13:31- 35 |
23. CRISTO adverte a Pedro. |
Mt 26:31- 35 |
Mc 14:27- 31 |
Lc 22:31- 34 |
João 13:36- 38 |
24. As duas espadas. Lc 22:35- 38
1. CRISTO pôs-se à mesa, com os 12 apóstolos Mt 26:20; Mc 14:17; Lc 22:14.
(Mat 26:20) E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze.
(Mc 14:17) E, chegada a tarde, foi com os doze.
(Lc22:14)E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos.
2. CRISTO: “Desejei muito ... não a comerei mais até que...” Lc 22:15-16.
(Lc 22:15-16) E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que
padeça; (16) Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no
reino de DEUS.
3. Tomam a ceia pascal. Conforme Ex 12: cordeiro sem mácula, separado por 4 dias, sacrificado ao anoitecer, assado na brasa, servido com pães asmos e ervas amargosas, nada ficando para o amanhecer; todos com lombos cingidos, sapatos nos pés, cajado nas mãos, apressadamente, memorialmente, por estatuto perpétuo. Parece que CRISTO comeu apressadamente e terminou a ceia antes dos apóstolos. Houve um cálice Lc 22:17-18 (e, talvez, pão) nesta ceia pascal, antes da Ceia do Senhor, que teve lugar logo a seguir.
(Lc 22:17) E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; (18) Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de DEUS. Este 1o. cálice, em Lc, fez parte da Ceia Pascal (profetizando a morte do Messias, para os judeus), não da Ceia do Senhor (memorial da morte do CRISTO, para a Igreja), que teve lugar logo a seguir.
4. (Começam a tomar a Ceia do Senhor:) O pão: CRISTO o abençoa, explica
simbolismo memorial, reparte. Mt 26:26; Mc 14:22; Lc 22:19; 1Co 11:23-24,26.
(Mat 26:26) E, quando comiam, JESUS tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o
deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
(Mc14:22) E, comendo eles, tomou JESUS pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e
disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
(Lc 22:19) E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo:
Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.
(1Co 11:23) Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor
JESUS, na noite em que foi traído, tomou o pão; (24) E, tendo dado graças, o partiu
e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória
de mim. (26) Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice
anunciais a morte do Senhor, até que venha.
5. O cálice: CRISTO o abençoa, explica simbolismo memorial, reparte, “não mais dele
beberei até que...”. Mt 26:27-29; Mc 14:23-25; Lc 22:17-18,20; 1Co 11:25-26.
(Mat 26:27) E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele
todos; (28) Porque isto é o meu sangue; o sangue do novo testamento, que é
derramado por muitos, para remissão dos pecados. (29) E digo-vos que, desde
agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco
no reino de meu Pai.
(Mc 14:23) E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam
dele. (24) E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por
muitos é derramado. (25) Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da
vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de DEUS.
(20) Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo
testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
(1Co 11:25) Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este
cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes,
em memória de mim. (26) Porque todas as vezes que comerdes este pão e
beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
6. CRISTO, turbado em espírito: “Um de vós me há de trair.” Mt 26:21; Mc 14:18; João
13:21.
(Mat 26:21) E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de
trair.
(Mc 14:18) E, quando estavam assentados a comer, disse JESUS: Em verdade vos
digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me.
(João 13:21) Tendo JESUS dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na
verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair
7. Apóstolos: “Sou eu, Senhor?” Mt 26:22; Mc 14:19; João 13:22.
(Mat 26:22) E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe:
Porventura sou eu, Senhor?
(Mc 14:19) E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Sou eu? E
outro disse: Sou eu?
(João 13:22) Então os discípulos olhavam uns para os outros, duvidando de quem ele
falava.
8. CRISTO: “O que põe comigo a mão no prato ... ai daquele ...” Mt 26:23-24; Mc
14:20-21; Lc 22:21-23.
(Mat 26:23) E ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato, esse me há
de trair. (24) Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas
ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem
se não houvera nascido.
(Mc 14:20) Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que põe comigo a mão
no prato. (21) Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai
daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para o tal homem
não haver nascido.
(Lc 22:21) Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa. (22) E, na
verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele
homem por quem é traído! (23) E começaram a perguntar entre si qual deles seria o
que havia de fazer isto.
9. João: “Quem é?” João 13:23-25.
(João 13:23) Ora, um de seus discípulos, aquele a quem JESUS amava, estava
reclinado no seio de JESUS. (24) Então Simão Pedro fez sinal a este, para que
perguntasse quem era aquele de quem ele falava. (25) E, inclinando-se ele sobre o
peito de JESUS, disse-lhe: Senhor, quem é?
10. CRISTO, só a João: “É aquele ... bocado molhado” João 13:26. (estavam comendo
os restos das duas ceias)
(João 13: 26) JESUS respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E,
molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão
11. Satanás se apossa de Judas. João 13:27a
(João 13:27a) E, após o bocado, entrou nele Satanás. ...
12. Judas Iscariotes: “Sou eu, Rabí?” Mt 26:25a.
(Mat 26:25a) E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi?.
13. CRISTO: “Tu o disseste.” Mt 26:25b. (Mat 26:25b) Ele disse: Tu o disseste.
14. CRISTO: “... faze-o depressa.” João 13:27b-29.
(João 13:27b-30) ... Disse, pois, JESUS: O que fazes, faze-o depressa. (28) E nenhum
dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera
isto. (29) Porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que JESUS lhe tinha
dito: Compra o que nos é necessário para a festa; ou que desse alguma coisa aos
pobres.
15. Judas sai. João 13:30.
(João 13:30) E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite.
16. Apóstolos: “Quem de nós será o maior?” Lc 22:24.
(Lc 22:24) E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior
17. CRISTO repreende os apóstolos. Lc 22:25-27.
(Lc 22:25) E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm
autoridade sobre eles são chamados benfeitores. (26) Mas não sereis vós assim;
antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. (27)
Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve
18. CRISTO revela aos apóstolos que eles reinarão. Lc 22:28-30.
(Lc 22:28) E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas
tentações. (29) E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou, (30) Para
que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos,
julgando as doze tribos de Israel.
19. CRISTO lava os pés dos apóstolos. João 13:2-17.
(João 13:2) E, acabada a ceia, tendo o diabo posto no coração de Judas Iscariotes,
filho de Simão, que o traísse, JESUS, (3) sabendo que o Pai tinha depositado nas
suas mãos todas as coisas, e que havia saído de DEUS e ia para DEUS, (4)
Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se. (5) Depois
deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos
com a toalha com que estava cingido. (6) Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que
lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? (7) Respondeu JESUS, e disse-lhe: O
que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois. (8) Disse-lhe Pedro:
Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe JESUS: Se eu te não lavar, não tens parte
comigo. (9) Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as
mãos e a cabeça. (10) Disse-lhe JESUS: Aquele que está lavado não necessita de
lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não
todos. (11) Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos
estais limpos. (12)Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se
assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? (13) Vós
me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. (14) Ora, se eu, Senhor
e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. (15)
Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. (16)Na
verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o
enviado maior do que aquele que o enviou. (17) Se sabeis estas coisas, bem-
aventurados sois se as fizerdes.
20. Hino. Mt 26:30a; Mc 14:26a.
(Mat 26:30a) E, tendo cantado o hino, ...
(Mc 14:26a) E, tendo cantado o hino, ...
21. Saída para o Monte das Oliveiras. Mt 26:30b; Mc 14:26b; Lc 22:39.
(Mat 26:30b) ... saíram para o Monte das Oliveiras.
(Mc 14:26b) ... saíram para o Monte das Oliveiras.
22. (no caminho) CRISTO anuncia Sua glorificação, ausência, e novo
mandamento. João 13:31-35.
(João 13:31-35) Tendo ele, pois, saído, disse JESUS: Agora é glorificado o Filho do
homem, e DEUS é glorificado nele. (32) Se DEUS é glorificado nele, também DEUS
o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar. (33) Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir; eu vo-lo digo também agora. (34) Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. (35) Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
23. CRISTO adverte a Pedro. Mc 14:27-31; Lc 22:31-34; João 13:36-38.
(Mc 14:27) E disse-lhes JESUS: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim;
porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão. (28) Mas, depois
que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galileia. (29) E disse-lhe
Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu. (30) E disse-lhe
JESUS: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes,
três vezes me negarás. (31) Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja
necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam
todos também.
(Lc 22:31) Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para
vos cirandar como trigo; (32) Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e
tu, quando te converteres, confirma teus irmãos. (33) E ele lhe disse: Senhor, estou
pronto a ir contigo até à prisão e à morte. (34) Mas ele disse: Digo-te, Pedro, que
não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces
(João 13:36-38) Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? JESUS lhe
respondeu: Para onde eu vou não podes agora seguir-me, mas depois me
seguirás. (37) Disse-lhe Pedro: Por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a
minha vida. (38) Respondeu-lhe JESUS: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade,
na verdade te digo que não cantará o galo enquanto não me tiveres negado três
vezes.
24. As duas espadas. Lc 22:35-38.
(Lc 22:35) E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos
porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada. (36) Disse-lhes pois: Mas
agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como também o alforje; e, o que não tem
espada, venda a sua capa e compre-a; (37) Porquanto vos digo que importa que em
mim se cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o
que está escrito de mim terá cumprimento. (38) E eles disseram: Senhor, eis aqui
duas espadas. E ele lhes disse: Basta.
APÊNDICE:
No ano 32 segundo nosso calendário, CRISTO foi traspassado e verteu todo Seu
sangue ao anoitecer de uma quarta-feira (nossa). Para os judeus, esta ocasião foi o
fim do dia 14 de Nissan, portanto foi a hora da imolação do cordeiro da Páscoa e o
início do quinto dia da semana. Este quinto dia da semana foi também considerado
um sábado (que significa dia de cessação dos trabalhos), pois, sendo o primeiro dia
da festa dos pães asmos, era dia religioso a ser guardado em descanso. CRISTO
ressuscitou durante a noite do sábado para o domingo. Portanto, como tinha
profetizado, CRISTO ficou exatamente 3 dias completos e 3 noites completas no seio
da terra, com a porta do túmulo fechada, até que ressuscitou e dele saiu.
Por tudo isso, a última ceia do Senhor com seus apóstolos ocorreu numa noite da
terça para a quarta-feira, noite que chamaríamos 13 de abril mas que, para CRISTO,
já era 14 de Nissan e, para outros judeus, era 13 de Nissan.
Notemos que, devido a diferenças na determinação da hora exata da uma lua cheia,
em certos anos havia alguns judeus que começavam a contar o 1o. dia do ano antes
dos demais. Isto ocorreu naquele ano. Para CRISTO e seus discípulos, aquela terça-
feira era 14 de Nissan, enquanto para os demais era somente 13 de Nissan. Por isso,
CRISTO guardou a Páscoa 1 dia antes dos demais.
Julgue se assim mesmo e aproveite o que for bom.
(http://solascriptura-
tt.org/EclesiologiaEBatistas/SequenciaEventosNoiteUltimaCeiaSenhor-Helio.htm)
A refeição no noivado e casamento tem muito a ver com a ceia:
Jo 14.3- “E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.
DEUS sempre vem ao homem no nível em que ele se encontra, de maneira simples e
cotidiana, e aqui JESUS usa a figura do noivado judaico (hebreus) para infundir fé em
seus ouvintes a respeito de sua volta para buscar-nos; vejamos:
1- Quem escolhia a noiva era a pai do noivo (Gn 24.2-4), compare com Rm 8.29 onde
DEUS nos escolhe para seu filho.
2- O costume era que a escolhida fosse a filha mais velha, mas se a mesma fosse
maior (acima de 18 anos), poderia aceitar ou não o noivo (Gn 29.24-26), compara com
Jo 1.11,12 aonde JESUS veio para ISRAEL (a filha mais velha, porém de maior), mas
estes não o receberam, assim JESUS escolheu a nós (gentios filhos mais novos que
não eram os escolhidos, para sermos sua noiva, a Igreja).
3- No noivado o noivo ia à casa da noiva para cear e confirmar o compromisso (Gn
24.54), compare com Mt 22.14-20 aonde JESUS vem a nossa casa (o mundo) e ceia
conosco (representados pelos apóstolos).
4- O noivo deixava um penhor como prova de que ia voltar para buscar a noiva (Gn
24.53), compare com Ef 1.13,14 onde o ESPÍRITO SANTO nos é dado como penhor e
prova de que o SENHOR voltará para nos buscar. (2 Ts 2.7)
5- A noiva era comprada por preço de ouro (Gn 24.47), compare com 1 Co 6.19,20 e
At 20.28 onde a palavra de DEUS nos diz que fomos comprados pelo sangue de
JESUS CRISTO derramado na cruz do calvário (o preço maior que existe).
6- O noivo ia preparar uma casa para o casal, ao lado da casa de seu pai (Gn 24.67),
compare com a leitura em Jo 14.2 onde JESUS diz que na casa de nosso pai existem
muitas moradas e que ELE ia nos preparar lugar.
7- O noivo mandava recados e recebia recados da noiva através de algum emissário
(a), dizendo como é que gostava da noiva: Se bem-vestida, modo de falar correto e
santo, etc... Também dizia que era pra esperá-lo, pois a casa estava quase pronta e ele estava voltando; compare com Hb 13.7 e 13.14; Ef 5.19 e 5.25-27; Ap 22.7 e 22.20; etc..., Onde JESUS está nos exortando a continuarmos firmes, com uma vida santa e irrepreensível e o ESPÍRITO SANTO sempre nos avisando: JESUS ESTÁ VOLTANDO, a casa está quase pronta, prepara-te.
Sf 1.7 “Cala-te diante do Senhor DEUS, porque o dia do Senhor está perto; pois o Senhor tem preparado um sacrifício, e tem santificado os seus convidados”.
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
Quando ocorria a festa da Páscoa?
A festa da Páscoa era uma das celebrações que ocorria na primavera.
A palavra Páscoa é derivada de qual verbo hebraico e qual é o seu significado?
A palavra é derivada do verbo hebraico pasah, com o sentido de "passar por cima".
O que o vinho na Santa Ceia simboliza?
O vinho é um símbolo da Nova Aliança, que foi selada com o sangue de JESUS, o
Cordeiro de DEUS.
O que simboliza o pão?
O pão simboliza o corpo de JESUS.
O que significa, para você, participar da Santa Ceia?
Resposta livre.
Questionário da Lição 11 - A Última Ceia
2o trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico
Amado.
Comentarista: Pastor: José Gonçalves
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas Verdadeiras e com "F" as
Falsas, conforme a revista da CPAD.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Alimpai-vos, pois, do ________________________ velho, para que sejais uma nova
______________________, assim como estais sem ______________________
Porque CRISTO, nossa _____________________, foi sacrificado por nós." (1 Co 5.7).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
A Páscoa comemorava a________________________ do Egito. A
____________________ do Senhor celebra a libertação do
_____________________.
I. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA 3- Como foi a instituição da Páscoa judaica?
-
( ) A festa da Páscoa era uma das celebrações que ocorria na primavera.
-
( ) A festa da Páscoa era uma das celebrações que ocorria no inverno.
( ) A palavra é derivada do verbo hebraico pasah, com o sentido de "passar por
cima".
( ) Essa festa tem sua origem nos dias que antecedem o êxodo dos israelitas do
Egito, conforme narrado em Êxodo 12.
( ) Até esse momento, Faraó relutava em deixar os israelitas partirem conforme a
determinação do Senhor.
( ) A consequência dessa obstinação do governante egípcio foi o julgamento divino
que veio na forma de uma grande mortandade nos lares egípcios.
( ) Somente os primogênitos das famílias egípcias seriam atingidos, pois os hebreus
estavam protegidos com o sangue do cordeiro pascal.
( ) O sangue do cordeiro era um tipo do sangue de CRISTO, o cordeiro de DEUS
que tira o pecado do mundo.
4- Como era o ritual da Páscoa judaica.
-
( ) A Páscoa judaica obedecia a um ritual detalhado.
-
( ) Todavia, de acordo com Êxodo 12.3-12, os preparativos teriam início aos dez do mês com a escolha de um cordeiro, ou cabrito, para cada família.
-
( ) Nunca se podia dividir o cordeiro, com ninguém fora da família.
-
( ) A família, sendo pequena poderia então convidar o vizinho.
-
( ) O cordeiro, que seria guardado até ao décimo quarto dia, deveria ser de um ano e sem defeito.
-
( ) No final do décimo quarto dia era imolado.
-
( ) O sangue era posto sobre as ombreiras e vergas das portas das casas judaicas.
-
( ) O cordeiro deveria ser comido assado e com pães asmos e ervas amargas.
-
( ) O resto que sobrasse deveria ser queimado.
-
( ) Os participantes da Páscoa deveriam ter os lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão.
( ) Era a Páscoa do Senhor.
II. A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA
5- Como foi a preparação da última Páscoa para JESUS e seus discípulos?
( ) Ao responder à pergunta dos discípulos sobre onde se daria os preparativos da
Páscoa, JESUS encaminha-os a um homem com um odre de água.
( ) Ao responder à pergunta dos discípulos sobre onde se daria os preparativos da
Páscoa, JESUS encaminha-os a um homem com um cântaro de água.
( ) Lucas deixa claro que CRISTO, como filho de DEUS e capacitado pelo ESPÍRITO
SANTO, possuía conhecimento prévio dos fatos.
( ) O expositor bíblico Anthony Lee Ash, observa que o homem com um cântaro de
água seria facilmente notado, pois esse era um trabalho de mulher.
( ) Os hospedeiros costumavam oferecer suas casas durante a festa, em troca das
peles de animais e utensílios usados para a refeição.
( ) O preparo da Páscoa incluiria a busca de fermento na casa (retirar) e o preparo
dos vários elementos da refeição.
6- Como foi a celebração da última Páscoa e pelo que ela foi substituída?
( ) JESUS possuía consciência de que a sua morte na cruz se aproximava e que Ele
era o Cordeiro de DEUS do qual o cordeiro da Páscoa era apenas um tipo.
( ) Com certeza milhares de cordeiros foram sacrificados em Jerusalém nessa data,
mas somente JESUS era o "Cordeiro de DEUS que tiraria o pecado do mundo".
( ) Se a Páscoa judaica marcou a libertação do sofrimento do cativeiro egípcio,
agora JESUS, através do seu sofrimento, libertaria a humanidade da escravidão do
pecado.
( ) Se a Páscoa judaica marcou a libertação do sofrimento do cativeiro egípcio,
agora JESUS, através do sua pregação, libertaria a humanidade da consequência do
pecado.
( ) Pedro e João fazem os preparativos exigidos sobre a última Páscoa e é durante a
celebração da última Páscoa que JESUS instituiu a Ceia do Senhor.
( ) No contexto da Nova Aliança a Ceia do Senhor substituiu a Páscoa judaica.
III. OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA
7- Qual o primeiro elemento da Páscoa e Santa Ceia mencionado e qual seu
significado?
( ) O terceiro Evangelho faz referência ao uso do cálice por duas vezes, a primeira
delas antes de mencionar o pão.
( ) O terceiro Evangelho faz referência ao uso do cálice por três vezes, a segunda
delas antes de mencionar o pão.
( ) Mas essa reversão da ordem dos elementos não modifica em nada o significado
da Ceia. Nesse particular, a liturgia cristã segue o modelo dos outros evangelistas e
de Paulo, onde o uso do vinho é precedido pelo pão.
( ) Tomando o cálice, JESUS falou: "Este cálice é o Novo Testamento no meu
sangue, que é derramado por vós".
( ) O sentido desse texto é que o vinho é um símbolo da Nova Aliança que foi selada
com o sangue de JESUS, o Cordeiro de DEUS.
8- Qual o segundo elemento da Páscoa e Santa Ceia mencionado e qual seu
significado?
( ) Após tomar o pão, dar graças e partir, JESUS disse: "Isto é o meu corpo, que por
vós é dado; fazei isso em memória de mim".
( ) JESUS usa a expressão: "isto é o meu corpo" com sentido escatológico, da
mesma forma que Ele disse: "Eu sou o caminho".
( ) JESUS usa a expressão: "isto é o meu corpo" com sentido metafórico, da mesma
forma que Ele disse: "Eu sou a porta".
( ) O pão era um símbolo do corpo de JESUS da mesma forma que o vinho era do
seu sangue.
( ) A palavra "oferecido" traduz o verbo grego didomi, que também possui o sentido
de entregar.
( ) Esse mesmo verbo é usado nos textos de Isaías 53.6,10,12, onde há uma clara
referência a um sacrifício.
( ) O corpo de JESUS seria oferecido vicariamente em favor dos pecadores.
CONCLUSÃO
9- Complete:
Participar da Ceia do Senhor é um _________________________ do qual todo cristão
deve se alegrar. Não se trata de um ritual vazio, mas de uma celebração carregada de
significado, porque aponta para o ________________________ do calvário. A Ceia
celebra a _______________________ de CRISTO, o Cordeiro de DEUS, sobre o
_______________________ e suas consequências. Ao participarmos da Ceia,
devemos manter uma atitude de eterna _______________________ ao Senhor por
nos haver dado vida quando nos encontrávamos mortos em nossos delitos. Assim
como os antigos judeus não deveriam celebrá-la com _______________________ em
seus lares, da mesma forma não devemos comemorar a Ceia com o velho fermento
do ______________________. Celebremos a Ceia com os asmos da
_______________________.
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO
EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do
Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e
Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida,
com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida-
EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP -
Bíblia de Estudos Pentecostal.
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
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Primeiro Trimestre de 2007
LIÇÃO 3 – Igreja, batismo e sua finalidade integradora
TEMA –A Igreja e a sua missão
COMENTARISTA : Elienai Cabral
Complemento: Pr. Luiz Henrique
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BATISMO NAS ÁGUAS Questionário
TEXTO ÁUREO:
"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do ESPÍRITO SANTO"; (Mt 28.19)
Verdade Prática:
O batismo em água é uma ordenança de CRISTO à igreja, pela qual o crente dá
testemunho público da sua fé em CRISTO, como seu Salvador e Senhor.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE : Marcos 16. 1 5,16; Atos 2.38,39,41,42; Romanos 6.3,4.
Marcos 1 6
15- E disse-Ihes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Atos 2
38 - E disse-Ihes Pedro:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para
perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.
39- Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão
longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar.
41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e,
naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
42- E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações.
Romanos 6
3- Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em JESUS CRISTO fomos
batizados na sua morte?
4 - De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como
CRISTO ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em
novidade de vida.
COMENTÁRIOS PARAAUXILIAROSPROFESSORESEALUNOS:
INTRODUÇÃO
Os Batismos do Antigo Testamento
Os batismos se focam tanto na purificação (seja real ou cerimonial) como na
identificação. Muitas pessoas provavelmente não estão apercebidas do fato que
houve batismos no Antigo Testamento. Hebreus 9:10 fala de "vários batismos"
(frequentemente traduzido por "várias lavagens"), que faziam parte da economia do
Antigo Testamento. O escritor refere-se à três destas cerimônias batismais nos versos
13, 19 e 22. Em cada verso (juntamente com suas referências do Antigo Testamento),
há uma clara descrição do processo e do efeito que constituía um batismo do Antigo
Testamento. No verso 13, o escritor fala de um batismo no qual "o sangue de bodes e
de touros, e a cinzas duma novilha, aspergidas sobre o impuro, santifica para a
purificação da carne". Isto se refere a Números 19:17-18. Aqui uma pessoa impura
toma um hissopo, mergulha-o numa vasilha cheia com água, e as cinzas de uma
novilha que tenha sido usada como um sacrifício, e então, asperge-o sobre aquelas
pessoas ou coisas que devem ser limpas cerimonialmente. Em Hebreus 9:19, lemos
que Moisés "tomou o sangue de novilhos e bodes, com água, lã escarlate, e hissopo,
e aspergiu tanto o próprio livro como todo o povo". Isto se refere a Êxodo 24:6-8, onde
novamente vemos que o processo de um batismo do Antigo Testamento era mergulhar
o hissopo e a lã no sangue e aspergi-lo como um meio de purificação cerimonial.
Finalmente, em Hebreus 9:21, há uma descrição de um processo pelo qual Moisés
"aspergiu com o sangue tanto o tabernáculo como todos os vasos do serviço
sagrado". Levítico 8:19 e 16:14,16 provê o pano de fundo para este batismo do Antigo
Testamento. O sacerdote mergulhava seu dedo no sangue de um touro usado para
sacrifício, e então, aspergia o sangue sobre o propiciatório (representando a
expiação). Esta era uma cerimônia que significava a remoção da impureza dos filhos
de Israel. Em cada caso, o processo de batismo incluía o mergulhar de um
instrumento usado para batizar numa substância, tal como sangue ou água. O
instrumento era então usado para aspergir a(s) pessoa(s) ou coisa(s) a serem
batizadas. Este processo tinha o efeito de identificar a substância usada para o
batismo com o qual era batizada. Como resultado, o povo era considerado
cerimonialmente limpo por aquela substância. O batismo não era o mergulhar, mas o
processo de mergulhar e aspergir, de acordo com a ordem de DEUS.A ênfase destes
batismos do Antigo Testamento não estava no modo do batismo, mas no efeito:
limpeza ou purificação. Estes batismos não representavam algo que o povo fizera,
mas algo que DEUS fez, ao providenciar uma limpeza do pecado e da culpa. Os
batismos eram Seus meios de cerimonialmente providenciar tal purificação.
Agora, no Novo testamento, o batismo é para confirmação da fé em JESUS CRISTO e
seu sacrifício purificador.
Não são poucos os que batizam crianças e os que batizam por aspersão, entre esses estão muitos evangélicos como os presbiterianos e os não evangélicos como os católicos romanos. Ainda existem os que se batizam pelos mortos como os mórmons.
O batismo é realmente uma doutrina importante em nossa fé cristã, pois o entendimento a seu respeito pode trazer paz com DEUS ou dúvidas mil aos mal- informados.
Os que seguem um batismo diferente do revelado pelo ESPÍRITO SANTO, são sempre os que se baseiam em rituais do Antigo testamento, como se a circuncisão judaica fosse o batismo e festas do AT como a Páscoa judaica fosse a ceia , tendo o período da lei e não o da graça salvadora como empecilho à sua fé.. Aliás, a grande derrota dos "evangélicos modernos ou até modernistas (incluindo aqui algumas denominações históricas)" é exatamente a volta aos rituais do Antigo testamento, são os que fazem parte do "CRISTIANISMO JUDAIZANTE", o quais já estudamos na lição 9 de 2o trimestre de 2006. - Tema: HERESIAS E MODISMOS. - Combatendo os erros doutrinários. - Comentarista: Pr. Esequias Soares.
O BATISMO DE JOÃO BATISTA É O MESMO QUE O CRISTÃO?
NÃO. O batismo de João que era para arrependimento de pecados, era também para
esperar a vinda de JESUS CRISTO e o batismo cristão é para confirmar, pela fé que
cremos que Ele veio em carne, morreu por nós, ressuscitou e está assentado à direita
do pai donde intercede por nós. At 19. 3
O arrependimento e conversão do cristão se dá no dia em que se converte a CRISTO
e não no dia do batismo em águas.
Nas religiões cristãs há pelo menos três tipos de batismo com o uso de água: o de
aspersão, no qual a água é borrifada; o de efusão, pelo qual a água é
derramada sobre a cabeça da pessoa; e o de imersão, no qual a pessoa é
mergulhada. Os dois primeiros tipos surgiram numa época em que ainda se acreditava
que o batismo era fundamental para a salvação. Assim, temendo-se que os doentes
não-batizados morressem antes de serem salvos, levava-se a água até eles. Para os
judeus da época apostólica, o "batizado" era praticado quando um pagão se voltava
ao Judaísmo. A pessoa ficava em pé com a água até o pescoço enquanto lia-se a lei.
Sua submersão das águas era o sinal de que estava abandonando suas práticas
pagãs para aceitar os preceitos do Judaísmo.
Devido ao sentido original em grego da palavra batismo, ou seja, "imersão", os evangélicos não atribuem valor à aspersão.
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BATISMO NAS ÁGUAS
1- JESUS CRISTO FOI BATIZADO NAS ÁGUAS?
SIM. Mt 3.13 Então veio JESUS da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser
batizado por ele. 14 Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por
ti, e tu vens a mim? 15 JESUS, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim
nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu. 16 Batizado que foi JESUS,
saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO SANTO de
DEUS descendo como uma pomba e vindo sobre ele; 17 e eis que uma voz dos céus
dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (TRINDADE PRESENTE). (REPARE QUE JOÃO BATISTA NÃO CONHECIA JESUS COMO FILHO DE DEUS, MAS CONHECIA-O COMO SEU PRIMO (Lc 1); ELE SÓ SOUBE QUE JESUS ERA O FILHO DE DEUS QUANDO O ESPÍRITO SANTO DESCEU SOBRE JESUS; VIDE Jo 1.33 Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o ESPÍRITO, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no ESPÍRITO SANTO.)
2- O BATISMO NAS ÁGUAS É UMA ORDEM DE JESUS CRISTO PARA NÓS?
COMO BATIZAR?
SIM. Mt 28.19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;
A forma de batizar é em nome do pai, do filho e do ESPÍRITO SANTO e quem dá a autoridade para batizar é JESUS.
3- A IGREJA NO PRINCÍPIO BATIZAVA OS NOVOS CONVERTIDOS NAS ÁGUAS? At 2.41 De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; At 8.2 Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de DEUS e do nome de JESUS, batizavam-se homens e mulheres. 13 E creu até o próprio Simão e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e admirava-se, vendo os sinais e os grandes milagres que se faziam.
4- O APÓSTOLO PAULO FOI BATIZADO NAS ÁGUAS?
At 9.18 Logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista:
então, levantando-se, foi batizado. 19 E, tendo tomado alimento, ficou fortalecido.
Depois demorou-se alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco;
5- TEMOS EXEMPLO DE PESSOAS QUE FORAM BATIZADOS NAS ÁGUAS
DEPOIS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?
SIM. At 10.47 Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água para
que não sejam batizados estes que também, como nós, receberam o ESPÍRITO
SANTO? 48 Mandou, pois, que fossem batizados em nome de JESUS CRISTO.
Então lhe rogaram que ficasse com eles por alguns dias.
6- TEMOS EXEMPLO DE MULHER QUE FOI BATIZADA NAS ÁGUAS?
SIM At 16.15 Depois que foi batizada, ela e a sua casa, rogou-nos, dizendo: Se haveis
julgado que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu
a isso. (Lídia)
7- TEMOS EXEMPLO DE POLICIAL SENDO BATIZADO NAS ÁGUAS?
At 16. 33 Tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes as
feridas; e logo foi batizado, ele e todos os seus. (guarda da prisão)
8- O BATISMO DE JOÃO BATISTA É O MESMO QUE O CRISTÃO?
NÃO. O batismo de João que era para arrependimento de pecados, era também para esperar a vinda de JESUS CRISTO e o batismo cristão é para confirmar, pela fé que cremos que Ele veio em carne, morreu por nós, ressuscitou e está assentado à direita do pai donde intercede por nós. At 19. 3 Tornou-lhes ele: Em que fostes
batizados então? E eles disseram: No batismo de João. 4 Mas Paulo respondeu:
João administrou o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele
que após ele havia de vir, isto é, em JESUS. 5 Quando ouviram isso, foram batizados
em nome do Senhor JESUS (foram batizados nas águas, na autoridade de JESUS). 6
Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO, e falavam
em línguas e profetizavam (depois foram batizados com o ESPÍRITO SANTO). 7 E
eram ao todo uns doze homens.
O arrependimento do cristão se dá no dia em que se converte a CRISTO e não no dia
do batismo em águas.
9- TEMOS EXEMPLO DE BATISMO NAS ÁGUAS E LOGO A SEGUIR BATISMO
COM O ESPÍRITO SANTO?
SIM. At 19.6 Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO
SANTO, e falavam em línguas e profetizavam ( foram batizados com o ESPÍRITO
SANTO, depois do batismo nas águas - vide acima)). 7 E eram ao todo uns doze
homens.
10- QUAL O SIGNIFICADO DO BATISMO PARA A IGREJA? NÓS MORREMOS
MESMO NO BATISMO?
Rm 6. 1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça?
2 De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda
nele? 3 Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em CRISTO
JESUS fomos batizados na sua morte? 4 Fomos, pois, sepultados com ele pelo
batismo na morte, para que, como CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos pela
glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. 5 Porque, se temos
sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na
semelhança da sua ressurreição; 6 sabendo isto, que o nosso homem velho foi
crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não
servirmos mais ao pecado. 7 Pois quem está morto está justificado do pecado. 8 Ora,
se já morremos com CRISTO, cremos que também com ele viveremos, 9 sabendo
que, tendo CRISTO ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais
tem domínio sobre ele. 10 Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu
para o pecado, mas quanto a viver, vive para DEUS. 11 Assim também vós considerai-
vos como mortos para o pecado, mas vivos para DEUS, em CRISTO JESUS.
1 Co 15. 26 Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. 27 Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. 28 E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que DEUS seja tudo em todos. 29 De outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os
mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles? 30 E por que nos expomos também nós a perigos a toda hora? 31 Eu vos declaro, irmãos, pela glória que de vós tenho em CRISTO JESUS nosso Senhor, que morro todos os dias. 32 Se, como homem, combati em Éfeso com as feras, que me aproveita isso? Se os mortos não são ressuscitados, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. 33 Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. 34 Acordai para a justiça e não pequeis mais; porque alguns ainda não têm conhecimento de DEUS; digo-o para vergonha vossa.
O BATISMO É O NOSSO SEPULTAMENTO COM CRISTO E TAMBÉM NELE, A NOSSA RESSURREIÇÃO PARA UMA NOVA VIDA
Cl 2.12" tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também fostes ressuscitados pela fé no poder de DEUS, que o ressuscitou dentre os mortos;"
11- AS VELHAS ALIANÇAS CONTINUAM VALENDO?
AS VELHAS ALIANÇAS QUE PORVENTURA ALGUÉM TENHA FEITO EM ALGUMA
SEITA, SÃO QUEBRADAS POIS AS ALIANÇAS SÓ VALEM ENQUANTO AQUELE
QUE AS FEZ ESTÁ VIVO; QUANDO ALGUÉM ACEITA A JESUS CRISTO COMO
SENHOR ELE MORRE E NASCE DE NOVO
(Jo 3.3)
12- É preciso fazer curso de batismo nas águas?
Talvez esteja aí a razão porque tantos se desviam nos primeiros dias de sua
conversão, nos dias atuais, pois ao atentarmos para os tempos bíblicos veremos que
todos os que aceitavam o evangelho eram batizados nas águas imediatamente sem
perguntas extras. Será que estamos inventando leis para salvação das pessoas? Será
que estamos colocando os costumes adiante da fé? Não será hora de revermos nossa
posição e seguirmos as orientações contidas na Bíblia, a infalível palavra de DEUS?
Depois que alguém aceita a JESUS CRISTO como senhor e salvador certamente o
ESPÍRITO SANTO ajudará essa pessoa a santificar sua vida e lhe revelará quais os
melhores costumes a seguir, no modo de vestir, falar e agir; como nova criatura que
agora é. Será que estamos fazendo igual aos judeus hipócritas que colocavam o
Talmude acima da Bíblia?
Algumas denominações e suas crenças sobre o batismo nas águas:
Ministério LÍDER (E/OU Crença sobre batismo ou “igreja” FUNDADOR)
Ministério
Graça
e Apostolado
New Life Mission
Paul C. Jong, pastor coreano "verdadeiro evangelho da água e do espírito" - evangelho de João Batista????
A New Life Mission ensina que quando João batizou JESUS transferiu todos os pecados da humanidade para Ele e que, desde então, o Senhor exerceu seu ministério "carregando os pecados da humanidade".
Igreja local de Witness Lee
Witness Lee
“Em Marcos 16.16a, o Senhor JESUS disse: ‘Quem quer e for batizado será salvo... (V. R.). Isso indica que o homem precisa do batismo bem como da fé para obter a plena salvação. Assim como a fé é uma condição da salvação, também o batismo o é.” (LIÇÕES DA VERDADE-NIVEL UM, p. 93)
Igreja de JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias
Joseph Smith ( Mormonismo)
O mormonismo moderno passou a enfatizar que o batismo na água feito pela igreja Mórmon é indispensável para receber o novo nascimento. No próprio Livro de Mórmon, entretanto, o batismo é desnecessário para crianças e para Gentios ( os que estão sem lei ) porque para tal é inútil o batismo (Moroni 8:11-13, 20-22).
Congregação Cristã no Brasil
Louis Francescon, nasceu em Cavasso Nuovo , província de Udine, Itália, em 29 de Março de 1866
· O batismo de outras comunidades
cristãs evangélicas está errado, porque
utilizam a expressão "eu te batizo". A
CCB entende que ao dizer "eu te
batizo" é a carne que opera, o homem,
colocando-se na frente de DEUS.
· O batismo só é valido se efetuado
com esta fórmula: "Em nome do Senhor
JESUS te batizo em nome do Pai, do
Filho e do ESPÍRITO SANTO".
Apóstolo Marco Gomes
Segundo o Sr. Marco Gomes, o verdadeiro batismo é o declarado em Gál 3:278. De acordo com suas declarações, batismo nas águas é obra da lei e, assim, todas as Igrejas que o praticam são rotuladas por ele mesmo como igrejas da lei
Testemunhas DE JEOVÁ
Charles Taze
Russel (1852-
1916), depois
vieram Joseph
F. Rutherford,
Nathan Knorr
e Fred Franzs.
Começaram
em Pensilvânia,
Estados Unidos
em 1879. A
sede se
encontra no
Brooklyn, Nova
York, EUA.
SALVAÇÃO:
Ser batizado como Testemunha de
Jeová.
IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
FUNDADOR: Guilherme Miller nasceu em 1787, em Pittsfield, Massachutss, EUA. Ellen G. White nasceu em 1827.
O certificado de batismo dos adventistas vem com onze (outros ainda com 13) perguntas na parte de trás para que o candidato ao batismo possa responder antes de adentrar as águas batismais. Das onze perguntas a última é formulada da seguinte maneira: “Crê que a Igreja Adventista do Sétimo Dia constitui a Igreja remanescente, e deseja ser aceito por ela para fazer parte de seus membros?”. Uma nota no começo do cartão diz: “As seguintes perguntas devem ser respondidas, afirmativamente, diante da Igreja, pelos candidatos ao batismo”(grifo nosso). Em outras palavras, quem não confessar que eles são os “remanescentes” não pode ser batizado!
Igreja Universal do Reino de DEUS
Surgida em 1977 sob a liderança de Edir Macedo
Macedo acredita que a perfeição cristã é introduzida após as águas batismais. Para ele, no batismo a velha natureza é crucificada, já que "não podemos ficar com duas naturezas, uma pecaminosa e outra convertida".
· O batismo da CCB purifica o homem do pecado.
Igreja Voz da Verdade
Oficialmente em 1978 em SANTO André – São Paulo - por Fued Moysés
Prega o batismo somente em nome de JESUS. Os teólogos unicistas entendem que a expressão em nome, de Mateus 28.19 referindo ao Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO são apenas nomes singulares de JESUS. Assim, o que parecia ser apenas uma polêmica referente à fórmula batismal resultou na negação da doutrina da Trindade. Os unicistas não aceitam a pluralidade de pessoas na unidade Divina, qualquer referência à ideia de Trindade eles interpretam como sendo várias manifestações de DEUS ou de JESUS. Logo não são contra a Trindade pelo fato de não crer que JESUS seja DEUS, mas ironicamente pelo fato de crer que DEUS é só JESUS.
Catolicismo Romano
Segundo a doutrina católica, o papa é o sucessor de São Pedro no governo da Igreja Universal e o Vigário de CRISTO na terra. Tem autoridade sobre todos os fiéis e sobre
Realizam o pedobatismo (Batismo de
crianças).
O batismo é necessário para a salvação
- Batismo de famílias. Quando as
crianças recém-nascidas falecem sem o
batismo, ensina o catolicismo que a
alma da criança é transportada para o
Limbo. Diz a Igreja Católica: "Os
sacramentos são sete: Batismo,
Confirmação ou Crisma, Eucaristia,
Penitência, Extrema-unção, Ordem e
Matrimônio" ("Terceiro Catecismo de
Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz
Macedo ensina que, os que são
batizados por imersão,
... automaticamente, sem forçar a sua
vontade, deixam de praticar atos
pecaminosos. Por maior que seja o seu
"mau gênio", ela, pelo batismo, se torna
a pessoa mais dócil e humilde deste
mundo. . . Também aquelas pessoas
que não conseguiam largar o vício,
após terem aceito o Senhor como seu
Salvador pessoal, e terem se batizado,
instantaneamente, e espontaneamente
o abandonam.
Denominações protestantes históricas (luterana, reformada, anglicana, presbiteriana, metodista, etc...
Judaizantes quanto ao batismo, por se basearem no Antigo testamento para justificarem a ceia e o batismo.
Nem a ceia é a Páscoa e nem o batismo é a circuncisão. Páscoa é para judeus e comemora saída do Egito. Circuncisão é para judeus e é só para homens e acontece ao oitavo dia de nascimento.
Os dois sacramentos do Antigo
Testamento não foram abolidos, mas
substituídos.
A Páscoa (o sacramento comemorativo
da igreja visível) transformou-se na
santa ceia, quando JESUS dela
participou pela última vez (Mt 26:26-30).
A circuncisão (sacramento de admissão
na igreja visível) transformou-se no
batismo cristão, visto que não mais
havia necessidade de derramamento de
sangue, pois o Cordeiro Pascal estava
preste a ser imolado. Em Colossenses
2:11-12, o batismo cristão é chamado
explicitamente de ‘‘circuncisão de
CRISTO’’ (o mesmo que circuncisão
cristã).
toda a hierarquia eclesiástica. Além da autoridade espiritual exerce uma territorial (interrompida de 1870 a 1929), que, a partir de 1929, é limitada ao Estado da cidade do Vaticano.
Ltda., 1a edição, agosto de 1976, p. 101, resposta à pergunta 519).
O Batismo nas Águas
O BATISMO: ORDENANÇA OU SACRAMENTO? Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Entre os pentecostais, o batismo em águas é considerado uma ordenança deixada por CRISTO à igreja ao lado da Santa Ceia. Evita-se o uso do termo sacramento, aplicado ao batismo em águas como forma de não se confundir com o que é ensinado pela Igreja Católica a respeito dos sacramentos. Há quem utilize os termos ordenança e sacramento de modo sinônimo, sem a conotação a eles atribuída pelo Catolicismo romano. Contudo, se analisarmos o significado verdadeiro do batismo em águas, poderemos entender que a aplicação dos termos não é só terminológica, mas sobretudo teológica. Certamente, cada igreja ou grupo evangélico há de optar pelo termo que melhor expresse o entendimento bíblico e teológico que tem do ato batismal. A fim de entendermos o assunto, desejamos abordar alguns aspectos bíblicos e históricos, tanto dos sacramentos quanto do batismo em águas.
O SIGNIFICADO DO SACRAMENTO
Segundo Horton (p. 568), o termo "sacramento" (que provém de sacramentum, em latim) é mais antigo e aparentemente de uso mais generalizado que o termo "ordenança". Na verdade, a palavra "sacramento" não existe nas Bíblia. Sua origem é bem estranha às Escrituras. Nos tempos antigos, referia-se a uma certa quantia, depositada em dinheiro, perante o tribunal, por duas partes em litígio. O vencedor da questão tinha sua parte devolvida. O perdedor tinha sua parte confiscada, ao que tudo indica para ser oferecida aos deuses do paganismo. Era o sacramentum.
Com o passar do tempo, a palavra sofreu duas evoluções semânticas, de acordo com Berkhof (p. 622): "(a) no uso militar do termo, em que denotava o juramento pelo qual um soldado prometia solenemente obediência ao seu comandante". Note-se, aí, que os cristãos aproveitam essa ideia de obediência, pois, no batismo, o fiel promete obedecer a CRISTO, através da profissão de fé. "(b) no sentido especificamente religioso que o termo adquiriu quando a Vulgata o empregou para traduzir o grego mysterion." Parece que daí vem a ideia católica de que o batismo tem algo sobrenatural, místico, infundindo graça ao batizando. Entre os cristãos primitivos o termo "sacramento" significavam doutrinas, "selos", "sinais" ou mesmo "mistérios". VISÃO SACRAMENTALISTA DO BATISMO
No século terceiro, havia ensinamentos, procurando provar que o batismo, como
sacramento, era "o único meio de obter a remissão de pecados". Tertuliano dizia que
"o batismo nos liberta do poder do diabo e nos torna membros da igreja como corpo
de CRISTO. Até crianças pequenas, ele pressupõe, estando contaminadas com o
pecado, devem ser batizadas. Seu ensino usual é que o ESPÍRITO é recebido no
batismo, quando o convertido é batizado em CRISTO, na água e no ESPÍRITO
SANTO" (Kelly, p. 157).
Cirilo de Alexandria ensinava que "o batismo nos purifica de todas as impurezas,
tornando-nos templo santo de DEUS", enquanto Jerônimo reconhecia que "pecados,
impurezas e blasfêmias de toda espécie são removidos na pia batismal, sendo que o
resultado é a criação de um homem inteiramente novo" (Op. cit., p. 326).
Agostinho chegava a entender que o batismo eliminava todos os pecados, fossem eles contraídos consciente ou inconscientemente. Tais entendimentos, ainda que oriundos de ensinamentos transmitidos por homens eruditos, e reconhecidos como intérpretes famosos das Escrituras, não estavam nem estão em acordo com o verdadeiro sentido que a Palavra de DEUS dá ao batismo em águas.
A Igreja Católica Romana adotou esses ensinos, pregando que "o sacramento é algum rito instituído por CRISTO ou pela Igreja, como sinal externo e visível de alguma graça interna e invisível" (Champlin e Bentes, p. 33). Mais que isso, segundo Berkhof, a Igreja Católica considera o "sacramento" como algo que "contém tudo que é necessário para a salvação dos pecadores, não precisando de interpretação e, portanto, tornam a Palavra completamente supérflua como meio de graça...". Por isso, "Os católicos romanos afirmam que o batismo é absolutamente necessário para todos, para a salvação...." (Idem, p. 623).
Para esses, os sacramentos são em número de sete, sendo eles o "batismo", "a confirmação" (crisma), "a penitência", "a santa eucaristia", "as santas ordens" (ordenação de sacerdotes), "o matrimônio" e a "extrema-unção", todos eles transmitindo de alguma forma algum tipo de graça santificante ou salvífica.
O QUE É UMA ORDENANÇA?
A palavra vem do latim, de ordo(inis), relativa a ordinari, "ordenar". Daí, é que se
deriva a palavra ordinans(antis), "ordenança", significando "uma regra autoritária, um
decreto, uma lei, um rito religioso, uma disposição ou posição, um desígnio"
(Champlin, p. 615).
No AT, a Páscoa e a circuncisão eram ordenanças de elevado significado espiritual.
Havia ordenança, no sentido da investidura de reis em suas funções; profetas eram
ungidos ou ordenados para o ministério.
No Novo Testamento, vemos que os apóstolos foram ordenados pelo Senhor (Ver Jo
15.16). Em At 6.6, os diáconos foram ordenados para o serviço de socorro aos
necessitados. Nesse aspecto, a ordenação é um rito de consagração ou separação de
obreiros. Ordenança tem o sentido de "ordem", "mandamento", "determinação". O
sacramento pode ser entendido como uma ordenança. Berkhof assim o define:
"Sacramento é uma santa ordenança, instituída por CRISTO, na qual, mediante sinais
perceptíveis, a graça de DEUS em CRISTO e os benefícios da aliança da graça são
representados, selados e aplicados aos crentes, e estes, por sua vez, expressam sua
fé e sua fidelidade a DEUS" (grifo nosso).
Os evangélicos em geral aceitam apenas dois sacramentos ou ordenanças, deixados
por CRISTO, que são o batismo (cf. Mc 16.16) e a Santa Ceia (Lc 22.17-21; 1 Co 11.
24,25), que em si não transmite graça ao participante dos mesmos, sendo, contudo,
expressões representativas da obediência dos mesmos à vontade de DEUS.
A ORDENANÇA DO BATISMO EM ÁGUAS
Como o batismo em águas foi determinado por JESUS (Mc 16.16), os evangélicos em
geral assumem que esse rito sagrado é uma ordenança especial, deixada por CRISTO
à sua igreja. A ideia do batismo como sacramento, no sentido exagerado que lhe é
dado, levou certos crentes do quarto e do quinto séculos a entenderem o rito batismal
como um sacramento, transmitindo graça salvífica.
Os católicos romanos ensinam que o batismo (feito por aspersão) não é só um mandamento, uma ordenança. É um sacramento, no sentido de transmitir a graça salvadora a quem é batizado. Com isso, querem dizer que uma pessoa não pode ser salva se não for batizada, nem mesmo uma criança inocente. Daí, porque batizam criancinhas. Tal sentido, aplicado ao batismo, não tem a aceitação dos evangélicos, muito menos dos pentecostais, por carecer de base bíblica para sua efetivação.
Na verdade, como acentua Horton (p. 569), "as ordenanças, determinadas por
CRISTO e celebradas por causa do seu mandamento e exemplo, não são vistas pela
maioria dos pentecostais e evangélicos como capazes de produzir por si mesmas uma
mudança espiritual, mas como símbolos ou formas de proclamação daquilo que
CRISTO já levou a efeito espiritualmente nas suas vidas".
Com esse sentido, o batismo tem muita importância na vida do crente fiel. Nada
justifica a negligência em buscá-lo com santo interesse. Sua realização não significa
salvação. Mas sua omissão pode significar um estado de desobediência, velada ou
não, que impede o crente de atender à ordenança do Senhor.
O BATISMO NÃO TRANSMITE SALVAÇÃO.
Além da igreja Católica, há certos grupos luteranos e anglicanos, bem como seitas,
como os "Testemunhas de Jeová" e Mórmons, que se baseiam numa teologia
sacramentalista, segundo a qual o batismo é necessário por transmitir a salvação.
Muitos chegam a dizer que "fora do batismo não há salvação".
Contudo, o batismo em si, como ato simbólico, não tem a virtude de transmitir a
salvação, pelos seguintes motivos:
1) Somos salvos pela graça de DEUS e não por obras ou ritos externos (cf. Ef 2.8,9).
JESUS disse à mulher samaritana que os verdadeiros adoradores haveriam de adorar
ao Pai "em espírito e em verdade" (Jo 4.23,24).
2) A salvação resulta da fé individual em CRISTO, sendo esta instrumento suficiente
para a regeneração (Jo 5.24; 3.36; At 16.31).
3) O batismo não dá origem à fé, e só deve ser ministrado a quem já demonstra tê-la
(At 2.41; 9.37; 16.14,15.30-33).
4) A Bíblia revela o caso de pessoas que não tiveram oportunidade de batizar-se e
foram salvas, a exemplo dos fiéis do AT e do ladrão que aceitou a CRISTO no
Gólgota. Alguns irmãos, nas igrejas, indagam: "JESUS não disse que quem crê e for
batizado será salvo?". E acrescentam: "Para que serve, então, o batismo, se ele não
salva?".
A Bíblia não pode contradizer-se. A salvação não é por obras, mas pela fé em JESUS.
O batismo, como ordenança, segundo Horton (p. 570), tem os seguinte propósitos
simbólicos:
1) Identificação com cristo. "para os crentes, ... simboliza a identificação com CRISTO. No batismo, o recém-convertido testifica que estava em CRISTO, quando CRISTO foi condenado pelo pecado, que foi sepultado com Ele e que ressuscitou para a nova vida nEle".
2) Morte para a velha vida. "O batismo indica que o crente morreu para o velho modo de viver e entrou na ' novidade da vida', mediante a redenção em CRISTO. O ato do
batismo nas águas não leva a efeito essa identificação com CRISTO, ' mas a
pressupõe e a simboliza".
3) Identificação com a Igreja. "O batismo nas águas também significa que os crentes
se identificaram com o corpo de CRISTO, a Igreja. Os crentes batizados são admitidos
na comunidade da fé e, com sua atitude , testificam publicamente diante do mundo
sua lealdade a CRISTO, juntamente com o povo de DEUS".
Desse modo, o batismo não salva, mas confirma a fé. É sinal legítimo, exterior, da
obediência, da vida de quem já é salvo (Ver Gl 3.27; 1 Co 12.13). É um ato de fé
genuína, que precisa ser acompanhada de obras de salvo, indispensáveis ao bom
testemunho cristão (Ver Rm 2.6; Tg 2.14; Mt 5.16; Ef 2.10).
Deve ser um ato natural, em sequência à conversão. Entre os crentes, nos primórdios
da Igreja, dificilmente se encontrava alguém que não houvesse sido batizado em
águas, algumas vezes logo após a aceitação a CRISTO (cf. At 8.37,38; 16.33; 18.8).
Aliás, é interessante que se busque a razão pela qual um crente, com muitos anos de
convertido, não seja batizado em águas. Nada justifica tal situação, a não ser que um
impedimento de ordem espiritual, moral ou legal subsista. Neste caso, a pessoa
precisa de orientação e ajuda na busca da solução de seu problema. Em algumas
igrejas, as pessoas só podem assumir cargos ou funções eclesiásticas se forem
"membros do Corpo de CRISTO", condição que se completa, na comunidade cristã,
após o batismo em águas.
FORMAS OU MÉTODOS DE BATISMO.
Segundo os historiadores cristãos, três são as formas possíveis de batismo: por
imersão, por afusão (derramar água sobre) (derramamento) e por aspersão. A Igreja
Católica e algumas denominações evangélicas, utilizam o método de batizar por
aspersão. Este consiste na aspersão de um pouco de água sobre a cabeça do
batizando, normalmente de crianças. Muitos dizem que esse deve ser o método de
batizar as pessoas enfermas ou próximas à morte, quando se torna inviável levá-las a
um tanque ou lugar onde haja bastante água, ou por não ser indicado mergulhar seus
corpos em água.
Num antigo documento (100 A. D.), denominado "Didaquê", havia instruções para a
ministração do batismo, orientando que, em princípio, deveria ser por imersão, mas
não havendo água suficiente, poder-se-ia derramar água fria (ou morna) sobre a
cabeça da pessoa, três vezes, "em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO.
Este era o método por afusão (derramar água sobre).
Os evangélicos em geral aceitam a ideia de que o batismo deve ser feito por imersão
(mergulhar em água), seguido de emersão (sair dá água), visto que esse ato simboliza
o "sepultamento-ressurreição" do batizando. Tal entendimento tem base em Rm 6.3,4,
que diz: "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em JESUS CRISTO
fomos batizados na sua morte?" De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo
na morte; para que, como CRISTO ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim
andemos nós também em novidade de vida".
Os que defendem essa forma de batismo são chamados de "imersionistas". Há quem
não aceite a imersão como única forma de batismo, alegando que as palavras gregas
bapto e baptizo não significam só "imergir", mas, também, "lavar", "banhar-se" e
"purificar mediante lavamento" (Berkhof, p. 635). Com isso, aceitam as formas por
afusão (derramar água sobre) e aspersão. Entretanto, mesmo havendo outros
sentidos para as palavras originais, "...o próprio simbolismo que diz respeito ao modo
é aquele que projeta a ideia de imersão"... "visto que a 'imersão' concorda mais com o
sentido e com o simbolismo do batismo, do que qualquer outro modo, do ponto de
vista simbólico linguístico e histórico, não erram aqueles que batizam por imersão"
(Champlin, p. 461).
Criticando os que defendem formas diferentes da imersão, esse autor diz que "tentar furtar à palavra baptizo de seu sentido básico, 'imergir', é ridículo, uma violência à língua e à história do termo". Sem dúvida alguma, se o batismo é um simbolismo da fé, da obediência e da nova vida em CRISTO, devemos zelar para que esse ato não venha perder sua característica peculiar de representativo de algo que é tão real e importante, como ordenança deixada pelo Senhor (Mt 28.19).
Se algo já é simbólico, e a forma de praticá-lo afasta-se daquilo que representa,
menos significativo poderá tornar-se.
A FÓRMULA DO BATISMO
Os cristãos em geral utilizam a forma trinitária de batizar alguém, fazendo-o como
JESUS ordenou em Mt 28.19b: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as
em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO". No original grego, tal expressão
é eis to onoma tou patros kai tou hyou kai tou hagiou pneumatos, significando "para
uma relação com o nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO".
Segundo Horton (p. 570), "os crentes neotestamentários eram batizados 'para dentro' do nome do Senhor JESUS (At 8.16)". Isto porque a preposição eis, no grego, quer dizer "para dentro de", podendo significar, também, "em relação a". Assim, o batizando é introduzido em CRISTO, no seu nome, ficando debaixo de seu senhorio. Para tanto, necessária se faz uma profissão de fé autêntica, mediante a qual a pessoa a ser batizada confirma sua convicção de ser um verdadeiro discípulo de CRISTO.
Certos grupos ou denominações procuram utilizar outra fórmula, afirmando que os crentes devem ser batizados somente no nome de JESUS, baseados em alguns versículos bíblicos, tais como At 2.38, quando Pedro diz que as pessoas se arrependessem para serem batizadas "em nome de JESUS CRISTO" (epi toi onomai Iesou Christou) e At 10.48, quando o apóstolo orientou que os da casa de Cornélio fossem "batizados em nome do Senhor" (en onomati Kyriou Iesou). Em At 8.16, vemos novos convertidos que "somente eram batizados em nome do Senhor JESUS"; em At 19.5, diz-se que "os que ouviram foram batizados em nome do Senhor JESUS". Note-se que, nas quatro referências, não há uma fórmula, pois há diferença entre as duas primeiras e as duas últimas. Esses textos são invocados pelos unicistas para justificar o batismo "só no nome de JESUS". Deve-se notar, no entanto, que, naquelas ocasiões, não estava sendo ministrado o ato batismal em si, mas apenas uma
determinação para que se realizasse o batismo dos recém-convertidos, ou referência
ao batismo já realizado.
As seitas unicistas utilizam esses textos bíblicos para defender a ideias do batismo "só
no nome de JESUS", pois eles pregam que a fórmula ditada por JESUS não inclui "o
nome", e sim, "as funções diferentes de DEUS", como Pai, como Filho e como
ESPÍRITO SANTO, o que é uma heresia absurda. Segundo o Pastor Esequias Soares
(p. 37), as passagens bíblicas invocadas pelos unicistas "não tratam da fórmula
batismal, e sim de atos ou eventos de batismo...Se elas revelassem a fórmula
batismal, seriam iguais, pois a fórmula é padronizada. Aquelas pessoas eram
batizadas na autoridade do nome de JESUS". Desse modo, entendemos que a
fórmula trinitária, ditada por JESUS, antes de se despedir dos seus discípulos, é a
mais correta e adequada para a ministração do ato batismal.
QUEM DEVE SER BATIZADO
O batismo não tem o sentido místico que lhe é atribuído por alguns (sacramentalista),
mas não pode ser reduzido a um simples ritual ou ato formal. Há quem procure o
batismo, em alguma igreja, pelo fato de desejar ter um cargo ou função; há jovens que
procuram batizar-se para poder namorar com alguém ou imitar seus colegas. Isso não
tem o menor sentido bíblico, e perde o valor diante de DEUS.
É necessário que haja um testemunho sincero de uma nova vida em CRISTO, para
que o simbolismo do batismo seja verdadeiro. Um velho pastor dizia: "se não tivermos
cuidado, no dia do batismo, podemos levar ao tanque um pecador enxuto, e sair de lá
um pecador molhado". Com isso, advertia para o cuidado em se fazer uma profissão
de fé criteriosa, buscando-se, também evidências de que o candidato ao batismo
desse demonstração de que é de fato uma nova criatura em CRISTO, e não apenas
alguém interessado em cumprir um ritual. O batismo é uma importante ordenança de
CRISTO à sua igreja, mas não transmite salvação.
BATISMO DE CRIANÇAS?
Para os que vêm o batismo como um "sacramento", ou um ato que transmite graça
santificante, não só adultos mas crianças devem ser batizadas. Entretanto, de acordo
com a Palavra de DEUS, não se vê, na Bíblia, um só caso de batismo infantil
(pedobatismo) ou de pessoas não convertidas.
Os que defendem o batismo de crianças, dizem que ele equivaleria ao rito da
circuncisão, no AT, em que as criancinhas, com oito dias de nascidas, já eram
submetidas àquela prática cruenta, como forma de pertencerem ao povo de DEUS. Tal
ideia não tem base bíblica, pois em At. 2.38, os que foram batizados, após ouvir a
mensagem do evangelho, eram todos judeus, portanto circuncidados. Se o batismo
equivalesse á circuncisão, não haveria necessidade de levá-lo a efeito.
Um outro argumento dos que defendem o batismo de crianças reside no fato de algumas famílias inteiras terem sido batizadas, havendo, certamente, crianças entre seus integrantes, como registrado em At 16.15; 16.33 e 1 Co 1.16. Trata-se, no entanto, de suposição, que não pode servir de base doutrinária.
Há, ainda, quem alegue possuir a criança o pecado original, e que este exige perdão, que só pode ser obtido através do batismo. Tal assertiva peca por falta de base escriturística. O perdão do pecado se obtém através da lavagem do sangue de JESUS (1 Jo 1.7) e não pelas águas do batismo. Além disso, a Bíblia nos dá a entender que as crianças em idade tenra, quando ainda não podem discernir entre o bem e o mal, não carregam em si a culpa do pecado, nem mesmo do pecado original, pois este não é uma doença contagiosa, que passe de pai para filho. A criança tem, na verdade, em si as consequências daquele pecado, mas não a responsabilidade por ele.
JESUS, ao receber as criancinhas em seus braços, disse aos seus discípulos: "Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de DEUS. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de DEUS como menino de maneira nenhuma entrará nele'. (Mc 10.14,15). Assim, na condição de criancinhas, elas não precisam ser batizadas para Ter acesso ao "reino de DEUS", pois já lhes pertence, em seu estado de pureza, simplicidade e inocência.
É NECESSÁRIA A "FÉ ATIVA"
A nosso ver, o argumento maior contrário ao pedobatismo é o fato de as crianças, que
não atingem a idade da razão, quando sabem o bem e o mal, não possuem o que se
chama "fé ativa", que é requisito básico para o batismo. A fé é conditio sine qua non
(condição indispensável) para a submissão ao rito do batismo (Ver Mc 16.16; At
10.47,48; 16.15,31,34).
Dessa forma, só podem ser batizados os adultos, que podem exercer a "fé ativa", em
consonância com a Palavra de DEUS; os novos convertidos, que demonstrem haver
absorvido uma verdadeira convicção de sua salvação e disposição em obedecer as
doutrinas fundamentais da Palavra de DEUS; é interessante que, em cada igreja local,
haja uma classe de Discipulado, para que os recém -conversos sejam devidamente
instruídos acerca dos fundamentos da fé cristã, e possam ser conduzidos ao batismo
sem dúvidas ou má compreensão do verdadeiro significado do que é ser um seguidor
de CRISTO; deve-se entender, no entanto, que por "adulto" não se veja apenas
pessoas com mais de vinte e cinco anos de idade; cremos que a categoria de "adulto"
para efeito do batismo, deve incluir, também, os adolescentes, a partir dos 12 anos, e
os jovens em geral, desde que tenham tido um bom nível de discipulado no lar e/ou na
igreja, notadamente através da Escola bíblica Dominical.
RESUMO DA LIÇÃO, DA REVISTA DA CPAD:
INTRODUÇÃO
De que é composta a Igreja do Senhor JESUS?
Quais são as ordenanças de JESUS para a Igreja?
I. O QUE É BATISMO
Na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo (baptizõ), o que
significa?
II. A IMPORTÂNCIA DO BATISMO POR IMERSÃO
O que, somente, salva e purifica o pecador de seus pecados?
O que é batismo em água por imersão?
Qual a forma correta do batismo?
Por que o crente deve ser imerso em água?
Quem deve entrar dentro d'água para o batismo?
De quem vem a autoridade para batizar e na autoridade de quem se realiza o
batismo?
Qual a fórmula tríplice do batismo?
Quem deturpa e nega a doutrina da Trindade de DEUS?
III. AÇÃO INTEGRADORA DO BATISMO NA VIDA DA IGREJA
Dois exemplos clássicos de batismo em águas no Novo Testamento.
Além de ser uma ordenança, o batismo em água, tem mais o que como objetivo?
Batismo é uma identificação pública do crente com CRISTO, o seu Salvador.
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Questionário da LIÇÃO 3 – Igreja, batismo e sua finalidade integradora
INTRODUÇÃO
1- De que é composta a Igreja do Senhor JESUS?
( ) De pessoas que vão se arrepender de seus pecados e, pela fé, vão aceitar a
JESUS como seu único e suficiente Salvador.
( ) De pessoas que se arrependeram de seus pecados, porém, ainda não aceitaram a
JESUS como seu único e suficiente Salvador.
( ) De pessoas que se arrependeram de seus pecados e, pela fé, aceitaram a JESUS
como seu único e suficiente Salvador.
2- Quais são as ordenanças de JESUS para a Igreja, segundo nossa lição?
( ) O batismo em águas, o batismo com o ESPÍRITO SANTO e a Santa Ceia.
( ) O batismo em águas e a Santa Ceia.
( ) O batismo em águas, o dízimo e a Santa Ceia.
I. O QUE É BATISMO
3- Na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo (baptizõ), o que
significa?
( ) Significa "aspergir", "molhar".
( ) Significa "imergir um objeto na água", "aprofundar um pacote n'água".
( ) Significa "imergir", "mergulhar".
II. A IMPORTÂNCIA DO BATISMO POR IMERSÃO
4- O que, somente, salva e purifica o pecador de seus pecados
( ) Somente a obra expiatória de CRISTO consumada no Calvário.
( ) O batismo nas águas, a obra expiatória de CRISTO consumada no Calvário.
( ) O batismo nas águas, a ceia e a obra expiatória de CRISTO consumada no
Calvário.
5- O que é batismo em água por imersão?
( ) É um ato público de apresentação do crente a DEUS.
( )Éumatodeféedenovonascimento.
( ) É um testemunho público da nova vida em CRISTO assumida pelo batizando.
6- Qual a forma correta do batismo?
( ) O convertido deve molhado pela água.
( ) O convertido deve aspergido por água.
( ) O convertido deve ser imerso na água.
7- Por que o crente deve ser imerso em água?
( ) Para ser salvo.
( ) Como um sinal físico e visível de sua fé.
( ) Para nascer de novo.
8- Quem deve entrar dentro d'água para o batismo?
( ) O candidato.
( ) O que batiza, somente.
( ) Tanto o que batiza, o oficiante, quanto o batizando, o candidato.
9- De quem vem a autoridade para batizar e na autoridade de quem se realiza o
batismo?
( ) De JESUS.
( ) Do pastor.
( ) Da igreja.
10- Qual a fórmula tríplice do batismo?
( ) "em nome do Pai, e do Filho. e do ESPÍRITO SANTO".
( ) Só em nome de JESUS, que é ao mesmo tempo o pai e o ESPÍRITO SANTO.
( ) Se for em nome de JESUS, já será em nome do Pai, e do Filho. e do ESPÍRITO
SANTO.
11- Quem deturpa e nega a doutrina da Trindade de DEUS?
( ) Os cristãos.
( ) Os unitaristas.
( ) Os evangélicos.
III. AÇÃO INTEGRADORA DO BATISMO NA VIDA DA IGREJA
12- Dê dois exemplos clássicos de batismo em águas no Novo Testamento:
( ) O dia da Páscoa e Na casa de Cornélio.
( ) O dia da circuncisão e Na casa de Cornélio.
( ) O dia de Pentecostes e Na casa de Cornélio.
13- Além de ser uma ordenança, o batismo em água, tem mais o que como objetivo?
( ) Inserir o crente ao apostolado de CRISTO.
( ) Integrar o crente à salvação em CRISTO.
( ) Integrar o crente ao Corpo de CRISTO.
14- Dentro das realidades espirituais figuradas no batismo em água sabemos: Ligue a primeira coluna de acordo com a segunda:
O crente passa agora a ser salvo.
A descida do candidato às águas fala da nossa morte com CRISTO; |
O levantamento das águas representa a nossa ressurreição com CRISTO em novidade de vida (Rm 6.3,4). |
O Batismo é uma identificação pública
do crente com
CRISTO,
o seu
Salvador, em
que:
O crente passa agora a ser justificado
.
A imersão nas águas está
relacionada com o nosso sepultamento
com CRISTO;
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico
O significado do Batismo:
1. É um símbolo. a batismo é um símbolo da nossa identificação com a morte,
sepultamento e ressurreição de
JESUS (Rm 6.3,4). Assim como JESUS morreu, também morremos para o mundo (GI
2.20; CI 3.3) e somos 'sepultados' pelo batismo, para que, juntamente com Ele,
venhamos a ressuscitar em 'novidade de vida' (Rm 6.5; CI 2.12).
2. É uma confissão. a batismo é também um ato de confissão da nossa fé em JESUS,
pois, por intermédio desta, morremos para o mundo, a fim de pertencermos a JESUS
(GI 3.27; 1 Pe 3.18). a batismo se torna para o crente um verdadeiro limite entre o
Reino de DEUS e o mundo, como o mar Vermelho foi o limite entre a terra da
escravidão (o Egito) e o caminho para a nova vida (Canaã - 1 Co 10.2).
3. É uma ordem. JESUS ordenou, e queremos obedecê-la. JESUS é o nosso exemplo
em tudo (l Pe 2.21 ; Jo 13.15), e Ele foi batizado para cumprir toda a justiça de DEUS
(Mt 3.21). Assim, também queremos seguir as suas pisadas (l Pe 3.21; SI 85.13).
4. É uma bênção. É um ato em que JESUS opera na vida daquele que se submete a
Ele, abençoando-o e confirmando a sua fé na Palavra. Não é, como alguns afirmam,
um ato mágico que, apenas pela ministração, traz efeitos para a vida espiritual. A
salvação é um dom de DEUS (Rm 6.23). Porém, DEUS proporciona, mediante o
batismo, ricas bênçãos que aperfeiçoam a salvação recebida."
(BERGSTÉN. E. Teologia sistemática. 4.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.244-5.)
BIBLIOGRAFIA
BERKHOF, Louis. Teologia sistemática. São Paulo, Luz para o Caminho, 1990.
CHAMPLIN & BENTES. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. São Paulo,
Candeia, 1995.
HORTON, Stanley. Teologia sistemática. Rio, CPAD, 1997.
KELLY, J. N. Doutrinas centrais da fé cristã. São Paulo, Edições Vida Nova, 1994.
S0ARES, Esequias. Lições Bíblicas, 2. Trim. 97 - Seitas e Heresias. Rio, CPAD, 1997.
(Publicado na Revista Obreiro, de fevereiro de 1999, pela CPAD
(http://www.monergismo.com/textos/batismo/batismo_imersao.htm)
www.cpad.com.br
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
ALIANÇA (PACTO, MEMORIAL, TRATADO, COMPROMETIMENTO, TESTAMENTO) |
Sem o conhecimento da ALIANÇA é quase impossível alguém ler e entender o plano de redenção que DEUS fez para nos salvar, e principalmente entender algumas passagens bíblicas que estão registradas no Antigo Testamento. Sl 25.14 "O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e Ele lhes faz saber o seu pacto (aliança, ou concerto)" Hb 10.19 "Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de JESUS, 20 pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a casa de DEUS, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, 23 retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa;" ***Somos um mesmo ESPÍRITO com Ele (1Co 6.17), |
***Somos íntimos do senhor, como vimos acima, A maioria das promessas de DEUS no Antigo Testamento estão condicionadas à obediência, enquanto que a maioria das promessas de DEUS no Novo Testamento estão baseadas em sua graça. ALIANÇA - (Strong Português) - בריתb ̂eriyth 1a4) aliança (referindo-se à amizade) ***BHÊRITE (ALIANÇA EM HEBRAICO) = A ALIANÇA ANTERIOR É FEITA EM BASE DE IGUALDADE, É UMA
TROCA, UM ACORDO EM QUE DEUS ME DÁ E EU TENHO QUE DAR PARA DEUS O MESMO. É
CONDICIONAL. |
aliançados. ***DIATEKE (ALIANÇA EM GREGO) = A NOVA ALIANÇA É DIFERENTE, É SUPERIOR, POIS DEUS ME DÁ
TUDO O QUE PRECISO NÃO EXIGINDO NADA EM TROCA, A NÃO SER FÉ. É INCONDICIONAL. ***DEUS FAZ ALIANÇA CONOSCO, EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR SINAL Não está baseada na lei e nem na obediência a elas, mas na graça de DEUS, em CRISTO, através do ESPÍRITO SANTO que mora em nós. |
São várias as alianças que DEUS fez com os homens, mas iremos destacar, aqui as duas mais importantes: Hb 9.22 "E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão." Veja também: Mt 23.34; 26.28; Jo 19.34; At 15.20; 20.28; Rm 3.25; Hb 9.12-22 |
1- ALIANÇA ABRAHÂMICA 1.1- TROCA DE CINTO (ou de armadura, ou de armas): Significa proteção, quem luta contra mim luta contra ti e quem luta contra ti, luta contra mim. (CINTO ERA USADO PARA CARREGAR ARMAS) Exemplo: Gn 15.1 "Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, o teu galardão será grandíssimo." Outro exemplo: 1 Sm 18.3 "Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a |
sua espada, o seu arco e o seu cinto." |
1.2- TROCA DE TÚNICA (ou Capa): Significa que tua vida se torna minha vida e que minha vida se torna tua vida. Era complemento do primeiro tópico. Exemplo: Gn 12.3 "Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" Outro exemplo: 1 Sm 18.3 " Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto." 1.3- CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: Significa cortar aliança com. Sangue é vida, nossas vidas se unem para sempre, eternamente. Corte geralmente feito no pulso ou na mão; no caso de Abrahão, o sinal foi feito na carne do prepúcio ou seja, na pele que une a glande do órgão sexual masculino ao pênis, através de uma faca de pedra (circuncisão). Exemplo: Gn 17.11 "Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós." |
Outro exemplo: Ex 4.25 Então Zípora tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse: Com efeito, és para mim um esposo sanguinário. 1.4- SINAL DA ALIANÇA: PRIMEIRO MEMORIAL - Significa fazer cicatriz, marcar com sinal visível na carne. Usa- |
se passar cinza no local do corte para que outros soubessem, quando vissem; na África ainda se encontra chefes indígenas com marcas pelo braço, e quanto mais marcas, mais poderoso é o chefe, pois possui muitos amigos também chefes. Era complemento do tópico 3. Exemplo: Gn 17.11 " Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós." Outro exemplo: 21.4 "E Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando tinha oito dias, conforme DEUS lhe ordenara." |
1.5- TROCA DE NOMES: significa que o meu nome passa a ter direito sobre tudo o que o teu nome tem e o teu nome passa a ter direito sobre tudo o que o meu nome tem direito, inclusive dívidas. (Gn 17.5/28.13). Eu passo a ter um pedaço do seu nome e você passa a ter um pedaço do meu nome. Exemplo: Gn 17.4 "Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de muitas nações; 5 não mais serás chamado Abrão, mas Abrahão será o teu nome; pois por pai de muitas nações te hei posto;" A partir daí Abrão passou a se chamar AbraHão (esse "H" é importante, pois vem do nome de DEUS (YHWH) ; infelizmente no português não traduziram com o 'H", porém nas outras línguas, sim. DEUS também teria que mudar o seu nome; a partir daí ELE se apresenta como o DEUS de Abrahão. Gálatas 3.13= Abrahão recebe o H de DEUS e fica com um novo nome, ABRAHÃO, (recebe o H = ESPÍRITO, pela fé). |
1.6- TERMOS DA ALIANÇA: Significa: leis que vão reger a aliança se mantida ou se quebrada. (Todo o capítulo de Dt 28, fala de bênçãos e maldições da aliança) AbraHão, recebe promessas, homem pecava, mas prevaleciam as promessas, foi necessário acrescentar leis, continuaram a transgredir e foi necessário acrescentar os cerimoniais que acabam não sendo suficientes para a purificação do homem; DEUS enviou seu filho para um único e perfeito sacrifício. (Hb 10.12-18). Em Dt 28 temos como benção da aliança por exemplo: "11 E o Senhor te fará prosperar grandemente no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o Senhor, com juramento, prometeu a teus pais te dar. 12 O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar à tua terra a chuva no seu tempo, e para abençoar todas as obras das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado. 13 E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás por cima, e não por baixo; se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu DEUS, que eu hoje te ordeno, para os guardar e cumprir, 14 não te desviando de nenhuma das palavras que eu hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, e não andando após outros deuses, para os servires." Em Dt 28 temos como maldição da aliança por exemplo: "27 O Senhor te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores, com sarna e com coceira, de que não possas curar-te; 28 o Senhor te ferirá com loucura, com cegueira, e com pasmo de coração. 29 Apalparás ao meio-dia como o cego apalpa nas trevas, e não prosperarás nos teus caminhos; serás oprimido e roubado todos os dias, e não haverá quem te salve. 30 Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro |
homem dormirá com ela; edificarás uma casa, porém não morarás nela; plantarás uma vinha, porém não a desfrutarás. 31 O teu boi será morto na tua presença, porém dele não comerás; o teu jumento será roubado diante de ti, e não te será restituído a ti; as tuas ovelhas serão dadas aos teus inimigos, e não haverá quem te salve." AS LEIS PROMULGADAS NO SINAI SÃO TERMOS DA ALIANÇA MOSAICA FEITAS ENTRE DEUS E O POVO HEBREU ATRAVÉS DE MOISÉS. |
1.7- REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Significa: tudo o que eu como vai para o meu sangue e sangue é vida, então a minha vida se torna a tua e tua vida se torna minha; CRISTO, em Melquisedeque faz refeição com AbraHão. Exemplo: Gn 14.18 Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do DEUS Altíssimo; 19 e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo DEUS Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! 20 E bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. 1.8- MORTE DE UM ANIMAL OU PASSAR PELAS METADES: Significa: estamos morrendo e nascendo de novo, também significa: Que eu morra se não cumprir e que tu morras se não cumprir. Colocava-se uma parte do animal de um lado e outra parte do outro lado e depois os cabeças de aliança, ou chefes,
passavam pelas metades de braços dados, dando a entender que: |
Jr 34.18 Entregarei os homens que traspassaram o meu pacto (aliança, concerto), e não cumpriram as palavras do
pacto (aliança, concerto) que fizeram diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando pelo
meio das duas porções. Interpretação: a) Três animais: Significa três pessoas, PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO. |
b) Pássaros no céu e animais na terra( aliança entre céu e terra, entre DEUS e homens.) 1.9- ÁRVORE OU ANIMAL MANCHADO DE SANGUE (poderia também plantar uma árvore para servir de
memorial) : - Significa a lembrança da aliança, toda vez que olhar pra lá, devem se lembrar da aliança. |
Plantar árvore, lembrança da pazinha na armadura: Dt 23.13 "Entre os teus utensílios terás uma pá; e quando te assentares lá fora, então com ela cavarás e, virando-te, cobrirás o teu excremento"; (fezes). É o cuidado que DEUS tem com a natureza e com a saúde de seus filhos. (No sacrifício pode ser usado um, ou mais, Novilhos ou Ovelhas). |
NOTE QUE A ALIANÇA PASSA DE PAI PARA FILHO, POR ISSO O REI DAVI SE LEMBROU DO FILHO DE
JÔNATAS PARA ABENÇOÁ-LO, MESMO MEFIBOSETE O CONSIDERANDO COMO SEU INIMIGO. 6 E Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, veio a Davi e, prostrando-se com o rosto em terra, lhe fez reverência.
E disse Davi: Mefibosete! Respondeu ele: Eis aqui teu servo. 10 Cultivar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos; e recolherás os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete, filho de teu senhor, comerá sempre à minha mesa... |
DAVI FOI LEAL À ALIANÇA QUE TINHA COMO O PAI DE MEFIBOSETE - DEUS TAMBÉM O LIVROU DE VER SEU REINO DIVIDIDO EM SEUS DIAS. VEREMOS AGORA A NOVA ALIANÇA FEITA POR JESUS CRISTO COM O PAI, PELOS HOMENS, EM LUGAR |
DOS HOMENS, SUBSTITUINDO OS HOMENS PECADORES, SENDO INTERMEDIÁRIO ENTRE OS HOMENS E |
DEUS PAI. 2- NOVA ALIANÇA ***BHÊRITE (ALIANÇA EM HEBRAICO) = A ALIANÇA ANTERIOR É FEITA EM BASE DE IGUALDADE, É UMA TROCA, UM ACORDO EM QUE DEUS ME DÁ E EU TENHO QUE DAR PARA DEUS O MESMO. |
***DIATEKE (ALIANÇA EM GREGO) = A NOVA ALIANÇA É DIFERENTE, É SUPERIOR, POIS DEUS ME DÁ TUDO
O QUE PRECISO NÃO EXIGINDO NADA EM TROCA, A NÃO SER FÉ. ***DEUS CONOSCO EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR SINAL ***JESUS CUMPRINDO CADA PASSO DA ALIANÇA: 1. TROCA DE CINTO: |
- II Co 10.4,5 ARMAS ESPIRITUAIS (principal é o nome de JESUS) - 4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; 5 destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo, 2. TROCA DE TÚNICA: 3. CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: Lc 2.21 E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo
anjo lhe fora posto antes de ser concebido. |
Nazaré. 4. CICATRIZ: Significa que quando satanás nos quer dominar, devemos lembrar-lhe de que lá no céu JESUS CRISTO tem as marcas da aliança, provando que nos comprou e que temos com ELE uma aliança; somos de DEUS, pois JESUS nos comprou com seu sangue. |
1 Co 6.19 "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, o qual possuís
da parte de DEUS, e que não sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a DEUS
no vosso corpo." Ef 1:13 em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; 5. TROCA DE NOMES: |
Ef 1.13 "No qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa, 14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de DEUS, para o louvor da sua glória." (Recebemos o "H" de DEUS) 6. TERMOS DA NOVA ALIANÇA: Ef 2.8,9 - 8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é dom de DEUS; 9 não vem das obras, para que ninguém se glorie." Leis Espirituais que estão no Cap.5 de Mateus. Bem-Aventuranças. - Só tem bênçãos, pegue o Novo Testamento e saberá quais são. – Se creres verás a glória de DEUS. (Rm 5.1,2;
Hb 10.16). QUEM ESTÁ NA LEI - DA GRAÇA CAIU |
7. REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Ceia com os discípulos antes de morrer e conosco renovada sempre NA CEIA (Lc 22.7-23; Jo 6.51-54; 1 Co 11.26) Lc 22:19 E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é
dado; fazei isso em memória de mim. 1 Co 11:26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha. 8. MORTE DE UM ANIMAL: |
JESUS é o cordeiro que deu sua vida por nós e é o que tira o pecado do mundo. Lembrando que no batismo nas águas nós morremos. 1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de CRISTO. |
9. ARVORE MANCHADA DE SANGUE (MEMORIAL) : Mt 26:28; Rm 12.1; Cl 2:14; Fp 2:8; Hb 9.13-151; Jo 1.7 Cruz ensanguentada no calvário. Palavra fez um corte profundo em nós (Rm 12.1; Hb 9.14) |
Cl 2:14 havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era
contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. 1 Jo 1.7 mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS seu Filho nos purifica de todo pecado. ***MAIOR SINAL DA ALIANÇA: DISPENSAÇÕES E ALIANÇAS: |
DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA E ALIANÇA EDÊMICA Homem colocado em ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples de amor, temor e amizade, sendo advertido das
consequências da desobediência; a mulher é enganada e o homem peca deliberadamente depois da tentação
satânica, o orgulho prevalece (1 Tm 2.14). a) Encher a terra de uma nova ordem, a humana que herdaria a semente pecaminosa de adão.
b) Subjugar a terra para subsistência. e) Zelar pelo jardim. DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA ADÂMICA O homem passou a conhecer do bem e do mal, Expulso do Éden e amaldiçoado. DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO OU DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA NOÉTICA. Governo do homem pelo homem procurando obedecer a DEUS A aliança com Noé tem como base: |
a) Confirmação de relação homem-terra. f) Relação especial entre DEUS e Sem, visando CRISTO. DISPENSAÇÃO DA PROMESSA E ALIANÇA ABRAÃMICA A promessa foi feita a Abraão e sua posteridade que é CRISTO (Gl 3.8-16)
A aliança Abraâmica tem oito partes distintas: c) Engrandecerei o teu Nome. |
d) Serei teu escudo e galardão. DISPENSAÇÃO DA LEI E ALIANÇAS MOSAICA, PALESTINIANA E DAVÍDICA Foi dada para mostrar o pecado Rm 3.20. Do Sinai ao calvário, do Êxodo à Cruz. Terminou, envelheceu, durou até
João Batista Hb 8.13; Mt 11.13; Lc 16.16; 5.2- Sua responsabilidade (Êx 19.5,6).
5.3- Seu fracasso (II Rs 17.7-17). AleifoidadaverbalmenteemÊx20.1-17,depoisfoiescritaporDEUSemtábuasdepedraeentreguesaMoisés que as quebra devido à idolatria do povo (Êx 34.1,28,29), sendo que depois é escrita por Moisés, na presença de |
DEUS (Êx 34.1,28,29). *** A aliança Mosaica constitui-se de : ***AaliançaPalestiniana foi feitacomosIsraelitasdepoisdaperegrinaçãodeIsraelpelodesertoporquarentaanos, devido à sua rebeldia para com DEUS. Era na realidade um preparação para que entrassem na terra prometida e era ao mesmo tempo uma renovação da aliança Mosaica. Bênçãos e maldições são proclamadas (Dt 28; Js 24.24,25) ***A aliança Davídica foi realizada com base no reino de Israel, com a promessa de que sempre existiria um descendente de Davi no trono. (2 Sm 7.11-16; Sl 89.34) Esta promessa terá seu cabal cumprimento no milênio quando JESUS governará pessoalmente a Israel terrestre. DISPENSAÇÃO DA GRAÇA OU ECLESIÁSTICA E A NOVA ALIANÇA Aqui a palavra chave é “graça”. Da crucificação até a volta de JESUS em duas etapas, uma no arrebatamento e outra
no final da grande tribulação. Na dispensação da graça é-nos oferecida a salvação pela fé em JESUS CRISTO e não
pelas obras. Ef 2.8. DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO OU DO GOVERNO DIVINO E ALIANÇA MILÊNICA |
JESUS CRISTO descerá pessoalmente à terra e será reis do reis e senhor dos senhores literalmente, seu reino será
literal em cumprimento à promessa feita a Davi. Mt 19.28. Satanás será solto e vencido no final do milênio (Ap 20.7; 20.10-15) ***Algumas promessas para quem for fiel a essa aliança: »APOCALIPSE [21] |
4 Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem
dor; porque já as primeiras coisas são passadas. 6 Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei
a beber da fonte da água da vida. ALIANÇA. Em hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit, e berit karat significa "fazer (lit., 'cortar' ou 'lapidar') uma aliança". Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto "pacto" como "último desejo e testamento"), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias. As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de DEUS através de JESUS CRISTO para redimir os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças. |
Alianças Bíblicas Específicas |
(Gn 15.9,10,17). O CONCERTO DO SINAI. Aliança Mosaica ou do Sinai. |
os seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo milênio a. C.,
revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha seis
elementos. (2) Um prólogo histórico: "...que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êx 20.2). Em Deuteronômio, que é a segunda dádiva da aliança e da lei, o prólogo histórico se expandia amplamente a fim de abranger o modo como DEUS levou Israel pelo deserto até aos limites da terra prometida (Dt 1.6-4.49). Moisés está repetindo e expandindo a aliança dada no Sinai, para atualizá-la e preparar Israel para a entrada na terra prometida. Nas alianças hititas, o suserano dominador lembrava ao governante vassalo (o governante subjugado) os benefícios que ele desfrutara até o momento como vassalo de seu reino, como a base para a sua gratidão e obediência futura. (3) As estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: "Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura..."Não te encurvarás a elas nem as servirás" (Êx 20.3-5). Uma típica aliança hitita foi registrada da seguinte forma: "Mas tu, Duppi-Tessub permaneça leal ao rei da terra de Hati... Não volte os seus olhos para mais ninguém" (ANET, p. 204). Em sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança começa com os Dez Mandamentos e continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio, ela começa com a lei no cap. 5 e continua pelo cap. 26. |
(4) Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a manutenção ou o rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo, estas sanções estão vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por exemplo: "Visito a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e, "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra" (Êx 20.12). Além disso, mais sanções e advertências são dadas com a promessa de direção e proteção pela presença de DEUS (Êx 23.20-33; para mais bênçãos e maldições, veja Levítico 26). Mas em Deuteronômio há dois capítulos de bênçãos e maldições que devem ser lidos publicamente e expostos na cerimónia de renovação da aliança (27 e 28), seguidos pela conhecida aliança Palestina (29-30). Bênçãos e maldições também eram escritas nos tratados da Ásia ocidental. A confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um juramento ou ainda a morte daquele que fez a aliança. "Os termos juramento e aliança são sempre usados como sinônimos no AT, assim como os termos juramento e tratado nos textos extra- bíblicos" esta é a conclusão de Gene M. Tucker ("Covenant Forms and Contract Forms", VT, XV [1965], p. 497). Uma aliança no AT era, em sua essência, um juramento, um acordo solene. DEUS confirmou a aliança Mosaica através de um juramento mencionado em Deuteronômio 29.12ss. O juramento... "que o Senhor, teu DEUS, hoje faz contigo" (cf. Dt 32.40; Ez 16.8; Nm 10.29). As partes que faziam a aliança deveriam se tornar como os mortos, de maneira que não poderiam mais mudar de ideia e revogá-la, assim como os mortos também não poderiam fazer (Gn 15.8-18; Hb 9.16,17). Assim, o sangue dos animais substitutos sacrificados era espargido na cerimónia de ratificação da aliança, para representar a "morte" das partes (Êx 24.3-8). Os tratados hititas comuns na época de Moisés não tinham como característica um juramento por parte do suserano; ao invés disso, eles enfatizavam o juramento de lealdade por parte do vassalo. (5) Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista de divindades como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças bíblicas, os deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais de pedra podiam ser uma testemunha (Êx 24.4; cf. Js 24.27); os céus e a terra eram convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da lei (ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a finalidade de ser uma testemunha (Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os votos que fizeram por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimónia de renovação da aliança no final da vida de Josué, o próprio povo atuou como testemunha (Js 24.22). (6) A perpetuação da aliança. Esta podia ser vista no cuidado pela segurança dos documentos do tratado, que no caso dos pagãos eram geralmente depositados perante ou sob um deus pagão de uma nação que fazia parte do |
tratado. Esta atitude poderia ser contrastada com as tábuas da aliança Mosaica, colocadas dentro da arca da aliança em Israel (Êx 25.16,21; 40.20; Dt 10.2). As alianças hititas e a aliança Mosaica eram lidas periodicamente em público, e as crianças eram nelas instruídas. A lei era registrada em pedras caiadas (Dt 27.4), e lida em voz alta durante as cerimônias, como aconteceu quando as bênçãos e maldições foram pronunciadas (estando a metade de Israel no Monte Ebal e a outra metade no Monte Gerizim), depois de terem entrado na terra prometida (Dt 27.9ss.; Js 8.30- 35). A lei era lida integralmente e publicamente a cada sete anos na Festa dos Tabernáculos (Dt 31.9-13). Chegou- se a várias conclusões importantes como resultado da comparação da aliança Mosaica com os antigos tratados de suserania daquela época: (a) DEUS falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito, mas que também fosse familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais apurados da forma até mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido estabelecida antes de 1200 a.C, porque os tratados aramaicos e assírios do primeiro milênio a. C. não possuem vários dos elementos característicos comuns aos hititas e à aliança do Sinai (veja Meredith G. Kline, The Treaty of the Great King, p. 42ss.). |
(6) A forma particular da aliança hitita em Deuteronômio nos leva a ver que a ênfase é maior no significado da aliança do que em seu significado legal, (c) Estudos mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com quatro mandamentos na primeira e seis na segunda, mas duas cópias de pedra do mesmo tratado ou aliança: uma para DEUS - mantida na arca - e outra para Israel. O mesmo acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias eram feitas, uma para o rei do suserano e outra para o rei do vassalo. Certas diferenças importantes, não devem, entretanto, passar despercebidas. A Aliança Mosaica, como feita por DEUS, baseava-se no amor e na graça e não simplesmente em poder. Além disso, ela tinha como objetivo a salvação dos eleitos de DEUS, e não a mera submissão e obediência. Voltando ao significado e à importância espiritual dessa aliança, podemos concluir que o elemento condicional é prioritário em relação ao elemento incondicional. Será que está sendo ensinada a expressão "faze isso e viverás" (cf. Lc 10.28) no sentido de que a vida eterna para o crente do AT dependia de se guardar a lei de DEUS? Se fosse, as obras seriam de valor meritório até que viesse a cruz! Ou será que DEUS queria dizer que deveriam viver à luz da lei? O Senhor JESUS CRISTO, no Sermão do Monte, ensinou esta segunda visão quando expôs vários mandamentos e disse: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.48). Ele aplicou a lei com o propósito da contínua santificação do crente e não para a sua justificação. Em Levítico 18.5 é feita a mesma aplicação da lei: "Os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles" (ou seja, naquele âmbito). Quando vemos que esta aliança começa com a graça: "Eu sou o Senhor, teu DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êx.20.2), e acrescentamos a isto uma |
consideração dos fatos descritos acima, somos levados a vê-la como uma aliança cheia de graça. A aliança Mosaica,
então, torna-se tanto um aio que tem a função de nos trazer a CRISTO, onde todos os tipos de aliança apontam para
ele, como um padrão para guiar o comportamento dos crentes do AT e dos cristãos. A Aliança de Deus Conosco por Intermédio de Cristo é Indestrutível e Eterna “Não violarei a minha aliança nem modificarei as promessas dos meus lábios”. Sl.89.34 |
Você deve conhecer os seus direitos relativos à aliança, para que possa posicionar-se e enfrentar o inimigo com
autoridade e poder. Bibliografia: A Bíblia Explicada, S. E. Mcnair; |
ALIANÇA - DICIONÁRIO WycliffeEmbora esta palavra não apareça nas versões KJV e ASV em inglês, aparece quatro vezes na versão RSV. O seu significado básico deriva do substantivo hebraico berit, que significa “associação”, “confederação”, ‘liga”; e dos verbos hatan, que significa “afinidade”, “unir em casamento”; e nuah, que significa “estar despreocupado”, “estar aliado”; e do substantivo qesher, que normalmente tem o sentido negativo de “conspiração”, “traição”. A primeira aliança descrita nas Escrituras foi entre Abraão e os amorreus Manre, Escol e Aner. Eles uniram suas forças por tempo suficiente para libertar Ló daqueles que o mantiveram cativo (Gn 14.13-24). Abrão fez uma aliança ainda mais duradoura com Abimeleque em Berseba (Gn 21.22-32), como também Isaque fez posteriormente (Gn 26.26-31). Não houve nenhuma proibição ou estigma contra essas primeiras alianças; porém mais tarde a lei mosaica repetidamente proibia alianças com estrangeiros, em particular com os cananeus. A proibição contra alianças com os cananeus se baseava principalmente em questões religiosas. A nação recém- formada era ainda muito fraca para resistir às tentações da adoração ao sexo praticada por Canaã, então Deus, por meio de Moisés, procurou isolar Israel. Os altares, templos e imagens pagãos foram destruídos para que os jovens não fossem enganados pelos adoradores de Baal (Êx 23.32,33; 34.12,13). Para proteger os israelitas ainda mais contra essa corrupção, o casamento com estrangeiros foi proibido, para que não houvesse corrupção do israelita pelo adorador pagão através do casamento (Dt 7.2-4). Depois da conquista, quando Israel desobedeceu, a razão do julgamento de Deus sobre eles tinha raízes na violação da proibição por parte de Israel (Jz 2.2). |
Além da aliança com os homens de Gibeão, com artimanhas concluídas com Josué, não houve ligações oficiais com outras nações até os tempos de Salomão. Davi tinha relações amistosas, baseadas em alianças pessoais, com os reis de Moabe, Amom, Gate e Hamate; mas parece que Salomão foi o primeiro a estabelecer uma aliança internacional com uma nação estrangeira. Isto foi feito com Hirão de Tiro, em relação à construção do Templo e às operações da frota no Mar Vermelho e no Oceano Índico (1 Rs 5.1-18; 9.26-28), A completa implicação desta aliança não veio à tona até o casamento de Acabe com Jezabel, filha de um rei de Tiro. A adoração a Baal imediatamente tomou conta da vida religiosa de Israel, mas foi vigorosamente combatida por Elias, Eliseu e Jeú, Judá sentiu alguns maus resultados desse casamento quando a filha de Jezabel, Atalia, tornou-se rainha de Judá, Nas disputas triangulares entre Israel, Judá e Síria foram feitas diversas alianças. Em uma ocasião, Asa de Judá obteve a ajuda de Ben-Hadade da Síria contra Baasa de Israel (1 Rs 15.18,19; 2 Cr 16.3). Mais tarde, Acabe de Israel ganhou o auxílio de Josafá de Judá contra a Síria (1 Rs 22; 2 Cr 18.1). Depois da morte de Acabe, Acazias de Israel procurou unir-se a Josafá no estabelecimento de uma frota mercante, mas Deus não se agradou com isso e a frota foi destruída (2 Cr 20.35-37). No tempo de Isaías, Rezim da Síria e Peca de Israel se uniram contra Judá, mas Acaz de Judá conseguiu comprar a ajuda da Assíria, que rapidamente destruiu a Síria, reduziu Israel à condição de sua partidária, e finalmente fez de Acaz um fantoche nas suas mãos (2 Rs 16.5-8). A última aliança trágica foi entre Zedequias e o Egito, que trouxe a Babilônia contra Judá e destruiu Jerusalém completamente (Jr 37.1-8; Ez 17.15-17). Em hebraico, uma “aliança״ é determinada pelo termo berit, e berit karat significa “fazer (lit., ‘cortar’ ou ‘lapidar’)
uma aliança”. Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto “pacto, como “último desejo e testamento”), e
o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). |
de profecia devem ser interpretadas determina finalmente a sua escatologia, se ela deve ser amilenial, pós-milenial, ou premilenial, A questão a ser encarada é se o método a ser aplicado a ambas correntes de profecia será o mesmo, Disto deve depender a decisão sobre a questão do milênio, e a interpretação de grande parte daquilo que está contido em cada uma das alianças. Veja Milênio. As Portes. Estas podem ser; (1) Indivíduos, como por exemplo Abraão e Abimeleque (Gn 21.27) ou Jacó e Labão (Gn 31.44-46), quando cada um se sujeitou a certas condições e ofereceu uma prova como garantia da aliança feita. (2) Nações, como quando Naás, o amonita tentou forçar uma aliança sobre Jabes-Gileade em 1 Samuel 11.1ss., ou quando os israelitas foram tolamente levados a fazer uma aliança com os gibeonitas (Js 9.6- 16). (3) Deus e o homem eram as partes das grandes alianças do reino messiânico, tal como a aliança Abraâmica (Gn 12.1-7; 15; 17.1-14; 22.15-18), a aliança Palestina (Dt 29-30), e a aliança Davídica (2 Sm 7.4-16; Sl 89.3,4,26-37; 132.11-18). (4) Deus, o Pai, e Jesus Cristo, eram as partes originárias da aliança da redenção (Sl 40.6-8; Hb 10.5- 14), sendo Cristo o mediador desta aliança, enquanto Deus e os indivíduos (Hb 7.9ss.) e Deus e Israel (Jr 31.37) eram seus companheiros eficazes. O Pai e o Filho eram a parte líder da aliança da graça, Deus Pai fez uma aliança com Cristo para salvar pela graça aqueles que cressem no Filho, e em sua morte substitutiva. Esta aliança se |
tomou o fundamento de Romanos 4 e Hebreus 11, as duas loci classici, ou passagens principais concernentes à justificação pela fé no NT. No AT, os indivíduos entravam nesta aliança através de sua fé salvadora, em uma aceitação de um tipo de Cristo no AT, e no NT pela mesma fé com a aceitação do modelo oposto, o próprio Senhor Jesus Cristo. Condições. Em cada aliança são expressas certas condições. Isto se aplica tanto às alianças unilaterais, ou seja, anunciadas por Deus para um homem e promulgadas com a certeza de que acontecerão, e nesse ponto incondicionais; e também àquelas que são bilaterais, ou seja, aquelas alianças que estão totalmente condicionadas à aceitação e ao cumprimento por ambas as partes. Todas as alianças humanas são bilaterais e condicionais, As alianças entre Deus e o homem podem ser principalmente unilaterais, como a aliança Abraâmica, a davídica, e a nova aliança; ou bilaterais, como por exemplo, a aliança mosaica. Ainda podemos ficar confusos se não enxergarmos que até mesmo as alianças unilaterais têm essencialmente um aspecto bilateral, à medida que a sua aplicação diz respeito aos indivíduos. Isto pode ser visto no fato descrito por Paulo em Romanos 9 de que, embora as alianças pertençam a Israel, “nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos” (Rm 9.6,8). Elas se aplicam aos eleitos. Mais adiante vemos que o selo, sinal ou símbolo de alguém ter aceitado o relacionamento da aliança por um ato de fé individual é um passo de obediência, mesmo na aliança Abraâmica, cujo sinal era a circuncisão (cf. Gn 17.10,11 onde o sinal foi declarado como parte de uma aplicação individual da aliança. “Esta é minha aliança... todo macho |
entre vós será circuncidado”). Qualquer tentativa de separar o elemento unilateral da aliança Abraâmica da sua aplicação individual torna-se artificial e, portanto, o conhecimento de ambos os fatores - unilateral e bilateral - em tal aliança se faz necessário, assim como o batismo nas águas é o sinal ou a confirmação da associação de alguém na nova comunidade da aliança. As análises mostram que os elementos unilaterais em uma aliança são proféticos e, portanto, condicionados ao ponto em que são dependentes da aceitação pessoal pela fé, com a motivação que vem da graça soberana de Deus. Resultados. Estes podem ser também promessas de bênçãos quando a aliança é mantida, ou advertências de punição quando a aliança é quebrada - ou ambas. Por exemplo, na aliança Abraâmica havia uma promessa de descendência (que de acordo com Gálatas 3.16 era Cristo; cf. Gn 12.1-3; 13.16; 22.18), de uma terra, de fama e de uma grande posteridade. Estes fatos eram proféticos e certos. Ao mesmo tempo, havia um aspecto condicional, porque cada participante crente tinha que ser circuncidado como um sinal da sua fé, mesmo no caso de Abraão (Gn 17.9-17; Rm 4.11). Aqueles que se recusavam a ser circuncidados quebravam a aliança (Gn 17.14). Esta cerimônia apontava para Cristo em quem nós, cristãos, somos circuncidados com a " circuncisão de Cristo” (Cl 2.11). Tudo isso é condicional, pois a sua base é a fé salvadora. Garantias. A garantia que se dava para assegurar o cumprimento da aliança era normalmente um juramento. Para os homens, era um juramento tão solene que constituía o caráter do desejo ou testamento. A ideia é que assim como o testador não poderia mudar a sua vontade quando morto, o criador da aliança também não poderia mudá- la. A forma de expressá-la era matando um animal, partindo-o ao meio, e em seguida passando-se pelo meio de ambas as partes (Gn 15.9ss.). Cristo selou a nova aliança através de sua morte (Hb 9.15-17), e instituiu a Ceia para celebrá-la (Mt 26.28; Mc 14.25; 1 Co 11.25,26). Às vezes se fazia uma oferta (Gn 21.30), ou se instituía um sinal, como um marco ou um monte de pedras (Gn 31.52). Como Deus não tem nada e ninguém maior do que Ele mesmo para jurar, também confirmou as suas alianças jurando por si mesmo (Dt 29.12; Hb 6.13,14), por exemplo, ao confirmar a sua aliança com Abraão, ao jurar pelo seu controle providencial do mundo, e ao anunciar a nova aliança em Jeremias 31.35; 33.20. Tipos de Alianças |
Alianças Bíblicas Específicas1. Aliança Noéica. Esta é a primeira aliança claramente mencionada nas Escrituras. Ela foi prometida a Noé em Gênesis 6.18 e está registrada em Gênesis 8.20-9.17. Esta aliança foi, sobretudo, unilateral, pois Deus era o seu criador e executor, não requerendo um compromisso de aceitação e consentimento por parte de Noé, como no caso do juramento dos israelitas ao pé do Monte Sinai (veja Êx 19.8). As partes desta aliança eram Deus e a terra (Gn 9.13) ou Noé e todos os seus descendentes (Gn 9.9,16,17). Daqui por diante, ela era universal em seu escopo. Apesar disso, ela tinha certas condições, a saber, que a humanidade fosse frutífera, se multiplicasse e enchesse a terra (9.1,7); que não comesse carne com vida, isto é, com o sangue (9.4). Assim, a aliança era condicional, porque Deus trouxe um julgamento sobre a humanidade no episódio da Torre de Babel na forma de uma confusão de línguas, para forçar o povo a se espalhar e povoar a terra, quando eles estavam deliberadamente desafiando o propósito e a ordem de Deus (Gn 11.4- 9). O Resultado era a promessa de que Deus nunca mais destruiría a terra com um dilúvio (Gn 8.21; 9.11,15), com a concomitante promessa da regularidade das estações (Gn 8.22). A garantia de que Deus iria manter esta aliança enquanto durasse a terra encontrava-se em seu sinal ou prova, o arco- íris (9.12-17). |
2. Aliança Abaâmica. Esta é geralmente considerada uma aliança unilateral no sentido de que foi em primeiro lugar anunciada por Deus, sem qualquer condição a ela vinculada. Entretanto, um elemento bilateral aparece em Gênesis 17.1: “Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito”; e na última repetição e confirmação da aliança a Abraão em Gênesis 22.16ss., quando Deus diz, “Por mim mesmo, jurei... porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei”. As partes desta aliança eram Deus e Abraão. A condição - revelada por Deus a Abraão, depois dele demonstrar a sua vontade de obedecer à ordem de Deus de oferecer Isaque - era a obediência pela fé (cf. Hb 11.17-19). Os resultados foram: a promessa de Deus de transformar a posteridade de Abraão em uma grande nação (Gn 12.2); aumentar a sua semente tomando-a numerosa como a areia do mar (Gn 22.17); abençoar aqueles que abençoassem o povo judeu e amaldiçoar aqueles que o amaldiçoassem (Gn 12.3); e dar à descendência a Abraão (ou seja, a Israel), a Palestina e o território que vai do rio do Egito até o Eufrates. Finalmente, e o mais importante de tudo, o mundo inteiro seria abençoado através da sua descendência, que era Cristo (Gl 3.16), e Cristo por sua vez dominaria sobre todos os seus inimigos (Gn 22.17,18). A garantia desta grande aliança era o juramento de Deus por si mesmo e por seu grande Nome (Gn 22.16; Hb 6.13-18), assim como o derramamento do sangue dos sacrifícios (Gn 15.9,10,17). 3. Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, |
empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo milênio a.C., revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de Deus com Israel, e cada uma continha seis elementos. (1) Um preâmbulo: “Eu sou o Senhor, teu Deus" (Êx 20.2a), identificava o autor da aliança, e correspondia a cada
introdução como “Estas são as palavras do filho de Mursilis, o grande rei, e rei da terra de Hati, o valente, o filho
favorito do deus do trovão etc...” (ANET, p. 203). (3) As estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura... Não te encurvarás a elas nem as servirás” (Êx 20.3-5). Uma típica aliança hitita foi registrada da seguinte forma: “Mas tu, Duppi- Tessub permaneça leal ao rei da terra de Hati.,. Não volte os seus olhos para mais ninguém” (ANET, p. 204). Em sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança começa com os Dez Mandamentos e continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio, ela começa com a lei no cap. 5 e continua pelo cap. 26. (4) Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a manutenção ou o rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo, estas sanções estão vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por exemplo: “Visito a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e, “Honra a teu pai e a tua mãe, para,que se prolonguem os teus dias na terra” (Êx 20.12). Além disso, mais sanções e advertências são dadas com a promessa de direção e proteção pela presença de Deus (Êx 23.20-33; para mais bênçãos e maldições, veja Levítico 26). Mas em Deuteronômio há dois capítulos de bênçãos e maldições que devem ser lidos publicamente e expostos na cerimônia de renovação da aliança (27 e 28), seguidos pela conhecida aliança Palestina (29-30). Bênçãos e maldições também eram escritas nos tratados da Ásia ocidental. A confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um juramento ou ainda a morte |
daquele que fez a aliança. “Os termos juramento e aliança são sempre usados como sinônimos no AT, assim como os termos juramento e tratado nos textos extrabíblicos” - esta é a conclusão de Gene M. Tucker (“Covenant Forms and Contraet Forms”, VT, XV [1965], p. 497). Uma aliança no AT era, em sua essência, um juramento, um acordo solene. Deus confirmou a aliança Mosaica através de um juramento mencionado em Deuteronômio 29.12ss. O juramento... “que o Senhor, teu Deus, hoje faz contigo" (cf. Dt 32.40; Ez 16.8; Nm 10.29). As partes que faziam a aliança deveriam se tomar como os mortos, de maneira que não poderíam mais mudar de ideia e revogá-la, assim como os mortos também não poderíam fazer (Gn 15.8-18; Hb 9.16,17). Assim, o sangue dos animais substitutos sacrificados era espargido na cerimônia de ratificação da aliança, para representar a “morte” das partes (Êx 24.3- 8). Os tratados hititas comuns na época de Moisés não tinham como característica um juramento por parte do suserano; ao invés disso, eles enfatizavam o juramento de lealdade por parte do vassalo. (5) Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista de divindades como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças bíblicas, os deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais de pedra podiam ser uma testemunha (Êx 24.4: cf. Js 24.27); os céus e a terra eram convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da lei (ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a |
finalidade de ser uma testemunha (Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os votos que fizeram
por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimônia de renovação da aliança no final da vida de Josué, o próprio
povo atuou como testemunha (Js 24.22). Chegou-se a várias conclusões importantes como resultado da comparação da aliança Mosaica com os antigos tratados de suserania daquela época: (a) Deus falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito, mas que também fosse familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais apurados da forma até mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido estabelecida antes de 1200 a.C., porque os tratados aramaicos e assírios do primeiro milênio a.C. não possuem vários dos elementos característicos comuns aos hititas e à aliança do Sinai |
(veja Meredith G. Kline, The Treaty of the Great King, p. 42ss.). (6) A forma particular da aliança hitita em
Deuteronômio nos leva a ver que a ênfase é maior no significado da aliança do que em seu significado legal, (c)
Estudos mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com quatro manda - entos na primeira e seis na
segunda, mas duas cópias de pedra do mesmo tratado ou aliança: uma para Deus - mantida na arca - e outra para
Israel. O mesmo acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias eram feitas, uma para o rei do
suserano e outra para o rei do vassalo. |
abençoará. A garantia da aliança encontra-se nas ordenanças ao céu e à terra (Dt 30.19). |
Deus, agindo como mediador (1 Tm 2.5; Hb 8.6; 9.15; 12.24). Em contraste, entretanto, a nova aliança é muito superior à antiga aliança Mosaica, porque é instituída com base em promessas superiores e em um sacrifício infinitamente superior (Hb 8.6; 9.23). Ela fala de um tempo em que Deus escreverá a sua vontade dentro das mentes e corações do seu povo, de tal forma que os homens não precisarão mais ensinar uns aos outros qual é a vontade do Senhor, e quando Ele perdoará os pecados do povo de Israel (Jr 31.31-37). O escritor aos Hebreus usa a revelação da aliança do AT para provar que Cristo é tanto o Redentor, como o Mediador para o perdão dos pecados do homem (Hb 9.7-9; 10.5-16). Cristo se referiu a esta aliança quando discursava sobre a instituição da Ceia do Senhor. “Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento [ou da Nova Aliança]” (Mc 14.24). Existe algum elemento condicional nesta aliança? Sim, até o momento em que o crente aceita Cristo como o seu Salvador, e testifica que crê que o sangue de Cristo foi derramado para a remissão dos seus pecados, e assim se torna individualmente participante da nova aliança. Ainda há um aspecto incondicional, unilateral e profético desta aliança, pois ela também fala de uma época em que, em todo Israel, todo judeu conhecerá as suas bênçãos. Certamente, na Era do Evangelho em que estamos vivendo, ainda não podemos afirmar que qualquer homem já não precisa ensinar ao seu vizinho ou irmão a lei de Deus. Esta parte da aliança só pode ser aplicada à Época do Milênio. Alianças Teológicas |
Estas alianças são assim chamadas porque são descobertas ao aplicarmos a definição de aliança a um acordo registrado nas Escrituras. Onde quer que estejam presentes fatores como partes contratantes, condições, resultados e garantia, existe uma aliança. Tais alianças, que alguns teólogos consideram tecidas em um tear e trama das Escrituras, são as alianças das obras, a aliança da graça. e a aliança da redenção. Estas são geralmente discutidas nos escritos dos teólogos da Reforma, que seguem a teologia da aliança de Johannes Cocceius (1603-1669). Aqueles que fazem objeções à classificação do acordo de Deus entre Si próprio e Adão antes da queda do homem, como uma aliança de obras, e seu pacto com o homem para sua salvação depois da queda como uma aliança da graça, pode-se dizer o seguinte: (1) O pacto de Deus com Davi em 2 Samuel 7 não é chamado ali de uma aliança, mas é chamado de concerto no Salmo 89.3,28. (2) Só é possível desenvolver uma verdadeira sistemática da teologia, através da aplicação de definições desenvolvidas de forma indutiva. É isto que é feito ao se estabelecer alianças teológicas. (3) Somos revestidos com a necessidade de repetir laboriosamente o pacto que Deus anunciou a Adão quando foi criado, suas condições, resultados e sua classificação. Quando chamamos isto de aliança, estamos simplesmente usando um termo definitivo, ao invés de repetir dados desnecessariamente. 1. Aliança das Obras. As partes eram Deus e Adão antes da Queda. As condições positivas eram: amar a Deus, obedecê-lo e amar ao próximo. As negativas: não desobedecer a Deus ou se rebelar contra Ele; não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Como podemos determinar o resultado positivo quando ele não é declarado? Muito simples. Deus é santo e imutável, portanto, a forma como Ele lidou com a primeira ordem dos seres racionais, os anjos, é a maneira pela qual Ele deve lidar com todo o restante de suas criaturas. Estes anjos que o amavam e obedeciam, tornaram-se os anjos santos - eles foram confirmados na justiça; aqueles que se rebelaram tornaram-se anjos caídos. A árvore do conhecimento do bem e do mal no Éden era uma prova para o homem. Não comer dela representava obediência e amor; comer, significava desobediência e falta de confiança. Os resultados revelados nesta aliança eram vida pela obediência e amor, como para todos os anjos; e morte pela desobediência e rebelião, para os anjos caídos. Pelo fato de Deus ser a verdade, a sua Palavra era a garantia. 2. Aliança da graça. As partes eram Deus e o homem através do Senhor Jesus Cristo, ou talvez melhor, Deus, Jesus Cristo e os homens à medida que estes se tornam unidos a Cristo através da fé nele. Este conceito de aliança da graça entre o Pai e o Filho em que a salvação é oferecida aos pecadores pode ser encontrado em Efésios 1.3-6, onde está escrito que Deus nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo. Veja também 2 |
Timóteo 1.9; Tito 1.2; João 3.17; 17.4-10,21- 24. A condição é, novamente, a fé salvadora, expressa no AT por atos
de fé como os de Abel (Hb 11.4), Abraão e Davi (Rm 4.3,6-8), e pela aceitação de Jesus Cristo como revelado no
NT. Os resultados são a vida eterna para os crentes, e a condenação eterna para aqueles que não crêem. A aliança da redenção pode ser definida como um acordo unilateral entre o Pai e o Filho, que contém uma segunda aliança entre Deus e seu povo. Esta aliança aparece claramente em duas passagens: no Salmo 40.6-8, onde o Filho está conversando com o Pai, e fala do sacrifício que o Pai espera dele; e, em uma passagem que cita estes versículos, Hebreus 10.5-16, onde Deus nos fala que tira a primeira aliança, chamada Mosaica, para estabelecer a segunda: E, nesta vontade “temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez [por todas]” (v.10). Então, nos é dito (Hb 10.15-17) que o Espírito Santo endossou esta verdade quando profetizou a nova aliança em Jeremias 31.33,34. A compreensão de Archibald McCaig é particularmente útil neste ponto: “A |
‘Nova Aliança’ aqui mencionada é praticamente equivalente à Aliança da Graça estabelecida entre Deus e o seu
povo remido, que novamente repousa sobre a eterna Aliança da Redenção feita entre o Pai e o Filho, que, apesar
de não estar expressamente determinada, não pode ser considerada obscura em muitas passagens das Escrituras”
(“Covenant, The New”, ISBE, II, 731). A Inter-Relação das Alianças Esta ligação entre as várias alianças pode ser comparada a uma série de degraus - cada um sendo acrescentado e fundamentado naquele que o precede. O inter-relacionamento pode ser ilustrado pelo fato de que a aliança Davídica e as novas alianças são extensões que estão inseridas na aliança Abraâmica. Foi prometido a Abraão um reino e uma terra, que mais adiante são detalhados na aliança Davídica. Também lhe foi dado o evangelho, porque“... a Escritura... anunciou primeiro o evangelho a Abraão” (Gl 3.8); tudo isso é mais extensamente tratado |
na nova aliança. ALIANÇA DE SALOs acordos ou pactos entre os indivíduos eram geralmente ratificados compartilhando uma refeição (Gn 31.44,54; Êx 24.7-11). Temperar com sal a comida que seria inserida significava a permanência e a inviolabilidade do acordo ou da aliança que estava sendo feita ou relembrada (2 Cr 13.5; Ed 4.14). Quando era feita uma aliança com Deus, o alimento era primeiramente oferecido a Ele (Lv 2.13; Nm 18.19; Ez 43.24). Os nômades do Oriente Médio, ainda comem “pão e sal” juntos como sinal e selo de uma aliança de irmandade. NOVA ALIANÇA Esta é uma providência de Deus pela qual Ele estabeleceu um novo relacionamento de responsabilidade entre Si |
mesmo e o seu povo (Jr 31.31-34). A expressão nova aliança também é um sinônimo do NT e, portanto, refere-se
aos 27 livros do NT, ou à própria Nova Aliança. Mas, neste artigo, a expressão é considerada apenas em ligação
àquele relacionamento da aliança entre Deus e o seu povo, o que é designado como uma nova aliança. As provisões da aliança |
6. Ela provê a exaltação de Israel como cabeça das nações (Jr 31.38-40; cf. Dt 28.13). O fundamento da aliança. O fundamento de todas as bênçãos da aliança é o sangue de Cristo. No cenáculo, na noite anterior à sua morte, o Senhor Jesus Cristo afirmou que o cálice simbolizava “o sangue da nova aliança” (Mt 26.28), e que este sangue derramado seria o fundamento de todas as bênçãos daquela aliança. Os discípulos certamente não teriam pensado em outra aliança que não fosse aquela profetizada por Jeremias. O povo da aliança. Não há dúvida de que a revelação da nova aliança no AT está ligada à nação de Israel. Isto é especificamente afirmado nas palavras de estabelecimento (Jr 31.31). Este fato é reafirmado em Isaías 59.20-21; 61.8,9; Jeremias 32.37-40; 50.4,5; Ezequiel 16.60-63; 34.25,26; 37.21-28. Isto também é uma dedução lógica do fato de que a contrastante aliança Mosaica foi feita com Israel, e do fato de que, em sua fundação, a perpetuação da nação de Israel e a sua restauração na terra estavam vitalmente ligadas a este fato (Jr 31.35-40). O NT acrescenta a verdade de que os crentes em Cristo têm uma aliança melhor (Hb 8.6), e de que eles são ministros da nova aliança (2 Co 3.6). Os amilenialistas entendem que o ensino do NT indica que as promessas da nova aliança estão se cumprindo agora, através da igreja, e que não haverá mais nenhum outro tipo de cumprimento além deste. Os pré- milenialistas não admitem um cumprimento exclusivo através da igreja e também ensinam que a aliança ainda é apenas para Israel, e será cumprida através dela no milênio; também pensam que a igreja tem alguma relação com a aliança, mas isto não substitui o futuro cumprimento do milênio através de Israel. A interpretação amilenialista é |
baseada em sua insistência de que através da igreja, durante esta época, todas as promessas de Israel estão sendo cumpridas, o que naturalmente inclui as promessas da nova aliança. A interpretação pré-milenialista é construída sobre uma nítida distinção entre o sistema de Israel e o da igreja (cf. O.T. Allis, Propkecy and the Church, pp. 154ss., e C.C. Ryrie, The Basis of the Premillennial Faith, pp. 105-125). O cumprimento da aliança. Qualquer que seja a relação que a igreja tenha com a nova aliança, fica claro pelo NT que ela será cumprida nas suas provisões originais a Israel na segunda vinda de Cristo (Rm 11.26,27). Não há dúvida de que a aliança a ser cumprida naquela época é a nova aliança, porque a referência a tirar o pecado é uma promessa contida na nova aliança. A pergunta é apenas: Quem é “Israel"? Quem será salvo então? e quem desfrutará os benefícios da nova aliança? Os pré-milenialistas, e até mesmo alguns amilenialistas (Charles Hodge, Epistle to the Romans, pp. 584-5), dizem que esta é uma referência ao povo judeu, mas outros amilenialistas insistem que é à igreja e que o cumprimento é agora, não na segunda vinda de Jesus Cristo (Allis, op. cit., p. 156), Isto parece inconsistente com o princípio da pura interpretação, uma vez que a nação de Israel é mencionada de uma forma tão clara. Os pré-milenialistas são confrontados com a questão da relação, se é que existe, do crente de hoje com a nova
aliança. Alguns dizem que não há relação (J. N. Darby, Synopsis of the Books of the Bible, V, 286). Outros seguem
a visão das notas da Bíblia de Referência de Scofield (p. 1297), que aplica uma nova aliança tanto a Israel no
futuro como à igreja no presente. Alguns poucos vêem duas novas alianças - uma para Israel e outra para a igreja
(L. S. Chafer, Systematic Theology, IV, 325). Note que todos concordam que haverá um cumprimento futuro para
Israel, no milênio. |
Veja Igreja; Aliança; Reino. Bibliografia. O, T. Allis, Prophecy and lhe Churck, Filadélfia. Presbyterian and Refor- med, 1945. Alva J. MeClain, The Greatness of the Kingdom, Grand Rapids. Zondervan, 1959, pp, 157-160. Leon Morris, “Covenant”, The Apostolic Preaching of the Cross, Grand Rapids. Eerdmans, 1955,pp. 60-107. Charles C. Ryrie, The Basis of the Premillennial Faith, Nova York. Loizeaux Bros., 1953. “Covenant Theology”, Dispensationalism Today, Chicago. Moody Press, 1965,pp. 177- 191. Wilber B. Wallis, “Irony in Jeremiah’s Prophecy of a New Covenant”, JETS, XII (1969), 107-110. Veja também a bibliografia do tópico Testamento. Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva |
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