TEXTO PRINCIPAL “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Tm 4.7) RESUMO DA LIÇÃO De uma das cadeias romanas, possivelmen...
TEXTO PRINCIPAL
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Tm 4.7)
RESUMO DA LIÇÃO
De uma das cadeias romanas, possivelmente acorrentado e esperando o por sua execução, Paulo escreveu a Timóteo e apelou para vê-lo depressa.
LEITURA SEMANAL
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Professor(a), na LIÇÃO deste domingo veremos a despedida de um líder experiente, Paulo, e o seu desejo de instruir seu filho na fé e amigo que estava iniciando sua carreira, Timóteo (2 Tm 4.6). Em um tom de despedida, Paulo é bem enfático ao encorajar seu fiel cooperador. Ele sabia que era o momento certo de passar-lhe o cajado, a tocha ministerial, A atitude de Paulo evidencia maturidade e convicção espiritual. Ele foi um líder extraordinário que além de cumprir o seu ministério, soube formar outros líderes, dando-lhes oportunidade e espaço para servir. Já no final da vida, teve a tranquilidade de comissionar seus auxiliares, especialmente Timóteo, a dar prosseguimento na obra de propagação do Evangelho. Aprendemos com Paulo que um dos sinais da boa liderança é uma transição tranquila.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
TEXTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
No ano 67 da era cristã, Nero, um dos mais sanguinários imperadores romanos, que ordenou a execução da própria mãe, havia desencadeado uma terrível perseguição aos cristãos, a quem atribuiu a autoria do incêndio ocorrido em Roma no ano 64 d.C. As prisões e os martírios se multiplicavam por todo o império. Roma era uma cidade espetáculo com tantas atrocidades praticadas. Corpos de cristãos, atados em postes, ardiam em chamas. Paulo foi uma das vítimas de Nero. É de uma das cadeias romanas, possivelmente acorrentado e esperando por sua execução, que ele escreve a Timóteo e apela para que vá vê-lo depressa. Na lição de hoje, vamos meditar acerca desse momento crucial da vida de Paulo e seu anseio de ver Timóteo mais uma vez.
I- PREGUE A PALAVRA
1- Consciência da missão. Embora essa segunda carta tenha um tom mais pessoal, fica evidente a preocupação primordial de Paulo com a continuidade da pregação do Evangelho. Consciente de que a missão precisava prosseguir, ele não dedicou o texto, em primeiro plano, para a exposição de suas preocupações individuais. A segunda carta a Timóteo é repleta de apelos, incentivos e orientações para que o jovem ministro continuasse o serviço de pregação e defesa do Evangelho. Em 2 Timóteo 4.1, Pauto emprega novamente a expressão “conjuro-te” (no grego, diamartyromai; um apelo solene), como em 1 Timóteo 5.21. Agora, para dar uma incumbência missional a Timóteo.
2- A missiologia paulina. O método missional de Paulo sempre esteve pautado na ordem imperativa de Cristo: a pregação (Mc 16.15; At 1.8). Atualmente, métodos tidos como inovadores, apresentados como alternativas para que as igrejas sejam “relevantes”, defendem um jeito humanista secular de fazer missão, no qual a essência não é a pregação do evangelho. A igreja pode sim desenvolver outras ações no seu dia a dia – de cunho social ou cultural, por exemplo mas nenhuma delas pode substituir sua missão precípua, que é a pregação do Evangelho no poder do Espírito, fruto de constante busca em oração (At 4-31)’ Qualquer proposta missional que não considere o valor da pregação do Evangelho em primeiro plano não tem respaldo bíblico. Somente a pregação da Palavra de Deus gera a fé salvífica (Rm 10.17). O Evangelho é “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Paulo sempre enfatizou a essencialidade da pregação poderosa do autêntico Evangelho, como escreveu aos coríntios: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2.4).
3- O conteúdo da pregação. Paulo adverte a Timóteo para que pregasse a palavra “a tempo e fora de tempo”, sendo perseverante na exposição da correta doutrina (2 Tm 4.2). O jovem pastor deveria preservar a essência da verdade revelada a despeito do desejo dos ouvintes. Esta era uma advertência essencial, inclusive porque o apóstolo já previa tempos em que as multidões iriam rejeitar a “sã doutrina”; a doutrina ortodoxa, pura, como contida na Palavra de Deus, preferindo mensagens que estivessem de acordo com seus desejos pecaminosos. Paulo estava desenhando, profeticamente, o quadro que hoje vemos. Cresce o número de “doutores” que torcem as Escrituras a partir de suas concepções, a fim de amoldar seus ensinos aos desejos de seus ouvintes (2 Tm 43) Em tais igrejas, nada mais é pecado. Sempre que se rejeita esse ou aquele trecho da Bíblia, forçando interpretações que se ajustam aos nossos próprios desejos, opera-se um mortal desvio da verdade, culminando em apostasia (2 Tm 44).
SUBSÍDIO 1
II – “COMBATI O BOM COMBATE”
1- A expectativa do apóstolo. Por muito tempo Paulo teve a expectativa de que Cristo voltaria em seus dias (1 Co 15.51; 1 Ts 4.17). Em princípio, esse deve ser o anseio e a esperança de todo o cristão (2 Pe 3.9-14; 1 Jo 2.18; 3.2,3). Fato é, contudo, que as circunstâncias que passou a viver produziram em Paulo a consciência de que seu encontro com Cristo provavelmente não se daria por meio do arrebatamento, como esperava. Ele precisaria, como tantos outros santos, passar pela morte e aguardar o dia da ressurreição, como já havia ensinado para consolo dos cristãos (1 Ts 4.13-18). Isso está explícito na referência que fez ao recebimento da “coroa da justiça”, a recompensa que Paulo espera receber do justo Juiz “naquele Dia” (2 Tm 4.8), perante o Tribunal de Cristo (1 Co 3.11-14).
2- A transição. Em 2 Timóteo 4.6 Paulo indica claramente que o seu enfático propósito com o encorajamento e as recomendações transmitidas ao seu fiel cooperador era mesmo passar-lhe o cajado, a tocha ministerial. O apóstolo tinha plena consciência da iminência de sua morte. No versículo imediatamente anterior (2 Tm 4.5), o apóstolo fecha o ensino com a sentença “cumpre o teu ministério”, enquanto abre a próxima seção indicando o porquê: “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo” (2 Tm 4.6). Esse é um grande sinal de maturidade e convicção espiritual Paulo foi um líder extraordinário. Além de cumprir o seu ministério, soube formar outros líderes, dando-lhes oportunidade e espaço para servir. Já no final da vida, teve a tranquilidade de comissionar seus auxiliares, especialmente Timóteo, a dar prosseguimento na obra de propagação do Evangelho. Um dos sinais da boa liderança é uma transição tranquila, Paulo havia combatido o bom combate”. Enfrentou oposição de todos os lados (2 Co 7.5; 11.26), batalhas espirituais (1 Ts 2.18) e fortes resistências ao seu ministério, como a de um certo Alexandre, o latoeiro, que lhe causou muitos males (2 Tm 414). Mas o apóstolo permaneceu firme e concluiu a sua carreira sem perder a fé.
3- Oferecido como libação. Em 2 Timóteo 4.6 Paulo volta a usar a mesma figura de linguagem que usou em Filipenses 2.17. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, sua vida estava sendo oferecida como libação” ou “aspersão de sacrifício”; uma demonstração concreta de sua entrega pessoal à causa do Evangelho: de seu “amor sacrificial pelos seus filhos espirituais na fé”. O que isso significa? Que Paulo não reteve sua vida para si mesmo em momento algum, mas se deixou gastar completamente para alcançar muitas almas para Cristo (At 20.24; 2 Co 12.15). O resultado de seu trabalho alcançaria milhões de pessoas em todas as eras da Igreja, Quase dois mil anos depois, continuamos sendo edificados por seu exemplo e palavras. Assim como Paulo, milhares de cristãos têm sido martirizados ao longo de toda a história da Igreja. Nos nossos dias, muitos estão sob forte perseguição por causa da fé em Cristo. Oremos por eles! E oremos também pelo Brasil, para que continuemos tendo liberdade religiosa.
SUBSÍDIO 2
III – O DESFECHO PAULINO
1- O apelo a Timóteo. Paulo se encaminha para o final de sua carta fazendo um forte apelo ao seu jovem e fiel cooperador; “Procura vir ter comigo depressa. [.„] antes do inverno” (2 Tm 4 9.21). Naquela época, as navegações costumavam ser interrompidas na estação invernosa, geralmente entre novembro e março. Se Timóteo se atrasasse, seu tempo de chegada a Roma seria muito prolongado em função do inverno, Paulo também menciona a necessidade de sua capa, que havia deixado em Trôade (2 Tm 413). e era útil para protegê-lo do frio. Não se sabe se Timóteo chegou à Roma a tempo de rever Paulo e entregar-lhe suas encomendas (a capa, os livros e os pergaminhos). Historiadores clássicos, como Eusébio de Cesareia, registram que Paulo foi martirizado por ordem de Nero. Isso deve ter ocorrido ainda no ano 67 d.C. Como já registramos, Nero suicidou-se em junho de 68 d.C.
2- As decepções de Paulo. Como todo grande líder, Paulo também experimentou decepções com seus liderados. Na verdade, o final da vida do apóstolo não foi muito animador no que diz respeito à assistência de seus companheiros. Paulo cita Demas nominalmente, que estava entre seus colaboradores por ocasião de sua primeira prisão em Roma, ao lado de Lucas (Cl 4-14). Talvez a intensidade das últimas perseguições o tivesse feito desanimar, “amando o presente século , expressão que indica que ele trocou as promessas de uma recompensa celestial, por alguma facilidade ou oportunidade da vida presente. Outros cooperadores certamente se deslocaram a serviço da obra de Deus, como Crescente e Tito (2 Tm 4.10), e o próprio Tíquico, que Paulo enviou a Éfeso, provavelmente para substituir Timóteo em sua ausência (2 Tm 412). De qualquer sorte, por ocasião da “primeira defesa”, a audiência preliminar a que Paulo foi submetido (2 Tm 416), “todos” haviam desamparado o apóstolo, certamente temerosos diante da implacável e cruel perseguição de Nero.
3- Triunfo escatológico. Apesar de sentir-se abandonado por seus companheiros, Paulo estava firme em sua fé e propósito, porque nunca se sentiu só em relação a quem servia, ao Senhor Jesus. Ele o havia assistido, fortalecido e livrado da “boca do leão” (2 Tm 4.17). O mesmo Senhor o livrará de toda má obra” e o guardaria para o seu Reino celestial (2 Tm 418). A morte não seria o seu fim. Os céus o esperavam.
CONCLUSÃO
Paulo teve Timóteo como fiel cooperador, pronto tanto para assisti-lo pessoalmente como para cumprir missões distantes, quando designado, Que o Espírito Santo incline o nosso coração para o serviço cristão humilde, em nossas igrejas locais, ao lado de nossos líderes; ou onde quer que Ele nos envie, sempre sob a autoridade de nossa liderança.
HORA DA REVISÃO
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