LEITURA BÍBLICA Judas 1-5, 20,21 ¹ Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, santificados em Deus Pai, e conservados por...
LEITURA BÍBLICA
Judas 1-5, 20,21
¹ Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, santificados em Deus Pai, e conservados por Jesus Cristo:² Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados.
³ Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.
⁴ Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.
⁵ Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram; (Judas 1:1-5)
²¹ Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna. (Judas 1:20,21)
MENSAGEM
[…] Então senti que era necessário escrever agora para animá-los a combater a favor da fé que, uma vez por todas, Deus deu ao seu povo. Judas 3
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DEVOCIONAL
OBJETIVOS
EI PROFESSOR!
Com o advento da internet e a utilização intensa das redes sociais, popularizou-se afigura do influenciador digital, Muitos deles, respeitando as devidas proporções, à semelhança dos falsos professores denunciados por Judas, “entram no meio de nossa gente sem serem notados’ e influenciam nossos jovens e adolescentes com suas ideologias mentirosas. A aula de hoje é uma ótima oportunidade para você alertar seus alunos sobre valores e princípios antibíblicos ensinados por esses falsos ensinadores das redes, mostrando-os os perigos de segui-los. Assim como, para apresentar o convite de Judas a “combater a favor da fé que, de uma vez por todas, Deus deu ao seu povo” (v.3)
PONTO DE PARTIDA
Querido(a) Professor(a), antes de começar a estudar essa LIÇÃO, aconselho que leia previamente toda a carta de Judas de uma única vez, a fim de que tenha uma visão panorâmica de todo seu conteúdo. Após a leitura, com base no segundo tópico de nossa lição – os falsos professores e suas mentiras – converse com seus alunos sobre algumas mentiras que estão sendo propagadas nas redes sociais. A título de exemplo citamos duas frases: “A Bíblia precisa ser atualizada” e “Todos os caminhos levam a Deus”. Então, mostre, à luz das Escrituras, a falácia de tais argumentações. Para subsidiá-lo, leia e reflita sobre os seguintes textos bíblicos: Dt 4.2; Sl 119.105-112; Is 5.20-22; Pv 14.12; Jo 14.6 e 2 Tm 3.16. Boa aula!
VAMOS DESCOBRIR
Os atletas de forma geral costumam desenvolver uma alimentação saudável, a prática de um treino forte e sono de qualidade, a fim de terem um bom desempenho. Caso um desses elementos seja desconsiderado, o resultado pode ser impactado negativamente. De forma semelhante, os cristãos também devem praticar suas disciplinas espirituais (jejum, oração, leitura da Palavra, comunhão e vigilância) com equilíbrio e persistência, caso contrário serão presas fáceis dos falsos pregadores. Na aula de hoje, vamos fazer uma imersão na Carta de Judas e extrair dela algumas importantes lições para nossa caminhada da fé.
A Carta de Judas foi escrita provavelmente entre 65 e 80 d.C. Trata-se de um texto relativamente curto, porém com uma mensagem atual e necessária: “lute pela fé”. Mergulharemos em suas palavras a fim de compreendermos o que ela tem a nos ensinar.
1- Você sabe quem escreveu essa Carta? O autor se identifica como “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago” (Jd 1). Trata-se do filho de José e Maria (Mt 13.55; Mc 6.3), irmão de Tiago (líder da igreja de Jerusalém) e meio-irmão de Jesus. Inicialmente, ele não cria em Jesus (Jo 7.5), mas, se tornou um dedicado e fiel servo do Senhor (At 1.14). Ele tinha plena convicção de que o seu parentesco físico com Jesus não lhe conferia privilégios (Mt 12.46-50), pelo contrário, tinha prazer em se identificar como “servo de Jesus Cristo” (Jd 1).
2- Para quem a Carta foi escrita? Diferente dos destinatários de Paulo, que são indivíduos (Timóteo, Tito e Filemon) ou igrejas geograficamente definidas (igrejas que estavam em Roma, Filipos, Tessalônica etc), essa Carta é endereçada a um público bem abrangente: “aos que foram chamados, isto é, aqueles a quem Deus, o Pai, ama e a quem Jesus Cristo protege” (Jd 2). Uma leitura atenta da Carta mostra-nos que esses irmãos conheciam bem o Antigo Testamento, pois o autor os lembra da saída do Egito (v.5), dos anjos caídos (v.6), da imoralidade dos moradores de Sodoma e Gomorra (v.7), bem como dos maus exemplos de Caim, Balaão e Corá (v .ll). Provavelmente, eram judeus convertidos a Jesus Cristo que moravam em diversos territórios do império romano.
3- Afinal de contas, por que a Carta foi escrita? Judas tinha em mente escrever “a respeito da salvação” (Jd 3), entretanto, ao perceber o perigo que esses irmãos estavam expostos, por causa dos falsos mestres que não temiam a Deus, ele preferiu dar um tom de urgência à Carta convocando os leitores a: “combater a favor da fé que, uma vez por todas, Deus deu a seu povo” (v.3). Por essa razão, podemos dizer que a Carta foi escrita e direcionada aos irmãos com o propósito de adverti-los contra o perigo de se desviarem da fé, mediante a influência dos falsos mestres, bem como para exortá-los a perseverar na fidelidade a Jesus.
I- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Na epístola de Judas, temos o grito de guerra cristão, que ecoa por todas as eras: batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Esta Carta, a última do Novo Testamento, ensina com grande ênfase, que essa apostasia do credo verdadeiro, com suas verdades essenciais da expiação de Cristo, e a validade permanente da lei, como a regra de vida, é a perdição garantida; ela revela claramente para todas as gerações, a conexão inseparável entre a crença correta é um modo de vida apropriado.” (BERKHOF, Louis. Introdução ao Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 292).
II- OS FALSOS PROFESSORES E SUAS MENTIRAS
A Igreja de Jesus, historicamente, teve de aprender a lidar tanto com a perseguição dos de fora quanto com as heresias dos de dentro, ou seja, daqueles que falsamente alegavam ser cristãos. E é exatamente sobre esse segundo grupo, os falsos professores, que Judas está advertindo seus destinatários. Vejamos quem são, o que ensinam e qual será seu destino.
1- Quem são os falsos mestres? Os falsos professores sempre estiveram presentes ao longo do tempo, colocando em risco a vida e a pureza da igreja, tentando distorcer, seduzir e enganar os fiéis com seus falsos ensinamentos. Eles se fazem de ovelhas, mas são verdadeiros lobos (Mt 7.15). Judas os descreve com as seguintes características: não temem a Deus, são dissimulados, praticam e ensinam imoralidade, são incrédulos acerca de Jesus Cristo, estão destinados à condenação (Jd 4); desprezam a autoridade divina (v.8); são blasfemos (v.10), egoístas, hipócritas (w.12,13), e vivem resmungando e acusando os outros (v.16). Não foi sem motivos que Paulo, escrevendo a Timóteo, após descrever o perfil dos falsos ensinadores, recomenda ao jovem obreiro que “fique longe dessa gente” (2 Tm 3.5).
2- O que eles ensinavam? Os falsos professores, a quem Judas se refere em sua Carta, ensinavam uma distorção da doutrina da graça – onde perdão e poder são oferecidos para justificar o erro e não triunfar sobre o pecado. Para eles, a graça era uma boa desculpa para continuarem praticando seus pecados de estimação: “eles torcem a mensagem a respeito da graça do nosso Deus a fim de arranjar uma desculpa para a sua vida imoral” (Jd 4). Eles creditavam que o juízo divino não viria porque Deus os amava. Eles também, em nome de uma pretensa espiritualidade, não se submetiam a ninguém (v.8).
3- Qual será o destino deles? A partir de três exemplos extraídos da Antiga Aliança – os incrédulos e rebeldes de Israel (Jd 5; Nm 14.27-30), os anjos caídos (Jd 6) e os homens imorais de Sodoma e Gomorra (Jd 7; Gn 19.24,25) – onde Deus aplicou seu justo juízo sobre os que resistiram sua autoridade e se afastaram da verdade, Judas garante aos seus leitores que Deus julgará os falsos mestres. Assim como os incrédulos foram enterrados no deserto, os anjos rebeldes estão presos na escuridão e Sodoma e Gomorra foram queimadas, da mesma forma, os falsos mestres receberão sua condenação. Judas afirma que o juízo de Deus será inevitável, universal e justo (Jd 14,15).
II- AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Na Igreja Primitiva, quando a Ceia do Senhor era celebrada, os crentes faziam uma refeição completa antes de repartir o pão e o vinho da comunhão. A refeição era chamada festa de caridade (ou refeição de comunhão); esta devia ser uma ocasião sagrada de comunhão para preparar o coração das pessoas para a Ceia do Senhor. No entanto, os falsos professores participavam destas refeições e arruinavam as reuniões dos cristãos apenas por sua presença. Os falsos professores eram como rochas submersas ao longo da costa, prontos para provocar o naufrágio dos crentes. Judas não poupou palavras ao descrever o perigo que representava o envolvimento destes falsos professores com os crentes. Com o pior tipo de hipocrisia, estes intrusos que tinham se infiltrado no meio dos crentes (v.4) participavam da festa de caridade, enquanto, ao mesmo tempo, viviam e falavam em oposição a Cristo”. Eles não tinham temor no seu egoísmo. Eles não se preocupavam com os crentes, com a sua celebração, ou com o Deus que os crentes adoravam. Em lugar de cuidar das necessidades dos outros, a única preocupação dos falsos professores era satisfazer as suas próprias necessidades.” (Comentário do Novo Testamento. Aplicação pessoal, vol.2. Rio de Janeiro; CPAD, 2010, p.815).
III- O DESAFIO DO CRISTÃO É PERMANECER FIEL
De acordo com Judas, os cristãos são desafiados a nunca se esquecerem da Palavra de Deus (Jd 17-19), pois ela é o antídoto contra as heresias. Eles devem progredir na fé, edificando uns aos outros e a si mesmos por meio da oração (v.20) e do amor (v.21). E, por fim, os cristãos também devem tratar de modo afetuoso e com encorajamento aqueles que estão começando a duvidar da fé (v.22), a fim de fortalecê-los e recuperá-los. Quanto aos outros que estão se perdendo, devem buscá-los com toda a prudência necessária (v.23).
A sua vida deve fazer a diferença onde quer que estiver, afinal, você é um adolescente cristão. Avalie, primeiramente, o seu coração e veja se você não está sendo atraído por ensinamentos estranhos à Palavra de Deus. Fortaleça sua fé através do conhecimento da Palavra e da prática da oração e do jejum. Conte com o Espírito Santo neste processo. Numa época plural como a nossa, onde cada pessoa quer viver da maneira que deseja, somos convidados a um comprometimento com Jesus Cristo, pois só Ele é poderoso para nos guardar e nos conduzir à glória eterna (Jd 24,25). Já que na caminhada em direção à Eternidade há muitas tentações e perigos. Então, seja fiel a Jesus e jamais se dobre às propostas mundanas tão presentes nesta geração. Ser fiel a Deus é fundamental e inegociável para a salvação.
II- AUXÍLIO APOLOGÉTICO
“[…] A tolerância legal é o direito que cada um tem de acreditar em qualquer crença (ou em nenhuma) que se queira acreditar. Tal tolerância é muito importante em nossa sociedade, e nós, como cristãos, devemos manter nossa convicção de que ninguém jamais deve ser coagido a crer no que cremos. A liberdade religiosa não só pode ser mantida nas democracias ocidentais, mas também promovida em outros países. Segundo, existe a tolerância social, o compromisso de respeitar todas as pessoas mesmo que discordemos frontalmente de sua religião e ideias […]. Temos de viver em paz com todos os indivíduos, mesmo com os de convicções divergentes, ou com os que não tem nenhuma crença […]. Mas a tolerância da qual falo – se preferir, nosso ícone nacional – é algo bastante diferente. Trata-se de uma tolerância desprovida de crítica que evita o debate enérgico na busca da verdade. Esta nova tolerância insiste que não temos direito de discordar de uma agenda social liberal; não devemos defender nossas perspectivas de moralidade, religião e respeito pela vida humana. Esta tolerância respeita ideias absurdas, mas castiga qualquer um que acredite em absolutos ou que reivindique ter descoberto alguma verdade […]. Este tipo de tolerância é usada como desculpa para o ceticismo perpétuo, para manter a distância de qualquer compromisso com a religião.” (LUTZER, Erwin. Cristo entre outros deuses: uma defesa da fé cristã numa era de tolerância. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p. 31-32).
CONCLUSÃO
Batalhar pela fé é um dever de todo cristão. Fazer isso com educação, respeito e amor ao próximo é o nosso maior desafio. Dedique-se, a cada dia, a ler e a obedecer a Palavra de Deus. Aumente seu tempo de oração com Deus e busque a santificação. Esse é o caminho da fidelidade a Deus. Prossiga nele, em todo o tempo!
VAMOS PRATICAR
PENSE NISSO
Você é chamado para fazer parte do exército de Deus e combater a favor da fé que Ele deu ao seu povo. Sua idade não é um empecilho. As armas por você utilizadas não serão as mesmas do seu adversário. Ele faz uso da mentira, da sedução e da violência. Mas você se valerá do amor, da verdade, da misericórdia, da Palavra Escrita e do Cristo Vivo. A vitória é certa!
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