TEXTO ÁUREO “Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade.” 3 João 3 COMENTÁRIO E...
“Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade.” 3 João 3
Comentário de Hubner Braz
O texto áureo citado pertence ao livro de 3 João, que é um dos livros mais curtos do Novo Testamento da Bíblia. Vamos analisar as palavras principais e fornecer informações sobre a raiz grega delas:
- "alegrei" - A palavra em grego é "χαίρω" (chairo), que significa "alegrar-se" ou "regozijar-se". É uma palavra comum para expressar alegria e contentamento.
- "irmãos" - Em grego, é "ἀδελφός" (adelphos), que significa literalmente "irmão". Pode também se referir a membros da mesma comunidade de fé.
- "testificaram" - A palavra em grego é "μαρτυρέω" (martyreo), que significa "testemunhar" ou "dar testemunho".
- "verdade" - Em grego, é "ἀλήθεια" (aletheia), que denota a ideia de verdade, sinceridade e conformidade com a realidade.
- "andas" - A raiz grega aqui é "περιπατέω" (peripateo), que significa "caminhar" ou "viver". Pode ser usado tanto de maneira física quanto metafórica para descrever o modo de vida de alguém.
A carta de 3 João é uma correspondência escrita por João, o apóstolo, a um indivíduo chamado Gaio. O contexto do livro envolve questões de hospitalidade cristã e o apoio aos missionários itinerantes que propagavam o Evangelho. Gaio era conhecido por sua hospitalidade e apoio a tais missionários, e João elogia isso.
Além disso, João expressa sua alegria por ouvir testemunhos sobre a fidelidade e conduta de Gaio na verdade, indicando que ele estava vivendo de acordo com os princípios do Evangelho. Também há uma menção a Diótrefes, que se opunha às cartas e à autoridade de João, revelando conflitos dentro da comunidade.
Em resumo, 3 João é uma carta breve que destaca a importância da hospitalidade e do apoio aos missionários, bem como a necessidade de viver em conformidade com os ensinamentos do Evangelho. É um exemplo da correspondência pessoal e pastoral de João, onde ele encoraja os crentes a manterem-se fiéis à verdade e a demonstrarem amor e apoio uns aos outros.
VERDADE APLICADA
Nossa conduta, em todas as áreas, deve refletir o comprometimento pessoal com a Palavra da verdade que recebemos.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O princípio destacado na verdade aplicada é fundamental na vida cristã. Reflete o chamado para que os crentes vivam de acordo com os ensinamentos e princípios contidos na Palavra de Deus.
- Reflexo da Transformação Interior: Quando aceitamos a Palavra de Deus como verdade em nossas vidas, ela não deve ser apenas um conjunto de ideias ou teorias. Deve ser uma força transformadora que molda nossa conduta, nossos pensamentos e nossos relacionamentos. É um compromisso pessoal de vivermos de acordo com os valores e princípios que aprendemos nas Escrituras.
- Testemunho ao Mundo: Nossa conduta em todas as áreas da vida serve como um testemunho vivo da verdade de Deus. As pessoas ao nosso redor observam como vivemos e interagimos com os outros. Quando nossa conduta reflete os ensinamentos bíblicos, isso demonstra aos outros a autenticidade e o poder da Palavra de Deus.
- Consistência e Integridade: Isso implica em viver de forma coerente, não apenas quando estamos na igreja ou entre outros crentes, mas em todos os aspectos da nossa vida. Significa que nossas ações, palavras e decisões devem estar alinhadas com a verdade que professamos acreditar.
- Responsabilidade Pessoal: Cada indivíduo tem a responsabilidade pessoal de aplicar a verdade em sua própria vida. Isso vai além de uma simples aceitação intelectual, requerendo um compromisso ativo de viver de acordo com a Palavra de Deus.
- Fonte de Sabedoria e Orientação: A Palavra de Deus serve como nossa bússola na vida. Ela nos oferece direção em momentos de incerteza, princípios para tomar decisões e sabedoria para enfrentar desafios. Quando nossa conduta reflete o compromisso com a Palavra, estamos mais propensos a viver uma vida frutífera e bem-sucedida.
Em suma, a aplicação prática da verdade bíblica na nossa conduta é uma demonstração tangível do nosso comprometimento pessoal com a fé cristã. Não é apenas sobre o que professamos acreditar, mas como vivemos isso no dia a dia. É um chamado para a coerência, a integridade e a transformação contínua à imagem de Cristo.
O princípio destacado na verdade aplicada é fundamental na vida cristã. Reflete o chamado para que os crentes vivam de acordo com os ensinamentos e princípios contidos na Palavra de Deus.
- Reflexo da Transformação Interior: Quando aceitamos a Palavra de Deus como verdade em nossas vidas, ela não deve ser apenas um conjunto de ideias ou teorias. Deve ser uma força transformadora que molda nossa conduta, nossos pensamentos e nossos relacionamentos. É um compromisso pessoal de vivermos de acordo com os valores e princípios que aprendemos nas Escrituras.
- Testemunho ao Mundo: Nossa conduta em todas as áreas da vida serve como um testemunho vivo da verdade de Deus. As pessoas ao nosso redor observam como vivemos e interagimos com os outros. Quando nossa conduta reflete os ensinamentos bíblicos, isso demonstra aos outros a autenticidade e o poder da Palavra de Deus.
- Consistência e Integridade: Isso implica em viver de forma coerente, não apenas quando estamos na igreja ou entre outros crentes, mas em todos os aspectos da nossa vida. Significa que nossas ações, palavras e decisões devem estar alinhadas com a verdade que professamos acreditar.
- Responsabilidade Pessoal: Cada indivíduo tem a responsabilidade pessoal de aplicar a verdade em sua própria vida. Isso vai além de uma simples aceitação intelectual, requerendo um compromisso ativo de viver de acordo com a Palavra de Deus.
- Fonte de Sabedoria e Orientação: A Palavra de Deus serve como nossa bússola na vida. Ela nos oferece direção em momentos de incerteza, princípios para tomar decisões e sabedoria para enfrentar desafios. Quando nossa conduta reflete o compromisso com a Palavra, estamos mais propensos a viver uma vida frutífera e bem-sucedida.
Em suma, a aplicação prática da verdade bíblica na nossa conduta é uma demonstração tangível do nosso comprometimento pessoal com a fé cristã. Não é apenas sobre o que professamos acreditar, mas como vivemos isso no dia a dia. É um chamado para a coerência, a integridade e a transformação contínua à imagem de Cristo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
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TEXTO REFERÊNCIA
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEXTA – JO 4.24 A verdade faz parte da adoração a Deus.
SÁBADO – Jo 8.32 A verdade liberta.
HINOS SUGERIDOS: 88, 141, 306
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os discípulos de Cristo valorizem a verdade e vivam nela e por ela:
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Verdade é o termo mais destacado no livro de João e citado por Jesus ao falar sobre unidade e santidade. Esse caráter é exaltado por João na vida de Gaio e Demétrio, em contraponto ao engano produzido por Diótrefes.
Ponto de Partida – Deus nos chamou para viver na verdade
SUBSÍDIO EXTRA
Tópico 1
A Verdade é Deus (João 14:6), esta palavra era mais destacada nos escritos de João, discípulo que Jesus amava e que provavelmente inclinava a cabeça, no peito de Jesus (João 13:23). João era filho de Zebedeu e irmão de Tiago (Lc 5:10), João escreveu o evangelho que tem o seu nome, as 3 cartas e o Apocalipse, discípulo este que presenciou de Verdade, a Verdade de Deus em Cristo, no monte da transfiguração (Mt 17:1,2), ele foi o único que morreu de morte natural, na ilha de Patmos, na qual estava exilado (Apoc 1:9). Esta carta foi escrita para o presbítero Gaio (3 João 1), e apresenta também mais dois personagens, onde um era Demétrio (3 Jo 12) e o outro era Diótrefes (3 Jo 9). Para João só Diótrefes não era fiel a Verdade, antes se opunha contra a obra de Deus (3 Jo 10). A arrogância de Diótrefes, o levou a se rebelar contra o apóstolo João, impedido de ser Santificado pela Verdade (João 17:17).
Tópico 2
A Verdade de Deus é coexistente na sua própria Palavra (Sl 119:160). Andar na Verdade nos leva a ter uma liberdade sem igual (João 8:32) e não mais viver sobre o jugo do mundo, que é provocado pela escravidão do pecado (Gl 5:1). Precisamos como discípulos de Jesus defender a verdade (1Pd 3:15), e para isto é necessário fugir da aparência do mal (1Tess 5:22), que tem como a base principal o pai da mentira, em que é o diabo (João 8:44). Amar a Verdade promove unidade (João 17:26), e quem não andam na Verdade está longe do amor de Deus (1 João 2:4,11).
Tópico 3
Quem anda na Verdade tem uma autoridade vinda de Deus (Rm 1:16). A Verdade de Deus nos ensina com eficácia para o nosso aperfeiçoamento (2 Tm 3:16,17). Ela irá desfazer de tudo aquilo que foi promovido de mal pela mentira, em nossa concepção mal interpretada, em que faz nós se afastar de Deus, sendo que Deus sempre quer estar com aqueles que andam na verdade (Mt 28:20). O ensino da verdade precisa primeiramente fazer uma obra em nós, depois para os que serão discipulado (João 3:5). O verdadeiro discípulo precisa entender, que só se é realizado a obra pela autorização de Deus, e não pelo seu autoritarismo (João 19:11). O verdadeiro discípulo está para servir, pois ele se baseia a exemplo de Cristo, por onde Ele veio não para ser servido (Mt 20:28).
1- JOÃO, GAIO, DEMÉTRIO E DIÓTREFES
A Terceira Carta de João, com apenas 15 versículos, é personalista e foi endereçada ao presbítero Gaio. No entanto, outros dois personagens são mencionados pelo autor, que faz comparações de comportamento e caráter de três obreiros: Gaio, Demétrio e Diótrefes. Tratado como “amado” e “filho”, Gaio é reconhecido por ser um verdadeiro discípulo e uma liderança exemplar que “anda na verdade” [3 Jo 3]. Da mesma forma. Demétrio [3 Jo 12]. Em contraponto, Diótrefes ignora a verdade e despreza seu líder.
Comentário de Hubner Braz
A Terceira Carta de João é uma correspondência pessoal e pastoral escrita pelo apóstolo João a um presbítero chamado Gaio. Nela, João destaca três personagens: Gaio, Demétrio e Diótrefes, para ilustrar diferentes atitudes e comportamentos dentro da comunidade cristã.
- Gaio:
- Comportamento: É elogiado por ser um verdadeiro discípulo e por "andar na verdade" (3 João 3). Gaio demonstra um compromisso genuíno com os ensinamentos de Cristo, e sua vida reflete isso.
- Importância da Verdade: Gaio é um exemplo de como a verdade de Deus pode ser vivida de maneira prática e transformadora na vida de um crente.
- Demétrio:
- Menção: É brevemente mencionado em 3 João 12, mas o texto não oferece muitos detalhes sobre ele.
- Contexto: A citação sobre Demétrio sugere que ele também era um fiel seguidor da verdade, similar a Gaio. No entanto, não temos informações adicionais sobre sua conduta ou papel na comunidade.
- Diótrefes:
- Comportamento: Ao contrário de Gaio e Demétrio, Diótrefes é um exemplo negativo. Ele é descrito como alguém que ignora a verdade e despreza a liderança de João (3 João 9-10).
- Atitudes Negativas: Diótrefes representa uma atitude de resistência à autoridade espiritual e um desvio dos princípios ensinados por Cristo. Ele coloca seus próprios interesses acima dos interesses da comunidade e demonstra um coração orgulhoso e rebelde.
Raiz Grega:
- Gaio (Γάϊος) - É um nome grego comum da época, não possui uma raiz específica relacionada ao contexto espiritual.
- Demétrio (Δημήτριος) - É também um nome grego comum, sem uma raiz específica relacionada à espiritualidade.
- Diótrefes (Διοτρεφής) - Não é um nome comum na cultura grega da época, e sua raiz etimológica não possui uma interpretação espiritual conhecida.
Citação de Escritores Cristãos:
- Agostinho de Hipona, em seus escritos, frequentemente destaca a importância da verdade e da humildade na vida cristã. Ele aborda temas semelhantes aos apresentados na Terceira Carta de João, enfatizando a necessidade de obedecer à verdade e de se submeter à autoridade divina.
Em resumo, a Terceira Carta de João oferece um contraste entre os comportamentos de Gaio, Demétrio e Diótrefes, ilustrando a importância de viver de acordo com a verdade e de submeter-se à autoridade espiritual de maneira humilde e obediente. É uma chamada para que os crentes busquem viver em conformidade com os ensinamentos de Cristo, como exemplificado por Gaio e Demétrio, em vez de seguir o caminho de resistência e orgulho demonstrado por Diótrefes.
1.1. Quem foi João. Filho de Zebedeu, fazia parte do “círculo íntimo” de Jesus, composto por três discípulos, participando, junto com seu irmão Tiago e com Pedro, de ocasiões especiais [Mc 5.36-37; 9.2; 14.33). João era pescador e denominado o discípulo amado” [Jo 21.20]. Autor do Evangelho segundo João, de três cartas que também levam o seu nome – sendo a última endereçada a Gaio, e do livro de Apocalipse. Morreu de velhice, perto de 98 d.C.
João foi um dos primeiros seguidores de Jesus. Sempre fiel, registrou inúmeras passagens da vida e do ministério do Mestre, o que certamente contribuiu para formar seu caráter de discípulo. João se concentra na divindade de Cristo: revela Jesus como sendo o Verbo, o Filho de Deus e o próprio Deus [Jo 1.1-3]. Sua apreciação pela “verdade”, que destaca no caráter de Gaio, pode ser entendida pelo fato de ele ter sido o evangelista a registrar que Jesus era a Verdade e único Caminho para Deus [Jo 14.6]. Barclay, ao falar da importância do ensino sobre a verdade, feito por Jesus, diz: “Nenhum professor foi jamais a encarnação de seus ensinos, com exceção de Jesus” O termo “verdade” aparece 74 vezes no Evangelho de João, em grande parte pela boca de Jesus: “Em verdade, em verdade…..
1.2. Quem foram Gaio e Demétrio. Gaio e Demétrio são apresentados por João como cristãos fiéis [3 Jo 3-6, 12]. 1) Gaio era líder de uma das igrejas da Ásia Menor (da qual João se tornou bispo), um obreiro generoso e hospitaleiro que oferecia abrigo aos missionários em sua casa [3]o 3-8]. Em sua Terceira Carta, João elogia e incentiva o amado irmão em Cristo por seu ministério de hospitalidade aos mensageiros itinerantes que iam de um lugar a outro para pregar o Evangelho de Cristo. 2) Demétrio era o tipo de cristão que, ao contrário de Diótrefes, procurava construir, em vez de destruir, procurava manter Deus no centro de sua vida, em oposição a si mesmo. Era um homem de boa reputação e leal à verdade, reconhecido por seu testemunho cristão [3Jo 12]. Gaio e Demétrio foram grandes colaboradores de João. Eles ajudavam o apóstolo no cuidado da igreja local.
O texto de 3 João parece indicar que Gaio e Demétrio foram fiéis auxiliares de João em uma igreja local, reconhecidos pela verdade e fidelidade ao ministério e à liderança. A conduta deles era referência. Esse reconhecimento vinha da igreja e chegou até João. Como estamos sendo conhecidos? A verdade e a fidelidade podem ser vistas em nosso ministério e vida pessoal? Jesus mostra que a Palavra de Deus é a verdade e quem está sob a verdade é santificado [Jo 17.17].
1.3. Quem foi Diótrefes. Ao contrário de Gaio e Demétrio [3 Jo 1-6, 12], Diótrefes não obedecia nem respeitava o apóstolo João. Era obstinado e falava o que não devia, causando mágoas e conflitos no seio da comunidade. Ele queria ter a primazia entre os irmãos, ou seja, o primeiro lugar [3]o 9-14]. Diótrefes era um mau discípulo, ambicioso e caluniador, portanto, indigno de servir na Igreja.
A arrogância de Diótrefes assume patamares estratosféricos, a ponto de ele se recusar a reconhecer a autoridade de João e não receber seus mensageiros em sua igreja local. Ele estava completamente desconectado do “Corpo”, assumindo, com essa postura desleal, o papel de “cabeça”. Paulo nos ensina: “Recomendo-lhes, irmãos, que tomem cuidado com aqueles que causam divisões e colocam obstáculos ao ensino que vocês têm recebido. Afastem-se deles.” [Rm 16.17 – NVI]. Em vez de andar na verdade, Diótrefes andava na arrogância, contrariando a postura do Senhor da Igreja!
EU ENSINEI QUE:
O que temos por precioso é o que marcará nosso caráter e o que passaremos adiante. Um discípulo é reconhecido, bem ou mal, por aquilo que está evidenciado em sua vida. No caso de Gaio e Demétrio, era a “verdade”.
2- O QUE É A VERDADE
A verdade é um dos atributos divinos. A Bíblia é chamada de “palavra da verdade” [Ef 1.13]. Jesus disse em João 17.17 que a Palavra de Deus é a verdade e, ainda, em João 14.6 que Ele é “o caminho, a verdade e a vida”. A verdade, no contexto cristão e bíblico, não é simplesmente o contrário da mentira, mas a base em que os homens devem andar e a palavra que devem falar [Ef 4.25]. A verdade é absoluta. A verdade liberta [Jo 8.32].
Comentário de Hubner Braz
A verdade, no contexto cristão e bíblico, é muito mais do que a ausência de mentira. É um dos atributos fundamentais de Deus e serve como alicerce para a vida do crente. A Bíblia é referida como a "palavra da verdade" (Efésios 1.13), e Jesus declarou ser o próprio caminho, a verdade e a vida (João 14.6). A verdade, portanto, é central para a fé cristã, sendo a base sobre a qual os crentes devem viver e comunicar.
A verdade é considerada absoluta, não sujeita a relativismo ou interpretações variáveis. É um padrão imutável pelo qual a vida dos crentes deve ser orientada. Além disso, a verdade é vista como libertadora, conforme Jesus afirmou em João 8.32. Ela liberta da escravidão do pecado, do engano e das falsas doutrinas, conduzindo os crentes a uma vida de liberdade em Cristo.
Raiz Grega:
- Verdade (Gr. "ἀλήθεια" - aletheia): Refere-se à qualidade de ser verdadeiro ou real. Na tradição cristã, é usada para descrever a verdade absoluta que emana de Deus e é revelada na Palavra e na pessoa de Jesus Cristo.
Citações de Escritores Cristãos:
- Agostinho de Hipona, um dos pais da igreja, afirmou: "A verdade é como um leão; você não precisa defendê-la. Deixe-a solta; ela se defenderá sozinha."
- Blaise Pascal, filósofo e teólogo cristão, escreveu: "A verdade é tão obscura num tempo de corrupção universal que o homem é condenado ao dizer a verdade."
- C.S. Lewis, autor e apologeta cristão, disse: "A verdade é que a própria utilidade não é a coisa principal. A imaginação, em si mesma, é a coisa principal na verdade."
Essas citações destacam a importância da verdade tanto na esfera espiritual quanto na vida cotidiana. Elas enfatizam que a verdade não precisa de defesa, pois é intrinsecamente poderosa e que, apesar da obscuridade que a rodeia, é um valor essencial para a vida humana.
2.1. Andar na verdade. Jesus disse que o diabo é o “pai da mentira” [Jo 8.44], ensinando não só que o inimigo criou a mentira, mas que os filhos de Deus devem andar na verdade, seguindo o caráter de Deus. “Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade” [1 Jo 2.21]. Quem anda na verdade prega e vive o que ensinam as Escrituras, e está em unidade com Jesus [Jo 17.21].
O verbo “andar” dá o sentido de continuidade. Significa que andar na verdade deve ser uma ação contínua na vida cristã, não apenas um determinado percurso, mas todo o trajeto! Outro entendimento é que andamos sobre uma base, geralmente, sólida. Jesus nos mostra que a Palavra de Deus é a verdade, portanto, a base sólida sobre a qual devemos caminhar durante toda a nossa vida. Era assim que Gaio e Demétrio viviam, principalmente no ministério, onde eram reconhecidos pela igreja por essa característica [3 Jo 3]. Sobre a verdade, cito novamente Barclay, que diz: “Há muitos que nos disseram a verdade, mas nenhum foi a encarnação da verdade”.
2.2. Defender a verdade. Na versão NTLH de Provérbios 22.12, lemos: “O Senhor Deus está alerta para defender a verdade e atrapalhar os planos dos mentirosos”. Um dos papéis da igreja, portanto, dos crentes, é realizar aquilo que agrada a Deus. E defender a verdade está nesse plano. João combateu Diótrefes exatamente por ele estar do lado oposto da verdade [3 Jo 10]. Por isso ele diz a Gaio: “Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus” [3Jo 11]. Os apóstolos tinham como principal tarefa em seus ministérios defender a verdade. Pedro foi claro ao dizer: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido ” [At 4.20].
Ao defender Gaio, o apóstolo João estava defendendo a verdade, uma vez que era esse o comportamento refletido por aquele destacado irmão. Defender o Evangelho, que é a verdade, conforme Jesus ensinou, é defender os valores que Deus deixou em sua Palavra, pelos quais devemos nos guiar [Sl 119.105]. Defender a verdade é defender a revelação dada por Deus. Parafraseando Barclay, muitos homens podem ensinar a verdade, mas só Jesus é a verdade.
2.3. Amar a verdade. João era conhecido como “o apóstolo do amor”. Em sua Terceira Carta, ele demonstra amar a verdade e se alegra com Gaio e Demétrio, que “andam na verdade” [3 Jo 3, 12]. Assim como a verdade, o amor é um dos atributos de Deus. João relata a oração de Jesus, onde Ele declara: “E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lhe farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja” [Jo 17.26]. Paulo, ensinando sobre o amor, diz: “O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade”. Aqui vemos o estilo de vida cristã exibido por Gaio e Demétrio em oposição ao de Diótrefes [3 Jo 11]. Quem ama a verdade ama a Jesus e a Sua Palavra. Gaio e Demétrio eram homens comprometidos com a verdade, humildes, que amavam a obra e o povo de Deus. Um discípulo cheio de si não pode representar o Cristo que se esvaziou [Fp 2.7].
EU ENSINEI QUE:
O verdadeiro discípulo de Cristo deve conhecer, pregar, viver, defender e amar a verdade. Mais que um valor, a verdade é um atributo de Deus.
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3- O PODER DE UM DISCÍPULO DE CRISTO
O poder de um autêntico discípulo está relacionado 100% ao Evangelho. Paulo diz que este “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” [Rm 1.16]. A fonte deste poder é o Espírito Santo [At 2.1] e nunca o homem ou alguma instituição humana.
Comentário de Hubner Braz
O poder de um autêntico discípulo de Cristo é inseparável do Evangelho. O apóstolo Paulo enfatiza em Romanos 1.16 que o Evangelho é o meio pelo qual Deus manifesta Seu poder para salvar todo aquele que crê. Isso significa que a mensagem do Evangelho não é apenas um conjunto de ensinamentos, mas uma força divina que transforma vidas.
A fonte desse poder é o Espírito Santo, como visto no relato do Pentecostes em Atos 2. Quando o Espírito Santo desceu sobre os discípulos, eles foram revestidos de poder para serem testemunhas eficazes do Evangelho em todo o mundo. Isso demonstra que o poder de um verdadeiro discípulo não provém de suas próprias habilidades ou de alguma instituição humana, mas é uma obra sobrenatural do Espírito de Deus.
Palavras Principais e Raiz:
- Evangelho (Gr. "εὐαγγέλιον" - euangelion): Refere-se à "boa nova" ou à mensagem de salvação através de Jesus Cristo. É o cerne da fé cristã e o veículo pelo qual o poder de Deus é manifestado.
- Poder (Gr. "δύναμις" - dynamis): Significa "poder", "força" ou "capacidade". Quando associado ao Evangelho, indica o poder sobrenatural de Deus para transformar vidas.
- Espírito Santo (Gr. "Πνεῦμα Ἅγιον" - Pneuma Hagion): Refere-se à terceira pessoa da Trindade, o Espírito de Deus que habita nos crentes e os capacita para viver uma vida de fé e testemunho.
Citações de Escritores Cristãos:
- Charles Spurgeon, um renomado pregador batista do século XIX, afirmou: "A Palavra de Deus é como um leão. Você não precisa defendê-la. Solte-a e ela se defenderá por si mesma."
- John Wesley, fundador do metodismo, disse: "Dai-me cem homens que nada temam senão o pecado e que não desejem senão a Deus, e eu abalarei o mundo."
Essas citações ressaltam a potência do Evangelho e a necessidade de confiar no poder de Deus para a transformação de vidas. Mostram também a importância de viver uma vida impulsionada pelo Espírito Santo, em consonância com a mensagem do Evangelho.
3.1. O poder para ensinar. Aquele que tem poder deve aprender primeiro a ter poder sobre si mesmo – só assim terá poder para discipular, com base nas Escrituras. A Bíblia é única fonte de poder: “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” [2Tm 3.16-17]. Jesus orou agradecendo a Deus pelo poder que recebeu sobre toda a carne [Jo 17.2], com o qual tinha autoridade para ensinar as verdades espirituais e eternas. Ele era chamado de “Rabi”, que quer dizer Mestre [Jo 1.38], aquele que tem como atribuição o ensino.
Por mais preparado que um discípulo esteja – e isso é bom e importante – o seu poder para ensinar deve estar baseado na Palavra de Deus, tendo como referência a doutrina de Cristo [Mt 7.29]. Para ensinar com autoridade a Palavra de Deus em uma igreja local ou um Seminário que se propõe a contribuir na formação de obreiros, o primeiro requisito não é a formação acadêmica, mas ter nascido da água e do Espírito, como Jesus disse a Nicodemos [Jo 3.10].
3.2. O poder para liderar. Parece que Gaio era um servo de Deus que se destacava na igreja local por sua conduta. Apesar de ter alcançado tal patamar, diferentemente de Diótrefes, que se achava autossuficiente, Gaio mantinha a submissão ao seu líder João. Seu coração era de servo, procedendo fielmente em tudo [3 Jo 8]. Daí vinha seu poder para liderar. Já Diótrefes exigia das pessoas o que ele próprio não tinha: obediência e submissão à liderança. Era insubmisso e opunha-se abertamente às ordens de João [3Jo 9-10].
Os discípulos que se inspiram em Jesus constroem relacionamentos.com base no amor e no respeito [Jo 10.11]. No entanto, Diótrefes era desrespeitoso em relação ao seu líder João. O verdadeiro discípulo reconhece suas limitações, não é soberbo diante de suas virtudes, busca respeitar autoridades que Deus instituiu, reconhecendo e submetendo o seu chamado em humildade. Onde há arrogância, há falta de humildade! Todo poder sem limites não pode ser legítimo, pois quanto maior o poder, tanto mais perigoso é o abuso. Ter poder significa estar submisso Aquele que é o Cabeça da Igreja [Cl 1.18]. Ser discípulo de Cristo é negar-se a si mesmo, libertar-se do ego [Lc 9.23].
3.3. O poder para servir. Jesus recomendou aos Seus discípulos que aguardassem em oração até que fossem revestidos de poder do alto [At 1.8]. Em Atos 2, todos eles foram cheios do Espírito Santo, recebendo a unção que lhes daria poder para servirem como Igreja do Senhor. Esse poder foi claro no ministério apostólico [At 4.7-10]. Gaio servia os irmãos ao hospedá-los em sua casa, mesmo sem conhecê-los, uma marca do poder de um servo fiel ao seu chamado.
Ministério é serviço e não ser visto. Diótrefes buscavam poder humano, fama e status. Sua busca por primazia não tinha limites. No coração do homem carnal existe o anseio de ser grande, ser reconhecido, afamado. Para quem trabalha na obra de Deus, isso é um grande perigo. O carnal não compreende as coisas do Espírito, porque lhe parecem loucura [1Co 2.14a]. C. S. Lewis, escritor irlandês, diz que “tudo o que não é eterno, é eternamente inútil”. O discípulo aprovado é aquele que serve e o seu serviço terá repercussão na eternidade!
EU ENSINEI QUE:
O poder humano não subsiste ante aos desafios ministeriais. O poder que devemos buscar com todo o nosso coração é o poder de Deus, derramado pelo Espírito Santo. Este é o poder essencial para ensinar aos irmãos a servir aos irmãos a servir Igreja de Cristo!
CONCLUSÃO
Deus não se agrada daqueles que andam na soberba, como ocorreu com Diótrefes. Mas, quem anda na verdade entende que dela fazem parte a humildade, o serviço, o amor, a submissão, como aconteceu com Gaio e Demétrio, discípulos segundo o que ensinam as Escrituras.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A conclusão apresentada destaca a importância de viver em conformidade com a verdade revelada nas Escrituras. Diótrefes serve como um exemplo negativo, demonstrando que a soberba e a resistência à autoridade espiritual são desagradáveis a Deus. Por outro lado, Gaio e Demétrio são elogiados por sua humildade, serviço, amor e submissão, demonstrando que essas qualidades são intrínsecas àqueles que genuinamente seguem os ensinamentos das Escrituras.
Palavras Principais e Raiz:
- Soberba (Gr. "ὑπερηφανία" - hypēphania): Refere-se a um estado de orgulho excessivo e arrogância, uma atitude de elevação própria acima dos outros.
- Verdade (Gr. "ἀλήθεια" - aletheia): Denota a ideia de verdade, sinceridade e conformidade com a realidade, como revelado nas Escrituras.
- Humildade (Gr. "ταπείνωσις" - tapeinosis): Refere-se a uma atitude de humildade, reconhecendo a própria dependência de Deus e a necessidade de submissão à Sua vontade.
- Serviço (Gr. "διακονία" - diakonia): Indica o ato de servir, muitas vezes associado ao serviço amoroso e prático aos outros, como ensinado por Jesus.
- Amor (Gr. "ἀγάπη" - agape): Representa o amor ágape, o tipo de amor sacrificial e incondicional que Deus demonstra para com a humanidade, e que os crentes são chamados a praticar.
Citações de Escritores Cristãos:
- John Stott, renomado pastor e teólogo, afirmou: "A verdadeira humildade é não pensar menos de si mesmo; é pensar em si mesmo menos."
- Charles Spurgeon disse: "A humildade é fazer a verdadeira estimativa de nós mesmos."
Essas citações ressaltam a importância da humildade e do amor na vida do crente, em contraposição à soberba e à exaltação própria. Mostram que a verdadeira grandeza está em servir aos outros e em viver em submissão à vontade de Deus, conforme ensinado nas Escrituras.
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