TEXTO BÍBLICO BÁSICO Romanos 15.4-13 4 - Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e c...
Romanos 15.4-13
4 - Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança.
5 - Ora, o DEUS de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo CRISTO JESUS,
6 - para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO.
7 - Portanto, recebei-vos uns aos outros, como também CRISTO nos recebeu para glória de DEUS.
8 - Digo, pois, que JESUS CRISTO foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de DEUS, para que confirmasse as promessas feitas aos pais;
9 - e para que os gentios glorifiquem a DEUS pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto, eu te louvarei entre os gentios e cantarei ao teu nome.
10 - E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, com o seu povo.
11 - E outra vez: Louvai ao Senhor, todos os gentios, e celebrai-o todos os povos.
12 - E outra vez diz Isaías: Uma raiz em Jessé haverá, e, naquele que se levantar para reger os gentios, os gentios esperarão.
13 - Ora, o DEUS de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do ESPÍRITO SANTO.
TEXTO ÁUREO
Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Jeremias 31.31
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
- conscientizar-se da interdependência entre os dois Testamentos;
- compreender que no Novo Testamento cumpriu-se a promessa do plano redentor de DEUS;
- descrever as principais divisões temáticas do Novo Testamento.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, o processo de conhecimento das Escrituras Sagradas envolve uma aventura empolgante, repleta de desafios, experiências incríveis e oportunidades de novas aprendizagens. Nelas, deparamo-nos com diversos cruzamentos importantes no desenvolvimento da fé do povo de DEUS. Essa consideração é importante, porque correntes teológicas de cunho liberal afirmam ser o Novo Testamento produto de uma confissão de fé parcial, que rompe com a leitura e interpretação tradicional dos textos do Antigo Testamento. Os dois Testamentos não podem ser considerados em separado. Há uma interdependência perfeita na história da verdade revelada. Excelente aula!
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. AS CREDENCIAIS DA NOVA ALIANÇA
1.1. A natureza do Novo Testamento
1.2. A inspiração e autoridade dos Testamentos
1.3. A inter-relação entre os dois Testamentos
1.3.1. Peculiaridades
2. A FORMAÇÃO DO CÂNON NEOTESTAMENTÁRIO
2.1. O processo de canonização
2.2. Idioma e características
2.2.1. Idioma
2.2.2. Características
2.3. As cinco divisões temáticas do Novo Testamento
3- ASPECTO RELEVANTE DO NOVO TESTAMENTO
3.1. JESUS e a tipologia do Antigo Testamento
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
A Bíblia é o livro mais impresso, vendido, combatido e lido da História, sendo formada por duas partes distintas e, ao mesmo tempo, complementares: o Antigo e o Novo Testamentos. Estes guardam entre si íntima relação e perfeita harmonia, tendo o mesmo grau de importância. Não é possível separar os dois Testamentos porque um está contido no outro, inseparavelmente, em estreita mutualidade. Este raciocínio pode ser comprovado pelo grande número de citações do Novo Testamento ao Antigo Testamento — além das inúmeras promessas contidas no primeiro que tiveram o seu cumprimento no segundo.
1. AS CREDENCIAIS DA NOVA ALIANÇA
O Antigo Testamento termina com uma promessa, uma esperança distante palpitando no coração do povo de DEUS (Ml 4.6). No entanto, a maior história divina é inaugurada pela encarnação e manifestação do Messias ao mundo. O Novo Testamento é a história do estabelecimento de uma nova ordem, não mais baseada na Lei de Moisés, mas em uma nova aliança firmada na graça do Senhor JESUS (Jr 31.31). Como desdobramento, ele narra também a história da Igreja primitiva, uma nova comunidade de fé que tinha a missão de propagar a mensagem das boas novas de CRISTO.
Subsídio 1
Os livros do Novo Testamento são assim designados porque tratam dos documentos que registram o estabelecimento de um novo concerto. No Novo Testamento cumpriu- -se a promessa do plano redentor de DEUS, pelo envio do Seu Filho unigênito para redimir a humanidade.
1.1. A natureza do Novo Testamento
Em síntese, o Novo Testamento traz a figura de JESUS e Seu ministério como eixo central. Ele escolheu os primeiros apóstolos e discípulos, os quais formaram suas comunidades e produziram escritos que se espalharam pelo mundo daquela época, impulsionados pelo ESPÍRITO SANTO e empolgados pela ideologia da Pax Romana.
Subsídio 1-1
A relação harmoniosa entre os dois Testamentos é fundamental para a compreensão do uso do Antigo Testamento no Novo. O Novo Testamento jamais pode ser visto em contradição com o Antigo, mas sim como o cumprimento e a explicação daquilo que DEUS começou a revelar nele (Hb 1.1,2).
1.2. A inspiração e autoridade dos Testamentos
Os dois Testamentos devem ser encarados como possuidores da mesma inspiração e autoridade. O fato de as promessas de DEUS serem feitas no Antigo Testamento e cumprirem-se no Novo não faz da nova aliança uma seção com menor credibilidade. JESUS delegou Sua própria autoridade aos discípulos, de modo que a Igreja primitiva aceitou o que ensinavam.
1.3. A inter-relação entre os dois Testamentos
A leitura simultânea dos dois Testamentos é essencial para que se compreenda as Escrituras e o pleno propósito de DEUS. Há muitos conceitos e termos encontrados no segundo, que têm os seus antecedentes no primeiro — aliás, alguns textos veterotestamentários são citados e desenvolvidos na nova aliança. DEUS e as Escrituras encontram-se tão intimamente relacionados na mente dos autores, que eles podiam falar com naturalidade do texto sagrado, cumprindo o que nele está registrado como ação do Altíssimo (Gl 3.8; Rm 9.17).
1.3.1. Peculiaridades
O Novo Testamento está para o Antigo assim como o cumprimento está para a promessa.
- Se o Antigo Testamento registra o que DEUS falou no passado aos nossos pais pelos profetas, o Novo registra a palavra final que Ele determinou por Seu Filho, em quem todas as mais antigas revelações foram resumidas, confirmadas e transcendidas.
- Se o Antigo Testamento registra o testemunho daqueles que viram o dia de JESUS antes que começasse, o Novo Testamento registra o testemunho daqueles que o viram e o ouviram nos dias da Sua carne, e vieram a conhecer e proclamar com maior profundidade, ardor e paixão, o significado da Sua vinda, pelo poder do Seu ESPÍRITO, depois de Ele ter ressuscitado dos mortos.
2. A FORMAÇÃO DO CÂNON NEOTESTAMENTÁRIO
Com o surgimento dos evangelhos e as cartas de Paulo — tendo o livro de Atos servindo de elo — ocorre o início do cânon do Novo Testamento. A Igreja primitiva, que usava a Bíblia Hebraica (a Tanakh) — ou a versão grega da Septuaginta —, não demorou a fazer uso do Novo Testamento, de maneira simultânea com a Lei e os Profetas, na propagação do evangelho, nos cultos e na defesa da fé cristã.
2.1. O processo de canonização
Os cristãos dos primeiros séculos faziam cópias dos livros do Novo Testamento e as repassavam às comunidades locais. Ao longo dos anos, essas cópias eram transmitidas de comunidade em comunidade, mesmo antes da organização e fechamento oficial do cânon. O processo para decidir se um livro era canônico ou não ocorreu de forma objetiva e simples. O principal critério utilizado foi quanto à origem ou autoridade apostólica do livro. Em outras palavras, ele tinha de ter sido escrito por algum dos apóstolos: este era o penhor de sua inspiração e autenticidade.
2.2. Idioma e características
O Novo Testamento é um conjunto de 27 livros que compõem a segunda parte das Escrituras Sagradas. Esse tomo foi produzido depois da morte, ressurreição e ascensão de CRISTO. Ele foi escrito, originalmente, em pergaminho e em folhas de papiro; isso aconteceu entre os anos 45—100 d.C. O fechamento oficial do cânon do Novo Testamento ocorreu ao longo de um período de anos, chegando à sua organização e forma final no Concílio de Cartago em 397 d.C.
2.2.1. Idioma
Os 27 livros do Novo Testamento foram escritos em koiné (= “comum”), um dialeto grego predominante na metade oriental do domínio de César, sendo compreendido em quase toda a outra região do Império Romano. Embora não fosse o grego refinado, clássico, era a segunda língua aprendida e falada pelos outros povos.
2.2.2. Características
- O Antigo e o Novo Testamentos não obedecem a uma ordem cronológica. Seus acontecimentos e fatos foram organizados, priorizando-se uma ordem narrativa.
- Os primeiros documentos do Novo Testamento a serem escritos foram as primeiras epístolas de Paulo. Estas — junto com a epístola de Tiago, possivelmente — foram compostas entre 48—60 d.C., antes mesmo que o mais antigo dos evangelhos fosse escrito.
- Os quatro evangelhos foram escritos entre os anos 60 e 100 d.C. A data da escrita de todo o Novo Testamento também se concentra nesse período.
- Enquanto os escritos no Antigo Testamento estenderam-se por um período aproximado de mil anos, os livros do Novo foram escritos em, aproximadamente, meio século.
- A organização do Novo Testamento mostra alguns pontos comuns impressionantes com a organização do Antigo: ambos começam com narrativas baseadas na tradição oral ou escrita; ambos foram produzidos pela inspiração direta do ESPÍRITO SANTO; ambos encerram com uma visão profética do futuro e uma perspectiva de esperança; e ambos possuem a mesma autoridade como Palavra de DEUS.
2.3. As cinco divisões temáticas do Novo Testamento
O Novo Testamento está dividido em cinco seções temáticas, como pode ser visto a seguir:
- Evangelhos (de Mateus a João) — os primeiros quatro livros do Novo Testamento foram escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João para públicos diferentes. Neles, os escritores sagrados registraram fatos da história de JESUS, que envolvem Seu nascimento, ensinos, ministério, vida, morte e ressurreição. Por exemplo: Mateus escreveu aos judeus; Marcos, aos romanos; Lucas, aos gregos; e João, à igreja. Os três primeiros: Mateus, Marcos e Lucas são semelhantes em conteúdo e estrutura, por esse motivo são chamados de Evangelhos Sinóticos.
- Atos dos Apóstolos — o quinto livro do Novo Testamento foi escrito por Lucas, médico e historiador; é também conhecido como quinto evangelho ou, simplesmente, o evangelho do ESPÍRITO SANTO. Este livro conta o princípio da história do cristianismo. Após a morte, ressurreição e ascensão de CRISTO, os doze apóstolos começam a pregar e ministrar cultos em várias localidades. - - Epístolas Pastorais; também chamadas de Epístolas Paulinas (Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito e Filemon) — são as 13 cartas escritas pelo apóstolo Paulo a pessoas específicas — Timóteo, Tito e Filemon — ou às igrejas e comunidades da época, com o objetivo de orientar, ensinar, dirimir dúvidas, resolver problemas de cunho teológico ou social. Ainda é objeto de discussão se Paulo é ou não autor da Epístola aos Hebreus.
- Epístolas Gerais (Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas) — são as 8 cartas que não foram escritas pelo apóstolo Paulo — caso Paulo não seja considerado o autor da Epístola aos Hebreus. Elas são atribuídas a vários autores e são endereçadas ao público cristão em geral, diferentemente das epístolas paulinas, que foram remetidas a alguma pessoa ou comunidade em particular.
- Apocalipse; também conhecido como Revelação, ou como Livro da Revelação de João — o último livro do Novo Testamento foi escrito por João. Trata-se de uma revelação dada por DEUS ao apóstolo quando este esteve exilado na ilha de Patmos. Esse livro é singular, pois é o único no Novo Testamento dedicado inteiramente à experiência profética. Apocalipse contém três tipos de profecias: (a) as que já se cumpriram; (b) as que estão se cumprindo no momento presente; e (c) as que se cumprirão no futuro. O uso abundante de figuras de linguagem e simbolismos vibrantes é também um de seus distintivos.
3- ASPECTO RELEVANTE DO NOVO TESTAMENTO
A revelação progressiva de DEUS na Bíblia tem o seu ponto culminante na revelação de CRISTO ao mundo. A pessoa de CRISTO é o vínculo que mantém os dois Testamentos unidos. No Antigo e no Novo, JESUS é apresentado como: Cordeiro de DEUS, Leão de Judá, Messias prometido, Emanuel, Rei dos judeus, Filho do Homem e bom Pastor.
3.1. JESUS e a tipologia do Antigo Testamento
O Filho de DEUS deu grande importância aos tipos, figuras e símbolos do Antigo Testamento. Ele comparou-se a Abraão (Jo 8.58); a Jonas (Mt 12.39-41; Lc 11.29-32); e a Salomão (Lc 11.31). No relato da Tentação, JESUS citou três passagens de Deuteronômio (Dt 6.13,16; 8.3). Assim como o Antigo Testamento prevê o Novo, este também olha em clara retrospectiva para o Antigo. Os autores do Novo Testamento criam piamente que o Messias já viera na pessoa de JESUS de Nazaré; que o dia do Senhor chegara; e que o povo de DEUS estava prestes a ser renovado. Essa convicção dos autores neotestamentários resume-se com rara beleza nas palavras de CRISTO: Convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos (Lc 24.44).
CONCLUSÃO
Pela providência divina, o Antigo e o Novo Testamentos foram colocados juntos em uma só Bíblia; estes possuem idêntico e incalculável valor para a vida, além de um duradouro e rico legado. O Novo Testamento enuncia o capítulo final da História, que teve seu início nas Escrituras judaicas. Ele destaca a encarnação do Messias, Sua rejeição pelos judeus, Sua morte, ressurreição e ascensão; relata o derramamento do ESPÍRITO SANTO e a pregação do evangelho a todos os povos; e afirma categoricamente que JESUS vai voltar um dia. Além disso, fornece uma visão poderosa e atraente da realidade, convidando seus leitores a adotarem uma visão cristocêntrica do universo.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais são as divisões temáticas do Novo Testamento?
R.: Evangelhos; Atos dos apóstolos; Epístolas Pastorais; Epístolas Gerais e Apocalipse.
LPD nº 70 - Central Gospel : PILARES DA TEOLOGIA PRÁTICA.
Lições Da Palavra De Deus. Professor: Fundamentos da Liderança Cristã - Pilares da Teologia Prática - Pr. Gilmar Chaves
LIÇÃO 02 – O MINISTÉRIO DIACONAL
LIÇÃO 03 – HERMENÊUTICA BÍBLICA
LIÇÃO 04 – HOMILÉTICA
LIÇÃO 05 – EXEGESE BÍBLICA
LIÇÃO 06 – LIDERANÇA CRISTÃ
LIÇÃO 07 – DISCIPULADO CRISTÃO
LIÇÃO 08 – PLENITUDE FÍSICA, EMOCIONAL E ESPIRITUAL
LIÇÃO 09 – PANORAMA DO ANTIGO TESTAMENTO
LIÇÃO 10 – PANORAMA DO NOVO TESTAMENTO
LIÇÃO 11 – AS ORDENANÇAS DA IGREJA
LIÇÃO 12 – OS MINISTÉRIOS DA IGREJA
LIÇÃO 13 – OS DONS ESPIRITUAIS E DE SERVIÇO
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Novo Testamento
O Novo Testamento representa o conjunto de livros cristãos. Embora o judaísmo e o cristianismo compartilhem muito das Escrituras, a frase “Novo Testamento” refere-se às Escrituras cristãs que abordam a vida de Jesus de Nazaré e a comunidade de Seus discípulos.
Os primeiros cristãos se viam como participantes de uma nova aliança com Deus por meio da morte e ressurreição de Jesus (1 Coríntios 11.25). O termo grego καινὴ διαθήκη (kainē diathēkē, “nova aliança”) passou a ser usado como um termo para a coleção de Escrituras cristãs sobre Jesus pela igreja primitiva, desde o século IV. Esse termo foi usando principalmente em dois manuscritos bíblicos copiados naquele século, o Codex Sinaiticus e Codex Vaticanus. A expressão grega foi traduzida para o latim como novum testamentum, que por sua vez foi traduzida para o inglês como “Novo Testamento”.
A organização dos livros
A tabela abaixo mostra a disposição do cânon nas Bíblias de quase todos os grupos cristãos atuais, incluindo Bíblias protestantes, católicas e ortodoxas orientais.
Esses 27 livros que aparecem também nos textos críticos do Novo Testamento grego (publicados pelas Sociedades Bíblicas Unidas e pela Sociedade Bíblica Alemã) todos eles têm status de autoridade indiscutível entre a igreja global.
Contudo, a Igreja Ortodoxa Etíope tem duas versões diferentes do cânon, um cânon amplo e um cânon estrito. O cânon estrito do Novo Testamento é idêntico à lista dada acima, mas o cânon amplo inclui vários livros adicionais:
• Sinodos (partes 1–4)
• Livro da Aliança (partes 1–2)
• Clemente: difere de 1 e 2 Clemente e dos Reconhecimentos do Pseudo-Clemente
• Didascalia: difere do Ensinamento dos Doze Apóstolos, mas se assemelha às Constituições Apostólicas 1-7.
A inclusão desses livros no cânon amplo do Novo Testamento não significa necessariamente que eles sejam sempre vistos como tendo a mesma autoridade que os livros do cânon estrito; sua autoridade às vezes pode ser vista como derivada da autoridade dos livros do cânon estrito.
Quaisquer documentos não listados neste artigo não são reconhecidos como partes canonizadas e autorizadas do Novo Testamento por qualquer igreja cristã.
A data de composição dos livros do Novo Testamento é altamente debatida. A maioria dos livros do Novo Testamento provavelmente foi composta entre 40 e 96 DC.
Linguagem
O Novo Testamento foi escrito em grego. Ele também contém algumas palavras e frases em aramaico, por exemplo, μαράναθά (maranatha, “vem, Senhor”) em 1 Coríntios 16:22, bem como nomes hebraicos e aramaicos, mas todos estão escritos com caracteres ou letras gregas. Há uma tradição antiga de que o Evangelho de Mateus foi originalmente escrito em hebraico, e alguns estudiosos modernos sustentam que Mateus e alguns outros livros do Novo Testamento podem ter sido originalmente escritos em hebraico ou aramaico; no entanto, a visão predominante da erudição moderna é que todo o Novo Testamento foi originalmente escrito em grego.
Transmissão e Traduções Textuais
Os livros do Novo Testamento foram preservados em uma multidão de manuscritos. Alguns manuscritos antigos contendo todos os livros do Novo Testamento são conhecidos, como por exemplo, o Codex Sinaiticus, mas a maioria dos primeiros manuscritos do Novo Testamento eram cópias de livros individuais ou coleções menores de livros. A maioria dos manuscritos sobreviventes do Novo Testamento foi escrita em pergaminho, mas alguns manuscritos antigos foram escritos em papiro; esses primeiros manuscritos em papiro são evidências particularmente importantes do texto do Novo Testamento. Como acontece com todos os escritos antigos preservados em vários manuscritos, há alguma variação no texto dos livros do Novo Testamento entre diferentes manuscritos. A maioria dessas variações é menor e não afeta o significado do texto; muitas delas são pequenas variações na ordem das palavras que são traduzidas de forma idêntica para o inglês.
Certas variantes no texto tendem a ser encontradas em vários manuscritos. Usando essas variantes, é possível identificar três grupos principais de manuscritos do Novo Testamento, conhecidos como tipo de texto alexandrino, tipo de texto ocidental e tipo de texto bizantino. Em 1516, Erasmo publicou uma versão do texto bizantino em formato impresso. Versões editadas posteriormente deste texto foram a base para a maioria das primeiras traduções modernas do Novo 4 Testamento, incluindo a tradução alemã de Martinho Lutero e a versão King James. Essa família de textos impressos é conhecida como Textus Receptus. Hoje, não forma mais a base para a maioria das versões modernas do Novo Testamento, que em vez disso são geralmente baseadas no tipo de texto alexandrino, que acredita ser um tipo de texto anterior, uma vez que a maioria desses manuscritos são anteriores ao século IV d.C.
Algumas fontes de evidência para o texto do Novo Testamento – além dos manuscritos gregos dos livros do Novo Testamento – são particularmente significativas. As citações nos escritos dos pais da igreja foram copiadas separadamente dos manuscritos dos livros do Novo Testamento e podem, portanto, fornecer evidências adicionais. As primeiras traduções do Novo Testamento para outras línguas também podem fornecer evidências sobre a forma do texto grego do qual foram traduzidas, embora isso seja menos importante para o Novo Testamento do que para o Antigo Testamento. As traduções mais importantes para esse fim são as traduções para o latim, copta e siríaco.
KLIPPENSTEIN, R.; STARK, J. D. New Testament: The Lexham Bible Dictionary.
A formação do Novo Testamento
Os livros do Novo Testamento foram escritos na segunda metade do primeiro século da era cristã, ou seja, no período que vai de mais ou menos 50 a 100 d. C. Tudo indica que os primeiros livros escritos foram as cartas do apóstolo Paulo e o último o de Apocalipse.
Essas cartas e outros escritos eram recebidos e preservados com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem circulados entre as igrejas (leia Cl 4.16), passando então a ser copiados e difundidos nas igrejas cristãs dos primeiros séculos.
A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos primeiros discípulos sobre a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo resultaram na escrita dos Evangelhos. Também estes foram copiados e distribuídos à medida em que a igreja crescia.
A Edição do Novo Testamento Grego
Os autógrafos ou documentos originais do Novo Testamento não foram preservados. Documentos com porções maiores de texto, que chegaram até nós, datam do segundo e terceiro séculos. Este é um intervalo relativamente breve entre a data de composição dos livros e as cópias mais antigas, especialmente numa comparação com outros escritos daquela época.
O mais antigo fragmento do Novo Testamento grego hoje conhecido é um pedacinho de papiro escrito no início do segundo século d.C. Trata-se do Papiro 52 (ou P52) e nele estão contidas algumas palavras de João 18.31-33, 37-38. Em época recente, foram descobertos muitos outros papiros com texto bíblico, tanto assim que hoje são conhecidos 125 papiros do Novo Testamento (embora a maioria contenha apenas um pequeno trecho do Novo Testamento).
Para preparar uma edição do Novo Testamento Grego, os eruditos dispõem, em tese, de mais de cinco mil manuscritos gregos (muitos deles fragmentários). Além disso, levam em conta também o testemunho de traduções antigas (como a latina, siríaca, copta, entre outras) e a transcrição de textos do Novo Testamento nos escritos de teólogos da igreja antiga, particularmente aqueles que escreveram em grego. Disso resulta uma edição do Novo Testamento grego que é chamada de eclética, ou seja, um texto que resulta do estudo e da combinação de um grande número de manuscritos.
Na prática isto significa que o texto reproduzido em O Novo Testamento Grego (diferentemente do que ocorre na Bíblia Hebraica) não se encontra em um único manuscrito, pois resulta da comparação e combinação (em tese) do que se encontra em todos os manuscritos que chegaram até nós.
A edição do texto grego do Novo Testamento mais utilizada por tradutores em todo o mundo é O Novo Testamento Grego, uma publicação das Sociedades Bíblicas Unidas que está em sua quarta edição revisada. Uma edição em “roupagem” portuguesa foi impressa no Brasil, em 2009. Juntamente com a Bíblia Hebraica Stuttgartensia, esta é a melhor edição dos textos originais de que se dispõe hoje em dia.
Equipe de SBB.org.br. A formação do Novo Testamento. Documento em formato digital. SBB.org.br
No livro do profeta Isaías 7.14a está escrito: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”. O Deus de Israel, aponta o seu dedo em direção ao futuro. Um tempo próximo, porém, desconhecido.
A palavra hebraica para sinal (“ot”) significa um evento extraordinário que demonstra e chama atenção para o envolvimento direto de Deus em assuntos humanos. O “Deus” do deísmo, retratado como tendo criado o universo como um homem dando corda em um relógio e deixando que ele funcione por si só, não é o Deus da Bíblia (Stern, 2008, P. 34).
Outro profeta estabelece geograficamente o ponto central do nascimento do Messias, Miquéias 5.2 afirma: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. O rei Herodes, pede aos principais sacerdotes e escribas, que se debrucem sobre as Escrituras e ordena que vasculhem cada passagem bíblica para informá-lo onde há de nascer aquele que é chamado rei dos judeus. Os homens inquietos, buscam tesouros preciosos da Antiga Aliança para explicar e compreender a Nova Aliança que estava prestes a se estabelecer.
Esse é o verdadeiro Panorama, como se estivéssemos no topo de um alto monte, observando o desenrolar da história. É isso que significa Panorama. Está numa visão privilegiada, um grande quadro circular disposto de tal modo que permite o espectador, colocado em seu centro, ver objetos representados como se 2 estivesse situado em um ponto elevado. Visão de um assunto em toda a sua amplitude. Em se tratando de Panorama bíblico, não somente podemos contemplar como meros coadjuvante, mas também como participantes ativos. E isso é uma honra.
De forma extraordinária, o autor Roy B. Zuck descreve em sua obra publicada:
A questão do progresso da revelação no tempo é especialmente intensa no Antigo Testamento, já que sua produção estendeu-se por diversos séculos. Todavia, no que se refere ao Novo Testamento, a questão do progresso da revelação assume uma dimensão distinta. Esse Testamento, do começo ao fim, emerge em um período de cinquenta anos. O Novo Testamento reflete o período mais intenso do desenvolvimento da revelação especial, uma vez que ele cobre o impacto da vida e ministério de Jesus sobre o plano de Deus. O que o Antigo Testamento aguarda como promessa, o Novo testamento afirma que começou no cumprimento dessa promessa em Jesus...” (Zuck, 2008, p. 11).
Jesus ensinava não como os escribas que apenas repetiam o texto na sua íntegra, mas o Mestre dos mestres, interpretava com autoridade trazendo à superfície o espírito da lei. Confrontando a prática pecaminosa do povo ao mesmo tempo que conduzia ao arrependimento. Os maiores embates contra os fariseus, se deram a partir dos ensinos de Jesus, claro que, por ter curado muitos enfermos e ter realizados inúmeras maravilhas, a inveja daqueles homens fundia-se à sua incapacidade de experimentar as verdades das Escrituras.
Existem abordagens literárias e estilos que são revelados ou mesmo, mais desenvolvidos a partir do ponto de vista daquela intenção do Espírito Santo para nosso tempo. Um desses mistérios mais explorados faz referência a Sara e Agar. O Novo Testamento, revela não somente o modo correto de interpretá-la, mas como também seu estilo literário. A carta do apóstolo Paulo aos Gálatas deixa isso mais claro. No capítulo 4 verso 21, está escrito: “será que vocês não ouvem o que a lei diz?”. Os versos a seguir ele explana de forma mais direta e responde a pergunta. A partir do verso 24, está escrito: “Estas coisas são alegóricas, porque estas mulheres são duas alianças. Uma se refere ao monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos. Mas a Jerusalém lá de cima é livre e ela é a nossa mãe.” Segundo Ben Witherington, 3 alguns textos e passagens que constroem pontes entre os dois Testamentos, não são mais explicados pelo fato de que todos os escritores eram judeus (com exceção de Lucas). Estes homens e o povo, estavam familiarizados com as histórias do AT, não tendo então, a necessidade de serem mais uma vez recontadas. Como verificamos acima, Paulo, foi quem mais formulou esse tipo de narrativa.
ZUCK, ROY B. Teologia do Novo Testamento
FONTE : TESOURO 3 fabricaebd.org
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