TEXTO BÍBLICO BÁSICO João 1.1-3,14,15 1- No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2- Ele estava no princípi...
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
João 1.1-3,14,15
1- No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2- Ele estava no princípio com Deus.
3- Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
14- E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
15- João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Evangelho de João foi escrito entre 85 e 95 d.C., num período em que a igreja já estava bem estabelecida, enfrentando desafios de heresias como o gnosticismo, que negava a divindade e humanidade de Cristo. João usa uma linguagem altamente simbólica e filosófica, relacionando o Cristo encarnado com o conceito do Logos (Verbo).
Na filosofia grega, Logos significava a razão subjacente à ordem do universo. No contexto judaico, remetia à Palavra criadora de Deus, ativa na criação (Gn 1) e na revelação aos profetas (Is 55:11). João, portanto, dialoga tanto com a cultura helenística quanto com a tradição judaica, revelando que Jesus é a encarnação definitiva da Palavra e Sabedoria divina.
Versículo por Versículo
João 1:1 – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
- No princípio (Ἐν ἀρχῇ, en archē): Refere-se ao mesmo início descrito em Gênesis 1:1, conectando o relato da criação com o propósito eterno da Palavra. Sugere que o Verbo é eterno, existente antes de toda criação.
- Verbo (λόγος, logos): O termo encapsula não apenas a comunicação, mas a mente e a razão de Deus, a Sua autoexpressão perfeita.
- Estava com Deus (πρὸς τὸν Θεόν, pros ton Theon): A preposição pros implica uma relação íntima e dinâmica entre o Logos e Deus Pai.
- O Verbo era Deus: A construção em grego (sem artigo definido antes de “Deus”) reforça a identidade do Logos como Deus verdadeiro, mas distinto em pessoa. Aqui, João estabelece a coigualdade e a coexistência do Filho com o Pai, fundamentando a doutrina da Trindade.
João 1:2 – “Ele estava no princípio com Deus.”
- Este versículo reafirma a eternidade do Verbo e a comunhão perfeita entre o Filho e o Pai desde sempre. Mostra que Jesus não foi criado, mas é o agente criador de todas as coisas.
João 1:3 – “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”
- Por ele (δι’ αὐτοῦ, di' autou): O termo sugere que o Verbo é o meio ativo na criação. Isso alinha-se com Colossenses 1:16 e Hebreus 1:2, afirmando que Cristo criou tanto as realidades visíveis quanto as invisíveis.
- Nada do que foi feito se fez: Enfatiza que tudo, desde o universo material até as criaturas vivas, depende do poder criador do Logos. A criação não é acidental; ela tem propósito e ordem.
João 1:14 – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
- Verbo se fez carne (σὰρξ ἐγένετο, sarx egeneto): O termo sarx indica não apenas corpo físico, mas a plena humanidade, sujeita às limitações humanas (fome, dor, emoção). Esta é a doutrina da encarnação: Deus assumiu natureza humana sem deixar de ser Deus.
- Habitou entre nós (ἐσκήνωσεν, eskēnōsen): Literalmente "armou sua tenda". Remete à presença de Deus no tabernáculo no deserto (Êxodo 25:8). Cristo é o novo tabernáculo, a presença de Deus com o Seu povo.
- Sua glória: A palavra doxa se refere à manifestação visível da majestade divina. João sugere que aqueles que viram Cristo viram a glória do próprio Deus, revelada em graça e verdade.
- Cheio de graça e de verdade: Esta expressão alude ao conceito do Antigo Testamento de Deus ser “pleno em amor e fidelidade” (Êxodo 34:6). Em Cristo, a graça salvadora e a verdade divina se encontram de forma perfeita.
João 1:15 – “João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.”
- João testificou dele: Refere-se a João Batista, que tinha a missão de preparar o caminho para o Messias (João 1:23; Isaías 40:3).
- O que vem depois de mim é antes de mim: Embora Jesus iniciasse Seu ministério público após João, Ele é eterno e, portanto, “antes” em termos de existência e posição.
- Porque foi primeiro do que eu: Isso reforça a preexistência de Cristo. A afirmação de João Batista destaca que Jesus não é apenas um homem comum, mas o Deus eterno.
Reflexão e Aplicação Teológica
O prólogo do Evangelho de João revela verdades fundamentais sobre Cristo:
- Cristo é Eterno: Ele não teve um começo; é coeterno com o Pai.
- Cristo é Deus: Não há distinção em essência entre o Filho e o Pai.
- Cristo é o Criador: Nada existe sem Sua ação criadora.
- Cristo é o Redentor Encarnado: A encarnação demonstra o amor radical de Deus, que não permaneceu distante, mas veio ao encontro da humanidade em sua necessidade.
Este texto confronta o gnosticismo (que negava a realidade física de Cristo) e o arianismo (que negava Sua divindade), apresentando uma visão equilibrada e completa da natureza de Cristo como plenamente Deus e plenamente homem.
Conclusão
João 1:1-15 é uma das passagens mais ricas e profundas da Bíblia, fornecendo uma visão abrangente da natureza e missão de Jesus Cristo. Ele é o Verbo eterno que, em amor, entrou na história humana para trazer luz e salvação. Essa passagem nos chama a reconhecer a glória de Cristo e a viver sob a plenitude de Sua graça e verdade.
O Evangelho de João foi escrito entre 85 e 95 d.C., num período em que a igreja já estava bem estabelecida, enfrentando desafios de heresias como o gnosticismo, que negava a divindade e humanidade de Cristo. João usa uma linguagem altamente simbólica e filosófica, relacionando o Cristo encarnado com o conceito do Logos (Verbo).
Na filosofia grega, Logos significava a razão subjacente à ordem do universo. No contexto judaico, remetia à Palavra criadora de Deus, ativa na criação (Gn 1) e na revelação aos profetas (Is 55:11). João, portanto, dialoga tanto com a cultura helenística quanto com a tradição judaica, revelando que Jesus é a encarnação definitiva da Palavra e Sabedoria divina.
Versículo por Versículo
João 1:1 – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
- No princípio (Ἐν ἀρχῇ, en archē): Refere-se ao mesmo início descrito em Gênesis 1:1, conectando o relato da criação com o propósito eterno da Palavra. Sugere que o Verbo é eterno, existente antes de toda criação.
- Verbo (λόγος, logos): O termo encapsula não apenas a comunicação, mas a mente e a razão de Deus, a Sua autoexpressão perfeita.
- Estava com Deus (πρὸς τὸν Θεόν, pros ton Theon): A preposição pros implica uma relação íntima e dinâmica entre o Logos e Deus Pai.
- O Verbo era Deus: A construção em grego (sem artigo definido antes de “Deus”) reforça a identidade do Logos como Deus verdadeiro, mas distinto em pessoa. Aqui, João estabelece a coigualdade e a coexistência do Filho com o Pai, fundamentando a doutrina da Trindade.
João 1:2 – “Ele estava no princípio com Deus.”
- Este versículo reafirma a eternidade do Verbo e a comunhão perfeita entre o Filho e o Pai desde sempre. Mostra que Jesus não foi criado, mas é o agente criador de todas as coisas.
João 1:3 – “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”
- Por ele (δι’ αὐτοῦ, di' autou): O termo sugere que o Verbo é o meio ativo na criação. Isso alinha-se com Colossenses 1:16 e Hebreus 1:2, afirmando que Cristo criou tanto as realidades visíveis quanto as invisíveis.
- Nada do que foi feito se fez: Enfatiza que tudo, desde o universo material até as criaturas vivas, depende do poder criador do Logos. A criação não é acidental; ela tem propósito e ordem.
João 1:14 – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
- Verbo se fez carne (σὰρξ ἐγένετο, sarx egeneto): O termo sarx indica não apenas corpo físico, mas a plena humanidade, sujeita às limitações humanas (fome, dor, emoção). Esta é a doutrina da encarnação: Deus assumiu natureza humana sem deixar de ser Deus.
- Habitou entre nós (ἐσκήνωσεν, eskēnōsen): Literalmente "armou sua tenda". Remete à presença de Deus no tabernáculo no deserto (Êxodo 25:8). Cristo é o novo tabernáculo, a presença de Deus com o Seu povo.
- Sua glória: A palavra doxa se refere à manifestação visível da majestade divina. João sugere que aqueles que viram Cristo viram a glória do próprio Deus, revelada em graça e verdade.
- Cheio de graça e de verdade: Esta expressão alude ao conceito do Antigo Testamento de Deus ser “pleno em amor e fidelidade” (Êxodo 34:6). Em Cristo, a graça salvadora e a verdade divina se encontram de forma perfeita.
João 1:15 – “João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.”
- João testificou dele: Refere-se a João Batista, que tinha a missão de preparar o caminho para o Messias (João 1:23; Isaías 40:3).
- O que vem depois de mim é antes de mim: Embora Jesus iniciasse Seu ministério público após João, Ele é eterno e, portanto, “antes” em termos de existência e posição.
- Porque foi primeiro do que eu: Isso reforça a preexistência de Cristo. A afirmação de João Batista destaca que Jesus não é apenas um homem comum, mas o Deus eterno.
Reflexão e Aplicação Teológica
O prólogo do Evangelho de João revela verdades fundamentais sobre Cristo:
- Cristo é Eterno: Ele não teve um começo; é coeterno com o Pai.
- Cristo é Deus: Não há distinção em essência entre o Filho e o Pai.
- Cristo é o Criador: Nada existe sem Sua ação criadora.
- Cristo é o Redentor Encarnado: A encarnação demonstra o amor radical de Deus, que não permaneceu distante, mas veio ao encontro da humanidade em sua necessidade.
Este texto confronta o gnosticismo (que negava a realidade física de Cristo) e o arianismo (que negava Sua divindade), apresentando uma visão equilibrada e completa da natureza de Cristo como plenamente Deus e plenamente homem.
Conclusão
João 1:1-15 é uma das passagens mais ricas e profundas da Bíblia, fornecendo uma visão abrangente da natureza e missão de Jesus Cristo. Ele é o Verbo eterno que, em amor, entrou na história humana para trazer luz e salvação. Essa passagem nos chama a reconhecer a glória de Cristo e a viver sob a plenitude de Sua graça e verdade.
TEXTO ÁUREO
Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus. Salmo 90.2
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Este salmo é atribuído a Moisés, sendo, possivelmente, um dos textos mais antigos da Bíblia. Foi composto em meio à peregrinação de Israel pelo deserto, quando o povo experimentava a fragilidade humana e a efemeridade da vida. Moisés, testemunha do poder criador de Deus e das consequências do pecado, reflete aqui sobre a eternidade de Deus em contraste com a brevidade da vida humana.
O Salmo 90 pertence ao quarto livro do Saltério (Salmos 90–106), uma coleção que enfatiza o governo soberano e eterno de Deus, especialmente em tempos de crise e instabilidade. A peregrinação no deserto serviu de pano de fundo teológico, mostrando o contraste entre o Deus eterno e a fragilidade humana, algo central para a espiritualidade de Israel.
Análise Versículo por Versículo
“Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus.”
1. “Antes que os montes nascessem”
- Montes (הָרִים, harim): Na cultura bíblica, os montes são símbolos de estabilidade e permanência. Eles evocam algo que parece eterno e imutável. Exemplos incluem o Monte Sinai, onde Deus revelou a Lei, e o Monte Sião, símbolo da presença de Deus com Seu povo. Moisés usa aqui uma linguagem poética para dizer que, por mais antigos e duradouros que os montes possam parecer, eles têm um início, mas Deus não.
2. “Ou que tu formasses a terra e o mundo”
- Formasses (חוֹלֵלְתָּ, ḥōlēl'tā): O verbo em hebraico vem da raiz חול (ḥul), que significa "dar à luz" ou "gerar". Isso sugere que a criação da terra e do mundo não foi um acidente, mas um ato deliberado e soberano de Deus, assim como o nascimento de uma criança é planejado.
- Terra e mundo: A expressão parece dividir a criação em dois aspectos – a terra (dimensão física e visível) e o mundo (cosmos organizado e habitado). A ideia é que toda a realidade, em sua vastidão e complexidade, tem sua origem em Deus.
3. “De eternidade a eternidade, tu és Deus”
- De eternidade a eternidade (מֵעוֹלָם וְעַד־עוֹלָם, me‘olam ve‘ad olam): A palavra hebraica עוֹלָם (olam) carrega a ideia de um tempo ilimitado, que pode referir-se tanto ao passado como ao futuro. Esta expressão reforça que Deus não está sujeito ao tempo; Ele é atemporal.
- Tu és Deus (אֵל, El): O termo usado para Deus aqui enfatiza Sua força e supremacia. Moisés afirma que Deus não apenas existe eternamente, mas governa como soberano sobre toda a criação.
Contexto Teológico e Implicações
- A Eternidade de DeusA declaração “de eternidade a eternidade” apresenta Deus como o único Ser eterno. Enquanto a criação tem um ponto de início (Gênesis 1:1), Deus existe fora dos limites do tempo. Ele é imutável e autoexistente, em contraste com a criação, que é passageira e dependente. Esse atributo de Deus é essencial para a doutrina da soberania divina.
- A Criação como Obra Deliberada de DeusO uso da palavra ḥōlēl'tā (dar à luz) sugere um envolvimento pessoal de Deus na criação. Isso refuta concepções panteístas e mecanicistas, apresentando o mundo não como um produto do acaso, mas como obra intencional do Criador. Em Isaías 45:18, essa mesma ideia aparece: “Ele formou a terra... não para ser um caos, mas para ser habitada.”
- A Pequenez Humana e a Dependência de DeusEm contraste com a eternidade e estabilidade de Deus, Moisés destaca a transitoriedade da vida humana (Salmo 90:10). Este salmo é um chamado à humildade, pois os seres humanos são pó e retornam ao pó (v. 3). A verdadeira segurança não está na força humana ou na permanência das coisas terrenas, mas na fidelidade do Deus eterno.
- Consolação em Tempos de IncertezaO contexto do salmo, possivelmente durante as peregrinações no deserto, indica que essa meditação sobre a eternidade de Deus oferece esperança em meio à instabilidade. Mesmo quando tudo parece estar em transição, Deus permanece fiel e inabalável. Para os cristãos, essa certeza encontra sua plenitude em Cristo, que é “o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13:8).
Números e Simbolismo
- Montes e a Terra: A ideia de “montes” e “terra” sugere um cosmos ordenado, onde Deus é o Criador e mantenedor. Na Bíblia, o número 7 (relacionado à criação) simboliza plenitude e perfeição; este salmo, portanto, aponta para o Criador soberano que ordenou todas as coisas de forma perfeita.
- Tempo e Eternidade: Na tradição judaica, a contagem do tempo (dias, meses e anos) reflete a ordem divina, mas também lembra da finitude humana. Em contraste, Deus é olam – eterno e fora da contagem temporal.
Reflexão Teológica e Aplicação Prática
- Humildade Diante de DeusEste versículo é um lembrete de que, por mais impressionantes que sejam as realizações humanas, tudo tem início e fim. Somente Deus é eterno e soberano. Devemos, portanto, confiar mais na estabilidade dEle do que em nossas próprias forças.
- Confiança em Tempos DifíceisEm momentos de crise e incerteza, como o que Israel experimentou no deserto, este texto nos chama a buscar refúgio na eternidade de Deus. Ele permanece o mesmo, não importa as circunstâncias.
- Esperança EternaA eternidade de Deus nos aponta para uma esperança além deste mundo. Assim como Deus é eterno, Ele promete vida eterna àqueles que nEle confiam (João 3:16).
Conclusão
O Salmo 90:2 é uma declaração poderosa da eternidade e soberania de Deus. Antes da criação e muito além dela, Deus já existia e continuará a existir. Este versículo nos convida a confiar em Deus como o fundamento sólido em meio às incertezas da vida. Ele é o único verdadeiramente eterno e imutável – “de eternidade a eternidade”.
Este salmo é atribuído a Moisés, sendo, possivelmente, um dos textos mais antigos da Bíblia. Foi composto em meio à peregrinação de Israel pelo deserto, quando o povo experimentava a fragilidade humana e a efemeridade da vida. Moisés, testemunha do poder criador de Deus e das consequências do pecado, reflete aqui sobre a eternidade de Deus em contraste com a brevidade da vida humana.
O Salmo 90 pertence ao quarto livro do Saltério (Salmos 90–106), uma coleção que enfatiza o governo soberano e eterno de Deus, especialmente em tempos de crise e instabilidade. A peregrinação no deserto serviu de pano de fundo teológico, mostrando o contraste entre o Deus eterno e a fragilidade humana, algo central para a espiritualidade de Israel.
Análise Versículo por Versículo
“Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus.”
1. “Antes que os montes nascessem”
- Montes (הָרִים, harim): Na cultura bíblica, os montes são símbolos de estabilidade e permanência. Eles evocam algo que parece eterno e imutável. Exemplos incluem o Monte Sinai, onde Deus revelou a Lei, e o Monte Sião, símbolo da presença de Deus com Seu povo. Moisés usa aqui uma linguagem poética para dizer que, por mais antigos e duradouros que os montes possam parecer, eles têm um início, mas Deus não.
2. “Ou que tu formasses a terra e o mundo”
- Formasses (חוֹלֵלְתָּ, ḥōlēl'tā): O verbo em hebraico vem da raiz חול (ḥul), que significa "dar à luz" ou "gerar". Isso sugere que a criação da terra e do mundo não foi um acidente, mas um ato deliberado e soberano de Deus, assim como o nascimento de uma criança é planejado.
- Terra e mundo: A expressão parece dividir a criação em dois aspectos – a terra (dimensão física e visível) e o mundo (cosmos organizado e habitado). A ideia é que toda a realidade, em sua vastidão e complexidade, tem sua origem em Deus.
3. “De eternidade a eternidade, tu és Deus”
- De eternidade a eternidade (מֵעוֹלָם וְעַד־עוֹלָם, me‘olam ve‘ad olam): A palavra hebraica עוֹלָם (olam) carrega a ideia de um tempo ilimitado, que pode referir-se tanto ao passado como ao futuro. Esta expressão reforça que Deus não está sujeito ao tempo; Ele é atemporal.
- Tu és Deus (אֵל, El): O termo usado para Deus aqui enfatiza Sua força e supremacia. Moisés afirma que Deus não apenas existe eternamente, mas governa como soberano sobre toda a criação.
Contexto Teológico e Implicações
- A Eternidade de DeusA declaração “de eternidade a eternidade” apresenta Deus como o único Ser eterno. Enquanto a criação tem um ponto de início (Gênesis 1:1), Deus existe fora dos limites do tempo. Ele é imutável e autoexistente, em contraste com a criação, que é passageira e dependente. Esse atributo de Deus é essencial para a doutrina da soberania divina.
- A Criação como Obra Deliberada de DeusO uso da palavra ḥōlēl'tā (dar à luz) sugere um envolvimento pessoal de Deus na criação. Isso refuta concepções panteístas e mecanicistas, apresentando o mundo não como um produto do acaso, mas como obra intencional do Criador. Em Isaías 45:18, essa mesma ideia aparece: “Ele formou a terra... não para ser um caos, mas para ser habitada.”
- A Pequenez Humana e a Dependência de DeusEm contraste com a eternidade e estabilidade de Deus, Moisés destaca a transitoriedade da vida humana (Salmo 90:10). Este salmo é um chamado à humildade, pois os seres humanos são pó e retornam ao pó (v. 3). A verdadeira segurança não está na força humana ou na permanência das coisas terrenas, mas na fidelidade do Deus eterno.
- Consolação em Tempos de IncertezaO contexto do salmo, possivelmente durante as peregrinações no deserto, indica que essa meditação sobre a eternidade de Deus oferece esperança em meio à instabilidade. Mesmo quando tudo parece estar em transição, Deus permanece fiel e inabalável. Para os cristãos, essa certeza encontra sua plenitude em Cristo, que é “o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13:8).
Números e Simbolismo
- Montes e a Terra: A ideia de “montes” e “terra” sugere um cosmos ordenado, onde Deus é o Criador e mantenedor. Na Bíblia, o número 7 (relacionado à criação) simboliza plenitude e perfeição; este salmo, portanto, aponta para o Criador soberano que ordenou todas as coisas de forma perfeita.
- Tempo e Eternidade: Na tradição judaica, a contagem do tempo (dias, meses e anos) reflete a ordem divina, mas também lembra da finitude humana. Em contraste, Deus é olam – eterno e fora da contagem temporal.
Reflexão Teológica e Aplicação Prática
- Humildade Diante de DeusEste versículo é um lembrete de que, por mais impressionantes que sejam as realizações humanas, tudo tem início e fim. Somente Deus é eterno e soberano. Devemos, portanto, confiar mais na estabilidade dEle do que em nossas próprias forças.
- Confiança em Tempos DifíceisEm momentos de crise e incerteza, como o que Israel experimentou no deserto, este texto nos chama a buscar refúgio na eternidade de Deus. Ele permanece o mesmo, não importa as circunstâncias.
- Esperança EternaA eternidade de Deus nos aponta para uma esperança além deste mundo. Assim como Deus é eterno, Ele promete vida eterna àqueles que nEle confiam (João 3:16).
Conclusão
O Salmo 90:2 é uma declaração poderosa da eternidade e soberania de Deus. Antes da criação e muito além dela, Deus já existia e continuará a existir. Este versículo nos convida a confiar em Deus como o fundamento sólido em meio às incertezas da vida. Ele é o único verdadeiramente eterno e imutável – “de eternidade a eternidade”.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira Gênesis 3.20-22 Eis que o homem é como um de nós
3ª feira Gênesis 11.5-8 Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua
4ª feira Gênesis 16.7-14 A aparição do anjo do Senhor
5ª feira Isaías 6.1-8 A quem enviarei, e quem há de ir por nós?
6ª feira - João 1.29-31 Após mim vem um homem que foi antes de mim
Sábado João 8.58 Antes que Abraão existisse, eu sou
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Aqui está um estudo aprofundado de cada passagem, considerando o contexto bíblico, cultural e linguístico. Essas leituras semanais têm em comum o tema da manifestação de Deus e o Seu envolvimento direto na história humana.
2ª feira – Gênesis 3:20-22 – “Eis que o homem é como um de nós”
Contexto
Após a queda de Adão e Eva, Deus declara que o homem adquiriu o conhecimento do bem e do mal. A expressão "como um de nós" tem sido interpretada como um diálogo intratrinitário ou uma referência ao conselho divino, sugerindo que o ser humano passou a conhecer a distinção entre o bem e o mal, mas sem a santidade ou sabedoria perfeita de Deus.
Análise
- “Como um de nós”: A palavra hebraica para "nós" (אֲנַחְנוּ, anachnu) pode aludir à Trindade ou ao plural majestático, sugerindo a profundidade e unidade de Deus.
- Consequência do pecado: O conhecimento do bem e do mal foi alcançado, mas trouxe com ele separação de Deus e mortalidade.
- Árvore da Vida: A expulsão do Éden foi um ato de misericórdia divina, impedindo que a humanidade, em estado caído, permanecesse eternamente em pecado.
3ª feira – Gênesis 11:5-8 – “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua”
Contexto
A torre de Babel representa a tentativa da humanidade de se unir contra Deus, buscando alcançar o céu por seus próprios meios. A intervenção divina resulta na confusão das línguas e na dispersão das nações.
Análise
- “Eia, desçamos”: Assim como em Gênesis 1:26, Deus fala no plural, possivelmente como referência à Trindade.
- Confusão das línguas: O termo hebraico בָּלַל (balal) significa "misturar". A confusão linguística foi um meio de interromper a rebelião humana e cumprir o mandato de povoar toda a terra (Gênesis 1:28).
- Dispersão: Deus intervém não por vingança, mas para proteger a humanidade da autossuficiência destrutiva e reafirmar Sua soberania.
4ª feira – Gênesis 16:7-14 – A aparição do anjo do Senhor
Contexto
Aqui encontramos a primeira aparição do “Anjo do Senhor” na Bíblia, revelando-se a Hagar no deserto. Esta figura é frequentemente identificada como uma manifestação teofânica, ou seja, uma aparição pré-encarnada de Cristo.
Análise
- “Anjo do Senhor”: Em várias passagens, esta figura fala com autoridade divina e recebe adoração, sugerindo que é uma manifestação do próprio Deus.
- “Deus me vê”: Hagar chama Deus de El-Roi, “O Deus que me vê”. A história destaca a atenção pessoal de Deus por aqueles que estão oprimidos e desamparados.
- Promessa a Ismael: Mesmo sendo filho de uma serva, Ismael recebe uma bênção, mostrando que Deus cuida de todos, independentemente de sua posição social.
5ª feira – Isaías 6:1-8 – “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”
Contexto
Isaías descreve sua visão do trono de Deus, onde ele experimenta um chamado profético. A santidade de Deus é um tema central, e o profeta é purificado e comissionado para anunciar a palavra divina.
Análise
- “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”: O plural aqui pode refletir uma comunicação dentro da Trindade ou o conselho celestial de Deus.
- Santidade de Deus: Os serafins proclamam: “Santo, Santo, Santo” (קדוש, kadosh). O triplo uso enfatiza a absoluta pureza e santidade de Deus.
- Purificação de Isaías: O toque da brasa nos lábios de Isaías indica a purificação necessária para alguém servir a Deus. O chamado de Deus é sempre acompanhado de capacitação e purificação.
6ª feira – João 1:29-31 – “Após mim vem um homem que foi antes de mim”
Contexto
João Batista reconhece Jesus como o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo. Ele também destaca a preexistência de Cristo, afirmando que Jesus já existia antes dele.
Análise
- Cordeiro de Deus: A expressão evoca a imagem do cordeiro pascal (Êxodo 12) e aponta para o sacrifício expiatório de Jesus.
- “Foi antes de mim”: Embora Jesus inicie seu ministério depois de João, Ele é eterno. Isso confirma a preexistência de Cristo, que é "o Alfa e o Ômega" (Apocalipse 22:13).
- Batismo e revelação: João testifica que o propósito de seu batismo era revelar Cristo a Israel, cumprindo sua missão profética.
Sábado – João 8:58 – “Antes que Abraão existisse, eu sou”
Contexto
Nesta declaração, Jesus faz uma afirmação explícita de Sua divindade, identificando-se com o Eu Sou (Ἐγώ εἰμί, Ego Eimi) que Deus revelou a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:14).
Análise
- “Eu sou”: Esta expressão em grego não se refere apenas ao tempo, mas ao ser eterno e autoexistente de Deus. Jesus não apenas antecede Abraão, mas afirma ser o próprio Deus.
- Reação dos judeus: Eles interpretam essa declaração como blasfêmia, tentando apedrejar Jesus, pois Ele se equiparava ao próprio YHWH.
- Implicação teológica: Este versículo é fundamental para a cristologia, demonstrando que Jesus não é apenas um profeta, mas o Deus encarnado. Ele é o mesmo “Eu Sou” que sempre existiu e sempre existirá.
Conclusão
As passagens estudadas nesta semana apontam para o envolvimento direto de Deus na história humana e revelam aspectos fundamentais da Sua natureza:
- Pluralidade divina (Gênesis 3:22 e 11:7), sugerindo a Trindade.
- Presença compassiva de Deus (Gênesis 16), que vê e cuida dos necessitados.
- Soberania e Santidade de Deus (Isaías 6), que purifica e envia Seus servos.
- Preexistência e divindade de Cristo (João 1 e João 8), revelando que Jesus é o próprio Deus.
Cada texto revela uma faceta da revelação divina, desde a criação até a redenção, culminando na pessoa de Cristo, o Eu Sou eterno. Que estas leituras inspirem uma caminhada mais profunda com o Deus eterno, soberano e compassivo.
Aqui está um estudo aprofundado de cada passagem, considerando o contexto bíblico, cultural e linguístico. Essas leituras semanais têm em comum o tema da manifestação de Deus e o Seu envolvimento direto na história humana.
2ª feira – Gênesis 3:20-22 – “Eis que o homem é como um de nós”
Contexto
Após a queda de Adão e Eva, Deus declara que o homem adquiriu o conhecimento do bem e do mal. A expressão "como um de nós" tem sido interpretada como um diálogo intratrinitário ou uma referência ao conselho divino, sugerindo que o ser humano passou a conhecer a distinção entre o bem e o mal, mas sem a santidade ou sabedoria perfeita de Deus.
Análise
- “Como um de nós”: A palavra hebraica para "nós" (אֲנַחְנוּ, anachnu) pode aludir à Trindade ou ao plural majestático, sugerindo a profundidade e unidade de Deus.
- Consequência do pecado: O conhecimento do bem e do mal foi alcançado, mas trouxe com ele separação de Deus e mortalidade.
- Árvore da Vida: A expulsão do Éden foi um ato de misericórdia divina, impedindo que a humanidade, em estado caído, permanecesse eternamente em pecado.
3ª feira – Gênesis 11:5-8 – “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua”
Contexto
A torre de Babel representa a tentativa da humanidade de se unir contra Deus, buscando alcançar o céu por seus próprios meios. A intervenção divina resulta na confusão das línguas e na dispersão das nações.
Análise
- “Eia, desçamos”: Assim como em Gênesis 1:26, Deus fala no plural, possivelmente como referência à Trindade.
- Confusão das línguas: O termo hebraico בָּלַל (balal) significa "misturar". A confusão linguística foi um meio de interromper a rebelião humana e cumprir o mandato de povoar toda a terra (Gênesis 1:28).
- Dispersão: Deus intervém não por vingança, mas para proteger a humanidade da autossuficiência destrutiva e reafirmar Sua soberania.
4ª feira – Gênesis 16:7-14 – A aparição do anjo do Senhor
Contexto
Aqui encontramos a primeira aparição do “Anjo do Senhor” na Bíblia, revelando-se a Hagar no deserto. Esta figura é frequentemente identificada como uma manifestação teofânica, ou seja, uma aparição pré-encarnada de Cristo.
Análise
- “Anjo do Senhor”: Em várias passagens, esta figura fala com autoridade divina e recebe adoração, sugerindo que é uma manifestação do próprio Deus.
- “Deus me vê”: Hagar chama Deus de El-Roi, “O Deus que me vê”. A história destaca a atenção pessoal de Deus por aqueles que estão oprimidos e desamparados.
- Promessa a Ismael: Mesmo sendo filho de uma serva, Ismael recebe uma bênção, mostrando que Deus cuida de todos, independentemente de sua posição social.
5ª feira – Isaías 6:1-8 – “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”
Contexto
Isaías descreve sua visão do trono de Deus, onde ele experimenta um chamado profético. A santidade de Deus é um tema central, e o profeta é purificado e comissionado para anunciar a palavra divina.
Análise
- “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”: O plural aqui pode refletir uma comunicação dentro da Trindade ou o conselho celestial de Deus.
- Santidade de Deus: Os serafins proclamam: “Santo, Santo, Santo” (קדוש, kadosh). O triplo uso enfatiza a absoluta pureza e santidade de Deus.
- Purificação de Isaías: O toque da brasa nos lábios de Isaías indica a purificação necessária para alguém servir a Deus. O chamado de Deus é sempre acompanhado de capacitação e purificação.
6ª feira – João 1:29-31 – “Após mim vem um homem que foi antes de mim”
Contexto
João Batista reconhece Jesus como o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo. Ele também destaca a preexistência de Cristo, afirmando que Jesus já existia antes dele.
Análise
- Cordeiro de Deus: A expressão evoca a imagem do cordeiro pascal (Êxodo 12) e aponta para o sacrifício expiatório de Jesus.
- “Foi antes de mim”: Embora Jesus inicie seu ministério depois de João, Ele é eterno. Isso confirma a preexistência de Cristo, que é "o Alfa e o Ômega" (Apocalipse 22:13).
- Batismo e revelação: João testifica que o propósito de seu batismo era revelar Cristo a Israel, cumprindo sua missão profética.
Sábado – João 8:58 – “Antes que Abraão existisse, eu sou”
Contexto
Nesta declaração, Jesus faz uma afirmação explícita de Sua divindade, identificando-se com o Eu Sou (Ἐγώ εἰμί, Ego Eimi) que Deus revelou a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:14).
Análise
- “Eu sou”: Esta expressão em grego não se refere apenas ao tempo, mas ao ser eterno e autoexistente de Deus. Jesus não apenas antecede Abraão, mas afirma ser o próprio Deus.
- Reação dos judeus: Eles interpretam essa declaração como blasfêmia, tentando apedrejar Jesus, pois Ele se equiparava ao próprio YHWH.
- Implicação teológica: Este versículo é fundamental para a cristologia, demonstrando que Jesus não é apenas um profeta, mas o Deus encarnado. Ele é o mesmo “Eu Sou” que sempre existiu e sempre existirá.
Conclusão
As passagens estudadas nesta semana apontam para o envolvimento direto de Deus na história humana e revelam aspectos fundamentais da Sua natureza:
- Pluralidade divina (Gênesis 3:22 e 11:7), sugerindo a Trindade.
- Presença compassiva de Deus (Gênesis 16), que vê e cuida dos necessitados.
- Soberania e Santidade de Deus (Isaías 6), que purifica e envia Seus servos.
- Preexistência e divindade de Cristo (João 1 e João 8), revelando que Jesus é o próprio Deus.
Cada texto revela uma faceta da revelação divina, desde a criação até a redenção, culminando na pessoa de Cristo, o Eu Sou eterno. Que estas leituras inspirem uma caminhada mais profunda com o Deus eterno, soberano e compassivo.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• compreender que Jesus é igual ao Pai em poder, glória e majestade:
• entender que a igualdade de Cristo com o Pai remete-nos necessariamente à Sua eternidade;
• conscientizar-se de que, diferentemente de tudo que há debaixo do céu, Cristo não teve princípio nem terá fim.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, o conhecimento mais profundo da natureza do Messias e Seu ministério terreno passa necessariamente pelo conhecimento de Sua condição como Ser eterno. O conceito da eternidade de Cristo deve estar bem firmado na mente e no coração de todos os estudantes da Palavra de Deus como pré-requisito à aprendizagem de todos os demais conhecimentos contidos nas Escrituras.
A eternidade de Cristo é um tema recorrente em toda a Bíblia, a começar pela Criação (Jo 1.1-3). De modo pontual, este assunto pode ser visto também em outras narrativas veterotestamentárias, como na Queda (Gn 3.22), no episódio da torre de Babel (Gn 11.5-8) e nas várias aparições do anjo do Senhor (p. ex.: Gn 16.7-14; Jz 13.2-22). Há também as inúmeras profecias que tratam especificamente desse atributo natural de Cristo (SI 72.8,9; Is 53; Mq 5.2-4; Zc 9.10). No Novo Testamento, há o testemunho de João Batista (Jo 1.29-31), as declarações de alguns apóstolos e as alegações do próprio Cristo (Jo 8.58).
Diante da vastidão e profundidade do tema desta lição, que se desdobra da Criação à Era da Igreja, é imperativo que nele nos aprofundemos para experienciarmos uma fé mais sólida.
Deus o abençoe na condução desta aula!
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "Do Alfa ao Ômega: A Eternidade de Cristo"
Objetivo: Ajudar os participantes a compreender de forma prática o conceito da eternidade de Cristo e seu impacto em nossas vidas, através de uma atividade participativa e reflexiva.
Material Necessário:
- Fita adesiva colorida ou giz para marcar o chão (formar uma linha reta longa, simbolizando o “tempo”).
- Cartões com palavras ou eventos bíblicos (como "Criação", "Abraão", "Nascimento de Jesus", "Crucificação", "Ressurreição", "Volta de Cristo", "Nova Jerusalém", etc.).
- Dois cartazes ou folhas grandes: um com a letra Α (Alfa) e outro com Ω (Ômega), para colocar nas extremidades da linha.
- Bíblias para consulta.
Passo a Passo
1. Introdução:
- Peça aos participantes para se reunirem e explique que a dinâmica ajudará a ilustrar o tema da eternidade de Cristo.
- Explique brevemente o significado de "Alfa" e "Ômega" (o início e o fim) e como Cristo se apresenta como o Alfa e o Ômega (Ap 22.13).
- Fale que, apesar de Cristo ter se encarnado em um momento específico da história, Ele existe de eternidade a eternidade.
2. Montagem da Linha do Tempo:
- No chão, faça uma linha reta longa (usando fita adesiva ou giz), que representará a linha do tempo.
- Fixe o cartaz com o Alfa (Α) em uma extremidade da linha e o Ômega (Ω) na outra.
- Explique que essa linha representa o tempo humano, mas que Cristo é eterno e está além dessa linha.
3. Distribuição dos Eventos:
- Dê aos participantes cartões contendo eventos importantes da história bíblica (Criação, Nascimento de Jesus, Crucificação, etc.).
- Peça a eles que coloquem os cartões ao longo da linha do tempo, onde acharem que cada evento deveria ocorrer.
4. Reflexão:
- Após a montagem, guie uma conversa com perguntas como:
- Onde podemos situar Cristo nessa linha?
- O que significa o fato de Ele ser chamado de “Alfa e Ômega”?
- Como o entendimento da eternidade de Cristo impacta nossa fé e forma de viver?
5. Atividade Final - "Cristo Está Além do Tempo"
- Agora, explique que, apesar de os eventos estarem distribuídos na linha, Cristo já existia antes da Criação e continuará existindo após o fim do tempo.
- Peça a um voluntário para caminhar da extremidade Alfa até a Ômega, representando a história. Depois, diga que Cristo está presente em toda a caminhada e peça a outro participante para "circular" em torno de toda a linha, simbolizando que Ele está além e fora do tempo humano.
6. Conclusão e Aplicação:
- Leia em conjunto Apocalipse 22.13 e peça para cada participante refletir em silêncio sobre como essa verdade afeta suas vidas diárias.
- Pergunte: Como podemos viver com a consciência de que Cristo é eterno e está presente em nossa história pessoal?
Encerramento:
- Finalize com uma oração, agradecendo a Cristo por sua presença constante em nossas vidas e pedindo que Ele nos ajude a viver com a perspectiva de Sua eternidade.
Resultado Esperado:
Os participantes deverão sair da dinâmica com uma compreensão mais profunda da eternidade de Cristo e uma reflexão prática sobre como essa verdade se aplica em suas vidas diárias.
Dinâmica: "Do Alfa ao Ômega: A Eternidade de Cristo"
Objetivo: Ajudar os participantes a compreender de forma prática o conceito da eternidade de Cristo e seu impacto em nossas vidas, através de uma atividade participativa e reflexiva.
Material Necessário:
- Fita adesiva colorida ou giz para marcar o chão (formar uma linha reta longa, simbolizando o “tempo”).
- Cartões com palavras ou eventos bíblicos (como "Criação", "Abraão", "Nascimento de Jesus", "Crucificação", "Ressurreição", "Volta de Cristo", "Nova Jerusalém", etc.).
- Dois cartazes ou folhas grandes: um com a letra Α (Alfa) e outro com Ω (Ômega), para colocar nas extremidades da linha.
- Bíblias para consulta.
Passo a Passo
1. Introdução:
- Peça aos participantes para se reunirem e explique que a dinâmica ajudará a ilustrar o tema da eternidade de Cristo.
- Explique brevemente o significado de "Alfa" e "Ômega" (o início e o fim) e como Cristo se apresenta como o Alfa e o Ômega (Ap 22.13).
- Fale que, apesar de Cristo ter se encarnado em um momento específico da história, Ele existe de eternidade a eternidade.
2. Montagem da Linha do Tempo:
- No chão, faça uma linha reta longa (usando fita adesiva ou giz), que representará a linha do tempo.
- Fixe o cartaz com o Alfa (Α) em uma extremidade da linha e o Ômega (Ω) na outra.
- Explique que essa linha representa o tempo humano, mas que Cristo é eterno e está além dessa linha.
3. Distribuição dos Eventos:
- Dê aos participantes cartões contendo eventos importantes da história bíblica (Criação, Nascimento de Jesus, Crucificação, etc.).
- Peça a eles que coloquem os cartões ao longo da linha do tempo, onde acharem que cada evento deveria ocorrer.
4. Reflexão:
- Após a montagem, guie uma conversa com perguntas como:
- Onde podemos situar Cristo nessa linha?
- O que significa o fato de Ele ser chamado de “Alfa e Ômega”?
- Como o entendimento da eternidade de Cristo impacta nossa fé e forma de viver?
5. Atividade Final - "Cristo Está Além do Tempo"
- Agora, explique que, apesar de os eventos estarem distribuídos na linha, Cristo já existia antes da Criação e continuará existindo após o fim do tempo.
- Peça a um voluntário para caminhar da extremidade Alfa até a Ômega, representando a história. Depois, diga que Cristo está presente em toda a caminhada e peça a outro participante para "circular" em torno de toda a linha, simbolizando que Ele está além e fora do tempo humano.
6. Conclusão e Aplicação:
- Leia em conjunto Apocalipse 22.13 e peça para cada participante refletir em silêncio sobre como essa verdade afeta suas vidas diárias.
- Pergunte: Como podemos viver com a consciência de que Cristo é eterno e está presente em nossa história pessoal?
Encerramento:
- Finalize com uma oração, agradecendo a Cristo por sua presença constante em nossas vidas e pedindo que Ele nos ajude a viver com a perspectiva de Sua eternidade.
Resultado Esperado:
Os participantes deverão sair da dinâmica com uma compreensão mais profunda da eternidade de Cristo e uma reflexão prática sobre como essa verdade se aplica em suas vidas diárias.
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Ao falar sobre a existência humana de Cristo é preciso ter em mente que Ele, sendo Deus, já existia antes de tornar-se homem. O apóstolo Paulo declarou que Ele se esvaziou (ekenósen) de Sua glória eterna para assumir a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens, submetendo-se como servo, a todas as limitações da natureza humana (Fp 2.7).
Mesmo sendo feito homem, o fato de Ele ser Deus remete-nos necessariamente à Sua eternidade, talvez mais do que qualquer outro atributo divino. O motivo é muito simples: Cristo não passou a existir no momento de Sua encarnação, Ele estava no princípio com Deus (Jo 1.1) e já existia antes que os montes nascessem (Sl 90.2). Significa dizer que a encarnação do Filho de Deus ocorreu em um tempo específico (Gl 4.4), mas Sua existência se estende de eternidade a eternidade.
1. O CONCEITO DE ETERNIDADE
1.1. Cristo e o conceito de eternidade
Em Seu ministério terreno, Cristo esteve limitado ao tempo de Sua existência humana estabelecido dentro dos propósitos divinos. No entanto, como um Ser igual ao Pai, em poder, glória e majestade (Jo 10.30), Ele nunca esteve e nunca estará limitado pela natureza física.
A Criação - a natureza, o universo e o próprio tempo teve uma origem. Cristo, todavia, sendo Deus, não teve princípio e jamais terá fim (Ap 22.13).
1.2. Sendo Deus, Cristo é também o Senhor do tempo
Algumas passagens bíblicas afirmam a realidade desse atributo divino; dentre elas destacam-se os versos do salmista- Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos. (...) Os teus anos nunca terão fim (Sl 102.25- 27) e a anunciação do profeta Isaías: Assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade (...) (Is 57.15 ARA).
1.3. Cristo, a segunda pessoa da Trindade
Sendo a segunda pessoa da Trindade, Cristo compartilha de todos os atributos divinos. Da mesma forma que o Pai e o Espírito Santo são eternos, estando além do tempo e agindo no tempo, assim também o faz o Filho, pois são idênticos em essência, poder e glória (Gn 1.1).
1.4. Cristo e a criação do universo temporal
O universo temporal só existe porque, antes dele, já havia um Ser eterno. Wayne Grudem explica assim esta realidade: "O fato de Deus jamais ter começado a existir pode também ser deduzido da verdade de que Deus criou todas as coisas. Quando Deus criou o universo, também criou o tempo. Mas antes de haver um universo, e antes de haver o tempo, Deus sempre existiu, sem princípio e sem ser influenciado pelo tempo. E o tempo, portanto, não tem existência por si mesmo, mas, como o resto da Criação, depende do eterno ser divino e do eterno poder divino para existir e continuar existindo.".
O eterno Filho de Deus participou ativamente da Criação (Cl 1.16). Tudo que existe, inclusive o tempo, foi criado nele, e por Ele, e para Ele (Rm 11.36).
Diante do exposto, pode-se afirmar que só um ser não limitado pelo Cronos poderia ter criado o mundo. Não por acaso, a eternidade de Cristo é atestada em toda a Escritura.
2. A ETERNIDADE DE CRISTO AFIRMADA NAS ESCRITURAS
A parte das Escrituras, não há uma única fonte literária, de qualquer outra espécie, que consubstancie a doutrina da eternidade de Cristo. As cosmogonias, mitologias e tratados religiosos da Antiguidade simplesmente não mencionam a pessoa de Cristo, tampouco Sua eternidade, filiação divina e obra redentora. Só as Escrituras, do Antigo e do Novo Testamento, expõem o assunto como parte vital do cumprimento do plano de redenção da humanidade, cuja motivação principal é o amor de Deus e Sua compaixão pelo homem em estado de queda e de escravidão ao pecado (1 Tm 2.4).
2.1. Cristo na Criação
O termo hebraico utilizado para designar Deus, no primeiro versículo da Bíblia (Gn 1.1), é Elohim. Embora a fé judaica seja essencialmente monoteísta, este vocábulo (Elohim) está no plural. A maior parte dos estudiosos entende que este significativo registro aponta para a Trindade: Deus é uno, mas também se manifesta em três pessoas distintas, isto é, no Pai, no Filho e no Espírito Santo.
No relato da Criação, a expressão "disse Deus" é recorrente (Gn 1.3ss). O apóstolo João afirma que Jesus é o Verbo (gr. logos = "palavra") divino e que todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.1,3). No entendimento da maioria dos teólogos, o Verbo de Deus estava em ação nesses versos, ou seja, João atribui a intermediação criadora ao Cristo eterno.
Até o sexto dia da Criação, Deus apenas dizia "haja", e as coisas passavam a existir. No sexto dia, porém, o Altíssimo decidiu criar o homem e disse: Façamos o homem (...) (Gn 1.26,27). De acordo com a interpretação cristã tradicional, há aqui uma pluralidade dentro da divindade e um endosso à doutrina da Trindade (Jo 1.3; Ef 3.9; Cl 1.16; Hb 1.2).
O apóstolo Paulo declarou, de maneira enfática, que em Cristo foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis (...) (CI 1.16). O autor aos Hebreus também afirma que o Filho de Deus sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1.3).
2.2. Cristo na Queda
No Éden, ao ceder à tentação do fruto proibido, o homem mostrou-se incapaz de sustentar a elevada condição para a qual fora criado. Após o pecado adâmico, Deus declarou: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal (Gn 3.22).
Mais uma vez, fica evidente a pluralidade de Deus, agora na expressão "um de nós", que inclui a igualdade de Cristo ao Pai e ao Espírito Santo, como segunda pessoa da Trindade.
2.3. Cristo na torre de Babel
Após o Dilúvio, os seres humanos voltaram a multiplicar-se (Gn 9.1); isto implicaria migrar para todos os cantos do planeta. Entretanto, alguém teve uma ideia diferente: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre (...) para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra (Gn 11.4). Como todos falavam um único idioma, Deus tomou uma decisão: Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua (...) (Gn 11.7).
Também aqui os verbos estão no plural, uma clara indicação da presença de, pelo menos, mais de uma pessoa. No original hebraico, a forma é semelhante à de Gênesis 1.26, remetendo ao conselho divino. Por esta razão, a maioria dos estudiosos entende que se trata de uma alusão à Trindade e, portanto, à eternidade de Cristo.
2.4. Cristo e o anjo do Senhor
Em várias passagens do Antigo Testamento, é mencionada a figura do anjo do Senhor (Jz 13.21; Zc 3.6 etc.). Esse tipo de aparição é denominado teofania (gr. theophanía = "aparição, revelação ou manifestação de Deus").
De acordo com grande parte dos estudiosos da Bíblia, as aparições do anjo do Senhor são consideradas manifestações do Cristo pré-encarnado em forma visível. Entre várias outras passagens bíblicas, foi este Anjo quem confortou Agar no deserto, quando ela fugiu de Sara, convencendo-a a retornar para a sua senhora (Gn 16.6-13; veja também 21.9-19). Também foi Ele quem bradou dos céus a Abraão para impedir que o patriarca sacrificasse o próprio filho, Isaque (Gn 22.11-18). O mesmo Anjo manifestou-se a Moisés no episódio da sarça ardente (Ex 3.1-6) e falou a Gideão para animá-lo (Jz 6.11-22).
2.5. Cristo nas profecias de Isaías
Teólogos de todos os tempos veem, em Isaías 6.8, uma referência ao fato de Deus ser simultaneamente uno a quem enviarei? e - trino - quem há de ir por nós? A pluralidade divina e a presença de Cristo são realidades evidenciadas nesse texto.
Muitos intérpretes veem, em Isaías 9.6, tanto uma alusão à humanidade de Cristo - um menino nos nasceu, - quanto uma referência à Sua divindade - um filho se nos deu.
3. A ETERNIDADE DE CRISTO NO NOVO TESTAMENTO
3.1. A eternidade de Cristo pela ótica de João Batista
João Batista foi o precursor do Messias e o maior dos profetas da antiga dispensação. Apesar de sua importância, João sabia muito bem que o seu papel era anunciar a chegada daquele que era mais poderoso do que [ele] (Mt 3.11). Contudo, é notável o fato de ele estar muito bem informado sobre a natureza daquele a quem precedia: O que vem depois de mim tem (...) a primazia, porquanto já existia antes de mim (Jo 1.15,30 ARA).
3.2. A eternidade de Cristo pela ótica do apóstolo João
João dá grande destaque à divindade do Messias, e é justamente isto que o diferencia dos demais Evangelhos. Enquanto Mateus, Marcos e Lucas apresentam Cristo em ação, João, com o objetivo de combater as teorias gnósticas de sua época, preferiu ressaltar que Jesus era o unigênito de Deus, o Verbo divino e eterno, possuidor dos mesmos atributos de Jeová. Por este motivo, João é identificado como "o evangelho do Filho de Deus".
______________________________
O destaque do Evangelho de João à divindade de Cristo inclui, naturalmente, o atributo da eternidade que, de fato, é declarada na abertura do livro: No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus (Jo 1.1,2).
______________________________
3.3. A eternidade de Cristo pela ótica do apóstolo Pedro
Além de declarar o Cristo preexistente, o apóstolo Pedro traz, em 1 Pedro 1.20, uma nova informação aos seus leitores: Deus não criou o mundo e então decidiu escolher Cristo para assumir o papel de redentor. Deus o apontou na eternidade, antes da criação do mundo.
______________________________
(...) Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, (...) em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós (1 Pe 1.19,20).
______________________________
3.4. A eternidade de Cristo pela ótica do apóstolo Paulo
Paulo, ao escrever aos crentes de Colossos, revela o contraste entre os seres criados e o Cristo criador e aponta a eternidade do Filho de Deus (Cl 1.16,17). Nesses versos, o apóstolo está afirmando que Cristo é eterno em relação à ordem criada - Ele é antes de todas as coisas - e teve participação ativa na Criação - tudo foi criado por ele e para ele. Paulo ainda acrescenta que todas as coisas [criadas] subsistem por ele, ou seja, Cristo não apenas criou tudo que existe; Ele é também o sustentador e o consumador de toda a Criação.
Ao seu filho na fé, Timóteo, o apóstolo diz que, antes de o mundo existir, Cristo se mostrava ativo e fazia cumprir os Seus soberanos propósitos (2 Tm 1.9.10).
3.5. A eternidade de Cristo pela ótica do próprio Cristo
O próprio Senhor Jesus, em várias ocasiões, afirmou que estava presente no mundo espiritual antes de Seu nascimento no mundo natural.
Na oração sacerdotal (Jo 17.14,18), a afirmação "eu não sou do mundo" indica que Cristo já existia em outro lugar. A menção ao fato de que Ele foi enviado à terra indica Sua eternidade, pois Ele não poderia ser enviado se não existisse previamente.
Ainda na oração sacerdotal, o Filho pede ao Pai: glorifica-me tu, ó Pai, (...) com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse (Jo 17.5). Ele também roga: Aqueles que me deste quero (...) que (...) estejam comigo (...); porque tu me hás amado antes da criação do mundo (Jo 17.24).
Diante de uma multidão, à margem do mar da Galileia, Cristo declarou: Eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou (Jo 6.38). Em outro discurso, Ele afirma: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo (Jo 8.23). Nessas duas ocasiões, Cristo estava informando o Seu lugar de procedência, o céu, o mundo da eternidade, o Seu Reino de glória (1 Ts 2.12).
Cristo também reiterou a Sua superioridade em relação a Abraão diante dos judeus que o acusavam: (...) antes que Abraão existisse, Eu Sou (Jo 8.58). Com essa declaração, Jesus não estava dizendo que viveu antes de Abraão, Ele estava se identificando com o eterno Eu Sou, o próprio Jeová, que é eterno (Ex 3.14).
CONCLUSÃO
O Senhor Jesus, sendo Deus, já existia antes de Sua encarnação. De fato, como segunda pessoa da Trindade, Ele já existia antes mesmo da criação do universo. Sua eternidade é afirmada em toda a Escritura.
Que possamos, como aqueles que testemunharam a presença do Eterno ao longo dos tempos, render-lhe toda honra e glória, reconhecendo-o como o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim de todas as coisas.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. O que significa dizer que Cristo é um Ser eterno?
R.: Significa que Ele não passou a existir no momento de R Sua encarnação, Ele estava no princípio com Deus (Jo 1.1).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Esse estudo destaca a eternidade de Cristo, um dos pilares centrais da fé cristã, e oferece uma análise abrangente das Escrituras para embasar essa doutrina. Abaixo está um resumo dos principais pontos abordados:
Resumo e Comentários: A Eternidade de Cristo
Introdução
- A encarnação de Cristo foi um evento específico no tempo, mas sua existência é eterna. Ele já estava com Deus no princípio (Jo 1.1). Sua humanidade revelou-se no tempo, mas sua divindade é eterna e não limitada pelo tempo (Fp 2.7; Sl 90.2).
1. O Conceito de Eternidade
1.1 Cristo e a Eternidade
- Como Deus, Cristo é eterno, sem começo e sem fim. Ele não está sujeito ao tempo e age na criação como Senhor soberano (Ap 22.13).
1.2 Cristo como Senhor do Tempo
- Cristo compartilha dos atributos do Pai e está além do tempo (Sl 102.25-27; Is 57.15).
1.3 A Segunda Pessoa da Trindade
- Como parte da Trindade, Cristo possui a mesma essência divina do Pai e do Espírito Santo (Gn 1.1).
1.4 Cristo e a Criação
- Tudo foi criado por meio e para Ele (Cl 1.16). O tempo e o universo dependem de Sua existência e poder eternos (Rm 11.36).
2. A Eternidade de Cristo nas Escrituras
2.1 Cristo na Criação
- O termo Elohim (Gn 1.1) indica a pluralidade divina, apontando para a Trindade. A expressão "façamos o homem" (Gn 1.26) sugere a participação ativa de Cristo na criação (Jo 1.3).
2.2 Cristo na Queda
- A frase “um de nós” (Gn 3.22) reflete a pluralidade da Trindade, onde Cristo está presente e envolvido na narrativa da queda humana.
2.3 Cristo na Torre de Babel
- A decisão de Deus em Gênesis 11.7 (“Eia, desçamos”) é outra indicação da pluralidade divina e da eternidade de Cristo.
2.4 Cristo e o Anjo do Senhor
- O anjo do Senhor, em várias passagens (Gn 16.7-14; Jz 6.11-22), é visto como uma teofania – uma manifestação do Cristo pré-encarnado.
2.5 Cristo nas Profecias de Isaías
- Textos como Isaías 6.8 e 9.6 são interpretados como referências proféticas à humanidade e à divindade de Cristo.
3. A Eternidade de Cristo no Novo Testamento
3.1 João Batista e a Eternidade de Cristo
- João Batista declarou que Cristo já existia antes dele (Jo 1.15,30), mesmo sendo mais novo em idade humana.
3.2 A Eternidade pela Ótica do Apóstolo João
- O Evangelho de João destaca a eternidade de Cristo desde o princípio: “O Verbo era Deus” (Jo 1.1).
3.3 A Eternidade pela Ótica do Apóstolo Pedro
- Pedro afirma que Cristo foi conhecido antes da fundação do mundo (1 Pe 1.19-20).
3.4 A Eternidade pela Ótica do Apóstolo Paulo
- Paulo ressalta que Cristo é antes de todas as coisas e sustenta toda a criação (Cl 1.16-17; 2 Tm 1.9-10).
3.5 A Eternidade pela Ótica do Próprio Cristo
- Cristo declarou várias vezes que sua existência antecede a criação do mundo (Jo 17.5,24). Ele identificou-se como o “Eu Sou”, o mesmo título usado por Deus no Antigo Testamento (Jo 8.58; Ex 3.14).
Conclusão
A eternidade de Cristo é um fato central nas Escrituras e essencial para a compreensão de Sua divindade. Como o Alfa e o Ômega, Ele transcende o tempo e é digno de toda honra e glória.
Atividade para Fixação
- O que significa dizer que Cristo é um Ser eterno?R.: Significa que Ele não passou a existir no momento de Sua encarnação, mas já estava com Deus desde o princípio (Jo 1.1).
Esse estudo fornece uma visão abrangente da eternidade de Cristo, fundamentada em passagens do Antigo e do Novo Testamento, e convida os leitores a reconhecerem sua soberania e glória eternas.
Esse estudo destaca a eternidade de Cristo, um dos pilares centrais da fé cristã, e oferece uma análise abrangente das Escrituras para embasar essa doutrina. Abaixo está um resumo dos principais pontos abordados:
Resumo e Comentários: A Eternidade de Cristo
Introdução
- A encarnação de Cristo foi um evento específico no tempo, mas sua existência é eterna. Ele já estava com Deus no princípio (Jo 1.1). Sua humanidade revelou-se no tempo, mas sua divindade é eterna e não limitada pelo tempo (Fp 2.7; Sl 90.2).
1. O Conceito de Eternidade
1.1 Cristo e a Eternidade
- Como Deus, Cristo é eterno, sem começo e sem fim. Ele não está sujeito ao tempo e age na criação como Senhor soberano (Ap 22.13).
1.2 Cristo como Senhor do Tempo
- Cristo compartilha dos atributos do Pai e está além do tempo (Sl 102.25-27; Is 57.15).
1.3 A Segunda Pessoa da Trindade
- Como parte da Trindade, Cristo possui a mesma essência divina do Pai e do Espírito Santo (Gn 1.1).
1.4 Cristo e a Criação
- Tudo foi criado por meio e para Ele (Cl 1.16). O tempo e o universo dependem de Sua existência e poder eternos (Rm 11.36).
2. A Eternidade de Cristo nas Escrituras
2.1 Cristo na Criação
- O termo Elohim (Gn 1.1) indica a pluralidade divina, apontando para a Trindade. A expressão "façamos o homem" (Gn 1.26) sugere a participação ativa de Cristo na criação (Jo 1.3).
2.2 Cristo na Queda
- A frase “um de nós” (Gn 3.22) reflete a pluralidade da Trindade, onde Cristo está presente e envolvido na narrativa da queda humana.
2.3 Cristo na Torre de Babel
- A decisão de Deus em Gênesis 11.7 (“Eia, desçamos”) é outra indicação da pluralidade divina e da eternidade de Cristo.
2.4 Cristo e o Anjo do Senhor
- O anjo do Senhor, em várias passagens (Gn 16.7-14; Jz 6.11-22), é visto como uma teofania – uma manifestação do Cristo pré-encarnado.
2.5 Cristo nas Profecias de Isaías
- Textos como Isaías 6.8 e 9.6 são interpretados como referências proféticas à humanidade e à divindade de Cristo.
3. A Eternidade de Cristo no Novo Testamento
3.1 João Batista e a Eternidade de Cristo
- João Batista declarou que Cristo já existia antes dele (Jo 1.15,30), mesmo sendo mais novo em idade humana.
3.2 A Eternidade pela Ótica do Apóstolo João
- O Evangelho de João destaca a eternidade de Cristo desde o princípio: “O Verbo era Deus” (Jo 1.1).
3.3 A Eternidade pela Ótica do Apóstolo Pedro
- Pedro afirma que Cristo foi conhecido antes da fundação do mundo (1 Pe 1.19-20).
3.4 A Eternidade pela Ótica do Apóstolo Paulo
- Paulo ressalta que Cristo é antes de todas as coisas e sustenta toda a criação (Cl 1.16-17; 2 Tm 1.9-10).
3.5 A Eternidade pela Ótica do Próprio Cristo
- Cristo declarou várias vezes que sua existência antecede a criação do mundo (Jo 17.5,24). Ele identificou-se como o “Eu Sou”, o mesmo título usado por Deus no Antigo Testamento (Jo 8.58; Ex 3.14).
Conclusão
A eternidade de Cristo é um fato central nas Escrituras e essencial para a compreensão de Sua divindade. Como o Alfa e o Ômega, Ele transcende o tempo e é digno de toda honra e glória.
Atividade para Fixação
- O que significa dizer que Cristo é um Ser eterno?R.: Significa que Ele não passou a existir no momento de Sua encarnação, mas já estava com Deus desde o princípio (Jo 1.1).
Esse estudo fornece uma visão abrangente da eternidade de Cristo, fundamentada em passagens do Antigo e do Novo Testamento, e convida os leitores a reconhecerem sua soberania e glória eternas.
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 1 / ANO 1- N° 3
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