SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 2 Coríntios 3 há 18 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, 2 Coríntios 3.1-11 (2 a 3 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Tudo bem, professor(a)? Esta lição nos mostrará a ministração de Paulo acerca da revelação da glória de Deus. Ele entra no tema porque alguns polemistas de Corinto incitavam a igreja a exigir dele cartas de apresentação que atestassem a validade do seu ministério. A resposta de Paulo é brilhante, pois ele diz que os próprios santos, os que foram reconciliados com Jesus através da ministração do evangelho, são as cartas vivas que dão testemunho por ele. Embora alguns tentassem retornar à observância da lei, não poderiam negar que a Nova Aliança feita por Jesus manifesta a glória de Deus na vida dos salvos. No rosto de cada um se manifesta o Espírito que testifica a liberdade em relação à lei, pois ela já foi plenamente cumprida por Jesus.
OBJETIVOS
PARA COMEÇAR A AULA
Nossa vida tem refletido a glória de Deus? A nossa fé tem sido um testemunho dos valores bíblicos? Se não assumirmos os propósitos e prioridades de Jesus, as pessoas não encontrarão em nós nada que possa testemunhar nossa santificação. Use a câmera frontal do seu celular ou um espelho e convide três pessoas – uma de cada vez a olharem seu reflexo e falarem sobre suas qualidades, mas sem revelar de quem estão falando. Será que os demais reconhecerão na pessoa descrita alguma semelhança com Jesus?
LEITURA ADICIONAL
No versículo 6, Paulo nos conduz a um importante aspecto do seu ministério (e do nosso). Somos ministros da Nova Aliança. A palavra kainos, traduzida como “nova” nesse trecho, também significa “diferente e superior”. Aliança: Convênio solene e formal entre duas ou mais pessoas ou grupos, visando especialmente à realização de alguma ação. A promessa de Deus no sentido de abençoar àqueles que lhe obedecem ou satisfazem certas condições. Está claro aqui, que Paulo contrasta a Antiga Aliança com a Nova, mostrando-nos as alianças da lei e da graça (veja Jo 1.17). Quando ele diz que “a letra mata”, refere-se à Lei Mosaica dada à nação de Israel nas tábuas de pedra. A Nova Aliança, que concede a vida, está escrita pelo Espírito Santo em nossos corações. Como a letra (Lei Mosaica) matou? Determinou a pena de morte para certos atos de desobediência e para aqueles que não quiseram obedecer a Deus (Êx 21.12-17; 22.18-20). Foi uma morte física e literal. Mostrava os deveres do povo, mas não podia capacitar as pessoas a cumprirem ou satisfazerem às leis que continham. Exigia a obediência e certas regras, sem difundir a força moral para tanto. Mesmo assim, a Lei Mosaica era boa e servia a determinado fim. O mandamento não podia salvar ninguém, mas Deus, na sua misericórdia, providenciou um sistema sacrificial para remissão de pecados. Ele aceitava provisoriamente a morte de animais como substituto pela morte dos pecadores. Foi somente uma maneira de assinalar o futuro sacrifício definido e abrangente do seu Filho, Jesus Cristo, o qual seria a base da salvação para todos os povos de todas as épocas. Quando as pessoas se arrependem de seus pecados, Deus as salva pela sua graça (e não em consequência da sua obediência à lei). Livro: Comentário Bíblico: 1 e 2 Coríntios (Thomas Reginald Hoover, CPAD, 1999, pp. 167-168).
Texto Áureo
“O qual nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, mas o Espírito vivifica.” 2Co 3.6
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Devocional Diário baseado em 2 Coríntios 2
e uma nova aliança..."
- A palavra "capacitou" vem do grego ἱκανόω (hikanóō), que significa "tornar apto", "habilitar" ou "qualificar". Aqui, Paulo está afirmando que Deus é quem dá a capacidade para que ele e os demais ministros do Evangelho preguem a nova aliança. Esse chamado e capacitação não vêm da força ou habilidade humana, mas é um dom concedido por Deus, mostrando que o ministério cristão é de origem divina e não baseado em mérito humano.
- A "nova aliança" (διαθήκης καινῆς – diathēkēs kainēs) é o pacto estabelecido por Cristo através do Seu sangue (cf. Lucas 22.20). Enquanto a antiga aliança era baseada na observância da Lei Mosaica (letra), a nova é baseada na graça de Deus e na operação do Espírito Santo.
2. "...não da letra, mas do Espírito..."
- O termo "letra" (γράμμα – gramma) refere-se à Lei Mosaica escrita em tábuas de pedra (Êx 24.12). Paulo frequentemente usa o termo "letra" para indicar a Lei sob o Antigo Testamento, que, embora revelasse a vontade de Deus, era incapaz de produzir justiça verdadeira no homem, pois só o Espírito Santo pode transformar corações.
- "Espírito" (πνεῦμα – pneuma) aqui se refere ao Espírito Santo, que, sob a nova aliança, vivifica o coração do crente e traz vida espiritual. A função do Espírito não é apenas instruir, mas renovar, restaurar e transformar internamente, levando à verdadeira comunhão com Deus.
Paulo destaca que a nova aliança não é um código de regras externas (letra), mas uma realidade espiritual dinâmica, onde o Espírito Santo é quem dá a capacidade de viver uma vida que agrada a Deus. A antiga aliança era estática e dependia do esforço humano, mas a nova é viva e depende da atuação do Espírito em nós.
3. "...porque a letra mata, mas o Espírito vivifica."
- "A letra mata" é uma expressão forte. A palavra "mata" vem do grego ἀποκτείνω (apokteinō), que significa "matar" ou "causar a morte". Isso não implica que a Lei de Deus seja má, mas que ela condena o pecado (Romanos 7.7-10). A Lei revela o pecado, mas não tem poder para salvar; ao contrário, expõe a incapacidade humana de cumprir plenamente as exigências de Deus, levando à morte espiritual e condenação.
- "O Espírito vivifica" (ζῳοποιέω – zōopoieō) é a contrapartida desse processo. O Espírito Santo, ao contrário da letra da Lei, concede vida. Este verbo sugere que o Espírito traz não apenas vida física, mas vida espiritual completa, renovando o ser humano interiormente (cf. João 6.63). O Espírito traz uma nova criação, transformando o coração de pedra em coração de carne (Ezequiel 36.26).
Reflexão Teológica:
Este versículo reflete a teologia da Nova Aliança que Paulo defende. Na antiga aliança, a ênfase estava na obediência à Lei como meio de justificação, mas o ser humano, marcado pelo pecado, não conseguia cumpri-la integralmente, resultando em condenação (Romanos 3.20). Por outro lado, a nova aliança é caracterizada pela atuação do Espírito, que capacita o crente a viver de acordo com a vontade de Deus, não por meio de esforço próprio, mas pela transformação interior operada pelo Espírito.
Paulo ensina que o cristão não está mais debaixo da "letra" da Lei, que só leva à morte, mas sob o "Espírito", que traz vida. Essa "vida" não se refere apenas à salvação no futuro, mas também à qualidade de vida espiritual no presente, uma vida de liberdade, graça e transformação. A mensagem de Paulo aponta para a necessidade de abandonar a tentativa de se justificar por obras e confiar na obra vivificadora e transformadora do Espírito Santo.
Aplicação:
- Dependência do Espírito: Assim como Paulo afirma que foi "capacitado" por Deus, devemos reconhecer que nossa suficiência no ministério cristão não vem de nós mesmos, mas de Deus que nos capacita pelo Seu Espírito. Devemos viver em total dependência do Espírito para cumprir nossa missão.
- Libertação da Letra: O cristão é chamado a uma vida onde o Espírito é quem governa, e não a tentativa legalista de cumprir regras externas. Isso nos liberta da morte espiritual, trazendo vida abundante e renovação diária.
- Transformação Interior: A nova aliança nos chama a uma vida de transformação interior. O Espírito Santo não apenas nos guia em verdade, mas também transforma nossos corações para que possamos viver em santidade e comunhão com Deus.
Em resumo, 2 Coríntios 3.6 é um chamado à compreensão da nova realidade em Cristo: somos ministros não de um código de regras, mas de uma aliança viva, marcada pela ação do Espírito, que dá vida e nos capacita a ser instrumentos de transformação no mundo.
Devocional Diário baseado em 2 Coríntios 2
e uma nova aliança..."
- A palavra "capacitou" vem do grego ἱκανόω (hikanóō), que significa "tornar apto", "habilitar" ou "qualificar". Aqui, Paulo está afirmando que Deus é quem dá a capacidade para que ele e os demais ministros do Evangelho preguem a nova aliança. Esse chamado e capacitação não vêm da força ou habilidade humana, mas é um dom concedido por Deus, mostrando que o ministério cristão é de origem divina e não baseado em mérito humano.
- A "nova aliança" (διαθήκης καινῆς – diathēkēs kainēs) é o pacto estabelecido por Cristo através do Seu sangue (cf. Lucas 22.20). Enquanto a antiga aliança era baseada na observância da Lei Mosaica (letra), a nova é baseada na graça de Deus e na operação do Espírito Santo.
2. "...não da letra, mas do Espírito..."
- O termo "letra" (γράμμα – gramma) refere-se à Lei Mosaica escrita em tábuas de pedra (Êx 24.12). Paulo frequentemente usa o termo "letra" para indicar a Lei sob o Antigo Testamento, que, embora revelasse a vontade de Deus, era incapaz de produzir justiça verdadeira no homem, pois só o Espírito Santo pode transformar corações.
- "Espírito" (πνεῦμα – pneuma) aqui se refere ao Espírito Santo, que, sob a nova aliança, vivifica o coração do crente e traz vida espiritual. A função do Espírito não é apenas instruir, mas renovar, restaurar e transformar internamente, levando à verdadeira comunhão com Deus.
Paulo destaca que a nova aliança não é um código de regras externas (letra), mas uma realidade espiritual dinâmica, onde o Espírito Santo é quem dá a capacidade de viver uma vida que agrada a Deus. A antiga aliança era estática e dependia do esforço humano, mas a nova é viva e depende da atuação do Espírito em nós.
3. "...porque a letra mata, mas o Espírito vivifica."
- "A letra mata" é uma expressão forte. A palavra "mata" vem do grego ἀποκτείνω (apokteinō), que significa "matar" ou "causar a morte". Isso não implica que a Lei de Deus seja má, mas que ela condena o pecado (Romanos 7.7-10). A Lei revela o pecado, mas não tem poder para salvar; ao contrário, expõe a incapacidade humana de cumprir plenamente as exigências de Deus, levando à morte espiritual e condenação.
- "O Espírito vivifica" (ζῳοποιέω – zōopoieō) é a contrapartida desse processo. O Espírito Santo, ao contrário da letra da Lei, concede vida. Este verbo sugere que o Espírito traz não apenas vida física, mas vida espiritual completa, renovando o ser humano interiormente (cf. João 6.63). O Espírito traz uma nova criação, transformando o coração de pedra em coração de carne (Ezequiel 36.26).
Reflexão Teológica:
Este versículo reflete a teologia da Nova Aliança que Paulo defende. Na antiga aliança, a ênfase estava na obediência à Lei como meio de justificação, mas o ser humano, marcado pelo pecado, não conseguia cumpri-la integralmente, resultando em condenação (Romanos 3.20). Por outro lado, a nova aliança é caracterizada pela atuação do Espírito, que capacita o crente a viver de acordo com a vontade de Deus, não por meio de esforço próprio, mas pela transformação interior operada pelo Espírito.
Paulo ensina que o cristão não está mais debaixo da "letra" da Lei, que só leva à morte, mas sob o "Espírito", que traz vida. Essa "vida" não se refere apenas à salvação no futuro, mas também à qualidade de vida espiritual no presente, uma vida de liberdade, graça e transformação. A mensagem de Paulo aponta para a necessidade de abandonar a tentativa de se justificar por obras e confiar na obra vivificadora e transformadora do Espírito Santo.
Aplicação:
- Dependência do Espírito: Assim como Paulo afirma que foi "capacitado" por Deus, devemos reconhecer que nossa suficiência no ministério cristão não vem de nós mesmos, mas de Deus que nos capacita pelo Seu Espírito. Devemos viver em total dependência do Espírito para cumprir nossa missão.
- Libertação da Letra: O cristão é chamado a uma vida onde o Espírito é quem governa, e não a tentativa legalista de cumprir regras externas. Isso nos liberta da morte espiritual, trazendo vida abundante e renovação diária.
- Transformação Interior: A nova aliança nos chama a uma vida de transformação interior. O Espírito Santo não apenas nos guia em verdade, mas também transforma nossos corações para que possamos viver em santidade e comunhão com Deus.
Em resumo, 2 Coríntios 3.6 é um chamado à compreensão da nova realidade em Cristo: somos ministros não de um código de regras, mas de uma aliança viva, marcada pela ação do Espírito, que dá vida e nos capacita a ser instrumentos de transformação no mundo.
Leitura Bíblica Com Todos
2 Coríntios 3.1-11
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentário Bíblico e Teológico de 2 Coríntios 3.1-11
Contexto Geral:Neste trecho, Paulo defende seu ministério apostólico em comparação aos falsos mestres que vinham questionando sua autoridade. Ele ressalta a diferença entre a antiga aliança, gravada em tábuas de pedra e limitada à letra da Lei, e a nova aliança, ministrada pelo Espírito Santo, que vivifica e transforma o coração dos crentes. Paulo faz uma comparação profunda entre a glória da Lei e a glória ainda maior do ministério do Espírito.2 Coríntios 3.1
"Porventura começamos outra vez a recomendar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós ou de vós?"
Aqui, Paulo responde a críticas feitas contra sua autoridade apostólica. A frase "recomendar-nos" vem do grego συνίστημι (sunístēmi), que significa "apresentar" ou "comendar". Ele refuta a necessidade de "cartas de recomendação" (συστατικῶν ἐπιστολῶν – systatikon epistolon), que eram cartas formais de apoio, comum na época. Paulo diz que sua autoridade espiritual e ministerial está enraizada na obra que Deus fez através dele na vida dos coríntios, não em cartas humanas.
2 Coríntios 3.2
"Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens."
Paulo afirma que os próprios crentes de Corinto são a "carta" que valida seu ministério. A palavra "carta" vem do grego ἐπιστολή (epistolē), uma missiva ou documento formal. Ele está dizendo que o testemunho de vidas transformadas é a maior evidência de sua autoridade espiritual. A ideia de ser “conhecida e lida” por todos reflete o impacto visível que a transformação do Evangelho provoca na sociedade.
2 Coríntios 3.3
"Porque já é manifesto que vós sois carta de Cristo, ministrada por nós e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne do coração."
Paulo aprofunda o argumento. Os coríntios são "carta de Cristo", ou seja, o resultado da obra de Cristo em suas vidas. A frase "não com tinta, mas com o Espírito" contrapõe a nova aliança, baseada no Espírito Santo, com a antiga, que era baseada na Lei escrita em tábuas de pedra. "Tábuas de carne do coração" é uma referência a Ezequiel 36.26, onde Deus promete dar ao seu povo um coração novo e colocar o Espírito neles.
2 Coríntios 3.4
"E é por Cristo que temos tal confiança em Deus."
A palavra "confiança" vem do grego πεποίθησις (pepoíthēsis), que significa "confiança, ousadia". Paulo afirma que sua confiança e a eficácia de seu ministério não vêm de sua capacidade, mas de Cristo. Ele é quem garante que o ministério seja frutífero e que a nova aliança tenha poder transformador.
2 Coríntios 3.5
"Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus."
Aqui Paulo reconhece que a "capacidade" (ἱκανότης – hikanótēs) não é mérito humano. Ele está combatendo qualquer tipo de orgulho ministerial, reafirmando que é Deus quem concede a capacidade de servir e de levar o Evangelho com eficácia. A força para ministrar vem do Senhor.
2 Coríntios 3.6
"O qual nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, mas o Espírito vivifica."
Neste versículo, Paulo fala sobre a superioridade da nova aliança. A palavra "capacitou" é novamente ἱκανόω (hikanóō), sugerindo que Deus habilita seus servos para serem ministros dessa nova aliança. "Letra" (γράμμα – gramma) se refere à Lei escrita, que, sem a ação do Espírito, só traz condenação. O "Espírito" (πνεῦμα – pneuma) é o que dá vida, porque ele age transformando os corações, enquanto a letra expõe o pecado, mas não tem o poder de libertar.
2 Coríntios 3.7
"E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual se estava desvanecendo,"
Paulo compara a glória da Lei (o "ministério da morte") com a glória da nova aliança. O "ministério da morte" refere-se à Lei que, embora gloriosa, resultava em morte porque expunha o pecado. A expressão "gravado com letras em pedras" refere-se aos Dez Mandamentos. Mesmo esse ministério, que trazia condenação, veio com glória. Ele menciona a glória no rosto de Moisés (Êxodo 34.29-35) como algo passageiro, simbolizando que a antiga aliança também seria temporária.
2 Coríntios 3.8
"Como não será de maior glória o ministério do Espírito?"
Paulo argumenta que, se o ministério da Lei, que trazia morte, era glorioso, quanto mais glorioso será o ministério do Espírito, que traz vida. O "ministério do Espírito" refere-se à nova aliança, onde o Espírito Santo atua diretamente nos corações dos crentes, transformando-os e vivificando-os.
2 Coríntios 3.9
"Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça."
A "condenação" (κατακρίσεως – katakriseōs) aqui refere-se ao resultado da Lei, que condena o pecador. Contudo, o "ministério da justiça" (δικαιοσύνης – dikaiosýnēs), que é o ministério da nova aliança, resulta em justificação e vida. Este é o grande contraste: a Lei revela a incapacidade humana e condena, mas o Espírito concede justiça e vida eterna, e essa nova aliança excede em glória.
2 Coríntios 3.10
"Porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória."
Aqui, Paulo está dizendo que, comparada à glória da nova aliança, a glória da antiga aliança é ofuscada. A expressão "excelente glória" aponta para o ministério do Espírito que supera completamente a glória da Lei. A antiga aliança, que antes parecia gloriosa, agora é vista como insuficiente diante da superioridade do novo pacto.
2 Coríntios 3.11
"Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece."
Paulo conclui ressaltando que a antiga aliança, que era "transitória" (καταργούμενον – katargoumenon, que significa "que está sendo abolido"), teve sua glória, mas foi temporária. A nova aliança é permanente e tem uma glória muito maior porque ela não apenas revela o pecado, mas traz redenção e vida eterna em Cristo.
Reflexão Teológica:
Paulo destaca aqui a superioridade da nova aliança sobre a antiga. Ele mostra como o ministério do Espírito é superior ao ministério da Lei, que só podia revelar o pecado e trazer condenação. A nova aliança é marcada pela transformação do coração, operada pelo Espírito Santo, que não apenas dá vida, mas conduz o crente à glória eterna em Cristo. A vida cristã, portanto, não deve ser vivida pela "letra", ou seja, por um legalismo vazio, mas pela dinâmica do Espírito que vivifica e transforma.
Comentário Bíblico e Teológico de 2 Coríntios 3.1-11
2 Coríntios 3.1
"Porventura começamos outra vez a recomendar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós ou de vós?"
Aqui, Paulo responde a críticas feitas contra sua autoridade apostólica. A frase "recomendar-nos" vem do grego συνίστημι (sunístēmi), que significa "apresentar" ou "comendar". Ele refuta a necessidade de "cartas de recomendação" (συστατικῶν ἐπιστολῶν – systatikon epistolon), que eram cartas formais de apoio, comum na época. Paulo diz que sua autoridade espiritual e ministerial está enraizada na obra que Deus fez através dele na vida dos coríntios, não em cartas humanas.
2 Coríntios 3.2
"Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens."
Paulo afirma que os próprios crentes de Corinto são a "carta" que valida seu ministério. A palavra "carta" vem do grego ἐπιστολή (epistolē), uma missiva ou documento formal. Ele está dizendo que o testemunho de vidas transformadas é a maior evidência de sua autoridade espiritual. A ideia de ser “conhecida e lida” por todos reflete o impacto visível que a transformação do Evangelho provoca na sociedade.
2 Coríntios 3.3
"Porque já é manifesto que vós sois carta de Cristo, ministrada por nós e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne do coração."
Paulo aprofunda o argumento. Os coríntios são "carta de Cristo", ou seja, o resultado da obra de Cristo em suas vidas. A frase "não com tinta, mas com o Espírito" contrapõe a nova aliança, baseada no Espírito Santo, com a antiga, que era baseada na Lei escrita em tábuas de pedra. "Tábuas de carne do coração" é uma referência a Ezequiel 36.26, onde Deus promete dar ao seu povo um coração novo e colocar o Espírito neles.
2 Coríntios 3.4
"E é por Cristo que temos tal confiança em Deus."
A palavra "confiança" vem do grego πεποίθησις (pepoíthēsis), que significa "confiança, ousadia". Paulo afirma que sua confiança e a eficácia de seu ministério não vêm de sua capacidade, mas de Cristo. Ele é quem garante que o ministério seja frutífero e que a nova aliança tenha poder transformador.
2 Coríntios 3.5
"Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus."
Aqui Paulo reconhece que a "capacidade" (ἱκανότης – hikanótēs) não é mérito humano. Ele está combatendo qualquer tipo de orgulho ministerial, reafirmando que é Deus quem concede a capacidade de servir e de levar o Evangelho com eficácia. A força para ministrar vem do Senhor.
2 Coríntios 3.6
"O qual nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, mas o Espírito vivifica."
Neste versículo, Paulo fala sobre a superioridade da nova aliança. A palavra "capacitou" é novamente ἱκανόω (hikanóō), sugerindo que Deus habilita seus servos para serem ministros dessa nova aliança. "Letra" (γράμμα – gramma) se refere à Lei escrita, que, sem a ação do Espírito, só traz condenação. O "Espírito" (πνεῦμα – pneuma) é o que dá vida, porque ele age transformando os corações, enquanto a letra expõe o pecado, mas não tem o poder de libertar.
2 Coríntios 3.7
"E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual se estava desvanecendo,"
Paulo compara a glória da Lei (o "ministério da morte") com a glória da nova aliança. O "ministério da morte" refere-se à Lei que, embora gloriosa, resultava em morte porque expunha o pecado. A expressão "gravado com letras em pedras" refere-se aos Dez Mandamentos. Mesmo esse ministério, que trazia condenação, veio com glória. Ele menciona a glória no rosto de Moisés (Êxodo 34.29-35) como algo passageiro, simbolizando que a antiga aliança também seria temporária.
2 Coríntios 3.8
"Como não será de maior glória o ministério do Espírito?"
Paulo argumenta que, se o ministério da Lei, que trazia morte, era glorioso, quanto mais glorioso será o ministério do Espírito, que traz vida. O "ministério do Espírito" refere-se à nova aliança, onde o Espírito Santo atua diretamente nos corações dos crentes, transformando-os e vivificando-os.
2 Coríntios 3.9
"Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça."
A "condenação" (κατακρίσεως – katakriseōs) aqui refere-se ao resultado da Lei, que condena o pecador. Contudo, o "ministério da justiça" (δικαιοσύνης – dikaiosýnēs), que é o ministério da nova aliança, resulta em justificação e vida. Este é o grande contraste: a Lei revela a incapacidade humana e condena, mas o Espírito concede justiça e vida eterna, e essa nova aliança excede em glória.
2 Coríntios 3.10
"Porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória."
Aqui, Paulo está dizendo que, comparada à glória da nova aliança, a glória da antiga aliança é ofuscada. A expressão "excelente glória" aponta para o ministério do Espírito que supera completamente a glória da Lei. A antiga aliança, que antes parecia gloriosa, agora é vista como insuficiente diante da superioridade do novo pacto.
2 Coríntios 3.11
"Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece."
Paulo conclui ressaltando que a antiga aliança, que era "transitória" (καταργούμενον – katargoumenon, que significa "que está sendo abolido"), teve sua glória, mas foi temporária. A nova aliança é permanente e tem uma glória muito maior porque ela não apenas revela o pecado, mas traz redenção e vida eterna em Cristo.
Reflexão Teológica:
Paulo destaca aqui a superioridade da nova aliança sobre a antiga. Ele mostra como o ministério do Espírito é superior ao ministério da Lei, que só podia revelar o pecado e trazer condenação. A nova aliança é marcada pela transformação do coração, operada pelo Espírito Santo, que não apenas dá vida, mas conduz o crente à glória eterna em Cristo. A vida cristã, portanto, não deve ser vivida pela "letra", ou seja, por um legalismo vazio, mas pela dinâmica do Espírito que vivifica e transforma.
Verdade Prática
Nossa vida deve refletir, diariamente, a glória de Deus que nos transformou através da genuína mensagem da cruz.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica para Classe de Adultos e Jovens: "Carta Viva do Espírito"
Tema: Somos carta viva do Espírito e da Liberdade (baseado em 2 Coríntios 3)
Objetivo:
Refletir sobre a identidade em Cristo como "carta viva" e a liberdade que o Espírito nos proporciona, além de promover a interação entre os participantes e a aplicação prática dos conceitos bíblicos.
Material Necessário:
- Papéis coloridos (em forma de cartões)
- Canetas ou marcadores
- Um quadro branco ou flip chart
- Música de adoração (opcional)
- Caixa ou recipiente para coletar os cartões
Duração:
Aproximadamente 60 minutos.
Passo a Passo:
1. Abertura (10 minutos)
- Comece com uma oração pedindo a direção de Deus para a aula.
- Faça uma breve introdução sobre 2 Coríntios 3, destacando a ideia de sermos cartas vivas e como o Espírito nos transforma e nos dá liberdade.
2. Atividade de Reflexão (20 minutos)
- Distribua os cartões coloridos e as canetas para cada participante.
- Peça que cada um escreva em seu cartão uma palavra ou frase que represente como o Espírito Santo tem trabalhado em sua vida, ou uma área onde eles sentem que precisam da liberdade do Espírito.
- Depois, incentive-os a compartilhar em pequenos grupos (3-4 pessoas) o que escreveram e como isso se relaciona com a ideia de serem cartas vivas do Espírito.
3. Discussão em Grupo (15 minutos)
- Após a partilha em pequenos grupos, traga todos de volta e peça que compartilhem algumas das reflexões com a classe.
- Anote algumas das palavras ou frases que surgirem em um quadro ou flip chart, formando uma "carta viva" coletiva da turma.
4. Aplicação Prática (10 minutos)
- Converse sobre como podemos ser cartas vivas na vida de outras pessoas, refletindo a glória de Cristo e a liberdade do Espírito. Pergunte:
- Como podemos agir como cartas vivas em nosso dia a dia?
- Que ações práticas podemos tomar para mostrar a liberdade que temos em Cristo?
- Encoraje a turma a pensar em uma ação específica que possam realizar na semana seguinte.
5. Oração Final (5 minutos)
- Termine a dinâmica com uma oração, pedindo que o Espírito Santo ajude a todos a viverem como cartas vivas, refletindo a Sua glória e a liberdade em Cristo.
Considerações Finais:
Essa dinâmica permite que os participantes não apenas compreendam a teoria por trás de serem cartas vivas do Espírito, mas também experimentem e pratiquem essa verdade em comunidade, criando um espaço de crescimento e edificação mútua.
Dinâmica para Classe de Adultos e Jovens: "Carta Viva do Espírito"
Tema: Somos carta viva do Espírito e da Liberdade (baseado em 2 Coríntios 3)
Objetivo:
Refletir sobre a identidade em Cristo como "carta viva" e a liberdade que o Espírito nos proporciona, além de promover a interação entre os participantes e a aplicação prática dos conceitos bíblicos.
Material Necessário:
- Papéis coloridos (em forma de cartões)
- Canetas ou marcadores
- Um quadro branco ou flip chart
- Música de adoração (opcional)
- Caixa ou recipiente para coletar os cartões
Duração:
Aproximadamente 60 minutos.
Passo a Passo:
1. Abertura (10 minutos)
- Comece com uma oração pedindo a direção de Deus para a aula.
- Faça uma breve introdução sobre 2 Coríntios 3, destacando a ideia de sermos cartas vivas e como o Espírito nos transforma e nos dá liberdade.
2. Atividade de Reflexão (20 minutos)
- Distribua os cartões coloridos e as canetas para cada participante.
- Peça que cada um escreva em seu cartão uma palavra ou frase que represente como o Espírito Santo tem trabalhado em sua vida, ou uma área onde eles sentem que precisam da liberdade do Espírito.
- Depois, incentive-os a compartilhar em pequenos grupos (3-4 pessoas) o que escreveram e como isso se relaciona com a ideia de serem cartas vivas do Espírito.
3. Discussão em Grupo (15 minutos)
- Após a partilha em pequenos grupos, traga todos de volta e peça que compartilhem algumas das reflexões com a classe.
- Anote algumas das palavras ou frases que surgirem em um quadro ou flip chart, formando uma "carta viva" coletiva da turma.
4. Aplicação Prática (10 minutos)
- Converse sobre como podemos ser cartas vivas na vida de outras pessoas, refletindo a glória de Cristo e a liberdade do Espírito. Pergunte:
- Como podemos agir como cartas vivas em nosso dia a dia?
- Que ações práticas podemos tomar para mostrar a liberdade que temos em Cristo?
- Encoraje a turma a pensar em uma ação específica que possam realizar na semana seguinte.
5. Oração Final (5 minutos)
- Termine a dinâmica com uma oração, pedindo que o Espírito Santo ajude a todos a viverem como cartas vivas, refletindo a Sua glória e a liberdade em Cristo.
Considerações Finais:
Essa dinâmica permite que os participantes não apenas compreendam a teoria por trás de serem cartas vivas do Espírito, mas também experimentem e pratiquem essa verdade em comunidade, criando um espaço de crescimento e edificação mútua.
DEVOCIONAL DIÁRIO
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Devocional Diário – 2 Coríntios 3
Segunda – 2 Coríntios 3.2
"Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens."
Comentário:Paulo compara os crentes a uma carta, enfatizando que a verdadeira evidência do seu ministério não está em letras ou leis, mas na transformação da vida das pessoas. A palavra "carta" (ἐπιστολή, epistolē) tem um significado profundo, indicando que os crentes são a mensagem de Cristo para o mundo. A expressão "escrita em nossos corações" ressalta a internalização do evangelho, não como um mero conhecimento intelectual, mas como uma realidade vivida. Esse versículo nos lembra que nossas vidas devem ser um testemunho do amor de Cristo.Oração:
Senhor, ajuda-me a ser uma carta viva da Tua graça. Que minha vida possa refletir Teu amor e Teu poder, levando outros a conhecerem-Te.
Terça – 2 Coríntios 3.4
"E é por Cristo que temos tal confiança em Deus."
Comentário:A confiança que Paulo menciona (παρρησία, parrēsia) se refere à liberdade e ousadia em se aproximar de Deus. Essa confiança é fundamentada em Cristo, que nos dá acesso ao Pai. A ideia é que, em Cristo, temos segurança para nos apresentarmos diante de Deus, sabendo que Ele nos aceita. Essa verdade é encorajadora, pois nos assegura que não dependemos de nossas obras, mas da obra de Cristo.Oração:
Deus, ajuda-me a colocar minha confiança em Ti. Que eu lembre que minha força e coragem vêm de Teu Filho, Jesus Cristo.
Quarta – 2 Coríntios 3.9
"Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça."
Comentário:Aqui, Paulo contrasta dois ministérios: o da condenação (καταδίκη, katadikē) associado à Lei, e o ministério da justiça (δικαιοσύνη, dikaiosynē) através de Cristo. O primeiro traz reconhecimento do pecado, enquanto o segundo traz a justificação. A ênfase é que a nova aliança, em Cristo, supera a antiga, proporcionando não apenas a condenação, mas a restauração e a vida eterna. Este versículo nos convida a entender a profundidade da graça de Deus que opera em nós.Oração:
Senhor, agradeço-Te pelo ministério da justiça que recebi em Cristo. Ajuda-me a viver em liberdade e a compartilhar essa verdade com outros.
Quinta – 2 Coríntios 3.11
"Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece."
Comentário:A palavra "transitório" (παραγγελία, parangelia) refere-se ao que é passageiro e temporário, como a antiga aliança. Em contraste, a nova aliança é eterna e, portanto, "permanece" (μένω, menō). Paulo enfatiza que a glória da nova aliança não apenas se iguala, mas supera a da antiga. A promessa de permanência é um incentivo para que os crentes permaneçam firmes na fé, sabendo que as bênçãos em Cristo são duradouras.Oração:
Deus, ajuda-me a focar nas coisas eternas e a valorizar o que realmente importa em minha vida. Que eu viva em função da Tua glória.
Sexta – 2 Coríntios 3.17
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade."
Comentário:Paulo estabelece uma conexão entre o Senhor e o Espírito, afirmando que onde o Espírito de Deus está presente, a verdadeira liberdade (ἐλευθερία, eleutheria) é encontrada. Essa liberdade se refere à libertação do pecado e à capacidade de viver em plena comunhão com Deus. O versículo sugere que, na presença do Espírito, somos livres para adorar, servir e viver de acordo com a vontade de Deus, longe das amarras da Lei.Oração:
Senhor, agradeço pela liberdade que tenho em Ti. Que eu me deixe guiar pelo Teu Espírito em todas as áreas da minha vida.
Sábado – 2 Coríntios 3.18
"Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor."
Comentário:Este versículo é uma poderosa imagem de transformação espiritual. "Rosto descoberto" (ἀπαλλαγή, apallagē) significa que agora temos acesso direto à presença de Deus sem véus, como foi o caso com Moisés. A expressão "refletindo como um espelho" (κατοπτρίζω, katoptrizō) implica que, à medida que olhamos para a glória de Deus, somos transformados na mesma imagem. Essa transformação é contínua, "de glória em glória", indicando um processo progressivo na vida cristã, realizado pelo Espírito Santo. Esse versículo nos chama a buscar diariamente a presença de Deus, permitindo que Sua glória transforme nossas vidas.Oração:
Senhor, desejo refletir Tua glória em tudo o que faço. Ajuda-me a ser transformado de glória em glória, conforme a imagem de Teu Filho, Jesus.
Devocional Diário – 2 Coríntios 3
Segunda – 2 Coríntios 3.2
"Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens."
Oração:
Senhor, ajuda-me a ser uma carta viva da Tua graça. Que minha vida possa refletir Teu amor e Teu poder, levando outros a conhecerem-Te.
Terça – 2 Coríntios 3.4
"E é por Cristo que temos tal confiança em Deus."
Oração:
Deus, ajuda-me a colocar minha confiança em Ti. Que eu lembre que minha força e coragem vêm de Teu Filho, Jesus Cristo.
Quarta – 2 Coríntios 3.9
"Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça."
Oração:
Senhor, agradeço-Te pelo ministério da justiça que recebi em Cristo. Ajuda-me a viver em liberdade e a compartilhar essa verdade com outros.
Quinta – 2 Coríntios 3.11
"Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece."
Oração:
Deus, ajuda-me a focar nas coisas eternas e a valorizar o que realmente importa em minha vida. Que eu viva em função da Tua glória.
Sexta – 2 Coríntios 3.17
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade."
Oração:
Senhor, agradeço pela liberdade que tenho em Ti. Que eu me deixe guiar pelo Teu Espírito em todas as áreas da minha vida.
Sábado – 2 Coríntios 3.18
"Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor."
Oração:
Senhor, desejo refletir Tua glória em tudo o que faço. Ajuda-me a ser transformado de glória em glória, conforme a imagem de Teu Filho, Jesus.
INTRODUÇÃO
Toda a igreja era um milagre evidente, uma prova da autoridade do seu ministério. Portanto, não fazia sentido que lhe exigissem cartas de recomendação, pois eles mesmos eram cartas vivas.
I- CARTAS VIVAS (3.1-6)
Paulo reage aos que exigiam cartas de recomendação e alerta para o fato de que foi através da sua pregação que Deus manifestou a salvação entre eles, de modo que eles mesmos são a carta viva.
1- Cartas conhecidas de todos (3.1-2) Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens (3.2).
O apóstolo destaca as evidências que legitimam a originalidade e sinceridade da sua pregação em oposição à doutrina dos falsos mestres, que causam divisões na igreja de Corinto. Aliás, esse é um tema já presente na primeira carta (1Co 5.6-7). Por isso ele inicia o capítulo 3 perguntando se precisará, novamente, recomendar a si mesmo apesar de tudo que Deus já havia manifestado através de sua vida. Mesmo tendo agido com honestidade, sem jamais exigir nada em troca do Evangelho, os coríntios continuariam se deixando impressionar por cartas de recomendação, como faziam os fariseus (At 9.1-2)? Assim como Jesus, Paulo está ensinando que só podemos conhecer a árvore pelo fruto (Mt 7.15-16), do mesmo modo que só conhecemos a mensagem genuína pelos seus efeitos. Quando ele anunciou o Evangelho em Corinto, vidas foram transformadas; uma igreja nasceu no meio da idolatria e os dons do Espírito eram visíveis (1Co 12.8-11). Por isso ele diz: “Vós sois a nossa carta […] conhecida e lida por todos os homens”.
2- As cartas produzidas por nosso ministério (3.3-5) Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. (3.3).
Embora Paulo se refira aos irmãos de Corinto como “nossa carta”, no verso seguinte ele diz que os irmãos são “já manifestos como carta de Cristo”. A ideia segue o argumento que ele já vem desenvolvendo, pois, sendo carta, a igreja foi ditada por Jesus e escrita pelos atos dos seus apóstolos, por isso é a “carta de Cristo”. Perceba, Paulo está alertando os coríntios para que reconheçam que somente os apóstolos comunicavam a mensagem verdadeira, pois a igreja retirada do meio da idolatria foi “produzida pelo nosso ministério” (3.3), mas “não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus”. Paulo está mostrando o risco de darem ouvidos àqueles que não pregam a mensagem da cruz, determinada “pelo Espírito do Deus vivente”, não em tábuas de pedra, mas no coração das pessoas (2Co 3.3; At 2.2-4,41).
3- As cartas da Nova Aliança (3.6) O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.
Depois de dizer que Cristo é o nosso penhor, nossa segurança pela qual confiamos em Deus, Paulo requer somente a si e aos demais apóstolos e ministros do Evangelho a verdadeira mensagem da cruz. Os que tentam desmoralizá-lo em Corinto queriam acrescentar ao Evangelho os ritos, costumes e interditos mosaicos. O alerta de Paulo é para o fato de que a letra da lei mosaica manifesta o pecado sem nunca nos justificar, por isso é que a letra nos mata, pois nunca teve o propósito de nos apresentar limpos diante de Deus. Acreditar que seriam salvos pela lei é um engano, pois embora seja perfeita, ela não nos santifica e permanecemos em pecado (Rm 7.14-15). Dessa forma, a pregação judaizante era um ministério da morte (3.7). Diferente da lei, o Espírito que nos foi concedido pelo sacrifício perfeito de Cristo nos vivifica e nos muda o caráter para nos fazer em tudo parecidos com Jesus (Gl 2.20), pois escreve em nós mesmos a sua vontade (3.3). Portanto, vivemos sob a nova aliança, sob a graça que nos foi concedida.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Introdução
Paulo reafirma a legitimidade de seu ministério e de sua mensagem, utilizando a metáfora das “cartas vivas” para descrever a própria comunidade cristã de Corinto. Esta metáfora serve para enfatizar que a transformação e a salvação que ocorreram entre eles são a verdadeira prova da autenticidade de sua pregação.
I - CARTAS VIVAS (3.1-6)
1. Cartas conhecidas de todos (3.1-2)
Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens (3.2).
Comentário:Paulo inicia este trecho com uma retórica poderosa, questionando se realmente precisa de cartas de recomendação para validar seu ministério. A frase "conhecida e lida por todos os homens" sugere que a verdadeira legitimidade do ministério não é encontrada em documentos formais, mas nos frutos visíveis da pregação de Paulo. O uso da palavra "carta" (ἐπιστολή, epistolē) implica que a vida dos crentes é um testemunho do Evangelho que ele pregou. Aqui, Paulo se coloca como um autor cuja obra são as vidas transformadas dos coríntios, ressaltando que o verdadeiro ministério se revela pelas mudanças que ocorrem na comunidade.2. As cartas produzidas por nosso ministério (3.3-5)
Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. (3.3).
Comentário:Paulo esclarece que as "cartas" que representam o ministério dele e dos apóstolos são, na verdade, "carta de Cristo". Essa noção sugere que a comunidade é um reflexo da obra de Cristo, indicando que a transformação espiritual não é feita por força humana, mas é obra do "Espírito do Deus vivente" (πνεῦμα, pneuma). A comparação entre "tábuas de pedra" e "tábuas de carne" ressalta a transição de um sistema de lei (a antiga aliança) para uma nova realidade espiritual, onde a palavra de Deus é internalizada e gravada no coração humano. Isso ilustra a superioridade do novo pacto em relação ao antigo, que era apenas uma sombra do que estava por vir (Hebreus 10:1).3. As cartas da Nova Aliança (3.6)
O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.
Comentário:Aqui, Paulo discorre sobre a natureza do seu ministério, enfatizando que ele é "ministro de uma nova aliança". O termo "habilitou" (ἱκανόω, hikanoō) implica que é Deus quem concede a capacitação necessária para o ministério. Ao contrastar "letra" e "espírito", Paulo afirma que a letra (gr. γράμμα, gramma) se refere à lei mosaica, que, embora sagrada, não tem poder para salvar; pelo contrário, ela expõe o pecado e condena. O Espírito (πνεῦμα, pneuma), por outro lado, traz vida (ζωοποιέω, zōopoiéō), indicando que a nova aliança é baseada na graça e na transformação espiritual. A frase "a letra mata, mas o espírito vivifica" é um princípio fundamental da teologia pauliniana, que destaca a incapacidade da lei em proporcionar salvação, contrastando-a com o poder transformador do Espírito Santo.Conclusão
Paulo apresenta uma defesa de seu ministério e uma explicação teológica profunda sobre a natureza da nova aliança em Cristo. Ele utiliza a metáfora das “cartas vivas” para reafirmar que a verdadeira evidência do ministério não está em recomendações externas, mas nas vidas transformadas dos crentes. Essa transformação é resultado da ação do Espírito Santo, que realiza em nós uma nova criação, oferecendo vida e libertação em contraste com a condenação da lei. A mensagem de Paulo é um chamado à autenticidade espiritual e à compreensão da nova identidade em Cristo.
Introdução
Paulo reafirma a legitimidade de seu ministério e de sua mensagem, utilizando a metáfora das “cartas vivas” para descrever a própria comunidade cristã de Corinto. Esta metáfora serve para enfatizar que a transformação e a salvação que ocorreram entre eles são a verdadeira prova da autenticidade de sua pregação.
I - CARTAS VIVAS (3.1-6)
1. Cartas conhecidas de todos (3.1-2)
Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens (3.2).
2. As cartas produzidas por nosso ministério (3.3-5)
Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. (3.3).
3. As cartas da Nova Aliança (3.6)
O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.
Conclusão
Paulo apresenta uma defesa de seu ministério e uma explicação teológica profunda sobre a natureza da nova aliança em Cristo. Ele utiliza a metáfora das “cartas vivas” para reafirmar que a verdadeira evidência do ministério não está em recomendações externas, mas nas vidas transformadas dos crentes. Essa transformação é resultado da ação do Espírito Santo, que realiza em nós uma nova criação, oferecendo vida e libertação em contraste com a condenação da lei. A mensagem de Paulo é um chamado à autenticidade espiritual e à compreensão da nova identidade em Cristo.
II- O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO (3.7-13)
Aos poucos, o combate ao falso ensino dos judaizantes vai ficando mais explícito. Paulo utiliza de comparações entre os deveres da lei e os favores da graça.
1- A letra mata, o espírito vivifica (3.7-8) O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. (3.6).
Para levar os coríntios ao entendimento da nova aliança, cujo grande sinal é a conversão à vontade de Deus (Ef 5.1-2) através do ministério do Espírito Santo, Paulo se refere à instituição da Lei como um sistema punitivo, incapaz de nos livrar da condenação. A intenção é comparar aquela instituição condenatória com a instituição salvadora da aliança firmada no sangue de Jesus. Em todos aqueles dias em que a lei foi instituída, Moisés permaneceu diante de Deus e a glória divina resplandecia em seu rosto (Êx 34.28-30). Paulo só menciona esse fato porque, sua intenção é mostrar que no passado a perfeição e santidade de Deus se manifestavam por alguns instantes sobre Moisés. Mas, na nova aliança firmada pelo sangue de Jesus, a atividade do Espírito nos convence, nos converte, e resplandece em nós permanentemente.
2- A glória sobre-excelente (3.9-11) Porquanto, na verdade, o que, оutrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobre excelente glória (3.10).
Você percebe o que Paulo ensina? Em Cristo, Deus revelou toda a sua glória de modo nítido. Os que creem agora são justificados, de modo que “em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça” (3.9) pois diante dele “o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece diante da atual sobre excelente glória” (3.10). Paulo está explicando que a glória manifesta no rosto de Moisés não se compara à glória manifesta em Jesus. Os coríntios estavam cometendo o erro de olhar para trás (Gl 3. 1-5). Infelizmente, alguns em Corinto estavam dando ouvidos a um falso Evangelho, presos ao sistema legalista. Imprudentes! Se foi possível atestar a glória de Deus provisoriamente, “muito mais glória tem o que é permanente” (3.11), pois sobre os que celebram a Nova Aliança feita por Jesus, foi profetizado: “farei com eles uma aliança eterna […] porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jr 32.40).
3- O brilho eterno (3.12-13) E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia (3.13).
Paulo falava com liberdade pois era conduzido pelo Espírito que opera e resplandece eternamente na igreja santificada por Jesus. Não se trata do brilho provisório no rosto de Moisés, mas de uma atividade constante do Espírito sobre todos os que creem. Uma mensagem desse porte não caberia nos diálogos públicos entre filósofos como acontecia na cultura grega nem em imensas reflexões e comentários rabínicos, por isso “servimo-nos de muita ousadia no falar” (3.12). Por essa certeza de que o Espírito nos transformou mediante a fé em Jesus, sabemos que em cada um dos que creem em Jesus – e não mais em tábuas de pedra – manifesta-se a glória de Deus que nos salvou da condenação. Por isso “não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia”, pois a glória de Deus se manifesta na transformação definitiva operada pelo Espírito Santo.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Neste trecho, Paulo prossegue sua defesa do ministério do Espírito, contrastando a antiga aliança da lei com a nova aliança estabelecida por meio de Cristo. Ele enfatiza que a nova aliança, mediada pelo Espírito Santo, não apenas liberta, mas transforma permanentemente os crentes em refletirem a glória de Deus.
II - O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO (3.7-13)
1. A letra mata, o espírito vivifica (3.7-8)
O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. (3.6).
Comentário:Paulo inicia esta seção relembrando que seu ministério é guiado por Deus, que o habilitou para ser "ministro de uma nova aliança". A palavra “habilitou” (ἱκανόω, hikanoō) implica que a capacitação para o ministério provém de Deus. Ao mencionar "letra" (γράμμα, gramma), Paulo refere-se à lei mosaica, que, embora sagrada, não oferece salvação e é incapaz de transformar o coração humano. Em contraste, o "espírito" (πνεῦμα, pneuma) é a fonte de vida e transformação, trazendo verdadeira libertação e um relacionamento renovado com Deus. A expressão “a letra mata, mas o espírito vivifica” encapsula a essência da mensagem pauliniana, enfatizando que a antiga aliança expõe e condena, mas a nova aliança, através do Espírito Santo, traz vida e salvação.2. A glória sobre-excelente (3.9-11)
Porque, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobre excelente glória (3.10).
Comentário:Aqui, Paulo continua a desenvolver a ideia da superioridade da nova aliança. Ele observa que a glória que Moisés experimentou ao estar na presença de Deus era temporária e não se compara à glória eterna revelada em Cristo. A frase “muito mais glorioso o ministério da justiça” (3.9) indica que a nova aliança não apenas justifica, mas transforma o crente. Paulo adverte os coríntios contra a tendência de olhar para o passado (a antiga aliança) e se apegar a práticas legalistas que não trazem salvação. Ao fazer referência à profecia de Jeremias sobre a nova aliança (Jr 31.31-34), ele aponta que esta nova aliança é interna e vivificante, permitindo um relacionamento mais profundo e pessoal com Deus.3. O brilho eterno (3.12-13)
E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia (3.13).
Comentário:Neste versículo, Paulo faz uma comparação direta entre sua própria abordagem ministerial e a de Moisés. Enquanto Moisés cobriu seu rosto com um véu para esconder a glória que estava se esvanecendo (Êx 34.33-35), Paulo afirma que ele fala "com ousadia" (παρρησία, parrēsía) porque a glória que os crentes têm em Cristo é permanente. O uso da expressão "brilho eterno" sugere que a transformação e a iluminação que o Espírito traz à vida do crente não são passageiras, mas duradouras. A frase "não somos como Moisés" reforça a ideia de que a nova aliança traz uma revelação clara e acessível da glória de Deus, enquanto o véu de Moisés simboliza a obscuridade e a incerteza que acompanham a antiga aliança.Conclusão
Neste segmento, Paulo continua a argumentar a favor do ministério do Espírito, que é superior e transformador em relação à antiga aliança da lei. Ele convoca os crentes a reconhecerem que a verdadeira transformação e libertação vêm de um relacionamento vivo e dinâmico com o Espírito Santo. A comparação entre a glória passageira de Moisés e a glória eterna revelada em Cristo serve para encorajar os coríntios a permanecerem firmes na nova aliança, que não apenas salva, mas também transforma e ilumina. O ministério do Espírito é apresentado como uma fonte contínua de vida e renovação para todos os que creem.
Neste trecho, Paulo prossegue sua defesa do ministério do Espírito, contrastando a antiga aliança da lei com a nova aliança estabelecida por meio de Cristo. Ele enfatiza que a nova aliança, mediada pelo Espírito Santo, não apenas liberta, mas transforma permanentemente os crentes em refletirem a glória de Deus.
II - O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO (3.7-13)
1. A letra mata, o espírito vivifica (3.7-8)
O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. (3.6).
2. A glória sobre-excelente (3.9-11)
Porque, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobre excelente glória (3.10).
3. O brilho eterno (3.12-13)
E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia (3.13).
Conclusão
Neste segmento, Paulo continua a argumentar a favor do ministério do Espírito, que é superior e transformador em relação à antiga aliança da lei. Ele convoca os crentes a reconhecerem que a verdadeira transformação e libertação vêm de um relacionamento vivo e dinâmico com o Espírito Santo. A comparação entre a glória passageira de Moisés e a glória eterna revelada em Cristo serve para encorajar os coríntios a permanecerem firmes na nova aliança, que não apenas salva, mas também transforma e ilumina. O ministério do Espírito é apresentado como uma fonte contínua de vida e renovação para todos os que creem.
III- O ESPÍRITO E A LIBERDADE (3.14-18)
Paulo explica, criteriosamente, como a Nova Aliança permite aos que creem tornarem-se semelhantes à pessoa de Jesus. A mudança operada na igreja pelo Espírito Santo ocorre em cada um mediante a fé no Senhor Jesus, não nos antigos preceitos mosaicos.
1- A escravidão legalista (3.14-15) Até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles (3.15).
Mas, alguns em Corinto não enxergavam no sacrifício da cruz o plano perfeito pelo qual a sabedoria de Deus promoveu a salvação. Não percebiam, pois, “os sentidos deles se embotaram” (3.14), ou seja, não podiam perceber claramente que na Torá e nos profetas tudo aponta para o que se cumpriu em Jesus. Portanto, o apego ao legalismo mosaico não os deixava enxergar a total manifestação de tudo que a Antiga Aliança anunciou. Não enxergavam em Cristo a glória sobre-excelente de Deus, pois não lhes parecia bastante crer. Embora declarasse a fé em Jesus, acrescentavam a ela a prática de preceitos que Jesus já havia cumprido com perfeição. O próprio Jesus precisou tirar o véu da cegueira acerca das verdades reveladas na Escritura – que ainda embotava os olhos dos discípulos que caminhavam para Emaús (Lc 24.25-27). Mesmo assim, “o véu está posto sobre o coração deles” (3.15).
2- Liberdade do Espírito (3.16-17) Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (3.17).
O que Paulo está dizendo é que os coríntios deveriam retirar dos olhos a limitada compreensão legalista e voltar os olhos para Jesus (3.16), a fim de reconhecer que Nele tudo o que a lei exigia já foi cumprido. Jesus não revogou a lei, ao invés disso, Ele a cumpriu a fim de que fossemos livres daquelas obrigações. Ora, o Espírito de Deus (3.17) nos transformou de tal modo que, quando nos olhamos não há véu que nos impeça de ver em cada irmão o mesmo brilho da glória de Deus refletido em nós. Estando em nós esse espírito por causa da fé em Jesus, já somos livres do jugo da lei. É oportuno dizer que a liberdade em relação aos preceitos não pode ser confundida com um abandono de princípios. Paulo não está ensinando nenhum tipo de relativismo, tampouco questionando as Escrituras, muito pelo contrário, ele nos mostra que toda a Antiga Aliança apontava para Jesus.
3- Semelhantes a Jesus (3.18) Somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.
Uma vez transformados, não somos mais como os que viam a glória de Deus através do véu no rosto de Moisés. Os hebreus olhavam mas não viam toda a glória; nós vemos pela fé (2Co 5.7) e enxergamos glória sobre-excelente. Passamos a ter interesses, propósitos e valores idênticos aos de Jesus. Por isso é que, um a um – ou “de glória em glória” – somos transformados, pois desde o primeiro ato de conversão o Espírito habita em nós (Rm 8.9). Por isso é que passamos a desejar as coisas do alto (Cl 3.2;5). É isso que temos em comum com Jesus. Por isso “somos transformados […] na sua própria imagem” (3.18) e somos guiados pelo Seu Espírito.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Neste trecho, Paulo continua a explicar a importância do Espírito Santo na vida do crente, contrastando a nova aliança, que traz liberdade e transformação, com a antiga aliança, que, embora tenha seu valor, era incapaz de oferecer a salvação plena e a verdadeira compreensão de Deus. Ele destaca que, através da fé em Jesus, os crentes são capacitados a se tornarem semelhantes a Ele.
III - O ESPÍRITO E A LIBERDADE (3.14-18)
1. A escravidão legalista (3.14-15)
Até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles (3.15).
Comentário:Paulo descreve a condição espiritual dos que permanecem presos à lei mosaica como uma “escravidão legalista”. A expressão “os sentidos deles se embotaram” (πάθος, pathos) sugere que a incapacidade de perceber a verdade do evangelho é uma condição de endurecimento espiritual. O “véu” (καλύπτρα, kalyptra) simboliza a cegueira espiritual que impede a compreensão do verdadeiro propósito da lei, que é levar as pessoas a Cristo (Gl 3.24). O fato de que o véu ainda está sobre os corações deles implica que, mesmo ao ler a Escritura, não conseguem ver a revelação de Jesus como o cumprimento das promessas de Deus. A falta de fé e a insistência em manter práticas do passado obscurecem a visão do plano redentor de Deus.2. Liberdade do Espírito (3.16-17)
Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (3.17).
Comentário:Paulo declara que o Senhor é o Espírito, enfatizando a unidade entre Cristo e o Espírito Santo. Essa conexão é fundamental para entender que a liberdade verdadeira só é encontrada em um relacionamento com Cristo, não na observância da lei. A expressão “onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” sugere que a presença do Espírito resulta em libertação das amarras da legalidade. A liberdade mencionada não é uma licença para viver de qualquer forma, mas uma emancipação das obrigações da lei que, por si só, não pode salvar. O crente, ao viver no Espírito, é capacitado a ver os outros como portadores da glória de Deus e a cumprir a vontade de Deus em amor.3. Semelhantes a Jesus (3.18)
Somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.
Comentário:Este versículo culmina a argumentação de Paulo, afirmando que, por meio do Espírito, os crentes são continuamente transformados “de glória em glória”. A ideia de ser transformado (μεταμορφόω, metamorphoō) sugere uma mudança radical e progressiva na vida do crente, que se torna cada vez mais semelhante à imagem de Cristo. A expressão “na sua própria imagem” (εἰκόνα, eikona) enfatiza que o objetivo final da redenção é que os crentes reflitam a natureza e o caráter de Jesus em suas vidas. A transformação é um processo contínuo, que ocorre à medida que os crentes se aproximam de Deus pela fé e pela obra do Espírito Santo. Assim, a liberdade encontrada em Cristo resulta em um profundo desejo de seguir e imitar a Ele em tudo.Conclusão
Paulo, em 2 Coríntios 3:14-18, mostra que a nova aliança, por meio do Espírito Santo, oferece liberdade e transformação, permitindo que os crentes se tornem semelhantes a Jesus. Ao se afastarem das práticas legalistas e se voltarem para Cristo, os coríntios são chamados a experimentar uma nova vida, marcada pela glória de Deus e pela liberdade verdadeira que vem da presença do Espírito. Essa transformação não é apenas um ato inicial, mas um processo contínuo que reflete a obra redentora de Cristo em suas vidas. A mensagem de Paulo encoraja os crentes a abraçar essa liberdade e a viver como refletindo a luz de Cristo no mundo.
Neste trecho, Paulo continua a explicar a importância do Espírito Santo na vida do crente, contrastando a nova aliança, que traz liberdade e transformação, com a antiga aliança, que, embora tenha seu valor, era incapaz de oferecer a salvação plena e a verdadeira compreensão de Deus. Ele destaca que, através da fé em Jesus, os crentes são capacitados a se tornarem semelhantes a Ele.
III - O ESPÍRITO E A LIBERDADE (3.14-18)
1. A escravidão legalista (3.14-15)
Até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles (3.15).
2. Liberdade do Espírito (3.16-17)
Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (3.17).
3. Semelhantes a Jesus (3.18)
Somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.
Conclusão
Paulo, em 2 Coríntios 3:14-18, mostra que a nova aliança, por meio do Espírito Santo, oferece liberdade e transformação, permitindo que os crentes se tornem semelhantes a Jesus. Ao se afastarem das práticas legalistas e se voltarem para Cristo, os coríntios são chamados a experimentar uma nova vida, marcada pela glória de Deus e pela liberdade verdadeira que vem da presença do Espírito. Essa transformação não é apenas um ato inicial, mas um processo contínuo que reflete a obra redentora de Cristo em suas vidas. A mensagem de Paulo encoraja os crentes a abraçar essa liberdade e a viver como refletindo a luz de Cristo no mundo.
APLICAÇÃO PESSOAL
Devemos viver em santidade e união a fim de que em cada um de nós se manifeste a glória de Deus.
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