SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
OBJETIVOS
PARA COMEÇAR A AULA
Todos concordam que nossas roupas nos ajudam a melhorar ainda mais a beleza dos nossos corpos? Apesar disso elas se desgastam, envelhecem e são substituídas. Esse assunto cotidiano ilustra a certeza de que nosso corpo sujeito a imperfeições e fraquezas é como a roupa. Um dia seremos revestidos, assumiremos um corpo glorificado e santo. Você pode utilizar um pedaço de tecido bem desgastado para ilustrar a transitoriedade do nosso corpo atual e a nossa expectativa de glorificação.
LEITURA ADICIONAL
Em 2 Coríntios 5.1-10, vemos que o nosso espírito vive em uma morada, que é o nosso corpo. Vemos nestes versículos que, após a morte, o espírito do indivíduo reconciliado receberá uma morada diferente. Qual a diferença entre as moradas terrestre e celestial? Em primeiro lugar, notamos que Paulo chama o nosso corpo físico de “tabernáculo” (“tenda”), como também Pedro (2Pe 1.13). Nosso corpo celestial, por outro lado, é chamado “edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus”. Seu espírito viverá na sua nova morada, bem como agora habita no seu corpo físico. Da mesma forma, uma casa sólida, feita de tijolos ou pedras, é superior a uma tenda de lona, também nosso corpo espiritual (nossa morada celestial) será muito superior ao nosso corpo atual! O espírito, antes “vestido” nessa tenda terrestre, vestirá sua “morada celestial”. É uma das bênçãos que Deus tem preparado para aqueles que o amam (1Co 2.9). Em 2 Coríntios 5.5 temos um bom resumo: Deus nos criou para “habitarmos com o Senhor”. Jesus prometeu preparar um lugar para nós. Ele diz: “Virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14.3). Mas os seres humanos, finitos e decaídos, habitam um corpo que é mortal e perecível; por isso, não podem morar na presença de um Cristo imaculado, infinito e glorificado. O homem precisa ser transformado. Essa mudança se inicia na hora da sua conversão, pois ele nasce de novo em termos espirituais e morais. (Livro: Comentário Bíblico: 1 e 2 Coríntios (Thomas Reginald Hoover, CPAD, 1999, pp. 176-177).
Texto Áureo
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram.” 2Co 5.14
Leitura Bíblica Com Todos
2 Coríntios 5.1-21
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Neste capítulo, Paulo aborda a segurança e a esperança da vida eterna. Ele explora a certeza da ressurreição e da habitação celeste, contrastando nossa “tenda” terrena com a “habitação” celestial preparada por Deus. Ele também descreve o ministério da reconciliação, enfatizando o papel dos crentes como “embaixadores de Cristo” para espalhar a mensagem da redenção.
Versículo 1:
“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.”
- Comentário: Paulo usa o termo “tabernáculo” (do grego σκηνή, skēnē, “tenda” ou “cabana”) para simbolizar o corpo físico, enfatizando sua natureza temporária e vulnerável. A “casa não feita por mãos” representa o corpo eterno e incorruptível que aguardamos na ressurreição.
- Raiz grega: “Tabernáculo” (σκηνή - skēnē) sugere transitoriedade, e “edifício” (οἰκοδομή - oikodomē) destaca algo estável e duradouro.
Versículo 2:
“E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu.”
- Comentário: Paulo expressa o anseio espiritual por um corpo celestial. O termo “gememos” (στενάζω - stenazō) revela uma dor que nasce do desejo pela redenção completa e pelo estado glorificado.
- Raiz grega: “Revestidos” (ἐπενδύομαι - ependýomai) denota a ideia de ser vestido ou coberto com algo novo, aqui um corpo glorificado.
Versículo 3:
“Se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus.”
- Comentário: Paulo sugere que aqueles que foram “vestidos” com a graça de Deus não experimentarão a vergonha da “nudez” espiritual, uma imagem da separação de Deus.
- Raiz grega: “Nus” (γυμνός - gymnos) refere-se à vulnerabilidade sem a cobertura da justiça divina.
Versículo 4:
“Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.”
- Comentário: Paulo anseia não pela morte, mas pela transformação. O desejo é que o “mortal” seja “absorvido” pela vida eterna.
- Raiz grega: “Absorvido” (καταπίνω - katapinō) transmite a ideia de ser completamente submerso ou envolvido, indicando a completa superação da mortalidade.
Versículo 5:
“Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito.”
- Comentário: O “penhor do Espírito” é uma garantia de nossa futura redenção. O termo “penhor” (ἀρραβών - arrabōn) era um depósito que selava um contrato.
- Raiz grega: “Penhor” (ἀρραβών - arrabōn) indica uma garantia de algo que será cumprido, um sinal da herança futura.
Versículo 6:
“Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor.”
- Comentário: Paulo reconhece que, enquanto os crentes estão “no corpo” físico, estão separados da presença plena de Deus. No entanto, há confiança e ânimo em saber que a separação é temporária.
- Raiz grega: “Bom ânimo” (θαρρέω - tharréō) significa coragem e confiança, destacando a atitude positiva dos crentes, mesmo na separação temporária de Deus.
Versículo 7:
“(Porque andamos por fé e não por vista).”
- Comentário: Este versículo resume a vida cristã: uma caminhada de fé e confiança em Deus e em Suas promessas, que são invisíveis no presente.
- Raiz grega: “Fé” (πίστις - pístis) implica uma confiança ativa e permanente, diferente da percepção visual direta.
Versículo 8:
“Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor.”
- Comentário: Paulo expressa um desejo profundo de estar com o Senhor, mesmo que isso signifique deixar o corpo físico.
- Raiz grega: “Habitar” (ἐνδημέω - endēméō) significa residir ou estar em casa, sugerindo que a verdadeira morada do crente é com Deus.
Versículo 9:
“Por isso nos esforçamos também, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis.”
- Comentário: Paulo afirma que o objetivo do crente é agradar a Deus em todas as circunstâncias, independentemente de estar presente com o Senhor ou vivendo na terra.
- Raiz grega: “Agradáveis” (εὐάρεστος - euárestos) implica fazer o que é aceitável e agradável a Deus.
Versículo 10:
“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”
- Comentário: Paulo ensina que todos os crentes serão julgados por Cristo, não para a condenação, mas para receber recompensas baseadas em suas ações.
- Raiz grega: “Tribunal” (βῆμα - bēma) era uma plataforma de julgamento, usada para avaliar ações de mérito.
Versículo 11:
“Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé; e somos manifestos a Deus; e espero que também nas vossas consciências sejamos manifestos.”
- Comentário: O temor reverente pelo julgamento de Deus leva Paulo a persuadir outros à fé. Ele espera que sua sinceridade seja evidente na consciência dos crentes.
- Raiz grega: “Temor” (φόβος - phóbos) denota respeito reverente, não medo paralisante.
Versículo 12:
“Não nos recomendamos outra vez a vós, mas damos-vos ocasião de vos gloriardes por nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração.”
- Comentário: Paulo reafirma que ele não está buscando validação própria, mas quer que os coríntios entendam sua motivação sincera e possam defender o apóstolo contra críticas superficiais.
- Raiz grega: “Aparência” (πρόσωπον - prósopon) refere-se ao exterior, sugerindo que alguns valorizavam o superficial em detrimento da autenticidade.
Versículo 13:
“Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós.”
- Comentário: Paulo admite que seu zelo por Deus pode parecer “loucura” para alguns, mas sua seriedade ao comunicar o Evangelho serve para beneficiar a igreja.
- Raiz grega: “Enlouquecemos” (ἐξίστημι - exístēmi) pode significar estar fora de si, indicando um fervor incomum.
Versículo 14:
“Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram.”
- Comentário: O “amor de Cristo” é a motivação de Paulo. A morte de Cristo por todos simboliza que, em certo sentido, todos morreram com Ele, resultando em uma nova vida.
- Raiz grega: “Constrange” (συνέχω - synéchō) sugere ser compelido ou pressionado fortemente, indicando a força desse amor.
Versículo 15:
“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”
- Comentário: O objetivo do sacrifício de Cristo é que os crentes vivam uma vida dedicada a Ele, não centrada em si mesmos.
- Raiz grega: “Viver” (ζάω - záō) implica uma vida plena em Cristo, em oposição a uma existência auto-centrada.
Versículo 16:
“Assim que, nós daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora já não o conhecemos deste modo.”
- Comentário: Paulo descreve uma mudança de perspectiva dos crentes. "Conhecer segundo a carne" significa avaliar alguém de uma perspectiva puramente humana e terrena. Agora, eles enxergam Cristo e outros crentes de uma maneira espiritual e renovada.
- Raiz grega: “Carne” (σάρξ - sárx) refere-se à natureza humana, com suas limitações e inclinações naturais, em contraste com o entendimento espiritual.
Versículo 17:
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
- Comentário: Este versículo enfatiza a transformação que ocorre na vida de quem está "em Cristo". A expressão “nova criatura” indica uma criação completamente renovada, simbolizando o abandono da velha natureza e o início de uma nova vida.
- Raiz grega: “Nova” (καινός - kainós) significa algo qualitativamente novo e diferente, indicando uma transformação interna completa.
Versículo 18:
“E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação.”
- Comentário: Paulo lembra que a reconciliação com Deus é um ato de Sua própria iniciativa, realizado por meio de Cristo. Além disso, os crentes são chamados a serem ministros dessa reconciliação, levando outros a restaurar seu relacionamento com Deus.
- Raiz grega: “Reconciliação” (καταλλαγή - katallagē) denota a restauração de um relacionamento, implicando o fim da inimizade entre Deus e a humanidade.
Versículo 19:
“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.”
- Comentário: Este versículo reforça que Deus, em Cristo, tomou a iniciativa de reconciliar o mundo consigo, não imputando ou cobrando os pecados da humanidade. Paulo destaca o chamado dos crentes a compartilhar essa “palavra da reconciliação”.
- Raiz grega: “Imputando” (λογίζομαι - logízomai) significa calcular ou considerar, implicando que Deus decidiu não contar os pecados contra os crentes.
Versículo 20:
“De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.”
- Comentário: Paulo usa a imagem de um “embaixador” para enfatizar a responsabilidade dos crentes de representar Cristo no mundo e apelar às pessoas para que se reconciliem com Deus.
- Raiz grega: “Embaixadores” (πρεσβεύω - presbéuō) denota alguém que representa autoridade em outro reino, destacando o papel dos crentes como representantes de Cristo.
Versículo 21:
“Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”
- Comentário: Paulo conclui com uma das declarações mais profundas da redenção. Cristo, que nunca pecou, assumiu a penalidade do pecado para que, por meio Dele, os crentes pudessem se tornar “justiça de Deus”. Isso implica a imputação da justiça de Cristo aos crentes.
- Raiz grega: “Justiça” (δικαιοσύνη - dikaiosýnē) refere-se ao estado de estar em pleno acordo com os padrões de Deus, algo que é concedido ao crente através de Cristo.
Esse capítulo oferece uma visão completa da promessa de salvação, transformação e reconciliação de Deus para a humanidade. Cada versículo aprofunda o papel de Cristo e a responsabilidade dos crentes, fortalecendo a esperança na promessa da vida eterna e chamando à missão de reconciliação com Deus.
Neste capítulo, Paulo aborda a segurança e a esperança da vida eterna. Ele explora a certeza da ressurreição e da habitação celeste, contrastando nossa “tenda” terrena com a “habitação” celestial preparada por Deus. Ele também descreve o ministério da reconciliação, enfatizando o papel dos crentes como “embaixadores de Cristo” para espalhar a mensagem da redenção.
Versículo 1:
“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.”
- Comentário: Paulo usa o termo “tabernáculo” (do grego σκηνή, skēnē, “tenda” ou “cabana”) para simbolizar o corpo físico, enfatizando sua natureza temporária e vulnerável. A “casa não feita por mãos” representa o corpo eterno e incorruptível que aguardamos na ressurreição.
- Raiz grega: “Tabernáculo” (σκηνή - skēnē) sugere transitoriedade, e “edifício” (οἰκοδομή - oikodomē) destaca algo estável e duradouro.
Versículo 2:
“E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu.”
- Comentário: Paulo expressa o anseio espiritual por um corpo celestial. O termo “gememos” (στενάζω - stenazō) revela uma dor que nasce do desejo pela redenção completa e pelo estado glorificado.
- Raiz grega: “Revestidos” (ἐπενδύομαι - ependýomai) denota a ideia de ser vestido ou coberto com algo novo, aqui um corpo glorificado.
Versículo 3:
“Se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus.”
- Comentário: Paulo sugere que aqueles que foram “vestidos” com a graça de Deus não experimentarão a vergonha da “nudez” espiritual, uma imagem da separação de Deus.
- Raiz grega: “Nus” (γυμνός - gymnos) refere-se à vulnerabilidade sem a cobertura da justiça divina.
Versículo 4:
“Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.”
- Comentário: Paulo anseia não pela morte, mas pela transformação. O desejo é que o “mortal” seja “absorvido” pela vida eterna.
- Raiz grega: “Absorvido” (καταπίνω - katapinō) transmite a ideia de ser completamente submerso ou envolvido, indicando a completa superação da mortalidade.
Versículo 5:
“Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito.”
- Comentário: O “penhor do Espírito” é uma garantia de nossa futura redenção. O termo “penhor” (ἀρραβών - arrabōn) era um depósito que selava um contrato.
- Raiz grega: “Penhor” (ἀρραβών - arrabōn) indica uma garantia de algo que será cumprido, um sinal da herança futura.
Versículo 6:
“Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor.”
- Comentário: Paulo reconhece que, enquanto os crentes estão “no corpo” físico, estão separados da presença plena de Deus. No entanto, há confiança e ânimo em saber que a separação é temporária.
- Raiz grega: “Bom ânimo” (θαρρέω - tharréō) significa coragem e confiança, destacando a atitude positiva dos crentes, mesmo na separação temporária de Deus.
Versículo 7:
“(Porque andamos por fé e não por vista).”
- Comentário: Este versículo resume a vida cristã: uma caminhada de fé e confiança em Deus e em Suas promessas, que são invisíveis no presente.
- Raiz grega: “Fé” (πίστις - pístis) implica uma confiança ativa e permanente, diferente da percepção visual direta.
Versículo 8:
“Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor.”
- Comentário: Paulo expressa um desejo profundo de estar com o Senhor, mesmo que isso signifique deixar o corpo físico.
- Raiz grega: “Habitar” (ἐνδημέω - endēméō) significa residir ou estar em casa, sugerindo que a verdadeira morada do crente é com Deus.
Versículo 9:
“Por isso nos esforçamos também, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis.”
- Comentário: Paulo afirma que o objetivo do crente é agradar a Deus em todas as circunstâncias, independentemente de estar presente com o Senhor ou vivendo na terra.
- Raiz grega: “Agradáveis” (εὐάρεστος - euárestos) implica fazer o que é aceitável e agradável a Deus.
Versículo 10:
“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”
- Comentário: Paulo ensina que todos os crentes serão julgados por Cristo, não para a condenação, mas para receber recompensas baseadas em suas ações.
- Raiz grega: “Tribunal” (βῆμα - bēma) era uma plataforma de julgamento, usada para avaliar ações de mérito.
Versículo 11:
“Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé; e somos manifestos a Deus; e espero que também nas vossas consciências sejamos manifestos.”
- Comentário: O temor reverente pelo julgamento de Deus leva Paulo a persuadir outros à fé. Ele espera que sua sinceridade seja evidente na consciência dos crentes.
- Raiz grega: “Temor” (φόβος - phóbos) denota respeito reverente, não medo paralisante.
Versículo 12:
“Não nos recomendamos outra vez a vós, mas damos-vos ocasião de vos gloriardes por nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração.”
- Comentário: Paulo reafirma que ele não está buscando validação própria, mas quer que os coríntios entendam sua motivação sincera e possam defender o apóstolo contra críticas superficiais.
- Raiz grega: “Aparência” (πρόσωπον - prósopon) refere-se ao exterior, sugerindo que alguns valorizavam o superficial em detrimento da autenticidade.
Versículo 13:
“Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós.”
- Comentário: Paulo admite que seu zelo por Deus pode parecer “loucura” para alguns, mas sua seriedade ao comunicar o Evangelho serve para beneficiar a igreja.
- Raiz grega: “Enlouquecemos” (ἐξίστημι - exístēmi) pode significar estar fora de si, indicando um fervor incomum.
Versículo 14:
“Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram.”
- Comentário: O “amor de Cristo” é a motivação de Paulo. A morte de Cristo por todos simboliza que, em certo sentido, todos morreram com Ele, resultando em uma nova vida.
- Raiz grega: “Constrange” (συνέχω - synéchō) sugere ser compelido ou pressionado fortemente, indicando a força desse amor.
Versículo 15:
“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”
- Comentário: O objetivo do sacrifício de Cristo é que os crentes vivam uma vida dedicada a Ele, não centrada em si mesmos.
- Raiz grega: “Viver” (ζάω - záō) implica uma vida plena em Cristo, em oposição a uma existência auto-centrada.
Versículo 16:
“Assim que, nós daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora já não o conhecemos deste modo.”
- Comentário: Paulo descreve uma mudança de perspectiva dos crentes. "Conhecer segundo a carne" significa avaliar alguém de uma perspectiva puramente humana e terrena. Agora, eles enxergam Cristo e outros crentes de uma maneira espiritual e renovada.
- Raiz grega: “Carne” (σάρξ - sárx) refere-se à natureza humana, com suas limitações e inclinações naturais, em contraste com o entendimento espiritual.
Versículo 17:
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
- Comentário: Este versículo enfatiza a transformação que ocorre na vida de quem está "em Cristo". A expressão “nova criatura” indica uma criação completamente renovada, simbolizando o abandono da velha natureza e o início de uma nova vida.
- Raiz grega: “Nova” (καινός - kainós) significa algo qualitativamente novo e diferente, indicando uma transformação interna completa.
Versículo 18:
“E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação.”
- Comentário: Paulo lembra que a reconciliação com Deus é um ato de Sua própria iniciativa, realizado por meio de Cristo. Além disso, os crentes são chamados a serem ministros dessa reconciliação, levando outros a restaurar seu relacionamento com Deus.
- Raiz grega: “Reconciliação” (καταλλαγή - katallagē) denota a restauração de um relacionamento, implicando o fim da inimizade entre Deus e a humanidade.
Versículo 19:
“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.”
- Comentário: Este versículo reforça que Deus, em Cristo, tomou a iniciativa de reconciliar o mundo consigo, não imputando ou cobrando os pecados da humanidade. Paulo destaca o chamado dos crentes a compartilhar essa “palavra da reconciliação”.
- Raiz grega: “Imputando” (λογίζομαι - logízomai) significa calcular ou considerar, implicando que Deus decidiu não contar os pecados contra os crentes.
Versículo 20:
“De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.”
- Comentário: Paulo usa a imagem de um “embaixador” para enfatizar a responsabilidade dos crentes de representar Cristo no mundo e apelar às pessoas para que se reconciliem com Deus.
- Raiz grega: “Embaixadores” (πρεσβεύω - presbéuō) denota alguém que representa autoridade em outro reino, destacando o papel dos crentes como representantes de Cristo.
Versículo 21:
“Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”
- Comentário: Paulo conclui com uma das declarações mais profundas da redenção. Cristo, que nunca pecou, assumiu a penalidade do pecado para que, por meio Dele, os crentes pudessem se tornar “justiça de Deus”. Isso implica a imputação da justiça de Cristo aos crentes.
- Raiz grega: “Justiça” (δικαιοσύνη - dikaiosýnē) refere-se ao estado de estar em pleno acordo com os padrões de Deus, algo que é concedido ao crente através de Cristo.
Esse capítulo oferece uma visão completa da promessa de salvação, transformação e reconciliação de Deus para a humanidade. Cada versículo aprofunda o papel de Cristo e a responsabilidade dos crentes, fortalecendo a esperança na promessa da vida eterna e chamando à missão de reconciliação com Deus.
Verdade Prática
A convicção da glória que nos aguarda deve determinar a forma como vivemos agora.
DEVOCIONAL DIÁRIO
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Aqui está uma reflexão devocional para cada dia, baseada nos versículos selecionados de 2 Coríntios 5:
Segunda – 2 Coríntios 5:1
"Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus."
Reflexão: Paulo nos lembra da esperança além desta vida. Mesmo que o nosso “tabernáculo” (corpo físico) seja temporário e sujeito à deterioração, temos a promessa de uma morada eterna. Esse pensamento nos incentiva a viver com um propósito celestial, sabendo que nosso destino é junto de Deus.
Terça – 2 Coríntios 5:4
"Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos, carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida."
Reflexão: Este gemido representa o anseio pela redenção completa e a superação das limitações físicas. Deus promete que o que é mortal será “absorvido pela vida” — uma vida eterna e transformada. Enquanto isso, somos chamados a viver em perseverança, com a certeza da glória que está por vir.
Quarta – 2 Coríntios 5:5
"Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito."
Reflexão: Deus nos preparou para a eternidade, dando-nos o Espírito Santo como “penhor”, uma garantia de nossa salvação e transformação futura. O Espírito nos capacita e fortalece diariamente, renovando nossa esperança na promessa da vida eterna.
Quinta – 2 Coríntios 5:10
"Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal."
Reflexão: Este versículo nos lembra da seriedade de nossas escolhas e ações. O tribunal de Cristo não é para condenação, mas para recompensas e responsabilidades com base no que fizemos. Que possamos viver de forma que glorifique a Deus, conscientes da oportunidade de servir e fazer o bem.
Sexta – 2 Coríntios 5:15
"E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou."
Reflexão: A morte e a ressurreição de Cristo mudam a maneira como vivemos. Não somos chamados para viver para nossos próprios interesses, mas para Cristo, que nos deu a vida. Esse sacrifício nos inspira a dedicar nossa vida e talentos ao Reino de Deus e ao próximo.
Sábado – 2 Coríntios 5:17
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."
Reflexão: Em Cristo, recebemos uma nova identidade e uma nova vida. As coisas passadas, nossos pecados e falhas, são deixados para trás, e vivemos uma nova história. Cada dia é uma chance de experimentar essa renovação e refletir o amor e a graça de Deus ao mundo.
Essas reflexões diárias nos ajudam a aprofundar nossa caminhada cristã, lembrando-nos do propósito, da transformação e da esperança que temos em Cristo.
Aqui está uma reflexão devocional para cada dia, baseada nos versículos selecionados de 2 Coríntios 5:
Segunda – 2 Coríntios 5:1
"Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus."
Reflexão: Paulo nos lembra da esperança além desta vida. Mesmo que o nosso “tabernáculo” (corpo físico) seja temporário e sujeito à deterioração, temos a promessa de uma morada eterna. Esse pensamento nos incentiva a viver com um propósito celestial, sabendo que nosso destino é junto de Deus.
Terça – 2 Coríntios 5:4
"Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos, carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida."
Reflexão: Este gemido representa o anseio pela redenção completa e a superação das limitações físicas. Deus promete que o que é mortal será “absorvido pela vida” — uma vida eterna e transformada. Enquanto isso, somos chamados a viver em perseverança, com a certeza da glória que está por vir.
Quarta – 2 Coríntios 5:5
"Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito."
Reflexão: Deus nos preparou para a eternidade, dando-nos o Espírito Santo como “penhor”, uma garantia de nossa salvação e transformação futura. O Espírito nos capacita e fortalece diariamente, renovando nossa esperança na promessa da vida eterna.
Quinta – 2 Coríntios 5:10
"Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal."
Reflexão: Este versículo nos lembra da seriedade de nossas escolhas e ações. O tribunal de Cristo não é para condenação, mas para recompensas e responsabilidades com base no que fizemos. Que possamos viver de forma que glorifique a Deus, conscientes da oportunidade de servir e fazer o bem.
Sexta – 2 Coríntios 5:15
"E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou."
Reflexão: A morte e a ressurreição de Cristo mudam a maneira como vivemos. Não somos chamados para viver para nossos próprios interesses, mas para Cristo, que nos deu a vida. Esse sacrifício nos inspira a dedicar nossa vida e talentos ao Reino de Deus e ao próximo.
Sábado – 2 Coríntios 5:17
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."
Reflexão: Em Cristo, recebemos uma nova identidade e uma nova vida. As coisas passadas, nossos pecados e falhas, são deixados para trás, e vivemos uma nova história. Cada dia é uma chance de experimentar essa renovação e refletir o amor e a graça de Deus ao mundo.
Essas reflexões diárias nos ajudam a aprofundar nossa caminhada cristã, lembrando-nos do propósito, da transformação e da esperança que temos em Cristo.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Para abordar o tema da Lição 05 sobre "Novas Criaturas e Embaixadores de Cristo" com base em 2 Coríntios 5, aqui está uma dinâmica prática e envolvente:
Dinâmica: “Transformação e Reconciliação”
Objetivo: Demonstrar a transformação que ocorre ao se tornar uma nova criatura em Cristo e a responsabilidade de ser um embaixador da reconciliação.
Material Necessário:
- Folhas de papel ou cartolina (duas cores diferentes).
- Uma cor para representar a vida antes de Cristo (ex.: preto).
- Outra cor para a nova vida em Cristo (ex.: branco).
- Canetas ou marcadores.
- Tesoura e fita adesiva.
Desenvolvimento:
- Introdução:
- Divida a turma em dois grupos.
- Explique que a dinâmica refletirá o processo de transformação e o papel de um embaixador.
- Leia 2 Coríntios 5:17-21 para introduzir o conceito de “nova criatura” e “embaixadores de Cristo”.
- Passo 1: Representando a Vida Antes de Cristo
- Dê uma folha da cor que representa a vida antiga (ex.: preto) para cada pessoa.
- Peça para cada participante escrever nesta folha aspectos de sua vida antes de conhecer a Cristo, como atitudes, sentimentos ou desafios que enfrentavam. Podem ser coisas como "egoísmo", "medo", "falta de fé" ou "mágoa".
- Eles devem, então, dobrar as folhas e formar uma pilha com elas no centro da sala, simbolizando a “vida antiga” deixada para trás.
- Passo 2: A Nova Vida em Cristo
- Distribua a folha de outra cor (ex.: branco) para cada participante.
- Agora, peça que escrevam nela palavras que representem a nova vida em Cristo, como “paz”, “perdão”, “amor”, “compromisso” e “esperança”. Esses elementos simbolizam a transformação de uma nova criatura.
- Reforce que esta nova folha representa a mudança operada por Cristo.
- Passo 3: Reconciliação e Embaixadores de Cristo
- Forme duplas entre os participantes.
- Cada dupla deve conversar por alguns minutos e compartilhar o que escreveram na nova folha, incentivando-se mutuamente na caminhada cristã.
- Em seguida, peça que colem as duas folhas (a antiga e a nova) lado a lado para simbolizar a transição que passaram e o chamado para a reconciliação.
- A dupla agora representa “embaixadores” e deve falar sobre a importância de transmitir a mensagem de reconciliação aos outros, tanto por palavras quanto por atitudes.
- Reflexão Final:
- Convide os participantes a compartilhar como foi refletir sobre a “vida antiga” e como percebem o papel de embaixador na “vida nova” em Cristo.
- Encerre destacando que, assim como as folhas antigas e novas foram unidas, o testemunho da nossa transformação em Cristo é a mensagem que os embaixadores devem levar ao mundo.
Conclusão:
- Reforce que, assim como as folhas representam o “antes” e “depois”, a mudança para uma nova criatura é um testemunho vivo. Ser embaixador é um chamado para que a reconciliação de Cristo alcance outras vidas por meio do nosso exemplo.
Essa dinâmica visualiza a passagem de uma vida sem Cristo para a nova vida de reconciliação e missão. É uma maneira prática de engajar a turma e enfatizar o papel que cada um tem como embaixador do Reino.
Para abordar o tema da Lição 05 sobre "Novas Criaturas e Embaixadores de Cristo" com base em 2 Coríntios 5, aqui está uma dinâmica prática e envolvente:
Dinâmica: “Transformação e Reconciliação”
Objetivo: Demonstrar a transformação que ocorre ao se tornar uma nova criatura em Cristo e a responsabilidade de ser um embaixador da reconciliação.
Material Necessário:
- Folhas de papel ou cartolina (duas cores diferentes).
- Uma cor para representar a vida antes de Cristo (ex.: preto).
- Outra cor para a nova vida em Cristo (ex.: branco).
- Canetas ou marcadores.
- Tesoura e fita adesiva.
Desenvolvimento:
- Introdução:
- Divida a turma em dois grupos.
- Explique que a dinâmica refletirá o processo de transformação e o papel de um embaixador.
- Leia 2 Coríntios 5:17-21 para introduzir o conceito de “nova criatura” e “embaixadores de Cristo”.
- Passo 1: Representando a Vida Antes de Cristo
- Dê uma folha da cor que representa a vida antiga (ex.: preto) para cada pessoa.
- Peça para cada participante escrever nesta folha aspectos de sua vida antes de conhecer a Cristo, como atitudes, sentimentos ou desafios que enfrentavam. Podem ser coisas como "egoísmo", "medo", "falta de fé" ou "mágoa".
- Eles devem, então, dobrar as folhas e formar uma pilha com elas no centro da sala, simbolizando a “vida antiga” deixada para trás.
- Passo 2: A Nova Vida em Cristo
- Distribua a folha de outra cor (ex.: branco) para cada participante.
- Agora, peça que escrevam nela palavras que representem a nova vida em Cristo, como “paz”, “perdão”, “amor”, “compromisso” e “esperança”. Esses elementos simbolizam a transformação de uma nova criatura.
- Reforce que esta nova folha representa a mudança operada por Cristo.
- Passo 3: Reconciliação e Embaixadores de Cristo
- Forme duplas entre os participantes.
- Cada dupla deve conversar por alguns minutos e compartilhar o que escreveram na nova folha, incentivando-se mutuamente na caminhada cristã.
- Em seguida, peça que colem as duas folhas (a antiga e a nova) lado a lado para simbolizar a transição que passaram e o chamado para a reconciliação.
- A dupla agora representa “embaixadores” e deve falar sobre a importância de transmitir a mensagem de reconciliação aos outros, tanto por palavras quanto por atitudes.
- Reflexão Final:
- Convide os participantes a compartilhar como foi refletir sobre a “vida antiga” e como percebem o papel de embaixador na “vida nova” em Cristo.
- Encerre destacando que, assim como as folhas antigas e novas foram unidas, o testemunho da nossa transformação em Cristo é a mensagem que os embaixadores devem levar ao mundo.
Conclusão:
- Reforce que, assim como as folhas representam o “antes” e “depois”, a mudança para uma nova criatura é um testemunho vivo. Ser embaixador é um chamado para que a reconciliação de Cristo alcance outras vidas por meio do nosso exemplo.
Essa dinâmica visualiza a passagem de uma vida sem Cristo para a nova vida de reconciliação e missão. É uma maneira prática de engajar a turma e enfatizar o papel que cada um tem como embaixador do Reino.
INTRODUÇÃO
Veremos como Paulo combaterá os que, infiltrados na igreja, deturparam a fé genuína ao negarem a ressurreição integral de Jesus. Esse falso ensino admitia que Jesus continuava vivo espiritualmente, mas não em corpo glorificado.
I- HABITAÇÃO CELESTIAL E PENHOR DO ESPÍRITO (5.1-7)
Paulo mostra aos coríntios, e a nós também, o quanto a misericórdia de Deus nos assegura um futuro glorioso, literalmente. Afinal, aguardamos o revestimento de glória que está reservado aos que creem.
1- O revestimento de glória (5.1-3) E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial (5.2).
Paulo tinha notícias de que após sua saída de Corinto alguns irmãos retornaram à tese platônica da imperfeição e inferioridade da matéria, o que os levou a questionar a ressurreição de Jesus. Para resolver essa questão, Paulo ensina que nosso corpo é tabernáculo, ou seja, uma habitação provisória semelhante àquela que era erguida no deserto. Passada esta realidade precária, seremos revestidos por um corpo glorificado, semelhante ao que Cristo assumiu após a ressurreição. Paulo já havia tratado desse ensino em sua primeira carta (1Co 15.42-44; 50-53). Todos os que forem “encontrados vestidos” (5.3) de corpo corruptível serão revestidos de corpo glorioso. Cristo ressuscitou integralmente, essa é a nossa certeza. No segundo século, posterior a Paulo, os gnósticos quiseram negar a ressurreição integral do Senhor. Atualmente, esse equívoco induz à ideia mentirosa de que podemos adorar a Deus somente em espírito e continuar em peса- dos físicos.
2- O penhor do Espírito (5.4-5) Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito (5.5).
Estamos preparados para o revestimento de glória? Segundo Paulo, os que verdadeiramente entregaram suas vidas a Jesus estão prontos, pois estes que somos nós receberam o Espírito Santo e passaram à novidade de vida (Rm 6.4). Para derrubar a tese platônica de que o espírito precisa libertar-se do corpo para atingir plenitude, Paulo diz que não gememos para sair do corpo, mas para sermos integralmente glorificados: “Gememos angustiados, não por querermos ser despidos do corpo, mas revestidos” (5.4). Assim como Jesus, vamos ser glorificados em corpo, pois fomos criados por Deus numa unidade entre corpo e espírito. Havia uma segurança que justificasse tanta expectativa? Sim! Afinal, “foi o próprio Deus quem nos preparou para isto” (5.5) desde quando nos revelou Seu Filho.
3- O bom ânimo da fé (5.6-7) Visto que andamos por fé e não pelo que vemos (5.7).
Ora, Deus nos outorgou concedeu-nos o penhor do Espírito, “Temos, portanto, sempre bom ânimo” (5.6). É por causa da ação do Espírito que nos mantemos firmes no caminho apesar de estarmos ainda “ausentes do Senhor”, pois ainda não fomos glorificados. Pela fé, que é dom do Espírito, somos justificados e temos condições de suportar todo o tipo de aflição sem deixar de crer na transformação que aguardamos. É muito importante entendermos que a igreja vive sob constante garantia ou seja, sob o penhor do Espírito, que nos assegura condições para submetermos nossas fragilidades físicas e emocionais aos desígnios de Deus. Graças a esse penhor é que somos gradualmente aperfeiçoados.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Este trecho de 2 Coríntios 5:1-7 apresenta o apóstolo Paulo abordando o tema da ressurreição e a promessa da habitação celestial com profundidade teológica. O contexto aqui mostra que ele está defendendo a fé genuína contra doutrinas que negavam a ressurreição física e integral de Jesus, deturpando, assim, a esperança cristã. Vamos analisar cada seção:
1- O revestimento de glória (5:1-3)
Paulo usa a metáfora do corpo como um “tabernáculo” (no grego, σκηνή - skēnē, uma tenda temporária) para descrever nossa natureza física passageira, comparando-a a uma estrutura frágil que será desfeita, mas com a promessa de um “edifício” eterno, uma habitação celestial. Esse “revestimento” de glória é uma antecipação do corpo glorificado, que os crentes receberão na ressurreição final, quando forem transformados em uma nova criação, semelhante ao corpo glorioso de Cristo após sua ressurreição. Em 1 Coríntios 15, Paulo já havia delineado esse conceito ao explicar que o corpo físico, corruptível, será substituído por um incorruptível (1 Co 15:42-44; 50-53).
Essa visão de Paulo combate o pensamento platônico e gnóstico, que via o corpo como uma prisão da alma e negava a ressurreição física, que, segundo eles, não seria necessária ou desejável. Ao contrário, Paulo destaca que Deus valoriza o corpo físico, tornando-o parte integrante da redenção. Seremos “revestidos” (no grego, ἐπενδύσασθαι - ependysasthai) para uma transformação total, indicando que a fé cristã abraça a totalidade do ser — corpo, alma e espírito.
2- O penhor do Espírito (5:4-5)
Neste trecho, Paulo reafirma que a garantia da ressurreição não vem apenas de uma promessa verbal, mas de um “penhor” (no grego, ἀρραβών - arrabōn), um depósito inicial concedido pelo próprio Deus: o Espírito Santo. A presença do Espírito é a antecipação dessa transformação completa, preparando os crentes para a glória vindoura. Paulo não desejava “ser despido” do corpo, mas sim “revestido” com um corpo glorificado (v. 4), rejeitando o pensamento de que a libertação espiritual exigiria abandonar a forma física.
Essa postura, portanto, confirma que a salvação envolve uma transformação integral. Paulo usa a expressão “gememos” (no grego, στενάζομεν - stenazomen), denotando uma profunda ânsia e expectativa pela redenção final, como um reflexo do desejo do crente de ver a promessa divina plenamente cumprida. Esse gemido, comum em toda a criação (Rm 8:22-23), expressa a urgência por uma nova ordem, onde o corpo e o espírito serão glorificados.
3- O bom ânimo da fé (5:6-7)
Paulo reforça a ideia de “bom ânimo” (no grego, θαρρεῖν - tharrein), como um estado de encorajamento e perseverança fundamentado na ação contínua do Espírito Santo. Esse ânimo deriva de uma fé robusta que, embora ainda não veja a glória futura, permanece firme na esperança. A expressão “andamos por fé e não pelo que vemos” (v. 7) indica uma confiança em Deus além do mundo visível e uma convicção que transcende a realidade atual, apoiada na certeza da ressurreição.
A confiança em Deus se enraíza na promessa e presença contínua do Espírito, que atua como “penhor” da glorificação vindoura. Essa presença transforma a vida cristã, sustentando os crentes em meio às aflições e, como Paulo ensina, capacita-os a submeter suas fraquezas e tribulações à vontade de Deus. Assim, o Espírito Santo não apenas confirma a promessa da ressurreição, mas também age diariamente para moldar e aperfeiçoar o crente até a consumação da redenção.
Resumo
Paulo, ao combater ideias platônicas e gnósticas, reafirma a ressurreição física integral de Cristo como a base de nossa esperança de glorificação futura. Nossa “habitação celestial” é garantida pelo Espírito Santo, que nos foi dado como “penhor” dessa realidade vindoura. Em Cristo, nossa salvação é completa, abrangendo corpo, alma e espírito, e o Espírito Santo nos encoraja a perseverar na fé até o momento em que seremos transformados, totalmente revestidos de glória.
Este trecho de 2 Coríntios 5:1-7 apresenta o apóstolo Paulo abordando o tema da ressurreição e a promessa da habitação celestial com profundidade teológica. O contexto aqui mostra que ele está defendendo a fé genuína contra doutrinas que negavam a ressurreição física e integral de Jesus, deturpando, assim, a esperança cristã. Vamos analisar cada seção:
1- O revestimento de glória (5:1-3)
Paulo usa a metáfora do corpo como um “tabernáculo” (no grego, σκηνή - skēnē, uma tenda temporária) para descrever nossa natureza física passageira, comparando-a a uma estrutura frágil que será desfeita, mas com a promessa de um “edifício” eterno, uma habitação celestial. Esse “revestimento” de glória é uma antecipação do corpo glorificado, que os crentes receberão na ressurreição final, quando forem transformados em uma nova criação, semelhante ao corpo glorioso de Cristo após sua ressurreição. Em 1 Coríntios 15, Paulo já havia delineado esse conceito ao explicar que o corpo físico, corruptível, será substituído por um incorruptível (1 Co 15:42-44; 50-53).
Essa visão de Paulo combate o pensamento platônico e gnóstico, que via o corpo como uma prisão da alma e negava a ressurreição física, que, segundo eles, não seria necessária ou desejável. Ao contrário, Paulo destaca que Deus valoriza o corpo físico, tornando-o parte integrante da redenção. Seremos “revestidos” (no grego, ἐπενδύσασθαι - ependysasthai) para uma transformação total, indicando que a fé cristã abraça a totalidade do ser — corpo, alma e espírito.
2- O penhor do Espírito (5:4-5)
Neste trecho, Paulo reafirma que a garantia da ressurreição não vem apenas de uma promessa verbal, mas de um “penhor” (no grego, ἀρραβών - arrabōn), um depósito inicial concedido pelo próprio Deus: o Espírito Santo. A presença do Espírito é a antecipação dessa transformação completa, preparando os crentes para a glória vindoura. Paulo não desejava “ser despido” do corpo, mas sim “revestido” com um corpo glorificado (v. 4), rejeitando o pensamento de que a libertação espiritual exigiria abandonar a forma física.
Essa postura, portanto, confirma que a salvação envolve uma transformação integral. Paulo usa a expressão “gememos” (no grego, στενάζομεν - stenazomen), denotando uma profunda ânsia e expectativa pela redenção final, como um reflexo do desejo do crente de ver a promessa divina plenamente cumprida. Esse gemido, comum em toda a criação (Rm 8:22-23), expressa a urgência por uma nova ordem, onde o corpo e o espírito serão glorificados.
3- O bom ânimo da fé (5:6-7)
Paulo reforça a ideia de “bom ânimo” (no grego, θαρρεῖν - tharrein), como um estado de encorajamento e perseverança fundamentado na ação contínua do Espírito Santo. Esse ânimo deriva de uma fé robusta que, embora ainda não veja a glória futura, permanece firme na esperança. A expressão “andamos por fé e não pelo que vemos” (v. 7) indica uma confiança em Deus além do mundo visível e uma convicção que transcende a realidade atual, apoiada na certeza da ressurreição.
A confiança em Deus se enraíza na promessa e presença contínua do Espírito, que atua como “penhor” da glorificação vindoura. Essa presença transforma a vida cristã, sustentando os crentes em meio às aflições e, como Paulo ensina, capacita-os a submeter suas fraquezas e tribulações à vontade de Deus. Assim, o Espírito Santo não apenas confirma a promessa da ressurreição, mas também age diariamente para moldar e aperfeiçoar o crente até a consumação da redenção.
Resumo
Paulo, ao combater ideias platônicas e gnósticas, reafirma a ressurreição física integral de Cristo como a base de nossa esperança de glorificação futura. Nossa “habitação celestial” é garantida pelo Espírito Santo, que nos foi dado como “penhor” dessa realidade vindoura. Em Cristo, nossa salvação é completa, abrangendo corpo, alma e espírito, e o Espírito Santo nos encoraja a perseverar na fé até o momento em que seremos transformados, totalmente revestidos de glória.
II- O PROPÓSITO DA VIDA ATUAL (5.8-14)
Paulo mostra que o melhor a ser feito com o corpo que temos é obedecer a Deus e pregar o Evangelho, pois seremos avaliados por Jesus segundo o que tivermos feito através do nosso corpo.
1- Ser agradável a Deus (5.8-9) É por isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis (5.9).
Os que já dormem terão seus corpos ressuscitados – glorificados -por ocasião do arrebatamento da igreja (1Ts 4.14-16), porém desde agora já habitam com Jesus. Por isso é que a possibilidade de passar pela morte física não nos assusta, pois sabemos que estaremos imediatamente com Ele em espírito e que no tempo oportuno assumirmos um novo corpo. Logo, andamos “em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (5.8) a qualquer momento do que perder a fé e, junto com ela, o direito a morar eternamente com Jesus. Desse modo, embora estejamos ainda ausentes do Senhor, o que realmente importa é vivermos para honrar o Filho de Deus. Por isso, nesta habitação temporária ou já vivendo uma realidade espiritual com Jesus, nos esforçamos “para lhe sermos agradáveis” (5.9).
2- O tribunal de Cristo (5.10-11) Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo (5.10).
A respeito do corpo, ao contrário do que os coríntios começavam a acreditar, o uso que fazemos dele pode dar testemunho do que Deus realizou em nós. Sutilmente, Paulo está recorrendo ao significado de uma instituição grega conhecida como bema ou bematos e que traduzimos como “tribunal”. Trata-se de um evento em que os convidados recebem suas devidas homenagens e recompensas segundo suas habilidades e atributos demonstrados após uma competição ou um exercício. Paulo usa essa imagem para se referir ao tribunal de Cristo, evento no qual seremos avaliados por Jesus “segundo o bem ou o mal” que tivermos feito “por meio do corpo” (5.10) após percorrermos a vida como uma oportunidade para mostrar nossa obediência à Palavra de Deus. Aqui não importa chegar primeiro, mas concluir o caminho com fidelidade (2Tm 4.7-8).
3- Viver para Deus (5.12-16) E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (5.15).
As referências ao corpo também são uma resposta aos que talvez criticassem a aparência e a pregação simples e objetiva de Paulo. O apóstolo contorna essa crítica dizendo que embora não pretenda fazer um autoelogio, acredita que os coríntios deveriam sentir orgulho por tudo que ele e os demais tinham suportado por amor daquela igreja. A vida de renúncias e perigos testemunhava o próprio penhor do Espírito e superava a atitude dos que confiavam apenas na boa aparência (5.12). Ora se comportando como um louco (At 26.24), ora como sensato, ninguém poderia dizer que ele não era sincero e capaz de se arriscar pelo bem da igreja. Paulo também está nos ensinando que a vida cristã exige sinceridade de propósitos e atitudes práticas, pois belas palavras e pouca renúncia não condizem com a cruz.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Neste trecho de 2 Coríntios 5:8-14, Paulo destaca a importância de viver uma vida que agrada a Deus e cumpre seu propósito, orientando os coríntios e a todos os cristãos a enxergarem seu tempo na terra como uma oportunidade de glorificar a Deus através do corpo, em obediência e na pregação do Evangelho. Ele lembra que todos comparecerão diante do tribunal de Cristo e que a vida deve ser vivida com sinceridade e sacrifício, como ele mesmo exemplificou.
1- Ser agradável a Deus (5:8-9)
“É por isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis.”
Paulo começa demonstrando sua segurança em relação à morte, uma vez que ele preferiria “habitar com o Senhor” (5:8), ressaltando sua confiança de que a morte física não interrompe o relacionamento com Cristo. O verbo “esforçamos” vem do grego φιλοτιμέομαι (philotimeomai), que traz a ideia de um objetivo honroso, ou seja, um compromisso sério e perseverante. A expressão “quer presentes, quer ausentes” revela que tanto em vida quanto na morte, o desejo do crente deve ser o de agradar a Deus. É essa perspectiva que sustenta a coragem de Paulo e sua prontidão para seguir fielmente, independentemente das circunstâncias temporais, confiando em que, na ressurreição, será plenamente restaurado para viver com Deus.
2- O tribunal de Cristo (5:10-11)
“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”
Aqui, Paulo utiliza a imagem do “tribunal” (βῆμα, bema), que, na cultura grega, era uma plataforma onde os competidores eram julgados e recompensados após os jogos. Ele evoca esta imagem para ilustrar o julgamento de Cristo, que avaliará cada crente com base em suas ações no corpo. Importante notar que, segundo a teologia paulina, esse julgamento não é sobre a condenação eterna, mas sobre a recompensa e a avaliação das obras realizadas com obediência ou desleixo. Este “bem” (ἀγαθός, agathos) ou “mal” (κακός, kakos) refere-se a como cada um viveu sua fé em resposta à graça. Assim, Paulo exorta os coríntios a um viver fiel, enfatizando a seriedade de serem discípulos ativos e obedientes, conscientes de que responderão por sua conduta diante do Senhor.
3- Viver para Deus (5:12-16)
“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”
Neste ponto, Paulo destaca que, ao entregar sua vida, Cristo estabeleceu um padrão de vida de serviço e dedicação a Deus. Ele deixa claro que o objetivo da morte de Cristo foi redimir o ser humano e transformá-lo, capacitando-o a viver não mais de forma egoísta, mas para Deus. Essa transformação é uma renúncia ao “eu” para abraçar o propósito divino, de modo que os crentes são chamados a viver para aquele que morreu e ressuscitou.
Paulo também aproveita para responder, indiretamente, aos críticos de sua aparência e de seu estilo direto, mostrando que sua pregação e sua vida são um reflexo do compromisso com o Evangelho, não com a opinião humana (5:12). Sua sinceridade e disposição para suportar perigos e renúncias são evidências de seu zelo genuíno pela obra de Cristo, destacando que a vida cristã deve ser marcada por ações consistentes com o amor e a obediência a Deus. A vida transformada pelo Evangelho não é apenas uma exibição de aparência, mas um reflexo sincero do amor de Cristo.
Resumo
Paulo, ao chamar a atenção para o propósito da vida atual, ensina que o viver cristão deve ser marcado por obediência, zelo e um esforço sincero para agradar a Deus em tudo, pois cada um comparecerá perante o tribunal de Cristo. Essa perspectiva desafia a igreja a viver para o Senhor, com a esperança de que o corpo será transformado e, assim, o crente viverá integralmente com Deus.
Neste trecho de 2 Coríntios 5:8-14, Paulo destaca a importância de viver uma vida que agrada a Deus e cumpre seu propósito, orientando os coríntios e a todos os cristãos a enxergarem seu tempo na terra como uma oportunidade de glorificar a Deus através do corpo, em obediência e na pregação do Evangelho. Ele lembra que todos comparecerão diante do tribunal de Cristo e que a vida deve ser vivida com sinceridade e sacrifício, como ele mesmo exemplificou.
1- Ser agradável a Deus (5:8-9)
“É por isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis.”
Paulo começa demonstrando sua segurança em relação à morte, uma vez que ele preferiria “habitar com o Senhor” (5:8), ressaltando sua confiança de que a morte física não interrompe o relacionamento com Cristo. O verbo “esforçamos” vem do grego φιλοτιμέομαι (philotimeomai), que traz a ideia de um objetivo honroso, ou seja, um compromisso sério e perseverante. A expressão “quer presentes, quer ausentes” revela que tanto em vida quanto na morte, o desejo do crente deve ser o de agradar a Deus. É essa perspectiva que sustenta a coragem de Paulo e sua prontidão para seguir fielmente, independentemente das circunstâncias temporais, confiando em que, na ressurreição, será plenamente restaurado para viver com Deus.
2- O tribunal de Cristo (5:10-11)
“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”
Aqui, Paulo utiliza a imagem do “tribunal” (βῆμα, bema), que, na cultura grega, era uma plataforma onde os competidores eram julgados e recompensados após os jogos. Ele evoca esta imagem para ilustrar o julgamento de Cristo, que avaliará cada crente com base em suas ações no corpo. Importante notar que, segundo a teologia paulina, esse julgamento não é sobre a condenação eterna, mas sobre a recompensa e a avaliação das obras realizadas com obediência ou desleixo. Este “bem” (ἀγαθός, agathos) ou “mal” (κακός, kakos) refere-se a como cada um viveu sua fé em resposta à graça. Assim, Paulo exorta os coríntios a um viver fiel, enfatizando a seriedade de serem discípulos ativos e obedientes, conscientes de que responderão por sua conduta diante do Senhor.
3- Viver para Deus (5:12-16)
“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”
Neste ponto, Paulo destaca que, ao entregar sua vida, Cristo estabeleceu um padrão de vida de serviço e dedicação a Deus. Ele deixa claro que o objetivo da morte de Cristo foi redimir o ser humano e transformá-lo, capacitando-o a viver não mais de forma egoísta, mas para Deus. Essa transformação é uma renúncia ao “eu” para abraçar o propósito divino, de modo que os crentes são chamados a viver para aquele que morreu e ressuscitou.
Paulo também aproveita para responder, indiretamente, aos críticos de sua aparência e de seu estilo direto, mostrando que sua pregação e sua vida são um reflexo do compromisso com o Evangelho, não com a opinião humana (5:12). Sua sinceridade e disposição para suportar perigos e renúncias são evidências de seu zelo genuíno pela obra de Cristo, destacando que a vida cristã deve ser marcada por ações consistentes com o amor e a obediência a Deus. A vida transformada pelo Evangelho não é apenas uma exibição de aparência, mas um reflexo sincero do amor de Cristo.
Resumo
Paulo, ao chamar a atenção para o propósito da vida atual, ensina que o viver cristão deve ser marcado por obediência, zelo e um esforço sincero para agradar a Deus em tudo, pois cada um comparecerá perante o tribunal de Cristo. Essa perspectiva desafia a igreja a viver para o Senhor, com a esperança de que o corpo será transformado e, assim, o crente viverá integralmente com Deus.
III- NOVAS CRIATURAS E EMBAIXADORES DE CRISTO (5.17-21)
Paulo manifesta novamente seu desejo de comunhão com os coríntios e o fim das contendas e partidarismos. Sua recomendação é que abandonem os enganos e a rebeldia se quiserem realmente ser novas criaturas.
1- Nova criatura (5.17) E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.
Considerando que a morte de Cristo nos reuniu a Ele mesmo (Jo 12.32) e que com Ele também ressuscitamos, não podemos mais viver em desacordos e conflitos motivados por diferenças étnicas e culturais; por filosofias ou qualquer tipo de partidarismos que alguns tentaram insuflar em Corinto. Todos nos colocamos sob o governo do mesmo Espírito e, assim como morremos para antigos interesses, também em parte ressuscitamos como novas criaturas. Paulo está “abrindo o coração” para os irmãos de Corinto sem levar em conta as ofensas sofridas, mas ele adverte que todos os que suscitam divisões e contendas não têm comunhão com Cristo nem ensinam o verdadeiro Evangelho. Segundo o apóstolo, “se alguém está em Cristo, é nova criatura” (5.17), por isso já não trata a mensagem de Jesus como uma tese filosófica a ser “melhorada” ou “corrigida”. Esse foi o erro que Paulo admite ter cometido quando ainda alimentava ódio contra a mensagem da cruz (5.16). Mas todas essas coisas antigas passaram (5.17) e agora era hora de a igreja em Corinto reconciliar-se com Deus e abandonar os acréscimos e desvios doutrinários.
2- O ministério da reconciliação (5.18-19) Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, (5.18).
Se todas as coisas “se fizeram novas” (5.17) porque “provém de Deus”, o inverso também é verdadeiro: todas as coisas antigas e pecaminosas não vêm de Deus. Portanto, a calúnia, a acusação, a revolta e qualquer outro sentimento destrutivo separam a criatura do centro criador que é Jesus. Através Dele, Deus “nos reconciliou consigo mesmo […] e nos deu o ministério da reconciliação” (5.18). Precisamos entender que algumas pessoas em Corinto pleiteavam privilégios e ostentavam suposta autoridade, uns por serem judeus, outros por serem gentios eruditos. Essas pessoas difamaram e desqualificaram a pregação de Paulo. Embora Deus tenha reconciliado todos os homens em Cristo e através Dele para que fossem perdoadas as nossas transgressões e para que também nos fosse confiada “a palavra da reconciliação” (5.19), o que estava sendo praticado em Corinto eram ministérios de divisão e ruptura. Paulo está dizendo que os pregadores da discórdia não estão em Cristo nem podem conduzir a Ele. Noutras palavras, o apóstolo está mostrando que muitos foram enganados, pois trocaram a mensagem de Cristo por uma pregação anticristã.
3- Embaixadores de Cristo (5.20-21) De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus (5.20).
Paulo quer levar os destinatários da carta a uma conclusão inevitável: eu e os que estão comigo “somos embaixadores em nome de Cristo”, pois nas nossas pregações e modos de viver não procuramos benefícios pessoais em prejuízo de ninguém. Ele alerta: “como se Deus exortasse por nosso intermédio” e não por intermédio daqueles que nos caluniam. Sendo assim, o apóstolo faz um apelo: “Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (5.20). Paulo reafirma uma verdade à qual devemos sempre retornar: Jesus, que nunca teve pecado, suportou a condenação como se o tivesse, isso para que nós, os verdadeiros culpados, nos apresentássemos justificados diante de Deus. Qual o efeito dessa exortação sobre os coríntios? Paulo mostra que tem suportado as acusações por amor, assim como Jesus, a fim de cumprir sua missão de embaixador e seu ministério da reconciliação.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Neste trecho, Paulo enfatiza a transformação radical que ocorre em quem está em Cristo, mostrando a reconciliação com Deus como uma nova realidade que deve se refletir em cada aspecto da vida. Ele desafia os coríntios a deixarem os conflitos e partidarismos que dividiam a igreja, lembrando-os de que foram chamados a um ministério de reconciliação e que são representantes de Cristo na terra.
1- Nova Criatura (5:17)
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
Paulo afirma que em Cristo há uma nova criação, uma transformação completa da natureza e dos interesses do crente. A expressão “nova criatura” no grego (καινὴ κτίσις, kaine ktisis) indica não uma simples reforma, mas uma criação radical, algo completamente novo e diferente do que existia antes. Quando Paulo fala que “as coisas antigas já passaram”, ele se refere ao velho modo de vida, incluindo as inimizades, preconceitos e divisões que estavam corroendo a unidade em Corinto. Em Cristo, todas as barreiras de etnia, cultura e filosofias se tornam obsoletas; a unidade é estabelecida, e a igreja é chamada a manifestar uma vida reconciliada.
2- O Ministério da Reconciliação (5:18-19)
“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação” (5:18).
Paulo esclarece que essa reconciliação não é uma obra humana, mas divina; “tudo provém de Deus”. Deus tomou a iniciativa de restaurar o relacionamento quebrado com a humanidade, e o fez por meio de Cristo. O verbo “reconciliar” (καταλλάσσω, katallasso) significa restaurar uma amizade ou relação, e essa restauração envolve o perdão dos pecados e a reconciliação entre Deus e o homem. Paulo destaca que, assim como Deus os reconciliou consigo, Ele confiou à igreja a “palavra da reconciliação” (5:19), ou seja, a mensagem do Evangelho que chama os homens a voltarem-se para Deus. Em contraste, o que havia em Corinto eram divisões e conflitos que, em vez de promoverem a reconciliação, afastavam as pessoas do verdadeiro evangelho.
3- Embaixadores de Cristo (5:20-21)
“De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (5:20).
Paulo usa a metáfora de “embaixadores” para descrever o papel dos crentes. No contexto romano, o embaixador (πρεσβεύω, presbeuo) era um representante oficial, falando com a autoridade do governo que o enviou. Sendo embaixadores de Cristo, os cristãos representam o Reino de Deus, exortando o mundo a reconciliar-se com Deus. Quando Paulo diz “como se Deus exortasse por nosso intermédio”, ele enfatiza que o ministério do Evangelho é uma obra do próprio Deus que opera através dos crentes.
No versículo 21, Paulo resume o propósito de Cristo ao dizer: “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus”. A frase “fez pecado” implica que Jesus assumiu a posição de pecador, carregando sobre si a culpa do pecado, sem jamais pecar. Em troca, aqueles que creem são revestidos da “justiça de Deus”, ou seja, são justificados diante de Deus. Esta é a essência do Evangelho: Cristo se entregou para que a reconciliação fosse possível, e cabe aos embaixadores de Cristo levar essa mensagem ao mundo.
Resumo
Paulo exorta os coríntios a abandonar as divisões e a viver como novas criaturas em Cristo. Ele os lembra de seu chamado para o ministério da reconciliação e da responsabilidade de serem embaixadores de Cristo, levando a mensagem do Evangelho e vivendo em unidade e amor. A reconciliação com Deus e a transformação em “novas criaturas” refletem o propósito de Deus para sua igreja: viver em harmonia, promover a paz e representar o Reino de Deus diante do mundo.
Neste trecho, Paulo enfatiza a transformação radical que ocorre em quem está em Cristo, mostrando a reconciliação com Deus como uma nova realidade que deve se refletir em cada aspecto da vida. Ele desafia os coríntios a deixarem os conflitos e partidarismos que dividiam a igreja, lembrando-os de que foram chamados a um ministério de reconciliação e que são representantes de Cristo na terra.
1- Nova Criatura (5:17)
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
Paulo afirma que em Cristo há uma nova criação, uma transformação completa da natureza e dos interesses do crente. A expressão “nova criatura” no grego (καινὴ κτίσις, kaine ktisis) indica não uma simples reforma, mas uma criação radical, algo completamente novo e diferente do que existia antes. Quando Paulo fala que “as coisas antigas já passaram”, ele se refere ao velho modo de vida, incluindo as inimizades, preconceitos e divisões que estavam corroendo a unidade em Corinto. Em Cristo, todas as barreiras de etnia, cultura e filosofias se tornam obsoletas; a unidade é estabelecida, e a igreja é chamada a manifestar uma vida reconciliada.
2- O Ministério da Reconciliação (5:18-19)
“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação” (5:18).
Paulo esclarece que essa reconciliação não é uma obra humana, mas divina; “tudo provém de Deus”. Deus tomou a iniciativa de restaurar o relacionamento quebrado com a humanidade, e o fez por meio de Cristo. O verbo “reconciliar” (καταλλάσσω, katallasso) significa restaurar uma amizade ou relação, e essa restauração envolve o perdão dos pecados e a reconciliação entre Deus e o homem. Paulo destaca que, assim como Deus os reconciliou consigo, Ele confiou à igreja a “palavra da reconciliação” (5:19), ou seja, a mensagem do Evangelho que chama os homens a voltarem-se para Deus. Em contraste, o que havia em Corinto eram divisões e conflitos que, em vez de promoverem a reconciliação, afastavam as pessoas do verdadeiro evangelho.
3- Embaixadores de Cristo (5:20-21)
“De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (5:20).
Paulo usa a metáfora de “embaixadores” para descrever o papel dos crentes. No contexto romano, o embaixador (πρεσβεύω, presbeuo) era um representante oficial, falando com a autoridade do governo que o enviou. Sendo embaixadores de Cristo, os cristãos representam o Reino de Deus, exortando o mundo a reconciliar-se com Deus. Quando Paulo diz “como se Deus exortasse por nosso intermédio”, ele enfatiza que o ministério do Evangelho é uma obra do próprio Deus que opera através dos crentes.
No versículo 21, Paulo resume o propósito de Cristo ao dizer: “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus”. A frase “fez pecado” implica que Jesus assumiu a posição de pecador, carregando sobre si a culpa do pecado, sem jamais pecar. Em troca, aqueles que creem são revestidos da “justiça de Deus”, ou seja, são justificados diante de Deus. Esta é a essência do Evangelho: Cristo se entregou para que a reconciliação fosse possível, e cabe aos embaixadores de Cristo levar essa mensagem ao mundo.
Resumo
Paulo exorta os coríntios a abandonar as divisões e a viver como novas criaturas em Cristo. Ele os lembra de seu chamado para o ministério da reconciliação e da responsabilidade de serem embaixadores de Cristo, levando a mensagem do Evangelho e vivendo em unidade e amor. A reconciliação com Deus e a transformação em “novas criaturas” refletem o propósito de Deus para sua igreja: viver em harmonia, promover a paz e representar o Reino de Deus diante do mundo.
APLICAÇÃO PESSOAL
Precisamos viver em santidade e sermos empenhados em anunciar o Evangelho até que sejamos revestidos de glória.
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