SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 2 Coríntios 2 há 17 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, 2 Coríntios 2.1-17 (2 a min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. A Paz do Senhor, professor(a)! Hoje veremos como Paulo assumiu uma postura firme e clara diante da rebeldia de alguns membros da igreja em Corinto. Ele usou palavras moderadas, porém firmes e intransigentes contra os maus comportamentos; paciente com as pessoas, mas combativo contra os seus pecados. Aos arrependidos ele assegura o direito ao perdão, a fim de que a igreja manifeste o mesmo amor pelo qual foi perdoada de seus pecados. Paulo nos compara a cativos de Jesus, discípulos conquistados pela mensagem da cruz, perdoados e chamados a perdoar em nome daquele que nos trouxe à vida. Para que a igreja não se desvie do seu propósito, Paulo os adverte quanto aos perigos de se afastarem da verdadeira pregação do Evangelho.
OBJETIVOS
PARA COMEÇAR A AULA
Você já ouviu uma ideologia contrária à Bíblia defendida por uma pessoa muito querida? O que fazer nessa hora? Como defender a verdade da nossa fé? Não podemos renunciar ao Evangelho, mas devemos aconselhar com amor e ensinar com paciência. Escolha três voluntários previamente e instrua dois deles a contar uma história ficcional sobre si mesmos. Só o terceiro deve contar um fato real. Todos devem ser bastante convincentes. Ao final, peça aos irmãos para descobrirem qual a história verdadeira. Mostre a importância de discernir o que é bíblico e o que não é.
LEITURA ADICIONAL
O capítulo 2 relata dois casos de relações difíceis em que era necessário uma infusão de consolo. Os versículos 1-4 falam da mágoa do apóstolo Paulo após a sua visita penosa aos coríntios (2.1). Ele não queria prolongar aquele tipo de relacionamento, e fala da tristeza da igreja inteira e do irmão que pecara e estava sendo castigado pela congregação. Veja nos versículos 1-4 as palavras de reconciliação que Paulo oferece aos crentes coríntios Ele se refere a uma carta dura que lhes mandou em mãos de Tito. Teria sido bem mais fácil para Paulo abandonar os coríntios à sua própria sorte e dedicar a sua atenção a outras igrejas. Mas ele os amou, e não podia deixá-los abandonados ao erro. Ele os colocou frente a frente com o seu problema e pecado, mas não agiu de forma vingativa, e sim com amor e com lágrimas. Essa sua expressão de amor e confiança, junto a exortação dada, incentivou os coríntios a confessarem, contritos, a sua falta. Os versículos 5-11 são de interesse e desafio. Não sabemos bem quem pecou e agora recebia perdão e consolo. Uns poucos estudiosos acham que foi aquele incestuoso de 1 Coríntios 5.1-5, mas a maioria acha que foi outro indivíduo. Qual teria sido o pecado desse? É Paulo quem chama a igreja para perdoar e consolar o irmão caído. No seu gesto de perdoar o pecador e convidar a igreja a perdoá-lo da mesma forma, Paulo aplicava o princípio que ele mesmo tinha ensinado em 1 Coríntios 13. Livro: Comentário Bíblico: 1 e 2 Coríntios (Thomas Reginald Hoover, CPAD, 1999, pp. 159-160).
Texto Áureo
“Para uns, na verdade, cheiro de morte para morte; mas para outros, cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo?” 2Co 2.16
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O texto de 2 Coríntios 2:16 é uma reflexão profunda do apóstolo Paulo sobre o impacto do evangelho nas vidas das pessoas, destacando a dualidade de respostas à mensagem de Cristo: para uns, ela conduz à vida, para outros, à morte. Esse contraste reflete a seriedade da pregação do evangelho, não como algo neutro, mas como uma mensagem que exige uma resposta decisiva. Vamos explorar mais profundamente o contexto histórico, linguístico e teológico desse versículo.
Contexto Histórico e Literário
Paulo está escrevendo à igreja de Corinto em um momento em que havia muitas divisões e críticas a seu ministério. Ele fala sobre a sua missão como apóstolo e ministro do evangelho, descrevendo a sua trajetória como parte de um "triunfo" conduzido por Deus, uma imagem extraída das paradas triunfais romanas, nas quais os generais vitoriosos desfilavam com seus exércitos e cativos.
No versículo anterior (2Co 2:15), Paulo afirma que somos o “bom perfume de Cristo” entre aqueles que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Ele faz uma metáfora com a prática de queimar incenso nessas procissões, o qual representava tanto o aroma da vitória para os soldados triunfantes quanto o cheiro de morte para os prisioneiros destinados à execução.
Análise das Palavras no Original Grego
- Cheiro (ὀσμή - osmē): A palavra grega "osmē" refere-se a um odor ou fragrância. No contexto bíblico, essa palavra tem um sentido tanto literal quanto figurativo, indicando a influência espiritual de Cristo. Para aqueles que estão em Cristo, essa "fragrância" é a vida eterna, enquanto para os que rejeitam, ela representa a condenação.
- Morte para morte (θανάτου εἰς θάνατον - thanatou eis thanaton): A palavra "thanatos" significa literalmente "morte". A repetição da palavra, “morte para morte”, sugere um ciclo inevitável para aqueles que rejeitam o evangelho, representando a progressão de um estado de morte espiritual para a morte eterna.
- Vida para vida (ζωῆς εἰς ζωήν - zōēs eis zōēn): "Zōē" é a palavra grega para "vida", e, em contraste com "thanatos", ela denota não apenas a vida física, mas também a plenitude da vida espiritual que vem através de Cristo. A progressão “vida para vida” reflete o crescimento contínuo na vida espiritual, que culmina na vida eterna.
- Idôneo (ἱκανός - hikanos): A palavra "hikanos" no grego pode ser traduzida como "suficiente" ou "capaz". Aqui, Paulo levanta a pergunta: "Quem é capaz de cumprir essa tarefa?" Ele reconhece que, humanamente falando, ninguém é realmente suficiente ou adequado para ser portador de uma mensagem tão poderosa. A suficiência para tal tarefa só pode vir de Deus (2Co 3:5).
Reflexão Teológica
O contraste entre "morte para morte" e "vida para vida" sugere a realidade de que a mensagem do evangelho é um divisor de águas. Ela não é uma mera filosofia moral ou conselho de vida, mas uma mensagem que lida com questões de vida e morte eternas. Para aqueles que rejeitam o evangelho, o cheiro é de morte, simbolizando a rejeição de Cristo e o julgamento final. Para os que creem, o evangelho é o aroma da vida, que traz transformação e a promessa de ressurreição.
Paulo também destaca a incapacidade humana de estar à altura dessa responsabilidade ("quem é idôneo?"). A resposta implícita é que nenhum ser humano, em si mesmo, é adequado para tal tarefa. Nossa suficiência, como ele afirma mais adiante em 2 Coríntios 3:5, vem de Deus. Isso aponta para a doutrina da graça, que ensina que toda capacidade de servir no ministério de Cristo é resultado da capacitação divina, e não mérito humano.
Aplicação Cristã
Para o cristão contemporâneo, este versículo nos desafia a refletir sobre como nossa vida e testemunho têm um impacto eterno nas pessoas ao nosso redor. Nossa pregação e testemunho são como uma fragrância que as pessoas irão perceber de maneira diferente, dependendo de sua resposta ao evangelho. Para alguns, seremos o cheiro da vida que conduz à vida eterna; para outros, o cheiro de morte, denunciando sua rejeição a Cristo.
Isso nos lembra que o chamado ao ministério cristão não deve ser tomado levianamente. Nossa suficiência não vem de nossa própria força, inteligência ou habilidades, mas exclusivamente de Deus, que nos capacita a sermos "ministros da nova aliança" (2Co 3:6).
Conclusão
2 Coríntios 2:16 é um versículo que carrega profundos significados teológicos, desafiando-nos a entender a seriedade da mensagem do evangelho e a dualidade de sua recepção entre os que o ouvem. Para alguns, somos o aroma da vida; para outros, o cheiro da morte. E, como Paulo admite, ninguém é capaz de cumprir essa tarefa por conta própria — nossa suficiência vem de Deus.
Esse texto nos convida a depender da graça de Deus em nossas vidas e ministérios, reconhecendo que, embora a tarefa seja grande, Ele é quem nos faz capazes.
O texto de 2 Coríntios 2:16 é uma reflexão profunda do apóstolo Paulo sobre o impacto do evangelho nas vidas das pessoas, destacando a dualidade de respostas à mensagem de Cristo: para uns, ela conduz à vida, para outros, à morte. Esse contraste reflete a seriedade da pregação do evangelho, não como algo neutro, mas como uma mensagem que exige uma resposta decisiva. Vamos explorar mais profundamente o contexto histórico, linguístico e teológico desse versículo.
Contexto Histórico e Literário
Paulo está escrevendo à igreja de Corinto em um momento em que havia muitas divisões e críticas a seu ministério. Ele fala sobre a sua missão como apóstolo e ministro do evangelho, descrevendo a sua trajetória como parte de um "triunfo" conduzido por Deus, uma imagem extraída das paradas triunfais romanas, nas quais os generais vitoriosos desfilavam com seus exércitos e cativos.
No versículo anterior (2Co 2:15), Paulo afirma que somos o “bom perfume de Cristo” entre aqueles que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Ele faz uma metáfora com a prática de queimar incenso nessas procissões, o qual representava tanto o aroma da vitória para os soldados triunfantes quanto o cheiro de morte para os prisioneiros destinados à execução.
Análise das Palavras no Original Grego
- Cheiro (ὀσμή - osmē): A palavra grega "osmē" refere-se a um odor ou fragrância. No contexto bíblico, essa palavra tem um sentido tanto literal quanto figurativo, indicando a influência espiritual de Cristo. Para aqueles que estão em Cristo, essa "fragrância" é a vida eterna, enquanto para os que rejeitam, ela representa a condenação.
- Morte para morte (θανάτου εἰς θάνατον - thanatou eis thanaton): A palavra "thanatos" significa literalmente "morte". A repetição da palavra, “morte para morte”, sugere um ciclo inevitável para aqueles que rejeitam o evangelho, representando a progressão de um estado de morte espiritual para a morte eterna.
- Vida para vida (ζωῆς εἰς ζωήν - zōēs eis zōēn): "Zōē" é a palavra grega para "vida", e, em contraste com "thanatos", ela denota não apenas a vida física, mas também a plenitude da vida espiritual que vem através de Cristo. A progressão “vida para vida” reflete o crescimento contínuo na vida espiritual, que culmina na vida eterna.
- Idôneo (ἱκανός - hikanos): A palavra "hikanos" no grego pode ser traduzida como "suficiente" ou "capaz". Aqui, Paulo levanta a pergunta: "Quem é capaz de cumprir essa tarefa?" Ele reconhece que, humanamente falando, ninguém é realmente suficiente ou adequado para ser portador de uma mensagem tão poderosa. A suficiência para tal tarefa só pode vir de Deus (2Co 3:5).
Reflexão Teológica
O contraste entre "morte para morte" e "vida para vida" sugere a realidade de que a mensagem do evangelho é um divisor de águas. Ela não é uma mera filosofia moral ou conselho de vida, mas uma mensagem que lida com questões de vida e morte eternas. Para aqueles que rejeitam o evangelho, o cheiro é de morte, simbolizando a rejeição de Cristo e o julgamento final. Para os que creem, o evangelho é o aroma da vida, que traz transformação e a promessa de ressurreição.
Paulo também destaca a incapacidade humana de estar à altura dessa responsabilidade ("quem é idôneo?"). A resposta implícita é que nenhum ser humano, em si mesmo, é adequado para tal tarefa. Nossa suficiência, como ele afirma mais adiante em 2 Coríntios 3:5, vem de Deus. Isso aponta para a doutrina da graça, que ensina que toda capacidade de servir no ministério de Cristo é resultado da capacitação divina, e não mérito humano.
Aplicação Cristã
Para o cristão contemporâneo, este versículo nos desafia a refletir sobre como nossa vida e testemunho têm um impacto eterno nas pessoas ao nosso redor. Nossa pregação e testemunho são como uma fragrância que as pessoas irão perceber de maneira diferente, dependendo de sua resposta ao evangelho. Para alguns, seremos o cheiro da vida que conduz à vida eterna; para outros, o cheiro de morte, denunciando sua rejeição a Cristo.
Isso nos lembra que o chamado ao ministério cristão não deve ser tomado levianamente. Nossa suficiência não vem de nossa própria força, inteligência ou habilidades, mas exclusivamente de Deus, que nos capacita a sermos "ministros da nova aliança" (2Co 3:6).
Conclusão
2 Coríntios 2:16 é um versículo que carrega profundos significados teológicos, desafiando-nos a entender a seriedade da mensagem do evangelho e a dualidade de sua recepção entre os que o ouvem. Para alguns, somos o aroma da vida; para outros, o cheiro da morte. E, como Paulo admite, ninguém é capaz de cumprir essa tarefa por conta própria — nossa suficiência vem de Deus.
Esse texto nos convida a depender da graça de Deus em nossas vidas e ministérios, reconhecendo que, embora a tarefa seja grande, Ele é quem nos faz capazes.
Leitura Bíblica Com Todos
2 Coríntios 2.1-17
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentário de 2 Coríntios 2.1-17 com Raiz Grega das Palavras
2 Coríntios 2:1
"Mas deliberei isto comigo mesmo: não ir mais ter convosco em tristeza."
A palavra "deliberei" vem do grego ἔκρινα (ekrina), que significa "decidir" ou "julgar". Paulo decidiu não causar mais tristeza à igreja de Corinto com sua presença. O termo "tristeza" é λύπη (lypē), que denota dor, sofrimento ou pesar emocional. Paulo, com sabedoria pastoral, opta por não intensificar a tristeza dos coríntios, preferindo manter distância até que a situação fosse resolvida.
2 Coríntios 2:2
"Porque, se eu vos entristeço, quem é o que me alegra, senão aquele que por mim foi entristecido?"
Aqui, Paulo destaca a reciprocidade emocional entre ele e os coríntios. O verbo "entristeço" no grego é λυπέω (lypeō), que significa "causar tristeza" ou "afligir". A tristeza mencionada está associada à repreensão, mas Paulo afirma que a mesma pessoa que ele entristeceu será, no final, sua fonte de alegria, mostrando o ciclo de disciplina e restauração.
2 Coríntios 2:3
"E escrevi isto mesmo, para que, quando eu for, não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me; confiando em vós todos, que a minha alegria é a de todos vós."
Paulo opta por escrever uma carta em vez de visitar, esperando que, ao chegar, a situação já estivesse resolvida. O verbo "escrevi" é ἔγραψα (egrapsa), referindo-se à sua carta anterior (1 Coríntios), que serviu para corrigir os erros. A "tristeza" que ele quer evitar é λύπη (lypē), novamente enfatizando a dor emocional que a correção poderia causar. O termo "alegria" aqui é χαρά (chara), que implica uma alegria profunda e espiritual, que Paulo espera compartilhar com os coríntios.
2 Coríntios 2:4
"Porque no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida."
Paulo descreve a profundidade emocional de sua carta. A palavra "sofrimentos" vem de θλῖψις (thlipsis), que indica aflição ou tribulação intensa. "Angústias" é συνοχή (synochē), referindo-se a grande aperto ou pressão no coração. Paulo escreve "com muitas lágrimas" (δάκρυον – dakryon), revelando seu amor genuíno pelos coríntios. A intenção não era entristecê-los, mas mostrar-lhes o amor (ἀγάπη – agapē) sacrificial que ele sentia por eles.
2 Coríntios 2:5
"Se alguém causou tristeza, não me entristeceu a mim, senão em parte (para não vos sobrecarregar a vós todos)."
Paulo reconhece que alguém causou tristeza na igreja. "Causou tristeza" é λυπέω (lypeō), denotando novamente aflição. Ele suaviza o impacto pessoal desse ataque, dizendo que foi apenas "em parte" (ἀπὸ μέρους – apo merous), mostrando sua preocupação em não sobrecarregar a congregação com culpas adicionais.
2 Coríntios 2:6
"Basta-lhe a punição pela maioria."
A palavra "punição" é ἐπιτιμία (epitimia), que significa uma correção ou censura formal. Paulo afirma que a punição aplicada pela maioria da igreja foi suficiente. O termo aqui sugere uma disciplina justa e equilibrada, aplicada de acordo com as diretrizes espirituais para restaurar o ofensor, e não para destruí-lo.
2 Coríntios 2:7
"De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza."
O verbo "perdoar" é χαρίζομαι (charizomai), que significa "conceder graça" ou "perdoar gratuitamente". Paulo exorta a igreja a não apenas perdoar, mas também "confortar" (παρακαλέω – parakaleō), que implica encorajar ou consolar. A expressão "excessiva tristeza" usa a palavra περισσοτέρα (perissotera), que sugere uma tristeza extrema e insuportável.
2 Coríntios 2:8
"Por isso, vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor."
Aqui, Paulo os exorta a "confirmar" (κυρόω – kyroō), ou seja, reafirmar o amor ao ofensor. O "amor" mencionado é novamente ἀγάπη (agapē), que enfatiza um amor incondicional e sacrificial, central ao cristianismo.
2 Coríntios 2:9
"E foi por isso também que vos escrevi, para ter prova de que, em tudo, sois obedientes."
Paulo afirma que um dos objetivos de sua carta foi testar a obediência (ὑπακοή – hypakoē), ou seja, a prontidão em seguir as instruções apostólicas. A "prova" é δοκιμή (dokimē), que implica um teste de genuinidade e sinceridade na fé.
2 Coríntios 2:10
"A quem perdoais alguma coisa, também eu perdoo; porque de fato o que tenho perdoado, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo."
Paulo estabelece a autoridade de sua decisão de perdoar, usando novamente χαρίζομαι (charizomai) para "perdoar". Ele destaca que todo perdão é feito "na presença de Cristo" (ἐνώπιον τοῦ Χριστοῦ – enōpion tou Christou), ou seja, sob o olhar e a autoridade de Jesus.
2 Coríntios 2:11
"Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios."
Paulo alerta que a falta de perdão pode dar vantagem a Satanás (Σατανᾶς – Satanas). O verbo "alcançar vantagem" é πλεονεκτέω (pleonekteō), que significa "tirar vantagem" ou "enganar". Paulo também menciona que os "desígnios" (νοήματα – noēmata) de Satanás são conhecidos, ou seja, suas intenções malignas de causar divisão e destruição.
2 Coríntios 2:12
"Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor..."
Paulo descreve uma "porta aberta" (θύρα – thyra), que na linguagem bíblica muitas vezes simboliza uma oportunidade de ministério. Aqui, ele fala da pregação do "evangelho" (εὐαγγέλιον – euangelion) de Cristo, a mensagem da salvação.
2 Coríntios 2:13
"Não tive, contudo, tranquilidade no meu espírito, porque não encontrei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedônia."
O termo "tranquilidade" é ἄνεσις (anesis), que indica descanso ou alívio. Paulo estava preocupado porque não encontrou Tito, e isso afetou sua paz espiritual. Ele então parte para a Macedônia em busca de Tito.
2 Coríntios 2:14
"Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento."
Paulo louva a Deus que "nos conduz em triunfo" (θριαμβεύω – thriambeuō), uma metáfora usada anteriormente para descrever a vitória de Cristo. A "fragrância" (ὀσμή – osmē) do conhecimento de Deus é o efeito da pregação apostólica, que se espalha por todo lugar.
2 Coríntios 2:15
"Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem."
Aqui, o "bom perfume" é εὐωδία (euōdia), um cheiro agradável que simboliza a obra redentora de Cristo. Essa fragrância é percebida tanto por aqueles que são "salvos" (σῳζόμενοι – sōzomenoi) como por aqueles que "se perdem" (ἀπολλύμενοι – apollymenoi).
2 Coríntios 2:16
"Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?"
O termo "cheiro" aqui é ὀσμή (osmē), como no versículo anterior. Paulo faz uma distinção: para uns, o evangelho é "cheiro de morte" (θανάτου – thanatou), enquanto para outros é "aroma de vida" (ζωῆς – zōēs). A pergunta retórica "Quem é suficiente?" aponta para a insuficiência humana e a necessidade de depender de Deus para pregar o Evangelho.
2 Coríntios 2:17
"Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade, e da parte de Deus."
Paulo rejeita a prática de "mercadejar" (καπηλεύω – kapēleuō), que significa "vender" ou "traficar" a palavra de Deus. Ele afirma que fala "com sinceridade" (εἰλικρίνεια – eilikrineia), ou seja, com pureza e verdade, na presença de Deus e com a autoridade de Cristo.
Esses comentários exploram a profundidade das palavras gregas no texto, mostrando como Paulo usou termos específicos para enfatizar seu amor, preocupação, e a verdade do Evangelho.
Comentário de 2 Coríntios 2.1-17 com Raiz Grega das Palavras
2 Coríntios 2:1
"Mas deliberei isto comigo mesmo: não ir mais ter convosco em tristeza."
A palavra "deliberei" vem do grego ἔκρινα (ekrina), que significa "decidir" ou "julgar". Paulo decidiu não causar mais tristeza à igreja de Corinto com sua presença. O termo "tristeza" é λύπη (lypē), que denota dor, sofrimento ou pesar emocional. Paulo, com sabedoria pastoral, opta por não intensificar a tristeza dos coríntios, preferindo manter distância até que a situação fosse resolvida.
2 Coríntios 2:2
"Porque, se eu vos entristeço, quem é o que me alegra, senão aquele que por mim foi entristecido?"
Aqui, Paulo destaca a reciprocidade emocional entre ele e os coríntios. O verbo "entristeço" no grego é λυπέω (lypeō), que significa "causar tristeza" ou "afligir". A tristeza mencionada está associada à repreensão, mas Paulo afirma que a mesma pessoa que ele entristeceu será, no final, sua fonte de alegria, mostrando o ciclo de disciplina e restauração.
2 Coríntios 2:3
"E escrevi isto mesmo, para que, quando eu for, não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me; confiando em vós todos, que a minha alegria é a de todos vós."
Paulo opta por escrever uma carta em vez de visitar, esperando que, ao chegar, a situação já estivesse resolvida. O verbo "escrevi" é ἔγραψα (egrapsa), referindo-se à sua carta anterior (1 Coríntios), que serviu para corrigir os erros. A "tristeza" que ele quer evitar é λύπη (lypē), novamente enfatizando a dor emocional que a correção poderia causar. O termo "alegria" aqui é χαρά (chara), que implica uma alegria profunda e espiritual, que Paulo espera compartilhar com os coríntios.
2 Coríntios 2:4
"Porque no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida."
Paulo descreve a profundidade emocional de sua carta. A palavra "sofrimentos" vem de θλῖψις (thlipsis), que indica aflição ou tribulação intensa. "Angústias" é συνοχή (synochē), referindo-se a grande aperto ou pressão no coração. Paulo escreve "com muitas lágrimas" (δάκρυον – dakryon), revelando seu amor genuíno pelos coríntios. A intenção não era entristecê-los, mas mostrar-lhes o amor (ἀγάπη – agapē) sacrificial que ele sentia por eles.
2 Coríntios 2:5
"Se alguém causou tristeza, não me entristeceu a mim, senão em parte (para não vos sobrecarregar a vós todos)."
Paulo reconhece que alguém causou tristeza na igreja. "Causou tristeza" é λυπέω (lypeō), denotando novamente aflição. Ele suaviza o impacto pessoal desse ataque, dizendo que foi apenas "em parte" (ἀπὸ μέρους – apo merous), mostrando sua preocupação em não sobrecarregar a congregação com culpas adicionais.
2 Coríntios 2:6
"Basta-lhe a punição pela maioria."
A palavra "punição" é ἐπιτιμία (epitimia), que significa uma correção ou censura formal. Paulo afirma que a punição aplicada pela maioria da igreja foi suficiente. O termo aqui sugere uma disciplina justa e equilibrada, aplicada de acordo com as diretrizes espirituais para restaurar o ofensor, e não para destruí-lo.
2 Coríntios 2:7
"De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza."
O verbo "perdoar" é χαρίζομαι (charizomai), que significa "conceder graça" ou "perdoar gratuitamente". Paulo exorta a igreja a não apenas perdoar, mas também "confortar" (παρακαλέω – parakaleō), que implica encorajar ou consolar. A expressão "excessiva tristeza" usa a palavra περισσοτέρα (perissotera), que sugere uma tristeza extrema e insuportável.
2 Coríntios 2:8
"Por isso, vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor."
Aqui, Paulo os exorta a "confirmar" (κυρόω – kyroō), ou seja, reafirmar o amor ao ofensor. O "amor" mencionado é novamente ἀγάπη (agapē), que enfatiza um amor incondicional e sacrificial, central ao cristianismo.
2 Coríntios 2:9
"E foi por isso também que vos escrevi, para ter prova de que, em tudo, sois obedientes."
Paulo afirma que um dos objetivos de sua carta foi testar a obediência (ὑπακοή – hypakoē), ou seja, a prontidão em seguir as instruções apostólicas. A "prova" é δοκιμή (dokimē), que implica um teste de genuinidade e sinceridade na fé.
2 Coríntios 2:10
"A quem perdoais alguma coisa, também eu perdoo; porque de fato o que tenho perdoado, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo."
Paulo estabelece a autoridade de sua decisão de perdoar, usando novamente χαρίζομαι (charizomai) para "perdoar". Ele destaca que todo perdão é feito "na presença de Cristo" (ἐνώπιον τοῦ Χριστοῦ – enōpion tou Christou), ou seja, sob o olhar e a autoridade de Jesus.
2 Coríntios 2:11
"Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios."
Paulo alerta que a falta de perdão pode dar vantagem a Satanás (Σατανᾶς – Satanas). O verbo "alcançar vantagem" é πλεονεκτέω (pleonekteō), que significa "tirar vantagem" ou "enganar". Paulo também menciona que os "desígnios" (νοήματα – noēmata) de Satanás são conhecidos, ou seja, suas intenções malignas de causar divisão e destruição.
2 Coríntios 2:12
"Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor..."
Paulo descreve uma "porta aberta" (θύρα – thyra), que na linguagem bíblica muitas vezes simboliza uma oportunidade de ministério. Aqui, ele fala da pregação do "evangelho" (εὐαγγέλιον – euangelion) de Cristo, a mensagem da salvação.
2 Coríntios 2:13
"Não tive, contudo, tranquilidade no meu espírito, porque não encontrei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedônia."
O termo "tranquilidade" é ἄνεσις (anesis), que indica descanso ou alívio. Paulo estava preocupado porque não encontrou Tito, e isso afetou sua paz espiritual. Ele então parte para a Macedônia em busca de Tito.
2 Coríntios 2:14
"Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento."
Paulo louva a Deus que "nos conduz em triunfo" (θριαμβεύω – thriambeuō), uma metáfora usada anteriormente para descrever a vitória de Cristo. A "fragrância" (ὀσμή – osmē) do conhecimento de Deus é o efeito da pregação apostólica, que se espalha por todo lugar.
2 Coríntios 2:15
"Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem."
Aqui, o "bom perfume" é εὐωδία (euōdia), um cheiro agradável que simboliza a obra redentora de Cristo. Essa fragrância é percebida tanto por aqueles que são "salvos" (σῳζόμενοι – sōzomenoi) como por aqueles que "se perdem" (ἀπολλύμενοι – apollymenoi).
2 Coríntios 2:16
"Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?"
O termo "cheiro" aqui é ὀσμή (osmē), como no versículo anterior. Paulo faz uma distinção: para uns, o evangelho é "cheiro de morte" (θανάτου – thanatou), enquanto para outros é "aroma de vida" (ζωῆς – zōēs). A pergunta retórica "Quem é suficiente?" aponta para a insuficiência humana e a necessidade de depender de Deus para pregar o Evangelho.
2 Coríntios 2:17
"Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade, e da parte de Deus."
Paulo rejeita a prática de "mercadejar" (καπηλεύω – kapēleuō), que significa "vender" ou "traficar" a palavra de Deus. Ele afirma que fala "com sinceridade" (εἰλικρίνεια – eilikrineia), ou seja, com pureza e verdade, na presença de Deus e com a autoridade de Cristo.
Esses comentários exploram a profundidade das palavras gregas no texto, mostrando como Paulo usou termos específicos para enfatizar seu amor, preocupação, e a verdade do Evangelho.
Verdade Prática
Estamos sujeitos a ataques por amor ao Evangelho, mas devemos seguir espalhando a mensagem de Jesus por onde passarmos.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Para a Lição 02 - 2 Coríntios 2: O Bom Perfume de Cristo, você pode utilizar uma dinâmica que envolva o sentido do olfato, que vai conectar a metáfora do "perfume de Cristo" usada por Paulo. Isso ajuda a fixar o conceito do impacto do Evangelho na vida das pessoas, tanto de forma positiva quanto desafiadora.
Dinâmica: "Perfume de Vida ou de Morte"
Objetivo:Ajudar os participantes a entenderem o conceito de que o Evangelho exala um "perfume" espiritual que pode ser agradável para aqueles que aceitam Cristo e difícil para os que o rejeitam, conforme 2 Coríntios 2:15-16.Material Necessário:
- Dois pequenos frascos de perfume com fragrâncias contrastantes (um agradável e outro desagradável, como perfume e vinagre ou algo forte, mas não prejudicial).
- Um frasco adicional de perfume suave e agradável para um momento final de reflexão.
- Versículos impressos em papel (ou anotados em slides) com as passagens de 2 Coríntios 2:14-17.
- Papel e canetas para os participantes.
Passos da Dinâmica:
- Introdução ao Tema (5 minutos):
- Inicie explicando rapidamente o contexto de 2 Coríntios 2, mencionando o conceito de Paulo sobre o "bom perfume de Cristo". Diga que o Evangelho pode ser uma fragrância de vida para os que o aceitam, mas para outros, pode parecer difícil ou desconfortável.
- O Sentido do Olfato (5 minutos):
- Pergunte aos participantes: “O que os cheiros nos fazem sentir? Como certas fragrâncias nos atraem, enquanto outras podem nos afastar?”
- Mostre o contraste entre perfumes agradáveis e desagradáveis como metáfora para a mensagem do Evangelho: pode ser atraente para uns e rejeitada por outros.
- Perfume Agradável e Desagradável (10 minutos):
- Passe o frasco com perfume agradável entre os participantes e peça que o cheirem. Pergunte o que essa fragrância evoca. Em seguida, passe o frasco com o aroma desagradável, como vinagre diluído, e pergunte o que eles sentem em contraste.
- Discuta como essas fragrâncias contrastantes representam a forma como as pessoas recebem o Evangelho, baseando-se em 2 Coríntios 2:14-16. O perfume de Cristo é vida para os que creem, mas pode ser um "cheiro de morte" para aqueles que rejeitam a mensagem.
- Reflexão Pessoal (10 minutos):
- Distribua papel e canetas para os participantes e peça que respondam à seguinte pergunta: “Como posso ser o bom perfume de Cristo no meu dia a dia?”
- Eles podem escrever sobre atitudes, gestos e palavras que podem ser usadas para exalar esse perfume espiritual no mundo ao seu redor.
- Compartilhamento em Grupo (10 minutos):
- Após escreverem, incentive-os a compartilhar com o grupo o que escreveram, destacando como podem ser um testemunho vivo da mensagem do Evangelho em suas esferas de influência.
- O Bom Perfume de Cristo (5 minutos):
- Finalize a dinâmica passando o frasco de perfume agradável novamente e diga: “Que possamos, como esse perfume, exalar o bom aroma de Cristo onde quer que formos.”
- Reforce que, como Paulo diz, somos conduzidos em triunfo por Cristo e, através de nós, a fragrância do conhecimento de Deus se espalha em todo lugar.
Conclusão:
Feche o encontro reafirmando que somos chamados a espalhar o “perfume de Cristo” no mundo, e que esse aroma é transformador e poderoso. Desafie os participantes a serem intencionais em seus testemunhos e comportamentos para que a fragrância do Evangelho toque todos ao redor.
Essa dinâmica vai permitir que os adultos se engajem de forma sensorial e prática com o conceito do “bom perfume de Cristo”, reforçando o impacto transformador do Evangelho.
Para a Lição 02 - 2 Coríntios 2: O Bom Perfume de Cristo, você pode utilizar uma dinâmica que envolva o sentido do olfato, que vai conectar a metáfora do "perfume de Cristo" usada por Paulo. Isso ajuda a fixar o conceito do impacto do Evangelho na vida das pessoas, tanto de forma positiva quanto desafiadora.
Dinâmica: "Perfume de Vida ou de Morte"
Material Necessário:
- Dois pequenos frascos de perfume com fragrâncias contrastantes (um agradável e outro desagradável, como perfume e vinagre ou algo forte, mas não prejudicial).
- Um frasco adicional de perfume suave e agradável para um momento final de reflexão.
- Versículos impressos em papel (ou anotados em slides) com as passagens de 2 Coríntios 2:14-17.
- Papel e canetas para os participantes.
Passos da Dinâmica:
- Introdução ao Tema (5 minutos):
- Inicie explicando rapidamente o contexto de 2 Coríntios 2, mencionando o conceito de Paulo sobre o "bom perfume de Cristo". Diga que o Evangelho pode ser uma fragrância de vida para os que o aceitam, mas para outros, pode parecer difícil ou desconfortável.
- O Sentido do Olfato (5 minutos):
- Pergunte aos participantes: “O que os cheiros nos fazem sentir? Como certas fragrâncias nos atraem, enquanto outras podem nos afastar?”
- Mostre o contraste entre perfumes agradáveis e desagradáveis como metáfora para a mensagem do Evangelho: pode ser atraente para uns e rejeitada por outros.
- Perfume Agradável e Desagradável (10 minutos):
- Passe o frasco com perfume agradável entre os participantes e peça que o cheirem. Pergunte o que essa fragrância evoca. Em seguida, passe o frasco com o aroma desagradável, como vinagre diluído, e pergunte o que eles sentem em contraste.
- Discuta como essas fragrâncias contrastantes representam a forma como as pessoas recebem o Evangelho, baseando-se em 2 Coríntios 2:14-16. O perfume de Cristo é vida para os que creem, mas pode ser um "cheiro de morte" para aqueles que rejeitam a mensagem.
- Reflexão Pessoal (10 minutos):
- Distribua papel e canetas para os participantes e peça que respondam à seguinte pergunta: “Como posso ser o bom perfume de Cristo no meu dia a dia?”
- Eles podem escrever sobre atitudes, gestos e palavras que podem ser usadas para exalar esse perfume espiritual no mundo ao seu redor.
- Compartilhamento em Grupo (10 minutos):
- Após escreverem, incentive-os a compartilhar com o grupo o que escreveram, destacando como podem ser um testemunho vivo da mensagem do Evangelho em suas esferas de influência.
- O Bom Perfume de Cristo (5 minutos):
- Finalize a dinâmica passando o frasco de perfume agradável novamente e diga: “Que possamos, como esse perfume, exalar o bom aroma de Cristo onde quer que formos.”
- Reforce que, como Paulo diz, somos conduzidos em triunfo por Cristo e, através de nós, a fragrância do conhecimento de Deus se espalha em todo lugar.
Conclusão:
Feche o encontro reafirmando que somos chamados a espalhar o “perfume de Cristo” no mundo, e que esse aroma é transformador e poderoso. Desafie os participantes a serem intencionais em seus testemunhos e comportamentos para que a fragrância do Evangelho toque todos ao redor.
Essa dinâmica vai permitir que os adultos se engajem de forma sensorial e prática com o conceito do “bom perfume de Cristo”, reforçando o impacto transformador do Evangelho.
DEVOCIONAL DIÁRIO
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Aqui está um comentário profundo e teológico de cada versículo para cada dia da semana, com atenção ao contexto, raízes das palavras e aplicação espiritual.
Segunda-feira – 2 Coríntios 2:3
"E escrevi-vos isto mesmo, para que, quando eu for, não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me, confiando em todos vós que a minha alegria é a de todos vós."
Comentário:
Paulo escreve com uma preocupação pastoral profunda, antecipando sua visita à igreja de Corinto. Ele já havia escrito para corrigir problemas e pecados na congregação (1 Co 5), e aqui vemos o seu coração de pastor que deseja a alegria mútua. A palavra "tristeza" (λύπη - lupē) no grego implica dor emocional, tristeza profunda, refletindo o peso que Paulo sente ao lidar com questões difíceis dentro da igreja.
Raiz das palavras:
- Tristeza (λύπη - lupē): Um sentimento de dor profunda, que aqui reflete o fardo emocional de Paulo em relação à condição espiritual dos coríntios.
- Alegria (χαρά - chara): Refere-se à alegria que vem da comunhão espiritual. Paulo deseja que essa alegria seja restaurada.
Reflexão:
Esse versículo revela o desejo de Paulo por restauração e harmonia na comunidade. Em nossa vida cristã, devemos trabalhar para restaurar relacionamentos, buscando sempre a paz e a unidade, especialmente em nossa igreja local.
Terça-feira – 2 Coríntios 2:4
"Porque em muita tribulação e angústia de coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que fôsseis contristados, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho."
Comentário:
Aqui, Paulo fala de sua angústia ao lidar com a igreja. A palavra "angústia" (συνχνοχή - synchnochē) transmite uma imagem de estreiteza, de sufocamento emocional. Ele expressa que suas correções anteriores não foram motivadas por raiva, mas por amor profundo. As "lágrimas" (δάκρυα - dakrya) mostram a sinceridade e intensidade de sua preocupação pastoral.
Raiz das palavras:
- Tribulação (θλῖψις - thlipsis): Significa opressão, aflição ou pressão, uma imagem que reflete o estado de tensão emocional que Paulo experimenta.
- Amor (ἀγάπη - agapē): O amor sacrificial e incondicional, o tipo de amor que Paulo demonstra pelos coríntios.
Reflexão:
O verdadeiro amor cristão muitas vezes nos chama a corrigir e exortar os outros, mesmo com dor. Como Paulo, devemos ser motivados por um profundo amor e cuidado quando lidamos com problemas na vida cristã.
Quarta-feira – 2 Coríntios 2:8
"Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor."
Comentário:
Paulo está se referindo à pessoa que foi disciplinada na igreja (possivelmente o homem mencionado em 1 Coríntios 5). Ele exorta os coríntios a confirmarem seu amor por esse indivíduo, mostrando que o propósito da disciplina é sempre a restauração, não a condenação perpétua.
Raiz das palavras:
- Confirmar (κυρόω - kyroō): Significa "ratificar" ou "tornar firme". Paulo está pedindo que eles demonstrem publicamente seu perdão e acolhimento para com o irmão arrependido.
- Amor (ἀγάπη - agapē): Aqui, o amor refere-se ao perdão e acolhimento. O amor cristão se expressa no ato de restaurar os caídos.
Reflexão:
Esse versículo nos lembra que a disciplina dentro da igreja não deve ser punitiva, mas redentiva. O amor cristão busca restaurar aqueles que caíram, confirmando seu valor no corpo de Cristo.
Quinta-feira – 2 Coríntios 2:10
"E a quem perdoais alguma coisa, também eu; porque o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo."
Comentário:
Paulo está enfatizando a unidade espiritual na questão do perdão. Ele diz que se a igreja perdoa, ele também perdoa, e o faz em nome de Cristo. O perdão aqui é mais do que um ato humano; é um ato realizado sob a autoridade de Cristo.
Raiz das palavras:
- Perdoar (χαρίζομαι - charizomai): Literalmente significa "conceder graciosamente" ou "dar como um presente". O perdão no cristianismo é um ato de graça, refletindo o caráter de Deus.
- Presença (πρόσωπον - prosōpon): "Face" ou "presença", significando que esse perdão é feito diante de Cristo, ou seja, no contexto de sua autoridade e aprovação.
Reflexão:
O perdão é central para a vida cristã, e como Paulo ensina, devemos perdoar uns aos outros na presença de Cristo. O verdadeiro perdão libera, cura e traz unidade.
Sexta-feira – 2 Coríntios 2:14
"E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento."
Comentário:
Paulo usa a imagem de um desfile triunfal romano para ilustrar como Deus sempre conduz seus servos à vitória em Cristo. A palavra "triunfo" (θριαμβεύω - thriambeuō) refere-se à prática romana de celebrar vitórias militares. Deus nos conduz como conquistadores, e através de nossa vida e testemunho, Ele espalha o "aroma" do conhecimento de Cristo.
Raiz das palavras:
- Triunfar (θριαμβεύω - thriambeuō): Indica uma vitória pública e declarada. No contexto cristão, nossa vitória é por meio de Cristo.
- Cheiro (ὀσμή - osmē): O conhecimento de Cristo é como um perfume que se espalha por toda parte, simbolizando a influência transformadora do evangelho.
Reflexão:
Como cristãos, somos conduzidos por Deus em vitória através de Cristo. Nossa vida deve ser um testemunho contínuo do evangelho, espalhando o “aroma” de Cristo em todo lugar que formos.
Sábado – 2 Coríntios 2:15
"Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem."
Comentário:
Neste versículo, Paulo fala sobre os crentes como o "bom perfume" (εὐωδία - euōdia) de Cristo. A palavra "euōdia" era usada para descrever um aroma agradável, muitas vezes relacionado a sacrifícios aceitáveis. Aqui, os crentes são comparados a um aroma agradável para Deus, tanto para os que estão sendo salvos quanto para os que estão perecendo.
Raiz das palavras:
- Bom perfume (εὐωδία - euōdia): Refere-se a um aroma doce e agradável, usado no Antigo Testamento para descrever sacrifícios aceitos por Deus.
- Salvar (σῴζω - sōzō): A salvação é tanto um processo quanto um resultado final, aqui, contrastada com a perda espiritual dos que rejeitam Cristo.
Reflexão:
Nossa vida deve ser uma oferta agradável a Deus, como o perfume de Cristo. O evangelho que pregamos tem o poder de salvar, mas também de condenar aqueles que o rejeitam. Nosso papel é viver de forma a sempre ser um bom perfume para Deus.
Esses versículos nos guiam através de um caminho de disciplina, amor, perdão, e triunfo em Cristo, com cada dia nos lembrando de nossa responsabilidade como cristãos de sermos o reflexo do amor e da vitória de Deus em Cristo.
Aqui está um comentário profundo e teológico de cada versículo para cada dia da semana, com atenção ao contexto, raízes das palavras e aplicação espiritual.
Segunda-feira – 2 Coríntios 2:3
"E escrevi-vos isto mesmo, para que, quando eu for, não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me, confiando em todos vós que a minha alegria é a de todos vós."
Comentário:
Paulo escreve com uma preocupação pastoral profunda, antecipando sua visita à igreja de Corinto. Ele já havia escrito para corrigir problemas e pecados na congregação (1 Co 5), e aqui vemos o seu coração de pastor que deseja a alegria mútua. A palavra "tristeza" (λύπη - lupē) no grego implica dor emocional, tristeza profunda, refletindo o peso que Paulo sente ao lidar com questões difíceis dentro da igreja.
Raiz das palavras:
- Tristeza (λύπη - lupē): Um sentimento de dor profunda, que aqui reflete o fardo emocional de Paulo em relação à condição espiritual dos coríntios.
- Alegria (χαρά - chara): Refere-se à alegria que vem da comunhão espiritual. Paulo deseja que essa alegria seja restaurada.
Reflexão:
Esse versículo revela o desejo de Paulo por restauração e harmonia na comunidade. Em nossa vida cristã, devemos trabalhar para restaurar relacionamentos, buscando sempre a paz e a unidade, especialmente em nossa igreja local.
Terça-feira – 2 Coríntios 2:4
"Porque em muita tribulação e angústia de coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que fôsseis contristados, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho."
Comentário:
Aqui, Paulo fala de sua angústia ao lidar com a igreja. A palavra "angústia" (συνχνοχή - synchnochē) transmite uma imagem de estreiteza, de sufocamento emocional. Ele expressa que suas correções anteriores não foram motivadas por raiva, mas por amor profundo. As "lágrimas" (δάκρυα - dakrya) mostram a sinceridade e intensidade de sua preocupação pastoral.
Raiz das palavras:
- Tribulação (θλῖψις - thlipsis): Significa opressão, aflição ou pressão, uma imagem que reflete o estado de tensão emocional que Paulo experimenta.
- Amor (ἀγάπη - agapē): O amor sacrificial e incondicional, o tipo de amor que Paulo demonstra pelos coríntios.
Reflexão:
O verdadeiro amor cristão muitas vezes nos chama a corrigir e exortar os outros, mesmo com dor. Como Paulo, devemos ser motivados por um profundo amor e cuidado quando lidamos com problemas na vida cristã.
Quarta-feira – 2 Coríntios 2:8
"Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor."
Comentário:
Paulo está se referindo à pessoa que foi disciplinada na igreja (possivelmente o homem mencionado em 1 Coríntios 5). Ele exorta os coríntios a confirmarem seu amor por esse indivíduo, mostrando que o propósito da disciplina é sempre a restauração, não a condenação perpétua.
Raiz das palavras:
- Confirmar (κυρόω - kyroō): Significa "ratificar" ou "tornar firme". Paulo está pedindo que eles demonstrem publicamente seu perdão e acolhimento para com o irmão arrependido.
- Amor (ἀγάπη - agapē): Aqui, o amor refere-se ao perdão e acolhimento. O amor cristão se expressa no ato de restaurar os caídos.
Reflexão:
Esse versículo nos lembra que a disciplina dentro da igreja não deve ser punitiva, mas redentiva. O amor cristão busca restaurar aqueles que caíram, confirmando seu valor no corpo de Cristo.
Quinta-feira – 2 Coríntios 2:10
"E a quem perdoais alguma coisa, também eu; porque o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo."
Comentário:
Paulo está enfatizando a unidade espiritual na questão do perdão. Ele diz que se a igreja perdoa, ele também perdoa, e o faz em nome de Cristo. O perdão aqui é mais do que um ato humano; é um ato realizado sob a autoridade de Cristo.
Raiz das palavras:
- Perdoar (χαρίζομαι - charizomai): Literalmente significa "conceder graciosamente" ou "dar como um presente". O perdão no cristianismo é um ato de graça, refletindo o caráter de Deus.
- Presença (πρόσωπον - prosōpon): "Face" ou "presença", significando que esse perdão é feito diante de Cristo, ou seja, no contexto de sua autoridade e aprovação.
Reflexão:
O perdão é central para a vida cristã, e como Paulo ensina, devemos perdoar uns aos outros na presença de Cristo. O verdadeiro perdão libera, cura e traz unidade.
Sexta-feira – 2 Coríntios 2:14
"E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento."
Comentário:
Paulo usa a imagem de um desfile triunfal romano para ilustrar como Deus sempre conduz seus servos à vitória em Cristo. A palavra "triunfo" (θριαμβεύω - thriambeuō) refere-se à prática romana de celebrar vitórias militares. Deus nos conduz como conquistadores, e através de nossa vida e testemunho, Ele espalha o "aroma" do conhecimento de Cristo.
Raiz das palavras:
- Triunfar (θριαμβεύω - thriambeuō): Indica uma vitória pública e declarada. No contexto cristão, nossa vitória é por meio de Cristo.
- Cheiro (ὀσμή - osmē): O conhecimento de Cristo é como um perfume que se espalha por toda parte, simbolizando a influência transformadora do evangelho.
Reflexão:
Como cristãos, somos conduzidos por Deus em vitória através de Cristo. Nossa vida deve ser um testemunho contínuo do evangelho, espalhando o “aroma” de Cristo em todo lugar que formos.
Sábado – 2 Coríntios 2:15
"Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem."
Comentário:
Neste versículo, Paulo fala sobre os crentes como o "bom perfume" (εὐωδία - euōdia) de Cristo. A palavra "euōdia" era usada para descrever um aroma agradável, muitas vezes relacionado a sacrifícios aceitáveis. Aqui, os crentes são comparados a um aroma agradável para Deus, tanto para os que estão sendo salvos quanto para os que estão perecendo.
Raiz das palavras:
- Bom perfume (εὐωδία - euōdia): Refere-se a um aroma doce e agradável, usado no Antigo Testamento para descrever sacrifícios aceitos por Deus.
- Salvar (σῴζω - sōzō): A salvação é tanto um processo quanto um resultado final, aqui, contrastada com a perda espiritual dos que rejeitam Cristo.
Reflexão:
Nossa vida deve ser uma oferta agradável a Deus, como o perfume de Cristo. O evangelho que pregamos tem o poder de salvar, mas também de condenar aqueles que o rejeitam. Nosso papel é viver de forma a sempre ser um bom perfume para Deus.
Esses versículos nos guiam através de um caminho de disciplina, amor, perdão, e triunfo em Cristo, com cada dia nos lembrando de nossa responsabilidade como cristãos de sermos o reflexo do amor e da vitória de Deus em Cristo.
INTRODUÇÃO
Em meio ao cuidado com a santidade da igreja, Paulo é movido por um amor pastoral e os corrige para o aperfeiçoamento de suas vidas. Para isso, foi necessário explicar-lhes em que circunstância e com que intenções foi tão severo na carta anterior (1 Co 5.9).
I- AMOR E CORREÇÃO (2.1-4)
As notícias que Paulo recebeu acerca da igreja em Corinto mencionaram a conduta incorreta de alguns membros e muita resistência dessas pessoas ao seu ensinamento. Por isso, no capítulo 2 a carta ainda trata da prudência do apóstolo e da hostilidade de parte da igreja.
1- Firmeza contra o pecado (2.1-2) Mas deliberei isto comigo mesmo: não ir mais ter convosco em tristeza. (2.1).
A tristeza mencionada pelo apóstolo (2.1) é causada pela notícia de que alguns desprezaram a mensagem da cruz. Quanto a esses, não é possível outra atitude senão corrigi-los. Então, Paulo está dizendo que necessariamente ficariam tristes (aborrecidos) quando fossem repreendidos. Contudo, essa seria a única forma de fazê-los motivo de alegria para quem os corrigiu (2.2). Precisamos aprender a ser intransigentes com o pecado, mas também a agir com prudência e estratégia para não causarmos mais contendas em circunstâncias polêmicas. Em síntese, Paulo está dizendo que se fosse a Corinto os ânimos iriam piorar, por isso preferiu repreendê-los através de carta.
2- Iniciativa de reconciliação (2.3) E escrevi isto mesmo, para que, chegando, eu não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me; confiando em vós todos, que a minha alegria é a de todos vós.
Se lermos com atenção, veremos que a correção através de cartas foi uma estratégia. Uma estratégia ao mesmo tempo segura e eficiente, pois garantiu a advertência sem gerar respostas agressivas ou ataques acalorados. Cartas não eram instantâneas como as mensagens de celular, por isso evitavam as discussões e as palavras precipitadas. Note que a expectativa de Paulo era que a carta produzisse efeitos positivos, só então ele os visitaria. Paulo está dizendo: primeiro mandei a correção por escrito para que “chegando, eu não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me”. Ele não está fugindo do debate, mas apenas sendo cauteloso e apaziguando os ânimos, pois de “cabeça quente” ninguém conversa, tampouco aconselha. O zelo missionário do apóstolo salta aos olhos quando ele afirma, que todos, tanto a igreja quanto ele mesmo voltarão a ser alegres e unidos, sobretudo quando o pеса- do motivo de toda tristeza – for extirpado do meio deles.
3- Correção por amor (2.4) Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida.
Neste verso vemos que o apóstolo não alimenta qualquer rancor. A carta anterior foi escrita entre lágrimas, possivelmente supondo o risco de deturpação da mensagem da cruz e de muitos virem a se perder. Sem dúvida, Paulo deixou pessoas queridas em Corinto, por isso era doloroso pensar que elas também estariam expostas ao engano, à mentira e ao perigo de caírem nas ciladas de Satanás. A perspectiva de Paulo é espiritual, precisamos perceber que por trás das lágrimas do missionário está a consciência de que Cristo vai requerer uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.27). Observe que quando Paulo olha para o que está acontecendo na igreja em Corinto, ele prevê o que pode acontecer com aqueles irmãos que forem enganados.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Introdução
O capítulo 2 de 2 Coríntios reflete o amor pastoral de Paulo pela igreja de Corinto e sua preocupação com a santidade e pureza do corpo de Cristo. Ele os corrigiu não por desejo de causar dor, mas para o aperfeiçoamento de suas vidas espirituais. Essa carta é uma resposta à severidade da correção anterior (1 Co 5.9), onde Paulo havia abordado pecados graves dentro da igreja. Sua intenção sempre foi a reconciliação e o fortalecimento da fé dos coríntios.
I - Amor e Correção (2.1-4)
1. Firmeza contra o pecado (2.1-2)
"Mas deliberei isto comigo mesmo: não ir mais ter convosco em tristeza." (2.1)
A firmeza de Paulo ao confrontar o pecado surge da gravidade da situação: alguns membros da igreja estavam desprezando a mensagem da cruz. A "tristeza" (λύπη - lupē) mencionada por Paulo reflete o peso emocional que a conduta pecaminosa da igreja trazia tanto para ele quanto para os coríntios. No entanto, a tristeza resultante da correção era necessária para levá-los ao arrependimento. Paulo reconhece que a correção traz uma dor temporária, mas seu propósito final é a restauração da alegria mútua.
Paulo demonstra um princípio importante: devemos ser intransigentes com o pecado, mas prudentes em como confrontá-lo. A correção visa restaurar e não destruir, e a estratégia de Paulo de adiar sua visita para evitar maiores conflitos mostra sua sabedoria pastoral.
2. Iniciativa de reconciliação (2.3)
"E escrevi isto mesmo, para que, chegando, eu não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me."
Paulo tomou a decisão de corrigir a igreja por carta, uma abordagem que evitava confrontos diretos que poderiam agravar a situação. A carta oferecia uma oportunidade para reflexão antes de uma resposta emocional. Paulo esperava que, ao chegar, ele pudesse encontrar uma igreja arrependida e restaurada, e não mais dividida e resistente.
A reconciliação é central aqui. Paulo não busca punição, mas restauração. Sua firmeza contra o pecado não exclui o desejo de que a igreja seja alegre e unida novamente. Isso nos ensina a importância de abordar o conflito com amor, buscando sempre o bem maior da comunidade e a eliminação do pecado como fonte de divisão.
3. Correção por amor (2.4)
"Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida."
Aqui, vemos a profundidade do amor de Paulo pelos coríntios. Sua correção foi feita com lágrimas, revelando o fardo espiritual que carregava por temer que a igreja estivesse se desviando da verdade. A "angústia de coração" (συνχνοχή - synchnochē) e as "lágrimas" (δάκρυα - dakrya) mostram sua profunda compaixão. Paulo não desejava causar tristeza por si só, mas queria que eles entendessem o quanto ele os amava e quão seriamente ele levava a questão da santidade.
Essa correção feita em amor nos lembra que o objetivo final da disciplina espiritual é sempre o bem-estar daqueles que estão sendo corrigidos. A verdadeira liderança cristã, como a de Paulo, deve ser marcada por lágrimas, por uma profunda preocupação com o bem-estar espiritual do rebanho.
Conclusão
Paulo demonstra que amor e correção caminham juntos no contexto do cuidado pastoral. Sua abordagem firme, mas amorosa, é um modelo para o cuidado cristão. O objetivo não é condenar, mas restaurar, e a correção só é eficaz quando feita com o desejo de reconciliação e santificação. Assim como Paulo, devemos buscar a pureza da igreja e a reconciliação entre seus membros, sempre conscientes de que o perdão e a restauração são essenciais para a saúde espiritual da comunidade cristã.
Introdução
O capítulo 2 de 2 Coríntios reflete o amor pastoral de Paulo pela igreja de Corinto e sua preocupação com a santidade e pureza do corpo de Cristo. Ele os corrigiu não por desejo de causar dor, mas para o aperfeiçoamento de suas vidas espirituais. Essa carta é uma resposta à severidade da correção anterior (1 Co 5.9), onde Paulo havia abordado pecados graves dentro da igreja. Sua intenção sempre foi a reconciliação e o fortalecimento da fé dos coríntios.
I - Amor e Correção (2.1-4)
1. Firmeza contra o pecado (2.1-2)
"Mas deliberei isto comigo mesmo: não ir mais ter convosco em tristeza." (2.1)
A firmeza de Paulo ao confrontar o pecado surge da gravidade da situação: alguns membros da igreja estavam desprezando a mensagem da cruz. A "tristeza" (λύπη - lupē) mencionada por Paulo reflete o peso emocional que a conduta pecaminosa da igreja trazia tanto para ele quanto para os coríntios. No entanto, a tristeza resultante da correção era necessária para levá-los ao arrependimento. Paulo reconhece que a correção traz uma dor temporária, mas seu propósito final é a restauração da alegria mútua.
Paulo demonstra um princípio importante: devemos ser intransigentes com o pecado, mas prudentes em como confrontá-lo. A correção visa restaurar e não destruir, e a estratégia de Paulo de adiar sua visita para evitar maiores conflitos mostra sua sabedoria pastoral.
2. Iniciativa de reconciliação (2.3)
"E escrevi isto mesmo, para que, chegando, eu não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me."
Paulo tomou a decisão de corrigir a igreja por carta, uma abordagem que evitava confrontos diretos que poderiam agravar a situação. A carta oferecia uma oportunidade para reflexão antes de uma resposta emocional. Paulo esperava que, ao chegar, ele pudesse encontrar uma igreja arrependida e restaurada, e não mais dividida e resistente.
A reconciliação é central aqui. Paulo não busca punição, mas restauração. Sua firmeza contra o pecado não exclui o desejo de que a igreja seja alegre e unida novamente. Isso nos ensina a importância de abordar o conflito com amor, buscando sempre o bem maior da comunidade e a eliminação do pecado como fonte de divisão.
3. Correção por amor (2.4)
"Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida."
Aqui, vemos a profundidade do amor de Paulo pelos coríntios. Sua correção foi feita com lágrimas, revelando o fardo espiritual que carregava por temer que a igreja estivesse se desviando da verdade. A "angústia de coração" (συνχνοχή - synchnochē) e as "lágrimas" (δάκρυα - dakrya) mostram sua profunda compaixão. Paulo não desejava causar tristeza por si só, mas queria que eles entendessem o quanto ele os amava e quão seriamente ele levava a questão da santidade.
Essa correção feita em amor nos lembra que o objetivo final da disciplina espiritual é sempre o bem-estar daqueles que estão sendo corrigidos. A verdadeira liderança cristã, como a de Paulo, deve ser marcada por lágrimas, por uma profunda preocupação com o bem-estar espiritual do rebanho.
Conclusão
Paulo demonstra que amor e correção caminham juntos no contexto do cuidado pastoral. Sua abordagem firme, mas amorosa, é um modelo para o cuidado cristão. O objetivo não é condenar, mas restaurar, e a correção só é eficaz quando feita com o desejo de reconciliação e santificação. Assim como Paulo, devemos buscar a pureza da igreja e a reconciliação entre seus membros, sempre conscientes de que o perdão e a restauração são essenciais para a saúde espiritual da comunidade cristã.
II- DISPONIBILIDADE PARA O PERDÃO (2.5-17)
Além de ser uma ordenança de Jesus, o perdão tem o poder de derrubar qualquer estratégia de Satanás para gerar separações e desordens na igreja.
1- Amor e disciplina (2.5-6) basta-lhe a punição pela maioria (2.6).
Numa demonstração de prudência e amor cristão genuíno, Paulo trata de um caso específico. É o único momento da epístola em que ele aconselha o que fazer com alguém em particular. Talvez algumas das piores ofensas e acusações tenham partido exatamente dessa pessoa a quem Paulo menciona sem revelar o nome. Alguns estudiosos cogitam que este homem seja o mesmo já citado em 1Co 5.1. Contudo, o mais relevante é a advertência para quem tem “causado tristeza” (2.5). O modo como Paulo comenta o fato sugere que ele foi o alvo dessa tal pessoa. Referindo-se às intenções daquele homem, Paulo diz que ele, ao tentar desacreditar a sua mensagem, “não o fez apenas a mim, mas, para que eu não seja demasiadamente áspero, digo que em parte a todos vós” (2.5). A ideia evocada aqui é a de que todos os que atacam a mensagem da cruz, atacam toda a igreja; mais que isso, quem ataca a igreja, ataca o Senhor Jesus. Apesar da má conduta, Paulo afirma que a punição devida e proporcional visa restauração e não rejeição permanente.
2- O perdão que restaura (2.7) De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza.
Paulo exorta-os a todos acerca do critério que devem adotar para o julgamento daquele irmão. A essa altura precisamos observar que o apóstolo está passando por momento turbulento e sofrendo dura rejeição; era esperado que ele aproveitasse a ocasião para também usar um critério severo contra quem pecou ou o atacou. Contudo, ele conhece a dor de ser rejeitado (2.6). Paulo ensina a prática do perdão conforme Jesus ilustrou pela parábola do servo impiedoso (Mt 18.23-35). Ele talvez tenha lembrado do início de sua conversão, quando em- bora fosse um mestre excepcional, precisou fugir às escondidas para não ser morto pelos seus antigos aliados (At 9.25) e, procurando acolhida entre os apóstolos de Jesus, sentiu-se rejeitado por causa de seu passado de perseguidor de cristãos (At 9.26).
3- O desígnio de Satanás (2.8-11) Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios (2.11).
O apóstolo chega a dizer que escreveu antes para assegurar-se de que seu conselho seria atendido e, assim, todos perdoassem o irmão que errou: “vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor. E foi por isso também que vos escrevi, para ter prova de que, em tudo, sois obedientes” (2.9-10). O perdão a quem se arrepende mantém a igreja unida e de pé para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois conhecemos os seus planos de criar divisões e corrupção no corpo de Cristo. A ordem é perdoar todos os que se arrependem e buscam sinceramente o perdão. Ora, um corpo não pode subsistir de modo desconcertado e disfuncional. Isso significa que todos, sem exceção, devem perdoar aquele que busca reconciliação. Por isso, Paulo, para dar o exemplo a todos, declara solenemente: “A quem perdoais alguma coisa, também eu perdoo” (2.10), pois sempre que houve algo a perdoar, “o fiz na presença de Cristo”.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II - Disponibilidade para o Perdão (2.5-17)
Paulo enfatiza a importância do perdão no corpo de Cristo, lembrando que, além de ser uma ordenança de Jesus, o perdão é uma ferramenta poderosa para evitar que Satanás gere desordem e divisões na igreja. O perdão tem o poder de restaurar a unidade e o amor entre os membros da comunidade.
1. Amor e Disciplina (2.5-6)
“Basta-lhe a punição pela maioria” (2.6).
Paulo menciona um caso específico de um irmão que havia causado tristeza, sugerindo que as ações dessa pessoa haviam ferido tanto a ele quanto à igreja. Este homem pode ser o mesmo de 1 Coríntios 5.1, mas, independentemente de sua identidade, a questão central aqui é a resposta da igreja ao pecado.
A "punição" (ἐπιτιμία - epitimia) mencionada por Paulo é uma forma de disciplina aplicada pela maioria da igreja, uma correção necessária para trazer o pecador ao arrependimento. A intenção não é condenação permanente, mas restauração. A disciplina eclesiástica, como Paulo ensina, deve ser proporcional e sempre com vistas à restauração do indivíduo à comunhão. Quando bem aplicada, a disciplina pode salvar a pessoa de um caminho de destruição espiritual.
2. O Perdão que Restaura (2.7)
“De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza.”
Aqui, Paulo exorta a igreja a perdoar e confortar o irmão que havia sido disciplinado. Ele alerta para o risco de um julgamento severo demais, que poderia levar o pecador ao desespero, fazendo com que ele fosse “consumido por excessiva tristeza” (καταποθῇ - katapothē, literalmente “engolido”). O excesso de tristeza pode resultar em desespero e isolamento, e isso é contrário ao objetivo da disciplina cristã.
O perdão e o conforto (παρακαλέω - parakaleō) são cruciais para a restauração do indivíduo. A igreja deve sempre estar pronta a receber de volta aquele que se arrepende genuinamente, pois isso reflete a graça e a misericórdia que todos recebemos em Cristo. A falta de perdão pode ser tão destrutiva quanto o próprio pecado, dividindo a igreja e impedindo a obra do Espírito Santo.
3. O Desígnio de Satanás (2.8-11)
“Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (2.11).
Paulo alerta para os desígnios de Satanás (νοήματα - noēmata, “intenções” ou “planos”), que frequentemente busca dividir o corpo de Cristo através da falta de perdão e do endurecimento de corações. Quando a igreja se recusa a perdoar, ela abre a porta para que Satanás crie divisões e desordem. A união da igreja depende da prática do perdão e da reconciliação.
Paulo destaca que seu pedido de perdão é uma prova de obediência da igreja à sua liderança espiritual. Ele se une à igreja no ato de perdoar, mostrando que o perdão é um mandamento que deve ser seguido por todos, sem exceção. Sua declaração de que ele perdoa “na presença de Cristo” (ἐνώπιον τοῦ Χριστοῦ - enōpion tou Christou) ressalta a seriedade e a autoridade espiritual com que o perdão deve ser praticado.
Reflexão Final
Paulo nos ensina que o perdão é uma das armas mais poderosas contra os esquemas de Satanás. A falta de perdão divide, corrompe e destrói a unidade do corpo de Cristo, mas o perdão restaura, cura e fortalece. A igreja deve estar sempre disposta a perdoar aqueles que se arrependem, para que não caiamos nas armadilhas do inimigo. Assim, a comunidade cristã permanece unida e saudável, refletindo o amor e a graça de Deus em Cristo.
Este princípio é um chamado para todos nós, que devemos sempre buscar a reconciliação e a unidade no corpo de Cristo, sabendo que o perdão traz cura e vitória sobre as divisões que o inimigo tenta semear.
II - Disponibilidade para o Perdão (2.5-17)
Paulo enfatiza a importância do perdão no corpo de Cristo, lembrando que, além de ser uma ordenança de Jesus, o perdão é uma ferramenta poderosa para evitar que Satanás gere desordem e divisões na igreja. O perdão tem o poder de restaurar a unidade e o amor entre os membros da comunidade.
1. Amor e Disciplina (2.5-6)
“Basta-lhe a punição pela maioria” (2.6).
Paulo menciona um caso específico de um irmão que havia causado tristeza, sugerindo que as ações dessa pessoa haviam ferido tanto a ele quanto à igreja. Este homem pode ser o mesmo de 1 Coríntios 5.1, mas, independentemente de sua identidade, a questão central aqui é a resposta da igreja ao pecado.
A "punição" (ἐπιτιμία - epitimia) mencionada por Paulo é uma forma de disciplina aplicada pela maioria da igreja, uma correção necessária para trazer o pecador ao arrependimento. A intenção não é condenação permanente, mas restauração. A disciplina eclesiástica, como Paulo ensina, deve ser proporcional e sempre com vistas à restauração do indivíduo à comunhão. Quando bem aplicada, a disciplina pode salvar a pessoa de um caminho de destruição espiritual.
2. O Perdão que Restaura (2.7)
“De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza.”
Aqui, Paulo exorta a igreja a perdoar e confortar o irmão que havia sido disciplinado. Ele alerta para o risco de um julgamento severo demais, que poderia levar o pecador ao desespero, fazendo com que ele fosse “consumido por excessiva tristeza” (καταποθῇ - katapothē, literalmente “engolido”). O excesso de tristeza pode resultar em desespero e isolamento, e isso é contrário ao objetivo da disciplina cristã.
O perdão e o conforto (παρακαλέω - parakaleō) são cruciais para a restauração do indivíduo. A igreja deve sempre estar pronta a receber de volta aquele que se arrepende genuinamente, pois isso reflete a graça e a misericórdia que todos recebemos em Cristo. A falta de perdão pode ser tão destrutiva quanto o próprio pecado, dividindo a igreja e impedindo a obra do Espírito Santo.
3. O Desígnio de Satanás (2.8-11)
“Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (2.11).
Paulo alerta para os desígnios de Satanás (νοήματα - noēmata, “intenções” ou “planos”), que frequentemente busca dividir o corpo de Cristo através da falta de perdão e do endurecimento de corações. Quando a igreja se recusa a perdoar, ela abre a porta para que Satanás crie divisões e desordem. A união da igreja depende da prática do perdão e da reconciliação.
Paulo destaca que seu pedido de perdão é uma prova de obediência da igreja à sua liderança espiritual. Ele se une à igreja no ato de perdoar, mostrando que o perdão é um mandamento que deve ser seguido por todos, sem exceção. Sua declaração de que ele perdoa “na presença de Cristo” (ἐνώπιον τοῦ Χριστοῦ - enōpion tou Christou) ressalta a seriedade e a autoridade espiritual com que o perdão deve ser praticado.
Reflexão Final
Paulo nos ensina que o perdão é uma das armas mais poderosas contra os esquemas de Satanás. A falta de perdão divide, corrompe e destrói a unidade do corpo de Cristo, mas o perdão restaura, cura e fortalece. A igreja deve estar sempre disposta a perdoar aqueles que se arrependem, para que não caiamos nas armadilhas do inimigo. Assim, a comunidade cristã permanece unida e saudável, refletindo o amor e a graça de Deus em Cristo.
Este princípio é um chamado para todos nós, que devemos sempre buscar a reconciliação e a unidade no corpo de Cristo, sabendo que o perdão traz cura e vitória sobre as divisões que o inimigo tenta semear.
III- TRIUNFO E PERFUME DE CRISTO (2.14-17)
Ao expor suas expectativas por notícias de Corinto, Paulo pretende mostrar o quanto os ama e se preocupa com todos. Em meio a tanta preocupação, ele registra sua certeza do triunfo do Evangelho.
1- Jesus nos conduz em triunfo (2.14) Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.
O apóstolo faz questão de mostrar o quanto ficou ansioso para ter notícias de como os coríntios haviam reagido às suas primeiras cartas. Teriam se arrependido? Teriam perdoado uns aos outros? Teriam compreendido o motivo pelo qual resolvera escrever ao invés de visitá-los? Certamente, essas eram as preocupações que o levaram a grandes expectativas pelo regresso de Tito com resposta a todas essas perguntas. Já que Tito ainda não havia chegado a Trôade, onde deveriam se encontrar, Paulo resolve encontrá-lo a meio do caminho e parte para a Macedônia, tamanha era sua expectativa. Vale observar que, enquanto aguardava em Trôade, uma porta se lhe abriu no Senhor, “não tive, contudo ele diz tranquilidade no meu espírito”. Perceba a intenção de mostrar o quanto Corinto o preocupava. Mas, a eficácia da pregação feita em Trôade, enquanto aguardava por Tito, mostrava que a igreja seguia crescendo sob o comando de Jesus e cumprindo seu caminho triunfante.
2- Triunfo e perfume de Cristo (2.14-15) Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem (2.15).
Embora não tenha plantado uma igreja em Trôade por causa da preocupação com os fatos em Corinto, Paulo destaca aquela oportunidade como um triunfo do verdadeiro Evangelho: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo”. Era a providência divina que sinalizava para o avanço da igreja genuína. Note que na cultura militar romana o triunfo era o cortejo que tinha à frente o general de um exército vencedor. Paulo usa essa imagem para dizer que o nosso general é Cristo. Após o general vêm os vencidos, uns como escravos; outros, condenados à morte. Enquanto desfilavam, os moradores da cidade espalharam perfumes, que para uns são cheiro de vida, pois foram poupados; para outros, são cheiro de morte, pois foram condenados. O que Paulo está dizendo é que por meio da sua pregação – e não da pregação dos que o acusam – espalha-se uma verdade: o bom perfume de Cristo (2.15), que converte muitos em servos fiéis de Jesus. Vale dizer que Paulo estava mencionando o fato de muitos escravos serem libertados e beneficiados com cidadania romana, isso ilustra a libertação dos que aceitam o governo de Cristo sobre suas vidas. Para outros, contudo, o bom perfume da mensagem verdadeira representa condenação, pois a rejeitaram (Jo 12.48).
3- O perfume de vida ou de morte (2.16-17) Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é sufi- ciente para estas coisas? (2.16).
No verso 15, Paulo menciona dois tipos de pessoas classificadas de acordo com sua resposta ao Evangelho: os que são salvos e os que se perdem. A fragrância do conhecimento” é reveladora do que temos em nós, pois quando entra em contato com a iniquidade ou com a religiosidade legalista exala a morte eterna; quando essa fragrância toma contato com um coração quebrantado, revela um cheiro de vida eterna. A metáfora ensina que os efeitos da pregação verdadeira podem ser percebidos de longe na vida das pessoas. Perceba que a ideia é semelhante à que Jesus ensinou na parábola do semeador: em contato com a boa semente, a terra mostra sua qualidade. Mas, afinal, o que Paulo quer dizer aos coríntios? O apóstolo está rebatendo a acusação de que ele não era qualificado para anunciar o Evangelho, provando que seu ensino gerava conversões. Quanto aos seus acusadores, estes exigiam privilégios, exploravam o povo e ministravam uma mensagem judaizante baseada na lei mosaica. Por isso, seus ensinos têm cheiro de morte (Rm 8.1-2) e não podem produzir efeito de salvação eterna.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III - Triunfo e Perfume de Cristo (2.14-17)
Ao expressar suas ansiedades e expectativas em relação à igreja em Corinto, Paulo destaca sua confiança na vitória do Evangelho e no poder transformador de Cristo. Mesmo em meio a preocupações, ele reconhece que Cristo nos conduz em triunfo e que, por meio de sua pregação, o "bom perfume" do conhecimento de Deus é espalhado.
1. Jesus nos Conduz em Triunfo (2.14)
"Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento."
Paulo inicia com um ato de gratidão a Deus, reconhecendo que, em Cristo, ele e seus colaboradores são conduzidos em triunfo. O termo grego usado aqui para triunfo é θριαμβεύειν (thriambeuein), uma referência aos desfiles triunfais dos generais romanos vitoriosos. Nesses desfiles, o general liderava seus soldados, e atrás vinham os prisioneiros derrotados. Paulo aplica essa metáfora ao ministério de Cristo, mostrando que Ele é o verdadeiro vencedor, e nós, Seus servos, somos parte dessa vitória.
Por onde Paulo passa, ele se vê como um participante desse triunfo. Mesmo preocupado com a igreja em Corinto e esperando ansiosamente notícias de Tito, ele reconhece que a pregação do Evangelho segue adiante e produz frutos. A "fragrância do conhecimento" de Cristo é espalhada por meio de sua pregação. Essa fragrância, no contexto da metáfora romana, simboliza a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, um cheiro de redenção para os que creem e condenação para os que rejeitam o Evangelho.
2. Triunfo e Perfume de Cristo (2.14-15)
"Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem." (2.15)
Paulo continua desenvolvendo a metáfora do perfume, comparando a sua pregação à fragrância que se espalha. Ele enfatiza que, aos olhos de Deus, ele e seus colaboradores são o "bom perfume de Cristo". Aqui, a palavra grega ὀσμή (osmē), traduzida como perfume ou fragrância, é usada para destacar o impacto que a pregação do Evangelho tem sobre aqueles que a ouvem.
Na cultura romana, os perfumes eram utilizados nos desfiles triunfais, e seu aroma marcava a distinção entre os que eram poupados e os que estavam condenados. Da mesma forma, o Evangelho pregado por Paulo tem dois efeitos distintos: para os que são salvos, ele é um perfume de vida; para os que o rejeitam, um cheiro de morte. Essa dicotomia revela a profundidade espiritual da pregação cristã. Para aqueles que abraçam a mensagem de Cristo, ela oferece liberdade e vida eterna; para os que a rejeitam, condenação e morte espiritual.
3. O Perfume de Vida ou de Morte (2.16-17)
"Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?" (2.16)
Paulo ressalta que o Evangelho tem um efeito inevitável: ele revela o estado espiritual das pessoas. Para os que estão abertos à mensagem, o Evangelho é "aroma de vida" (ζωῆς - zoēs), enquanto para os que o rejeitam, ele se torna "cheiro de morte" (θανάτου - thanatou). Esse contraste nos lembra da gravidade da pregação do Evangelho, pois ele expõe a condição dos corações, sejam eles abertos à graça de Deus ou endurecidos em sua incredulidade.
Ao perguntar "Quem, porém, é suficiente para estas coisas?", Paulo reflete sobre a seriedade e o peso de ser um mensageiro do Evangelho. Ele está ciente de que ninguém, por mérito próprio, é digno ou capaz de lidar com tamanha responsabilidade. Essa pergunta retórica sugere que é somente pela graça de Deus que Paulo e outros ministros podem cumprir esse chamado.
No verso 17, Paulo contrasta sua pregação com a dos falsos mestres que estavam em Corinto. Ele afirma: “nós não somos como muitos, que mercadejam a palavra de Deus”. Esses falsos mestres pregavam por ganância e usavam o Evangelho para seus próprios interesses, distorcendo a verdade. Paulo, por outro lado, prega com sinceridade, "como da parte de Deus e na presença de Deus, em Cristo". Essa frase sublinha a integridade de seu ministério, que é caracterizado pela transparência e pela pureza na mensagem.
Conclusão
Paulo demonstra que o triunfo do Evangelho está garantido em Cristo, e que, como pregadores da Palavra, espalhamos a "fragrância" do conhecimento de Deus. Essa fragrância tem um duplo efeito: é vida para os que aceitam e morte para os que rejeitam a verdade. O apóstolo também alerta para a responsabilidade espiritual dos pregadores, que devem ser sinceros, íntegros e conscientes de que, em Cristo, eles são conduzidos no cortejo vitorioso que proclama a vitória sobre o pecado e a morte.
III - Triunfo e Perfume de Cristo (2.14-17)
Ao expressar suas ansiedades e expectativas em relação à igreja em Corinto, Paulo destaca sua confiança na vitória do Evangelho e no poder transformador de Cristo. Mesmo em meio a preocupações, ele reconhece que Cristo nos conduz em triunfo e que, por meio de sua pregação, o "bom perfume" do conhecimento de Deus é espalhado.
1. Jesus nos Conduz em Triunfo (2.14)
"Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento."
Paulo inicia com um ato de gratidão a Deus, reconhecendo que, em Cristo, ele e seus colaboradores são conduzidos em triunfo. O termo grego usado aqui para triunfo é θριαμβεύειν (thriambeuein), uma referência aos desfiles triunfais dos generais romanos vitoriosos. Nesses desfiles, o general liderava seus soldados, e atrás vinham os prisioneiros derrotados. Paulo aplica essa metáfora ao ministério de Cristo, mostrando que Ele é o verdadeiro vencedor, e nós, Seus servos, somos parte dessa vitória.
Por onde Paulo passa, ele se vê como um participante desse triunfo. Mesmo preocupado com a igreja em Corinto e esperando ansiosamente notícias de Tito, ele reconhece que a pregação do Evangelho segue adiante e produz frutos. A "fragrância do conhecimento" de Cristo é espalhada por meio de sua pregação. Essa fragrância, no contexto da metáfora romana, simboliza a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, um cheiro de redenção para os que creem e condenação para os que rejeitam o Evangelho.
2. Triunfo e Perfume de Cristo (2.14-15)
"Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem." (2.15)
Paulo continua desenvolvendo a metáfora do perfume, comparando a sua pregação à fragrância que se espalha. Ele enfatiza que, aos olhos de Deus, ele e seus colaboradores são o "bom perfume de Cristo". Aqui, a palavra grega ὀσμή (osmē), traduzida como perfume ou fragrância, é usada para destacar o impacto que a pregação do Evangelho tem sobre aqueles que a ouvem.
Na cultura romana, os perfumes eram utilizados nos desfiles triunfais, e seu aroma marcava a distinção entre os que eram poupados e os que estavam condenados. Da mesma forma, o Evangelho pregado por Paulo tem dois efeitos distintos: para os que são salvos, ele é um perfume de vida; para os que o rejeitam, um cheiro de morte. Essa dicotomia revela a profundidade espiritual da pregação cristã. Para aqueles que abraçam a mensagem de Cristo, ela oferece liberdade e vida eterna; para os que a rejeitam, condenação e morte espiritual.
3. O Perfume de Vida ou de Morte (2.16-17)
"Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?" (2.16)
Paulo ressalta que o Evangelho tem um efeito inevitável: ele revela o estado espiritual das pessoas. Para os que estão abertos à mensagem, o Evangelho é "aroma de vida" (ζωῆς - zoēs), enquanto para os que o rejeitam, ele se torna "cheiro de morte" (θανάτου - thanatou). Esse contraste nos lembra da gravidade da pregação do Evangelho, pois ele expõe a condição dos corações, sejam eles abertos à graça de Deus ou endurecidos em sua incredulidade.
Ao perguntar "Quem, porém, é suficiente para estas coisas?", Paulo reflete sobre a seriedade e o peso de ser um mensageiro do Evangelho. Ele está ciente de que ninguém, por mérito próprio, é digno ou capaz de lidar com tamanha responsabilidade. Essa pergunta retórica sugere que é somente pela graça de Deus que Paulo e outros ministros podem cumprir esse chamado.
No verso 17, Paulo contrasta sua pregação com a dos falsos mestres que estavam em Corinto. Ele afirma: “nós não somos como muitos, que mercadejam a palavra de Deus”. Esses falsos mestres pregavam por ganância e usavam o Evangelho para seus próprios interesses, distorcendo a verdade. Paulo, por outro lado, prega com sinceridade, "como da parte de Deus e na presença de Deus, em Cristo". Essa frase sublinha a integridade de seu ministério, que é caracterizado pela transparência e pela pureza na mensagem.
Conclusão
Paulo demonstra que o triunfo do Evangelho está garantido em Cristo, e que, como pregadores da Palavra, espalhamos a "fragrância" do conhecimento de Deus. Essa fragrância tem um duplo efeito: é vida para os que aceitam e morte para os que rejeitam a verdade. O apóstolo também alerta para a responsabilidade espiritual dos pregadores, que devem ser sinceros, íntegros e conscientes de que, em Cristo, eles são conduzidos no cortejo vitorioso que proclama a vitória sobre o pecado e a morte.
APLICAÇÃO PESSOAL
O bom perfume de Cristo tem sido exalado através da sua vida?
RESPONDA
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2024 | TEMA: 2 CORINTIOS – Nova Criatura | Escola Biblica Dominical | Lição 01: 2 Coríntios 1 – Consolo na Tribulação
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2024 | TEMA: 2 CORINTIOS – Nova Criatura | Escola Biblica Dominical | Lição 01: 2 Coríntios 1 – Consolo na Tribulação
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
📩 Adquira o acesso Vip ou o conteúdo individual de qualquer ano | Saiba mais pelo Zap.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
ADQUIRA O ACESSO VIP ou os conteúdos em pdf 👆👆👆👆👆👆 Entre em contato.
Os conteúdos tem lhe abençoado? Nos abençoe também com Uma Oferta Voluntária de qualquer valor pelo PIX: E-MAIL pecadorconfesso@hotmail.com – ou, PIX:TEL (15)99798-4063 Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Lucas 6:38
- ////////----------/////////--------------///////////
- ////////----------/////////--------------///////////
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS
---------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------
- ////////----------/////////--------------///////////
COMMENTS