SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 2 Coríntios 1 há 24 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, 2 Coríntios 1.1-24 (2 a 3 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Olá, professor(a)! Iniciaremos o estudo de uma das cartas mais subjetivas de Paulo, na qual ele tratou sabiamente dos conflitos que havia na igreja de Corinto. Apesar de ser uma carta, o tom informativo muitas vezes dá lugar à confissão pessoal de duras experiências vinculadas ao ministério apostólico e ao pastoreio das igrejas. O problema local eram as acusações de seus opositores, que lançaram suspeitas sobre a confiabilidade do seu ministério e sobre sua capacidade de transmitir os ensinamentos de Jesus. A grande mensagem do início da carta é a mansidão, conforme Jesus a praticou até o limite da morte na cruz. A vida cristã alicerçada na paciência e no amor é o grande tema que abre a carta.
OBJETIVOS
PARA COMEÇAR A AULA
Será que teríamos a mesma mansidão de Paulo se alguém nos acusasse injustamente? Será que costumamos consolar os que sofrem, mesmo quando estamos sofrendo também? Peça aos irmãos que recordem situações semelhantes, isso os ajudará a entender o tema da lição. Você pode pedir a um ou mais voluntários que fiquem nas últimas cadeiras e encham balões enquanto os irmãos relatam ofensas e sofrimentos já vividos. Ao final os voluntários devem amarrar os balões e escrever neles: paz, paciência, amor, etc
LEITURA ADICIONAL
Texto Áureo
“A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação.” 2Co 1.7
Leitura Bíblica Com Todos
2 Coríntios 1.1-24
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A segunda carta aos Coríntios, escrita pelo apóstolo Paulo, é uma das epístolas mais pessoais do Novo Testamento. O apóstolo a escreveu para abordar várias questões, incluindo defesas de seu ministério, respostas a críticas, e para encorajar a igreja a manter-se firme na fé. Paulo também menciona suas tribulações, a importância do consolo divino e a natureza do verdadeiro apostolado.
Análise Versículo por Versículo
Versículo 1: "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e Timóteo, nosso irmão, à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia."
- Teologia e Contexto: Paulo reafirma sua autoridade apostólica, destacando que é "pela vontade de Deus". O uso do termo "apóstolo" (do grego apostolos, que significa "enviado") estabelece sua posição como mensageiro de Cristo.
- Raiz Grega: O nome "Paulo" (Paulos) significa "pequeno" ou "humilde", o que contrasta com sua grandeza de ministério. Isso reflete a sua própria visão de que a verdadeira grandeza é encontrada na humildade diante de Deus.
Versículo 2: "Graça a vós outros, e paz, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo."
- Teologia: A saudação é uma bênção que enfatiza a graça e a paz como dons divinos. A ordem de "graça" antes de "paz" indica que a verdadeira paz só pode ser alcançada através da graça de Deus.
- Raiz Grega: A palavra “graça” (charis) reflete a ideia de favor não merecido, enquanto “paz” (eirene) implica em bem-estar e harmonia.
Versículos 3-4: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que possamos consolar os que estiverem em qualquer tribulação."
- Teologia: Paulo exalta a natureza de Deus como "Pai das misericórdias". A consolação divina é um tema central, mostrando que Deus não apenas conforta, mas também nos capacita a confortar os outros.
- Raiz Grega: A palavra "consolação" (paraklesis) significa chamar alguém para perto, trazendo apoio e encorajamento.
Versículos 5-6: "Porque, assim como as aflições de Cristo se manifestam em nós, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para a vossa consolação e salvação."
- Teologia: Paulo identifica a ligação entre suas aflições e as de Cristo, sugerindo que a experiência de sofrimento é parte do chamado cristão. A consolação que recebemos é para nosso benefício, mas também para o benefício dos outros.
- Raiz Grega: A palavra "aflições" (thlipsis) refere-se a pressões e opressões que produzem sofrimento.
Versículo 7: "E a nossa esperança a respeito de vós é firme, pois sabemos que, assim como sois participantes dos sofrimentos, assim também o sois da consolação."
- Teologia: Há uma reciprocidade entre sofrimento e consolo. A confiança de Paulo na igreja reflete uma certeza de que eles compartilharão tanto as dificuldades quanto os confortos que vêm de Deus.
- Raiz Grega: "Esperança" (elpis) implica uma expectativa positiva fundamentada na fé.
Versículos 8-10: "Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a respeito da nossa tribulação, que nos sobreveio na Ásia; pois fomos oprimidos além das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Mas temos a certeza de que, se fomos libertados de tão grande morte, também ainda nos livrará."
- Teologia: Paulo revela vulnerabilidades em seu ministério, sublinhando que suas tribulações eram tão intensas que ele chegou a perder a esperança de vida. Essa honestidade é uma característica vital da carta.
- Raiz Grega: "Oprimidos" (bareo) significa ser pesado ou esmagado, refletindo a profundidade do sofrimento.
Versículo 11: "Vós também, ajudando-nos com a vossa oração, para que, pelo dom que se nos concedeu por meio de muitas pessoas, muitos deem graças em nosso favor."
- Teologia: Paulo destaca a importância da oração da comunidade na luta espiritual e física. A intercessão é fundamental para o ministério cristão.
- Raiz Grega: "Dom" (charisma) refere-se a um presente, indicando que a ajuda divina é vista como um presente de Deus.
Versículos 12-14: "Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que em santidade e sinceridade de Deus, não em sabedoria carnal, mas em graça divina, temos vivido no mundo, e especialmente convosco."
- Teologia: A integridade de Paulo é reafirmada. Ele se apresenta como um exemplo de vida cristã autêntica, movendo-se em graça e não em sabedoria humana.
- Raiz Grega: "Sinceridade" (eilikrineia) implica pureza e clareza, sem hipocrisia.
Versículo 15-17: "E, por isso, me propus a vir a vós outros antes, para que tivésseis uma segunda graça; e, ao ir, também fui a Macedônia; e, ao voltar, a vós outros, fui à Macedônia. Porventura, é com incerteza que me proponho a ir para vós?"
- Teologia: Paulo expressa seus planos e a possibilidade de mudança, demonstrando que, mesmo em seu ministério, a flexibilidade é necessária. As mudanças podem ser parte do plano divino.
- Raiz Grega: "Propor" (prothesis) refere-se a fazer uma decisão ou um propósito.
Versículo 18-19: "Mas, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não. Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim e Silvano e Timóteo, não foi sim e não, mas nele houve sempre o sim."
- Teologia: A fidelidade de Deus é ressaltada, e a mensagem do evangelho é apresentada como uma verdade única e consistente, em contraste com as incertezas humanas.
- Raiz Grega: "Fiel" (pistos) implica em confiança e lealdade.
Versículo 20: "Pois quantas forem as promessas de Deus, são nele o sim; e por meio dele, o amém, para a glória de Deus, por nosso intermédio."
- Teologia: Este versículo destaca a certeza das promessas divinas em Cristo. Cada promessa de Deus se concretiza em Jesus, oferecendo segurança e esperança aos crentes.
- Raiz Grega: "Promessas" (epaggelma) refere-se a promessas de Deus que têm poder e garantia.
Versículos 21-22: "E aquele que nos confirma convosco em Cristo, e nos ungiu, é Deus; o qual também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nossos corações."
- Teologia: Paulo fala da confirmação e unção divina, destacando o papel do Espírito Santo como um selo que garante a salvação e o compromisso de Deus com Seus filhos.
- Raiz Grega: "Selou" (sphragizō) implica segurança, enquanto "penhor" (arrhabon) refere-se a um pagamento antecipado como garantia.
Versículo 23: "Mas eu invoco a Deus por testemunha sobre a minha alma, que, para vos poupar, não fui ainda a Corinto."
- Teologia: A sinceridade de Paulo é reafirmada. Ele não quer ser um fardo para a igreja, o que mostra seu amor e preocupação genuína pelos coríntios.
- Raiz Grega: "Invocar" (epikaleō) implica chamar para testemunho, indicando seriedade.
Versículo 24: "Não que dominemos sobre a vossa fé, mas somos cooperadores da vossa alegria; porque pela fé estais em pé."
- Teologia: Paulo rejeita a ideia de controle sobre a fé dos crentes, enfatizando seu papel como cooperador na edificação da alegria da comunidade. A fé é a base que mantém os crentes firmes.
- Raiz Grega: "Cooperadores" (sunergoi) indica um trabalho conjunto, e "alegria" (chara) reflete a condição espiritual de contentamento em Cristo.
Conclusão
O primeiro capítulo de 2 Coríntios é uma rica exploração da relação entre sofrimento, consolo e a fidelidade de Deus. Paulo destaca a importância da comunidade e a interconexão entre os crentes em suas lutas e alegrias. Essa epístola nos ensina que, mesmo nas tribulações, podemos encontrar conforto em Deus, e que nossa experiência é uma oportunidade de compartilhar essa consolação com os outros. Além disso, reforça a ideia de que o ministério cristão é um chamado para a colaboração mútua em fé, alegria e crescimento espiritual.
A segunda carta aos Coríntios, escrita pelo apóstolo Paulo, é uma das epístolas mais pessoais do Novo Testamento. O apóstolo a escreveu para abordar várias questões, incluindo defesas de seu ministério, respostas a críticas, e para encorajar a igreja a manter-se firme na fé. Paulo também menciona suas tribulações, a importância do consolo divino e a natureza do verdadeiro apostolado.
Análise Versículo por Versículo
Versículo 1: "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e Timóteo, nosso irmão, à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia."
- Teologia e Contexto: Paulo reafirma sua autoridade apostólica, destacando que é "pela vontade de Deus". O uso do termo "apóstolo" (do grego apostolos, que significa "enviado") estabelece sua posição como mensageiro de Cristo.
- Raiz Grega: O nome "Paulo" (Paulos) significa "pequeno" ou "humilde", o que contrasta com sua grandeza de ministério. Isso reflete a sua própria visão de que a verdadeira grandeza é encontrada na humildade diante de Deus.
Versículo 2: "Graça a vós outros, e paz, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo."
- Teologia: A saudação é uma bênção que enfatiza a graça e a paz como dons divinos. A ordem de "graça" antes de "paz" indica que a verdadeira paz só pode ser alcançada através da graça de Deus.
- Raiz Grega: A palavra “graça” (charis) reflete a ideia de favor não merecido, enquanto “paz” (eirene) implica em bem-estar e harmonia.
Versículos 3-4: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que possamos consolar os que estiverem em qualquer tribulação."
- Teologia: Paulo exalta a natureza de Deus como "Pai das misericórdias". A consolação divina é um tema central, mostrando que Deus não apenas conforta, mas também nos capacita a confortar os outros.
- Raiz Grega: A palavra "consolação" (paraklesis) significa chamar alguém para perto, trazendo apoio e encorajamento.
Versículos 5-6: "Porque, assim como as aflições de Cristo se manifestam em nós, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para a vossa consolação e salvação."
- Teologia: Paulo identifica a ligação entre suas aflições e as de Cristo, sugerindo que a experiência de sofrimento é parte do chamado cristão. A consolação que recebemos é para nosso benefício, mas também para o benefício dos outros.
- Raiz Grega: A palavra "aflições" (thlipsis) refere-se a pressões e opressões que produzem sofrimento.
Versículo 7: "E a nossa esperança a respeito de vós é firme, pois sabemos que, assim como sois participantes dos sofrimentos, assim também o sois da consolação."
- Teologia: Há uma reciprocidade entre sofrimento e consolo. A confiança de Paulo na igreja reflete uma certeza de que eles compartilharão tanto as dificuldades quanto os confortos que vêm de Deus.
- Raiz Grega: "Esperança" (elpis) implica uma expectativa positiva fundamentada na fé.
Versículos 8-10: "Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a respeito da nossa tribulação, que nos sobreveio na Ásia; pois fomos oprimidos além das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Mas temos a certeza de que, se fomos libertados de tão grande morte, também ainda nos livrará."
- Teologia: Paulo revela vulnerabilidades em seu ministério, sublinhando que suas tribulações eram tão intensas que ele chegou a perder a esperança de vida. Essa honestidade é uma característica vital da carta.
- Raiz Grega: "Oprimidos" (bareo) significa ser pesado ou esmagado, refletindo a profundidade do sofrimento.
Versículo 11: "Vós também, ajudando-nos com a vossa oração, para que, pelo dom que se nos concedeu por meio de muitas pessoas, muitos deem graças em nosso favor."
- Teologia: Paulo destaca a importância da oração da comunidade na luta espiritual e física. A intercessão é fundamental para o ministério cristão.
- Raiz Grega: "Dom" (charisma) refere-se a um presente, indicando que a ajuda divina é vista como um presente de Deus.
Versículos 12-14: "Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que em santidade e sinceridade de Deus, não em sabedoria carnal, mas em graça divina, temos vivido no mundo, e especialmente convosco."
- Teologia: A integridade de Paulo é reafirmada. Ele se apresenta como um exemplo de vida cristã autêntica, movendo-se em graça e não em sabedoria humana.
- Raiz Grega: "Sinceridade" (eilikrineia) implica pureza e clareza, sem hipocrisia.
Versículo 15-17: "E, por isso, me propus a vir a vós outros antes, para que tivésseis uma segunda graça; e, ao ir, também fui a Macedônia; e, ao voltar, a vós outros, fui à Macedônia. Porventura, é com incerteza que me proponho a ir para vós?"
- Teologia: Paulo expressa seus planos e a possibilidade de mudança, demonstrando que, mesmo em seu ministério, a flexibilidade é necessária. As mudanças podem ser parte do plano divino.
- Raiz Grega: "Propor" (prothesis) refere-se a fazer uma decisão ou um propósito.
Versículo 18-19: "Mas, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não. Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim e Silvano e Timóteo, não foi sim e não, mas nele houve sempre o sim."
- Teologia: A fidelidade de Deus é ressaltada, e a mensagem do evangelho é apresentada como uma verdade única e consistente, em contraste com as incertezas humanas.
- Raiz Grega: "Fiel" (pistos) implica em confiança e lealdade.
Versículo 20: "Pois quantas forem as promessas de Deus, são nele o sim; e por meio dele, o amém, para a glória de Deus, por nosso intermédio."
- Teologia: Este versículo destaca a certeza das promessas divinas em Cristo. Cada promessa de Deus se concretiza em Jesus, oferecendo segurança e esperança aos crentes.
- Raiz Grega: "Promessas" (epaggelma) refere-se a promessas de Deus que têm poder e garantia.
Versículos 21-22: "E aquele que nos confirma convosco em Cristo, e nos ungiu, é Deus; o qual também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nossos corações."
- Teologia: Paulo fala da confirmação e unção divina, destacando o papel do Espírito Santo como um selo que garante a salvação e o compromisso de Deus com Seus filhos.
- Raiz Grega: "Selou" (sphragizō) implica segurança, enquanto "penhor" (arrhabon) refere-se a um pagamento antecipado como garantia.
Versículo 23: "Mas eu invoco a Deus por testemunha sobre a minha alma, que, para vos poupar, não fui ainda a Corinto."
- Teologia: A sinceridade de Paulo é reafirmada. Ele não quer ser um fardo para a igreja, o que mostra seu amor e preocupação genuína pelos coríntios.
- Raiz Grega: "Invocar" (epikaleō) implica chamar para testemunho, indicando seriedade.
Versículo 24: "Não que dominemos sobre a vossa fé, mas somos cooperadores da vossa alegria; porque pela fé estais em pé."
- Teologia: Paulo rejeita a ideia de controle sobre a fé dos crentes, enfatizando seu papel como cooperador na edificação da alegria da comunidade. A fé é a base que mantém os crentes firmes.
- Raiz Grega: "Cooperadores" (sunergoi) indica um trabalho conjunto, e "alegria" (chara) reflete a condição espiritual de contentamento em Cristo.
Conclusão
O primeiro capítulo de 2 Coríntios é uma rica exploração da relação entre sofrimento, consolo e a fidelidade de Deus. Paulo destaca a importância da comunidade e a interconexão entre os crentes em suas lutas e alegrias. Essa epístola nos ensina que, mesmo nas tribulações, podemos encontrar conforto em Deus, e que nossa experiência é uma oportunidade de compartilhar essa consolação com os outros. Além disso, reforça a ideia de que o ministério cristão é um chamado para a colaboração mútua em fé, alegria e crescimento espiritual.
Verdade Prática
Devemos ser pacientes e constantes nas adversidades, pois somos consolados por Jesus a fim de também nos consolarmos uns aos outros.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Uma dinâmica eficaz para o tema "Consolo na Tribulação" em 2 Coríntios 1 pode ajudar a ilustrar a importância do apoio mútuo e do consolo que recebemos de Deus e uns dos outros em tempos de dificuldade. Aqui está uma sugestão de dinâmica que você pode realizar em grupo:
Dinâmica: "Círculo de Consolo"
Objetivo: Promover a empatia e a compreensão do consolo que Deus proporciona em tribulações, reforçando a ideia de que, assim como somos consolados, devemos consolar uns aos outros.
Materiais Necessários:
- Papel e caneta ou canetinha (opcional)
- Um pequeno objeto ou bola (para passar entre os participantes)
- Um espaço aberto para formar um círculo
Passos:
- Formar o Círculo:
- Peça aos participantes que se reúnam em um círculo. Certifique-se de que todos possam se ver.
- Reflexão Inicial:
- Comece com uma breve reflexão sobre 2 Coríntios 1.3-4, enfatizando que Deus é o "Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação" e que somos chamados a consolar uns aos outros.
- Pergunte aos participantes: "O que significa para você ser consolado em um momento difícil?"
- Passando o Objeto:
- Pegue o objeto ou a bola e explique que cada vez que alguém receber o objeto, deve compartilhar uma experiência em que recebeu consolo em um momento de tribulação ou um momento em que teve a oportunidade de consolar alguém.
- A pessoa deve passar o objeto para alguém no círculo, e essa pessoa deve compartilhar sua experiência antes de passar o objeto novamente.
- O Papel do Consolo:
- Depois que todos tiverem a chance de compartilhar, faça uma breve pausa e discuta como o consolo que recebemos de Deus pode ser refletido nas nossas ações diárias.
- Pergunte: "Como podemos ser instrumentos de consolo para aqueles que estão ao nosso redor?"
- O Desafio da Semana:
- Proponha um desafio para a semana: cada participante deve se comprometer a ser uma fonte de consolo para alguém que esteja enfrentando dificuldades, seja através de uma mensagem, uma ligação ou um encontro pessoal.
- Encerramento com Oração:
- Conclua a dinâmica com uma oração, pedindo a Deus que ajude cada um a ser um instrumento de consolo e que possamos reconhecer o consolo que recebemos d’Ele em momentos de tribulação.
Considerações Finais:
Essa dinâmica não só proporciona um espaço seguro para compartilhar experiências, mas também fortalece os laços da comunidade, lembrando a todos que não estão sozinhos em suas lutas e que podemos nos apoiar mutuamente através da graça de Deus.
Uma dinâmica eficaz para o tema "Consolo na Tribulação" em 2 Coríntios 1 pode ajudar a ilustrar a importância do apoio mútuo e do consolo que recebemos de Deus e uns dos outros em tempos de dificuldade. Aqui está uma sugestão de dinâmica que você pode realizar em grupo:
Dinâmica: "Círculo de Consolo"
Objetivo: Promover a empatia e a compreensão do consolo que Deus proporciona em tribulações, reforçando a ideia de que, assim como somos consolados, devemos consolar uns aos outros.
Materiais Necessários:
- Papel e caneta ou canetinha (opcional)
- Um pequeno objeto ou bola (para passar entre os participantes)
- Um espaço aberto para formar um círculo
Passos:
- Formar o Círculo:
- Peça aos participantes que se reúnam em um círculo. Certifique-se de que todos possam se ver.
- Reflexão Inicial:
- Comece com uma breve reflexão sobre 2 Coríntios 1.3-4, enfatizando que Deus é o "Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação" e que somos chamados a consolar uns aos outros.
- Pergunte aos participantes: "O que significa para você ser consolado em um momento difícil?"
- Passando o Objeto:
- Pegue o objeto ou a bola e explique que cada vez que alguém receber o objeto, deve compartilhar uma experiência em que recebeu consolo em um momento de tribulação ou um momento em que teve a oportunidade de consolar alguém.
- A pessoa deve passar o objeto para alguém no círculo, e essa pessoa deve compartilhar sua experiência antes de passar o objeto novamente.
- O Papel do Consolo:
- Depois que todos tiverem a chance de compartilhar, faça uma breve pausa e discuta como o consolo que recebemos de Deus pode ser refletido nas nossas ações diárias.
- Pergunte: "Como podemos ser instrumentos de consolo para aqueles que estão ao nosso redor?"
- O Desafio da Semana:
- Proponha um desafio para a semana: cada participante deve se comprometer a ser uma fonte de consolo para alguém que esteja enfrentando dificuldades, seja através de uma mensagem, uma ligação ou um encontro pessoal.
- Encerramento com Oração:
- Conclua a dinâmica com uma oração, pedindo a Deus que ajude cada um a ser um instrumento de consolo e que possamos reconhecer o consolo que recebemos d’Ele em momentos de tribulação.
Considerações Finais:
Essa dinâmica não só proporciona um espaço seguro para compartilhar experiências, mas também fortalece os laços da comunidade, lembrando a todos que não estão sozinhos em suas lutas e que podemos nos apoiar mutuamente através da graça de Deus.
DEVOCIONAL DIÁRIO
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Devocional Diário – 2 Coríntios 1
Segunda-feira – 2 Coríntios 1.3“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação.”Reflexão: Neste versículo, Paulo exalta a natureza de Deus como o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação. Ao começarmos a semana, que possamos buscar a presença de Deus, reconhecendo que é Ele quem nos conforta em meio às dificuldades. Sua misericórdia é abundante e Sua consolação é suficiente para nos fortalecer em qualquer situação.Terça-feira – 2 Coríntios 1.7“E a nossa esperança a respeito de vós é firme, pois sabemos que, assim como sois participantes dos sofrimentos, assim também o sois da consolação.”Reflexão: Paulo destaca a reciprocidade entre o sofrimento e a consolação. Às vezes, podemos nos sentir sozinhos em nossas lutas, mas a esperança é um fundamento firme. Hoje, reflita sobre como seus próprios sofrimentos podem se tornar uma fonte de encorajamento para outros. Que possamos ser canais da consolação de Deus na vida de quem nos rodeia.Quarta-feira – 2 Coríntios 1.12“Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que em santidade e sinceridade de Deus, não em sabedoria carnal, mas em graça divina, temos vivido no mundo, e especialmente convosco.”Reflexão: A autenticidade do nosso testemunho é essencial. Paulo nos lembra que viver em santidade e sinceridade diante de Deus é a verdadeira glória. Que possamos nos esforçar para viver com integridade e em conformidade com os princípios divinos, permitindo que a graça de Deus nos guie em todas as áreas de nossas vidas.Quinta-feira – 2 Coríntios 1.18“Mas, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não.”Reflexão: A fidelidade de Deus é a base de todas as promessas que Ele fez a nós. Ao refletirmos sobre este versículo, lembremo-nos de que em Cristo encontramos uma palavra firme e verdadeira. Hoje, faça uma lista das promessas de Deus em Sua Palavra e ore pedindo a Ele para ajudá-lo a confiar na Sua fidelidade em todas as áreas de sua vida.Sexta-feira – 2 Coríntios 1.21“E aquele que nos confirma convosco em Cristo, e nos ungiu, é Deus;”Reflexão: Aqui, Paulo enfatiza a ação de Deus em nossas vidas, confirmando-nos e ungindo-nos para o Seu propósito. Que possamos lembrar que somos chamados e capacitados por Deus para cumprir a missão que Ele nos deu. Hoje, busque a unção de Deus em sua vida e peça a Ele que o confirme em seu propósito.Sábado – 2 Coríntios 1.24“Não que dominemos sobre a vossa fé, mas somos cooperadores da vossa alegria; porque pela fé estais em pé.”Reflexão: Paulo destaca que seu papel não é dominar, mas cooperar na alegria dos crentes. Isso nos lembra que a fé é um esforço coletivo. Neste sábado, pense em como você pode ser um colaborador na alegria e na edificação de sua comunidade de fé. Incentive alguém ao seu redor a permanecer firme em sua caminhada com Deus, e compartilhe a alegria que vem do Senhor.Oração Final
Senhor, obrigado por Tua consolação e misericórdia em nossas vidas. Ajuda-nos a reconhecer Tua fidelidade e a viver de acordo com Teus propósitos. Que, em nossas lutas, possamos ser instrumentos de encorajamento para outros, e que nossa vida reflita a Tua graça. Amém.
Devocional Diário – 2 Coríntios 1
Oração Final
Senhor, obrigado por Tua consolação e misericórdia em nossas vidas. Ajuda-nos a reconhecer Tua fidelidade e a viver de acordo com Teus propósitos. Que, em nossas lutas, possamos ser instrumentos de encorajamento para outros, e que nossa vida reflita a Tua graça. Amém.
INTRODUÇÃO
A segunda carta aos coríntios foi escrita entre os anos de 54 e 57, quando Paulo estava na Macedônia percorrendo as igrejas locais no intuito de instruí-las e motivá-las a participar da coleta que estava organizando em favor da igreja de Jerusalém. É preciso dizer que esta segunda carta foi na verdade a terceira, pois em 1 Coríntios 5.9, o apóstolo Paulo menciona uma carta anterior. A segunda epístola aos coríntios é uma das cartas mais pessoais de Paulo, pois ele expõe suas fragilidades: cansaço, medo, solidão e perseguições sofridas por amor à igreja e ao Evangelho.
I- A AÇÃO DE GRAÇAS (1.1-7)
Em meio a calúnias e ofensas, o apóstolo nos ensina o equilíbrio entre a firmeza e a paciência. Firme na defesa do Evangelho e do ministério que lhe foi confiado por Deus, Paulo também nos ensina a suportar as tribulações debaixo da consolação do Espírito Santo.
1- Gratos até pela tribulação (1.1-3) Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação (1.3).
Paulo inicia a carta com sua já conhecida maneira de saudar as igrejas. Primeiro uma justificativa para o seu ministério: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus”. A seguir, a particularização do destinatário: “à igreja de Deus que está em Corinto”. Note que Paulo atribui o seu ministério a Deus, não a interesses humanos; veremos que esse início marca o firme argumento diante dos que questionavam sua autoridade apostólica. Logo a seguir, mais um posicionamento firme: a igreja de Corinto pertence a Deus (1.1). Era importante esclarecer que Deus o havia escolhido, afinal, alguns se levantaram contra os ensinamentos do apóstolo, a ponto de dizerem que ele não tinha autoridade nem capacidade para ensinar. Apesar de sofrer a rejeição, Paulo dá graças ao “Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação” (1.3), pois ele permite a tribulação para que consolemos uns aos outros, assim como somos consolados por Ele.
2- Amparados nas tribulações (1.4-5) Porque, como as aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo transborda a nossa consolação (1.5).
Embora Paulo tenha trado firmeza ao reafirmar sua autoridade como apóstolo escolhido por Deus, o início da carta também o mostra em meio a muita angústia e fragilidade, possivelmente por ter sido duramente perseguido em Éfeso. O tom usado na carta é o de quem não quer polêmicas, por isso percebemos em Paulo a atitude do crente que suporta as aflições, mesmo na forma de rejeição de parte dos fiéis em Corinto. Ele demonstra a certeza de participar dos sofrimentos de Cristo por causa do Evangelho e o privilégio de ser consolado pelo Espírito Santo (Jo 14.16) que nos ensina a paciência e a constância a fim de testemunharmos a outros irmãos que também padecem.
3- Consolados na tribulação (1.6-7) Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos (1.6).
Paulo não reage com insultos por causa das acusações que recebeu dos coríntios; ele sabe que os seus contestadores não são a maioria. Além disso, o avanço do Evangelho da salvação foi comissionado a ele, portanto, cabia-lhe sofrer com paciência a fim de que outros mesmo os que o difamaram fossem consolados pela pregação da cruz por ocasião das suas próprias aflições. Se o Espírito sustenta os que amam o Evangelho é para que outros, sendo também perseguidos, creiam que em meio às tribulações também serão consolados. Em algumas circunstâncias o Evangelho exige renúncias e escolhas dolorosas. Mas em tudo devemos ser pacientes para que, ao verem como Jesus nos conforta, outros também sigam fiéis. Como pastor zeloso, Paulo testemunha para encorajar a igreja; aqueles que eram fiéis ao que ele havia ensinado também eram difamados: “como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação” (1.7).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Introdução à Segunda Carta aos Coríntios
A Segunda Carta aos Coríntios foi escrita entre 54 e 57 d.C., quando Paulo se encontrava na Macedônia, visitando as igrejas locais para instruí-las e motivá-las a participar da coleta que estava organizando em favor da igreja de Jerusalém. É relevante observar que esta epístola é na verdade a terceira que Paulo escreveu aos coríntios, pois ele menciona em 1 Coríntios 5.9 uma carta anterior que não conhecemos. Esta segunda epístola é uma das mais pessoais de Paulo, onde ele expõe suas fragilidades, incluindo cansaço, medo, solidão e as perseguições que enfrentou por amor à igreja e ao Evangelho.
I - A Ação de Graças (2 Coríntios 1.1-7)
Em meio a calúnias e ofensas, Paulo nos ensina a encontrar um equilíbrio entre firmeza e paciência. Ele se mantém firme na defesa do Evangelho e do ministério que lhe foi confiado por Deus, enquanto também nos mostra a importância de suportar as tribulações sob a consolação do Espírito Santo.
1. Gratos até pela tribulação (2 Coríntios 1.1-3)
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação.” (2 Co 1.3)
Paulo inicia a carta com uma saudação típica, ressaltando sua autoridade: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus”. Ele se dirige à “igreja de Deus que está em Corinto”, afirmando que seu ministério é de origem divina e não de interesses humanos. Essa introdução é crucial, pois reafirma sua autoridade diante dos questionamentos que surgiram. Afirmar que a igreja pertence a Deus é fundamental, especialmente em um contexto onde Paulo enfrentava rejeição e calúnias. Mesmo diante de tais adversidades, ele expressa gratidão ao “Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação” (2 Co 1.3), reconhecendo que as tribulações são permitidas para que possamos consolar uns aos outros, assim como somos consolados por Ele.
Raiz Hebraica: A palavra "misericórdias" (רַחֲמִים, rachamim) é um termo que evoca a ideia de compaixão e amor terno, refletindo o caráter de Deus como um Pai que se preocupa profundamente com Seus filhos.
2. Amparados nas tribulações (2 Coríntios 1.4-5)
“Porque, como as aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo transborda a nossa consolação.” (2 Co 1.5)
Neste trecho, Paulo revela sua própria fragilidade, possivelmente devido às perseguições enfrentadas em Éfeso. Apesar de sua firmeza em afirmar sua autoridade apostólica, o tom da carta é de alguém que não busca polêmica, mas que enfrenta as aflições com paciência. Ele demonstra que as aflições que sofre são parte da participação nos sofrimentos de Cristo e, por isso, ele é consolado pelo Espírito Santo (Jo 14.16), que nos ensina a ser pacientes e constantes.
Teologia: A relação entre sofrimento e consolação é central na teologia paulina. Paulo nos ensina que, assim como Cristo sofreu, nós também enfrentaremos tribulações, mas podemos encontrar consolo na presença de Deus.
3. Consolados na tribulação (2 Coríntios 1.6-7)
“Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos.” (2 Co 1.6)
Paulo não reage com hostilidade às acusações que recebe; ele reconhece que não está sozinho e que muitos permanecem fiéis. O sofrimento que enfrenta é visto como uma oportunidade de trazer conforto e salvação a outros. O apóstolo percebe que as tribulações que sofre servem para encorajar outros, mostrando que mesmo nas dificuldades, há esperança e consolação.
Raiz Hebraica: A palavra "consolo" (נֶחָמָה, nechamah) é associada ao ato de confortar ou encorajar alguém em tempos de dificuldade. A relação entre o sofrimento e o consolo é uma temática que se reflete nas Escrituras e na experiência do crente.
Conclusão
Paulo, em sua carta aos coríntios, não só reafirma sua autoridade, mas também compartilha uma rica teologia sobre o sofrimento e o consolo divino. Através de sua experiência, ele nos ensina que, mesmo nas tribulações, podemos encontrar força e esperança em Deus, que nos consola para que possamos consolar outros. A mensagem de Paulo continua relevante, desafiando-nos a viver com coragem, paciência e fé em meio às adversidades.
Introdução à Segunda Carta aos Coríntios
A Segunda Carta aos Coríntios foi escrita entre 54 e 57 d.C., quando Paulo se encontrava na Macedônia, visitando as igrejas locais para instruí-las e motivá-las a participar da coleta que estava organizando em favor da igreja de Jerusalém. É relevante observar que esta epístola é na verdade a terceira que Paulo escreveu aos coríntios, pois ele menciona em 1 Coríntios 5.9 uma carta anterior que não conhecemos. Esta segunda epístola é uma das mais pessoais de Paulo, onde ele expõe suas fragilidades, incluindo cansaço, medo, solidão e as perseguições que enfrentou por amor à igreja e ao Evangelho.
I - A Ação de Graças (2 Coríntios 1.1-7)
Em meio a calúnias e ofensas, Paulo nos ensina a encontrar um equilíbrio entre firmeza e paciência. Ele se mantém firme na defesa do Evangelho e do ministério que lhe foi confiado por Deus, enquanto também nos mostra a importância de suportar as tribulações sob a consolação do Espírito Santo.
1. Gratos até pela tribulação (2 Coríntios 1.1-3)
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação.” (2 Co 1.3)
Paulo inicia a carta com uma saudação típica, ressaltando sua autoridade: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus”. Ele se dirige à “igreja de Deus que está em Corinto”, afirmando que seu ministério é de origem divina e não de interesses humanos. Essa introdução é crucial, pois reafirma sua autoridade diante dos questionamentos que surgiram. Afirmar que a igreja pertence a Deus é fundamental, especialmente em um contexto onde Paulo enfrentava rejeição e calúnias. Mesmo diante de tais adversidades, ele expressa gratidão ao “Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação” (2 Co 1.3), reconhecendo que as tribulações são permitidas para que possamos consolar uns aos outros, assim como somos consolados por Ele.
Raiz Hebraica: A palavra "misericórdias" (רַחֲמִים, rachamim) é um termo que evoca a ideia de compaixão e amor terno, refletindo o caráter de Deus como um Pai que se preocupa profundamente com Seus filhos.
2. Amparados nas tribulações (2 Coríntios 1.4-5)
“Porque, como as aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo transborda a nossa consolação.” (2 Co 1.5)
Neste trecho, Paulo revela sua própria fragilidade, possivelmente devido às perseguições enfrentadas em Éfeso. Apesar de sua firmeza em afirmar sua autoridade apostólica, o tom da carta é de alguém que não busca polêmica, mas que enfrenta as aflições com paciência. Ele demonstra que as aflições que sofre são parte da participação nos sofrimentos de Cristo e, por isso, ele é consolado pelo Espírito Santo (Jo 14.16), que nos ensina a ser pacientes e constantes.
Teologia: A relação entre sofrimento e consolação é central na teologia paulina. Paulo nos ensina que, assim como Cristo sofreu, nós também enfrentaremos tribulações, mas podemos encontrar consolo na presença de Deus.
3. Consolados na tribulação (2 Coríntios 1.6-7)
“Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos.” (2 Co 1.6)
Paulo não reage com hostilidade às acusações que recebe; ele reconhece que não está sozinho e que muitos permanecem fiéis. O sofrimento que enfrenta é visto como uma oportunidade de trazer conforto e salvação a outros. O apóstolo percebe que as tribulações que sofre servem para encorajar outros, mostrando que mesmo nas dificuldades, há esperança e consolação.
Raiz Hebraica: A palavra "consolo" (נֶחָמָה, nechamah) é associada ao ato de confortar ou encorajar alguém em tempos de dificuldade. A relação entre o sofrimento e o consolo é uma temática que se reflete nas Escrituras e na experiência do crente.
Conclusão
Paulo, em sua carta aos coríntios, não só reafirma sua autoridade, mas também compartilha uma rica teologia sobre o sofrimento e o consolo divino. Através de sua experiência, ele nos ensina que, mesmo nas tribulações, podemos encontrar força e esperança em Deus, que nos consola para que possamos consolar outros. A mensagem de Paulo continua relevante, desafiando-nos a viver com coragem, paciência e fé em meio às adversidades.
II- SEMPRE CONSTANTES (1.8-14)
Com o propósito de demonstrar que nenhuma oposição obstinada o fará abandonar o Evangelho verdadeiro, Paulo mostra o poder da graça de Deus sobre os que suportam lutas em obediência.
1- Apesar das aflições (1.8-9) Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos; (1.9).
Basta olhar para os versículos que abrem a carta para entendermos que a ênfase do apóstolo não é sobre si, mas sobre “o Pai de misericórdias”. Se ele não detalha a circunstância que o levou à certeza de sua morte iminente é porque não cabem as particularidades da tribulação, apenas a declaração de que para um grande sofrimento há sempre uma grande consolação. Paulo mostra que as perseguições o impediram de vista-los mais uma vez, como prometera: “fomos sobremaneira oprimidos acima das nossas forças, de modo tal que até da vida desesperamos” (1.8), pois já “tínhamos a sentença de morte” (1.9). A essa altura poderíamos perguntar: por que Paulo e seus discípulos foram submetidos a tantas dores? Ele responde: “para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos” (1.9).
2- Dependentes de Deus (1.10-11) O qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos (1.10).
Segundo um conhecido ditado popular, “cada um só dá o que tem”. A experiência de desespero e risco extremo de morte produziu em Paulo um testemunho convicto a ser compartilhado com a igreja. O apóstolo fala com propriedade sobre o que viveu, por isso pode ensinar uma lição valiosa: quando é impossível para o homem e este se dá por vencido, é nesse instante que Deus mostra o seu poder, seu amor e sua providência. Só pode testemunhar quem teve a experiência consoladora de depender totalmente de Deus quando tudo era humanamente impossível. Mas, por que o Senhor às vezes nos prova em níveis tão extremos? Para que, pelo nosso testemunho, muitos sejam fortalecidos na sua fé e venham a suportar com paciência e resignação os percalços da trajetória, sujeitando-se completamente a Deus a fim de gozarem de suas consolações.
3- Sustentados pela graça (1.12-14) Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco (1.12).
A partir deste ponto da carta, Paulo menciona algumas das acusações levantadas contra ele no meio da própria igreja. A primeira é a de que ele seria inconstante e imprevisível, pois desistiu de visitar a cidade depois de ir à Macedônia, como havia prometido. Paulo afirma que ele e seus discípulos viviam em santidade, não movidos por convicções ou critérios opostos ao Evangelho. No verso 13 ele traz à memória dos coríntios sua carta anterior (1 Coríntios) com a intenção de mostrar que sua pregação e sua conduta não mudaram nem foram contaminadas por “sabedoria carnal”. Aprouve a Deus que ele padecesse em Éfeso, por isso a visita não aconteceu. Visivelmente triste, sabendo que ali havia um grupo resistente ao seu ministério, ele declara: “em parte (não todos) nos reconhecestes, que somos a vossa glória”, ou seja, que somos motivos de alegria para todos, por isso temos certeza de que também “vós sereis a nossa no dia do Senhor Jesus” (1.14).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Segunda Carta aos Coríntios foi escrita por Paulo enquanto ele estava na Macedônia, entre 54 e 57 d.C. É uma das cartas mais pessoais do apóstolo, abordando suas lutas, sua autoridade apostólica e a importância do consolo em meio à tribulação. O contexto revela um apóstolo que enfrenta oposição e críticas, especialmente da comunidade de Corinto, que questionava sua legitimidade e motivação. Nesta passagem, Paulo expõe sua dependência de Deus e seu compromisso com a verdade do Evangelho.
1. Apesar das Aflições (1.8-9)
Versículo: "Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos." (1.9)
Análise:
- Sentença de Morte: A expressão "sentença de morte" (gr. apoleia) refere-se a uma experiência extrema de aflição, onde Paulo se sentiu completamente oprimido e desesperado. Este tipo de linguagem sugere não apenas uma luta física, mas também espiritual. As palavras de Paulo indicam que ele estava em uma situação de desespero tão profundo que a única saída que enxergava era a morte.
- Confiar em Deus: O propósito dessa aflição é claro: Paulo não deve confiar em suas capacidades ou em suas forças, mas em Deus. A expressão "o Deus que ressuscita os mortos" é uma declaração de fé que remete à esperança cristã na ressurreição, mostrando que mesmo em situações de morte iminente, Deus pode trazer vida e esperança. Este conceito também ecoa o Salmo 116.8, onde o salmista fala sobre ser salvo da morte.
2. Dependentes de Deus (1.10-11)
Versículo: "O qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos." (1.10)
Análise:
- Livramento e Esperança: Paulo faz uso de um triângulo temporal: o que Deus já fez (livrou), o que Ele faz (livrará) e o que Ele fará (esperamos que continuará a livrar-nos). Este movimento no tempo não é apenas uma fórmula de esperança; é uma experiência vivida que Paulo transmite à igreja. A palavra "livrar" (gr. ruomai) enfatiza a ação salvadora de Deus em situações críticas.
- Testemunho e Consolação: Paulo destaca que sua experiência não é apenas pessoal, mas destinada a ser um testemunho. A expressão "sustentar" implica em suportar um peso, indicando que as tribulações podem se tornar um meio de fortalecer a fé dos outros. Ele os encoraja a depender de Deus, assim como ele depende, tornando-se um exemplo de como os crentes devem encarar as dificuldades.
3. Sustentados pela Graça (1.12-14)
Versículo: "Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco." (1.12)
Análise:
- Consciência e Glória: A "glória" (gr. doxa) mencionada aqui refere-se ao testemunho que Paulo e seus colaboradores têm diante de Deus e da comunidade. Ele enfatiza que seu comportamento foi guiado por uma consciência limpa e um compromisso com a santidade. A ideia de "santidade" e "sinceridade" contrasta com as acusações de inconstância e desonestidade que Paulo enfrentou.
- Graça Divina vs. Sabedoria Humana: O contraste entre "sabedoria humana" e "graça divina" é central na teologia paulina. A "sabedoria humana" frequentemente se refere a práticas e filosofias do mundo que se opõem ao ensino do Evangelho. A palavra "graça" (gr. charis) denota não apenas favor imerecido, mas também a capacitação divina que permite viver de acordo com a vontade de Deus, refletindo a essência da identidade cristã.
- Reconhecimento e Comunhão: A frase "vós sereis a nossa glória no dia do Senhor Jesus" reflete o desejo de Paulo de ver a igreja de Corinto como um testemunho vivo da sua fidelidade a Deus. Ele projeta um futuro de recompensa e reconhecimento mútuo, onde o que foi vivido na Terra terá reflexo na eternidade.
Conclusão
Em 2 Coríntios 1.8-14, Paulo nos ensina sobre a fragilidade humana em face das tribulações e a força que encontramos em Deus. A passagem ressalta a importância da dependência de Deus em todas as situações, mostrando que as aflições não são em vão, mas podem servir como um testemunho poderoso e uma oportunidade para experimentar a graça divina. O apóstolo modela um espírito de encorajamento e resiliência que deve ser imitado pelos crentes em suas próprias lutas.
Opiniões de Livros
- "A Segunda Carta aos Coríntios" de John Stott: Stott enfatiza a profundidade emocional da carta e a maneira como Paulo se conecta pessoalmente com os seus leitores. Ele observa que Paulo não apenas defende sua autoridade, mas também compartilha sua vulnerabilidade, o que o torna um líder mais acessível e autêntico.
- "Paul for Everyone: 2 Corinthians" de Tom Wright: Wright discute a importância do sofrimento e da consolação em Paulo. Ele destaca que Paulo não vê o sofrimento como um sinal de fracasso, mas como uma parte integral da experiência cristã que leva à verdadeira esperança e fortalecimento da comunidade.
- "2 Corinthians" de Craig Blomberg: Blomberg argumenta que a dependência de Deus em tempos de dificuldades é um tema central na teologia de Paulo. Ele analisa como as experiências de Paulo moldaram sua compreensão da graça e do consolo, refletindo um cristianismo que não é apenas sobre triunfos, mas também sobre lutas e superações.
A Segunda Carta aos Coríntios foi escrita por Paulo enquanto ele estava na Macedônia, entre 54 e 57 d.C. É uma das cartas mais pessoais do apóstolo, abordando suas lutas, sua autoridade apostólica e a importância do consolo em meio à tribulação. O contexto revela um apóstolo que enfrenta oposição e críticas, especialmente da comunidade de Corinto, que questionava sua legitimidade e motivação. Nesta passagem, Paulo expõe sua dependência de Deus e seu compromisso com a verdade do Evangelho.
1. Apesar das Aflições (1.8-9)
Versículo: "Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos." (1.9)
Análise:
- Sentença de Morte: A expressão "sentença de morte" (gr. apoleia) refere-se a uma experiência extrema de aflição, onde Paulo se sentiu completamente oprimido e desesperado. Este tipo de linguagem sugere não apenas uma luta física, mas também espiritual. As palavras de Paulo indicam que ele estava em uma situação de desespero tão profundo que a única saída que enxergava era a morte.
- Confiar em Deus: O propósito dessa aflição é claro: Paulo não deve confiar em suas capacidades ou em suas forças, mas em Deus. A expressão "o Deus que ressuscita os mortos" é uma declaração de fé que remete à esperança cristã na ressurreição, mostrando que mesmo em situações de morte iminente, Deus pode trazer vida e esperança. Este conceito também ecoa o Salmo 116.8, onde o salmista fala sobre ser salvo da morte.
2. Dependentes de Deus (1.10-11)
Versículo: "O qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos." (1.10)
Análise:
- Livramento e Esperança: Paulo faz uso de um triângulo temporal: o que Deus já fez (livrou), o que Ele faz (livrará) e o que Ele fará (esperamos que continuará a livrar-nos). Este movimento no tempo não é apenas uma fórmula de esperança; é uma experiência vivida que Paulo transmite à igreja. A palavra "livrar" (gr. ruomai) enfatiza a ação salvadora de Deus em situações críticas.
- Testemunho e Consolação: Paulo destaca que sua experiência não é apenas pessoal, mas destinada a ser um testemunho. A expressão "sustentar" implica em suportar um peso, indicando que as tribulações podem se tornar um meio de fortalecer a fé dos outros. Ele os encoraja a depender de Deus, assim como ele depende, tornando-se um exemplo de como os crentes devem encarar as dificuldades.
3. Sustentados pela Graça (1.12-14)
Versículo: "Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco." (1.12)
Análise:
- Consciência e Glória: A "glória" (gr. doxa) mencionada aqui refere-se ao testemunho que Paulo e seus colaboradores têm diante de Deus e da comunidade. Ele enfatiza que seu comportamento foi guiado por uma consciência limpa e um compromisso com a santidade. A ideia de "santidade" e "sinceridade" contrasta com as acusações de inconstância e desonestidade que Paulo enfrentou.
- Graça Divina vs. Sabedoria Humana: O contraste entre "sabedoria humana" e "graça divina" é central na teologia paulina. A "sabedoria humana" frequentemente se refere a práticas e filosofias do mundo que se opõem ao ensino do Evangelho. A palavra "graça" (gr. charis) denota não apenas favor imerecido, mas também a capacitação divina que permite viver de acordo com a vontade de Deus, refletindo a essência da identidade cristã.
- Reconhecimento e Comunhão: A frase "vós sereis a nossa glória no dia do Senhor Jesus" reflete o desejo de Paulo de ver a igreja de Corinto como um testemunho vivo da sua fidelidade a Deus. Ele projeta um futuro de recompensa e reconhecimento mútuo, onde o que foi vivido na Terra terá reflexo na eternidade.
Conclusão
Em 2 Coríntios 1.8-14, Paulo nos ensina sobre a fragilidade humana em face das tribulações e a força que encontramos em Deus. A passagem ressalta a importância da dependência de Deus em todas as situações, mostrando que as aflições não são em vão, mas podem servir como um testemunho poderoso e uma oportunidade para experimentar a graça divina. O apóstolo modela um espírito de encorajamento e resiliência que deve ser imitado pelos crentes em suas próprias lutas.
Opiniões de Livros
- "A Segunda Carta aos Coríntios" de John Stott: Stott enfatiza a profundidade emocional da carta e a maneira como Paulo se conecta pessoalmente com os seus leitores. Ele observa que Paulo não apenas defende sua autoridade, mas também compartilha sua vulnerabilidade, o que o torna um líder mais acessível e autêntico.
- "Paul for Everyone: 2 Corinthians" de Tom Wright: Wright discute a importância do sofrimento e da consolação em Paulo. Ele destaca que Paulo não vê o sofrimento como um sinal de fracasso, mas como uma parte integral da experiência cristã que leva à verdadeira esperança e fortalecimento da comunidade.
- "2 Corinthians" de Craig Blomberg: Blomberg argumenta que a dependência de Deus em tempos de dificuldades é um tema central na teologia de Paulo. Ele analisa como as experiências de Paulo moldaram sua compreensão da graça e do consolo, refletindo um cristianismo que não é apenas sobre triunfos, mas também sobre lutas e superações.
III- MANSOS COMO JESUS (1.15-24)
De modo detalhado e prudente, Paulo explica os motivos que o impediram de retornar a Corinto quando planejava. Ele expõe a verdade, derruba as mentiras a seu respeito e explica que não tem interesse em conflitos, mas em assegurar a perseverança dos que creem.
1- Conciliador (1.15-17) E nesta confiança quis primeiro ir ter convosco, para que recebêsseis um segundo benefício (1.15).
Numa atitude responsável e madura, Paulo explica como havia planejado sua visita a Corinto, a fim de derrubar qualquer acusação leviana. Sua intenção era ir pela segunda vez à cidade, o que seria para aquela igreja um “segundo benefício”. Contudo, aprouve a Deus outros planos. A ideia era ir de Éfeso a Corinto, depois para a Macedônia e, na sequência, retornar ao Corinto. Ele está mostrando à igreja que acusá-lo de mentiroso ou irresponsável era injusto e imprudente. Paulo, inclusive, menciona que sua intenção inicial era coletar uma oferta entre eles para levá-la à Judeia (1.16). Depois de expor seus planos iniciais, Paulo pergunta: “deliberando isto, usei porventura de leviandade?”. A pergunta serve para fazê-los entender que os planos do apóstolo tinham coerência e boas intenções, nada foi pensado em benefício próprio ou de maneira irresponsável, mas com prudência e sinceridade.
2- O Sim e o amém (1.18-20) Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra a vós não é sim e não (1.18).
Ao explicar com paciência quais eram os seus planos e demonstrar como as acusações contra ele eram imprudentes, Paulo reafirma sua sinceridade num tom mais enérgico: “a nossa palavra a vós não é sim e não”. Até aqui o apóstolo demonstrou tudo que sofreu e o quanto fez planos de abençoar aquela igreja, sem medir esforços nem se beneficiar de outra coisa senão da alegria de pregar o Evangelho. Paulo faz questão de lembrar que Jesus crucificado centro de sua pregação foi tão coerente com sua mensagem que morreu para nos salvar, não havendo Nele mentira. Esse mesmo Jesus teria convocado mentirosos para anunciar uma verdade que Ele pagou com a vida? Não faria nenhum sentido. A síntese do argumento de Paulo é: tendo eu pregado uma salvação tão verdadeira, a ponto de ser comprada com a morte do filho de Deus, como poderia mentir? Portanto, sendo Jesus “o amém” a certeza – das promessas de Deus e o centro da pregação ministrada em Corinto, era por meio de Paulo que a verdade da cruz era ensinada para a glória de Deus (cf 1.20).
3- A atitude prudente (1.21-24) Ora, tomo a Deus por testemunha sobre a minha alma de que é para vos poupar que não fui mais a Corinto (1.23).
Os coríntios poderiam se perguntar: se ele não veio nos visitar porque estava preso, por que não veio após as aflições que passou em Éfeso (At 19.23-41)? Antecipando-se à pergunta, Paulo explica que julgou melhor não ir até eles sem antes esclarecer em carta toda a verdade sobre o que realmente o impediu de fazer a visita que planejava. Sabendo que parte da igreja estava confusa por causa das muitas calúnias a seu respeito, o apóstolo julgou que não seria bem recebido. Para que a fé de muitos não fosse abalada por dúvidas e falsas narrativas, Paulo entendeu que uma detalhada explicação por carta evitaria um escândalo desnecessário. Ele declara que Deus é testemunha de toda a verdade acerca do que ele escreve e assegura: “é para vos poupar que não fui mais a Corinto” (1.23). Paulo não queria polêmicas, apenas zelar pelos irmãos já firmados na fé e mostrar-lhes que ele e os seus auxiliares não eram mentirosos, mas sim “cooperadores do vosso gozo”(1.24).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Na seção de 2 Coríntios 1.15-24, Paulo aborda as acusações que lhe foram feitas sobre sua ausência em Corinto, esclarecendo os motivos por trás de suas decisões. Ele busca reafirmar seu amor pela igreja e sua intenção genuína de apoiá-los espiritualmente. Este trecho é crucial para entender a dinâmica entre Paulo e os coríntios, além de evidenciar o caráter do apóstolo como um líder pastoral preocupado com a saúde espiritual da comunidade.
1. Conciliador (1.15-17)
Versículo: "E nesta confiança quis primeiro ir ter convosco, para que recebêsseis um segundo benefício." (1.15)
Análise:
- Planejamento e Intenção: Paulo menciona sua intenção de visitar Corinto como um "segundo benefício". Isso mostra que seu desejo era genuíno e tinha um propósito claro: edificar e encorajar a igreja. A expressão "segundo benefício" indica que sua visita teria um caráter de bênção, demonstrando seu zelo pastoral.
- Desfazendo Acusações: Ao dizer "deliberando isto, usei porventura de leviandade?", Paulo busca limpar sua imagem e demonstrar que suas decisões foram tomadas com prudência. A palavra "leviandade" (gr. asotia) carrega a ideia de desonestidade ou falta de consideração. Ele se coloca em uma posição de responsabilidade, enfatizando que suas ações não foram motivadas por egoísmo, mas sim pela preocupação genuína com a comunidade.
2. O Sim e o Amém (1.18-20)
Versículo: "Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra a vós não é sim e não." (1.18)
Análise:
- Fidelidade de Deus: Paulo invoca a fidelidade de Deus para fundamentar sua sinceridade. A frase "como Deus é fiel" sublinha a ideia de que Paulo não poderia agir de maneira inconsistente em suas promessas, pois isso seria contradizer o próprio caráter de Deus.
- Cristo como o Amém: A menção de que "Jesus é o Amém" (1.20) é um ponto central da teologia paulina. A palavra "Amém" significa "assim seja" e representa a confirmação das promessas de Deus. Ao afirmar que Jesus é o cumprimento das promessas divinas, Paulo reforça a seriedade e a verdade de sua mensagem. Ele se posiciona como um porta-voz da verdade e da esperança, fundamentando sua pregação na autenticidade de Cristo.
3. A Atitude Prudente (1.21-24)
Versículo: "Ora, tomo a Deus por testemunha sobre a minha alma de que é para vos poupar que não fui mais a Corinto." (1.23)
Análise:
- Testemunho Divino: Paulo se coloca sob o testemunho de Deus para enfatizar a veracidade de suas intenções. Ele afirma que sua decisão de não visitar Corinto foi pensada para preservar a comunidade, mostrando sua preocupação pastoral e sua integridade.
- Evitar Conflitos: A escolha de não ir a Corinto após as tribulações em Éfeso (Atos 19.23-41) revela sua sensatez. Ele percebeu que um encontro direto poderia gerar mais confusão e escândalo do que edificação. Isso demonstra uma liderança madura e prudente, onde o foco está em promover a paz e a edificação da fé.
- Cooperadores do Gozo: Ao afirmar que ele e seus colaboradores são "cooperadores do vosso gozo" (1.24), Paulo reafirma seu papel como um pastor que busca a alegria e o crescimento espiritual da igreja. Ele não quer ser uma fonte de discórdia, mas de encorajamento e consolação.
Conclusão
Em 2 Coríntios 1.15-24, Paulo nos ensina sobre a importância da comunicação clara e da sinceridade nas relações dentro da comunidade de fé. Sua abordagem conciliadora e cuidadosa ilustra o caráter de Cristo e seu desejo de ser um servo fiel e responsável. A carta não apenas refuta as calúnias, mas também demonstra a necessidade de lideranças que se preocupam com a edificação do corpo de Cristo, mesmo diante de desafios e mal-entendidos.
Opiniões de Livros
- "A Segunda Carta aos Coríntios" de John Stott: Stott observa que a vulnerabilidade e a sinceridade de Paulo são essenciais para entender a profundidade de sua relação com a igreja de Corinto. Ele destaca como Paulo usa sua experiência pessoal para encorajar a comunidade e restaurar a confiança.
- "Paul for Everyone: 2 Corinthians" de Tom Wright: Wright enfatiza que a defesa de Paulo não é apenas uma resposta a críticas, mas um reflexo de seu caráter como apóstolo. Ele mostra que Paulo está profundamente comprometido com a integridade do Evangelho e a saúde espiritual da igreja.
- "2 Corinthians" de Craig Blomberg: Blomberg discute como Paulo aborda a questão da integridade e a importância de agir com responsabilidade pastoral. Ele ressalta que a liderança de Paulo exemplifica o tipo de relacionamento que deve existir entre os líderes e as comunidades que servem.
Na seção de 2 Coríntios 1.15-24, Paulo aborda as acusações que lhe foram feitas sobre sua ausência em Corinto, esclarecendo os motivos por trás de suas decisões. Ele busca reafirmar seu amor pela igreja e sua intenção genuína de apoiá-los espiritualmente. Este trecho é crucial para entender a dinâmica entre Paulo e os coríntios, além de evidenciar o caráter do apóstolo como um líder pastoral preocupado com a saúde espiritual da comunidade.
1. Conciliador (1.15-17)
Versículo: "E nesta confiança quis primeiro ir ter convosco, para que recebêsseis um segundo benefício." (1.15)
Análise:
- Planejamento e Intenção: Paulo menciona sua intenção de visitar Corinto como um "segundo benefício". Isso mostra que seu desejo era genuíno e tinha um propósito claro: edificar e encorajar a igreja. A expressão "segundo benefício" indica que sua visita teria um caráter de bênção, demonstrando seu zelo pastoral.
- Desfazendo Acusações: Ao dizer "deliberando isto, usei porventura de leviandade?", Paulo busca limpar sua imagem e demonstrar que suas decisões foram tomadas com prudência. A palavra "leviandade" (gr. asotia) carrega a ideia de desonestidade ou falta de consideração. Ele se coloca em uma posição de responsabilidade, enfatizando que suas ações não foram motivadas por egoísmo, mas sim pela preocupação genuína com a comunidade.
2. O Sim e o Amém (1.18-20)
Versículo: "Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra a vós não é sim e não." (1.18)
Análise:
- Fidelidade de Deus: Paulo invoca a fidelidade de Deus para fundamentar sua sinceridade. A frase "como Deus é fiel" sublinha a ideia de que Paulo não poderia agir de maneira inconsistente em suas promessas, pois isso seria contradizer o próprio caráter de Deus.
- Cristo como o Amém: A menção de que "Jesus é o Amém" (1.20) é um ponto central da teologia paulina. A palavra "Amém" significa "assim seja" e representa a confirmação das promessas de Deus. Ao afirmar que Jesus é o cumprimento das promessas divinas, Paulo reforça a seriedade e a verdade de sua mensagem. Ele se posiciona como um porta-voz da verdade e da esperança, fundamentando sua pregação na autenticidade de Cristo.
3. A Atitude Prudente (1.21-24)
Versículo: "Ora, tomo a Deus por testemunha sobre a minha alma de que é para vos poupar que não fui mais a Corinto." (1.23)
Análise:
- Testemunho Divino: Paulo se coloca sob o testemunho de Deus para enfatizar a veracidade de suas intenções. Ele afirma que sua decisão de não visitar Corinto foi pensada para preservar a comunidade, mostrando sua preocupação pastoral e sua integridade.
- Evitar Conflitos: A escolha de não ir a Corinto após as tribulações em Éfeso (Atos 19.23-41) revela sua sensatez. Ele percebeu que um encontro direto poderia gerar mais confusão e escândalo do que edificação. Isso demonstra uma liderança madura e prudente, onde o foco está em promover a paz e a edificação da fé.
- Cooperadores do Gozo: Ao afirmar que ele e seus colaboradores são "cooperadores do vosso gozo" (1.24), Paulo reafirma seu papel como um pastor que busca a alegria e o crescimento espiritual da igreja. Ele não quer ser uma fonte de discórdia, mas de encorajamento e consolação.
Conclusão
Em 2 Coríntios 1.15-24, Paulo nos ensina sobre a importância da comunicação clara e da sinceridade nas relações dentro da comunidade de fé. Sua abordagem conciliadora e cuidadosa ilustra o caráter de Cristo e seu desejo de ser um servo fiel e responsável. A carta não apenas refuta as calúnias, mas também demonstra a necessidade de lideranças que se preocupam com a edificação do corpo de Cristo, mesmo diante de desafios e mal-entendidos.
Opiniões de Livros
- "A Segunda Carta aos Coríntios" de John Stott: Stott observa que a vulnerabilidade e a sinceridade de Paulo são essenciais para entender a profundidade de sua relação com a igreja de Corinto. Ele destaca como Paulo usa sua experiência pessoal para encorajar a comunidade e restaurar a confiança.
- "Paul for Everyone: 2 Corinthians" de Tom Wright: Wright enfatiza que a defesa de Paulo não é apenas uma resposta a críticas, mas um reflexo de seu caráter como apóstolo. Ele mostra que Paulo está profundamente comprometido com a integridade do Evangelho e a saúde espiritual da igreja.
- "2 Corinthians" de Craig Blomberg: Blomberg discute como Paulo aborda a questão da integridade e a importância de agir com responsabilidade pastoral. Ele ressalta que a liderança de Paulo exemplifica o tipo de relacionamento que deve existir entre os líderes e as comunidades que servem.
APLICAÇÃO PESSOAL
O poder e a consolação do Espírito Santo estão disponíveis a todos que fazem a obra de Cristo.
RESPONDA
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2024 | TEMA: 2 CORINTIOS – Nova Criatura | Escola Biblica Dominical | Lição 01: 2 Coríntios 1 – Consolo na Tribulação
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 4° Trimestre De 2024 | TEMA: 2 CORINTIOS – Nova Criatura | Escola Biblica Dominical | Lição 01: 2 Coríntios 1 – Consolo na Tribulação
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
📩 Adquira o acesso Vip ou o conteúdo individual de qualquer ano | Saiba mais pelo Zap.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
ADQUIRA O ACESSO VIP ou os conteúdos em pdf 👆👆👆👆👆👆 Entre em contato.
Os conteúdos tem lhe abençoado? Nos abençoe também com Uma Oferta Voluntária de qualquer valor pelo PIX: E-MAIL pecadorconfesso@hotmail.com – ou, PIX:TEL (15)99798-4063 Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Lucas 6:38
- ////////----------/////////--------------///////////
- ////////----------/////////--------------///////////
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS
---------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------
- ////////----------/////////--------------///////////
COMMENTS