TEXTO ÁUREO “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” ...
TEXTO ÁUREO
“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O texto de Gênesis 12:3 é uma promessa de Deus a Abraão, também conhecida como parte do Chamado de Abraão ou Pacto Abraâmico. Este versículo tem uma importância teológica central, pois expressa tanto a aliança de Deus com Abraão quanto o plano divino de abençoar todas as nações da Terra por meio da descendência de Abraão. Vamos fazer um comentário detalhado, com análise das raízes hebraicas e implicações teológicas.
Contexto Bíblico e Teológico
O contexto de Gênesis 12 é o chamado de Abraão, um momento crucial na história da salvação. Deus chama Abraão a deixar sua terra e sua parentela e seguir para uma terra que Ele lhe mostraria. A promessa se divide em três partes principais:
- Descendência – Deus promete fazer de Abraão uma grande nação.
- Bênção – Abraão seria abençoado, e essa bênção seria estendida a outras nações.
- Influência global – Todas as famílias da Terra seriam abençoadas por meio dele.
Essa promessa é significativa, pois indica que o plano de Deus para a salvação do mundo começaria por meio de Abraão e sua linhagem, culminando em Cristo, o descendente de Abraão que traria bênção a todas as nações.
Análise das Palavras em Hebraico
1. "E abençoarei os que te abençoarem" (וַאֲבָרֲכָה מְבָרְכֶיךָ)
- "Abençoarei" (וַאֲבָרֲכָה, va'abarachah): O verbo "abarach" (בָּרַךְ) significa abençoar, e vem da raiz hebraica "ברך" (brk), que também está relacionada com a ideia de joelho ou adoração. A bênção de Deus envolve tanto prosperidade material quanto espiritual, e inclui a presença contínua de Deus e Seu favor. Aqui, Deus promete abençoar aqueles que abençoarem Abraão, estabelecendo uma relação de reciprocidade divina.
- "Os que te abençoarem" (מְבָרְכֶיךָ, mevarecheicha): O verbo é o mesmo, mas em um formato participial, indicando aqueles que abençoarem Abraão no presente e no futuro. O termo implica uma atitude contínua de favor e bondade.
2. "E amaldiçoarei os que te amaldiçoarem" (וּמְקַלֶּלְךָ אָאֹר)
- "Amaldiçoarei" (אָאֹר, aor): Este verbo vem da raiz "ארר" (arar), que significa amaldiçoar, condenar ou declarar algo como maldito. Aqui, Deus está estabelecendo uma proteção sobre Abraão e seus descendentes, garantindo que qualquer tentativa de prejudicá-los será confrontada com a maldição divina. Isso reflete o zelo de Deus por Seu povo.
- "Os que te amaldiçoarem" (מְקַלֶּלְךָ, mekalelcha): Este verbo, de "קלל" (qalal), significa desprezar, tratar com desdém ou menosprezar. A ideia aqui não é apenas uma maldição verbal, mas qualquer tipo de tratamento desrespeitoso ou hostil. Deus, portanto, está protegendo Abraão contra qualquer ataque ou desdém, tanto moral quanto físico.
3. "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" (וְנִבְרְכוּ בְךָ כֹּל מִשְׁפְּחֹת הָאֲדָמָה)
- "Em ti serão benditas" (וְנִבְרְכוּ בְךָ, venivrechu becha): O verbo aqui, "נברך" (nivrach), também vem da raiz "ברך" (brk), mas na forma nifal, que pode ser traduzida como "ser abençoado" ou "ser uma fonte de bênção". Isso indica que Abraão seria o canal através do qual a bênção divina alcançaria todas as famílias da terra. A forma nifal sugere que essa bênção não virá apenas passivamente, mas será algo ativo que fluirá através de Abraão.
- "Todas as famílias da terra" (כֹּל מִשְׁפְּחֹת הָאֲדָמָה, kol mishpechot ha'adamah): A palavra "mishpachah" (משפחה) significa famílias ou clãs, indicando que a bênção prometida a Abraão não seria restrita apenas à sua linhagem, mas se estenderia a todas as famílias da terra (adamah, que pode ser traduzido como terra ou solo), referindo-se à totalidade da humanidade. Este é um vislumbre do plano redentor universal de Deus, que alcançaria seu ápice em Jesus Cristo, o descendente de Abraão.
Implicações Teológicas
Este versículo é essencial para a compreensão do plano de Deus na história bíblica. A promessa a Abraão é o início da narrativa redentora que culmina em Jesus Cristo, como confirmado em Gálatas 3:8-9, onde Paulo identifica que "as Escrituras previram que Deus justificaria os gentios pela fé" e proclamaram "o evangelho a Abraão". Assim, essa bênção a todas as famílias da terra encontra seu cumprimento final no evangelho, no qual Cristo torna possível a salvação tanto para judeus quanto para gentios.
A bênção e a maldição também estabelecem um padrão de aliança. Aqueles que se alinham com o propósito de Deus, abençoando o povo de Abraão (o que inclui os herdeiros espirituais pela fé), experimentarão a bênção divina. Aqueles que se opuserem ao plano divino ou desprezarem Abraão e seus descendentes enfrentam a maldição. Este padrão é visto ao longo da história de Israel, e sua implicação é estendida até a igreja, que compartilha dessa bênção por estar em Cristo, o descendente de Abraão.
Conclusão
Gênesis 12:3 é uma das promessas centrais na Bíblia, marcando o início da história de redenção que se desenrola ao longo das Escrituras. A análise das palavras hebraicas revela a profundidade do compromisso de Deus com Abraão, prometendo bênção e proteção. Mais ainda, essa promessa é universal, pois, por meio de Abraão e sua linhagem, todas as famílias da terra receberiam a bênção, cumprida em Jesus Cristo.
O texto de Gênesis 12:3 é uma promessa de Deus a Abraão, também conhecida como parte do Chamado de Abraão ou Pacto Abraâmico. Este versículo tem uma importância teológica central, pois expressa tanto a aliança de Deus com Abraão quanto o plano divino de abençoar todas as nações da Terra por meio da descendência de Abraão. Vamos fazer um comentário detalhado, com análise das raízes hebraicas e implicações teológicas.
Contexto Bíblico e Teológico
O contexto de Gênesis 12 é o chamado de Abraão, um momento crucial na história da salvação. Deus chama Abraão a deixar sua terra e sua parentela e seguir para uma terra que Ele lhe mostraria. A promessa se divide em três partes principais:
- Descendência – Deus promete fazer de Abraão uma grande nação.
- Bênção – Abraão seria abençoado, e essa bênção seria estendida a outras nações.
- Influência global – Todas as famílias da Terra seriam abençoadas por meio dele.
Essa promessa é significativa, pois indica que o plano de Deus para a salvação do mundo começaria por meio de Abraão e sua linhagem, culminando em Cristo, o descendente de Abraão que traria bênção a todas as nações.
Análise das Palavras em Hebraico
1. "E abençoarei os que te abençoarem" (וַאֲבָרֲכָה מְבָרְכֶיךָ)
- "Abençoarei" (וַאֲבָרֲכָה, va'abarachah): O verbo "abarach" (בָּרַךְ) significa abençoar, e vem da raiz hebraica "ברך" (brk), que também está relacionada com a ideia de joelho ou adoração. A bênção de Deus envolve tanto prosperidade material quanto espiritual, e inclui a presença contínua de Deus e Seu favor. Aqui, Deus promete abençoar aqueles que abençoarem Abraão, estabelecendo uma relação de reciprocidade divina.
- "Os que te abençoarem" (מְבָרְכֶיךָ, mevarecheicha): O verbo é o mesmo, mas em um formato participial, indicando aqueles que abençoarem Abraão no presente e no futuro. O termo implica uma atitude contínua de favor e bondade.
2. "E amaldiçoarei os que te amaldiçoarem" (וּמְקַלֶּלְךָ אָאֹר)
- "Amaldiçoarei" (אָאֹר, aor): Este verbo vem da raiz "ארר" (arar), que significa amaldiçoar, condenar ou declarar algo como maldito. Aqui, Deus está estabelecendo uma proteção sobre Abraão e seus descendentes, garantindo que qualquer tentativa de prejudicá-los será confrontada com a maldição divina. Isso reflete o zelo de Deus por Seu povo.
- "Os que te amaldiçoarem" (מְקַלֶּלְךָ, mekalelcha): Este verbo, de "קלל" (qalal), significa desprezar, tratar com desdém ou menosprezar. A ideia aqui não é apenas uma maldição verbal, mas qualquer tipo de tratamento desrespeitoso ou hostil. Deus, portanto, está protegendo Abraão contra qualquer ataque ou desdém, tanto moral quanto físico.
3. "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" (וְנִבְרְכוּ בְךָ כֹּל מִשְׁפְּחֹת הָאֲדָמָה)
- "Em ti serão benditas" (וְנִבְרְכוּ בְךָ, venivrechu becha): O verbo aqui, "נברך" (nivrach), também vem da raiz "ברך" (brk), mas na forma nifal, que pode ser traduzida como "ser abençoado" ou "ser uma fonte de bênção". Isso indica que Abraão seria o canal através do qual a bênção divina alcançaria todas as famílias da terra. A forma nifal sugere que essa bênção não virá apenas passivamente, mas será algo ativo que fluirá através de Abraão.
- "Todas as famílias da terra" (כֹּל מִשְׁפְּחֹת הָאֲדָמָה, kol mishpechot ha'adamah): A palavra "mishpachah" (משפחה) significa famílias ou clãs, indicando que a bênção prometida a Abraão não seria restrita apenas à sua linhagem, mas se estenderia a todas as famílias da terra (adamah, que pode ser traduzido como terra ou solo), referindo-se à totalidade da humanidade. Este é um vislumbre do plano redentor universal de Deus, que alcançaria seu ápice em Jesus Cristo, o descendente de Abraão.
Implicações Teológicas
Este versículo é essencial para a compreensão do plano de Deus na história bíblica. A promessa a Abraão é o início da narrativa redentora que culmina em Jesus Cristo, como confirmado em Gálatas 3:8-9, onde Paulo identifica que "as Escrituras previram que Deus justificaria os gentios pela fé" e proclamaram "o evangelho a Abraão". Assim, essa bênção a todas as famílias da terra encontra seu cumprimento final no evangelho, no qual Cristo torna possível a salvação tanto para judeus quanto para gentios.
A bênção e a maldição também estabelecem um padrão de aliança. Aqueles que se alinham com o propósito de Deus, abençoando o povo de Abraão (o que inclui os herdeiros espirituais pela fé), experimentarão a bênção divina. Aqueles que se opuserem ao plano divino ou desprezarem Abraão e seus descendentes enfrentam a maldição. Este padrão é visto ao longo da história de Israel, e sua implicação é estendida até a igreja, que compartilha dessa bênção por estar em Cristo, o descendente de Abraão.
Conclusão
Gênesis 12:3 é uma das promessas centrais na Bíblia, marcando o início da história de redenção que se desenrola ao longo das Escrituras. A análise das palavras hebraicas revela a profundidade do compromisso de Deus com Abraão, prometendo bênção e proteção. Mais ainda, essa promessa é universal, pois, por meio de Abraão e sua linhagem, todas as famílias da terra receberiam a bênção, cumprida em Jesus Cristo.
VERDADE PRÁTICA
Ainda que a queda espiritual tenha ocorrido com Israel, há uma gloriosa promessa ao remanescente fiel.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A declaração da “Verdade Prática” reflete uma profunda compreensão teológica da história de Israel, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A ideia de que, apesar da queda espiritual de Israel, Deus preserva um "remanescente fiel" é um tema recorrente nas Escrituras, com ricas implicações para a compreensão da fidelidade de Deus à Sua aliança e para o futuro de Israel e da Igreja. Vamos explorar esse conceito em profundidade com apoio de referências bíblicas e opiniões teológicas de estudiosos cristãos.
A Queda Espiritual de Israel
Israel, como nação escolhida por Deus, teve uma história marcada por altos e baixos espirituais. A aliança com Deus foi estabelecida em muitos momentos significativos, como no Monte Sinai (Êxodo 19-24), mas o povo repetidamente caía em desobediência e idolatria. As consequências dessa infidelidade foram severas, levando à invasão de potências estrangeiras, como a Assíria e Babilônia, e, eventualmente, ao exílio.
- Exílio e Queda Espiritual: A queda espiritual de Israel está intimamente ligada à quebra de suas alianças com Deus, principalmente a violação da aliança mosaica. Jeremias e Ezequiel, entre outros profetas, destacam que o povo de Israel caiu em idolatria, injustiça social e pecado generalizado (Jeremias 7:9-11; Ezequiel 8). Por causa dessa desobediência, o exílio babilônico foi visto como um ato de disciplina divina.
- Novo Testamento e Rejeição de Cristo: No Novo Testamento, a queda espiritual de Israel se manifesta de forma mais acentuada na rejeição de Jesus como o Messias prometido. O apóstolo Paulo fala sobre isso em Romanos 9-11, refletindo o lamento pelo fato de muitos judeus não aceitarem Jesus, o cumprimento das promessas messiânicas.
O Conceito do Remanescente Fiel
1. Remanescente no Antigo Testamento
O conceito de “remanescente fiel” é central à narrativa do Antigo Testamento. Mesmo em meio à desobediência e julgamento, Deus nunca abandonou completamente Seu povo. Sempre houve um grupo, pequeno e fiel, que manteve a aliança com Deus. Este remanescente é preservado, não apenas como testemunho da fidelidade de Deus, mas também como a semente pela qual a redenção viria.
- Isaías 10:20-21: “Acontecerá naquele dia que o restante de Israel... se firmará sobre o Senhor, o Santo de Israel, em verdade. Os que restarem se converterão, sim, o restante de Jacó, ao Deus forte.”
- Sofonias 3:12-13: Deus declara que deixará no meio do povo um "povo humilde e pobre" que confiará no Senhor, mostrando que a esperança de restauração sempre permanece viva.
Opinião Teológica: Segundo Walter C. Kaiser Jr., em seu livro Toward an Old Testament Theology, o remanescente é um elemento vital na teologia do Antigo Testamento. Ele afirma que, mesmo quando o julgamento é iminente, o remanescente oferece uma continuidade da promessa de Deus, garantindo que o Seu plano de salvação não será frustrado.
2. Remanescente no Novo Testamento
No Novo Testamento, o conceito de remanescente é reafirmado por Paulo, especialmente em Romanos 11. Paulo fala da queda espiritual de Israel, mas enfatiza que essa queda não é total nem definitiva. Ele afirma que “Deus não rejeitou o seu povo” (Romanos 11:1), e que sempre existe um remanescente de judeus fiéis, escolhidos pela graça (Romanos 11:5).
- Romanos 9:27: “Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.”
- Romanos 11:26: Paulo profetiza a restauração futura de Israel: “E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, que desviará de Jacó as impiedades.”
Opinião Teológica: O teólogo N.T. Wright em Paul and the Faithfulness of God destaca que Paulo está reinterpretando a história de Israel à luz de Cristo. Para Wright, o remanescente é agora visto no contexto do povo de Deus que inclui tanto judeus quanto gentios, unidos pela fé em Cristo. No entanto, ele também defende que a restauração final de Israel ainda é uma expectativa futura.
A Promessa ao Remanescente Fiel
A promessa ao remanescente é gloriosa porque está enraizada na fidelidade de Deus à Sua aliança. Mesmo quando o povo quebra suas promessas, Deus permanece fiel.
- Jeremias 31:33: A promessa da Nova Aliança é um exemplo claro da esperança de restauração. Mesmo após o exílio e a queda espiritual, Deus promete: “Na mente deles imprimirei as minhas leis, também no coração lhas escreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”
- Zacarias 13:9: Deus diz que trará um remanescente através do fogo, refinando-os como prata e provando-os como ouro. Isso fala da purificação e restauração dos fiéis.
A promessa ao remanescente no Novo Testamento se cumpre em Cristo, o Messias. Como afirma Paulo, “todo o Israel será salvo” (Romanos 11:26), o que sugere tanto a restauração espiritual quanto a reintegração dos judeus no plano de Deus.
Implicações para a Igreja
A teologia do remanescente tem implicações profundas para a Igreja. Embora tenha raízes na história de Israel, o conceito de remanescente é aplicado à Igreja, que é composta por aqueles que permanecem fiéis a Cristo em meio à cultura e ao mundo decadente. Assim como Deus preservou um remanescente em Israel, Ele também preserva Seu povo na Igreja.
- Apocalipse 12:17: "Então o dragão ficou irado com a mulher e foi fazer guerra ao restante da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." Esse texto de Apocalipse confirma que o conceito de remanescente continua no período da igreja.
Conclusão
A “Verdade Prática” afirma que, apesar da queda espiritual de Israel, há uma gloriosa promessa ao remanescente fiel. Esse conceito é amplamente fundamentado nas Escrituras, desde os profetas do Antigo Testamento até as epístolas paulinas. Deus nunca abandona Seu povo, e a ideia de um remanescente fiel é uma expressão do Seu compromisso inabalável. Hoje, essa verdade também se aplica à Igreja, que é chamada a ser fiel a Cristo, como o remanescente de Deus em meio ao mundo.
A declaração da “Verdade Prática” reflete uma profunda compreensão teológica da história de Israel, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A ideia de que, apesar da queda espiritual de Israel, Deus preserva um "remanescente fiel" é um tema recorrente nas Escrituras, com ricas implicações para a compreensão da fidelidade de Deus à Sua aliança e para o futuro de Israel e da Igreja. Vamos explorar esse conceito em profundidade com apoio de referências bíblicas e opiniões teológicas de estudiosos cristãos.
A Queda Espiritual de Israel
Israel, como nação escolhida por Deus, teve uma história marcada por altos e baixos espirituais. A aliança com Deus foi estabelecida em muitos momentos significativos, como no Monte Sinai (Êxodo 19-24), mas o povo repetidamente caía em desobediência e idolatria. As consequências dessa infidelidade foram severas, levando à invasão de potências estrangeiras, como a Assíria e Babilônia, e, eventualmente, ao exílio.
- Exílio e Queda Espiritual: A queda espiritual de Israel está intimamente ligada à quebra de suas alianças com Deus, principalmente a violação da aliança mosaica. Jeremias e Ezequiel, entre outros profetas, destacam que o povo de Israel caiu em idolatria, injustiça social e pecado generalizado (Jeremias 7:9-11; Ezequiel 8). Por causa dessa desobediência, o exílio babilônico foi visto como um ato de disciplina divina.
- Novo Testamento e Rejeição de Cristo: No Novo Testamento, a queda espiritual de Israel se manifesta de forma mais acentuada na rejeição de Jesus como o Messias prometido. O apóstolo Paulo fala sobre isso em Romanos 9-11, refletindo o lamento pelo fato de muitos judeus não aceitarem Jesus, o cumprimento das promessas messiânicas.
O Conceito do Remanescente Fiel
1. Remanescente no Antigo Testamento
O conceito de “remanescente fiel” é central à narrativa do Antigo Testamento. Mesmo em meio à desobediência e julgamento, Deus nunca abandonou completamente Seu povo. Sempre houve um grupo, pequeno e fiel, que manteve a aliança com Deus. Este remanescente é preservado, não apenas como testemunho da fidelidade de Deus, mas também como a semente pela qual a redenção viria.
- Isaías 10:20-21: “Acontecerá naquele dia que o restante de Israel... se firmará sobre o Senhor, o Santo de Israel, em verdade. Os que restarem se converterão, sim, o restante de Jacó, ao Deus forte.”
- Sofonias 3:12-13: Deus declara que deixará no meio do povo um "povo humilde e pobre" que confiará no Senhor, mostrando que a esperança de restauração sempre permanece viva.
Opinião Teológica: Segundo Walter C. Kaiser Jr., em seu livro Toward an Old Testament Theology, o remanescente é um elemento vital na teologia do Antigo Testamento. Ele afirma que, mesmo quando o julgamento é iminente, o remanescente oferece uma continuidade da promessa de Deus, garantindo que o Seu plano de salvação não será frustrado.
2. Remanescente no Novo Testamento
No Novo Testamento, o conceito de remanescente é reafirmado por Paulo, especialmente em Romanos 11. Paulo fala da queda espiritual de Israel, mas enfatiza que essa queda não é total nem definitiva. Ele afirma que “Deus não rejeitou o seu povo” (Romanos 11:1), e que sempre existe um remanescente de judeus fiéis, escolhidos pela graça (Romanos 11:5).
- Romanos 9:27: “Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.”
- Romanos 11:26: Paulo profetiza a restauração futura de Israel: “E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, que desviará de Jacó as impiedades.”
Opinião Teológica: O teólogo N.T. Wright em Paul and the Faithfulness of God destaca que Paulo está reinterpretando a história de Israel à luz de Cristo. Para Wright, o remanescente é agora visto no contexto do povo de Deus que inclui tanto judeus quanto gentios, unidos pela fé em Cristo. No entanto, ele também defende que a restauração final de Israel ainda é uma expectativa futura.
A Promessa ao Remanescente Fiel
A promessa ao remanescente é gloriosa porque está enraizada na fidelidade de Deus à Sua aliança. Mesmo quando o povo quebra suas promessas, Deus permanece fiel.
- Jeremias 31:33: A promessa da Nova Aliança é um exemplo claro da esperança de restauração. Mesmo após o exílio e a queda espiritual, Deus promete: “Na mente deles imprimirei as minhas leis, também no coração lhas escreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”
- Zacarias 13:9: Deus diz que trará um remanescente através do fogo, refinando-os como prata e provando-os como ouro. Isso fala da purificação e restauração dos fiéis.
A promessa ao remanescente no Novo Testamento se cumpre em Cristo, o Messias. Como afirma Paulo, “todo o Israel será salvo” (Romanos 11:26), o que sugere tanto a restauração espiritual quanto a reintegração dos judeus no plano de Deus.
Implicações para a Igreja
A teologia do remanescente tem implicações profundas para a Igreja. Embora tenha raízes na história de Israel, o conceito de remanescente é aplicado à Igreja, que é composta por aqueles que permanecem fiéis a Cristo em meio à cultura e ao mundo decadente. Assim como Deus preservou um remanescente em Israel, Ele também preserva Seu povo na Igreja.
- Apocalipse 12:17: "Então o dragão ficou irado com a mulher e foi fazer guerra ao restante da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." Esse texto de Apocalipse confirma que o conceito de remanescente continua no período da igreja.
Conclusão
A “Verdade Prática” afirma que, apesar da queda espiritual de Israel, há uma gloriosa promessa ao remanescente fiel. Esse conceito é amplamente fundamentado nas Escrituras, desde os profetas do Antigo Testamento até as epístolas paulinas. Deus nunca abandona Seu povo, e a ideia de um remanescente fiel é uma expressão do Seu compromisso inabalável. Hoje, essa verdade também se aplica à Igreja, que é chamada a ser fiel a Cristo, como o remanescente de Deus em meio ao mundo.
LEITURA DIÁRIA
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Leitura Diária oferece uma rica sequência de textos que destacam a continuidade do plano redentor de Deus desde o Antigo Testamento até o cumprimento em Cristo no Novo Testamento. Vamos analisar cada passagem, explorando seu contexto e as raízes hebraicas e gregas das palavras-chave, revelando a profundidade teológica da narrativa da promessa divina e seu cumprimento.
Segunda – Gênesis 15.6: "Abraão creu e foi abençoado pelo Senhor"
Texto: “E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça” (Gn 15.6).Contexto: Este versículo está inserido no relato da aliança que Deus fez com Abraão. Deus promete a Abraão uma descendência numerosa, apesar de sua velhice e esterilidade de Sara.- "Creu" (אָמַן, aman): A raiz hebraica "aman" significa "confiar", "firmar-se". A fé de Abraão foi mais do que apenas acreditar intelectualmente; foi um ato de total confiança em Deus.
- "Justiça" (צְדָקָה, tsedaqah): Refere-se à retidão ou justificação. A fé de Abraão foi imputada como justiça, o que implica que Deus o considerou justo com base em sua confiança no Senhor. Este conceito é desenvolvido no Novo Testamento por Paulo (Romanos 4:3), destacando a justificação pela fé.
Comentário Teológico: Abraão é o arquétipo da fé no Antigo Testamento. Sua fé foi a base para a aliança e para todas as promessas subsequentes. Esse ato de crer prefigura a justificação pela fé no Novo Testamento, que Paulo usa como base para explicar a salvação em Cristo.
Terça – Gálatas 4.25-31: Isaque, o filho da promessa no Antigo Testamento
Texto: Paulo, em Gálatas, faz uma alegoria entre Sara e Agar, representando as duas alianças. Isaque é o "filho da promessa", nascido segundo o Espírito, enquanto Ismael é o filho "segundo a carne".
- "Promessa" (ἐπαγγελία, epangelia): Do grego, a palavra "epangelia" refere-se a uma promessa divina. No contexto de Isaque, significa a promessa feita por Deus a Abraão de que ele teria um filho, mesmo em circunstâncias impossíveis.
- "Filho da carne" e "filho da promessa": Esses termos simbolizam a distinção entre aqueles que vivem de acordo com os esforços humanos (carne) e aqueles que vivem pela fé na promessa divina (Espírito). Isaque representa a realização da promessa feita por Deus, em contraste com Ismael, que é o resultado de uma solução humana.
Comentário Teológico: Paulo usa essa alegoria para ensinar sobre a liberdade em Cristo, contrastando a Lei (representada por Agar e Ismael) com a graça (representada por Sara e Isaque). O "filho da promessa" aponta para a realidade de que a salvação e a bênção de Deus vêm através da fé, e não por obras humanas.
Quarta – Gênesis 29.32-35: Jacó, o pai das 12 tribos de Israel
Texto: A passagem descreve o nascimento dos primeiros filhos de Jacó através de sua esposa Lia, que dá origem a várias das tribos de Israel.
- "Rúben" (רְאוּבֵן, Reuben): Significa “Eis um filho!” ou “Ele viu minha aflição”. O nome reflete o sentimento de Lia de que Deus viu seu sofrimento e a abençoou com um filho.
- "Simeão" (שִׁמְעוֹן, Shimon): Deriva do verbo "shama" (שָׁמַע), que significa "ouvir". Lia nomeia seu filho assim porque Deus "ouviu" que ela era odiada.
- "Levi" (לֵוִי, Levi): Significa "ligado" ou "unido", refletindo o desejo de Lia de se unir a Jacó.
- "Judá" (יְהוּדָה, Yehudah): Deriva de "yadah" (יָדָה), que significa "louvar". Judá é uma expressão de louvor a Deus.
Comentário Teológico: Jacó, como pai das 12 tribos, desempenha um papel central no plano de Deus para a formação de Israel. As tribos que surgem dos seus filhos se tornam o núcleo da nação israelita. Cada nome de seus filhos reflete a experiência de fé de Lia, mostrando como a mão de Deus estava presente até nas dificuldades familiares. Judá, em particular, é importante porque de sua linhagem virá o Messias, Jesus Cristo (Mateus 1:2).
Quinta – Mateus 1.23; Isaías 7.14: O Senhor Jesus, o Emanuel, o “Deus conosco”
Texto: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel" (Mateus 1:23; Isaías 7:14).
- "Emanuel" (עִמָּנוּאֵל, Immanu'el): Significa literalmente "Deus conosco". Esse nome é uma declaração teológica poderosa de que, em Jesus, Deus está presente entre seu povo de uma maneira especial e única.
- "Virgem" (παρθένος, parthenos): No grego do Novo Testamento e no hebraico de Isaías, essa palavra significa "jovem mulher" ou "virgem", dependendo do contexto. O cumprimento dessa profecia no nascimento virginal de Jesus reafirma a obra sobrenatural de Deus na encarnação.
Comentário Teológico: O nome Emanuel encapsula o mistério da Encarnação, onde Deus toma forma humana em Cristo. Isaías 7:14 profetiza esse evento, que Mateus afirma ser cumprido em Jesus. Jesus, o Emanuel, é a concretização do desejo de Deus de estar com Seu povo, uma promessa que encontra sua plena realização na presença de Cristo entre nós.
Sexta – Mateus 1.22-24: O nascimento de Jesus como cumprimento de uma promessa
Texto: “Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta” (Mateus 1:22).
- "Cumprisse" (πληρόω, pleroo): Significa "completar", "encher" ou "realizar". No contexto, Mateus usa essa palavra repetidamente para mostrar que Jesus é o cumprimento de todas as profecias messiânicas do Antigo Testamento.
Comentário Teológico: A expressão de Mateus "para que se cumprisse" é uma chave para entender sua abordagem teológica: ele vê em Jesus o cumprimento das promessas do Antigo Testamento. O nascimento de Jesus é a consumação da história redentora de Deus. Em Cristo, todas as promessas feitas ao povo de Israel convergem, especialmente a promessa de que o Messias seria o salvador de Seu povo.
Sábado – Romanos 9.3-5: Cristo, a promessa cumprida do Antigo Testamento
Texto: “...dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9.5).
- "Promessa" (ἐπαγγελία, epangelia): Novamente, o termo "promessa" é usado para enfatizar o compromisso de Deus com Israel. Aqui, Paulo lamenta o estado espiritual de Israel, mas reconhece que Cristo, que é de origem israelita, é o cumprimento das promessas de Deus.
Comentário Teológico: Paulo destaca a relação de Cristo com Israel, como o descendente prometido. Ele reconhece que, embora muitos de Israel não tenham reconhecido o Messias, Jesus é o cumprimento das promessas feitas aos patriarcas. Cristo é o Messias esperado, que veio conforme as promessas, oferecendo salvação tanto para judeus quanto para gentios.
Conclusão
A Leitura Diária revela uma trajetória desde Abraão até Cristo, mostrando a fidelidade de Deus às Suas promessas. Cada passagem destaca um aspecto crucial da aliança e do cumprimento da promessa divina, culminando no nascimento de Jesus, o Emanuel, “Deus conosco”, o cumprimento supremo de todas as promessas feitas no Antigo Testamento.
A Leitura Diária oferece uma rica sequência de textos que destacam a continuidade do plano redentor de Deus desde o Antigo Testamento até o cumprimento em Cristo no Novo Testamento. Vamos analisar cada passagem, explorando seu contexto e as raízes hebraicas e gregas das palavras-chave, revelando a profundidade teológica da narrativa da promessa divina e seu cumprimento.
Segunda – Gênesis 15.6: "Abraão creu e foi abençoado pelo Senhor"
- "Creu" (אָמַן, aman): A raiz hebraica "aman" significa "confiar", "firmar-se". A fé de Abraão foi mais do que apenas acreditar intelectualmente; foi um ato de total confiança em Deus.
- "Justiça" (צְדָקָה, tsedaqah): Refere-se à retidão ou justificação. A fé de Abraão foi imputada como justiça, o que implica que Deus o considerou justo com base em sua confiança no Senhor. Este conceito é desenvolvido no Novo Testamento por Paulo (Romanos 4:3), destacando a justificação pela fé.
Comentário Teológico: Abraão é o arquétipo da fé no Antigo Testamento. Sua fé foi a base para a aliança e para todas as promessas subsequentes. Esse ato de crer prefigura a justificação pela fé no Novo Testamento, que Paulo usa como base para explicar a salvação em Cristo.
Terça – Gálatas 4.25-31: Isaque, o filho da promessa no Antigo Testamento
Texto: Paulo, em Gálatas, faz uma alegoria entre Sara e Agar, representando as duas alianças. Isaque é o "filho da promessa", nascido segundo o Espírito, enquanto Ismael é o filho "segundo a carne".
- "Promessa" (ἐπαγγελία, epangelia): Do grego, a palavra "epangelia" refere-se a uma promessa divina. No contexto de Isaque, significa a promessa feita por Deus a Abraão de que ele teria um filho, mesmo em circunstâncias impossíveis.
- "Filho da carne" e "filho da promessa": Esses termos simbolizam a distinção entre aqueles que vivem de acordo com os esforços humanos (carne) e aqueles que vivem pela fé na promessa divina (Espírito). Isaque representa a realização da promessa feita por Deus, em contraste com Ismael, que é o resultado de uma solução humana.
Comentário Teológico: Paulo usa essa alegoria para ensinar sobre a liberdade em Cristo, contrastando a Lei (representada por Agar e Ismael) com a graça (representada por Sara e Isaque). O "filho da promessa" aponta para a realidade de que a salvação e a bênção de Deus vêm através da fé, e não por obras humanas.
Quarta – Gênesis 29.32-35: Jacó, o pai das 12 tribos de Israel
Texto: A passagem descreve o nascimento dos primeiros filhos de Jacó através de sua esposa Lia, que dá origem a várias das tribos de Israel.
- "Rúben" (רְאוּבֵן, Reuben): Significa “Eis um filho!” ou “Ele viu minha aflição”. O nome reflete o sentimento de Lia de que Deus viu seu sofrimento e a abençoou com um filho.
- "Simeão" (שִׁמְעוֹן, Shimon): Deriva do verbo "shama" (שָׁמַע), que significa "ouvir". Lia nomeia seu filho assim porque Deus "ouviu" que ela era odiada.
- "Levi" (לֵוִי, Levi): Significa "ligado" ou "unido", refletindo o desejo de Lia de se unir a Jacó.
- "Judá" (יְהוּדָה, Yehudah): Deriva de "yadah" (יָדָה), que significa "louvar". Judá é uma expressão de louvor a Deus.
Comentário Teológico: Jacó, como pai das 12 tribos, desempenha um papel central no plano de Deus para a formação de Israel. As tribos que surgem dos seus filhos se tornam o núcleo da nação israelita. Cada nome de seus filhos reflete a experiência de fé de Lia, mostrando como a mão de Deus estava presente até nas dificuldades familiares. Judá, em particular, é importante porque de sua linhagem virá o Messias, Jesus Cristo (Mateus 1:2).
Quinta – Mateus 1.23; Isaías 7.14: O Senhor Jesus, o Emanuel, o “Deus conosco”
Texto: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel" (Mateus 1:23; Isaías 7:14).
- "Emanuel" (עִמָּנוּאֵל, Immanu'el): Significa literalmente "Deus conosco". Esse nome é uma declaração teológica poderosa de que, em Jesus, Deus está presente entre seu povo de uma maneira especial e única.
- "Virgem" (παρθένος, parthenos): No grego do Novo Testamento e no hebraico de Isaías, essa palavra significa "jovem mulher" ou "virgem", dependendo do contexto. O cumprimento dessa profecia no nascimento virginal de Jesus reafirma a obra sobrenatural de Deus na encarnação.
Comentário Teológico: O nome Emanuel encapsula o mistério da Encarnação, onde Deus toma forma humana em Cristo. Isaías 7:14 profetiza esse evento, que Mateus afirma ser cumprido em Jesus. Jesus, o Emanuel, é a concretização do desejo de Deus de estar com Seu povo, uma promessa que encontra sua plena realização na presença de Cristo entre nós.
Sexta – Mateus 1.22-24: O nascimento de Jesus como cumprimento de uma promessa
Texto: “Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta” (Mateus 1:22).
- "Cumprisse" (πληρόω, pleroo): Significa "completar", "encher" ou "realizar". No contexto, Mateus usa essa palavra repetidamente para mostrar que Jesus é o cumprimento de todas as profecias messiânicas do Antigo Testamento.
Comentário Teológico: A expressão de Mateus "para que se cumprisse" é uma chave para entender sua abordagem teológica: ele vê em Jesus o cumprimento das promessas do Antigo Testamento. O nascimento de Jesus é a consumação da história redentora de Deus. Em Cristo, todas as promessas feitas ao povo de Israel convergem, especialmente a promessa de que o Messias seria o salvador de Seu povo.
Sábado – Romanos 9.3-5: Cristo, a promessa cumprida do Antigo Testamento
Texto: “...dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9.5).
- "Promessa" (ἐπαγγελία, epangelia): Novamente, o termo "promessa" é usado para enfatizar o compromisso de Deus com Israel. Aqui, Paulo lamenta o estado espiritual de Israel, mas reconhece que Cristo, que é de origem israelita, é o cumprimento das promessas de Deus.
Comentário Teológico: Paulo destaca a relação de Cristo com Israel, como o descendente prometido. Ele reconhece que, embora muitos de Israel não tenham reconhecido o Messias, Jesus é o cumprimento das promessas feitas aos patriarcas. Cristo é o Messias esperado, que veio conforme as promessas, oferecendo salvação tanto para judeus quanto para gentios.
Conclusão
A Leitura Diária revela uma trajetória desde Abraão até Cristo, mostrando a fidelidade de Deus às Suas promessas. Cada passagem destaca um aspecto crucial da aliança e do cumprimento da promessa divina, culminando no nascimento de Jesus, o Emanuel, “Deus conosco”, o cumprimento supremo de todas as promessas feitas no Antigo Testamento.
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Gênesis 12.1 -3; Romanos 9.1-5
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os textos de Gênesis 12.1-3 e Romanos 9.1-5 estão profundamente interligados pela temática da aliança e das promessas de Deus a Israel. Gênesis 12.1-3 marca o início do relacionamento especial de Deus com Abrão (Abraão), onde Ele faz uma promessa abrangente, tanto a ele quanto aos seus descendentes, de se tornarem uma grande nação e abençoar todas as famílias da terra. Romanos 9.1-5, escrito por Paulo, reflete a profunda tristeza do apóstolo pelo estado espiritual de Israel e destaca o fato de que, apesar das bênçãos e promessas concedidas a Israel, muitos judeus rejeitaram o Messias. Ambos os textos abordam o plano redentor de Deus que envolve não só Israel, mas todas as nações.
Agora, vamos analisar cada versículo.
Gênesis 12.1
"Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei."
- "Disse" (אָמַר, amar): A palavra hebraica "amar" é usada frequentemente para introduzir as comunicações diretas de Deus, enfatizando a autoridade e a soberania divina. Aqui, Deus ordena a Abrão um movimento radical de fé.
- "Sai-te" (יָצָא, yatsa): O verbo "yatsa" implica uma saída física, mas também simboliza um rompimento espiritual e emocional. Abrão é chamado a deixar não apenas sua localização física, mas também suas raízes culturais e familiares.
- "Terra" (אֶרֶץ, erets): A terra tem grande significado teológico, representando o espaço prometido por Deus onde Ele estabelecerá o Seu povo.
Comentário Teológico: O chamado de Deus para que Abrão saia de sua terra representa um ato de confiança total na providência divina. Este movimento é simbólico da jornada espiritual de todo crente, onde se deixa para trás o conhecido e se confia nas promessas de Deus. O tema da "terra" é central à teologia do Antigo Testamento, como o espaço no qual Deus estabelece Sua aliança com o povo.
Gênesis 12.2
"E ir-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção."
- "Grande nação" (גּוֹי, goy): A palavra "goy" refere-se a uma nação, mas no contexto de Abraão, é uma promessa da multiplicação de sua descendência, que mais tarde se tornará Israel.
- "Abençoar-te-ei" (בָּרַךְ, barak): O verbo "barak" significa "abençoar", e implica uma concessão de favor divino. Esta bênção não é apenas material, mas espiritual.
- "Engrandecerei" (גָּדַל, gadal): Significa "tornar grande" ou "exaltar". O nome de Abraão seria exaltado por causa de sua fé e sua obediência a Deus.
Comentário Teológico: Deus promete transformar Abrão em uma grande nação, o que envolve não apenas a multiplicação física de sua descendência, mas também o papel crucial que essa nação desempenharia no plano redentor de Deus. A promessa de que "tu serás uma bênção" reflete o papel de Abraão como o canal de bênção para toda a humanidade, o que culmina em Cristo, o descendente prometido.
Gênesis 12.3
"E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra."
- "Abençoar" e "Amaldiçoar" (בָּרַךְ, barak; אָרַר, arar): "Barak" (abençoar) reflete o favor divino, enquanto "arar" (amaldiçoar) implica julgamento divino. Aqueles que abençoarem Abraão serão abençoados, e aqueles que o amaldiçoarem serão condenados, estabelecendo um princípio de reciprocidade divina.
- "Famílias da terra" (מִשְׁפָּחָה, mishpachah): Refere-se a todos os clãs ou povos da terra, indicando que a promessa a Abraão tem uma dimensão universal.
Comentário Teológico: Este versículo é crucial para a teologia bíblica, pois introduz o conceito de que o chamado de Abraão não é apenas para benefício de Israel, mas para toda a humanidade. Em Abraão, todas as nações seriam abençoadas, o que aponta diretamente para o cumprimento final em Jesus Cristo, que traz salvação para todas as nações (Gálatas 3.8).
Romanos 9.1
"Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):"
- "Cristo" (Χριστός, Christos): A palavra grega "Christos" significa "ungido" e se refere a Jesus como o Messias prometido.
- "Consciência" (συνείδησις, syneidesis): A consciência aqui refere-se ao senso moral interno de Paulo, que é guiado pelo Espírito Santo.
Comentário Teológico: Paulo faz uma declaração solene, enfatizando a sinceridade de sua dor em relação à rejeição de Israel ao evangelho. Sua consciência, guiada pelo Espírito Santo, serve como testemunha de sua profunda preocupação. Este versículo revela a integridade e a emoção de Paulo como apóstolo, e sua relação íntima com Cristo.
Romanos 9.2
"Tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração."
- "Tristeza" (λύπη, lype): Significa uma tristeza profunda, uma dor interior. Paulo sente essa dor por causa da condição espiritual de Israel.
- "Dor" (ὀδύνη, odyne): Refere-se a uma angústia contínua e intensa.
Comentário Teológico: Paulo expressa uma tristeza intensa pela incredulidade de Israel. Ele reconhece as bênçãos e os privilégios que Deus deu a Israel, mas lamenta o fato de muitos judeus não aceitarem o Messias. Esse sofrimento de Paulo reflete o coração missionário, que deseja ver seu povo salvo.
Romanos 9.3
"Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;"
- "Separado" (ἀνάθεμα, anathema): Refere-se a algo que é amaldiçoado ou consagrado para destruição. Paulo está dizendo que estaria disposto a ser separado de Cristo se isso significasse a salvação de seus irmãos judeus.
Comentário Teológico: Este versículo mostra o coração sacrificial de Paulo. Assim como Moisés intercedeu pelo povo de Israel (Êxodo 32:32), Paulo está disposto a ser "amaldiçoado" se isso significasse a redenção de Israel. Embora isso não seja teologicamente possível, a declaração revela o imenso amor de Paulo por seu povo.
Romanos 9.4
"Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;"
- "Adoção de filhos" (υἱοθεσία, huiothesia): Refere-se ao ato de Deus escolher Israel como Seu filho (Êxodo 4:22).
- "Concertos" (διαθῆκαι, diathekai): Refere-se às alianças que Deus fez com os patriarcas e com Israel.
- "Glória" (δόξα, doxa): Refere-se à presença gloriosa de Deus manifestada entre Seu povo, como na nuvem e no tabernáculo.
Comentário Teológico: Paulo lembra os privilégios espirituais que Israel recebeu. Esses dons incluem a adoção, a presença gloriosa de Deus, as alianças, a lei e as promessas. Esses privilégios destacam a singularidade do relacionamento de Israel com Deus.
Romanos 9.5
"Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!"
- "Pais" (πατέρες, pateres): Refere-se aos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó.
- "Cristo" (Χριστός, Christos): O Messias prometido veio da linhagem de Israel.
Comentário Teológico: Cristo, o Messias, nasceu da linhagem de Israel, segundo a carne. Contudo, Paulo afirma a divindade de Cristo, chamando-o de "Deus bendito eternamente". Este versículo é uma das declarações mais fortes da divindade de Cristo no Novo Testamento, afirmando que Ele é "sobre todos" e "bendito eternamente". O apóstolo Paulo apresenta Jesus como o cumprimento das promessas feitas aos patriarcas e a culminação da esperança de Israel, mas também como o Senhor soberano sobre toda a criação. Esse versículo une a promessa messiânica com a divindade de Cristo, destacando o papel central de Jesus tanto para os judeus quanto para os gentios.
Análise Detalhada dos Versículos de Gênesis 12.1-3 e Romanos 9.1-5:
Gênesis 12.1-3 (Comentário Conclusivo)
A promessa feita a Abraão envolve três partes principais: a terra (a localização física que seria dada a ele e à sua descendência), a grande nação (a formação de Israel, que, embora pequena no começo, se tornaria uma nação grandiosa e abençoada por Deus), e a bênção universal (a promessa de que todas as nações da terra seriam abençoadas através de Abraão). Essa bênção culmina no cumprimento da vinda de Jesus Cristo, descendente de Abraão, através do qual a salvação foi oferecida a todas as famílias da terra (Gálatas 3.16).
A passagem de Gênesis 12.1-3 é fundamental para a compreensão da aliança abraâmica e do plano redentor de Deus, que progressivamente se revela nas Escrituras. A promessa de que "em ti serão benditas todas as famílias da terra" é uma promessa messiânica, apontando para o evangelho de Jesus Cristo, que se cumpriria na plenitude dos tempos.
Romanos 9.1-5 (Comentário Conclusivo)
Paulo, em Romanos 9.1-5, lida com uma questão profundamente teológica: o estado espiritual de Israel à luz da rejeição de muitos judeus ao evangelho. Embora o povo de Israel tenha recebido privilégios e promessas extraordinárias, muitos falharam em reconhecer o Messias. Paulo, no entanto, enfatiza que a história de Israel, suas alianças e o próprio nascimento de Cristo são partes essenciais do plano de Deus.
O lamento de Paulo reflete sua compreensão da continuidade da história da salvação, começando com os patriarcas e culminando em Cristo. O apóstolo está profundamente consciente de que, embora muitos judeus tenham rejeitado Jesus, Deus permanece fiel às Suas promessas. A "adoção de filhos" e "as promessas" que Israel recebeu não são invalidadas, mas encontram seu cumprimento definitivo em Cristo, o Messias prometido.
Conclusão Teológica:
Gênesis 12.1-3 apresenta a promessa inicial da aliança de Deus com Abraão, enquanto Romanos 9.1-5 destaca a tristeza de Paulo pelo fato de muitos judeus não terem reconhecido o cumprimento dessa promessa em Jesus Cristo. Juntas, essas passagens revelam o plano soberano de Deus para trazer redenção ao mundo através de um povo escolhido, mas também ampliando essa bênção para todas as nações através do Messias. As raízes hebraicas e gregas das palavras-chave aprofundam a compreensão dessas promessas, ressaltando que a bênção de Deus para Abraão e seus descendentes tem implicações eternas e universais.
Essa análise integra a profundidade das raízes das palavras, o contexto histórico-teológico de ambas as passagens e as implicações messiânicas da promessa feita a Abraão. O estudo dessas passagens oferece uma compreensão mais rica do plano redentor de Deus e da sua fidelidade em cumprir suas promessas através de Cristo.
Os textos de Gênesis 12.1-3 e Romanos 9.1-5 estão profundamente interligados pela temática da aliança e das promessas de Deus a Israel. Gênesis 12.1-3 marca o início do relacionamento especial de Deus com Abrão (Abraão), onde Ele faz uma promessa abrangente, tanto a ele quanto aos seus descendentes, de se tornarem uma grande nação e abençoar todas as famílias da terra. Romanos 9.1-5, escrito por Paulo, reflete a profunda tristeza do apóstolo pelo estado espiritual de Israel e destaca o fato de que, apesar das bênçãos e promessas concedidas a Israel, muitos judeus rejeitaram o Messias. Ambos os textos abordam o plano redentor de Deus que envolve não só Israel, mas todas as nações.
Agora, vamos analisar cada versículo.
Gênesis 12.1
"Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei."
- "Disse" (אָמַר, amar): A palavra hebraica "amar" é usada frequentemente para introduzir as comunicações diretas de Deus, enfatizando a autoridade e a soberania divina. Aqui, Deus ordena a Abrão um movimento radical de fé.
- "Sai-te" (יָצָא, yatsa): O verbo "yatsa" implica uma saída física, mas também simboliza um rompimento espiritual e emocional. Abrão é chamado a deixar não apenas sua localização física, mas também suas raízes culturais e familiares.
- "Terra" (אֶרֶץ, erets): A terra tem grande significado teológico, representando o espaço prometido por Deus onde Ele estabelecerá o Seu povo.
Comentário Teológico: O chamado de Deus para que Abrão saia de sua terra representa um ato de confiança total na providência divina. Este movimento é simbólico da jornada espiritual de todo crente, onde se deixa para trás o conhecido e se confia nas promessas de Deus. O tema da "terra" é central à teologia do Antigo Testamento, como o espaço no qual Deus estabelece Sua aliança com o povo.
Gênesis 12.2
"E ir-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção."
- "Grande nação" (גּוֹי, goy): A palavra "goy" refere-se a uma nação, mas no contexto de Abraão, é uma promessa da multiplicação de sua descendência, que mais tarde se tornará Israel.
- "Abençoar-te-ei" (בָּרַךְ, barak): O verbo "barak" significa "abençoar", e implica uma concessão de favor divino. Esta bênção não é apenas material, mas espiritual.
- "Engrandecerei" (גָּדַל, gadal): Significa "tornar grande" ou "exaltar". O nome de Abraão seria exaltado por causa de sua fé e sua obediência a Deus.
Comentário Teológico: Deus promete transformar Abrão em uma grande nação, o que envolve não apenas a multiplicação física de sua descendência, mas também o papel crucial que essa nação desempenharia no plano redentor de Deus. A promessa de que "tu serás uma bênção" reflete o papel de Abraão como o canal de bênção para toda a humanidade, o que culmina em Cristo, o descendente prometido.
Gênesis 12.3
"E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra."
- "Abençoar" e "Amaldiçoar" (בָּרַךְ, barak; אָרַר, arar): "Barak" (abençoar) reflete o favor divino, enquanto "arar" (amaldiçoar) implica julgamento divino. Aqueles que abençoarem Abraão serão abençoados, e aqueles que o amaldiçoarem serão condenados, estabelecendo um princípio de reciprocidade divina.
- "Famílias da terra" (מִשְׁפָּחָה, mishpachah): Refere-se a todos os clãs ou povos da terra, indicando que a promessa a Abraão tem uma dimensão universal.
Comentário Teológico: Este versículo é crucial para a teologia bíblica, pois introduz o conceito de que o chamado de Abraão não é apenas para benefício de Israel, mas para toda a humanidade. Em Abraão, todas as nações seriam abençoadas, o que aponta diretamente para o cumprimento final em Jesus Cristo, que traz salvação para todas as nações (Gálatas 3.8).
Romanos 9.1
"Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):"
- "Cristo" (Χριστός, Christos): A palavra grega "Christos" significa "ungido" e se refere a Jesus como o Messias prometido.
- "Consciência" (συνείδησις, syneidesis): A consciência aqui refere-se ao senso moral interno de Paulo, que é guiado pelo Espírito Santo.
Comentário Teológico: Paulo faz uma declaração solene, enfatizando a sinceridade de sua dor em relação à rejeição de Israel ao evangelho. Sua consciência, guiada pelo Espírito Santo, serve como testemunha de sua profunda preocupação. Este versículo revela a integridade e a emoção de Paulo como apóstolo, e sua relação íntima com Cristo.
Romanos 9.2
"Tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração."
- "Tristeza" (λύπη, lype): Significa uma tristeza profunda, uma dor interior. Paulo sente essa dor por causa da condição espiritual de Israel.
- "Dor" (ὀδύνη, odyne): Refere-se a uma angústia contínua e intensa.
Comentário Teológico: Paulo expressa uma tristeza intensa pela incredulidade de Israel. Ele reconhece as bênçãos e os privilégios que Deus deu a Israel, mas lamenta o fato de muitos judeus não aceitarem o Messias. Esse sofrimento de Paulo reflete o coração missionário, que deseja ver seu povo salvo.
Romanos 9.3
"Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;"
- "Separado" (ἀνάθεμα, anathema): Refere-se a algo que é amaldiçoado ou consagrado para destruição. Paulo está dizendo que estaria disposto a ser separado de Cristo se isso significasse a salvação de seus irmãos judeus.
Comentário Teológico: Este versículo mostra o coração sacrificial de Paulo. Assim como Moisés intercedeu pelo povo de Israel (Êxodo 32:32), Paulo está disposto a ser "amaldiçoado" se isso significasse a redenção de Israel. Embora isso não seja teologicamente possível, a declaração revela o imenso amor de Paulo por seu povo.
Romanos 9.4
"Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;"
- "Adoção de filhos" (υἱοθεσία, huiothesia): Refere-se ao ato de Deus escolher Israel como Seu filho (Êxodo 4:22).
- "Concertos" (διαθῆκαι, diathekai): Refere-se às alianças que Deus fez com os patriarcas e com Israel.
- "Glória" (δόξα, doxa): Refere-se à presença gloriosa de Deus manifestada entre Seu povo, como na nuvem e no tabernáculo.
Comentário Teológico: Paulo lembra os privilégios espirituais que Israel recebeu. Esses dons incluem a adoção, a presença gloriosa de Deus, as alianças, a lei e as promessas. Esses privilégios destacam a singularidade do relacionamento de Israel com Deus.
Romanos 9.5
"Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!"
- "Pais" (πατέρες, pateres): Refere-se aos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó.
- "Cristo" (Χριστός, Christos): O Messias prometido veio da linhagem de Israel.
Comentário Teológico: Cristo, o Messias, nasceu da linhagem de Israel, segundo a carne. Contudo, Paulo afirma a divindade de Cristo, chamando-o de "Deus bendito eternamente". Este versículo é uma das declarações mais fortes da divindade de Cristo no Novo Testamento, afirmando que Ele é "sobre todos" e "bendito eternamente". O apóstolo Paulo apresenta Jesus como o cumprimento das promessas feitas aos patriarcas e a culminação da esperança de Israel, mas também como o Senhor soberano sobre toda a criação. Esse versículo une a promessa messiânica com a divindade de Cristo, destacando o papel central de Jesus tanto para os judeus quanto para os gentios.
Análise Detalhada dos Versículos de Gênesis 12.1-3 e Romanos 9.1-5:
Gênesis 12.1-3 (Comentário Conclusivo)
A promessa feita a Abraão envolve três partes principais: a terra (a localização física que seria dada a ele e à sua descendência), a grande nação (a formação de Israel, que, embora pequena no começo, se tornaria uma nação grandiosa e abençoada por Deus), e a bênção universal (a promessa de que todas as nações da terra seriam abençoadas através de Abraão). Essa bênção culmina no cumprimento da vinda de Jesus Cristo, descendente de Abraão, através do qual a salvação foi oferecida a todas as famílias da terra (Gálatas 3.16).
A passagem de Gênesis 12.1-3 é fundamental para a compreensão da aliança abraâmica e do plano redentor de Deus, que progressivamente se revela nas Escrituras. A promessa de que "em ti serão benditas todas as famílias da terra" é uma promessa messiânica, apontando para o evangelho de Jesus Cristo, que se cumpriria na plenitude dos tempos.
Romanos 9.1-5 (Comentário Conclusivo)
Paulo, em Romanos 9.1-5, lida com uma questão profundamente teológica: o estado espiritual de Israel à luz da rejeição de muitos judeus ao evangelho. Embora o povo de Israel tenha recebido privilégios e promessas extraordinárias, muitos falharam em reconhecer o Messias. Paulo, no entanto, enfatiza que a história de Israel, suas alianças e o próprio nascimento de Cristo são partes essenciais do plano de Deus.
O lamento de Paulo reflete sua compreensão da continuidade da história da salvação, começando com os patriarcas e culminando em Cristo. O apóstolo está profundamente consciente de que, embora muitos judeus tenham rejeitado Jesus, Deus permanece fiel às Suas promessas. A "adoção de filhos" e "as promessas" que Israel recebeu não são invalidadas, mas encontram seu cumprimento definitivo em Cristo, o Messias prometido.
Conclusão Teológica:
Gênesis 12.1-3 apresenta a promessa inicial da aliança de Deus com Abraão, enquanto Romanos 9.1-5 destaca a tristeza de Paulo pelo fato de muitos judeus não terem reconhecido o cumprimento dessa promessa em Jesus Cristo. Juntas, essas passagens revelam o plano soberano de Deus para trazer redenção ao mundo através de um povo escolhido, mas também ampliando essa bênção para todas as nações através do Messias. As raízes hebraicas e gregas das palavras-chave aprofundam a compreensão dessas promessas, ressaltando que a bênção de Deus para Abraão e seus descendentes tem implicações eternas e universais.
Essa análise integra a profundidade das raízes das palavras, o contexto histórico-teológico de ambas as passagens e as implicações messiânicas da promessa feita a Abraão. O estudo dessas passagens oferece uma compreensão mais rica do plano redentor de Deus e da sua fidelidade em cumprir suas promessas através de Cristo.
PLANO DE AULA
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Para uma dinâmica baseada no tema "Lição 02 - Promessas de Deus para Israel", que destaca as promessas divinas feitas a Israel e a importância dessas promessas para o plano redentor de Deus, sugiro uma atividade interativa que envolva a participação de todos os membros da classe. A dinâmica ajudará a fixar os conceitos da lição de forma prática e envolvente.
Dinâmica: "Mural das Promessas"
Objetivo:
- Levar os participantes a compreenderem e refletirem sobre as promessas de Deus feitas a Israel, e como elas também se aplicam às nossas vidas hoje.
- Promover a cooperação e a interatividade da classe em torno do tema central da lição.
Materiais necessários:
- Um mural grande ou quadro (pode ser um quadro branco, papel pardo ou cartolina grande).
- Cartões coloridos (ou pedaços de papel) em duas cores diferentes (por exemplo, azul e verde).
- Canetas ou marcadores.
- Fita adesiva.
Preparação:
- Antes da aula, escreva no topo do mural: "Promessas de Deus para Israel". No meio do mural, faça uma linha divisória, criando duas colunas. Uma será intitulada: "Promessas a Israel" e a outra: "Promessas para nós".
- Coloque uma pilha de cartões azuis com o título "Promessas a Israel" e uma pilha de cartões verdes com o título "Promessas para nós".
Desenvolvimento:
- Introdução (5 minutos):
- Explique que ao longo da história, Deus fez promessas específicas a Israel. Essas promessas tinham o propósito de guiar e abençoar o povo escolhido, e, através de Israel, todas as nações seriam abençoadas.
- Mostre o mural e fale que a dinâmica de hoje será um exercício coletivo de refletir sobre essas promessas, e como elas têm uma relevância contínua para todos os crentes.
- Leitura e Reflexão Bíblica (10-15 minutos):
- Leia Gênesis 12:1-3, Romanos 9:1-5 e outras passagens mencionadas na lição.
- Explique o significado das promessas de Deus a Israel e, se possível, mencione exemplos de promessas em que a classe tenha estudado anteriormente, como as promessas de uma "grande nação" e a bênção para "todas as famílias da terra" através de Abraão.
- Instruções da Dinâmica (10 minutos):
- Divida a turma em dois grupos. Um grupo ficará responsável por refletir sobre as promessas específicas que Deus fez a Israel (cartões azuis), e o outro grupo por identificar promessas que Deus faz a nós, como cristãos (cartões verdes).
- Peça que cada grupo escreva uma promessa em seus cartões. Por exemplo, o grupo "Promessas a Israel" pode escrever promessas como "Deus faria de Israel uma grande nação", "A terra prometida", "A vinda do Messias através de Israel". O grupo "Promessas para nós" pode escrever promessas como "A salvação em Jesus", "O Espírito Santo como consolador", "A vida eterna".
- Depois de alguns minutos, peça que cada grupo venha até o mural e cole seus cartões na coluna correspondente.
- Discussão (15-20 minutos):
- Após colarem os cartões, peça a alguns participantes que leiam as promessas que escreveram em voz alta e discutam a importância de cada uma.
- Pergunte à classe: Como as promessas de Deus a Israel ainda são relevantes para nós hoje? De que forma as promessas de Deus se cumpriram em Cristo e continuam a se cumprir na igreja?
- Encoraje os participantes a falarem sobre promessas de Deus que eles têm visto se cumprir em suas vidas pessoais.
- Conclusão (5 minutos):
- Finalize a dinâmica com uma breve recapitulação das promessas de Deus tanto para Israel quanto para nós, destacando que Deus é fiel em cumprir Suas promessas.
- Faça uma oração agradecendo a Deus por Sua fidelidade e por nos incluir no plano redentor iniciado com Israel.
Aplicação:
- Essa dinâmica ajuda os alunos a perceberem a continuidade entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, e como as promessas feitas a Israel estão conectadas ao plano de Deus para toda a humanidade. Ela também incentiva uma reflexão pessoal sobre a importância dessas promessas na vida dos crentes hoje.
Essa atividade é envolvente, colaborativa e reforça o entendimento da lição de forma prática e visual.
Para uma dinâmica baseada no tema "Lição 02 - Promessas de Deus para Israel", que destaca as promessas divinas feitas a Israel e a importância dessas promessas para o plano redentor de Deus, sugiro uma atividade interativa que envolva a participação de todos os membros da classe. A dinâmica ajudará a fixar os conceitos da lição de forma prática e envolvente.
Dinâmica: "Mural das Promessas"
Objetivo:
- Levar os participantes a compreenderem e refletirem sobre as promessas de Deus feitas a Israel, e como elas também se aplicam às nossas vidas hoje.
- Promover a cooperação e a interatividade da classe em torno do tema central da lição.
Materiais necessários:
- Um mural grande ou quadro (pode ser um quadro branco, papel pardo ou cartolina grande).
- Cartões coloridos (ou pedaços de papel) em duas cores diferentes (por exemplo, azul e verde).
- Canetas ou marcadores.
- Fita adesiva.
Preparação:
- Antes da aula, escreva no topo do mural: "Promessas de Deus para Israel". No meio do mural, faça uma linha divisória, criando duas colunas. Uma será intitulada: "Promessas a Israel" e a outra: "Promessas para nós".
- Coloque uma pilha de cartões azuis com o título "Promessas a Israel" e uma pilha de cartões verdes com o título "Promessas para nós".
Desenvolvimento:
- Introdução (5 minutos):
- Explique que ao longo da história, Deus fez promessas específicas a Israel. Essas promessas tinham o propósito de guiar e abençoar o povo escolhido, e, através de Israel, todas as nações seriam abençoadas.
- Mostre o mural e fale que a dinâmica de hoje será um exercício coletivo de refletir sobre essas promessas, e como elas têm uma relevância contínua para todos os crentes.
- Leitura e Reflexão Bíblica (10-15 minutos):
- Leia Gênesis 12:1-3, Romanos 9:1-5 e outras passagens mencionadas na lição.
- Explique o significado das promessas de Deus a Israel e, se possível, mencione exemplos de promessas em que a classe tenha estudado anteriormente, como as promessas de uma "grande nação" e a bênção para "todas as famílias da terra" através de Abraão.
- Instruções da Dinâmica (10 minutos):
- Divida a turma em dois grupos. Um grupo ficará responsável por refletir sobre as promessas específicas que Deus fez a Israel (cartões azuis), e o outro grupo por identificar promessas que Deus faz a nós, como cristãos (cartões verdes).
- Peça que cada grupo escreva uma promessa em seus cartões. Por exemplo, o grupo "Promessas a Israel" pode escrever promessas como "Deus faria de Israel uma grande nação", "A terra prometida", "A vinda do Messias através de Israel". O grupo "Promessas para nós" pode escrever promessas como "A salvação em Jesus", "O Espírito Santo como consolador", "A vida eterna".
- Depois de alguns minutos, peça que cada grupo venha até o mural e cole seus cartões na coluna correspondente.
- Discussão (15-20 minutos):
- Após colarem os cartões, peça a alguns participantes que leiam as promessas que escreveram em voz alta e discutam a importância de cada uma.
- Pergunte à classe: Como as promessas de Deus a Israel ainda são relevantes para nós hoje? De que forma as promessas de Deus se cumpriram em Cristo e continuam a se cumprir na igreja?
- Encoraje os participantes a falarem sobre promessas de Deus que eles têm visto se cumprir em suas vidas pessoais.
- Conclusão (5 minutos):
- Finalize a dinâmica com uma breve recapitulação das promessas de Deus tanto para Israel quanto para nós, destacando que Deus é fiel em cumprir Suas promessas.
- Faça uma oração agradecendo a Deus por Sua fidelidade e por nos incluir no plano redentor iniciado com Israel.
Aplicação:
- Essa dinâmica ajuda os alunos a perceberem a continuidade entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, e como as promessas feitas a Israel estão conectadas ao plano de Deus para toda a humanidade. Ela também incentiva uma reflexão pessoal sobre a importância dessas promessas na vida dos crentes hoje.
Essa atividade é envolvente, colaborativa e reforça o entendimento da lição de forma prática e visual.
INTRODUÇÃO
As promessas divinas para Israel foram proferidas há mais de 4.ooo anos antes do advento do Senhor Jesus. Tudo começou quando Deus chamou Abrão e fez-lhe promessas a respeito do divino propósito de formar uma grande nação. Nessa chamada, está implícita as promessas para Israel como nação ímpar dentre todos os povos da terra, a fim de, de uma forma especial, cumprir os propósitos divinos para a humanidade. Por isso, nesta lição, veremos que muitas promessas de Deus para Israel são irrevogáveis. Elas foram feitas por Deus a Abraão, a Isaque, a Jacó, a Davi e confirmadas com o advento do Senhor Jesus Cristo.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
As promessas de Deus a Israel remontam a Gênesis 12, onde Abraão (então chamado Abrão) recebe um chamado e uma promessa que se estenderia não apenas à sua própria descendência, mas a todas as nações da terra. Essas promessas, feitas há mais de 4.000 anos, formam a base teológica da relação entre Deus e o Seu povo escolhido e também revelam o plano redentor de Deus, que se cumpre plenamente em Jesus Cristo.
A introdução afirma que essas promessas são irrevogáveis, ou seja, elas não podem ser anuladas, e o cumprimento delas segue um padrão progressivo, ao longo da história bíblica, por meio de figuras como Abraão, Isaque, Jacó e Davi, até culminar no advento do Senhor Jesus Cristo. O conceito de irrevogabilidade está relacionado à fidelidade de Deus ao seu pacto, o que é claramente expresso em várias partes das Escrituras.
1. O Chamado de Abraão e as Promessas de Deus (Gênesis 12.1-3)
O ponto inicial das promessas divinas está no chamado de Abraão, em Gênesis 12.1-3. Deus ordena a Abraão que saia de sua terra, prometendo-lhe três coisas principais:
- Uma terra ("para a terra que eu te mostrarei"),
- Uma grande nação ("e far-te-ei uma grande nação"),
- Uma bênção universal ("em ti serão benditas todas as famílias da terra").
Essas promessas são desenvolvidas ao longo da narrativa bíblica. A promessa da terra é confirmada em Gênesis 15, onde Deus faz uma aliança com Abraão, e a promessa de uma grande nação se cumpre parcialmente no desenvolvimento da história de Israel como povo, mas alcança sua plenitude em Cristo, de quem a descendência espiritual de Abraão (Gálatas 3.7, 29) herda todas as promessas.
A Irrevogabilidade das Promessas
A irrevogabilidade das promessas de Deus é destacada em passagens como Romanos 11.29, onde Paulo escreve que "os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis". Isso significa que, apesar da desobediência de Israel ao longo de sua história, Deus permanece fiel à Sua aliança. O profeta Jeremias também afirma essa certeza, ao declarar que a aliança de Deus com Israel é tão permanente quanto as leis naturais que regem o universo (Jeremias 31.35-37).
2. Promessas a Isaque, Jacó e Davi
Após Abraão, as promessas são renovadas com Isaque em Gênesis 26.3-4 e com Jacó em Gênesis 28.13-15, confirmando a continuidade do pacto de Deus através das gerações. Essas promessas não eram apenas a garantia de bênçãos terrenas, mas envolviam a preservação de uma linhagem pela qual o Messias viria.
Com Davi, Deus estabeleceu uma promessa messiânica mais clara em 2 Samuel 7.12-16, afirmando que da sua descendência viria um rei cujo trono seria eterno. Essa promessa se cumpre plenamente em Jesus Cristo, que é chamado "Filho de Davi" (Mateus 1.1) e cujo reino é eterno e universal.
Opinião de Livros Acadêmicos Cristãos
O teólogo Walter Kaiser Jr., em seu livro The Messiah in the Old Testament, destaca que a promessa messiânica feita a Abraão e confirmada com Davi não apenas apontava para um reino terreno, mas também para a vinda de um redentor que governaria espiritualmente e traria reconciliação entre Deus e a humanidade. Kaiser observa que, mesmo quando Israel foi exilado e sofreu derrotas, a promessa de Deus permaneceu firme, sustentada por Sua fidelidade.
3. O Cumprimento das Promessas em Jesus Cristo
Com a vinda de Jesus Cristo, as promessas feitas a Israel se cumprem de maneira surpreendente. Mateus 1.23 e Isaías 7.14 revelam Jesus como o "Emanuel" — Deus conosco, a realização da promessa da presença divina entre o povo de Israel. No Novo Testamento, Jesus é identificado como o descendente de Abraão (Mateus 1.1), através de quem todas as nações da terra seriam abençoadas (Gálatas 3.16).
O apóstolo Paulo também destaca em Romanos 9-11 que as promessas de Deus a Israel não foram canceladas, mas estão sendo cumpridas no povo espiritual de Deus, que inclui tanto judeus quanto gentios que creem em Cristo. Romanos 11.25-26 declara que, ao final, "todo o Israel será salvo", indicando que Deus ainda tem planos para a nação de Israel dentro do Seu plano redentor.
4. Aplicação
A compreensão das promessas divinas para Israel nos ensina várias verdades importantes para a nossa fé:
- A Fidelidade de Deus: Deus é fiel às Suas promessas, e mesmo que a humanidade falhe, Sua Palavra permanece firme (Isaías 40.8). Isso nos dá confiança de que todas as promessas de Deus em Cristo são "sim" e "amém" (2 Coríntios 1.20).
- Inclusão dos Gentios: Embora as promessas fossem inicialmente para Israel, o Novo Testamento revela que, por meio de Cristo, os gentios também foram incluídos no povo de Deus (Efésios 2.11-22). Isso demonstra a amplitude do plano de Deus, que envolve a redenção de toda a humanidade.
- A Esperança do Cumprimento Pleno: Embora muitas promessas tenham se cumprido em Cristo, ainda aguardamos o cumprimento pleno de todas as coisas, quando Cristo reinará visivelmente sobre toda a criação. Isso nos inspira a viver em expectativa da vinda do reino de Deus em plenitude.
Conclusão
As promessas de Deus para Israel formam o fundamento da nossa fé e da nossa compreensão do plano redentor de Deus para a humanidade. Através das promessas feitas a Abraão, Isaque, Jacó e Davi, vemos o desenvolvimento de um plano que culmina na vinda de Jesus Cristo, o Messias. Essas promessas são irrevogáveis, porque estão enraizadas na fidelidade do próprio Deus, e são estendidas a nós através de Cristo, em quem todas as nações da terra são abençoadas.
Compreender essas promessas nos ajuda a ver a grandeza do plano de salvação e nos desafia a viver em fé, confiando que aquele que prometeu é fiel e poderoso para cumprir (Hebreus 10.23).
As promessas de Deus a Israel remontam a Gênesis 12, onde Abraão (então chamado Abrão) recebe um chamado e uma promessa que se estenderia não apenas à sua própria descendência, mas a todas as nações da terra. Essas promessas, feitas há mais de 4.000 anos, formam a base teológica da relação entre Deus e o Seu povo escolhido e também revelam o plano redentor de Deus, que se cumpre plenamente em Jesus Cristo.
A introdução afirma que essas promessas são irrevogáveis, ou seja, elas não podem ser anuladas, e o cumprimento delas segue um padrão progressivo, ao longo da história bíblica, por meio de figuras como Abraão, Isaque, Jacó e Davi, até culminar no advento do Senhor Jesus Cristo. O conceito de irrevogabilidade está relacionado à fidelidade de Deus ao seu pacto, o que é claramente expresso em várias partes das Escrituras.
1. O Chamado de Abraão e as Promessas de Deus (Gênesis 12.1-3)
O ponto inicial das promessas divinas está no chamado de Abraão, em Gênesis 12.1-3. Deus ordena a Abraão que saia de sua terra, prometendo-lhe três coisas principais:
- Uma terra ("para a terra que eu te mostrarei"),
- Uma grande nação ("e far-te-ei uma grande nação"),
- Uma bênção universal ("em ti serão benditas todas as famílias da terra").
Essas promessas são desenvolvidas ao longo da narrativa bíblica. A promessa da terra é confirmada em Gênesis 15, onde Deus faz uma aliança com Abraão, e a promessa de uma grande nação se cumpre parcialmente no desenvolvimento da história de Israel como povo, mas alcança sua plenitude em Cristo, de quem a descendência espiritual de Abraão (Gálatas 3.7, 29) herda todas as promessas.
A Irrevogabilidade das Promessas
A irrevogabilidade das promessas de Deus é destacada em passagens como Romanos 11.29, onde Paulo escreve que "os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis". Isso significa que, apesar da desobediência de Israel ao longo de sua história, Deus permanece fiel à Sua aliança. O profeta Jeremias também afirma essa certeza, ao declarar que a aliança de Deus com Israel é tão permanente quanto as leis naturais que regem o universo (Jeremias 31.35-37).
2. Promessas a Isaque, Jacó e Davi
Após Abraão, as promessas são renovadas com Isaque em Gênesis 26.3-4 e com Jacó em Gênesis 28.13-15, confirmando a continuidade do pacto de Deus através das gerações. Essas promessas não eram apenas a garantia de bênçãos terrenas, mas envolviam a preservação de uma linhagem pela qual o Messias viria.
Com Davi, Deus estabeleceu uma promessa messiânica mais clara em 2 Samuel 7.12-16, afirmando que da sua descendência viria um rei cujo trono seria eterno. Essa promessa se cumpre plenamente em Jesus Cristo, que é chamado "Filho de Davi" (Mateus 1.1) e cujo reino é eterno e universal.
Opinião de Livros Acadêmicos Cristãos
O teólogo Walter Kaiser Jr., em seu livro The Messiah in the Old Testament, destaca que a promessa messiânica feita a Abraão e confirmada com Davi não apenas apontava para um reino terreno, mas também para a vinda de um redentor que governaria espiritualmente e traria reconciliação entre Deus e a humanidade. Kaiser observa que, mesmo quando Israel foi exilado e sofreu derrotas, a promessa de Deus permaneceu firme, sustentada por Sua fidelidade.
3. O Cumprimento das Promessas em Jesus Cristo
Com a vinda de Jesus Cristo, as promessas feitas a Israel se cumprem de maneira surpreendente. Mateus 1.23 e Isaías 7.14 revelam Jesus como o "Emanuel" — Deus conosco, a realização da promessa da presença divina entre o povo de Israel. No Novo Testamento, Jesus é identificado como o descendente de Abraão (Mateus 1.1), através de quem todas as nações da terra seriam abençoadas (Gálatas 3.16).
O apóstolo Paulo também destaca em Romanos 9-11 que as promessas de Deus a Israel não foram canceladas, mas estão sendo cumpridas no povo espiritual de Deus, que inclui tanto judeus quanto gentios que creem em Cristo. Romanos 11.25-26 declara que, ao final, "todo o Israel será salvo", indicando que Deus ainda tem planos para a nação de Israel dentro do Seu plano redentor.
4. Aplicação
A compreensão das promessas divinas para Israel nos ensina várias verdades importantes para a nossa fé:
- A Fidelidade de Deus: Deus é fiel às Suas promessas, e mesmo que a humanidade falhe, Sua Palavra permanece firme (Isaías 40.8). Isso nos dá confiança de que todas as promessas de Deus em Cristo são "sim" e "amém" (2 Coríntios 1.20).
- Inclusão dos Gentios: Embora as promessas fossem inicialmente para Israel, o Novo Testamento revela que, por meio de Cristo, os gentios também foram incluídos no povo de Deus (Efésios 2.11-22). Isso demonstra a amplitude do plano de Deus, que envolve a redenção de toda a humanidade.
- A Esperança do Cumprimento Pleno: Embora muitas promessas tenham se cumprido em Cristo, ainda aguardamos o cumprimento pleno de todas as coisas, quando Cristo reinará visivelmente sobre toda a criação. Isso nos inspira a viver em expectativa da vinda do reino de Deus em plenitude.
Conclusão
As promessas de Deus para Israel formam o fundamento da nossa fé e da nossa compreensão do plano redentor de Deus para a humanidade. Através das promessas feitas a Abraão, Isaque, Jacó e Davi, vemos o desenvolvimento de um plano que culmina na vinda de Jesus Cristo, o Messias. Essas promessas são irrevogáveis, porque estão enraizadas na fidelidade do próprio Deus, e são estendidas a nós através de Cristo, em quem todas as nações da terra são abençoadas.
Compreender essas promessas nos ajuda a ver a grandeza do plano de salvação e nos desafia a viver em fé, confiando que aquele que prometeu é fiel e poderoso para cumprir (Hebreus 10.23).
PALAVRA-CHAVE: Descendência
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A palavra "descendência" ocupa um lugar de grande importância no contexto bíblico, especialmente no que se refere às promessas de Deus a Abraão e sua linhagem. A análise da palavra abrange tanto as suas origens no hebraico e no grego, quanto o seu significado teológico e sua relevância na apologia cristã.
1. Origem da Palavra
Hebraico: זֶרַע (zera‘)
No Antigo Testamento, a palavra mais comum para "descendência" é זֶרַע (zera‘), que também pode ser traduzida como "semente". A raiz hebraica dessa palavra aparece frequentemente em contextos que se referem à descendência física, linhagem ou até mesmo uma geração de pessoas. Ela é usada tanto para a descendência humana como para a "semente" literal, no sentido de grãos ou plantas.
Exemplos de uso no hebraico:
- Gênesis 12.7: “Apareceu, porém, o Senhor a Abrão e disse: ‘À tua descendência darei esta terra.’”
- Gênesis 15.5: “E o levou para fora, e disse: ‘Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.’”
Grego: σπέρμα (sperma)
No Novo Testamento, a palavra grega mais comum usada para "descendência" é σπέρμα (sperma), que, assim como no hebraico, pode significar "semente", tanto em um sentido literal quanto figurado. No contexto teológico, sperma é frequentemente usado para descrever a descendência de Abraão e a linhagem messiânica.
Exemplos de uso no grego:
- Gálatas 3.16: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitos, mas como de um só: ‘E à tua descendência, que é Cristo.’”
2. Uso Bíblico
Promessas a Abraão e a Descendência
A descendência de Abraão é um tema central no Antigo Testamento, especialmente nas promessas que Deus faz a ele e à sua linhagem. Essas promessas incluem:
- Terra prometida: Deus promete dar a terra de Canaã à descendência de Abraão (Gênesis 12.7).
- Multiplicação: Deus promete que a descendência de Abraão será tão numerosa quanto as estrelas no céu e a areia do mar (Gênesis 22.17).
- Bênção universal: Através da descendência de Abraão, todas as nações da terra seriam abençoadas (Gênesis 22.18).
No Novo Testamento, Paulo esclarece em Gálatas 3.16 que a verdadeira descendência de Abraão, na qual todas as promessas se cumpririam, é Cristo. Essa descendência não é limitada à descendência física, mas se refere àqueles que têm fé em Cristo, que se tornam, espiritualmente, filhos de Abraão (Gálatas 3.7).
Exemplos Extra-bíblicos
Nos textos extra-bíblicos do período do Segundo Templo, como os escritos de Filon de Alexandria e os Manuscritos do Mar Morto, a ideia de "descendência" é expandida para incluir conceitos como a linhagem sacerdotal e messiânica. O conceito de uma "semente real" ou "descendência escolhida" era usado para referir-se ao povo eleito de Deus, especialmente nas promessas messiânicas.
3. Apologia Cristã e o Conceito de Descendência
A descendência de Abraão, conforme discutida nas Escrituras, é um ponto crucial na apologia cristã. Em debates com outras religiões ou tradições, especialmente no contexto judaico, os cristãos defendem que a verdadeira promessa de Deus a respeito da descendência de Abraão não se limita a uma linhagem física, mas a todos os que estão em Cristo.
A teologia paulina em Gálatas argumenta que a "descendência" prometida a Abraão é cumprida em Cristo e que, por meio da fé, os gentios são enxertados nessa descendência. Isso é particularmente importante para mostrar que as promessas feitas a Abraão não se restringem ao povo étnico de Israel, mas se expandem para incluir todos os crentes, tanto judeus quanto gentios, como coerdeiros das promessas.
Romanos 9.6-8 também lida com essa questão, onde Paulo faz uma distinção entre a descendência física de Israel e a descendência espiritual, dizendo que "nem todos os que são de Israel são israelitas", e que os filhos da promessa são contados como a verdadeira descendência.
4. Promessas Relacionadas à Descendência
As promessas de Deus em relação à descendência estão profundamente ligadas ao plano de salvação, que começou com Abraão e culminou em Cristo:
- A Multiplicação da Descendência: Deus prometeu que a descendência de Abraão seria numerosa, simbolizando o povo de Deus ao longo das eras. A igreja, o novo Israel, é a continuação espiritual dessa promessa.
- Bênção para Todas as Nações: A promessa de que a descendência de Abraão abençoaria todas as nações é cumprida em Cristo. Jesus, como o descendente de Abraão, traz salvação para todos os povos (Mateus 28.19, Gálatas 3.8).
- A Descendência Messiânica: A promessa messiânica dada a Davi em 2 Samuel 7.12-16 é uma extensão das promessas feitas a Abraão, indicando que o Messias viria da sua descendência. O cumprimento dessa promessa se dá na pessoa de Jesus, o Filho de Davi e o Redentor do mundo.
Conclusão
A palavra "descendência", seja em hebraico (זֶרַע) ou em grego (σπέρμα), carrega um significado profundo e teológico nas Escrituras. Ela não apenas refere-se à continuidade física, mas também aponta para a linhagem espiritual e o cumprimento das promessas divinas em Jesus Cristo. Na apologia cristã, a ideia de descendência é crucial para mostrar que a verdadeira herança prometida a Abraão se cumpre em Cristo e se estende a todos os que creem, independentemente de sua origem étnica. Essas promessas revelam a fidelidade de Deus ao Seu plano redentor, que começa com Abraão e culmina na obra salvadora de Jesus, o Messias.
A palavra "descendência" ocupa um lugar de grande importância no contexto bíblico, especialmente no que se refere às promessas de Deus a Abraão e sua linhagem. A análise da palavra abrange tanto as suas origens no hebraico e no grego, quanto o seu significado teológico e sua relevância na apologia cristã.
1. Origem da Palavra
Hebraico: זֶרַע (zera‘)
No Antigo Testamento, a palavra mais comum para "descendência" é זֶרַע (zera‘), que também pode ser traduzida como "semente". A raiz hebraica dessa palavra aparece frequentemente em contextos que se referem à descendência física, linhagem ou até mesmo uma geração de pessoas. Ela é usada tanto para a descendência humana como para a "semente" literal, no sentido de grãos ou plantas.
Exemplos de uso no hebraico:
- Gênesis 12.7: “Apareceu, porém, o Senhor a Abrão e disse: ‘À tua descendência darei esta terra.’”
- Gênesis 15.5: “E o levou para fora, e disse: ‘Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.’”
Grego: σπέρμα (sperma)
No Novo Testamento, a palavra grega mais comum usada para "descendência" é σπέρμα (sperma), que, assim como no hebraico, pode significar "semente", tanto em um sentido literal quanto figurado. No contexto teológico, sperma é frequentemente usado para descrever a descendência de Abraão e a linhagem messiânica.
Exemplos de uso no grego:
- Gálatas 3.16: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitos, mas como de um só: ‘E à tua descendência, que é Cristo.’”
2. Uso Bíblico
Promessas a Abraão e a Descendência
A descendência de Abraão é um tema central no Antigo Testamento, especialmente nas promessas que Deus faz a ele e à sua linhagem. Essas promessas incluem:
- Terra prometida: Deus promete dar a terra de Canaã à descendência de Abraão (Gênesis 12.7).
- Multiplicação: Deus promete que a descendência de Abraão será tão numerosa quanto as estrelas no céu e a areia do mar (Gênesis 22.17).
- Bênção universal: Através da descendência de Abraão, todas as nações da terra seriam abençoadas (Gênesis 22.18).
No Novo Testamento, Paulo esclarece em Gálatas 3.16 que a verdadeira descendência de Abraão, na qual todas as promessas se cumpririam, é Cristo. Essa descendência não é limitada à descendência física, mas se refere àqueles que têm fé em Cristo, que se tornam, espiritualmente, filhos de Abraão (Gálatas 3.7).
Exemplos Extra-bíblicos
Nos textos extra-bíblicos do período do Segundo Templo, como os escritos de Filon de Alexandria e os Manuscritos do Mar Morto, a ideia de "descendência" é expandida para incluir conceitos como a linhagem sacerdotal e messiânica. O conceito de uma "semente real" ou "descendência escolhida" era usado para referir-se ao povo eleito de Deus, especialmente nas promessas messiânicas.
3. Apologia Cristã e o Conceito de Descendência
A descendência de Abraão, conforme discutida nas Escrituras, é um ponto crucial na apologia cristã. Em debates com outras religiões ou tradições, especialmente no contexto judaico, os cristãos defendem que a verdadeira promessa de Deus a respeito da descendência de Abraão não se limita a uma linhagem física, mas a todos os que estão em Cristo.
A teologia paulina em Gálatas argumenta que a "descendência" prometida a Abraão é cumprida em Cristo e que, por meio da fé, os gentios são enxertados nessa descendência. Isso é particularmente importante para mostrar que as promessas feitas a Abraão não se restringem ao povo étnico de Israel, mas se expandem para incluir todos os crentes, tanto judeus quanto gentios, como coerdeiros das promessas.
Romanos 9.6-8 também lida com essa questão, onde Paulo faz uma distinção entre a descendência física de Israel e a descendência espiritual, dizendo que "nem todos os que são de Israel são israelitas", e que os filhos da promessa são contados como a verdadeira descendência.
4. Promessas Relacionadas à Descendência
As promessas de Deus em relação à descendência estão profundamente ligadas ao plano de salvação, que começou com Abraão e culminou em Cristo:
- A Multiplicação da Descendência: Deus prometeu que a descendência de Abraão seria numerosa, simbolizando o povo de Deus ao longo das eras. A igreja, o novo Israel, é a continuação espiritual dessa promessa.
- Bênção para Todas as Nações: A promessa de que a descendência de Abraão abençoaria todas as nações é cumprida em Cristo. Jesus, como o descendente de Abraão, traz salvação para todos os povos (Mateus 28.19, Gálatas 3.8).
- A Descendência Messiânica: A promessa messiânica dada a Davi em 2 Samuel 7.12-16 é uma extensão das promessas feitas a Abraão, indicando que o Messias viria da sua descendência. O cumprimento dessa promessa se dá na pessoa de Jesus, o Filho de Davi e o Redentor do mundo.
Conclusão
A palavra "descendência", seja em hebraico (זֶרַע) ou em grego (σπέρμα), carrega um significado profundo e teológico nas Escrituras. Ela não apenas refere-se à continuidade física, mas também aponta para a linhagem espiritual e o cumprimento das promessas divinas em Jesus Cristo. Na apologia cristã, a ideia de descendência é crucial para mostrar que a verdadeira herança prometida a Abraão se cumpre em Cristo e se estende a todos os que creem, independentemente de sua origem étnica. Essas promessas revelam a fidelidade de Deus ao Seu plano redentor, que começa com Abraão e culmina na obra salvadora de Jesus, o Messias.
I – ISRAEL: A PROMESSA DA CRIAÇÃO DE UMA GRANDE NAÇÃO
1- “E far-te-ei uma grande nação” (v.2). Essa promessa tinha como objetivo mostrar a Abrão o propósito de Deus em formar, a partir dele, uma grande nação, diferente de todas as outras, a nação de Israel (Gn 12.2). Ao longo da história, esse propósito se cumpriu de maneira evidente e poderosa. Quando Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o patriarca estava com 75 anos, e sua esposa, Sara, era estéril. Anos depois, Deus renovou a sua promessa de criar uma grande nação a partir de Abraão (Gn 15.4,5).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa de que Deus faria de Abraão uma grande nação, registrada em Gênesis 12.2, é um dos momentos mais importantes na narrativa bíblica e no desenvolvimento do plano de redenção de Deus. Esta promessa não apenas molda a história de Israel como povo escolhido, mas também aponta para o plano universal de salvação que se cumpre em Jesus Cristo.
Contexto e Significado
Quando Deus chama Abraão e promete fazer dele uma grande nação, Abraão tem 75 anos de idade, e sua esposa, Sara, é estéril. Isso destaca a natureza sobrenatural da promessa: a criação de uma nação a partir de um casal que, naturalmente, não poderia ter filhos. Aqui, Deus está estabelecendo que o cumprimento de Suas promessas não depende de circunstâncias humanas, mas da Sua própria soberania e poder.
Essa promessa foi renovada várias vezes ao longo da vida de Abraão. Em Gênesis 15.4-5, Deus reafirma a promessa quando Abraão expressa dúvidas sobre a falta de um herdeiro. Deus o faz sair e olhar para o céu, prometendo que sua descendência seria tão numerosa quanto as estrelas. Essa renovação sublinha a fidelidade de Deus em manter Suas promessas, mesmo quando o cumprimento parece impossível aos olhos humanos.
Teologia da Promessa
A criação de uma grande nação a partir de Abraão é central para o plano redentor de Deus. Abraão não seria apenas o pai biológico de uma nação, mas também o pai de todos os que têm fé (Romanos 4.11-12). A promessa de uma grande nação foi cumprida de maneira literal em Israel, o povo escolhido de Deus, mas também aponta para algo maior: uma descendência espiritual composta de todos aqueles que creem em Cristo, tanto judeus quanto gentios.
Essa promessa também carrega a implicação de que Deus agiria através dessa nação para cumprir Seus propósitos no mundo. Israel seria o veículo pelo qual o conhecimento de Deus se espalharia entre as nações, e por meio do qual o Messias, Jesus Cristo, viria (Gálatas 3.16). Walter Kaiser Jr., em seu livro The Promise-Plan of God, destaca que a promessa a Abraão é o "foco axial" de todo o plano de Deus para a humanidade, tanto em termos de salvação quanto de missão.
Exemplos Bíblicos de Cumprimento
- Êxodo 1.7: "E os filhos de Israel frutificaram e aumentaram muito, multiplicaram-se e tornaram-se sobremaneira fortes, de modo que a terra se encheu deles." Esta passagem mostra o cumprimento inicial da promessa, pois os descendentes de Abraão, através de Isaque e Jacó, cresceram e se tornaram uma grande nação no Egito.
- Deuteronômio 7.6: "Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial de todos os povos que há sobre a terra." Aqui, Israel é descrito como uma nação separada para o serviço de Deus, cumprindo o propósito da promessa de Gênesis 12.2.
Opiniões de Livros Cristãos
O teólogo John Stott, em seu comentário sobre Gálatas, afirma que a promessa de Deus a Abraão foi um dos primeiros atos de Deus na formação de uma "comunidade de fé". Ele observa que a criação de uma grande nação não foi apenas um feito físico, mas também espiritual, pois através de Abraão todos os que creem são abençoados.
Paul House, em seu livro Old Testament Theology, observa que a formação de Israel como uma grande nação não foi meramente um propósito étnico ou geopolítico, mas parte do plano redentor de Deus para resgatar a humanidade do pecado. Ele ressalta que a promessa de Gênesis 12 não se limita ao bem-estar de Israel, mas alcança todas as nações, pois Deus pretende abençoar o mundo através desse povo.
Aplicação Pessoal
- Confiança nas Promessas de Deus: A história de Abraão nos ensina que, embora as promessas de Deus possam parecer impossíveis, Ele é fiel para cumpri-las no tempo certo. Assim como Abraão, somos chamados a confiar em Deus, mesmo quando nossas circunstâncias parecem difíceis ou desfavoráveis. O Senhor é capaz de realizar Seus propósitos independentemente de nossas limitações humanas.
- Participação no Plano de Deus: Assim como Israel foi chamado para ser uma nação através da qual Deus se revelaria ao mundo, nós, como seguidores de Cristo, somos chamados a ser "luz para o mundo" (Mateus 5.14). A promessa de bênção a todas as nações por meio de Abraão se cumpre em Cristo e continua por meio da Igreja, que é chamada a proclamar o Evangelho.
- Paciência no Tempo de Deus: Abraão teve que esperar muitos anos para ver o início do cumprimento da promessa de uma grande nação com o nascimento de Isaque. Isso nos lembra de que o tempo de Deus nem sempre coincide com o nosso, mas Seu plano é perfeito. A fé de Abraão nos inspira a sermos pacientes e a aguardarmos o cumprimento das promessas de Deus em nossas vidas.
Conclusão
A promessa de Deus de fazer de Abraão uma grande nação é mais do que uma simples bênção física. Ela reflete o propósito redentor de Deus e se cumpre tanto na formação do povo de Israel quanto no advento de Cristo, que é a verdadeira descendência de Abraão. Para nós, essa promessa revela o caráter fiel de Deus, que cumpre Sua palavra, e nos convida a fazer parte de Seu plano, tanto como herdeiros espirituais de Abraão quanto como agentes de bênção para o mundo.
A promessa de que Deus faria de Abraão uma grande nação, registrada em Gênesis 12.2, é um dos momentos mais importantes na narrativa bíblica e no desenvolvimento do plano de redenção de Deus. Esta promessa não apenas molda a história de Israel como povo escolhido, mas também aponta para o plano universal de salvação que se cumpre em Jesus Cristo.
Contexto e Significado
Quando Deus chama Abraão e promete fazer dele uma grande nação, Abraão tem 75 anos de idade, e sua esposa, Sara, é estéril. Isso destaca a natureza sobrenatural da promessa: a criação de uma nação a partir de um casal que, naturalmente, não poderia ter filhos. Aqui, Deus está estabelecendo que o cumprimento de Suas promessas não depende de circunstâncias humanas, mas da Sua própria soberania e poder.
Essa promessa foi renovada várias vezes ao longo da vida de Abraão. Em Gênesis 15.4-5, Deus reafirma a promessa quando Abraão expressa dúvidas sobre a falta de um herdeiro. Deus o faz sair e olhar para o céu, prometendo que sua descendência seria tão numerosa quanto as estrelas. Essa renovação sublinha a fidelidade de Deus em manter Suas promessas, mesmo quando o cumprimento parece impossível aos olhos humanos.
Teologia da Promessa
A criação de uma grande nação a partir de Abraão é central para o plano redentor de Deus. Abraão não seria apenas o pai biológico de uma nação, mas também o pai de todos os que têm fé (Romanos 4.11-12). A promessa de uma grande nação foi cumprida de maneira literal em Israel, o povo escolhido de Deus, mas também aponta para algo maior: uma descendência espiritual composta de todos aqueles que creem em Cristo, tanto judeus quanto gentios.
Essa promessa também carrega a implicação de que Deus agiria através dessa nação para cumprir Seus propósitos no mundo. Israel seria o veículo pelo qual o conhecimento de Deus se espalharia entre as nações, e por meio do qual o Messias, Jesus Cristo, viria (Gálatas 3.16). Walter Kaiser Jr., em seu livro The Promise-Plan of God, destaca que a promessa a Abraão é o "foco axial" de todo o plano de Deus para a humanidade, tanto em termos de salvação quanto de missão.
Exemplos Bíblicos de Cumprimento
- Êxodo 1.7: "E os filhos de Israel frutificaram e aumentaram muito, multiplicaram-se e tornaram-se sobremaneira fortes, de modo que a terra se encheu deles." Esta passagem mostra o cumprimento inicial da promessa, pois os descendentes de Abraão, através de Isaque e Jacó, cresceram e se tornaram uma grande nação no Egito.
- Deuteronômio 7.6: "Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial de todos os povos que há sobre a terra." Aqui, Israel é descrito como uma nação separada para o serviço de Deus, cumprindo o propósito da promessa de Gênesis 12.2.
Opiniões de Livros Cristãos
O teólogo John Stott, em seu comentário sobre Gálatas, afirma que a promessa de Deus a Abraão foi um dos primeiros atos de Deus na formação de uma "comunidade de fé". Ele observa que a criação de uma grande nação não foi apenas um feito físico, mas também espiritual, pois através de Abraão todos os que creem são abençoados.
Paul House, em seu livro Old Testament Theology, observa que a formação de Israel como uma grande nação não foi meramente um propósito étnico ou geopolítico, mas parte do plano redentor de Deus para resgatar a humanidade do pecado. Ele ressalta que a promessa de Gênesis 12 não se limita ao bem-estar de Israel, mas alcança todas as nações, pois Deus pretende abençoar o mundo através desse povo.
Aplicação Pessoal
- Confiança nas Promessas de Deus: A história de Abraão nos ensina que, embora as promessas de Deus possam parecer impossíveis, Ele é fiel para cumpri-las no tempo certo. Assim como Abraão, somos chamados a confiar em Deus, mesmo quando nossas circunstâncias parecem difíceis ou desfavoráveis. O Senhor é capaz de realizar Seus propósitos independentemente de nossas limitações humanas.
- Participação no Plano de Deus: Assim como Israel foi chamado para ser uma nação através da qual Deus se revelaria ao mundo, nós, como seguidores de Cristo, somos chamados a ser "luz para o mundo" (Mateus 5.14). A promessa de bênção a todas as nações por meio de Abraão se cumpre em Cristo e continua por meio da Igreja, que é chamada a proclamar o Evangelho.
- Paciência no Tempo de Deus: Abraão teve que esperar muitos anos para ver o início do cumprimento da promessa de uma grande nação com o nascimento de Isaque. Isso nos lembra de que o tempo de Deus nem sempre coincide com o nosso, mas Seu plano é perfeito. A fé de Abraão nos inspira a sermos pacientes e a aguardarmos o cumprimento das promessas de Deus em nossas vidas.
Conclusão
A promessa de Deus de fazer de Abraão uma grande nação é mais do que uma simples bênção física. Ela reflete o propósito redentor de Deus e se cumpre tanto na formação do povo de Israel quanto no advento de Cristo, que é a verdadeira descendência de Abraão. Para nós, essa promessa revela o caráter fiel de Deus, que cumpre Sua palavra, e nos convida a fazer parte de Seu plano, tanto como herdeiros espirituais de Abraão quanto como agentes de bênção para o mundo.
2- E abençoar-te- ei, engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção” (v.2). Deus desejou promover o nome de Abrão numa dimensão jamais imaginada pelo patriarca. Entretanto, a promessa não era meramente materialista. A bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso com Abrão. Era uma promessa por demais significativa, pois Abrão era filho de uma família idólatra (Gn 12.1) e Deus o escolheu para ser pai de um povo que ainda surgiria: o povo de Israel. A história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande bênção para os israelitas.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa divina a Abraão, conforme registrada em Gênesis 12.2, é uma declaração poderosa que revela não apenas o plano de Deus para a vida de Abraão, mas também o papel vital que ele desempenharia na história da salvação. Essa promessa abrange três elementos fundamentais: a bênção pessoal a Abraão, a engrandecimento do seu nome e a chamada para que ele fosse uma bênção para os outros. Vamos analisar cada um desses aspectos.
1. A Bênção Pessoal a Abraão
A declaração "E abençoar-te-ei" reflete a intenção de Deus de conferir a Abraão não apenas prosperidade material, mas também um relacionamento pessoal profundo com Ele. A bênção que Deus promete vai além do materialismo; é uma bênção que inclui proteção, orientação e presença divina.
- Exemplo Bíblico: Em Gênesis 24.1, é mencionado que Abraão era "já velho, avançado em anos; e o Senhor o havia abençoado em tudo". Essa bênção inclui tanto aspectos físicos quanto espirituais, confirmando que Abraão prosperou em todas as áreas da vida.
2. O Nome de Abraão Engrandecido
"Engrandecerei o teu nome" implica que o nome de Abraão se tornaria respeitado e reverenciado em todas as nações. Deus desejava não apenas elevar a posição de Abraão, mas também usar sua vida como um testemunho de Sua própria grandeza.
- Significado Teológico: O engrandecimento do nome de Abraão reflete a maneira como Deus usa pessoas comuns para realizar Seus propósitos extraordinários. Abraão se tornaria um exemplo de fé e obediência, sendo conhecido como "pai da fé" (Romanos 4.11). Essa reputação transcendia seu próprio legado, servindo como um ponto de referência para as gerações futuras.
3. Tu Serás Uma Bênção
A frase "e tu serás uma bênção" é um aspecto crucial da promessa. Deus não abençoou Abraão apenas para que ele experimentasse bênçãos pessoais, mas para que ele se tornasse um canal de bênçãos para outros.
- Bênção Universal: Em Gênesis 12.3, Deus acrescenta que "em ti serão benditas todas as famílias da terra". Isso não se limita a uma benção para o povo de Israel, mas abrange toda a humanidade. A descenda de Abraão, que culmina em Jesus Cristo, traz a possibilidade de salvação e bênção para todos os povos (Gálatas 3.8-9).
4. O Contexto da Escolha de Abraão
A escolha de Abraão se torna ainda mais significativa quando consideramos que ele veio de uma família idólatra (Gênesis 12.1). Deus, ao escolher Abraão, não apenas transforma sua vida, mas também inicia um novo curso na história.
- Implicações da Escolha: A escolha de Deus para trabalhar através de um homem que estava imerso em idolatria ressalta a graça divina. O teólogo John Calvin observa que essa escolha não se baseou em qualquer mérito de Abraão, mas é uma demonstração do amor e da soberania de Deus.
5. Abraão como Bênção para Israel
A história hebraica, como evidenciada em várias passagens, confirma que Abraão foi, de fato, uma bênção para os israelitas. Sua fé e obediência estabeleceram as bases para a formação da nação de Israel e seu relacionamento especial com Deus.
- Exemplo de Vida: Gênesis 17.4-5 mostra a confirmação do pacto de Deus com Abraão, mudando seu nome de Abrão para Abraão, que significa "pai de muitas nações". Isso sublinha a promessa de que não apenas Israel, mas muitas nações seriam impactadas por meio dele.
Aplicações Pessoais
- Entender a Bênção Como Responsabilidade: A bênção recebida não é apenas um privilégio, mas uma responsabilidade. Assim como Abraão, somos chamados a ser bênçãos para os outros. Isso se traduz em ações de amor, compaixão e serviço.
- Valorizar o Nome de Deus: O engrandecimento do nome de Abraão é um convite para que nossos próprios nomes e ações glorifiquem a Deus. Nossa vida deve ser um reflexo da Sua grandeza e amor. Pergunte-se: como posso viver de uma maneira que faça o nome de Deus ser engrandecido?
- Acreditar nas Promessas de Deus: A história de Abraão é um lembrete de que Deus é fiel em cumprir Suas promessas, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis. Em momentos de dúvida, olhe para a vida de Abraão e lembre-se de que Deus é capaz de realizar o impossível.
Conclusão
A promessa de Deus a Abraão, que inclui bênção pessoal, engrandecimento do nome e a chamada para ser uma bênção, é fundamental para entender não apenas a história de Israel, mas também o plano redentor de Deus para a humanidade. Abraão é um modelo de fé e obediência, e sua vida continua a inspirar crentes em todas as gerações a confiar nas promessas de Deus e a serem instrumentos de Sua bênção no mundo.
A promessa divina a Abraão, conforme registrada em Gênesis 12.2, é uma declaração poderosa que revela não apenas o plano de Deus para a vida de Abraão, mas também o papel vital que ele desempenharia na história da salvação. Essa promessa abrange três elementos fundamentais: a bênção pessoal a Abraão, a engrandecimento do seu nome e a chamada para que ele fosse uma bênção para os outros. Vamos analisar cada um desses aspectos.
1. A Bênção Pessoal a Abraão
A declaração "E abençoar-te-ei" reflete a intenção de Deus de conferir a Abraão não apenas prosperidade material, mas também um relacionamento pessoal profundo com Ele. A bênção que Deus promete vai além do materialismo; é uma bênção que inclui proteção, orientação e presença divina.
- Exemplo Bíblico: Em Gênesis 24.1, é mencionado que Abraão era "já velho, avançado em anos; e o Senhor o havia abençoado em tudo". Essa bênção inclui tanto aspectos físicos quanto espirituais, confirmando que Abraão prosperou em todas as áreas da vida.
2. O Nome de Abraão Engrandecido
"Engrandecerei o teu nome" implica que o nome de Abraão se tornaria respeitado e reverenciado em todas as nações. Deus desejava não apenas elevar a posição de Abraão, mas também usar sua vida como um testemunho de Sua própria grandeza.
- Significado Teológico: O engrandecimento do nome de Abraão reflete a maneira como Deus usa pessoas comuns para realizar Seus propósitos extraordinários. Abraão se tornaria um exemplo de fé e obediência, sendo conhecido como "pai da fé" (Romanos 4.11). Essa reputação transcendia seu próprio legado, servindo como um ponto de referência para as gerações futuras.
3. Tu Serás Uma Bênção
A frase "e tu serás uma bênção" é um aspecto crucial da promessa. Deus não abençoou Abraão apenas para que ele experimentasse bênçãos pessoais, mas para que ele se tornasse um canal de bênçãos para outros.
- Bênção Universal: Em Gênesis 12.3, Deus acrescenta que "em ti serão benditas todas as famílias da terra". Isso não se limita a uma benção para o povo de Israel, mas abrange toda a humanidade. A descenda de Abraão, que culmina em Jesus Cristo, traz a possibilidade de salvação e bênção para todos os povos (Gálatas 3.8-9).
4. O Contexto da Escolha de Abraão
A escolha de Abraão se torna ainda mais significativa quando consideramos que ele veio de uma família idólatra (Gênesis 12.1). Deus, ao escolher Abraão, não apenas transforma sua vida, mas também inicia um novo curso na história.
- Implicações da Escolha: A escolha de Deus para trabalhar através de um homem que estava imerso em idolatria ressalta a graça divina. O teólogo John Calvin observa que essa escolha não se baseou em qualquer mérito de Abraão, mas é uma demonstração do amor e da soberania de Deus.
5. Abraão como Bênção para Israel
A história hebraica, como evidenciada em várias passagens, confirma que Abraão foi, de fato, uma bênção para os israelitas. Sua fé e obediência estabeleceram as bases para a formação da nação de Israel e seu relacionamento especial com Deus.
- Exemplo de Vida: Gênesis 17.4-5 mostra a confirmação do pacto de Deus com Abraão, mudando seu nome de Abrão para Abraão, que significa "pai de muitas nações". Isso sublinha a promessa de que não apenas Israel, mas muitas nações seriam impactadas por meio dele.
Aplicações Pessoais
- Entender a Bênção Como Responsabilidade: A bênção recebida não é apenas um privilégio, mas uma responsabilidade. Assim como Abraão, somos chamados a ser bênçãos para os outros. Isso se traduz em ações de amor, compaixão e serviço.
- Valorizar o Nome de Deus: O engrandecimento do nome de Abraão é um convite para que nossos próprios nomes e ações glorifiquem a Deus. Nossa vida deve ser um reflexo da Sua grandeza e amor. Pergunte-se: como posso viver de uma maneira que faça o nome de Deus ser engrandecido?
- Acreditar nas Promessas de Deus: A história de Abraão é um lembrete de que Deus é fiel em cumprir Suas promessas, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis. Em momentos de dúvida, olhe para a vida de Abraão e lembre-se de que Deus é capaz de realizar o impossível.
Conclusão
A promessa de Deus a Abraão, que inclui bênção pessoal, engrandecimento do nome e a chamada para ser uma bênção, é fundamental para entender não apenas a história de Israel, mas também o plano redentor de Deus para a humanidade. Abraão é um modelo de fé e obediência, e sua vida continua a inspirar crentes em todas as gerações a confiar nas promessas de Deus e a serem instrumentos de Sua bênção no mundo.
3- “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (v.3). Essa foi uma promessa dupla: de bênção e de maldição. Na verdade, Abraão seria uma grande influência para os que se relacionavam com ele. De modo que Deus abençoaria os que auxiliassem Abraão e castigaria quem o amaldiçoasse. Esse evento faria de Abrão uma influência mundial que perduraria em sua posteridade. Além disso, essa promessa é confirmada em Números: “Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem” (24.9).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa de Deus a Abraão em Gênesis 12.3 é uma das declarações mais significativas do Antigo Testamento. Esta frase contém um profundo significado teológico e reflete o plano divino para a história da salvação. A promessa apresenta uma dualidade de bênção e maldição que impactaria não apenas a vida de Abraão, mas também a história do povo de Israel e das nações ao redor.
1. A Natureza da Promessa: Bênção e Maldição
A promessa é de natureza dual: "abençoarei os que te abençoarem" e "amaldiçoarei os que te amaldiçoarem". Essa declaração é fundamental para entender como Deus vê a relação entre Abraão e o mundo ao seu redor.
- Bênção: Aqueles que tratam Abraão com respeito, ajuda e amizade seriam abençoados por Deus. Essa bênção se estende a todas as pessoas que se aliam ao propósito de Deus através de Abraão. Isso demonstra a importância da solidariedade e apoio à obra de Deus em um mundo caído.
- Maldição: Por outro lado, aqueles que amaldiçoarem ou se opuserem a Abraão e, por extensão, ao plano de Deus, enfrentariam as consequências da maldição. Este é um alerta para a seriedade de se opor aos planos divinos e àqueles que Ele escolhe.
2. Impacto na Vida de Abraão e de Sua Posteridade
Essa promessa demonstra que a vida de Abraão não seria apenas uma história pessoal, mas teria repercussões eternas. Ele se tornaria uma figura central na história da salvação, e sua influência se estenderá por gerações.
- Exemplo Bíblico: O próprio Balaão, em Números 24.9, ao falar sobre Israel, reafirma essa promessa: "Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem". Balaão reconhece a importância de Abraão (ou Israel, como nação) e o impacto que sua relação com Deus teria nas nações. Isso reafirma a ideia de que o que se faz a Israel se reflete diretamente na relação com Deus.
3. Teologia da Aliança
A promessa a Abraão é um aspecto crucial da teologia da aliança. Deus estava estabelecendo uma aliança com Abraão, que não só abençoaria sua descendência, mas também teria implicações para todas as nações.
- Implications for Redemption: Esta promessa aponta para o plano de Deus para trazer redenção a toda a humanidade através de Cristo, que é um descendente de Abraão. O apóstolo Paulo nos lembra em Gálatas 3.29 que "se sois de Cristo, sois, pois, descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa". A bênção se estende a todos que têm fé em Cristo, unindo judeus e gentios em uma nova comunidade de fé.
4. Influência de Abraão
A vida de Abraão, marcada pela fé e obediência, tornou-o um modelo para todos os crentes. Sua disposição de seguir a chamada de Deus sem saber exatamente para onde iria (Gênesis 12.1) demonstra uma confiança profunda no Senhor. Essa confiança em Deus fez dele uma bênção para os outros, pois sua vida foi um testemunho do poder transformador de Deus.
- Exemplo de Influência: Abraão se torna o "pai da fé" (Romanos 4.11), e seu exemplo de fé é um testemunho que perdura através dos séculos. Sua relação com Deus e sua disposição para obedecer influenciam não apenas seu próprio povo, mas também as nações ao seu redor.
5. Relevância Contemporânea
A promessa de bênção e maldição ainda ressoa nos dias de hoje. As nações e indivíduos que apoiam o povo de Deus e os princípios bíblicos continuam a experimentar bênçãos, enquanto aqueles que se opõem enfrentam desafios e consequências.
- Reflexão Pessoal: Como indivíduos, somos desafiados a nos alinhar com os propósitos de Deus. O nosso relacionamento com o povo de Deus e nossa disposição para abençoar a obra do Senhor terão um impacto não só em nossas vidas, mas também nas vidas dos que nos rodeiam.
Aplicações Pessoais
- Apoiar a Obra de Deus: Como podemos ser uma bênção para os outros? Apoiar a obra de Deus em nossas comunidades e em nossas igrejas é uma forma de abençoar.
- Cuidado com as Palavras: Devemos ser cautelosos com o que dizemos e fazemos em relação ao povo de Deus. Nossas palavras e ações têm consequências e refletem nosso coração diante de Deus.
- Acreditar nas Promessas de Deus: Em momentos de adversidade, lembrar que Deus promete abençoar aqueles que O servem e que, por meio de Jesus, somos herdeiros das bênçãos prometidas a Abraão.
Conclusão
A promessa de Deus a Abraão de que "abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem" é um lembrete poderoso de que Deus é soberano e que as nossas escolhas e ações têm consequências. Abraão se torna um modelo de fé, e sua vida é um testemunho do que significa seguir a Deus. Esta promessa se estende não apenas a Abraão e à nação de Israel, mas também a todos nós que cremos em Cristo, unindo-nos como descendência espiritual de Abraão e herdeiros das bênçãos de Deus.
A promessa de Deus a Abraão em Gênesis 12.3 é uma das declarações mais significativas do Antigo Testamento. Esta frase contém um profundo significado teológico e reflete o plano divino para a história da salvação. A promessa apresenta uma dualidade de bênção e maldição que impactaria não apenas a vida de Abraão, mas também a história do povo de Israel e das nações ao redor.
1. A Natureza da Promessa: Bênção e Maldição
A promessa é de natureza dual: "abençoarei os que te abençoarem" e "amaldiçoarei os que te amaldiçoarem". Essa declaração é fundamental para entender como Deus vê a relação entre Abraão e o mundo ao seu redor.
- Bênção: Aqueles que tratam Abraão com respeito, ajuda e amizade seriam abençoados por Deus. Essa bênção se estende a todas as pessoas que se aliam ao propósito de Deus através de Abraão. Isso demonstra a importância da solidariedade e apoio à obra de Deus em um mundo caído.
- Maldição: Por outro lado, aqueles que amaldiçoarem ou se opuserem a Abraão e, por extensão, ao plano de Deus, enfrentariam as consequências da maldição. Este é um alerta para a seriedade de se opor aos planos divinos e àqueles que Ele escolhe.
2. Impacto na Vida de Abraão e de Sua Posteridade
Essa promessa demonstra que a vida de Abraão não seria apenas uma história pessoal, mas teria repercussões eternas. Ele se tornaria uma figura central na história da salvação, e sua influência se estenderá por gerações.
- Exemplo Bíblico: O próprio Balaão, em Números 24.9, ao falar sobre Israel, reafirma essa promessa: "Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem". Balaão reconhece a importância de Abraão (ou Israel, como nação) e o impacto que sua relação com Deus teria nas nações. Isso reafirma a ideia de que o que se faz a Israel se reflete diretamente na relação com Deus.
3. Teologia da Aliança
A promessa a Abraão é um aspecto crucial da teologia da aliança. Deus estava estabelecendo uma aliança com Abraão, que não só abençoaria sua descendência, mas também teria implicações para todas as nações.
- Implications for Redemption: Esta promessa aponta para o plano de Deus para trazer redenção a toda a humanidade através de Cristo, que é um descendente de Abraão. O apóstolo Paulo nos lembra em Gálatas 3.29 que "se sois de Cristo, sois, pois, descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa". A bênção se estende a todos que têm fé em Cristo, unindo judeus e gentios em uma nova comunidade de fé.
4. Influência de Abraão
A vida de Abraão, marcada pela fé e obediência, tornou-o um modelo para todos os crentes. Sua disposição de seguir a chamada de Deus sem saber exatamente para onde iria (Gênesis 12.1) demonstra uma confiança profunda no Senhor. Essa confiança em Deus fez dele uma bênção para os outros, pois sua vida foi um testemunho do poder transformador de Deus.
- Exemplo de Influência: Abraão se torna o "pai da fé" (Romanos 4.11), e seu exemplo de fé é um testemunho que perdura através dos séculos. Sua relação com Deus e sua disposição para obedecer influenciam não apenas seu próprio povo, mas também as nações ao seu redor.
5. Relevância Contemporânea
A promessa de bênção e maldição ainda ressoa nos dias de hoje. As nações e indivíduos que apoiam o povo de Deus e os princípios bíblicos continuam a experimentar bênçãos, enquanto aqueles que se opõem enfrentam desafios e consequências.
- Reflexão Pessoal: Como indivíduos, somos desafiados a nos alinhar com os propósitos de Deus. O nosso relacionamento com o povo de Deus e nossa disposição para abençoar a obra do Senhor terão um impacto não só em nossas vidas, mas também nas vidas dos que nos rodeiam.
Aplicações Pessoais
- Apoiar a Obra de Deus: Como podemos ser uma bênção para os outros? Apoiar a obra de Deus em nossas comunidades e em nossas igrejas é uma forma de abençoar.
- Cuidado com as Palavras: Devemos ser cautelosos com o que dizemos e fazemos em relação ao povo de Deus. Nossas palavras e ações têm consequências e refletem nosso coração diante de Deus.
- Acreditar nas Promessas de Deus: Em momentos de adversidade, lembrar que Deus promete abençoar aqueles que O servem e que, por meio de Jesus, somos herdeiros das bênçãos prometidas a Abraão.
Conclusão
A promessa de Deus a Abraão de que "abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem" é um lembrete poderoso de que Deus é soberano e que as nossas escolhas e ações têm consequências. Abraão se torna um modelo de fé, e sua vida é um testemunho do que significa seguir a Deus. Esta promessa se estende não apenas a Abraão e à nação de Israel, mas também a todos nós que cremos em Cristo, unindo-nos como descendência espiritual de Abraão e herdeiros das bênçãos de Deus.
4- “E em ti serão benditas todas as famílias da terra” (v.3). Essa promessa é considerada uma segunda profecia das Escrituras a respeito do Senhor Jesus (A primeira está registrada em Gênesis 3.15). Podemos ter essa confirmação por meio da Carta de Paulo aos Gálatas, em que uma bênção espiritual viria por meio de um descendente de Abraão, o pai dos israelitas. Essa bênção diz respeito ao advento do Senhor Jesus Cristo, sua boa notícia oferecida a todas as nações (Gl 3.8,16; cf. Jo 3.16).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa contida em Gênesis 12.3, “E em ti serão benditas todas as famílias da terra”, é uma das declarações mais significativas do Antigo Testamento, estabelecendo uma conexão direta entre a aliança de Deus com Abraão e o plano redentor que culmina em Jesus Cristo. Esta promessa é fundamental para a compreensão da narrativa bíblica e sua revelação progressiva da salvação.
1. A Promessa Universal
A expressão "todas as famílias da terra" ressalta a universalidade da bênção prometida a Abraão. Deus não estava apenas escolhendo um povo para Si mesmo, mas estava também planejando a inclusão de todas as nações na sua obra redentora. Essa visão amplia a promessa, mostrando que a redenção não se limitava a Israel, mas se estendia a todas as pessoas.
- Exemplo Bíblico: Em Isaías 49.6, Deus diz: “Eu te fiz luz das nações, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.” Esta profecia ressalta que a missão de Israel, como descendência de Abraão, era ser um canal de bênçãos para todos os povos.
2. Profecia da Vinda de Cristo
A promessa de que todas as famílias da terra seriam abençoadas em Abraão é reconhecida no Novo Testamento como uma referência direta ao advento do Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo, em Gálatas 3.8, menciona que o evangelho foi pregado a Abraão, afirmando que, por meio dele, seriam abençoadas todas as nações.
- Bênção Espiritual: A bênção prometida a Abraão é, portanto, a vinda de Jesus, que cumpre a promessa de Deus ao oferecer salvação a todos. O versículo Gálatas 3.16 confirma que "a promessa foi feita a Abraão e ao seu descendente", e este descendente é Cristo.
3. A Primeira Profecia
Como você mencionou, esta promessa é considerada a segunda profecia sobre Jesus nas Escrituras. A primeira é encontrada em Gênesis 3.15, onde Deus promete que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. Essa conexão é essencial para entender o plano redentor de Deus, que começou desde a queda do homem.
- Relação com a Redenção: A promessa em Gênesis 3.15 fala da derrota do pecado e da morte, enquanto a promessa em Gênesis 12.3 fala da inclusão de todos os povos na bênção da salvação. Juntas, elas revelam a abrangência do plano redentor de Deus.
4. O Amor Incondicional de Deus
A promessa de bênção para todas as famílias da terra reflete o amor inclusivo de Deus. Ele deseja que todos sejam alcançados pela Sua graça.
- João 3.16: Este versículo emblemático reforça essa ideia ao afirmar que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." A missão de Jesus é a realização dessa promessa a Abraão.
5. Aplicações para a Vida Cristã
Como cristãos, somos chamados a ser agentes de bênçãos, seguindo o exemplo de Abraão. A missão de abençoar as famílias da terra deve ser a nossa prioridade.
- Reflexão Pessoal: Pergunte-se: "Como posso ser uma bênção na vida dos outros? Estou vivendo de maneira a refletir o amor de Cristo e a alcançar aqueles que não conhecem a Ele?"
Aplicações Pessoais
- Promover a Inclusão: Como a promessa de Deus se estende a todas as nações, devemos ser intencionais em alcançar e incluir pessoas de diferentes origens e culturas em nossa comunidade de fé.
- Ser Portadores da Mensagem: A mensagem da salvação em Cristo deve ser compartilhada ativamente. Estamos dispostos a ser portadores dessa bênção, falando do amor de Deus para aqueles que nos cercam?
- Reconhecer o Legado de Abraão: A história de Abraão nos ensina que, ao seguir a Deus e obedecer ao Seu chamado, também nos tornamos parte de Sua missão de bênção para o mundo. A fé de Abraão é um modelo a ser seguido.
Conclusão
A promessa de que “em ti serão benditas todas as famílias da terra” estabelece um fundamento para a esperança e a redenção que culmina em Jesus Cristo. Esta promessa não é apenas uma afirmação do plano de Deus para Israel, mas um convite a todos os povos para participar de Sua bênção. Abraão, como pai da fé, não é apenas um exemplo de obediência, mas também um símbolo da inclusão de todos na graça divina. Portanto, devemos nos esforçar para ser instrumentos de bênção, compartilhando o amor de Deus com o mundo e reconhecendo que somos parte de uma história maior, que começou com uma promessa feita a um homem há mais de quatro mil anos.
A promessa contida em Gênesis 12.3, “E em ti serão benditas todas as famílias da terra”, é uma das declarações mais significativas do Antigo Testamento, estabelecendo uma conexão direta entre a aliança de Deus com Abraão e o plano redentor que culmina em Jesus Cristo. Esta promessa é fundamental para a compreensão da narrativa bíblica e sua revelação progressiva da salvação.
1. A Promessa Universal
A expressão "todas as famílias da terra" ressalta a universalidade da bênção prometida a Abraão. Deus não estava apenas escolhendo um povo para Si mesmo, mas estava também planejando a inclusão de todas as nações na sua obra redentora. Essa visão amplia a promessa, mostrando que a redenção não se limitava a Israel, mas se estendia a todas as pessoas.
- Exemplo Bíblico: Em Isaías 49.6, Deus diz: “Eu te fiz luz das nações, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.” Esta profecia ressalta que a missão de Israel, como descendência de Abraão, era ser um canal de bênçãos para todos os povos.
2. Profecia da Vinda de Cristo
A promessa de que todas as famílias da terra seriam abençoadas em Abraão é reconhecida no Novo Testamento como uma referência direta ao advento do Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo, em Gálatas 3.8, menciona que o evangelho foi pregado a Abraão, afirmando que, por meio dele, seriam abençoadas todas as nações.
- Bênção Espiritual: A bênção prometida a Abraão é, portanto, a vinda de Jesus, que cumpre a promessa de Deus ao oferecer salvação a todos. O versículo Gálatas 3.16 confirma que "a promessa foi feita a Abraão e ao seu descendente", e este descendente é Cristo.
3. A Primeira Profecia
Como você mencionou, esta promessa é considerada a segunda profecia sobre Jesus nas Escrituras. A primeira é encontrada em Gênesis 3.15, onde Deus promete que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. Essa conexão é essencial para entender o plano redentor de Deus, que começou desde a queda do homem.
- Relação com a Redenção: A promessa em Gênesis 3.15 fala da derrota do pecado e da morte, enquanto a promessa em Gênesis 12.3 fala da inclusão de todos os povos na bênção da salvação. Juntas, elas revelam a abrangência do plano redentor de Deus.
4. O Amor Incondicional de Deus
A promessa de bênção para todas as famílias da terra reflete o amor inclusivo de Deus. Ele deseja que todos sejam alcançados pela Sua graça.
- João 3.16: Este versículo emblemático reforça essa ideia ao afirmar que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." A missão de Jesus é a realização dessa promessa a Abraão.
5. Aplicações para a Vida Cristã
Como cristãos, somos chamados a ser agentes de bênçãos, seguindo o exemplo de Abraão. A missão de abençoar as famílias da terra deve ser a nossa prioridade.
- Reflexão Pessoal: Pergunte-se: "Como posso ser uma bênção na vida dos outros? Estou vivendo de maneira a refletir o amor de Cristo e a alcançar aqueles que não conhecem a Ele?"
Aplicações Pessoais
- Promover a Inclusão: Como a promessa de Deus se estende a todas as nações, devemos ser intencionais em alcançar e incluir pessoas de diferentes origens e culturas em nossa comunidade de fé.
- Ser Portadores da Mensagem: A mensagem da salvação em Cristo deve ser compartilhada ativamente. Estamos dispostos a ser portadores dessa bênção, falando do amor de Deus para aqueles que nos cercam?
- Reconhecer o Legado de Abraão: A história de Abraão nos ensina que, ao seguir a Deus e obedecer ao Seu chamado, também nos tornamos parte de Sua missão de bênção para o mundo. A fé de Abraão é um modelo a ser seguido.
Conclusão
A promessa de que “em ti serão benditas todas as famílias da terra” estabelece um fundamento para a esperança e a redenção que culmina em Jesus Cristo. Esta promessa não é apenas uma afirmação do plano de Deus para Israel, mas um convite a todos os povos para participar de Sua bênção. Abraão, como pai da fé, não é apenas um exemplo de obediência, mas também um símbolo da inclusão de todos na graça divina. Portanto, devemos nos esforçar para ser instrumentos de bênção, compartilhando o amor de Deus com o mundo e reconhecendo que somos parte de uma história maior, que começou com uma promessa feita a um homem há mais de quatro mil anos.
SINOPSE I
A descendência de Abrão seria uma grande nação, acompanhada de um testemunho espiritual importante.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
II – OUTRAS PROMESSAS A ISRAEL
1- A promessa de um filho a Abraão. Além das solenes promessas de Deus a Abraão, o Senhor prometeu-lhe um filho. A promessa pareceu estranha ao patriarca, pois como vimos anteriormente, ele era avançado em idade, sua esposa também, além dela ser estéril. O pai da fé argumentou com Deus que provavelmente seu servo, Eliezer, seria seu herdeiro. No entanto, o Senhor asseverou-lhe que não. Deus iria cumprir a sua grandiosa promessa na vida de Abraão (Gn 15.4-6). O filho da promessa, portanto, seria Isaque (Gn 21.1-7).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa de um filho a Abraão, conforme registrada em Gênesis 15.4-6 e posteriormente cumprida em Gênesis 21.1-7, é um dos marcos centrais da narrativa bíblica, não apenas em relação a Abraão, mas também para a compreensão da história da salvação. Essa promessa é rica em significado e traz várias lições teológicas e práticas.
1. O Contexto da Promessa
Abraão, já com 75 anos, e Sara, sua esposa, que também era estéril, enfrentavam um dilema que desafiava a lógica humana. O Senhor aparece a Abraão e faz uma promessa que desafia as circunstâncias de suas vidas. Em Gênesis 15.2-3, Abraão expressa sua preocupação sobre a falta de um herdeiro, sugerindo que seu servo Eliezer poderia ser seu herdeiro, uma prática comum na época. No entanto, Deus insiste que não será assim e reafirma a promessa de que Abraão terá um filho próprio.
- Raiz da Palavra: A palavra hebraica para "filho" é בֵּן (ben), que também pode ser entendida como "herdeiro". Essa palavra carrega um sentido de continuidade e herança, refletindo a importância da linhagem em relação ao cumprimento das promessas divinas.
2. A Fé de Abraão
O relato destaca a fé de Abraão, que é frequentemente referida como o "pai da fé". Em Gênesis 15.6, está escrito que "ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado como justiça". Essa frase é crucial, pois estabelece um princípio fundamental da justificação pela fé, que é central no Novo Testamento.
- Referência a Romanos: Paulo, em Romanos 4.3, cita este versículo para explicar que a justificação não vem pelas obras da lei, mas pela fé em Deus. Isso nos ensina que Deus honra a fé, mesmo quando as circunstâncias parecem impossíveis.
3. A Promessa do Filho: Isaque
A promessa culmina no nascimento de Isaque, o "filho da promessa". Isaque não é apenas um filho, mas o portador das promessas de Deus a Abraão, e através dele, a linhagem que se tornaria a nação de Israel.
- Cumprimento da Promessa: Em Gênesis 21.1-7, vemos o cumprimento dessa promessa quando Sara dá à luz Isaque. Esse momento é significativo, pois representa a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas, mesmo quando as circunstâncias parecem contrárias.
4. Teologia da Promessa e do Cumprimento
A promessa de um filho a Abraão é uma das mais profundas expressões da graça e da soberania de Deus. Deus não apenas prometeu um filho, mas também um futuro para a nação que surgiria de Abraão. Isso nos mostra que as promessas de Deus têm um propósito maior e um impacto eterno.
- Referência em Gálatas: Paulo, em Gálatas 4.28, refere-se a nós, cristãos, como "filhos da promessa", assim como Isaque. Isso implica que todos nós que cremos em Cristo participamos das promessas feitas a Abraão.
5. Aplicações para a Vida Cristã
A história de Abraão e a promessa de um filho oferecem lições valiosas para os crentes de hoje.
- Esperança em Tempos Difíceis: Abraão recebeu a promessa em um momento em que as evidências contrárias eram abundantes. Da mesma forma, somos chamados a confiar nas promessas de Deus, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis.
- Fé Ativa: A fé de Abraão não era passiva. Ele agiu em obediência a Deus. Em nossas vidas, isso significa que a fé deve se traduzir em ação. Precisamos estar dispostos a seguir a direção de Deus, mesmo quando não entendemos totalmente os planos.
- A Importância das Promessas: Como crentes, devemos lembrar que as promessas de Deus são verdadeiras e sempre se cumprem. A vida de Abraão é um testemunho da fidelidade de Deus.
Conclusão
A promessa de um filho a Abraão é um exemplo profundo da interação entre fé e promessa. Abraão, diante de uma situação humanamente impossível, acreditou na fidelidade de Deus, e esse ato de fé resultou em um cumprimento glorioso da promessa. A história de Isaque é não apenas um relato da herança de Abraão, mas também uma representação do plano de Deus para a redenção de toda a humanidade, culminando em Cristo. Assim, a vida de Abraão continua a nos inspirar a viver com fé, confiança e obediência às promessas de Deus.
A promessa de um filho a Abraão, conforme registrada em Gênesis 15.4-6 e posteriormente cumprida em Gênesis 21.1-7, é um dos marcos centrais da narrativa bíblica, não apenas em relação a Abraão, mas também para a compreensão da história da salvação. Essa promessa é rica em significado e traz várias lições teológicas e práticas.
1. O Contexto da Promessa
Abraão, já com 75 anos, e Sara, sua esposa, que também era estéril, enfrentavam um dilema que desafiava a lógica humana. O Senhor aparece a Abraão e faz uma promessa que desafia as circunstâncias de suas vidas. Em Gênesis 15.2-3, Abraão expressa sua preocupação sobre a falta de um herdeiro, sugerindo que seu servo Eliezer poderia ser seu herdeiro, uma prática comum na época. No entanto, Deus insiste que não será assim e reafirma a promessa de que Abraão terá um filho próprio.
- Raiz da Palavra: A palavra hebraica para "filho" é בֵּן (ben), que também pode ser entendida como "herdeiro". Essa palavra carrega um sentido de continuidade e herança, refletindo a importância da linhagem em relação ao cumprimento das promessas divinas.
2. A Fé de Abraão
O relato destaca a fé de Abraão, que é frequentemente referida como o "pai da fé". Em Gênesis 15.6, está escrito que "ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado como justiça". Essa frase é crucial, pois estabelece um princípio fundamental da justificação pela fé, que é central no Novo Testamento.
- Referência a Romanos: Paulo, em Romanos 4.3, cita este versículo para explicar que a justificação não vem pelas obras da lei, mas pela fé em Deus. Isso nos ensina que Deus honra a fé, mesmo quando as circunstâncias parecem impossíveis.
3. A Promessa do Filho: Isaque
A promessa culmina no nascimento de Isaque, o "filho da promessa". Isaque não é apenas um filho, mas o portador das promessas de Deus a Abraão, e através dele, a linhagem que se tornaria a nação de Israel.
- Cumprimento da Promessa: Em Gênesis 21.1-7, vemos o cumprimento dessa promessa quando Sara dá à luz Isaque. Esse momento é significativo, pois representa a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas, mesmo quando as circunstâncias parecem contrárias.
4. Teologia da Promessa e do Cumprimento
A promessa de um filho a Abraão é uma das mais profundas expressões da graça e da soberania de Deus. Deus não apenas prometeu um filho, mas também um futuro para a nação que surgiria de Abraão. Isso nos mostra que as promessas de Deus têm um propósito maior e um impacto eterno.
- Referência em Gálatas: Paulo, em Gálatas 4.28, refere-se a nós, cristãos, como "filhos da promessa", assim como Isaque. Isso implica que todos nós que cremos em Cristo participamos das promessas feitas a Abraão.
5. Aplicações para a Vida Cristã
A história de Abraão e a promessa de um filho oferecem lições valiosas para os crentes de hoje.
- Esperança em Tempos Difíceis: Abraão recebeu a promessa em um momento em que as evidências contrárias eram abundantes. Da mesma forma, somos chamados a confiar nas promessas de Deus, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis.
- Fé Ativa: A fé de Abraão não era passiva. Ele agiu em obediência a Deus. Em nossas vidas, isso significa que a fé deve se traduzir em ação. Precisamos estar dispostos a seguir a direção de Deus, mesmo quando não entendemos totalmente os planos.
- A Importância das Promessas: Como crentes, devemos lembrar que as promessas de Deus são verdadeiras e sempre se cumprem. A vida de Abraão é um testemunho da fidelidade de Deus.
Conclusão
A promessa de um filho a Abraão é um exemplo profundo da interação entre fé e promessa. Abraão, diante de uma situação humanamente impossível, acreditou na fidelidade de Deus, e esse ato de fé resultou em um cumprimento glorioso da promessa. A história de Isaque é não apenas um relato da herança de Abraão, mas também uma representação do plano de Deus para a redenção de toda a humanidade, culminando em Cristo. Assim, a vida de Abraão continua a nos inspirar a viver com fé, confiança e obediência às promessas de Deus.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A história de Isaque, o filho de Abraão e Sara, e a promessa que Deus fez a ele, é um elemento essencial na narrativa das alianças divinas. A passagem que detalha o casamento de Isaque com Rebeca, assim como o nascimento de seus filhos Esaú e Jacó, é um testemunho da continuidade das promessas de Deus através das gerações.
1. A Continuidade das Promessas
Após a morte de Sara, Abraão casou-se com Quetura e teve seis filhos (Gn 25.1-5). Embora esses filhos não sejam o foco principal das promessas, eles mostram que Deus continua a ser fiel às suas promessas a Abraão, mesmo na velhice. No entanto, Isaque permanece o portador da promessa divina, sendo o filho que é o resultado direto da intervenção de Deus.
- A Herança da Promessa: A importância de Isaque como portador das promessas é evidente quando se considera que, embora Abraão tenha outros filhos, a linha de promessa e a continuação da aliança se dão através de Isaque. Isso destaca a ideia de que as promessas de Deus são direcionadas de forma específica e não se dispersam indiscriminadamente.
2. O Casamento de Isaque e Rebeca
A escolha de uma esposa para Isaque é um momento crucial na narrativa. Abraão, ciente da importância de manter a linhagem separada de influências externas, envia seu servo Eliézer à Mesopotâmia para buscar uma esposa de sua parentela. O relato destaca a providência divina na escolha de Rebeca.
- O Papel de Eliézer: A confiança de Abraão em Eliézer (Gn 24.2-4) e a oração deste servo (Gn 24.12-14) mostram a dependência de Deus em todas as decisões. O sucesso de Eliézer em encontrar Rebeca, conforme a direção divina, reafirma a ideia de que Deus está ativamente envolvido na vida de Seus servos.
- Raiz da Palavra: A palavra hebraica para "esposa" é אִשָּׁה (ishah), que reflete a relação de parceria e unidade que Deus instituiu no casamento. Essa união é fundamental para o cumprimento da promessa, pois Rebeca se torna a mãe da próxima geração portadora das promessas.
3. O Nascimento de Esaú e Jacó
O relato do nascimento de Esaú e Jacó em Gênesis 25.24-26 é significativo por várias razões. Primeiro, os gêmeos representam a continuidade da linhagem da promessa, mas também introduzem uma dinâmica complexa nas relações familiares.
- A Escolha de Deus: A declaração de que "o maior servirá ao menor" (Gn 25.23) destaca a soberania de Deus nas escolhas que fazem parte de Sua promessa. Jacó, embora o segundo gêmeo, é escolhido para ser o portador da aliança, refletindo a forma como Deus muitas vezes escolhe aqueles que o mundo considera menos.
4. Teologia da Promessa e do Cumprimento
A continuidade das promessas de Deus através de Isaque, Rebeca, Esaú e Jacó mostra que Deus é fiel à Sua palavra e que Sua promessa de fazer de Abraão uma grande nação está se concretizando. A narrativa não é apenas sobre a família de Abraão, mas sobre o plano divino de redenção que se desenvolve através da história.
- Referência em Romanos: Paulo, em Romanos 9.10-13, menciona a escolha de Jacó sobre Esaú, usando isso para ilustrar que Deus opera Sua soberania de maneiras que muitas vezes desafiam a lógica humana.
5. Aplicações para a Vida Cristã
As promessas de Deus a Isaque e a história de sua família oferecem valiosas lições para os crentes de hoje:
- Fidelidade a Deus: Assim como Deus não se esqueceu de Suas promessas a Abraão, também não nos esquece. Somos chamados a confiar em Sua fidelidade, mesmo quando as circunstâncias parecem desafiadoras.
- A Importância da Oração e da Direção Divina: A oração de Eliézer e sua dependência de Deus para encontrar uma esposa para Isaque nos lembram da importância de buscar a orientação divina em nossas decisões.
- A Soberania de Deus nas Relações: O relacionamento entre Esaú e Jacó nos mostra que, mesmo em meio a conflitos e rivalidades, Deus tem um plano. Aprender a confiar na soberania de Deus é essencial para a paz em nossas relações.
Conclusão
A promessa de um filho a Isaque é uma continuação da história de fé que começou com Abraão. A escolha de Rebeca, o nascimento de Esaú e Jacó e a soberania de Deus nas relações familiares são todos aspectos que revelam a fidelidade de Deus às Suas promessas. Essa narrativa nos encoraja a confiar nas promessas de Deus e a buscar Sua direção em nossas vidas, sabendo que Ele está sempre cumprindo Seu plano redentor.
A história de Isaque, o filho de Abraão e Sara, e a promessa que Deus fez a ele, é um elemento essencial na narrativa das alianças divinas. A passagem que detalha o casamento de Isaque com Rebeca, assim como o nascimento de seus filhos Esaú e Jacó, é um testemunho da continuidade das promessas de Deus através das gerações.
1. A Continuidade das Promessas
Após a morte de Sara, Abraão casou-se com Quetura e teve seis filhos (Gn 25.1-5). Embora esses filhos não sejam o foco principal das promessas, eles mostram que Deus continua a ser fiel às suas promessas a Abraão, mesmo na velhice. No entanto, Isaque permanece o portador da promessa divina, sendo o filho que é o resultado direto da intervenção de Deus.
- A Herança da Promessa: A importância de Isaque como portador das promessas é evidente quando se considera que, embora Abraão tenha outros filhos, a linha de promessa e a continuação da aliança se dão através de Isaque. Isso destaca a ideia de que as promessas de Deus são direcionadas de forma específica e não se dispersam indiscriminadamente.
2. O Casamento de Isaque e Rebeca
A escolha de uma esposa para Isaque é um momento crucial na narrativa. Abraão, ciente da importância de manter a linhagem separada de influências externas, envia seu servo Eliézer à Mesopotâmia para buscar uma esposa de sua parentela. O relato destaca a providência divina na escolha de Rebeca.
- O Papel de Eliézer: A confiança de Abraão em Eliézer (Gn 24.2-4) e a oração deste servo (Gn 24.12-14) mostram a dependência de Deus em todas as decisões. O sucesso de Eliézer em encontrar Rebeca, conforme a direção divina, reafirma a ideia de que Deus está ativamente envolvido na vida de Seus servos.
- Raiz da Palavra: A palavra hebraica para "esposa" é אִשָּׁה (ishah), que reflete a relação de parceria e unidade que Deus instituiu no casamento. Essa união é fundamental para o cumprimento da promessa, pois Rebeca se torna a mãe da próxima geração portadora das promessas.
3. O Nascimento de Esaú e Jacó
O relato do nascimento de Esaú e Jacó em Gênesis 25.24-26 é significativo por várias razões. Primeiro, os gêmeos representam a continuidade da linhagem da promessa, mas também introduzem uma dinâmica complexa nas relações familiares.
- A Escolha de Deus: A declaração de que "o maior servirá ao menor" (Gn 25.23) destaca a soberania de Deus nas escolhas que fazem parte de Sua promessa. Jacó, embora o segundo gêmeo, é escolhido para ser o portador da aliança, refletindo a forma como Deus muitas vezes escolhe aqueles que o mundo considera menos.
4. Teologia da Promessa e do Cumprimento
A continuidade das promessas de Deus através de Isaque, Rebeca, Esaú e Jacó mostra que Deus é fiel à Sua palavra e que Sua promessa de fazer de Abraão uma grande nação está se concretizando. A narrativa não é apenas sobre a família de Abraão, mas sobre o plano divino de redenção que se desenvolve através da história.
- Referência em Romanos: Paulo, em Romanos 9.10-13, menciona a escolha de Jacó sobre Esaú, usando isso para ilustrar que Deus opera Sua soberania de maneiras que muitas vezes desafiam a lógica humana.
5. Aplicações para a Vida Cristã
As promessas de Deus a Isaque e a história de sua família oferecem valiosas lições para os crentes de hoje:
- Fidelidade a Deus: Assim como Deus não se esqueceu de Suas promessas a Abraão, também não nos esquece. Somos chamados a confiar em Sua fidelidade, mesmo quando as circunstâncias parecem desafiadoras.
- A Importância da Oração e da Direção Divina: A oração de Eliézer e sua dependência de Deus para encontrar uma esposa para Isaque nos lembram da importância de buscar a orientação divina em nossas decisões.
- A Soberania de Deus nas Relações: O relacionamento entre Esaú e Jacó nos mostra que, mesmo em meio a conflitos e rivalidades, Deus tem um plano. Aprender a confiar na soberania de Deus é essencial para a paz em nossas relações.
Conclusão
A promessa de um filho a Isaque é uma continuação da história de fé que começou com Abraão. A escolha de Rebeca, o nascimento de Esaú e Jacó e a soberania de Deus nas relações familiares são todos aspectos que revelam a fidelidade de Deus às Suas promessas. Essa narrativa nos encoraja a confiar nas promessas de Deus e a buscar Sua direção em nossas vidas, sabendo que Ele está sempre cumprindo Seu plano redentor.
3- A promessa renovada. O Senhor falou com Jacó e reiterou a promessa feita a Abraão, de que lhe daria aquelas terras (Gn 26.3,4). Isaque foi considerado o herdeiro da promessa (Hb 11.17-19) e, por isso, antes de morrer concederia bênçãos para seus filhos. Esaú perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida (Gn 27.30-34). Orientado por seu pai, Jacó foi à casa de Labão, onde se casou com Raquel, que era estéril (Gn 28.1,2; 29.28). Por estratégia de Labão, Jacó se uniu com Léia e teve seis filhos com ela (Gn 29.21-27).Mais tarde, Deus abriu a madre de Raquel e esta concebeu dois filhos. Com sua serva, Bila, Jacó teve dois filhos; com Zilpa, serva de Leia, mais dois filhos; perfazendo às 12 tribos de Israel (Gn 29.32-35; 30.1-26); e teve mais uma filha, com Leia, Diná (Gn 30.20-21).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A narrativa da renovação da promessa a Jacó é fundamental para a compreensão da continuidade da aliança divina e do desenvolvimento da nação de Israel. Ela revela não apenas a fidelidade de Deus, mas também as complexidades das relações familiares que cercam a vida de Jacó.
1. Renovação da Promessa
Em Gênesis 26.3-4, Deus fala com Isaque e reafirma as promessas que fez a Abraão, indicando que a terra de Canaã seria sua e que sua descendência seria multiplicada. Isso estabelece Isaque como o herdeiro legítimo da promessa.
- Contexto de Isaque: Isaque, sendo o filho da promessa, representa a continuidade do plano divino. A renovação da promessa por Deus reforça a importância da fé e da obediência em sua vida, especialmente em um contexto onde havia desafios, como a fome na terra.
2. Isaque e o Direito de Primogenitura
O episódio em que Esaú vende seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas (Gn 25.29-34) é um marco na narrativa. Esaú, desprezando as bênçãos espirituais, simboliza uma escolha imprudente que leva à perda de um privilégio significativo.
- Relevância Teológica: Essa troca representa a escolha entre valores espirituais e materiais. A Bíblia usa esse exemplo como uma advertência contra a desvalorização das bênçãos divinas. O escritor de Hebreus menciona Esaú como um exemplo de alguém que não encontrou arrependimento, mesmo buscando com lágrimas (Hb 12.16-17).
3. Jacó e a Aliança
Jacó, orientado por seu pai, viaja para a casa de Labão, onde se casará com Raquel. A narrativa em Gênesis 28 mostra Deus falando diretamente com Jacó em um sonho, onde Ele renova a promessa de bênção e presença.
- A Visão de Jacó: A visão da escada que vai até o céu (Gn 28.12-15) representa a conexão entre o céu e a terra, simbolizando a presença de Deus e Sua disposição para abençoar. Essa experiência transforma a compreensão de Jacó sobre sua vida e seu relacionamento com Deus.
4. Relações Familiares e as Doze Tribos
A vida familiar de Jacó é marcada por complexidade e rivalidades. Casado com Raquel e Léia, Jacó acaba tendo doze filhos que se tornariam as doze tribos de Israel.
- Estéril, mas Abençoada: Raquel, apesar de sua esterilidade inicial, experimenta a bênção de Deus com o nascimento de José e Benjamim. A história revela que, mesmo nas dificuldades, Deus pode transformar situações e trazer frutos, refletindo Sua fidelidade.
- Dinâmica das Servas: A utilização de Bila e Zilpa como mães dos filhos de Jacó também mostra como a cultura e as normas da época influenciaram as dinâmicas familiares. Essa poligamia gerou rivalidade, mas, ao mesmo tempo, resultou no cumprimento da promessa de Deus de multiplicação.
5. O Legado de Jacó
Jacó, cujo nome mais tarde é mudado para Israel (Gn 32.28), representa a luta espiritual e a transformação. A sua vida reflete a complexidade da condição humana — fé, falhas, e a busca pela bênção de Deus.
- Conclusão Teológica: O legado de Jacó e suas experiências ilustram que, mesmo nas lutas e nas complexidades da vida, Deus continua a operar para cumprir Suas promessas. A história da formação das doze tribos através de Jacó é uma manifestação do plano redentor de Deus, que culmina em Cristo.
Aplicação Pessoal
- Confiança na Promessa de Deus: Assim como Deus renovou Sua promessa a Jacó, podemos confiar que Suas promessas em nossas vidas são válidas e que Ele é fiel para cumpri-las, mesmo em tempos difíceis.
- Valorização das Bênçãos Espirituais: O episódio de Esaú nos ensina a importância de valorizar as bênçãos espirituais e a herança que temos em Cristo. Devemos buscar sempre o que é eterno e não o que é passageiro.
- A Importância da Dinâmica Familiar: A complexidade das relações de Jacó nos convida a refletir sobre nossas próprias relações familiares. Buscar a paz e o entendimento é essencial, lembrando que Deus pode usar nossas famílias, mesmo com suas imperfeições, para cumprir Seus propósitos.
- A Transformação pelo Encontro com Deus: A experiência de Jacó com Deus nos ensina que encontros pessoais com o Senhor podem transformar nossas vidas e nos preparar para sermos instrumentos em Suas mãos. A busca por um relacionamento mais profundo com Deus é sempre uma prioridade.
A narrativa de Jacó é rica em lições sobre a fidelidade de Deus e a maneira como Ele opera na história humana, utilizando famílias e indivíduos para cumprir Seu plano redentor.
A narrativa da renovação da promessa a Jacó é fundamental para a compreensão da continuidade da aliança divina e do desenvolvimento da nação de Israel. Ela revela não apenas a fidelidade de Deus, mas também as complexidades das relações familiares que cercam a vida de Jacó.
1. Renovação da Promessa
Em Gênesis 26.3-4, Deus fala com Isaque e reafirma as promessas que fez a Abraão, indicando que a terra de Canaã seria sua e que sua descendência seria multiplicada. Isso estabelece Isaque como o herdeiro legítimo da promessa.
- Contexto de Isaque: Isaque, sendo o filho da promessa, representa a continuidade do plano divino. A renovação da promessa por Deus reforça a importância da fé e da obediência em sua vida, especialmente em um contexto onde havia desafios, como a fome na terra.
2. Isaque e o Direito de Primogenitura
O episódio em que Esaú vende seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas (Gn 25.29-34) é um marco na narrativa. Esaú, desprezando as bênçãos espirituais, simboliza uma escolha imprudente que leva à perda de um privilégio significativo.
- Relevância Teológica: Essa troca representa a escolha entre valores espirituais e materiais. A Bíblia usa esse exemplo como uma advertência contra a desvalorização das bênçãos divinas. O escritor de Hebreus menciona Esaú como um exemplo de alguém que não encontrou arrependimento, mesmo buscando com lágrimas (Hb 12.16-17).
3. Jacó e a Aliança
Jacó, orientado por seu pai, viaja para a casa de Labão, onde se casará com Raquel. A narrativa em Gênesis 28 mostra Deus falando diretamente com Jacó em um sonho, onde Ele renova a promessa de bênção e presença.
- A Visão de Jacó: A visão da escada que vai até o céu (Gn 28.12-15) representa a conexão entre o céu e a terra, simbolizando a presença de Deus e Sua disposição para abençoar. Essa experiência transforma a compreensão de Jacó sobre sua vida e seu relacionamento com Deus.
4. Relações Familiares e as Doze Tribos
A vida familiar de Jacó é marcada por complexidade e rivalidades. Casado com Raquel e Léia, Jacó acaba tendo doze filhos que se tornariam as doze tribos de Israel.
- Estéril, mas Abençoada: Raquel, apesar de sua esterilidade inicial, experimenta a bênção de Deus com o nascimento de José e Benjamim. A história revela que, mesmo nas dificuldades, Deus pode transformar situações e trazer frutos, refletindo Sua fidelidade.
- Dinâmica das Servas: A utilização de Bila e Zilpa como mães dos filhos de Jacó também mostra como a cultura e as normas da época influenciaram as dinâmicas familiares. Essa poligamia gerou rivalidade, mas, ao mesmo tempo, resultou no cumprimento da promessa de Deus de multiplicação.
5. O Legado de Jacó
Jacó, cujo nome mais tarde é mudado para Israel (Gn 32.28), representa a luta espiritual e a transformação. A sua vida reflete a complexidade da condição humana — fé, falhas, e a busca pela bênção de Deus.
- Conclusão Teológica: O legado de Jacó e suas experiências ilustram que, mesmo nas lutas e nas complexidades da vida, Deus continua a operar para cumprir Suas promessas. A história da formação das doze tribos através de Jacó é uma manifestação do plano redentor de Deus, que culmina em Cristo.
Aplicação Pessoal
- Confiança na Promessa de Deus: Assim como Deus renovou Sua promessa a Jacó, podemos confiar que Suas promessas em nossas vidas são válidas e que Ele é fiel para cumpri-las, mesmo em tempos difíceis.
- Valorização das Bênçãos Espirituais: O episódio de Esaú nos ensina a importância de valorizar as bênçãos espirituais e a herança que temos em Cristo. Devemos buscar sempre o que é eterno e não o que é passageiro.
- A Importância da Dinâmica Familiar: A complexidade das relações de Jacó nos convida a refletir sobre nossas próprias relações familiares. Buscar a paz e o entendimento é essencial, lembrando que Deus pode usar nossas famílias, mesmo com suas imperfeições, para cumprir Seus propósitos.
- A Transformação pelo Encontro com Deus: A experiência de Jacó com Deus nos ensina que encontros pessoais com o Senhor podem transformar nossas vidas e nos preparar para sermos instrumentos em Suas mãos. A busca por um relacionamento mais profundo com Deus é sempre uma prioridade.
A narrativa de Jacó é rica em lições sobre a fidelidade de Deus e a maneira como Ele opera na história humana, utilizando famílias e indivíduos para cumprir Seu plano redentor.
4- Promessa do Reino do Messias. Por intermédio do profeta Isaías, Deus falou que o Messias nasceria da descendência de Jessé, pai de Davi, para redimir Israel e a humanidade. Por isso, o Senhor Jesus é chamado de “O Filho de Davi” (Lc 18.37-4o), o “Emanuel”: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mt 1.23; cf Is 7.14).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa do Messias, conforme revelada nas Escrituras, é uma das doutrinas centrais da fé cristã. Ela se conecta com a aliança que Deus fez com o povo de Israel e culmina na vinda de Jesus Cristo, que cumpriu essas profecias de maneira gloriosa e redentora.
1. A Profecia de Isaías
Isaías profetizou que o Messias nasceria da descendência de Jessé, o pai de Davi. Essa promessa é encontrada em Isaías 11.1, onde se diz: "Um renovo sairá do tronco de Jessé, e das suas raízes um rebento frutificará." Esta profecia não apenas identifica a linhagem real de onde o Messias viria, mas também aponta para o aspecto de renovação e vida que o Messias traria ao povo de Israel e à humanidade.
- Significado Teológico: A referência a Jessé é crucial, pois demonstra que o Messias não só é esperado como um rei, mas também como alguém que traz renovação e restauração espiritual. Isso estabelece um paralelo com o próprio Rei Davi, que é muitas vezes visto como um modelo de liderança e fidelidade a Deus.
2. Jesus, o Filho de Davi
A identificação de Jesus como "O Filho de Davi" é um título que enfatiza seu direito legal ao trono de Israel e sua identidade messiânica. Nos Evangelhos, essa conexão é frequentemente destacada, como em Lucas 18.37-40, onde um cego, ao ouvir a passagem de Jesus, clama: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!"
- Aplicação Prática: Essa denominação convida os crentes a reconhecerem Jesus não apenas como um profeta ou um mestre, mas como o legítimo Rei prometido que veio para cumprir as profecias e redimir Seu povo. Essa crença é um elemento central da fé cristã.
3. Emanuel: Deus Conosco
A profecia de Isaías sobre o nascimento do Messias é complementada na passagem de Mateus 1.23, onde se menciona que Ele seria chamado de Emanuel, que significa "Deus conosco". Esta designação é rica em significado, pois denota a encarnação de Deus na pessoa de Jesus Cristo.
- Teologia da Encarnação: O conceito de "Deus conosco" é fundamental para a compreensão do caráter de Deus e Sua proximidade com a humanidade. Deus não está distante; Ele se tornou um de nós. A encarnação representa a culminação do plano de Deus para redimir a criação e se relacionar de forma íntima com a humanidade.
4. Redenção e Restauração
A promessa do Messias não se limita a Israel; ela abrange toda a humanidade. Jesus, ao cumprir as promessas feitas ao povo de Israel, também se torna o Salvador de todos os povos.
- Referências Bíblicas: Em Gálatas 3.8, Paulo escreve: "Ora, a Escritura, prevendo que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou o evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações." Essa passagem enfatiza que a bênção prometida a Abraão se estende a todos os povos por meio de Cristo.
Conclusão Teológica
A promessa do Reino do Messias, com seu cumprimento em Jesus Cristo, é um testemunho da fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas ao longo da história. A identificação de Jesus como "O Filho de Davi" e "Emanuel" não apenas reafirma Sua linhagem, mas também estabelece Seu papel como o Rei que veio para restaurar a criação e trazer esperança a toda a humanidade.
Aplicação Pessoal
- Reconhecimento de Jesus como Rei: Como seguidores de Cristo, somos chamados a reconhecer Sua soberania em nossas vidas. Aceitar Jesus como "O Filho de Davi" implica viver sob Seu Senhorio e buscar Sua vontade em nossas decisões diárias.
- Viver a Realidade de "Deus Conosco": A presença de Deus em nossas vidas é uma fonte de consolo e força. Em momentos de dificuldade, devemos lembrar que Jesus é Emanuel — Ele está conosco em todas as circunstâncias. Essa verdade deve nos encorajar a confiar em Sua providência e cuidar de nosso relacionamento com Ele.
- Participação no Plano Redentor: A promessa do Messias nos chama a participar ativamente da missão de Deus. Ao compartilhar o evangelho e viver de acordo com os princípios do Reino, contribuímos para a realização das promessas de Deus na vida das pessoas ao nosso redor.
A promessa do Reino do Messias é um convite a todos nós para sermos parte do plano divino de redenção e restauração, que começou com Abraão, passou por Davi e se concretizou em Jesus Cristo.
A promessa do Messias, conforme revelada nas Escrituras, é uma das doutrinas centrais da fé cristã. Ela se conecta com a aliança que Deus fez com o povo de Israel e culmina na vinda de Jesus Cristo, que cumpriu essas profecias de maneira gloriosa e redentora.
1. A Profecia de Isaías
Isaías profetizou que o Messias nasceria da descendência de Jessé, o pai de Davi. Essa promessa é encontrada em Isaías 11.1, onde se diz: "Um renovo sairá do tronco de Jessé, e das suas raízes um rebento frutificará." Esta profecia não apenas identifica a linhagem real de onde o Messias viria, mas também aponta para o aspecto de renovação e vida que o Messias traria ao povo de Israel e à humanidade.
- Significado Teológico: A referência a Jessé é crucial, pois demonstra que o Messias não só é esperado como um rei, mas também como alguém que traz renovação e restauração espiritual. Isso estabelece um paralelo com o próprio Rei Davi, que é muitas vezes visto como um modelo de liderança e fidelidade a Deus.
2. Jesus, o Filho de Davi
A identificação de Jesus como "O Filho de Davi" é um título que enfatiza seu direito legal ao trono de Israel e sua identidade messiânica. Nos Evangelhos, essa conexão é frequentemente destacada, como em Lucas 18.37-40, onde um cego, ao ouvir a passagem de Jesus, clama: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!"
- Aplicação Prática: Essa denominação convida os crentes a reconhecerem Jesus não apenas como um profeta ou um mestre, mas como o legítimo Rei prometido que veio para cumprir as profecias e redimir Seu povo. Essa crença é um elemento central da fé cristã.
3. Emanuel: Deus Conosco
A profecia de Isaías sobre o nascimento do Messias é complementada na passagem de Mateus 1.23, onde se menciona que Ele seria chamado de Emanuel, que significa "Deus conosco". Esta designação é rica em significado, pois denota a encarnação de Deus na pessoa de Jesus Cristo.
- Teologia da Encarnação: O conceito de "Deus conosco" é fundamental para a compreensão do caráter de Deus e Sua proximidade com a humanidade. Deus não está distante; Ele se tornou um de nós. A encarnação representa a culminação do plano de Deus para redimir a criação e se relacionar de forma íntima com a humanidade.
4. Redenção e Restauração
A promessa do Messias não se limita a Israel; ela abrange toda a humanidade. Jesus, ao cumprir as promessas feitas ao povo de Israel, também se torna o Salvador de todos os povos.
- Referências Bíblicas: Em Gálatas 3.8, Paulo escreve: "Ora, a Escritura, prevendo que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou o evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações." Essa passagem enfatiza que a bênção prometida a Abraão se estende a todos os povos por meio de Cristo.
Conclusão Teológica
A promessa do Reino do Messias, com seu cumprimento em Jesus Cristo, é um testemunho da fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas ao longo da história. A identificação de Jesus como "O Filho de Davi" e "Emanuel" não apenas reafirma Sua linhagem, mas também estabelece Seu papel como o Rei que veio para restaurar a criação e trazer esperança a toda a humanidade.
Aplicação Pessoal
- Reconhecimento de Jesus como Rei: Como seguidores de Cristo, somos chamados a reconhecer Sua soberania em nossas vidas. Aceitar Jesus como "O Filho de Davi" implica viver sob Seu Senhorio e buscar Sua vontade em nossas decisões diárias.
- Viver a Realidade de "Deus Conosco": A presença de Deus em nossas vidas é uma fonte de consolo e força. Em momentos de dificuldade, devemos lembrar que Jesus é Emanuel — Ele está conosco em todas as circunstâncias. Essa verdade deve nos encorajar a confiar em Sua providência e cuidar de nosso relacionamento com Ele.
- Participação no Plano Redentor: A promessa do Messias nos chama a participar ativamente da missão de Deus. Ao compartilhar o evangelho e viver de acordo com os princípios do Reino, contribuímos para a realização das promessas de Deus na vida das pessoas ao nosso redor.
A promessa do Reino do Messias é um convite a todos nós para sermos parte do plano divino de redenção e restauração, que começou com Abraão, passou por Davi e se concretizou em Jesus Cristo.
SINOPSE II
As promessas feitas a Abrão culminam na promessa de que o Messias viria para redimir Israel e a humanidade de seus pecados.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
III- A PROMESSA DE SALVAÇÃO PARA ISRAEL
1- A queda de Israel. O Novo Testamento mostra claramente a queda de Israel. A nação não conseguiu exercer o papel de nação sacerdotal no meio de outras nações (Lc 21.24). Por isso, os capítulos 9-11 da Epístola de Paulo aos Romanos trata de algumas questões que muitos cristãos dos dias atuais se fazem hoje: Como as promessas de Deus para Israel podem permanecer válidas hoje? Elas foram revogadas? De fato, Israel permanece em rebelião contra Deus porque a nação não reconheceu o Senhor Jesus como o seu Messias verdadeiro (Rm 9.30-31; 11.11-15).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A questão da salvação de Israel é um tema profundo e complexo, especialmente à luz do Novo Testamento, que revela a queda de Israel e o cumprimento das promessas de Deus através de Cristo. A análise das promessas de salvação para Israel deve levar em conta tanto a história da nação quanto a teologia apostólica.
1. A Queda de Israel
A queda de Israel, conforme descrita no Novo Testamento, é uma realidade espiritual e histórica. Jesus, ao profetizar sobre a destruição de Jerusalém, disse que a nação seria subjugada por outras nações (Lucas 21.24). Isso se cumpriu em 70 d.C. com a destruição do Templo e a dispersão do povo judaico.
- Referência Bíblica: Lucas 21.24 - "E cairão ao fio da espada, e serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem."
Esse versículo enfatiza a rejeição de Israel ao Messias e as consequências dessa rejeição. A nação não conseguiu cumprir seu papel de nação sacerdotal, conforme estipulado em Êxodo 19.6: "E vós me sereis um reino de sacerdotes e uma nação santa."
2. A Dúvida das Promessas
Os capítulos 9 a 11 da Epístola aos Romanos abordam questões cruciais sobre a validade das promessas de Deus para Israel, especialmente diante da queda da nação. Paulo discute se essas promessas foram revogadas e responde de forma clara e enfática.
- Referência Bíblica: Romanos 11.1 - "Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim."
Paulo enfatiza que Deus não rejeitou Israel. Embora a nação tenha caído em rebelião e não reconhecido Jesus como o Messias, as promessas de Deus permanecem válidas. A queda de Israel, portanto, não implica a revogação das promessas.
3. O Remanescente Fiel
Dentro do povo de Israel, Deus sempre preservou um remanescente fiel que reconheceu Jesus como o Messias. Paulo menciona que, mesmo em tempos de rebelião, sempre há aqueles que permanecem fiéis ao Senhor.
- Referência Bíblica: Romanos 11.5 - "Assim, também agora, neste tempo, ficou um remanescente, segundo a eleição da graça."
Esse remanescente é uma prova de que a graça de Deus continua a operar em Israel, e que as promessas de salvação ainda são válidas.
4. O Papel da Salvação para as Nações
A queda de Israel não é apenas uma questão de juízo, mas também um meio pelo qual Deus está cumprindo Suas promessas. A rejeição do Messias pelos líderes de Israel resultou na abertura da porta da salvação para os gentios.
- Referência Bíblica: Romanos 11.11-12 - "Pergunto, pois: Porventura, tropeçaram os israelitas, para que caíssem? De modo nenhum! Mas pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para provocar-lhes ciúmes."
Essa passagem ilustra o plano de Deus de incluir os gentios na salvação e, ao mesmo tempo, provocar Israel a reconhecer o Messias.
5. O Futuro de Israel
Paulo conclui que um dia, todo Israel será salvo. Essa afirmação é um poderoso testemunho da fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas.
- Referência Bíblica: Romanos 11.26 - "E assim todo Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e converterá de Jacó as impiedades."
Esse versículo aponta para um futuro glorioso, onde a nação de Israel reconhecerá Jesus como seu Senhor e Salvador, cumprindo assim as promessas feitas a Abraão e seus descendentes.
Aplicação Pessoal
- Reconhecimento da Graça: A queda de Israel nos ensina sobre a soberania de Deus e Sua graça. Devemos reconhecer que a salvação é um presente que não podemos conquistar, mas receber pela fé.
- Esperança para o Futuro: A promessa de que "todo Israel será salvo" nos dá esperança de que Deus ainda está trabalhando no coração do povo judeu e que um dia todos reconhecerão Cristo.
- Missão Evangelística: Assim como a rejeição do Messias pelos líderes de Israel trouxe a salvação aos gentios, devemos estar atentos à nossa responsabilidade de compartilhar o evangelho, entendendo que a graça de Deus é para todos, incluindo os israelitas.
Conclusão
A queda de Israel é um tema que revela tanto a seriedade do juízo de Deus quanto a profundidade de Sua graça. As promessas de salvação continuam a existir e, mesmo em meio à rebelião, Deus preserva um remanescente fiel. As promessas feitas a Israel são irrevogáveis e, em Cristo, vemos a realização das promessas de Deus não apenas para Israel, mas para toda a humanidade.
A questão da salvação de Israel é um tema profundo e complexo, especialmente à luz do Novo Testamento, que revela a queda de Israel e o cumprimento das promessas de Deus através de Cristo. A análise das promessas de salvação para Israel deve levar em conta tanto a história da nação quanto a teologia apostólica.
1. A Queda de Israel
A queda de Israel, conforme descrita no Novo Testamento, é uma realidade espiritual e histórica. Jesus, ao profetizar sobre a destruição de Jerusalém, disse que a nação seria subjugada por outras nações (Lucas 21.24). Isso se cumpriu em 70 d.C. com a destruição do Templo e a dispersão do povo judaico.
- Referência Bíblica: Lucas 21.24 - "E cairão ao fio da espada, e serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem."
Esse versículo enfatiza a rejeição de Israel ao Messias e as consequências dessa rejeição. A nação não conseguiu cumprir seu papel de nação sacerdotal, conforme estipulado em Êxodo 19.6: "E vós me sereis um reino de sacerdotes e uma nação santa."
2. A Dúvida das Promessas
Os capítulos 9 a 11 da Epístola aos Romanos abordam questões cruciais sobre a validade das promessas de Deus para Israel, especialmente diante da queda da nação. Paulo discute se essas promessas foram revogadas e responde de forma clara e enfática.
- Referência Bíblica: Romanos 11.1 - "Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim."
Paulo enfatiza que Deus não rejeitou Israel. Embora a nação tenha caído em rebelião e não reconhecido Jesus como o Messias, as promessas de Deus permanecem válidas. A queda de Israel, portanto, não implica a revogação das promessas.
3. O Remanescente Fiel
Dentro do povo de Israel, Deus sempre preservou um remanescente fiel que reconheceu Jesus como o Messias. Paulo menciona que, mesmo em tempos de rebelião, sempre há aqueles que permanecem fiéis ao Senhor.
- Referência Bíblica: Romanos 11.5 - "Assim, também agora, neste tempo, ficou um remanescente, segundo a eleição da graça."
Esse remanescente é uma prova de que a graça de Deus continua a operar em Israel, e que as promessas de salvação ainda são válidas.
4. O Papel da Salvação para as Nações
A queda de Israel não é apenas uma questão de juízo, mas também um meio pelo qual Deus está cumprindo Suas promessas. A rejeição do Messias pelos líderes de Israel resultou na abertura da porta da salvação para os gentios.
- Referência Bíblica: Romanos 11.11-12 - "Pergunto, pois: Porventura, tropeçaram os israelitas, para que caíssem? De modo nenhum! Mas pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para provocar-lhes ciúmes."
Essa passagem ilustra o plano de Deus de incluir os gentios na salvação e, ao mesmo tempo, provocar Israel a reconhecer o Messias.
5. O Futuro de Israel
Paulo conclui que um dia, todo Israel será salvo. Essa afirmação é um poderoso testemunho da fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas.
- Referência Bíblica: Romanos 11.26 - "E assim todo Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e converterá de Jacó as impiedades."
Esse versículo aponta para um futuro glorioso, onde a nação de Israel reconhecerá Jesus como seu Senhor e Salvador, cumprindo assim as promessas feitas a Abraão e seus descendentes.
Aplicação Pessoal
- Reconhecimento da Graça: A queda de Israel nos ensina sobre a soberania de Deus e Sua graça. Devemos reconhecer que a salvação é um presente que não podemos conquistar, mas receber pela fé.
- Esperança para o Futuro: A promessa de que "todo Israel será salvo" nos dá esperança de que Deus ainda está trabalhando no coração do povo judeu e que um dia todos reconhecerão Cristo.
- Missão Evangelística: Assim como a rejeição do Messias pelos líderes de Israel trouxe a salvação aos gentios, devemos estar atentos à nossa responsabilidade de compartilhar o evangelho, entendendo que a graça de Deus é para todos, incluindo os israelitas.
Conclusão
A queda de Israel é um tema que revela tanto a seriedade do juízo de Deus quanto a profundidade de Sua graça. As promessas de salvação continuam a existir e, mesmo em meio à rebelião, Deus preserva um remanescente fiel. As promessas feitas a Israel são irrevogáveis e, em Cristo, vemos a realização das promessas de Deus não apenas para Israel, mas para toda a humanidade.
2- A tristeza de Paulo por Israel. O capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo pelos judeus que não conhecem a Cristo (2 Co 9.22). Sim, os judeus que não conhecem a Cristo estão em uma situação muito difícil, pois o Senhor Jesus descende diretamente deles, segundo a carne (Rm 9.5). Esse sentimento de tristeza e, ao mesmo tempo, uma atitude piedosa de sofrer pela salvação dos judeus, deve ser um compromisso permanente de cada cristão para a evangelização dos judeus (Mt 23.32).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A tristeza de Paulo por Israel, expressa no capítulo 9 da Epístola aos Romanos, reflete seu profundo amor e preocupação pela salvação de seu povo. Esse sentimento é um testemunho não apenas da sua identidade como israelita, mas também da sua paixão pelo evangelho e pelo desejo de que todos cheguem ao conhecimento da verdade em Cristo.
1. A Profunda Tristeza de Paulo
Paulo começa Romanos 9 com uma declaração poderosa de sua dor:
- Referência Bíblica: Romanos 9.1-2 - "Digo a verdade em Cristo; não minto, e a minha consciência me dá testemunho no Espírito Santo, que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração."
A intensidade dessa dor é uma evidência do seu amor por seus compatriotas. Ele se identifica tão profundamente com a condição espiritual deles que está disposto a sacrificar até mesmo sua própria salvação se isso significasse a salvação de Israel.
- Referência Bíblica: Romanos 9.3 - "Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne."
Essa declaração é um exemplo extremo do amor sacrificial. A disposição de Paulo de se separar de Cristo reflete o coração do verdadeiro evangelista, que se preocupa mais com a salvação dos outros do que com sua própria condição.
2. A Condição Espiritual dos Judeus
Paulo reconhece que os judeus estão em uma situação difícil. Embora sejam o povo escolhido de Deus, muitos deles não reconheceram Jesus como o Messias. Ele lembra que:
- Referência Bíblica: Romanos 9.5 - "Dentre os quais está Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!"
Aqui, Paulo enfatiza que Jesus é um judeu e que sua linha de descendência é diretamente ligada a Israel. A incredulidade do povo é uma tragédia, pois o próprio Messias que eles esperavam veio entre eles, mas muitos o rejeitaram.
3. Compromisso com a Evangelização
A tristeza de Paulo não é apenas uma emoção passageira; ela se traduz em ação. O apóstolo está comprometido com a evangelização, não só dos gentios, mas também dos judeus.
- Referência Bíblica: Mateus 23.32 - "Enchei, pois, a medida de vossos pais."
Essa passagem é um lembrete do chamado de Jesus aos líderes religiosos, que eram responsáveis por guiar o povo, mas que falharam em reconhecer a verdade do evangelho. A chamada à evangelização dos judeus deve ser um compromisso contínuo para os cristãos.
4. A Urgência da Missão
A tristeza de Paulo pela salvação de Israel nos desafia a refletir sobre a urgência da missão. O evangelho é a única esperança para todos, incluindo os judeus. Portanto, a igreja deve se comprometer a compartilhar a mensagem da salvação com amor e compaixão, assim como Paulo fez.
Aplicação Pessoal
- Empatia e Compaixão: Devemos cultivar um coração que se entristece pela condição espiritual dos que ainda não conhecem a Cristo, assim como Paulo. Isso nos motivará a orar e evangelizar ativamente.
- Intercessão: A intercessão é uma forma poderosa de amor. Podemos seguir o exemplo de Paulo, dedicando tempo em oração pela salvação de nossos amigos, familiares e comunidades que ainda não conhecem o evangelho.
- Cumplicidade na Missão: O compromisso com a evangelização não deve ser apenas uma responsabilidade dos líderes da igreja, mas de cada cristão. Devemos nos envolver ativamente em compartilhar a boa nova, lembrando que cada vida é preciosa para Deus.
Conclusão
A tristeza de Paulo por Israel é um testemunho do profundo amor que ele tinha por seu povo e da urgência da missão de evangelizar. O reconhecimento da condição espiritual dos judeus e a disposição de se sacrificar por eles nos desafiam a também assumir um papel ativo na proclamação do evangelho, buscando sempre levar a mensagem da salvação a todos, independentemente de sua origem. A compaixão deve ser o motor que nos impulsiona a agir em favor dos que estão perdidos, refletindo o coração de Deus para com toda a humanidade.
A tristeza de Paulo por Israel, expressa no capítulo 9 da Epístola aos Romanos, reflete seu profundo amor e preocupação pela salvação de seu povo. Esse sentimento é um testemunho não apenas da sua identidade como israelita, mas também da sua paixão pelo evangelho e pelo desejo de que todos cheguem ao conhecimento da verdade em Cristo.
1. A Profunda Tristeza de Paulo
Paulo começa Romanos 9 com uma declaração poderosa de sua dor:
- Referência Bíblica: Romanos 9.1-2 - "Digo a verdade em Cristo; não minto, e a minha consciência me dá testemunho no Espírito Santo, que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração."
A intensidade dessa dor é uma evidência do seu amor por seus compatriotas. Ele se identifica tão profundamente com a condição espiritual deles que está disposto a sacrificar até mesmo sua própria salvação se isso significasse a salvação de Israel.
- Referência Bíblica: Romanos 9.3 - "Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne."
Essa declaração é um exemplo extremo do amor sacrificial. A disposição de Paulo de se separar de Cristo reflete o coração do verdadeiro evangelista, que se preocupa mais com a salvação dos outros do que com sua própria condição.
2. A Condição Espiritual dos Judeus
Paulo reconhece que os judeus estão em uma situação difícil. Embora sejam o povo escolhido de Deus, muitos deles não reconheceram Jesus como o Messias. Ele lembra que:
- Referência Bíblica: Romanos 9.5 - "Dentre os quais está Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!"
Aqui, Paulo enfatiza que Jesus é um judeu e que sua linha de descendência é diretamente ligada a Israel. A incredulidade do povo é uma tragédia, pois o próprio Messias que eles esperavam veio entre eles, mas muitos o rejeitaram.
3. Compromisso com a Evangelização
A tristeza de Paulo não é apenas uma emoção passageira; ela se traduz em ação. O apóstolo está comprometido com a evangelização, não só dos gentios, mas também dos judeus.
- Referência Bíblica: Mateus 23.32 - "Enchei, pois, a medida de vossos pais."
Essa passagem é um lembrete do chamado de Jesus aos líderes religiosos, que eram responsáveis por guiar o povo, mas que falharam em reconhecer a verdade do evangelho. A chamada à evangelização dos judeus deve ser um compromisso contínuo para os cristãos.
4. A Urgência da Missão
A tristeza de Paulo pela salvação de Israel nos desafia a refletir sobre a urgência da missão. O evangelho é a única esperança para todos, incluindo os judeus. Portanto, a igreja deve se comprometer a compartilhar a mensagem da salvação com amor e compaixão, assim como Paulo fez.
Aplicação Pessoal
- Empatia e Compaixão: Devemos cultivar um coração que se entristece pela condição espiritual dos que ainda não conhecem a Cristo, assim como Paulo. Isso nos motivará a orar e evangelizar ativamente.
- Intercessão: A intercessão é uma forma poderosa de amor. Podemos seguir o exemplo de Paulo, dedicando tempo em oração pela salvação de nossos amigos, familiares e comunidades que ainda não conhecem o evangelho.
- Cumplicidade na Missão: O compromisso com a evangelização não deve ser apenas uma responsabilidade dos líderes da igreja, mas de cada cristão. Devemos nos envolver ativamente em compartilhar a boa nova, lembrando que cada vida é preciosa para Deus.
Conclusão
A tristeza de Paulo por Israel é um testemunho do profundo amor que ele tinha por seu povo e da urgência da missão de evangelizar. O reconhecimento da condição espiritual dos judeus e a disposição de se sacrificar por eles nos desafiam a também assumir um papel ativo na proclamação do evangelho, buscando sempre levar a mensagem da salvação a todos, independentemente de sua origem. A compaixão deve ser o motor que nos impulsiona a agir em favor dos que estão perdidos, refletindo o coração de Deus para com toda a humanidade.
3- Promessa de salvação a Israel. “Quando orava por Israel, o apóstolo expressava o seguinte: “dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.3-5). Essas qualificações mostram que Deus cumpre a sua palavra, prometida àqueles homens que o buscam em sinceridade. Por isso, a Bíblia assegura que Israel será salvo, ainda que não totalmente. A Bíblia diz que esse povo será chamado de (‘filhos do Deus vivo” (Rm 9.26); que “o remanescente fiel de Israel” será salvo (Rm 9.27). O Libertador que virá de Sião fará isso (Rm 11.26).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa de salvação para Israel é um tema central na teologia paulina e uma expressão do caráter fiel de Deus. A citação de Romanos 9.3-5 revela a riqueza das bênçãos que Deus conferiu a Israel, destacando sua posição única na história da salvação.
1. Identidade e Adoção de Filhos
Paulo enfatiza que Israel é um povo escolhido por Deus, com uma identidade especial:
- Referência Bíblica: Romanos 9.4 - "Dos quais é a adoção de filhos."
A expressão "adoção de filhos" reflete a intimidade do relacionamento entre Deus e Israel. A adoção implica um status privilegiado, onde Israel é visto não apenas como um povo, mas como filhos de Deus. Essa adoção é uma confirmação do amor incondicional de Deus e de Sua escolha soberana.
2. As Bênçãos e Promessas
As promessas e bênçãos de Deus a Israel são amplamente reconhecidas no Antigo Testamento e reafirmadas por Paulo. Essas bênçãos incluem:
- Referência Bíblica: Romanos 9.4 - "E a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas."
Esses elementos refletem a história rica de Israel e a intervenção divina em sua vida. A "glória" refere-se à presença manifesta de Deus entre eles, enquanto os "concertos" e "a lei" simbolizam a aliança que Deus fez com seu povo. A "glória" também pode ser entendida como a promessa da presença futura de Deus em meio a eles, especialmente em relação ao Messias.
3. Cristo e o Povo de Israel
Paulo continua a enfatizar que a linhagem do Messias vem de Israel:
- Referência Bíblica: Romanos 9.5 - "Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne."
A afirmação de que Cristo veio "segundo a carne" ressalta a importância da descendência de Abraão e a continuidade das promessas de Deus ao longo da história. Isso também reafirma que Jesus é o cumprimento das promessas messiânicas feitas a Israel.
4. A Salvação do Remanescente
Apesar da incredulidade de muitos, Paulo expressa a esperança de que Israel será salvo:
- Referência Bíblica: Romanos 9.26 - "E será que, no lugar em que lhes foi dito: ‘Vós não sois meu povo’, ali serão chamados ‘filhos do Deus vivo’."
Essa citação é uma alusão a Oséias, indicando que Deus ainda tem um plano redentor para Israel. Mesmo que uma parte significativa da nação tenha rejeitado o evangelho, há uma promessa de um "remanescente fiel" que será salvo:
- Referência Bíblica: Romanos 9.27 - "E Isaias clama a respeito de Israel: Se for o número dos filhos de Israel como a areia do mar, o remanescente será salvo."
O remanescente é a esperança de que aqueles que permanecem fiéis a Deus, mesmo em meio à apostasia, terão um lugar no plano divino.
5. O Libertador de Sião
Paulo conclui esta seção com uma promessa esperançosa:
- Referência Bíblica: Romanos 11.26 - "E assim todo o Israel será salvo."
Essa afirmação aponta para a vinda do Libertador que restaurará Israel, referindo-se a Jesus Cristo. A salvação de Israel é um componente essencial do plano de Deus, que inclui tanto a redenção de Israel quanto a dos gentios.
Aplicação Pessoal
- Reconhecimento do Chamado: Como cristãos, devemos reconhecer o chamado especial de Israel e orar por sua salvação, entendendo que Deus é fiel às Suas promessas.
- Inspiração na Perseverança: A presença de um remanescente fiel em Israel nos inspira a perseverar em nossa fé, mesmo diante de dificuldades e incertezas.
- Compromisso com o Evangelho: A salvação de Israel deve nos motivar a compartilhar o evangelho com fervor, tanto entre os judeus quanto entre os gentios, com a esperança de que todos cheguem ao conhecimento da verdade.
Conclusão
A promessa de salvação a Israel é um testemunho do caráter fiel de Deus e do seu amor incondicional. Embora muitos em Israel tenham rejeitado o Messias, Deus ainda tem um plano para o Seu povo. A esperança do remanescente e a certeza de que "todo o Israel será salvo" são mensagens que ressoam através das gerações e que devem nos encorajar a viver com fé, amor e compromisso com a missão de Deus.
A promessa de salvação para Israel é um tema central na teologia paulina e uma expressão do caráter fiel de Deus. A citação de Romanos 9.3-5 revela a riqueza das bênçãos que Deus conferiu a Israel, destacando sua posição única na história da salvação.
1. Identidade e Adoção de Filhos
Paulo enfatiza que Israel é um povo escolhido por Deus, com uma identidade especial:
- Referência Bíblica: Romanos 9.4 - "Dos quais é a adoção de filhos."
A expressão "adoção de filhos" reflete a intimidade do relacionamento entre Deus e Israel. A adoção implica um status privilegiado, onde Israel é visto não apenas como um povo, mas como filhos de Deus. Essa adoção é uma confirmação do amor incondicional de Deus e de Sua escolha soberana.
2. As Bênçãos e Promessas
As promessas e bênçãos de Deus a Israel são amplamente reconhecidas no Antigo Testamento e reafirmadas por Paulo. Essas bênçãos incluem:
- Referência Bíblica: Romanos 9.4 - "E a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas."
Esses elementos refletem a história rica de Israel e a intervenção divina em sua vida. A "glória" refere-se à presença manifesta de Deus entre eles, enquanto os "concertos" e "a lei" simbolizam a aliança que Deus fez com seu povo. A "glória" também pode ser entendida como a promessa da presença futura de Deus em meio a eles, especialmente em relação ao Messias.
3. Cristo e o Povo de Israel
Paulo continua a enfatizar que a linhagem do Messias vem de Israel:
- Referência Bíblica: Romanos 9.5 - "Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne."
A afirmação de que Cristo veio "segundo a carne" ressalta a importância da descendência de Abraão e a continuidade das promessas de Deus ao longo da história. Isso também reafirma que Jesus é o cumprimento das promessas messiânicas feitas a Israel.
4. A Salvação do Remanescente
Apesar da incredulidade de muitos, Paulo expressa a esperança de que Israel será salvo:
- Referência Bíblica: Romanos 9.26 - "E será que, no lugar em que lhes foi dito: ‘Vós não sois meu povo’, ali serão chamados ‘filhos do Deus vivo’."
Essa citação é uma alusão a Oséias, indicando que Deus ainda tem um plano redentor para Israel. Mesmo que uma parte significativa da nação tenha rejeitado o evangelho, há uma promessa de um "remanescente fiel" que será salvo:
- Referência Bíblica: Romanos 9.27 - "E Isaias clama a respeito de Israel: Se for o número dos filhos de Israel como a areia do mar, o remanescente será salvo."
O remanescente é a esperança de que aqueles que permanecem fiéis a Deus, mesmo em meio à apostasia, terão um lugar no plano divino.
5. O Libertador de Sião
Paulo conclui esta seção com uma promessa esperançosa:
- Referência Bíblica: Romanos 11.26 - "E assim todo o Israel será salvo."
Essa afirmação aponta para a vinda do Libertador que restaurará Israel, referindo-se a Jesus Cristo. A salvação de Israel é um componente essencial do plano de Deus, que inclui tanto a redenção de Israel quanto a dos gentios.
Aplicação Pessoal
- Reconhecimento do Chamado: Como cristãos, devemos reconhecer o chamado especial de Israel e orar por sua salvação, entendendo que Deus é fiel às Suas promessas.
- Inspiração na Perseverança: A presença de um remanescente fiel em Israel nos inspira a perseverar em nossa fé, mesmo diante de dificuldades e incertezas.
- Compromisso com o Evangelho: A salvação de Israel deve nos motivar a compartilhar o evangelho com fervor, tanto entre os judeus quanto entre os gentios, com a esperança de que todos cheguem ao conhecimento da verdade.
Conclusão
A promessa de salvação a Israel é um testemunho do caráter fiel de Deus e do seu amor incondicional. Embora muitos em Israel tenham rejeitado o Messias, Deus ainda tem um plano para o Seu povo. A esperança do remanescente e a certeza de que "todo o Israel será salvo" são mensagens que ressoam através das gerações e que devem nos encorajar a viver com fé, amor e compromisso com a missão de Deus.
SINOPSE III
A Bíblia assegura que o remanescente fiel de Israel será salvo pelo libertador que virá de Sião.
CONCLUSÃO
As promessas de Deus para Israel não podem falhar. O que Deus prometeu a Abrão, a Isaque e a Jacó se cumpriu em parte; e terá seu cumprimento pleno nos tempos futuros, quando o Senhor Jesus voltar em Glória e implantar o seu glorioso Reino do Milênio. Lembremos da Palavra de compromisso do Senhor: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
As promessas divinas feitas a Israel, a Abraão, Isaque e Jacó, são pilares da fé judaica e cristã. A certeza de que essas promessas não falharão é um tema recorrente nas Escrituras e é crucial para a compreensão do plano redentor de Deus.
1. A Fidelidade de Deus nas Promessas
Deus é fiel e suas promessas são irrevogáveis. Como enfatizado em Romanos 11.29: “Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.” Essa afirmação reforça que as promessas feitas a Israel não estão sujeitas a revogação ou mudança, independentemente das circunstâncias.
2. Cumprimentos Parciais e Plenos
As promessas a Abraão, Isaque e Jacó têm sido cumpridas em partes ao longo da história. Por exemplo:
- Abraão: A promessa de que ele seria o pai de uma grande nação foi cumprida com o surgimento de Israel.
- Isaque: A continuidade das promessas foi garantida em sua descendência, sendo Isaque o portador das bênçãos divinas.
- Jacó: As promessas se expandiram com os doze filhos de Jacó, que se tornaram as doze tribos de Israel.
Entretanto, o cumprimento pleno dessas promessas está ligado ao retorno de Cristo e à implantação do Reino do Milênio, quando todas as nações reconhecerão a soberania de Deus e Sua escolha por Israel.
3. A Segurança da Promessa
A citação de Isaías 43.13 reflete a segurança das promessas de Deus: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” Essa passagem destaca a soberania de Deus sobre a história e Sua capacidade de cumprir Suas promessas. Ele é o “Eu Sou”, o eterno e imutável, que não pode ser frustrado em Suas intenções.
4. A Esperança do Reino do Milênio
A esperança cristã é que, no retorno de Cristo, haverá um tempo de restauração não só para Israel, mas para toda a criação. O Reino do Milênio será uma época de paz e justiça, onde as promessas feitas a Israel encontrarão sua plenitude. Como mencionado em Apocalipse 20, Cristo reinará por mil anos, trazendo cumprimento a todas as promessas proféticas.
Aplicação Prática
- Confiança nas Promessas de Deus: Em tempos de incerteza, podemos nos apegar à certeza de que Deus é fiel e cumprirá Suas promessas. Isso deve nos encorajar a viver em fé e esperança.
- Oração pela Restauração de Israel: Devemos orar pela salvação e restauração do povo de Israel, reconhecendo que eles têm um lugar especial no plano de Deus.
- Viver à Luz do Reino Vindouro: Nossa perspectiva deve ser moldada pela esperança do Reino de Deus. Como cidadãos do Reino, somos chamados a viver de maneira que reflita essa realidade, promovendo justiça e paz em nosso dia a dia.
Conclusão
As promessas de Deus para Israel são um testemunho de Sua fidelidade e soberania. Mesmo que o cumprimento pleno ainda esteja por vir, podemos ter certeza de que o que Deus prometeu se realizará. Assim como Ele operou na história de Abraão, Isaque e Jacó, Ele também atuará na história futura, trazendo à luz a Sua gloriosa promessa do Reino do Milênio.
As promessas divinas feitas a Israel, a Abraão, Isaque e Jacó, são pilares da fé judaica e cristã. A certeza de que essas promessas não falharão é um tema recorrente nas Escrituras e é crucial para a compreensão do plano redentor de Deus.
1. A Fidelidade de Deus nas Promessas
Deus é fiel e suas promessas são irrevogáveis. Como enfatizado em Romanos 11.29: “Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.” Essa afirmação reforça que as promessas feitas a Israel não estão sujeitas a revogação ou mudança, independentemente das circunstâncias.
2. Cumprimentos Parciais e Plenos
As promessas a Abraão, Isaque e Jacó têm sido cumpridas em partes ao longo da história. Por exemplo:
- Abraão: A promessa de que ele seria o pai de uma grande nação foi cumprida com o surgimento de Israel.
- Isaque: A continuidade das promessas foi garantida em sua descendência, sendo Isaque o portador das bênçãos divinas.
- Jacó: As promessas se expandiram com os doze filhos de Jacó, que se tornaram as doze tribos de Israel.
Entretanto, o cumprimento pleno dessas promessas está ligado ao retorno de Cristo e à implantação do Reino do Milênio, quando todas as nações reconhecerão a soberania de Deus e Sua escolha por Israel.
3. A Segurança da Promessa
A citação de Isaías 43.13 reflete a segurança das promessas de Deus: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” Essa passagem destaca a soberania de Deus sobre a história e Sua capacidade de cumprir Suas promessas. Ele é o “Eu Sou”, o eterno e imutável, que não pode ser frustrado em Suas intenções.
4. A Esperança do Reino do Milênio
A esperança cristã é que, no retorno de Cristo, haverá um tempo de restauração não só para Israel, mas para toda a criação. O Reino do Milênio será uma época de paz e justiça, onde as promessas feitas a Israel encontrarão sua plenitude. Como mencionado em Apocalipse 20, Cristo reinará por mil anos, trazendo cumprimento a todas as promessas proféticas.
Aplicação Prática
- Confiança nas Promessas de Deus: Em tempos de incerteza, podemos nos apegar à certeza de que Deus é fiel e cumprirá Suas promessas. Isso deve nos encorajar a viver em fé e esperança.
- Oração pela Restauração de Israel: Devemos orar pela salvação e restauração do povo de Israel, reconhecendo que eles têm um lugar especial no plano de Deus.
- Viver à Luz do Reino Vindouro: Nossa perspectiva deve ser moldada pela esperança do Reino de Deus. Como cidadãos do Reino, somos chamados a viver de maneira que reflita essa realidade, promovendo justiça e paz em nosso dia a dia.
Conclusão
As promessas de Deus para Israel são um testemunho de Sua fidelidade e soberania. Mesmo que o cumprimento pleno ainda esteja por vir, podemos ter certeza de que o que Deus prometeu se realizará. Assim como Ele operou na história de Abraão, Isaque e Jacó, Ele também atuará na história futura, trazendo à luz a Sua gloriosa promessa do Reino do Milênio.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Quantos anos Abrão tinha quando Deus disse que ele seria uma grande nação?
Quando Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o patriarca estava com 75 anos.
2- Que promessas Deus fez a Abraão acerca de outros povos?
A bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma bênção” (Gn 12.2 ). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso com Abrão.
3- Qual foi a promessa que o Senhor reiterou a Jacó?
A história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande bênção para os israelitas.
4- Por que Esaú perdeu o direito de primogenitura?
Esaú perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida (Gn 27.30-34)
5- O que Romanos 9 demonstra?
O capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo Paulo pelos judeus que não conhecem a Cristo (1 Co 9.22).
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