TEXTO ÁUREO “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão co...
TEXTO ÁUREO
“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16.18)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Mateus 16.18 é um dos versículos mais debatidos e interpretados na teologia cristã, especialmente em relação à sua implicação para a autoridade da Igreja e a identidade de Pedro. Vamos analisar cada parte do versículo com profundidade teológica, contexto histórico e as raízes gregas das palavras mais importantes.
"Pois também eu te digo que tu és Pedro"
- "Digo" (λέγω, legō): Esta palavra grega é usada para significar uma declaração, um pronunciamento autoritativo. Jesus está fazendo uma afirmação importante, revelando algo fundamental para a identidade de Pedro e da Igreja.
- "Pedro" (Πέτρος, Petros): A palavra "Petros" em grego significa "pedra" ou "rocha pequena". Aqui, Jesus está fazendo um jogo de palavras com o nome de Pedro, referindo-se a ele como uma "rocha". No entanto, o termo tem nuances que precisam ser consideradas no contexto da passagem.
"e sobre esta pedra edificarei a minha igreja"
- "Pedra" (πέτρα, petra): Diferente de "Petros", "Petra" refere-se a uma rocha sólida, uma grande fundação. Há um debate teológico se Jesus está referindo-se a Pedro como "Petra" ou se a "rocha" mencionada é a confissão de fé que Pedro acabou de fazer em Cristo como o Messias (Mateus 16.16). O contexto sugere que "Petra" é uma base fundamental para a Igreja, mas a interpretação varia entre denominações. A Igreja Católica entende que Pedro é essa "pedra", enquanto muitos protestantes veem a confissão de fé como a "rocha" sobre a qual a Igreja é construída.
- "Edificarei" (οἰκοδομήσω, oikodomēsō): O verbo significa "construir" ou "erguer". A palavra é usada no Novo Testamento tanto para construir estruturas físicas quanto espirituais. Aqui, o uso é claramente metafórico, referindo-se à edificação da comunidade de crentes, a Igreja, como uma casa espiritual.
- "Igreja" (ἐκκλησία, ekklēsia): A palavra "ekklēsia" significa "assembleia" ou "comunidade chamada para fora". Originalmente usada no contexto secular para se referir a uma assembleia de cidadãos, no Novo Testamento ela assume um significado mais profundo, designando a comunidade daqueles que foram chamados por Deus para fora do mundo, formando a Igreja de Cristo. A palavra sublinha o aspecto comunitário e espiritual do corpo de Cristo.
"e as portas do inferno não prevalecerão contra ela"
- "Portas" (πύλαι, pylai): As portas simbolizam poder e autoridade. No mundo antigo, as portas de uma cidade eram lugares de conselho e tomada de decisões. Aqui, as "portas do inferno" simbolizam o poder e a influência do mal, e Jesus afirma que tais poderes não triunfarão sobre a Igreja.
- "Inferno" (ᾅδης, hadēs): O termo "hadēs" refere-se ao lugar dos mortos, uma palavra frequentemente usada no grego para descrever o submundo. No contexto judeu-cristão, pode ser sinônimo de "Seol", o reino dos mortos. Aqui, Jesus está afirmando que a morte e o poder do mal não terão a última palavra sobre a Igreja.
- "Prevalecerão" (κατισχύσουσιν, katischysousin): O verbo "katischyo" significa "ser mais forte", "prevalecer" ou "dominar". A frase completa transmite a ideia de que, embora o inferno e o mal possam tentar combater a Igreja, eles não serão vitoriosos.
Contexto Teológico e Histórico
Este versículo está no contexto de uma conversa crucial entre Jesus e seus discípulos sobre sua identidade. Pedro faz a confissão de que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16), e, em resposta, Jesus faz essa declaração. Historicamente, isso ocorre nas proximidades de Cesareia de Filipe, uma cidade cheia de influências pagãs, o que reforça o contraste entre o Reino de Deus e os poderes terrenos.
Teologicamente, a passagem tem sido usada para discutir a liderança de Pedro e sua relação com o estabelecimento da Igreja. A tradição católica vê isso como a base do papado, onde Pedro é visto como o primeiro papa, e sua autoridade é transmitida aos seus sucessores. Em outras tradições, especialmente protestantes, o foco está na confissão de Pedro e na fé em Cristo como a verdadeira fundação da Igreja.
Conclusão
Mateus 16.18 é uma afirmação poderosa sobre a missão da Igreja e sua proteção contra os poderes do mal. Jesus promete que sua Igreja, construída sobre uma fundação sólida, seja a confissão de Pedro ou o próprio Pedro, não será derrotada. As raízes gregas das palavras usadas ressaltam a autoridade de Cristo, a estabilidade da Igreja e a impotência do mal contra o poder de Deus.
Mateus 16.18 é um dos versículos mais debatidos e interpretados na teologia cristã, especialmente em relação à sua implicação para a autoridade da Igreja e a identidade de Pedro. Vamos analisar cada parte do versículo com profundidade teológica, contexto histórico e as raízes gregas das palavras mais importantes.
"Pois também eu te digo que tu és Pedro"
- "Digo" (λέγω, legō): Esta palavra grega é usada para significar uma declaração, um pronunciamento autoritativo. Jesus está fazendo uma afirmação importante, revelando algo fundamental para a identidade de Pedro e da Igreja.
- "Pedro" (Πέτρος, Petros): A palavra "Petros" em grego significa "pedra" ou "rocha pequena". Aqui, Jesus está fazendo um jogo de palavras com o nome de Pedro, referindo-se a ele como uma "rocha". No entanto, o termo tem nuances que precisam ser consideradas no contexto da passagem.
"e sobre esta pedra edificarei a minha igreja"
- "Pedra" (πέτρα, petra): Diferente de "Petros", "Petra" refere-se a uma rocha sólida, uma grande fundação. Há um debate teológico se Jesus está referindo-se a Pedro como "Petra" ou se a "rocha" mencionada é a confissão de fé que Pedro acabou de fazer em Cristo como o Messias (Mateus 16.16). O contexto sugere que "Petra" é uma base fundamental para a Igreja, mas a interpretação varia entre denominações. A Igreja Católica entende que Pedro é essa "pedra", enquanto muitos protestantes veem a confissão de fé como a "rocha" sobre a qual a Igreja é construída.
- "Edificarei" (οἰκοδομήσω, oikodomēsō): O verbo significa "construir" ou "erguer". A palavra é usada no Novo Testamento tanto para construir estruturas físicas quanto espirituais. Aqui, o uso é claramente metafórico, referindo-se à edificação da comunidade de crentes, a Igreja, como uma casa espiritual.
- "Igreja" (ἐκκλησία, ekklēsia): A palavra "ekklēsia" significa "assembleia" ou "comunidade chamada para fora". Originalmente usada no contexto secular para se referir a uma assembleia de cidadãos, no Novo Testamento ela assume um significado mais profundo, designando a comunidade daqueles que foram chamados por Deus para fora do mundo, formando a Igreja de Cristo. A palavra sublinha o aspecto comunitário e espiritual do corpo de Cristo.
"e as portas do inferno não prevalecerão contra ela"
- "Portas" (πύλαι, pylai): As portas simbolizam poder e autoridade. No mundo antigo, as portas de uma cidade eram lugares de conselho e tomada de decisões. Aqui, as "portas do inferno" simbolizam o poder e a influência do mal, e Jesus afirma que tais poderes não triunfarão sobre a Igreja.
- "Inferno" (ᾅδης, hadēs): O termo "hadēs" refere-se ao lugar dos mortos, uma palavra frequentemente usada no grego para descrever o submundo. No contexto judeu-cristão, pode ser sinônimo de "Seol", o reino dos mortos. Aqui, Jesus está afirmando que a morte e o poder do mal não terão a última palavra sobre a Igreja.
- "Prevalecerão" (κατισχύσουσιν, katischysousin): O verbo "katischyo" significa "ser mais forte", "prevalecer" ou "dominar". A frase completa transmite a ideia de que, embora o inferno e o mal possam tentar combater a Igreja, eles não serão vitoriosos.
Contexto Teológico e Histórico
Este versículo está no contexto de uma conversa crucial entre Jesus e seus discípulos sobre sua identidade. Pedro faz a confissão de que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16), e, em resposta, Jesus faz essa declaração. Historicamente, isso ocorre nas proximidades de Cesareia de Filipe, uma cidade cheia de influências pagãs, o que reforça o contraste entre o Reino de Deus e os poderes terrenos.
Teologicamente, a passagem tem sido usada para discutir a liderança de Pedro e sua relação com o estabelecimento da Igreja. A tradição católica vê isso como a base do papado, onde Pedro é visto como o primeiro papa, e sua autoridade é transmitida aos seus sucessores. Em outras tradições, especialmente protestantes, o foco está na confissão de Pedro e na fé em Cristo como a verdadeira fundação da Igreja.
Conclusão
Mateus 16.18 é uma afirmação poderosa sobre a missão da Igreja e sua proteção contra os poderes do mal. Jesus promete que sua Igreja, construída sobre uma fundação sólida, seja a confissão de Pedro ou o próprio Pedro, não será derrotada. As raízes gregas das palavras usadas ressaltam a autoridade de Cristo, a estabilidade da Igreja e a impotência do mal contra o poder de Deus.
VERDADE PRÁTICA
As promessas de Deus para a Igreja são gloriosas: promessas de vida eterna, de poder e glorificação final do nosso corpo.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A verdade prática apresentada enfatiza as promessas gloriosas de Deus para a Igreja, incluindo a vida eterna, o poder divino e a glorificação final do corpo. Esses conceitos são fundamentais na teologia cristã e são apoiados por várias passagens bíblicas que revelam o destino final dos crentes e a transformação que ocorrerá em Cristo. Vamos explorar esses aspectos com base nas Escrituras e em opiniões de teólogos cristãos.
1. Promessa de Vida Eterna
A promessa de vida eterna é uma das mais centrais no cristianismo. Desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento, Deus revela o seu plano de salvação, oferecendo vida além da morte para aqueles que o seguem.
- João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
- Aqui, a vida eterna é apresentada como um dom oferecido através da fé em Jesus Cristo. A salvação não apenas traz o perdão dos pecados, mas também garante uma vida que transcende a existência terrena.
- João 17:3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
- Jesus define a vida eterna como o conhecimento de Deus e de seu Filho. Este "conhecimento" vai além de uma simples compreensão intelectual, representando um relacionamento íntimo e transformador com Deus.
Opiniões de Livros Cristãos:
- Wayne Grudem, em sua Teologia Sistemática, afirma que a vida eterna é o estado final dos crentes, em que serão plenamente conformados à imagem de Cristo, vivendo em comunhão com Deus para sempre.
- John Stott, no livro Essentials: A Liberal-Evangelical Dialogue, explica que a vida eterna, no pensamento cristão, não é simplesmente uma extensão do tempo, mas uma nova qualidade de vida, vivida em plena harmonia com Deus.
2. Promessa de Poder
Jesus prometeu à Igreja o poder necessário para cumprir sua missão no mundo. Esse poder não é meramente humano, mas vem diretamente de Deus, capacitando os crentes para viver de acordo com sua vontade e para testemunhar sua verdade ao mundo.
- Atos 1:8: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.”
- O poder do Espírito Santo é uma promessa crucial, permitindo que a Igreja cumpra seu papel de ser testemunha do evangelho. A capacitação espiritual transforma os discípulos de Jesus em agentes ativos da obra de Deus.
- Efésios 1:19-20: “E qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus.”
- Paulo descreve o poder de Deus como "supremo" e operando nos crentes. Esse mesmo poder que ressuscitou Jesus está disponível à Igreja.
Opiniões de Livros Cristãos:
- A. W. Tozer, em The Pursuit of God, destaca que o poder de Deus, concedido pelo Espírito Santo, é essencial para que os cristãos vivam uma vida de santidade e serviço eficaz. Ele argumenta que sem esse poder, a vida cristã torna-se um esforço meramente humano.
- C. S. Lewis, em Cristianismo Puro e Simples, fala sobre como o poder de Deus transforma nossa fraqueza em força espiritual, capacitando-nos a viver em conformidade com o propósito divino.
3. Promessa de Glorificação Final do Corpo
A glorificação final dos crentes é uma doutrina essencial no cristianismo. Após a ressurreição, os corpos dos crentes serão transformados para refletir a glória de Cristo.
- 1 Coríntios 15:52-53: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.”
- Paulo descreve a glorificação dos corpos na ressurreição como um evento sobrenatural, em que o corpo mortal será revestido de imortalidade e incorruptibilidade. Esse é o destino final dos crentes, um corpo glorificado semelhante ao corpo ressurreto de Cristo.
- Filipenses 3:21: “O qual transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.”
- O corpo glorificado é comparado ao corpo de Cristo, exaltado e livre da corrupção. Esta é a promessa da glorificação final para todos os que estão em Cristo.
Opiniões de Livros Cristãos:
- John Piper, em Deus é o Evangelho, explica que a glorificação final é o momento em que os crentes experimentam a plenitude da salvação, sendo transformados física e espiritualmente para viver na presença de Deus por toda a eternidade.
- N. T. Wright, em Surprised by Hope, argumenta que a ressurreição corporal é a culminação do plano redentor de Deus. A glorificação dos corpos mostra que Deus não apenas resgata almas, mas renova a criação física, incluindo o corpo humano.
Conclusão
As promessas de Deus para a Igreja são verdadeiramente gloriosas e abrangem toda a realidade da salvação, desde a vida eterna até o poder espiritual no presente, culminando na glorificação final do corpo. Essas promessas refletem a fidelidade de Deus em conduzir seu povo a um destino final de comunhão plena com Ele. As Escrituras e os estudiosos cristãos concordam que essas promessas moldam nossa esperança, nossa missão e nossa compreensão do futuro.
A verdade prática apresentada enfatiza as promessas gloriosas de Deus para a Igreja, incluindo a vida eterna, o poder divino e a glorificação final do corpo. Esses conceitos são fundamentais na teologia cristã e são apoiados por várias passagens bíblicas que revelam o destino final dos crentes e a transformação que ocorrerá em Cristo. Vamos explorar esses aspectos com base nas Escrituras e em opiniões de teólogos cristãos.
1. Promessa de Vida Eterna
A promessa de vida eterna é uma das mais centrais no cristianismo. Desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento, Deus revela o seu plano de salvação, oferecendo vida além da morte para aqueles que o seguem.
- João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
- Aqui, a vida eterna é apresentada como um dom oferecido através da fé em Jesus Cristo. A salvação não apenas traz o perdão dos pecados, mas também garante uma vida que transcende a existência terrena.
- João 17:3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
- Jesus define a vida eterna como o conhecimento de Deus e de seu Filho. Este "conhecimento" vai além de uma simples compreensão intelectual, representando um relacionamento íntimo e transformador com Deus.
Opiniões de Livros Cristãos:
- Wayne Grudem, em sua Teologia Sistemática, afirma que a vida eterna é o estado final dos crentes, em que serão plenamente conformados à imagem de Cristo, vivendo em comunhão com Deus para sempre.
- John Stott, no livro Essentials: A Liberal-Evangelical Dialogue, explica que a vida eterna, no pensamento cristão, não é simplesmente uma extensão do tempo, mas uma nova qualidade de vida, vivida em plena harmonia com Deus.
2. Promessa de Poder
Jesus prometeu à Igreja o poder necessário para cumprir sua missão no mundo. Esse poder não é meramente humano, mas vem diretamente de Deus, capacitando os crentes para viver de acordo com sua vontade e para testemunhar sua verdade ao mundo.
- Atos 1:8: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.”
- O poder do Espírito Santo é uma promessa crucial, permitindo que a Igreja cumpra seu papel de ser testemunha do evangelho. A capacitação espiritual transforma os discípulos de Jesus em agentes ativos da obra de Deus.
- Efésios 1:19-20: “E qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus.”
- Paulo descreve o poder de Deus como "supremo" e operando nos crentes. Esse mesmo poder que ressuscitou Jesus está disponível à Igreja.
Opiniões de Livros Cristãos:
- A. W. Tozer, em The Pursuit of God, destaca que o poder de Deus, concedido pelo Espírito Santo, é essencial para que os cristãos vivam uma vida de santidade e serviço eficaz. Ele argumenta que sem esse poder, a vida cristã torna-se um esforço meramente humano.
- C. S. Lewis, em Cristianismo Puro e Simples, fala sobre como o poder de Deus transforma nossa fraqueza em força espiritual, capacitando-nos a viver em conformidade com o propósito divino.
3. Promessa de Glorificação Final do Corpo
A glorificação final dos crentes é uma doutrina essencial no cristianismo. Após a ressurreição, os corpos dos crentes serão transformados para refletir a glória de Cristo.
- 1 Coríntios 15:52-53: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.”
- Paulo descreve a glorificação dos corpos na ressurreição como um evento sobrenatural, em que o corpo mortal será revestido de imortalidade e incorruptibilidade. Esse é o destino final dos crentes, um corpo glorificado semelhante ao corpo ressurreto de Cristo.
- Filipenses 3:21: “O qual transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.”
- O corpo glorificado é comparado ao corpo de Cristo, exaltado e livre da corrupção. Esta é a promessa da glorificação final para todos os que estão em Cristo.
Opiniões de Livros Cristãos:
- John Piper, em Deus é o Evangelho, explica que a glorificação final é o momento em que os crentes experimentam a plenitude da salvação, sendo transformados física e espiritualmente para viver na presença de Deus por toda a eternidade.
- N. T. Wright, em Surprised by Hope, argumenta que a ressurreição corporal é a culminação do plano redentor de Deus. A glorificação dos corpos mostra que Deus não apenas resgata almas, mas renova a criação física, incluindo o corpo humano.
Conclusão
As promessas de Deus para a Igreja são verdadeiramente gloriosas e abrangem toda a realidade da salvação, desde a vida eterna até o poder espiritual no presente, culminando na glorificação final do corpo. Essas promessas refletem a fidelidade de Deus em conduzir seu povo a um destino final de comunhão plena com Ele. As Escrituras e os estudiosos cristãos concordam que essas promessas moldam nossa esperança, nossa missão e nossa compreensão do futuro.
LEITURA DIÁRIA
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Vamos explorar profundamente os versículos da leitura diária, considerando o contexto bíblico, teológico e a análise usando a Biblia de Estudo palavras-chave em seus textos originais.
Segunda – 2 Co 11.2: A Igreja é a Noiva de Cristo, o seu Noivo
- Texto: "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo."
- Comentário: Aqui, Paulo usa a metáfora da Igreja como a "Noiva de Cristo". O apóstolo expressa um zelo intenso, semelhante ao de um pai que prepara a filha para o casamento. A Igreja é apresentada como uma "virgem pura", sinalizando a santidade e a devoção que ela deve ter para Cristo.
- "Zeloso" (ζηλόω, zēloō): A palavra indica um forte desejo de proteção, cuidado e até ciúmes. Paulo está profundamente comprometido com a pureza espiritual da Igreja.
- "Virgem" (παρθένος, parthenos): O termo refere-se à pureza e à santidade. A Igreja deve ser uma comunidade sem mácula, dedicada a Cristo.
- "Marido" (ἀνήρ, anēr): Significa "homem" ou "esposo". Cristo é o Noivo, o marido celestial da Igreja, e a relação entre Cristo e a Igreja é uma imagem de amor, união e compromisso.
Referência adicional: Efésios 5:25-27 reforça esse tema ao descrever o amor de Cristo pela Igreja e sua obra de santificação para apresentá-la sem mancha.
Terça – 1 Pe 5.1-4: A Igreja é o rebanho de Deus
- Texto: "Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto."
- Comentário: Pedro exorta os líderes da Igreja a pastorearem o rebanho de Deus com cuidado e voluntariedade. A Igreja é descrita como o "rebanho de Deus", uma imagem comum nas Escrituras que reflete a vulnerabilidade e dependência dos crentes de seu Pastor.
- "Apascentai" (ποιμαίνω, poimainō): Refere-se a cuidar, nutrir, liderar. Este verbo é frequentemente usado para descrever o trabalho de um pastor com ovelhas, indicando a responsabilidade dos líderes da Igreja em cuidar espiritualmente da congregação.
- "Rebanho" (ποίμνιον, poimnion): Refere-se à comunidade de crentes sob a liderança de Cristo, o Supremo Pastor, e seus líderes terrenos.
Referência adicional: João 10:11-16, onde Jesus se apresenta como o "Bom Pastor", que dá sua vida pelas ovelhas.
Quarta – 1 Co 6.19: Como Igreja, somos templo do Espírito Santo
- Texto: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?"
- Comentário: Paulo ensina que o corpo do crente é o "templo" do Espírito Santo. A palavra "templo" aqui sublinha a santidade e o respeito que o crente deve ter para com seu corpo, uma vez que Deus habita nele.
- "Templo" (ναός, naos): Refere-se ao santuário, o lugar mais sagrado, onde a presença de Deus habita. Paulo não está apenas falando de um edifício físico, mas do próprio corpo do crente como a morada de Deus pelo Espírito.
- "Espírito Santo" (πνεῦμα ἅγιον, pneuma hagion): A terceira pessoa da Trindade, que habita em cada crente, transformando-o em uma nova criação e fortalecendo-o para viver de maneira santa.
Referência adicional: 1 Pedro 2:5, que descreve os crentes como pedras vivas, edificados como uma casa espiritual.
Quinta – Mc 16.15: A missão da Igreja é a evangelização do mundo
- Texto: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."
- Comentário: Este versículo faz parte da Grande Comissão. Jesus comissiona os discípulos (e, por extensão, a Igreja) para levar o evangelho a todas as nações. A missão da Igreja é global, abrangendo todas as culturas e povos.
- "Ide" (πορευθέντες, poreuthentes): Um verbo no particípio, que pode ser traduzido como "enquanto vão". Isso sugere que a evangelização deve ser parte da vida diária dos crentes.
- "Pregai" (κηρύσσω, kērussō): Significa proclamar ou anunciar publicamente. Refere-se à pregação autoritativa da mensagem do evangelho.
- "Evangelho" (εὐαγγέλιον, euangelion): Literalmente, "boas novas". É a mensagem de salvação através de Jesus Cristo.
Referência adicional: Mateus 28:18-20, que também contém a Grande Comissão com o chamado para fazer discípulos de todas as nações.
Sexta – Ef 2.19: Como Igreja, pertencemos à família de Deus
- Texto: "Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus."
- Comentário: Paulo aqui enfatiza a inclusão dos gentios na Igreja. Através de Cristo, todos os crentes são agora membros da "família de Deus", uma nova identidade espiritual que transcende as divisões étnicas e culturais.
- "Família" (οἰκεῖος, oikeios): Refere-se aos membros de uma casa, indicando a proximidade e intimidade dos crentes com Deus e uns com os outros como irmãos e irmãs.
- "Concidadãos" (συμπολίτης, sympolitēs): Significa membros de uma mesma comunidade. Todos os crentes, judeus e gentios, agora pertencem ao povo de Deus.
Referência adicional: Gálatas 3:26-28, que fala da unidade dos crentes em Cristo, sem distinção entre judeu ou grego.
Sábado – Cl 1.24: A Igreja é o Corpo de Cristo
- Texto: "Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja."
- Comentário: Paulo fala das suas aflições como parte do sofrimento em favor da Igreja, que ele chama de "corpo de Cristo". Isso sugere que a Igreja, como corpo de Cristo, participa de sua missão, e, em certo sentido, compartilha do sofrimento por causa do evangelho.
- "Corpo" (σῶμα, sōma): A Igreja é descrita como o corpo de Cristo, onde cada membro tem uma função específica. Isso reflete a unidade e a interdependência dos crentes, com Cristo como a cabeça.
- "Aflições" (θλίψεις, thlipsis): Refere-se às tribulações ou dificuldades. Paulo entende que seu sofrimento tem um propósito redentor, ligado à expansão do reino de Deus.
Referência adicional: 1 Coríntios 12:12-27, onde Paulo desenvolve mais a metáfora do corpo de Cristo, explicando a diversidade de dons e a unidade da Igreja.
Conclusão
Cada um desses versículos reforça um aspecto crucial da identidade da Igreja: sua relação com Cristo como noiva, rebanho, templo, corpo, e a missão de evangelização e pertencimento à família de Deus. Essas metáforas revelam o propósito da Igreja e a riqueza de sua natureza espiritual.
Vamos explorar profundamente os versículos da leitura diária, considerando o contexto bíblico, teológico e a análise usando a Biblia de Estudo palavras-chave em seus textos originais.
Segunda – 2 Co 11.2: A Igreja é a Noiva de Cristo, o seu Noivo
- Texto: "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo."
- Comentário: Aqui, Paulo usa a metáfora da Igreja como a "Noiva de Cristo". O apóstolo expressa um zelo intenso, semelhante ao de um pai que prepara a filha para o casamento. A Igreja é apresentada como uma "virgem pura", sinalizando a santidade e a devoção que ela deve ter para Cristo.
- "Zeloso" (ζηλόω, zēloō): A palavra indica um forte desejo de proteção, cuidado e até ciúmes. Paulo está profundamente comprometido com a pureza espiritual da Igreja.
- "Virgem" (παρθένος, parthenos): O termo refere-se à pureza e à santidade. A Igreja deve ser uma comunidade sem mácula, dedicada a Cristo.
- "Marido" (ἀνήρ, anēr): Significa "homem" ou "esposo". Cristo é o Noivo, o marido celestial da Igreja, e a relação entre Cristo e a Igreja é uma imagem de amor, união e compromisso.
Referência adicional: Efésios 5:25-27 reforça esse tema ao descrever o amor de Cristo pela Igreja e sua obra de santificação para apresentá-la sem mancha.
Terça – 1 Pe 5.1-4: A Igreja é o rebanho de Deus
- Texto: "Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto."
- Comentário: Pedro exorta os líderes da Igreja a pastorearem o rebanho de Deus com cuidado e voluntariedade. A Igreja é descrita como o "rebanho de Deus", uma imagem comum nas Escrituras que reflete a vulnerabilidade e dependência dos crentes de seu Pastor.
- "Apascentai" (ποιμαίνω, poimainō): Refere-se a cuidar, nutrir, liderar. Este verbo é frequentemente usado para descrever o trabalho de um pastor com ovelhas, indicando a responsabilidade dos líderes da Igreja em cuidar espiritualmente da congregação.
- "Rebanho" (ποίμνιον, poimnion): Refere-se à comunidade de crentes sob a liderança de Cristo, o Supremo Pastor, e seus líderes terrenos.
Referência adicional: João 10:11-16, onde Jesus se apresenta como o "Bom Pastor", que dá sua vida pelas ovelhas.
Quarta – 1 Co 6.19: Como Igreja, somos templo do Espírito Santo
- Texto: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?"
- Comentário: Paulo ensina que o corpo do crente é o "templo" do Espírito Santo. A palavra "templo" aqui sublinha a santidade e o respeito que o crente deve ter para com seu corpo, uma vez que Deus habita nele.
- "Templo" (ναός, naos): Refere-se ao santuário, o lugar mais sagrado, onde a presença de Deus habita. Paulo não está apenas falando de um edifício físico, mas do próprio corpo do crente como a morada de Deus pelo Espírito.
- "Espírito Santo" (πνεῦμα ἅγιον, pneuma hagion): A terceira pessoa da Trindade, que habita em cada crente, transformando-o em uma nova criação e fortalecendo-o para viver de maneira santa.
Referência adicional: 1 Pedro 2:5, que descreve os crentes como pedras vivas, edificados como uma casa espiritual.
Quinta – Mc 16.15: A missão da Igreja é a evangelização do mundo
- Texto: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."
- Comentário: Este versículo faz parte da Grande Comissão. Jesus comissiona os discípulos (e, por extensão, a Igreja) para levar o evangelho a todas as nações. A missão da Igreja é global, abrangendo todas as culturas e povos.
- "Ide" (πορευθέντες, poreuthentes): Um verbo no particípio, que pode ser traduzido como "enquanto vão". Isso sugere que a evangelização deve ser parte da vida diária dos crentes.
- "Pregai" (κηρύσσω, kērussō): Significa proclamar ou anunciar publicamente. Refere-se à pregação autoritativa da mensagem do evangelho.
- "Evangelho" (εὐαγγέλιον, euangelion): Literalmente, "boas novas". É a mensagem de salvação através de Jesus Cristo.
Referência adicional: Mateus 28:18-20, que também contém a Grande Comissão com o chamado para fazer discípulos de todas as nações.
Sexta – Ef 2.19: Como Igreja, pertencemos à família de Deus
- Texto: "Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus."
- Comentário: Paulo aqui enfatiza a inclusão dos gentios na Igreja. Através de Cristo, todos os crentes são agora membros da "família de Deus", uma nova identidade espiritual que transcende as divisões étnicas e culturais.
- "Família" (οἰκεῖος, oikeios): Refere-se aos membros de uma casa, indicando a proximidade e intimidade dos crentes com Deus e uns com os outros como irmãos e irmãs.
- "Concidadãos" (συμπολίτης, sympolitēs): Significa membros de uma mesma comunidade. Todos os crentes, judeus e gentios, agora pertencem ao povo de Deus.
Referência adicional: Gálatas 3:26-28, que fala da unidade dos crentes em Cristo, sem distinção entre judeu ou grego.
Sábado – Cl 1.24: A Igreja é o Corpo de Cristo
- Texto: "Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja."
- Comentário: Paulo fala das suas aflições como parte do sofrimento em favor da Igreja, que ele chama de "corpo de Cristo". Isso sugere que a Igreja, como corpo de Cristo, participa de sua missão, e, em certo sentido, compartilha do sofrimento por causa do evangelho.
- "Corpo" (σῶμα, sōma): A Igreja é descrita como o corpo de Cristo, onde cada membro tem uma função específica. Isso reflete a unidade e a interdependência dos crentes, com Cristo como a cabeça.
- "Aflições" (θλίψεις, thlipsis): Refere-se às tribulações ou dificuldades. Paulo entende que seu sofrimento tem um propósito redentor, ligado à expansão do reino de Deus.
Referência adicional: 1 Coríntios 12:12-27, onde Paulo desenvolve mais a metáfora do corpo de Cristo, explicando a diversidade de dons e a unidade da Igreja.
Conclusão
Cada um desses versículos reforça um aspecto crucial da identidade da Igreja: sua relação com Cristo como noiva, rebanho, templo, corpo, e a missão de evangelização e pertencimento à família de Deus. Essas metáforas revelam o propósito da Igreja e a riqueza de sua natureza espiritual.
Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-18; Atos 1.6-8
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os textos de Mateus 28.18-20, Marcos 16.15-18 e Atos 1.6-8 fazem parte da Grande Comissão, momento crucial em que Jesus confere aos seus discípulos a missão de levar o evangelho ao mundo. Vamos explorar uma análise bíblica, teológica e linguística de cada versículo, destacando o significado de palavras importantes nos textos originais.
Mateus 28.18-20: A Grande Comissão (Mateus)
Versículo 18:
"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra."
- "Poder" (ἐξουσία, exousia): Refere-se a autoridade plena. Jesus declara que toda a autoridade no céu e na terra lhe foi concedida. Isso não é apenas força, mas o direito legítimo de governar e comandar. Cristo agora governa tanto o domínio espiritual (céu) quanto o domínio físico (terra).
- Comentário: Jesus ressuscitado é o soberano sobre toda a criação. Sua autoridade é abrangente e universal, estabelecendo a base da missão dos discípulos. Eles não saem em nome próprio, mas sob a autoridade total de Cristo.
Versículo 19:
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."
- "Ide" (πορευθέντες, poreuthentes): Esse verbo, no particípio, pode ser entendido como "enquanto vão", sugerindo que a missão é contínua e natural ao caminhar dos discípulos. Eles devem fazer discípulos onde quer que estejam.
- "Ensinai" (μαθητεύσατε, mathēteusate): O verbo principal aqui é "fazer discípulos". O objetivo não é simplesmente transmitir informações, mas formar seguidores de Cristo que vivam conforme seus ensinamentos.
- "Batizando" (βαπτίζοντες, baptizontes): A palavra para "batismo" significa "imersão" e implica um ato público de identificação com a fé cristã e com a Trindade.
- Comentário: A missão é global ("todas as nações") e envolve ensinar, discipular e batizar em nome da Trindade. O evangelho transcende fronteiras culturais, raciais e geográficas.
Versículo 20:
"Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!"
- "Guardar" (τηρεῖν, tērein): Este verbo significa "observar", "cumprir" ou "guardar". Não basta aprender os ensinamentos de Jesus; é necessário aplicá-los na vida diária.
- "Consumação dos séculos" (συντελείας τοῦ αἰῶνος, synteleias tou aiōnos): Refere-se ao fim da era atual, o fechamento da história humana e o início do reino eterno de Deus.
- Comentário: O discipulado não é apenas um evento inicial, mas um processo contínuo de aprendizado e prática. Jesus garante sua presença constante até o fim da era, reafirmando que a missão é sustentada por sua presença.
Marcos 16.15-18: A Missão e os Sinais (Marcos)
Versículo 15:
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."
- "Pregai" (κηρύξατε, kēruxate): O verbo significa "proclamar", "anunciar". Indica a proclamação pública das boas novas de salvação, de maneira autoritária e clara.
- "Evangelho" (εὐαγγέλιον, euangelion): Literalmente "boas novas". Refere-se à mensagem de salvação, centrada na morte e ressurreição de Cristo.
- Comentário: A missão é global e universal. O evangelho deve ser pregado a "toda criatura", significando a inclusão de todas as pessoas, sem distinção.
Versículo 16:
"Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."
- "Crer" (πιστεύσας, pisteusas): Acreditar implica confiança plena e entrega a Cristo como Senhor e Salvador. Não é apenas uma crença intelectual, mas um comprometimento do coração.
- "Salvo" (σωθήσεται, sōthēsetai): Refere-se à salvação plena, que abrange a libertação do pecado e a garantia da vida eterna.
- "Condenado" (κατακριθήσεται, katakrithēsetai): Indica julgamento e separação de Deus. Aqueles que rejeitam o evangelho enfrentam a condenação eterna.
- Comentário: A fé e o batismo estão ligados à salvação, enquanto a incredulidade resulta na condenação. Este versículo mostra a urgência da fé e a consequência eterna de rejeitar o evangelho.
Versículo 17:
"E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas."
- "Sinais" (σημεῖα, sēmeia): Indica manifestações miraculosas que acompanham os crentes como testemunho do poder de Deus.
- "Expulsarão demônios" (δαιμόνια ἐκβαλοῦσιν, daimonia ekbalousin): A libertação demoníaca é um sinal de que o reino de Deus está avançando, rompendo com o domínio do mal.
- "Novas línguas" (γλώσσαις λαλήσουσιν, glōssais lalēsousin): Refere-se ao dom de falar em línguas, um sinal do poder do Espírito Santo.
Versículo 18:
"Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão."
- "Pegarão nas serpentes" (ὄφεις ἀροῦσιν, opheis arousin): Um sinal da proteção divina, como exemplificado em Atos 28:3-6, onde Paulo é mordido por uma víbora e não sofre dano.
- "Curarão" (ἰάσονται, iasontai): Refere-se à cura física, uma demonstração do poder do Espírito Santo operando através dos crentes.
- Comentário: Esses sinais miraculosos são evidências do poder de Deus e do avanço do reino. Eles acompanham os crentes como testemunho visível da verdade do evangelho.
Atos 1.6-8: O Poder do Espírito e a Missão Global (Atos)
Versículo 6:
"Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?"
- "Reino" (βασιλείαν, basileian): Refere-se ao governo de Deus. Os discípulos, ainda com uma compreensão limitada, esperavam que Jesus restaurasse o reino político de Israel.
- Comentário: Os discípulos ainda estavam focados na restauração nacional de Israel, mas Jesus vai redirecionar a expectativa para um reino mais amplo e espiritual.
Versículo 7:
"E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder."
- "Tempos" (χρόνους, chronous) e "Estações" (καιρούς, kairous): "Tempos" refere-se a um período cronológico, enquanto "estações" denota momentos ou eras específicas determinadas por Deus.
- Comentário: Jesus corrige a expectativa dos discípulos, lembrando-os de que o cronograma do plano de Deus é algo que Ele guarda para si mesmo.
Versículo 8:
"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra."
- "Virtude" (δύναμιν, dynamin): Significa "poder", especialmente o poder de realizar milagres e cumprir a missão. Esse poder vem diretamente do Espírito Santo.
- "Testemunhas" (μάρτυρες, martyres): A palavra usada aqui é a raiz da palavra "mártir". Refere-se a alguém que dá testemunho de Cristo, mesmo à custa da própria vida.
- Comentário: O poder do Espírito Santo é a capacitação necessária para a missão. A progressão geográfica de Jerusalém, Judéia, Samaria e os confins da terra mostra o alcance expansivo do evangelho.
Conclusão:
Esses textos revelam a amplitude da Grande Comissão e o papel central do poder do Espírito Santo na missão da Igreja.
Os textos de Mateus 28.18-20, Marcos 16.15-18 e Atos 1.6-8 fazem parte da Grande Comissão, momento crucial em que Jesus confere aos seus discípulos a missão de levar o evangelho ao mundo. Vamos explorar uma análise bíblica, teológica e linguística de cada versículo, destacando o significado de palavras importantes nos textos originais.
Mateus 28.18-20: A Grande Comissão (Mateus)
Versículo 18:
"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra."
- "Poder" (ἐξουσία, exousia): Refere-se a autoridade plena. Jesus declara que toda a autoridade no céu e na terra lhe foi concedida. Isso não é apenas força, mas o direito legítimo de governar e comandar. Cristo agora governa tanto o domínio espiritual (céu) quanto o domínio físico (terra).
- Comentário: Jesus ressuscitado é o soberano sobre toda a criação. Sua autoridade é abrangente e universal, estabelecendo a base da missão dos discípulos. Eles não saem em nome próprio, mas sob a autoridade total de Cristo.
Versículo 19:
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."
- "Ide" (πορευθέντες, poreuthentes): Esse verbo, no particípio, pode ser entendido como "enquanto vão", sugerindo que a missão é contínua e natural ao caminhar dos discípulos. Eles devem fazer discípulos onde quer que estejam.
- "Ensinai" (μαθητεύσατε, mathēteusate): O verbo principal aqui é "fazer discípulos". O objetivo não é simplesmente transmitir informações, mas formar seguidores de Cristo que vivam conforme seus ensinamentos.
- "Batizando" (βαπτίζοντες, baptizontes): A palavra para "batismo" significa "imersão" e implica um ato público de identificação com a fé cristã e com a Trindade.
- Comentário: A missão é global ("todas as nações") e envolve ensinar, discipular e batizar em nome da Trindade. O evangelho transcende fronteiras culturais, raciais e geográficas.
Versículo 20:
"Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!"
- "Guardar" (τηρεῖν, tērein): Este verbo significa "observar", "cumprir" ou "guardar". Não basta aprender os ensinamentos de Jesus; é necessário aplicá-los na vida diária.
- "Consumação dos séculos" (συντελείας τοῦ αἰῶνος, synteleias tou aiōnos): Refere-se ao fim da era atual, o fechamento da história humana e o início do reino eterno de Deus.
- Comentário: O discipulado não é apenas um evento inicial, mas um processo contínuo de aprendizado e prática. Jesus garante sua presença constante até o fim da era, reafirmando que a missão é sustentada por sua presença.
Marcos 16.15-18: A Missão e os Sinais (Marcos)
Versículo 15:
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."
- "Pregai" (κηρύξατε, kēruxate): O verbo significa "proclamar", "anunciar". Indica a proclamação pública das boas novas de salvação, de maneira autoritária e clara.
- "Evangelho" (εὐαγγέλιον, euangelion): Literalmente "boas novas". Refere-se à mensagem de salvação, centrada na morte e ressurreição de Cristo.
- Comentário: A missão é global e universal. O evangelho deve ser pregado a "toda criatura", significando a inclusão de todas as pessoas, sem distinção.
Versículo 16:
"Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."
- "Crer" (πιστεύσας, pisteusas): Acreditar implica confiança plena e entrega a Cristo como Senhor e Salvador. Não é apenas uma crença intelectual, mas um comprometimento do coração.
- "Salvo" (σωθήσεται, sōthēsetai): Refere-se à salvação plena, que abrange a libertação do pecado e a garantia da vida eterna.
- "Condenado" (κατακριθήσεται, katakrithēsetai): Indica julgamento e separação de Deus. Aqueles que rejeitam o evangelho enfrentam a condenação eterna.
- Comentário: A fé e o batismo estão ligados à salvação, enquanto a incredulidade resulta na condenação. Este versículo mostra a urgência da fé e a consequência eterna de rejeitar o evangelho.
Versículo 17:
"E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas."
- "Sinais" (σημεῖα, sēmeia): Indica manifestações miraculosas que acompanham os crentes como testemunho do poder de Deus.
- "Expulsarão demônios" (δαιμόνια ἐκβαλοῦσιν, daimonia ekbalousin): A libertação demoníaca é um sinal de que o reino de Deus está avançando, rompendo com o domínio do mal.
- "Novas línguas" (γλώσσαις λαλήσουσιν, glōssais lalēsousin): Refere-se ao dom de falar em línguas, um sinal do poder do Espírito Santo.
Versículo 18:
"Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão."
- "Pegarão nas serpentes" (ὄφεις ἀροῦσιν, opheis arousin): Um sinal da proteção divina, como exemplificado em Atos 28:3-6, onde Paulo é mordido por uma víbora e não sofre dano.
- "Curarão" (ἰάσονται, iasontai): Refere-se à cura física, uma demonstração do poder do Espírito Santo operando através dos crentes.
- Comentário: Esses sinais miraculosos são evidências do poder de Deus e do avanço do reino. Eles acompanham os crentes como testemunho visível da verdade do evangelho.
Atos 1.6-8: O Poder do Espírito e a Missão Global (Atos)
Versículo 6:
"Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?"
- "Reino" (βασιλείαν, basileian): Refere-se ao governo de Deus. Os discípulos, ainda com uma compreensão limitada, esperavam que Jesus restaurasse o reino político de Israel.
- Comentário: Os discípulos ainda estavam focados na restauração nacional de Israel, mas Jesus vai redirecionar a expectativa para um reino mais amplo e espiritual.
Versículo 7:
"E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder."
- "Tempos" (χρόνους, chronous) e "Estações" (καιρούς, kairous): "Tempos" refere-se a um período cronológico, enquanto "estações" denota momentos ou eras específicas determinadas por Deus.
- Comentário: Jesus corrige a expectativa dos discípulos, lembrando-os de que o cronograma do plano de Deus é algo que Ele guarda para si mesmo.
Versículo 8:
"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra."
- "Virtude" (δύναμιν, dynamin): Significa "poder", especialmente o poder de realizar milagres e cumprir a missão. Esse poder vem diretamente do Espírito Santo.
- "Testemunhas" (μάρτυρες, martyres): A palavra usada aqui é a raiz da palavra "mártir". Refere-se a alguém que dá testemunho de Cristo, mesmo à custa da própria vida.
- Comentário: O poder do Espírito Santo é a capacitação necessária para a missão. A progressão geográfica de Jerusalém, Judéia, Samaria e os confins da terra mostra o alcance expansivo do evangelho.
Conclusão:
Esses textos revelam a amplitude da Grande Comissão e o papel central do poder do Espírito Santo na missão da Igreja.
PLANO DE AULA
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "Caixa de Promessas"
Objetivo:
Refletir sobre as promessas de Deus para a Igreja e como elas se aplicam na vida de cada membro.
Materiais Necessários:
- Uma caixa (pode ser uma caixa de papelão decorada)
- Papéis coloridos ou cartões
- Canetas ou marcadores
- Fita adesiva ou prendedores (opcional)
Preparação:
- Preparar a Caixa: Decore a caixa com palavras ou frases que representem as promessas de Deus, como "Vida Eterna", "Poder do Espírito Santo", "Glorificação", etc.
- Distribuir Materiais: Tenha os papéis e canetas disponíveis para os participantes.
Desenvolvimento:
- Introdução: Comece a dinâmica explicando o tema da lição e a importância das promessas de Deus para a Igreja. Faça uma breve explanação sobre algumas promessas específicas (como vida eterna, poder, glorificação, etc.).
- Reflexão Individual: Peça aos participantes que reflitam sobre a promessa de Deus que mais impacta suas vidas. Em seguida, solicite que escrevam essa promessa em um papel ou cartão, incluindo um versículo bíblico que a apoie.
- Compartilhamento em Grupo: Convide os participantes a compartilhar suas promessas escritas com o grupo. Cada um pode ler o que escreveu e explicar por que essa promessa é significativa para ele. Isso pode criar um ambiente de edificação e encorajamento.
- Colocando na Caixa: Após compartilhar, cada participante deve colocar seu papel na caixa, simbolizando que essas promessas agora fazem parte da comunidade da Igreja.
- Oração Final: Para concluir a dinâmica, faça uma oração em grupo, agradecendo a Deus por Suas promessas e pedindo que Ele ajude cada um a viver em fé e obediência a essas promessas.
Dicas Adicionais:
- Opção de Duração: Dependendo do tamanho do grupo e do tempo disponível, você pode ajustar o tempo de compartilhamento para garantir que todos tenham a oportunidade de participar.
- Recursos Visuais: Se possível, utilize imagens ou vídeos que ilustrem as promessas de Deus para criar um ambiente mais envolvente.
- Feedback: Após a dinâmica, você pode pedir feedback dos participantes sobre como se sentiram ao compartilhar e refletir sobre as promessas de Deus.
Essa dinâmica não apenas ajuda a fixar o tema da lição, mas também promove um senso de comunidade e apoio mútuo entre os participantes.
Dinâmica: "Caixa de Promessas"
Objetivo:
Refletir sobre as promessas de Deus para a Igreja e como elas se aplicam na vida de cada membro.
Materiais Necessários:
- Uma caixa (pode ser uma caixa de papelão decorada)
- Papéis coloridos ou cartões
- Canetas ou marcadores
- Fita adesiva ou prendedores (opcional)
Preparação:
- Preparar a Caixa: Decore a caixa com palavras ou frases que representem as promessas de Deus, como "Vida Eterna", "Poder do Espírito Santo", "Glorificação", etc.
- Distribuir Materiais: Tenha os papéis e canetas disponíveis para os participantes.
Desenvolvimento:
- Introdução: Comece a dinâmica explicando o tema da lição e a importância das promessas de Deus para a Igreja. Faça uma breve explanação sobre algumas promessas específicas (como vida eterna, poder, glorificação, etc.).
- Reflexão Individual: Peça aos participantes que reflitam sobre a promessa de Deus que mais impacta suas vidas. Em seguida, solicite que escrevam essa promessa em um papel ou cartão, incluindo um versículo bíblico que a apoie.
- Compartilhamento em Grupo: Convide os participantes a compartilhar suas promessas escritas com o grupo. Cada um pode ler o que escreveu e explicar por que essa promessa é significativa para ele. Isso pode criar um ambiente de edificação e encorajamento.
- Colocando na Caixa: Após compartilhar, cada participante deve colocar seu papel na caixa, simbolizando que essas promessas agora fazem parte da comunidade da Igreja.
- Oração Final: Para concluir a dinâmica, faça uma oração em grupo, agradecendo a Deus por Suas promessas e pedindo que Ele ajude cada um a viver em fé e obediência a essas promessas.
Dicas Adicionais:
- Opção de Duração: Dependendo do tamanho do grupo e do tempo disponível, você pode ajustar o tempo de compartilhamento para garantir que todos tenham a oportunidade de participar.
- Recursos Visuais: Se possível, utilize imagens ou vídeos que ilustrem as promessas de Deus para criar um ambiente mais envolvente.
- Feedback: Após a dinâmica, você pode pedir feedback dos participantes sobre como se sentiram ao compartilhar e refletir sobre as promessas de Deus.
Essa dinâmica não apenas ajuda a fixar o tema da lição, mas também promove um senso de comunidade e apoio mútuo entre os participantes.
INTRODUÇÃO
A Igreja de Cristo é portadora de promessas gloriosas de Deus. Ela foi idealizada pelo Pai, edificada por Cristo e guiada pelo Espírito Santo. É a comunidade dos salvos em Cristo Jesus para adorá-lo, servi-lo e ser a agência propagadora do Evangelho de Jesus. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito da natureza das promessas divinas feitas à Igreja, as promessas propriamente ditas e as condições para viver essas promessas de Deus para a ela
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A introdução apresentada ressalta a natureza única e gloriosa da Igreja de Cristo e suas promessas divinas, refletindo a importância dessa instituição dentro do plano eterno de Deus.
1. A Igreja: Idealizada pelo Pai
A ideia de que a Igreja foi idealizada pelo Pai é consistente com a visão bíblica de que a redenção e a criação da comunidade dos salvos faziam parte do plano eterno de Deus. Efésios 1:4-5 afirma que Deus "nos escolheu nele antes da fundação do mundo" e "nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo". Isso mostra que o propósito da Igreja não foi uma reação à queda, mas algo planejado antes da criação.
Comentário Teológico:
Autores como Stanley Horton (CPAD) em "Doutrinas Bíblicas" destacam que a Igreja é resultado da ação soberana de Deus em reunir seu povo para adorá-lo e servi-lo. Horton menciona que a Igreja, como o corpo de Cristo, foi prefigurada no Antigo Testamento em textos como Êxodo 19:6, que descrevem Israel como uma "nação santa". Contudo, é no Novo Testamento que essa comunidade se torna plenamente revelada como a Igreja, composta de todos os que creem em Jesus Cristo, judeus e gentios.
2. Edificada por Cristo
Mateus 16:18 traz a famosa declaração de Jesus: “edificarei a minha igreja”. A palavra grega para "igreja" é ἐκκλησία (ekklesía), que significa "assembleia" ou "congregação". A edificação da Igreja por Cristo implica que Ele é o fundamento e o construtor da comunidade dos salvos.
Comentário Teológico:
O teólogo Antonio Gilberto, em "Teologia Sistemática Pentecostal" (CPAD), aponta que Cristo é tanto o alicerce quanto o cabeça da Igreja. A metáfora da construção da Igreja sugere que Cristo continua a edificar sua Igreja ao longo da história, e que, embora haja participação humana, o poder e a autoridade para essa edificação vêm exclusivamente dEle.
Efésios 2:20 reforça que a Igreja está "edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra de esquina". Isso ressalta que a obra de Cristo é a base de tudo o que a Igreja é e faz.
3. Guiada pelo Espírito Santo
A obra do Espírito Santo na Igreja é um dos pilares da teologia cristã. Desde o Pentecostes (Atos 2), o Espírito Santo foi derramado sobre os crentes, capacitando-os a cumprir a missão de Deus. João 16:13 diz que o Espírito "vos guiará em toda a verdade". O Espírito não apenas guia a Igreja em sua vida espiritual, mas também capacita para o serviço e evangelização.
Comentário Teológico:
Stanley Horton, em "O Espírito Santo na Bíblia" (CPAD), enfatiza o papel central do Espírito na formação e capacitação da Igreja. Ele argumenta que o Espírito Santo não apenas chama indivíduos para a salvação, mas também habilita a Igreja para o ministério, distribuindo dons espirituais (1 Coríntios 12) e direcionando os crentes na obra missionária (Atos 13:2).
4. A Comunidade dos Salvos: Adoração, Serviço e Evangelização
A Igreja é descrita como a comunidade dos salvos que existem para adorar, servir e propagar o Evangelho. O Novo Testamento reforça essas três áreas de atuação da Igreja:
- Adoração: Efésios 1:12 fala que fomos feitos "para louvor da sua glória". A adoração é um dos objetivos primários da Igreja, centrada em Cristo.
- Serviço: Efésios 4:12 menciona que os dons ministeriais são dados "para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério". O serviço mútuo dentro da Igreja é essencial para o seu crescimento espiritual.
- Evangelização: A Grande Comissão (Mateus 28:19-20) chama a Igreja para ir e fazer discípulos de todas as nações, destacando a tarefa missionária como fundamental.
Comentário Teológico:
Esequias Soares, em "O Pentecostalismo Brasileiro", destacam a importância da Igreja como agência propagadora do Evangelho. Ele explica que a missão de evangelização é central ao propósito da Igreja e faz parte de sua identidade. A Igreja existe para glorificar a Deus através da proclamação das boas-novas.
5. As Promessas Divinas para a Igreja
A Igreja possui promessas gloriosas de Deus, como a vida eterna (João 3:16), a ressurreição (1 Coríntios 15:51-52) e a glorificação final (Romanos 8:30). Essas promessas são o incentivo final para a perseverança dos crentes e a sua participação no reino de Deus.
Comentário Teológico:
Na obra "Teologia Sistemática Pentecostal" (CPAD), Esequias Soares aborda as promessas escatológicas da Igreja, como o arrebatamento e a glorificação. Ele lembra que a promessa da glorificação inclui a transformação do corpo dos crentes e sua participação na eternidade com Cristo, sendo essa uma das maiores esperanças da Igreja.
6. Condições para Viver as Promessas
Viver as promessas de Deus envolve obediência e fidelidade. Hebreus 12:14 diz: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." Embora as promessas sejam oferecidas livremente, há uma resposta esperada de santidade e compromisso com Cristo.
Comentário Teológico:
A teóloga Frida Vingren, cofundadora das Assembleias de Deus no Brasil, enfatizou em suas obras e cartas a importância da santificação para a vida da Igreja. Ela entendia que a igreja, para experimentar as promessas divinas plenamente, precisava andar em santidade e obediência aos mandamentos de Cristo.
Conclusão:
A introdução destaca aspectos fundamentais da Igreja e de suas promessas. A Igreja, idealizada por Deus, edificada por Cristo e guiada pelo Espírito Santo, tem a missão de adorar, servir e evangelizar. Ao seguir em obediência e fidelidade, os crentes participam das gloriosas promessas reservadas à Igreja. Esse conceito é amplamente abordado por pastores, que reforçam a centralidade da Igreja no plano de Deus e a necessidade de santidade para viver as promessas divinas.
A introdução apresentada ressalta a natureza única e gloriosa da Igreja de Cristo e suas promessas divinas, refletindo a importância dessa instituição dentro do plano eterno de Deus.
1. A Igreja: Idealizada pelo Pai
A ideia de que a Igreja foi idealizada pelo Pai é consistente com a visão bíblica de que a redenção e a criação da comunidade dos salvos faziam parte do plano eterno de Deus. Efésios 1:4-5 afirma que Deus "nos escolheu nele antes da fundação do mundo" e "nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo". Isso mostra que o propósito da Igreja não foi uma reação à queda, mas algo planejado antes da criação.
Comentário Teológico:
Autores como Stanley Horton (CPAD) em "Doutrinas Bíblicas" destacam que a Igreja é resultado da ação soberana de Deus em reunir seu povo para adorá-lo e servi-lo. Horton menciona que a Igreja, como o corpo de Cristo, foi prefigurada no Antigo Testamento em textos como Êxodo 19:6, que descrevem Israel como uma "nação santa". Contudo, é no Novo Testamento que essa comunidade se torna plenamente revelada como a Igreja, composta de todos os que creem em Jesus Cristo, judeus e gentios.
2. Edificada por Cristo
Mateus 16:18 traz a famosa declaração de Jesus: “edificarei a minha igreja”. A palavra grega para "igreja" é ἐκκλησία (ekklesía), que significa "assembleia" ou "congregação". A edificação da Igreja por Cristo implica que Ele é o fundamento e o construtor da comunidade dos salvos.
Comentário Teológico:
O teólogo Antonio Gilberto, em "Teologia Sistemática Pentecostal" (CPAD), aponta que Cristo é tanto o alicerce quanto o cabeça da Igreja. A metáfora da construção da Igreja sugere que Cristo continua a edificar sua Igreja ao longo da história, e que, embora haja participação humana, o poder e a autoridade para essa edificação vêm exclusivamente dEle.
Efésios 2:20 reforça que a Igreja está "edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra de esquina". Isso ressalta que a obra de Cristo é a base de tudo o que a Igreja é e faz.
3. Guiada pelo Espírito Santo
A obra do Espírito Santo na Igreja é um dos pilares da teologia cristã. Desde o Pentecostes (Atos 2), o Espírito Santo foi derramado sobre os crentes, capacitando-os a cumprir a missão de Deus. João 16:13 diz que o Espírito "vos guiará em toda a verdade". O Espírito não apenas guia a Igreja em sua vida espiritual, mas também capacita para o serviço e evangelização.
Comentário Teológico:
Stanley Horton, em "O Espírito Santo na Bíblia" (CPAD), enfatiza o papel central do Espírito na formação e capacitação da Igreja. Ele argumenta que o Espírito Santo não apenas chama indivíduos para a salvação, mas também habilita a Igreja para o ministério, distribuindo dons espirituais (1 Coríntios 12) e direcionando os crentes na obra missionária (Atos 13:2).
4. A Comunidade dos Salvos: Adoração, Serviço e Evangelização
A Igreja é descrita como a comunidade dos salvos que existem para adorar, servir e propagar o Evangelho. O Novo Testamento reforça essas três áreas de atuação da Igreja:
- Adoração: Efésios 1:12 fala que fomos feitos "para louvor da sua glória". A adoração é um dos objetivos primários da Igreja, centrada em Cristo.
- Serviço: Efésios 4:12 menciona que os dons ministeriais são dados "para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério". O serviço mútuo dentro da Igreja é essencial para o seu crescimento espiritual.
- Evangelização: A Grande Comissão (Mateus 28:19-20) chama a Igreja para ir e fazer discípulos de todas as nações, destacando a tarefa missionária como fundamental.
Comentário Teológico:
Esequias Soares, em "O Pentecostalismo Brasileiro", destacam a importância da Igreja como agência propagadora do Evangelho. Ele explica que a missão de evangelização é central ao propósito da Igreja e faz parte de sua identidade. A Igreja existe para glorificar a Deus através da proclamação das boas-novas.
5. As Promessas Divinas para a Igreja
A Igreja possui promessas gloriosas de Deus, como a vida eterna (João 3:16), a ressurreição (1 Coríntios 15:51-52) e a glorificação final (Romanos 8:30). Essas promessas são o incentivo final para a perseverança dos crentes e a sua participação no reino de Deus.
Comentário Teológico:
Na obra "Teologia Sistemática Pentecostal" (CPAD), Esequias Soares aborda as promessas escatológicas da Igreja, como o arrebatamento e a glorificação. Ele lembra que a promessa da glorificação inclui a transformação do corpo dos crentes e sua participação na eternidade com Cristo, sendo essa uma das maiores esperanças da Igreja.
6. Condições para Viver as Promessas
Viver as promessas de Deus envolve obediência e fidelidade. Hebreus 12:14 diz: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." Embora as promessas sejam oferecidas livremente, há uma resposta esperada de santidade e compromisso com Cristo.
Comentário Teológico:
A teóloga Frida Vingren, cofundadora das Assembleias de Deus no Brasil, enfatizou em suas obras e cartas a importância da santificação para a vida da Igreja. Ela entendia que a igreja, para experimentar as promessas divinas plenamente, precisava andar em santidade e obediência aos mandamentos de Cristo.
Conclusão:
A introdução destaca aspectos fundamentais da Igreja e de suas promessas. A Igreja, idealizada por Deus, edificada por Cristo e guiada pelo Espírito Santo, tem a missão de adorar, servir e evangelizar. Ao seguir em obediência e fidelidade, os crentes participam das gloriosas promessas reservadas à Igreja. Esse conceito é amplamente abordado por pastores, que reforçam a centralidade da Igreja no plano de Deus e a necessidade de santidade para viver as promessas divinas.
Palavra-Chave: Igreja
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A palavra "Igreja" é de fundamental importância na teologia cristã, sendo usada para descrever a comunidade dos crentes que seguem a Cristo. A Igreja é vista não apenas como uma instituição ou um edifício, mas como o "corpo de Cristo", composto por todos os que creem. Abaixo, vamos analisar a origem e o uso bíblico da palavra, sua cronologia, teologia sistemática e hermenêutica espiral.
1. Origem e Significado da Palavra "Igreja"
- Grego: ἐκκλησία (ekklesía)
- A palavra grega "ἐκκλησία" é usada no Novo Testamento para descrever a "assembleia" ou "congregação" de crentes. Deriva de dois termos: "ἐκ" (ek), que significa "fora de", e "καλέω" (kaléo), que significa "chamar". Portanto, "ekklesía" pode ser entendida literalmente como "os chamados para fora" ou "os convocados", referindo-se originalmente a uma assembleia de cidadãos na Grécia antiga. No contexto cristão, passou a se referir à comunidade daqueles que foram "chamados" por Deus para fora do mundo para formar o povo de Deus.
- Hebraico: קָהָל (qahal)
- No Antigo Testamento, a palavra hebraica "קָהָל" (qahal) é usada para se referir à "assembleia" ou "congregação" de Israel, especialmente no contexto religioso e cultual. O termo "qahal" é frequentemente traduzido na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) como "ekklesía", sugerindo uma continuidade teológica entre o "povo de Deus" no Antigo e no Novo Testamento.
2. Como Surgiu a Igreja: Cronologia e Contexto Bíblico
- No Antigo Testamento: A Igreja, como compreendida no Novo Testamento, ainda não existia no Antigo Testamento, mas o conceito de uma assembleia ou povo de Deus já estava presente. A palavra hebraica "qahal" foi usada para descrever o povo de Israel reunido para adoração e serviço a Deus (Deuteronômio 9:10; Salmo 22:22).
- No Novo Testamento: A Igreja é oficialmente inaugurada no dia de Pentecostes, em Atos 2, quando o Espírito Santo desce sobre os discípulos reunidos. A partir desse momento, a comunidade dos crentes se expande e é chamada de "igreja" (Atos 2:47). A Igreja no Novo Testamento é caracterizada como a comunhão de todos os que creem em Jesus Cristo, incluindo judeus e gentios (Efésios 2:11-22). Jesus promete edificar a sua Igreja em Mateus 16:18, apontando para uma comunidade de crentes que Ele mesmo formaria.
Breve Cronologia da Igreja:
- Fundamento no Antigo Testamento: Israel como "qahal", uma assembleia de adoração a Deus.
- Jesus e a Promessa da Igreja: Mateus 16:18, quando Jesus afirma que edificará a sua Igreja.
- Pentecostes: Atos 2 marca o nascimento da Igreja como comunidade do Espírito Santo.
- Expansão da Igreja: A Igreja se expande, passando de uma comunidade judaica para incluir gentios, conforme o ministério de Paulo em Atos e suas epístolas (Efésios, Romanos).
- Conceito Escatológico: A Igreja é vista como a "noiva de Cristo", aguardando a sua glorificação final (Efésios 5:27; Apocalipse 19:7-9).
3. Teologia Sistemática: A Natureza da Igreja
Dentro da teologia sistemática, a Igreja é considerada sob diferentes aspectos:
- A Igreja como o Corpo de Cristo: Em passagens como 1 Coríntios 12:27 e Efésios 4:12, a Igreja é descrita como o "corpo de Cristo", onde os crentes estão unidos em um só corpo, com Cristo como a cabeça. Essa metáfora enfatiza a unidade da Igreja, apesar da diversidade de dons e ministérios entre os membros.
- A Igreja Universal e Local: A teologia cristã distingue entre a Igreja Universal (todos os crentes em Cristo ao redor do mundo, em todos os tempos) e a Igreja Local (as congregações específicas que se reúnem em diferentes lugares). A Igreja universal é mencionada em Hebreus 12:23 como "a assembleia dos primogênitos inscritos nos céus", enquanto Paulo escreve às igrejas locais em suas cartas, como a Igreja de Corinto (1 Coríntios 1:2).
- A Igreja como Noiva de Cristo: Efésios 5:25-27 apresenta a Igreja como a noiva de Cristo, que será santificada e glorificada no final dos tempos. Essa imagem sugere uma relação de amor, cuidado e fidelidade entre Cristo e sua Igreja.
- A Igreja como Templo do Espírito Santo: 1 Coríntios 3:16-17 e Efésios 2:21 descrevem a Igreja como o lugar onde o Espírito Santo habita, enfatizando a santidade da comunidade dos crentes e seu papel como lugar de adoração.
4. Hermenêutica Espiral: Interpretando o Conceito de Igreja
A hermenêutica espiral é uma abordagem interpretativa que procura compreender um texto bíblico a partir de múltiplas interações com o texto, o contexto histórico e a tradição interpretativa, movendo-se entre a compreensão do particular e do todo.
Aplicação à Igreja:
- Textual: Ao longo do Novo Testamento, o conceito de Igreja evolui a partir dos ensinamentos de Jesus (Mateus 16:18), passa pela realidade concreta de Atos dos Apóstolos, e é desenvolvido teologicamente nas cartas de Paulo. Cada passagem deve ser lida em seu contexto imediato, mas também à luz de toda a revelação bíblica sobre a Igreja.
- Contexto Histórico: A interpretação da palavra "igreja" deve considerar o desenvolvimento histórico da comunidade cristã, desde o início no judaísmo até sua expansão entre os gentios. A transição da "ekklesía" como uma assembleia local de crentes em um movimento universal de crentes foi uma adaptação importante na história da Igreja.
- Tradição e Continuidade: A Igreja é entendida não apenas em sua função presente, mas também em seu papel futuro e escatológico, como a noiva de Cristo (Apocalipse 21:9). As promessas de Jesus de proteger e guiar a sua Igreja até o fim dos tempos (Mateus 16:18) são fundamentais para uma leitura escatológica e teológica do conceito de Igreja.
5. Conclusão: Igreja no Plano de Deus
A Igreja, segundo a teologia bíblica e sistemática, é o corpo de Cristo, a noiva que aguarda sua plena redenção e glorificação. A Igreja é uma comunidade espiritual de crentes em Cristo, formada a partir do Pentecostes e sustentada pelo Espírito Santo ao longo da história. Suas raízes estão tanto no conceito de "qahal" do Antigo Testamento quanto na "ekklesía" do Novo Testamento, onde o povo de Deus é chamado a ser a agência propagadora do Reino de Deus, aguardando a vinda de Cristo.
Fontes recomendadas da CPAD incluem:
A palavra "Igreja" é de fundamental importância na teologia cristã, sendo usada para descrever a comunidade dos crentes que seguem a Cristo. A Igreja é vista não apenas como uma instituição ou um edifício, mas como o "corpo de Cristo", composto por todos os que creem. Abaixo, vamos analisar a origem e o uso bíblico da palavra, sua cronologia, teologia sistemática e hermenêutica espiral.
1. Origem e Significado da Palavra "Igreja"
- Grego: ἐκκλησία (ekklesía)
- A palavra grega "ἐκκλησία" é usada no Novo Testamento para descrever a "assembleia" ou "congregação" de crentes. Deriva de dois termos: "ἐκ" (ek), que significa "fora de", e "καλέω" (kaléo), que significa "chamar". Portanto, "ekklesía" pode ser entendida literalmente como "os chamados para fora" ou "os convocados", referindo-se originalmente a uma assembleia de cidadãos na Grécia antiga. No contexto cristão, passou a se referir à comunidade daqueles que foram "chamados" por Deus para fora do mundo para formar o povo de Deus.
- Hebraico: קָהָל (qahal)
- No Antigo Testamento, a palavra hebraica "קָהָל" (qahal) é usada para se referir à "assembleia" ou "congregação" de Israel, especialmente no contexto religioso e cultual. O termo "qahal" é frequentemente traduzido na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) como "ekklesía", sugerindo uma continuidade teológica entre o "povo de Deus" no Antigo e no Novo Testamento.
2. Como Surgiu a Igreja: Cronologia e Contexto Bíblico
- No Antigo Testamento: A Igreja, como compreendida no Novo Testamento, ainda não existia no Antigo Testamento, mas o conceito de uma assembleia ou povo de Deus já estava presente. A palavra hebraica "qahal" foi usada para descrever o povo de Israel reunido para adoração e serviço a Deus (Deuteronômio 9:10; Salmo 22:22).
- No Novo Testamento: A Igreja é oficialmente inaugurada no dia de Pentecostes, em Atos 2, quando o Espírito Santo desce sobre os discípulos reunidos. A partir desse momento, a comunidade dos crentes se expande e é chamada de "igreja" (Atos 2:47). A Igreja no Novo Testamento é caracterizada como a comunhão de todos os que creem em Jesus Cristo, incluindo judeus e gentios (Efésios 2:11-22). Jesus promete edificar a sua Igreja em Mateus 16:18, apontando para uma comunidade de crentes que Ele mesmo formaria.
Breve Cronologia da Igreja:
- Fundamento no Antigo Testamento: Israel como "qahal", uma assembleia de adoração a Deus.
- Jesus e a Promessa da Igreja: Mateus 16:18, quando Jesus afirma que edificará a sua Igreja.
- Pentecostes: Atos 2 marca o nascimento da Igreja como comunidade do Espírito Santo.
- Expansão da Igreja: A Igreja se expande, passando de uma comunidade judaica para incluir gentios, conforme o ministério de Paulo em Atos e suas epístolas (Efésios, Romanos).
- Conceito Escatológico: A Igreja é vista como a "noiva de Cristo", aguardando a sua glorificação final (Efésios 5:27; Apocalipse 19:7-9).
3. Teologia Sistemática: A Natureza da Igreja
Dentro da teologia sistemática, a Igreja é considerada sob diferentes aspectos:
- A Igreja como o Corpo de Cristo: Em passagens como 1 Coríntios 12:27 e Efésios 4:12, a Igreja é descrita como o "corpo de Cristo", onde os crentes estão unidos em um só corpo, com Cristo como a cabeça. Essa metáfora enfatiza a unidade da Igreja, apesar da diversidade de dons e ministérios entre os membros.
- A Igreja Universal e Local: A teologia cristã distingue entre a Igreja Universal (todos os crentes em Cristo ao redor do mundo, em todos os tempos) e a Igreja Local (as congregações específicas que se reúnem em diferentes lugares). A Igreja universal é mencionada em Hebreus 12:23 como "a assembleia dos primogênitos inscritos nos céus", enquanto Paulo escreve às igrejas locais em suas cartas, como a Igreja de Corinto (1 Coríntios 1:2).
- A Igreja como Noiva de Cristo: Efésios 5:25-27 apresenta a Igreja como a noiva de Cristo, que será santificada e glorificada no final dos tempos. Essa imagem sugere uma relação de amor, cuidado e fidelidade entre Cristo e sua Igreja.
- A Igreja como Templo do Espírito Santo: 1 Coríntios 3:16-17 e Efésios 2:21 descrevem a Igreja como o lugar onde o Espírito Santo habita, enfatizando a santidade da comunidade dos crentes e seu papel como lugar de adoração.
4. Hermenêutica Espiral: Interpretando o Conceito de Igreja
A hermenêutica espiral é uma abordagem interpretativa que procura compreender um texto bíblico a partir de múltiplas interações com o texto, o contexto histórico e a tradição interpretativa, movendo-se entre a compreensão do particular e do todo.
Aplicação à Igreja:
- Textual: Ao longo do Novo Testamento, o conceito de Igreja evolui a partir dos ensinamentos de Jesus (Mateus 16:18), passa pela realidade concreta de Atos dos Apóstolos, e é desenvolvido teologicamente nas cartas de Paulo. Cada passagem deve ser lida em seu contexto imediato, mas também à luz de toda a revelação bíblica sobre a Igreja.
- Contexto Histórico: A interpretação da palavra "igreja" deve considerar o desenvolvimento histórico da comunidade cristã, desde o início no judaísmo até sua expansão entre os gentios. A transição da "ekklesía" como uma assembleia local de crentes em um movimento universal de crentes foi uma adaptação importante na história da Igreja.
- Tradição e Continuidade: A Igreja é entendida não apenas em sua função presente, mas também em seu papel futuro e escatológico, como a noiva de Cristo (Apocalipse 21:9). As promessas de Jesus de proteger e guiar a sua Igreja até o fim dos tempos (Mateus 16:18) são fundamentais para uma leitura escatológica e teológica do conceito de Igreja.
5. Conclusão: Igreja no Plano de Deus
A Igreja, segundo a teologia bíblica e sistemática, é o corpo de Cristo, a noiva que aguarda sua plena redenção e glorificação. A Igreja é uma comunidade espiritual de crentes em Cristo, formada a partir do Pentecostes e sustentada pelo Espírito Santo ao longo da história. Suas raízes estão tanto no conceito de "qahal" do Antigo Testamento quanto na "ekklesía" do Novo Testamento, onde o povo de Deus é chamado a ser a agência propagadora do Reino de Deus, aguardando a vinda de Cristo.
Fontes recomendadas da CPAD incluem:
I – A NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA
1- A promessa de sinais sobrenaturais. O Evangelho de Mateus 28.18-20 revela o estabelecimento da Grande Comissão de Cristo para seus discípulos. Nesta comissão, três palavras resumem a tarefa: Ide, Ensine e Batize (v.19). Em Marcos 16 temos uma promessa de que sinais sobrenaturais ocorreriam para confirmar a obra da Grande Comissão (v.17). Dessa forma, como Igreja de Cristo, ao proclamar a mensagem de arrependimento e salvação, devemos esperar que milagres em nome de Jesus aconteçam como realidade de que o Reino de Deus está agindo no mundo (Lc 9-2). Portanto, estamos diante de uma promessa de confirmação da obra de evangelização.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
I – A NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA
1. A Promessa de Sinais Sobrenaturais
A promessa de sinais sobrenaturais está diretamente ligada à Grande Comissão, estabelecida por Jesus após Sua ressurreição. Em Mateus 28:18-20, Cristo comissiona os discípulos para irem a todas as nações, ensinando e batizando em Seu nome. O versículo 19 traz três verbos-chave que definem a missão da Igreja: "Ide" (πορευθέντες, poreuthentes), "Ensine" (μαθητεύσατε, matheteusate), e "Batize" (βαπτίζοντες, baptizontes). Esses termos sintetizam a tarefa missionária de levar o evangelho às nações.
A ordem de “Ide” enfatiza a necessidade de movimento ativo e envolvimento no mundo. É um chamado para sair das fronteiras da comunidade de fé e alcançar os perdidos. A palavra grega πορευθέντες (poreuthentes) implica a ideia de deslocamento, ou seja, a Igreja precisa estar em constante movimento para cumprir sua missão. Ensinar aqui está relacionado ao ato de fazer discípulos, o que vai além da instrução intelectual. Envolve um relacionamento contínuo de aprendizado e crescimento em Cristo, e batizar representa a identificação pública dos novos crentes com a fé cristã e com a comunidade de crentes.
2. A Promessa de Marcos 16:17-18: Sinais Sobrenaturais
No evangelho de Marcos 16:15-18, há uma promessa clara de que sinais sobrenaturais acompanharão aqueles que creem. Os sinais descritos — expulsão de demônios, novas línguas, imunidade a venenos, e cura de enfermos — não são apresentados como atos isolados, mas como confirmação da presença e do poder de Deus agindo no mundo por meio da pregação do Evangelho.
Os verbos usados para esses sinais (expulsar demônios, falar novas línguas, pegar em serpentes, impor mãos sobre enfermos) denotam ação e poder sobrenatural. A palavra grega para “sinal” aqui é σημεῖα (sēmeia), que significa um sinal ou milagre que aponta para algo maior — neste caso, a presença do Reino de Deus. Os sinais confirmam a autoridade da mensagem pregada e, ao mesmo tempo, revelam a atuação do poder divino em meio ao avanço do Evangelho.
Lucas 9:2 reforça esse princípio, onde Jesus envia os doze discípulos a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. Isso demonstra que a cura e os sinais sobrenaturais não são um fim em si mesmos, mas uma confirmação tangível do Reino de Deus operando na terra.
3. Teologia dos Sinais Sobrenaturais na Igreja
A teologia por trás desses sinais sobrenaturais está intrinsecamente ligada à presença do Espírito Santo. Em Atos 1:8, Jesus promete aos discípulos que eles receberiam poder ao descer sobre eles o Espírito Santo, e esse poder seria para testemunharem até os confins da terra. O poder do Espírito é o responsável pela capacitação sobrenatural da Igreja para cumprir sua missão.
Os sinais não são apenas demonstrações esporádicas de poder, mas fazem parte do caráter contínuo do Reino de Deus que está presente e em expansão no mundo. Em 1 Coríntios 12:4-11, Paulo fala sobre os dons espirituais, muitos dos quais são milagrosos e visam edificar a Igreja e confirmar a ação de Deus na vida dos crentes. Assim, a Igreja continua a ser chamada a operar sob o poder do Espírito Santo, com sinais que confirmam a pregação do Evangelho.
4. A Realidade dos Milagres no Contexto da Igreja Atual
Esses sinais sobrenaturais não devem ser vistos como algo limitado ao período apostólico, mas como uma parte viva e presente da experiência da Igreja. Stanley Horton, em sua obra "O Espírito Santo na Bíblia" (CPAD), destaca que os dons do Espírito, incluindo os dons de milagres e cura, são parte integrante da Igreja até a segunda vinda de Cristo. Horton argumenta que esses sinais são manifestações da graça de Deus e não podem ser manipulados, mas devem ser esperados e orados à medida que a Igreja avança na missão de evangelização.
5. Conclusão: A Confirmação da Obra de Evangelização
Portanto, ao proclamar a mensagem de arrependimento e salvação, a Igreja pode e deve esperar que milagres ocorram como parte da realidade do Reino de Deus agindo no mundo. A promessa de sinais sobrenaturais é uma garantia de que Deus continua ativo em meio à sua Igreja, confirmando a verdade do Evangelho e trazendo libertação e cura para os que o recebem.
Essa perspectiva teológica não apenas fortalece a confiança da Igreja em sua missão, mas também nos relembra de que a obra de evangelização não é feita em nossa própria força, mas no poder e na autoridade que Jesus delegou, acompanhado por sinais e maravilhas que revelam a presença do Reino.
I – A NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA
1. A Promessa de Sinais Sobrenaturais
A promessa de sinais sobrenaturais está diretamente ligada à Grande Comissão, estabelecida por Jesus após Sua ressurreição. Em Mateus 28:18-20, Cristo comissiona os discípulos para irem a todas as nações, ensinando e batizando em Seu nome. O versículo 19 traz três verbos-chave que definem a missão da Igreja: "Ide" (πορευθέντες, poreuthentes), "Ensine" (μαθητεύσατε, matheteusate), e "Batize" (βαπτίζοντες, baptizontes). Esses termos sintetizam a tarefa missionária de levar o evangelho às nações.
A ordem de “Ide” enfatiza a necessidade de movimento ativo e envolvimento no mundo. É um chamado para sair das fronteiras da comunidade de fé e alcançar os perdidos. A palavra grega πορευθέντες (poreuthentes) implica a ideia de deslocamento, ou seja, a Igreja precisa estar em constante movimento para cumprir sua missão. Ensinar aqui está relacionado ao ato de fazer discípulos, o que vai além da instrução intelectual. Envolve um relacionamento contínuo de aprendizado e crescimento em Cristo, e batizar representa a identificação pública dos novos crentes com a fé cristã e com a comunidade de crentes.
2. A Promessa de Marcos 16:17-18: Sinais Sobrenaturais
No evangelho de Marcos 16:15-18, há uma promessa clara de que sinais sobrenaturais acompanharão aqueles que creem. Os sinais descritos — expulsão de demônios, novas línguas, imunidade a venenos, e cura de enfermos — não são apresentados como atos isolados, mas como confirmação da presença e do poder de Deus agindo no mundo por meio da pregação do Evangelho.
Os verbos usados para esses sinais (expulsar demônios, falar novas línguas, pegar em serpentes, impor mãos sobre enfermos) denotam ação e poder sobrenatural. A palavra grega para “sinal” aqui é σημεῖα (sēmeia), que significa um sinal ou milagre que aponta para algo maior — neste caso, a presença do Reino de Deus. Os sinais confirmam a autoridade da mensagem pregada e, ao mesmo tempo, revelam a atuação do poder divino em meio ao avanço do Evangelho.
Lucas 9:2 reforça esse princípio, onde Jesus envia os doze discípulos a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. Isso demonstra que a cura e os sinais sobrenaturais não são um fim em si mesmos, mas uma confirmação tangível do Reino de Deus operando na terra.
3. Teologia dos Sinais Sobrenaturais na Igreja
A teologia por trás desses sinais sobrenaturais está intrinsecamente ligada à presença do Espírito Santo. Em Atos 1:8, Jesus promete aos discípulos que eles receberiam poder ao descer sobre eles o Espírito Santo, e esse poder seria para testemunharem até os confins da terra. O poder do Espírito é o responsável pela capacitação sobrenatural da Igreja para cumprir sua missão.
Os sinais não são apenas demonstrações esporádicas de poder, mas fazem parte do caráter contínuo do Reino de Deus que está presente e em expansão no mundo. Em 1 Coríntios 12:4-11, Paulo fala sobre os dons espirituais, muitos dos quais são milagrosos e visam edificar a Igreja e confirmar a ação de Deus na vida dos crentes. Assim, a Igreja continua a ser chamada a operar sob o poder do Espírito Santo, com sinais que confirmam a pregação do Evangelho.
4. A Realidade dos Milagres no Contexto da Igreja Atual
Esses sinais sobrenaturais não devem ser vistos como algo limitado ao período apostólico, mas como uma parte viva e presente da experiência da Igreja. Stanley Horton, em sua obra "O Espírito Santo na Bíblia" (CPAD), destaca que os dons do Espírito, incluindo os dons de milagres e cura, são parte integrante da Igreja até a segunda vinda de Cristo. Horton argumenta que esses sinais são manifestações da graça de Deus e não podem ser manipulados, mas devem ser esperados e orados à medida que a Igreja avança na missão de evangelização.
5. Conclusão: A Confirmação da Obra de Evangelização
Portanto, ao proclamar a mensagem de arrependimento e salvação, a Igreja pode e deve esperar que milagres ocorram como parte da realidade do Reino de Deus agindo no mundo. A promessa de sinais sobrenaturais é uma garantia de que Deus continua ativo em meio à sua Igreja, confirmando a verdade do Evangelho e trazendo libertação e cura para os que o recebem.
Essa perspectiva teológica não apenas fortalece a confiança da Igreja em sua missão, mas também nos relembra de que a obra de evangelização não é feita em nossa própria força, mas no poder e na autoridade que Jesus delegou, acompanhado por sinais e maravilhas que revelam a presença do Reino.
2- A promessa de revestimento de poder. Com base na promessa de Cristo para seus discípulos, em Atos 1, nosso Senhor faz uma promessa de capacitação espiritual para a proclamação do Evangelho de Cristo: “Recebereis a virtude do Espírito” (v.8). É a promessa do batismo no Espírito Santo para capacitar o crente na transmissão das Boas-Novas de Salvação. Além de poder para proclamar, a capacitação do Espírito também nos forja como “testemunhas de Cristo” em nossa família, bairro, cidades e nações (v.8). Portanto, estamos diante de uma promessa de capacitação espiritual para a evangelização.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa de revestimento de poder está ancorada na declaração de Jesus em Atos 1:8, onde Ele assegura aos discípulos que eles receberiam a virtude do Espírito Santo para serem Suas testemunhas. Esse poder (do grego δύναμις, dýnamis, que significa "força", "poder milagroso" ou "capacidade") não é apenas uma capacitação para cumprir uma tarefa, mas também uma transformação espiritual profunda que equipa os crentes para viver e proclamar o Evangelho de Cristo.
1. O Contexto de Atos 1:8
No contexto de Atos 1, Jesus já havia ressuscitado dos mortos e estava preparando os discípulos para Sua ascensão. Durante os 40 dias após Sua ressurreição, Ele falou-lhes sobre o Reino de Deus e deu instruções para aguardarem em Jerusalém até que recebessem o Espírito Santo (Atos 1:4-5). Os discípulos, ainda fixados na ideia de um reino político, perguntam a Jesus: "Restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?" (Atos 1:6). Jesus, no entanto, responde dizendo que o momento exato não lhes pertence saber, mas que receberiam poder para serem Suas testemunhas, o que revela que o propósito imediato era espiritual e global, não apenas nacional.
Esse poder viria no evento de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceria sobre eles em forma de línguas de fogo, capacitá-los para a missão de pregar o Evangelho de forma eficaz (Atos 2:1-4).
2. Virtude do Espírito Santo (dýnamis)
A palavra grega "dýnamis" usada em Atos 1:8 refere-se à capacidade dada pelo Espírito Santo, capacitando os crentes para fazer o que seria humanamente impossível. Esse poder está ligado à manifestação dos dons espirituais, incluindo a profecia, a cura, o falar em outras línguas e outros sinais sobrenaturais (1 Coríntios 12). A promessa de Jesus não é meramente uma promessa de autoridade, mas de uma nova dinâmica espiritual que atuaria através de seus discípulos, permitindo-lhes impactar o mundo ao seu redor com o poder transformador do Evangelho.
3. O Batismo no Espírito Santo
A promessa em Atos 1:8 é muitas vezes associada à doutrina pentecostal do batismo no Espírito Santo. Esse batismo é uma experiência subsequente à salvação, na qual o crente é revestido com poder para o serviço e testemunho. Jesus falou do batismo no Espírito Santo como algo que os discípulos deveriam aguardar (Atos 1:5), e a experiência descrita em Atos 2 é considerada o cumprimento dessa promessa.
Segundo teólogos como Stanley Horton e Myer Pearlman, o batismo no Espírito Santo tem como propósito não apenas capacitar o crente para o serviço, mas também santificá-lo e prepará-lo para o testemunho fiel. O Espírito Santo guia o crente em todas as verdades (João 16:13), ajuda na oração (Romanos 8:26), e concede poder para operar em dons espirituais que edificam a Igreja e atraem os perdidos para Cristo (1 Coríntios 12:7-11).
4. Ser Testemunhas de Cristo
Em Atos 1:8, o resultado direto de receber a virtude do Espírito Santo é que os discípulos seriam testemunhas de Cristo. A palavra grega para "testemunha" é μάρτυς (mártys), que originalmente significa alguém que dá testemunho, mas que na era apostólica também passou a implicar na ideia de sofrer por esse testemunho, daí a origem da palavra "mártir". Ser uma testemunha de Cristo significa proclamar a verdade do Evangelho não apenas com palavras, mas com a própria vida.
Esse testemunho começa em Jerusalém, o centro da fé judaica, e se expande para toda a Judeia, depois para a Samaria (uma região com uma relação tensa com os judeus), e finalmente até aos confins da terra. Essa progressão geográfica também reflete a expansão do Reino de Deus, que não se limita a um povo ou uma nação, mas se estende a todas as nações, cumprindo a Grande Comissão de Mateus 28:19-20.
5. A Promessa de Capacitação Espiritual para a Evangelização
O batismo no Espírito Santo, conforme descrito em Atos, é fundamental para a capacitação espiritual da Igreja na evangelização. Efésios 6:10-18 descreve o crente como envolvido em uma batalha espiritual, e o Espírito Santo é o capacitador que nos permite resistir às forças do mal enquanto pregamos a verdade. Sem o poder do Espírito, o testemunho da Igreja seria fraco e ineficaz. Com o Espírito, porém, a Igreja se torna uma força poderosa para o avanço do Reino de Deus.
Essa promessa de poder é vivida de forma individual e coletiva. Individualmente, o crente é capacitado com dons espirituais e ousadia para proclamar o Evangelho, e coletivamente, a Igreja se torna um corpo de testemunhas que avança em unidade e poder, alcançando o mundo com a mensagem de Cristo.
6. Teologia Pentecostal do Poder Espiritual
A teologia pentecostal vê o batismo no Espírito Santo como a fonte de poder que não apenas equipa o crente para pregar o Evangelho, mas também para viver uma vida de santidade e serviço. Segundo o teólogo Donald Gee, o Espírito Santo é o responsável por tornar o Evangelho vivo e eficaz na vida daqueles que creem. O Espírito concede dons e capacidades sobrenaturais, mas também transforma o caráter do crente, forjando-o à imagem de Cristo.
A promessa do Espírito Santo é vista como essencial para a Igreja em todas as épocas, e não como uma experiência isolada no primeiro século. Antonio Gilberto, em seu livro O Espírito Santo (CPAD), defende que o revestimento de poder é uma necessidade contínua para a vida e missão da Igreja, e que os dons e o batismo no Espírito Santo devem ser buscados e vividos intensamente na vida de cada crente.
7. Conclusão: Capacitação para a Missão
A promessa de revestimento de poder pelo Espírito Santo é, portanto, uma capacitação essencial para a evangelização. A Igreja de Cristo, ao ser cheia do Espírito Santo, não apenas proclama o Evangelho com ousadia, mas também demonstra o poder de Deus por meio de sinais, milagres e vidas transformadas. Esse poder é o que sustenta a missão de testemunhar de Cristo em todas as esferas da sociedade, desde a família até os confins da terra.
Como crentes, devemos buscar esse revestimento de poder para que possamos ser testemunhas eficazes, vivendo e proclamando o Evangelho em todas as áreas de nossa vida.
A promessa de revestimento de poder está ancorada na declaração de Jesus em Atos 1:8, onde Ele assegura aos discípulos que eles receberiam a virtude do Espírito Santo para serem Suas testemunhas. Esse poder (do grego δύναμις, dýnamis, que significa "força", "poder milagroso" ou "capacidade") não é apenas uma capacitação para cumprir uma tarefa, mas também uma transformação espiritual profunda que equipa os crentes para viver e proclamar o Evangelho de Cristo.
1. O Contexto de Atos 1:8
No contexto de Atos 1, Jesus já havia ressuscitado dos mortos e estava preparando os discípulos para Sua ascensão. Durante os 40 dias após Sua ressurreição, Ele falou-lhes sobre o Reino de Deus e deu instruções para aguardarem em Jerusalém até que recebessem o Espírito Santo (Atos 1:4-5). Os discípulos, ainda fixados na ideia de um reino político, perguntam a Jesus: "Restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?" (Atos 1:6). Jesus, no entanto, responde dizendo que o momento exato não lhes pertence saber, mas que receberiam poder para serem Suas testemunhas, o que revela que o propósito imediato era espiritual e global, não apenas nacional.
Esse poder viria no evento de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceria sobre eles em forma de línguas de fogo, capacitá-los para a missão de pregar o Evangelho de forma eficaz (Atos 2:1-4).
2. Virtude do Espírito Santo (dýnamis)
A palavra grega "dýnamis" usada em Atos 1:8 refere-se à capacidade dada pelo Espírito Santo, capacitando os crentes para fazer o que seria humanamente impossível. Esse poder está ligado à manifestação dos dons espirituais, incluindo a profecia, a cura, o falar em outras línguas e outros sinais sobrenaturais (1 Coríntios 12). A promessa de Jesus não é meramente uma promessa de autoridade, mas de uma nova dinâmica espiritual que atuaria através de seus discípulos, permitindo-lhes impactar o mundo ao seu redor com o poder transformador do Evangelho.
3. O Batismo no Espírito Santo
A promessa em Atos 1:8 é muitas vezes associada à doutrina pentecostal do batismo no Espírito Santo. Esse batismo é uma experiência subsequente à salvação, na qual o crente é revestido com poder para o serviço e testemunho. Jesus falou do batismo no Espírito Santo como algo que os discípulos deveriam aguardar (Atos 1:5), e a experiência descrita em Atos 2 é considerada o cumprimento dessa promessa.
Segundo teólogos como Stanley Horton e Myer Pearlman, o batismo no Espírito Santo tem como propósito não apenas capacitar o crente para o serviço, mas também santificá-lo e prepará-lo para o testemunho fiel. O Espírito Santo guia o crente em todas as verdades (João 16:13), ajuda na oração (Romanos 8:26), e concede poder para operar em dons espirituais que edificam a Igreja e atraem os perdidos para Cristo (1 Coríntios 12:7-11).
4. Ser Testemunhas de Cristo
Em Atos 1:8, o resultado direto de receber a virtude do Espírito Santo é que os discípulos seriam testemunhas de Cristo. A palavra grega para "testemunha" é μάρτυς (mártys), que originalmente significa alguém que dá testemunho, mas que na era apostólica também passou a implicar na ideia de sofrer por esse testemunho, daí a origem da palavra "mártir". Ser uma testemunha de Cristo significa proclamar a verdade do Evangelho não apenas com palavras, mas com a própria vida.
Esse testemunho começa em Jerusalém, o centro da fé judaica, e se expande para toda a Judeia, depois para a Samaria (uma região com uma relação tensa com os judeus), e finalmente até aos confins da terra. Essa progressão geográfica também reflete a expansão do Reino de Deus, que não se limita a um povo ou uma nação, mas se estende a todas as nações, cumprindo a Grande Comissão de Mateus 28:19-20.
5. A Promessa de Capacitação Espiritual para a Evangelização
O batismo no Espírito Santo, conforme descrito em Atos, é fundamental para a capacitação espiritual da Igreja na evangelização. Efésios 6:10-18 descreve o crente como envolvido em uma batalha espiritual, e o Espírito Santo é o capacitador que nos permite resistir às forças do mal enquanto pregamos a verdade. Sem o poder do Espírito, o testemunho da Igreja seria fraco e ineficaz. Com o Espírito, porém, a Igreja se torna uma força poderosa para o avanço do Reino de Deus.
Essa promessa de poder é vivida de forma individual e coletiva. Individualmente, o crente é capacitado com dons espirituais e ousadia para proclamar o Evangelho, e coletivamente, a Igreja se torna um corpo de testemunhas que avança em unidade e poder, alcançando o mundo com a mensagem de Cristo.
6. Teologia Pentecostal do Poder Espiritual
A teologia pentecostal vê o batismo no Espírito Santo como a fonte de poder que não apenas equipa o crente para pregar o Evangelho, mas também para viver uma vida de santidade e serviço. Segundo o teólogo Donald Gee, o Espírito Santo é o responsável por tornar o Evangelho vivo e eficaz na vida daqueles que creem. O Espírito concede dons e capacidades sobrenaturais, mas também transforma o caráter do crente, forjando-o à imagem de Cristo.
A promessa do Espírito Santo é vista como essencial para a Igreja em todas as épocas, e não como uma experiência isolada no primeiro século. Antonio Gilberto, em seu livro O Espírito Santo (CPAD), defende que o revestimento de poder é uma necessidade contínua para a vida e missão da Igreja, e que os dons e o batismo no Espírito Santo devem ser buscados e vividos intensamente na vida de cada crente.
7. Conclusão: Capacitação para a Missão
A promessa de revestimento de poder pelo Espírito Santo é, portanto, uma capacitação essencial para a evangelização. A Igreja de Cristo, ao ser cheia do Espírito Santo, não apenas proclama o Evangelho com ousadia, mas também demonstra o poder de Deus por meio de sinais, milagres e vidas transformadas. Esse poder é o que sustenta a missão de testemunhar de Cristo em todas as esferas da sociedade, desde a família até os confins da terra.
Como crentes, devemos buscar esse revestimento de poder para que possamos ser testemunhas eficazes, vivendo e proclamando o Evangelho em todas as áreas de nossa vida.
3- Promessas espirituais para uma instituição espiritual. Ao longo das Escrituras, percebemos que a Igreja foi forjada espiritualmente em Cristo. Por isso a natureza das promessas para a Igreja é primariamente espiritual. Notemos como Jesus se refere à Igreja em Mateus: “Edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). A palavra grega para igreja aqui é ekklesia, é um termo que remonta uma reunião de pessoas chamadas do mundo para participarem ativamente do Reino de Deus. Isso é possível ‘ pela obra poderosa de nosso Senhor na Cruz. Por isso, a Igreja é denominada no Novo Testamento como Corpo de Cristo (Cl 1.24), o Templo de Deus (1 Co 3.16), a Noiva de Cristo (Ef 5.25-27). Assim, uma instituição espiritual tem promessas espirituais para serem confirmadas em seu ministério no mundo (Mc 16.18-20; At 1.6-8).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Igreja, ao longo das Escrituras, é identificada como uma instituição essencialmente espiritual. Seu surgimento e natureza foram forjados em Cristo, tornando-a distinta das instituições terrenas, pois suas promessas e propósitos estão fundamentados no Reino de Deus. A promessa de Cristo em Mateus 16:18 — “Edificarei a minha igreja” — ressalta tanto a origem divina da Igreja quanto sua missão espiritual.
1. O Significado de “Ekklesia”
A palavra grega usada para igreja é ἐκκλησία (ekklesía), que significa "assembleia" ou "convocação". Derivada de ek, que significa "fora de", e kaleo, que significa "chamar", o termo se refere a um grupo de pessoas chamadas para fora do mundo para formar uma nova comunidade, dedicada a Deus e ao Seu Reino. No contexto do Novo Testamento, a Igreja é composta por aqueles que foram chamados para fora do sistema mundano para viver em santidade e cumprir a missão de Deus.
Jesus, ao usar o termo ekklesia em Mateus 16:18, destaca que a Igreja é uma instituição divina, estabelecida por Ele. O verbo "edificarei" (οἰκοδομήσω, oikodomēsō) reforça a ideia de que é Cristo quem constrói a Igreja, e esta construção não é física, mas espiritual, formada por pessoas que confessam Jesus como Senhor e Salvador.
2. A Natureza Espiritual da Igreja
A natureza espiritual da Igreja é vista claramente em sua identidade conforme o Novo Testamento. A Igreja é referida de várias maneiras que enfatizam seu caráter sobrenatural e seu relacionamento com Cristo:
- Corpo de Cristo: Em Colossenses 1:24, Paulo se refere à Igreja como o Corpo de Cristo. O corpo é uma metáfora rica que descreve a união orgânica e vital entre Cristo e seus seguidores. Cristo é a cabeça, e os crentes são os membros, funcionando de forma interdependente. Esta metáfora também enfatiza que a Igreja é espiritual porque sua vida e poder vêm de Cristo, e não de estruturas humanas.
- Templo de Deus: Em 1 Coríntios 3:16, Paulo chama a Igreja de Templo de Deus. No Antigo Testamento, o templo era o local de habitação da presença de Deus. No entanto, no Novo Testamento, o templo é a Igreja, que agora é a morada do Espírito Santo. Isso revela a natureza espiritual da Igreja, que não é apenas uma instituição visível, mas o lugar onde Deus habita através do Espírito Santo.
- Noiva de Cristo: Em Efésios 5:25-27, Paulo usa a metáfora da Noiva para descrever o relacionamento entre Cristo e a Igreja. Esta metáfora fala do amor sacrificial de Cristo pela Igreja e da santificação que Ele opera nela, preparando-a para ser uma noiva pura e sem mácula. A Noiva de Cristo é uma instituição espiritual, que será unida a Ele no final dos tempos.
Essas descrições indicam que, embora a Igreja tenha uma missão terrena, sua natureza é fundamentada em realidades espirituais. O propósito de Deus para a Igreja transcende as instituições humanas, pois sua essência está ligada ao Reino de Deus.
3. Promessas Espirituais para uma Missão Espiritual
Sendo uma instituição espiritual, as promessas de Deus para a Igreja são, em grande parte, de natureza espiritual. A Igreja foi enviada ao mundo com uma missão de proclamar o Evangelho e testemunhar o poder redentor de Cristo. Para isso, ela é capacitada e revestida de poder espiritual.
- A Grande Comissão e os Sinais Sobrenaturais: Em Marcos 16:17-20, Jesus promete que sinais sobrenaturais acompanhariam a proclamação do Evangelho. Esses sinais — expulsar demônios, falar novas línguas, impor as mãos sobre os enfermos para que sejam curados — não são meras manifestações exteriores, mas revelações espirituais de que o Reino de Deus está operando por meio da Igreja. Estes sinais são uma confirmação da natureza espiritual da missão da Igreja no mundo.
- O Poder do Espírito Santo: Em Atos 1:8, Jesus promete que os discípulos receberiam poder ao descer sobre eles o Espírito Santo, capacitando-os para serem Suas testemunhas até os confins da terra. Esse poder, dýnamis, é uma força sobrenatural que não só capacita os crentes para a evangelização, mas também para viver uma vida de santidade e serviço. O Espírito Santo é a fonte de todo poder espiritual na vida da Igreja, guiando, santificando e capacitando seus membros para cumprir a missão de Cristo.
4. Teologia e Espiritualidade da Igreja
A teologia da Igreja, dentro da perspectiva cristã, sempre destacou a sua dupla natureza: visível e invisível. A Igreja visível é a comunidade dos crentes, reunida em congregações e estruturas organizacionais. A Igreja invisível, porém, é o corpo espiritual composto por todos os crentes que, ao longo do tempo, foram regenerados pelo Espírito Santo. A Teologia Sistemática lida com a doutrina da Igreja (eclesiologia) como parte essencial da obra redentora de Deus no mundo. Segundo teólogos como Wayne Grudem e Millard Erickson, a Igreja é a continuidade do plano de Deus para a salvação da humanidade, e ela serve como o agente principal de Deus para fazer o Reino de Deus avançar.
Na hermenêutica espiral, a interpretação da Igreja passa pela compreensão de sua missão em um contexto dinâmico. A Igreja não apenas proclama o Evangelho, mas também vive a realidade do Reino de Deus no presente. As promessas espirituais, então, não são apenas para o futuro glorioso da Igreja, mas têm impacto no presente, na forma como a Igreja age como uma testemunha no mundo. Isso cria uma espiral entre a promessa e o cumprimento, onde a Igreja experimenta antecipações das bênçãos do Reino enquanto aguarda sua consumação final.
5. Conclusão: Promessas Espirituais para a Missão da Igreja
Como instituição espiritual, a Igreja foi forjada em Cristo, e suas promessas são espirituais por natureza. A Igreja é chamada a operar em um reino espiritual, confiando no poder do Espírito Santo e nas promessas de Deus para cumprir sua missão. Assim, a Igreja não apenas proclama o Evangelho, mas também é um reflexo visível do poder e do amor de Deus no mundo. As promessas feitas à Igreja — de poder, presença divina e vitória espiritual — fortalecem sua fé e motivam sua ação no mundo, enquanto ela aguarda a consumação final de todas as coisas.
A Igreja, ao longo das Escrituras, é identificada como uma instituição essencialmente espiritual. Seu surgimento e natureza foram forjados em Cristo, tornando-a distinta das instituições terrenas, pois suas promessas e propósitos estão fundamentados no Reino de Deus. A promessa de Cristo em Mateus 16:18 — “Edificarei a minha igreja” — ressalta tanto a origem divina da Igreja quanto sua missão espiritual.
1. O Significado de “Ekklesia”
A palavra grega usada para igreja é ἐκκλησία (ekklesía), que significa "assembleia" ou "convocação". Derivada de ek, que significa "fora de", e kaleo, que significa "chamar", o termo se refere a um grupo de pessoas chamadas para fora do mundo para formar uma nova comunidade, dedicada a Deus e ao Seu Reino. No contexto do Novo Testamento, a Igreja é composta por aqueles que foram chamados para fora do sistema mundano para viver em santidade e cumprir a missão de Deus.
Jesus, ao usar o termo ekklesia em Mateus 16:18, destaca que a Igreja é uma instituição divina, estabelecida por Ele. O verbo "edificarei" (οἰκοδομήσω, oikodomēsō) reforça a ideia de que é Cristo quem constrói a Igreja, e esta construção não é física, mas espiritual, formada por pessoas que confessam Jesus como Senhor e Salvador.
2. A Natureza Espiritual da Igreja
A natureza espiritual da Igreja é vista claramente em sua identidade conforme o Novo Testamento. A Igreja é referida de várias maneiras que enfatizam seu caráter sobrenatural e seu relacionamento com Cristo:
- Corpo de Cristo: Em Colossenses 1:24, Paulo se refere à Igreja como o Corpo de Cristo. O corpo é uma metáfora rica que descreve a união orgânica e vital entre Cristo e seus seguidores. Cristo é a cabeça, e os crentes são os membros, funcionando de forma interdependente. Esta metáfora também enfatiza que a Igreja é espiritual porque sua vida e poder vêm de Cristo, e não de estruturas humanas.
- Templo de Deus: Em 1 Coríntios 3:16, Paulo chama a Igreja de Templo de Deus. No Antigo Testamento, o templo era o local de habitação da presença de Deus. No entanto, no Novo Testamento, o templo é a Igreja, que agora é a morada do Espírito Santo. Isso revela a natureza espiritual da Igreja, que não é apenas uma instituição visível, mas o lugar onde Deus habita através do Espírito Santo.
- Noiva de Cristo: Em Efésios 5:25-27, Paulo usa a metáfora da Noiva para descrever o relacionamento entre Cristo e a Igreja. Esta metáfora fala do amor sacrificial de Cristo pela Igreja e da santificação que Ele opera nela, preparando-a para ser uma noiva pura e sem mácula. A Noiva de Cristo é uma instituição espiritual, que será unida a Ele no final dos tempos.
Essas descrições indicam que, embora a Igreja tenha uma missão terrena, sua natureza é fundamentada em realidades espirituais. O propósito de Deus para a Igreja transcende as instituições humanas, pois sua essência está ligada ao Reino de Deus.
3. Promessas Espirituais para uma Missão Espiritual
Sendo uma instituição espiritual, as promessas de Deus para a Igreja são, em grande parte, de natureza espiritual. A Igreja foi enviada ao mundo com uma missão de proclamar o Evangelho e testemunhar o poder redentor de Cristo. Para isso, ela é capacitada e revestida de poder espiritual.
- A Grande Comissão e os Sinais Sobrenaturais: Em Marcos 16:17-20, Jesus promete que sinais sobrenaturais acompanhariam a proclamação do Evangelho. Esses sinais — expulsar demônios, falar novas línguas, impor as mãos sobre os enfermos para que sejam curados — não são meras manifestações exteriores, mas revelações espirituais de que o Reino de Deus está operando por meio da Igreja. Estes sinais são uma confirmação da natureza espiritual da missão da Igreja no mundo.
- O Poder do Espírito Santo: Em Atos 1:8, Jesus promete que os discípulos receberiam poder ao descer sobre eles o Espírito Santo, capacitando-os para serem Suas testemunhas até os confins da terra. Esse poder, dýnamis, é uma força sobrenatural que não só capacita os crentes para a evangelização, mas também para viver uma vida de santidade e serviço. O Espírito Santo é a fonte de todo poder espiritual na vida da Igreja, guiando, santificando e capacitando seus membros para cumprir a missão de Cristo.
4. Teologia e Espiritualidade da Igreja
A teologia da Igreja, dentro da perspectiva cristã, sempre destacou a sua dupla natureza: visível e invisível. A Igreja visível é a comunidade dos crentes, reunida em congregações e estruturas organizacionais. A Igreja invisível, porém, é o corpo espiritual composto por todos os crentes que, ao longo do tempo, foram regenerados pelo Espírito Santo. A Teologia Sistemática lida com a doutrina da Igreja (eclesiologia) como parte essencial da obra redentora de Deus no mundo. Segundo teólogos como Wayne Grudem e Millard Erickson, a Igreja é a continuidade do plano de Deus para a salvação da humanidade, e ela serve como o agente principal de Deus para fazer o Reino de Deus avançar.
Na hermenêutica espiral, a interpretação da Igreja passa pela compreensão de sua missão em um contexto dinâmico. A Igreja não apenas proclama o Evangelho, mas também vive a realidade do Reino de Deus no presente. As promessas espirituais, então, não são apenas para o futuro glorioso da Igreja, mas têm impacto no presente, na forma como a Igreja age como uma testemunha no mundo. Isso cria uma espiral entre a promessa e o cumprimento, onde a Igreja experimenta antecipações das bênçãos do Reino enquanto aguarda sua consumação final.
5. Conclusão: Promessas Espirituais para a Missão da Igreja
Como instituição espiritual, a Igreja foi forjada em Cristo, e suas promessas são espirituais por natureza. A Igreja é chamada a operar em um reino espiritual, confiando no poder do Espírito Santo e nas promessas de Deus para cumprir sua missão. Assim, a Igreja não apenas proclama o Evangelho, mas também é um reflexo visível do poder e do amor de Deus no mundo. As promessas feitas à Igreja — de poder, presença divina e vitória espiritual — fortalecem sua fé e motivam sua ação no mundo, enquanto ela aguarda a consumação final de todas as coisas.
SINOPSE I
As promessas de Cristo para sua Igreja atuam no âmbito espiritual e material.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
II – AS PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA
1- Promessa de vida eterna. O estabelecimento da Grande Comissão do nosso Senhor, como vimos em Mateus 28 e em Marcos 16, constatamos que a primeira e grande promessa da Igreja é a de vida eterna, a salvação em Cristo Jesus. Essa promessa é para todo “aquele que nele crê”. Ora, “aquele que nele crê” é salvo pelo Senhor e, consequentemente, torna-se membro do Corpo de Cristo, a Igreja do Deus vivo, desde o primeiro dia de seu arrependimento e fé (Jo 3.16; Jo 5.24).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa de vida eterna é central na mensagem do Evangelho e nas promessas de Deus para a Igreja. No contexto da Grande Comissão apresentada em Mateus 28 e Marcos 16, Cristo delega aos seus discípulos a tarefa de proclamar o Evangelho, que inclui a promessa de salvação e vida eterna para todos os que crerem.
1. Salvação e Vida Eterna
Em João 3:16, a essência da promessa de vida eterna está claramente declarada: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Aqui, o verbo grego para "crê" (πιστεύω, pisteuō) implica um ato contínuo de confiança e entrega a Cristo. A vida eterna não é simplesmente uma recompensa futura, mas uma realidade presente para os que creem em Cristo.
João 5:24 reforça essa ideia: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." O termo grego para “vida” é ζωή (zōē), que se refere a uma vida plena e abundante, não limitada ao presente, mas que se estende à eternidade. Este presente contínuo de “tem a vida eterna” sugere que o crente já participa dessa nova vida, sendo retirado da condição de condenação para viver a plenitude da comunhão com Deus.
2. Vida Eterna como Parte da Promessa à Igreja
A Igreja, como Corpo de Cristo, é a comunidade daqueles que receberam a promessa da vida eterna. Efésios 2:19 afirma que, ao crer, somos "concidadãos dos santos e da família de Deus." A Igreja, como família espiritual, é composta por aqueles que já experimentam a vida eterna em Cristo e aguardam sua consumação completa na glória futura. Dessa forma, a promessa de vida eterna começa aqui e agora, mas terá sua plenitude revelada na segunda vinda de Cristo, quando os crentes receberão corpos glorificados e viverão para sempre na presença de Deus.
3. Teologia da Vida Eterna e a Igreja
A Teologia Sistemática apresenta a vida eterna não apenas como uma duração infinita de tempo, mas como uma qualidade de vida em comunhão com Deus. De acordo com Wayne Grudem, a vida eterna é a participação na própria vida de Deus, que é perfeita e imutável. A Igreja é o meio pelo qual essa vida é proclamada e vivida, sendo a comunidade dos redimidos que vivem em união com Cristo, o doador da vida eterna.
Essa promessa também reforça a soteriologia, a doutrina da salvação, em que a vida eterna é a culminação do processo de redenção. Desde o arrependimento e fé, o crente entra na vida eterna, uma transformação espiritual iniciada pelo Espírito Santo, e que continuará até o dia da ressurreição.
4. Hermenêutica da Vida Eterna
Na hermenêutica espiral, ao interpretar as Escrituras, compreende-se que a promessa de vida eterna não é apenas um conceito futuro ou teológico abstrato. Ela é experimentada no presente, nas relações diárias e na transformação interior do crente. A vida eterna afeta como o crente vive agora, em santidade e comunhão com Deus. O crente é convidado a viver nesta tensão entre o "já" e o "ainda não" da vida eterna — já vivemos essa realidade por meio do Espírito Santo, mas ainda aguardamos sua plena realização na volta de Cristo.
5. Conclusão: A Promessa de Vida Eterna para a Igreja
Portanto, a promessa de vida eterna, assegurada por Cristo e proclamada pela Igreja, é a maior esperança dos crentes. Desde o momento da fé e arrependimento, a vida eterna já começa a ser experimentada pelo crente como membro do Corpo de Cristo. É uma realidade presente e futura, que oferece esperança e direciona a vida da Igreja em sua missão de proclamar a salvação ao mundo.
A promessa de vida eterna é central na mensagem do Evangelho e nas promessas de Deus para a Igreja. No contexto da Grande Comissão apresentada em Mateus 28 e Marcos 16, Cristo delega aos seus discípulos a tarefa de proclamar o Evangelho, que inclui a promessa de salvação e vida eterna para todos os que crerem.
1. Salvação e Vida Eterna
Em João 3:16, a essência da promessa de vida eterna está claramente declarada: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Aqui, o verbo grego para "crê" (πιστεύω, pisteuō) implica um ato contínuo de confiança e entrega a Cristo. A vida eterna não é simplesmente uma recompensa futura, mas uma realidade presente para os que creem em Cristo.
João 5:24 reforça essa ideia: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." O termo grego para “vida” é ζωή (zōē), que se refere a uma vida plena e abundante, não limitada ao presente, mas que se estende à eternidade. Este presente contínuo de “tem a vida eterna” sugere que o crente já participa dessa nova vida, sendo retirado da condição de condenação para viver a plenitude da comunhão com Deus.
2. Vida Eterna como Parte da Promessa à Igreja
A Igreja, como Corpo de Cristo, é a comunidade daqueles que receberam a promessa da vida eterna. Efésios 2:19 afirma que, ao crer, somos "concidadãos dos santos e da família de Deus." A Igreja, como família espiritual, é composta por aqueles que já experimentam a vida eterna em Cristo e aguardam sua consumação completa na glória futura. Dessa forma, a promessa de vida eterna começa aqui e agora, mas terá sua plenitude revelada na segunda vinda de Cristo, quando os crentes receberão corpos glorificados e viverão para sempre na presença de Deus.
3. Teologia da Vida Eterna e a Igreja
A Teologia Sistemática apresenta a vida eterna não apenas como uma duração infinita de tempo, mas como uma qualidade de vida em comunhão com Deus. De acordo com Wayne Grudem, a vida eterna é a participação na própria vida de Deus, que é perfeita e imutável. A Igreja é o meio pelo qual essa vida é proclamada e vivida, sendo a comunidade dos redimidos que vivem em união com Cristo, o doador da vida eterna.
Essa promessa também reforça a soteriologia, a doutrina da salvação, em que a vida eterna é a culminação do processo de redenção. Desde o arrependimento e fé, o crente entra na vida eterna, uma transformação espiritual iniciada pelo Espírito Santo, e que continuará até o dia da ressurreição.
4. Hermenêutica da Vida Eterna
Na hermenêutica espiral, ao interpretar as Escrituras, compreende-se que a promessa de vida eterna não é apenas um conceito futuro ou teológico abstrato. Ela é experimentada no presente, nas relações diárias e na transformação interior do crente. A vida eterna afeta como o crente vive agora, em santidade e comunhão com Deus. O crente é convidado a viver nesta tensão entre o "já" e o "ainda não" da vida eterna — já vivemos essa realidade por meio do Espírito Santo, mas ainda aguardamos sua plena realização na volta de Cristo.
5. Conclusão: A Promessa de Vida Eterna para a Igreja
Portanto, a promessa de vida eterna, assegurada por Cristo e proclamada pela Igreja, é a maior esperança dos crentes. Desde o momento da fé e arrependimento, a vida eterna já começa a ser experimentada pelo crente como membro do Corpo de Cristo. É uma realidade presente e futura, que oferece esperança e direciona a vida da Igreja em sua missão de proclamar a salvação ao mundo.
2- Promessa de Poder. Uma vez salvo em Cristo, e membro de seu Corpo, de acordo com o que lemos em Atos 1, temos uma gloriosa promessa de poder do alto para sermos instrumentos vivos em que os sinais e os milagres de Deus possam confirmar a Palavra que Ele nos entregou. Essa promessa foi feita em Atos dos Apóstolos (At 1.5,8), foi experimentada naquele tempo (At 10.44-46; 19.6) e, ao longo da história da Igreja, tem sido confirmada novamente na vida de milhares de servos de Deus que experimentam o Batismo no Espírito todos os dias e recebem dons espirituais preciosos para fazer a obra de Deus com fé e ousadia. O mesmo Senhor que batizou em Atos dos Apóstolos ainda batiza hoje!
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa de poder para a Igreja é uma das mais gloriosas que Jesus fez a seus discípulos. Ao considerar a obra do Espírito Santo, especialmente no contexto de Atos dos Apóstolos, percebemos que essa promessa é fundamental para a missão da Igreja e o empoderamento dos crentes.
1. A Promessa do Espírito Santo
Em Atos 1:5, Jesus diz: "Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muitos dias depois destes." A palavra grega para batizar aqui é βαπτίζω (baptizō), que significa "mergulhar" ou "imergir". O batismo no Espírito Santo implica uma imersão na presença de Deus, que transforma e capacita o crente para a obra do Reino.
Em Atos 1:8, a declaração de Jesus — "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas" — enfatiza que o poder do Espírito não é apenas para experiências pessoais, mas para a missão da Igreja. O termo virtude (grego: δύναμις, dýnamis) se refere a um poder sobrenatural, uma capacidade divina que habilita os crentes a realizar a obra de Deus com eficácia.
2. Experiências de Poder na Igreja Primitiva
A promessa de poder foi vivida e experimentada pelos discípulos de Jesus. Em Atos 10:44-46, vemos o Espírito Santo descendo sobre os gentios na casa de Cornélio, confirmando que a salvação e o poder de Deus não eram limitados aos judeus, mas disponíveis a todas as nações. Os crentes falavam em línguas e louvavam a Deus, demonstrando que a manifestação do Espírito é acompanhada por sinais visíveis.
Além disso, em Atos 19:6, quando Paulo impôs as mãos sobre os discípulos em Éfeso, o Espírito Santo veio sobre eles, e eles falaram em línguas e profetizaram. Isso mostra a continuidade da obra do Espírito ao longo da história da Igreja e a importância dos dons espirituais na edificação do Corpo de Cristo.
3. O Batismo no Espírito Santo Hoje
A promessa de que o mesmo Senhor que batizou os apóstolos ainda batiza hoje é uma realidade viva na experiência de muitos crentes contemporâneos. O Batismo no Espírito Santo é visto como uma experiência subsequente à salvação, capacitando os crentes a viver e a testemunhar com ousadia. A Teologia Pentecostal enfatiza essa experiência como essencial para a vida cristã dinâmica e cheia do Espírito, trazendo à tona dons espirituais como profecia, curas, e milagres, que são manifestações do poder de Deus.
4. Os Dons Espirituais
Os dons espirituais, conforme descritos em 1 Coríntios 12, são distribuídos pelo Espírito Santo para o benefício da Igreja. O termo grego para "dons" é χάρισμα (charisma), que significa "favor ou graça". Esses dons incluem, entre outros, sabedoria, conhecimento, fé, cura e milagres. Eles são concedidos não apenas para o crescimento pessoal, mas para o fortalecimento do Corpo de Cristo e a edificação da Igreja.
5. Teologia do Poder na Igreja
A Teologia Sistemática trata da obra do Espírito Santo na vida da Igreja como fundamental para entender a dinâmica da missão cristã. O poder que vem do alto é visto como a capacidade de viver a vida cristã, de ser testemunha do evangelho e de realizar atos de serviço e compaixão. Os teólogos ressaltam que esse poder é essencial para a luta espiritual contra as forças do mal e para a transformação das comunidades.
6. Hermenêutica da Promessa de Poder
Na hermenêutica espiral, a compreensão da promessa de poder deve ser aplicada à prática diária da vida cristã. A experiência do poder do Espírito Santo não é apenas uma realidade do passado, mas continua a ser relevante para a Igreja hoje. Os crentes são chamados a buscar o Batismo no Espírito e a se abrir para as manifestações do poder de Deus em suas vidas e ministérios.
7. Conclusão: A Promessa de Poder para a Igreja
A promessa de poder do Espírito Santo é essencial para a missão da Igreja e para a vida de cada crente. Essa capacitação divina não apenas permite que os crentes realizem obras sobrenaturais, mas também os transforma em instrumentos de Deus para levar o evangelho ao mundo. Ao nos comprometermos a buscar e a viver sob a influência do Espírito Santo, somos chamados a experimentar e manifestar o poder de Deus em nossas vidas e ministérios, confirmando a Palavra de Deus em ação no mundo.
A promessa de poder para a Igreja é uma das mais gloriosas que Jesus fez a seus discípulos. Ao considerar a obra do Espírito Santo, especialmente no contexto de Atos dos Apóstolos, percebemos que essa promessa é fundamental para a missão da Igreja e o empoderamento dos crentes.
1. A Promessa do Espírito Santo
Em Atos 1:5, Jesus diz: "Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muitos dias depois destes." A palavra grega para batizar aqui é βαπτίζω (baptizō), que significa "mergulhar" ou "imergir". O batismo no Espírito Santo implica uma imersão na presença de Deus, que transforma e capacita o crente para a obra do Reino.
Em Atos 1:8, a declaração de Jesus — "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas" — enfatiza que o poder do Espírito não é apenas para experiências pessoais, mas para a missão da Igreja. O termo virtude (grego: δύναμις, dýnamis) se refere a um poder sobrenatural, uma capacidade divina que habilita os crentes a realizar a obra de Deus com eficácia.
2. Experiências de Poder na Igreja Primitiva
A promessa de poder foi vivida e experimentada pelos discípulos de Jesus. Em Atos 10:44-46, vemos o Espírito Santo descendo sobre os gentios na casa de Cornélio, confirmando que a salvação e o poder de Deus não eram limitados aos judeus, mas disponíveis a todas as nações. Os crentes falavam em línguas e louvavam a Deus, demonstrando que a manifestação do Espírito é acompanhada por sinais visíveis.
Além disso, em Atos 19:6, quando Paulo impôs as mãos sobre os discípulos em Éfeso, o Espírito Santo veio sobre eles, e eles falaram em línguas e profetizaram. Isso mostra a continuidade da obra do Espírito ao longo da história da Igreja e a importância dos dons espirituais na edificação do Corpo de Cristo.
3. O Batismo no Espírito Santo Hoje
A promessa de que o mesmo Senhor que batizou os apóstolos ainda batiza hoje é uma realidade viva na experiência de muitos crentes contemporâneos. O Batismo no Espírito Santo é visto como uma experiência subsequente à salvação, capacitando os crentes a viver e a testemunhar com ousadia. A Teologia Pentecostal enfatiza essa experiência como essencial para a vida cristã dinâmica e cheia do Espírito, trazendo à tona dons espirituais como profecia, curas, e milagres, que são manifestações do poder de Deus.
4. Os Dons Espirituais
Os dons espirituais, conforme descritos em 1 Coríntios 12, são distribuídos pelo Espírito Santo para o benefício da Igreja. O termo grego para "dons" é χάρισμα (charisma), que significa "favor ou graça". Esses dons incluem, entre outros, sabedoria, conhecimento, fé, cura e milagres. Eles são concedidos não apenas para o crescimento pessoal, mas para o fortalecimento do Corpo de Cristo e a edificação da Igreja.
5. Teologia do Poder na Igreja
A Teologia Sistemática trata da obra do Espírito Santo na vida da Igreja como fundamental para entender a dinâmica da missão cristã. O poder que vem do alto é visto como a capacidade de viver a vida cristã, de ser testemunha do evangelho e de realizar atos de serviço e compaixão. Os teólogos ressaltam que esse poder é essencial para a luta espiritual contra as forças do mal e para a transformação das comunidades.
6. Hermenêutica da Promessa de Poder
Na hermenêutica espiral, a compreensão da promessa de poder deve ser aplicada à prática diária da vida cristã. A experiência do poder do Espírito Santo não é apenas uma realidade do passado, mas continua a ser relevante para a Igreja hoje. Os crentes são chamados a buscar o Batismo no Espírito e a se abrir para as manifestações do poder de Deus em suas vidas e ministérios.
7. Conclusão: A Promessa de Poder para a Igreja
A promessa de poder do Espírito Santo é essencial para a missão da Igreja e para a vida de cada crente. Essa capacitação divina não apenas permite que os crentes realizem obras sobrenaturais, mas também os transforma em instrumentos de Deus para levar o evangelho ao mundo. Ao nos comprometermos a buscar e a viver sob a influência do Espírito Santo, somos chamados a experimentar e manifestar o poder de Deus em nossas vidas e ministérios, confirmando a Palavra de Deus em ação no mundo.
3- A promessa da glorificação do nosso corpo. No mesmo corpo do texto bíblico em que se encontra a promessa do revestimento de poder, em Atos 1, também se encontra a promessa da Vinda do Senhor: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11). A Palavra de Deus nos mostra que quando o nosso Senhor arrebatar a sua Igreja, “seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 Jo 3.2). Quando nosso corpo for glorificado, o “veremos face a face” e o conheceremos como também Ele nos conhece (1 Co 13.12). Que promessa gloriosa!
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A promessa da glorificação do corpo é um aspecto essencial da esperança cristã e está intimamente ligada à segunda vinda de Cristo. Essa promessa, expressa em diversas passagens do Novo Testamento, assegura que, quando Jesus voltar, transformará os corpos dos crentes, proporcionando uma nova natureza glorificada.
1. A Promessa da Vinda do Senhor
Em Atos 1:11, a afirmação dos anjos — "Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" — reafirma a certeza do retorno de Cristo. A palavra grega para "vir" é ἔρχομαι (erchomai), que implica um retorno iminente e pessoal de Jesus. Essa promessa não apenas reafirma a esperança da Igreja, mas também estabelece um contexto para a transformação que ocorrerá em seus corpos.
2. A Transformação e Glorificação dos Crentes
A transformação dos crentes no momento do arrebatamento é descrita em 1 João 3:2: "Amados, agora somos filhos de Deus; e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos." A esperança de sermos "semelhantes a ele" indica uma transformação completa, onde os crentes receberão corpos glorificados que não estão sujeitos à corrupção ou à morte.
Em 1 Coríntios 15:51-52, Paulo fala sobre esse mistério: "Eis que vos digo um mistério: na verdade, nem todos dormiremos, mas transformados seremos, num momento, num abrir e fechar de olhos, à trombeta final; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." O verbo grego para "transformados" é ἀλλαγή (allagē), que sugere uma mudança radical na natureza. Essa transformação é instantânea e acontecerá quando Cristo retornar.
3. A Glorificação dos Corpos
O apóstolo Paulo também se refere à glorificação do corpo em Filipenses 3:20-21: "Mas a nossa cidadania está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido para ser igual ao corpo da sua glória, segundo o seu poder de até subordinar a si todas as coisas." A palavra transformará (grego: μετασχηματίζω, metaschēmatizō) implica uma mudança que revela a verdadeira natureza do corpo, conforme o plano de Deus.
4. Veremos a Deus Face a Face
A expectativa de "ver a Deus face a face" é uma das promessas mais gloriosas da Escritura. Em 1 Coríntios 13:12, Paulo escreve: "Porque agora vemos como em um espelho, obscurecidamente; mas então veremos face a face; agora conheço em parte; mas então conhecerei como também sou conhecido." A frase "face a face" sugere uma relação íntima e pessoal com Deus, uma comunhão que vai além da compreensão atual.
5. A Esperança da Glorificação
A Teologia da Esperança enfatiza que a glorificação não é apenas uma promessa individual, mas também coletiva, para a Igreja como um todo. Os crentes aguardam o dia em que estarão plenamente reconciliados com Deus e receberão um novo corpo, livre de dor, pecado e morte. Essa esperança é um dos pilares da fé cristã e motiva a vida de santidade e serviço.
6. Hermenêutica da Glorificação
Na hermenêutica espiral, a promessa da glorificação deve ser entendida não apenas como um evento futuro, mas como um incentivo para viver a vida cristã atualmente. A perspectiva da glorificação deve moldar a maneira como os crentes vivem hoje, levando-os a buscar uma vida que reflita a santidade e a glória de Deus, na expectativa de um futuro glorioso.
7. Conclusão: A Promessa da Glorificação
A promessa da glorificação do corpo é um dos aspectos mais maravilhosos da fé cristã. Ela oferece esperança em meio às dificuldades da vida, assegurando aos crentes que sua luta não é em vão e que, no fim, experimentarão a plenitude da presença de Deus. Com a certeza de que "veremos face a face", os crentes são encorajados a viver com fé e expectativa, proclamando a mensagem do Evangelho até que o Senhor retorne e complete sua obra redentora.
A promessa da glorificação do corpo é um aspecto essencial da esperança cristã e está intimamente ligada à segunda vinda de Cristo. Essa promessa, expressa em diversas passagens do Novo Testamento, assegura que, quando Jesus voltar, transformará os corpos dos crentes, proporcionando uma nova natureza glorificada.
1. A Promessa da Vinda do Senhor
Em Atos 1:11, a afirmação dos anjos — "Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" — reafirma a certeza do retorno de Cristo. A palavra grega para "vir" é ἔρχομαι (erchomai), que implica um retorno iminente e pessoal de Jesus. Essa promessa não apenas reafirma a esperança da Igreja, mas também estabelece um contexto para a transformação que ocorrerá em seus corpos.
2. A Transformação e Glorificação dos Crentes
A transformação dos crentes no momento do arrebatamento é descrita em 1 João 3:2: "Amados, agora somos filhos de Deus; e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos." A esperança de sermos "semelhantes a ele" indica uma transformação completa, onde os crentes receberão corpos glorificados que não estão sujeitos à corrupção ou à morte.
Em 1 Coríntios 15:51-52, Paulo fala sobre esse mistério: "Eis que vos digo um mistério: na verdade, nem todos dormiremos, mas transformados seremos, num momento, num abrir e fechar de olhos, à trombeta final; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." O verbo grego para "transformados" é ἀλλαγή (allagē), que sugere uma mudança radical na natureza. Essa transformação é instantânea e acontecerá quando Cristo retornar.
3. A Glorificação dos Corpos
O apóstolo Paulo também se refere à glorificação do corpo em Filipenses 3:20-21: "Mas a nossa cidadania está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido para ser igual ao corpo da sua glória, segundo o seu poder de até subordinar a si todas as coisas." A palavra transformará (grego: μετασχηματίζω, metaschēmatizō) implica uma mudança que revela a verdadeira natureza do corpo, conforme o plano de Deus.
4. Veremos a Deus Face a Face
A expectativa de "ver a Deus face a face" é uma das promessas mais gloriosas da Escritura. Em 1 Coríntios 13:12, Paulo escreve: "Porque agora vemos como em um espelho, obscurecidamente; mas então veremos face a face; agora conheço em parte; mas então conhecerei como também sou conhecido." A frase "face a face" sugere uma relação íntima e pessoal com Deus, uma comunhão que vai além da compreensão atual.
5. A Esperança da Glorificação
A Teologia da Esperança enfatiza que a glorificação não é apenas uma promessa individual, mas também coletiva, para a Igreja como um todo. Os crentes aguardam o dia em que estarão plenamente reconciliados com Deus e receberão um novo corpo, livre de dor, pecado e morte. Essa esperança é um dos pilares da fé cristã e motiva a vida de santidade e serviço.
6. Hermenêutica da Glorificação
Na hermenêutica espiral, a promessa da glorificação deve ser entendida não apenas como um evento futuro, mas como um incentivo para viver a vida cristã atualmente. A perspectiva da glorificação deve moldar a maneira como os crentes vivem hoje, levando-os a buscar uma vida que reflita a santidade e a glória de Deus, na expectativa de um futuro glorioso.
7. Conclusão: A Promessa da Glorificação
A promessa da glorificação do corpo é um dos aspectos mais maravilhosos da fé cristã. Ela oferece esperança em meio às dificuldades da vida, assegurando aos crentes que sua luta não é em vão e que, no fim, experimentarão a plenitude da presença de Deus. Com a certeza de que "veremos face a face", os crentes são encorajados a viver com fé e expectativa, proclamando a mensagem do Evangelho até que o Senhor retorne e complete sua obra redentora.
4- É preciso obedecer a Deus. Obedecer é a condição para que Deus cumpra suas promessas na vida de alguém ou de um povo, bem como de sua Igreja. A ordem era clara para os discípulos: “ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Há tanto valor para Deus na obediência que a Bíblia diz que é melhor obedecer que oferecer sacrifícios (1 Sm 15.22). Assim, é tempo de estar na presença de Deus em santa obediência (At 3.19)!
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A obediência a Deus é um tema central nas Escrituras e desempenha um papel crucial na relação entre Deus e seu povo. Ela é muitas vezes apresentada como a condição para que as promessas divinas se concretizem na vida dos indivíduos e da Igreja.
1. A Ordem de Permanecer em Jerusalém
Em Lucas 24:49, encontramos a instrução clara de Jesus aos seus discípulos: "Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder." A palavra ficai (grego: μείνατε, meinate) implica um estado de espera ativa e dependência de Deus. Essa ordem não era apenas uma questão de localização física, mas envolvia uma atitude de obediência e expectativa da vinda do Espírito Santo.
A obediência dos discípulos em permanecer em Jerusalém era crucial para a realização da Grande Comissão e a manifestação do poder de Deus. Ao esperar pela promessa do Espírito Santo, eles estavam demonstrando fé e submissão ao plano divino.
2. A Superioridade da Obediência sobre Sacrifícios
A Escritura enfatiza a importância da obediência em 1 Samuel 15:22, onde Deus declara através do profeta Samuel: "Porventura, tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que a obedecer é melhor do que sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros." Aqui, a obediência é apresentada como um valor superior, enfatizando que a verdadeira adoração e serviço a Deus não estão apenas nas cerimônias religiosas, mas em viver segundo a Sua vontade.
A palavra obedeça (hebraico: שָׁמַע, shama) significa "ouvir" e "agir". Isso implica que a obediência não é apenas um ato de conformidade, mas uma resposta ativa à palavra de Deus.
3. A Importância da Presença de Deus
A obediência à palavra de Deus leva à experiência da Sua presença. Em Atos 3:19, a exortação a estar na presença de Deus em "santa obediência" é um chamado para que os crentes busquem a comunhão com Deus. A verdadeira transformação e renovação espiritual ocorrem na presença de Deus, onde a obediência é cultivada e a vida do crente é alinhada com o propósito divino.
4. As Promessas de Deus e a Condição da Obediência
Em várias passagens, vemos que a obediência é frequentemente acompanhada de promessas. Por exemplo, em Deuteronômio 28:1-2, Deus diz: "Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor, teu Deus." Aqui, a obediência é ligada a bênçãos e prosperidade.
5. Teologia da Obediência
Na Teologia Sistemática, a obediência é vista como uma resposta à graça de Deus. A salvação e a capacitação do Espírito Santo não são apenas para o benefício pessoal, mas para que os crentes possam viver em obediência e cumprir a missão que Deus lhes confiou. A verdadeira fé é demonstrada através da obediência às instruções divinas.
6. Hermenêutica da Obediência
A hermenêutica espiral nos ajuda a entender que a obediência a Deus não é uma questão de legalismo, mas de relacionamento. A obediência flui do amor e da gratidão a Deus por Sua graça e misericórdia. A experiência de Deus em nossas vidas deve nos levar a um desejo de obedecer, não por obrigação, mas por amor.
7. Conclusão: A Necessidade da Obediência
A obediência a Deus é fundamental para a realização das promessas divinas na vida dos crentes e da Igreja. Ao obedecer, os discípulos estavam não apenas aguardando a vinda do Espírito, mas também se preparando para serem instrumentos eficazes nas mãos de Deus. Essa obediência não deve ser vista como uma carga, mas como uma expressão de fé e confiança no caráter de Deus. Ao estarmos na presença de Deus em santa obediência, experimentamos a plenitude de Suas promessas e somos capacitados para cumprir a missão que Ele nos confiou.
A obediência a Deus é um tema central nas Escrituras e desempenha um papel crucial na relação entre Deus e seu povo. Ela é muitas vezes apresentada como a condição para que as promessas divinas se concretizem na vida dos indivíduos e da Igreja.
1. A Ordem de Permanecer em Jerusalém
Em Lucas 24:49, encontramos a instrução clara de Jesus aos seus discípulos: "Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder." A palavra ficai (grego: μείνατε, meinate) implica um estado de espera ativa e dependência de Deus. Essa ordem não era apenas uma questão de localização física, mas envolvia uma atitude de obediência e expectativa da vinda do Espírito Santo.
A obediência dos discípulos em permanecer em Jerusalém era crucial para a realização da Grande Comissão e a manifestação do poder de Deus. Ao esperar pela promessa do Espírito Santo, eles estavam demonstrando fé e submissão ao plano divino.
2. A Superioridade da Obediência sobre Sacrifícios
A Escritura enfatiza a importância da obediência em 1 Samuel 15:22, onde Deus declara através do profeta Samuel: "Porventura, tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que a obedecer é melhor do que sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros." Aqui, a obediência é apresentada como um valor superior, enfatizando que a verdadeira adoração e serviço a Deus não estão apenas nas cerimônias religiosas, mas em viver segundo a Sua vontade.
A palavra obedeça (hebraico: שָׁמַע, shama) significa "ouvir" e "agir". Isso implica que a obediência não é apenas um ato de conformidade, mas uma resposta ativa à palavra de Deus.
3. A Importância da Presença de Deus
A obediência à palavra de Deus leva à experiência da Sua presença. Em Atos 3:19, a exortação a estar na presença de Deus em "santa obediência" é um chamado para que os crentes busquem a comunhão com Deus. A verdadeira transformação e renovação espiritual ocorrem na presença de Deus, onde a obediência é cultivada e a vida do crente é alinhada com o propósito divino.
4. As Promessas de Deus e a Condição da Obediência
Em várias passagens, vemos que a obediência é frequentemente acompanhada de promessas. Por exemplo, em Deuteronômio 28:1-2, Deus diz: "Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor, teu Deus." Aqui, a obediência é ligada a bênçãos e prosperidade.
5. Teologia da Obediência
Na Teologia Sistemática, a obediência é vista como uma resposta à graça de Deus. A salvação e a capacitação do Espírito Santo não são apenas para o benefício pessoal, mas para que os crentes possam viver em obediência e cumprir a missão que Deus lhes confiou. A verdadeira fé é demonstrada através da obediência às instruções divinas.
6. Hermenêutica da Obediência
A hermenêutica espiral nos ajuda a entender que a obediência a Deus não é uma questão de legalismo, mas de relacionamento. A obediência flui do amor e da gratidão a Deus por Sua graça e misericórdia. A experiência de Deus em nossas vidas deve nos levar a um desejo de obedecer, não por obrigação, mas por amor.
7. Conclusão: A Necessidade da Obediência
A obediência a Deus é fundamental para a realização das promessas divinas na vida dos crentes e da Igreja. Ao obedecer, os discípulos estavam não apenas aguardando a vinda do Espírito, mas também se preparando para serem instrumentos eficazes nas mãos de Deus. Essa obediência não deve ser vista como uma carga, mas como uma expressão de fé e confiança no caráter de Deus. Ao estarmos na presença de Deus em santa obediência, experimentamos a plenitude de Suas promessas e somos capacitados para cumprir a missão que Ele nos confiou.
SINOPSE II
Em Cristo, cada crente recebe a promessa de vida eterna, de revestimento de poder pelo batismo no Espírito Santo e de um corpo glorificado na volta do nosso Senhor.
III – CONDIÇÕES PARA VIVER AS PROMESSAS DE DEUS
1- É preciso crer. As Escrituras mostram que perseverar na fé em Deus é condição indispensável para viver o tempo do cumprimento de suas promessas (At 2.1). A Bíblia mostra que Abraão recebeu uma promessa de que seria pai de uma grande nação. Ele creu em Deus, perseverou na fé “e isso lhe foi imputado como justiça” (Rm 4.3; cf. Gn 21.5). Nestes últimos dias, precisamos reanimar a nossa fé nas promessas de Deus. É tempo de confiar no Senhor e se fortalecer na força do seu poder (Ef 6.10)!
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – Condições para Viver as Promessas de Deus
1. É Preciso Crer
A crença nas promessas de Deus é fundamental para a realização dessas promessas na vida dos crentes. A Escritura nos ensina que a fé é a condição indispensável para experimentar o cumprimento das promessas divinas.
1.1. A Importância da Perseverança na Fé
Em Atos 2:1, a Palavra nos revela que os discípulos estavam reunidos em um mesmo lugar, perseverando em oração e expectativa. Essa unidade e determinação são essenciais para que as promessas de Deus se realizem. A perseverança na fé é um tema recorrente nas Escrituras, onde a espera ativa se torna um ato de confiança no caráter de Deus.
1.2. O Exemplo de Abraão
O exemplo de Abraão, em Romanos 4:3, ilustra a importância da fé: "Porque, que diz a Escritura? E Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." A história de Abraão, que recebeu a promessa de ser pai de uma grande nação (Gênesis 12:2), destaca a conexão entre fé e justiça. Abraão não apenas acreditou nas promessas de Deus, mas também perseverou, mesmo diante de circunstâncias adversas, como a sua velhice e a infertilidade de sua esposa Sara.
A palavra grega para crer é πιστεύω (pisteuō), que implica uma confiança ativa e um compromisso com Deus. A fé de Abraão foi reconhecida e valorizada por Deus, o que nos ensina que a fé não é apenas um estado mental, mas um caminho de vida que influencia ações e decisões.
1.3. A Necessidade de Reanimar a Fé
Nos dias atuais, é crucial que os crentes reanimem a sua fé nas promessas de Deus. Em Efésios 6:10, Paulo nos exorta a nos fortalecer "na força do seu poder". Isso implica que, em meio às dificuldades e incertezas, devemos buscar a força de Deus e confiar em Suas promessas.
A palavra fortalecer (grego: ἐνδυναμόω, en dynamoō) significa receber poder ou força. Essa é uma ação que deve ser buscada ativamente através da oração, meditação na Palavra e comunhão com outros crentes.
1.4. A Fé e a Experiência do Poder de Deus
A experiência do poder de Deus em nossas vidas é frequentemente condicionada pela nossa fé. Em Marcos 9:23, Jesus afirma: "Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê." Essa declaração destaca que a crença nas promessas de Deus não apenas abre portas, mas também prepara o terreno para a manifestação do poder divino.
1.5. Teologia da Fé
Na Teologia Sistemática, a fé é vista como um dos princípios fundamentais da vida cristã. A fé não é um ato isolado, mas parte de um relacionamento contínuo com Deus, que envolve confiança, esperança e obediência. As promessas de Deus são ativadas na vida dos crentes que se dispõem a crer e a viver de acordo com a Sua palavra.
1.6. Hermenêutica da Fé
A hermenêutica espiral nos ajuda a entender que a fé não é apenas uma crença em ideias abstratas, mas uma resposta viva à revelação de Deus. A narrativa de Abraão, por exemplo, nos ensina que a fé é uma jornada que envolve desafios e decisões, e que cada passo de obediência reafirma a confiança nas promessas divinas.
1.7. Conclusão: A Necessidade de Crer
A crença nas promessas de Deus é uma condição vital para que estas se realizem em nossas vidas. Assim como Abraão, somos chamados a crer em Deus e a perseverar na fé, mesmo em tempos de incerteza. Ao fortalecer nossa fé na força do poder de Deus, abrimos espaço para que as promessas se manifestem e experimentamos a plenitude de Sua presença e ação em nossas vidas. A fé, portanto, é um elemento dinâmico que não apenas espera, mas também age, confiando em Deus para realizar Suas promessas em nossas vidas e na Igreja.
III – Condições para Viver as Promessas de Deus
1. É Preciso Crer
A crença nas promessas de Deus é fundamental para a realização dessas promessas na vida dos crentes. A Escritura nos ensina que a fé é a condição indispensável para experimentar o cumprimento das promessas divinas.
1.1. A Importância da Perseverança na Fé
Em Atos 2:1, a Palavra nos revela que os discípulos estavam reunidos em um mesmo lugar, perseverando em oração e expectativa. Essa unidade e determinação são essenciais para que as promessas de Deus se realizem. A perseverança na fé é um tema recorrente nas Escrituras, onde a espera ativa se torna um ato de confiança no caráter de Deus.
1.2. O Exemplo de Abraão
O exemplo de Abraão, em Romanos 4:3, ilustra a importância da fé: "Porque, que diz a Escritura? E Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." A história de Abraão, que recebeu a promessa de ser pai de uma grande nação (Gênesis 12:2), destaca a conexão entre fé e justiça. Abraão não apenas acreditou nas promessas de Deus, mas também perseverou, mesmo diante de circunstâncias adversas, como a sua velhice e a infertilidade de sua esposa Sara.
A palavra grega para crer é πιστεύω (pisteuō), que implica uma confiança ativa e um compromisso com Deus. A fé de Abraão foi reconhecida e valorizada por Deus, o que nos ensina que a fé não é apenas um estado mental, mas um caminho de vida que influencia ações e decisões.
1.3. A Necessidade de Reanimar a Fé
Nos dias atuais, é crucial que os crentes reanimem a sua fé nas promessas de Deus. Em Efésios 6:10, Paulo nos exorta a nos fortalecer "na força do seu poder". Isso implica que, em meio às dificuldades e incertezas, devemos buscar a força de Deus e confiar em Suas promessas.
A palavra fortalecer (grego: ἐνδυναμόω, en dynamoō) significa receber poder ou força. Essa é uma ação que deve ser buscada ativamente através da oração, meditação na Palavra e comunhão com outros crentes.
1.4. A Fé e a Experiência do Poder de Deus
A experiência do poder de Deus em nossas vidas é frequentemente condicionada pela nossa fé. Em Marcos 9:23, Jesus afirma: "Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê." Essa declaração destaca que a crença nas promessas de Deus não apenas abre portas, mas também prepara o terreno para a manifestação do poder divino.
1.5. Teologia da Fé
Na Teologia Sistemática, a fé é vista como um dos princípios fundamentais da vida cristã. A fé não é um ato isolado, mas parte de um relacionamento contínuo com Deus, que envolve confiança, esperança e obediência. As promessas de Deus são ativadas na vida dos crentes que se dispõem a crer e a viver de acordo com a Sua palavra.
1.6. Hermenêutica da Fé
A hermenêutica espiral nos ajuda a entender que a fé não é apenas uma crença em ideias abstratas, mas uma resposta viva à revelação de Deus. A narrativa de Abraão, por exemplo, nos ensina que a fé é uma jornada que envolve desafios e decisões, e que cada passo de obediência reafirma a confiança nas promessas divinas.
1.7. Conclusão: A Necessidade de Crer
A crença nas promessas de Deus é uma condição vital para que estas se realizem em nossas vidas. Assim como Abraão, somos chamados a crer em Deus e a perseverar na fé, mesmo em tempos de incerteza. Ao fortalecer nossa fé na força do poder de Deus, abrimos espaço para que as promessas se manifestem e experimentamos a plenitude de Sua presença e ação em nossas vidas. A fé, portanto, é um elemento dinâmico que não apenas espera, mas também age, confiando em Deus para realizar Suas promessas em nossas vidas e na Igreja.
2- É preciso ser fiel. Uma vez que cremos no Senhor, devemos nos apresentar a Ele de maneira fiel. Os discípulos de Cristo, conforme nos mostra o Livro de Atos, permaneceram fiéis diante do que ouviram diretamente do Senhor (At 1.8; 2.1). Não importa o tempo que passe, nos apresentaremos a Deus em fidelidade como fez Jó que mesmo sem saber que era alvo da malignidade do Diabo que tirou-lhe os bens, os filhos e a saúde, manteve- -se fiel (Jó 1.21); como Daniel, lançado na cova dos leões, ainda assim permaneceu fiel ao Senhor (Dn 6.9-10). Tomemos as palavras de Jesus: “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – Condições para Viver as Promessas de Deus
2. É Preciso Ser Fiel
A fidelidade a Deus é um dos pilares fundamentais para que as promessas divinas se concretizem em nossas vidas. Uma vez que cremos no Senhor, é nossa responsabilidade nos apresentarmos a Ele com lealdade e compromisso. A fidelidade é uma virtude destacada em toda a Escritura e é crucial para a vida cristã.
2.1. A Fidelidade dos Discípulos
Os discípulos de Cristo são um exemplo notável de fidelidade. Em Atos 1:8, Jesus os instrui: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas...” Esse chamado para serem testemunhas implica em um compromisso profundo com a missão que receberam. Eles permaneceram fiéis, mesmo diante de perseguições e desafios, como descrito em Atos 2:1, onde estavam juntos em oração e expectativa do cumprimento da promessa do Espírito Santo.
A palavra grega para fidelidade é πίστις (pistis), que significa confiança e lealdade. Essa fidelidade é um reflexo do caráter de Deus, que é eternamente fiel às Suas promessas. O exemplo dos discípulos nos ensina que a fidelidade é uma resposta ao amor e à graça que recebemos.
2.2. Exemplos de Fidelidade na Escritura
O Livro de Jó é um testemunho poderoso de fidelidade em meio à adversidade. Em Jó 1:21, Jó diz: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.” Mesmo diante da perda de tudo, sua fidelidade a Deus não vacilou. Jó não compreendia os desígnios de Deus, mas manteve sua lealdade, demonstrando que a fidelidade não depende das circunstâncias.
Da mesma forma, Daniel é um exemplo de fidelidade em situações desafiadoras. Em Daniel 6:9-10, lemos que ele continuou a orar a Deus, mesmo sabendo que a sua prática de oração o levaria à cova dos leões. A decisão de Daniel de ser fiel ao seu Deus, mesmo sob ameaça, é uma poderosa demonstração de compromisso.
2.3. A Promessa da Coroa da Vida
Jesus nos exorta em Apocalipse 2:10: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Essa promessa é um lembrete de que a fidelidade a Deus não é em vão. A coroa da vida é a recompensa para aqueles que perseveram em sua fé e permanecem fiéis até o fim. Essa coroa simboliza a vitória e a recompensa eterna que aguarda os que permanecem firmes em sua fé.
A palavra grega para coroa é στέφανος (stephanos), que representa uma recompensa ou prêmio que é concedido ao vencedor em uma competição. Aqui, a fidelidade é a condição para receber essa coroa, que reflete a promessa de vida eterna e a recompensa por um caminho de fé.
2.4. Teologia da Fidelidade
Na Teologia Sistemática, a fidelidade é vista como uma resposta ao caráter imutável de Deus. A fidelidade dos crentes é uma demonstração de confiança em um Deus que nunca falha. O Novo Testamento enfatiza que Deus é fiel e que Sua fidelidade deve inspirar nossa lealdade. Em 1 Coríntios 10:13, Paulo nos lembra que “fiel é Deus, que não vos deixará ser tentados acima do que podeis.”
2.5. Hermenêutica da Fidelidade
A hermenêutica espiral nos ensina que a fidelidade deve ser entendida no contexto da história de salvação. Cada exemplo de fidelidade nas Escrituras nos mostra que a fidelidade não é apenas um ato isolado, mas parte de uma narrativa contínua de relacionamento com Deus. A fidelidade de pessoas como Jó e Daniel nos inspira e nos lembra que devemos ser fiéis, independentemente das circunstâncias.
2.6. Conclusão: A Necessidade de Ser Fiel
A fidelidade é uma condição essencial para viver as promessas de Deus. Assim como os discípulos, Jó e Daniel, somos chamados a permanecer fiéis, mesmo em tempos difíceis. A fidelidade nos une a Deus e ao Seu propósito. Ao permanecermos firmes na fé e na fidelidade, podemos esperar a realização das promessas divinas em nossas vidas e na Igreja. Que possamos seguir o exemplo dos fiéis que nos precederam e perseverar até o fim, aguardando a recompensa prometida por nosso Senhor.
III – Condições para Viver as Promessas de Deus
2. É Preciso Ser Fiel
A fidelidade a Deus é um dos pilares fundamentais para que as promessas divinas se concretizem em nossas vidas. Uma vez que cremos no Senhor, é nossa responsabilidade nos apresentarmos a Ele com lealdade e compromisso. A fidelidade é uma virtude destacada em toda a Escritura e é crucial para a vida cristã.
2.1. A Fidelidade dos Discípulos
Os discípulos de Cristo são um exemplo notável de fidelidade. Em Atos 1:8, Jesus os instrui: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas...” Esse chamado para serem testemunhas implica em um compromisso profundo com a missão que receberam. Eles permaneceram fiéis, mesmo diante de perseguições e desafios, como descrito em Atos 2:1, onde estavam juntos em oração e expectativa do cumprimento da promessa do Espírito Santo.
A palavra grega para fidelidade é πίστις (pistis), que significa confiança e lealdade. Essa fidelidade é um reflexo do caráter de Deus, que é eternamente fiel às Suas promessas. O exemplo dos discípulos nos ensina que a fidelidade é uma resposta ao amor e à graça que recebemos.
2.2. Exemplos de Fidelidade na Escritura
O Livro de Jó é um testemunho poderoso de fidelidade em meio à adversidade. Em Jó 1:21, Jó diz: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.” Mesmo diante da perda de tudo, sua fidelidade a Deus não vacilou. Jó não compreendia os desígnios de Deus, mas manteve sua lealdade, demonstrando que a fidelidade não depende das circunstâncias.
Da mesma forma, Daniel é um exemplo de fidelidade em situações desafiadoras. Em Daniel 6:9-10, lemos que ele continuou a orar a Deus, mesmo sabendo que a sua prática de oração o levaria à cova dos leões. A decisão de Daniel de ser fiel ao seu Deus, mesmo sob ameaça, é uma poderosa demonstração de compromisso.
2.3. A Promessa da Coroa da Vida
Jesus nos exorta em Apocalipse 2:10: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Essa promessa é um lembrete de que a fidelidade a Deus não é em vão. A coroa da vida é a recompensa para aqueles que perseveram em sua fé e permanecem fiéis até o fim. Essa coroa simboliza a vitória e a recompensa eterna que aguarda os que permanecem firmes em sua fé.
A palavra grega para coroa é στέφανος (stephanos), que representa uma recompensa ou prêmio que é concedido ao vencedor em uma competição. Aqui, a fidelidade é a condição para receber essa coroa, que reflete a promessa de vida eterna e a recompensa por um caminho de fé.
2.4. Teologia da Fidelidade
Na Teologia Sistemática, a fidelidade é vista como uma resposta ao caráter imutável de Deus. A fidelidade dos crentes é uma demonstração de confiança em um Deus que nunca falha. O Novo Testamento enfatiza que Deus é fiel e que Sua fidelidade deve inspirar nossa lealdade. Em 1 Coríntios 10:13, Paulo nos lembra que “fiel é Deus, que não vos deixará ser tentados acima do que podeis.”
2.5. Hermenêutica da Fidelidade
A hermenêutica espiral nos ensina que a fidelidade deve ser entendida no contexto da história de salvação. Cada exemplo de fidelidade nas Escrituras nos mostra que a fidelidade não é apenas um ato isolado, mas parte de uma narrativa contínua de relacionamento com Deus. A fidelidade de pessoas como Jó e Daniel nos inspira e nos lembra que devemos ser fiéis, independentemente das circunstâncias.
2.6. Conclusão: A Necessidade de Ser Fiel
A fidelidade é uma condição essencial para viver as promessas de Deus. Assim como os discípulos, Jó e Daniel, somos chamados a permanecer fiéis, mesmo em tempos difíceis. A fidelidade nos une a Deus e ao Seu propósito. Ao permanecermos firmes na fé e na fidelidade, podemos esperar a realização das promessas divinas em nossas vidas e na Igreja. Que possamos seguir o exemplo dos fiéis que nos precederam e perseverar até o fim, aguardando a recompensa prometida por nosso Senhor.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – Condições para Viver as Promessas de Deus
3. É Preciso Obedecer a Deus
A obediência a Deus é um princípio fundamental na vida cristã e uma condição essencial para que as promessas divinas se concretizem em nossa vida pessoal e na comunidade da Igreja. A Bíblia nos mostra que a disposição para obedecer é um reflexo da nossa fé e confiança em Deus.
3.1. A Ordem Clara de Jesus
Em Lucas 24:49, encontramos a ordem de Jesus aos discípulos: “Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” Essa instrução enfatiza a necessidade da obediência antes de seguir em missão. Os discípulos eram chamados a esperar pelo revestimento de poder que viria do Espírito Santo, e essa espera exigia uma postura de submissão e confiança nas promessas de Cristo.
A palavra grega para obedecer é ὑπακοή (hypakoē), que significa escutar e seguir. Essa disposição para ouvir e obedecer a voz de Deus é crucial para recebermos a capacitação necessária para a obra do Evangelho.
3.2. A Importância da Obediência
A Bíblia enfatiza a importância da obediência em vários contextos. Em 1 Samuel 15:22, lemos: “Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender do que a gordura de carneiros.” Aqui, a mensagem é clara: a obediência a Deus é prioritária e reflete um coração submisso ao Seu plano.
Essa ênfase na obediência nos ensina que Deus valoriza nossa disposição de seguir Suas instruções acima de rituais ou sacrifícios. A obediência é uma expressão de amor e fé. Jesus, em João 14:15, afirma: “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” O amor por Cristo se manifesta na nossa disposição de obedecer à Sua palavra.
3.3. Estar na Presença de Deus
A obediência nos conduz à presença de Deus, onde podemos experimentar Sua graça e poder. Em Atos 3:19, somos exortados a “arrepender-nos e converter-nos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos de refrigério pela presença do Senhor.” A obediência ao chamado de arrependimento é um passo essencial para experimentar a renovação espiritual e o refrigério que vem da presença de Deus.
3.4. A Teologia da Obediência
Na Teologia Sistemática, a obediência é vista como uma resposta à graça de Deus. A salvação que recebemos em Cristo nos capacita a viver de acordo com Sua vontade. A obediência não é uma condição para a salvação, mas uma evidência de que realmente somos salvos. A graça nos chama a uma vida de obediência, e isso é uma manifestação do nosso amor por Deus.
3.5. Hermenêutica da Obediência
A hermenêutica espiral nos ajuda a entender que a obediência não é apenas uma questão de seguir regras, mas de entrar em um relacionamento profundo e íntimo com Deus. A história da obediência nas Escrituras nos ensina que aqueles que obedecem experimentam a presença e as promessas de Deus de maneira mais intensa.
3.6. Conclusão: A Necessidade da Obediência
Obedecer a Deus é um elemento essencial para viver as promessas divinas. A obediência nos prepara para receber a capacitação necessária para a missão que temos como Igreja. À medida que seguimos a orientação de Deus e nos apresentamos com corações dispostos, estamos aptos a ver a manifestação de Sua graça e poder em nossas vidas e ministérios. Que possamos, portanto, viver em obediência, aguardando as promessas do Senhor, sabendo que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu.
III – Condições para Viver as Promessas de Deus
3. É Preciso Obedecer a Deus
A obediência a Deus é um princípio fundamental na vida cristã e uma condição essencial para que as promessas divinas se concretizem em nossa vida pessoal e na comunidade da Igreja. A Bíblia nos mostra que a disposição para obedecer é um reflexo da nossa fé e confiança em Deus.
3.1. A Ordem Clara de Jesus
Em Lucas 24:49, encontramos a ordem de Jesus aos discípulos: “Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” Essa instrução enfatiza a necessidade da obediência antes de seguir em missão. Os discípulos eram chamados a esperar pelo revestimento de poder que viria do Espírito Santo, e essa espera exigia uma postura de submissão e confiança nas promessas de Cristo.
A palavra grega para obedecer é ὑπακοή (hypakoē), que significa escutar e seguir. Essa disposição para ouvir e obedecer a voz de Deus é crucial para recebermos a capacitação necessária para a obra do Evangelho.
3.2. A Importância da Obediência
A Bíblia enfatiza a importância da obediência em vários contextos. Em 1 Samuel 15:22, lemos: “Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender do que a gordura de carneiros.” Aqui, a mensagem é clara: a obediência a Deus é prioritária e reflete um coração submisso ao Seu plano.
Essa ênfase na obediência nos ensina que Deus valoriza nossa disposição de seguir Suas instruções acima de rituais ou sacrifícios. A obediência é uma expressão de amor e fé. Jesus, em João 14:15, afirma: “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” O amor por Cristo se manifesta na nossa disposição de obedecer à Sua palavra.
3.3. Estar na Presença de Deus
A obediência nos conduz à presença de Deus, onde podemos experimentar Sua graça e poder. Em Atos 3:19, somos exortados a “arrepender-nos e converter-nos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos de refrigério pela presença do Senhor.” A obediência ao chamado de arrependimento é um passo essencial para experimentar a renovação espiritual e o refrigério que vem da presença de Deus.
3.4. A Teologia da Obediência
Na Teologia Sistemática, a obediência é vista como uma resposta à graça de Deus. A salvação que recebemos em Cristo nos capacita a viver de acordo com Sua vontade. A obediência não é uma condição para a salvação, mas uma evidência de que realmente somos salvos. A graça nos chama a uma vida de obediência, e isso é uma manifestação do nosso amor por Deus.
3.5. Hermenêutica da Obediência
A hermenêutica espiral nos ajuda a entender que a obediência não é apenas uma questão de seguir regras, mas de entrar em um relacionamento profundo e íntimo com Deus. A história da obediência nas Escrituras nos ensina que aqueles que obedecem experimentam a presença e as promessas de Deus de maneira mais intensa.
3.6. Conclusão: A Necessidade da Obediência
Obedecer a Deus é um elemento essencial para viver as promessas divinas. A obediência nos prepara para receber a capacitação necessária para a missão que temos como Igreja. À medida que seguimos a orientação de Deus e nos apresentamos com corações dispostos, estamos aptos a ver a manifestação de Sua graça e poder em nossas vidas e ministérios. Que possamos, portanto, viver em obediência, aguardando as promessas do Senhor, sabendo que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu.
SINOPSE III
Segundo as Sagradas Escrituras, é necessário à Igreja fé, fidelidade e obediência para viver em plenitude as promessas divinas.
AUXÍLIO HERMENÊUTICO
CONCLUSÃO
As promessas de Deus para a Igreja do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo são de grande valor espiritual. Como Igreja, estamos integrados como membros desse corpo espiritual. Por meio de Cristo, as promessas do Senhor são grandiosas para todos os que fazem parte da Igreja. Nele, viveremos as promessas da vida eterna, de poder e da glorificação final do nosso corpo. Os planos de Deus para a sua Igreja são infalíveis.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Essa reflexão sobre as promessas de Deus para a Igreja é muito profunda e abrange aspectos essenciais da fé cristã. Aqui estão alguns pontos que podem enriquecer ainda mais essa análise:
Promessas de Deus para a Igreja
- Promessa de Vida Eterna: A vida eterna é uma das promessas mais gloriosas que Jesus fez àqueles que creem Nele. Em João 3:16, lemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Essa promessa não apenas garante a salvação, mas também uma relação eterna com Deus.
- Promessa de Poder: O poder do Espírito Santo é fundamental para a vida e o ministério da Igreja. Em Atos 1:8, Jesus promete: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas.” Este revestimento de poder capacita os crentes a realizar a obra de Deus, testemunhando e evangelizando com eficácia.
- Promessa de Glorificação: A glorificação final do corpo é uma esperança fundamental para os cristãos. Em 1 João 3:2, é dito: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque assim como é, o veremos.” Essa promessa nos dá esperança em meio às tribulações da vida.
- Infalibilidade dos Planos de Deus: A certeza de que os planos de Deus são infalíveis nos traz segurança. Em Romanos 8:28, Paulo afirma: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Deus está no controle, e Sua vontade se cumprirá em Sua Igreja.
Conclusão
A Igreja, como corpo de Cristo, é a receptora dessas promessas maravilhosas, que nos garantem não apenas uma esperança futura, mas também um poder para viver a vida cristã no presente. Integrados em Cristo, somos chamados a viver em obediência e fé, confiantes de que as promessas de Deus se cumprirão em nossas vidas e ministérios. Essa é uma mensagem que traz esperança e encorajamento para todos os crentes.
Essa reflexão sobre as promessas de Deus para a Igreja é muito profunda e abrange aspectos essenciais da fé cristã. Aqui estão alguns pontos que podem enriquecer ainda mais essa análise:
Promessas de Deus para a Igreja
- Promessa de Vida Eterna: A vida eterna é uma das promessas mais gloriosas que Jesus fez àqueles que creem Nele. Em João 3:16, lemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Essa promessa não apenas garante a salvação, mas também uma relação eterna com Deus.
- Promessa de Poder: O poder do Espírito Santo é fundamental para a vida e o ministério da Igreja. Em Atos 1:8, Jesus promete: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas.” Este revestimento de poder capacita os crentes a realizar a obra de Deus, testemunhando e evangelizando com eficácia.
- Promessa de Glorificação: A glorificação final do corpo é uma esperança fundamental para os cristãos. Em 1 João 3:2, é dito: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque assim como é, o veremos.” Essa promessa nos dá esperança em meio às tribulações da vida.
- Infalibilidade dos Planos de Deus: A certeza de que os planos de Deus são infalíveis nos traz segurança. Em Romanos 8:28, Paulo afirma: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Deus está no controle, e Sua vontade se cumprirá em Sua Igreja.
Conclusão
A Igreja, como corpo de Cristo, é a receptora dessas promessas maravilhosas, que nos garantem não apenas uma esperança futura, mas também um poder para viver a vida cristã no presente. Integrados em Cristo, somos chamados a viver em obediência e fé, confiantes de que as promessas de Deus se cumprirão em nossas vidas e ministérios. Essa é uma mensagem que traz esperança e encorajamento para todos os crentes.
REVISANDO O CONTEÚDO
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EBD 4° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos – | Escola Biblica Dominical |
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
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