TEXTO BÍBLICO BÁSICO Isaías 9.2-7 2- O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte r...
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Isaías 9.2-7
2- O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte resplandeceu a luz.
3- Tu multiplicaste este povo e a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos.
4- Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas.
5- Porque toda a armadura daqueles que pelejavam com ruído e as vestes que rolavam no sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo.
6- Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
7- Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O texto de Isaías 9.2-7 é uma profecia messiânica poderosa que antecipa a vinda de Cristo, destacando a redenção, o reino eterno, e a paz que Ele trará. Vamos analisar cada versículo detalhadamente:
Isaías 9.2
"O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte resplandeceu a luz."
Este versículo faz referência à transformação radical que ocorre com a chegada do Messias. O termo "trevas" (em hebraico, ḥōšek) frequentemente simboliza ignorância, pecado e o distanciamento de Deus. A "luz" (ʾôr) aqui representa a salvação e o conhecimento de Deus, muitas vezes associada à presença de Cristo (João 8.12). O contraste entre "trevas" e "luz" evoca a mudança de uma condição de morte espiritual para a vida. Mateus 4.16 aplica essa passagem diretamente ao início do ministério de Jesus, evidenciando que a vinda do Messias é a realização dessa promessa de luz para os que viviam em escuridão.
Isaías 9.3
"Tu multiplicaste este povo e a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos."
Aqui, Deus é o agente da multiplicação e da alegria do Seu povo. A metáfora da "ceifa" reflete um tempo de abundância e bênção, assim como a "repartição dos despojos" simboliza vitória e libertação. Essa alegria está profundamente conectada à libertação que o Messias traria ao povo. O crescimento do povo pode ser entendido em um sentido espiritual, sugerindo a expansão do reino de Deus por meio dos gentios que também seriam incluídos. Este versículo aponta para o alívio de uma opressão e a transformação radical trazida pelo governante messiânico.
Isaías 9.4
"Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas."
Este versículo faz alusão à libertação histórica de Israel da opressão, comparando-a com a vitória sobre os midianitas (Juízes 7), obtida por Gideão. O "jugo" (ʿôl) simboliza escravidão e opressão, e a vara e o cetro representam a autoridade tirânica dos inimigos de Israel. Assim como Deus libertou Israel através de Gideão, essa profecia aponta para a libertação final e completa que o Messias traria sobre os opressores espirituais, sendo uma libertação não apenas política, mas também espiritual.
Isaías 9.5
"Porque toda a armadura daqueles que pelejavam com ruído e as vestes que rolavam no sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo."
Este versículo descreve o fim da guerra e da violência com a chegada do reino do Messias. A armadura e as vestes ensanguentadas, símbolos de conflito e derramamento de sangue, serão destruídas, representando a paz duradoura que Cristo traria. O fogo, frequentemente símbolo de purificação, aqui marca o fim definitivo das batalhas. O Messias não apenas libertará, mas também estabelecerá uma paz que será permanente, substituindo os tempos de guerra com justiça e tranquilidade.
Isaías 9.6
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."
Este é o coração da profecia messiânica. O "menino" é claramente identificado como Jesus, e o texto antecipa Sua encarnação. Os títulos dados a Ele são de grande profundidade teológica:
- Maravilhoso Conselheiro (Pele Yo’etz): Sugere a sabedoria sobrenatural do Messias.
- Deus Forte (El Gibbor): Uma clara declaração da divindade de Cristo, associada ao poder de Deus.
- Pai da Eternidade (Aviʿad): Reflete o domínio eterno e o cuidado paternal de Cristo para com o Seu povo.
- Príncipe da Paz (Sar Shalom): Anuncia o papel de Cristo em estabelecer a paz, não apenas temporal, mas a paz entre Deus e o homem.
Este versículo proclama a natureza multifacetada do Messias e a plenitude de Seu reinado.
Isaías 9.7
"Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto."
O governo do Messias será eterno e crescerá constantemente. A menção ao "trono de Davi" confirma a aliança davídica (2 Samuel 7.12-16), indicando que o Messias será o herdeiro do trono de Davi e cumprirá a promessa de um reino eterno. A justiça e o juízo caracterizarão Seu reinado, contrastando com os governantes injustos que precederam o Messias. O "zelo do Senhor dos Exércitos" assegura que este plano divino é infalível e será cumprido com determinação. Este versículo conclui com a confiança de que Deus, por Sua própria iniciativa, estabelecerá esse reino perfeito por meio de Cristo.
Considerações finais:
Este trecho de Isaías não só celebra o nascimento de Jesus, mas também sua missão como Rei divino, trazendo justiça e paz eternas. A ênfase está no contraste entre a opressão sob o jugo humano e a libertação e paz sob o governo do Messias. Cada aspecto desta profecia destaca o plano redentor de Deus, culminando na revelação de Cristo como o Príncipe da Paz e Rei eterno.
O texto de Isaías 9.2-7 é uma profecia messiânica poderosa que antecipa a vinda de Cristo, destacando a redenção, o reino eterno, e a paz que Ele trará. Vamos analisar cada versículo detalhadamente:
Isaías 9.2
"O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte resplandeceu a luz."
Este versículo faz referência à transformação radical que ocorre com a chegada do Messias. O termo "trevas" (em hebraico, ḥōšek) frequentemente simboliza ignorância, pecado e o distanciamento de Deus. A "luz" (ʾôr) aqui representa a salvação e o conhecimento de Deus, muitas vezes associada à presença de Cristo (João 8.12). O contraste entre "trevas" e "luz" evoca a mudança de uma condição de morte espiritual para a vida. Mateus 4.16 aplica essa passagem diretamente ao início do ministério de Jesus, evidenciando que a vinda do Messias é a realização dessa promessa de luz para os que viviam em escuridão.
Isaías 9.3
"Tu multiplicaste este povo e a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos."
Aqui, Deus é o agente da multiplicação e da alegria do Seu povo. A metáfora da "ceifa" reflete um tempo de abundância e bênção, assim como a "repartição dos despojos" simboliza vitória e libertação. Essa alegria está profundamente conectada à libertação que o Messias traria ao povo. O crescimento do povo pode ser entendido em um sentido espiritual, sugerindo a expansão do reino de Deus por meio dos gentios que também seriam incluídos. Este versículo aponta para o alívio de uma opressão e a transformação radical trazida pelo governante messiânico.
Isaías 9.4
"Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas."
Este versículo faz alusão à libertação histórica de Israel da opressão, comparando-a com a vitória sobre os midianitas (Juízes 7), obtida por Gideão. O "jugo" (ʿôl) simboliza escravidão e opressão, e a vara e o cetro representam a autoridade tirânica dos inimigos de Israel. Assim como Deus libertou Israel através de Gideão, essa profecia aponta para a libertação final e completa que o Messias traria sobre os opressores espirituais, sendo uma libertação não apenas política, mas também espiritual.
Isaías 9.5
"Porque toda a armadura daqueles que pelejavam com ruído e as vestes que rolavam no sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo."
Este versículo descreve o fim da guerra e da violência com a chegada do reino do Messias. A armadura e as vestes ensanguentadas, símbolos de conflito e derramamento de sangue, serão destruídas, representando a paz duradoura que Cristo traria. O fogo, frequentemente símbolo de purificação, aqui marca o fim definitivo das batalhas. O Messias não apenas libertará, mas também estabelecerá uma paz que será permanente, substituindo os tempos de guerra com justiça e tranquilidade.
Isaías 9.6
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."
Este é o coração da profecia messiânica. O "menino" é claramente identificado como Jesus, e o texto antecipa Sua encarnação. Os títulos dados a Ele são de grande profundidade teológica:
- Maravilhoso Conselheiro (Pele Yo’etz): Sugere a sabedoria sobrenatural do Messias.
- Deus Forte (El Gibbor): Uma clara declaração da divindade de Cristo, associada ao poder de Deus.
- Pai da Eternidade (Aviʿad): Reflete o domínio eterno e o cuidado paternal de Cristo para com o Seu povo.
- Príncipe da Paz (Sar Shalom): Anuncia o papel de Cristo em estabelecer a paz, não apenas temporal, mas a paz entre Deus e o homem.
Este versículo proclama a natureza multifacetada do Messias e a plenitude de Seu reinado.
Isaías 9.7
"Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto."
O governo do Messias será eterno e crescerá constantemente. A menção ao "trono de Davi" confirma a aliança davídica (2 Samuel 7.12-16), indicando que o Messias será o herdeiro do trono de Davi e cumprirá a promessa de um reino eterno. A justiça e o juízo caracterizarão Seu reinado, contrastando com os governantes injustos que precederam o Messias. O "zelo do Senhor dos Exércitos" assegura que este plano divino é infalível e será cumprido com determinação. Este versículo conclui com a confiança de que Deus, por Sua própria iniciativa, estabelecerá esse reino perfeito por meio de Cristo.
Considerações finais:
Este trecho de Isaías não só celebra o nascimento de Jesus, mas também sua missão como Rei divino, trazendo justiça e paz eternas. A ênfase está no contraste entre a opressão sob o jugo humano e a libertação e paz sob o governo do Messias. Cada aspecto desta profecia destaca o plano redentor de Deus, culminando na revelação de Cristo como o Príncipe da Paz e Rei eterno.
TEXTO ÁUREO
(...); mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei. Gálatas 4.4
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O texto de Gálatas 4.4 — “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” — é uma afirmação central do apóstolo Paulo sobre o plano de redenção de Deus, marcando o cumprimento de promessas proféticas em Cristo. Vamos analisar o versículo em seus aspectos bíblicos, teológicos e linguísticos, com destaque para as raízes gregas.
Gálatas 4.4
"Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei."
1. “Vindo a plenitude dos tempos” (ἦλθεν τὸ πλήρωμα τοῦ χρόνου - ēlthen to plērōma tou chronou)
- Plērōma (πλήρωμα) significa "plenitude" ou "completude" e indica o cumprimento perfeito ou total de algo. No contexto, refere-se ao momento ideal no plano de Deus para a história humana, quando todas as condições estavam ajustadas para a vinda de Cristo. Esse conceito está relacionado ao plano soberano de Deus, indicando que Ele tem um cronograma exato para a redenção. É importante perceber que essa "plenitude" é tanto espiritual quanto histórica — o contexto político, cultural e religioso da época estava propício para a revelação do Messias.
- Chronos (χρόνος) significa "tempo" no sentido de tempo linear ou cronológico. Portanto, a "plenitude dos tempos" refere-se a um momento específico e predeterminado por Deus, em que o plano de redenção seria executado.
Este termo revela que a vinda de Cristo não foi um evento aleatório, mas o clímax de uma sequência histórica orquestrada por Deus, cumprindo promessas antigas (Gênesis 3.15; Isaías 7.14). O império romano, com sua infraestrutura e paz relativa, junto ao estado espiritual de Israel, criou um ambiente perfeito para a disseminação do Evangelho.
2. “Deus enviou seu Filho” (ἐξαπέστειλεν ὁ Θεὸς τὸν Υἱὸν αὐτοῦ - exapesteilen ho Theos ton Huion autou)
- Exapesteilen (ἐξαπέστειλεν) é um verbo composto de ek (fora de) e apostellō (enviar), significando "enviar com uma missão". Esse termo é usado para descrever o envio de alguém com autoridade para cumprir um propósito. Aqui, a ênfase está na iniciativa divina — Deus tomou a ação de enviar o Seu Filho. A missão de Cristo foi predeterminada, e sua vinda foi uma resposta ao plano eterno de Deus.
- Huion (Υἱὸν), "Filho", refere-se à filiação divina de Jesus, indicando sua relação única com o Pai. A doutrina da filiação divina ressalta a identidade de Cristo como plenamente Deus, distinto das criaturas, porém enviado ao mundo como Salvador.
Esse envio sublinha a encarnação como um ato intencional e amoroso da parte de Deus, não uma resposta emergencial, mas uma parte integral do Seu plano desde a criação.
3. “Nascido de mulher” (γενόμενον ἐκ γυναικός - genomenon ek gynaikos)
- Genomenon (γενόμενον) é a forma verbal de ginomai, que significa "tornar-se", "vir a ser". O termo indica que Cristo "tornou-se" humano, enfatizando o ato da encarnação. Ele não apenas "nasceu", mas assumiu plenamente a natureza humana.
- Gynaikos (γυναικός) significa "mulher" e refere-se à maternidade natural de Maria, destacando a plena humanidade de Cristo. A frase "nascido de mulher" ecoa Gênesis 3.15, onde é profetizado que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. Ao mencionar que Jesus nasceu de uma mulher, Paulo sublinha sua verdadeira humanidade, mesmo sendo o Filho eterno de Deus.
Essa expressão também contrasta com os conceitos de origem divina da mitologia pagã, destacando que Jesus foi realmente humano, sujeito às limitações da carne, mas sem pecado.
4. “Nascido sob a lei” (γενόμενον ὑπὸ νόμον - genomenon hypo nomon)
- Hypo (ὑπὸ) significa "sob", e aqui denota submissão ou sujeição. Cristo se sujeitou à Lei de Moisés, vivendo sob suas exigências.
- Nómon (νόμον), "lei", refere-se à Lei mosaica, que regulava a vida dos israelitas. Jesus nasceu como judeu, observando e cumprindo plenamente a Lei (Mateus 5.17). Isso era necessário para que Ele pudesse redimir aqueles que estavam sob a Lei.
Ao ser "nascido sob a lei", Cristo assumiu a condição de todo ser humano, especialmente do povo judeu, sujeitando-se às obrigações e maldições da Lei (Gálatas 3.13), a fim de libertar aqueles que estavam condenados por não poder cumpri-la perfeitamente.
Comentário Teológico
Este versículo de Gálatas é uma expressão central do "plano de redenção" de Deus. A "plenitude dos tempos" revela a soberania divina sobre a história, demonstrando que o advento de Cristo ocorreu no momento exato estabelecido por Deus. O envio do Filho expressa a doutrina da encarnação — o Filho eterno de Deus assumiu plenamente a humanidade. Paulo destaca que Jesus nasceu de uma mulher, confirmando sua verdadeira humanidade, e nasceu sob a Lei, indicando que ele tomou sobre si as responsabilidades e maldições da Lei mosaica para redimir o povo.
A importância deste texto está em sua conexão com a obra redentora de Cristo: Ele é o mediador perfeito entre Deus e o homem, porque é ao mesmo tempo divino e humano. Como nascido "sob a lei", Cristo foi capaz de obedecer perfeitamente a Lei de Deus e, assim, se tornar o sacrifício expiatório necessário para aqueles que estavam condenados pelo pecado.
Conclusão
Gálatas 4.4 encapsula o clímax do plano de salvação, destacando o momento oportuno da vinda de Cristo, sua encarnação e submissão à Lei, tudo visando a redenção da humanidade. Cada palavra do texto aponta para a soberania de Deus e o cumprimento das Suas promessas, culminando na chegada do Messias, o único que poderia reconciliar a humanidade com o Criador.
O texto de Gálatas 4.4 — “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” — é uma afirmação central do apóstolo Paulo sobre o plano de redenção de Deus, marcando o cumprimento de promessas proféticas em Cristo. Vamos analisar o versículo em seus aspectos bíblicos, teológicos e linguísticos, com destaque para as raízes gregas.
Gálatas 4.4
"Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei."
1. “Vindo a plenitude dos tempos” (ἦλθεν τὸ πλήρωμα τοῦ χρόνου - ēlthen to plērōma tou chronou)
- Plērōma (πλήρωμα) significa "plenitude" ou "completude" e indica o cumprimento perfeito ou total de algo. No contexto, refere-se ao momento ideal no plano de Deus para a história humana, quando todas as condições estavam ajustadas para a vinda de Cristo. Esse conceito está relacionado ao plano soberano de Deus, indicando que Ele tem um cronograma exato para a redenção. É importante perceber que essa "plenitude" é tanto espiritual quanto histórica — o contexto político, cultural e religioso da época estava propício para a revelação do Messias.
- Chronos (χρόνος) significa "tempo" no sentido de tempo linear ou cronológico. Portanto, a "plenitude dos tempos" refere-se a um momento específico e predeterminado por Deus, em que o plano de redenção seria executado.
Este termo revela que a vinda de Cristo não foi um evento aleatório, mas o clímax de uma sequência histórica orquestrada por Deus, cumprindo promessas antigas (Gênesis 3.15; Isaías 7.14). O império romano, com sua infraestrutura e paz relativa, junto ao estado espiritual de Israel, criou um ambiente perfeito para a disseminação do Evangelho.
2. “Deus enviou seu Filho” (ἐξαπέστειλεν ὁ Θεὸς τὸν Υἱὸν αὐτοῦ - exapesteilen ho Theos ton Huion autou)
- Exapesteilen (ἐξαπέστειλεν) é um verbo composto de ek (fora de) e apostellō (enviar), significando "enviar com uma missão". Esse termo é usado para descrever o envio de alguém com autoridade para cumprir um propósito. Aqui, a ênfase está na iniciativa divina — Deus tomou a ação de enviar o Seu Filho. A missão de Cristo foi predeterminada, e sua vinda foi uma resposta ao plano eterno de Deus.
- Huion (Υἱὸν), "Filho", refere-se à filiação divina de Jesus, indicando sua relação única com o Pai. A doutrina da filiação divina ressalta a identidade de Cristo como plenamente Deus, distinto das criaturas, porém enviado ao mundo como Salvador.
Esse envio sublinha a encarnação como um ato intencional e amoroso da parte de Deus, não uma resposta emergencial, mas uma parte integral do Seu plano desde a criação.
3. “Nascido de mulher” (γενόμενον ἐκ γυναικός - genomenon ek gynaikos)
- Genomenon (γενόμενον) é a forma verbal de ginomai, que significa "tornar-se", "vir a ser". O termo indica que Cristo "tornou-se" humano, enfatizando o ato da encarnação. Ele não apenas "nasceu", mas assumiu plenamente a natureza humana.
- Gynaikos (γυναικός) significa "mulher" e refere-se à maternidade natural de Maria, destacando a plena humanidade de Cristo. A frase "nascido de mulher" ecoa Gênesis 3.15, onde é profetizado que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. Ao mencionar que Jesus nasceu de uma mulher, Paulo sublinha sua verdadeira humanidade, mesmo sendo o Filho eterno de Deus.
Essa expressão também contrasta com os conceitos de origem divina da mitologia pagã, destacando que Jesus foi realmente humano, sujeito às limitações da carne, mas sem pecado.
4. “Nascido sob a lei” (γενόμενον ὑπὸ νόμον - genomenon hypo nomon)
- Hypo (ὑπὸ) significa "sob", e aqui denota submissão ou sujeição. Cristo se sujeitou à Lei de Moisés, vivendo sob suas exigências.
- Nómon (νόμον), "lei", refere-se à Lei mosaica, que regulava a vida dos israelitas. Jesus nasceu como judeu, observando e cumprindo plenamente a Lei (Mateus 5.17). Isso era necessário para que Ele pudesse redimir aqueles que estavam sob a Lei.
Ao ser "nascido sob a lei", Cristo assumiu a condição de todo ser humano, especialmente do povo judeu, sujeitando-se às obrigações e maldições da Lei (Gálatas 3.13), a fim de libertar aqueles que estavam condenados por não poder cumpri-la perfeitamente.
Comentário Teológico
Este versículo de Gálatas é uma expressão central do "plano de redenção" de Deus. A "plenitude dos tempos" revela a soberania divina sobre a história, demonstrando que o advento de Cristo ocorreu no momento exato estabelecido por Deus. O envio do Filho expressa a doutrina da encarnação — o Filho eterno de Deus assumiu plenamente a humanidade. Paulo destaca que Jesus nasceu de uma mulher, confirmando sua verdadeira humanidade, e nasceu sob a Lei, indicando que ele tomou sobre si as responsabilidades e maldições da Lei mosaica para redimir o povo.
A importância deste texto está em sua conexão com a obra redentora de Cristo: Ele é o mediador perfeito entre Deus e o homem, porque é ao mesmo tempo divino e humano. Como nascido "sob a lei", Cristo foi capaz de obedecer perfeitamente a Lei de Deus e, assim, se tornar o sacrifício expiatório necessário para aqueles que estavam condenados pelo pecado.
Conclusão
Gálatas 4.4 encapsula o clímax do plano de salvação, destacando o momento oportuno da vinda de Cristo, sua encarnação e submissão à Lei, tudo visando a redenção da humanidade. Cada palavra do texto aponta para a soberania de Deus e o cumprimento das Suas promessas, culminando na chegada do Messias, o único que poderia reconciliar a humanidade com o Criador.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Miqueias 5.2-5 Nascimento e reinado do Messias
3ª feira - Zacarias 9.9 Vem de Sião o Rei justo e salvador
4ª feira - Isaías 9.2 A luz do Messias
5ª feira - Isaías 35.5,6 O resplendor do Messias
6ª feira - Isaías 53.2-12 O Messias sofredor
Sábado - Jeremias 23.5; Daniel 9.25 O renovo de Davi
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Aqui está um comentário breve sobre cada uma das passagens propostas para o estudo diário, que ajudam a compreender o nascimento e a missão do Messias:
2ª feira – Miqueias 5.2-5: Nascimento e Reinado do Messias
Miqueias profetiza o nascimento do Messias em Belém: "Mas tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar entre os milhares de Judá, de ti me sairá aquele que há de reinar em Israel..." (v.2). Apesar da insignificância geográfica de Belém, esta cidade se torna o palco de um evento grandioso — o nascimento de Jesus Cristo. A profecia destaca a divindade e a eternidade do Messias ("suas origens são desde os tempos antigos"). No versículo 5, o Messias é descrito como aquele que trará paz duradoura, demonstrando seu papel como o Príncipe da Paz.
3ª feira – Zacarias 9.9: Vem de Sião o Rei Justo e Salvador
Zacarias profetiza a vinda do Messias de forma humilde: "Alegra-te muito, ó filha de Sião... o teu Rei virá a ti; justo e salvador, humilde, montado em jumento..." Essa passagem foi cumprida na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mateus 21.5). O contraste entre o poder real e a humildade do Messias reflete o caráter de Cristo, que veio para salvar e trazer justiça, não por força, mas com mansidão.
4ª feira – Isaías 9.2: A Luz do Messias
Isaías fala de um povo que "andava em trevas" e que viu "uma grande luz". A luz representa o Messias, que traz salvação e esperança ao mundo. A vinda de Cristo é a revelação da verdade e da vida divina para uma humanidade espiritualmente perdida. Jesus se identificou como a "luz do mundo" (João 8.12), cumprindo esta profecia, pois Ele ilumina aqueles que estão sob a sombra da morte.
5ª feira – Isaías 35.5-6: O Resplendor do Messias
Isaías antecipa a obra miraculosa do Messias: "Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se destaparão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará". Esses sinais maravilhosos foram realizados por Jesus durante seu ministério terreno, como evidências de Sua messianidade e poder restaurador. Essas curas demonstram a libertação completa que o Messias traria — física, emocional e espiritual.
6ª feira – Isaías 53.2-12: O Messias Sofredor
Aqui temos a descrição do "Servo Sofredor", uma das passagens mais impactantes sobre o sofrimento vicário de Cristo. Isaías descreve o Messias como alguém sem aparência ou beleza que atraísse a atenção, desprezado e rejeitado pelos homens (v.2-3). No entanto, Ele "tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores" (v.4), sendo o sacrifício substitutivo que pagou o preço pelo pecado da humanidade. Seu sofrimento e morte trouxeram redenção, e "pelas suas pisaduras fomos sarados" (v.5).
Sábado – Jeremias 23.5; Daniel 9.25: O Renovo de Davi
- Jeremias 23.5: Deus promete levantar "um Renovo justo", descendente de Davi, que reinará com sabedoria, justiça e equidade. Essa profecia aponta para Jesus, o Rei justo, que cumpriu todas as promessas da aliança davídica. Ele é o legítimo herdeiro do trono de Davi e trará justiça eterna.
- Daniel 9.25: Daniel profetiza sobre o "Ungido, o Príncipe", referindo-se ao Messias que seria cortado, mas não para si mesmo. Essa profecia é parte do cronograma que antecipa a vinda de Cristo, apontando para seu sacrifício final. Cristo, o Messias, cumpriu a profecia ao estabelecer a Nova Aliança por meio de Sua morte.
Esses textos traçam um panorama profético completo da vinda do Messias, desde Seu nascimento humilde, Seu ministério de cura e libertação, até Seu sofrimento e glorificação como o Renovo prometido de Davi.
Aqui está um comentário breve sobre cada uma das passagens propostas para o estudo diário, que ajudam a compreender o nascimento e a missão do Messias:
2ª feira – Miqueias 5.2-5: Nascimento e Reinado do Messias
Miqueias profetiza o nascimento do Messias em Belém: "Mas tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar entre os milhares de Judá, de ti me sairá aquele que há de reinar em Israel..." (v.2). Apesar da insignificância geográfica de Belém, esta cidade se torna o palco de um evento grandioso — o nascimento de Jesus Cristo. A profecia destaca a divindade e a eternidade do Messias ("suas origens são desde os tempos antigos"). No versículo 5, o Messias é descrito como aquele que trará paz duradoura, demonstrando seu papel como o Príncipe da Paz.
3ª feira – Zacarias 9.9: Vem de Sião o Rei Justo e Salvador
Zacarias profetiza a vinda do Messias de forma humilde: "Alegra-te muito, ó filha de Sião... o teu Rei virá a ti; justo e salvador, humilde, montado em jumento..." Essa passagem foi cumprida na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mateus 21.5). O contraste entre o poder real e a humildade do Messias reflete o caráter de Cristo, que veio para salvar e trazer justiça, não por força, mas com mansidão.
4ª feira – Isaías 9.2: A Luz do Messias
Isaías fala de um povo que "andava em trevas" e que viu "uma grande luz". A luz representa o Messias, que traz salvação e esperança ao mundo. A vinda de Cristo é a revelação da verdade e da vida divina para uma humanidade espiritualmente perdida. Jesus se identificou como a "luz do mundo" (João 8.12), cumprindo esta profecia, pois Ele ilumina aqueles que estão sob a sombra da morte.
5ª feira – Isaías 35.5-6: O Resplendor do Messias
Isaías antecipa a obra miraculosa do Messias: "Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se destaparão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará". Esses sinais maravilhosos foram realizados por Jesus durante seu ministério terreno, como evidências de Sua messianidade e poder restaurador. Essas curas demonstram a libertação completa que o Messias traria — física, emocional e espiritual.
6ª feira – Isaías 53.2-12: O Messias Sofredor
Aqui temos a descrição do "Servo Sofredor", uma das passagens mais impactantes sobre o sofrimento vicário de Cristo. Isaías descreve o Messias como alguém sem aparência ou beleza que atraísse a atenção, desprezado e rejeitado pelos homens (v.2-3). No entanto, Ele "tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores" (v.4), sendo o sacrifício substitutivo que pagou o preço pelo pecado da humanidade. Seu sofrimento e morte trouxeram redenção, e "pelas suas pisaduras fomos sarados" (v.5).
Sábado – Jeremias 23.5; Daniel 9.25: O Renovo de Davi
- Jeremias 23.5: Deus promete levantar "um Renovo justo", descendente de Davi, que reinará com sabedoria, justiça e equidade. Essa profecia aponta para Jesus, o Rei justo, que cumpriu todas as promessas da aliança davídica. Ele é o legítimo herdeiro do trono de Davi e trará justiça eterna.
- Daniel 9.25: Daniel profetiza sobre o "Ungido, o Príncipe", referindo-se ao Messias que seria cortado, mas não para si mesmo. Essa profecia é parte do cronograma que antecipa a vinda de Cristo, apontando para seu sacrifício final. Cristo, o Messias, cumpriu a profecia ao estabelecer a Nova Aliança por meio de Sua morte.
Esses textos traçam um panorama profético completo da vinda do Messias, desde Seu nascimento humilde, Seu ministério de cura e libertação, até Seu sofrimento e glorificação como o Renovo prometido de Davi.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• entender o contexto político de Israel na manifestação do Messias;
• identificar os aspectos culturais que davam suporte à vida Judaica à época do nascimento e ministério do Cristo Rei;
• reconhecer os três elementos facilitadores para o advento do Messias.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, de acordo com o programa divino, o Messias manifestou-se ao mundo em um momento específico da História, denominado "plenitude dos tempos" (Gl 4.4). Essa ex- pressão, cunhada pelo apóstolo Paulo em sua Carta aos Gálatas, indica que Ele veio à terra na exata era em que Deus, em Sua incomparável sabedoria e propósitos, havia determinado.
O Eterno preparou cuidadosamente aquele período, que possuia vários elementos facilitadores para a divulgação do Seu evangelho, como: a Pax Romana, a língua grega e a influência da cultura e da filosofia helênica.
Naquela época, a Palestina, onde se concentrava boa parte do povo escolhido Israel havia perdido o domínio da Terra Pro- metida e estava, então, sob o jugo do Império Romano. O Templo fora reconstruído, mas a classe religiosa estava dividida em par- tidos. Mesmo assim, Deus estabeleceu aquela ocasião histórica para trazer ao mundo aquele que se tornaria o Salvador, a única esperança, o caminho a verdade e a vida (Jo 14.6). Durante a lição, incentive seus alunos a refletirem sobre a importância do contexto histórico e cultural no qual jesus veio ao mundo.
Excelente aula!
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: "O Messias e a Plenitude dos Tempos"
Tema: Lição 03 - O Messias e a Plenitude dos Tempos
Objetivo: Demonstrar como Jesus, o Messias, veio ao mundo no momento perfeito, conforme o plano de Deus, e como Sua vinda foi o cumprimento de profecias e promessas ao longo da história.
Material Necessário:
- Relógio ou cronômetro (simbolizando o tempo)
- Pedaços de papel com promessas e profecias messiânicas (escritos como: Gênesis 3:15; Isaías 7:14; Miquéias 5:2; Salmo 22; Isaías 53 etc.)
- Cartões ou papéis com os nomes de personagens bíblicos relacionados ao Messias (como Abraão, Moisés, Davi, Isaías, etc.)
- Um objeto que simbolize Jesus (pode ser uma cruz pequena, um coração de papel, ou uma vela)
- Um quadro branco ou flipchart
Duração: 20-25 minutos
Desenvolvimento da Dinâmica:
- Introdução (5 minutos)
- Explique brevemente o tema da lição: "O Messias e a Plenitude dos Tempos". Explique que Jesus, o Messias prometido, veio ao mundo no momento exato, em cumprimento às profecias e ao plano de Deus. Fale sobre o conceito de "plenitude dos tempos" (Gálatas 4:4) e como isso se refere ao momento perfeito no plano de Deus.
- Mostre um relógio ou cronômetro e diga que Deus tem um "relógio" perfeito para cumprir Suas promessas.
- Preparação (2-3 minutos)
- Distribua os pedaços de papel com promessas e profecias messiânicas entre os participantes.
- Cole ou coloque os cartões com os nomes dos personagens bíblicos em diferentes partes da sala.
- Explicação da Dinâmica (2-3 minutos)
- Diga aos participantes que o plano de Deus para a vinda do Messias começou logo após a queda da humanidade (Gênesis 3:15) e que, ao longo da história, Deus foi dando pistas e promessas sobre o Salvador que viria.
- Eles representarão os profetas e personagens que anunciaram a vinda do Messias, e a dinâmica vai mostrar como, no tempo perfeito, todas essas promessas foram cumpridas em Jesus.
- Atividade (10-12 minutos)
- Parte 1: Promessas e Profecias
- Peça para os participantes se posicionarem ao lado dos cartões com os nomes dos personagens bíblicos (como Abraão, Moisés, Davi, Isaías, etc.).
- Cada participante, ao lado do seu personagem, deve ler a promessa ou profecia que recebeu no papel (por exemplo: Isaías 7:14, “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho...”).
- Após ler a promessa, o participante deve passar o "relógio" (ou outro objeto que simbolize o tempo) para o próximo participante, mostrando que a promessa de Deus se desenrolou ao longo do tempo, até a vinda de Jesus.
- Parte 2: A Vinda do Messias
- Quando todos tiverem lido suas promessas e profecias, o último participante entrega o "relógio" para o líder (ou quem esteja dirigindo a dinâmica), que então segura o objeto que simboliza Jesus.
- Explique que, na “plenitude dos tempos”, conforme Gálatas 4:4, Jesus veio cumprir todas essas promessas, mostrando que Deus nunca esquece Suas palavras e que Ele age no momento certo.
- Conclusão e Aplicação Espiritual (5-8 minutos)
- Reflexão: Explique que todas as profecias apontavam para o Messias, e que, assim como Deus cumpriu Suas promessas no tempo certo, Ele continua a agir em nossas vidas no tempo perfeito.
- Interação: Pergunte aos participantes: "Quais promessas de Deus você está esperando?" e "Como podemos confiar que Deus age na plenitude dos tempos em nossas vidas também?"
- Use o quadro branco ou flipchart para escrever as respostas e refletir sobre como confiar no tempo de Deus.
- Versículo-chave: Gálatas 4:4
"Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei."
Aplicação Final:
Esta dinâmica ilustra que, mesmo quando parecia que Deus estava demorando, Ele sempre tinha um plano para o momento exato em que o Messias viria. Assim como Deus cumpriu o Seu plano no tempo certo, Ele também está no controle do nosso tempo, cumprindo Suas promessas em nossas vidas.
Essa atividade promove uma reflexão sobre o tempo perfeito de Deus e reforça a confiança de que Ele está no controle de todos os eventos de nossas vidas, assim como esteve ao longo da história da redenção.
Dinâmica: "O Messias e a Plenitude dos Tempos"
Tema: Lição 03 - O Messias e a Plenitude dos Tempos
Objetivo: Demonstrar como Jesus, o Messias, veio ao mundo no momento perfeito, conforme o plano de Deus, e como Sua vinda foi o cumprimento de profecias e promessas ao longo da história.
Material Necessário:
- Relógio ou cronômetro (simbolizando o tempo)
- Pedaços de papel com promessas e profecias messiânicas (escritos como: Gênesis 3:15; Isaías 7:14; Miquéias 5:2; Salmo 22; Isaías 53 etc.)
- Cartões ou papéis com os nomes de personagens bíblicos relacionados ao Messias (como Abraão, Moisés, Davi, Isaías, etc.)
- Um objeto que simbolize Jesus (pode ser uma cruz pequena, um coração de papel, ou uma vela)
- Um quadro branco ou flipchart
Duração: 20-25 minutos
Desenvolvimento da Dinâmica:
- Introdução (5 minutos)
- Explique brevemente o tema da lição: "O Messias e a Plenitude dos Tempos". Explique que Jesus, o Messias prometido, veio ao mundo no momento exato, em cumprimento às profecias e ao plano de Deus. Fale sobre o conceito de "plenitude dos tempos" (Gálatas 4:4) e como isso se refere ao momento perfeito no plano de Deus.
- Mostre um relógio ou cronômetro e diga que Deus tem um "relógio" perfeito para cumprir Suas promessas.
- Preparação (2-3 minutos)
- Distribua os pedaços de papel com promessas e profecias messiânicas entre os participantes.
- Cole ou coloque os cartões com os nomes dos personagens bíblicos em diferentes partes da sala.
- Explicação da Dinâmica (2-3 minutos)
- Diga aos participantes que o plano de Deus para a vinda do Messias começou logo após a queda da humanidade (Gênesis 3:15) e que, ao longo da história, Deus foi dando pistas e promessas sobre o Salvador que viria.
- Eles representarão os profetas e personagens que anunciaram a vinda do Messias, e a dinâmica vai mostrar como, no tempo perfeito, todas essas promessas foram cumpridas em Jesus.
- Atividade (10-12 minutos)
- Parte 1: Promessas e Profecias
- Peça para os participantes se posicionarem ao lado dos cartões com os nomes dos personagens bíblicos (como Abraão, Moisés, Davi, Isaías, etc.).
- Cada participante, ao lado do seu personagem, deve ler a promessa ou profecia que recebeu no papel (por exemplo: Isaías 7:14, “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho...”).
- Após ler a promessa, o participante deve passar o "relógio" (ou outro objeto que simbolize o tempo) para o próximo participante, mostrando que a promessa de Deus se desenrolou ao longo do tempo, até a vinda de Jesus.
- Parte 2: A Vinda do Messias
- Quando todos tiverem lido suas promessas e profecias, o último participante entrega o "relógio" para o líder (ou quem esteja dirigindo a dinâmica), que então segura o objeto que simboliza Jesus.
- Explique que, na “plenitude dos tempos”, conforme Gálatas 4:4, Jesus veio cumprir todas essas promessas, mostrando que Deus nunca esquece Suas palavras e que Ele age no momento certo.
- Conclusão e Aplicação Espiritual (5-8 minutos)
- Reflexão: Explique que todas as profecias apontavam para o Messias, e que, assim como Deus cumpriu Suas promessas no tempo certo, Ele continua a agir em nossas vidas no tempo perfeito.
- Interação: Pergunte aos participantes: "Quais promessas de Deus você está esperando?" e "Como podemos confiar que Deus age na plenitude dos tempos em nossas vidas também?"
- Use o quadro branco ou flipchart para escrever as respostas e refletir sobre como confiar no tempo de Deus.
- Versículo-chave: Gálatas 4:4
"Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei."
Aplicação Final:
Esta dinâmica ilustra que, mesmo quando parecia que Deus estava demorando, Ele sempre tinha um plano para o momento exato em que o Messias viria. Assim como Deus cumpriu o Seu plano no tempo certo, Ele também está no controle do nosso tempo, cumprindo Suas promessas em nossas vidas.
Essa atividade promove uma reflexão sobre o tempo perfeito de Deus e reforça a confiança de que Ele está no controle de todos os eventos de nossas vidas, assim como esteve ao longo da história da redenção.
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Como anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, chegou o momento oportuno de o Salvador manifestar-se. O planeta no qual Ele esteve era muito diferente do observado na criação original. A introdução do pecado no mundo modificou as feições da Terra e a disposição do ser humano em relação ao Criador, que foi se agravando até chegar o momento do advento do Messias.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A introdução da manifestação do Salvador é um tema central na história da redenção, e os profetas do Antigo Testamento prepararam o cenário espiritual e histórico para a chegada de Cristo. O plano de Deus foi revelado progressivamente ao longo da história, culminando no advento do Messias em um momento estratégico da humanidade. Essa realidade reflete a soberania divina e Sua paciência ao lidar com a humanidade caída. Vamos analisar essa introdução de forma bíblica e teológica, com o suporte de referências escriturísticas e opiniões de estudiosos cristãos.
1. A Promessa Profética do Messias
Desde o início, a vinda do Salvador foi prometida. Logo após a queda no Éden, Deus faz a primeira referência ao Messias em Gênesis 3.15, quando anuncia que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente: “E porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Este versículo, conhecido como o Protoevangelium, é a primeira profecia messiânica, apontando para a redenção final que Cristo traria.
Os profetas subsequentes continuaram a revelar mais sobre esse Salvador prometido. Isaías 9.6 anunciou o nascimento de um Filho que seria o “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”, evidenciando tanto a natureza divina quanto o reinado eterno de Jesus. Da mesma forma, Miquéias 5.2 prediz que o Messias nasceria em Belém, uma pequena cidade de Judá, destacando que Deus escolhe o improvável para realizar Seus planos soberanos.
2. O Mundo Caído e a Necessidade do Messias
O mundo em que Cristo entrou era um reflexo da degradação espiritual e moral causada pela introdução do pecado. Desde Adão, a raça humana se distanciou do propósito original de Deus, afetando tanto a criação quanto a vida humana. Romanos 8.20-22 nos ensina que "a criação foi sujeita à vaidade", gemendo com dores de parto até que a redenção se manifestasse plenamente.
Os profetas descreveram o estado espiritual de Israel e das nações como sombrio e desesperador. Em Isaías 59.2, o pecado é descrito como um divisor entre Deus e o homem: “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus.” O Antigo Testamento testemunha o fracasso da humanidade em viver em aliança com Deus, o que enfatiza a necessidade de uma intervenção divina.
Os estudiosos apontam que a história do Antigo Testamento é, em grande parte, uma história de fracasso humano em contraste com a fidelidade de Deus. No livro “Cristo nas Escrituras”, o autor John Stott observa que "as promessas e a lei de Deus foram dadas para expor a incapacidade humana e preparar o caminho para a vinda de Cristo, o cumprimento de todas as promessas divinas".
3. A Plenitude dos Tempos
A expressão "plenitude dos tempos" em Gálatas 4.4 revela que o advento do Messias ocorreu no momento exato determinado por Deus. Paulo afirma: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei". Este "tempo" não foi arbitrário, mas o ponto culminante de uma série de eventos históricos, espirituais e culturais. O contexto do mundo mediterrâneo, com a Pax Romana, as estradas romanas que facilitavam a disseminação do Evangelho, e a disseminação do grego como língua franca, criou o ambiente perfeito para a vinda de Cristo.
O teólogo F. F. Bruce, em seu comentário sobre Gálatas, afirma: "A história providencial de Deus preparou o mundo de tal maneira que o momento da encarnação era perfeito em termos políticos, culturais e espirituais. Israel esperava seu Messias, e o mundo gentio estava preparado para receber uma nova mensagem de esperança".
4. A Missão de Cristo no Mundo Caído
O Salvador veio para confrontar diretamente as consequências do pecado e trazer a redenção ao mundo. Jesus, como o Messias, inaugurou o Reino de Deus, restaurando a criação ao seu estado original e trazendo cura espiritual e física. Isaías 61.1-2, que Jesus citou em Lucas 4.18-19, descreve sua missão: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração... a apregoar o ano aceitável do Senhor.”
Jesus veio para restaurar a relação entre Deus e a humanidade, rompida pelo pecado. Romanos 5.12-19 traça um paralelo entre a queda de Adão e a redenção de Cristo, mostrando que onde o pecado abundou, a graça superabundou. Jesus é descrito como o "último Adão" (1 Coríntios 15.45), cuja obediência e sacrifício trouxeram vida eterna e reconciliação.
5. Conclusão: O Cumprimento das Profecias e o Plano de Deus
A vinda de Cristo não foi uma resposta emergencial ao pecado, mas a realização do plano eterno de Deus para a redenção da humanidade. Desde o Éden, Deus prometeu a vinda de um Salvador, e ao longo dos séculos, os profetas anunciaram com crescente clareza como seria esse Messias. A plenitude dos tempos revela a soberania de Deus e o Seu controle sobre a história. Como escreveu Wayne Grudem em “Teologia Sistemática”, “Deus preparou e governou a história de tal forma que o nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo ocorreram exatamente no momento certo, para o benefício máximo da humanidade.”
Portanto, o advento de Cristo é o ponto culminante do plano redentor de Deus, uma manifestação de Seu amor e justiça, em que o pecado foi confrontado e a humanidade recebeu uma nova esperança através do Messias prometido.
A introdução da manifestação do Salvador é um tema central na história da redenção, e os profetas do Antigo Testamento prepararam o cenário espiritual e histórico para a chegada de Cristo. O plano de Deus foi revelado progressivamente ao longo da história, culminando no advento do Messias em um momento estratégico da humanidade. Essa realidade reflete a soberania divina e Sua paciência ao lidar com a humanidade caída. Vamos analisar essa introdução de forma bíblica e teológica, com o suporte de referências escriturísticas e opiniões de estudiosos cristãos.
1. A Promessa Profética do Messias
Desde o início, a vinda do Salvador foi prometida. Logo após a queda no Éden, Deus faz a primeira referência ao Messias em Gênesis 3.15, quando anuncia que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente: “E porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Este versículo, conhecido como o Protoevangelium, é a primeira profecia messiânica, apontando para a redenção final que Cristo traria.
Os profetas subsequentes continuaram a revelar mais sobre esse Salvador prometido. Isaías 9.6 anunciou o nascimento de um Filho que seria o “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”, evidenciando tanto a natureza divina quanto o reinado eterno de Jesus. Da mesma forma, Miquéias 5.2 prediz que o Messias nasceria em Belém, uma pequena cidade de Judá, destacando que Deus escolhe o improvável para realizar Seus planos soberanos.
2. O Mundo Caído e a Necessidade do Messias
O mundo em que Cristo entrou era um reflexo da degradação espiritual e moral causada pela introdução do pecado. Desde Adão, a raça humana se distanciou do propósito original de Deus, afetando tanto a criação quanto a vida humana. Romanos 8.20-22 nos ensina que "a criação foi sujeita à vaidade", gemendo com dores de parto até que a redenção se manifestasse plenamente.
Os profetas descreveram o estado espiritual de Israel e das nações como sombrio e desesperador. Em Isaías 59.2, o pecado é descrito como um divisor entre Deus e o homem: “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus.” O Antigo Testamento testemunha o fracasso da humanidade em viver em aliança com Deus, o que enfatiza a necessidade de uma intervenção divina.
Os estudiosos apontam que a história do Antigo Testamento é, em grande parte, uma história de fracasso humano em contraste com a fidelidade de Deus. No livro “Cristo nas Escrituras”, o autor John Stott observa que "as promessas e a lei de Deus foram dadas para expor a incapacidade humana e preparar o caminho para a vinda de Cristo, o cumprimento de todas as promessas divinas".
3. A Plenitude dos Tempos
A expressão "plenitude dos tempos" em Gálatas 4.4 revela que o advento do Messias ocorreu no momento exato determinado por Deus. Paulo afirma: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei". Este "tempo" não foi arbitrário, mas o ponto culminante de uma série de eventos históricos, espirituais e culturais. O contexto do mundo mediterrâneo, com a Pax Romana, as estradas romanas que facilitavam a disseminação do Evangelho, e a disseminação do grego como língua franca, criou o ambiente perfeito para a vinda de Cristo.
O teólogo F. F. Bruce, em seu comentário sobre Gálatas, afirma: "A história providencial de Deus preparou o mundo de tal maneira que o momento da encarnação era perfeito em termos políticos, culturais e espirituais. Israel esperava seu Messias, e o mundo gentio estava preparado para receber uma nova mensagem de esperança".
4. A Missão de Cristo no Mundo Caído
O Salvador veio para confrontar diretamente as consequências do pecado e trazer a redenção ao mundo. Jesus, como o Messias, inaugurou o Reino de Deus, restaurando a criação ao seu estado original e trazendo cura espiritual e física. Isaías 61.1-2, que Jesus citou em Lucas 4.18-19, descreve sua missão: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração... a apregoar o ano aceitável do Senhor.”
Jesus veio para restaurar a relação entre Deus e a humanidade, rompida pelo pecado. Romanos 5.12-19 traça um paralelo entre a queda de Adão e a redenção de Cristo, mostrando que onde o pecado abundou, a graça superabundou. Jesus é descrito como o "último Adão" (1 Coríntios 15.45), cuja obediência e sacrifício trouxeram vida eterna e reconciliação.
5. Conclusão: O Cumprimento das Profecias e o Plano de Deus
A vinda de Cristo não foi uma resposta emergencial ao pecado, mas a realização do plano eterno de Deus para a redenção da humanidade. Desde o Éden, Deus prometeu a vinda de um Salvador, e ao longo dos séculos, os profetas anunciaram com crescente clareza como seria esse Messias. A plenitude dos tempos revela a soberania de Deus e o Seu controle sobre a história. Como escreveu Wayne Grudem em “Teologia Sistemática”, “Deus preparou e governou a história de tal forma que o nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo ocorreram exatamente no momento certo, para o benefício máximo da humanidade.”
Portanto, o advento de Cristo é o ponto culminante do plano redentor de Deus, uma manifestação de Seu amor e justiça, em que o pecado foi confrontado e a humanidade recebeu uma nova esperança através do Messias prometido.
1. ANTECEDENTES HISTÓRICOS
1.1. Do Éden à Palestina
Após a expulsão de Adão e Eva, a humanidade decaiu rapidamente, de modo que Deus decidiu destruir a raça humana, exceto Noé e sua família (Gn 6). Séculos depois, o Senhor chamou Abraão, que deu origem a Israel, o povo do Messias (Gn 12). Israel foi escravizado no Egito, mas libertado e levado à Terra Prometida. Israel viveu uma teocracia sob os Juízes e depois adotou a monarquia, dividindo-se em Reino do Norte e Reino do Sul. O Norte foi levado cativo pela Assíria em 722 a.C., e o Sul, pela Babilônia em 586 a.C. Os persas conquistaram a Babilônia, permitindo o retorno dos judeus em 538 a.C. Sob os gregos e depois os romanos, a Palestina foi dominada por vários impérios até a independência breve dos macabeus.
1.2. A Palestina nos tempos do Messias
Os quatro Evangelhos pontuam que o ministério de Cristo se desenvolveu, principalmente, nos arredores do mar da Galileia. Seus ensinos atraíam multidões da Galileia, Judeia, Jerusalém e das terras além do Jordão, como Tiro e Sidom. Deve-se acrescentar, aqui, a província de Samaria, que tinha certa importância no cenário geopolítico (Lc 17.11; Jo 4; At 1.8; 9.31).
______________________________
As planícies costeiras da primitiva Canaã conquistada por Josué eram habita- das pelos filisteus desde os tempos de Abraão. povo não semita proveniente da região do mar Egeu. Por essa razão, a terra recebeu o nome de Filístia (Ex 15.14; Is 14.29; JI 3.4), à qual os conquistadores romanos deram o nome latino de Palestina termo que passou a designar todo o território israelita.
______________________________
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1.1. Do Éden à Palestina
Após a queda de Adão e Eva no Éden (Gênesis 3), a humanidade passou a experimentar as consequências do pecado. A corrupção moral cresceu de tal forma que, em Gênesis 6, Deus decide destruir a humanidade com o Dilúvio, poupando apenas Noé, sua família e os animais na arca. A aliança de Deus com Noé (Gênesis 9) marca uma nova etapa da história humana, em que a criação foi preservada e restaurada, mas o pecado continuou seu curso destrutivo.
A Chamada de Abraão
Cerca de 2.000 anos depois da criação, Deus escolhe Abraão, em Gênesis 12, para ser o patriarca de uma grande nação, prometendo-lhe descendência, terra e bênção universal. Abraão se torna o antepassado de Israel, o povo que traria o Messias. O pacto abrahâmico marca o início da história de Israel, uma nação escolhida por Deus para ser um canal de bênção para o mundo.
A Escravidão no Egito e o Êxodo
O relato bíblico de Gênesis 37-50 narra como os descendentes de Abraão (através de seu neto Jacó, também chamado de Israel) foram parar no Egito, inicialmente como refugiados por causa da fome. Porém, com o passar dos séculos, eles se tornaram escravos sob o faraó. O Êxodo é um ponto de virada na história de Israel, quando Deus usa Moisés para libertar o povo da escravidão (Êxodo 3-14). A saída do Egito e o recebimento da Lei no Sinai formaram a identidade teológica e espiritual de Israel como o povo da aliança (Êxodo 19-24).
Teocracia e Monarquia
Após entrar na Terra Prometida sob a liderança de Josué, Israel viveu um período de teocracia, governada por juízes, líderes levantados por Deus para libertar o povo das opressões externas e internas (veja o livro de Juízes). Com o tempo, o povo exigiu um rei, e assim Deus concede Saul como o primeiro rei, seguido por Davi, com quem Deus fez uma aliança eterna, prometendo que de sua linhagem viria o Messias (2 Samuel 7). O reinado de Davi e, posteriormente, de Salomão, trouxe prosperidade, mas também foi marcado por divisões internas.
A Divisão do Reino e o Exílio
Após a morte de Salomão, o reino se dividiu em Reino do Norte (Israel) e Reino do Sul (Judá). A idolatria e a desobediência levaram Israel ao cativeiro. Israel foi levado cativo pela Assíria em 722 a.C. (2 Reis 17.6), enquanto Judá foi exilado pela Babilônia em 586 a.C. (2 Reis 25). Esses eventos são vistos pelos profetas como um julgamento de Deus por causa da desobediência da nação.
O Retorno do Exílio e a Dominação Estrangeira
Os judeus exilados em Babilônia começaram a retornar à Terra Prometida em 538 a.C., quando Ciro, o rei da Pérsia, permitiu o retorno sob líderes como Esdras e Neemias (Esdras 1-2). A Palestina, no entanto, passou a ser dominada por vários impérios: primeiro os persas, depois os gregos (sob Alexandre, o Grande) e, posteriormente, os romanos. Durante este período, Israel manteve uma breve independência sob os macabeus (167-63 a.C.), antes de ser definitivamente subjugado pelos romanos.
1.2. A Palestina nos Tempos do Messias
Durante o período do Novo Testamento, a Palestina estava sob controle romano. Os quatro Evangelhos mostram que o ministério de Jesus ocorreu majoritariamente na Galileia, com incursões em áreas vizinhas como a Samaria e a Judeia. Mateus 4.23-25 e Lucas 5.1-3 descrevem como multidões de toda a região seguiam Jesus por causa de seus ensinamentos e milagres.
A Galileia era uma região rural e desprezada, mas foi o cenário de grande parte do ministério de Jesus, evidenciando como Deus frequentemente usa os improváveis para realizar seus planos. Samaria, por sua vez, era habitada por samaritanos, um grupo etnicamente misturado e religiosamente dissidente, muitas vezes hostilizado pelos judeus (João 4). Mesmo assim, Jesus não evitou essa região, e seu encontro com a mulher samaritana (João 4) revela sua missão universal.
A Província de Samaria e a Geopolítica
Nos tempos de Jesus, a Samaria era uma província que representava uma importante rota de comércio e de trânsito entre o norte e o sul da Palestina. Apesar do desprezo mútuo entre judeus e samaritanos, Jesus destacou a importância desta região ao usar um samaritano como exemplo no ensino sobre o amor ao próximo (Lucas 10.25-37).
A Terra dos Filisteus e a Designação Palestina
Os filisteus eram um povo não semita que habitava as planícies costeiras da Palestina desde o tempo de Abraão (Gênesis 21.32-34). Eles eram inimigos históricos de Israel e, após sua derrota, a terra que habitavam passou a ser conhecida como Filístia, que posteriormente foi latinizado pelos romanos como Palestina. O uso do termo “Palestina” acabou por designar toda a Terra de Israel, uma nomeação que os romanos adotaram após as revoltas judaicas do primeiro e segundo séculos d.C.
Conclusão
Os antecedentes históricos do Éden à Palestina nos tempos de Cristo são fundamentais para entender a profundidade da redenção e o cumprimento das promessas de Deus. A terra e o povo de Israel estiveram no centro do plano divino de redenção, e o Messias entrou nesse cenário, trazendo a promessa de salvação e estabelecendo o Reino de Deus entre os homens. A Palestina, nos tempos de Jesus, se tornou o local estratégico de um movimento global, onde a boa nova do Evangelho seria proclamada e transformaria o mundo.
1.1. Do Éden à Palestina
Após a queda de Adão e Eva no Éden (Gênesis 3), a humanidade passou a experimentar as consequências do pecado. A corrupção moral cresceu de tal forma que, em Gênesis 6, Deus decide destruir a humanidade com o Dilúvio, poupando apenas Noé, sua família e os animais na arca. A aliança de Deus com Noé (Gênesis 9) marca uma nova etapa da história humana, em que a criação foi preservada e restaurada, mas o pecado continuou seu curso destrutivo.
A Chamada de Abraão
Cerca de 2.000 anos depois da criação, Deus escolhe Abraão, em Gênesis 12, para ser o patriarca de uma grande nação, prometendo-lhe descendência, terra e bênção universal. Abraão se torna o antepassado de Israel, o povo que traria o Messias. O pacto abrahâmico marca o início da história de Israel, uma nação escolhida por Deus para ser um canal de bênção para o mundo.
A Escravidão no Egito e o Êxodo
O relato bíblico de Gênesis 37-50 narra como os descendentes de Abraão (através de seu neto Jacó, também chamado de Israel) foram parar no Egito, inicialmente como refugiados por causa da fome. Porém, com o passar dos séculos, eles se tornaram escravos sob o faraó. O Êxodo é um ponto de virada na história de Israel, quando Deus usa Moisés para libertar o povo da escravidão (Êxodo 3-14). A saída do Egito e o recebimento da Lei no Sinai formaram a identidade teológica e espiritual de Israel como o povo da aliança (Êxodo 19-24).
Teocracia e Monarquia
Após entrar na Terra Prometida sob a liderança de Josué, Israel viveu um período de teocracia, governada por juízes, líderes levantados por Deus para libertar o povo das opressões externas e internas (veja o livro de Juízes). Com o tempo, o povo exigiu um rei, e assim Deus concede Saul como o primeiro rei, seguido por Davi, com quem Deus fez uma aliança eterna, prometendo que de sua linhagem viria o Messias (2 Samuel 7). O reinado de Davi e, posteriormente, de Salomão, trouxe prosperidade, mas também foi marcado por divisões internas.
A Divisão do Reino e o Exílio
Após a morte de Salomão, o reino se dividiu em Reino do Norte (Israel) e Reino do Sul (Judá). A idolatria e a desobediência levaram Israel ao cativeiro. Israel foi levado cativo pela Assíria em 722 a.C. (2 Reis 17.6), enquanto Judá foi exilado pela Babilônia em 586 a.C. (2 Reis 25). Esses eventos são vistos pelos profetas como um julgamento de Deus por causa da desobediência da nação.
O Retorno do Exílio e a Dominação Estrangeira
Os judeus exilados em Babilônia começaram a retornar à Terra Prometida em 538 a.C., quando Ciro, o rei da Pérsia, permitiu o retorno sob líderes como Esdras e Neemias (Esdras 1-2). A Palestina, no entanto, passou a ser dominada por vários impérios: primeiro os persas, depois os gregos (sob Alexandre, o Grande) e, posteriormente, os romanos. Durante este período, Israel manteve uma breve independência sob os macabeus (167-63 a.C.), antes de ser definitivamente subjugado pelos romanos.
1.2. A Palestina nos Tempos do Messias
Durante o período do Novo Testamento, a Palestina estava sob controle romano. Os quatro Evangelhos mostram que o ministério de Jesus ocorreu majoritariamente na Galileia, com incursões em áreas vizinhas como a Samaria e a Judeia. Mateus 4.23-25 e Lucas 5.1-3 descrevem como multidões de toda a região seguiam Jesus por causa de seus ensinamentos e milagres.
A Galileia era uma região rural e desprezada, mas foi o cenário de grande parte do ministério de Jesus, evidenciando como Deus frequentemente usa os improváveis para realizar seus planos. Samaria, por sua vez, era habitada por samaritanos, um grupo etnicamente misturado e religiosamente dissidente, muitas vezes hostilizado pelos judeus (João 4). Mesmo assim, Jesus não evitou essa região, e seu encontro com a mulher samaritana (João 4) revela sua missão universal.
A Província de Samaria e a Geopolítica
Nos tempos de Jesus, a Samaria era uma província que representava uma importante rota de comércio e de trânsito entre o norte e o sul da Palestina. Apesar do desprezo mútuo entre judeus e samaritanos, Jesus destacou a importância desta região ao usar um samaritano como exemplo no ensino sobre o amor ao próximo (Lucas 10.25-37).
A Terra dos Filisteus e a Designação Palestina
Os filisteus eram um povo não semita que habitava as planícies costeiras da Palestina desde o tempo de Abraão (Gênesis 21.32-34). Eles eram inimigos históricos de Israel e, após sua derrota, a terra que habitavam passou a ser conhecida como Filístia, que posteriormente foi latinizado pelos romanos como Palestina. O uso do termo “Palestina” acabou por designar toda a Terra de Israel, uma nomeação que os romanos adotaram após as revoltas judaicas do primeiro e segundo séculos d.C.
Conclusão
Os antecedentes históricos do Éden à Palestina nos tempos de Cristo são fundamentais para entender a profundidade da redenção e o cumprimento das promessas de Deus. A terra e o povo de Israel estiveram no centro do plano divino de redenção, e o Messias entrou nesse cenário, trazendo a promessa de salvação e estabelecendo o Reino de Deus entre os homens. A Palestina, nos tempos de Jesus, se tornou o local estratégico de um movimento global, onde a boa nova do Evangelho seria proclamada e transformaria o mundo.
2. INSTÂNCIAS DE PODER POLÍTICO NA PALESTINA
2.1. Os imperadores
O Império Romano dominava a Palestina antes do nascimento de Jesus, com os imperadores romanos (ou césares) simbolizando o poder máximo na região. Alguns deles aparecem no Novo Testamento:
• Otávio Augusto - imperador no nascimento de Jesus, conhecido por seu decreto de recenseamento (Lc 2.1); governou entre 27 e 14 a.C;
• Tibério - sucessor de Augusto, sob cujo governo João Batista iniciou seu ministério (Lc 3.1), o que deve corresponder ao ano 28 ou 29 d.C; foi o imperador em exercício durante o ministério terreno de Cristo, incluindo Sua prisão, morte e ressurreição;
• Cláudio César - citado duas vezes no Novo Testamento (At 11.28; 18.2); governou de 41 a 54 d.C.;
• Nero - conhecido por perseguir cristãos; Paulo apelou a ele quando preso (At 25.11). Paulo e Pedro foram martirizados sob seu governo; governou de 54 a 68 d.C.
______________________________
Historiadores suspeitam que o famoso incêndio de Roma, do qual os cristãos foram acusados, foi na verdade ordenado por Nero.
______________________________
2.2. Os herodes
O título herodes representava uma dinastia de governantes políticos que dominaram os judeus entre 37 a.C. e o início do século I d.C. Eles ocuparam o trono de forma ilegítima. com o apoio romano, e administraram questões religiosas e legais sob o comando do império. Nos registros neotestamentários, há seis personagens distintos chamados Herodes:
• Herodes, o Grande - foi quem decretou a morte de todas as crianças de Belém (Mt 2.1-18);
• Arquelau, filho de Herodes, o Grande - José e Maria, que haviam fugido para o Egito, regressaram para o seu país durante o reinado de Arquelau (Mt 2.22);
• Antipas, irmão de Arquelau, mais conhecido como Herodes, o Tetrarca (Lc 3.19) - foi quem ordenou a prisão e execução de João Batista (Mt 14.1-11) e a quem Pilatos encaminhou o julgamento de Jesus (Lc 23.7-12);
• Filipe, nomeado tetrarca da Itureia conites (Lc 3.1);
• Agripa I, neto de Herodes, o Grande, sobrinho de Antipas e irmão de Herodias - foi quem mandou matar Tiago, irmão de João (At 12.2,3), e teve uma morte terrível (At 12.23);
• Agripa II, filho de Agripa I - foi quem teve um encontro com Paulo em Cesareia, onde o apostolo aguardava julgamento em Roma (At 25.13-26.32).
2.3. Os procuradores
Eram representantes do imperador e de seus mais elevados interesses políticos na Palestina e demais territórios conquistados. Desses oficiais, três aparecem com destaque no Novo Testamento.
• Pilatos - ficou conhecido por sua atuação no julgamento de Jesus (Jo 18.28-31-19.22);
• Felício (ou Félix) - residia em Cesareia quando Paulo chegou acompanhado por uma escolta romana (At 23.24-27);
• Pórcio Festo - foi sucessor de Félix e quem enviou Paulo para ser julgado em Roma (At 24.27).
2.4. O Sinédrio
O Sinédrio (gr. sinédrion = "lugar onde se está sentado" ou "assembleia") era uma instituição judaica que possuía autoridade sobre os assuntos religiosos e administrativos da nação.
Era considerado, pelos judeus, como uma espécie de suprema corte judicial de Jerusalém, na qual eram julgados os crimes contra a Lei Mosaica e onde se estabeleciam as doutrinas que influenciavam os mais diferentes aspectos da vida moral e religiosa.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Aqui está uma análise detalhada e profunda das instâncias de poder político na Palestina durante o período do Novo Testamento:
2.1. Os Imperadores Romanos
O poder máximo na Palestina, durante o tempo de Jesus e a Igreja primitiva, era exercido pelos imperadores romanos, ou césares. Eles governavam um vasto império que incluía a Palestina e outras regiões da Judeia, controlando-as diretamente ou por meio de procuradores e governadores locais.
Otávio Augusto (27 a.C. – 14 d.C.)
Otávio, conhecido como César Augusto, foi o primeiro imperador romano, e seu governo trouxe relativa paz ao Império Romano (a Pax Romana). Ele é mencionado na Bíblia em Lucas 2.1, quando ordenou o recenseamento que levou José e Maria a Belém, onde Jesus nasceu. Esse decreto cumpriu a profecia de Miqueias 5.2, que predisse que o Messias nasceria em Belém.
Tibério (14-37 d.C.)
O sucessor de Augusto, Tibério, é mencionado em Lucas 3.1 no contexto do início do ministério de João Batista, e ele estava no poder durante o ministério de Jesus. Foi sob o governo de Tibério que ocorreram a prisão, o julgamento e a crucificação de Jesus. Seu governo foi marcado por incertezas políticas e pela delegação de poder a seus subordinados, como Pôncio Pilatos.
Cláudio (41-54 d.C.)
Cláudio César é citado em Atos 11.28 e 18.2, quando se refere à sua ordem para que todos os judeus deixassem Roma. Este evento explica a presença de Priscila e Áquila em Corinto, após serem expulsos de Roma. O período de Cláudio é marcado pela expansão do cristianismo, e as viagens missionárias de Paulo ocorreram em parte sob seu governo.
Nero (54-68 d.C.)
Nero é lembrado principalmente por sua perseguição brutal aos cristãos. O apóstolo Paulo apelou a ele durante sua prisão, como relatado em Atos 25.11, e acredita-se que tanto Paulo quanto Pedro foram martirizados sob seu governo. Nero é famoso por acusar os cristãos pelo incêndio de Roma em 64 d.C., uma acusação que deu início a uma intensa perseguição à nova fé cristã. Alguns historiadores especulam que o incêndio foi causado pelo próprio Nero para justificar a reconstrução da cidade.
2.2. Os Herodes
A dinastia dos Herodes governou a Judeia como reis-clientes dos romanos. Eles foram nomeados por Roma para manter a ordem e administrar a Palestina sob a supervisão do Império Romano.
Herodes, o Grande (37 a.C. – 4 a.C.)
Ele é famoso no Novo Testamento por ordenar o massacre das crianças em Belém, em uma tentativa de matar o recém-nascido Jesus (Mateus 2.1-18). Herodes era conhecido por suas grandes construções, incluindo a renovação do Templo em Jerusalém, mas também por sua crueldade e paranoia, inclusive matando membros de sua própria família.
Arquelau (4 a.C. – 6 d.C.)
Filho de Herodes, governou como etnarca da Judeia, Samaria e Idumeia. Em Mateus 2.22, José e Maria evitam a Judeia quando souberam que Arquelau estava no poder, devido à sua fama de crueldade. Ele foi deposto pelos romanos e substituído por procuradores.
Herodes Antipas (4 a.C. – 39 d.C.)
Mais conhecido como Herodes, o Tetrarca, governou a Galileia e a Pereia. Ele é mencionado no Novo Testamento por prender João Batista (Lucas 3.19) e ordenar sua execução (Mateus 14.1-11). Ele também desempenhou um papel no julgamento de Jesus, quando Pilatos enviou Jesus para ser interrogado por ele (Lucas 23.7-12).
Herodes Filipe (4 a.C. – 34 d.C.)
Outro filho de Herodes, governou a região de Itureia e Traconites, mencionada em Lucas 3.1. Embora menos envolvido nos eventos do Novo Testamento, sua administração foi considerada relativamente estável.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.)
Neto de Herodes, o Grande, ele é mencionado em Atos 12.2-3 por ordenar a morte do apóstolo Tiago e perseguir a Igreja primitiva. Ele teve uma morte dramática, sendo comido por vermes, como registrado em Atos 12.23, após aceitar adoração como um deus.
Herodes Agripa II (50-93 d.C.)
Filho de Herodes Agripa I, ele é mencionado no julgamento de Paulo em Atos 25.13-26.32, onde Paulo testemunhou perante ele em Cesareia. Embora Agripa tenha considerado Paulo inocente, ele deixou o julgamento para ser decidido por César em Roma.
2.3. Os Procuradores
Os procuradores romanos eram oficiais designados para supervisionar as províncias mais problemáticas do Império Romano, como a Judeia, onde havia constantes tensões entre os judeus e o governo romano.
Pôncio Pilatos (26-36 d.C.)
Pilatos foi o procurador romano mais conhecido na história cristã por sua atuação no julgamento e crucificação de Jesus. Nos Evangelhos, ele é descrito como alguém que, embora inicialmente hesitante em condenar Jesus, acabou cedendo à pressão das autoridades judaicas e das multidões (João 18.28-19.22). Historicamente, Pilatos é conhecido por sua dureza em governar e pela sua eventual remoção do cargo por ordem de Roma.
Félix (52-58 d.C.)
Félix, mencionado em Atos 23.24-27, foi um procurador notório por sua corrupção. Ele prendeu Paulo e, por dois anos, adiou seu julgamento na esperança de receber um suborno.
Pórcio Festo (58-62 d.C.)
Sucessor de Félix, Festo é mencionado em Atos 24.27 como o procurador que, após ouvir o caso de Paulo, decidiu enviá-lo a Roma para ser julgado, cumprindo assim o desejo de Paulo de apelar a César.
2.4. O Sinédrio
O Sinédrio era a mais alta corte judaica, composta por líderes religiosos, sacerdotes e anciãos. Ele exercia autoridade sobre os judeus em assuntos religiosos e civis, embora sob a supervisão romana.
Poder e Função
O Sinédrio tinha o poder de julgar casos relacionados à Lei Mosaica, incluindo questões de heresia e crimes religiosos. Um dos julgamentos mais notórios realizados pelo Sinédrio foi o de Jesus, acusado de blasfêmia (Mateus 26.57-66). Posteriormente, o Sinédrio também julgou os apóstolos, como Pedro e João, e perseguia os cristãos primitivos (Atos 4.1-21; 5.27-40).
Conclusão
A Palestina, nos tempos do Novo Testamento, era uma região de complexa interação entre o poder romano e as autoridades judaicas. O Império Romano impunha sua dominação através de imperadores, procuradores e governantes-clientes como os Herodes, enquanto o Sinédrio mantinha uma medida de controle sobre os assuntos religiosos e civis dos judeus. Nesse contexto de opressão e conflito, Jesus ministrou, confrontando as autoridades religiosas e trazendo a mensagem do Reino de Deus.
Aqui está uma análise detalhada e profunda das instâncias de poder político na Palestina durante o período do Novo Testamento:
2.1. Os Imperadores Romanos
O poder máximo na Palestina, durante o tempo de Jesus e a Igreja primitiva, era exercido pelos imperadores romanos, ou césares. Eles governavam um vasto império que incluía a Palestina e outras regiões da Judeia, controlando-as diretamente ou por meio de procuradores e governadores locais.
Otávio Augusto (27 a.C. – 14 d.C.)
Otávio, conhecido como César Augusto, foi o primeiro imperador romano, e seu governo trouxe relativa paz ao Império Romano (a Pax Romana). Ele é mencionado na Bíblia em Lucas 2.1, quando ordenou o recenseamento que levou José e Maria a Belém, onde Jesus nasceu. Esse decreto cumpriu a profecia de Miqueias 5.2, que predisse que o Messias nasceria em Belém.
Tibério (14-37 d.C.)
O sucessor de Augusto, Tibério, é mencionado em Lucas 3.1 no contexto do início do ministério de João Batista, e ele estava no poder durante o ministério de Jesus. Foi sob o governo de Tibério que ocorreram a prisão, o julgamento e a crucificação de Jesus. Seu governo foi marcado por incertezas políticas e pela delegação de poder a seus subordinados, como Pôncio Pilatos.
Cláudio (41-54 d.C.)
Cláudio César é citado em Atos 11.28 e 18.2, quando se refere à sua ordem para que todos os judeus deixassem Roma. Este evento explica a presença de Priscila e Áquila em Corinto, após serem expulsos de Roma. O período de Cláudio é marcado pela expansão do cristianismo, e as viagens missionárias de Paulo ocorreram em parte sob seu governo.
Nero (54-68 d.C.)
Nero é lembrado principalmente por sua perseguição brutal aos cristãos. O apóstolo Paulo apelou a ele durante sua prisão, como relatado em Atos 25.11, e acredita-se que tanto Paulo quanto Pedro foram martirizados sob seu governo. Nero é famoso por acusar os cristãos pelo incêndio de Roma em 64 d.C., uma acusação que deu início a uma intensa perseguição à nova fé cristã. Alguns historiadores especulam que o incêndio foi causado pelo próprio Nero para justificar a reconstrução da cidade.
2.2. Os Herodes
A dinastia dos Herodes governou a Judeia como reis-clientes dos romanos. Eles foram nomeados por Roma para manter a ordem e administrar a Palestina sob a supervisão do Império Romano.
Herodes, o Grande (37 a.C. – 4 a.C.)
Ele é famoso no Novo Testamento por ordenar o massacre das crianças em Belém, em uma tentativa de matar o recém-nascido Jesus (Mateus 2.1-18). Herodes era conhecido por suas grandes construções, incluindo a renovação do Templo em Jerusalém, mas também por sua crueldade e paranoia, inclusive matando membros de sua própria família.
Arquelau (4 a.C. – 6 d.C.)
Filho de Herodes, governou como etnarca da Judeia, Samaria e Idumeia. Em Mateus 2.22, José e Maria evitam a Judeia quando souberam que Arquelau estava no poder, devido à sua fama de crueldade. Ele foi deposto pelos romanos e substituído por procuradores.
Herodes Antipas (4 a.C. – 39 d.C.)
Mais conhecido como Herodes, o Tetrarca, governou a Galileia e a Pereia. Ele é mencionado no Novo Testamento por prender João Batista (Lucas 3.19) e ordenar sua execução (Mateus 14.1-11). Ele também desempenhou um papel no julgamento de Jesus, quando Pilatos enviou Jesus para ser interrogado por ele (Lucas 23.7-12).
Herodes Filipe (4 a.C. – 34 d.C.)
Outro filho de Herodes, governou a região de Itureia e Traconites, mencionada em Lucas 3.1. Embora menos envolvido nos eventos do Novo Testamento, sua administração foi considerada relativamente estável.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.)
Neto de Herodes, o Grande, ele é mencionado em Atos 12.2-3 por ordenar a morte do apóstolo Tiago e perseguir a Igreja primitiva. Ele teve uma morte dramática, sendo comido por vermes, como registrado em Atos 12.23, após aceitar adoração como um deus.
Herodes Agripa II (50-93 d.C.)
Filho de Herodes Agripa I, ele é mencionado no julgamento de Paulo em Atos 25.13-26.32, onde Paulo testemunhou perante ele em Cesareia. Embora Agripa tenha considerado Paulo inocente, ele deixou o julgamento para ser decidido por César em Roma.
2.3. Os Procuradores
Os procuradores romanos eram oficiais designados para supervisionar as províncias mais problemáticas do Império Romano, como a Judeia, onde havia constantes tensões entre os judeus e o governo romano.
Pôncio Pilatos (26-36 d.C.)
Pilatos foi o procurador romano mais conhecido na história cristã por sua atuação no julgamento e crucificação de Jesus. Nos Evangelhos, ele é descrito como alguém que, embora inicialmente hesitante em condenar Jesus, acabou cedendo à pressão das autoridades judaicas e das multidões (João 18.28-19.22). Historicamente, Pilatos é conhecido por sua dureza em governar e pela sua eventual remoção do cargo por ordem de Roma.
Félix (52-58 d.C.)
Félix, mencionado em Atos 23.24-27, foi um procurador notório por sua corrupção. Ele prendeu Paulo e, por dois anos, adiou seu julgamento na esperança de receber um suborno.
Pórcio Festo (58-62 d.C.)
Sucessor de Félix, Festo é mencionado em Atos 24.27 como o procurador que, após ouvir o caso de Paulo, decidiu enviá-lo a Roma para ser julgado, cumprindo assim o desejo de Paulo de apelar a César.
2.4. O Sinédrio
O Sinédrio era a mais alta corte judaica, composta por líderes religiosos, sacerdotes e anciãos. Ele exercia autoridade sobre os judeus em assuntos religiosos e civis, embora sob a supervisão romana.
Poder e Função
O Sinédrio tinha o poder de julgar casos relacionados à Lei Mosaica, incluindo questões de heresia e crimes religiosos. Um dos julgamentos mais notórios realizados pelo Sinédrio foi o de Jesus, acusado de blasfêmia (Mateus 26.57-66). Posteriormente, o Sinédrio também julgou os apóstolos, como Pedro e João, e perseguia os cristãos primitivos (Atos 4.1-21; 5.27-40).
Conclusão
A Palestina, nos tempos do Novo Testamento, era uma região de complexa interação entre o poder romano e as autoridades judaicas. O Império Romano impunha sua dominação através de imperadores, procuradores e governantes-clientes como os Herodes, enquanto o Sinédrio mantinha uma medida de controle sobre os assuntos religiosos e civis dos judeus. Nesse contexto de opressão e conflito, Jesus ministrou, confrontando as autoridades religiosas e trazendo a mensagem do Reino de Deus.
3. CONDICIONAMENTOS SOCIAIS DA PALESTINA
Antes do advento do Messias, a Palestina enfrentava intensos conflitos devido a guerras, invasões e deportações. Essa turbulência causou instabilidade social e empobrecimento generalizado da população. Nos subtópicos seguintes, destacam-se outros elementos que compunham este cenário:
3.1. O pagamento de impostos
Durante o ministério terreno de Cristo, a Palestina enfrentou uma carga tributária consideravelmente alta. O próprio Cristo foi indagado várias vezes a respeito do pagamento de impostos (Mt 17.24-27; 22.21).
A cobrança abusiva de tributos naquela época, conforme apontam alguns estudiosos, era a causa principal da pobreza que se espalhou entre os povos conquistados durante o domínio romano na Judeia.
3.2. A relação entre os judeus e os demais povos
Para os judeus, todos os pagãos eram, em princípio, impuros e transmitiam impureza, por isso nenhum judeu deveria ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros (At 10.28). Era rigorosamente proibido a um judeu entrar na casa de um gentio e devia-se evitar comer com os pagãos (At 11.3; Gl 2.12). Jesus, todavia, criticou duramente essa postura (Mt 23.15).
3.3. A diáspora
A diáspora (gr. διασπορά = "dispersão") descreve o deslocamento, voluntário ou forçado, de um povo ao redor do mundo. Esse fenômeno teve um papel significativo do povo judeu. na história
O espalhamento do povo da aliança preparou o cenário para o advento do Messias, pois criou comunidades judaicas em várias regiões, facilitando a disseminação inicial do cristianismo e permitindo que a mensagem de Jesus Cristo alcançasse um público mais amplo e diversificado.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3. Condicionamentos Sociais da Palestina
Nos tempos de Jesus, a Palestina vivia sob o domínio romano, o que trouxe não apenas influência política e cultural, mas também implicações sociais e econômicas que impactaram profundamente a vida dos judeus. As guerras, invasões e deportações, especialmente o exílio babilônico e a posterior ocupação romana, deixaram a Palestina em um estado de instabilidade e empobrecimento. Vamos analisar três fatores que compunham esse cenário.
3.1. O Pagamento de Impostos
A carga tributária imposta aos povos conquistados pelo Império Romano, inclusive os judeus, era extremamente pesada. O sistema de impostos incluía tributos pagos ao império, além de taxas religiosas devidas ao Templo. Jesus foi questionado diversas vezes sobre o pagamento de impostos, como registrado em Mateus 17.24-27 e Mateus 22.21, onde Ele responde: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
O Sistema de Tributos Romanos
Os romanos usavam um sistema de coletores de impostos (publicanos), que muitas vezes exploravam a população ao cobrar além do necessário para enriquecerem. Isso gerava uma forte opressão econômica, sendo uma das causas principais da pobreza que se alastrava. Esta situação era ainda mais agravada pelos impostos religiosos que os judeus deviam pagar ao Templo, o que tornou a vida dos camponeses e dos mais pobres extremamente difícil.
Contexto bíblico: A figura do publicano é frequentemente mencionada nos Evangelhos, como no caso de Zaqueu (Lucas 19.2-8), um chefe dos publicanos que se arrepende de suas práticas injustas após seu encontro com Jesus.
3.2. A Relação Entre os Judeus e os Demais Povos
Os judeus da época de Jesus eram altamente segregacionistas em relação aos gentios (não-judeus). A Lei Mosaica, em seu zelo pela pureza ritual, proibia a convivência próxima com povos que consideravam impuros. Isso significava que os judeus evitavam ao máximo o contato com gentios, proibindo-se de entrar em suas casas ou de comer com eles. Esse comportamento era uma barreira social significativa, como vemos em Atos 10.28, quando Pedro diz: "Vós bem sabeis que é proibido a um judeu juntar-se ou aproximar-se de alguém de outra nação".
A Visão de Jesus
Jesus, no entanto, criticou essa postura exclusivista. Ele atravessou fronteiras sociais e religiosas ao se aproximar de samaritanos (João 4.7-26), gentios e pecadores. Sua mensagem de inclusão era radical, pois rejeitava as divisões tradicionais entre judeus e gentios. Em Mateus 23.15, Ele critica os líderes religiosos por seu legalismo e hipocrisia.
Exemplo bíblico: O encontro de Jesus com a mulher samaritana em João 4 é um exemplo claro de como Ele derrubou as barreiras sociais, desafiando a segregação entre judeus e samaritanos.
3.3. A Diáspora Judaica
A diáspora judaica, ou seja, a dispersão dos judeus para fora de Israel, foi um fator determinante no contexto social e religioso da Palestina. Este fenômeno, que começou com o exílio babilônico e se intensificou sob o domínio romano, resultou na formação de comunidades judaicas em várias partes do Império Romano. Estima-se que, no primeiro século, mais judeus viviam fora da Palestina do que dentro.
Impacto na Expansão do Cristianismo
A diáspora preparou o cenário para o advento do Messias e a posterior propagação do cristianismo. As sinagogas espalhadas por diversas cidades do império se tornaram o ponto de partida para a pregação de Jesus Cristo e dos apóstolos. Paulo, por exemplo, sempre começava sua pregação nas sinagogas das cidades que visitava, aproveitando-se da presença de judeus da diáspora que conheciam as Escrituras, como relatado em Atos 17.2.
Referência bíblica: Em Atos 2.5-11, no evento do Pentecostes, judeus da diáspora de várias nações estavam presentes em Jerusalém, o que ajudou a disseminar a mensagem do Evangelho após o derramamento do Espírito Santo.
Conclusão
Os condicionamentos sociais da Palestina durante o tempo de Jesus eram moldados por conflitos econômicos e culturais. A carga pesada de impostos e a relação segregacionista entre judeus e gentios refletiam um ambiente de opressão e divisão. No entanto, a mensagem de Cristo, pregando a justiça, o amor ao próximo e a inclusão, encontrou nesse cenário fértil solo para a transformação. A diáspora judaica foi providencial para a disseminação do Evangelho, permitindo que a mensagem de Jesus alcançasse judeus e gentios em todo o Império Romano.
3. Condicionamentos Sociais da Palestina
Nos tempos de Jesus, a Palestina vivia sob o domínio romano, o que trouxe não apenas influência política e cultural, mas também implicações sociais e econômicas que impactaram profundamente a vida dos judeus. As guerras, invasões e deportações, especialmente o exílio babilônico e a posterior ocupação romana, deixaram a Palestina em um estado de instabilidade e empobrecimento. Vamos analisar três fatores que compunham esse cenário.
3.1. O Pagamento de Impostos
A carga tributária imposta aos povos conquistados pelo Império Romano, inclusive os judeus, era extremamente pesada. O sistema de impostos incluía tributos pagos ao império, além de taxas religiosas devidas ao Templo. Jesus foi questionado diversas vezes sobre o pagamento de impostos, como registrado em Mateus 17.24-27 e Mateus 22.21, onde Ele responde: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
O Sistema de Tributos Romanos
Os romanos usavam um sistema de coletores de impostos (publicanos), que muitas vezes exploravam a população ao cobrar além do necessário para enriquecerem. Isso gerava uma forte opressão econômica, sendo uma das causas principais da pobreza que se alastrava. Esta situação era ainda mais agravada pelos impostos religiosos que os judeus deviam pagar ao Templo, o que tornou a vida dos camponeses e dos mais pobres extremamente difícil.
Contexto bíblico: A figura do publicano é frequentemente mencionada nos Evangelhos, como no caso de Zaqueu (Lucas 19.2-8), um chefe dos publicanos que se arrepende de suas práticas injustas após seu encontro com Jesus.
3.2. A Relação Entre os Judeus e os Demais Povos
Os judeus da época de Jesus eram altamente segregacionistas em relação aos gentios (não-judeus). A Lei Mosaica, em seu zelo pela pureza ritual, proibia a convivência próxima com povos que consideravam impuros. Isso significava que os judeus evitavam ao máximo o contato com gentios, proibindo-se de entrar em suas casas ou de comer com eles. Esse comportamento era uma barreira social significativa, como vemos em Atos 10.28, quando Pedro diz: "Vós bem sabeis que é proibido a um judeu juntar-se ou aproximar-se de alguém de outra nação".
A Visão de Jesus
Jesus, no entanto, criticou essa postura exclusivista. Ele atravessou fronteiras sociais e religiosas ao se aproximar de samaritanos (João 4.7-26), gentios e pecadores. Sua mensagem de inclusão era radical, pois rejeitava as divisões tradicionais entre judeus e gentios. Em Mateus 23.15, Ele critica os líderes religiosos por seu legalismo e hipocrisia.
Exemplo bíblico: O encontro de Jesus com a mulher samaritana em João 4 é um exemplo claro de como Ele derrubou as barreiras sociais, desafiando a segregação entre judeus e samaritanos.
3.3. A Diáspora Judaica
A diáspora judaica, ou seja, a dispersão dos judeus para fora de Israel, foi um fator determinante no contexto social e religioso da Palestina. Este fenômeno, que começou com o exílio babilônico e se intensificou sob o domínio romano, resultou na formação de comunidades judaicas em várias partes do Império Romano. Estima-se que, no primeiro século, mais judeus viviam fora da Palestina do que dentro.
Impacto na Expansão do Cristianismo
A diáspora preparou o cenário para o advento do Messias e a posterior propagação do cristianismo. As sinagogas espalhadas por diversas cidades do império se tornaram o ponto de partida para a pregação de Jesus Cristo e dos apóstolos. Paulo, por exemplo, sempre começava sua pregação nas sinagogas das cidades que visitava, aproveitando-se da presença de judeus da diáspora que conheciam as Escrituras, como relatado em Atos 17.2.
Referência bíblica: Em Atos 2.5-11, no evento do Pentecostes, judeus da diáspora de várias nações estavam presentes em Jerusalém, o que ajudou a disseminar a mensagem do Evangelho após o derramamento do Espírito Santo.
Conclusão
Os condicionamentos sociais da Palestina durante o tempo de Jesus eram moldados por conflitos econômicos e culturais. A carga pesada de impostos e a relação segregacionista entre judeus e gentios refletiam um ambiente de opressão e divisão. No entanto, a mensagem de Cristo, pregando a justiça, o amor ao próximo e a inclusão, encontrou nesse cenário fértil solo para a transformação. A diáspora judaica foi providencial para a disseminação do Evangelho, permitindo que a mensagem de Jesus alcançasse judeus e gentios em todo o Império Romano.
4. A RELIGIOSIDADE DOS JUDEUS NOS DIAS DO MESSIAS
4.1. O Templo
A religião judaica tinha como foco central o que eles consideravam a Casa de Deus. Tanto o Tabernáculo, construído no deserto por ordem divina (Ex 40), quanto o Templo, uma estrutura permanente erguida por iniciativa humana (1 Cr 28.2), serviram como o epicentro das práticas religiosas do povo judeu até sua completa destruição no ano 70 d.C.
4.2. A sinagoga
A sinagoga surgiu para atender às necessidades dos judeus que não podiam acessar o Templo. Essa instituição emergiu após a destruição do templo de Salomão.
Em uma terra estrangeira, os judeus buscavam manter sua vida religiosa, fato que os levou à gradual formação e estabelecimento das sinagogas. Mesmo após a reconstrução do Templo, as sinagogas continuaram a desempenhar um papel vital na comunidade judaica.
4.3. A classe sacerdotal
Os sacerdotes detinham a mais alta autoridade religiosa entre os judeus, com distintas categorias: os sumos sacerdotes, os sacerdotes e os levitas, todos descendentes da tribo de Levi. No entanto, os sumos sacerdotes e os sacerdotes deviam pertencer, também, à linhagem de Arão.
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Nos Evangelhos, apenas dois sumos sacerdotes são mencionados nominalmente: Anás e Caifás (Lc 3.2).
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4.4. Os escribas
Os escribas emergiram na Palestina após o exílio babilônico, principalmente influenciados por Esdras. Responsáveis por copiar e interpretar a Lei, eram também conhecidos como doutores e mestres. Estes desfrutavam de admiração, influência e prestígio entre o povo. No entanto, muitos se opuseram aos ensinamentos de Jesus, sendo criticados por sua abordagem legalista e hipócrita, como registrado em Mateus 23.29.
4.5. Os partidos religiosos
A busca fervorosa pela liberdade politica e pela autodeterminação nacional moldou profundamente a religião judaica, impulsionando o surgimento de partidos políticos, entre eles:
• os saduceus - consideravam apenas o Pentateuco como autoridade central: interpretavam a Lei de forma literal e consideravam o Templo e o sistema sacrificial um cumpri- mento das fiéis promessas de Deus para Israel (Mt 3.7; 16.1-12; 22.23,24; Mc 12.18-27; Lc 20.27-40);
• os fariseus - eram membros de uma numerosa e influente seita de judeus; eram praticantes da Torá; foram grandes expositores dos saduceus e, por motivos diferentes, também se opuseram a Cristo (Mt 3.7; 12.2; 15.1-20; 16.1-12; 22.34-40; 23.1-36);
• os zelotes - faziam parte de um movimento politico nacionalista que se opunha ao governo de Roma na Judeia: incentivavam e participavam ativamente de levantes em oposição a Roma; recusavam-se terminantemente a pagar impostos (Mt 10.4; Lc 6.15);
• os herodianos - eram assim chamados por serem partidários assalariados da dinastia de Herodes e estavam - naturalmente por obrigação - em contato direto com os saduceus (Mt 22.15-22; Mc 3.6); eram, antes de tudo, uma pequena associação politica, que despertava a antipatia do povo.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
4. A Religiosidade dos Judeus nos Dias do Messias
Nos tempos de Jesus, a religiosidade judaica estava profundamente entrelaçada com as instituições religiosas e com a expectativa messiânica. A religião permeava a vida cotidiana, moldando as práticas, as tradições e as divisões internas. Nesta seção, examinaremos as principais instituições religiosas e os grupos que influenciavam a sociedade judaica.
4.1. O Templo
O Templo de Jerusalém era o centro da vida religiosa dos judeus, considerado o lugar onde a presença de Deus habitava entre Seu povo. Desde a construção do Tabernáculo no deserto, conforme a ordem divina em Êxodo 40, até o Templo permanente erguido por Salomão, o Templo sempre foi o coração do culto judaico. Após a destruição do Primeiro Templo (586 a.C.), ele foi reconstruído no retorno do exílio e, mais tarde, amplamente reformado por Herodes, o Grande. No entanto, o Templo foi destruído pelos romanos em 70 d.C., como profetizado por Jesus em Mateus 24.2.
O Templo servia como o local de sacrifício e adoração, sendo o centro das festividades judaicas, como a Páscoa, o Pentecostes e o Dia da Expiação. No entanto, com a crescente influência de grupos como os fariseus e saduceus, o Templo tornou-se também um foco de disputas religiosas e políticas.
4.2. A Sinagoga
As sinagogas surgiram durante o exílio babilônico, quando os judeus foram impedidos de acessar o Templo. Elas se tornaram centros de estudo, oração e reunião comunitária. Mesmo após a reconstrução do Templo, as sinagogas mantiveram seu papel central nas comunidades judaicas, particularmente na diáspora.
Nos Evangelhos, Jesus frequentemente ensina nas sinagogas, como registrado em Lucas 4.16-30 e Marcos 1.21. As sinagogas eram fundamentais para a disseminação das Escrituras, e também representavam o local onde os escribas e fariseus exerciam sua influência.
4.3. A Classe Sacerdotal
A classe sacerdotal era composta por descendentes da tribo de Levi, com os sacerdotes sendo descendentes de Arão, irmão de Moisés. Eles tinham a responsabilidade de oferecer sacrifícios e cuidar do Templo. Dentro da hierarquia sacerdotal, o sumo sacerdote tinha a maior autoridade, sendo o único a entrar no Santo dos Santos no Dia da Expiação.
Os sacerdotes exerciam grande poder religioso e político, mas durante o período romano, o sumo sacerdócio tornou-se altamente politizado. Anás e Caifás, mencionados em Lucas 3.2, são exemplos de sumos sacerdotes que desempenharam papéis significativos nos eventos que levaram à crucificação de Jesus.
4.4. Os Escribas
Os escribas, também conhecidos como doutores da Lei, emergiram após o exílio babilônico e desempenharam um papel vital na interpretação e ensino da Lei Mosaica. Influenciados por Esdras, eles eram responsáveis pela cópia das Escrituras e pela preservação da tradição oral. Em Mateus 23.29, Jesus criticou severamente os escribas por seu legalismo e hipocrisia, chamando-os de “sepulcros caiados”.
Embora muitos escribas tivessem prestígio e influência, sua insistência em uma interpretação rigorosa da Lei frequentemente os colocava em conflito com Jesus, que ensinava uma espiritualidade mais profunda e centrada no coração, em vez de um mero cumprimento externo da Lei.
4.5. Os Partidos Religiosos
A religiosidade judaica era marcada pela presença de vários partidos que influenciavam a vida religiosa e política do povo. Cada grupo tinha uma visão distinta da Lei, da política e da religião.
- Saduceus: Eram a elite sacerdotal e aristocrática que controlava o Templo. Eles só aceitavam o Pentateuco como Escritura e não acreditavam em ressurreição ou anjos. Eram colaboracionistas com Roma e se opuseram fortemente a Jesus e aos apóstolos (cf. Mateus 22.23-24).
- Fariseus: Eram um grupo numeroso e influente, que interpretava a Lei de maneira mais rigorosa e incluía a tradição oral como parte essencial da vida religiosa. Embora fossem opositores de Jesus, muitos fariseus eram sinceros em sua devoção à Lei, como Nicodemos (cf. João 3.1-21). Jesus frequentemente os criticava por seu legalismo, mas também reconhecia seu zelo.
- Zelotes: Eram um movimento revolucionário que se opunha ao domínio romano, acreditando na necessidade de lutar pela liberdade de Israel. Um dos apóstolos de Jesus, Simão, era chamado de zelote (cf. Mateus 10.4).
- Herodianos: Eram um pequeno grupo político que apoiava a dinastia de Herodes, e portanto estavam em estreita aliança com os romanos. Eles se uniram aos fariseus em certas ocasiões para tentar prender Jesus, como registrado em Marcos 3.6.
Conclusão
A religiosidade dos judeus nos dias de Jesus estava profundamente marcada por instituições centrais, como o Templo e as sinagogas, e por divisões políticas e teológicas. A classe sacerdotal detinha grande poder, mas as disputas entre fariseus e saduceus, junto com a presença de movimentos como os zelotes e herodianos, contribuíram para um ambiente de tensão e expectativa messiânica. Jesus navegou nesse cenário desafiando as estruturas religiosas e políticas, trazendo uma mensagem de redenção que ia além dos limites impostos pela religião institucionalizada.
4. A Religiosidade dos Judeus nos Dias do Messias
Nos tempos de Jesus, a religiosidade judaica estava profundamente entrelaçada com as instituições religiosas e com a expectativa messiânica. A religião permeava a vida cotidiana, moldando as práticas, as tradições e as divisões internas. Nesta seção, examinaremos as principais instituições religiosas e os grupos que influenciavam a sociedade judaica.
4.1. O Templo
O Templo de Jerusalém era o centro da vida religiosa dos judeus, considerado o lugar onde a presença de Deus habitava entre Seu povo. Desde a construção do Tabernáculo no deserto, conforme a ordem divina em Êxodo 40, até o Templo permanente erguido por Salomão, o Templo sempre foi o coração do culto judaico. Após a destruição do Primeiro Templo (586 a.C.), ele foi reconstruído no retorno do exílio e, mais tarde, amplamente reformado por Herodes, o Grande. No entanto, o Templo foi destruído pelos romanos em 70 d.C., como profetizado por Jesus em Mateus 24.2.
O Templo servia como o local de sacrifício e adoração, sendo o centro das festividades judaicas, como a Páscoa, o Pentecostes e o Dia da Expiação. No entanto, com a crescente influência de grupos como os fariseus e saduceus, o Templo tornou-se também um foco de disputas religiosas e políticas.
4.2. A Sinagoga
As sinagogas surgiram durante o exílio babilônico, quando os judeus foram impedidos de acessar o Templo. Elas se tornaram centros de estudo, oração e reunião comunitária. Mesmo após a reconstrução do Templo, as sinagogas mantiveram seu papel central nas comunidades judaicas, particularmente na diáspora.
Nos Evangelhos, Jesus frequentemente ensina nas sinagogas, como registrado em Lucas 4.16-30 e Marcos 1.21. As sinagogas eram fundamentais para a disseminação das Escrituras, e também representavam o local onde os escribas e fariseus exerciam sua influência.
4.3. A Classe Sacerdotal
A classe sacerdotal era composta por descendentes da tribo de Levi, com os sacerdotes sendo descendentes de Arão, irmão de Moisés. Eles tinham a responsabilidade de oferecer sacrifícios e cuidar do Templo. Dentro da hierarquia sacerdotal, o sumo sacerdote tinha a maior autoridade, sendo o único a entrar no Santo dos Santos no Dia da Expiação.
Os sacerdotes exerciam grande poder religioso e político, mas durante o período romano, o sumo sacerdócio tornou-se altamente politizado. Anás e Caifás, mencionados em Lucas 3.2, são exemplos de sumos sacerdotes que desempenharam papéis significativos nos eventos que levaram à crucificação de Jesus.
4.4. Os Escribas
Os escribas, também conhecidos como doutores da Lei, emergiram após o exílio babilônico e desempenharam um papel vital na interpretação e ensino da Lei Mosaica. Influenciados por Esdras, eles eram responsáveis pela cópia das Escrituras e pela preservação da tradição oral. Em Mateus 23.29, Jesus criticou severamente os escribas por seu legalismo e hipocrisia, chamando-os de “sepulcros caiados”.
Embora muitos escribas tivessem prestígio e influência, sua insistência em uma interpretação rigorosa da Lei frequentemente os colocava em conflito com Jesus, que ensinava uma espiritualidade mais profunda e centrada no coração, em vez de um mero cumprimento externo da Lei.
4.5. Os Partidos Religiosos
A religiosidade judaica era marcada pela presença de vários partidos que influenciavam a vida religiosa e política do povo. Cada grupo tinha uma visão distinta da Lei, da política e da religião.
- Saduceus: Eram a elite sacerdotal e aristocrática que controlava o Templo. Eles só aceitavam o Pentateuco como Escritura e não acreditavam em ressurreição ou anjos. Eram colaboracionistas com Roma e se opuseram fortemente a Jesus e aos apóstolos (cf. Mateus 22.23-24).
- Fariseus: Eram um grupo numeroso e influente, que interpretava a Lei de maneira mais rigorosa e incluía a tradição oral como parte essencial da vida religiosa. Embora fossem opositores de Jesus, muitos fariseus eram sinceros em sua devoção à Lei, como Nicodemos (cf. João 3.1-21). Jesus frequentemente os criticava por seu legalismo, mas também reconhecia seu zelo.
- Zelotes: Eram um movimento revolucionário que se opunha ao domínio romano, acreditando na necessidade de lutar pela liberdade de Israel. Um dos apóstolos de Jesus, Simão, era chamado de zelote (cf. Mateus 10.4).
- Herodianos: Eram um pequeno grupo político que apoiava a dinastia de Herodes, e portanto estavam em estreita aliança com os romanos. Eles se uniram aos fariseus em certas ocasiões para tentar prender Jesus, como registrado em Marcos 3.6.
Conclusão
A religiosidade dos judeus nos dias de Jesus estava profundamente marcada por instituições centrais, como o Templo e as sinagogas, e por divisões políticas e teológicas. A classe sacerdotal detinha grande poder, mas as disputas entre fariseus e saduceus, junto com a presença de movimentos como os zelotes e herodianos, contribuíram para um ambiente de tensão e expectativa messiânica. Jesus navegou nesse cenário desafiando as estruturas religiosas e políticas, trazendo uma mensagem de redenção que ia além dos limites impostos pela religião institucionalizada.
CONCLUSÃO
A rápida disseminação da mensagem salvadora após o ad- vento do Messias foi facilitada por três elementos-chave: a Pax Romana promoveu a paz e a segurança, permitindo o livre trânsito e a convivência pacifica entre as nações; a unidade da língua grega facilitou a comunicação global, possibilitando que a mensagem fosse compreendida por diferentes povos; e o desenvolvimento da filosofia grega estimulou a reflexão sobre questões existenciais, preparando intelectualmente as pessoas para receberem o evangelho de Cristo.
Pode-se contemplar como Deus age através da História, usando até mesmo circunstâncias humanas para realizar Seus propósitos eternos, convidando-nos a confiar em Sua soberania e a alegrarmo-nos na esperança que Ele oferece a todos os povos.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A conclusão sobre a disseminação da mensagem salvadora após o advento do Messias destaca a perfeita sincronia dos eventos históricos, sociais e culturais que facilitaram a propagação do evangelho. Três elementos principais contribuíram para essa rápida expansão:
- Pax Romana: Esse período de relativa paz e estabilidade, imposto pelo Império Romano, permitiu que as estradas fossem seguras e as viagens se tornassem mais acessíveis. O apóstolo Paulo, por exemplo, pôde realizar suas viagens missionárias e escrever suas cartas graças a essa infraestrutura. Em Atos 16.9-10, vemos como Paulo pôde atravessar fronteiras e estabelecer comunidades cristãs por toda a região, beneficiado pela paz e liberdade de movimento proporcionadas pela Pax Romana.
- A unidade da língua grega: Após as conquistas de Alexandre, o Grande, o grego tornou-se a língua comum (koiné) em grande parte do mundo antigo, facilitando a comunicação entre diversas culturas e nações. Essa unidade linguística permitiu que o Novo Testamento fosse escrito em grego, e a pregação de apóstolos e missionários fosse entendida amplamente, como vemos em Atos 2.6, onde várias nações ouviram as boas-novas em sua própria língua.
- A influência da filosofia grega: A filosofia grega, com sua ênfase em questões existenciais e morais, preparou muitas mentes para o evangelho. Filósofos como Platão e Aristóteles discutiam a natureza da alma, da justiça e da verdade, o que ressoou com a mensagem de salvação trazida por Cristo. O apóstolo Paulo se engajou diretamente com filósofos no Areópago, em Atenas, como descrito em Atos 17.22-34, usando a cultura e as ideias gregas como ponte para apresentar o evangelho.
Reflexão Final
Essa conclusão nos lembra de como Deus age soberanamente através da história humana. O apóstolo Paulo, em Gálatas 4.4, afirma que Cristo veio "na plenitude do tempo", ou seja, no momento perfeito, quando todas as condições estavam prontas para a disseminação do evangelho. Podemos ver a mão de Deus guiando eventos, nações e culturas para que Seu plano de redenção se cumprisse.
A rápida propagação do cristianismo entre judeus e gentios, facilitada por esses fatores, é um testemunho do controle soberano de Deus sobre a história. Em momentos de incerteza, somos chamados a confiar que Deus continua operando por meio das circunstâncias, trazendo esperança e salvação a todos os povos. Essa soberania divina nos convida a uma confiança renovada e uma alegria segura na esperança de Seu plano redentor para a humanidade.
A conclusão sobre a disseminação da mensagem salvadora após o advento do Messias destaca a perfeita sincronia dos eventos históricos, sociais e culturais que facilitaram a propagação do evangelho. Três elementos principais contribuíram para essa rápida expansão:
- Pax Romana: Esse período de relativa paz e estabilidade, imposto pelo Império Romano, permitiu que as estradas fossem seguras e as viagens se tornassem mais acessíveis. O apóstolo Paulo, por exemplo, pôde realizar suas viagens missionárias e escrever suas cartas graças a essa infraestrutura. Em Atos 16.9-10, vemos como Paulo pôde atravessar fronteiras e estabelecer comunidades cristãs por toda a região, beneficiado pela paz e liberdade de movimento proporcionadas pela Pax Romana.
- A unidade da língua grega: Após as conquistas de Alexandre, o Grande, o grego tornou-se a língua comum (koiné) em grande parte do mundo antigo, facilitando a comunicação entre diversas culturas e nações. Essa unidade linguística permitiu que o Novo Testamento fosse escrito em grego, e a pregação de apóstolos e missionários fosse entendida amplamente, como vemos em Atos 2.6, onde várias nações ouviram as boas-novas em sua própria língua.
- A influência da filosofia grega: A filosofia grega, com sua ênfase em questões existenciais e morais, preparou muitas mentes para o evangelho. Filósofos como Platão e Aristóteles discutiam a natureza da alma, da justiça e da verdade, o que ressoou com a mensagem de salvação trazida por Cristo. O apóstolo Paulo se engajou diretamente com filósofos no Areópago, em Atenas, como descrito em Atos 17.22-34, usando a cultura e as ideias gregas como ponte para apresentar o evangelho.
Reflexão Final
Essa conclusão nos lembra de como Deus age soberanamente através da história humana. O apóstolo Paulo, em Gálatas 4.4, afirma que Cristo veio "na plenitude do tempo", ou seja, no momento perfeito, quando todas as condições estavam prontas para a disseminação do evangelho. Podemos ver a mão de Deus guiando eventos, nações e culturas para que Seu plano de redenção se cumprisse.
A rápida propagação do cristianismo entre judeus e gentios, facilitada por esses fatores, é um testemunho do controle soberano de Deus sobre a história. Em momentos de incerteza, somos chamados a confiar que Deus continua operando por meio das circunstâncias, trazendo esperança e salvação a todos os povos. Essa soberania divina nos convida a uma confiança renovada e uma alegria segura na esperança de Seu plano redentor para a humanidade.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais fatores contribuíram para o advento do Messias e caracterizam a plenitude dos tempos (Gl 4.4)?
R. A Pax Romana, a unidade do idioma e a filosofia grega.
Fonte: Central Gospel
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 1 / ANO 1- N° 3
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