Lição 12 - O Modelo de Missões da Igreja de Antioquia

  TEXTO ÁUREO “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho cham...

 

TEXTO ÁUREO

“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.” (At 13.2)

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Versículo em Grego:

• "Ἦσαν δὲ αὐτῶν λειτουργοῦντων τῷ κυρίῳ καὶ νηστευόντων, εἶπεν τὸ πνεῦμα τὸ ἅγιον: Ἀφορίσατέ μοι τὸν Βαρνάβαν καὶ Σαῦλον εἰς τὸ ἔργον, ὃ προσκέκλημαι αὐτούς." (Πράξεις 13:2)

Análise da Raiz e Significados:

• "Ἀφορίζω" (Aphorizō):
• Deriva de "ἀπό" (apo) - "de" ou "a partir de", e "ὁρίζω" (horizō) - "determinar" ou "designar".
• Significa separar, designar ou definir algo específico.
• Indica uma ação de discernimento e designação divina.
• Barnabé (Βαρνάβας):
• Significa "Filho de Consolação" ou "Filho de Exortação".
• Reflete a natureza encorajadora e solidária de Barnabé.
• Saulo (Σαῦλος):
• Mais tarde conhecido como Paulo.
• Representa uma transformação significativa, pois era originalmente um perseguidor da igreja.

Contexto Cultural e Teológico:

• Antioquia era uma cidade diversificada, onde judeus e gentios formavam uma comunidade cristã intercultural.
• O jejum e o serviço ao Senhor eram práticas espirituais comuns na busca coletiva por discernimento divino.

Importância Teológica:

• A ordem divina de "ἀφορίζω" destaca a separação específica e a designação divina para Barnabé e Saulo.
• O Espírito Santo atua ativamente na chamada e na designação de indivíduos para missões específicas.

Soberania Divina na Direção da Igreja:

• O versículo ressalta a soberania de Deus na expansão do Reino.
• Indica que Deus orienta e designa pessoas para cumprir propósitos específicos em Sua obra.

VERDADE PRÁTICA

A ação do Espírito Santo é a garantia do sucesso de toda a obra missionária

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

A afirmação de que "A ação do Espírito Santo é a garantia do sucesso de toda a obra missionária" reflete uma convicção teológica e prática fundamental no contexto cristão. Essa verdade implica em várias implicações profundas:

• Dependência Divina: Reconhece a dependência absoluta da igreja e dos missionários da orientação e capacitação divina. O sucesso da obra missionária não está exclusivamente nas habilidades humanas, mas na ação soberana do Espírito Santo.

Zacarias 4:6 (NVI): "Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos."

• Efetividade da Mensagem: Implica que o impacto verdadeiramente transformador da mensagem cristã vai além de argumentos persuasivos ou estratégias humanas. É a obra do Espírito que torna a mensagem efetiva, tocando os corações e transformando vidas.

1 Coríntios 2:4-5 (NVI): "A minha mensagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus."

• Unidade no Corpo de Cristo: Reflete a compreensão de que a obra missionária não é realizada de maneira isolada, mas como parte do corpo de Cristo. A unidade e cooperação entre os crentes são vitais, pois a ação do Espírito se manifesta na interconexão e colaboração entre os membros do corpo.

1 Coríntios 12:12 (NVI): "Assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo."

• Condução Divina: Sublinha a importância da busca espiritual, da oração e do discernimento na direção do Espírito Santo. Os missionários e a igreja são chamados a estar sensíveis à orientação divina para uma participação efetiva na missão de Deus.

Atos 13:2 (NVI): "Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: 'Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.'"

• Fé e Confiança: Inspira confiança e fé, mesmo em situações desafiadoras. A convicção de que o Espírito Santo está operando na obra missionária traz segurança e encorajamento, incentivando os crentes a perseverar em meio a adversidades.

2 Timóteo 1:7 (NVI): "Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio."

• Transformação Cultural: Reconhece que a transformação cultural e a aceitação da mensagem do Evangelho em diferentes contextos dependem da obra do Espírito. Ele capacita a superação de barreiras culturais e a adaptação da mensagem para que ela ressoe de maneira relevante.

Atos 2:4 (NVI): "Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava."

Essa verdade prática ressalta a centralidade do Espírito Santo na missão da igreja, reforçando a ideia de que o verdadeiro êxito na obra missionária não é simplesmente humano, mas uma colaboração divino-humana, onde a presença e ação do Espírito Santo são a garantia do sucesso.

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LEITURA DIÁRIA

Segunda – At 11.19,20 A igreja em Antioquia da Síria era estratégica para missões

Terça – At 8.1 A dispersão em Jerusalém contribuiu para a fundação da igreja em Antioquia

Quarta – 1 Co 12.28; Ef 4.11 Os dons espirituais e ministeriais servem à obra missionária

Quinta – At 13.2,3 O jejum e a oração são necessários para o envio missionário

Sexta – At 14.8-28 Missões em diversas cidades e países não alcançados

Sábado – Sl 126.5,6 Na obra missionária quem planta com lágrimas colhe com alegria

Hinos Sugeridos: 230, 272, 378 da Harpa Cristã

DINÂMICA LIÇÃO 12: 

Comentários por Hubner Braz

Dinâmica: Explorando o Modelo de Missões da Igreja de Antioquia

Objetivo:

Explorar os princípios e o modelo de missões da Igreja de Antioquia, conforme estudado na Lição 12.

Materiais Necessários:

• Flipchart ou quadro branco
• Marcadores coloridos
• Papel e canetas para os participantes
• Bíblias

Passos:

• Introdução (15 minutos):
• Comece com uma breve revisão da Lição 12 sobre o Modelo de Missões da Igreja de Antioquia.
• Destaque os elementos-chave, como a diversidade cultural da igreja, o papel do Espírito Santo na liderança, e a prática de jejum e adoração.
• Estudo Bíblico Interativo (20 minutos):
• Divida os participantes em pequenos grupos.
• Atribua a cada grupo uma passagem bíblica relacionada à Igreja de Antioquia (Atos 11:19-30; 13:1-3).
• Peça que leiam a passagem e destaquem elementos que refletem o modelo de missões de Antioquia.
• Compartilhamento em Grupo (15 minutos):
• Cada grupo compartilha suas observações com os demais. Destaque as descobertas sobre a diversidade, a liderança pelo Espírito Santo e a prática espiritual da igreja de Antioquia.
• Dinâmica Criativa (30 minutos): "Desenhando o Modelo de Missões"
• Forneça papel em branco e canetas coloridas para cada participante.
• Peça que desenhem visualmente o modelo de missões da Igreja de Antioquia, incorporando símbolos ou imagens que representem a diversidade, o papel do Espírito Santo e a prática espiritual.
• Encoraje a criatividade e a expressão pessoal.
• Apresentação e Discussão (20 minutos):
• Permita que os participantes compartilhem seus desenhos em pequenos grupos.
• Depois, cada grupo apresenta seu desenho e explica as escolhas feitas.
• Promova uma discussão sobre como esses elementos podem ser aplicados na prática missionária da igreja hoje.
• Conclusão (10 minutos):
• Encerre com uma oração, agradecendo pelo modelo inspirador de missões da Igreja de Antioquia e pedindo a orientação do Espírito Santo na implementação desses princípios na vida da igreja atual.

Essa dinâmica visa não apenas explorar conceitos, mas também incentivar a reflexão criativa e a aplicação prática dos princípios aprendidos na Lição 12 sobre o Modelo de Missões da Igreja de Antioquia.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 11.19-26; 13.1-5

Atos 11

19 – E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até a Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus.

20 – E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.

21 – E a mão do Senhor era com eles; e gran­de número creu e se converteu ao Senhor.

22 – E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia,

23 – o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.

24 – Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.

25 – E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia.

26 – E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.

Atos 13

1 – Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

2 – E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

3 – Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

4 – E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.

5 – E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Vamos analisar cada versículo:

Atos 11:19-26:

Versículo 19:

• Contexto Histórico: A perseguição após a morte de Estêvão forçou alguns crentes a se dispersarem para regiões como Fenícia, Chipre e Antioquia.
• Elemento Cultural: Inicialmente, esses crentes compartilhavam a mensagem apenas com judeus, mantendo uma tradição inicial de evangelização.

Versículo 20:

• Inovação Missionária: Alguns crentes de Chipre e Cirene desafiam a tradição, compartilhando a mensagem com gregos em Antioquia, marcando um momento crucial na expansão do evangelho para além das fronteiras culturais.

Versículo 21:

• Manifestação da Graça: A expressão "a mão do Senhor era com eles" destaca a manifestação da graça divina, resultando na conversão de muitos em Antioquia.

Versículos 22-24:

• Chegada de Barnabé: A igreja de Jerusalém, ao ouvir sobre a obra em Antioquia, envia Barnabé para avaliar a situação. Sua alegria e encorajamento ressaltam a importância de líderes que promovem a firmeza e alegria na fé.
• Características de Barnabé: Homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé, Barnabé serve como um modelo de liderança espiritual e integridade.

Versículo 25:

• Origem do Termo "Cristãos": O termo "cristãos" é usado pela primeira vez para descrever os discípulos em Antioquia. Isso reflete o impacto da fé cristã e como a comunidade estava se identificando cada vez mais com Cristo.

Atos 13:1-5:

Versículo 1:

• Composição da Igreja em Antioquia: A igreja em Antioquia era diversificada, com profetas e doutores, incluindo Barnabé, Simeão, Lúcio, Manaém e Saulo.
• Contexto Cultural: A diversidade étnica e social é evidente na composição da igreja, enfatizando a universalidade do Evangelho.

Versículo 2:

• Serviço e Jejum: O serviço ao Senhor e o jejum são práticas espirituais importantes na igreja de Antioquia, indicando uma busca ativa pela orientação divina.
• Chamado do Espírito Santo: O Espírito Santo separa Barnabé e Saulo para uma obra específica, destacando a direção divina na missão.

Versículo 3:

• Jejum e Oração na Consagração: Antes de enviá-los, a comunidade jejuou, orou e impôs as mãos sobre Barnabé e Saulo, demonstrando um comprometimento sério e uma consagração especial.

Versículo 4:

• Envio pelo Espírito Santo: O envio é claramente atribuído ao Espírito Santo, enfatizando que essa missão é uma resposta direta à orientação divina.

Versículo 5:

• Anúncio em Salamina: Chegando a Salamina em Chipre, Barnabé e Saulo começam a anunciar a palavra de Deus, incluindo João como cooperador.

Esses versículos retratam não apenas eventos históricos, mas princípios essenciais para a missão da igreja. Eles destacam a importância da diversidade, liderança pelo Espírito Santo, práticas espirituais, e a direção divina na expansão do evangelho.

PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

O modelo de Missões da primeira igreja formada por gentios é o objeto de nosso estudo nesta semana. A igreja de Antioquia é um modelo poderoso do Novo Testamento para a prática missionária contemporânea. Essa igreja foi estabelecida dentro de um contexto de diversidade, pois seus líderes vinham de origens diversas como vemos ao longo da lição.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição

I) Apresentar a natureza e as características da Igreja de Antioquia;

II) Expor sua a natureza missionária,

III) Enfatizar o serviço de Missões em Antioquia.

B) Motivação: A lição desta semana, dentre muitos ensinamentos, nos ensina a natureza espiritual da obra de missões. O jejum e a oração eram disciplinas essenciais para selecionar e enviar os missionários para a evangelização do mundo.

C) Sugestão de Método. Para introduzir o terceiro tópico, a partir da Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global, sugerimos que você reproduza a primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé por meio de mapas. Aqui, é muito importante reconstruir o in- nerário missionário a partir da igreja de Antioquia da Síria, mostrando o quanto a primeira viagem missionária era complexa e desafiadora.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Estimule a sua classe a reproduzir o início das missões em Antioquia, o roteiro da viagem missionária e a prestação de contas que o apóstolo fez. Faça isso por meio de perguntas reflexivas, solicitando que eles expliquem como podemos reproduzir esse modelo hoje.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos Na edição 95. p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

RESUMO ENSINADOR CRISTÃO – LIÇÃO 12 – O MODELO DE MISSÕES DA IGREJA DE ANTIOQUIA

Caro(a) professor(a), a paz do Senhor Jesus Cristo seja com você e sua classe. Na lição desta semana, conheceremos o funcionamento da obra missionária a partir do exemplo da igreja de Antioquia da Síria. O local, a propósito, tratava-se de um dos maiores centros populacionais do antigo oriente. Nesta cidade, a pregação do Evangelho encontrou espaço para ser realizada com maior eficiência pela instrumentalidade dos cristãos que ali residiam.

O modelo de missões realizado em Antioquia tem muito a ensinar para a igreja da atualidade, pois o compromisso daqueles cristãos resultou no avanço da evangelização de modo que muitas vidas foram alcançadas nas regiões da Ásia Menor e Europa. Barnabé e Saulo, por exemplo, foram enviados a Chipre pelos irmãos cie Antioquia, após fervorosos momentos de oração e jejum (At 13.2,3).

O Comentário Devocional da Bíblia discorre sobre a estratégia missionária de Paulo: "Paulo é reconhecido por desenvolver a estratégia missionária da igreja. Ele foi às cidades que eram centros de comunicações, de transportes e centros comerciais. Ele ia, em primeiro lugar, à sinagoga judaica, onde alcançava não somente o seu próprio povo, mas também os gentios que eram atraídos à fé e moralidade dos judeus. A equipe missionária de Paulo instruía os primeiros convertidos de maneira tão abrangente quanto o tempo permitia, e seguia para a cidade seguinte. As congregações que eles estabeleceram serviam como núcleo para a evangelização das regiões vizinhas, além de sua própria cidade (cf. 1Ts 1.4-8). [...] A estratégia itinerante de Paulo colocava grande responsabilidade sobre cada igreja local pela sua própria vida. E mostrava a total confiança do apóstolo na capacidade do Espírito Santo de guiar e sustentar o povo de Deus" (CPAD, 2012, pp. 737 e 738).

Aprendemos com o exemplo da igreja de Antioquia que a obra missionária requer organização e manutenção. A igreja não realiza a obra sozinha, pois Deus constituiu os membros, cada qual com suas respectivas funções para atuar em prol da salvação de vidas. Deus escolhe aqueles que são enviados e usa aqueles que são intercessores e mantenedores da missão com os recursos materiais concedidos por Ele. A igreja de nossos dias tem muito a aprender com o exemplo da igreja de Antioquia. Que Deus nos fortaleça com o seu Espírito Santo para realizarmos a missão de forma organizada.

(REVISTA ENSINADOR CRISTÃO, Ed 95 – pg 42) 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “Ser Cristão”. ao final do primeiro tópico, amplia a reflexão a respeito da identidade cristão mencionada a respeito dos cristais de Antioquia;

2) O texto “A Função do Missionário”, localizado depois do segundo tópico, aprofunda a reflexão a respeito da a tarefa do missionário à luz da seleção e do envio missionários em Atos 13.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a respeito da primeira igreja cristã formada por gentios: a igreja de Antioquia. Veremos a sua fundação e formação, sua vida ministerial e de comunhão, como foram os resultados produzidos da prática missionária da igreja. Teremos, portanto, uma amostra clara de que nessa igreja havia uma dinâmica simples, porém profunda: jejum e oração para pedir orientação ao Espírito Santo; jejum e oração para executar a orientação do Espírito Santo (fazer missões); uma prática missionária na dependência do Espírito Santo.

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

A introdução destaca a igreja de Antioquia como a primeira formada majoritariamente por gentios e destaca a dinâmica espiritual profunda que a caracterizava. Podemos explorar mais a fundo essa narrativa à luz da teologia bíblica, considerando as implicações teológicas e práticas.

**1. Fundação e Formação da Igreja de Antioquia:

• Referências Bíblicas: O relato em Atos 11 descreve como a igreja de Antioquia teve início, marcando um momento significativo na expansão do evangelho para além das fronteiras judaicas.
• Teologia Bíblica: Isso reflete a visão universal do Evangelho, conforme anunciada por Jesus (Mateus 28:19-20), incluindo tanto judeus quanto gentios na comunidade cristã.

**2. Vida Ministerial e de Comunhão:

• Referências Bíblicas: Os versículos ressaltam a comunhão e a vida ministerial profunda na igreja de Antioquia, especialmente com a chegada de Barnabé.
• Teologia Bíblica: Essa comunhão destaca a importância do corpo de Cristo como uma unidade diversificada, e a presença de Barnabé realça a necessidade de líderes encorajadores na igreja.

**3. Resultados da Prática Missionária:

• Referências Bíblicas: O envio de Barnabé e Saulo, após jejum, oração e imposição de mãos, demonstra a resposta direta do Espírito Santo à busca espiritual da igreja.
• Teologia Bíblica: Isso destaca a importância da direção do Espírito Santo na missão da igreja, alinhando-se com o modelo estabelecido por Jesus de depender do Espírito Santo para a missão (Atos 1:8).

**4. Jejum, Oração e Dependência do Espírito Santo:

• Referências Bíblicas: O texto enfatiza o papel central do jejum e oração na vida da igreja de Antioquia, tanto para buscar a orientação quanto para executar a missão.
• Teologia Bíblica: Isso reflete o ensinamento bíblico mais amplo sobre a necessidade de dependência do Espírito Santo, como visto em Gálatas 5:16-25, onde Paulo destaca a importância de andar no Espírito.

**5. Prática Missionária na Dependência do Espírito Santo:

• Referências Bíblicas: O envio de Barnabé e Saulo é claramente atribuído ao Espírito Santo, destacando a dependência contínua na missão.
• Teologia Bíblica: Essa prática ressalta a necessidade de uma abordagem não apenas estratégica, mas profundamente espiritual na missão, confiando na capacitação do Espírito Santo.

Conclusão:

A narrativa da igreja de Antioquia oferece uma rica compreensão teológica sobre a expansão do evangelho. Essa igreja não apenas rompeu barreiras culturais, mas também demonstrou uma dependência prática e profunda do Espírito Santo em todas as fases de sua missão. A lição que podemos tirar é que, mesmo em nossos esforços missionários hoje, a busca contínua da orientação divina e a confiança na capacitação do Espírito Santo são fundamentais para o verdadeiro sucesso na expansão do Reino de Deus.

Palavra-Chave: MODELO

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Raiz Grega:

A palavra "modelo" em grego pode ser derivada de "τύπος" (tupos). Esta palavra tem o significado de "impressão" ou "marca", sendo usada para referir-se a um padrão ou exemplo. Em algumas passagens bíblicas, é usada para descrever um modelo ou tipo que aponta para algo maior, especialmente na obra redentora de Cristo.

Referências Bíblicas:

• Hebreus 8:5 (ARA): "Os quais ministram em figura e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado, quando estava para construir o tabernáculo; porque, ‘Olha’, diz ele, ‘faze todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte’."
• Aqui, a palavra "modelo" é usada para descrever o padrão divinamente revelado a Moisés para a construção do tabernáculo. Isso aponta para a perfeição e celestiais que são refletidas no serviço sacerdotal de Cristo.
• 1 Timóteo 1:16 (ARA): "Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, para exemplo dos que vierem a crer nele para a vida eterna."
• Aqui, Paulo usa a ideia de "exemplo" ou "modelo" para destacar como sua própria vida é um testemunho da longanimidade de Cristo, servindo como um padrão para os crentes futuros.

Raiz Hebraica:

No Antigo Testamento, a palavra hebraica correspondente seria "תַּבְנִית" (tavnit), que significa "modelo", "padrão" ou "forma". É frequentemente usada para descrever a instrução divina dada aos artífices que construíram o Tabernáculo e o Templo.

Referências Bíblicas:

• Êxodo 25:9 (ARA): "Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus utensílios, assim mesmo o fareis."
• Aqui, Deus instrui Moisés a seguir o modelo divinamente revelado para a construção do tabernáculo, enfatizando a importância da obediência à instrução divina.

Contexto Bíblico:

• A ideia de "modelo" na Bíblia está intrinsecamente ligada à revelação divina e à obediência a essa revelação. Os modelos bíblicos muitas vezes servem como representações físicas ou práticas de verdades espirituais mais profundas.

Comentário Profundo:

• A palavra "modelo" na Bíblia não apenas se refere a padrões externos, mas também aponta para a realidade espiritual subjacente. Cristo é apresentado como o modelo supremo, a expressão visível da realidade espiritual e divina (Colossenses 1:15). Da mesma forma, somos chamados a sermos transformados à imagem de Cristo (Romanos 8:29), seguindo o modelo divinamente estabelecido para a nossa santificação e serviço.

Assim, a palavra "modelo" na Bíblia transcende simplesmente padrões externos; ela nos leva à realidade espiritual e ao exemplo supremo em Jesus Cristo, chamando-nos a viver de acordo com o padrão divino estabelecido para nós.

I- A IGREJA DE ANTIOQUIA: NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

1- Antioquia da Síria. Antioquia da Síria era conhecida como “A rainha do Oriente”. A cidade tinha uma população estimada de 500 mil habitantes. Antioquia era constituída de diversas nacionalidades e, por isso, dizia-se ser possível conhecer os costumes do mundo inteiro pela mistura de povos que frequentavam suas praças. Não por acaso, essa cidade tornou-se “a segunda capital do Cristianismo”, depois de Jerusalém, e a sede de Missões da Igreja Cristã. Por isso, o evangelista Lucas altera o foco de sua narrativa, outrora centralizada em Jerusalém, para o ministério aos gentios, a partir de Antioquia da Síria, e a subsequente disseminação da igreja pelo mundo (At 11.19). Outrossim, não se deve confundir essa cidade com Antioquia da Pisídia, mencionada em Atos 13.14.

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Antioquia da Síria foi uma cidade de grande importância no mundo antigo. Fundada por Seleuco Nicanor em 300 a.C., tornou-se uma das cidades mais significativas do Império Selêucida e, posteriormente, do Império Romano. Era conhecida por sua riqueza, diversidade cultural e status como um importante centro comercial.

Atos 11:19:

• "Agora, os que foram dispersos por causa da tribulação que sobreveio a Estêvão passaram até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus."

Comentário:

Este versículo marca um ponto de virada na narrativa de Atos, deslocando o foco de Jerusalém para Antioquia. A perseguição após a morte de Estêvão levou os crentes a se dispersarem, e Antioquia tornou-se um centro crucial para a expansão do cristianismo. A palavra "dispersos" (διασπαρέντες - diasparentes) destaca a disseminação dos crentes além das fronteiras tradicionais, preparando o terreno para a inclusão de gentios na comunidade cristã.

Razão Grega:

A palavra "dispersos" é derivada de "διασπείρω" (diaspeirō), indicando uma dispersão ou distribuição. Esse termo é muitas vezes associado à dispersão da semente, sugerindo uma expansão orgânica.

Informações Arqueológicas:

Antioquia da Síria foi palco de descobertas arqueológicas significativas. As escavações revelaram uma cidade rica em diversidade cultural, com teatros, aquedutos e igrejas cristãs primitivas. As descobertas arqueológicas corroboram a descrição bíblica de Antioquia como um centro cosmopolita.

2- A igreja em Antioquia. Após a perseguição que sucedeu por causa da morte de Estevão, que fez os membros da igreja de Jerusalém se dispersarem para a Judéia e Samaria (At 8.1), o Espírito Santo dirigiu os passos dos primeiros cristãos dispersos para os confins da Terra, chegando, portanto, à Antioquia da Síria (At 11.22,23). Nessa cidade, após uma série de conversões, ocorreu a fundação da primeira igreja gentílica (At 11.26). Essa igreja tornou-se o centro da obra missionária de Paulo, o apóstolo dos gentios. É importante ressaltar que havia apenas duas cidades mais importantes do que Antioquia da Síria: Roma e Alexandria. Portanto, o Evangelho pregado a partir de Antioquia para outras regiões do mundo era espiritualmente estratégico.

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Atos 11:22, 23, 26:

• Versículo 22: "A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e enviaram Barnabé até Antioquia."
• Versículo 23: "Quando ele chegou e viu a graça de Deus, alegrou-se e os exortou a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração."
• Versículo 26: "e, tendo-o encontrado, o levou para Antioquia. Assim, por um ano inteiro, Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram muitas pessoas. Em Antioquia, os discípulos foram chamados pela primeira vez de cristãos."

Comentário:

• Raiz Grega:
• Em particular, o termo "cristãos" em grego é "Χριστιανούς" (Christianous), que significa literalmente "seguidores de Cristo". Este é o único lugar no Novo Testamento onde a palavra é usada, indicando a identidade única e distintiva dos seguidores de Jesus em Antioquia.
• Contexto Histórico:
• Antioquia da Síria, uma cidade de significância histórica e cultural, tornou-se um centro crucial para a disseminação do evangelho. Sua posição estratégica a tornou um ponto de partida vital para as missões.
• Informações Arqueológicas:
• Escavações em Antioquia revelaram a presença de uma comunidade cristã ativa, com igrejas antigas e evidências de vida cristã. Essas descobertas arqueológicas corroboram a veracidade histórica dos eventos registrados em Atos.
• Livros Cristãos e Dicionários:
• Consultar obras como "História da Igreja Primitiva" de E. A. Litton ou dicionários bíblicos como o "Holman Illustrated Bible Dictionary" pode fornecer insights adicionais sobre a igreja em Antioquia.

Análise Bíblica:

• Após a perseguição que se seguiu à morte de Estêvão, a dispersão dos crentes levou à fundação da igreja em Antioquia. A escolha de Barnabé para avaliar a situação destaca a importância da liderança espiritual. A expressão "graça de Deus" no versículo 23 destaca a transformação e a bênção divina na comunidade.
• O termo "cristãos" no versículo 26 é notável. Os seguidores de Jesus agora eram identificados não apenas como "seguidores do Caminho" (como mencionado anteriormente em Atos) mas como "cristãos", indicando uma identificação direta com Cristo.

Conclusão:

• Antioquia, além de seu significado histórico e cultural, tornou-se espiritualmente estratégica na disseminação do Evangelho. A igreja em Antioquia não apenas marcou o ponto de entrada para a missão gentílica, mas também foi um lugar onde a identidade cristã foi consolidada. Este contexto histórico e bíblico sublinha a importância de lugares estratégicos e líderes espirituais na expansão do Reino de Deus.

3- Uma obra de leigos. Não foram os apóstolos ou obreiros, mas os leigos, os discípulos e os crentes em geral, outrora dispersos por causa da perseguição em Jerusalém, que anunciaram o Evangelho aos gentios e, consequentemente, fundaram a igreja em Antioquia (At 11.19). Por causa do anúncio do Evangelho, a mão do Senhor estava sobre os crentes dispersos em Antioquia, o que fez com que muita gente se convertesse a Cristo. Essa notícia chegou a Jerusalém, a ponto de os apóstolos enviarem Barnabé para verificar de perto o que estava acontecendo. Barnabé viajou mais de 400 quilômetros, de Jerusalém até Antioquia. Ao chegar à cidade, ele se alegrou ao constatar que a graça de Deus havia alcançado muita gente e exortou a todos que permanecessem firmes no Senhor. Nessa oportunidade, pela primeira vez, os discípulos da igreja em Antioquia foram chamados de cristãos (At 11.26).

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Atos 11:19, 26:

• Versículo 19: "Os que foram dispersos pela perseguição que se desencadeou em ocasião da morte de Estêvão chegaram até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não pregando a palavra a ninguém, senão somente aos judeus."
• Versículo 26: "e, quando o encontrou, o levou para Antioquia. Assim, por todo um ano, Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, os discípulos foram, pela primeira vez, chamados cristãos."

Comentário:

• Raiz Grega:
• No versículo 26, a palavra "cristãos" é derivada do grego "Χριστιανούς" (Christianous), como mencionado anteriormente. Este é um termo significativo, pois reflete uma identidade distintiva com Cristo.
• Contexto Histórico e Arqueológico:
• O contexto histórico nos informa que Antioquia era uma cidade cosmopolita e estratégica para a expansão do Evangelho. As escavações arqueológicas revelam uma cidade onde o cristianismo floresceu e as evidências do impacto do Evangelho são visíveis nas ruínas de igrejas antigas.
• Livros Cristãos:
• "História da Igreja Cristã" de Justo L. González e "Antiguidades Judaicas" de Flávio Josefo oferecem informações históricas valiosas sobre o período.

Análise Bíblica:

• A dispersão dos crentes após a perseguição em Jerusalém, como narrado no versículo 19, destaca como as circunstâncias difíceis foram transformadas em oportunidades para a expansão do Evangelho. Mesmo sendo leigos, os discípulos se tornaram instrumentos nas mãos de Deus para proclamar a mensagem de salvação.
• O envio de Barnabé por parte dos apóstolos para verificar o que estava acontecendo em Antioquia destaca a importância de uma liderança apostólica atenta e responsiva às obras do Espírito Santo.

Conclusão:

• Este trecho ressalta o papel ativo dos leigos na obra de Deus, demonstrando que todos os crentes têm a responsabilidade e a capacidade de proclamar o Evangelho. A escolha do termo "cristãos" para descrever os discípulos em Antioquia reflete a identificação profunda e direta com Cristo. Essa identidade não foi imposta de fora, mas surgiu organicamente devido à transformação e ao testemunho da comunidade cristã. O exemplo de Antioquia destaca a natureza inclusiva e participativa da expansão do Reino de Deus.

SINOPSE I

A igreja de Antioquia foi fundada por leigos e, consequentemente, por cristãos gentílicos.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

SER CRISTÃO

“A palavra ‘cristão’ (gr. christianos) ocorre apenas três vezes no Novo Testamento (11.26; 26.28; 1Pe 4.16). Originalmente era um termo que descrevia servos e seguidores devotos de Cristo que não tinham medo de se separarem da impiedade, da corrupção e da imoralidade na sociedade, a fim de se identificarem com Cristo. Hoje o termo se tornou um nome genérico aplicado a quase todos os que afirmam crer em Jesus Cristo. Como resultado, o termo foi quase esvaziado do significado original do Novo Testamento. O termo deveria sugerir […] a ideia da nossa relação pessoal profunda e da nossa devoção a Cristo (Rm 8.38- 39)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1962).

II – UMA IGREJA MISSIONÁRIA EM AÇÃO

1- “Havia alguns profetas e doutores” (At 13.1). A igreja em Antioquia tinha uma boa liderança exercendo a vocação. Nessa igreja, Deus estabeleceu profetas e doutores (1 Co 12.28; Ef 4.11). Os profetas eram pessoas que exerciam o dom de transmitir a mensagem a Deus sob inspiração do Espírito Santo e de maneira espontânea. Os doutores, ou mestres, eram cheios do Espírito Santo e ensinavam a Palavra de Deus com autoridade e sabedoria do alto; não eram, portanto, homens orgulhosos e cheios de sabedoria meramente humana.

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Atos 13:1: "Havia alguns profetas e doutores na igreja de Antioquia: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio, cireneu, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo."

1 Coríntios 12:28: "E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas."

Efésios 4:11: "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores."

Comentário:

• Liderança e Vocação:
• A presença de profetas e doutores na igreja de Antioquia destaca a importância da liderança espiritual e da diversidade de dons na comunidade. A vocação desses líderes é vital para o ensino, orientação espiritual e edificação da igreja.
• Profetas e Doutores na Igreja:
• Os profetas eram instrumentos de Deus para transmitir mensagens inspiradas pelo Espírito Santo. Eles desempenhavam um papel crucial na revelação e interpretação da vontade divina. Os doutores, por sua vez, eram mestres habilidosos na explicação e aplicação das Escrituras. Ambos os dons eram necessários para o crescimento espiritual da comunidade.
• Humildade e Sabedoria Divina:
• A distinção entre sabedoria divina e sabedoria meramente humana é crucial. Os doutores na igreja não ensinavam com base em conhecimento mundano ou orgulho intelectual, mas eram instrumentos do Espírito Santo, transmitindo uma sabedoria que provinha de Deus. Isso destaca a humildade necessária para exercer dons de ensino na igreja.

Comentário Cristão Profundo:

• A presença de profetas e doutores na igreja de Antioquia reflete a provisão divina para o ensino e orientação espiritual da comunidade. Esses líderes não agiam por méritos próprios, mas eram designados por Deus para cumprir papéis específicos. Isso destaca a soberania divina na formação da liderança da igreja.
• A combinação de profetas e doutores ressalta a necessidade de uma abordagem equilibrada na liderança da igreja. A revelação direta do Espírito Santo, por meio dos profetas, complementa a instrução sábia e fundamentada nas Escrituras fornecida pelos doutores. Isso sublinha a importância da integração dos dons espirituais com o entendimento profundo da Palavra de Deus.
• A humildade é um traço essencial para os líderes na igreja. Os doutores não se baseavam em sabedoria humana, mas buscavam a sabedoria do alto. Essa humildade é um exemplo para todos os líderes cristãos, lembrando que o verdadeiro ensino e sabedoria vêm do Espírito Santo, e não de realizações pessoais.

A igreja em Antioquia, ao ter profetas e doutores como parte de sua liderança, demonstra um modelo sólido de ministério e ensino. Isso enfatiza a importância da diversidade de dons na igreja e ressalta que o ensino e liderança devem sempre ser guiados pela direção do Espírito Santo e pela humildade diante da sabedoria divina.

2- Uma liderança servidora (v.2). A liderança da igreja de Antioquia era constituída sem barreiras raciais ou espirituais, por exemplo: Barnabé – consolador, misericordioso; Simeão – negro, africano; Lúcio – cireneu, africano; Manaém – irmão de criação ou de leite de Herodes, o Tetrarca (Herodes Antipas), que matou João Batista; Saulo – fariseu, ex-perseguidor da Igreja. Essa profunda comunhão de adoração, oração e serviço na diversidade de pessoas salvas trazia uma convicção de trabalho em favor das multidões não alcançadas da Ásia Menor e da Europa.

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Atos 13:2:

• "Enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado."

Comentário:

• Liderança Sem Barreiras:
• A diversidade na liderança da igreja de Antioquia é notável e reflete a visão inclusiva do Evangelho. A composição da liderança, que inclui Barnabé, Simeão, Lúcio, Manaém e Saulo, transcende barreiras raciais, sociais e espirituais. Cada líder traz consigo uma história única, destacando a universalidade do chamado de Deus para liderar Sua igreja.
• Características dos Líderes:
• Barnabé, conhecido como o "filho da consolação", demonstra uma liderança misericordiosa e encorajadora. Simeão, chamado de "Níger", provavelmente era de origem africana, indicando a diversidade étnica na liderança. Lúcio, de Cirene, também trazia uma perspectiva africana. Manaém, associado à família de Herodes, destaca a inclusão mesmo entre aqueles com conexões históricas complexas. Saulo, o ex-perseguidor, representa uma transformação notável e exemplifica a graça redentora de Deus.
• Comunhão e Convicção Missionária:
• A profunda comunhão na adoração, oração e serviço dessa liderança diversificada é fundamental. Essa comunhão não era apenas superficial, mas baseada na compreensão da graça redentora de Deus. Essa convicção os impulsionava a trabalhar em favor das multidões não alcançadas na Ásia Menor e Europa, revelando uma visão missionária ampla e inclusiva.

Comentário Cristão Profundo:

• A diversidade na liderança da igreja de Antioquia é uma expressão tangível da unidade na diversidade, um princípio vital na comunidade cristã. Essa diversidade não é uma mera coincidência, mas um reflexo do propósito de Deus em chamar e equipar líderes de diferentes origens para Sua obra.
• A liderança servidora, exemplificada por Barnabé e outros, é um modelo para todos os líderes cristãos. A disposição para consolar, encorajar e se envolver em serviço prático demonstra o caráter de Cristo. Essa liderança é construída sobre a humildade e a compreensão da graça que transcende todas as diferenças.
• A convicção missionária dessa liderança diversificada destaca a importância de ter uma visão abrangente do Reino de Deus. A diversidade na liderança não é apenas uma expressão de inclusão, mas uma estratégia divina para alcançar todos os povos com o Evangelho.

Conclusão:

A liderança diversificada em Antioquia é um testemunho do poder transformador do Evangelho, que quebra barreiras e une os crentes em uma comunidade comprometida com a adoração, oração e serviço. Essa liderança servidora e missional é um padrão desafiador para todas as igrejas, incentivando a busca por unidade na diversidade e uma visão ampla da missão de Deus.

3- “Apartai-me a Barnabé e a Saulo” (v.2). Nesse ambiente de sensibilidade espiritual, o Espírito Santo ordenou que separassem Barnabé e Saulo. Em seguida, eles foram enviados para o campo. Note que, antes de receberem a orientação do Espírito Santo, a liderança (profetas, mestres) e toda a igreja estavam no propósito de jejum e oração (v.2). Após receberem a orientação do Espírito e, antes de enviarem Barnabé e Saulo ao campo missionário, profetas, mestres e toda a igreja continuavam jejuando e orando (v3). A lição aqui é muito clara: na obra missionária, e em qualquer projeto na obra de Deus, devemos entrar num propósito de jejum e oração para receber a orientação do Espírito, bem como para executar a orientação do Espírito. Sem dúvida, essa era a base do sucesso missionário da igreja em Antioquia.

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Atos 13:2-3:

• "Enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram."

Comentário:

• Sensibilidade Espiritual:
• A ordem para separar Barnabé e Saulo veio em um ambiente de profunda sensibilidade espiritual, evidenciado pelo culto de adoração, jejum e oração. Este contexto mostra a importância de estar em sintonia com o Espírito Santo, buscando Sua orientação através de práticas espirituais intensas.
• O Papel do Jejum e Oração:
• A prática do jejum e oração é um elemento crucial no processo de discernimento espiritual. Antes de receberem a orientação do Espírito Santo, a liderança e a igreja estavam dedicadas ao jejum e oração, buscando alinhamento com a vontade de Deus. Essa prática não apenas os preparou para receber a direção divina, mas também os capacitou espiritualmente para a execução da missão.
• Entrar em Propósito:
• O propósito de jejum e oração não foi interrompido após a orientação inicial do Espírito Santo. Pelo contrário, persistiu como uma prática contínua. Isso destaca a importância de permanecer em comunhão constante com Deus durante todo o processo, desde a busca inicial de direção até a execução da missão.
• Base do Sucesso Missionário:
• O sucesso missionário da igreja em Antioquia foi enraizado na busca constante da direção e capacitação divinas. O jejum e a oração não foram apenas uma formalidade, mas uma expressão do reconhecimento da dependência absoluta de Deus em cada fase da obra missionária.

Comentário Cristão Profundo:

• A prática do jejum e oração é uma demonstração de humildade e dependência de Deus. Entrar em propósito através dessas disciplinas espirituais não é apenas uma fórmula, mas uma expressão de submissão à vontade de Deus e um reconhecimento da insuficiência humana diante das tarefas divinas.
• A obra missionária exige mais do que estratégias humanas; requer discernimento e capacitação divina. O jejum e a oração não apenas abrem os canais de comunicação com Deus, mas também preparam os corações para ouvir e obedecer à voz do Espírito Santo.
• A persistência na prática do jejum e oração, mesmo após receber a orientação inicial, é um lembrete de que a obra de Deus é contínua e dinâmica. É uma jornada espiritual que requer constante busca pela presença e direção divinas.

Conclusão:

O exemplo da igreja em Antioquia destaca a importância vital do jejum e oração na obra missionária. Essas práticas não são apenas rituais, mas um caminho para aprofundar a conexão espiritual, discernir a vontade de Deus e perseverar na execução da missão divina. O sucesso missionário é uma resposta à busca contínua da presença e orientação divinas.

Este blog foi feito com muito carinho 💝 para você. Abençoe e seja abençoado 🙏.

SINOPSE II

Profetas e doutores constituíam uma liderança servidora, estabelecida sem barreiras raciais ou espirituais.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“A FUNÇÃO DO MISSIONÁRIO

“Os missionários cristãos hoje devem se dedicar ao mesmo tipo de atividade: serem ministros (isto é, servos) de Cristo e mensageiros do seu evangelho (isto é, ‘boas-novas’). Embora os missionários também possam servir a muitas necessidades práticas (particularmente em culturas que estão fechadas à pregação pública do evangelho), o propósito principal deles ainda deve ser apresentar as pessoas a Cristo; Ele é o único que pode resgatá-las das consequências finais do pecado e da rebelião contra Deus, e do poder de Satanás (26.18). Além disso, a obra de um missionário envolve disciplinar novos crentes (isto é, treiná-los nas disciplinas práticas de seguir a Cristo e aprender de sua Palavra diariamente). Isto inclui incentivá-los a receber o Espírito Santo e seus dons (2.38; 8.17) e ensiná-los a obedecer tudo o que Cristo mandou (Mt 28.19- 20)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1965).

III- O SERVIÇO DE MISSÕES

1- O início das missões cristãs. A narrativa de Lucas, que denominamos de primeira viagem missionária de Paulo, começa em Antioquia com a escolha de Barnabé e Paulo, pelo Espírito Santo, para uma obra especial. João Marcos, autor do Evangelho que leva o seu nome, permaneceu em Jerusalém até ser levado para Antioquia por Barnabé (seu primo) e Paulo, que regressavam de uma missão de socorro a Jerusalém (At 12.25). Quando partiram para Chipre, na sua primeira viagem missionária, levaram João Marcos em sua companhia (At 13.5). Porém, ao chegarem a Perge, na Ásia Menor, Marcos os deixou e regressou para Jerusalém (At 13.5).

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Atos 13:1-5:

• "Enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. Eles, pois, enviados pelo Espírito Santo, foram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. Chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador."

Atos 12:25:

• "Barnabé e Saulo, tendo terminado o seu serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos."

Atos 13:5:

• "E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador."

Comentário:

• Escolha Divina para a Missão:
• O início das missões cristãs, lideradas por Barnabé e Paulo, destaca a centralidade da escolha divina na missão. A seleção específica desses dois líderes pelo Espírito Santo é um lembrete de que a missão cristã não é apenas uma iniciativa humana, mas é dirigida e autorizada por Deus.
• João Marcos como Cooperador:
• A presença de João Marcos como cooperador na missão ressalta a importância da colaboração no serviço do Reino. Ele não era apenas um espectador, mas ativamente envolvido na proclamação da Palavra de Deus nas sinagogas. Sua participação destaca a diversidade de papéis na obra missionária.
• Desafios na Jornada Missionária:
• A narrativa de João Marcos deixando a equipe em Perge evidencia que a jornada missionária pode enfrentar desafios e mudanças. Esse episódio não é apresentado como um fracasso, mas como uma realidade que requer adaptação e graça diante das circunstâncias.

Comentário Cristão Profundo:

• A escolha de Barnabé e Paulo para a missão em resposta à orientação do Espírito Santo destaca que a obra missionária é intrinsecamente espiritual. A sensibilidade à voz de Deus e a disposição para serem enviados são fundamentais para o sucesso na propagação do Evangelho.
• A presença de João Marcos como cooperador enfatiza a ideia de que a obra missionária é um esforço coletivo. Cada membro da equipe desempenha um papel único, e a colaboração é vital para alcançar efetivamente diferentes contextos e pessoas.
• O episódio de João Marcos deixando a equipe lembra que a obra missionária pode ser dinâmica e sujeita a mudanças. Isso ressalta a importância da flexibilidade e da confiança em Deus, mesmo quando enfrentamos desafios e reviravoltas inesperadas na jornada missionária.

Conclusão:

O início das missões cristãs lideradas por Barnabé e Paulo destaca a importância da orientação divina e da colaboração na obra missionária. A presença de João Marcos e as circunstâncias em sua jornada ressaltam a dinâmica e a complexidade da missão, enfatizando a necessidade de confiar na soberania de Deus em todas as situações.

2- Roteiro da viagem e atividades missionárias. Nos capítulos 13 e 14 de Atos, encontramos diversas localidades onde a atividade deles foi desenvolvida: Missões em Chipre (At 13.4-13); Missões em Antioquia da Pisídia (At 13.14-52); Missões em Icônio (At 14.1-7); Missões em Listra (At 14.8-20a); Missões em Derbe (At 14.20b-21b); Missões em lugares antigos e novos (At 14.21b- 28); Regresso à Antioquia da Síria (At 14.27).

Basicamente, nessas regiões, a obra missionária foi caracterizada por uma variedade de estratégias de evangelização, visitas a cidades e países em que o Evangelho não havia chegado, perseguição e oposição ao Evangelho, batismo no Espírito Santo, separação de líderes para igrejas plantadas, contatos e revisões das igrejas plantadas e muitas outras atividades missionárias. Havendo cumprida essas e outras tarefas, os missionários voltaram a Antioquia da Síria, cheios de alegria, ansiosos para contar o que Deus havia feito entre os gentios (At 14.24-28). Eles poderiam dizer, de sã consciência: “Missão Cumprida”.

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Atos 13 e 14: Roteiro da Viagem e Atividades Missionárias

Comentário:

• Estratégias Variadas de Evangelização:
• A narrativa missionária de Paulo e Barnabé revela uma abordagem diversificada na propagação do Evangelho. Eles não adotaram um modelo único, mas ajustaram suas estratégias conforme as necessidades específicas de cada região. Isso destaca a importância da contextualização na obra missionária, reconhecendo as nuances culturais e sociais de cada localidade.
• Desafios e Perseguições:
• As atividades missionárias não foram isentas de desafios. Em Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e outras regiões, Paulo e Barnabé enfrentaram oposição, perseguição e resistência à mensagem do Evangelho. Isso ressalta a realidade de que a obra missionária muitas vezes ocorre em um contexto de conflito espiritual, exigindo perseverança e coragem.
• Batismo no Espírito Santo e Separação de Líderes:
• A experiência do batismo no Espírito Santo durante a missão destaca a importância da capacitação divina na obra missionária. Além disso, a separação de líderes para igrejas plantadas indica a ênfase na formação e estabelecimento de liderança local, proporcionando bases sólidas para o crescimento das comunidades cristãs.
• Contatos, Revisões e Acompanhamento:
• A atenção aos detalhes é evidente nas atividades missionárias, incluindo contatos regulares, revisões e acompanhamento das igrejas plantadas. Isso não apenas demonstra um compromisso contínuo com o discipulado, mas também a preocupação dos missionários em fortalecer e consolidar as comunidades cristãs existentes.
• Alegria no Cumprimento da Missão:
• Ao retornarem a Antioquia da Síria, Paulo e Barnabé não apenas trouxeram relatórios de sucesso, mas estavam cheios de alegria. O cumprimento da missão não era apenas uma realização pessoal, mas uma celebração do que Deus havia feito entre os gentios. Essa alegria reflete a compreensão de que a missão é uma colaboração com Deus, e a verdadeira realização está no Seu poder transformador.

Comentário Cristão Profundo:

• A variedade de atividades missionárias destaca a adaptabilidade dos apóstolos às diversas realidades culturais e espirituais encontradas durante a viagem. A obra missionária é dinâmica e requer flexibilidade para abraçar métodos contextualizados.
• Os desafios enfrentados pelos missionários ressaltam a natureza espiritual e muitas vezes conflituosa da missão. O trabalho missionário não é isento de oposição, mas a perseverança diante dos desafios é uma expressão de fé na soberania de Deus.
• A experiência do batismo no Espírito Santo enfatiza a dependência da capacitação divina na missão. Os líderes separados para as igrejas plantadas revelam a visão de estabelecer comunidades autossustentáveis e lideradas localmente.
• A atenção aos detalhes, como contatos regulares e revisões das igrejas, reflete o compromisso com o discipulado e o cuidado pastoral contínuo. A missão vai além da proclamação inicial, envolvendo o investimento a longo prazo na formação espiritual das comunidades cristãs.
• A alegria no cumprimento da missão ressalta que a verdadeira satisfação não está apenas nos resultados tangíveis, mas na participação na obra redentora de Deus. A missão é mais do que uma tarefa; é uma colaboração jubilosa com o Criador.

Conclusão:

O roteiro da viagem missionária de Paulo e Barnabé, repleto de atividades variadas e desafios, destaca a riqueza e complexidade da obra missionária. A missão bem-sucedida vai além de estratégias eficazes; é uma resposta fiel à orientação do Espírito, enfrentando desafios com coragem e celebrando a transformação operada por Deus nas vidas das pessoas.

3- Prestando contas. Ao final de cada uma das viagens missionárias, Paulo e sua equipe prestavam contas à igreja que os havia recomendado. A despeito das fortes perseguições que sofreram no cumprimento da nobre tarefa missionária, Paulo e a equipe que estava com ele evidenciaram a manifestação do poder de Deus na primeira viagem missionária. Muitos gentios e judeus creram e aceitaram Jesus como Salvador, muitas igrejas foram fundadas, curas divinas e libertação ocorreram. A obra do Espírito Santo foi notória nessa jornada missionária. Assim, o grande legado missionário deixado pela igreja de Antioquia foi a porta da fé que Deus abriu aos gentios (At 14.27).

Aqui, aprendemos algumas lições preciosas. Primeira, a ideia “missionários independentes”, que respondem “somente ao Senhor” não é bíblica; o apóstolo Paulo não deixava de relatar a atividade missionária à sua igreja de origem (14.27-28). Segunda, teremos oposição e obstáculos na obra missionária, mas também teremos resultados que glorificarão o Senhor que nos chamou. E finalmente, não esqueça de que, na obra missionária, quem “leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Sl 126.6).

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

Atos 14:27-28:

• "E, havendo chegado e reunido a igreja, relataram quantas coisas Deus fizera com eles e como abrira aos gentios a porta da fé. E ficaram ali não pouco tempo com os discípulos."

Salmos 126:6:

• "Aquele que sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo consigo os seus molhos."

Comentário:

• Prestação de Contas e Compartilhamento de Experiências:
• O hábito de Paulo e sua equipe prestarem contas à igreja de Antioquia destaca a importância da transparência e do compartilhamento de experiências na obra missionária. Ao relatarem as intervenções divinas e a abertura da porta da fé aos gentios, eles não apenas informavam sobre os resultados, mas glorificavam a Deus, reconhecendo Sua soberania na missão.
• Oposição e Resultados na Obra Missionária:
• A narrativa reflete a dualidade na obra missionária: enfrentar oposição e obstáculos, mas também testemunhar resultados transformadores. Mesmo diante das perseguições, as manifestações do poder de Deus foram notáveis, incluindo a conversão de muitos e a fundação de novas igrejas. Isso ressalta que a oposição não invalida os resultados, mas muitas vezes é parte integrante do processo.
• Dependência de Deus na Obra Missionária:
• O legado deixado pela igreja de Antioquia é caracterizado pela dependência do poder de Deus. A porta da fé aberta aos gentios não foi resultado de esforços humanos, mas da intervenção divina. Isso destaca que, na obra missionária, o sucesso está intrinsecamente ligado à confiança e submissão à direção do Espírito Santo.

Comentário Cristão Profundo:

• A prática de prestar contas à igreja de origem ressalta a importância da accountability e da conexão entre os membros do corpo de Cristo. Paulo, embora tivesse uma comissão divina direta, reconhecia a necessidade de prestar contas à comunidade cristã, demonstrando uma visão de liderança submissa e alinhada aos princípios do corpo de Cristo.
• A presença da oposição na obra missionária não deve surpreender, mas ser entendida como uma parte do processo. É através da superação desses desafios que a glória de Deus se manifesta de maneira mais evidente. Opositores e obstáculos não são impedimentos, mas oportunidades para a manifestação do poder divino.
• A analogia do salmista sobre "aquele que sai andando e chorando" destaca que a obra missionária pode envolver sacrifícios e lágrimas, mas o retorno é acompanhado de júbilo e colheita abundante. A fidelidade na semeadura resulta em alegria e frutos duradouros na obra de Deus.

Conclusão:

A prática de prestar contas, a compreensão da dualidade na obra missionária (oposição e resultados) e a dependência do poder divino formam lições essenciais. O legado deixado pela igreja de Antioquia é um testemunho de que a verdadeira transformação na missão ocorre quando a dependência de Deus é combinada com a perseverança diante dos desafios.

SINOPSE III

A primeira viagem missionária de Paulo começa em Antioquia com a escolha e envio de Paulo e Barnabé por meio do Espírito Santo

CONCLUSÃO

À luz desta lição, podemos afirmar que a igreja cristã cumpre o seu propósito quando a cultura de missões faz parte da sua rotina. Uma das provas de que o Espírito Santo age na igreja é o investimento em missões. Assim, é nossa a tarefa de evangelizar, participar dos projetos missionários de nossa igreja local, orar e jejuar por missão, contribuir e se colocar à disposição para ir ao encontro de quem precisa ouvir de Jesus. Quando o Espírito Santo encontra pessoas despojadas e sedentas por almas, Ele as capacita com talentos e dons espirituais para que se lancem inteiramente na mais sublime missão: ganhar vidas para o Reino de Deus.

COMENTÁRIO EXTRA: 

Comentários por Hubner Braz

A conclusão desta lição ressalta a importância vital da cultura de missões na vida da igreja cristã. Ao incorporar a missão como parte integrante de sua rotina, a igreja evidencia a atuação do Espírito Santo em seu meio. Algumas reflexões fundamentais emergem desse entendimento:

• A Prova da Ação do Espírito Santo:
• A participação ativa em missões é apresentada como uma evidência clara da atuação do Espírito Santo na igreja. Quando a comunidade cristã se envolve de maneira tangível na propagação do Evangelho, revela-se uma disposição de ser usada pelo Espírito para cumprir o propósito divino.
• O Compromisso Pessoal e Coletivo:
• O compromisso com a missão não é apenas uma responsabilidade coletiva da igreja, mas também um desafio individual. Cada membro é instado a participar ativamente, seja evangelizando, contribuindo financeiramente, orando, jejuando ou até mesmo disponibilizando-se para o trabalho missionário direto. A cultura de missões não é meramente uma tarefa da liderança, mas um chamado para toda a comunidade de fé.
• Capacitação do Espírito Santo:
• O Espírito Santo, ao encontrar corações despojados e sedentos por almas, capacita-os com talentos e dons espirituais. Essa capacitação não é apenas para benefício pessoal, mas para que possam se lançar integralmente na sublime missão de ganhar vidas para o Reino de Deus. A missão, portanto, é uma expressão prática da obra transformadora do Espírito Santo na vida dos crentes.
• O Impacto da Missão na Comunidade e Além:
• A cultura de missões não apenas influencia a vida interna da igreja, mas também alcança aqueles que ainda não ouviram a mensagem de Jesus. Participar ativamente de projetos missionários locais e globais não apenas edifica a comunidade de fé, mas também cumpre o mandato de ir e fazer discípulos, cumprindo assim a grande comissão.
• Missão como Sublime Propósito:
• A missão é apresentada como o propósito sublime pelo qual o Espírito Santo capacita e envia. Ganhar vidas para o Reino de Deus é uma expressão suprema do amor divino e da redenção oferecida por meio de Jesus Cristo. A igreja, ao abraçar esse propósito, participa ativamente da obra redentora de Deus na Terra.

Conclusão Cristã Profunda:

A cultura de missões não é uma mera atividade extracurricular da igreja, mas um reflexo tangível da vida impregnada pelo Espírito Santo. O compromisso com a missão revela a disposição de ser guiado e capacitado pelo Espírito, expressando um profundo desejo de compartilhar o evangelho com o mundo. A verdadeira riqueza da igreja está não apenas em sua adoração interna, mas na extensão de suas mãos para alcançar os perdidos, cumprindo assim o grandioso propósito para o qual foi chamada. Que a igreja continue a ser uma luz que brilha em meio às trevas, uma testemunha viva do poder transformador do Espírito Santo na vida daqueles que se entregam à missão sublime de ganhar vidas para o Reino de Deus.

REVISANDO O CONTEÚDO

1- Como a Antioquia da Síria era conhecida? Antioquia da Síria era conhecida como “A rainha do Oriente”.

2- Quem anunciou o Evangelho e, depois, fundou a igreja em Antioquia? Não foram os apóstolos ou obreiros, mas os leigos, os discípulos e os crentes em geral, outrora dispersos por causa da perseguição em Jerusalém, que anunciaram o Evangelho e, consequentemente, fundaram a igreja em Antioquia (At 11.19).

3- Quem eram os líderes da igreja em Antioquia? Barnabé consolador, misericordioso; Simeão – negro, africano; Lúcio – – cireneu, africano; Manaém – irmão de criação ou de leite de Herodes o Tetrarca (Herodes Antipas), que matou João Batista; Saulo – fariseu, ex- -perseguidor da Igreja.

4- Qual lição podemos aprender em relação ao jejum e à oração? A lição aqui é muito clara: na obra missionária, e em qualquer projeto na obra de Deus, devemos entrar num propósito de jejum e oração para receber a orientação do Espírito, bem como para executar a orientação do Espírito.

5- Cite uma lição preciosa que podemos aprender com a experiência missionária da igreja em Antioquia. A ideia “missionários independentes”, que respondem “somente ao Senhor” não é bíblica; o apóstolo Paulo não deixava de relatar a atividade missionária à sua igreja de origem (14.27-28).

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