TEXTO PRINCIPAL O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” (Pv 1.7) COMENTÁRIO EXTRA Coment...
TEXTO PRINCIPAL
O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” (Pv 1.7)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Provérbios 1:7, um dos versículos centrais do livro de Provérbios, aborda dois grandes temas: o "temor do Senhor" e a dicotomia entre sabedoria e insensatez. É um versículo fundamental para entender a visão bíblica da sabedoria e do conhecimento.
1. Análise Bíblica e Contextual
O livro de Provérbios pertence ao grupo dos livros sapienciais, junto com Jó, Eclesiastes e alguns Salmos. Ele foi compilado para oferecer instruções práticas para a vida e para desenvolver a sabedoria baseada no temor de Deus. Provérbios 1 serve como introdução ao livro, e o versículo 7 marca o ponto de partida, declarando o princípio da verdadeira sabedoria.
Este versículo estabelece uma distinção clara entre aqueles que temem a Deus e são sábios, e aqueles que são insensatos, ou "loucos", por desprezarem essa sabedoria e instrução.
2. Exposição Teológica
O "temor do Senhor" (em hebraico, יִרְאַ֣ת יְהוָ֣ה, yirat Yahweh) não significa medo no sentido de terror, mas uma reverência profunda e respeitosa diante de Deus. Ele carrega a ideia de submissão, obediência e reconhecimento da autoridade divina. Na teologia bíblica, o "temor do Senhor" é a base da relação entre o ser humano e Deus, envolvendo não só reverência, mas também uma conduta ética moldada pela aliança com Deus.
A frase "é o princípio da ciência" (reshit da'at) indica que todo verdadeiro conhecimento começa com uma correta compreensão de quem Deus é. Isso não se refere a um conhecimento meramente intelectual, mas a uma compreensão espiritual e moral. A ciência aqui (דַּ֭עַת, da'at) refere-se a um conhecimento prático que se aplica à vida diária, envolvendo discernimento e comportamento moral.
Os "loucos" (אֱוִילִים, evilim) são aqueles que desprezam essa sabedoria. A palavra hebraica traduzida como "loucos" refere-se a pessoas moralmente insensatas, não apenas a pessoas mentalmente incapazes. Eles são caracterizados por arrogância e desprezo pelas instruções divinas, escolhendo ignorar os caminhos de Deus.
A palavra "desprezam" (בָּֽזוּ, bazu) significa rejeitar com desdém ou falta de consideração. A ideia é que eles deliberadamente ignoram ou desprezam a verdade de Deus, o que resulta em uma vida tola e desastrosa.
A "sabedoria" (חָכְמָ֣ה, ḥokmah) nos Provérbios é mais do que conhecimento; é a habilidade de aplicar o conhecimento divino de forma eficaz. A sabedoria aqui está associada à habilidade prática, moral e espiritual de viver de acordo com os padrões de Deus.
"Instrução" (מוּסָֽר, musar) refere-se à disciplina e correção. A sabedoria e a disciplina são inseparáveis. Um aspecto importante da instrução nos Provérbios é a capacidade de aprender através da correção e disciplina divinas.
3. Análise das Palavras Hebraicas
- יִרְאַת יְהוָה (yirat Yahweh): O termo "temor" (yirah) pode ser traduzido como reverência ou respeito profundo. Ele transmite a ideia de submissão a Deus como o soberano supremo, reconhecendo Seu poder, santidade e justiça. Este temor está no cerne da sabedoria, pois sem essa reverência, o indivíduo não pode verdadeiramente buscar o conhecimento divino.
- רֵאשִׁית דַּעַת (reshit da'at): "Princípio" (reshit) significa o começo ou o fundamento de algo. "Da'at" significa conhecimento, mas está profundamente ligado à percepção espiritual e à habilidade de discernir a verdade. Assim, o versículo ensina que a sabedoria começa com a atitude correta em relação a Deus.
- אֱוִילִים (evilim): A palavra "loucos" aqui se refere àqueles que são moralmente tolos, insensatos e que não reconhecem a verdade de Deus. No contexto de Provérbios, os "evilim" são vistos como pessoas que ignoram ou rejeitam a sabedoria e a disciplina divinas.
- בָּֽזוּ (bazu): Este verbo significa desprezar ou tratar algo com desdém. Os insensatos desprezam a sabedoria de Deus, o que é um contraste direto com aqueles que buscam e valorizam a instrução divina.
- חָכְמָה (ḥokmah): A palavra para "sabedoria" denota mais do que inteligência ou conhecimento técnico. Refere-se à habilidade prática e moral de viver de acordo com a vontade de Deus. É a habilidade de aplicar corretamente o conhecimento na vida cotidiana.
- מוּסָֽר (musar): A "instrução" inclui o conceito de disciplina e correção. Nos Provérbios, musar implica em aprendizado através da correção e aceitação da disciplina como um meio para alcançar a sabedoria.
4. Aplicação Teológica
Este versículo ressalta a ideia central de que a verdadeira sabedoria só pode ser encontrada no relacionamento correto com Deus. O temor do Senhor é o fundamento de todo entendimento genuíno, e ignorar esse fundamento é agir de forma insensata. A sabedoria bíblica é uma virtude moral que transforma a maneira como vivemos, levando-nos a uma vida de retidão, integridade e discernimento espiritual.
Ao contrastar os sábios e os insensatos, Provérbios 1:7 nos alerta para a seriedade de rejeitar a instrução divina. A sabedoria não é opcional, mas uma necessidade para aqueles que desejam viver conforme a vontade de Deus. Por outro lado, o desprezo por essa sabedoria é uma marca de tolice e leva a uma vida de fracasso moral e espiritual.
Conclusão
Provérbios 1:7 nos ensina que o caminho para a sabedoria e o verdadeiro conhecimento começa com a reverência e o temor ao Senhor. Sem isso, o homem está destinado à insensatez e ao fracasso moral. A importância de buscar a sabedoria e a instrução de Deus, aceitando correção e disciplina, é essencial para viver uma vida alinhada com os propósitos divinos.
O versículo é uma chamada para um relacionamento profundo com Deus, onde o temor a Ele molda não apenas nossa teologia, mas também nossa prática e comportamento diário.
Provérbios 1:7, um dos versículos centrais do livro de Provérbios, aborda dois grandes temas: o "temor do Senhor" e a dicotomia entre sabedoria e insensatez. É um versículo fundamental para entender a visão bíblica da sabedoria e do conhecimento.
1. Análise Bíblica e Contextual
O livro de Provérbios pertence ao grupo dos livros sapienciais, junto com Jó, Eclesiastes e alguns Salmos. Ele foi compilado para oferecer instruções práticas para a vida e para desenvolver a sabedoria baseada no temor de Deus. Provérbios 1 serve como introdução ao livro, e o versículo 7 marca o ponto de partida, declarando o princípio da verdadeira sabedoria.
Este versículo estabelece uma distinção clara entre aqueles que temem a Deus e são sábios, e aqueles que são insensatos, ou "loucos", por desprezarem essa sabedoria e instrução.
2. Exposição Teológica
O "temor do Senhor" (em hebraico, יִרְאַ֣ת יְהוָ֣ה, yirat Yahweh) não significa medo no sentido de terror, mas uma reverência profunda e respeitosa diante de Deus. Ele carrega a ideia de submissão, obediência e reconhecimento da autoridade divina. Na teologia bíblica, o "temor do Senhor" é a base da relação entre o ser humano e Deus, envolvendo não só reverência, mas também uma conduta ética moldada pela aliança com Deus.
A frase "é o princípio da ciência" (reshit da'at) indica que todo verdadeiro conhecimento começa com uma correta compreensão de quem Deus é. Isso não se refere a um conhecimento meramente intelectual, mas a uma compreensão espiritual e moral. A ciência aqui (דַּ֭עַת, da'at) refere-se a um conhecimento prático que se aplica à vida diária, envolvendo discernimento e comportamento moral.
Os "loucos" (אֱוִילִים, evilim) são aqueles que desprezam essa sabedoria. A palavra hebraica traduzida como "loucos" refere-se a pessoas moralmente insensatas, não apenas a pessoas mentalmente incapazes. Eles são caracterizados por arrogância e desprezo pelas instruções divinas, escolhendo ignorar os caminhos de Deus.
A palavra "desprezam" (בָּֽזוּ, bazu) significa rejeitar com desdém ou falta de consideração. A ideia é que eles deliberadamente ignoram ou desprezam a verdade de Deus, o que resulta em uma vida tola e desastrosa.
A "sabedoria" (חָכְמָ֣ה, ḥokmah) nos Provérbios é mais do que conhecimento; é a habilidade de aplicar o conhecimento divino de forma eficaz. A sabedoria aqui está associada à habilidade prática, moral e espiritual de viver de acordo com os padrões de Deus.
"Instrução" (מוּסָֽר, musar) refere-se à disciplina e correção. A sabedoria e a disciplina são inseparáveis. Um aspecto importante da instrução nos Provérbios é a capacidade de aprender através da correção e disciplina divinas.
3. Análise das Palavras Hebraicas
- יִרְאַת יְהוָה (yirat Yahweh): O termo "temor" (yirah) pode ser traduzido como reverência ou respeito profundo. Ele transmite a ideia de submissão a Deus como o soberano supremo, reconhecendo Seu poder, santidade e justiça. Este temor está no cerne da sabedoria, pois sem essa reverência, o indivíduo não pode verdadeiramente buscar o conhecimento divino.
- רֵאשִׁית דַּעַת (reshit da'at): "Princípio" (reshit) significa o começo ou o fundamento de algo. "Da'at" significa conhecimento, mas está profundamente ligado à percepção espiritual e à habilidade de discernir a verdade. Assim, o versículo ensina que a sabedoria começa com a atitude correta em relação a Deus.
- אֱוִילִים (evilim): A palavra "loucos" aqui se refere àqueles que são moralmente tolos, insensatos e que não reconhecem a verdade de Deus. No contexto de Provérbios, os "evilim" são vistos como pessoas que ignoram ou rejeitam a sabedoria e a disciplina divinas.
- בָּֽזוּ (bazu): Este verbo significa desprezar ou tratar algo com desdém. Os insensatos desprezam a sabedoria de Deus, o que é um contraste direto com aqueles que buscam e valorizam a instrução divina.
- חָכְמָה (ḥokmah): A palavra para "sabedoria" denota mais do que inteligência ou conhecimento técnico. Refere-se à habilidade prática e moral de viver de acordo com a vontade de Deus. É a habilidade de aplicar corretamente o conhecimento na vida cotidiana.
- מוּסָֽר (musar): A "instrução" inclui o conceito de disciplina e correção. Nos Provérbios, musar implica em aprendizado através da correção e aceitação da disciplina como um meio para alcançar a sabedoria.
4. Aplicação Teológica
Este versículo ressalta a ideia central de que a verdadeira sabedoria só pode ser encontrada no relacionamento correto com Deus. O temor do Senhor é o fundamento de todo entendimento genuíno, e ignorar esse fundamento é agir de forma insensata. A sabedoria bíblica é uma virtude moral que transforma a maneira como vivemos, levando-nos a uma vida de retidão, integridade e discernimento espiritual.
Ao contrastar os sábios e os insensatos, Provérbios 1:7 nos alerta para a seriedade de rejeitar a instrução divina. A sabedoria não é opcional, mas uma necessidade para aqueles que desejam viver conforme a vontade de Deus. Por outro lado, o desprezo por essa sabedoria é uma marca de tolice e leva a uma vida de fracasso moral e espiritual.
Conclusão
Provérbios 1:7 nos ensina que o caminho para a sabedoria e o verdadeiro conhecimento começa com a reverência e o temor ao Senhor. Sem isso, o homem está destinado à insensatez e ao fracasso moral. A importância de buscar a sabedoria e a instrução de Deus, aceitando correção e disciplina, é essencial para viver uma vida alinhada com os propósitos divinos.
O versículo é uma chamada para um relacionamento profundo com Deus, onde o temor a Ele molda não apenas nossa teologia, mas também nossa prática e comportamento diário.
RESUMO DA LIÇÃO
O livro de Provérbios é um manual de ética diária em que Deus se encontra no centro da vida do jovem cristão.
LEITURA SEMANAL
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Aqui está um comentário expositivo de cada uma das passagens da leitura semanal, relacionando os temas e observando o contexto bíblico:
SEGUNDA – Provérbios 2:20-21
"Assim andarás pelo caminho dos bons, e te manterás nas veredas dos justos. Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela."
Comentário:
Esses versículos destacam a recompensa de seguir os caminhos da sabedoria e da retidão. O "caminho dos bons" e as "veredas dos justos" são metáforas para uma vida de obediência a Deus e integridade moral. A promessa é de que os justos e íntegros habitarão a terra, o que pode ser entendido tanto de uma perspectiva terrena quanto espiritual. Em Israel, a ideia de "habitar a terra" frequentemente está ligada às bênçãos da aliança com Deus, enquanto para os cristãos essa habitação pode ser vista como uma metáfora para a vida eterna com Deus.
TERÇA – Tiago 3:17
"Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia."
Comentário:
Tiago descreve a natureza da verdadeira sabedoria que vem de Deus, contrastando-a com a sabedoria terrena, que é egoísta e cheia de inveja. A sabedoria divina é marcada por pureza moral e espiritual, promovendo a paz, a misericórdia e a imparcialidade. Essa sabedoria traz "bons frutos", ou seja, resulta em atitudes e ações que refletem o caráter de Deus. A verdadeira sabedoria é, portanto, humilde e centrada no bem dos outros, em vez de ser competitiva ou divisiva.
QUARTA – Provérbios 1:1; 10:1
"Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel." (Pv 1.1)
"Provérbios de Salomão. O filho sábio alegra o pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe." (Pv 10.1)
Comentário:
Esses dois versículos estabelecem a autoria do livro de Provérbios como sendo, em grande parte, de Salomão, o rei de Israel e filho de Davi. Salomão era conhecido por sua grande sabedoria, a qual Deus lhe concedeu (1 Reis 3:12). Provérbios 10.1 dá início a uma série de ditados curtos e práticos, contrastando os caminhos dos sábios e dos tolos. A ênfase aqui é na importância de agir com sabedoria para trazer alegria à família e à comunidade, enquanto a insensatez gera tristeza e problemas.
QUINTA – Provérbios 25:1
"Também estes são provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá."
Comentário:
Este versículo indica que, além dos provérbios originais compilados por Salomão, uma outra coleção foi transcrita pelos "homens de Ezequias". O rei Ezequias, que reinou muitos séculos após Salomão, era um reformador religioso que buscava restaurar a adoração adequada a Deus em Judá. A preservação e a propagação da sabedoria de Salomão por esses homens mostram a importância da tradição e da transmissão da sabedoria de geração em geração. Isso também revela que a sabedoria é atemporal e relevante em qualquer época.
SEXTA – Provérbios 1:5
"O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos."
Comentário:
Este versículo sublinha a necessidade contínua de aprendizado, mesmo para os sábios. A verdadeira sabedoria é um processo de crescimento constante. Aqueles que já são sábios continuam a aprender e a buscar o conselho de outros que têm discernimento. Isso também sugere humildade, pois a sabedoria não é uma conquista final, mas uma busca constante por maior entendimento e orientação.
SÁBADO – Provérbios 1:22
"Até quando, ó néscios, amareis a ignorância? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, odiareis o conhecimento?"
Comentário:
Aqui, a sabedoria, personificada, faz um apelo às pessoas para que abandonem a insensatez. Os "néscios" (insensatos), "escarnecedores" e "loucos" são categorias de pessoas que rejeitam a instrução e se mantêm afastadas do conhecimento. O tom do versículo é de repreensão, mas também de convite ao arrependimento. O apelo é claro: aqueles que rejeitam a sabedoria estão se condenando à ignorância e à destruição, enquanto aqueles que a buscam encontrarão a vida e o entendimento.
Essa leitura semanal reflete um tema contínuo de contraste entre a sabedoria e a insensatez, com ênfase na importância de buscar e seguir o conselho divino, cultivando uma vida de retidão e humildade diante de Deus.
Aqui está um comentário expositivo de cada uma das passagens da leitura semanal, relacionando os temas e observando o contexto bíblico:
SEGUNDA – Provérbios 2:20-21
"Assim andarás pelo caminho dos bons, e te manterás nas veredas dos justos. Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela."
Comentário:
Esses versículos destacam a recompensa de seguir os caminhos da sabedoria e da retidão. O "caminho dos bons" e as "veredas dos justos" são metáforas para uma vida de obediência a Deus e integridade moral. A promessa é de que os justos e íntegros habitarão a terra, o que pode ser entendido tanto de uma perspectiva terrena quanto espiritual. Em Israel, a ideia de "habitar a terra" frequentemente está ligada às bênçãos da aliança com Deus, enquanto para os cristãos essa habitação pode ser vista como uma metáfora para a vida eterna com Deus.
TERÇA – Tiago 3:17
"Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia."
Comentário:
Tiago descreve a natureza da verdadeira sabedoria que vem de Deus, contrastando-a com a sabedoria terrena, que é egoísta e cheia de inveja. A sabedoria divina é marcada por pureza moral e espiritual, promovendo a paz, a misericórdia e a imparcialidade. Essa sabedoria traz "bons frutos", ou seja, resulta em atitudes e ações que refletem o caráter de Deus. A verdadeira sabedoria é, portanto, humilde e centrada no bem dos outros, em vez de ser competitiva ou divisiva.
QUARTA – Provérbios 1:1; 10:1
"Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel." (Pv 1.1)
"Provérbios de Salomão. O filho sábio alegra o pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe." (Pv 10.1)
Comentário:
Esses dois versículos estabelecem a autoria do livro de Provérbios como sendo, em grande parte, de Salomão, o rei de Israel e filho de Davi. Salomão era conhecido por sua grande sabedoria, a qual Deus lhe concedeu (1 Reis 3:12). Provérbios 10.1 dá início a uma série de ditados curtos e práticos, contrastando os caminhos dos sábios e dos tolos. A ênfase aqui é na importância de agir com sabedoria para trazer alegria à família e à comunidade, enquanto a insensatez gera tristeza e problemas.
QUINTA – Provérbios 25:1
"Também estes são provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá."
Comentário:
Este versículo indica que, além dos provérbios originais compilados por Salomão, uma outra coleção foi transcrita pelos "homens de Ezequias". O rei Ezequias, que reinou muitos séculos após Salomão, era um reformador religioso que buscava restaurar a adoração adequada a Deus em Judá. A preservação e a propagação da sabedoria de Salomão por esses homens mostram a importância da tradição e da transmissão da sabedoria de geração em geração. Isso também revela que a sabedoria é atemporal e relevante em qualquer época.
SEXTA – Provérbios 1:5
"O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos."
Comentário:
Este versículo sublinha a necessidade contínua de aprendizado, mesmo para os sábios. A verdadeira sabedoria é um processo de crescimento constante. Aqueles que já são sábios continuam a aprender e a buscar o conselho de outros que têm discernimento. Isso também sugere humildade, pois a sabedoria não é uma conquista final, mas uma busca constante por maior entendimento e orientação.
SÁBADO – Provérbios 1:22
"Até quando, ó néscios, amareis a ignorância? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, odiareis o conhecimento?"
Comentário:
Aqui, a sabedoria, personificada, faz um apelo às pessoas para que abandonem a insensatez. Os "néscios" (insensatos), "escarnecedores" e "loucos" são categorias de pessoas que rejeitam a instrução e se mantêm afastadas do conhecimento. O tom do versículo é de repreensão, mas também de convite ao arrependimento. O apelo é claro: aqueles que rejeitam a sabedoria estão se condenando à ignorância e à destruição, enquanto aqueles que a buscam encontrarão a vida e o entendimento.
Essa leitura semanal reflete um tema contínuo de contraste entre a sabedoria e a insensatez, com ênfase na importância de buscar e seguir o conselho divino, cultivando uma vida de retidão e humildade diante de Deus.
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), e com grande alegria e, com a graça de Deus, que damos início a um novo trimestre, quando teremos a oportunidade de estudar treze Lições extraídas do livro de Provérbios, um manual divino para viver e se relacionar com Deus, conosco, com a família e com a sociedade. O comentarista da Lição e o Pr. Marcelo Oliveira, chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD. Ele é pastor auxiliar da AD em Augusto Vasconcelos – RJ: bacharel em Teologia: especialista em Educação (Gestão e Docência); licenciado em Letras e acadêmico em Psicologia. Nossa oração e para que este trimestre seja repleto de bênçãos que resultem em crescimento espiritual.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), ao iniciar um novo trimestre, é fundamental ressaltar a importância e a atualidade do tema que será estudado. Isso não apenas demonstra a relevância da lição, mas também desperta o interesse dos jovens e incentiva a participação ativa deles. Para isso, comece a aula solicitando que os alunos compartilhem suas expectativas em relação ao estudo do livro de Provérbios. Isso permite que eles expressem suas ideias e se envolvam desde o início, Aproveite para apresentar o esboço de todo o livro, conforme o esquema abaixo
Extraído de Guia Cristão de Leituras da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 217.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Aqui está uma ideia de dinâmica para jovens com o tema "Lição 01 – O Livro de Provérbios: Um Convite à Sabedoria", que pode ser usada para engajar os jovens de maneira interativa e prática, enquanto eles aprendem os ensinamentos de Provérbios.
Dinâmica: Caminho da Sabedoria ou Caminho da Insensatez
Objetivo:
Levar os jovens a refletirem sobre a importância das escolhas sábias em suas vidas, baseando-se nos ensinamentos do livro de Provérbios, e incentivar a busca constante pela sabedoria de Deus.
Material Necessário:
- 2 placas ou cartazes grandes: um com a palavra "Sabedoria" e outro com a palavra "Insensatez".
- Versículos de Provérbios impressos em tiras de papel (misturando versículos que falam de sabedoria e outros de insensatez).
- Fita adesiva ou barbante para delimitar dois caminhos no chão (pode ser em forma de linha reta ou uma trilha, com encruzilhadas).
- Cartelas com provérbios misturados (sabedoria e insensatez) para cada jovem (ou grupo).
- Papel e caneta para cada jovem (ou grupo).
- Pequenos prêmios (opcional).
Passos da Dinâmica:
- Preparação do ambiente:
- Crie dois caminhos no chão: um simbolizando o "Caminho da Sabedoria" e o outro, o "Caminho da Insensatez". No final de cada caminho, coloque as placas com os nomes respectivos.
- Espalhe pelo caminho pequenos versículos de Provérbios. Exemplo de versículos de sabedoria: Pv 1:7; Pv 3:5-6; Pv 4:7. Versículos que destacam a insensatez: Pv 1:22; Pv 12:15; Pv 14:16.
- Introdução (5 minutos):
- Explique para os jovens que o livro de Provérbios frequentemente apresenta um contraste entre dois caminhos: o caminho da sabedoria e o da insensatez. Cada um de nós, todos os dias, faz escolhas que nos aproximam de um desses dois caminhos.
- Destaque o convite de Provérbios a abraçar a sabedoria divina e as consequências de seguir a insensatez.
- Divisão em grupos (se houver muitos jovens):
- Divida os jovens em grupos pequenos (ou eles podem participar individualmente).
- Distribua as cartelas com diferentes provérbios misturados entre sabedoria e insensatez. Cada grupo deve identificar quais provérbios pertencem à sabedoria e quais pertencem à insensatez.
- Escolha de caminhos (15 minutos):
- Instrua cada grupo (ou indivíduo) a caminhar pelo "Caminho da Sabedoria" ou pelo "Caminho da Insensatez" dependendo das suas respostas às perguntas ou provérbios recebidos. Eles devem caminhar na direção correta baseada na sabedoria ou insensatez dos provérbios lidos.
- Durante o percurso, ao se depararem com as encruzilhadas, eles terão que decidir qual caminho seguir baseando-se nas respostas certas (sabedoria) ou erradas (insensatez).
- Por exemplo: Se o grupo se deparar com "O tolo rejeita a correção" (Pv 12:1), devem escolher o caminho da insensatez. Se for "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Pv 9:10), seguem pelo caminho da sabedoria.
- Reflexão (10 minutos):
- Após a dinâmica, reúna os jovens e peça que compartilhem suas escolhas e o que aprenderam ao percorrer os caminhos.
- Discuta como Provérbios mostra as consequências de escolher o caminho da insensatez e como a verdadeira sabedoria vem de Deus.
- Pergunte: "Quais escolhas práticas podemos fazer no dia a dia para seguir o caminho da sabedoria?"
- Conclusão e Aplicação (5 minutos):
- Encerre destacando que o livro de Provérbios é um convite à sabedoria, mas é preciso aceitar esse convite e colocá-lo em prática.
- Reforce que cada escolha, por menor que pareça, pode nos levar mais perto da sabedoria ou da insensatez. Nossa busca pela sabedoria começa com o temor ao Senhor e se manifesta em nossas ações diárias.
- Premiação (opcional):
- Se desejar, distribua pequenos prêmios para os grupos que identificaram corretamente mais provérbios de sabedoria ou que seguiram corretamente o "Caminho da Sabedoria".
Conclusão:
Essa dinâmica é uma forma criativa de ensinar os jovens a identificar e praticar a sabedoria. Ela os ajudará a entender que Provérbios não é apenas um livro antigo, mas uma fonte viva de orientação para suas vidas diárias. Ao se envolverem de maneira prática, eles podem perceber a importância das decisões sábias e como aplicar a sabedoria divina no cotidiano.
Aqui está uma ideia de dinâmica para jovens com o tema "Lição 01 – O Livro de Provérbios: Um Convite à Sabedoria", que pode ser usada para engajar os jovens de maneira interativa e prática, enquanto eles aprendem os ensinamentos de Provérbios.
Dinâmica: Caminho da Sabedoria ou Caminho da Insensatez
Objetivo:
Levar os jovens a refletirem sobre a importância das escolhas sábias em suas vidas, baseando-se nos ensinamentos do livro de Provérbios, e incentivar a busca constante pela sabedoria de Deus.
Material Necessário:
- 2 placas ou cartazes grandes: um com a palavra "Sabedoria" e outro com a palavra "Insensatez".
- Versículos de Provérbios impressos em tiras de papel (misturando versículos que falam de sabedoria e outros de insensatez).
- Fita adesiva ou barbante para delimitar dois caminhos no chão (pode ser em forma de linha reta ou uma trilha, com encruzilhadas).
- Cartelas com provérbios misturados (sabedoria e insensatez) para cada jovem (ou grupo).
- Papel e caneta para cada jovem (ou grupo).
- Pequenos prêmios (opcional).
Passos da Dinâmica:
- Preparação do ambiente:
- Crie dois caminhos no chão: um simbolizando o "Caminho da Sabedoria" e o outro, o "Caminho da Insensatez". No final de cada caminho, coloque as placas com os nomes respectivos.
- Espalhe pelo caminho pequenos versículos de Provérbios. Exemplo de versículos de sabedoria: Pv 1:7; Pv 3:5-6; Pv 4:7. Versículos que destacam a insensatez: Pv 1:22; Pv 12:15; Pv 14:16.
- Introdução (5 minutos):
- Explique para os jovens que o livro de Provérbios frequentemente apresenta um contraste entre dois caminhos: o caminho da sabedoria e o da insensatez. Cada um de nós, todos os dias, faz escolhas que nos aproximam de um desses dois caminhos.
- Destaque o convite de Provérbios a abraçar a sabedoria divina e as consequências de seguir a insensatez.
- Divisão em grupos (se houver muitos jovens):
- Divida os jovens em grupos pequenos (ou eles podem participar individualmente).
- Distribua as cartelas com diferentes provérbios misturados entre sabedoria e insensatez. Cada grupo deve identificar quais provérbios pertencem à sabedoria e quais pertencem à insensatez.
- Escolha de caminhos (15 minutos):
- Instrua cada grupo (ou indivíduo) a caminhar pelo "Caminho da Sabedoria" ou pelo "Caminho da Insensatez" dependendo das suas respostas às perguntas ou provérbios recebidos. Eles devem caminhar na direção correta baseada na sabedoria ou insensatez dos provérbios lidos.
- Durante o percurso, ao se depararem com as encruzilhadas, eles terão que decidir qual caminho seguir baseando-se nas respostas certas (sabedoria) ou erradas (insensatez).
- Por exemplo: Se o grupo se deparar com "O tolo rejeita a correção" (Pv 12:1), devem escolher o caminho da insensatez. Se for "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Pv 9:10), seguem pelo caminho da sabedoria.
- Reflexão (10 minutos):
- Após a dinâmica, reúna os jovens e peça que compartilhem suas escolhas e o que aprenderam ao percorrer os caminhos.
- Discuta como Provérbios mostra as consequências de escolher o caminho da insensatez e como a verdadeira sabedoria vem de Deus.
- Pergunte: "Quais escolhas práticas podemos fazer no dia a dia para seguir o caminho da sabedoria?"
- Conclusão e Aplicação (5 minutos):
- Encerre destacando que o livro de Provérbios é um convite à sabedoria, mas é preciso aceitar esse convite e colocá-lo em prática.
- Reforce que cada escolha, por menor que pareça, pode nos levar mais perto da sabedoria ou da insensatez. Nossa busca pela sabedoria começa com o temor ao Senhor e se manifesta em nossas ações diárias.
- Premiação (opcional):
- Se desejar, distribua pequenos prêmios para os grupos que identificaram corretamente mais provérbios de sabedoria ou que seguiram corretamente o "Caminho da Sabedoria".
Conclusão:
Essa dinâmica é uma forma criativa de ensinar os jovens a identificar e praticar a sabedoria. Ela os ajudará a entender que Provérbios não é apenas um livro antigo, mas uma fonte viva de orientação para suas vidas diárias. Ao se envolverem de maneira prática, eles podem perceber a importância das decisões sábias e como aplicar a sabedoria divina no cotidiano.
TEXTO BÍBLICO
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O início do livro de Provérbios estabelece os objetivos fundamentais da sabedoria e introduz a figura da "Sabedoria" como um apelo divino àqueles que vivem na insensatez. A análise dos versículos, incluindo o contexto teológico e as raízes hebraicas, ajuda a compreender o convite contínuo de Deus à sabedoria e à obediência.
Versículos 1-7: Introdução ao Livro e à Sabedoria
Provérbios 1:1
"Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel."
- Comentário: Este versículo apresenta o autor e o contexto real dos provérbios. Salomão, conhecido por sua grande sabedoria concedida por Deus (1 Reis 3:5-12), é o principal autor do livro. Como filho de Davi e rei de Israel, sua sabedoria tinha tanto um impacto pessoal quanto nacional, transmitindo princípios divinos que orientam a vida diária.
- Raiz hebraica: A palavra "Provérbios" vem de מִשְׁלֵי (mishlei), que significa um dito ou aforismo, muitas vezes uma declaração curta e concisa com um ensinamento profundo. Os provérbios oferecem insights para uma vida vivida em conformidade com a sabedoria de Deus.
Provérbios 1:2
"Para se conhecer a sabedoria e a instrução: para se entenderem as palavras da prudência."
- Comentário: O propósito do livro é claro: fornecer sabedoria (ḥokmah, חָכְמָה), que é a habilidade de aplicar o conhecimento divino na vida cotidiana. Além disso, "instrução" (musar, מוּסָר) refere-se à disciplina moral, necessária para que o aprendizado se converta em ação. O objetivo é desenvolver a capacidade de discernimento ou "prudência" (binah, בִּינָה), que permite entender as nuances da verdade e do comportamento justo.
- Raiz hebraica: A palavra "sabedoria" (ḥokmah) carrega a ideia de habilidade prática, não apenas intelectual, enquanto "prudência" (binah) refere-se ao discernimento e entendimento profundo. Esses conceitos mostram que sabedoria, na Bíblia, não é meramente conhecimento abstrato, mas orientação para a vida real.
Provérbios 1:3
"Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade."
- Comentário: Salomão identifica as qualidades que a sabedoria ensina: "justiça" (tsedeq, צֶדֶק), "juízo" (mishpat, מִשְׁפָּט) e "equidade" (mesharim, מֵישָׁרִים). Esses termos formam a base da conduta reta, essencial para o relacionamento com Deus e com os outros. A instrução é necessária para que o conhecimento se torne prática justa, levando à verdadeira retidão.
- Raiz hebraica: "Justiça" (tsedeq) implica em integridade e retidão, enquanto "juízo" (mishpat) refere-se à aplicação correta da justiça. "Equidade" (mesharim) sugere retidão moral e imparcialidade, promovendo uma vida equilibrada em conformidade com os padrões divinos.
Provérbios 1:4
"Para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso."
- Comentário: A sabedoria não é destinada apenas aos sábios, mas também aos "simples" (pethi, פֶּתִי), que são aqueles inexperientes ou ingênuos, e aos "jovens" (na’ar, נַעַר), que ainda estão formando seus entendimentos da vida. Eles recebem "prudência" (ormah, עָרְמָה) e "conhecimento" (da'at, דַּעַת), para que possam viver de forma sábia desde cedo.
- Raiz hebraica: A palavra "simples" (pethi) refere-se a alguém vulnerável a más influências por falta de discernimento, enquanto "prudência" (ormah) implica na habilidade de tomar decisões sábias em situações complexas. "Bom siso" (mezimmah, מְזִמָּה) representa o planejamento sensato e a previsão das consequências das ações.
Provérbios 1:5
"Para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos."
- Comentário: O versículo destaca a importância da contínua busca por sabedoria, mesmo para aqueles que já são sábios. A sabedoria não é um ponto final, mas um processo de crescimento e aperfeiçoamento. "Sábios conselhos" (tachbulot, תַּחְבֻּלוֹת) refere-se a estratégias e planos prudentes, sugerindo que a sabedoria envolve também a capacidade de enfrentar desafios de forma eficaz.
- Raiz hebraica: A palavra "conselhos" (tachbulot) deriva de um termo náutico que se refere a cordas de navegação, sugerindo a ideia de planejamento cuidadoso e estratégia para conduzir a vida no rumo certo.
Provérbios 1:6
"Para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações."
- Comentário: Salomão afirma que a sabedoria ajuda a decifrar "provérbios" e "interpretações" (melitsah, מְלִיצָה), mostrando que a sabedoria envolve a habilidade de interpretar e entender não apenas palavras simples, mas também ensinamentos mais complexos e profundos. As "adivinhações" (ḥidot, חִידוֹת) referem-se a enigmas ou mistérios, indicando que a sabedoria divina também traz entendimento em áreas difíceis.
- Raiz hebraica: "Adivinhações" (ḥidot) são questões difíceis ou misteriosas que exigem discernimento, mostrando que o conhecimento que vem de Deus nos ajuda a entender até as partes mais difíceis da vida.
Provérbios 1:7
"O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução."
- Comentário: Este é o tema central do livro de Provérbios. O "temor do Senhor" (yirat Yahweh, יִרְאַת יְהוָה) é a base de todo o conhecimento verdadeiro. O temor aqui não é medo, mas reverência e respeito profundo por Deus. Aqueles que desprezam essa sabedoria são chamados de "loucos" (evilim, אֱוִילִים), uma palavra que descreve aqueles que são moralmente insensatos e ignoram a verdade de Deus.
- Raiz hebraica: A palavra "temor" (yirah) implica reverência e respeito profundo, enquanto "loucos" (evilim) refere-se àqueles que, por orgulho, rejeitam a instrução e a disciplina divina.
Versículos 20-23: O Apelo da Sabedoria
Provérbios 1:20-21
"A suprema Sabedoria altissonantemente clama de fora pelas ruas levanta a sua voz nas encruzilhadas, no meio dos tumultos, clama; às entradas das portas e na cidade profere as suas palavras."
- Comentário: Aqui, a sabedoria é personificada como uma mulher que clama publicamente. A imagem é de uma sabedoria acessível e disponível para todos, mas que é muitas vezes ignorada. "Encruzilhadas" e "entradas das portas" são lugares de intensa atividade social, o que sugere que a sabedoria se apresenta em meio às decisões diárias da vida.
- Raiz hebraica: A palavra "clama" (qara, קָרָא) indica um apelo intenso e urgente, mostrando que a sabedoria está sempre à disposição, mas depende da resposta daqueles que a ouvem.
Provérbios 1:22
"Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecerás o conhecimento?"
- Comentário: A sabedoria faz uma repreensão direta àqueles que rejeitam o conhecimento. Os "néscios" (pethi) amam a insensatez, enquanto os "escarnecedores" (letsim, לֵצִים) desprezam a verdade e se divertem com a tolice. Os "loucos" (kesil, כְּסִילִים) rejeitam o conhecimento de Deus.
- Raiz hebraica: A palavra "nécios" (pethi) refere-se àqueles ingênuos, enquanto "escarnecedores" (letsim) são os que zombam da sabedoria. "Loucos" (kesil) descreve aqueles que, de forma deliberada, desprezam o conhecimento divino.
Provérbios 1:23
"Convertei-vos pela minha repreensão: eis que abundantemente derramarei sobre vós meu espírito e vos farei saber as minhas palavras."
- Comentário: O apelo final da sabedoria é um convite ao arrependimento e à mudança de vida. Ao atender a esse convite, a sabedoria promete derramar seu espírito sobre aqueles que a ouvirem, trazendo revelação e conhecimento divinos. Esse derramamento do espírito aponta para a ideia de uma sabedoria interior, uma transformação que começa no coração.
- Raiz hebraica: "Derramarei" (naba, נָבַע) transmite a ideia de um fluxo contínuo e abundante, sugerindo que Deus deseja dar sabedoria generosamente àqueles que se voltam para Ele.
Conclusão
Provérbios 1:1-7 e 20-23 delineiam o propósito e a importância da sabedoria divina. A sabedoria não é apenas um conceito intelectual, mas um chamado a uma vida moral, justa e equilibrada. O "temor do Senhor" é a base de todo conhecimento, e a rejeição dessa sabedoria é um caminho para a destruição. A sabedoria clama publicamente, chamando todos a abandonarem a insensatez e aceitarem o dom da vida e da verdade que vem de Deus.
O início do livro de Provérbios estabelece os objetivos fundamentais da sabedoria e introduz a figura da "Sabedoria" como um apelo divino àqueles que vivem na insensatez. A análise dos versículos, incluindo o contexto teológico e as raízes hebraicas, ajuda a compreender o convite contínuo de Deus à sabedoria e à obediência.
Versículos 1-7: Introdução ao Livro e à Sabedoria
Provérbios 1:1
"Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel."
- Comentário: Este versículo apresenta o autor e o contexto real dos provérbios. Salomão, conhecido por sua grande sabedoria concedida por Deus (1 Reis 3:5-12), é o principal autor do livro. Como filho de Davi e rei de Israel, sua sabedoria tinha tanto um impacto pessoal quanto nacional, transmitindo princípios divinos que orientam a vida diária.
- Raiz hebraica: A palavra "Provérbios" vem de מִשְׁלֵי (mishlei), que significa um dito ou aforismo, muitas vezes uma declaração curta e concisa com um ensinamento profundo. Os provérbios oferecem insights para uma vida vivida em conformidade com a sabedoria de Deus.
Provérbios 1:2
"Para se conhecer a sabedoria e a instrução: para se entenderem as palavras da prudência."
- Comentário: O propósito do livro é claro: fornecer sabedoria (ḥokmah, חָכְמָה), que é a habilidade de aplicar o conhecimento divino na vida cotidiana. Além disso, "instrução" (musar, מוּסָר) refere-se à disciplina moral, necessária para que o aprendizado se converta em ação. O objetivo é desenvolver a capacidade de discernimento ou "prudência" (binah, בִּינָה), que permite entender as nuances da verdade e do comportamento justo.
- Raiz hebraica: A palavra "sabedoria" (ḥokmah) carrega a ideia de habilidade prática, não apenas intelectual, enquanto "prudência" (binah) refere-se ao discernimento e entendimento profundo. Esses conceitos mostram que sabedoria, na Bíblia, não é meramente conhecimento abstrato, mas orientação para a vida real.
Provérbios 1:3
"Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade."
- Comentário: Salomão identifica as qualidades que a sabedoria ensina: "justiça" (tsedeq, צֶדֶק), "juízo" (mishpat, מִשְׁפָּט) e "equidade" (mesharim, מֵישָׁרִים). Esses termos formam a base da conduta reta, essencial para o relacionamento com Deus e com os outros. A instrução é necessária para que o conhecimento se torne prática justa, levando à verdadeira retidão.
- Raiz hebraica: "Justiça" (tsedeq) implica em integridade e retidão, enquanto "juízo" (mishpat) refere-se à aplicação correta da justiça. "Equidade" (mesharim) sugere retidão moral e imparcialidade, promovendo uma vida equilibrada em conformidade com os padrões divinos.
Provérbios 1:4
"Para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso."
- Comentário: A sabedoria não é destinada apenas aos sábios, mas também aos "simples" (pethi, פֶּתִי), que são aqueles inexperientes ou ingênuos, e aos "jovens" (na’ar, נַעַר), que ainda estão formando seus entendimentos da vida. Eles recebem "prudência" (ormah, עָרְמָה) e "conhecimento" (da'at, דַּעַת), para que possam viver de forma sábia desde cedo.
- Raiz hebraica: A palavra "simples" (pethi) refere-se a alguém vulnerável a más influências por falta de discernimento, enquanto "prudência" (ormah) implica na habilidade de tomar decisões sábias em situações complexas. "Bom siso" (mezimmah, מְזִמָּה) representa o planejamento sensato e a previsão das consequências das ações.
Provérbios 1:5
"Para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos."
- Comentário: O versículo destaca a importância da contínua busca por sabedoria, mesmo para aqueles que já são sábios. A sabedoria não é um ponto final, mas um processo de crescimento e aperfeiçoamento. "Sábios conselhos" (tachbulot, תַּחְבֻּלוֹת) refere-se a estratégias e planos prudentes, sugerindo que a sabedoria envolve também a capacidade de enfrentar desafios de forma eficaz.
- Raiz hebraica: A palavra "conselhos" (tachbulot) deriva de um termo náutico que se refere a cordas de navegação, sugerindo a ideia de planejamento cuidadoso e estratégia para conduzir a vida no rumo certo.
Provérbios 1:6
"Para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações."
- Comentário: Salomão afirma que a sabedoria ajuda a decifrar "provérbios" e "interpretações" (melitsah, מְלִיצָה), mostrando que a sabedoria envolve a habilidade de interpretar e entender não apenas palavras simples, mas também ensinamentos mais complexos e profundos. As "adivinhações" (ḥidot, חִידוֹת) referem-se a enigmas ou mistérios, indicando que a sabedoria divina também traz entendimento em áreas difíceis.
- Raiz hebraica: "Adivinhações" (ḥidot) são questões difíceis ou misteriosas que exigem discernimento, mostrando que o conhecimento que vem de Deus nos ajuda a entender até as partes mais difíceis da vida.
Provérbios 1:7
"O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução."
- Comentário: Este é o tema central do livro de Provérbios. O "temor do Senhor" (yirat Yahweh, יִרְאַת יְהוָה) é a base de todo o conhecimento verdadeiro. O temor aqui não é medo, mas reverência e respeito profundo por Deus. Aqueles que desprezam essa sabedoria são chamados de "loucos" (evilim, אֱוִילִים), uma palavra que descreve aqueles que são moralmente insensatos e ignoram a verdade de Deus.
- Raiz hebraica: A palavra "temor" (yirah) implica reverência e respeito profundo, enquanto "loucos" (evilim) refere-se àqueles que, por orgulho, rejeitam a instrução e a disciplina divina.
Versículos 20-23: O Apelo da Sabedoria
Provérbios 1:20-21
"A suprema Sabedoria altissonantemente clama de fora pelas ruas levanta a sua voz nas encruzilhadas, no meio dos tumultos, clama; às entradas das portas e na cidade profere as suas palavras."
- Comentário: Aqui, a sabedoria é personificada como uma mulher que clama publicamente. A imagem é de uma sabedoria acessível e disponível para todos, mas que é muitas vezes ignorada. "Encruzilhadas" e "entradas das portas" são lugares de intensa atividade social, o que sugere que a sabedoria se apresenta em meio às decisões diárias da vida.
- Raiz hebraica: A palavra "clama" (qara, קָרָא) indica um apelo intenso e urgente, mostrando que a sabedoria está sempre à disposição, mas depende da resposta daqueles que a ouvem.
Provérbios 1:22
"Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecerás o conhecimento?"
- Comentário: A sabedoria faz uma repreensão direta àqueles que rejeitam o conhecimento. Os "néscios" (pethi) amam a insensatez, enquanto os "escarnecedores" (letsim, לֵצִים) desprezam a verdade e se divertem com a tolice. Os "loucos" (kesil, כְּסִילִים) rejeitam o conhecimento de Deus.
- Raiz hebraica: A palavra "nécios" (pethi) refere-se àqueles ingênuos, enquanto "escarnecedores" (letsim) são os que zombam da sabedoria. "Loucos" (kesil) descreve aqueles que, de forma deliberada, desprezam o conhecimento divino.
Provérbios 1:23
"Convertei-vos pela minha repreensão: eis que abundantemente derramarei sobre vós meu espírito e vos farei saber as minhas palavras."
- Comentário: O apelo final da sabedoria é um convite ao arrependimento e à mudança de vida. Ao atender a esse convite, a sabedoria promete derramar seu espírito sobre aqueles que a ouvirem, trazendo revelação e conhecimento divinos. Esse derramamento do espírito aponta para a ideia de uma sabedoria interior, uma transformação que começa no coração.
- Raiz hebraica: "Derramarei" (naba, נָבַע) transmite a ideia de um fluxo contínuo e abundante, sugerindo que Deus deseja dar sabedoria generosamente àqueles que se voltam para Ele.
Conclusão
Provérbios 1:1-7 e 20-23 delineiam o propósito e a importância da sabedoria divina. A sabedoria não é apenas um conceito intelectual, mas um chamado a uma vida moral, justa e equilibrada. O "temor do Senhor" é a base de todo conhecimento, e a rejeição dessa sabedoria é um caminho para a destruição. A sabedoria clama publicamente, chamando todos a abandonarem a insensatez e aceitarem o dom da vida e da verdade que vem de Deus.
INTRODUÇÃO
O que é a sabedoria? Há um manual para como viver? Como devemos nos relacionar com Deus, com nós mesmos, com a família e com a sociedade? Essas questões farão parte deste trimestre em que o livro de Provérbios é o nosso objeto de estudo.
I- UM LIVRO PARA A VIDA
1- A arte de viver. Recentemente, estudamos o livro de Salmos, vimos que esse livro apresenta lições preciosas para a nossa vida espiritual.. Diferentemente de Salmos, o livro de Provérbios é um conjunto de conselhos que traz ensinamentos valiosos para a nossa maneira de viver com Deus, com nós mesmos, com a nossa família e com a sociedade em que estamos inseridos. É um livro em que os ensinamentos provêm da revelação do alto, por isso são princípios de fé, e confirmados na experiência de vida dos que vivem de maneira justa e reta (Pv 2.20,21). Logo, o que se encontra no Livro de Provérbios não é uma forma idealizada de vida, mas um ensinamento prático que tem como fonte de inspiração o próprio Deus e, ao mesmo tempo, confirmado por meio do estilo de vida dos justos que vivem para glorificar a Deus. Isso não significa que o livro de Provérbios deve ser lido como uma receita que traz um segredo para cada momento da vida. Muito pelo contrário, Provérbios nos ensina a ser realistas, prudentes e cuidadosos, sabendo que devemos ser instruídos por Deus para caminhar de modo que desenvolvamos uma justa maneira de viver, começando sempre em Deus (Pv 1.7).
2- O que é a sabedoria? Na Bíblia, a palavra “sabedoria” tem a ver com a habilidade de viver no meio de qualquer circunstância sem perder de vista as virtudes que identificam um modo justo e reto de quem serve a Deus. Isso quer dizer que a sabedoria não está ligada à informação ou ao conhecimento cultural puro e simples, mas a habilidade de aplicar um determinado conhecimento para superar um problema da vida. Por exemplo, a formação acadêmica não tem potência para livrar você dos caminhos da delinquência (Pv 1.11-19), ou dos enlaces de uma sedução (Pv 7.21-23). Mas a sabedoria que vem do alto o instrui e, ao mesmo tempo, cria, de dentro para a fora, instrumentos necessários para fazer com que você rejeite o que e mau e abrace o que é bom e glorifique a Deus (Tg 3.17), Assim, a sabedoria e a habilidade de Lidar bem, de acordo com ajusta retidão, em nossa relação com Deus, com as nossas as emoções, com a dieta diária, com a sexualidade, com a nossa família, com o próximo, com toda a sociedade e sua estrutura, com o dinheiro e dimensões específicas da nossa existência.
3- Literatura de Sabedoria. Ao lado de Jó, Eclesiastes e Cantares de Salomão, Provérbios é um livro classificado no gênero literário de sabedoria ou sapiencial. É um tipo de Literatura que se preocupa com a sabedoria prática aplicada diariamente às circunstâncias da vida: Como devemos nos relacionar com Deus? Com nos mesmo? Com nossos pais? Como devemos nos relacionar com o próximo? Diante de uma injustiça, como devemos reagir sem sermos nivelados ao agressor? Diante do sofrimento, como devemos nos relacionar com Deus? Qual é o sentido da vida? Essas e outras questões fazem parte da experiência humana e são devidamente abordadas na coleção de Literatura de Sabedoria e, em especial, no livro de Provérbios, objeto de nosso estudo neste trimestre.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O livro de Provérbios, ao lado de outras literaturas sapienciais como Jó, Eclesiastes e Cantares, destaca-se por seus ensinamentos práticos voltados à vida cotidiana. Sua importância não se limita a conselhos morais, mas à formação de um caráter íntegro que glorifica a Deus em todas as esferas da vida.
I. UM LIVRO PARA A VIDA
1. A Arte de Viver
Provérbios não é um livro de poesia devocional como o de Salmos, mas uma coleção de orientações práticas para lidar com a vida de maneira sábia e piedosa. A "arte de viver" referida aqui destaca a habilidade de aplicar a sabedoria divina nas decisões diárias. Essa sabedoria, que é resultado da revelação de Deus e da observação da vida justa, é uma manifestação da graça de Deus.
- Contexto Teológico: A sabedoria em Provérbios é a habilidade de viver em harmonia com a ordem estabelecida por Deus. Diferentemente de uma visão secular da vida, onde o sucesso ou fracasso é medido apenas pelas circunstâncias, o livro de Provérbios coloca Deus no centro da busca por uma vida bem-sucedida (Pv 1:7). Esse princípio é expresso na teologia cristã como a vida coram Deo (vivendo diante de Deus).
- Aplicação Pessoal: Viver com sabedoria implica em depender de Deus para direção em todos os aspectos da vida. Isso é essencial para as interações familiares, sociais e espirituais. A sabedoria que vem de Deus é também reflexo de um relacionamento saudável com Ele, o que molda nossas decisões.
2. O que é a Sabedoria?
Na visão bíblica, a sabedoria não é apenas conhecimento intelectual ou acadêmico, mas a capacidade de aplicar o discernimento divino em situações práticas da vida. O livro de Provérbios, e a literatura sapiencial como um todo, ensina que a verdadeira sabedoria provém de Deus e transforma o coração, capacitando o indivíduo a viver com justiça, retidão e prudência (Tg 3:17).
- Raiz Hebraica: A palavra hebraica para sabedoria é חָכְמָה (ḥokmah), que não implica apenas conhecimento teórico, mas habilidade prática e discernimento moral. Em Provérbios, essa sabedoria é principalmente o temor do Senhor (Pv 1:7), um reconhecimento contínuo da soberania de Deus em cada área da vida. Sem essa base, todas as outras formas de sabedoria humana são deficientes.
- Aplicação Pessoal: A sabedoria que vem de Deus não é apenas teórica, mas profundamente prática. Ela nos guia no casamento, no uso do dinheiro, na criação de filhos e na ética no trabalho. A busca pela sabedoria requer submissão a Deus e um desejo contínuo de conhecer Sua vontade para nossas vidas.
3. Literatura de Sabedoria
O gênero literário sapiencial tem uma perspectiva focada no comportamento humano e na ordem divina. Enquanto o livro de Jó lida com o problema do sofrimento e o sentido da vida, e Eclesiastes explora a vaidade das buscas humanas sem Deus, Provérbios se concentra no comportamento diário e nas consequências das escolhas. O livro aborda questões como justiça, honestidade, domínio próprio e integridade.
- Perspectiva Teológica: Na tradição cristã, Jesus é frequentemente identificado como a personificação da Sabedoria de Deus (1 Co 1:30). Isso implica que seguir a Cristo é viver de acordo com o padrão de sabedoria divina revelado no livro de Provérbios. O ensino de Jesus sobre a vida sábia reflete os mesmos princípios encontrados nesta literatura sapiencial, como no Sermão do Monte (Mateus 5–7).
- Aplicação Pessoal: Ao estudar o livro de Provérbios, o crente é chamado a alinhar sua vida com os princípios eternos de Deus. Esses princípios nos desafiam a viver de maneira justa e piedosa, independentemente das circunstâncias. Assim, o livro nos oferece um guia prático para enfrentar os dilemas morais, emocionais e espirituais da vida com discernimento.
Conclusão Geral
A sabedoria em Provérbios não é algo abstrato, mas uma prática que envolve todas as áreas da vida. Como Salomão afirma em Provérbios 1:7, "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria". Isso coloca Deus no centro de toda a busca pelo entendimento. A sabedoria bíblica exige uma reverência constante a Deus e uma disposição para aprender com Ele, transformando essa sabedoria em ações que glorificam a Deus e abençoam os outros.
- Contexto Histórico-Cultural: No contexto da antiga Israel, a sabedoria era um dom valorizado e um sinal da bênção de Deus. Salomão, o autor principal de Provérbios, pediu sabedoria em vez de riqueza ou poder (1 Reis 3:9), mostrando o valor dessa virtude. Ele entendeu que governar e viver corretamente dependia de um coração sábio, algo que se aplica também a nossa sociedade contemporânea.
- Opiniões de Livros Cristãos:
- "Comentário de Provérbios" (Matthew Henry): Henry destaca a sabedoria como algo que instrui não apenas a mente, mas também o coração. Ele vê Provérbios como um manual para a vida, que ensina tanto a piedade quanto a prática cotidiana.
- "O Livro de Provérbios" (John MacArthur): MacArthur sublinha que Provérbios oferece instruções para viver uma vida que honra a Deus, mostrando a importância do temor do Senhor como o fundamento da verdadeira sabedoria.
- Aplicação Pessoal: Como seguidores de Cristo, devemos buscar essa sabedoria que vem do alto. Isso envolve permitir que o Espírito Santo transforme nossos corações e mentes, para que possamos viver de maneira justa e piedosa em todas as esferas da vida: espiritual, emocional, relacional e social.
Essa lição introduz o livro de Provérbios como uma rica fonte de sabedoria divina, que orienta nossa maneira de viver. O estudo do livro revela como podemos aplicar os ensinamentos de Deus na vida diária, desenvolvendo uma espiritualidade prática que glorifica a Deus em todas as áreas.
O livro de Provérbios, ao lado de outras literaturas sapienciais como Jó, Eclesiastes e Cantares, destaca-se por seus ensinamentos práticos voltados à vida cotidiana. Sua importância não se limita a conselhos morais, mas à formação de um caráter íntegro que glorifica a Deus em todas as esferas da vida.
I. UM LIVRO PARA A VIDA
1. A Arte de Viver
Provérbios não é um livro de poesia devocional como o de Salmos, mas uma coleção de orientações práticas para lidar com a vida de maneira sábia e piedosa. A "arte de viver" referida aqui destaca a habilidade de aplicar a sabedoria divina nas decisões diárias. Essa sabedoria, que é resultado da revelação de Deus e da observação da vida justa, é uma manifestação da graça de Deus.
- Contexto Teológico: A sabedoria em Provérbios é a habilidade de viver em harmonia com a ordem estabelecida por Deus. Diferentemente de uma visão secular da vida, onde o sucesso ou fracasso é medido apenas pelas circunstâncias, o livro de Provérbios coloca Deus no centro da busca por uma vida bem-sucedida (Pv 1:7). Esse princípio é expresso na teologia cristã como a vida coram Deo (vivendo diante de Deus).
- Aplicação Pessoal: Viver com sabedoria implica em depender de Deus para direção em todos os aspectos da vida. Isso é essencial para as interações familiares, sociais e espirituais. A sabedoria que vem de Deus é também reflexo de um relacionamento saudável com Ele, o que molda nossas decisões.
2. O que é a Sabedoria?
Na visão bíblica, a sabedoria não é apenas conhecimento intelectual ou acadêmico, mas a capacidade de aplicar o discernimento divino em situações práticas da vida. O livro de Provérbios, e a literatura sapiencial como um todo, ensina que a verdadeira sabedoria provém de Deus e transforma o coração, capacitando o indivíduo a viver com justiça, retidão e prudência (Tg 3:17).
- Raiz Hebraica: A palavra hebraica para sabedoria é חָכְמָה (ḥokmah), que não implica apenas conhecimento teórico, mas habilidade prática e discernimento moral. Em Provérbios, essa sabedoria é principalmente o temor do Senhor (Pv 1:7), um reconhecimento contínuo da soberania de Deus em cada área da vida. Sem essa base, todas as outras formas de sabedoria humana são deficientes.
- Aplicação Pessoal: A sabedoria que vem de Deus não é apenas teórica, mas profundamente prática. Ela nos guia no casamento, no uso do dinheiro, na criação de filhos e na ética no trabalho. A busca pela sabedoria requer submissão a Deus e um desejo contínuo de conhecer Sua vontade para nossas vidas.
3. Literatura de Sabedoria
O gênero literário sapiencial tem uma perspectiva focada no comportamento humano e na ordem divina. Enquanto o livro de Jó lida com o problema do sofrimento e o sentido da vida, e Eclesiastes explora a vaidade das buscas humanas sem Deus, Provérbios se concentra no comportamento diário e nas consequências das escolhas. O livro aborda questões como justiça, honestidade, domínio próprio e integridade.
- Perspectiva Teológica: Na tradição cristã, Jesus é frequentemente identificado como a personificação da Sabedoria de Deus (1 Co 1:30). Isso implica que seguir a Cristo é viver de acordo com o padrão de sabedoria divina revelado no livro de Provérbios. O ensino de Jesus sobre a vida sábia reflete os mesmos princípios encontrados nesta literatura sapiencial, como no Sermão do Monte (Mateus 5–7).
- Aplicação Pessoal: Ao estudar o livro de Provérbios, o crente é chamado a alinhar sua vida com os princípios eternos de Deus. Esses princípios nos desafiam a viver de maneira justa e piedosa, independentemente das circunstâncias. Assim, o livro nos oferece um guia prático para enfrentar os dilemas morais, emocionais e espirituais da vida com discernimento.
Conclusão Geral
A sabedoria em Provérbios não é algo abstrato, mas uma prática que envolve todas as áreas da vida. Como Salomão afirma em Provérbios 1:7, "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria". Isso coloca Deus no centro de toda a busca pelo entendimento. A sabedoria bíblica exige uma reverência constante a Deus e uma disposição para aprender com Ele, transformando essa sabedoria em ações que glorificam a Deus e abençoam os outros.
- Contexto Histórico-Cultural: No contexto da antiga Israel, a sabedoria era um dom valorizado e um sinal da bênção de Deus. Salomão, o autor principal de Provérbios, pediu sabedoria em vez de riqueza ou poder (1 Reis 3:9), mostrando o valor dessa virtude. Ele entendeu que governar e viver corretamente dependia de um coração sábio, algo que se aplica também a nossa sociedade contemporânea.
- Opiniões de Livros Cristãos:
- "Comentário de Provérbios" (Matthew Henry): Henry destaca a sabedoria como algo que instrui não apenas a mente, mas também o coração. Ele vê Provérbios como um manual para a vida, que ensina tanto a piedade quanto a prática cotidiana.
- "O Livro de Provérbios" (John MacArthur): MacArthur sublinha que Provérbios oferece instruções para viver uma vida que honra a Deus, mostrando a importância do temor do Senhor como o fundamento da verdadeira sabedoria.
- Aplicação Pessoal: Como seguidores de Cristo, devemos buscar essa sabedoria que vem do alto. Isso envolve permitir que o Espírito Santo transforme nossos corações e mentes, para que possamos viver de maneira justa e piedosa em todas as esferas da vida: espiritual, emocional, relacional e social.
Essa lição introduz o livro de Provérbios como uma rica fonte de sabedoria divina, que orienta nossa maneira de viver. O estudo do livro revela como podemos aplicar os ensinamentos de Deus na vida diária, desenvolvendo uma espiritualidade prática que glorifica a Deus em todas as áreas.
SUBSÍDIO 1
Professor(a), depois de apresentar o tema do trimestre, explique aos alunos que “o livro de Provérbios começa com uma clara declaração de seus propósitos: levar as pessoas a buscarem a sabedoria para que vivam de uma forma agradável a Deus. Os primeiros capítulos consistem em conselhos paternais de Salomão aos jovens. Embora a maioria do material desta seção seja dirigido aos jovens, todos aqueles que buscam ser sábios se beneficiarão muito desses textos e descobriram a fonte, o valor e os benefícios da sabedoria.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal” Rio de Janeiro: CPAD, p. 834)
II- COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DE PROVÉRBIOS
1- Provérbios, autoria e data. Basicamente, podemos dizer que “provérbios” é um “ditado”, ou uma “máxima” que expressa uma verdade geral Por exemplo: “o cair é do homem, mas o levantar é de Deus”. Embora não esteja na Bíblia, trata-se de um bom ditado popular. Há outros provérbios no contexto secular que expressam uma verdade geral. Entretanto, os que estão presentes na Bíblia são inspirados por Deus e, por isso, contêm um significado mais amplo, não se atendo apenas a uma máxima ou ditado, mas remontando a interpretação de um ensino ético da fé do povo de Israel. Não por acaso, a palavra moshol, “provérbios” em hebraico, tem esse significado mais amplo como destacamos. São máximas ou ditados que expressam verdades as quais servem como princípio de vida correta e justa diante de Deus. A[em disso, a autoria do livro de Provérbios e do sábio Salomão (a maioria dos provérbios e de sua autoria), o árabe Agur, outro não israelita, Lemuel, e um autor desconhecido, Esses autores versaram máximas ou ditados, parábolas que expressam princípios divinos que podem ser aplicados ao nosso cotidiano. Já a data aproximada de sua composição é 970 – 7oo a.C,, antes do exílio dos judeus.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O livro de Provérbios é uma das obras mais ricas da literatura sapiencial bíblica. Sua composição e estrutura apresentam um vasto conjunto de ensinamentos práticos que abrangem desde questões éticas e morais até conselhos para a vida cotidiana, revelando uma sabedoria divina que transcende o tempo e o espaço. Analisemos os principais aspectos da composição e da estrutura do livro, com implicações teológicas e práticas.
1. Provérbios: Autoria e Data
1.1. A Natureza dos Provérbios
Os "provérbios" são, de forma geral, sentenças ou máximas curtas que expressam verdades universais. Essas verdades são atemporais, mas quando encontramos essas máximas na Bíblia, elas ganham uma profundidade espiritual por serem inspiradas por Deus. A palavra hebraica para "provérbios" é משל (moshál), que pode significar não apenas um ditado, mas também uma comparação ou parábola. Esse termo destaca a profundidade dessas máximas, que não apenas refletem o cotidiano, mas também apontam para a vida em comunhão com Deus.
- Perspectiva Teológica: Os provérbios bíblicos diferem dos ditados populares por sua fonte divina. Enquanto os ditados comuns podem conter sabedoria prática, os provérbios bíblicos são revelações diretas de Deus e, portanto, têm um alcance maior. Eles ensinam não apenas como viver de maneira prática, mas como viver em retidão diante de Deus, o que ecoa em toda a Escritura.
1.2. Autores de Provérbios
Embora Salomão seja o autor principal (Pv 1:1; 10:1), outros contribuíram com o livro, como Agur (Pv 30) e Lemuel (Pv 31). A inclusão de autores não israelitas, como Agur e Lemuel, mostra que a sabedoria divina não se limita a uma nação, mas está disponível a todos que buscam a verdade de Deus. Salomão, conhecido por sua sabedoria (1 Reis 3:12), é responsável por grande parte da obra, e sua contribuição é vista como um reflexo de sua intimidade com Deus e de seu papel como líder do povo de Israel.
- Data e Contexto: A data estimada para a composição do livro é entre 970 e 700 a.C., antes do exílio babilônico. Isso sugere que os provérbios refletem a vida e a cultura de Israel durante o período do reino unido e dos primeiros reis de Judá. A sabedoria de Salomão é uma dádiva de Deus, e sua aplicação se refere tanto à realeza quanto à vida comum dos israelitas.
- Aplicação Pessoal: A inclusão de múltiplos autores nos lembra que a sabedoria de Deus pode ser encontrada em várias vozes e experiências, desde que enraizada no temor ao Senhor. Hoje, devemos buscar discernir a sabedoria divina em nossas vidas, tanto nas Escrituras quanto nas experiências que Deus nos permite viver.
2. A Estrutura do Livro de Provérbios
Provérbios é classificado como poesia hebraica, e isso afeta tanto a forma quanto o conteúdo. Sua estrutura é fluida e poética, com paralelismos, comparações e contrastes que marcam a mensagem divina. A obra é dividida em três seções principais, cada uma com características específicas.
2.1. Discursos (Capítulos 1–9)
Os capítulos iniciais de Provérbios apresentam discursos mais longos que contêm advertências, exortações e instruções detalhadas sobre o temor do Senhor. Aqui, o tema principal é o contraste entre a sabedoria e a insensatez. A sabedoria é personificada como uma mulher clamando nas ruas, enquanto a insensatez é descrita como perigosa e destrutiva.
- Teologia e Exposição: A sabedoria, personificada, reflete a voz de Deus que guia o homem ao caminho da justiça e da retidão. Os discursos chamam o leitor a abraçar o temor do Senhor (Pv 1:7), que é o princípio de todo conhecimento. Esse temor não se refere a um medo irracional, mas a uma reverência profunda e respeitosa que reconhece a santidade e a soberania de Deus.
- Aplicação Pessoal: Esses capítulos nos desafiam a cultivar um coração que busca o discernimento e a instrução de Deus. Devemos atentar para a voz da sabedoria, rejeitando as seduções da insensatez que nos afastam de Deus e de uma vida justa.
2.2. Coleção de Provérbios (Capítulos 10–29)
Esses capítulos contêm coleções de provérbios curtos, em que as máximas e ditados são apresentados de maneira concisa e direta. Esses versículos cobrem uma ampla gama de temas, como a honestidade, o uso da língua, o trabalho, a família e a justiça.
- Poesia Hebraica: A estrutura poética dos provérbios é marcada por paralelismos, ou seja, duas linhas que se relacionam, seja por contraste (antitético) ou por ampliação (sinonímico). Isso reflete a beleza e a profundidade da sabedoria divina. Por exemplo, "O justo é libertado da angústia, e o ímpio fica em seu lugar" (Pv 11:8) exemplifica o paralelismo antitético.
- Aplicação Pessoal: Essa seção nos ensina a importância de aplicar a sabedoria de Deus em situações práticas. O cristão é chamado a lembrar-se dessas verdades em seu cotidiano, especialmente nas áreas que afetam diretamente sua ética e comportamento.
2.3. Apêndices (Capítulos 30–31)
Os capítulos finais do livro de Provérbios trazem palavras de Agur e Lemuel, oferecendo um resumo prático e edificante de tudo o que foi ensinado ao longo do livro. O famoso capítulo 31 descreve a mulher virtuosa, uma descrição idealizada que reflete a sabedoria aplicada à vida familiar e social.
- Teologia e Exposição: A inclusão de outros autores e suas contribuições reflete a universalidade da sabedoria divina. A sabedoria de Agur e a descrição da mulher virtuosa de Lemuel oferecem uma visão prática da vida que reflete a devoção a Deus e o temor ao Senhor em todas as esferas da existência.
- Aplicação Pessoal: A figura da mulher virtuosa é um modelo para todos os cristãos, tanto homens quanto mulheres, pois retrata uma vida marcada por diligência, fé e sabedoria prática no serviço ao próximo e na glorificação a Deus.
Conclusão Geral
O livro de Provérbios é uma obra essencial para o crescimento espiritual e moral de todo cristão. Sua composição poética e suas máximas atemporais refletem a sabedoria de Deus aplicada à vida prática. Com Salomão e outros sábios como autores, o livro nos oferece princípios que nos guiam a viver de forma justa, reta e em temor ao Senhor.
- Opinião de Livros Cristãos:
- "Comentário de Provérbios" (Derek Kidner): Kidner observa que Provérbios nos ensina a "santidade prática", onde o conhecimento de Deus é aplicado à vida cotidiana. Ele também destaca que o livro nos chama a um compromisso pessoal e diário com a sabedoria.
- "Comentário de Provérbios" (John MacArthur): MacArthur enfoca que a sabedoria em Provérbios não é opcional, mas necessária para uma vida que glorifica a Deus. Ele também comenta sobre a estrutura poética do livro, observando a profundidade dos ensinamentos contidos em máximas tão curtas.
- Aplicação Pessoal: O estudo de Provérbios nos desafia a viver com sabedoria, não apenas para benefício próprio, mas para glorificar a Deus e abençoar as pessoas ao nosso redor. Ao seguirmos os conselhos deste livro, somos guiados a uma vida reta, em conformidade com a vontade de Deus.
O livro de Provérbios é uma das obras mais ricas da literatura sapiencial bíblica. Sua composição e estrutura apresentam um vasto conjunto de ensinamentos práticos que abrangem desde questões éticas e morais até conselhos para a vida cotidiana, revelando uma sabedoria divina que transcende o tempo e o espaço. Analisemos os principais aspectos da composição e da estrutura do livro, com implicações teológicas e práticas.
1. Provérbios: Autoria e Data
1.1. A Natureza dos Provérbios
Os "provérbios" são, de forma geral, sentenças ou máximas curtas que expressam verdades universais. Essas verdades são atemporais, mas quando encontramos essas máximas na Bíblia, elas ganham uma profundidade espiritual por serem inspiradas por Deus. A palavra hebraica para "provérbios" é משל (moshál), que pode significar não apenas um ditado, mas também uma comparação ou parábola. Esse termo destaca a profundidade dessas máximas, que não apenas refletem o cotidiano, mas também apontam para a vida em comunhão com Deus.
- Perspectiva Teológica: Os provérbios bíblicos diferem dos ditados populares por sua fonte divina. Enquanto os ditados comuns podem conter sabedoria prática, os provérbios bíblicos são revelações diretas de Deus e, portanto, têm um alcance maior. Eles ensinam não apenas como viver de maneira prática, mas como viver em retidão diante de Deus, o que ecoa em toda a Escritura.
1.2. Autores de Provérbios
Embora Salomão seja o autor principal (Pv 1:1; 10:1), outros contribuíram com o livro, como Agur (Pv 30) e Lemuel (Pv 31). A inclusão de autores não israelitas, como Agur e Lemuel, mostra que a sabedoria divina não se limita a uma nação, mas está disponível a todos que buscam a verdade de Deus. Salomão, conhecido por sua sabedoria (1 Reis 3:12), é responsável por grande parte da obra, e sua contribuição é vista como um reflexo de sua intimidade com Deus e de seu papel como líder do povo de Israel.
- Data e Contexto: A data estimada para a composição do livro é entre 970 e 700 a.C., antes do exílio babilônico. Isso sugere que os provérbios refletem a vida e a cultura de Israel durante o período do reino unido e dos primeiros reis de Judá. A sabedoria de Salomão é uma dádiva de Deus, e sua aplicação se refere tanto à realeza quanto à vida comum dos israelitas.
- Aplicação Pessoal: A inclusão de múltiplos autores nos lembra que a sabedoria de Deus pode ser encontrada em várias vozes e experiências, desde que enraizada no temor ao Senhor. Hoje, devemos buscar discernir a sabedoria divina em nossas vidas, tanto nas Escrituras quanto nas experiências que Deus nos permite viver.
2. A Estrutura do Livro de Provérbios
Provérbios é classificado como poesia hebraica, e isso afeta tanto a forma quanto o conteúdo. Sua estrutura é fluida e poética, com paralelismos, comparações e contrastes que marcam a mensagem divina. A obra é dividida em três seções principais, cada uma com características específicas.
2.1. Discursos (Capítulos 1–9)
Os capítulos iniciais de Provérbios apresentam discursos mais longos que contêm advertências, exortações e instruções detalhadas sobre o temor do Senhor. Aqui, o tema principal é o contraste entre a sabedoria e a insensatez. A sabedoria é personificada como uma mulher clamando nas ruas, enquanto a insensatez é descrita como perigosa e destrutiva.
- Teologia e Exposição: A sabedoria, personificada, reflete a voz de Deus que guia o homem ao caminho da justiça e da retidão. Os discursos chamam o leitor a abraçar o temor do Senhor (Pv 1:7), que é o princípio de todo conhecimento. Esse temor não se refere a um medo irracional, mas a uma reverência profunda e respeitosa que reconhece a santidade e a soberania de Deus.
- Aplicação Pessoal: Esses capítulos nos desafiam a cultivar um coração que busca o discernimento e a instrução de Deus. Devemos atentar para a voz da sabedoria, rejeitando as seduções da insensatez que nos afastam de Deus e de uma vida justa.
2.2. Coleção de Provérbios (Capítulos 10–29)
Esses capítulos contêm coleções de provérbios curtos, em que as máximas e ditados são apresentados de maneira concisa e direta. Esses versículos cobrem uma ampla gama de temas, como a honestidade, o uso da língua, o trabalho, a família e a justiça.
- Poesia Hebraica: A estrutura poética dos provérbios é marcada por paralelismos, ou seja, duas linhas que se relacionam, seja por contraste (antitético) ou por ampliação (sinonímico). Isso reflete a beleza e a profundidade da sabedoria divina. Por exemplo, "O justo é libertado da angústia, e o ímpio fica em seu lugar" (Pv 11:8) exemplifica o paralelismo antitético.
- Aplicação Pessoal: Essa seção nos ensina a importância de aplicar a sabedoria de Deus em situações práticas. O cristão é chamado a lembrar-se dessas verdades em seu cotidiano, especialmente nas áreas que afetam diretamente sua ética e comportamento.
2.3. Apêndices (Capítulos 30–31)
Os capítulos finais do livro de Provérbios trazem palavras de Agur e Lemuel, oferecendo um resumo prático e edificante de tudo o que foi ensinado ao longo do livro. O famoso capítulo 31 descreve a mulher virtuosa, uma descrição idealizada que reflete a sabedoria aplicada à vida familiar e social.
- Teologia e Exposição: A inclusão de outros autores e suas contribuições reflete a universalidade da sabedoria divina. A sabedoria de Agur e a descrição da mulher virtuosa de Lemuel oferecem uma visão prática da vida que reflete a devoção a Deus e o temor ao Senhor em todas as esferas da existência.
- Aplicação Pessoal: A figura da mulher virtuosa é um modelo para todos os cristãos, tanto homens quanto mulheres, pois retrata uma vida marcada por diligência, fé e sabedoria prática no serviço ao próximo e na glorificação a Deus.
Conclusão Geral
O livro de Provérbios é uma obra essencial para o crescimento espiritual e moral de todo cristão. Sua composição poética e suas máximas atemporais refletem a sabedoria de Deus aplicada à vida prática. Com Salomão e outros sábios como autores, o livro nos oferece princípios que nos guiam a viver de forma justa, reta e em temor ao Senhor.
- Opinião de Livros Cristãos:
- "Comentário de Provérbios" (Derek Kidner): Kidner observa que Provérbios nos ensina a "santidade prática", onde o conhecimento de Deus é aplicado à vida cotidiana. Ele também destaca que o livro nos chama a um compromisso pessoal e diário com a sabedoria.
- "Comentário de Provérbios" (John MacArthur): MacArthur enfoca que a sabedoria em Provérbios não é opcional, mas necessária para uma vida que glorifica a Deus. Ele também comenta sobre a estrutura poética do livro, observando a profundidade dos ensinamentos contidos em máximas tão curtas.
- Aplicação Pessoal: O estudo de Provérbios nos desafia a viver com sabedoria, não apenas para benefício próprio, mas para glorificar a Deus e abençoar as pessoas ao nosso redor. Ao seguirmos os conselhos deste livro, somos guiados a uma vida reta, em conformidade com a vontade de Deus.
SUBSÍDIO 2
Professor(a), peça aos alunos(as) que citem um ditado popular que conheçam e que gostem de usar, Depois de ouvir os alunos, explique que o livro de Provérbios é um verdadeiro compêndio da sabedoria do povo hebreu. São sentenças curtas, porém carregadas de significados e verdades que foram aprendidas no dia a dia dos israelitas. Explique que grande parte dos provérbios tem a sua origem nos ditos populares do povo de Deus Estes ditos populares foram coletados, agrupados segundo uma sequência lógica e compilados pelos sábios, em especial Salomão. Porém, este livro é a Palavra de Deus. E Deus falando por intermédio das circunstâncias da vida Enfatiza também que existem várias formas literárias dentro do livro, como por exemplo, parábolas, poemas, antíteses e comparações.
III – CONVITE E CHAMADO A SABEDORIA
1- O propósito do Livro de Provérbios (Pv 1.1-7). O propósito do livro de Provérbios está exposto na introdução do próprio Livro, Aqui, destacamos três expressões que revelam esse propósito: “conhecer a sabedoria e a instrução” (Pv 1.2)’, “para conhecimento e discernimento aos jovens” (Pv 1.4 – NVI) “para o sábio ouvir e crescer em sabedoria (Pv 1.5). Por consequência, aparece duas imagens no final da primeira divisão (1.8 – 9.18): a imagem da insensatez personificada numa mulher que busca seduzir o jovem ingênuo (Pv 9.13-18) e a da senhora sabedoria que busca induzir o jovem a adquirir sabedoria e inteligência (Pv 8). Elas são analogias perfeitas da insensatez e da sabedoria respectivamente. Dito isto, podemos afirmar que o propósito do livro de Provérbios é instruir os jovens, moldando o seu caráter de modo que a sua vida seja plenamente coerente entre os valores atemporais de Deus e as circunstâncias temporais de nossa experiência humana. Por isso, um livro tão antigo como o de Provérbios tem muito a dizer a você, pois as questões de que trata são atemporais, eternas; elas não brotam da esfera externa do ser humano, mas das questões do coração que todo jovem apresenta em qualquer contexto que se encontra, O Livro de Provérbios foi escrito para você!
2- Tudo começa em Deus (v.7). Uma das preciosas lições da introdução do livro de Provérbios e que a tradição bíblica de sabedoria começa em Deus (Pv 1.7), Ela se inicia com “o temor do Senhor”, isto é, a reverência a Deus, o amor para com Ele, a confiança nEle e a humildade como consequência da obediência aos seus mandamentos. Aqui, devemos prestar atenção para a expressão “princípio”, Ela refere-se ao que vem primeiro, as condições elementares para dar qualquer passo adiante. O “temor do Senhor” e a condição elementar para conquistar a sabedoria em relação às coisas de Deus, consigo mesmo, com sua família e na relação com a sociedade, Com efeito, todas as questões de nossa vida, bem como nossa relação com o mundo em que vivemos, estarão organizadas quando a nossa relação com Deus estiver em ordem e coerência com Ele. Não há atalhos. Tudo começa em Deus!
3- Escolha a sabedoria (Pv 1.20-23). No versículo 20, a sabedoria está personificada numa mulher que “clama de fora”, isto e, ela clama nas ruas, nas avenidas, nas praças ou em qualquer lugar que o jovem esteja; e os confronta de maneira muito direta: “Até quando vocês serão ingênuos, insistiram em sua ingenuidade” (Pv 1.22 NVT). O ingênuo aqui, ou o néscio, e aquele que carece de prudência e entendimento, não tem convicção própria e, por isso, segue o caminho de qualquer insensato (Pv 1.9). A Sabedoria Bíblica revelada em Deus faz com que o jovem cristão seja responsável pela sua vida diante dEle, bem como diante dos homens (Pv 1.23). Nesse sentido, o livro de Provérbios nos convida a amadurecer, a fim de trilhar o caminho da prudência e da responsabilidade. Provérbios desejam forjar um caráter divino dentro de você.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O livro de Provérbios é uma das obras mais significativas da literatura sapiencial bíblica, cujo objetivo principal é instruir o ser humano, especialmente o jovem, a viver de maneira sábia e justa. A sabedoria em Provérbios é mais do que uma mera aquisição intelectual; é um chamado a moldar o caráter de acordo com os princípios de Deus. Vamos analisar mais detalhadamente os tópicos propostos neste convite e chamado à sabedoria.
1. O Propósito do Livro de Provérbios (Provérbios 1:1-7)
1.1. Conhecer a Sabedoria e a Instrução
O propósito de Provérbios é declarado claramente em sua introdução: ensinar sabedoria, instrução e discernimento. O termo hebraico para "sabedoria", חָכְמָה (chochmah), implica não apenas conhecimento teórico, mas uma habilidade prática para viver de acordo com a vontade de Deus. Já a "instrução", מוּסָר (musar), envolve disciplina e correção, necessárias para moldar o caráter de uma pessoa.
- Teologia e Exposição: Provérbios propõe moldar o caráter humano à imagem dos princípios divinos. Isso inclui a formação moral e espiritual, que resulta em uma vida que reflete a retidão e justiça. O propósito é garantir que a sabedoria se manifeste em todas as áreas da vida: relacionamento com Deus, consigo mesmo, com a família e com a sociedade.
1.2. Sabedoria para os Jovens
O livro foi especialmente projetado para os jovens, que muitas vezes estão em fase de formação de caráter e precisam de orientação para não serem levados pela ingenuidade ou insensatez. O verso 4 destaca que a sabedoria proporciona "prudência aos simples" e "conhecimento e bom senso aos jovens". A sabedoria bíblica, aqui, não é algo que surge naturalmente, mas deve ser buscada e aprendida.
- Aplicação Pessoal: Essa seção desafia os jovens a buscarem sabedoria como um bem precioso. É um convite a rejeitar a ingenuidade e a buscar o entendimento. Nos dias de hoje, onde a sociedade muitas vezes valoriza a independência e a autossuficiência, Provérbios nos lembra que a verdadeira sabedoria começa com a humildade e o reconhecimento de nossa necessidade de instrução divina.
1.3. Crescimento em Sabedoria
O verso 5 mostra que até o sábio tem algo a aprender. Provérbios é um convite contínuo ao crescimento, mostrando que a sabedoria não é estática. Mesmo aqueles que já são considerados sábios podem crescer em entendimento e maturidade.
- Teologia Prática: A sabedoria é um processo contínuo, que nos lembra que ninguém chega à plenitude do conhecimento de Deus de uma vez só. Provérbios enfatiza a importância do aprendizado constante e da humildade, pois a verdadeira sabedoria envolve um processo contínuo de aprendizado.
2. Tudo Começa em Deus (Provérbios 1:7)
O versículo 7 é central para toda a literatura de sabedoria na Bíblia: "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento." A sabedoria bíblica não é fundamentada apenas em regras de conduta ou tradições, mas na reverência a Deus. O temor do Senhor, יִרְאַת יְהוָה (yirat Yahweh), significa um profundo respeito, reverência e submissão ao Criador.
2.1. O Temor do Senhor
O temor do Senhor não é um medo irracional, mas uma atitude de reverência e respeito que coloca Deus como o centro de todas as decisões e ações. Sem essa base, todo conhecimento se torna fútil, pois o ponto de partida para o verdadeiro entendimento é a relação correta com Deus.
- Perspectiva Teológica: Esse conceito ecoa em outros textos bíblicos, como em Jó 28:28, onde se afirma que o temor do Senhor é a verdadeira sabedoria. A sabedoria bíblica começa com a disposição de submeter-se à autoridade divina, reconhecendo que Ele é a fonte de todo entendimento.
2.2. O Princípio de Tudo
A palavra "princípio" no hebraico, רֵאשִׁית (reshit), não se refere apenas ao começo cronológico, mas ao fundamento essencial. Em outras palavras, sem o temor do Senhor, não há verdadeira sabedoria. É a condição necessária para trilhar o caminho da vida reta.
- Aplicação Pessoal: Tudo começa com a nossa relação com Deus. Se essa relação está em ordem, todas as outras áreas da vida — nossos relacionamentos, decisões e comportamento — também estarão alinhadas. Provérbios nos chama a priorizar nossa vida espiritual, colocando Deus no centro de nossas escolhas diárias.
3. Escolha a Sabedoria (Provérbios 1:20-23)
3.1. A Sabedoria Clama nas Ruas
Nos versículos 20-23, a sabedoria é personificada como uma mulher que clama nas ruas, oferecendo seus ensinamentos abertamente. Ela se coloca em lugares públicos, ou seja, está disponível para todos que estão dispostos a ouvi-la. Essa personificação mostra que a sabedoria não é oculta ou inacessível, mas está ao alcance de todos, desde que haja disposição para segui-la.
- Teologia e Exposição: A sabedoria de Deus está constantemente disponível. O fato de ela clamar nas ruas mostra que Deus não esconde sua vontade. Ele deseja que todos adquiram sabedoria e vivam de acordo com ela, rejeitando a insensatez.
3.2. O Chamado ao Discernimento
A sabedoria não só oferece instrução, mas também adverte contra a tolice e a ingenuidade. A expressão "Até quando vocês, inexperientes, continuarão amando a inexperiência?" (Pv 1:22) demonstra um chamado urgente ao amadurecimento e ao crescimento pessoal. A insensatez é retratada como uma escolha voluntária, um estilo de vida que pode ser evitado.
- Aplicação Pessoal: A sabedoria bíblica não é apenas algo teórico. Ela nos chama a tomar decisões práticas e responsáveis, rejeitando o caminho da insensatez. O convite da sabedoria é um chamado ao amadurecimento espiritual, onde nossas escolhas são guiadas pelos princípios de Deus.
3.3. Responsabilidade Pessoal
No versículo 23, a sabedoria oferece uma oportunidade de arrependimento e mudança: "Se vocês responderem ao meu chamado, eu darei a vocês um espírito de sabedoria". Isso destaca a responsabilidade pessoal de responder ao chamado de Deus. A sabedoria não força sua entrada, mas convida, e cabe ao indivíduo aceitá-la ou rejeitá-la.
- Teologia Prática: A vida cristã é uma caminhada que exige decisões conscientes. A sabedoria de Deus nos instrui a viver com discernimento, e isso requer que sejamos intencionais em nossas escolhas. Somos responsáveis diante de Deus por como respondemos à sua sabedoria e às oportunidades que Ele nos dá.
Conclusão Geral
O convite e o chamado à sabedoria, conforme descritos em Provérbios 1:1-7 e 1:20-23, são de uma relevância atemporal. O livro de Provérbios não apenas instrui, mas clama por uma mudança de vida que começa com a reverência a Deus. O propósito central é formar o caráter, especialmente dos jovens, de modo que suas vidas sejam moldadas pelos valores divinos.
- Opinião de Livros Cristãos:
- "Sabedoria para a Vida" (Warren Wiersbe): Wiersbe destaca que a verdadeira sabedoria começa com o temor do Senhor e é refletida em todas as áreas da vida. Ele enfatiza que Provérbios é um guia prático para aqueles que desejam viver de acordo com a vontade de Deus.
- "Comentário de Provérbios" (Derek Kidner): Kidner observa que Provérbios oferece um manual para a vida prática, mas seu alicerce é a relação com Deus. Ele destaca que a sabedoria é uma escolha consciente que exige uma resposta ao chamado de Deus.
- Aplicação Pessoal: Somos desafiados a escolher a sabedoria, que é uma vida baseada no temor de Deus. Ao fazermos isso, seremos capacitados a viver de maneira justa e prudente, refletindo a sabedoria divina em todas as áreas de nossa vida.
O livro de Provérbios é uma das obras mais significativas da literatura sapiencial bíblica, cujo objetivo principal é instruir o ser humano, especialmente o jovem, a viver de maneira sábia e justa. A sabedoria em Provérbios é mais do que uma mera aquisição intelectual; é um chamado a moldar o caráter de acordo com os princípios de Deus. Vamos analisar mais detalhadamente os tópicos propostos neste convite e chamado à sabedoria.
1. O Propósito do Livro de Provérbios (Provérbios 1:1-7)
1.1. Conhecer a Sabedoria e a Instrução
O propósito de Provérbios é declarado claramente em sua introdução: ensinar sabedoria, instrução e discernimento. O termo hebraico para "sabedoria", חָכְמָה (chochmah), implica não apenas conhecimento teórico, mas uma habilidade prática para viver de acordo com a vontade de Deus. Já a "instrução", מוּסָר (musar), envolve disciplina e correção, necessárias para moldar o caráter de uma pessoa.
- Teologia e Exposição: Provérbios propõe moldar o caráter humano à imagem dos princípios divinos. Isso inclui a formação moral e espiritual, que resulta em uma vida que reflete a retidão e justiça. O propósito é garantir que a sabedoria se manifeste em todas as áreas da vida: relacionamento com Deus, consigo mesmo, com a família e com a sociedade.
1.2. Sabedoria para os Jovens
O livro foi especialmente projetado para os jovens, que muitas vezes estão em fase de formação de caráter e precisam de orientação para não serem levados pela ingenuidade ou insensatez. O verso 4 destaca que a sabedoria proporciona "prudência aos simples" e "conhecimento e bom senso aos jovens". A sabedoria bíblica, aqui, não é algo que surge naturalmente, mas deve ser buscada e aprendida.
- Aplicação Pessoal: Essa seção desafia os jovens a buscarem sabedoria como um bem precioso. É um convite a rejeitar a ingenuidade e a buscar o entendimento. Nos dias de hoje, onde a sociedade muitas vezes valoriza a independência e a autossuficiência, Provérbios nos lembra que a verdadeira sabedoria começa com a humildade e o reconhecimento de nossa necessidade de instrução divina.
1.3. Crescimento em Sabedoria
O verso 5 mostra que até o sábio tem algo a aprender. Provérbios é um convite contínuo ao crescimento, mostrando que a sabedoria não é estática. Mesmo aqueles que já são considerados sábios podem crescer em entendimento e maturidade.
- Teologia Prática: A sabedoria é um processo contínuo, que nos lembra que ninguém chega à plenitude do conhecimento de Deus de uma vez só. Provérbios enfatiza a importância do aprendizado constante e da humildade, pois a verdadeira sabedoria envolve um processo contínuo de aprendizado.
2. Tudo Começa em Deus (Provérbios 1:7)
O versículo 7 é central para toda a literatura de sabedoria na Bíblia: "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento." A sabedoria bíblica não é fundamentada apenas em regras de conduta ou tradições, mas na reverência a Deus. O temor do Senhor, יִרְאַת יְהוָה (yirat Yahweh), significa um profundo respeito, reverência e submissão ao Criador.
2.1. O Temor do Senhor
O temor do Senhor não é um medo irracional, mas uma atitude de reverência e respeito que coloca Deus como o centro de todas as decisões e ações. Sem essa base, todo conhecimento se torna fútil, pois o ponto de partida para o verdadeiro entendimento é a relação correta com Deus.
- Perspectiva Teológica: Esse conceito ecoa em outros textos bíblicos, como em Jó 28:28, onde se afirma que o temor do Senhor é a verdadeira sabedoria. A sabedoria bíblica começa com a disposição de submeter-se à autoridade divina, reconhecendo que Ele é a fonte de todo entendimento.
2.2. O Princípio de Tudo
A palavra "princípio" no hebraico, רֵאשִׁית (reshit), não se refere apenas ao começo cronológico, mas ao fundamento essencial. Em outras palavras, sem o temor do Senhor, não há verdadeira sabedoria. É a condição necessária para trilhar o caminho da vida reta.
- Aplicação Pessoal: Tudo começa com a nossa relação com Deus. Se essa relação está em ordem, todas as outras áreas da vida — nossos relacionamentos, decisões e comportamento — também estarão alinhadas. Provérbios nos chama a priorizar nossa vida espiritual, colocando Deus no centro de nossas escolhas diárias.
3. Escolha a Sabedoria (Provérbios 1:20-23)
3.1. A Sabedoria Clama nas Ruas
Nos versículos 20-23, a sabedoria é personificada como uma mulher que clama nas ruas, oferecendo seus ensinamentos abertamente. Ela se coloca em lugares públicos, ou seja, está disponível para todos que estão dispostos a ouvi-la. Essa personificação mostra que a sabedoria não é oculta ou inacessível, mas está ao alcance de todos, desde que haja disposição para segui-la.
- Teologia e Exposição: A sabedoria de Deus está constantemente disponível. O fato de ela clamar nas ruas mostra que Deus não esconde sua vontade. Ele deseja que todos adquiram sabedoria e vivam de acordo com ela, rejeitando a insensatez.
3.2. O Chamado ao Discernimento
A sabedoria não só oferece instrução, mas também adverte contra a tolice e a ingenuidade. A expressão "Até quando vocês, inexperientes, continuarão amando a inexperiência?" (Pv 1:22) demonstra um chamado urgente ao amadurecimento e ao crescimento pessoal. A insensatez é retratada como uma escolha voluntária, um estilo de vida que pode ser evitado.
- Aplicação Pessoal: A sabedoria bíblica não é apenas algo teórico. Ela nos chama a tomar decisões práticas e responsáveis, rejeitando o caminho da insensatez. O convite da sabedoria é um chamado ao amadurecimento espiritual, onde nossas escolhas são guiadas pelos princípios de Deus.
3.3. Responsabilidade Pessoal
No versículo 23, a sabedoria oferece uma oportunidade de arrependimento e mudança: "Se vocês responderem ao meu chamado, eu darei a vocês um espírito de sabedoria". Isso destaca a responsabilidade pessoal de responder ao chamado de Deus. A sabedoria não força sua entrada, mas convida, e cabe ao indivíduo aceitá-la ou rejeitá-la.
- Teologia Prática: A vida cristã é uma caminhada que exige decisões conscientes. A sabedoria de Deus nos instrui a viver com discernimento, e isso requer que sejamos intencionais em nossas escolhas. Somos responsáveis diante de Deus por como respondemos à sua sabedoria e às oportunidades que Ele nos dá.
Conclusão Geral
O convite e o chamado à sabedoria, conforme descritos em Provérbios 1:1-7 e 1:20-23, são de uma relevância atemporal. O livro de Provérbios não apenas instrui, mas clama por uma mudança de vida que começa com a reverência a Deus. O propósito central é formar o caráter, especialmente dos jovens, de modo que suas vidas sejam moldadas pelos valores divinos.
- Opinião de Livros Cristãos:
- "Sabedoria para a Vida" (Warren Wiersbe): Wiersbe destaca que a verdadeira sabedoria começa com o temor do Senhor e é refletida em todas as áreas da vida. Ele enfatiza que Provérbios é um guia prático para aqueles que desejam viver de acordo com a vontade de Deus.
- "Comentário de Provérbios" (Derek Kidner): Kidner observa que Provérbios oferece um manual para a vida prática, mas seu alicerce é a relação com Deus. Ele destaca que a sabedoria é uma escolha consciente que exige uma resposta ao chamado de Deus.
- Aplicação Pessoal: Somos desafiados a escolher a sabedoria, que é uma vida baseada no temor de Deus. Ao fazermos isso, seremos capacitados a viver de maneira justa e prudente, refletindo a sabedoria divina em todas as áreas de nossa vida.
CONCLUSÃO
Nesta lição, introduzimos o estudo ao livro de Provérbios, vimos algumas particularidades desse Livro sagrado, sua organização e propósito. Entretanto, o mais importante é atender ao convite e ao chamado que o livro nos faz para viver em sabedoria. Então, você deseja crescer em sabedoria?
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Nesta lição, introduzimos o estudo do Livro de Provérbios, explorando suas particularidades, estrutura e propósito. Vimos que este livro sagrado, composto por máximas e ditados divinamente inspirados, oferece instruções práticas para a vida. Mais do que um simples conjunto de regras, Provérbios nos convida a viver com sabedoria, fundamentada no temor do Senhor. Conforme Provérbios 1:7, "O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução." Essa sabedoria é atemporal, moldando não apenas o intelecto, mas principalmente o caráter, com o objetivo de alinharmos nossa vida aos princípios divinos (Provérbios 2:6: "Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca vem o conhecimento e o entendimento").
Entretanto, o ponto mais crucial não é apenas compreender a estrutura ou a mensagem do livro, mas responder ao convite e chamado que ele faz para aplicarmos essa sabedoria em nosso cotidiano. Como vimos, Provérbios clama por uma vida de discernimento, prudência e responsabilidade, confrontando-nos com a escolha entre a insensatez e a sabedoria. "A sabedoria clama em alta voz nas ruas, ergue a voz nas praças públicas" (Provérbios 1:20), mostrando que a sabedoria divina está disponível a todos que desejam recebê-la, mas exige uma decisão pessoal: "Convertei-vos pela minha repreensão; eis que abundantemente derramarei sobre vós meu espírito e vos farei saber as minhas palavras" (Provérbios 1:23).
Então, você deseja crescer em sabedoria? Esta é uma questão que cada um de nós deve considerar. A verdadeira sabedoria não é adquirida automaticamente, mas resulta de uma busca constante por Deus, do aprendizado contínuo, e da disposição de viver segundo Seus princípios. Provérbios 3:13 nos lembra: "Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento." Que a nossa resposta seja positiva, buscando diariamente a sabedoria que provém do Senhor e transformando nossas vidas à luz de Seu conhecimento.
Nesta lição, introduzimos o estudo do Livro de Provérbios, explorando suas particularidades, estrutura e propósito. Vimos que este livro sagrado, composto por máximas e ditados divinamente inspirados, oferece instruções práticas para a vida. Mais do que um simples conjunto de regras, Provérbios nos convida a viver com sabedoria, fundamentada no temor do Senhor. Conforme Provérbios 1:7, "O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução." Essa sabedoria é atemporal, moldando não apenas o intelecto, mas principalmente o caráter, com o objetivo de alinharmos nossa vida aos princípios divinos (Provérbios 2:6: "Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca vem o conhecimento e o entendimento").
Entretanto, o ponto mais crucial não é apenas compreender a estrutura ou a mensagem do livro, mas responder ao convite e chamado que ele faz para aplicarmos essa sabedoria em nosso cotidiano. Como vimos, Provérbios clama por uma vida de discernimento, prudência e responsabilidade, confrontando-nos com a escolha entre a insensatez e a sabedoria. "A sabedoria clama em alta voz nas ruas, ergue a voz nas praças públicas" (Provérbios 1:20), mostrando que a sabedoria divina está disponível a todos que desejam recebê-la, mas exige uma decisão pessoal: "Convertei-vos pela minha repreensão; eis que abundantemente derramarei sobre vós meu espírito e vos farei saber as minhas palavras" (Provérbios 1:23).
Então, você deseja crescer em sabedoria? Esta é uma questão que cada um de nós deve considerar. A verdadeira sabedoria não é adquirida automaticamente, mas resulta de uma busca constante por Deus, do aprendizado contínuo, e da disposição de viver segundo Seus princípios. Provérbios 3:13 nos lembra: "Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento." Que a nossa resposta seja positiva, buscando diariamente a sabedoria que provém do Senhor e transformando nossas vidas à luz de Seu conhecimento.
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