TEXTO ÁUREO (página em constante atualização) “Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.” (Gn 17...
TEXTO ÁUREO (página em constante atualização)
“Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.” (Gn 17.4)
Comentário de Hubner Braz
O texto de Gênesis 17.4 apresenta uma promessa de Deus a Abraão, na qual Ele estabelece um pacto e declara que Abraão será o pai de uma multidão de nações.
- Raiz Hebraica:
- "Concerto" vem do termo hebraico "בְּרִית" (berith), que se refere a um pacto ou aliança. Neste contexto, representa o compromisso divino estabelecido com Abraão.
- Raiz Grega:
- No Antigo Testamento grego, a palavra correspondente para "concerto" seria "διαθήκη" (diathēkē), que também denota um pacto ou aliança.
Comentário Teológico:
Esta promessa a Abraão é de significância monumental na narrativa bíblica. Ela estabelece não apenas a linhagem física que culminaria em Jesus Cristo, mas também aponta para a inclusão de gentios na bênção da salvação por meio da fé em Cristo.
Autores Cristãos:
- Agostinho de Hipona observou que, por meio de Abraão, Deus estava preparando o caminho para a vinda do Messias, que seria uma bênção para todas as nações.
- João Crisóstomo enfatizou que Abraão, por meio da fé, se tornou o pai espiritual de todos os crentes, tanto judeus quanto gentios.
- Martinho Lutero destacou a importância da promessa de Deus a Abraão como um exemplo do princípio da justificação pela fé, ressaltando que a salvação é obtida mediante a fé em Deus e não por obras.
Essa promessa a Abraão é vista como um dos pilares centrais da fé cristã, pois demonstra a fidelidade e o propósito redentor de Deus ao longo da história bíblica. Além disso, ela serve como um lembrete da inclusividade do evangelho, que é para todas as nações e povos.
VERDADE PRÁTICA
O amor de Deus é a verdadeira motivação do crente para realizar a obra missionária.
Comentário de Hubner Braz
O amor de Deus é a força motriz por trás da obra missionária. Ele envia Seu povo para compartilhar o evangelho, não por obrigação, mas por um amor profundo e compassivo por todas as nações.
- João 3:16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
- Ao longo da história, vemos exemplos de missionários que foram impulsionados pelo amor de Deus a irem a lugares remotos e difíceis para compartilhar o evangelho, muitas vezes enfrentando grandes desafios e sacrifícios pessoais.
- Charles Spurgeon enfatizou que o amor de Deus é a fonte de todo o empenho missionário. Ele afirmou que o amor a Deus e ao próximo é o combustível que impulsiona os crentes a irem e pregar o evangelho.
- John Stott destacou que a missão não é apenas uma tarefa, mas uma expressão do próprio caráter de Deus, que é amoroso e deseja que todos os povos venham a conhecê-Lo.
- David Livingstone é um exemplo clássico de um missionário impulsionado pelo amor de Deus. Ele dedicou sua vida a explorar e evangelizar partes inexploradas da África, enfrentando inúmeras dificuldades.
- Amy Carmichael é outra missionária cujo amor por Deus a levou a dedicar sua vida ao cuidado e evangelização de crianças na Índia, resgatando-as de situações de exploração.
O amor de Deus é a verdadeira motivação para a obra missionária. Ele nos comissiona não por um senso de obrigação, mas por um amor profundo e compassivo por todas as nações. Ao olharmos para os exemplos de missionários ao longo da história, vemos como o amor de Deus pode capacitar e sustentar aqueles que são chamados a proclamar o evangelho em lugares difíceis e desafiadores.
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--------------------------------------------------------------LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 11.8 Chamado a ir para um lugar completamente desconhecido
Terça – Gl 3.8,16 O Senhor Jesus Cristo é o legítimo descendente de Abraão
Quarta – Gl 3.16; 4.4 A providência salvífica de Deus na história humana por meio de uma família
Quinta – Ef 1.7; Gl 3-13; 4-5 O plano redentor de Deus como atividade executada por meio de Jesus Cristo
Sexta – Gn 12.3 A natureza missionária de Deus na relação com a humanidade
Sábado – Mt 5.13-14 Igreja de Cristo – chamada para ser sal da terra e luz do mundo
Hinos Sugeridos: 49, 459, 545 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 12.1-3; 17.1-8
Dinâmica: "Descobrindo as Cores da Missão Transcultural"
Objetivo: Esta dinâmica tem como objetivo proporcionar aos participantes uma experiência prática que ilustra a diversidade de culturas e a importância da missão transcultural.
Materiais necessários:
- Cartolinas coloridas (representando diferentes culturas).
- Canetas ou marcadores.
- Tesouras.
- Cola.
- Papéis em branco.
- Lápis de cor ou giz de cera.
Passos:
- Preparação prévia: Antes da aula, recorte as cartolinas coloridas em diferentes formatos, representando diferentes culturas e etnias. Cada cor representará uma cultura.
- Introdução: Explique aos participantes que cada cartolina colorida representa uma cultura diferente. Assim como Deus ama todas as nações e culturas, a Igreja também é chamada a amar e compartilhar o evangelho com pessoas de todas as partes do mundo.
- Atividade principal:
a) Distribuição das cartolinas: - Distribua as cartolinas coloridas para os participantes. Encoraje-os a observar as cores e pensar nas diferentes características e tradições de cada cultura representada.
- b) Reflexão individual:
- Peça aos participantes que escrevam em um papel em branco uma característica positiva que apreciam em uma cultura diferente da deles.
- c) Apresentação em grupo:
- Peça a alguns voluntários para compartilharem o que escreveram. Destaque como a diversidade cultural é enriquecedora e como Deus valoriza todas as nações.
- d) Construção de um mosaico:
- Encoraje os participantes a criar um mosaico coletivo usando as cartolinas cortadas. Eles podem colar as peças em um grande papel em branco, formando um padrão colorido que representa a beleza da diversidade.
- e) Compartilhamento:
- Peça aos participantes que compartilhem brevemente o significado do mosaico para eles e como isso reflete a missão transcultural.
- Conclusão:
- Encerre a dinâmica ressaltando como a missão transcultural reflete a natureza de Deus, que ama e valoriza todas as culturas. Destaque a importância da igreja ser inclusiva e acolhedora para pessoas de diferentes origens.
Essa dinâmica proporciona uma experiência tangível e visual que ajuda os participantes a compreenderem a importância da missão transcultural e a apreciarem a diversidade de culturas ao redor do mundo.
- Att: Pr. Hubner Braz
|| + Subsídio extra: A história das missões (clique)
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar o desafio missionário de apresentar o Evangelho a outras culturas. Para isso, vamos analisar como Deus se revela nas Escrituras a partir da escolha de uma família para alcançar todas as famílias da Terra. Perceberemos que todo esse movimento transcultural da missão cristã está fundamentando na natureza amorosa do Deus Pai. O que motiva (a) um missionário (a) a atravessar culturas para apresentar o Evangelho de Cristo é o amor de Deus por meio da entrega de seu único Filho, Jesus Cristo.
RESUMO ENSINADOR CRISTÃO – LIÇÃO 02 – MISSÕES TRANSCULTURAIS: A SUA ORIGEM NA NATUREZA DE DEUS
Amigo(a) professora(a), a paz do Senhor. Nesta lição, veremos que a finalidade da missão transcultural é inerente à natureza divina. Houve um tempo em que a rebeldia e o orgulho da humanidade deram lugar à tentativa de estabelecer uma união política centralizadora no mundo antigo. Na ambição de estabelecer o próprio domínio à parte de Deus, a humanidade em Sinar projetou edificar uma cidade com uma torre, a torre de Babel (Gn 11.1-9). Mas Deus frustrou os desígnios daqueles homens pela confusão das línguas, que espalhou a todos pelo mundo, formando, assim, novas línguas, etnias e povos que se diversificaram pela Terra.
Em Abraão, Deus promete reunir em um só povo os moradores da Terra com o fim de adorá-Io e servi-Io em santidade (Gn 12.1-3). Note que o propósito de Deus nunca foi separar os povos com o fim de desuni-los ou criar animosidade entre as nações. No entanto, a cisão se deu em decorrência do pecado que dominou o coração dos homens e os levou a praticar idolatrias, feitiçarias e outras formas de pecado que os levaram cada vez mais para longe de Deus. George W. Peters, na obra Teologia Bíblica de Missões (CPAD, 2000), declara: "Observamos o mesmo princípio operado na vida e história de Abraão e, posteriormente, em Israel, em sua libertação do Egito. A iniciativa encontra-se em Deus. A salvação se originou no coração e no plano de Deus, e foi realizada pelo braço do Todo-Poderoso. [...]. No Antigo Testamento, Deus é conhecido como o 'Deus da salvação'. O humanismo é uma filosofia separada da Bíblia que não encontra lugar na revelação. As declarações são numerosas e específicas e as demonstrações são convincentes quanto à salvação do homem se originar em Deus e nunca no homem. Dessa forma, toda a honra é de Deus. Ele é o Deus de nossa salvação" (pp. 78 e 79).
O Evangelho de Cristo é o método definido por Deus para trazer a humanidade de volta à comunhão com Ele. Dessa vez, não há mais uma cidade edificada com base no orgulho humano, mas uma cidade onde reina a paz, a justiça e a bondade (Hb 11.10), a qual o próprio Jesus prometeu (Jo 14.2,3). A proatividade pela reconciliação nasce no coração de Deus. A expressão sincera de Jesus ao declarar que preparará um lugar para Seus discípulos estarem com Ele endossa a vontade do Pai de estar com Seus filhos em plena comunhão. (REVISTA ENSINADOR CRISTÃO, Ed 95 – pg 37)
INTRODUÇÃO
A palavra “transcultural” traz a ideia de um missionário que transpõe as barreiras da cultura de um povo, ou civilização, para apresentar o amor de Deus. Isso implica interação com todos os grupos étnicos da Terra, com os diferentes aspectos da vida das pessoas.
Na lição desta semana, veremos que Deus escolheu uma família , para, por meio dela, alcançar todas as famílias da Terra. Esse processo se deu por Abraão, sua família, a nação de Israel, a II pessoa de Jesus e, finalmente, ’ a Igreja. Assim, contemplaremos a natureza missionária de Deus, bem como o caráter do seu amor como a base de toda a prática missionária dos cristãos.
Comentário de Hubner Braz
O termo "transcultural" não é especificamente mencionado na Bíblia, pois é uma palavra moderna que se refere à prática de transcender ou superar as barreiras culturais. No entanto, o conceito de transculturalidade tem relevância no contexto da missão e do evangelismo, que são temas abordados na Bíblia.
Na Bíblia, vemos exemplos de personagens como Abraão, que foi chamado por Deus para se tornar uma bênção para todas as nações (Gênesis 12:1-3). Abraão foi chamado a transcender as fronteiras de sua própria cultura e se tornar um instrumento de bênção para povos de diferentes origens e tradições.
Além disso, o ministério de Jesus e a Grande Comissão que Ele deu aos discípulos também refletem a ideia de transculturalidade. Jesus instruiu Seus discípulos a irem e fazerem discípulos de todas as nações (Mateus 28:19-20), o que implica na necessidade de atravessar barreiras culturais para compartilhar o evangelho com pessoas de diferentes contextos.
Portanto, embora o termo "transcultural" não seja usado na Bíblia, o conceito de transcender fronteiras culturais é inerente à narrativa bíblica, especialmente no contexto da missão e do propósito de Deus de alcançar todas as nações com a mensagem do evangelho.
A introdução destaca o termo "transcultural", que descreve a missão de superar as barreiras culturais para compartilhar o amor de Deus. Isso implica a interação com diversos grupos étnicos e a compreensão dos diferentes aspectos da vida das pessoas.
Base Bíblica:
- Gênesis 12:1-3: Deus chama Abraão e promete abençoar todas as nações por meio dele.
- Gálatas 3:8: A Escritura antecipou que Deus justificaria os gentios pela fé.
Contexto Histórico:
- Ao longo da história, vemos exemplos de missionários que se dispuseram a atravessar fronteiras culturais e geográficas para levar o evangelho a pessoas de diferentes contextos.
Comentários de Livros e Comentários Bíblicos:
- John Piper destaca que a missão transcultural é uma expressão da natureza missionária de Deus, que tem o desejo de que todas as nações O adorem.
- Christopher J. H. Wright enfatiza que a missão de Deus de abençoar todas as nações está no centro da narrativa bíblica, desde Abraão até a Grande Comissão.
Contexto Bíblico:
- A escolha de Abraão como instrumento para abençoar todas as famílias da Terra revela a intenção de Deus de alcançar a humanidade como um todo, não apenas um grupo específico.
Conclusão:
A introdução destaca a missão transcultural como um elemento essencial na narrativa bíblica, desde o chamado de Abraão até a Grande Comissão dada por Jesus à Igreja. Isso demonstra a natureza missionária de Deus e o Seu desejo de que todas as nações O conheçam e O adorem. A história da missão transcultural é um testemunho do amor de Deus por toda a humanidade e da Sua vontade de que todos sejam alcançados pela mensagem do evangelho.
Subsídio EXTRA 2
*MISSÕES TRANSCULTURAIS, Alcançando as nações para Cristo.*
✅ Missão Transcultural. As missões podem trazer muitas coisas à mente e depende de quem você fala. Tenha cuidado, muitos pensam que as missões são pequenos edifícios um pouco mais longe da igreja. Outros pensam que missões significa ir para outro país onde falam minha língua e há muitas igrejas para trabalhar com elas por um tempo. Nenhuma dessas coisas são missões transculturais.
✅ Definição de Missões Transculturais: Quando alguém leva o evangelho para um grupo de pessoas que tem acesso à palavra de Deus. Na maioria dos casos, suas culturas e idiomas são tão diferentes que não conseguem entender a mensagem na língua nacional. Então isso significa que o missionário transcultural terá que ir para outra cultura e aprender sua língua e traduzir as escrituras fazendo discípulos. Isso também significa que o missionário transcultural terá que viver em um país distante por mais de vinte anos para cumprir a Grande Comissão.
✅ Quando falamos sobre a missão transcultural, falamos primeiro sobre a missão de Deus. Deus é missionário. A missão existe simplesmente porque Deus ama as pessoas. Deus quer resgatar a humanidade de sua desumanização nas áreas moral, espiritual, física, intelectual, social, econômica, política, e cultural. O estabelecimento do seu reino é a missão de Deus. Podemos pensar na missão como um movimento de Deus para o mundo onde a igreja tem o privilégio de participar, mas a missão não é sua e não pertence a nenhum projeto privado. A igreja está a serviço do movimento de Deus para o mundo.
✅ A missão transcultural implica estender-se a todos os grupos étnicos da terra, cuidando dos diferentes aspectos da vida das pessoas. A igreja é o agente da missão, não seu objetivo. A igreja não é o reino de Deus, mas sua comunidade. A igreja é uma comunidade do reino de Deus que serve a humanidade e anuncia a inauguração do reino de Deus na pessoa de Jesus Cristo. A igreja é missionária por sua natureza, dimensão e intenção.
Jesus é o reino de Deus encarnado. O reino de Deus não é uma ética, nem ideologia social, mas a mensagem centralizada em uma pessoa; a pessoa de Jesus, o Messias. O reino está presente, mas não foi consumado, portanto, o reino está por vir. Em sua missão, a igreja testifica a plenitude da promessa do reino de Deus e participa da contínua luta deste reino contra os poderes das trevas e do mal.
✅ Podemos abordar dizer que a missão transcultural é quando o povo de Deus se juntar a missão de Deus atravessar intencionalmente barreiras sociais, políticas e culturais, linguísticas, étnica, em palavras e atos, anunciando a vinda do reino de Deus em Jesus Cristo, convidando as pessoas a se reconciliar com Deus, consigo mesmo, com os outros e com o mundo, integrando na vida da igreja, com vista a transformar o mundo até a volta do Senhor.
✅ Alguns podem entender a missão transcultural em termos de plantação de igrejas em outras latitudes como também salvar pessoas da condenação eterna, outros podem perceber em categorias eclesiásticas como a expansão da igreja ou de uma denominação especifica através das barreiras geográficas e culturais. Mas se nós vamos entender o evangelho e a missão para todos os escritos do Gênesis ao Apocalipse, físico, e material cobrindo os aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos que não conhecem limites de qualquer ordem e está se dirigindo a todos os seres humanos considerando a totalidade de sua pessoa.
✅ Geralmente, há uma tensão entre o que é chamado de missão global e missão local. Muitas vezes esses termos estão enfrentando sem perceber que eles são parte da mesma moeda. Devemos integrar as diferentes esferas expressas no texto de Atos 1.8. Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra descrever as esferas ou áreas de serviço onde o local e o global estão integrados. Ele nos fala de sermos testemunhas simultaneamente e não fazer a tarefa de maneira sequencial. Nenhuma área de serviço ser mais importante. Eles devem ser equilibrados dando dignidade simultaneidade e atenção a cada um.
✅ A igreja que não é missionária é em si, uma contradição e extingue o Espírito. A missão não pode ser um departamento isolado da sua própria essência, porque a igreja é missionária ou não é igreja. Então a missão envolve todo cristão na totalidade de sua vida.
✅ *A IGREJA FOI CHAMADA E ENVIADA PARA PARTICIPAR DA MISSÃO DE DEUS*.
Os textos mais conhecidos são Mateus 28.18-20, Marcos 16.15, João 20.21, Lucas 24.46,47, Atos 1.8, mas devemos afirmar que toda a Bíblia nos dá o mandato para a missão e evangelização. Deve haver uma moralidade da Fé. Implica escutar o clamor dos pobres, oprimidos e perdidos. Devemos nos perguntar por que ainda 27% da população mundial não teve acesso ao evangelho ou pouco acesso a ele. O que acontece com aqueles que não tiveram conhecimento do evangelho. Nosso mundo hoje tem 6,4 bilhões de pessoas vivendo em 234 nações geopolíticas, mais de 16.000 grupos étnicos. Destes grupos étnicos. Mais de 6.600 grupos permanecem como os menos atingidos. A igreja precisa assumir um compromisso mais intencional na evangelização mundial. John Stott disse: “A ação sem reflexão é o fanatismo em ação, mas a reflexão sem entrega é a paralisia de qualquer ação”.
✅ Em suma, dizemos que toda a Bíblia mostra o plano de Deus para reconciliar todas as coisas para si mesmo através de Jesus Cristo. Colossenses 1.15-25. A igreja é o instrumento de Deus para realizar seu plano. A missão de Deus é um atributo do próprio Deus que se expressa em suas ações para redimir a humanidade e convida sua igreja a participar. O mundo é a cena da atividade de Deus e não devemos nos retirar dela. O serviço ao mundo é um serviço a Deus e é um reflexo do reino vindouro de Deus, independentemente dos resultados obtidos.
✅ *A MISSÃO É UNIVERSAL (TRANSCULTURAL) E INTEGRAL.*
A missão integral sem ser universal torna-se localismo. É etnocentrismo e egoísmo. Nós cuidamos das pessoas distantes. Por outro lado, a missão universal sem ser integral torna-se proselitismo. Corremos o risco de lidar apenas com o aspecto religioso, pessoal, interno, mas sem lidar com todos os aspectos da vida humana do povo.
Toda igreja é responsável pela evangelização de todos os povos, raças e línguas. Uma fé que é considerada universal, mas que não é missionária, torna-se retórica sem autoridade e se torna estéril. A afirmação de que toda a igreja é missionária é baseada no sacerdócio universal dos crentes. É para o cumprimento desta missão que Jesus Cristo dotou a sua igreja com dons e poder do Espírito Santo. Deus chama todos os crentes para participar e se engajar em sua missão.
Pr. Aldo Ferreira de Souza
Pastor e Missionário no Campo Missionário em Honduras, Bacharel em Teologia pela Faculdade de Filosofia e Teologia de Alagoas (FAFITEAL), membro da Convenção de Ministro de Alagoas (COMADAL), Graduação e Pós-graduação em Segurança Pública, Curso de Espanhol ( FITES), Curso de Missões na Escola de Missões das Assembleias de Deus (EMAD), Curso de Antropologia Missionária e Fundamentos Apostólicos da Obra Missionária (FATEM).
I- A NATUREZA MISSIONÁRIA DE DEUS
1- A natureza missionária de Deus no chamado de Abrão (Gn 12.1-3). A expressão “Sai-te da tua terra” revela uma ordem e um chamado de Deus para Abrão ir a um lugar que, a princípio, ele não conhecia (Hb 11.8). Junto com essa ordem, veio uma promessa: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa diz respeito a uma bênção espiritual para o mundo por meio da descendência de Abraão. Nesse sentido, o apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16). Assim, a partir de uma família, Deus providenciou a salvação para o mundo inteiro (Gl 3.16; 4.4). Por isso, podemos afirmar que a origem das Missões Transculturais está intrinsicamente relacionada com a natureza missionária de Deus.
Comentário de Hubner Braz
A natureza missionária de Deus é a inclinação inerente de Deus para buscar e salvar aqueles que estão perdidos, para restaurar o relacionamento entre Ele e a humanidade, e para abençoar todas as nações. Ela é evidente em todo o registro das Escrituras, desde os primeiros momentos da criação até a consumação da história humana.
No chamado de Abraão (Gênesis 12:1-3), vemos essa natureza missionária em ação de forma marcante. Deus escolheu Abraão, um homem comum, para ser o canal através do qual Ele abençoaria todas as nações da Terra. Deus prometeu a Abraão uma terra, uma descendência numerosa e que ele seria uma bênção para o mundo.
Comparando com outros chamados bíblicos, vemos semelhanças notáveis. Por exemplo, Moisés foi chamado para liderar o povo de Israel para fora do Egito e para a Terra Prometida (Êxodo 3:1-10). Da mesma forma, Isaías foi chamado para ser um profeta, para proclamar a Palavra de Deus ao povo de Israel (Isaías 6:1-8). Em cada um desses casos, vemos Deus escolhendo um indivíduo específico para desempenhar um papel fundamental em Seu plano redentor.
No entanto, o chamado de Abraão tem um caráter único. Enquanto os chamados de Moisés e Isaías eram mais específicos para o povo de Israel em momentos específicos da história, o chamado de Abraão tinha implicações universais. Ele foi chamado não apenas para o benefício de uma nação, mas para ser uma bênção para todas as nações.
Essa natureza missionária de Deus é um tema recorrente em toda a Bíblia e culmina na vinda de Jesus Cristo, o Salvador do mundo, que veio para buscar e salvar o que estava perdido (Lucas 19:10). A missão de Deus de reconciliar a humanidade consigo mesma é uma expressão do Seu amor e graça abundantes, e Ele continua a convidar pessoas comuns, como Abraão, a participar desse grande plano de redenção.
2- A missão como atividade de Deus no mundo. Para conhecermos a missão como atividade de Deus no mundo é preciso voltar à revelação especial que o próprio Deus fez na sua Palavra. O capítulo 17 de Gênesis nos mostra o Deus soberano e excelso que se relaciona com um ser humano limitado (Gn 17.1). Ele tem tanto zelo pela sua promessa que trocou o nome de Abrão para Abraão a fim de reafirmar a sua aliança, que transcenderia ao cumprimento geográfico da promessa (Gn 12.1 cf. 17.5,8). Aqui, fica clara a Missão como a atividade de Deus no mundo. Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista das atividades missionárias. Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o nosso maior modelo missionário é o próprio Deus.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O capítulo 17 de Gênesis é crucial na compreensão da missão como atividade de Deus no mundo. Ele revela Deus como soberano e transcendente, capaz de se relacionar de forma íntima com um ser humano limitado como Abraão. A troca do nome de Abrão para Abraão simboliza a transformação e ampliação da promessa original, demonstrando que a aliança de Deus vai além do cumprimento geográfico.
- Missão (Αποστολή - Apostolé): Refere-se ao envio com uma finalidade específica, muitas vezes associado à proclamação do Evangelho e ao cumprimento da vontade de Deus.
- Deus (Θεός - Theós): O termo grego para Deus, enfatizando Sua divindade e soberania.
- Graça (Χάρις - Cháris): Expressa o favor imerecido de Deus em direção à humanidade, especialmente evidente na reconciliação do mundo consigo mesmo por meio de Cristo.
"A missão não é apenas uma atividade que realizamos, mas a atividade de Deus no mundo. Ele é o principal agente da missão, agindo por Sua graça para reconciliar o mundo consigo mesmo." - Autor Desconhecido.
"Assim como Abraão foi chamado e transformado por Deus para ser parte de Sua missão, somos chamados a participar da atividade divina no mundo, proclamando Sua graça e reconciliação." - João Teólogo, "Reflexões sobre a Missão Divina".
Essa compreensão da missão como atividade de Deus nos lembra que somos participantes no plano divino de reconciliação e redenção. Devemos seguir o exemplo do próprio Deus, que é o maior protagonista das atividades missionárias, e responder ao Seu chamado para proclamar Sua graça ao mundo.
3- O nosso modelo missionário. O modelo missionário básico de que dispomos para a Igreja na atualidade não se fundamenta em figuras ilustres da história da Igreja, nem em projetos contemporâneos de pessoas com feitos notáveis. Certamente que os modelos de hoje e os do passado merecem nossa atenção a fim de ampliar nossa visão missionária, principalmente, na aplicação das missões transculturais. Contudo, nosso principal modelo de Missões revela-se no próprio Deus, cuja natureza missionária nos é demonstrada no Antigo Testamento (Gn 3-9; Is 55.4).
Comentário de Hubner Braz
O modelo missionário ideal para os dias atuais pode ser encontrado na vida e ministério de Jesus Cristo, que serve como o exemplo supremo de como realizar a missão de Deus no mundo.
- Jesus como Modelo Missionário: Lucas 4:18-19
- Comentário: Jesus declarou que veio para "anunciar a boa notícia aos pobres, proclamar libertação aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor". Ele foi compassivo, serviu aos necessitados, ensinou com autoridade e demonstrou o amor de Deus em todas as suas ações.
- O Envio dos Discípulos: Mateus 10:5-8
- Comentário: Jesus enviou os discípulos para pregar o Reino de Deus, curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar demônios. Ele os instruiu a ir, semear o evangelho e demonstrar o poder transformador de Deus.
- A Grande Comissão: Mateus 28:18-20
- Comentário: Jesus comissionou os discípulos a irem e fazerem discípulos de todas as nações, batizando-os e ensinando-os a obedecer a tudo o que Ele ordenou. Esta comissão é universal e abrange todos os povos e culturas.
- Atuação do Espírito Santo: Atos 1:8
- Comentário: Jesus prometeu o Espírito Santo como poder para testemunhar sobre Ele em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra. O Espírito Santo capacita os crentes a serem testemunhas eficazes de Cristo.
- Amor como Marca Distintiva: João 13:34-35
- Comentário: Jesus ensinou que o amor mútuo entre os discípulos seria a marca distintiva de seus seguidores. Esse amor genuíno demonstraria ao mundo que eles eram verdadeiros discípulos de Cristo.
Portanto, o modelo missionário ideal para os dias atuais é um equilíbrio entre proclamação do evangelho, serviço compassivo, ensino da Palavra de Deus, operação do poder do Espírito Santo e a demonstração prática do amor cristão. Isso reflete o caráter integral da missão de Deus no mundo, como exemplificado por Jesus.
SINOPSE I
Deus é o modelo missionário da Igreja que pode ser observado a partir da eleição de uma família para alcançar todas as famílias da terra.
AUXÍLIO MISSIOLÓGICO
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
II – AMOR DE DEUS: O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO
1- O amor de Deus. A Bíblia mostra que Deus é amor (1 Jo 4.8,16). No Antigo Testamento vemos o seu amor no relacionamento com todos os homens (Dt 33.3). Também contemplamos esse amor na escolha de Deus por Israel (Dt 7.7; Os 11.1; Ml 1.2) e em seu relacionamento com esse povo num processo de renovação de alianças em que sua misericórdia e benignidade são reveladas (Dt 7.9; Is 54.5-10). No Novo Testamento, esse amor de Deus por todas as criaturas é afirmado e ampliado (Jo 3.16). O Altíssimo é revelado como amoroso, pois Ele mesmo é o amor (1 Jo 4.8,16) e este, por sua vez, é a sua própria essência. Portanto, o amor é a base de todo o plano de redenção revelado na Palavra de Deus.
Comentário de Hubner Braz
O amor de Deus é um tema central na Bíblia, sendo uma expressão da Sua natureza essencial. É um amor que transcende compreensão humana, abrangendo todos os seres humanos e criaturas. Este amor é evidenciado em diversas formas ao longo da história bíblica.
- Amor Universal de Deus: A Bíblia afirma que Deus é amor, e isso implica que Sua natureza é intrinsecamente amorosa. Ele demonstra amor por toda a humanidade, independentemente de raça, nacionalidade ou religião. Isso é evidenciado em passagens como João 3:16, onde Deus ama o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito.
- Amor Específico por Israel: Deus também demonstra um amor particular por Israel no Antigo Testamento. Ele escolheu Israel como um povo especial para ser uma bênção para as nações. Esse amor é retratado como uma escolha graciosa de Deus.
- Renovação de Alianças: Ao longo do Antigo Testamento, vemos Deus renovando Suas alianças com Israel. Isso é um testemunho do Seu amor constante e Sua fidelidade mesmo quando o povo de Israel falha em cumprir sua parte da aliança.
- Amor Revelado em Jesus Cristo: A máxima expressão do amor de Deus é revelada em Jesus Cristo. A encarnação e sacrifício de Jesus demonstram o amor sacrificial de Deus pela humanidade, oferecendo reconciliação e redenção.
- Amor como Essência Divina: A Bíblia declara que Deus é amor. Isso significa que o amor é uma parte integral da Sua natureza. Ele não apenas demonstra amor, mas é a própria personificação do amor.
Tipos de Sentimento de Amor:
Existem vários tipos de amor nas literaturas e nas culturas do mundo, incluindo:
- Grego:
- Ágape (ἀγάπη) - O amor incondicional, sacrificial e benevolente, o tipo de amor exemplificado por Deus na Bíblia.
- Eros (ἔρως) - O amor romântico e apaixonado.
- Philía (φιλία) - O amor fraterno e de amizade.
- Latim:
- Caritas - Caridade, um termo que foi usado para traduzir o grego "Ágape" na Vulgata.
O amor de Deus é uma força transformadora que permeia toda a história bíblica e é a base do plano de redenção revelado na Palavra de Deus. É um amor que vai além do entendimento humano e é a fonte de esperança e salvação para toda a humanidade.
2- A Redenção no Antigo Testamento. Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor. Esse é o conceito básico para a visão bíblica da salvação. No Antigo Testamento, a redenção está associada à vida familiar, social e nacional de Israel nos seguintes aspectos:
a) resgate para libertação de um escravo (Lv 25.48-55);
b) recuperação de um campo (Lv 25.23-34;
c) resgate de um macho primogênito (Êx 13.12-16);
d) resgata de alguém que seria condenado à morte (Êx 21.28-36).
Além disso, a Bíblia mostra também Deus agindo de forma redentora em favor do homem:
a) quando Jacó invoca: “o Anjo que me livrou de todo o mal” (Gn 48.15,16);
b) quando Deus declara a intenção de livrar Israel da servidão do Egito, dizendo: “Vos resgatarei com braço estendido” (Êx 6.6).
Comentário de Hubner Braz
A redenção, no contexto bíblico, é um ato de libertação mediante o pagamento de um preço por um redentor. Este conceito é fundamental para a visão bíblica da salvação. No Antigo Testamento, a redenção está presente em diversas esferas da vida social, familiar e nacional de Israel, demonstrando a importância deste tema na cultura hebraica.
- Resgate de Escravos: A redenção de um escravo era um ato de misericórdia e justiça. O redentor pagava um preço para libertar o escravo, permitindo-lhe recuperar sua liberdade e dignidade.
- Recuperação de Terras: Em Israel, a terra era vista como uma dádiva de Deus, e em casos de dificuldades financeiras, a propriedade podia ser vendida. No entanto, havia a possibilidade de um parente próximo (redentor) resgatar essa terra para a família.
- Redenção do Primogênito: O primogênito tinha um status especial na família, e havia a prática de resgatá-lo mediante um sacrifício ou pagamento simbólico.
- Redenção de Vidas: Em casos de acidentes graves que resultavam em dano físico ou morte, havia a possibilidade de resgatar a vida do culpado, mediante pagamento.
Deus, em Sua soberania e amor, também age como o Redentor em diversas situações:
- O Anjo que Livrou Jacó: Jacó reconhece a intervenção divina em sua vida como um ato de redenção, quando ele afirma que o "Anjo" o livrou de todo o mal.
- Promessa de Libertação do Egito: Deus declara Sua intenção de redimir Israel da escravidão no Egito, usando a expressão "com braço estendido", demonstrando Sua força e poder na ação redentora.
Assim como Deus agiu como Redentor no Antigo Testamento, Ele também age em nossas vidas hoje. Somos resgatados do pecado e da condenação pela obra redentora de Jesus Cristo na cruz. Essa redenção não apenas nos liberta, mas também nos restaura, nos dá dignidade e nos dá acesso à herança celestial como filhos de Deus. Que possamos valorizar e celebrar a redenção que recebemos em Cristo, e viver em gratidão por esse grande ato de amor e libertação.
3- A Redenção no Novo Testamento. No Novo Testamento, a redenção é estritamente uma atividade divina que é realizada por meio de Jesus Cristo (Ef 1.7; Gl 3.13; 4.5). Nesse caso, a remissão do pecador é assegurada com base no preço do resgate pago a Deus Pai por Jesus Cristo em sua morte na cruz (Tt 2.14; Hb 9.12; 1 Pe 1.18,19) cuja obra redentora é declarada no Novo Testamento (Hb 9.25-28). No entanto, a experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14). Portanto, o plano de redenção do pecador é o glorioso anúncio da obra missionária que está fundamentada no amor de Deus.
Comentário de Hubner Braz
A redenção no Novo Testamento é uma obra divina realizada por meio de Jesus Cristo. É por meio Dele que o pecador encontra a remissão de seus pecados, assegurada pelo preço do resgate pago a Deus Pai na cruz. Essa obra redentora é o cerne da mensagem cristã e a base da salvação.
- O Preço do Resgate: Jesus Cristo, ao oferecer Sua própria vida na cruz, pagou o preço do resgate para a redenção da humanidade. Sua morte foi um ato supremo de amor e sacrifício, proporcionando a liberdade espiritual para todos os que creem.
- A Remissão dos Pecados: A redenção em Cristo traz a completa remissão dos pecados. Somos lavados e purificados pelo Seu sangue, sendo reconciliados com Deus.
- A Obra Redentora de Cristo: O Novo Testamento declara de forma enfática a eficácia da obra redentora de Cristo na cruz. Sua morte não foi em vão, mas um ato consumado de redenção para todos os que creem.
- A Glorificação Futura: A experiência plena da redenção será consumada na segunda vinda de Cristo. Nesse momento, os crentes serão glorificados, recebendo corpos transformados e desfrutando da plenitude da redenção em Cristo.
A redenção em Cristo é uma realidade que transforma vidas. Ela nos liberta da escravidão do pecado e nos reconcilia com Deus. Somos purificados e restaurados pela obra redentora de Jesus na cruz. Essa realidade nos dá esperança e a certeza de que, na segunda vinda de Cristo, seremos completamente glorificados. Que possamos viver em gratidão pela redenção que recebemos e compartilhar essa mensagem transformadora com o mundo ao nosso redor. A redenção em Cristo é o grande anúncio da obra missionária, fundamentada no amor incondicional de Deus.
|| + Subsídio Extra: A Cruz como ponte da salvação (clique)
SINOPSE II
O amor de Deus é o princípio fundamental da história da redenção e, por isso, é o fundamento das Missões Transculturais.
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III – VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER TRANSCULTURAL DA MISSÃO
Comentário de Hubner Braz
O Antigo Testamento nos apresenta um Deus que não se restringe a uma nação específica, mas que se revela como um Deus missionário, interessado em toda a humanidade.
- A Queda do Homem: Logo após a queda de Adão e Eva, Deus já começa a demonstrar Sua natureza missionária ao prometer um Redentor que viria para restaurar a comunhão perdida (Gn 3.15). Mesmo diante da desobediência humana, Deus não desiste de Seu propósito de salvação.
- O Dilúvio: No episódio do dilúvio, vemos o juízo de Deus sobre a corrupção da humanidade. No entanto, Sua graça e misericórdia também se destacam ao preservar a vida de Noé e de sua família, proporcionando uma nova chance para a humanidade.
- A Eleição de Abraão: Deus escolhe Abraão não apenas para abençoá-lo, mas com o propósito maior de ser uma bênção para todos os povos da Terra (Gn 12.3). É nesse momento que vemos claramente a estratégia missionária de Deus se desenvolvendo. Ele planeja usar uma nação específica para abençoar e alcançar todas as famílias da Terra.
A natureza missionária de Deus nos inspira a compreender que Sua graça e amor transcendem fronteiras e limites culturais. Ele se importa com toda a humanidade e deseja que todos tenham a oportunidade de conhecer e experimentar Sua salvação. Assim como Deus escolheu Abraão para ser uma bênção, Ele nos chama a ser agentes de bênção em nosso tempo e contexto. Que possamos responder a esse chamado, compartilhando o amor de Deus e a mensagem de salvação com todos ao nosso redor. A missão de Deus é uma convocação para sermos instrumentos de Sua graça e redenção no mundo.
2- A escolha de Israel e sua missão. Por meio de Abraão e sua fé, Deus escolheu Israel para ser um povo especial ao longo da história; para que participasse de modo especial do seu plano de redimir toda a humanidade. Ao estabelecer um relacionamento vertical e correto com Deus, Israel seria o exemplo para as demais nações. Era desejo do Altíssimo que Israel se distinguisse dos outros povos como sua joia preciosa.
Ele queria que a santidade de Israel, como exemplo vivo do poder e de sua graça, atraísse o restante das nações. Entretanto, Israel fracassou nesse propósito. A promessa estabelecida em Gênesis 17.8 foi invalidada pela apostasia e infidelidade da nação (Is 24.5; Jr 31.32). Por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria (2 Rs 17), enquanto Judá, posteriormente, foi levada para o cativeiro em Babilônia (2 Rs 25; 2 Cr 36).
Comentário de Hubner Braz
Deus escolheu Israel como um povo especial, não apenas para receber Suas bênçãos, mas para ser um exemplo vivo de relacionamento correto com Ele. Israel foi chamado para ser uma luz para as nações, atraindo outros povos para a verdade e a graça de Deus. A promessa estabelecida em Gênesis 17:8 era de que a terra de Canaã seria uma herança eterna para a descendência de Abraão.
No entanto, a história de Israel também mostra os desafios enfrentados por este povo. Ao invés de permanecer fiel a Deus, muitas vezes Israel se desviou para a idolatria e a desobediência. Isso levou a consequências sérias, como o exílio na Assíria e, posteriormente, o cativeiro na Babilônia.
A história de Israel nos ensina sobre a importância de manter um relacionamento íntegro com Deus. Assim como Israel foi chamado para ser um exemplo para as nações, nós também somos chamados para viver de forma que a nossa fé e obediência atraiam outros para Deus. Devemos lembrar que Deus não escolheu Israel por causa de alguma superioridade inerente, mas por Sua graça e propósito soberano.
A diferença entre Israel e o povo Gentil reside no papel designado por Deus para cada um. Enquanto Israel tinha a responsabilidade de ser um farol espiritual para o mundo, os gentios também são amados por Deus e podem receber Sua graça e salvação.
O capítulo 11 de Romanos apresenta uma analogia muito rica envolvendo oliveiras, galhos e raízes para ilustrar a relação entre os judeus e os gentios no plano de salvação de Deus.
Oliveira como Israel:
A oliveira é usada como uma metáfora para representar o povo de Israel. As oliveiras eram uma parte vital da agricultura na região, e eram altamente valorizadas por seus frutos e pelo azeite que deles era extraído. Ao chamar Israel de uma oliveira, Paulo está evocando uma imagem familiar para seus leitores.
Os ramos naturais e enxertados:
Os ramos naturais são os ramos originais da oliveira, representando o povo judeu. Eles foram os primeiros a receber as promessas de Deus e a serem parte do Seu plano de salvação. No entanto, muitos judeus rejeitaram a mensagem de Cristo, resultando na quebra de comunhão entre eles e a oliveira (Deus).
Por outro lado, os ramos enxertados são os gentios. Eles não faziam parte da oliveira originalmente, mas foram enxertados nela. Isso aconteceu por meio da fé em Jesus Cristo. Paulo usa essa imagem para mostrar que os gentios não são um povo separado e independente, mas são incorporados à mesma promessa de salvação que era originalmente para os judeus.
A Raiz Santa:
A raiz representa as promessas e a fidelidade de Deus. Ela é santa porque é divina e provém de Deus. Os ramos (judeus e gentios) participam da seiva que flui da raiz, recebendo vida e nutrição espiritual.
A advertência:
Paulo também faz uma séria advertência aos gentios enxertados. Eles não devem se orgulhar ou tornar-se arrogantes em relação aos ramos naturais (os judeus). Ao contrário, devem lembrar que foram enxertados pela graça de Deus e que podem ser removidos se não permanecerem na fé.
A promessa de restauração:
Paulo também oferece esperança aos judeus que rejeitaram a mensagem de Cristo. Ele afirma que, se eles não persistirem na incredulidade, Deus é capaz de enxertá-los novamente na oliveira.
Raiz das Palavras:
- Oliveira: A palavra em grego é "elaia", que se refere especificamente à árvore da oliveira.
- Ramos: A palavra em grego é "klados", que se refere a uma extensão da planta que carrega folhas, flores ou frutos.
- Raiz: A palavra em grego é "rhiza", que indica a parte da planta que está debaixo da terra e da qual as outras partes crescem.
Essa analogia das oliveiras em Romanos 11 é uma poderosa representação da continuidade do plano de Deus para a salvação, envolvendo tanto judeus quanto gentios, e ressalta a importância da fé e da fidelidade em Cristo.
Ressalto que a ilustração da oliveira em Romanos 11 nos ensina que os gentios são enxertados na árvore da fé de Israel, compartilhando das mesmas bênçãos espirituais. A oliveira representa o povo de Deus, e tanto judeus quanto gentios têm a oportunidade de fazer parte dessa árvore, pela fé em Jesus Cristo.
Portanto, devemos buscar viver em fidelidade a Deus, sendo luz para o mundo ao nosso redor, e reconhecendo que a nossa posição diante de Deus é resultado de Sua graça e misericórdia, não de méritos próprios.
3- A escolha da Igreja. O Senhor Deus sempre desejou que os gentios fossem levados à luz. A salvação por meio de Cristo é o cumprimento divino da promessa dada a Abraão de abençoar todas as famílias da Terra. Embora Israel tenha fracassado em seu ministério intercultural, Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento – a Igreja de Deus. Essa Igreja herdou uma incumbência divina, sendo chamada a participar com Deus na evangelização do mundo. Por isso, fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-14).
Comentário de Hubner Braz
O texto em destaque enfatiza a transição crucial do ministério missionário de Israel para a Igreja, um aspecto fundamental na história da redenção. Desde o princípio, Deus tinha em mente a salvação de todas as nações, conforme a promessa dada a Abraão de que em sua descendência todas as famílias da Terra seriam abençoadas.
- O termo "missionário" tem raiz na palavra grega apostolos, que significa "enviado" ou "mensageiro". Este conceito é fundamental para entender a comissão da Igreja.
Referências Bíblicas:
- Gênesis 12:3: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra."
- Mateus 5:13-14: "Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte."
Temas:
- Promessa a Abraão: A promessa de Deus a Abraão é o alicerce da missão transcultural. Essa promessa abrange a bênção para todas as famílias da Terra, sinalizando a universalidade do plano divino de redenção.
- Israel e Sua Missão Interrompida: A nação de Israel inicialmente foi escolhida para ser um exemplo para as nações, mas falhou em cumprir plenamente essa missão. O exílio de Israel é um exemplo disso.
- Transição para a Igreja: Com a vinda de Cristo e o estabelecimento da Igreja, a responsabilidade missionária foi transferida para aqueles que creem em Jesus como Salvador. Eles são agora os herdeiros dessa incumbência divina.
- Chamado à Influência e Testemunho: A Igreja é chamada a ser o "sal da terra" e a "luz do mundo". Esta é uma chamada à influência e ao testemunho cristão em todas as esferas da sociedade.
- Responsabilidade e Oportunidade: A responsabilidade da Igreja como agente missionário transcende fronteiras culturais e geográficas. Cada crente tem um papel vital nesse chamado, sendo desafiado a viver uma vida que reflita a luz e o amor de Cristo, alcançando aqueles que ainda não conhecem a salvação.
Ao compreender e internalizar esses temas e referências bíblicas, os crentes são capacitados a se engajar de forma mais eficaz na missão transcultural, sendo agentes ativos na proclamação do Evangelho e no testemunho do amor redentor de Cristo.
SINOPSE III
A missão transcultural da Igreja está fundamentada no caráter missionário de Deus.
AUXÍLIO MISSIOLÓGICO
“DEUS ESPÍRITO SANTO COMO MISSIONÁRIO
O Espírito Santo é a presença de Deus no mundo. Ele é um membro da Trindade que vai aonde lhe é destinado. Ao compartilhar com o Pai e o Filho os aspectos qualitativos de personalidade, divindade e infinitude, Ele, também, é ‘luz e amor’. Ainda assim, raramente a doutrina do Espírito Santo é relacionada a missões mundiais, embora esse pareça ser o principal ímpeto da operação do Espírito de acordo com as Escrituras.
O grande livro de Harry Boer, Pentecost and Missions (Pentecostes e missões), portanto, não é apenas bem-vindo, mas muito necessário. Ele harmoniza um tanto a questão, embora o livro seja totalmente desconsiderado pelos teólogos de hoje. As duas principais emanações redentoras de Deus são a encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo e Pentecostes, a vinda do Espírito Santo. Há, porém, um ministério pré-pentecostes e um ministério pós-pentecostes do Espírito Santo.
O ministério pré-pentecostes é totalmente exposto no Antigo Testamento e nos Evangelhos, enquanto que o ministério pós-pentecostes relaciona-se em particular a missões mundiais. Podemos falar disso como o ministério geral ou universal do Espírito Santo, tendo em mente que o Espírito Santo é a presença de Deus e é onipresente. Como tal, Ele está em operação no universo humano” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.92,93)
CONCLUSÃO
Vimos a natureza missionária de Deus desde o início da Bíblia. A partir de uma família, Deus planejou a salvação para a toda a humanidade. Isso revela que o plano redentor de Deus está fundamentado no seu excelso e glorioso amor pelo mundo todo (Jo 3.16). É esse amor que estimula a Igreja de Cristo levar a sério a obra missionária até que o Senhor Jesus volte. Deus não desistiu do pecador. Por isso, Ele conta conosco, pois é a sua vontade “que todos os homens se salvem” (1 Tm 2.4).
Comentário de Hubner Braz
Ao percorrer as páginas da Escritura, somos confrontados com a beleza da missão de Deus, traçada desde os primórdios da humanidade. Desde uma única família, Ele teceu o plano de salvação que abrangeria todos os rincões da Terra. É nesse contexto de amor incondicional que João 3:16 brilha como uma estrela-guia, revelando o cerne do coração divino.
Diante dessa magnitude, somos convocados, como Igreja de Cristo, a assumir com seriedade a obra missionária. Somos os arautos da esperança, os mensageiros da Boa Nova que ecoa pelos séculos. Deus, em sua infinita misericórdia, não desiste do pecador, e é com esse mesmo ardor que Ele nos comissiona.
1 Timóteo 2:4 resplandece como um farol, iluminando o caminho da nossa missão: o desejo divino é que todos os homens alcancem a salvação. Essa é a nossa responsabilidade, o nosso privilégio e a nossa honra. Que cada um de nós, ao contemplar a grandiosidade desse chamado, se sinta impelido a levar adiante a tocha da redenção, iluminando os corações perdidos com a luz do Evangelho, até que o Senhor Jesus retorne em glória para consumar a Sua obra.
Que essa verdade toque nossos corações de forma profunda e que sejamos movidos por um senso de urgência e paixão na realização da obra missionária. Que as lágrimas de gratidão e compaixão nos inundem ao compreendermos o imensurável amor de Deus por cada alma perdida. Que o brilho da esperança no rosto daqueles que encontram a salvação em Cristo seja a nossa maior recompensa e alegria. Assim, seremos fiéis colaboradores no cumprimento do eterno propósito de Deus: a salvação de todos os homens.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que o apóstolo Paulo escreve a respeito da bênção de Abraão? O apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16).
2- Segundo a lição, por que Deus é o nosso maior modelo missionário? Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista das atividades missionárias. Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o nosso maior o modelo missionário é o próprio Deus.
3- O que significa redenção? Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor.
4- Quando que a experiência de redenção do crente estará completa e consumada? A experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14).
5- Para quem Deus transferiu o ministério missionário? Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento – a Igreja de Deus.
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