TEXTO ÁUREO (atualização diária) “Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos” 3 João 5 COMENTÁ...
“Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos” 3 João 5
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O texto áureo de 3 João 5 destaca a importância da fidelidade na conduta cristã em relação aos irmãos na fé e também em relação aos estranhos. Isso evidencia a necessidade de um comportamento íntegro e amoroso, não apenas com aqueles que compartilham da mesma fé, mas também com pessoas de fora da comunidade cristã.
- Raiz Grega e Hebraica:
- A palavra "fielmente" em grego é "πιστός" (pistos), que denota confiabilidade, confiança e fidelidade.
- No hebraico, o termo correspondente é "אָמַן" (aman), que também transmite a ideia de confiar e ser fiel.
- Comentário Bíblico:
- O apóstolo João, ao escrever esta carta, elogia o destinatário pelo seu proceder fiel tanto com os irmãos na fé como com os estranhos. Essa fidelidade demonstra um amor genuíno e uma prática consistente dos ensinamentos de Cristo.
- Frase:
- "A fidelidade é um dos principais pilares do caráter cristão, pois reflete a confiança e integridade que devemos ter em nossas relações com os irmãos e com o mundo ao nosso redor." - Autor Desconhecido.
Este versículo ressalta a importância da fidelidade no contexto das relações cristãs, enfatizando que o compromisso com a verdade e o amor deve estender-se não apenas à comunidade de fé, mas a todos, inclusive àqueles que estão fora da comunidade cristã. É um chamado à prática consistente do amor e da integridade em todas as esferas da vida.
VERDADE APLICADA
Como Jesus, devemos abundar em amor e, assim, sermos servos uns dos outros.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A aplicação prática desta verdade é clara e desafiadora. Assim como Jesus, que exemplificou um amor abnegado e serviçal durante todo o seu ministério terreno, somos chamados a seguir seus passos. Isso significa que devemos colocar os interesses dos outros acima dos nossos e estar dispostos a servir, sem esperar reconhecimento ou recompensa.
Essa atitude de amor e serviço não deve se limitar apenas aos irmãos na fé, mas também deve se estender a todos, incluindo aqueles que são estranhos para nós. Devemos buscar oportunidades de demonstrar o amor de Cristo em nossas interações diárias, seja através de palavras encorajadoras, gestos de bondade ou ajudando nas necessidades práticas das pessoas ao nosso redor.
Essa verdade aplicada transforma nossa perspectiva sobre o relacionamento com o próximo e nos desafia a sermos agentes de amor e serviço em um mundo que muitas vezes valoriza o egoísmo e a autossuficiência. Ao abraçarmos essa mentalidade de abundar em amor, refletimos a essência do evangelho e somos testemunhas vivas do amor transformador de Cristo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
TEXTOS DE REFERÈNCIA
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Filipenses 2:1-5 nos oferece uma preciosa lição sobre humildade e amor, inspirada no exemplo de Jesus Cristo:
- "Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,"
O apóstolo Paulo começa chamando a atenção para as bênçãos e confortos espirituais que os crentes têm em Cristo. Ele fala de consolação, amor, comunhão no Espírito e compaixão, mostrando que essas experiências devem ser parte integrante da vida cristã. Isso não é apenas uma teoria, mas algo vivencial. - "Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa."
Paulo expressa seu desejo de que a alegria dele seja completada pela unidade e harmonia entre os crentes. Ele exorta os Filipenses a compartilharem do mesmo amor, do mesmo espírito e a terem uma mesma atitude. Isso fala da importância da coesão e unidade na comunidade cristã. - "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo."
Aqui, Paulo adverte contra atitudes egoístas e competitivas na comunidade cristã. Ele destaca a importância da humildade e encoraja a considerar os outros como mais importantes do que a si mesmos. Isso vai diretamente contra a mentalidade do mundo, que muitas vezes busca a própria exaltação. - "Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros."
Paulo incentiva a não ser egoísta, mas a olhar também para as necessidades e interesses dos outros. Isso fala de uma preocupação genuína com o bem-estar e prosperidade do próximo, e não apenas com os próprios interesses. - "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus."
Paulo culmina o ensinamento, apresentando Jesus como o supremo exemplo de humildade e altruísmo. Ele nos chama a cultivar a mesma atitude que Cristo teve, ao se esvaziar de sua glória divina e se fazer servo, obediente até a morte na cruz.
Este capítulo é um poderoso apelo à prática da humildade, amor e cuidado mútuo na comunidade cristã, tendo Jesus como modelo supremo. É uma chamada a vivermos em harmonia e unidade, considerando sempre o bem do próximo. A raiz grega das palavras reforça a profundidade desses ensinamentos, mostrando que não são apenas conselhos práticos, mas princípios fundamentais para a vida cristã autêntica. Comentadores e escritores cristãos reforçam a relevância e a aplicabilidade desses ensinamentos em todas as eras da Igreja.
LEITURA COMPLEMENTARES
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os ministros de Deus tenham o mesmo sentimento de Jesus.
DINÂMICA PARA LIçÃO 2
Comentário de Hubner Braz
Título da dinâmica: Servindo aos Outros como Verdadeiros Discípulos
Objetivo: Refletir sobre a importância de servir aos outros como verdadeiros discípulos de Cristo.
Materiais Necessários:
- Folhas de papel em branco
- Canetas ou lápis de cor
- Uma caixa ou cesta pequena
- Papel com passagens bíblicas sobre servir (ex: Mateus 20:28, João 13:14-15, Gálatas 5:13)
Passos:
- Introdução (5 minutos):
- Comece lendo uma das passagens bíblicas sobre servir para contextualizar a dinâmica e estabelecer o tema.
- Faça uma breve explanação sobre a importância do serviço ao próximo na vida de um discípulo de Cristo.
- O Compromisso de Servir (10 minutos):
- Distribua folhas de papel em branco e peça para cada participante escrever uma maneira prática pela qual eles podem servir aos outros em sua comunidade, família ou igreja.
- Após escreverem, peça para dobrarem os papéis e colocarem na caixa ou cesta.
- O Sorteio (5 minutos):
- Peça para um participante voluntário retirar um papel da caixa.
- Leia em voz alta a maneira de servir escrita no papel.
- Reflexão em Grupo (15 minutos):
- Após cada leitura, promova uma breve discussão sobre como a ação de servir mencionada pode impactar positivamente a vida dos outros e demonstrar o amor de Cristo.
- Encoraje os participantes a compartilharem experiências pessoais de serviço e testemunhos sobre como foram impactados ao serem servidos por alguém.
- Compromisso Final (5 minutos):
- Termine a dinâmica pedindo para cada participante escolher uma das maneiras de servir mencionadas e se comprometer a colocá-la em prática durante a semana.
- Ore juntos, pedindo a orientação e força de Deus para cumprir esses compromissos de serviço.
Essa dinâmica visa envolver os participantes em uma reflexão prática sobre o serviço ao próximo, encorajando-os a aplicar os ensinamentos de Cristo em suas vidas diárias. Ao compartilhar experiências e compromissos, os participantes podem fortalecer a comunhão e se motivar mutuamente a serem verdadeiros discípulos que servem às pessoas ao seu redor.
Título da dinâmica: Servindo aos Outros como Verdadeiros Discípulos
Objetivo: Refletir sobre a importância de servir aos outros como verdadeiros discípulos de Cristo.
Materiais Necessários:
- Folhas de papel em branco
- Canetas ou lápis de cor
- Uma caixa ou cesta pequena
- Papel com passagens bíblicas sobre servir (ex: Mateus 20:28, João 13:14-15, Gálatas 5:13)
Passos:
- Introdução (5 minutos):
- Comece lendo uma das passagens bíblicas sobre servir para contextualizar a dinâmica e estabelecer o tema.
- Faça uma breve explanação sobre a importância do serviço ao próximo na vida de um discípulo de Cristo.
- O Compromisso de Servir (10 minutos):
- Distribua folhas de papel em branco e peça para cada participante escrever uma maneira prática pela qual eles podem servir aos outros em sua comunidade, família ou igreja.
- Após escreverem, peça para dobrarem os papéis e colocarem na caixa ou cesta.
- O Sorteio (5 minutos):
- Peça para um participante voluntário retirar um papel da caixa.
- Leia em voz alta a maneira de servir escrita no papel.
- Reflexão em Grupo (15 minutos):
- Após cada leitura, promova uma breve discussão sobre como a ação de servir mencionada pode impactar positivamente a vida dos outros e demonstrar o amor de Cristo.
- Encoraje os participantes a compartilharem experiências pessoais de serviço e testemunhos sobre como foram impactados ao serem servidos por alguém.
- Compromisso Final (5 minutos):
- Termine a dinâmica pedindo para cada participante escolher uma das maneiras de servir mencionadas e se comprometer a colocá-la em prática durante a semana.
- Ore juntos, pedindo a orientação e força de Deus para cumprir esses compromissos de serviço.
Essa dinâmica visa envolver os participantes em uma reflexão prática sobre o serviço ao próximo, encorajando-os a aplicar os ensinamentos de Cristo em suas vidas diárias. Ao compartilhar experiências e compromissos, os participantes podem fortalecer a comunhão e se motivar mutuamente a serem verdadeiros discípulos que servem às pessoas ao seu redor.
ESBOÇO DA LIÇÃO
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INTRODUÇÃO
Jesus é o maior e mais perfeito exemplo de serviço ao próximo. Ele é o Deus que deixou a Sua glória para servir com Sua própria vida, mostrando que o verdadeiro poder de um discípulo é quando se torna servo.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A introdução destaca um dos princípios fundamentais do ensinamento de Jesus: o serviço desinteressado ao próximo. Este princípio é central na vida e ministério de Cristo, e é exemplificado em passagens como Marcos 10:45, onde Jesus afirma: "Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".
Jesus, sendo Deus, assumiu a forma de um servo, lavando os pés dos discípulos (João 13:1-17). Ele demonstrou que a verdadeira grandeza está em servir e que o poder de um discípulo é encontrado na humildade e no amor prático ao próximo.
Além disso, Filipenses 2:5-8 destaca a extraordinária humildade de Jesus, que "esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo". Ele não apenas ensinou sobre o serviço, mas exemplificou isso em cada interação com as pessoas, mostrando que o reino de Deus é um reino de serviço, amor e compaixão.
Portanto, a introdução nos convida a refletir sobre o exemplo supremo de Jesus e nos desafia a trilhar o caminho do serviço desinteressado em nossas próprias vidas, seguindo os passos do Mestre. É uma chamada para que cada discípulo compreenda que a verdadeira grandeza está em se tornar um servo, assim como Jesus o fez.
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1- O QUE É SERVIR
O conceito de servir é bastante amplo, no entanto, de forma resumida, o dicionário diz que é: “Ser útil a alguém ou algo, auxiliando-o a realizar ou conseguir alguma coisa; estar às ordens; atender a um propósito; zelar por alguém “. Nesse contexto, é impossível e desafiador ser um discípulo de Cristo e não se aplicar a essas atividades [1Pe 4.10]. É ser obediente a Deus, é seguir uma vocação [1Co 15.58], é amar “os irmãos e os estranhos”, é imitar Jesus e tê-lo como fiel modelo a ser seguido [1Co 11.1].
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O conceito de servir é um tema central na mensagem de Cristo. Ele próprio declarou em Mateus 20:28: "Assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Portanto, a essência do serviço está enraizada na disposição de beneficiar, auxiliar e atender às necessidades dos outros.
A passagem de 1 Pedro 4:10 destaca a importância do serviço na vida do discípulo de Cristo. Ela nos lembra que cada um de nós recebeu dons e habilidades especiais de Deus, e que devemos usar esses talentos para o bem comum, servindo uns aos outros com graça e generosidade.
O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 15:58, enfatiza que o serviço no Senhor não é em vão. Ele encoraja os crentes a serem firmes, constantes e abundantes no trabalho do Senhor, pois sabem que o que fazem para Ele terá um impacto eterno.
Além disso, a instrução de amar tanto os irmãos como os estranhos está enraizada na centralidade do amor na vida do cristão. Jesus resumiu toda a Lei e os Profetas em dois mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo (Mateus 22:37-39). Portanto, servir é uma expressão prática desse amor.
Ao imitar Jesus e tê-Lo como modelo, buscamos espelhar Sua humildade, compaixão e prontidão para servir. Ele lavou os pés dos discípulos e Se entregou na cruz como o supremo ato de serviço e amor sacrificial.
Portanto, ser um discípulo de Cristo é, essencialmente, abraçar o chamado ao serviço, tanto na prática cotidiana como em ações grandiosas, refletindo o amor e a generosidade de Cristo em todas as áreas de nossas vidas.
1.1. Fazer o que Deus manda. Jesus disse que quem não dá fruto, Ele corta; e o que dá fruto Ele poda, para frutificar ainda mais [Jo 15.2]. Isso significa que Deus espera dos seus discípulos que sirvam com excelência! Trabalhar para Deus é fazer o que Ele manda. Jesus foi um “trabalhador” do Pai, servindo debaixo de obediência [Fp 2.8]. Quando o discípulo deixa de glorificar a Deus e de fazer seu trabalho, que é servir, está “seguindo o mau exemplo”, como Diótrefes [3 Jo 11].
Tiago 4.17 diz: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz, comete pecado”. Já recebemos uma ordem de Deus, quando disse: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.” [Jo 15.16-17]. O verdadeiro discípulo pressupõe disposição para servir, e não para ser servido. Uma excelente companhia para o discípulo é a virtude da humildade que, infelizmente, nos dias de hoje, não tem sido mais considerada uma virtude. Agindo assim, opõe-se a Jesus, que declarou: “Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.” [Mt 20.28]. Ser discípulo não é “dar ordens”, é receber uma ordem e cumpri-la.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Essa passagem enfatiza a importância da obediência e do serviço na vida do discípulo de Cristo. Jesus ilustra isso de forma vívida ao usar a metáfora da videira e dos ramos em João 15. Ele nos exorta a permanecer Nele, a fim de dar fruto. Isso implica em estar em comunhão íntima com o Senhor e obedecer aos Seus mandamentos.
A poda mencionada por Jesus é um processo de purificação e aprimoramento que ocorre na vida do discípulo. Deus nos chama para um serviço frutífero, no qual Ele molda e aprimora nossas vidas para que possamos ser ainda mais eficazes em Sua obra.
A referência a Diótrefes em 3 João 11 serve como um alerta para não seguirmos o exemplo daqueles que buscam o próprio interesse e se opõem à autoridade de Deus. Diótrefes era conhecido por sua arrogância e falta de disposição para servir. Ao contrário, devemos buscar a humildade e a obediência exemplificadas por Jesus.
Tiago 4:17 nos adverte sobre a responsabilidade que temos em fazer o bem. O discípulo de Cristo não pode ser negligente em suas obrigações para com Deus e para com o próximo. Devemos agir em amor e serviço, praticando a bondade de forma ativa em nossas vidas.
A citação de Mateus 20:28 destaca o exemplo supremo de serviço que Jesus nos deu ao dar Sua vida como resgate por muitos. Ele não veio para ser servido, mas para servir. Portanto, o verdadeiro discípulo segue esse exemplo, colocando-se à disposição para servir a Deus e ao próximo, em obediência e humildade.
Ser discípulo de Cristo significa estar disposto a servir, a fazer o que Deus manda, e a obedecer com amor e humildade. É um chamado para imitar o exemplo de Jesus, que se entregou completamente em serviço e amor sacrificial.
1.2. Ser humilde imitando Jesus. O termo humildade tem origem no latim humus, que significa “terra, chão”. Ser humilde não é, portanto, estar nas alturas; Jesus, que estava, desceu. A humildade de Jesus é um dos grandes destaques em Sua liderança. Ele diz sobre si mesmo: “… pois sou manso e humilde de coração” [Mt 11.29]. Mesmo sendo Deus, Jesus se humilhou, fazendo-se homem e servo, conforme relata Filipenses 2. O orgulho é oposição à humildade, por isso “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” [Tg 4.6]. O discípulo orgulhoso, que despreza a humildade por se achar mais importante que qualquer outro, está manifestando a “Síndrome de Diótrefes” e será destituído do que ele julga ser “seu poder”. Qualquer discípulo sem humildade, que fale com arrogância, não é um bom líder [Jr 48.29]. Mas os que imitam Jesus, sua forma de interagir com as pessoas, acertam em todos os aspectos de sua vida, demonstrando compaixão, altruísmo, empatia e amor [Jo 8.3-11].
O Autêntico discípulo é comprometido com Cristo e está alinhado aos seus valores: é humilde, não grita, não manipula nem intimida as pessoas. Afinal de contas, quem tem bons argumentos não precisa elevar o tom de sua voz nem fazer intimidações. Quanto mais alguém se impuser por meio da acidez verbal, menos será ouvido, falar com grosseria é próprio de quem é moralmente fraco, e precisa, pela intimidação, impor aquilo que não consegue pela razão.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A humildade é uma característica fundamental na vida de um discípulo de Cristo. Ela está no cerne do exemplo deixado por Jesus, que mesmo sendo Deus, escolheu se humilhar, tornando-se servo e habitando entre os homens. Em Mateus 11:29, Jesus enfatiza Sua própria humildade, convidando-nos a aprender d'Ele, pois Ele é "manso e humilde de coração". Esse é um convite para que também cultivemos a humildade em nossas vidas.
O contraponto à humildade é o orgulho, que coloca o homem em oposição a Deus. Tiago 4:6 nos alerta que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Aqueles que se enchem de orgulho, que se consideram superiores aos outros, estão indo na contramão do exemplo deixado por Cristo. É importante notar que o orgulho é um dos principais obstáculos para o serviço genuíno e eficaz.
A referência à "Síndrome de Diótrefes" nos lembra do perigo do orgulho e da busca pelo poder e autoridade, em detrimento do serviço e humildade. Diótrefes é um exemplo negativo de liderança, pois ele buscava o próprio interesse e desprezava a humildade. Isso o levou a ser destituído da verdadeira autoridade espiritual.
A verdadeira liderança no Reino de Deus é exemplificada por Jesus, que não precisava recorrer a métodos intimidadores ou manipuladores. Ele demonstrou compaixão, empatia e amor em todas as suas interações. O discípulo comprometido com Cristo busca imitar esse modelo de liderança, priorizando a humildade e a compaixão.
Em resumo, a humildade é uma virtude que deve permear a vida do discípulo de Cristo. Ela reflete o exemplo deixado por Jesus e é essencial para um serviço autêntico e eficaz no Reino de Deus. A humildade nos capacita a amar e servir ao próximo de forma genuína, sem recorrer a métodos coercivos ou arrogantes.
1.3. Amar e obedecer. Por amor, Deus enviou Jesus para nos salvar [Jo 3.16]; e o Filho, em obediência, cumpriu Seu chamado, dando Sua vida por amor a nós [Ef 5.1-2]. Cristo foi o maior exemplo de servo por Sua obediência. Em Filipenses 2.8, Paulo escreve que Jesus foi “obediente até à morte, e morte de cruz” e nos exorta a termos “o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” [Fp 2.5].
O amor e a obediência são importantes traços do caráter de um verdadeiro cristão. Ao contrário do que muitos pensam, ser discípulo não significa ser autônomo, fazer o que quiser. Mas amar as pessoas e servi-las. Warren W. Wiersbe disse: “Um dos problemas das igrejas de hoje é o número excessivo de celebridades e a falta de servos”. João exorta a procedermos “fielmente em tudo o que fazemos para com os irmãos, e para com os estranhos”. Diferentemente de Diótrefes, que só pensava em vantagens pessoais, a igreja também tinha Demétrio e Gaio, dispostos a servir.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O amor e a obediência são pilares fundamentais da vida cristã, e encontram sua expressão máxima na pessoa de Jesus Cristo. Deus amou o mundo de tal maneira que enviou Seu Filho unigênito para salvar a humanidade (João 3:16). Essa ação divina é o ápice do amor sacrificial. Jesus, por Sua vez, demonstrou o mais alto grau de obediência ao cumprir a vontade do Pai, mesmo diante da morte na cruz (Filipenses 2:8).
O amor e a obediência se entrelaçam de forma íntima na vida de um discípulo de Cristo. O amor é o motor que impulsiona o serviço e a dedicação ao próximo. É o que nos leva a agir em prol do bem-estar e necessidades dos outros. A obediência, por sua vez, é a expressão prática desse amor. É a resposta fiel e submissa à vontade de Deus em nossa vida.
O exemplo de Jesus é o padrão supremo de amor e obediência. Ele não apenas falou sobre o amor, mas o demonstrou em cada ação e atitude. Sua obediência levou-O a se entregar completamente, culminando em Sua crucificação por nós. A exortação de Paulo em Filipenses 2:5 nos chama a ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, ou seja, a cultivar o amor e a obediência em nossas vidas.
Warren W. Wiersbe traz uma importante reflexão ao mencionar o desequilíbrio entre celebridades e servos nas igrejas contemporâneas. Isso ressalta a importância de não buscar destaque pessoal, mas sim de se colocar à disposição para servir ao próximo, como exemplificado por Jesus.
Por fim, a referência à atitude de Demétrio e Gaio destaca a existência de indivíduos dispostos a servir de forma fiel e abnegada. Eles são contrapostos ao egoísmo de Diótrefes, que buscava apenas seu próprio interesse. Esses exemplos nos incentivam a cultivar uma postura de amor e obediência em nossa jornada como discípulos de Cristo.
EU ENSINEI QUE:
Ser um verdadeiro discípulo não é um poder em si mesmo, mas o exercício da vocação divina para o serviço cristão. Mesmo discípulos de Cristo podem “contrair” a Síndrome de Diótrefes, razão pela qual devem, em tudo, imitar Jesus.
2- A QUEM SERVIR
O discípulo de Cristo demonstra amor a Deus enquanto serve aos diversos grupos de pessoas [Hb 6.10] que carecem de sua assistência espiritual, social e amor. Entre eles: os pobres, órfãos e viúvas, prioritariamente [Tg 1.27]; a comunidade de fé [Gl 6.10]; os conhecidos e desconhecidos [Lc 10.25-37]; os nacionais e os estrangeiros [Mc 16.15]. O fato é que servir se refere a dar suporte ao outro, ajudando a levar as cargas pesadas [Gl 6.2]. Assim, a expressão que melhor caracteriza um autêntico discípulo é a de servo.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O serviço ao próximo é um dos meios mais tangíveis de demonstrar nosso amor a Deus. A Bíblia nos instrui a cuidar dos pobres, órfãos e viúvas, pois são grupos vulneráveis e necessitados de auxílio espiritual, social e amoroso (Tiago 1:27). Essa é uma maneira prática de viver o Evangelho, demonstrando compaixão e empatia.
A comunidade de fé também é um campo vital de serviço. Ao ajudarmos nossos irmãos na fé, estamos fortalecendo o corpo de Cristo e testemunhando o amor de Deus em ação (Gálatas 6:10). Essa comunhão e apoio mútuo são essenciais para o crescimento espiritual e a edificação da igreja.
A parábola do bom samaritano, relatada em Lucas 10:25-37, é um exemplo vívido de como devemos enxergar todos os seres humanos como próximos a quem devemos servir, independentemente de conhecermos ou não. O samaritano não apenas demonstrou compaixão, mas agiu de maneira prática para socorrer o necessitado, mostrando que o amor ao próximo se traduz em ações concretas.
A universalidade do serviço também é evidenciada no mandamento de Jesus em Marcos 16:15 de pregar o Evangelho a toda criatura. Isso inclui tanto os nacionais quanto os estrangeiros, pois o amor de Deus transcende fronteiras e culturas.
Servir não se limita apenas a palavras ou sentimentos, mas envolve ação concreta. A expressão mais característica de um autêntico discípulo é a de servo, alguém disposto a dar suporte e ajudar a carregar as cargas pesadas dos outros (Gálatas 6:2). Essa atitude reflete o coração de Cristo, que veio não para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos (Mateus 20:28). Portanto, somos chamados a seguir esse exemplo e servir uns aos outros com amor e dedicação.
2.1. A Deus. Servir a Deus é cumprir com alegria e dedicação as tarefas que nos foram dadas [SI 100.2]. Jesus sintetizou assim: “Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” [Mt 25.40]. A mensagem é simples: fazer aos outros é servir a Deus! Diótrefes não tinha esta visão, ele servia a si próprio. João escreve: “Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus” [3]o 11].
John R. W. Stott (1, 2 e 3 João – Introdução e comentário, Vida Nova, 1982, p. 196): “João deixa a sua descrição do dano que estava sendo feito por Diótrefes para dar uma palavra de conselho pessoal a Gaio, seguida de uma recomendação de Demétrio. Talvez esteja preocupado, temendo que mesmo Gaio fosse influenciado por Diótrefes. (…) O imperativo “sigas” é mimou, imites. Todo indivíduo é um imitador. É-nos natural olhar outras pessoas como nosso modelo e copiá-las. (…) mas Gaio deve escolher cuidadosamente o seu modelo”. Nós também precisamos estar bem atentos quanto aos nossos referenciais, principalmente quanto à nossa atuação em uma igreja local.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Servir a Deus é mais do que uma mera obrigação religiosa; é um privilégio e uma expressão de amor e gratidão por tudo o que Ele fez por nós. Ao cumprirmos as tarefas que nos foram designadas com alegria e dedicação, estamos demonstrando nosso compromisso com o Senhor. O Salmo 100:2 nos convida a servir ao Senhor com alegria e apresentar a Ele louvores com cânticos.
Jesus enfatizou essa conexão entre servir aos necessitados e servir a Ele mesmo. Ele disse que, ao ajudarmos um dos Seus pequeninos irmãos, estamos fazendo isso diretamente a Ele (Mateus 25:40). Isso revela a importância que Deus dá ao nosso serviço aos outros. Ele valoriza cada ato de amor e compaixão que direcionamos aos necessitados.
No caso de Diótrefes, vemos o contraste com esse princípio. Ao buscar servir a si próprio e buscar vantagens pessoais, ele estava indo contra a essência do serviço a Deus. John R. W. Stott, em seu comentário sobre as epístolas de João, destaca a importância de escolhermos nossos modelos cuidadosamente. Devemos procurar imitar aqueles que verdadeiramente refletem os valores e o caráter de Cristo.
Portanto, ao servirmos a Deus, não apenas estamos cumprindo uma obrigação, mas também estamos expressando nosso amor e devoção a Ele. Cada ato de serviço é uma oportunidade de honrar e glorificar o nosso Senhor, que nos amou primeiro e nos chamou para sermos Seus servos. Que possamos seguir o exemplo de Jesus e buscar imitá-Lo em nosso serviço, colocando os interesses dos outros acima dos nossos, em obediência e amor a Deus.
2.2. Ao povo. Gaio foi reconhecido por João por ser um cristão generoso e hospitaleiro, que dava abrigo aos missionários [3 Jo 3-8]. Com isso, além de estar participando ativamente da evangelização, também era um promotor de edificação e bom testemunho na igreja local. Diótrefes não tinha a mesma atitude altruísta. Ao contrário, era ambicioso e arrogante. A qualidade do verdadeiro discípulo é mensurada pelo amor demonstrado aos outros. Ser um verdadeiro discípulo é considerar as pessoas superiores a si mesmo [Fp 2.3]. O zelo de Jesus fez com que nenhum daqueles que Deus o havia dado se perdesse [Jo 17.12].
Gaio e Demétrio eram homens comprometidos com a verdade, amorosos e humildes, participantes dos sofrimentos de Cristo. Quanto a Diótrefes, tratava-se de um prepotente, cuja energia física e emocional era gasta naquilo que não era essencial. O discípulo que se inspira Jesus serve em seu ministério tendo Jesus como modelo, construindo um relacionamento.com base no amor e no respeito a todos sem distinção.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O serviço ao próximo não se limita apenas a cumprir tarefas religiosas, mas abrange a maneira como interagimos e nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor. Gaio foi um exemplo notável de alguém que compreendeu essa verdade. Sua hospitalidade e generosidade para com os missionários demonstraram não apenas um coração aberto para a obra de Deus, mas também um amor prático pelo próximo. Ao acolher os missionários, ele não apenas os apoiava materialmente, mas também contribuía para o avanço do evangelho.
Essa atitude de Gaio reflete o ensinamento de Jesus de amar e servir ao próximo. Em Mateus 25:35-36, Jesus diz: "Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me". Gaio colocou em prática esse princípio, sendo um exemplo vivo do amor de Cristo.
Por outro lado, Diótrefes representa o oposto dessa atitude altruísta. Sua ambição pessoal e sua busca por prestígio o levaram a agir de maneira prepotente e egoísta. Ele não valorizava as pessoas e, em vez disso, colocava seus próprios interesses acima de tudo. Isso contrasta diretamente com o exemplo de Jesus, que veio para servir e dar Sua vida por muitos.
Assim, a atitude de Gaio nos lembra da importância de sermos generosos, acolhedores e amorosos para com o próximo, especialmente aqueles que estão envolvidos na obra de Deus. Servir ao povo não é apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de demonstrar o amor de Cristo de maneira prática e tangível. Que possamos seguir o exemplo de Gaio, buscando oportunidades de servir e amar ao próximo em nosso dia a dia, como expressão do nosso amor a Deus.
2.3. A Igreja. Pedro, um dos primeiros líderes da igreja, recomendou: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto.” [1Pe 5.2]. A responsabilidade do verdadeiro discípulo é cuidar do rebanho de Cristo, como recomendou e exemplificou o apóstolo Paulo [2Co 11.28]. A igreja é formada por pessoas e servi-las é servir a Deus. Jesus disse claramente a Pedro: “Amas-me? (…) Apascenta as minhas ovelhas” [Jo 21.16]. Paulo ensina que o amor fraternal e a honra devem ser regra no serviço à comunidade cristã [Rm 12.10].
João mostra que Diótrefes errou ao não se inspirar em Jesus, o Cabeça, que ama e defende a Igreja. Ele julgava ser o senhor da igreja, por isso excluía quem não acatava “suas” proibições e ordens abusivas, tendo, assim, seu discipulado reprovado [3]o 10]. Além disso, demonstrava não conhecer o Senhor da Igreja [Cl 1.18].
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O serviço à igreja é uma expressão concreta do cuidado e amor que o verdadeiro discípulo de Cristo possui pelo rebanho de Deus. Pedro nos orienta claramente sobre como esse cuidado deve ser exercido: de forma voluntária e desinteressada, sem a motivação de ganho pessoal, mas com disposição pronta de coração (1 Pedro 5:2). Paulo também enfatiza essa responsabilidade ao dizer que carregava a preocupação diária pelas igrejas (2 Coríntios 11:28).
Ao apascentar o rebanho, não se trata de uma tarefa meramente administrativa, mas de um serviço que envolve cuidado, orientação e amor pelas vidas que compõem a comunidade de fé. Jesus, em sua restauradora conversa com Pedro, ressalta a importância do amor genuíno como fundamento para o cuidado com as ovelhas (João 21:16). Esse amor fraternal e a honra mútua são essenciais no serviço à comunidade cristã, conforme ensina Paulo em Romanos 12:10.
No entanto, vemos em Diótrefes um triste contraste. Sua atitude de dominação e autoritarismo na igreja demonstra uma profunda falta de compreensão do papel do líder como servo. Em vez de seguir o exemplo de Cristo, que ama e protege a igreja, Diótrefes agia como se fosse o senhor absoluto, excluindo aqueles que não concordavam com suas imposições abusivas. Ao agir assim, ele revelava não conhecer verdadeiramente o Senhor da Igreja, que é Cristo (Colossenses 1:18).
Portanto, o verdadeiro discípulo de Cristo encontra alegria e honra em servir à igreja, demonstrando o mesmo amor e cuidado que Cristo tem por ela. Esse serviço é motivado pelo desejo de edificação mútua e crescimento espiritual, refletindo o caráter do Mestre que veio para servir e dar a Sua vida por muitos. Que possamos aprender com o exemplo de Gaio e Demétrio, que serviram à igreja com amor e humildade, buscando sempre o bem-estar espiritual do corpo de Cristo.
EU ENSINEI QUE:
Servir é estar disposto a ser um cooperador junto a Deus, às pessoas, especialmente as mais vulneráveis, e à Igreja.
3- CHAMADO PARA SERVIR
Jesus deixou Sua glória para servir. Ele próprio explica Sua missão ao dizer que não “veio para ser servido, mas para servir” [Mt 20.28]. E fala ainda que “o servo não é maior que seu senhor” [Jo 13.16], indicando que nós também fomos chamados para servir.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O chamado para servir é uma marca distintiva do discipulado cristão, e encontra sua máxima expressão no próprio exemplo de Jesus. Ele, sendo Deus, não veio para ser servido, mas para servir e dar Sua vida em resgate de muitos (Mateus 20:28). Essa atitude desafia a lógica do mundo, que muitas vezes valoriza a busca por posição e poder. Jesus nos ensina que o verdadeiro significado da grandeza está em se tornar servo de todos.
Ao declarar que o servo não é maior que o seu senhor (João 13:16), Jesus nos lembra da humildade e submissão que devem caracterizar a vida do discípulo. Assim como Ele se submeteu à vontade do Pai, também devemos estar dispostos a servir com humildade e obediência.
Essa perspectiva de servir como Jesus serve tem profundas implicações para a vida do discípulo. Ela nos desafia a redefinir nossas prioridades e a buscar o bem-estar dos outros antes do nosso próprio. Nos convida a renunciar ao egoísmo e a colocar as necessidades dos outros acima das nossas.
O chamado para servir não é uma imposição, mas uma honra e um privilégio. É uma oportunidade de imitar o nosso Mestre e de manifestar o Seu amor ao mundo. Que possamos responder a esse chamado com alegria e dedicação, reconhecendo que, ao servir aos outros, estamos, na verdade, servindo a Cristo (Mateus 25:40).
3.1. Como um diácono à mesa. Em Atos 6, vemos a instituição do diaconato na igreja, diante de uma necessidade que os líderes passaram a ter, à medida que a igreja crescia [At 2.41, 47]. O termo diácono vem do grego e significa “ministro”, “servo”, “ajudante”. Essa função se tornou crucial para que os apóstolos se dedicassem à pregação e à oração, enquanto os diáconos serviam aos irmãos: “Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos … de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria” [At 6.2-3a]. Eles deveriam servir bem nesta função, para com isso adquirir para si uma boa posição e muita confiança na fé em Cristo [1 Tm 3.13].
Todos devem servir, mas cabe aos diáconos um serviço primordial de acolhimento e assistência social aos necessitados. A função diaconal foi instituída porque as viúvas estavam sendo esquecidas [At 6.1]. Assim, foram “escolhidos para servir à mesa”.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O exemplo dos diáconos na igreja primitiva, conforme registrado em Atos 6, destaca a importância do serviço na comunidade cristã. A palavra "diácono" tem sua origem no grego e carrega o significado de "ministro" ou "servo". Esses homens foram escolhidos para uma função crucial: servir às mesas e atender às necessidades práticas da comunidade, permitindo assim que os apóstolos se dedicassem à pregação da Palavra e à oração.
Essa instituição demonstra que o serviço não é uma tarefa secundária na vida do discípulo, mas uma parte essencial do corpo de Cristo. É uma função que requer não apenas habilidades práticas, mas também uma boa reputação, ser cheio do Espírito Santo e possuir sabedoria (Atos 6:3). O serviço diaconal não é apenas uma questão de realizar tarefas, mas de fazê-lo com diligência, amor e dedicação.
Ao servirem às mesas e atenderem às necessidades dos irmãos, os diáconos demonstram o cuidado prático e o amor de Cristo pela comunidade. Eles não apenas supriam as necessidades físicas, mas também fortaleciam a fé e a confiança dos irmãos em Cristo.
Portanto, a função dos diáconos na igreja primitiva serve como um modelo inspirador para todos os discípulos. Ela nos lembra que o serviço não é apenas uma opção, mas uma expressão tangível do amor de Cristo em ação. Devemos valorizar e encorajar aqueles que se dedicam ao ministério diaconal, reconhecendo a importância vital desse serviço na edificação da comunidade de fé.
3.2. Como um pastor no aprisco. O discípulo que exerce a liderança, assim como um pastor de ovelhas, é um zelador e, também, um guia que cuida (apascenta) das ovelhas no aprisco [SI 23]. Um discípulo verdadeiro, assim como um pastor de ovelhas, assume o cuidado e responsabilidades para garantir a segurança do rebanho, bem como a orientação para mantê-lo vivo; nenhuma ovelha subsistirá sem o cuidado do pastor, assim também o discípulo sem o Mestre Supremo. A liderança deve alimentá-las com a Palavra de Deus e ser capaz de ajudar a aumentar a fé de suas ovelhas [Rm 10.17]. Pedro, que foi chamado para apascentar as ovelhas de Cristo [Jo 21.17], elenca uma série de atividades próprias da liderança que cumpre corretamente seu chamado [1 Pe 5.2-3].
O discípulo de Cristo precisa estar sempre aberto ao diálogo e desejoso para fazer a vontade de Deus [2Co 6.11]. Ele usa sua autoridade de forma que promova a obra de Deus e não qualquer agenda pessoal. Diótrefes olhava para a igreja local do alto do pedestal, abusando das suas atribuições. Para ele, ser um autêntico discípulo era exercitar arbitrariamente o poder. Esse nunca foi o comportamento avalizado por Deus. Jesus disse: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.” [Jo 10.11-12].
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A analogia do discípulo como um pastor no aprisco é extremamente significativa. Assim como um pastor cuida e guia suas ovelhas, o discípulo de Cristo é chamado a assumir a responsabilidade de zelar e orientar o rebanho espiritual. Isso requer não apenas o cuidado físico e a proteção, mas também a nutrição espiritual através da Palavra de Deus.
O Salmo 23 retrata lindamente essa relação, apresentando Deus como o Pastor que guia, provê e protege Suas ovelhas. Da mesma forma, o discípulo é chamado a ser um zelador, não por obrigação, mas por amor e dedicação ao Mestre. Ele busca garantir não apenas a segurança do rebanho, mas também sua orientação e crescimento espiritual, sem o que as ovelhas não podem subsistir.
Pedro, ao ser chamado por Jesus para apascentar Suas ovelhas, compreendeu a grandeza da responsabilidade e elenca as características essenciais de um líder eficaz. Entre elas, destaca-se a humildade, a disposição para o diálogo e a busca constante para cumprir a vontade de Deus.
Por outro lado, a postura de Diótrefes é um alerta para os perigos da liderança mal orientada. Sua abordagem arbitrária e autoritária destoa completamente do exemplo de Jesus, que se identifica como o Bom Pastor disposto a dar Sua vida pelas ovelhas. A atitude do mercenário, que foge diante do perigo, contrasta com a dedicação e o sacrifício exigidos do discípulo verdadeiro.
Essa analogia nos lembra que a liderança na comunidade de fé não deve ser exercida como um mero exercício de poder, mas como um serviço amoroso, zeloso e orientador. O discípulo, ao assumir essa função, é chamado a imitar o modelo de Cristo, o Bom Pastor que se doou completamente por Suas ovelhas.
3.3. Como um samaritano na rua. Servir não diz respeito às quatro paredes de uma igreja, mas mostrar o amor e misericórdia de Deus em qualquer lugar [Lm 3.22]. Na Parábola do “Bom Samaritano”, Jesus mostra isso a um doutor da lei (religioso) que queria saber como herdar a vida eterna. Com as figuras de um sacerdote, um levita e um samaritano, Cristo mostra que apenas este último serviu àquele que estava ferido na estrada, enquanto os outros sequer pararam para socorrer aquele homem [Lc 10.25-37].
A essência do cristianismo é servir ao próximo. E isso acontece quando deixamos nossas próprias necessidades para atender, socorrer, amparar, aconselhar, cuidar daquele que precisa de ajuda. Não se trata de cargos, mas de serviço. Não é necessário atribuição ministerial para ser mais sensível ao clamor do necessitado, servindo seu próximo com amor [At 9.36].
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A parábola do "Bom Samaritano" é uma lição poderosa sobre o verdadeiro significado do serviço ao próximo. Jesus a conta em resposta à pergunta de um doutor da lei, que buscava entender como herdar a vida eterna. Na narrativa, Ele apresenta três figuras: um sacerdote, um levita e um samaritano. Surpreendentemente, são os dois primeiros, representantes da religião, que passam indiferentes pelo homem ferido à beira da estrada. O terceiro, um samaritano, um estrangeiro e considerado inimigo pelos judeus, é quem demonstra verdadeira compaixão e presta socorro ao necessitado.
Essa parábola nos ensina que o serviço ao próximo não está restrito a ambientes religiosos ou contextos específicos, mas deve ser uma atitude constante em nossas vidas. O verdadeiro cristianismo se manifesta quando colocamos de lado nossas próprias necessidades para atender, cuidar e amparar aqueles que precisam de ajuda. Não é uma questão de ter um cargo ou uma posição ministerial, mas de ter um coração sensível ao sofrimento alheio e estar disposto a agir em amor e misericórdia.
A atitude do samaritano é um exemplo vivo do mandamento de amar o próximo como a si mesmo, algo central no ensino de Jesus [Mt 22.39]. Ele não apenas prestou auxílio prático, mas também investiu seu tempo, recursos e cuidado pessoal na recuperação do homem ferido. Essa atitude altruísta transcende barreiras culturais e sociais, demonstrando que o serviço ao próximo é uma expressão tangível do amor de Deus em ação.
A raiz grega para a palavra "servir" nesse contexto é "διακονέω" (diakonéo), que implica em prestar serviço de maneira ativa e prática. É interessante observar que esse termo é também relacionado ao ministério diaconal na igreja primitiva, destacando a importância desse papel no cuidado dos necessitados.
Em última análise, a parábola do Bom Samaritano nos desafia a transcender as convenções sociais e religiosas, a olhar para além das diferenças e a agir em prol do bem-estar daqueles que sofrem ao nosso redor. É um lembrete eloquente de que o verdadeiro discípulo de Cristo é aquele que se dispõe a servir ao próximo com amor e compaixão, independentemente das circunstâncias ou convenções.
EU ENSINEI QUE:
Existem diversas funções e atribuições no ministério cristão, mas a todos os que as ocupam está uma incumbência principal: servir. Assim, todos devem estar atentos e prontos a assistir ao seu próximo, quer dentro de sua comunidade de fé ou fora dela [GI 6.9-10).
CONCLUSÃO
Quando entendemos o que significa servir, estamos conscientes de que este é o chamado primordial do ministério cristão, tendo Jesus como nosso principal exemplo. Além disso, compreendemos que o alvo de nosso serviço deve ser as pessoas, na igreja e em outros ambientes que frequentamos, e não nós mesmos.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A conclusão é uma síntese impactante do que foi abordado até aqui. Reflete a essência do serviço cristão, que é um chamado prioritário e fundamental no ministério dos discípulos de Cristo. Jesus é o supremo modelo desse serviço, tendo deixado Sua glória celestial para se tornar o Servo por excelência, demonstrando amor e compaixão de maneira prática e desinteressada.
O alvo do nosso serviço deve ser sempre as pessoas, não apenas aquelas que frequentam a igreja, mas também aqueles que encontramos em nossos diversos ambientes. Isso implica em olhar para além de nossos próprios interesses e necessidades, e estar genuinamente atentos às necessidades dos outros. Essa atitude reflete o amor de Cristo em nós e se torna uma testemunha poderosa do Seu amor ao mundo.
A raiz grega para "servir" que vimos anteriormente, "διακονέω" (diakonéo), ressalta ainda mais a natureza prática e ativa do serviço. Isso nos lembra que servir não é uma mera teoria ou ideal, mas uma ação concreta que busca o bem-estar e o benefício dos outros.
Em Mateus 20.28, Jesus diz: "Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos." Essa afirmação é a essência do serviço cristão. Quando entendemos e vivemos essa verdade, tornamo-nos canais eficazes da graça e do amor de Deus neste mundo.
Em suma, a conclusão nos lembra que o serviço é o cerne do ministério cristão e deve ser uma expressão contínua do amor de Cristo em nossas vidas. É um chamado para imitarmos o Mestre Servo, colocando as necessidades dos outros acima das nossas, e dessa forma, refletirmos o Seu amor transformador para o mundo ao nosso redor.
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