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SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número de páginas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
OBJETIVOS
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PARA COMEÇAR A AULA
Inicie com a conhecida dinâmica do telefone sem fio. Você pode escolher 3 ou 4 versos bíblicos recitar baixinho no ouvido de um participante da turma. Ele deve dizer o que ouviu a mais alguém e, assim, sucessivamente até que o último participante receba a mensagem e diga a todos oque entendeu. O objetivo é compreender que a autoridade de Jesus vinha do seu ensino correto das escrituras, pois ele mesmo as vivia com perfeição. Qualquer distorção da Bíblia ou mau testemunho não procede do Senhor.
Título da Dinâmica: "Deserto Espiritual"
Objetivo: Levar os adultos a refletirem sobre os desafios e tentações que enfrentamos em nossas vidas espirituais, inspirados pelo início do ministério de Jesus.
Materiais Necessários:
- Papel pardo ou flip chart.
- Canetas coloridas ou marcadores.
- Bíblias.
Passos:
- Introdução (15 minutos):
- Comece explicando que irão explorar juntos o início do ministério de Jesus, conforme descrito em Lucas 3 e 4, focando especialmente na tentação no deserto.
- Leia ou resuma os principais eventos desses capítulos, destacando o batismo de Jesus, a tentação no deserto e o início do seu ministério público.
- Atividade Principal (30 minutos):
- Peça aos adultos que, individualmente, reflitam sobre um momento de "deserto espiritual" em suas vidas. Pode ser um período de dúvidas, tentações ou dificuldades espirituais.
- Eles devem escrever esse momento em um pedaço de papel (ou no flip chart, se preferirem compartilhar abertamente).
- Compartilhamento e Discussão (30 minutos):
- Inicie uma discussão em grupo, encorajando os participantes a compartilharem, voluntariamente, os momentos de "deserto espiritual" que escreveram.
- À medida que cada pessoa compartilha, a liderança pode oferecer palavras de encorajamento e apoio, destacando como Jesus enfrentou suas próprias tentações no deserto e como Ele pode ser um guia nesses momentos.
- Reflexão e Aplicação (20 minutos):
- Promova uma reflexão coletiva sobre o que podem aprender com a experiência de Jesus no deserto e como podem aplicar esses ensinamentos em suas próprias vidas.
- Encoraje-os a discutirem estratégias práticas para enfrentar os desertos espirituais e fortalecer sua fé.
- Conclusão (15 minutos):
- Recapitule os principais pontos discutidos, enfatizando a importância de confiar em Deus durante os momentos de deserto espiritual.
- Termine com uma oração, pedindo a Deus para guiar e fortalecer cada participante em suas jornadas espirituais.
Observação: É crucial criar um ambiente de confiança e respeito durante o compartilhamento, para que os participantes se sintam à vontade para compartilhar suas experiências. Lembre-se de que, em momentos de desertos espirituais, é fundamental buscar apoio na comunidade e em Deus.
- Att: Pr. Hubner Braz
LEITURA ADICIONAL
Lucas faz um recomeço em seu evangelho. Os eventos narrados em Lc 1 e 2 haviam transcorrido de forma incógnita. Somente os humildes da terra haviam tomado conhecimento desses acontecimentos. Seguira-se um tempo de silêncio. O Filho de Deus crescia às escondidas na pequena Nazaré. O que o evangelista Lucas passa a relatar na sequência, entre o capítulo 3 e a morte do Salvador, aconteceu com ampla publicidade. João e Jesus saíram do anonimato. Depois que João Batista viveu trinta anos no anonimato, ele se apresentou publicamente. Pouco depois também Jesus, praticamente repetindo a pequena diferença cronológica entre o nascimento de ambos.
1- A INTRODUÇÃO HISTÓRICA, Lc 3.1ss. Agora se cumprem as palavras de Zacarias. Essa época relevante e especial do reino de Deus é combinada pelo evangelista Lucas com eventos da história universal e intelectual, não apenas para fixar a data do acontecimento divino, mas também para que essa visão histórica assinale toda a miséria e escuridão daquela época. A palavra de Paulo em Rm 5, já citada no início de Lc 2,”onde abundou o pecado”, também agora volta a causar impacto em nós A expressão César Tibério aqui em Lc 3 e o nome César Augusto em Lc 2 lembram que naquele tempo a Palestina não era um Estado soberano, mas pertencia ao Império Romano.
A força de ocupação que decidia sobre o povo de Israel era o exército romano. Tudo o que é relatado no Novo Testamento acontece no período desse poderio militar romano, cujo ápice estava nas mãos dos césares romanos. Em Lc 2 era César Augusto (de 31 a. C. até 14 d. C.). Livro: Evangelho de Lucas: Comentário Esperança (Fritz Rienecker, Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança, 2005).
TEXTO ÁUREO
“ e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea como pomba; e ouviu-se uma voz do céu: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.” Lucas 3:22
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O versículo em questão é parte do relato do batismo de Jesus por João Batista nas águas do rio Jordão. Este evento é de grande importância teológica, pois marca o início do ministério público de Jesus. Vamos analisar o texto em profundidade.
Contexto:
O batismo de Jesus ocorre após Ele ter alcançado a idade adulta, e serve como um ato público de consagração para o ministério messiânico. João Batista, o precursor, proclamava um batismo de arrependimento para a remissão de pecados (Lucas 3:3). Jesus, porém, não tinha pecados a serem perdoados, o que destaca Sua natureza ímpar como o Filho de Deus.
O Espírito Santo em Forma de Pomba:
Ao ser batizado, o Espírito Santo desce sobre Jesus em forma corpórea, simbolizado como uma pomba. Esta imagem é rica em significado. A pomba é um símbolo clássico de paz, pureza e presença divina. Este evento confirma a unção divina sobre Jesus, capacitando-O para o ministério que teria pela frente.
A Voz do Céu:
Além da manifestação do Espírito Santo, uma voz vinda do céu é ouvida, proclamando: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo". Esta declaração confirma a filiação divina de Jesus e expressa a profunda alegria e satisfação de Deus para com Ele. A frase "Tu és o meu Filho amado" ecoa as palavras do Salmo 2:7, que é uma referência messiânica clara.
Raiz Grega: A palavra grega para "amado" neste versículo é "ἀγαπητός" (agapētos), que denota um amor íntimo e especial, demonstrando a afeição profunda e singular de Deus por Jesus.
Comentário: Este evento é crucial para a compreensão da identidade de Jesus. Ele é proclamado publicamente como o Filho amado de Deus, e a presença do Espírito Santo sobre Ele confirma Sua missão divina. É também um poderoso testemunho da Trindade: o Pai falando do céu, o Filho sendo batizado e o Espírito Santo descendo como uma pomba.
Além disso, este evento destaca a humildade de Jesus, que se submete ao batismo de arrependimento, mesmo sem ter pecados próprios a confessar. Ele se identifica com a humanidade, solidarizando-se conosco em nossa jornada espiritual.
Em resumo, o batismo de Jesus é um momento de grande revelação e confirmação de Sua missão divina como o Messias e Salvador do mundo. Este evento inaugura Seu ministério público e serve como um modelo de humildade e obediência para todos os crentes.
LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO - Lucas 3.1-23
Viver em comunhão com o Espírito Santo é o segredo para uma vida que agrada a Deus.
Comentário de Hubner Braz
A verdade prática destaca um princípio essencial na vida cristã: a importância da comunhão com o Espírito Santo. Essa comunhão não é apenas um elemento opcional, mas é o cerne da vivência cristã autêntica.
A Comunhão com o Espírito Santo na Bíblia:
A Bíblia nos ensina que o Espírito Santo é uma pessoa da Trindade, coigual e coeterno com o Pai e o Filho. Ele é o Consolador prometido por Jesus (João 14:16) e tem um papel vital na vida do crente. Paulo nos exorta em Efésios 5:18 a sermos cheios do Espírito, indicando um processo contínuo de comunhão e dependência dele.
O Papel Transformador do Espírito Santo:
Viver em comunhão com o Espírito Santo implica estar em sintonia com a Sua orientação e liderança em nossas vidas. É Ele quem nos guia, nos ensina, nos consola e nos capacita para vivermos de maneira que agrade a Deus.
A Evidência da Comunhão:
Uma vida que está em comunhão com o Espírito Santo será caracterizada por frutos espirituais, conforme Gálatas 5:22-23: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio". Esses frutos são a evidência palpável da obra do Espírito em nós.
Citações de Escritores Cristãos:
- Charles Spurgeon, um renomado pregador do século XIX, afirmou: "A dependência do Espírito Santo é a fonte de todo o poder, vida, conforto, crescimento e santidade que há em nós".
- A.W. Tozer, em seu livro "A Busca do Homem por Deus", escreveu: "A presença do Espírito Santo é a distinção de toda verdadeira igreja de todas as falsificações da cristandade".
- John Owen, teólogo puritano, disse: "O Espírito Santo é o autor e a fonte de toda a santidade, e sem comunhão com Ele, nenhuma alma jamais será santa".
A verdade prática destaca um princípio fundamental: a comunhão com o Espírito Santo é essencial para uma vida cristã frutífera e que agrada a Deus. É através dessa comunhão que somos transformados, guiados e capacitados para vivermos de acordo com a vontade do Pai. Portanto, buscar e cultivar essa comunhão deve ser uma prioridade na vida de todo crente.
DEVOCIONAL DIÁRIO
INTRODUÇÃO
O terceiro evangelho forma coro com os demais ao afirmar a relevância da pregação de João Batista para o ministério de Jesus. Para Lucas, o fato inaugural das boas novas do Reino é o surgimento do “preparador do caminho do Senhor” em cumprimento à profecia de Isaías (Lc 3.4,5; Is 40.3-5). João Batista foi, portanto, o último dos profetas e, simultaneamente, um cumprimento de profecias do Antigo Testamento.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O início do evangelho de Lucas estabelece uma conexão vital entre o ministério de João Batista e a chegada de Jesus como Messias. Lucas ressalta a importância de João como o "preparador do caminho do Senhor", cumprindo assim as profecias de Isaías. Esta introdução revela a meticulosa providência divina em traçar um plano de salvação desde os tempos antigos.
João Batista: Último dos Profetas:
João Batista desempenha um papel singular na história da salvação, sendo o último dos profetas do Antigo Testamento e o precursor direto de Jesus Cristo. Ele não apenas ministra um batismo de arrependimento, mas anuncia a chegada do Reino de Deus e aponta para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29).
Cumprimento das Profecias do Antigo Testamento:
A citação de Isaías é uma confirmação do cumprimento das antigas profecias messiânicas. Este evento demonstra que o plano de Deus estava sendo meticulosamente executado, desde o anúncio de Isaías até a realização em João Batista.
Relevância para os Leitores de Lucas:
Para os leitores do evangelho de Lucas, essa introdução destaca a continuidade e a autenticidade do ministério de Jesus em relação à história e às Escrituras do Antigo Testamento. Eles são lembrados de que o plano de Deus não é um evento isolado, mas uma narrativa contínua de redenção que abrange séculos.
Citações de Escritores Cristãos:
- Agostinho de Hipona, em seu sermão sobre o evangelho de Lucas, enfatizou a singularidade de João Batista ao afirmar que "João foi o único a dar ao Senhor este testemunho de alegria, o único a exultar com esse grito de júbilo".
- Charles Spurgeon, em seus sermões sobre Lucas, destacou a função crucial de João Batista ao declarar: "Ele [João] foi o grande precursor da era evangélica, o arauto da boa nova, o proclamador do Messias".
A introdução do evangelho de Lucas com a ênfase em João Batista como o "preparador do caminho do Senhor" serve como um lembrete poderoso da meticulosa providência de Deus na história da salvação. Ela estabelece uma ligação inquebrantável entre o Antigo Testamento e o ministério de Jesus, demonstrando que o plano de Deus é coerente e cumprido de maneira perfeita. João Batista ocupa um lugar especial na narrativa da redenção e seu testemunho ressoa ao longo dos séculos, convidando a todos a prepararem o caminho para o Senhor em seus corações.
I- O MINISTÉRIO DE JOÃO BATISTA (Lc 3.1-14)
Depois de séculos de silêncio profético, a voz de João soou no deserto.
1- Precursor de Jesus (Lc 3.1-3) sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto. (3.2)
A perfeição com que Lucas descreve o contexto histórico de João é sem precedentes. Enquanto os demais evangelhos apresentam referências mais limitadas, pressupondo que seus ouvintes estavam familiarizados com o ministério do Batista, Lucas data o início da pregação de João tomando estas referências: um imperador, um governador romano, três tetrarcas da palestina e dois sumos sacerdotes de Jerusalém. Nos outros evangelhos, Jesus ganha destaque central nas introduções, mas Lucas guarda um espaço especial para apresentar detalhes acerca de João Batista. O autor desse evangelho, embora mostre a grandeza dos nomes e títulos dos detentores do poder político e religioso, evidencia João de forma diferente, mostrando que ele é um homem simples, sem títulos e sem lugar fixo para pregar sua mensagem aos que vem ao seu encontro, dando início às boas novas do Reino.
2- A mensagem de João (Lc 3.4-9) Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. (3.8)
Como preparador do caminho do Senhor, a mensagem de João possui um norte tão claro e conciso que pode ser resumida nesta palavra: arrependimento (gr. Metanoia). Trata-se, na língua original, de um termo de sentido com posto cujo significado é “mudar a mente e/ou a trajetória”, ou seja, não se refere a um movimento meramente emocional, mas de um real convencimento do intelecto diante da iminente manifestação do Reino de Deus, que resultam em mudança de hábitos e atitudes. João centra sua mensagem no arrependimento. Foi o que recebeu de Deus para pregar, é a única maneira de recebermos a Cristo. Sem arrependimento não há salvação. Ele não inventou nada, apenas foi fiel ao seu chamado.
3- Os resultados de sua pregação (Lc 3.10-14) Então, as multidões o interrogavam, dizendo: Que havemos, pois, de fazer? (3.10)
O terceiro evangelho dá testemunho claro dos efetivos resultados do ministério de João Batista. Lucas relata que, em meio a uma audiência diversificada: as multidões (v. 10), os publicanos (v 12) e soldados (v. 14) recebem o impacto da mensagem do Reino e reagem com a mesma pergunta: “Que havemos de fazer?” Em todos os casos apresentados por Lucas, a pergunta feita tinha o seguinte sentido: “o que farei após escutar esta mensagem de agora?”. Esta era uma reação comum ao anúncio de João. Fica demonstrado, portanto, a universalidade deste reino gloriosos, pois, desde o início, sua mensagem tem poder sobre indivíduos de toda tribo, língua e nação. Louvado seja o Rei por isso!
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O ministério de João Batista é de fundamental importância na narrativa do evangelho de Lucas. Ele é apresentado como o precursor de Jesus, aquele que veio para preparar o caminho para a chegada do Messias. Lucas destaca vários aspectos cruciais sobre João Batista e sua mensagem.
- Precursor de Jesus: A introdução de João Batista é feita com grande detalhe histórico, demonstrando o cuidado de Lucas em situar o ministério de João no contexto político e religioso da época. Ao fazer isso, ele destaca a singularidade de João como o "preparador do caminho do Senhor".
- A Mensagem de João: O cerne da mensagem de João é o chamado ao arrependimento. O termo "metanoia" destaca não apenas uma mudança emocional, mas uma transformação profunda na mente e na trajetória de vida das pessoas. João enfatiza que o arrependimento é a única maneira de se preparar para a manifestação do Reino de Deus.
- Resultados da Pregação de João: Lucas relata que a mensagem de João teve um impacto significativo em diversas classes sociais: as multidões, os publicanos e os soldados. Todos reagiram com a mesma pergunta: "O que havemos de fazer?". Isso demonstra a universalidade e a eficácia da mensagem de João, que ressoou nos corações de pessoas de diferentes origens e posições na sociedade.
- John Wesley, em seus sermões sobre o ministério de João Batista, ressaltou a urgência e a relevância do chamado ao arrependimento, afirmando que "a verdadeira conversão é uma mudança de coração, uma mudança do amor e do desejo, que nos faz amar a Deus acima de todas as coisas terrenas".
- Charles Spurgeon, em seus comentários sobre o evangelho de Lucas, enfatizou a importância do arrependimento como a porta de entrada para a vida cristã, afirmando que "o arrependimento é o primeiro passo na escada da salvação, o fundamento sobre o qual a estrutura da piedade deve ser erguida".
O ministério de João Batista é uma parte essencial na história da salvação. Ele preparou o caminho para a chegada do Messias, chamando as pessoas ao arrependimento e à transformação de vida. Sua mensagem ressoou em corações diversos, demonstrando que o chamado ao arrependimento é universal e atemporal. João Batista desempenhou um papel crucial no cumprimento das profecias do Antigo Testamento e na preparação para a vinda de Jesus como o Salvador do mundo.
II- BATISMO, GENEALOGIA E TENTAÇÃO DE JESUS (Lc 3.15 4.1-13)
O Filho amado revelado no batismo (3.22) tem sua filiação rastreada até Adão, filho de Deus (3.38) e,por fim, é testado no deserto pelo Diabo (4.3-12).
1- O batismo do Filho do Homem (Lc 3. 15-22) E aconteceu que, ao ser todo o povo o batizado, também o foi Jesus; e, estando ele a orar, o céu se abriu. (3.21)
O batismo no Jordão marca o início do ministério de Jesus. No evangelho, porém, Lucas narra a sujeição de Jesus ao batismo como todos os demais que eram ouvintes de João Batista (v.21), o que levanta uma questão importante: como o Filho de Deus encarnado se submeteria ao batismo de João? A resposta é simples: Jesus precisava identificar-se com todo o povo em solidariedade aos pecadores que veio salvar. Embora não tendo pecado, Ele se submete ao batismo e cumpre a justiça de Deus ao mesmo tempo em que honra e aprova o ministério de João seu precursor.
2- Sua genealogia (Lc 3.23-38) Ora, tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério. Era, como se cuidava, filho de José, filho de Eli.. (3.23)
Vários aspectos tornam a narrativa lucana singular no que pertence à genealogia de Cristo. Geralmente relatos genealógicos são trazidos na introdução de documentos, mas em Lucas está contido no meio da narrativa. Outra peculiaridade marcante está em que, geralmente, genealogias são enumeradas do passado para o presente, como na descrição de Mateus (1.1-17); Lucas, entretanto, toma o caminho contrário, partindo do presente em direção ao passado. Se comparado com o relato de Mateus, percebe-se em Lucas outras particularidades, como: adota a linhagem do pai, José; a inexistência de mulheres; o fato de chegar em ” Adão, filho de Deus” e não sim, os laços entre os dois relatos.
E glorioso perceber que, onde Israel falhou, o Filho de Deus foi aprovado com louvores, deixando clara a sua moral condizente com a missão que lhe cabia executar O Cristo de Deus não foi somente um homem REAL, mas também um homem IDEAL, digno de ser seguido. Portanto, a narrativa da tentação resume os dois focos do batismo: a orientação do Espírito Santo e sua identidade como filho terminar em Abraão como em Mateus, entre outras. Lucas faz toda essa disposição em seu texto com este propósito: demonstrar que o Filho de Deus anunciado pelo próprio Deus no batismo é de fato quem Ele é.
3- Sua tentação no deserto (Lc 4.1-13) Durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome (4.2)
Como nos demais sinóticos, a narrativa da tentação de Jesus no deserto tem objetivo de confirmar a vocação recebida no batismo e de servir como prelúdio de seu ministério público. Vemos também um claro paralelo entre o teste de Jesus e o teste de Israel no deserto, pois os dois apresentam vários elementos em comum, por exemplo: os dois acontecem no deserto; neles é exigido obediência; fome e pão são fatores comuns; e o número 40 também aparece em ambos. Além disso, as respostas de Jesus ao tentador são extraídas de Deuteronômio 6 e 8, estreitando, assim, os laços entre os dois relatos.
E glorioso perceber que, onde Israel falhou, o Filho de Deus foi aprovado com louvores, deixando clara a sua moral condizente com a missão que lhe cabia executar O Cristo de Deus não foi somente um homem REAL, mas também um homem IDEAL, digno de ser seguido. Portanto, a narrativa da tentação resume os dois focos do batismo: a orientação do Espírito Santo e sua identidade como filho de Deus.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Este segmento aborda três eventos cruciais no início do ministério público de Jesus: Seu batismo, a apresentação de sua genealogia e a tentação no deserto.
- O Batismo de Jesus: Este é um momento de grande significado. Jesus, embora sem pecado, submeteu-se ao batismo de João Batista. Isso não foi uma admissão de pecado, mas um ato de identificação com a humanidade e uma confirmação da validade do ministério de João. O céu se abrindo e o Espírito Santo descendo em forma de pomba são sinais divinos, indicando um novo estágio na história da salvação.
- A Genealogia de Jesus: Lucas apresenta uma genealogia intrigante, iniciando com Jesus e retrocedendo até Adão, o primeiro homem. Ao contrário da tradição que lista genealogias de forma ascendente, Lucas a apresenta de forma descendente. A inclusão de "Adão, filho de Deus" sublinha a origem divina de toda a humanidade e aponta para Jesus como o novo Adão, trazendo redenção e restauração.
- A Tentação no Deserto: Este episódio é crucial, testando a fidelidade e a preparação de Jesus para o ministério público. Paralelos com a jornada de Israel no deserto são evidentes. Jesus enfrenta o Diabo em um período simbólico de quarenta dias, respondendo a cada tentação com passagens de Deuteronômio, mostrando um profundo entendimento das Escrituras.
- Agostinho de Hipona, ao abordar a tentação de Jesus, enfatizou a confiança inabalável do Salvador nas Escrituras, argumentando que "Jesus não se apoiou na sua própria força, mas nas palavras que procedem da boca de Deus".
- Inácio de Antioquia, em suas epístolas, ressaltou a importância do batismo como sinal de união com Cristo e renovação espiritual, afirmando que "o batismo é a nossa ressurreição junto com Cristo".
Estes eventos inaugurais do ministério de Jesus evidenciam sua identidade como o Filho amado de Deus, sua genealogia que o conecta a toda a humanidade e sua vitória sobre as tentações do Diabo. Eles demonstram a preparação meticulosa e a plena capacitação de Jesus para a missão que Ele estava prestes a iniciar. Assim, cada um desses episódios tem uma relevância profunda na revelação do plano redentor de Deus por meio de Seu Filho.
III- O INÍCIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO (Lc 4.14-44)
O Espírito Santo tem importância cabal em Lucas. Ao recapitular o que foi visto, percebe-se que, Somente no relato da infância de Jesus, seis pessoas são habitadas Jesus (1.35); Isabel (1.41); Zacarias (1.67) e Simeão (2.25-27). Já em idade adulta, a influência do Espírito continua sendo descrita: na unção batismal (3.22)e ao conduzi-lo à tentação no deserto (4.1). Agora como veremos, este mesmo Espírito o conduz à Galileia de modo que os feitos de Jesus correm por todas as terras ao redor (4.14,15).
1- Leitura inaugural na sinagoga em Nazaré (Lc 4.14-30) Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir (4.21).
É notório que o ministério de Jesus não se inicia neste relato (4.14,15).Além disso, uma análise das passagens correlatas nos sinóticos demonstra que Lucas provavelmente antecipou cronologicamente esse episódio, pois ele fornece uma síntese de abertura ideal da mensagem de Jesus. Tudo gira em torno da declaração lida na ocasião: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu..” (Lc 4.18; Is 61.1,2), isso é, uma confirmação bíblica e profética dos assombrosos feitos de Jesus que o seguiam desde seu batismo e que o acompanhariam em todo seu ministério público.
E no poder do Espírito que cativos e oprimidos são libertos, enfermos são curados e a mensagem do Reino estremece os corações. A autoridade do sermão de Jesus deixa a plateia atônita e todos, maravilhados, perguntam: “Não é este o filho de José?” (4.22). O texto sugere que a recusa de Jesus em “validar” Sua mensagem com sinais semelhantes aos realizados outrora na Galiléia fez com que a plateia se enfurecesse contra Jesus a ponto de tentar matá-lo (4.29).Jesus, porém, passa por eles e retira-se ileso daquele lugar.
2- O endemoniado de Cafarnaum (Lc 4.31-37) Achava-se na sinagoga um homem possesso de um espírito de demônio imundo, e bradou em alta voz.. (4.33).
A narrativa continua agora em Cafarnaum, e os efeitos da unção do Espírito são manifestos também naquele lugar. Como de costume, Jesus ensinava no sábado em uma sinagoga quando se depara com um homem oprimido por espírito imundo. Jesus repreende o demônio que, por sua vez, sai imediatamente sem fazer mal ao homem em questão (4.35). A cidade, que já se maravilhara com o ensino do Cristo (4.32), agora o louva por Sua autoridade sobre espíritos imundos (4.36). Verdadeiramente, a unção do Espírito sobre Jesus o permitiu pôr em liberdade os cativos e oprimidos e apregoar com autoridade a chegada do Reino glorioso do Senhor.
3- A sogra de Pedro e outras curas (Lc 4.38-44) Ao pôr do sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhes traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um. (4.40)
Jesus entra na casa de Pedro e depara-se com a sogra deste prostrada com “febre alta”. Boa parte dos estudiosos sugere tratar-se de um quadro de malária, doença endêmica comum na região por conta do clima e geografia da área. Jesus, diante do quadro, restabelece a enferma repreendendo a febre. Este é o único milagre de cura de Jesus em que o mestre se dirige à doença e não ao enfermo. A fama de Jesus se alastra na cidade de modo tal que o povo aguarda apenas o encerramento dos costumes sabáticos e, ao cair da noite, uma multidão de enfermos acometidos de “diferentes moléstias” (4.40) deságua aos pés de Jesus e todos são curados pela imposição de Suas mãos.
Demônios também eram expelidos aos gritos e, assim como no caso do homem da sinagoga, eram repreendidos por Jesus “para que não falassem, pois sabiam ser ele o Cristo”(4.41). Não é o testemunho de demônios que deve convencer os homens da missão de Jesus, mas sim os feitos do Espírito Santo, que o ungiu em Seu batismo e afirma inequivocamente que Ele é O FILHO AMADO, em quem está o prazer do Senhor.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Este trecho narra o início do ministério público de Jesus em Galileia, onde Ele demonstra Sua autoridade, tanto em ensino quanto em ações poderosas, confirmando assim a unção do Espírito Santo sobre Ele.
- Leitura Inaugural na Sinagoga de Nazaré: O ensino de Jesus em Nazaré é altamente significativo. Ele proclama a realização das Escrituras naquele momento, identificando-se claramente como o Messias prometido. Ao citar Isaías 61, Jesus declara Sua missão de trazer boas novas aos pobres, proclamar liberdade aos cativos e recuperação da vista aos cegos, entre outras coisas. Este é um anúncio poderoso de Sua missão redentora.
- O Endemoniado de Cafarnaum: Nesta passagem, Jesus demonstra Sua autoridade sobre os espíritos malignos. O homem possesso reage com temor e reconhecimento da divindade de Jesus. Ao ordenar que o espírito saia, Jesus revela Seu domínio sobre o reino das trevas. A fama de Jesus rapidamente se espalha pela região.
- Cura da Sogra de Pedro e Outros Enfermos: Neste episódio, vemos o cuidado compassivo de Jesus com os necessitados. Ele cura a sogra de Pedro, demonstrando Sua autoridade sobre a doença. Ao anoitecer, uma multidão de enfermos é trazida a Ele, e Ele os cura com um toque das mãos. Novamente, isso evidencia Sua autoridade divina sobre todas as formas de aflição.
- Agostinho de Hipona, ao comentar sobre a cura da sogra de Pedro, destaca o poder de Cristo sobre a febre, que representa a enfermidade da alma, mostrando que Cristo é o Médico das nossas almas.
- Orígenes, em seus escritos, enfatiza a importância da proclamação das Escrituras e como Jesus, ao citar Isaías, demonstrou que as Escrituras foram cumpridas em Seu ministério.
Este trecho ressalta a autoridade e o poder de Jesus, que é evidenciado tanto em Suas palavras como em Suas ações. Ele se apresenta como o cumprimento das Escrituras e como o Messias esperado. Além disso, demonstra Sua compaixão ao curar os doentes e libertar os oprimidos. Assim, o ministério inicial de Jesus é marcado pela unção do Espírito Santo, que O capacita a trazer libertação e restauração a todos os necessitados.
APLICAÇÃO PESSOAL
O mesmo Espírito que ungiu Jesus e o conduziu em sua obra terrena está impulsionando a Igreja a executar a obra de Deus na terra. Busquemos, então, a unção do Espírito Santo!
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O relato do início do ministério público de Jesus nos oferece insights valiosos sobre a importância do Espírito Santo na obra de Deus. Assim como o Espírito ungiu Jesus e o capacitou para cumprir Sua missão, Ele também nos capacita para fazer a obra de Deus em nossas vidas.
A palavra "unção" tem raízes profundas no contexto bíblico e significa ser consagrado ou separado para um serviço especial. Da mesma forma que Jesus foi ungido para proclamar as boas novas, somos chamados a sermos ungidos para compartilhar o evangelho com o mundo que nos cerca. Esta unção não se trata de uma capacitação meramente humana, mas é um poder divino que nos habilita a cumprir a missão dada por Deus.
Assim como o Espírito conduziu Jesus em Sua jornada terrena, Ele também nos guia em nosso caminho de fé. Devemos aprender a ouvir a voz do Espírito e estar sensíveis à Sua orientação em nossas vidas. É Ele quem nos revela a vontade de Deus e nos capacita a viver de acordo com ela.
Portanto, a aplicação pessoal deste texto é um convite para buscarmos a unção do Espírito Santo em nossas vidas. Devemos ansiar por Sua presença e poder, para que sejamos capacitados a proclamar as boas novas do Reino de Deus em nossos contextos. Assim como Jesus, somos chamados a ser instrumentos nas mãos de Deus para trazer libertação e restauração aos que estão em necessidade.
Em última análise, a aplicação pessoal deste texto nos chama a viver de forma cristocêntrica, colocando Jesus no centro de nossas vidas e ministérios. É Ele quem nos capacita, guia e fortalece para cumprir a missão que nos foi confiada. Portanto, que busquemos diariamente a unção do Espírito Santo, para que possamos ser eficazes em fazer a vontade de Deus na terra. Como disse o apóstolo Paulo, "Tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13), e essa fortaleza vem do Espírito Santo que habita em nós.
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